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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO COORDENADORIA REGIONAL DA REGIÃO METROPOLITANA X CIEP BRIZOLÃO 303 AYRTON SENNA UA: 181 852 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2008/2009/2010

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIROSECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

COORDENADORIA REGIONAL DA REGIÃO METROPOLITANA X

CIEP BRIZOLÃO 303 AYRTON SENNA UA: 181 852

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2008/2009/2010

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Dedicatória

Dedicamos este projeto a todos os educadores que, como Gadotti,

acreditam na possibilidade de mudança:

“Eu pensava que as pequenas mudanças impediam a realização de

uma grande mudança. Por isso elas deviam ser evitadas, e todo o

investimento deveria ser feito numa mudança radical. Hoje, minha

certeza é outra - digo “certeza” porque precisamos de certezas para

pensar e agir - hoje eu creio que é na luta cotidiana, no dia a dia,

mudando passo a passo, que a quantidade de pequenas mudanças numa

certa direção oferece a possibilidade de operar a grande mudança. Ela

poderá aparecer como resultado de um esforço contínuo, solidário,

paciente”.

Moacir Gadotti, 2001

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Introdução

Paulo Freire em seu livro Educação Como Prática da Liberdade, desenvolve um

conceito de consciência transitiva crítica, onde se entende que é possível engajar a

educação num processo de conscientização e de movimento de massa. Segundo ele,

para se chegar a essa consciência que é ao mesmo tempo desafiadora e transformadora é

imprescindível o diálogo crítico, a fala, a convivência, o espírito investigativo, a

receptividade ao novo, a responsabilidade social e política e uma profundidade na

interpretação dos problemas da comunidade.

Ao elaborarmos esse projeto nossa preocupação foi conhecer nossos alunos, saber

quem são, de onde vêm, quais são suas necessidades imediatas e suas aspirações mais

profundas. Analisamos também a situação da escola e apontamos as carências e as

metas a atingir, tendo em vista o aluno como centro do processo educativo e como tal,

deve ser estimulado a participar ativamente do processo ensino aprendizagem.

Entendemos que a Escola é antes de tudo um lugar onde cabem diferentes vozes e

formas de compreender o mundo e que não existe um único ponto de vista que dê conta

da explicação da realidade física e social. Nessa perspectiva, construindo com nossos

alunos uma relação de respeito mútuo é que teremos condições de ajudá-los a entender e

transformar o mundo em que vivem.

“A escola é o lugar em que se cruzam diferentes vozes, silêncios e visões de mundo.

Um espaço onde se expressam ou se ocultam medos, fantasias, desejos e emoções”.

S.M.E.Multieducação- 1993

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IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

UNIDADE ESCOLAR: CIEP BRIZOLÃO 303 AYRTON SENNA

ENDEREÇO: AUTO ESTRADA LAGOA BARRA, N° 15 A, SÃO CONRADO

CEP: 22 610 - 170

TELEFAX: 3204- 3603

UNIDADE ADMINISTRATIVA: 181852

CNPJ: 01 286 704 / 0001 - 35

DECRETO DE CRIAÇAO : Nº 19919 DE 06/ 05/ 94, D. O DE 09/ 05/ 94

MODALIDADES DE ENSINO:

ENSINO FUNDAMENTAL - 2º SEGMENTO

ENSINO MÉDIO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - 2º SEGMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL

CES

ESTRUTURA DOS CURSOS:

ENSINO FUNDAMENTAL - SERIADO

ENSINO MÉDIO – SERIADO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - FASE

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CES - SEMI - INDI RETO

CLASSIFICAÇÃO DA ESCOLA: B

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E POLÍTICA

A ação educacional do Ciep Ayrton Senna tem como base uma educação voltada

para a transmissão dos conteúdos e para a promoção do desenvolvimento da personalidade,

da consciência, da liberdade e da autonomia do aluno.

A motivação é a mola propulsora que o impele a uma educação que possibilite

alcançar um nível de maturidade que “passe da perspectiva da individualidade isolada e

mentalidade tribal ao sentimento plenamente desenvolvido de comunidade e perspectiva

planetária”. (Naranjo)

Através da busca de um senso crítico em educação, podemos entendê-lo de

maneiras diversas: cumprindo as funções de redenção, de reprodução ou de transformação

da sociedade. Entendemos que a educação transformadora serve de instrumento e meio

para a concretização de um modelo ideal de sociedade e, através de um processo dialético

contínuo, assume importância fundamental no que se refere a sua função transformadora.

(...) O diálogo é uma espécie de postura necessária, na medida

em que os seres humanos se encontram para refletir sobre sua realidade

tal como a fazem e refazem...Através do diálogo, refletindo juntos sobre

o que sabemos e não sabemos, podemos a seguir, atuar criticamente

para transformar a realidade”.

Paulo Freire, 1996, Pedagogia da Autonomia

VISÃO DE FUTURO

Nossa escola será reconhecida pela eficácia, segurança e responsabilidade de nosso

trabalho, pelo respeito aos alunos, pais, colaboradores e comunidade.

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MISSÃO

Nossa missão é contribuir para a formação de cidadãos críticos e conscientes,

preparados para o exercício da vida profissional e para os desafios do mundo moderno.

1. CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICA, SOCIAL, ECONÔMICA E

CULTURAL

Contam os antigos moradores da Rocinha que no início do século passado, entre o

Morro Dois Irmãos e o Maciço da Floresta da Tijuca, existia uma fazenda, de propriedade

da Companhia Castor Guidon, com uma bela cachoeira e nascentes que desaguavam na

praia da Gávea, atual praia de São Conrado. Essa fazenda foi vendida e seus lotes

transformados em sítios que comercializavam frutas, hortaliças e legumes na feira da

Gávea. Em função desses sítios surgiu um povoado de descendentes de escravos e,

posteriormente de imigrantes nordestinos que chegavam à cidade do Rio de Janeiro em

busca de trabalho na área da construção civil. A Gávea nessa época era um bairro

operário, com diversas fábricas e com ponto final de linha de bonde na Praça do Jóquei

onde se concentravam operários em busca de trabalho e moradia que passaram a tomar

conta de sítios e a ocupar pequenos lotes.

Na década de 30, o caminho da Gávea recebeu tratamento adequado para a

circulação de automóveis e, a partir de então, em virtude da inexistência de política agrária

para manter o homem no campo e reduzir o êxodo rural e política habitacional para

resolver o problema da moradia da população operária, o crescimento desordenado entre a

Gávea e São Conrado foi inevitável.

Entre os inúmeros testemunhos sobre o surgimento do nome Rocinha, destacamos

as histórias de dois antigos moradores que estão registradas no livro Varal de Lembranças

assim como as informações citadas acima.

“A história do nome Rocinha, vem do seguinte: segundo informações do Seu

José Pio, já falecido,aqui residiam umas primas, parentes dele. Elas eram espanholas.

Isso aqui era uma chácara, não existia essa comunidade favelada. A Estrada da Gávea

era um caminho onde passavam aqueles vendedores de frutas que vinham de

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Jacarepaguá, com tropas cavalos e burros. Elas, as espanholas, como eram plantadoras

de hortaliças, chamavam esse pessoal:

-Venham ver nossa rocinha!

Então, esses tropeiros e feirantes, quando faltava alguma coisinha, couve, cheiro,

diziam:

- Vamos à rocinha, pra ver se lá, tem!

Então, pegou, por causa da roça, da chácara que elas tinham. Pegou o nome.”

Ismael Elias da Silva, Varal de Lembranças

De uma maneira ou de outra surgiu a palavra que deu nome a favela. Segundo o

Jornal do Brasil, de 23/05/ 73, “a história de sua ocupação começa no início do século

com a necessidade de saneamento da região da Barra da Tijuca. Mas a favela em si,só

vai surgir a partir da década de 50, quando aumenta a migração de nordestinos para o

Rio.”Esses trabalhadores, atraídos pela corrida imobiliária em direção à Zona Sul,

construíam às pressas, durante a noite, seus barracos de madeira e zinco. “A maioria

deles, afirma o médico Mário Dubles no livro Varal de Lembranças, deixou no Nordeste

mulher e filhos para aqui passarem a viver com moças que trabalhavam como

empregadas domésticas nas casas da Zona Sul. Muitos retornaram para seus estados de

origem, abandonando companheiras e filhos. Até 1960, o número de mães solteiras na

Rocinha era tão grande que se criou um grave problema social.”

Ainda segundo o médico, em relato ao Jornal do Brasil, “a Rocinha sempre foi

um filho órfão na mão de tutores desonestos”, referindo –se aos políticos e suas

promessas. Diziam que a favela seria urbanizada, teria água e esgoto e, depois das

eleições, as promessas se transformavam, no máximo, na instalação de algumas bicas

d’água. ”.

Inácio de Almeida cita em seu manuscrito A cidade das Latas que, “ a Rocinha

continua crescendo como é natural, nessa triste desordem em que vivemos. Com a

persistente solicitação dos moradores, o governo nos vai cedendo algo, não obstante os

politicóides apresentarem –se como os benfeitores, embora não tenham jamais

elaborado um cuidadoso estudo desse grave problema que é a indisfarçável necessidade

de morar...cada vez mais premente uma vez que a população aumenta em ritmo

acelerado, descarte agravando, inclusive, os problemas educacionais. Prédios são

construídos sem supervisão, ...as vielas, os caminhos a que chamam de ruas, vão sendo

engolidos e transformados em lamaçais. Esses prédios, de mais de um pavimento, não

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são ocupados apenas pela família do proprietário. Este passa a locador de imóveis,

realizando verdadeira exploração imobiliária paralela à do asfalto, com a grande

diferença que, dessa aqui, não escorre nem um centavo sequer para os cofres do erário.

O governo vem se descuidando desse aspecto e permitindo que, numa das cidades mais

cultas do mundo, o Rio de Janeiro, milhares de famílias permaneçam nessa infra-

estrutura social, com crianças patinando na lama, de mistura quantas vezes de dejetos

humanos...”

No verão de 1967, durante as chuvas, houve enchente e desabamento, com grande

número de mortos e desabrigados. Nessa época, o governo construiu verdadeiras cidades

nos subúrbios de Paciência, Cordovil e Jacarepaguá, transferindo e removendo famílias das

áreas faveladas da Zona Sul.

“O desgraçado que é servente, pedreiro e mora num barraco, não pode ser

considerado cidadão? Não tem nenhum direito cívico, podendo ser arrastado pelas

ruas das amarguras como um cão sem dono, porque a estrutura legal não o abrange?

Que mentalidade é essa?...doutrinas anticristãs que sacudiram o mundo na primeira

metade desse século, não traziam no bojo tais monstruosidades. O que é afinal uma

nação? O que é pátria? O que é esse país? Nascer nesse espaço limitado pelas fronteiras

do país não significa nada? Não! É preciso rever tudo isso e fazer uma política sadia

baseada em princípios éticos. Remover pessoas do lugar onde vivem há muito

tempo, ...Removê- las daí porque simplesmente não são consideradas dignas dessa gente

bem posta na vida é, inegavelmente, atender contra o equilíbrio cívico do qual tanto

carece a pátria para viver bem...Para conduzir o ser humano a um comportamento justo

e harmônico no meio social, só existe um veículo: a educação em suas diversas

modalidades.”

Inácio de Almeida, fragmentos do manuscrito A cidade das latas.

A partir de 1968 as associações de moradores mobilizavam centenas de pessoas em

prol da permanência na favela e contra a remoção, da conscientização sobre saneamento e

saúde pública, da necessidade de transporte público eficiente e da construção da passarela

sobre a Auto Estrada Lagoa Barra.

Os mutirões criados para limpeza das valas foram o grande momento da

comunidade. Dos mutirões passaram a elaborar planos mais ambiciosos como a

canalização das valas. Uma comissão foi formada para a arrecadação de fundos entre os

moradores da própria comunidade. Com mão de obra local e projeto de “Seu Oliveira”, a

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canalização do valão da Rua 3 teve início na década de 70. Seguiram os mutirões para a

construção da passarela e colocação de luz e gás em todas as moradias.

Um crescimento desordenado transformou a Rocinha na maior favela da América

Latina, com população que abrange grande concentração de adolescentes e jovens adultos,

estimada em torno de 56. 338, de acordo com o Censo de 2000 e 85.000 habitantes

segundo dados da Light, em levantamento feito recentemente para viabilização da

normalização das áreas informais ou 56.000 segundo publicado na Revista Veja no final da

década de 90.

Hoje a comunidade vive a dicotomia em ser favela e bairro. O decreto nº 5 280, de

23 de agosto de 1995, criou a XXVII Região Administrativa, responsável pela Rocinha. A

delimitação do bairro se deu através do Decreto nº 6 011, de 04 de agosto de 1 986,

outorgado pela Lei nº 1 995, de 18 de junho de 1993. Estas mudanças não apresentaram

grandes melhorias na comunidade uma vez que ainda possui todas as características físicas

e culturais de uma favela.

O plano de Estruturação Urbana, prometido pela prefeitura de 1992 não foi

executado e a população continua a conviver em construções inadequadas, com a freqüente

falta d’água, a devastação da área de preservação ambiental, o crescimento populacional

desordenado(25% nos últimos 5 anos segundo a Revista Veja de 13 de junho de 2007), a

precariedade da rede de esgoto que corre a céu aberto por becos e vielas, a coleta de lixo

ineficaz que aumenta as possibilidades de proliferação de ratos e a transmissão de

doenças infecto contagiosas. DST, pneumonia, alergias respiratórias e tuberculose e

doenças de pele estão entre as mazelas que mais afetam a comunidade. Somados a esses, a

falta de áreas de lazer e praças, o alto índice de marginalidade, a maternidade precoce,

creches e escolas insuficientes e um único posto de saúde não atendem a demanda da

população.

A Rocinha tem como principal característica a diversidade cultural, com

predomínio da cultura nordestina. Podemos acrescentar que há na escola uma população

flutuante considerável, haja vista o número de transferências que recebemos e expedimos

em nossa secretaria.

O Ciep Ayrton Senna localiza- se em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro e

atende principalmente os moradores da Rocinha, Vila Canoas e Parque da Cidade.

A economia local da comunidade caracteriza –se por um comércio rico e variado

com cerca de 1 600 estabelecimentos que atendem a população. Entre eles podemos

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destacar:

o Agências bancárias da Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e inúmeras

instituições financeiras.

o 03 escolas municipais, cerca de 25 particulares e 15 creches;

o 1 Posto de Saúde Municipal e diversas clínicas médicas e dentárias

particulares;

o Igrejas, Templos e Tabernáculos;

o 4 estações de rádio comunitárias e 3 estações de TV a cabo;

o Agremiação e Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha;

o Associações de bairro: AMABB (Associação de amigos do bairro Barcelos),

UPMMR (União pró melhoramentos dos moradores da Rocinha)

o ONG’s e cooperativas diversas;

o Academias de ginástica, dança, capoeira, judô, jiu jitsu, luta livre, etc...

o Cias de Teatro: Roça Caça Cultura, Do jeito que tá, Grapar, etc...

o Casa de Cultura;

o Clubes: Raiz da Serra e Umuarama;

o Clínicas e Institutos de Estética e Beleza;

o Associação de Vôo Livre e Asa Delta , Favela Tour, Surf e Body boarding;

o Shopping, restaurantes, pizzarias, lanchonetes e bares;

o Movimentos de funk, hip hop, grafite, skate e bikers;

o Sebrae: atua em diversos projetos sociais;

o Centro de Cidadania Rinaldo Delamare.

1.1 - A FALA DO ALUNO: A ESCOLA QUE QUEREMOS

No dia a dia percebemos que nosso aluno anseia por:

o Uma relação de respeito entre professores, funcionários e alunos;

o Aulas mais dinâmicas e com atividades diferenciadas;

o Especialistas em ouvir e compreender os alunos;

o Início do ano letivo com professores para todas as disciplinas;

o Aprender a cada dia e retomada da matéria sempre que necessário;

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o Alunos com melhores resultados;

o Professores mais interessados e comprometidos;

o Horário de aula cumprido com rigidez;

o Remanejamento de professores com maior rapidez;

o Jeito carinhoso de ensinar;

o Atividades esportivas, artísticas e culturais;

o Laboratório de informática;

o Bebedor com água gelada no pátio, corredores e quadra;

o Janelas que possam ser fechadas em dias de chuva e frio;

o Regras rígidas de disciplina;

o Algum tipo de medida educativa para os que “aprontam”.

É...A gente quer valer o nosso amor

A gente quer valer nosso suor

A gente quer valer o nosso humor

A gente quer do bom e do melhor

A gente quer carinho e atenção

A gente quer calor no coração

A gente quer suar mas de prazer

A gente quer é ter muita saúde

A gente quer viver felicidade

A gente quer viver a liberdade

É... A gente quer viver pleno direito

A gente quer viver todo defeito

A gente quer viver uma nação

A gente quer é ser um cidadão

( É... de Gonzaguinha)

1.2 - A FALA DO PROFESSOR: A ESCOLA QUE QUEREMOS

Ao pensar na escola que queremos é fundamental refletir sobre o papel do ensino

público para o futuro da educação, pois é a escola pública que forma a grande maioria da

população escolarizada de nosso país.

Historicamente coube à escola pública resolver o problema da desigualdade

educacional e consequentemente minimizar o abismo da desigualdade social. Vale lembrar

que os idealistas da educação sempre viram na igualdade de acesso o grande esteio para a

fomentação da igualdade de direitos sem a qual não se pode falar em democracia.

Qual a escola que queremos?

o Uma escola que seja includente em suas ações e práticas igualitárias;

o Uma escola que respeite as diferenças;

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o Uma escola que abrigue o questionamento, que estimule a dúvida como

prática cotidiana;

o Uma escola que abrace parceiros e parcerias;

o Uma escola aberta para a comunidade;

o Uma escola que se faça a cada dia, que se transforme e que não se

amedronte diante das mudanças, pelo contrário, que se alegre com elas, pois

a vida é feita de mudanças.

“...Se a minha escolha é democrática, progressista, não posso ter

uma prática reacionária. Não posso discriminar o aluno em nome de

nenhum motivo. A percepção que o aluno tem de mim não resulta

exclusivamente de como atuo mas também de como o aluno entende de

como atuo. Evidentemente, não posso levar meus dias como professor a

perguntar aos alunos o que acham de mim ou de como me avaliam. Mas

devo estar atento à leitura que fazem de minha atividade com eles.

Precisamos aprender a compreender a significação de um silêncio ou de

um sorriso, de uma retirada de sala ou o tom menos cortês com que foi

feita uma pergunta. Afinal, o espaço pedagógico é um texto para ser

constantemente lido, interpretado, escrito e relido. Neste sentido, quanto

mais solidariedade exista entre o educador e educandos no trato deste

espaço, tantas mais possibilidades de aprendizagem democrática se abrem

na escola”.

Paulo Freire, 1996, Pedagogia da Autonomia

1. 3 - DESCRIÇÃO DA REALIDADE DA ESCOLA

Existe uma filosofia de abertura entre escola e comunidade e procuramos valorizar

isso ao máximo através de projetos que vão sendo desenvolvidos ao longo do ano e que

visam à socialização do aluno dentro da comunidade e fora dela. Para cumprir a função

social a escola precisa estar em ligação permanente com o que acontece a sua volta e além

de estar informada com o que se passa do lado de fora, procurando manter os pais e

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responsáveis informados sobre o trabalho que vimos desenvolvendo ao longo do ano bem

como sobre a freqüência e o rendimento dos alunos.

No dia a dia diferentes realidades se apresentam.

Alunos interessados, críticos e questionadores que muito se angustiavam com a

falta de professores, problema que vem sendo aos poucos remediado do ano de 2004 para

cá. A cobrança tem sido constante e insistente para que a matriz curricular seja respeitada

e com bons professores em sala de aula.

Entre os adolescentes e jovens, na faixa etária de 14 a 16 anos, encontramos o

maior número de alunos desinteressados, que pouco valorizam o sistema educacional. Na

prática, são os problemas do cotidiano, como o desinteresse, o baixo rendimento, a evasão,

a falta de acompanhamento familiar e em alguns casos a indisciplina que pedem ações

coletivas a fim de resolver as diferentes situações que se apresentam.

A evasão escolar é uma questão que atinge todas as modalidades de ensino e faixas

etárias. Apontamos como possíveis causas a necessidade precoce de se ingressar no

mercado de trabalho e ajudar no orçamento familiar, a defasagem idade série, a

desmotivação causada por programas fora da realidade do aluno, a desagregação das

famílias, a pré matrícula pelo telefone (0800), que encaminha alunos da zona oeste

(Itanhangá, Jacarepaguá, Vargem Grande, Gardênia Azul, etc...), bairros distantes, de

difícil locomoção.

A repetência e a defasagem idade e série são reflexos das condições sócio-

econômicas da comunidade. Programas de aceleração e resgate dos conteúdos como PEJ –

Instituto Unibanco, recuperação paralela, EJA e CES são modalidades oferecidas em

nossa unidade escolar para atender ao enorme contingente de jovens e adultos que se

encontram nessas condições.

Apontamos as atividades lúdicas e esportivas como as mais aceitas pelos alunos.

Futebol, música, capoeira, dança, artes plásticas, desenho e pintura são atividades em que

têm oportunidade de mostrar as habilidades em que se destacam.

Grande parte de nossos alunos trabalha e tem potencial para competir no mercado

de trabalho. Destacam- se principalmente no setor de prestação de serviços de segurança,

alimentação, hotelaria, comércio, carpintaria, mecânica, hidráulica, pintura, vestuário e

beleza. Muitos estão inseridos no mercado de trabalho informal, sem vínculo empregatício

e não têm seus direitos de cidadãos exercidos.

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Os alunos da modalidade Jovens e Adultos em sua maioria são assíduos,

interessados e bastante conscientes de suas limitações, principalmente pelo fato de terem

ficado afastados do sistema educacional por alguns anos. Esses, têm aproveitamento

satisfatório, são esforçados e se beneficiam das oportunidades oferecidas pela educação

continuada.

1. 4 - PROPOSTA PEDAGÓGICA

A proposta pedagógica segue as orientações dos Parâmetros Curriculares

Nacionais, apresentados pelo Ministério de Educação e Cultura, baseados na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Nossa proposta está direcionada ao oferecimento de informações que levem a

busca de soluções dos problemas e das vivências cotidianas sem perder de vista o

compromisso com a leitura, com o estudo e com a produção do saber. Tomamos com base

e linha de ação o trabalho com textos diversos nas diferentes séries, disciplinas e

modalidades de ensino. Para isso propomos ações como o programa de leitura, a

revitalização da biblioteca, a aquisição de títulos diversos, o Café com Letras, o trabalho

contextualizado em sala de aula e em questões de avaliação bimestral. São atividades e

situações necessárias para que os alunos compreendam seu processo de aprendizagem,

participem das aulas e se desenvolvam no domínio da língua, apropriando conceitos e

desenvolvimento habilidades.

1.5 - OBJETIVOS E METAS

Objetivo geral

o desenvolver no educando a formação comum indispensável para o exercício da

cidadania e fornecer meios para que progrida no trabalho e em estudos

posteriores.

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Objetivos específicos

o Promover a aprendizagem dos conteúdos específicos;

o Desenvolver o senso crítico;

o Incorporar valores morais, éticos e o respeito às normas de convivência;

o Oferecer educação de qualidade;

o Criar situações que favoreçam o desenvolvimento da cultura geral;

o Planejar cuidadosamente as ações pedagógicas da escola;

o Envolver a comunidade local no trabalho da escola;

o Reduzir os índices de evasão e repetência.

Metas a alcançar

o Elevar para 85% a taxa de aprovação nas séries e disciplinas críticas;

o Promover a capacitação de professores das disciplinas críticas;

o Reduzir para 10% o índice de abandono escolar;

o Viabilizar a implantação de cursos técnicos a partir de 2009;

o Capacitar os professores para a prática do programa Linux e uso do Laboratório

de Informática até o final do ano letivo (2008);

o Construir um palco para apresentações diversas no 2º semestre deste ano letivo

(2008);

o Ampliar o acervo da Biblioteca para 4000 títulos;

o Elaborar projeto para aquisição de recursos e montagem do laboratório de

Química, Física e Biologia para 2009;

o Reduzir as turmas do 2º segmento do Ensino Fundamental, iniciando a exclusão

das 5ª séries a partir de 2008.

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2 . ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

A organização e a racionalização do uso de recursos humanos, materiais, físicos e

financeiros incide direta ou indiretamente na eficiência do processo ensino aprendizagem à

medida que garante as condições de funcionamento e de integração da equipe escolar.

Buscamos uma unidade na ação educativa em torno de diretrizes, normas,

desempenho de funções e planejamento que resultem em situações que favoreçam a

aprendizagem. Para que a escola funcione da maneira mais organizada possível,

agrupamos por áreas de ação as atividades da escola.

2.1 - ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE APOIO TÉCNICO E

ADMINISTRATIVO

A organização das tarefas administrativas tem a função de fornecer o apoio necessário

ao trabalho docente.

As atividades da Secretaria

Procedimentos de matrícula e transferências de alunos, prontuários dos alunos,

arquivos, livros de ata de matrícula, transferência e conclusão de curso, histórico da

vida escolar, certificado de conclusão de curso, registro de rendimento escolar, ficha

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individual com rendimento e percentual de freqüência, expedição de declaração e

históricos entre outros.

Departamento de Pessoal

Prontuários dos professores e funcionários, ofícios expedidos e recebidos, freqüência

dos funcionários, processos e licenças.

Coordenação de Turno

os coordenadores de turno são responsáveis pela movimentação e disciplina

dos alunos na entrada, durante o horário das aulas, na troca dos turnos e nos

passeios fora da escola;

dão apoio aos professores além de orientar os visitantes que procuram a escola;

transmitem à equipe de gestão todas as informações pertinentes à

movimentação dos alunos, professores e visitantes;

em caso de indisciplina em sala de aula, o professor encaminha o aluno ao CT

que registra a ocorrência e toma as medidas necessárias como encaminhar `a

Direção da escola.

Serviços Gerais e de Apoio

Auxiliar de serviços gerais: responsável pela equipe de vigilância e pelos

serviços de manutenção hidráulica e elétrica, conservação do prédio, do

mobiliário e equipamentos diversos, inventário.

Merendeiras: responsáveis pelo recebimento, armazenamento, conservação,

preparo e distribuição da merenda escolar.

Serventes: responsáveis pelas atividades de limpeza, manutenção e

conservação do prédio, do mobiliário escolar e do material didático.

2. 2 - ORGANIZAÇÃO DA VIDA ESCOLAR

São aspectos indispensáveis para o funcionamento da vida escolar a distribuição

das tarefas, as condições de higiene e limpeza, as relações humanas, o sistema

participativo de tomada de decisões, as discussões considerando as idéias, valores e

experiências positivas dos professores e demais funcionários no cumprimento de suas

atribuições.

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Ao final de cada ano e início do ano letivo subseqüente a Coordenação

Pedagógica avalia e planeja as ações. Essas ações estão explicitadas nos Planos de

Curso que seguem as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, da nova

matriz curricular, horários dos professores e da escola, calendário anual, calendário

mensal de atividades, calendário de avaliação, organização de projetos, do espaço físico

e do horário em geral.

2. 2.1 - COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

A coordenação das atividades pedagógicas se dá através da Direção Adjunta

Pedagógica e dos coordenadores das três diferentes áreas do conhecimento.

O calendário escolar, procedimentos de matrícula, organização das turmas, turnos e

horários da escola, currículo e projetos são organizados no início do ano letivo e

desenvolvidos e avaliados ao longo do ano letivo. No Calendário escolar em anexo, estão

previstas os dias letivos de cada bimestre, estudos de recuperação, reuniões pedagógicas e

administrativas, conselhos de classe, conselho de promoção, formatura e atividades extra

classe.

2.3 - PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO ENSINO

APRENDIZAGEM

A organização do trabalho pedagógico e curricular acontece todo início de ano

para elaboração e organização dos conteúdos para avaliação do trabalho docente. Nos

encontros pedagógicos visamos:

o Elaboração, adequação e cumprimento do programa de ensino.

o Adoção do livro didático e outras fontes impressas e áudio visuais.

o O envolvimento do aluno e sua participação ativa nas atividades de

classe e extra classe.

o O desenvolvimento de competências e habilidades.

o O desenvolvimento da capacidade intelectual.

o O desenvolvimento do trabalho em equipe.

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o O desenvolvimento de atividades independentes e projetos.

2.4 - PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

O planejamento pedagógico pressupõe o detalhamento das diretrizes de cada série

ou fase das diferentes modalidades de ensino oferecidas pelo Ciep Ayrton Senna. Essas

diretrizes são um conjunto de definições sobre fundamentos, princípios e procedimentos

que orientam as escolas na organização curricular e pedagógica, no desenvolvimento e

articulação de projetos visando vincular a educação ao mundo do trabalho e a prática

social.

De acordo com a Nova LDB, capítulo II, da Educação Básica, seção I, artigo 23:

“A educação básica poderá organizar- se por séries anuais, períodos

semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados

com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de

organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o

recomendar”.

Sistema de progressão regular por série para os alunos matriculados no 2º segmento

do Ensino Fundamental e Médio.

Sistema de Fase Semestral no 2º segmento do Ensino Fundamental na modalidade

Educação de Jovens e Adultos.

Estudo Supletivo, modalidade CES.

Segundo o artigo 24, item III da LDB, “nos estabelecimentos que adotam a

progressão por série, o regimento escolar pode admitir forma de progressão parcial,

desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo

sistema de ensino; no artigo 24, item V, b, possibilidade de aceleração de estudos para

alunos com atraso escolar”.

2.5 - MODALIDADES E SISTEMAS DE ENSINO ADOTADOS

Ensino Fundamental

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De acordo com o que estabelece o artigo 32, seção III da Lei 9394/96, o Ensino

Fundamental será obrigatório e gratuito na escola pública e terá por objetivo a formação

básica do cidadão, mediante:

o O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

o A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que fundamenta a sociedade;

o O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e formação de atitudes e valores;

o O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se apresenta a vida social.

Segundo os PCN’s, as unidades escolares que o oferecem devem nortear suas ações

pedagógicas considerando:

o Os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade e do respeito ao bem

comum;

o Os princípios dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade

e do respeito à ordem democrática;

o Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de

manifestações artísticas e culturais.

Adotamos o sistema de ensino regular por série e atendemos o 2º segmento do

Ensino Fundamental. Em 2008 excluímos o 6º ano de escolaridade de nossa Unidade

Escolar e assim procederemos sucessivamente até que sejam as demais séries abolidas

definitivamente de nossa escola permanecendo a modalidade CEJA.

Ensino Médio

Na seção IV, artigos 35 e 36 da LDB, essa modalidade de ensino terá duração de

três anos, com os seguintes objetivos:

o Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

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o Preparar o aluno para o trabalho e para o exercício da cidadania, para que

possa continuar aprendendo, para que seja capaz de se adaptar com

flexibilidade a novas condições de ocupação e aperfeiçoamento posteriores;

o Aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o

desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico;

o Fazer com que o educando compreenda os fundamentos científicos-

metodológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a

prática no ensino de cada disciplina.

o Atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício

de profissões técnicas

o A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação

profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de

ensino ou em cooperação com instituições especializadas em educação

profissional.

A proposta pedagógica para esta modalidade inclui competências básicas,

conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos, que possibilitem:

o O desenvolvimento da capacidade de aprender, da autonomia intelectual e

do pensamento crítico de modo a capacitar o aluno a prosseguir os estudos e

adaptar-se com flexibilidade a novas condições;

o A constituição de significados socialmente construídos e reconhecidos como

verdadeiros sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e

política;

o A compreensão do significado das ciências, das letras e das artes e do

processo de transformação da sociedade e da cultura em especial as do

Brasil, de modo a possuir as competências e habilidades necessárias ao

exercício da cidadania e do trabalho;

o O domínio dos princípios e fundamentos científico- tecnológicos que

presidem a produção moderna de bens, serviços e conhecimentos, tanto em

seus produtos como em seus processos, de modo a ser capaz de relacionar a

teoria com a prática e o desenvolvimento da flexibilidade para novas

condições de ocupação e aperfeiçoamento posteriores;

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o A competência no uso da língua portuguesa, da língua estrangeira e outras

linguagens contemporâneas como instrumentos de comunicação e como

processos de constituição de conhecimento e de exercício de cidadania.

o Atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício

de profissões técnicas

Centro de Estudos de Jovens e Adultos

De acordo com a seção V, do artigo 37 da LDB, “a Educação de Jovens e Adultos

destina- se a educar aqueles que não tiveram oportunidade na idade própria”. A idade

mínima exigida para o acesso ao CEJA, é de 15 anos.

Buscando garantir oportunidades educacionais apropriadas às características da

comunidade escolar , oferecemos a modalidade no sistema de fases semestrais.Os objetivos

são:

o Viabilizar o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações

complementares e integradas entre si;

o Habilitar o educando a prosseguir seus estudos no ensino regular.

Destinado àqueles que por quaisquer motivos não tiveram acesso ou continuidade

de estudo na idade própria e necessitam beneficiar- se das oportunidades oferecidas pela

educação continuada, considerando seus interesses, condições de vida e de trabalho,

implantamos o Sistema de Fases Semestrais no 3º turno, em 2002, considerando que a

maior parte dos alunos matriculados nesta modalidade estar acima de 20 anos de idade. Em

2006, estendemos essa oferta para o 2º turno.

Como modalidade da Educação Básica, a identidade do CEJA considera o perfil do

estudante e a faixa etária pautando os princípios da eqüidade, diferença e

proporcionalidade na apropriação e contextualização das diretrizes curriculares nacionais e

na proposição de um modelo pedagógico mais adequado de modo a assegurar:

o Quanto à eqüidade – a distribuição específica dos componentes curriculares a

fim de propiciar um patamar igualitário de formação a restabelecer a igualdade

de direitos e oportunidades face ao direito a educação;

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o Quanto à diferença – a identificação e o reconhecimento da alteridade própria e

inseparável dos jovens e dos adultos em seu processo formativo, da valorização

do mérito de cada qual e do desenvolvimento de seus conhecimentos e valores;

o Quanto à proporcionalidade – a disposição e alocação adequadas dos

componentes curriculares face às necessidades próprias da Educação de jovens

e Adultos, com espaço e tempo nos quais as práticas pedagógicas assegurem

aos seus estudantes identidade formativa comum aos demais participantes da

educação básica.

As diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores apóiam- se em:

o Utilização de métodos e técnicas que contemplem códigos e linguagens

apropriados às situações específicas de aprendizagem;

o Ambiente institucional com organização adequada à proposta pedagógica;

o Investigação dos problemas buscando oferecer soluções teoricamente

fundamentadas e socialmente contextualizadas;

o Desenvolvimento de um processo educativo que relacione a teoria com a

prática.

Centro de Estudo Supletivo

O estudo supletivo é modalidade oferecida exclusivamente nos Centros de Estudo

Supletivo, CES. Destina- se, prioritariamente, àqueles que por qualquer motivo estão

impossibilitados de participar de aulas presenciais oferecidas pelo ensino regular.

De acordo com a Lei Federal nº 9394/96, artigo 38: “Os sistemas de ensino

manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do

currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular”.

Os exames a que se refere este artigo realizar-se- ão no nível de conclusão do

ensino fundamental para os maiores de quinze anos e no nível de conclusão do ensino

médio, para os maiores de dezoito anos. Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos

educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.

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3. PROGRAMAÇÃO DA VIDA ESCOLAR

Matrícula

O corpo discente é o conjunto de estudantes que compõem as turmas dessa unidade

escolar. Esses são incluídos em turmas através do procedimento de matrícula. Esses

procedimentos são divulgados através de cartazes afixados em locais visíveis ao público,

nas rádios comunitárias e estação de TV da comunidade com todas as informações

necessárias a sua efetivação.

São três as modalidades de matrícula:

o Inicial – para cursar qualquer série ou fase de Educação Básica.

o Renovada – renovação automática para todos os alunos que estão cursando

qualquer série ou fase e retornam após interrupção.

o Transferência – para cursar qualquer série ou fase, quando o aluno vem de outro

estabelecimento de ensino.

Organização das turmas

Estabelecemos com critérios de organização:

o Atender a reivindicação, por determinado horário, no ato da matricula ou de sua

renovação;

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o Proporcionar a compatibilidade entre horário de trabalho e horário escolar;

o Encaminhar para aceleração de estudos desde que em idade apropriada(EJA );

o Encaminhar para o CES àqueles que por quaisquer motivos se encontrem

impossibilitados de assistir aulas presenciais;

o Máximo de 45 alunos por turma;

o Complementação das turmas ao longo do ano desde que haja um esvaziamento

seja por transferência ou evasão.

4. MATRIZ CURRICULAR

De acordo com o artigo 25, da Nova Lei de Diretrizes e Bases,

“ os currículos de Ensino Fundamental e Médio, devem ter uma Base Nacional

Comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar,

por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da

sociedade, como a cultura, a economia e a clientela.”

A Nova Matriz Curricular implantada através da resolução SEEDUC nº 3813 de

04 de janeiro de 2008, estabelece as matrizes a de todas as séries, anos e fases da

Educação Básica, a partir do ano letivo de 2008.

No que diz respeito aos projetos definidos pela unidade escolar, optamos por

oferecer aulas de Técnicas de Redação aos alunos de todas as séries do 2º segmento do

Ensino Fundamental. Para as turmas do Ensino Médio, os dois tempos serão

preenchidos com História ou Biologia sempre de acordo com o que a disponibilidade

dos professores.

A Resolução SEEDUC nº 3813 de 04 de Janeiro de 2008, fixa as diretrizes para

implantação das Matrizes Curriculares para a educação básica nas unidades escolares

da rede pública e dá outras providências.

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Parágrafo único – as matrizes curriculares de que trata o caput serão

implantadas em todas as séries, anos e fases da educação básica, a partir do ano letivo

de 2008.

Art. 3º - No Ensino Fundamental do 6ºao 9º ano, diurno de horário parcial, a

carga horária será de 25 tempos semanais de 50 minutos cada, com intervalo de 20

minutos, conforme previsto no anexo III.

Art. 4º - No Ensino Médio diurno, de horário parcial, a carga horária será de 30

tempos semanais de 50 minutos cada, com intervalo de 20 minutos, conforme previsto

no anexo III.

Art.5º - No Ensino Médio noturno, a carga horária será de 30 tempos semanais

de 40 minutos cada, com intervalo de 20 minutos, conforme previsto no anexo III.

Art.8º - No 2º segmento do Ensino Fundamental, modalidade Educação de

Jovens e Adultos, a carga horária será de 20 tempos semanais de 45 minutos,

conforme previsto no anexo V.

Art.11º – a Parte Diversificada é componente obrigatório do currículo escolar,

devendo estar organicamente articulada à Base Nacional Comum, tornando o currículo

um todo significativo e integrado.

Art. 12 º– Da parte diversificada constará:

§ 2º - No Ensino Médio noturno será oferecida uma atividade de 1 tempo

semanal a ser definido pela unidade escolar, para os alunos que não optarem pelo

Ensino Religioso.

Art. 13º – A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola é

componente curricular obrigatório de educação básica, sendo sua prática facultativa ao

aluno:

I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a 6 horas;

II – maior de 30 anos de idade;

III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que em situação similar,

estiver obrigado à prática da educação física;

IV – amparado pelo Decreto- Lei nº 1 044, de 21 de outubro de 1969.

V – que tenha prole.

Art. 14 – No âmbito de todo currículo escolar deverão ser ministrados

conteúdos referentes à História e Cultura Afro- Brasileira, conforme Lei nº 10 639 de

09/10/2003.

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Nova Matriz Curricular

Ensino Fundamental – 2º segmento

ENSINO FUNDAMENTAL - BASE NACIONAL COMUM

Áreas do

Conhecimento

Componentes

Curriculares

Série

Série

Série

Série

BASE

NACIONAL

COMUM

Língua

Portuguesa/

Literatura

04 04 04 04

Matemática 04 04 04 04

Historia 02 02 03 03

Geografia 03 03 02 02

Ciências 03 03 03 03

Artes 02 02 02 02

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Educação

Física

02 02 02 02

PARTE

DIVERSIFICADA

Língua

Estrangeira 02 02 02 02

Projetos

definidos pela

Unidade

Escolar

02 02 02 02

Ensino

Religioso

01 01 01 01

Total * 25 25 25 25

ENSINO MÉDIO

ÁREAS DE CONHECIMENTO

Componentes

curriculares

Ano

Ano

Ano

BASE

NACIONAL

COMUM

Linguagem,

códigos e suas tecnologias

Língua

Portuguesa 04 04 04

Literatura 02 02 02

Educação

Artística * 02 *

Educação

Fisica 02 02 02

Ciências da

Natureza,

Matemática e suas tecnologias

Matemática 04 04 04

Quimica 02 02 02

Física 02 02 02

Biologia 02 02 02

Ciências Humanas e suas

tecnologias

Historia 02 02 02

Geografia 02 02 02

Sociologia * * 02

Filosofia 02 * *

Parte Diversificada

Língua

Estrangeira 02 02 02

Projeto

Definido pela

Unidade

escolar

02 02 02

Ensino

Religioso 01 01 01

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Áreas de

conhecimento

FASE V FASE VI FASE VII FASE VIII

LINGUA

PORTUGUESA 04 04 04 04

MATEMATICA 04 04 04 04

HISTORIA 02 02 02 02

GEOGRAFIA 02 02 02 02

CIENCIAS 02 02 03 03

EDUCAÇÃO

ARTISTICA

02 02 * *

LINGUA

ESTRANGEIRA

02 02 02 02

ENSINO

RELIGIOSO* * 01 01

EDUCAÇÃO

FISICA 02 02 02 02

TOTAL 20 20 20 20

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5. AVALIAÇÃO

Seguimos os critérios estabelecidos pela LDB/96, as resoluções da Secretaria de

Estado de Educação e as orientações dos PCN’s.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a avaliação

seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os

quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelo aluno ao longo do ano

devem ser mais valorizados do que a prova final.

“A avaliação da aprendizagem deve ser compreendida como processo de

acompanhamento contínuo das atividades realizadas pelo aluno, professor, escola,

tendo em vista a retomada constante das ações pedagógicas, no sentido de superar as

dificuldades encontradas”.LDB/ 96, artigo 24

Esta nova proposta tem a função diagnóstica de acompanhamento dos avanços e

dificuldades apresentadas pelo aluno no decorrer do processo de aprendizagem,

possibilitando assim uma intervenção mais eficiente por parte dos professores.

Os resultados da avaliação deverão ser expressos através de percentuais, em valores

inteiros de zero a dez. Será utilizado no mínimo dois instrumentos de avaliação por

bimestre, previamente estabelecidos pelo professor e equipe pedagógica. O somatório

deverá perfazer um total de dez pontos para o sistema de fases (EJA) e 20 pontos para o

ensino regular. Os procedimentos de acompanhamento são:

o observação individual do desempenho do aluno através das tarefas do cotidiano;

o trabalho de pesquisa individual;

o trabalho de pesquisa em grupo;

o observação permanente quanto ao domínio e compreensão da leitura através de

aportes textuais diversos, como folhetos informativos, receituários, receitas,

poemas, poesias, prosas, cartazes e textos extraídos de jornais e revistas.

o teste;

o avaliação bimestral.

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5.1 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem será feita de forma constante e contínua, através da

observação do desempenho do aluno por parte do professor durante as atividades

desenvolvidas em sala de aula.

De acordo com o estabelecido no calendário anual, o ano letivo é dividido em 4

bimestres. Os alunos deverão alcançar um mínimo de 5 e o máximo de 10 pontos por

bimestre. A soma de pontos de cada bimestre é o resultado obtido de pelo menos duas

atividades: trabalho individual e prova, trabalho em grupo e prova, participação,

assiduidade e prova, entre outras.Para aprovação direta na disciplina cursada o aluno

deverá obter nota final, igual ou maior que 20 pontos no ensino regular e 10 pontos no

ensino por fase semestral.

5.2 - SEGUNDA CHAMADA

Será oferecida a segunda chamada de prova àqueles que apresentarem

justificativa. Esta será ministrada em data especificada pelo professor. Caso o aluno

não compareça, ele automaticamente irá para a recuperação.

5.3 - RECUPERAÇÃO PARALELA

Os estudos de recuperação da aprendizagem constituem um procedimento

obrigatório, dentro da perspectiva da avaliação continuada e, devem acontecer ao longo do

ano letivo, bem como ao seu final.

A recuperação será oferecida ao final de cada semestre, na semana destinada à

segunda chamada de provas ao aluno que não alcançou nota igual ou maior que cinco em

cada bimestre.

O professor é responsável pela divulgação do conteúdo, orientação nos estudos que

antecedem a prova de recuperação. A recuperação contará com atividades diversificadas,

uso direto do livro didático, trabalho de pesquisa, teste e prova. O resultado da recuperação

substituirá a nota do bimestre desde que seja menor que a anterior.

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5.4 – PROGRESSÃO PARCIAL

Com o objetivo de organizar, dinamizar e até mesmo melhorar a qualidade de

ensino, achamos por bem encaminhar para o CES, o aluno que se encontrar na

situação de progressão parcial para atendimento e cumprimento da(s) disciplina(s)

em questão.

A dependência será oferecida por meio de diferentes estratégias:

o estudo à distância, utilizando- se de módulos elaborados pelo CES, seguindo

determinações estabelecidas pela Superintendência de Ensino;

o atendimento ao aluno pelo próprio professor (que reprovou).

Será permitido cursar até duas dependências em cada ano letivo, segundo os

seguintes critérios:

o em disciplinas diferentes da mesma série;

o em disciplinas diferentes em séries distintas;

o na mesma disciplina em séries diferentes.

5.5 – CLASSIFICAÇÃO

Há quatro formas de classificar o aluno:

o Por promoção: quando o aluno freqüentou a série ou fase anterior, na própria escola e

obteve bom aproveitamento e freqüência satisfatória;

o Por transferência: quando o aluno é oriundo de outra unidade escolar do mesmo nível e

modalidade de ensino;

o Por avaliação: quando o aluno é matriculado em série ou etapa mais adequada,

independentemente da escolarização anterior;

o Por amparo: quando o aluno é matriculado em série ou etapa adequada, quando da

ausência de comprovação da vida escoar anterior.

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5.6 – RECLASSIFICAÇÃO

A lei permite que alunos regularmente matriculados reprovados por insuficiência de

freqüência, sejam reclassificados para a série ou fase subseqüente, mediante avaliação do

Conselho de Promoção.

Nesse caso, o processo de reclassificação constará de:

o Comprovação de rendimento escolar superior ao mínimo previsto;

o Frmação de uma comissão de avaliação composta por professores, indicados pela Direção,

por ocasião do Conselho de Promoção;

o Análise, por essa comissão , da trajetória escolar do aluno a partir da ficha individual;

o Análise do desempenho, ouvindo todos os seus professores e considerando as

aprendizagens efetivas expressas no resultado final do ano cursado.

5.7 - FREQÜÊNCIA

A Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece, para fins de

promoção, freqüência mínima de 75% do total de horas do ano letivo. Se o aluno

ultrapassar esse limite, estará reprovado no período correspondente.

Lembramos, porém, que na atual legislação, não se fala em freqüência de

componente curricular, mas do total de horas letivas, nelas somadas as horas ministradas

em todos os conteúdos. A baixa assiduidade em um componente curricular é suficiente

para questionar a promoção do aluno em uma disciplina desde que o número de faltas seja

igual ao número de aulas dadas num determinado bimestre.

Não há qualquer amparo legal ou normativo para o abono de faltas de estudantes,

nem sequer recuperação de faltas. Serão considerados casos de força maior, previstos no

Regimento Escolar internação hospitalar, doença com convalescença domiciliar e gestação.

5.8 - CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é o órgão colegiado composto pelos professores da classe e

representantes de alunos e é também, o espaço de discussão e análise das ações educativas

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desenvolvidas pela escola, visando o crescimento de todos os envolvidos no processo

educativo. Nesse momento, analisamos a turma e cada um dos alunos, no que diz

respeito o aproveitamento escolar, disciplina, freqüência e o desempenho do professor

com base nos resultados alcançados. Nossa intenção é buscar um processo de avaliação

que propicie aprendizagem significativa. Como auxiliar da aprendizagem, o Conselho de

Classe deve refletir sobre a ação pedagógica e não se prender a notas ou a problemas com

determinadas turmas ou alunos.

Os objetivos do Conselho de Classe são:

Aprimorar o diagnóstico dos problemas e dificuldades.

Obter informações para facilitar o aconselhamento ao aluno.

Buscar soluções alternativas para as dificuldades que aparecem.

Elaborar programas de recuperação e outras atividades de apoio.

Reformular o plano de ensino ( revisão, retomada da matéria).

Identificar progressos e mudanças de comportamento de alunos.

Consultar informações e registros que possam subsidiar as decisões.

“O conselho de classe é a etapa dinamizadora do processo de ensino e aprendizagem desenvolvido na escola”.

Manual das Unidades Escolares, CRRM X

5.8 - CONSELHO DE PROMOÇÃO

O processo global de avaliação que a escola desenvolve tem por finalidade ser um

instrumento eficaz de transformação educacional, um sinal e presença das mudanças

sociais, justas e igualitárias desejadas por todos nós.

Nessa perspectiva, o coletivo do conselho de promoção detém a soberania das

decisões sobre o processo avaliativo. As situações e resultados apresentados devem ser

analisados e debatidos pelo grupo, de forma a garantir uma visão global do aluno e um

posicionamento coletivo. As discussões, decisões, observações e os resultados tomados

em conselho, são registrados na Ata do Conselho de Promoção

“O coletivo do Conselho de Promoção decide sobre a promoção integral,a

promoção parcial ou a reprovação do aluno”.

Manual das Unidades Escolares, CRRM X

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6. RECURSO HUMANOS

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7. RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS DISPONÍVEIS

O prédio

O prédio passou por uma grande reforma e que teve início em 2004 que abrangeu a

estrutura física externa e interna e teve grande importância para a elevação da auto- estima

da comunidade escolar que passava por momento de fragilidade emocional devido à onda

de violência no entorno. São quatro pavimentos assim distribuídos:

Térreo

Pátio coberto, refeitório, cozinha industrial (fogões, congeladores, liquidificador,

descascador de alimentos), dispensa, 2 vestiários e 2 banheiros para os funcionários, 2

banheiros para aos alunos, Centro Médico com três consultórios e um banheiro.

1º pavimento:

7 salas de aula, biblioteca, sala de leitura, sala de vídeo (TV, vídeo, DVD, data

show), sala de artes (Animação Cultural), secretaria, arquivo, Coordenação Pedagógica

(com equipamento de mecanografia), Direção, almoxarifado, copa, 3 banheiros para os

professores, 2 banheiros para os alunos.

2º pavimento:

10 salas de aula, secretaria do CES, mecanografia do CES, 1 banheiro para os

professores, 3 banheiros para os alunos, 1 sala para os alunos de 1º segmento do Ensino

Fundamental (CES), 1 sala de aplicação de testes (CES), 3 cabines para atendimento ao

aluno (CES), Laboratório de Informática com 10 computadores.

3º pavimento:

Quadra de esportes, sala de dança, vestiários masculino e feminino, 2 banheiros

para professores.

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8. ANIMAÇÃO CULTURAL

A cultura é um importante instrumento de transformação e de construção da

cidadania e, a Animação Cultural neste sentido, é o elemento que propicia a interação e

integração entre a escola e a sociedade visando à valorização do indivíduo através do

desenvolvimento e da manutenção de suas conquistas sociais e culturais.

O trabalho da animação está ligado à construção de uma escola em que os valores

culturais das diversas etnias que formam a cultura brasileira estejam representados em

sua rotina pedagógica com conteúdos que contribuam para aprofundar o conhecimento

sobre temáticas relacionadas ao folclore, artesanato, música e dança em suas múltiplas

dimensões. É importante ressaltar que nosso aluno, em sua grande maioria, traz uma

característica cultural marcante das regiões norte e nordeste do país.

A Animadora Cultural tem como atribuições elevar a auto estima dos alunos

através do desenvolvimento de atividades culturais, artísticas e sociais. A animadora

também atua como articuladora ativa em atividades e ações que colaboram na difusão dos

valores sócio culturais, na melhoria da qualidade de vida e em investimento na capacidade

das pessoas no uso de seus próprios recursos e habilidades.

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9. REPRESENTANTE DE TURMA E GRÊMIO ESTUDANTIL

De acordo com a resolução nº 1294, de 25 de abril de 1986, Capítulo II, das

Finalidades e Objetivos, artigo 3º:

“Grêmio Estudantil é o órgão representativo do corpo discente da escola,

com finalidades educativas, culturais, cívicas, desportivas, sociais...”

Consideramos, a associação de alunos para as finalidades expostas acima, de

extrema importância, como canal articulador de novas relações na escola e maior e

“diferente” forma de aproximação entre alunos, professores, direção e demais setores da

escola.

Estabelecemos como etapa inicial do processo de formação do grêmio, a eleição de

um representante e um vice- representante de cada turma do Ciep Ayrton Senna. Esses são

indicados por colegas da própria classe e a eleição feita, por voto aberto ( opção dos

alunos ), no início de cada ano letivo. Contamos com a participação e incentivo dos

professores.

Num segundo momento, articulamos reuniões com os representantes com a

finalidade de estreitar a comunicação entre os alunos e de criar uma rede de discussões

sobre questões de ensino, cidadania, ética, trabalho, esporte, lazer, cultura, transporte

público, questão das cotas na universidade Pública, a carência de professores, questões da

comunidade, PAC, etc...

“Os alunos, reconhecem como pertinentes ao grêmio: o debate, a

participação nas decisões, a escolha da representatividade, a comunicação

entre os membros da comunidade escolar, o exercício do trabalho coletivo,

a valorização da cultura e da autonomia do grupo.” Gestão Democrática,

DP&A Editora, 2001

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10. ORGANIZAÇÃO DE PROJETOS E ATIVIDADES AFINS

Podem ser inúmeras as propostas de articulação interdisciplinar, por cada área ou

entre as três áreas de conhecimento: Linguagem e Códigos e suas Tecnologias, Ciências

Humanas e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias.

O estabelecimento de metas comuns, integrando as diferentes áreas e temas afins,

durante períodos determinados, não implica necessariamente na participação das três áreas

disciplinares simultaneamente.

Enfatizamos uma ação que concentre uma ou mais disciplinas e desenvolva

competências gerais, facilitando a prática coletiva, apoiada e estimulada por todos, porém,

sem a obrigatoriedade de todas as áreas tratarem do mesmo tema no mesmo período.

“É preciso sempre considerar a realidade do aluno e da escola, e evitar

sugerir novas disciplinas ou complicar o trabalho das já existentes, até porque esse tipo

de aprendizado não se desenvolve necessariamente em situações de aula, mas sobretudo

em outras práticas”.PCN’s – Ensino Médio

No artigo 3º, destacamos como importantes para a organização de projetos,

alguns itens relativos `a participação da comunidade escolar:

Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o

saber

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância

IX - garantia de padrão de qualidade

X - valorização da experiência extra - escolar

XI - vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais

Artigo 12 - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as de seu

sistema de ensino, terão a incumbência de:

VI - articular- se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da

sociedade com a escola

A elaboração de projetos é a forma de organização didática mais adequada para se

trabalhar com nossos alunos devido `a natureza dos temas, `a diversidade dos conteúdos e

ao seu caráter interdisciplinar.

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A articulação entre as diferentes áreas é um fator importante para motivar os

profissionais da escola, quanto a organização dos estudos de pesquisa do alunado e a

aprendizagem dos conteúdos propostos.

Em torno de um objetivo comum e significativo, os professores podem

desenvolver projetos de turma ou de grupos afins, eventuais em torno de um tema

emergente, sazonais ou permanentes.

Seguem em anexo os projetos desenvolvidos ao longo do ano letivo.

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11. PARCERIAS E ATIVIDADES AFINS

Essa área de ação refere- se às relações entre a escola e comunidade externa e

tem por objetivos estender a ação educativa, buscar interação, integração, cooperação e

apoio de diferentes instituições sociais e culturais que venham contribuir para o

aprimoramento e enriquecimento das atividades de ensino e aprendizagem dos alunos.

A participação dos pais e responsáveis, de associações e organizações

governamentais ou não governamentais pressupõe critérios claros e definidos para o

bom entrosamento entre as partes interessadas.

Seguem em anexo os projetos em parceria desenvolvidos ao longo doa não

letivo.

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12. GESTÃO ESCOLAR

Em linhas gerais, compete à direção planejar, coordenar, dirigir, supervisionar,

controlar e avaliar a ação global de educação e de ensino, no cumprimento das diretrizes,

definidas pelos diferentes órgãos competentes da Secretaria de Estado de Educação. Nossa

ação se traduz entre outras, em:

o zelar pelo cumprimento das normas legais e da política educacional definida pela SEE.

o promover o fiel cumprimento do calendário escolar.

o estar `a frente de todas as atividades da Unidade escolar, supervisionando, dirigindo,

controlando e avaliando.

o buscar, junto `a CRRM X e à SEE os recursos humanos e materiais necessários ao

funcionamento escolar.

o zelar pelo patrimônio da Unidade Escolar, providenciando as medidas necessárias para o

uso apropriado das instalações, mobiliário, equipamentos e materiais.

o estimular e apoiar o aperfeiçoamento profissional e a atualização continuada dos servidores

sob nossa direção.

o incentivar a freqüência dos alunos, buscando todos e os meios e recursos que possam

diminuir a evasão escolar.

o zelar pela segurança dos alunos.

o viabilizar a integração entre a Unidade Escolar e a comunidade.

o zelar pela aplicação dos recursos financeiros, reportando `a CRRM X e à SEE.

12.1 . GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática da educação tornou- se um dos princípios da educação na

constituição brasileira de 1988. Aplicada no ensino público, abriu- se uma perspectiva de

resgate do caráter público da administração pública, introduzindo a eleição de dirigentes

escolares, as AAEs, e os conselhos escolares, garantindo a participação dos diferentes

segmentos da escola no processo decisório, na liberdade de expressão, de pensamento, de

criação e de organização coletivas.

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Nós, educadores do Ciep Ayrton Senna, entendemos que o caráter público da

atividade educativa mantida pelo Estado exige transparência nas decisões e uma real

possibilidade de interferência por parte dos integrantes da equipe escolar, condições

básicas para a democratização. No entanto, a burocracia estabelecida no sistema político,

dificulta as transformações necessárias para a efetiva democratização.

O princípio da democracia requer proximidade e participação dos interessados pela

atividade escolar: pais, alunos, professores, entidades e organizações de apoio `a escola.

Essa participação se insere na noção de direito e exercício da cidadania e é condição básica

para o desenvolvimento da sociedade e de fundamental importância para as deliberações

sobre a organização do trabalho na escola.

A existência de interesses comuns nas relações entre os profissionais lotados nessa

unidade escolar estão abertas ao conflito, a busca do consenso nas tomadas de decisões

coletivas em prol do ensino de qualidade e de melhores condições de trabalho.

Não podemos deixar de citar alguns itens do decálogo da escola cidadã e das forças

que efetivamente constroem a escola democrática, de Castoriadis e Gadotti:

o a escola cidadã cultiva a curiosidade, a paixão pelo estudo, o gosto pela leitura e pela

produção de textos, propõe a aprendizagem criativa, a espontaneidade e o inconformismo.

o é uma escola disciplinada, sistemática e progressiva.

o a escola é um espaço aberto e sua ligação com o mundo exterior se dá pelos espaços

sociais de trabalho, das profissões, das múltiplas atividades humanas. Ela é um laboratório

do mundo que a penetra.

o a transformação da escola se dá lentamente, através de pequenas e continuadas ações. Só a

ação direta de cada professor, de cada classe, de cada escola, pode tornar a educação um

processo enriquecedor.

o não há duas escolas iguais, cada escola é fruto do desenvolvimento de suas contradições.

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13. REPRESENTANTE DE TURMA E GRÊMIO ESTUDANTIL

De acordo com a resolução nº 1294, de 25 de abril de 1986, Capítulo II, das

Finalidades e Objetivos, artigo 3º:

“Grêmio Estudantil é o órgão representativo do corpo discente da escola,

com finalidades educativas, culturais, cívicas, desportivas, sociais...”

Consideramos, a associação de alunos para as finalidades expostas acima, de

extrema importância, como canal articulador de novas relações na escola e maior e

“diferente” forma de aproximação entre alunos e equipe docente, alunos e direção, alunos

e demais setores da escola.

Estabelecemos, como etapa inicial do processo de formação do grêmio, a eleição de

um representante e um vice- representante, de cada turma do Ciep Ayrton Senna. Esses

foram indicados por colegas da própria classe e a eleição feita, por voto aberto ( opção

dos alunos ), no início do ano letivo. Contamos com a importante participação e incentivo

de alguns professores, como João Timbó e Carlos Augusto, da Animadora cultural Jerusa,

nesse processo, que foi devidamente registrado em ata.

Num segundo momento, articulamos com jovens integrantes da AMES

( Associação Municipal de Estudantes Secundaristas) e da UBES ( União Brasileira de

Estudantes Secundaristas) reuniões informais com os representantes e outros interessados

no processo, em que trataram da importância de se estreitar a comunicação entre os alunos,

de se criar uma rede de discussões sobre questões de ensino, cidadania, ética, trabalho,

esporte, lazer, cultura, passe livre, a questão das cotas na universidade Pública, a falta de

professores, questões da comunidade, etc... A convocação para Assembléia Geral e para a

formação de uma comissão pro grêmio veio a seguir.

Estamos na etapa de divulgação do processo de formação do grêmio propriamente

dito e, de formação das chapas para concorrer `as eleições.

“Os alunos, reconhecem como pertinentes ao grêmio: o debate, a

participação nas decisões, a escolha da representatividade, a comunicação entre os

membros da comunidade escolar, o exercício do trabalho coletivo, a valorização da

cultura e da autonomia do grupo.” Gestão Democrática, DP&A Editora, 2001

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DANÇANDO PRA NÃO DANÇAR

“Dançar é bailar. Quer dizer movimentar, agitar e se divertir ao som da musica. Dançar, todo mundo sabe, é uma arte. E a dança pode ser tanto clássica quanto popular”.

O projeto Dançando pra não dançar, há 13 anos ensina balé clássico para crianças

de sete favelas na cidade do Rio de Janeiro, oferecendo além das aulas práticas de balé

clássico, assistência médica, dentária, psicológica, Serviço Social (inclusive para seus

familiares ), aulas de teoria e prática musical. Os alunos também ganham todo o material

necessário para o bom desempenho das atividades do balé clássico ( sapatilhas de ponta e

meia ponta, collants, camisetas) e vale transporte, sem quaisquer ônus para as crianças e

seus familiares.

“No popular dançar também pode querer dizer se dar mal, entrar numa fria, perder uma chance ou uma boa oportunidade. Ou simplesmente morrer”.

Trabalhando com o universo lúdico que a dança proporciona e fazendo com que as

crianças aprendam o verdadeiro sentido de cidadania. Possibilita a camada da população

menos favorecida, ingressar numa profissão de difícil acesso. Atende crianças de 05 a 16

anos, sendo o período da adolescência, a fase crítica para a entrada no submundo das

drogas ou em qualquer outro tipo de crime que ronda o dia a dia das favelas.

O projeto Dançando pra não dançar já aprovou mais de 50 crianças na difícil

prova de seleção para a escola de dança do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que

prepara bailarinos para seu corpo de baile e, encaminhou 25 crianças para um estágio e

bolsas de estudos de 4 anos na Sttatliche Balletschule Berlin, uma das melhores escolas de

dança da Alemanha.

Tem como principais parceiros a BR Distribuidora, o BNDES, Lufthansa, Vídeo

Filmes, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Faperj, além do apoio de pessoas públicas

como Walter Salles, Sérgio Cabral Filho e Ana Botafogo.

O CIEP Ayrton Senna, é parceiro pelo sexto ano consecutivo, cedendo os espaços

solicitados como a sala de dança, quadra de esportes, auditório e demais dependências da

escola sempre que solicitadas. Participam do projeto 30 crianças com idade de 6 e 16 anos.

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Índice

Mensagem

Dedicatória

Homenagem

Introdução

1. Identificação da U.E.

2. Fundamentação Teórica e Política

3. Características geográfica, social, econômica e cultural

3.1. A fala dos alunos

3.2. Descrição da realidade da escola

4. Proposta Pedagógica

4.1. Objetivos Gerais

4.2. Metas a alcançar

4.3 Estratégias para a construção de uma sociedade mais justa

5. Programação

5.1. Organização das atividades de apoio técnico e administrativo

5.2. Organização da vida escolar

5.3. Organização do processo ensino aprendizagem

5.4. Organização de projetos, parcerias e atividades afins

6. Estrutura e Organização da escola

Recursos Humanos existentes

Calendário escolar

Matricula

Organização das turmas

Grade Curricular

Avaliação

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Avaliação do processo ensino aprendizagem

Segunda chamada

Recuperação paralela

Freqüência

Reclassificação

Conselho de Classe

Ata do Conselho de Classe

Conselho de Promoção

7. Recursos Físicos e Materiais

8. Planejamento Pedagógico e Sistema de Ensino Adotado

Ensino Fundamental

Ensino Médio

Educação de Jovens e Adultos

9. Gestão Escolar

Gestão Democrática

Normas de Conduta e Procedimentos

Representantes de Turma e Grêmio Estudantil

10. Parcerias e Projetos Comunitários

Vida Nova

Escola de Paz

ECOAR - Educando com Arte

Projeto Saúde na Escola

Dançando pra não dançar

ANIMA - Projetos Sociais

11. Projetos Interdisciplinares

3º Encontro Comemorativo: Semana Abolocionista

2º Encontro Comemorativo: Semana do Meio Ambiente

3º Arraia do Senna: Festa Julina

Concurso de Redação

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PROJETO DE INTERVENÇÃO

EDUCAÇÃO- BRASIL - AFRICANIDADES

CIEP 303 – AYRTON SENNA – Rio de Janeiro / RJ

Componentes: Viviane Grace Costa

Márcia dos Santos Torres

Tutor: Ana Cristina Rocha Barbosa de LimaTEMA - Educação-Brasil-Africanidades História e Representações

“...É errado, conceitual e eticamente, sustentar argumentos de ordem

racial/étnica para justificar desigualdades socioeconômicas,dominação,

abuso, exploração de certos grupos humanos. (...) A escola deve deve

posicionar-se criticamente em relação a esses fatos, mediante informações

corretas, cooperando no esforço histórico de superação do racismo e

discriminação”.

Parâmetros Curriculares Nacionais – Volume 10.p:45-46Parâmetros Curriculares Nacionais – Volume 10.p:45-46

JUSTIFICATIVA

É flagrante a ausência de disciplinas e conteúdos referentes à História e Cultura Afro-

Brasileira na formação de educadores, seja nas graduações em História, ou mesmo nas licenciaturas e

faculdades de formação de professores, apesar de extensa bibliografia sobre os problemas de relações raciais

no Brasil e da vultosa produção de conhecimentos a respeito das manifestações do preconceito e da

discriminação racial no cotidiano escolar, na composição dos currículos e definição dos conteúdos, na

formulação dos livros didáticos.

Não é aqui o lugar de interrogar sobre as causas da perpetuação desse quadro, que deveria

ser objeto de investigações na História, na Psicologia, na Pedagogia, na Sociologia, na Filosofia da Educação.

O curso Educação – Brasil – Africanidades vem atender às demandas de educadores insatisfeitos com essa

lacuna em suas formações e/ou angustiados/auto-críticos com relação ao seu despreparo para enfrentar as

situações de conflito e de constrangimento com que se deparam no cotidiano escolar – os apelidos e

“brincadeiras” racistas, os estereótipos, as humilhações, que muitas vezes levam ao isolamento ou auto-

isolamento de alunos/as mais escuros, à apatia, ao desinteresse. Pior ainda, porque são situações recorrentes,

muitas vezes estimuladas pela indiferença de educadores/as, que as encobrem, fingem ignorá-las, ou não

sabem como proceder.

Page 49: Ppp - Ciep Ayrton Senna 2007-2008-2009

SITUAÇÃO PROBLEMA

O CIEP 303 AYRTON SENNA Atende a comunidade da Rocinha no Rio de Janeiro, onde

a grande parte da população é oriunda do nordeste. Essa população quando chega a grandes Metrópoles,

perde muitas vezes sua identidade cultural, sendo desqualificada e desvalorizada, sofrendo vários tipos de

discriminação. É de grande importância um projeto educacional de intervenção social na perspectiva da

diversidade cultural.

Neste contexto o projeto de intervenção visa sensibilizar os profissionais e

alunos para a importância de atender ao disposto pela Lei no 10.639, de 9.01.2003, que

altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determinando a inclusão da

História e Cultura Afro-Brasileira no Ensino Fundamental e Médio.

OBJETIVO GERAL

Identificar as bases do preconceito e da discriminação e a formação da cultura do racismo,

responsáveis pelas atuais desigualdades raciais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar Proposta de um Projeto de Intervenção para ser discutido e

aplicado na escola, e que contemple a temática discutida no curso

AFRICANIDADES.

Valorizar a comunidade negra, contribuindo para a elevação de sua auto-

estima;

Obter mecanismos indispensáveis para o conhecimento de um Brasil

fortemente marcado pela cultura africana, na expectativa de mudança da

mentalidade preconceituosa.

Construir coletivamente com os atores um plano de trabalho, durante o ano

letivo de 2007, envolvendo principalmente as disciplinas de História, Português,

Geografia, Artes, Sociologia e Filosofia.

EMBASAMENTO TEÓRICO

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É de grande interesse aceitar o desafio à afirmação e a revitalização da auto-estima do povo

negro. Em cumprimento ao que estabelecem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Racial e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, proporcionará

implementar efetivamente o que tradicionalmente já vêm sendo tratado nas disciplinas do Núcleo comum,

abordando o conteúdo da História e da Cultura Africana e dos Afro-Brasileiros determinados pelo artigo 26A

da LDB (Artigo esse acrescido pela Lei N° 10639/030).

A referência aqui diz respeito aos obstáculos e desafios à implementação do artigo 26-A

(Lei 10.639/03), da LDBEN, em função do lapso de pessoal qualificado e habilitado, ou decorrente da

resistência e contrariedades perceptíveis no amplo espectro do sistema educacional. Apesar do crescimento

da massa crítica a respeito da questão étnico-racial na Educação se está muito longe do que é necessário, em

termos de formulação de conteúdos, adequações curriculares.

Esse Projeto de intervenção pretende contar com uma equipe de professores que vem

procedendo a esforços no sentido de contribuir para que sejam cobertas tais lacunas, o que redundou na

elaboração deste Projeto, baseado nas experiências desses Profissionais e também no material fornecido pelo

curso Educação - Africanidades – Brasil . Com a nossa experiência e atuação pretendemos atender ao

disposto pela Lei no 10.639, de 9.01.2003, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

determinando a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio.

PERCURSO METODOLÓGICO

Para atingir os objetivos propostos no Projeto de Intervenção – BRASIL-

AFRICANIDADES – BRASIL, apresentamos a seguinte proposta:

- Primeira parte: contextualiza a Lei e os processos sócio-históricos que a

demandaram, e procurar sensibilizar os educadores para a dimensão que as temáticas têm,

hoje, no contexto mais amplo da Educação e da construção da justiça e da democracia em

nosso país.

- Segunda parte: insere o conteúdo programático relativo ao ensino de Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira no currículo (inicialmente no 1º ano do Ensino Médio),

durante o ano letivo de 2007.

- Terceira parte: pensa uma dinâmica de interação permanente da equipe de

professores, com o propósito de orientar a capilarização de conteúdos e procedimentos

referenciados na História e Cultura Afro-Brasileira, e sua recriação na base do sistema, na

práxis dos educadores.

PARTE I

Envolver os Professores interessados, priorizando as disciplinas de História, Português,

Geografia e Artes das turmas (1007, 1008, 1009, 1010, 1011) do turno da noite.

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Toda Lei tem uma História, desafios à implementação e conseqüências.

A dimensão social e histórica da Lei e dos processos sociais e políticos que a

conquistaram. A nova Lei da História e Cultura Afro-Brasileira corresponde a um aumento

da consciência social a respeito do preconceito, da discriminação e das desigualdades

raciais em nosso país.

Pretendemos abordar, em princípio, os seguintes tópicos:

- A Lei da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no

ensino Fundamental e médio.

- A história da Lei é a história das demandas sociais à universalização da Educação

e à adoção das temáticas capituladas na lei 10.639.

- A questão racial e a Educação: marcos de uma trajetória de reivindicações

- O desenvolvimento dos Estudos Afro-Brasileiros

- O avanço do Movimento Social anti-racista.

- A diversidade cultural na pedagogia contemporânea.

- Os desafios à implementação

- As conseqüências do artigo 26-A da LDB (Lei10.639).

- História e Cultura Afro-Brasileira e a Responsabilidade dos Educadores

PARTE II

O Projeto de intervenção em História e Cultura Afro-Brasileira pretende contribuir para a construção de uma práxis docente que questione pré-conceitos e discriminação racial, através da incorporação de novos conteúdos e procedimentos didáticos diferenciados. Utilizando como base o material fornecido pelo curso e construindo coletivamente as atividades referentes às seguintes unidades do livro EDUCAÇÃO - BRASIL – AFRICANIDADES.

Inicialmente esse Projeto pretende trabalhar as turmas do 1º ano do Ensino Médio, do turno

da noite, com o objetivo de posteriormente ampliar a proposta para todas as séries do Ensino Médio, Ensino

Fundamental e EJA, atingindo todo o Colégio.

Pretendemos abordar os seguintes tópicos:

UNIDADE I – África

Introdução à História da África

UNIDADE II – Brasil : História

História e Historiografia da Escravidão no Brasil: Identidades, Caminhos e Percursos

Quilombos e Mocambos

Page 52: Ppp - Ciep Ayrton Senna 2007-2008-2009

Religiosidade Afro-Brasileira

UNIDADE III – Brasil: Representações

A Presença Negra no Brasil

Participação Africana na Formação da Cultura Brasileira

Influência de Línguas Africanas no Português Brasileiro

PARTE III

Mostra final com apresentações de trabalhos realizando também discussão e avaliação do

trabalho envolvendo todos os atores: direção, alunos, professores, objetivando multiplicar o Projeto e

consertar os rumos, construindo coletivamente.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES

PRAZO

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

1- Sensibilizar os

Professores para

participarem do

Projeto

X

2 – Elaboração do

Material para os

Professores

X

3- Reunião da Equipe

e planejamento das

atividades

X

4 – Aplicação do

conteúdo

UNIDADE I – África

Introdução à História

da África

X

Page 53: Ppp - Ciep Ayrton Senna 2007-2008-2009

UNIDADE II –

Brasil : História

História e

Historiografia da

Escravidão no Brasil:

Identidades,

Caminhos e

Percursos

Quilombos e

Mocambos

Religiosidade Afro-

Brasileira

X X

UNIDADE III –

Brasil:

Representações

A Presença Negra no

Brasil

Participação Africana

na Formação da

Cultura Brasileira

Influência de

Línguas Africanas no

Português Brasileiro

X X

5- Mostra final –

Apresentação dos

trabalhos pelos

alunos

X

6 – Avaliação do

Projeto envolvendo

todos os atores

X

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS – www.portal.mec.gov.br/seb

LEI Nº 10.639, de 9.01.2003 – www.mec.gov.br/secad

EDUCAÇÃO - BRASIL - AFRICANIDADES – Ministério da Educação / SECAD – Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização e Diversidade

UNB – Universidade de Brasília /CEAD- Centro de Educação à Distância- 2006

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PROJETO ENCONTROS11 de setembro de 2007.

O Projeto Encontros - coordenado pelo SESC/Rio de Janeiro em cooperação com o UNICEF e parceria com a ONG Observatório de Favelas - nasce da idéia de que adolescentes podem protagonizar um movimento de superação de barreiras sociais, dissolução de tensões e redução da violência, considerando a diversidade sócio-espacial da metrópole do Rio de Janeiro.

A proposta do projeto Encontros busca oferece aos adolescentes, que vivem em realidades sociais diferentes, uma experiência de trocas e de contatos que possibilitem aos mesmos incorporarem uma nova maneira de se portarem frente às diferenças e, conseqüentemente, frente à vida de um modo geral.

Não se propõe, evidentemente, superar os problemas de ordem econômica que caracterizam a relação entre estes grupos. Propõe-se, dentro de uma proposta metodológica inovadora, estabelecer canais de interação e de conhecimento que permitam convivências e trocas marcadas de forma positiva pelas diversidades. Que também contribuam para superar obstáculos que têm acirrado as já marcantes desigualdades que permeiam parte das relações entre habitantes do Rio de Janeiro.

RESULTADO ESPERADO 60 adolescentes cariocas e fluminenses de diferentes extratos sociais interagindo, manifestando-se e participando ativamente de um movimento de construção de uma cultura do encontro, voltada para a superação de barreiras territoriais e sociais, a redução da violência e a garantia de oportunidades iguais de desenvolvimento para seus pares, independentemente de sua classe social e de sua origem étnica.

EFEITO 1 60 adolescentes de extratos sociais e etnias diversas conhecendo-se, reconhecendo-se, convivendo, comunicando-se, vivenciando e valorizando a diversidade e o encontro entre os diferentes, buscando a superação de disparidades e barreiras sociais como possibilidade de vida na cidade.

PRODUTOS DO EFEITO 1

PRODUTO 1 - Dois grupos de adolescentes reunidos periodicamente para refletir, comentar e desenvolver atividades voltadas para a superação de barreiras territoriais e sociais na cidade do Rio de Janeiro (Santa Cruz e Rocinha/Gávea).

ATIVIDADES

Contatar e selecionar escolas privadas e públicas nos dois locais. Contatar e sensibilizar professores, jovens e seus pais, das escolas privadas e públicas. Realizar em cada um dos locais quatro oficinas/encontros de reflexão/corpo (carga horária

de 12 horas por local). Realizar em cada um dos locais um encontro de integração, com jovens, pais, professores,

sociedade local em geral. Realizar um grande encontro de integração com os dois grupos – jovens, pais, professores

e sociedade em geral.

PRODUTO 2 - 60 adolescentes utilizando formas de expressão contemporâneas como instrumentos que proporcionam oportunidades de encontro e integração entre diferentes extratos sociais, visando: seu desenvolvimento integral, responsável e cidadão, a redução de tensões e humanização da cidade.

ATIVIDADES

Realizar em cada um dos locais quatro vídeo-oficinas (carga horária de 12 horas por local). Veicular na mídia virtual os vídeos produzidos pelos jovens dos dois locais.

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PRODUTO 3 - Proposta de uma metodologia para o trabalho com grupos de adolescentes, socialmente heterogêneos, desenvolvida, organizada e disponível para utilização em escala.

ATIVIDADES

Realizar reuniões com os participantes do projeto para reflexão sobre a metodologia/atividades propostas para o projeto.

EFEITO 2 Mídia virtual apoiando o desenvolvimento e veiculando ações de comunicação - que refletem e se manifestam sobre sua vida, sua cidade e seu mundo - protagonizadas por adolescentes de diferentes extratos sociais e etnias.

PRODUTOS DO EFEITO 2

PRODUTO 1 - Peças em vídeo produzidas por adolescentes, veiculadas por blogs e sites de compartilhamento (You Tube e outros).

ATIVIDADES

Veicular, em mídia virtual, os vídeos realizados pelos jovens durante vídeo-oficinas. Realizar mostra – para todos, inclusive pais, professores - das realizações dos jovens a

partir oficinas /encontros.

PRODUTO 2 - Vídeo-documentário da experiência dos grupos ao longo do processo.

ATIVIDADES

Realizar vídeo-documentário do projeto.

PÚBLICO ALVO Os critérios iniciais para seleção dos jovens participantes privilegiam os que

estudam da 8ª série do ensino fundamental à 1ª e 2ª séries do ensino médio, preferencialmente com a mesma distribuição eqüitativa de gênero.

Localidades – Santa Cruz e Rocinha/Gávea.

ESCOLAS PARTICIPANTESEm Santa Cruz

Escola Municipal André Vidal de Negreiros Colégio Cunha Mello

ROCINHA/GÁVEA

CIEP Ayrton Senna Escola Parque / Gávea

CIEP BRIZOLÃO 303 AYRTON SENNA

PROGRAMA DE LEITURA

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PROJETO LENDO

Justificativa

A leitura é prática essencial para o aprendizado de todas as disciplinas.

Mesmo numa época em que proliferam os recursos áudio visuais e da internet, nada

a substitui. Percebemos que o ato de ler nem sempre é agradável e prazeroso para

nossos alunos, seja pelo conteúdo ou forma dos textos selecionados e impostos ou

pelas habilidades requeridas como atenção, concentração, acuidade e interpretação.

O fato é que nem todos os alunos adquiriram as habilidades necessárias à leitura ou

incorporaram o hábito de ler no seu cotidiano o que dificulta todo o trabalho

desenvolvido nas diferentes disciplinas. .

Com a finalidade de reverter esse quadro iniciamos por renovar o nosso

acervo adquirindo desde títulos atraentes, de autores contemporâneos, aos clássicos

da literatura brasileira e mundial. Doamos algumas obras aos nossos alunos e

pessoas da comunidade para dar espaço a 1260 volumes adquiridos com recursos da

Secretaria de Educação e mais de 200 obras recebidas do Ministério de Educação.

Posteriormente demos continuidade ao Programa de Leitura, que já vinha

sendo desenvolvido na nossa Unidade Escolar através do Projeto Lendo e Café com

Letras com a finalidade de desenvolver a prática da leitura de forma que os jovens

estudantes se descubram enquanto leitores e que a leitura passe a ser parte essencial

do trabalho e empenho em aprender.

Finalidade

o Melhorar a qualidade do ensino- aprendizagem.

Objetivo Geral

o Despertar, incentivar e promover a leitura no ambiente escoar, visando a formação

do caráter de leitor no educando.

Objetivos Específicos

o Estimular a prática da leitura no ambiente escolar.

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o Acrescentar ao cotidiano escolar a prática da leitura do livro como prioridade no

processo de aprendizagem.

o Enriquecer o conteúdo interdisciplinar , visando o aprendizado global.

o Inserir no cotidiano escolar abordagens que enfoquem: sexualidade, drogas, saúde,

idoso, esporte, etnia e meio ambiente, ressaltando a valorização da melhor

qualidade de vida para a boa formação cultural.

o Auxiliar o desenvolvimento de habilidades como atenção, observação e

interpretação.

o Incentivar a organização e a exposição de idéias.

o Enriquecer e fixar o vocabulário.

o Incentivar a criatividade.

o Incentivar o aluno e toda a comunidade escolar a usar os serviços da biblioteca.

o Sensibilizar o aluno para a produção do texto literário (prosa e poesia).

Desenvolvimento

o 1ª etapa – a cada bimestre os professores de uma área previamente estabelecida

orientam e conduzem os alunos na escolha do livro.

o 2ª etapa: desenvolvimento de trabalhos relativos à leitura do livro e aferição de

nota (valor de 2 (dois ) pontos).

3ª etapa: culminância, no 4º bimestre, com o Projeto Café com Letras e

apresentação de seminários, dramatizações, entrevista com o aluno leitor, concurso de

prosa e poesia, apresentação dos trabalhos de Educação Artística e Educação Musical.

o 4ª etapa: avaliação.

Recursos

o livros paradidáticos, aulas passeio, visitas a Centros Culturais e teatros, sala de

vídeo e data show.