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INTRODUÇÃO A HISTORIOGRAFIA DOS QUILOMBOS O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a história dos quilombos no Brasil, suas origens, principais movimentos de resistências e algumas motivações que contribuíram na formação dos quilombos, durante décadas, e que ainda resiste, até os dias de hoje. Destaca-se neste trabalho os principais autores: MUNANGA, 1996; REIS, 1996 e GOMES,2006.

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INTRODUÇÃO A HISTORIOGRAF

IA DOS QUILOMBOS

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a história dos quilombos no Brasil, suas origens, principais movimentos de resistências e algumas motivações que contribuíram na formação dos quilombos, durante décadas, e que ainda resiste, até os dias de hoje. Destaca-se neste trabalho os principais autores: MUNANGA, 1996; REIS, 1996 e GOMES,2006.

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ORIGEM: CONTEXTO HISTÓRICO SÉC. XVII E XVIII

Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de cana de açucar no Brasil. Os africanos eram vendidos como se fossem mercadorias. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm

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ORIGEM: CONTEXTO HISTÓRICO SÉC. XVII E XVIII

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm

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QUILOMBO SIGNIFICADO O quilombo, que na língua banto significa “povoação”, era

o espaço físico de resistência à escravidão. Fugidos dos cafezais e das plantações de cana-de-açúcar, os negros que se recusavam à submissão, à exploração e à violência do sistema colonial escravista aglomeravam-se nas matas e formavam núcleos habitacionais com relativo grau de organização e desenvolvimento social, econômico e político.

Eram agrupamentos criados em locais de difícil acesso, e que dispunham de armas e estratégias de defesa contra a invasão de milícias e tropas governamentais. O Brasil colonial conviveu com centenas de comunidades quilombolas, espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia (BA), Pernambuco (PE), Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Minas Gerais (MG) e Alagoas (AL).

Fonte: Fundação dos Palmares

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QUILOMBO SIGNIFICADO

A palavra quilombo tem a conotação de uma associação de homens, aberta a todo sem distinção de filiação a qualquer linhagem, na qual os membros eram submetidos a dramáticos rituais de iniciação que os retiravam do âmbito protetor de suas linhagens e os integravam como co-guerreiros num regime de super-homens invulneráveis às armas de inimigos.

(Miller apud MUNANGA, 1996, p60)

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FORMAÇÃO DOS QUILOMBOS

O quilombo era formado por diferentes grupos étnicos com a formação de guerreiros cujos rituais de iniciação tinha a função de unificar diferentes linhagens, com sua estrutura firme, com suporte para reunir variados indivíduos sem distinção de membros que passavam por um ritual de iniciação.

O Quilombo se tornava uma instituição “transcultural” com contribuição de várias culturas unindo assim africanos, não africanos.

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FORMAÇÃO DOS QUILOMBOSCentralizava não apenas escravos fugidos, mas também soldados desertores, perseguidos pela justiça secular e eclesiástica, índios pressionados pelo avanço europeu e outros, de forma abrigar todos os oprimidos da sociedade.

Ramos, compreende quilombo como “recriação” e ou “adaptação” a cultura negra longe do domínio e padrões culturais dos senhores brancos

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QUILOMBO DOS PALMARES - AL

No Brasil, a mais famosa comunidade quilombola foi Palmares, fundada no século XVI pela princesa congolesa Aqualtune, mãe do lendário Ganga-Zumba, e instalada na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares (AL). Criado no final de 1590, o Quilombo dos Palmares transformou-se num estado autônomo, resistindo por quase cem anos aos ataques holandeses, luso-brasileiros e de bandeirantes paulistas. Em 1695, foi totalmente destruído, um ano após a morte de Zumbi, assassinado por Domingos Jorge Velho, bandeirante contratado com a incumbência de sufocar Palmares e outros quilombos próximos a ele. Em 1670, alcançou cerca de vinte mil pessoas.

Fonte: SerradaBarriga.Palmares

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OUTROS QUILOMBOS BRASILEIROS

Quilombo Ambrósio (MG) – População de 15 mil pessoas. Destruído no ano de 1759 pela expedição do governador-comandante, capitão  Bartolomeu Bueno do Prado;

Quilombo de Campo Grande (MG/SP) – População de 10 mil pessoas. Destruído entre os anos de 1759 e 1760;

Quilombo Buraco do Tatu (BA) – Os chefes eram Antonio de Sousa, um capitão de guerra, e Teodoro, com suas companheiras, que tinham o título de rainhas. Fundado em 1744 Tatu durou 20 anos, até que a comunidade foi exterminada pelo capitão-mor da conquista Joaquim da Costa Cardoso, em 1764;

Quilombo de Catucá (PE) – Fundado em 1817. Liderado por Malunguinho, foi dizimado no final da década de 1830.

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QUILOMBOS NAS AMÉRICAS Haiti – Quilombo Bahoruco; Jamaica – Quilombo Juan de Bolas; Colômbia –  Palenque de La Matuna; Cuba – Palenque El Frijol; Venezuela – Cumbes da região de Coro.

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CERTIFICAÇÕESO decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, facilitou a Fundação Cultural Palmares a emitir certificados de autodefinição para 1.573 comunidades quilombolas espalhadas pelo Brasil.

Após a certificação, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) adota os procedimentos necessários para a emissão do título definitivo de propriedade.

De 1995 até hoje, foram emitidos 113 títulos.

Fonte:Fundação Palmares