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Pesadelos Familiares:

O Fascnio do DesvioHorror Moderno e Suas Mulheres Monstruosas

Mariana Ramos Universidade Federal Fluminense

ResumoO horror moderno um gnero no qual se proliferam filmes cujos narrativas constroem o corpo feminino como espao do monstruoso, filmes cujos discursos buscam lidar narrativamente com as ansiedades geradas por estes corpos e reorganizar, dentro de um regime dramtico, as disputas socioculturais em torno da significao dos mesmos que ocorrem para alm do mundo estritamente flmico, como no caso dos filmes Repulsa ao Sexo, e O Beb de Rosemary, do diretor Roman Polanski.

Palavras-Chave: Cinema, Feminismo, Corpo, Horror, Monstro.

ObjetosRepulsa ao Sexo(1965)

O Beb de Rosemary(1968)

Narrativas cinematogrficas e a espetacularizao dos corpos femininos.

Linda Williams, gneros do corpo e adensamento do espetculo, excesso , dentro de uma lgica de espetculos de vitimizao feminina.

O Espetculo compreendido como um espao de discurso a contrapelo: No a ausncia de narrativa e sim o desenvolvimento de um novo sistema narrativo que se pauta na interpelao sensria/emocional para a disseminao de discursos sobre sexualidade e diferena que so, via de regra, evitados dentro do cinema mainstream.

Corpo, sensao e emoo: interrompe-se a progresso linear.

Cinema e oCorpo Feminino

Horror moderno e filmes de mulher: lidando com os dramas que nascem do fato mesmo de ser mulher/feminino.

Conturbada vivncia de gnero: mulheres alienadas do mundo e, principalmente, de seus prprios corpos.

Lugar mesmo do medo alterado saindo dos espaos do horror gtico para o mundo familiar do lar burgus. E dentro de uma ideia de crise nas prprias bases da estrutura familiar, o perigo nasce dentro do seio da mesma.

Filmes de mulher disfarados: os problemas do mundo feminino so potencializados/evidenciados pelo surgimento do horror.

Horror Moderno e o Filme de Mulher

Horror e MelodramaHorror e Melodrama: Melodrama como uma esttica com denso contedo narrativo que informa a organizao das narrativas que lhe ativam.

Engajamento sensrio e ativao da pedagogia moralizante.

Melodrama no horror e a proliferao do monstruoso no ambiente familiar.

Personificao de bem e mal e a emergncia do corpo da mulher como campo de significao e batalha.

A mulher surge como parte intrnseca do excesso dentro da lgica do espetculo visual.

Feminino excessivo em busca de alteridade e que causa fascnio e repulsa: o Outro desconhecido que vive no mundo do Abjeto.

Estranho familiar: a mulher que est ali, dentro do seio da famlia, mas no pode ser completamente acessada.

Mulher e ExcessoO corpo feminino codificado como um corpo transgressor, Outro e Abjeto: fonte de medo e apreenso e, portanto, de uma resposta violenta .

A ideologia hegemnica age na tentativa de coagir qualquer possibilidade de surgimento de um espao habitvel para esse feminino, um espao que possa competir com o status quo.

Feminino e Transgresso

Corpo feminino: demais e de menos, superficial e profundo, vazio e misterioso.

Ligado ao Grotesco: o deslize semntico entre particular e detalhe para estranho, peculiar e monstruoso.

Corpo feminino (no apenas o da mulher) como materializao das diversas sensaes do horror: vitima e monstro.Corpo Feminino eEspao do Grotesco

Corpo somtico: que d corpo aos seus problemas psicolgicos.

Corpo feminino, espao do prazer visual masculino e de abusos: tais atitudes geram impulsos de expulsar de si as marcas de seu prprio corpo.

Mulher, espelho e o Outro dentro de si

Olhar, curiosidade e punio.

Problematizao do ponto de vista da mulher insana.

Corpo que fala enquanto a mulher como sujeito do discurso permanece ausente.