Pragas e Doenças Das Lavouras de Citrus

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Pragas e doenças das lavouras de Citrus

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PRAGAS E DOENAS DAS LAVOURAS DE FRUTAS CITRICAS

PRAGAS

Bicho LixeiroDurante as inspees o pragueiro deve observar a presena ou ausncia desse inimigo natural. Ao rodear a planta quantificar o nmero total de adultos e larvas, anotando no quadrado referente ao total, a quantidade de plantas com presena do inimigo natural. A transferncia do dado para a caderneta de campo deve ser feita em porcentagem de plantas com presena.

JoaninhasDurante as inspees o pragueiro deve observar a presena ou ausncia desses inimigos naturais. Ao rodear a planta quantificar o nmero total de adultos e larvas, anotando no quadrado referente ao total, a quantidade de plantas com presena do inimigo natural. A transferncia do dado para a caderneta de campo deve ser feita em porcentagem de plantas com a presena, dos diferentes tipos de joaninhas.

Vespinha AgeniaspisNo ramo que estiver avaliando a presena da larva minadora nos estadios I e II, o pragueiro examinar as folhas semi-maduras que apresentarem dobras na margem onde estariam as pupas da minadora. Encontrando-se uma folha por ramo o pragueiro deve abrir a dobra e verificar se h salsichas (normalmente em nmero de 3) de colorao castanha, que so as pupas daAgeniaspis citrcolano lugar da pupa da minadora. Isto deve ser feito em 4 folhas por planta anotando o total de folhas com pupas no nico quadro da ficha correspondente quela planta. No encontrando nenhuma folha, coloca-se 0 (zero).

AschersoniaDurante as inspees, ao rodear a planta, o pragueiro deve observar a presena ou ausncia de crostas de cor vermelha amarelada sobre as folhas e anotar no quadro da planta a quantidade de colnias observadas. A transferncia do dado para a caderneta de campo deve ser feita em porcentagem de plantas com presena.

Caracol rajadoDurante as inspees, ao rodear a planta, pragueiro deve observar a presena ou ausncia de caracis e anotar no quadro da ficha a quantidade de caracis observados. A transferncia do dado para a caderneta de campo deve ser feita em porcentagem de plantas com presena.

PRAGAS PRIMRIAS

So aquelas que ocorrem todos os anos, em altas populaes, provocando danos econmicos e por isso requer medidas de controle. O caro da ferrugem, a orthezia a larva minadora (em viveiro ou pomar novo), a cochonilha escama farinha e broca do tronco, so consideradas pragas primrias.

caro da ferrugem /Plyllocoptruta oleivora Ortzia dos citros /Orthezia praelonga Minador das folhas dos citros MFC /Phyllocnistis citrela Broca da laranjeira /Cratossomus flavofasciatus

caro da ferrugem /Plyllocoptruta oleivora

O maior prejuzo causado no fruto pela reduo do peso e comprometimento da aparncia externa, reduzindo assim o seu valor comercial, principalmente no mercado "in natura". Antes de decidir pelo controle qumico, necessrio avaliar, quinzenalmente, a populao da praga no perodo de outubro a dezembro. Para cada talho de 2.000 plantas, escolhem-se ao acaso 20 plantas, amostrando-se, com auxlio de uma lupa (10x), 3 frutos por planta, anotando-se o nmero de caros encontrado por fruto em uma nica visada (1 cm2). Quando a infestao mdia alcanar 30 caros por cm2de fruto, deve ser iniciado o controle qumico. Alguns produtos indicados: abamectin, dicofol, quinomethionate, enxofre, a mitraz. Recomenda-se a alternncia dos produtos em uma mesma safra. Adotando-se a amostragem, possvel obter "frutos limpos" com uma a duas pulverizaes por safra.A flutuao populacional e o mtodo de amostragem desta praga so amplamente conhecidos. As aplicaes de acaricida sero efetuadas em funo do nvel de controle identificado por amostragem. A amostragem desse caro dever ser efetuada intensivamente no perodo de setembro a dezembro.Inimigos naturais:dentre as espcies de caros benficos oIphiseiodes zuluagai o mais importante no controle biolgico do caro da ferrugem. Dentre os fungos benficos, oHirsutella thompsonii o mais eficiente no controle biolgico natural. A manuteno da vegetao nas entrelinhas e o uso de leguminosas favorece a atuao dos inimigos naturais das pragas.

Ortzia dos citros /Orthezia praelonga

Dentre as cochonilhas que atacam as plantas ctricas, a ortezia a que causa os maiores prejuzos. O inseto suga a seiva da planta, injeta toxinas e provoca o aparecimento da fumagina (fuligem que recobre folhas, frutos e ramos). Como uma praga de alto risco, recomendada a sua erradicao por meio de podas de limpeza dos focos iniciais e o uso de inseticidas sistmicos nas reas foco daqueles pomares onde a infestao localizada. Em pomares com infestao generalizada sero utilizados fungos entomopatognicos associados, quando necessrio, a leo emulsionvel. Essas pulverizaes sero concentradas nos meses de junho a setembro, poca de alta umidade relativa, fator que proporciona maior grau de epizootia dos fungos sobre a praga. Esta ttica permitir manter a populao da praga em baixos nveis populacionais evitando a sua exploso nos meses quentes do ano.A ortzia ataca em focos ou reboleiras. grande o nmero de plantas ornamentais e cultivadas que servem de hospedeiros da praga, inclusive as ervas daninhas presentes no pomar ctrico. A disseminao da praga no pomar se d principalmente durante a colheita (caixaria, e outros equipamentos)Apesar de ser encontrada praticamente em todos os meses do ano, no perodo mais seco (outubro a fevereiro) que ocorre as maiores infestaes da praga. Por se tratar de uma praga de difcil controle e de custo elevado, necessrio fazer inspeo peridica (mensalmente). Uma vez localizado o foco de ataque, as plantas infestadas devem ser marcadas visando o controle qumico antes haja a disseminao dentro do pomar.Controle qumico: Por se tratar de um inseto sugador de seiva, deve ser dado preferncia aos inseticidas sistmicos. Alguns produtos como dimethoato (75 a 125 ml / 100 l d gua); acefato (120 a 150 g / 100 l d gua); aldicarb (40 a 80 g / planta), so indicados.Controle biolgico: No perodo mais mido (maio a agosto) insetos e fungos benficos reduzem significativamente a populao da ortezia. Dentre os insetos destacam-se os coccineldeos (joaninhas). O fungo Cladosporiumsp., em associao com os inseticidas triflumuron, methamidophos e diflubenzuron na concentrao de 300 mil esporos controla eficientemente a praga. Dentre os coccineldeos (joaninhas) nativos destacam-se aPentilia egena,Zagreus bimaculosus,Hyperaspis silvestriieDiomussp. O caracol rajado (Oxystila pulchella) efetua controle significativo da ortzia.

Minador das folhas dos citros MFC /Phyllocnistis citrela

O MFC causa os maiores prejuzos em viveiros e em pomares novos devido ao ataque s folhas novas e brotaes. As folhas fortemente atacadas secam, tornando-se inativas em sua funo fotossinttica, resultando em reduo na produo de frutos, e interferindo no crescimento normal da planta ctrica.Controle qumico:Quando se trata de viveiro ou pomar recm-instalado, o controle qumico indispensvel; as pulverizaes devem ser efetuadas a intervalos de oito a 10 dias. Os produtos de maior eficincia so: lufenoron (match), abamectin (vertimec) e imidacloprid (confidor ou winner). Em pomares adultos, o controle qumico do MFC desaconselhvel e de um modo geral desnecessrio, face a eficincia relativamente alta dos inimigos naturais.Controle biolgico: A espcieAgeniaspis citricola a que apresenta maior eficincia e pode ser criada para liberao em campo, alcanando um controle que varia de 60 a 80%. Esta espcie est sendo criada e liberada em pomares do Estado da Bahia como forte alternativa dentro da Produo Integrada de Citros - PIC.

Broca da laranjeira /Cratossomus flavofasciatus

O besouro, de colorao preta com listas amarelo-claro, deposita (fmea) os ovos no interior do tronco e ramos, onde a larva provoca o dano. A dinmica populacional dessa praga est bem estudada: a populao de adultos (besouro) ocorre sempre no perodo de julho a novembro enquanto que as larvas se desenvolvem entre fevereiro e junho. Estas so 100 % controladas com pasta de fosfeto de alumnio ou meios fsicos. Os besouros so fortemente atrados pela planta armadilha "maria preta",Cordia verbenaceae.Controle qumicoda larva- localiza-se, na planta, o orifcio de onde a serragem est sendo expelida e faz-se a opo por um dos seguintes mtodos:a) com o auxlio de um arame, atinge-se a larva no interior da galeria;b) por meio de uma seringa, injeta-se querosene ou um inseticida fosforado no orifcio, fechando-o em seguida com cera de abelha ou sabo em barra;c) introduz-se no orifcio 2 a 3 gramas de gastoxim pasta (sulfeto de alumnio). Este ltimo o mais seguro e eficiente - elimina 100% das larvas no interior da galeria e d segurana ao operrio.Controle do adulto com uso de planta armadilha- no perodo de janeiro a junho, efetua-se a coleta manual do besouro (2 a 3 vezes por semana), sobre a planta armadilha "Maria Preta",Cordia curassavica.A "maria preta" deve ser plantada num espaamento de 100 a 150m, de preferncia no contorno do pomar e em local no sombreado. importante que esta operao seja iniciada logo que apaream os primeiros besouros nas plantas armadilhas, isto ocorre no ms de janeiro/fevereiro.

PRAGAS SECUNDRIAS

So aquelas que ocorrem em baixas populaes, raramente causam danos econmicos e por isso raramente exigem medidas de controle. As moscas-das-frutas, mosca branca,Aleurothrixus floccosus; pulgo preto,Toxoptera citriciduscochonilhas verdeCoccus viridise cabea de pregoChrysomphalus ficus; so classificadas como secundrias.

Moscas-das-frutas caro da leprose dos citros /Brevipalpus phoenicis Cochonilha escama farinha /Unaspis citri e Pinnaspis aspiditrae Mosca Branca /Aleurothrixus floccosus Pulgo Preto /Toxoptera citricidus Cochonilha verde /Coccus viridis Cochonilha cabea-de-prego /Crysomphalus ficus Cigarrinhas de xilema associadas CVC - Clorose Variegada dos Citros Moscas-das-frutas

As moscas-das-frutas tm nas frutas tropicais os seus hospedeiros preferenciais. Os citros so hospedeiros secundrios dessas pragas. Como medida preventiva deve ser evitado o plantio de fruteiras tropicais como aceroleira, goiabeira, pitangueira, caramboleira, mangueira e outras prximo ao pomar de citros.Embora seja uma praga secundria para a citricultura, em determinadas circunstncias pode causar dano de expresso econmica. A estratgia a ser adotada evitar a proliferao da praga nos pomares com o manejo da colheita e coleta de frutos cados, monitoramento com armadilhas e evitar o plantio de hospedeiros preferenciais na vizinhana dos pomares. O uso do controle biolgico com parasitides nativos e o exticoDiachasmimorpha longicaudataser estimulado A preservao, aumento e liberao massal de inimigos naturais dever ser uma prtica usual como estratgia de manejo.Em caso de amostragem monitorada anotar a quantidade de mosca por armadilha. Iniciar a aplicao quando a densidade da praga em armadilha com atrativo alimentar, for superior ou igual a 1 adulto/semana. A amostragem monitorada s necessria em caso de alta incidncia em anos anteriores ou em propriedades que tenham plantios de hospedeiras mais preferidas pela mosca (goiaba, acerola, carambola, manga entre outras).Controle biolgico: O controle biolgico das moscas-das-frutas pode ser efetuado em escala comercial mediante a criao massal e liberao de parasitides (vespinhas que parasitam a larva da praga no interior do fruto. A tecnologia est disponvel no Brasil, entretanto, esse processo depende da instalao de um complexo industrial, denominado de biofbrica. O projeto para instalao desta biofbrica encontra-se em tramitao no Ministrio da Agricultura e Pecuria.Consideraes importantes: Considerando que as frutas tropicais como goiaba, manga, pitanga, caj, acerola e carambola so hospedeiros preferidos pelas moscas-das-frutas, sempre que elas estiverem prximas da rea de explorao comercial de citros ou outras frutferas, no deixar que aquelas frutas apodream sob a copa das rvores. Os frutos cados devem ser recolhidos e enterrados. Esta medida contribuir para a reduo do ataque da mosca no pomar de citros.

caro da leprose dos citros /Brevipalpus phoenicis

Este caro, agente causador da leprose, ataca folhas, ramos e frutos, provocando leses extensas e profundas nesses rgos da planta. Nos frutos, as manchas so depressivas, concntricas e de colorao marrom, prejudicando a aparncia externa, que reduz drasticamente o seu valor comercial, alm de afetar a produtividade da planta. Nas regies Norte e Nordeste do Brasil a leprose est pouco disseminada justificando assim o controle eficiente dos focos da doena.Controle: nas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, o controle preventivo deve merecer prioridade, ou seja, evitar a introduo de mudas e/ou borbulhas provenientes de locais onde a doena endmica. Identificando-se a presena de focos iniciais da doena, deve ser efetuado a sua erradicao visando impedir a sua disseminao. Utilizar os produtos recomendados para o caro da ferrugem.

Cochonilha escama farinha /Unaspis citri e Pinnaspis aspiditrae

Importncia econmica e controle:as duas espcies de cochonilhas causam danos mais elevados em pomares novos; de at dois a trs anos de idade. Os maiores danos so provocados pelaU. citri. facilmente identificada no tranco e ramos por se tornarem esbranquiados. O controle deve ser feito marcando as plantas infestadas e pulverizando tronco e ramos com leo mineral em mistura com um inseticida (Triona + Methidation) ou outro fosforado.

Mosca Branca /Aleurothrixus floccosus

Encontra-se na face inferior das folhas em forma de flocos semelhante a algodo; raramente a sua populao alcana nveis que justifique uma interveno de controle qumico, exceto quando ocorre desequilbrio no pomar pelo uso de fungicidas base de cobre.Controle biolgico natural: as ninfas deA. floccosusso fortemente atacadas nos meses midos do ano, pelo fungoAschersoniasp., de colorao avermelhada. As larvas do bicho lixeiro,Chrisopa sp.efetuam um significativo controle da mosca branca.Controle qumico: raramente este inseto alcana populaes que justifique o controle qumico, o qual pode ser feito com um inseticida fosforado associado a leo mineral.

Pulgo Preto /Toxoptera citricidus

Inseto pequeno (cerca de 2 mm de comprimento) de cor castanho escuro, lustroso tendendo ao preto. Os maiores danos so provocados em plantas jovens, atacando os brotos terminais, folhas em desenvolvimento e os botes florais. Nas brotaes novas o inseto pode ocorrer em grandes colnias. ocasionando o encarquilhamento das folhas, como tambm o aparecimento da "fumagina".Controle biolgico: os predadores mais frequentes so as joaninhas que no seu estgio larval e adulto se alimentam dos pulges: Hipodamia convergens,Cicloneda sanguinea,Eriopos connexa, e larvas de moscas da famlia Sirphidae. Dentre os parasitides as vespasAphidius sp. so muito freqentes. Os pulges parasitados por estas vespas so facilmente reconhecidos pelo aspecto arredondado do seu corpo.Controle qumico:O controle qumico s deve ser usado em casos extremos, quando o ataque intenso e generalizado, e quando o nmero de inimigos naturais reduzido. A pulverizao deve ser efetuada quando os adultos esto presentes nas brotaes. Utilizar os mesmos inseticidas recomendados para cochonilhas e minador das folhas.Cochonilha verde /Coccus viridis

uma cochonilha desprovida de carapaa, de formato oval e de consistncia mole. Mede cerca de 5mm de comprimento e de colorao verde clara. Atacam ramos e a face inferior das folhas ao longo da sua nervura principal.

Cochonilha cabea-de-prego /Crysomphalus ficus

Esta cochonilha mais frequente em plantas jovens e desnutridas danificando ramos novos e frutos. Altas infestaes so comuns em pomares mal manejados e com uso intenso de defensivos. Utilizar o mesmo tratamento recomendado para a escama farinha.

Cigarrinhas de xilema associadas CVC - Clorose Variegada dos Citros

A CVC causada pelaXylella fastidiosa, uma bactria que coloniza o xilema de plantas e depende de insetos vetores (cigarrinhas) para sua disseminao natural. At 1987 as cigarrinhas praticamente no representavam danos aos pomares ctricos. Com o surgimento da CVC e sua ocorrncia de forma endmica, esses insetos sugadores de seiva passaram a ter maior importncia em razo da transmissibilidade da doena conhecida como CVC ou amarelinho. Na regio Nordeste (litoral norte da Bahia e Sul de Sergipe) a doena est se disseminado rapidamente. As medidas de controle consistem principalmente no uso de mudas certificadas.

DOENAS Doenas causadas por fungos Doenas causadas por bactrias Doenas causadas por vrus e virides Doenas de causas desconhecidas Doenas de menor importncia econmicaDoenas causadas por fungos

Estiolamento (damping-off)Esta considerada a principal doena de sementeiras. Ela pode ser causada pelos fungosRhizoctonia solani, Pythium aphanidermatum, Phytophthora citrophthora, P. nicotianaevar.parasitica ou Fusariumspp. A maioria das sementes apodrecem e no germinam. As que conseguem germinar formam plantinhas com folhas amareladas, murchas, seguindo-se um apodrecimento na regio do colo, prximo linha do solo, provocando seu tombamento e morte. Do incio das lees nas primeiras plantas at um ataque generalizado em toda a sementeira o perodo pode ser de at 72 horas. Como medidas preventivas, tratamento do solo com Dazomet na dosagem de 2,5 kg por 100 kg de solo. Neste caso deve-se esperar por um perodo de 3 a 6 meses antes de se fazer a semeadura. As sementes devem ser tratadas pelo calor submetendo-as a 51oC-52o C durante 10 minutos ou pelo tratamento qumico com Apron 3 gramas por quilo de sementes ou captan, 4 g/k se sementes. Como tratamento preventivo do solo para preparo de mudas em vasos, recomenda-se o uso de Quintozene na base de 400g/m3de solo. Nas sementeiras conduzidas em tubetes, e sob rigoroso controle em telados com proteo antiafdica, a utilizao de substratos artificiais sem patgenos isenta da necessidade de controle.Em caso do ataque ser ps-emergente e ocasionado pelo fungoRhizoctoniausam-se produtos base de PCNB na dosagem de 300g para 100 l de gua, aplicando-se 2 litros por metro quadrado de canteiro. Caso o ataque seja ocasionado por Pythium ou Phytophthora usar fosetyl-Al na dosagem de 250g/100 l de gua pulverizando as plantinhas at o ponto de escorrimento. Em ambos os casos as plantinhas doentes devem ser retiradas da sementeira.

GomoseA gomose de Phytophthora causada pelos fungosP. parasiticae P. citrophthora. Os sintomas podem variar dependendo da espcie ou cultivar de citros, da idade da planta, dos rgos onde ocorre o ataque ou das condies ambientais prevalecentes. Em viveiros, o fungo pode atacar os tecidos da regio do colo das plantinhas, com leses deprimidas de cor escura que aumentam de tamanho e acabam provocando a morte das mudas. O fungo pode ainda infectar sementes e causar podrides antes mesmo da germinao.

RubeloseCausada pelo fungoCorticium salmonicolora doena vem se destacando no ataque s tangerinas, limas doces e pomelos. A rubelose provoca a morte dos ramos com o aparecimento de leses que, geralmente, se iniciam nas forquilhas dos ramos principais. Nesses lugares o teor de umidade maior favorecendo o desenvolvimento do miclio fungo que em certas situaes chega a ser visto a olho nu como um revestimento esbranquiado, brilhante sobre o tecido apodrecido da casca. O avano dos sintomas faz com que o miclio desaparea ficando apenas um filamento longo que penetra na parte interna do ramo. Corresponente leso, as folhas da copa tornam-se amareladas, porem persistem por muito tempo na planta. Com a morte da casca os ramos apresentam fendilhamentos e descamaes. As leses de rubelose podem tomar grandes reas e com isso provocar a morte de toda a copa da planta. Para diminuir a incidncia da doena recomendam-se as seguintes medidas: melhorar as condies de aerao da planta por meio de poda de ramos secos, improdutivos e mal posicionados (a operao deve ser realizada aps a colheita principal); cortar os ramos atingidos cerca de 30 cm abaixo da margem inferior das leses; pincelar o corte dos troncos e ramos principais, especialmente as forquilhas com uma pasta cprica; destruir pelo fogo todo o material podado.

Cancro do tronco do limo TahitiA doena afeta principalmente o limo Taiti, de ocorrncia recente, porem tem carter destrutivo, chegando a matar a planta em poucos meses. Os sintomas se caracterizam por um amarelecimento localizado ou generalizado da copa, reflexo da destruio dos vasos de conduo de seiva causado por uma leso que se inicia prximo ao local da copa/porta-enxerto e que evolue apenas para os tecidos do limo taiti, no afetando os tecidos do porta-enxerto. A leso inicialmente apresenta-se com reas escurecidas na casca. Fazendo-se uma raspagem observa-se que os tecidos mais internos esto apresentando uma podrido mida de cor marrom e de contornos irregulares. Com o progresso da rea afetada, aparece excessiva exsudao de goma, o que tem confundido a doena com a gomose causada por Phytophthora. Os ramos mais finos, ocasionalmente tambm podem apresentar infeces, com abundante exsudao de goma. Quando a leso circunda totalmente o tronco, a planta torna-se complemente amarelada, as folhas caem e a planta morre.

VerrugoseDentre as doenas das plantas ctricas, a verrugose a mais frequente tanto em sementeiras e viveiros como em pomares, afetando somente frutos de laranjas doces.A doena pode ser causada por trs espcies de fungos: na laranja Azeda, pomelos, limes verdadeiros, limo Cravo, Volkameriano, rugoso causada pelo fungoSphaceloma fawceti; emtangerinas causada porS.fawcetivar.scabiosa nestes casosafetando folhas ramos e frutos e nas laranjas doces afetando somente os frutos e causada porS. australis.Quando a verrugose aparece nas sementeiras e viveiros, afetando os principais porta-enxertos utilizados na citricultura, os tecidos jovens so preferencialmente atacados, causando deformaes em folhas e ramos novos com leses salientes e speras. Os sintomas iniciais nas folhas ainda transparentes so pequenas manchas pontuais brilhantes e aquosas. O controle neste caso pode ser feito de preferncia preventivo, iniciando-se com o aparecimento das primeiras brotaes com benomil (50 g/100 L de gua). 30 dias aps, aplicar xido cuproso (100 g/100 L de gua) ou oxicloreto de cobre em dosagens que variam de 150-300g/ 100L de gua, conforme a marca comercial utilizada. Uma terceira aplicao com benomil pode ser repetida, de quatro a oito semanas aps ou no caso novas brotaes apresentarem os sintomas iniciais.Em pomares, no caso da verrugose das laranjas doces, o fungo afeta somente os frutos durante os 3 primeiros meses de vida, sendo que as leses no fruto maduro sero maiores quanto mais cedo o fruto for atacado. As leses so corticosas, salientes e irregulares, medindo em torno de 1,0 a 3,0 mm de dimetro podendo agruparem-se prejudicando grandes reas do fruto. Neste caso, o perodo mais importante para o controle na florao, na fase de frutos chumbinho, (em incio de formao). Por essa razo recomenda-se a primeira aplicao preventiva quando 2/3 das ptalas tiverem cado com um fungicida sistmico do grupo dos triazois, e uma segunda aplicao 20 a 30 dias aps a primeira, ou mais cedo se o perodo for chuvoso com um produto base de cobre (oxido cuproso 100 g/ 100 L de gua ou oxicloreto de cobre 150-300 g/ 100 L de gua) ou mancozeb (250g/ 100 L de gua).Como o uso de fungicidas pode favorecer o aparecimento de cochonilhas, recomenda-se a adio de leo emulsionvel calda fungicida nas dosagens recomendadas. As aplicaes em mistura com leo mineral emulsionvel no devem ser feitas sobre os frutos j desenvolvidos para evitar sintomas fitotxico de mancha estrelada.

MelanoseA Melanose uma doena que est presente em zonas citrcolas tropicais que possuem temperaturas variando entre 25 e 30C e umidade acima de 80% neste perodo. A doena torna-se importante em pomares cuja produo destina-se ao mercado de fruta fresca, pois a penetrao do agente causal se d ainda no fruto verde, aparecendo as leses quando do incio do amadurecimento dos frutos. Isto impossibilita a aplicao de uma metodologia de monitoramento, pois quando os sintomas aparecem, no tem como impedir as manchas na sua superfcie. Esta doena tem que ser monitorada por meio de estaes de aviso e com controle preventivo.Esta doena torna-se importante em pomares cuja produo destina-se ao mercado de fruta fresca. Causada pelo fungoPhomopsis citri, apresenta leses salientes escuras, muito pequenas que podem aparecer dispersas na superfcie do fruto ou em estrias. A poda de ramos secos importante medida de controle reduzindo os focos de infeo, pois o fungo sobrevive de uma estao para outra nestes ramos. As pulverizaes preventivas devem ser feitas com os mesmos produtos e na mesma poca em que se controla a verrugose pois os frutos tambm so mais suscetveis nos primeiros trs meses de formao, o que permite o controle das duas doenas simultaneamente.

Pinta pretaA doena causada pelo um fungo,Guignardiacitricarpaque se dissemina com muita facilidade dentro e entre os pomares. Os sintomas, tanto em frutos quanto em folhas, so mais frequentes nas reas da planta que ficam mais expostos ao sol. Nos frutos, os sintomas apresentam caractersticas diversas recebendo diferentes nominaes: mancha marrom ou mancha dura (leses escuras com bordas salientes marrom-escuras, centro deprimido contendo pequenas pontuaes negras); mancha sardenta (leses pequenas com minsculas pontuaes negras ao seu redor); mancha virulenta ou mancha negra (leses grandes, irregulares com o centro acinzentado e bordas salientes marrom-escuras ou vermelho-escuras); pinta preta ou falsa melanose (leses pretas, quase sempre numerosas, pouco deprimidas, com o centro pardacento, apresentando pontuaes pretas, medindo entre 2 a 6 milmetros de dimetro, assemelhando-se aos sintomas da melanose.). A suscetibilidade dos frutos vai desde a fase chumbinho at cinco meses aps a queda das ptalas (pingue-pongue).Nas folhas o centro da leso tem cor cinza, as bordas so salientes, marrom-escuras com um halo amarelado ao redor. So raros em laranjas e mais comuns em limes e tangerinas.

Estrelinha ou queda de frutos jovensA doena causada pelo fungoColletotrichum acutatumque infecta os tecidos de flores e frutos jovens, provocando a queda prematura desses frutos. Em flores infectadas, os primeiros sintomas aparecem, nas ptalas, sob a forma de leses encharcadas de colorao alaranjada. As ptalas afetadas adquirem uma consistncia rgida e ficam firmemente aderidas ao disco basal. Quando as condies so favorveis os sintomas podem aparecer antes mesmo que a flor se abra. Aps o florescimento, os frutinhos recm formados amarelecem, destacam-se da base do pednculo e caem, deixando os discos basais, os clices e as spalas aderidos. Os clices continuam crescendo, transformando-se numa estrutura dilatada, com as spalas salientes, semelhantes a estrelas, da a denominao da doena de "estrelinha". a cair, porem, afetados pela doena, permanecem desenvolvendo-se deformados, e pequenos, menores que 1 cm de dimetro.Praticamente todas as variedades de laranja doce so afetadas pela doena, entretanto os maiores danos so verificados em variedades que apresentam vrios surtos de florao como por exemplo os limes verdadeiros, as limas cidas Taiti e Galego e a laranja Pra. Nestas variedades os restos de cultura da produo tempor contribuem para o aumento da quantidade do fungo que ir atacar a florada seguinte. Entre as variedades menos afetadas destacam-se as tangerinas, os tangores e a laranja Hamlim.O Controle qumico da doena obtido pela proteo das flores com um fungicida sistmico do grupo dos triazois, intercalados com chlorotalonil ou Mancozeb obedecendo um esquema de controle que proteja a flor desde a fase palito de fsforo at o fruto no tamanho bola de ping-pong.Dependendo das chuvas, as pulverizaes devero ser iniciadas antes da abertura das flores, na fase palito de fsforo ou na fase cotonete. Nestes momentos o recomendado a utilizao de um fungicida sistmico, que d uma proteo mais prolongada e eficiente. Como o fungo desenvolve formas de resistncia a estes pesticidas, recomenda-se uma segunda aplicao, desta vez utilizando-se clorotalonil na dose de 100g/100 L gua. Quando os frutos estiverem do tamanho de uma bola de gude. Uma terceira aplicao com fungicida sistmico, que pode ser opcional, quando o fruto estiver maior que uma bola de ping-pong. Esta terceira aplicao til, nesta poca, para controlar a verrugose, em regies onde ela ocorre.Em reas irrigadas por asperso, as pulverizaes devem ser noturnas, para evitar um perodo prolongado de umidade que poder-se-ia somar com a umidade do orvalho, caso as pulverizaes fossem feitas durante o dia.

Doenas causadas por bactrias

Cancro ctricoCancro ctrico uma doena causada pela bactriaXhantomonas axonopodispv. citrique provoca leses nas folhas, frutos e ramos e, consequentemente queda de folhas frutos e de produo. Os sintomas nas folhas iniciam pelo surgimento de manchas amarelas, pequenas que aos poucos crescem transformam-se em leses corticosas, salientes, localizadas, na mesma regio da folha, nos dois lados. Com o envelhecimento da leso aparece um bem delineado halo amarelo em sua volta. Nos ramos as leses so crostas salientes de cor parda, semelhantes das folhas, porem agrupadas, recobrindo extensas reas. Nos frutos os sintomas so inicialmente superficiais, com leses necrticas salientes que provocam o rompimento da casca, possibilitando a entrada de outros microrganismos que iro acelerar a podrido.A preveno a melhor arma contra o cancro ctrico e deve ser feita j na implantao ou renovao do pomar, com mudas sadias, e plantio de quebra ventos. Os cuidados devem ser redobrados durante a colheita. Essa poca a mais favorvel para a disseminao da doena por causa do intenso trnsito de pessoas e materiais dentro da propriedade. A bactria pode sobreviver na madeira, plstico, metal e tecido. As medidas preventivas devem comear com uma rigorosa inspeo dos pomares. A muda deve ser adquirida de viveiros conduzidos em telados com proteo contra insetos; o controle da larva minadora deve ser feito de modo eficiente sempre que no talho, 50% das plantas apresentem brotaes novas; as escadas e sacolas e caixas devem ser devem ser desinfestadas

Amarelinho ou Clorose Variegada dos Citros - CVCDesde a sua constatao em 1987, a clorose variegada dos citros - CVC ou amarelinho, passou a ser a doena mais importante da cultura dos citros, causando um prejuzo anual de 100 milhes de dlares. A doena mais severa em plantas jovens, que passam a produzir frutos pequenos, duros, com acidez excessiva e pouco suco, imprestveis para a comercializao.O agente causal a bactria,Xilella fastidiosa,que vive no lenho da planta. A planta afetada apresenta nas regies mediana e superior da copa uma clorose foliar semelhante a deficincia de zinco, porm quando as folhas amadurecem, surgem pequenas pontuaes de cor marrom claro na sua face inferior em correspondncia as reas amareladas da face superior. Com a continuao estas leses tornam-se necrticas, de colorao marrom escuro e ligeiramente salientes.A doena causa reduo no tamanho dos frutos que se tornam endurecidos e amadurecidos precocemente. O desenvolvimento anormal dos frutos favorece a incidncia de rachaduras na casca, queimaduras de sol tornando-os imprestveis para a comercializao. Esta doena afeta todas as variedades de laranja doce, Pra, Natal, Hamlin, Bahia, Baianinha, Valncia, Folha Murcha, Baro, independente do porta-enxerto utilizado. No tem sido visualizado sintomas em tangerineira Poncam Mexerica, em limes verdadeiros, tangor Murcotte e lima cida Galego que apesar de assintomticas podem ter a bactria em seus tecidos.A disseminao da doena se d por meio de insetos como as cigarrinhas especficas da planta ctrica. A disperso da bactria para mdias e longas distncias de um foco inicial feita atravs da comercializao de mudas contaminadas.Como medidas de controle recomenda-se: plantio de mudas sadias adquiridas em viveiros registrados, evitando a comercializao de mudas provenientes de regies contaminadas; manter o pomar com as ruas limpas e o mato baixo nas entrelinhas; realizar inspees peridicas nos pomares para determinar a presena de cigarrinhas e focos iniciais da doena. Plantas com menos de quatro anos com frutos pequenos, tornam-se irrecuperveis; efetuar poda de ramos, cerca de 50 e 70 centmetros a partir da ltima folha inferior com sintomas; nos viveiros, utilizar inseticidas, com aplicao quinzenal, no perodo em que as plantas estiverem emitindo novas brotaes; os viveiros devem ser instalados cerca de 200 metros dos pomares ctricos.

Doenas causadas por vrus e virides

Mancha de LeproseA leprose causada por um vrus localizado, transmitido pelo caro vermelho (Brevipalpus phoenicis) e ocorre principalmente em laranjeiras doces. Os sintomas aparecem nas folhas, ramos e frutos, reduzindo a produtividade e o valor comercial da fruta. Nas folhas, as leses so rasas, visveis nas duas faces e bastante variveis de acordo o seu aparecimento em diferentes espcies, e variedades. De um modo geral so amareladas arredondadas, s vezes com o centro marrom ou necrosado.Nos frutos, as leses comeam a aparecer quando as laranjas medem cerca de cinco centmetros de dimetro e apresentam-se, inicialmente, como manchas rasas, amareladas, que vo aumentando, tornando-se deprimidas e escuras medida que os frutos amadurecem. As leses na laranja Pra so menores e irregulares enquanto na laranja Bahia, limas e tangerinas so maiores e circulares.Nos ramos novos o ataque comea com manchas amareladas, rasas que vo se tornando salientes de cor marrom a avermelhada. Quando mais velhas tomam um aspecto de cortia, cor de palha e dependendo do nmero pode causar a seca do ramo.A doena ataca com mais efetividade as laranjas doces, mas j foi relatada, em menor intensidade, sobre laranja Azeda, tangerinas Cravo, Mexerica e Clepatra, limes Siciliano, Ponderosa e Galego, lima da Prsia, Cidra e Pomelos.Como medidas de controle so recomendadas as seguintes: plantio de mudas sadias; poda de limpeza - Todas as partes com sintomas da doena devem ser removidas para destruir as fontes de infeco. A eliminao de plantas s justificada se elas no forem economicamente produtivas; controle de plantas daninhas - algumas plantas podem ser hospedeiras naturais do caro, tais como: mata pasto, apaga-fogo, alecrim, capim periquito, manjerico, caruru, pico preto, capim fedogoso, capim carrapicho, corda de viola, lantana, cordo de frade, melo de So Caetano e guanxuma. A erradicao deve ser feita com um acompanhamento tcnico para evitar a erradicao de espcies hospedeiras de inimigos naturais do caro; colheita antecipada - em reas muito afetadas no recomendvel deixar frutos maduros, que so mais suscetveis doena; inspees regulares. Um controle eficiente vai depender de uma amostragem que indique o nmero de caro nos frutos. O amostrador deve inspecionar um mnimo de 20 plantas por talho e caso tenha mais de 5% do caro recomendado o controle.Mtodo de amostragemO pragueiro ao fazer a inspeo para o caro deve buscar tambm sintomas da Leprose em folhas, ramos e frutos. Encontrando, assinalar na ficha no seu rodap, sim ou no. Ao trmino da inspeo, do talho o fato, alm de estar registrado na ficha, deve ser comunicado ao manejador, para que seja feito um monitoramento em todas as plantas do pomar. Este procedimento vai estabelecer o nvel de ao a ser adotado.

Nvel de aoQuando houver apenas sintomas da doena e somente nas propriedades com histrico da sua presena em anos anteriores, sugere-se realizar podas de ramos com sintomas do ano e continuar procedendo o monitoramento para o caro.Controle qumico com acaricidasComo os sintomas da doena aparecem cerca de 20 dias aps a picada do caro, o conhecimento da poca em que ele aparece, facilita a aplicao do acaricida no momento correto. Como o caro adquire resistncia aos produtos, recomenda-se alternar o uso de acaricidas do mesmo grupo.

TristezaDoena causada por um vrus que circula na seiva da planta tem como maior agravante a sua distribuio pelas mudas e por um inseto vetor o pulgoToxoptera citricidus. Os sintomas de nanismo, hipertrofia foliar e caneluras nos tecidos do lenho da planta so mais fortes ou mais fracos em funo dos diferentes tipos do vrus que podem estar atacando as plantas. O controle feito pela retirada do vrus da planta me e multiplicao das mudas a partir deste material sadio. Como a doena transmitida por um inseto recomendvel sempre plantar mudas sadias e premunizadas com tipos fracos destes vrus. Viveiristas credenciados dispem deste material obtido pelos rgos de pesquisas.

SoroseDoena causada por um complexo de vrus causa sintomas na copa das plantas, especialmente um intenso descascamento em reas prximas a forquilha principal. Essa doena, normalmente, apresenta sintomas aps o quarto ano plantio definitivo. Ela pode ser disseminada por mudas formadas por borbulhas retiradas de rvores que no apresentem os sintomas. A Sorose pode ser eficazmente controlada pela utilizao de material de propagao - borbulhas - limpas da doena por termoterapia, microenxertia ou pelo uso de clones nucelares.

ExocorteDoena causada por virides que circulam na seiva da planta, e so disseminados pelas mudas. Os sintomas ocorrem nos porta-enxertos, sendo que no caso da Exocorte um descascamento dos tecidos superficiais seguidos de um acentuado nanismo. Embora no haja estimativas de perdas na cultura dos citros a sua presena nos pomares provocou a limitao do uso de alguns porta-enxertos e mudanas na estratgia de controle de outras doenas de porta-enxertos O mesmo controle recomendado para a tristeza e Sorose deve ser observado para estas doenas.

Cachexia (Xiloporose)Esta doena infecciosa causada por um viroide e transmitida por borbulhas. As plantas afetadas ficam intensamente ananizadas e as folhas com intensa clorose que descolore inteiramente as folhas, porem so reversveis com a dubaes especficas. Os sintomas no tronco do porta-enxerto so pequenas salincias semelhantes a porosidades na superfcie do xilema, logo abaixo da casca. Nesta regio, sem aparecer externamente, formam-se bolsas de goma que so maiores ou menores em funo da suscetibilidade das variedades e idade das plantas. O Controle pode ser feito por microenxertia ou por meio da obteno de clones nucelares.

Doenas de causas desconhecidas

DeclnioEsta anormalidade foi detectada, na dcada de 70, em plantas de laranjas doce enxertadas sobre limo Cravo ePoncyrus trifoliataem diversas regies produtoras do Brasil. As plantas afetadas apresentam um definhamento acentuado com paralisao do crescimento, murchamento das folhas que se tornam opacas, olivceas e enroladas. Progressivamente acontece um intenso desfolhamento e a planta morre em 2 ou 3 anos aps o aparecimento dos sintomas. Todas estas caractersticas so semelhantes outras doenas de causas desconhecidas que ocorrem na Flrida, Uruguai, Venezuela, Cuba e frica do Sul.Todas as variedades de laranja doce em limo Cravo,P. trifoliatae limo Volkameriano so suscetveis. Combinaes de copas sobre laranja Caipira, tangerinas Sunki e Clepatra apresentam maior sobrevivncia em pomares afetados.Mtodo de amostragemDurante as inspees, ao rodear a planta, o pragueiro deve observar a presena ou ausncia de plantas com sintomas de declnio, assinalando com um trao para cada planta encontrada, mesmo que no seja a planta a ser monitorada e colocar o total de plantas no quadro correspondente da ficha de monitoramento ou inspeo. A transferncia do dado para a caderneta de campo deve ser feita indicando o nmero de plantas observadas e o manejador dever mandar proceder um levantamento total no talho.Nvel de aoO nvel de controle, neste caso, recomendado planta a planta aps a constatao das plantas atacadas.Ainda se desconhece a causa desta anormalidade, entretanto acredita-se que seja causado pelo bloqueio do fluxo da seiva que circula no lenho da planta. Em pomares bastante afetados recomenda-se o arranquio e destruio das plantas afetadas, e replantas utilizando-se combinaes de copas/porta-enxertos com histrico de maior sobrevivncia.

Doenas de menor importncia econmica

Mancha de graxa/Falsa melanoseCausada por fungos do gneroMycosphaerella, as leses ocorrem nas folhas onde notam-se manchas oleosas, entre os tecidos, de colorao castanha, tendendo ao negro, lisas ao tato, salientes, arrodeadas de um halo amarelo. O Controle somente recomendado quando o desfolhamento comear a causar danos econmicos de produo. A aplicao de Mancozeb aps a florada, e antes do perodo chuvoso, diminui a intensidade dos sintomas.

Mancha aureoladaEsta doena afeta as folhas causando manchas pardacentas medindo de 1 a 1,5 cm de dimetro, e que apresentam anis concntricos que se formam geralmente incompletos, com pontuaes escuras visveis a olho nu.Pelicularea filamentosao seu agente causal e foi relatada apenas na Amrica do Sul e no Brasil. A sua importncia chega a ser considervel se o ataque se d em viveiros, sob condies de alta umidade, alta temperatura e intensa luminosidade. O controle pode ser feito com sucesso com a aplicao de produtos cpricos ou Mancozeb, logo que se distingam as primeiras leses.

Feltro ou camuraA doena causada por fungos do gneroSeptobasidiume caracteriza-se por um revestimento, branco, marrom ou cinza escuro, que recobre principalmente ramos, mas pode aparecer tambm em folhas e frutos. O fungo semelhante a camura, compacto, espesso, formando um tecido impermevel sobre as partes das plantas, porem facilmente removvel. Sob a camada do revestimento do fungo, abrigam-se cochonilhas responsveis pelo secamento dos ramos mais novos. O controle pode ser feito com a retirada dos galhos finos mais afetados, raspagem dos revestimentos e aplicao de inseticidas que controlem as cochonilhas.

FumaginaA doena causada por fungos de revestimento do gneroCapnodiumque produzem miclio espesso, fuligneo que recobre folhas ramos e frutos. Esse revestimento envolve uma associao entre o fungo e cochonilhas, as quais produzem secrees aucaradas para o desenvolvimento do fungo. Como o revestimento negro pode cobrir toda a planta este fungo pode ser confundido com o principal agente causal do distrbio que so os insetos. Uma poda de limpeza e o controle das cochonilhas so recomendaes de controle.

Podrido estilar do TahitiA podrido estilar da lima cida "Tahiti" uma desordem fisiolgica que se manifesta nos ps colheita e ocorre em frutos maduros ou muito prximos da maturao. Os sintomas acontecem porque ocorre um rompimento das vesculas de suco, que, liberado invade a casca, causando a podrido dos tecidos e formando, uma pequena leso de colorao parda, situada na parte de baixo do fruto, que expande--se em seguida, ocupando uma grande rea.Como medidas preventivas de controle recomenda-se colher os frutos com cerca de 50 mm de dimetro, antes da completa maturao e aps a colheita, manter os frutos sombra, borrifando-os periodicamente com gua para manter uma baixa temperatura.

Rachadura dos frutosEm determinados perodos do ano observa-se com frequncia, rachaduras em frutos verdes ou em fase de maturao, que so associadas a problemas de desequilbrio hdrico e presena de fungos oportunistas. A leso surge quando ocorrem chuvas aps um perodo de estiagem prolongada. Nesta ocasio a polpa se expande em funo do fluxo repentino de seiva e a casca, incapaz de acompanhar a dilatao, sofre uma forte presso que resulta na ruptura do fruto em pontos menos resistentes. Prximo s rachaduras encontra-se associado um fungo do gneroAlternaria.O controle das irregularidades do clima utilizando a irrigao j um passo para diminuir as rachaduras. Nas reas irrigadas a manuteno da umidade do solo em nveis adequados e a umidade do ar entre 70-75% podem reduzir consideravelmente o distrbio. Outras medidas de controle podem ser recomendadas, tais como: manter o solo livre da concorrncia do mato e, se possvel utilizar uma cobertura morta, a fim de conservar a umidade e evitar grandes variaes no teor de gua.

BoloresA nomeao desta doena se deve ao fato de que os fungos causadores, do gneroPenicilium, recobrem os tecidos dos frutos com espessas massas de esporos, causando uma podrido mole. Os sintomas aparecem na fase final de maturao e durante as fases de armazenamento e transporte. H dois tipos de bolores, o azul e o verde.

OBSERVAO:Todas as plantas ctricas so atacadas por parasitas, mas a laranjeira especialmente sensvel a este problema pois a planta ctrica mais atacada por eles, chegando a sofrer com mais de 70 espcies diferentes, tanto de insetos quanto de caros. Mais de 30 espcies de caros fitfagos podem atacar os citros, mas podemos destacar como os de maior incidncia, o caro da falsa ferrugem, o tropical, o branco e o das gemas. Para o combate a esses caros, existem tcnicas especficas, mais apropriadas a cada um dos casos. Existem mais de 180 espcies de nematides que podem atacar essas plantas e este um problema muito grave pois a planta atacada pode ser, praticamente, considerada como perdida. As doenas das plantas ctricas tambm so numerosas, j sendo contabilizadas mais de 40. Entretanto so 10 delas as mais incidentes e as que mais preocupam os agricultores, pois so as que normalmente podem causar prejuzos. Dentre elas, as mais comuns so a sorose, a tristeza, a xiloporose e a exocorte. Alm das doenas citadas, podemos destacar, tambm, o cancro-ctrico, a verrugose, a podrido-das-razes, a podrido-parda, a gomose e a antracnose. Com o desenvolvimento tcnico na produo de sementes, algumas das muitas doenas e pragas j no apresentam uma incidncia muito grande, devido ao desenvolvimento de variedades resistentes, Os produtores devem sempre procurar cultivar variedades mais resistentes s pragas e doenas mais incidentes na regio ou com maior possibilidade de ocorrncia, pois nenhuma variedade livre de todas as doenas e pragas. O controle de pragas e doenas feito, normalmente, com aplicaes de defensivos agrcolas especficos, que so utilizados regularmente ou, ento, no caso do surgimento de alguma doena ou praga especfica. Alm desse mtodo tradicional, existem muitas alternativas naturais para que possamos combater as doenas e pragas das plantas ctricas. Esses mtodos alternativos ou naturais so utilizados de acordo com as necessidades e com a possibilidade de ocorrncia de uma determinada praga ou doena, devido s condies especficas de solo ou clima da regio. Uma das tcnicas alternativas no combate e preveno de doenas e pragas o plantio, dentro do pomar, de certas plantas que podem auxiliar no combate ou na preveno. Podemos citar como exemplo, a maria-preta, que quando cultivada dentro do pomar, atrai os besouros adultos da broca-da-laranjeira, deixando as laranjeiras livres dessa praga. Em grandes pomares, o normal plantarmos a maria-preta entre as linhas e nos pequenos, ao redor do pomar. O problema que a broca-da-laranjeira causa que os besouros colocam seus ovos nas laranjeiras e quando estes eclodem as larvas furam a rvore e causam muitos prejuzos aos agricultores. Depois que as larvas comeam a furam a rvore, o combate mais utilizado feito com inseticida, que injetado diretamente nos buracos. um combate difcil e muitas vezes invivel, principalmente em grandes pomares, de porte industrial. Desta forma, o melhor, nesses casos, o controle atravs de defensivos qumicos apropriados.

REFERNCIAS

Produo Integrada de Citros BA. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Sistema de Produo, 15 ISSN 1678-8796 Verso eletrnica. Dez/2003.Disponvel em http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Citros/CitrosBahia/doencas.htm. Acessado em 30/10/2015.

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MATOS, E. H. da S. F.. Dossi Tcnico Cultivo de Laranja. Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnolgico da Universidade de Braslia CDT/UnB. 2007. 23p. Disponvel em http://www.sbrt.ibict.br/dossie-tecnico/downloadsDT/MjA2. Acessado em 29/10/2015.