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O projeto como um todo visa contemplar além das demandas programáticas solicitadas pela organização do concurso, apresentando um espaço não somente de visitação, mas também, um espaço de troca de experiências socioeducativas ao que se refere à sustentabilidade como um todo. Além do edifício principal que obriga os espaços funcionais e expositivos, o conjunto da casa da sustentabilidade possui em seu paisagismo externo um fio condutor para demonstrar a aplicação no dia a dia de soluções agrícolas simples em meio ao ambiente urbano. Tem como repertório arquitetônico a arquitetura das casas modernistas do século passado, no que se refere aos espaços de ventilação cruzada e iluminação assim como os seus pátios internos que propiciam um ambiente cativante e confortável para o usuário do espaço. IMPLANTAÇÃO A implantação foi definida através da vivência obtida na vistoria realizada no terreno, onde se verificou in loco a topografia real, a dinâmica do local, a massa arbórea existente, edifícios em seu entorno imediato assim como os seus referidos fluxos de circulação. A partir das diretrizes tomadas em função das linhas de fluxos estudadas, levando em conta a funcionalidade e os ambientes externos adjacentes (Lagoa, Estação, Rotas, Portões de Acesso) considerou-se um grande eixo diagonal de circulação que corta todo o terreno conectando a Casa da Sustentabilidade ao programa externo do seu paisagismo, como praças, pontos de reciclagem, wetlands e hortas com diversos tipos de plantas e finalidades. O projeto tentou ao máximo a manutenção e preservação da vegetação existente considerando estes como um item fundamental para a integração do novo (Casa da Sustentabilidade) e o antigo que no caso é o terreno existente. Referente à topografia, o projeto considerou de maneira ampla a manutenção das cotas de nível e utilizou o talude existente como elemento importante para a definição do paisagismo externo, sendo aproveitado para a criação de uma grande escada externa que pode funcionar como uma arquibancada ou ponto de parada e descanso a fim de contemplar a praça gerada na cota inferior adjacente a pista de patinação mantida em seu local original. MARQUISE A partir do eixo diagonal principal, projetou se outro eixo transversal adjacente as espécies arbóreas existentes no local (Setor oeste do terreno), criando assim uma linha que sugere uma entrada convidativa ao espaço da Casa. Com este novo eixo, propõe-se uma marquise construída a partir de módulos triangulares em madeira certificada, assim como a estrutura em “V” que sustenta a mesma, gerando um grande espaço de sombra e conforto que conecta as vias existente do Parque Taquaral até as praças internas e a porta de entrada da Casa da Sustentabilidade. BLOCOS PROGRAMÁTICOS Tendo as linhas e cotas de nível definidas, estudou se o programa funcional interno da Casa, onde o programa foi dividido em 4 grandes blocos: Auditório / Reuniões, Recepção / Expositivo, Serviços e Administrativo (Comdema). Hierarquizando as referidas massas dos blocos em m² e em sua diagramação funcional, se obtém em planta uma volumetria trapezoidal que abriga os blocos que organizam os espaços em áreas comuns (exposições, auditório e sanitários públicos) e áreas com controle maior de acesso como (serviços e administrativo – Comdema). PAISAGISMO E AS HORTAS Tendo o espaço interno organizado, foi pensado para a área externa um paisagismo que valoriza o projeto e que envolva atividades conectadas ao tema da sustentabilidade. Foram criadas hortas de cultivo e manejo de diversos fins e espécies, que se utilizam do sistema de captação de água pluvial do edifício e wetlands, para a sua manutenção e irrigação. No Setor Oeste da praça, adjacente a entrada principal, foi proposta uma horta que cultiva plantas fitoterápicas como hortelã e alecrim. Já no Setor Leste, próximo a linha do bonde existente, há duas grandes áreas de cultivo: uma se refere ao plantio de etanol (Cana de açúcar, Milho e Beterraba) e na outra área temos o cultivo de hortaliças para consumo, através da permacultura e compostagem. Nas cotas de nível 642m e 640m, como integrantes do desenho paisagístico temos os wetlands que funcionam como filtros naturais (cascalhos e vegetação adequada) das águas provenientes das chuvas que são armazenadas no edifício e também pelo sistema “tecgarden” presentes nos jardins externos da Casa da Sustentabilidade, que além de abastecerem as hortas de cultivo com água filtrada naturalmente também propiciam espaços confortáveis para a contemplação do entorno como um todo. ANEXOS Adentrando aos demais itens do programa, o bicicletário foi proposto fora do corpo do edifício principal, ao lado da guarita de acesso e abaixo da marquise de entrada a fim de permitir um local adequado e mais privativo para o estacionamento das bicicletas dos usuários, conectado as praças externas propostas no projeto. Como solicitado pela organização do concurso a pista de patinação permaneceu na mesma posição original, contudo, a estação telemétrica foi reposicionada para outro local no terreno, no caso proposta no setor leste adjacente as hortas de cultivo. Portanto o projeto proposto visa que a Casa da Sustentabilidade não seja somente um espaço físico para exposição e visitação, mas sim um espaço sócio educacional gerador de experiências e vivências de políticas sustentáveis para a comunidade local. SITUAÇÃO 1:750 CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA “CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP 1/2 Topografia Fluxos Volumetria Circulações Lagoa Estação Portão 3 Portão 5 Portão 7 CONCEITO E O PARTIDO A CASA

Pranchas Projeto 30 - iabsp.org.br · ESTRUTURA DE MADEIRA ... PISO INTERTRAVADO DE CONCRETO PERMEÁVEL BANCOS EM PALLET GUARITA / BICICLETÁRIO, ACESSO ... externas não estão consideradas

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O projeto como um todo visa contemplar além das demandas programáticas solicitadas pela organização do concurso, apresentando um espaço não somente de visitação, mas também, um espaço de troca de experiências socioeducativas ao que se refere à sustentabilidade como um todo.

Além do edifício principal que obriga os espaços funcionais e expositivos, o conjunto da casa da sustentabilidade possui em seu paisagismo externo um fio condutor para demonstrar a aplicação no dia a dia de soluções agrícolas simples em meio ao ambiente urbano.

Tem como repertório arquitetônico a arquitetura das casas modernistas do século passado, no que se refere aos espaços de ventilação cruzada e iluminação assim como os seus pátios internos que propiciam um ambiente cativante e confortável para o usuário do espaço.

IMPLANTAÇÃO

A implantação foi definida através da vivência obtida na vistoria realizada no terreno, onde se verificou in loco a topografia real, a dinâmica do local, a massa arbórea existente, edifícios em seu entorno imediato assim como os seus referidos fluxos de circulação. A partir das diretrizes tomadas em função das linhas de fluxos estudadas, levando em conta a funcionalidade e os ambientes externos adjacentes (Lagoa, Estação, Rotas, Portões de Acesso) considerou-se um grande eixo diagonal de circulação que corta todo o terreno conectando a Casa da Sustentabilidade ao programa externo do seu paisagismo, como praças, pontos de reciclagem, wetlands e hortas com diversos tipos de plantas e finalidades.

O projeto tentou ao máximo a manutenção e preservação da vegetação existente considerando estes como um item fundamental para a integração do novo (Casa da Sustentabilidade) e o antigo que no caso é o terreno existente.

Referente à topografia, o projeto considerou de maneira ampla a manutenção das cotas de nível e utilizou o talude existente como elemento importante para a definição do paisagismo externo, sendo aproveitado para a criação de uma grande escada externa que pode funcionar como uma arquibancada ou ponto de parada e descanso a fim de contemplar a praça gerada na cota inferior adjacente a pista de patinação mantida em seu local original.

MARQUISE

A partir do eixo diagonal principal, projetou se outro eixo transversal adjacente as espécies arbóreas existentes no local (Setor oeste do terreno), criando assim uma linha que sugere uma entrada convidativa ao espaço da Casa.

Com este novo eixo, propõe-se uma marquise construída a partir de módulos triangulares em madeira certificada, assim como a estrutura em “V” que sustenta a mesma, gerando um grande espaço de sombra e conforto que conecta as vias existente do Parque Taquaral até as praças internas e a porta de entrada da Casa da Sustentabilidade.

BLOCOS PROGRAMÁTICOS

Tendo as linhas e cotas de nível definidas, estudou se o programa funcional interno da Casa, onde o programa foi dividido em 4 grandes blocos: Auditório / Reuniões, Recepção / Expositivo, Serviços e Administrativo (Comdema). Hierarquizando as referidas massas dos blocos em m² e em sua diagramação funcional, se obtém em planta uma volumetria trapezoidal que abriga os blocos que organizam os espaços em áreas comuns (exposições, auditório e sanitários públicos) e áreas com controle maior de acesso como (serviços e administrativo – Comdema).

PAISAGISMO E AS HORTAS

Tendo o espaço interno organizado, foi pensado para a área externa um paisagismo que valoriza o projeto e que envolva atividades conectadas ao tema da sustentabilidade.

Foram criadas hortas de cultivo e manejo de diversos fins e espécies, que se utilizam do sistema de captação de água pluvial do edifício e wetlands, para a sua manutenção e irrigação. No Setor Oeste da praça, adjacente a entrada principal, foi proposta uma horta que cultiva plantas fitoterápicas como hortelã e alecrim. Já no Setor Leste, próximo a linha do bonde existente, há duas grandes áreas de cultivo: uma se refere ao plantio de etanol (Cana de açúcar, Milho e Beterraba) e na outra área temos o cultivo de hortaliças para consumo, através da permacultura e compostagem.

Nas cotas de nível 642m e 640m, como integrantes do desenho paisagístico temos os wetlands que funcionam como filtros naturais (cascalhos e vegetação adequada) das águas provenientes das chuvas que são armazenadas no edifício e também pelo sistema “tecgarden” presentes nos jardins externos da Casa da Sustentabilidade, que além de abastecerem as hortas de cultivo com água filtrada naturalmente também propiciam espaços confortáveis para a contemplação do entorno como um todo.

ANEXOS

Adentrando aos demais itens do programa, o bicicletário foi proposto fora do corpo do edifício principal, ao lado da guarita de acesso e abaixo da marquise de entrada a fim de permitir um local adequado e mais privativo para o estacionamento das bicicletas dos usuários, conectado as praças externas propostas no projeto.

Como solicitado pela organização do concurso a pista de patinação permaneceu na mesma posição original, contudo, a estação telemétrica foi reposicionada para outro local no terreno, no caso proposta no setor leste adjacente as hortas de cultivo.

Portanto o projeto proposto visa que a Casa da Sustentabilidade não seja somente um espaço físico para exposição e visitação, mas sim um espaço sócio educacional gerador de experiências e vivências de políticas sustentáveis para a comunidade local.

SITUAÇÃO1:750

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA“CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP 1/2

Topografia Fluxos Volumetria Circulações

Lagoa

Estação

Portão 3

Portão 5

Portão 7

CONCEITO E O PARTIDO

A CASA

Emerson
Texto digitado
30

642,65

640,90

642,75

642,75

642,10

642,65

642,65

642,75

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641,77

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643,65

643,65

642,70

642,00 642,75

640,57

642,65

642,65

640,50

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA“CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP 2/2

PAINÉIS SOLARES FOTOVOTAICOS

LAJE JARDIM - Captação de Água Pluvial

TELHAS TERMOACÚSTICAS

LAJE CONCRETO

MEMORIAL DESCRITIVO

PAINÉIS DE MADEIRA HDF

MARQUISE DE MADEIRA DE REFLORESTAMENTO

FORRO ACÚSTICO

FORRO GESSO

ESTRUTURA EM CONCRETO

ESTRUTURA DE MADEIRA CERTIFICADA

VIDRO U-GLASS

DIVISÓRIAS ARTICULADAS

PISO EM MADEIRA DEMOLIÇÃO

VIDRO ALTA EFICIÊNCIA

PISO CIMENTO QUEIMADO

PISO INTERTRAVADO DE CONCRETO PERMEÁVEL BANCOS EM PALLET

GUARITA / BICICLETÁRIO, ACESSO

HORTAS DE PLANTAS FITOTERÁPICAS

CASA DA SUSTENTABILIDADE

PLANTAÇÃO DE HORTALIÇAS /ÁREA PARA COMPOSTAGEM

PLANTAÇÃO DE BIODIESEL (ETANOL)

WETLAND

REUNIÕES E AUDITÓRIO

EXPOSIÇÕES E RECEPÇÃO

SERVIÇOS

ADMINISTRAÇÃO COMDEMA

A

D

D

A

B

B

A

D

D

A

B

B

ESTAÇÃO TELEMÉTRICA

642,65

640,90

642,75

642,75

642,10

642,65

642,65

642,75

642,75

641,77

641,00

640,00

643,65

643,65

642,70

642,00 642,75

640,57

642,65

642,65

640,50

PLANTA1:400

01

02

03

0405

06

04

07 08

09 10

11

1213

14 15 16 17

1819

20

21222324

25

04

06

01 - Acesso02 - Guarita 11,40m²03 - Bicicletário 59,30m²04 - Praça Externa 05 - Recepção 17,48m²06 - Exposições 351,20m²07 - Sala de Suporte 1 (15 pax) 29,74m²08 - Sala de Suporte 2 (15 pax) 29,74m²09 - Sala de Multiplo Uso 1 (30 pax) 57,89m²10 - Sala de Multiplo Uso 2 (30 pax) 57,89m²11 - Auditório / Plenária 302,20m²

12 - Sanitários Visitantes 45,64m²13 - Vestiários Funcionários 68,73m²14 - Copa 24,05m²15 - Despensa 7,69m²16 - Sala de T.I. 10,41m²17 - Depósito 5,55m²18 - Sala de Reuniões 16,24m²19 - Secretária Executiva 12,17m²20 - Sala do Presidente 25,25m²21 - Arquivista / Biblioteca 11,70m²22 - Reprografia / Impressões 11,58m²

23 - Expediente 11,77m²24 - Almoxarifado 11,53m²25 - Coordenação Geral 48,24m²26 - Sala Luz / Som do Auditório 36,53m²

Sub Total: 1.263,42m²

Circulação Interna: 354,09m²

Área Total: 1.618,35m²

645,25 26

Mezanino

Ver Abaixo

Tendo em vista a racionalização do sistema construtivo, o projeto possui a modulação de 10m x 10m, cuja exceção estrutural é uma linha de pilares de seção circular que sustentam a laje da cobertura, acompanhando paralelalmente ao eixo diagonal de circulação que forma a casca que define a volumetria do edifício principal.

Relativo à insolação, devemos levar em conta que o edifício está na posicionado na orientação norte sul e a fachada oeste possui sistema de ventilação cruzada, principalmente no eixo transversal principal onde está o espaço de exposições. Ambas as fachadas leste e oeste possuem recuos e beirais que propiciam um sombreamento adequado ao conforto térmico.

Na cobertura do edifício principal no setor sul, inclinadas no sentido norte, estão instalados painéis solares fotovoltaicos que fornecem a quantidade de energia solar que abastece ao sistema de chuveiros dos vestiários dos funcionários e demais espaços, gerando a longo prazo economia e manutenção ao edifício.

Já no setor norte da cobertura, há uma laje jardim e calhas para a captação de água pluvial, que são armazenadas em reservatório especifico para utilização de água cinza nos vestiários e sanitários e irrigação dos jardins e hortas presentes no complexo.

04

ESTIMATIVA DE CUSTOS - SISTEMA CUB /M² (Tabela Sinduscon SP - Dezembro 2015 - Referência CSL 16 Padrão Alto)Obs: Por se tratar do metodo CUB, as áreas externas de paisagismo e circulações externas não estão consideradas no calculo. O valor abaixo trata-se somente de uma estimativa, portanto sendo necessário a revisão detalhada do orçamento no caso da fase do projeto executivo.

CONSTRUÇÃO BRUTA : R$ 3.342826,00(CANTEIRO, LIGAÇÕES PROVISÓRIAS, FUNDAÇÕES, ESTRUTURAS, PAREDES, TUBULAÇÕES, FIAÇÕES, COBERTURA, MARQUISE DE MADEIRA, ETC.) ACABAMENTOS E EQUIPAMENTOS: R$ 1,421,413.00(PISOS, AZULEJOS, FERRAGENS DE PORTAS E JANELAS, LOUÇAS E METAIS SANITÁRIOS, ESPELHOS DE TOMADAS, ETC.) INVESTIMENTO TOTAL: R$ 4.7642,239

CORTE LONGITUDINAL1:250

Emerson
Texto digitado
30