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IFBA- INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA
CURSO: LICENCIATURA EM QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL II
PROFESSOR: Dr. LUCIANO DA SILVA LIMA
CINÉTICA QUÍMICA
PORTO SEGURO/2013
CINÉTICA QUÍMICA
POR
ANA LUISA CARVALHO
FABIANA BARBOSA
MATEUS CARAPIÁ
NILMA REIS
SHEILA SILVA
Relatório apresentado à disciplina
Química Geral Experimental II
ministrada pelo Professor Dr.
Luciano da Silva Lima como requisito
parcial de avaliação.
Semestre 2013.2
PRÁTICA 4: REALIZADA EM 16/10/2013
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
TABELA 1 - Materiais e reagentes preparo de soluções............................................7
TABELA 2 - Materiais e reagentes..............................................................................9
TABELA 3 - Tubos de ensaio com quantidades de soluções a ser acrescidas.......10
TABELA 4 - Resultados do tempo de reação do procedimento 1.............................11
TABELA 5 - Resultados do tempo de efeito da concentração..................................12
FIGURA1- Gráfico de linearização 1/[IO-3] versus tempo.........................................13
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................5
OBJETIVO...................................................................................................................7
MATERIAL E REAGENTES: PREPARO DE SOLUÇÕES.........................................7
PROCEDIMENTOS: PREPARO DE SOLUÇÕES.......................................................7
MATERIAL E REAGENTES: PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL...........................9
PROCEDIMENTO: PRÁTICA EXPERIMENTAL.........................................................9
RESULTADO E DISCUSSÃO...................................................................................11
CONCLUSÃO............................................................................................................16
REFERÊCIAS............................................................................................................17
INTRODUÇÃO
O entendimento sobre a velocidade das conversões de reagentes em
produtos, ou seja, as reações químicas, e os fatores associados a isso, são os
objetos de estudo do ramo da ciência chamado Cinética Química.
A velocidade de uma reação é determinada através da rapidez com que os
reagentes são consumidos ou rapidez com que os produtos são formados. Se
tratando de velocidade de reações químicas no cotidiano é possível encontrar dois
tipos principais:
Reações Lentas: Se os produtos são formados em um longo intervalo de tempo,
como ocorre na corrosão ou no apodrecimento de material orgânico, por exemplo.
Reações Rápidas: Sabemos que uma reação química é rápida se os produtos são
formados rapidamente, ou seja, se ocorrem em um curto intervalo de tempo, como
acontece, por exemplo, em uma reação de precipitação ou em um a explosão. [4]
Os reagentes podem interferir de formas distintas na velocidade de uma
reação, esse efeito é denominado como ordem de reação ou lei de velocidade. A lei
de velocidade (ou equação de velocidade) é determinada experimentalmente e pode
ter a forma geral: V= k[A]n1[B]n2, onde:
•k é a “constante de velocidade” da reação ou “velocidade específica”;
•n1 e n2 correspondem às ordens de reações parciais em relação aos reagentes A e B, respectivamente;
•n= n1+n2 corresponde à ordem global da reação. k e n são conhecidos como “parâmetros cinéticos”. [1]
Ordem de uma reação:
Ordem zero em relação a um reagente se a alteração da concentração desse
reagente, não causa alteração à sua velocidade.
Primeira ordem em relação a um reagente se, duplicar a concentração, duplica a
velocidade da reação também.
É de ordem n em relação a um reagente se, duplicar a concentração aumenta de
2n a velocidade da reação.
Esse efeito se dá pelo grau de interferência que a concentração de um
reagente, implica no acréscimo ou decréscimo da velocidade de uma reação
química. [1] As reações químicas ocorrem com velocidades diferentes e estas podem
ser alteradas, porque além da concentração de reagentes e produtos, as
velocidades das reações dependem também de outros fatores como:
Orientação dos reagentes para que uma reação ocorra às moléculas dos
reagentes devem colidir com a orientação correta e com energia suficiente para
formar produtos. Choques.
Temperatura: com o aumento da temperatura, aumenta a energia cinética
media das moléculas em um sistema e consequentemente o numero de colisões
efetivas entre elas. Um exemplo disso são os alimentos que ficam na geladeira, eles
demoram mais para estragar porque as reações químicas feitas pelos micro-
organismos são retardadas pelas baixas temperaturas.
Pressão: quando se aumenta a pressão de um sistema gasoso, aumenta-se
a velocidade da reação.
Superfície de contato: A superfície de contato é um fator que influencia na
rapidez de uma reação química. Nos Sólidos, as reações químicas começam na
superfície externa para depois alcançarem seu interior. A superfície externa é a que
propicia o contato direto entre os reagentes.
Presença de um catalisador: os catalisadores aumentam a velocidade de
uma reação química. Atuam ao promover rotas de reação com menor energia de
ativação. O catalisador acelera a reação, pois diminui a energia de ativação das
moléculas. O abaixamento da energia de ativação é que determina o aumento da
velocidade da reação.
Concentração de reagentes: quanto maior a concentração dos reagentes
maior será a velocidade da reação. Para que aconteça uma reação entre duas ou
mais substâncias é necessário que as moléculas se choquem, de modo que haja
quebra das ligações com consequente formação de outras novas. O número de
colisões irá depender das concentrações dos reagentes. [1,2,3,7]
OBJETIVOS
Verificar experimentalmente os efeitos da concentração, temperatura e do
catalisador na velocidade de reações químicas.
PROCEDIMENTO
Preparo de solução:
Tabela1- materiais e reagentes Preparo de soluções
Materiais Reagentes
Balança KIO3
Béquer de 250 mL NaHSO3
Bastão de vidro Água Destilada
Balão volumétrico 100mL
Espátula
Funil
Pera
Pipeta graduada 25mL
Pisseta
Os materiais e reagentes da tabela 1 acima foram utilizados para o preparo das soluções descritas abaixo:
1. Preparar 100 mL de solução aquosa de IO3- (KIO3) de concentração
aproximadamente 0,02 mol/L.
Foram feitos os cálculos para encontrar a quantidade de (KIO3) a ser pesada
através da seguinte cálculo:
Após tarar o béquer de 100 mL, foram pesados 0,428 g de KIO3.
C= mMM.V
→ 0,02= m214 .0,1
=0,428 g
Foi acrescida ao béquer 30 mL de água destilada, apenas o suficiente para
dissolver o soluto.
A solução foi transferida para um balão volumétrico de 100 mL, com auxílio
de um funil. A transferência foi feita de forma quantitativa. O recipiente foi
lavado pelo menos 3 vezes sendo transferida as águas das lavagens para o
balão.
O volume do balão foi completado, enchendo-o com água destilada até o
traço de referência. O balão foi devidamente arrolhado e agitado sendo feita a
homogeneização.
A solução foi utilizada na prática.
2. Preparar 100 mL de solução aquosa de Solução de HSO-3 (NaHSO3) de
concentração aproximadamente 0,02 p/v.
Foram feitos os cálculos para encontrar a quantidade de (NaHSO3) a ser
pesada através da seguinte cálculo:
Após tarar o béquer de 100
mL, foram pesados 0,208 g de NaHSO3.
Foi acrescida ao béquer 30 mL de água destilada, apenas o suficiente para
dissolver o soluto.
A solução foi transferida para um balão volumétrico de 100 mL, com auxílio
de um funil. A transferência foi feita de forma quantitativa. O recipiente foi
lavado pelo menos 3 vezes sendo transferida as águas das lavagens para o
balão.
O volume do balão foi completado, enchendo-o com água destilada até o
traço de referência. O balão foi devidamente arrolhado e agitado sendo feita a
homogeneização.
A solução foi utilizada na prática descrita abaixo.
PARTE EXPERIMENTAL
C= mMM.V
→
0,02= m104 .0.1
=0,208 g
Material Reagentes
Tubos de ensaio Solução 0,02 mol/L de IO3- (KIO3)
Estante para tubos de ensaio Batata crua
Bastão de vidro Solução 0,02 % p/v de HSO-3 (NaHSO3)*
Cronômetro H2O2 a 10 volumes
Béquer Comprimidos efervescentes contra azia
Pipeta graduada de 5 mL Água Destilada
Pera Água gelada e gelo
Termômetro (0ºC a 100ºC)
Proveta
Pistilo
Tabela 2- matérias e reagentes
*Esta solução contém amido como indicador e 10 mL de H2SO4 1 mol/L.
A tabela 2 acima descreve os materiais e reagentes que foram utilizados na prática.
PROCEDIMENTO
1. Efeito da superfície de contato
Foram aferidos com o auxilio do pistilo 40 mL de água destilada em cada um dos
dois béqueres.
Com auxilio de um almofariz e uma espátula de vidro, foi triturado um comprimido
de antiácido efervescente e reservado.
Foi adicionado no primeiro béquer, o comprimido sem triturar e, no segundo
béquer, o triturado. Ambos foram adicionados no mesmo instante.
As observações foram feita e o tempo das reações devidamente anotadas.
2. Efeito da concentração
Em suporte para tubo de ensaio, foram colocados 5 tubos de ensaio sendo
numerados de 1 a 5. Foram adicionados conforme a tabela 3 abaixo, as seguintes
quantidades:
Tabela 3 – Tubos de ensaio com quantidades de soluções a ser acrescidas.
Tubo1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4 Tubo 5
5mL de IO-3
0,02 mol.L-1 (mL)
4 mL de IO-3
0,02 mol.L-1
(mL)
3 mL de IO-3
0,02 mol.L-1
(mL)
2 mL de IO-3
0,02 mol.L-1
(mL)
1 mL de IO-3
0,02 mol.L-1
(mL)
1 mL de água
destilada
2 mL de água
destilada
3 mL de água
destilada
4 mL de água
destilada
5mL de HSO-3
0,02% p/v(mL)
5mL de HSO-3
0,02% p/v(mL)
5mL de HSO-3
0,02% p/v(mL)
5mL de HSO-3
0,02% p/v(mL)
5mL de HSO-3
0,02% p/v(mL)
Primeiramente nos tubos de 1 a 5, foram adicionadas as quantidades da
solução de IO-3 0,02 mol.L-1 (mL) descrita acima, posteriormente nos tubos de 2 a 4
água destilada sendo então homogeneizado a solução, posteriormente foram
adicionados em cada tubos (1 a 5), 5mL de HSO-3 0,02% p/v(mL) e, com auxílio de
um cronômetro o tempo foi cronometrado, desde o momento em que aferiu o HSO -3
até o início do aparecimento da cor amarelo ouro. Os resultados foram devidamente
anotados.
3. Efeito da temperatura
Utilizaram-se dois tubos de ensaio. Em um tubo foram acrescidas 5 mL de
solução de IO-3. Em outro tubo, adicionou-se 5 mL de solução de HSO-3.
Ambos os tubos foram colocados em um banho de gelo, durante 10 minutos. A
temperatura do banho foi medida com um termômetro.
Foi entornado o conteúdo de um dos tubos dentro do outro, e o tempo
devidamente cronometrado, desde o início da mistura até o aparecimento da
coloração amarelo ouro.
4. Efeito do catalisador
Adicionou-se 5 mL de Peróxido de hidrogênio (H2O2) 10 volumes em cada um
dos 2 béqueres.
Em um deles, foi colocado um pedaço de batata crua.
Foram feitas as observações e os resultados foram devidamente anotados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Procedimento 1 - Efeito da superfície de contato
No procedimento 1, tomaram-se 2 béqueres com água, enumerou-os, e adicionou
ao primeiro um comprimido de antiácido triturado e ao segundo um comprimido
inteiro, sendo que foram colocados no mesmo instante. Em ambos foram
cronometrados o tempo de reação e obteve os seguintes valores:
Tabela 4 – Resultados do tempo de reação do procedimento 1
Tempo de reação do comprimido triturado
Tempo de reação do comprimido inteiro
22 segundos 55 segundos
A partir dos valores obtidos na tabela 4, foi possível notar que o tempo de
dissolução e consequentemente maior liberação de CO2 do comprimido de antiácido
triturado ocorreu de forma mais efetiva que o comprimido de antiácido inteiro. Isto
acontece, pois sendo a superfície de contato um fator que influencia na aceleração
de uma reação química. Ao adicionarmos 40 mL de água ao comprimido de
antiácido, as reações químicas começam na superfície externa para depois
alcançarem seu interior. A superfície externa é a que propicia o contato direto entre
os reagentes, tornando a reação mais lenta.
Pode-se observar que ao ser colocado o antiácido triturado em 40 mL de
água, o efervescente triturado teve sua superfície de contato inúmeras vezes
aumentada, ocasionando uma aceleração muito grande na reação. Nesse caso,
dizemos que houve um aumento da superfície de contato do material, ou seja, houve
um aumento da região em que os reagentes entraram em contato.
Consequentemente, houve um aumento na velocidade da reação.
Procedimento 2 – Efeito da concentração
Tomou-se um suporte com cinco tubos de ensaio e enumerou-os de 1 a 5.
As soluções de IO3- e HSO3
-, necessárias para o experimento, foram preparadas a partir de cálculos matemáticos de concentração apresentados abaixo:
Concentração do KIO3
C= mMM.V
=>0,02mol . L−1= m214 x 0,1
=¿m=0,428 gde KI O3
Concentração do NaHSO3
C= mMM.V
=>
0,02mol . L−1= m104 x 0,1
=¿m=0,208g de NaHSO3
A cada tubo adicionou-se diferentes volumes de IO-3 0,02% e água destilada como
mostra a tabela 5 abaixo. Cronometrou-se o tempo ao iniciar a adição de 5 mL do HSO-
3 até atingir uma cor amarelo ouro.
Tabela 5 – Resultados do tempo de efeito da concentração
Nº do tubo IO-3 0,02%
mol.L-1 (mL)Água
destilada (mL)
HSO-3 0,02%
p/v (mL)Tempo
marcado
1 5 0 5 0min. 58s2 4 1 5 1min. 08s3 3 2 5 1min. 49s4 2 3 5 3min. 20s5 1 4 5 Indeterminado
Ao adicionar 5 mL de HSO-3 em cada tubo, notou-se que o tempo de reação
aumentou de acordo com a diminuição da concentração.
Um dos principais fatores que atuam na velocidade de uma reação química
é a concentração das espécies reagentes. O aumento da concentração dos
reagentes aumenta a possibilidade de colisões entre as moléculas, aumentando
assim a velocidade da reação. Portanto, quanto maior a quantidade de soluto por
volume da solução, maior será a concentração e consequentemente maior será a
velocidade da reação.
No procedimento 2, observou-se que nos tubos de ensaio contendo
diferentes volumes de IO-3, adicionado ao volume de H2O, o surgimento da coloração
amarelo ouro ao adicionar o bissulfito, ocorreu de forma relativamente rápida nos
tubos 1e 2, devido à concentração do reagente (IO-3) conforme mostra a tabela
acima.
Diferentemente do que se notou nos tubos de ensaio 3, 4 e 5. Quando o
volume de IO-3 foi diminuído e o volume de H2O aumentado, a solução tornou-se
mais diluída, assim o aparecimento da coloração amarelo ouro demorou um pouco
mais para acontecer, conforme esta representado abaixo, figura 1 gráfico de
1/tempo versus volume de solução de IO-3 .
Figura1- Gráfico de linearização 1/[IO-3] versus tempo
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.50
1
2
3
4
5
6f(x) = 3.84837798287969 x -̂0.55121266018272R² = 0.980649896866135
tempo, s
1/
[IO-3
]
A reação de Landolt, também conhecida como a "reação do relógio de
iodo", entre os íons bissulfito e iodato em meio ácido, com formação de iodo.
Envolve várias etapas com velocidades distintas, durante as quais espécies
intermediárias são formadas e posteriormente consumidas.
Inicialmente, a bissulfito (HSO3-) reage lentamente com iodato (IO3
-),
formando bissulfato (HSO4-) e iodeto (I-): 3 HSO3
- + IO3- → 3 HSO4
- + I- (lento).
A medida que o iodeto vai sendo formado lentamente, este reage
rapidamente com o iodato, ainda presente em grande quantidade, gerando iodo
elementar (I 2):
IO3- + 5 I- + 6H+ → 3 I2 + 3 H2O (rápido). Enquanto houver bissulfito na
solução, este consumirá imediatamente o iodo formado, produzindo novamente
iodeto:
3 HSO3- + I2 + 3 H2O → HSO4
- + 2 I- + 3 H+ (muito rápido). [
É importante ressaltar, que os processos que envolvem íons ocorrem mais
rapidamente do que aqueles que envolvem moléculas, ou grupos ligados por
covalência que levam mais tempo para ocorrer. [5]
A reação entre o iodato de potássio (KIO3), bissulfito de sódio (NaHSO3) e água do
procedimento 2, pode ser representada pela seguinte equação iônica simplificada:
2 IO3-(aq) + 5 HSO3
-(aq) + 2 H+
(aq) I2(l) + HSO4-(aq) + H2O(l)
Em uma reação iônica simplificada, somente os íons que se modificam
durante a reação são representados, assim, foi possível calcular o número de
oxidação dos elementos. [2]
O número de oxidação dos elementos nos mantém informados sobre os
elétrons durante as reações químicas. A oxidação de um elemento resulta no
aumento do número de oxidação, enquanto a redução é acompanhada por
diminuição no número de oxidação. A oxidação de uma substância é sempre
acompanhada pela redução de outra, já que os elétrons são transferidos entre elas. [1, 2,7]
Desta forma, após o cálculo do número de oxidação dos elementos, pode-se
observar que o íon HSO3- oxidou-se, pois, seu número de oxidação variou de 4+ para
6+ e, portanto o íon HSO3- foi o agente redutor da reação. O íon IO3- reduziu, pois,
seu número de oxidação variou de 5+ para 0 e, portanto foi o agente oxidante da
reação.
Procedimento 3 – Efeito da temperatura
Foram tomados dois tubos de ensaio, no primeiro, foi colocado 5 mL de IO -3 ,
no segundo, 5 mL de HSO-3 , em seguida foram colocados em banho de gelo
( temperatura à 0˚C) por dez minutos. Após esse tempo, o conteúdo de um dos
tubos foi vertido dentro do outro e cronometrou-se o tempo até atingir a coloração
amarelo ouro.
Comparando esse experimento com o tubo n˚ 1 do procedimento 2, há uma
diferença significativa no tempo de reação. Nos dois procedimentos havia os
mesmos reagentes com concentrações iguais e mesmas quantidades, porém o
tempo de reação variou.
No experimento 2, o tubo de nº 1 levou 58 segundos para oxidar e o
procedimento 3 levou 2 minutos e 12 segundos. Essa variação de tempo com os
dois experimentos se deve a diferença de temperatura (o procedimento 2 foi feito a
25˚C e o 3 a 0˚C), pois a temperatura é um dos fatores que afetam a velocidade de
uma reação. Quanto maior a temperatura maior a velocidade da reação, devido ao
grau de agitação entre as moléculas, que proporciona uma quantidade maior de
choques efetivos entre elas, acelerando assim a reação.
Procedimento 4 – Efeito do catalizador
Pegaram-se dois béqueres e adicionou 5 mL de H2O2 em cada. Em seguida,
em um deles foi colocado um pedaço de batata.
No béquer 1, houve uma reação lenta, sendo que dentre os produtos
formados (H2O2→H2O + O2↑), a liberação do O2 aconteceu em um intervalo maior de
tempo. Já o béquer 2 a liberação de O2 foi mais rápida,isto é , aconteceu em um
curto intervalo de tempo, devido a presença de uma proteína presente na batata
chamada catalase. Essa proteína é uma enzima, pois acelera a reação atuando
como catalisador. O catalisador na reação cria uma rota alternativa, diminuindo a
energia de ativação, acelerando assim o tempo da reação. É importante lembrar que
um catalisador acelera a reação, mas não aumenta o rendimento, ou seja, ele
produz a mesma quantidade de produto, mas num período de menor tempo. No final
do processo o catalisador é devolvido intacto, sem passar por nenhuma modificação.
CONCLUSÃO
A partir dos experimentos realizados, pode-se concluir que as reações
químicas podem ter diferentes tipos de velocidade. Além disso, existem fatores que
podem acelerar a velocidade de uma reação como: a concentração dos reagentes,
temperatura na qual a reação ocorre e a presença de catalisadores, dentre outros
fatores.
Pode-se observar que, com o aumento da concentração dos reagentes os
números de colisões eficazes aumentam e consequentemente a velocidade da
reação também aumenta.
Em relação à temperatura, pode-se concluir que é proporcional ao aumento
de velocidade quando se aumenta a temperatura de um sistema, ocorre também um
aumento na velocidade da reação. Aumentar a temperatura significa aumentar a
energia cinética das moléculas, em regra, a velocidade de uma reação, nas
proximidades da temperatura ambiente, duplica com a elevação de 10 ºC. O
aumento da temperatura ocasiona o aumento das frações de moléculas que
possuem energias mais elevadas, assim, a energia dessas frações de moléculas é
suficiente para superar a barreira de energia de ativação, aumentando, portanto a
velocidade da reação.
O catalisador aumentou a velocidade da reação, diminuindo a energia de
ativação, sem que ele sofresse uma variação química permanente no processo.
Com isso podemos dizer que a prática foi concluída com êxito.
REFERÊNCIAS
[1] ATKINS, Peter e JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando
a Vida Moderna e o Meio Ambiente; tradução Ricardo Bicca de Alencastro. 3ª
Edição. Editora Bookman. Porto Alegre, 2006.
[2] BROWN, Theodore; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN, Bruce E. Química:
a ciência central. 9 ed. Pearson -Prentice-Hall, São Paulo,2005.
[3] CANTO, E. L.; PERUZZO, F. M. Química na abordagem do cotidiano vol. 2 4ª ed. São Paulo: Moderna, 2006.
[4] LAVORENTI, Arquimedes. Professor Associado do Depto. de Ciências
Exatas USP. Cinética Química, – Publicação Destinada ao Ensino de Ciências -
Química - ESALQ/USP, Piracicaba –SP .2002
LEMBO, A.; SARDELLA, A. Química vol. 2. 12ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
[5] Schiavon, M.A.; Santos, J.M.S; Mano, V.Química Geral Experimental I,
São João Del Rei, 2005.
[6] PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano vol. 1. 4ª ed. São Paulo: Moderna, 2010.
Disponível em:
[6] http://www.lce.esalq.usp.br/arquimedes/Atividade09.pdf 19/10/2013
[7] http://www.mundoeducacao.com/quimica/cinetica-quimica.htm 21/10/2013