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Ano 13 - nº 71 Janeiro / Fevereiro - 2012 Apesar dos avanços, prática termal sofre com falta de investimentos Justiça ratifica validade de 3 anos dos garrafões de 20 litros A fragilidade dos selos de controle fiscal Brasília: mudanças no DNPM e na SGM Sofisticação e beleza no mercado internacional de águas minerais Crystal debuta no mercado nordestino Propaganda voltada às mulheres: arma da Bonafont

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Ano 13 - nº 71Janeiro / Fevereiro - 2012

Apesar dos avanços, prática termal sofre com falta de investimentos

Justiça ratifica validade de 3 anos dos garrafões de 20 litros

A fragilidade dos selos de controle fiscal Brasília:

mudanças no DNPM e na SGM

Sofisticação e beleza no mercado internacional de águas minerais

Crystal debuta no mercado nordestino

Propaganda voltada às mulheres:

arma da Bonafont

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editorial

Desde 1975

Justa homenagemCriado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993, o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, é uma data simbóli-ca, na qual todos são conclamados a realizar atividades concretas em favor do uso consciente de recursos minerais. Ciente dos problemas re-lacionados ao abastecimento de água potável, e da vital importância da indústria de águas minerais em contorná-los, a Abinam tem trabalhado para aumentar a consciência pública relativa à conservação, preservação e proteção da água. Aumentar a consciência dos governos, agências in-ternacionais, organizações não-governamentais e setor privado é e sem-pre será um objetivo da entidade. Em justa homenagem ao Dia Mundial da Água, nesta edição de Água & Vida, este espaço será dedicado a uma poesia de minha autoria sobre esse recurso tão essencial para todos nós. Que saibamos preservá-lo sempre.

Há mais de 2,5 bilhões de anos, eu nasciDe onde e como eu vim, tenho ideiaMas não posso provar, sou apenas hipóteseDa origem da vida, e isso eu sei. Não tenho medo de enfrentar obstáculos E quando não tenho força suficienteContorno-os e sigo meu caminho.Sou líquida, ligeira e forte. Da minha essência, gero energia e a transformo em luzLevando clareza ao invisível.Trago em minha natureza a condutividade

Disponivel também no site www.abinam.com.br

Simplesmente Água

E nada faço por vaidade. Bendita seja a sede dos homensPara valorizar a vida e lembrar que eu existo.Nada sem mim é possível. Se queres viver mais,Necessitas me ingerir pura e cristalina.

Bendita seja a sede, e viva a água mineral! Feliz Dia Mundial da Água!

Carlos Alberto Lancia / PresidenteTorrinha, 03|03|2012

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Carlos Alberto Lancia César DibMárcio Leite CarvalhoRicardo AltgauzenRicardo SignorelliOlívia Augusta A. Macedo CostaHamilton Luiz Guido

Ricardo SbragiaRoberto Gentil Ferreira da SilvaSimone Garcia

José Angelo M. RambalducciSilvana Angelo M. RambalducciWellington Morgado

Carlos Alberto Lancia Amílcar Augusto Lopes Jr.Wilmar José FranznerCésar DibRicardo SignorelliOlívia Augusta A. Macedo Costa

Ricardo SbragiaRoberto Gentil Ferreira da SilvaSimone Garcia José Angelo M. RambalducciPaulo Ferraz NogueiraWellington Morgado

Ceará Superintendente: Francisco Ferreira Sales [email protected]

Rio Grande do Sul Superintendente: Jairo Zandoná [email protected]

São José do Rio Preto (SP) Superintendente: Eduardo Chimello Neto [email protected]

Região NorteCésa José Perón – ROFernanda de Souza e Silva – TOFrancisco Gervásio Gomes Pascoal – PALuiz Cruz – AM

Região Nordeste Rodrigo Lima Neto – SECarlos Eugênio C. Castelletti – PEFrancisco Ferreira Sales – CEDjalma Barbosa da Cunha Jr. – RNFelix Oiticica Berard – ALJosé Carlos Cunha Lima – PB

Região Centro-OesteMurilo Tebet Thomé – MSWilmar José Franzner – MTLuiz Cesar Albuquerque – GO

Região SudesteJosé Ângelo Rambalducci – ESRobson Fortes de Araújo – MG Região SulAugusto Mocellin Neto – PRJairo Sarandi – RS

Petra S. Sanchez

Pedroza de Andrade Advogados

Márcia de Azevedo

Paulo de Souza (Assessor da Diretoria)Silvia Santos (Secretária Administrativa)

Rua Pedroso Alvarenga,584 - 4º andar Cep: 04531-001 – São Paulo – SPTel.: 11 3167-2008 | Fax: 11 3167-2542e-mail: [email protected]: www.abinam.com.br

IMK Relações Públicas

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Leandro Haberli

Carlos Alberto LanciaCarlos Pedroza de AndradeDra. Petra S. SanchezRicardo Signorelli

Carlos Alberto Lancia

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Presidente1º Vice-Presidente2º Vice-PresidenteDiretor Secretário Diretor Tesoureiro

Diretora Social Diretor Regional

Conselho fiscal efetivo

Suplentes

SiNDiNAMPresidente

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Diretora Social

Conselho fiscal efetivo

Suplentes

Sucursais

Superintendentes Regionais

Assessoria Científica

Assessoria Jurídica

Assessoria de imprensa

Secretaria Executiva

Coordenação Editorial

Editora

Sub-editor

Conselho Editorial da Abinam

Colaborou nesta edição

Diagramadora

Assinaturas e Publicidade

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Selos de controle fiscal adotados no mercado deágua mineral não apresentam resultados esperados

A despeito da aposentadoria de Lincoln Malaquias, relacionamento entre a ABINAM e a SGM continuará

amigável, diz novo chefe de gabinete

Falta de pesquisa e de investimentos enfraquece prática termal no Brasil

Justiça ratifica validade de três anos para garrafões retornáveis de água mineral

Portaria CAT 175, de dezembro de 2011, divulgou valores atualizados para base de cálculo da substituição tributária de água mineral

Usados em sacolas de supermercados, aditivos que aceleram a degradação do plástico também ganham

espaço em embalagens de água mineral

Líder no autosserviço, marca de água mineral da Danone conquista público feminino com ajuda da campanha "Experiência 15"

Três lançamentos internacionais revelam força da sofisticação e do branding no segmento de águas minerais

Lançamento foi feito pela Coca-Cola Guararapes em Pernambuco e na Paraíba

Além de novo procurador-chefe, tomaram posse três superintendes estaduais

Mercado

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www.revistaaguaevida.com.br

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LEGISLAçãO

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Eficácia contestávelSelos de controle fiscal adotados no mercado de

água mineral não apresentam resultados esperados

Quando se pensa em diminuir a informalidade do setor de águas minerais e melhorar a qua-

lidade de seus produtos, alguns estados brasileiros têm persistido na adoção de soluções antigas e de eficácia contestável. Exemplo providencial é o ve-lho selo fiscal normalmente aplicado no pescoço ou na tampa dos garrafões.

Nos últimos tempos, esse acessório de embala-gem se tornou obrigatório no mercado de águas minerais de diferentes estados do nordeste, sem-pre onerando o preço dos produtos, às expensas dos consumidores. Alagoas, Pernambuco e Pa-raíba estão entre eles. Neste último estado, está em vigor desde outubro de 2010 um mandado de segurança coletiva que suspendeu a aplicação do selo fiscal no comércio de água mineral. O pedido foi feito pela ABINAM – Associação Bra-sileira da Indústria de Águas Minerais, em nome dos seus associados na Paraíba.

“Entendemos que a obrigatoriedade do selo, além de inconstitucional, está eivada de irre-gularidades”, sintetiza Carlos Pedroza de An-drade, advogado da entidade. Por enquanto, a exigência do selo fiscal em águas minerais está restrita a vasilhames de 20 litros. Mas a inten-ção declarada dos favoráveis à causa é submeter todas as outras embalagens de água mineral à utilização compulsória do selo fiscal, sob pena de multa e apreensão.

Na teoria, a medida deveria atestar a qualidade das águas minerais e sua correta tributação. Na prática, porém, o selo, com o perdão do trocadi-lho, não cola.

No Estado de Pernambuco, onde foi adotado de forma pioneira, o assim batizado "Selo Fiscal" quase nada favoreceu o combate à sonegação. Pior. Há notícias de que selos pós-consumo têm sido reaproveitados e alguns modelos novos co-piados por fraudadores, numa demonstração ine-quívoca da tremenda falibilidade do modelo.

Outro problema atrelado ao modelo de selo fiscal adotado no mercado de águas minerais de Pernambuco e Paraíba diz respeito ao controle do sistema por sindicatos, e não pelo poder pú-

blico, que é quem deveria estar à frente do processo.

“Em épocas remotas, o "Selo Fiscal" po-deria ter sido uma das poucas alternativas restantes. Mas essa forma de controle sem-pre esteve às beiras do excesso e da ineficá-cia”, descreve o advogado da Abinam.

AlternativasEnquanto as vulnerabilidades do selo

fiscal afloram, plataformas tecnológi-cas já adotadas na indústria de bebidas têm demonstrado resultados efetivos no combate à sonegação e ao controle da qualidade do produto.

Entre as alternativas tecnológicas ao selo fiscal, destaque para equipamentos contadores de produção, caso do sis-tema conhecido como Sicobe, que já é adotado em cervejas e refrigerantes.

“Em conjunto com a Nota Fiscal Eletrônica - NFe, esse sistema afina ainda mais o controle so-bre os contribuintes, ajudando efetivamente a re-duzir o número de operações fraudulentas”, diz o advogado da Abinam.

Em outras palavras, a dobradinha Sicobe-NFe também fortalece o combate à concorrência des-leal, à medida que permite ao Fisco a comparação precisa da produção real com a declarada. “Ade-mais, esse sistema permite análises objetivas de faturamento, giro e estoque”, prossegue Pedroza.

Em se tratando de custos para o consumidor, nunca é demais lembrar que, no modelo do "Selo Fiscal" adotado para águas minerais, o valor eco-nômico do selo se transforma em custo, pois não há nenhum tipo de compensação fiscal prevista para o investimento. Já no sistema Sicobe, o va-lor econômico de toda operação é convertido em

“Ao nosso entender, o valor da penalidade do "Selo Fiscal" jamais poderá ultrapassar o valor econômico do próprio "Selo". Desatenta às limitações das penalidades, essa legislação impõe multa superior a

3.000% do valor do próprio Selo”

Pedroza, advogado da Abinam: “Em conjunto com a nota fiscal eletrônica, equipamentos contadores de produção bastam para o controle fiscal da indústria de águas minerais”

créditos, desonerando a instalação e até mesmo a operação dos equipamentos.

Em suma, o "Selo Fiscal", tal como adotado para as águas minerais, é ultrapassado e inefi-caz. “A troca de informações entre União e Esta-dos, com o uso das ferramentas atuais (Sicobe e NFe), é mais do que suficiente para o eficaz con-trole fiscal, trazendo objetividade nas relações entre poder público e contribuintes, sem onerar o produto”, conclui o advogado da Abinam.

Proibição repelidaOutro ponto que contribui para neutralizar a efi-

ciência do “Selo Fiscal” no modelo que foi adotado em Pernambuco, Sergipe e Paraíba é a proibição do contribuinte em débito com o fisco de adquirir selos para suas operações diárias. Essa proibição também foi rechaçada pelos tribunais.

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SUCESSãO

A despeito da aposentadoria de Lincoln Malaquias, relacionamento entre a ABINAM e a SGM

continuará amigável, diz novo chefe de gabinete

Afinidade mútua

Lincoln Malaquias Mendes: conhecedor dos pleitos do setor de água mineral

Com amplo conhecimento da indústria mine-ral do país, Lincoln foi sucedido por Frederico Bedran, que promete manter as portas da SGM abertas para a indústria brasileira de água mine-ral. “O relacionamento entre a ABINAM e a SGM continuará amigável e transparente, assim como o relacionamento com as demais entidades repre-sentativas do setor mineral”, assinala Bedran.

TrajetóriaNos anos em que foi chefe de gabinete da SGM,

Lincoln destaca pelo menos dois pleitos marcantes da Abinam no MME. Um envolveu a polêmica em torno das águas adicionadas de sais, que foram cri-ticadas à época pela entidade por não se tratar de água mineral natural extraída diretamente da fonte. Mais recentemente, prossegue Lincoln, a Compen-sação Financeira pela Exploração de Recursos Mi-nerais (CFEM) passou a figurar entre as principais pautas de reivindicação da Abinam em Brasília.

“Tanto no caso das águas adicionadas de sais como no da CFEM, o trabalho do presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, foi marcante. Ele deixou clara a discordância da entidade com os critérios que estavam sendo adotados”, sintetiza o recém-aposentado Lincoln, assegurando que, mes-mo com sua saída do MME, os pleitos da Abinam continuarão sendo bem atendidos em Brasília.

Formado em administração e criado na cidade de Itapecerica, perto de Divinópolis, oeste mineiro, o chefe de gabinete tem história para contar. Sempre profissional e competente, Lincoln atravessou dife-rentes governos atuando em favor do setor mineral. Quando ele começou no MME, em 1962, o Depar-tamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) ainda ficava no Rio de Janeiro - e o próprio MME funcionava no prédio da Petrobrás, em Brasília.

“Participei da comissão de transferência do

ministério para seu endereço atual na Esplana-da”, rememora Lincoln. Foi preciso providen-ciar 1300 moradias para os funcionários. “Fize-mos a seleção dos servidores e a distribuição das moradias”, lembra, acrescentando que a pasta de Minas e Energia era tocada à época pelo mi-nistro Dias Leite. O Secretário Ge-ral era Benjamim Mário Baptista.

Lincoln pas-sou a Chefe do Gabinete da Se-cretaria Geral do MME em 1975. Depois foi trans-ferido para o DNPM, onde foi chefe de gabinete de José Belfort, e em seguida de Elmer Prata Sa-lomão. Em 1993, passou a trabalhar na criação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Tec-nológico para a Mineração Brasileira (Adinp). Em 1995, a Secretaria de Minas e Metalurgia foi assumida por Giovani Tomiati. “Fui ser chefe

do gabinete dele, que foi substituído por Otto Bittencourt Neto. Na época, foi lançado o livro ‘Medicina Palácica’, do dr. Benedictus Mourão”, nomeia Lincoln, em referência a uma das obras--chave para entender o termalismo no Brasil.

No governo Lula, a secretaria de minas e me-talurgia foi assumi-da pelo Dr. Giles Carricondi Azeve-do, que hoje é chefe do gabinete pessoal da presidente Dil-ma. “Sob a gestão de Giles, a secreta-ria mudou de nome, passando a Secre-

taria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. Dr. Giles permaneceu secretário, até que Dilma foi ser chefe da Casa Civil, levando--o. Em seu lugar assumiu Claudio Scliar, com o qual me aposentei”, arremata Lincoln, resumin-do uma história que merece muitos brindes de pura água mineral.

importante nome do Ministério de Minas e Ener-gia (MME), onde atuou por exatos 49 anos e 11

meses, Lincoln Malaquias Mendes acaba de se aposentar. Uma das mais longevas e profícuas car-reiras públicas já vistas na Esplanada dos Ministé-rios encerrou-se no primeiro dia de 2012. O últi-mo cargo de Lincoln foi o de Chefe de Gabinete da Secretaria de Geologia, Mineração e Transforma-ção Mineral (SGM). Assim como fez por muitos anos com outros ocupantes de cargos maiores, sua missão foi gerenciar os afazeres e compromissos do secretário Claudio Scliar.

“Tanto no caso das águas adicionadas de sais como no da CFEM, o trabalho do presidente da

Abinam, Carlos Alberto Lancia, foi marcante. Ele deixou clara a discordância da entidade com os

critérios que estavam sendo adotados”

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TERMALISMO

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Falta de pesquisa e de investimentos

enfraquece prática termal no Brasil

Apesar do avanço no estudo dos benefícios à saú-de proporcionados pelas águas termais, depois

de uma época de ouro, simbolizada por cassinos e bailes suntuosos, a prática termal está em desuso no território brasileiro. Motivos para essa situação destoante do que se vê na Europa, por exemplo, não faltam, repassa Marcos Untura Filho, diplomado em hidrologia médica pela Faculdade de Medicina da Universidade Complutense de Madri (Espanha) e membro da Comissão Permanente de Crenologia do DNPM/MME.

Nas palavras do especialista, as termas brasileiras vivem um período de decadência e sucateamento técnico. Esse panorama, ele enumera, se deve a três motivos básicos: 1) falta de investimentos de órgãos federais e de pesquisa científica no âmbito da hi-drologia médica; 2) não reconhecimento da prática termal pelo Conselho Federal de Medicina; 3) estí-mulos ao uso abusivo de medicamentos.

“Infelizmente, a maioria das termas do país ainda atende com princípios técnicos dos anos 50 ou 60. A aparelhagem é antiga e é evidente a falta de técni-cos especialistas em práticas hidrotermais. Não há médicos especializados para a prescrição do trata-mento termal na maioria das estâncias brasileiras”, descreve Untura.

A despeito desse panorama de desamparo, a po-pulação residente no entorno das inúmeras estân-cias hidrotermais do Brasil continua a frequentar os estabelecimentos termais para a recuperação e ou

manutenção de sua saúde. E não é difícil entender os motivos por trás desse hábito.

Propriedades medicinaisAs águas termais são normalmente sulfuradas,

isto é, ricas em enxofre. Embora a maioria dos ele-mentos minerais contidos nas águas termais contri-bua, de uma maneira ou outra, para a manutenção da saúde e até a recuperação de enfermidades, é desse elemento químico que vem boa parte do po-der medicinal e terapêutico da prática termal. “O enxofre das águas sulfuradas pode ser reabsorvido pela pele, pelas vias aéreas e por várias mucosas do organismo, tornando banhos nesse tipo de água bastante indicados para tratamento das doenças da pele”, explica Untura.

No caso das doenças respiratórias, as águas sulfu-radas podem ser utilizadas na forma de inalações ou nebulizações, e ainda a partir das chamadas duchas cavitárias, que são usadas quando existem proble-mas nas fossas nasais, intestino, bexiga etc.

Mas os pacientes de doenças reumatológicas e ortopédico-traumáticas são os que mais se benefi-ciam da presença de enxofre na água. “Estas doen-ças respondem muito bem ao tratamento balneo-terápico associado à reabilitação articular dentro do meio aquoso, ou seja, em piscinas e banheiras”, sintetiza Untura.

O caso das doenças reumáticas, que hoje atingem 12 milhões de brasileiros, também ajuda a ilustrar a subutilização das inúmeras estâncias hidrominerais

No século 19, antes de existirem os medicamentos analgésicos, os banhos de água sulfurada eram muito utilizados para

o alívio das dores físicas

Desuso e sucateamento

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do país no alívio às dores dos brasileiros. Quase nun-ca é prescrito qualquer tipo de prática termal a esses pacientes. Em boa parte dos casos, o tratamento in-dicado por especialistas se baseia em remédios.

Exemplos a seguirFelizmente as exceções ao quadro desanimador

que se instalou nas termas brasileiras existem. Untu-ra diz que elas ficam por conta da Termas de Araxá (MG), hoje privatizada e restaurada recentemente, e do Balneário de Caxambu (MG), que foi restau-rado pela Companhia de Desenvolvimento Econô-mico de Minas Gerais (CODEMIG) e é gerenciado pela prefeitura local. De Poços de Caldas (MG) vem outra notícia promissora. No fim de 2011, deu-se início a uma reforma estrutural na Thermas Anto-nio Carlos, a mais tradicional da cidade.

“De modo geral, estabelecimentos termais privati-zados ou pertencentes à iniciativa privada estão em melhores condições. Na maioria dos estados, as ter-mas e balneários estão sob a tutela de municípios ou

A mais tradicional de Poços de Caldas, Thermas Antonio Carlos está passando por obras de melhoria: exceção à crise do setor

TERMALISMO

do governo estadual. Esse panorama está levando à falta de investimentos na modernização e capacita-ção dos quadros técnicos e médicos”, atribui Untura.

A falta de investigação e pesquisa sobre as reais propriedades terapêuticas das águas termais também ajuda a explicar o sucateamento do setor. “É inútil difundir a ideia de que a água medicinal ‘cura tudo’. Típica dos médicos termalistas do início dos anos 20 até o fim da década de 60, essa postura não combi-na com a hidrologia médica moderna. Hoje sabemos que a água mineral com propriedades terapêuticas deve atuar como coadjuvante e método complemen-tar ao tratamento”, argumenta Untura, lembrando que essa visão foi avalizada pelo Ministério da Saúde através da Portaria 971, de maio de 2006.

“Desde a sua publicação, esta Portaria autoriza as estâncias hidrominerais a atuarem como observató-rios na aplicação e utilização das suas águas medici-nais no processo de tratamento dos pacientes do Sis-tema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, pouquíssimos municípios se importaram em aderir ao projeto”, informa Untura. Eis mais uma razão do descrédito do termalismo no Brasil.

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TERMALISMO

Nascida em função dos poderes terapêuticos de suas águas, que brotam da superfície numa temperatura aproximada de 45ºC, a cidade de Poços de Caldas (MG) mostra que, apesar das dificuldades, o temalismo pode dar a volta por cima no Brasil. Para atrair turistas e pacientes interessados nos benefícios de suas fontes, os principais pontos arquitetônicos da cidade estão sendo restaurados, incluindo a Thermas Antonio Carlos, uma das mais antigas e tradicionais da cidade. Melhorias também estão sendo feitas no antigo cassino, que deve abrigar um centro de convenções e eventos.

“A revitalização da Thermas Antonio Carlos vai equipará-la aos mais modernos balneários contemporâneos”, garante Teresa Cristina Alvisi, diretora do Departamento dos Serviços Ter-mais Municipais de Poços de Caldas. As obras estão sendo subsidiadas pelo Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da CODEMIG.

Teresa também é professora do curso de fisioterapia da PUC Minas Poços de Caldas, o pri-meiro do país a instituir em sua grade curricular a disciplina de termalismo. “Também insti-tuimos o estágio supervisionado em termalismo, criando novas perspectivas de mercado para esse tipo de profissional”, resume a fisioterapeuta e professora da PUC Minas. Ela explica que a proposta está dando certo, com crescente número de alunos formados e pacientes atendidos. “A universidade é aberta à população, com atendimentos realizando-se desde 2001 a partir de convênio firmado com a Prefeitura de Poços de Caldas”, finaliza Teresa.

O termalismo progride em Poços de Caldas

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GARRAFãO

Quem ganha é a saúde

Até o fim de 2011, quando foram finalmente der-rotadas na justiça, algumas empresas de água

mineral persistiram em contestar a validade máxi-ma de 3 anos para garrafões plásticos retornáveis.

Estabelecida pelo Departamento Nacional de Pro-dução Mineral (DNPM), a medida foi desde o início apoiada pela Abinam. Em primeiro lugar, por elevar o patamar de qualidade e segurança dos produtos, beneficiando a saúde do consumidor. No lado das empresas, a exigência da validade de 3 anos, que deve ser impressa no fundo das garrafões, não deixa de ser uma forma de atacar a concorrência desleal representada pelo mercado informal, facilitando o controle sanitário e até fiscal do setor.

Não é difícil entender por que os garrafões são tão importantes no mercado brasileiro. Mais de 57% da água mineral consumida no país são acon-

dicionadas em recipientes retornáveis de até 20 litros. Em três anos os garrafões são reutilizados, em média, 150 vezes. Além do desgaste ocasio-nado pelo transporte, que é visível na superfície externa da embalagem, no lado de dentro, a la-vagem feita antes de cada novo envase pode pro-vocar ranhuras no interior das embalagens. Em longo prazo, esses pequenos arranhões tendem a comprometer a higiene do processo e a qualidade da bebida.

“Bactérias ou células de algas podem ficar nas ra-nhuras dos garrafões. Quando essa embalagem vai para o consumidor e eventualmente é exposta a luz, as bactérias e algas se multiplicam e alteram com-pletamente a qualidade do produto”, explica Petra Sanchez, bioquímica responsável pela assessoria científica da Abinam.

Justiça ratifica validade de três anos para garrafões retornáveis de água mineral

Repercussão no JN A derrota das empresas que contestavam a va-

lidade de 3 anos para vasilhames retornáveis de água mineral foi objeto de reportagem exibida no Jornal Nacional (JN) no início de 2012. Com to-madas de imagens na fonte da Cristalina, em São Paulo, a matéria levou ao ar entrevista com a dra. Petra Sanchez, deixando claros os riscos que a falta de regras sobre a data de expiração dos gar-rafões pode acarretar aos consumidores.

O JN destacou ainda que, quando é industriali-zada, a água em si também tem prazo de validade: no máximo um ano para água sem gás e três me-ses para água com gás. Explicou à reportagem da Globo a bioquímica Petra Sanchez: “A partir de um ano podem se desenvolver alguns microorga-nismos naturais, da própria água. Não há risco à saúde, mas a bebida vai perder as características de paladar com as quais estamos acostumados.”

Após exibir algumas entrevistas com consumi-dores alegando não verificar a data de expiração

de águas minerais, o repórter do JN concluiu afirmando que os brasileiros precisam se preo-cupar com isso.

Petra Sanchez, bioquímica responsável pela assessoria científica da Abinam

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üO empilhamento deve ser bem alinhado, em blocos regulares e os menores possíveis. üOs estrados e prateleiras devem ser de material resistente, e os que estiverem danificados ou fora de uso devem ser retirados das áreas de armazenamento.üEvite submeter as caixas e ou pacotes de água mineral a peso excessivo, observando empilhamento máximo no palete ou carreta. Nunca sentar ou caminhar sobre os garrafões ou caixas de água mineral.üEfetuar rodízio de produtos nos paletes, comercializando primeiro o lote mais antigo. üNão fumar nas áreas de armazenagem de água minerais e potáveis de mesa.üOs funcionários devem lavar as mãos sempre antes de manipular os garrafões com água mineral e potável de mesa.üA temperatura de armazenamento deve ser a ambiente.

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Ciclo completo

GARRAFãO

Após a expedição pelos engarrafadores, a responsabilidade pelas águas minerais recai sobre quem as transporta e distribui. Por isso essas empresas precisam conhecer os procedimentos e boas práticas de armazenagem, manuseio e transporte de águas minerais.

Armazenagem

TransporteüNessa etapa, as embalagens retornáveis de águas minerais não devem ser submetidas a choques mecânicos.üO compartimento de carga deve estar limpo, sem odores ou pontas (pregos, lascas, etc) que possam com prometer o produto.üNão deve apresentar a menor evidência da presença de insetos, roedores, pássaros, pragas, umidade, materiais estranhos e odores intensos.üNão transportar no mesmo compartimento com o produto água mineral pessoas, animais, plantas ou outros produtos e cargas. üO veículo deve possuir lonas e forrações impermeáveis e isentas de furos e rasgos. As lonas devem ser dispostas bem esticadas para evitar eventual acúmulo de água em superfície. üNo transporte de garrafões de 10 e 20 litros, em PET (retornáveis ou não), com temperatura ambiente superior a 30ºC, recomenda-se que a carroceria seja do tipo baú isotérmico. üO empilhamento no transporte deve ser na posição vertical em até três camadas separadas por um com pensado naval ou plástico. Quando a tampa do garrafão for datada de válvula de proteção do tipo stop spill, o empilhamento na posição horizontal também é possível. üAs operações de carga e descarga do veículo devem ser executadas em local protegido de chuva e com os motores dos veículos desligados.

üEvitar riscos de contaminações, visando assegurar a qualidade original da água.üArmazenamento em ambientes adequados, a água mineral deve ser mantida em local limpo, ventilado e que facilite a rotatividade dos estoques.üAs áreas de armazenamento devem ser mantidas livres de resíduos, poeira, sujeira e produtos tóxicos. Também devem ser livres de ratos, morcegos, pássaros e outras pragas, além de periodicamente higienizadas e desinfetadas com produtos apropriados.

Os garrafões devem ser estocados sobre paletes/estrados limpos e conservados, com altura suficiente para permitir a limpeza do local por baixo (mínimo de 25 cm do piso). O palete deve ficar, no mínimo, a 45cm da parede e a 60 cm do teto.

As paredes, o piso e o teto devem ser mantidos secos, sem qualquer sinal de infiltrações, umidade, bolores e rachaduras.

Os banheiros devem ser separados das áreas de armazenagem de água mineral e potável de mesa.

Deve existir área própria e isolada do armazém principal para os produtos devolvidos ou destinados a descarte ou reciclagem.

Os praguicidas (permitidos pelo órgão competente) devem ser aplicados sob a supervisão direta de profissionais habilita-dos e que conheçam os riscos que os produtos químicos possam acarretar para a saúde. Antes da aplicação dos pragui-cidas deve-se ter o cuidado de retirar ou proteger todos os produtos do estoque.

Os produtos químicos, produtos de limpeza, praguicidas (insetici-das, raticidas) devem ser guarda-das fora da área de armazenagem.

Manuseio

As águas devem ser armazenadas de forma a não ficar expostas à luz solar direta.

As embalagens deverão ser removidas das áreas de armazenagem com a supervisão do responsável pelo local da estocagem.

O pessoal que trabalha na área de esto-cagem e distribuição deve ser treinado para cumprir todas as recomendações.

O veículo deve ser inspecionado antes da operação de carga e descarga e só deve ser liberado se satisfi-zer os requisitos definidos pelo engarrafador.

O veículo deve apresentar condições higiênicas adequadas e ser dotado de separação integral entre o compartimento do condutor e ajudantes e o de carga.

Os pisos e as latarias da carroceria devem estar isentos de frestas ou buracos que permitam a passagem de umidade e/ou poeira para a carga.

O veículo deve ser identificado externamente (nos dois lados do veículo) com uma placa ou pintura exterior, contendo: nome, endereço, telefone do responsável e tipo de produto trans-portado (Água Mineral / Potável de Mesa).

Só devem ser expostos para venda produtos que tenham data de fabri-cação e prazo de validade legível. Durante o armazenamento deve ser exercida uma inspeção visual periódica dos garrafões, a fim de que somente sejam expedidos os que esti-verem aptos para venda.

Nunca em contato direto com o piso

nome, endereço, telefone do responsável

e tipo de produto transportado

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IMPOSTOS

Nova base de cálculo para substituição tributária

Portaria CAT 175, de dezembro de 2011, divulgou valores atualizados para

base de cálculo da substituição tributária de água mineral

A Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP) fixou os preços de água mineral, refrigerantes,

cervejas, chope, bebidas energéticas e isotônicos para fins de recolhimento do Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no regime de substituição tributária. Esse regime consiste no pagamento antecipado do imposto por um contri-buinte para os demais da cadeia de consumo.

Os valores foram estabelecidos em cinco por-tarias publicadas no fim de dezembro e passaram a valer em janeiro de 2012. Entre elas está a Por-taria CAT 175, de 28 de dezembro de 2011, que

divulgou valores atualizados para base de cálculo da substituição tributária de água mineral e natu-ral. A conta é feita conforme pesquisa elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). As empresas do setor de bebidas deverão seguir os preços fixados para realizar suas opera-ções até 31 de março de 2012.

Para determinação da base de cálculo do imposto na sujeição passiva por substituição tributária com retenção do imposto em relação a água mineral (ga-sosa ou não) serão utilizados, por tipo de embala-gem, os seguintes valores:

1. EMBALAGENS RETORNÁVEIS OU DESCARTÁVEIS

1.1. COPOS 1.2. VIDROS DESCARTÁVEIS Copo: até 210 ml.................................................0,72 Vidro descartável até 310 ml................................2,31Copo: de 211 até 310 ml...................................0,79 Vidro descartável de 311 a 500 ml......................2,59

1.3. DEMAIS EMBALAGENSaté 360 ml.............................................................1,23de 361 a 650 ml ...................................................1,16de 651 a 1.250 ml................................................2,11de 1.251 a 1.500 ml.............................................1,49de 1.501 a 2.000 ml.............................................1,92de 2.001 a 3.000 ml.............................................2,89de 3.001 a 5.000 ml.............................................5,42de 5.001 a 8.000 ml.............................................6,16de 8.001 a 10.000 ml (Sem Torneira)...........10,13de 8.001 a 10.000 ml (Com Torneira)..........11,89

2. EMBALAGENS RETORNÁVEIS

Galão de 10 litros................................................4,74Galão de 20 litros................................................5,72

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou em dezembro decreto que disciplina a concessão especial de substituição tributária a empresas varejistas com centros de distribui-ção no estado. Com isso, os varejistas com ope-rações de transferência ou venda de produtos de seus centros logísticos (CLs) para suas lojas em São Paulo e outros estados, resultando em acumulação de valores a serem ressarcidos, po-derão requerer regime especial para seus CLs, que passará a atuar como substituto tributário, sendo o responsável pela retenção e pagamento do ICMS.

"A medida aumenta a competitividade dos cen-tros logísticos paulistas”, defende Fernando de Castro, presidente do Instituto para Desenvolvi-mento do Varejo (IDV). Segundo o dirigente, a despesa de operação será reduzida em função da simplificação dos procedimentos tributários e

do custo real dos impostos. A conquista também elimina o acúmulo de créditos tributários e a de-mora no seu processo de ressarcimento. “Isso permitirá ao Estado de São Paulo se desenvolver e continuar a ser o maior centro de operações logísticas para todo o Brasil", completa Castro.

Ultimamente, diferentes empresas varejis-tas transferiram seus centros logísticos de São Paulo para outros estados, lembra o presidente do IDV. “Isso eliminou milhares de empregos e impactou diretamente na própria redução de arrecadação do segmento”, analisa Castro, lem-brando que o decreto ainda possibilitará uma simplificação da atuação dos controles fiscais. Isso por que, em vez de fiscalizar milhares de es-tabelecimentos industriais de grande e pequeno portes, o estado vai transferir a responsabilidade pelo cálculo e pagamento para as redes varejis-tas, que serão corresponsáveis pelos controles.

Em favor dos centros logísticos paulistas

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SUSTENTABILIDADE

Usados em sacolas de supermercados, aditivos que

aceleram a degradação do plástico também ganham espaço em embalagens de água mineral

O acordo entre a Associação Paulista de Supermerca-dos (Apas), a prefeitura e o governo de São Paulo para

acabar com a distribuição gratuita de sacolas plásticas em grandes redes de supermercados colocou as alternativas biodegradáveis a esse tipo de embalagem em evidência. Para não deixar o cliente literalmente na mão, a ideia inicial das grandes redes de varejo é vender sacolas biodegradá-veis por R$ 0,19 cada.

Baseada em aditivos que aceleram a deterioração do plástico, a tecnologia de biodegradação também é conhe-cida em outros segmentos do mercado de embalagens. Incluindo o de garrafas de água mineral. Na Costa Rica, a marca local Aqua Healthy adotou garrafa, rótulo e tampas produzidos com aditivos biodegradáveis para plásticos.

A tecnologia usada pela marca costa-riquenha é o d2w. Segundo a RES Brasil, empresa que representa esse produ-to no mercado brasileiro, embalagens plásticas contendo o aditivo decompõem de forma total e segura. O d2w é fabri-cado pela companhia inglesa Symphony.

Eduardo Van Roost, presidente da RES Brasil, ressalta que o uso do d2w é indicado para bebidas não carbonatadas, ou seja, sem gás. De acordo com o executivo, o aditivo já pos-sui o parecer da ANVISA, União Europeia e FDA para uso na produção de embalagens para contato com alimentos, cosméticos e medicamentos.

biodegradáveisGarrafas de água

Garrafa da Aqua Healthy, da Costa Rica: decomposição total e segura

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MARKETING

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Tiro certeiro da Bonafont

Apoiada em sua imensa musculatura de distribuição e vendas, a Coca-Cola Brasil vem conseguindo concretizar o plano de

liderar o mercado brasileiro de águas minerais, que avançou 16% no ano passado, movimentando R$ 2,1 bilhões. Segundo dados Nielsen, a dona da marca Crystal deteve, em dezembro último, 17,3% das vendas nacionais, em volume, de embalagens até 10 litros. Além da Crystal - que já era comercializada no centro-oeste, sul e sudeste; e agora estreia no nordeste -, a Co-ca-Cola atua com as marcas de água mineral Vittalev, Charrua e Aquarius. Somente a Crystal deteve fatia de 13,4% das vendas nacionais em volume no período.

A maior oponente da Coca-Cola no segmento de águas mine-rais é a Bonafont, da Danone. A marca foi a segunda mais ven-dida, cravando participação de 9,2% em dezembro de 2011. Não por acaso, a briga com a Crystal está cada vez mais acirrada. No autosserviço, onde o consumidor escolhe a marca que vai com-prar, a liderança já foi assumida pela Bonafont. Mas as águas da Coca-Cola seguem líderes em bares, restaurantes e hotéis.

Um dos segredos da Bonafont é a estratégia de comunicação e posicionamento. Lançada em 2008, a marca associa sua imagem a hábitos de saúde e cuidado com a beleza. Está dando certo. A água da Danone ganhou forte projeção entre o público femini-no, para o qual direcionou a exitosa campanha "Experiência 15", que promove o consumo de dois litros de água durante 15 dias. “Queremos que as pessoas percebam o benefício do hábito”, ex-plica Gilda Mota, gerente de produtos Bonafont.

Na visão de Carlos Alberto Lancia, presidente da Abinam, a campanha da Danone com a marca Bonafont foi uma espécie de marco no setor, uma vez que estimulou todo o mercado de águas minerais a apostar em publicidade e comunicação. "De-pois da Bonafont, outras marcas, como Minalba e a própria Crystal, reforçaram investimentos nessas áreas”, exemplifica Lancia, acrescentando que a Minalba não fazia propaganda há mais de 15 anos.

Líder no autosserviço, marca de água mineral da Danone conquista público feminino com ajuda da

campanha "Experiência 15"

Reforço também na logística

Além de investir em comu-nicação, o setor de águas mi-nerais está se movimentando para aumentar sua cobertura de distribuição. A Lindoya Verão, por exemplo, planeja dobrar a quantidade de cen-tros de distribuição até 2013. "Um deles será construído em São Paulo e o outro em Cam-pinas", conta César Dib, presi-dente da empresa.

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EMBALAGENS

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Água Monaco: exemplar estratégia de branding

Nova edição limitada da

francesa Evian homenageia

estilista André Courrèges

Tá com pressa? Beba água grega “do silêncio”

Uma ação conjunta envolvendo os mundos da moda e das águas

minerais. Assim pode ser definido o lançamento de mais uma edição limi-tada da sempre fashion Evian. Desta vez, a tradicional marca francesa de água mineral homenageou em suas garrafas os 50 anos da grife Cour-règes. Criada por André Courrèges, a marca revolucionou o mundo da moda nos anos 60, introduzindo em suas criações peças plásticas como acessórios fashion. Ambientalmente amigável, a nova garrafa é 100% reci-clável e exibe tinta gráfica orgânica.

O caso da Evian não é isolado em se tratando da sofisticação das em-balagens de águas minerais. Captada em Munique, Alemanha, 150 metros abaixo do solo, a Água Monaco não apresenta apenas origem especial, mas também exemplar estratégia de branding (gestão de marcas). A mar-ca explora a origem de seus produtos nas embalagens, exaltando que ali há a mesma água usada na produção das famosas cervejas de Munique, que estão entre as mais puras e admira-das do mundo.

Do tipo long neck, a garrafa de vi-dro de 330ml da Agua Monaco é vol-tada para bares e danceterias e traz estampada em seus rótulos belas imagens da região da Bavária.

Outra água europeia interessante do ponto de vista do branding é a A24+, da Grécia. A marca faz refe-rência ao mau hábito de alguns de in-terromper os outros enquanto falam. Para essas pessoas, os gregos têm o costume de receitar “água do silên-cio”. Foi dessa tradição que surgiu o grande diferencial da marca A24+: garrafas de vidro com dispensador de 125 ml acoplado ao sistema de fe-chamento. “A ideia é fazer as pessoas contarem até dez e diminuírem a an-siedade na hora de tomar água”, diz Chris Trivizas, designer do produto.

Garrafas inovadorasTrês lançamentos internacionais revelam força da sofisticação e do branding no segmento de águas minerais

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Dezessete anos depois, Crystal estreia no Nordeste

Lançamento foi feito pela Coca-Cola Guararapes em Pernambuco e na Paraíba

No portfólio da Coca-Cola Brasil desde 1995, quando foi lançada para o consumidor de São

Paulo, somente agora, dezessete anos depois, a mar-ca de águas minerais Crystal chega ao consumidor nordestino. O lançamento foi feito pela Coca-Cola Guararapes, nos mercados de Pernambuco e da Pa-raíba, e sinaliza mais um passo na estratégia de tor-nar Crystal a única marca nacional da Coca-Cola no mercado brasileiro de águas minerais.

A água Crystal vendida no nordeste é provenien-te da fonte São Bento, de Maceió (AL). A marca substituiu as linhas Dasani e Aquarius, que deixa-ram de ser distribuídas pela Coca-Cola Guarara-pes. Dominado por marcas como Indaiá, Schinca-riol e Santa Joana, o mercado de águas minerais

MERCADO

do nordeste atrai cada vez mais interesse da Coca--Cola. “Nosso objetivo é tornar a marca Crystal líder nos mercados de Pernambuco, da Paraíba e de parte da Bahia, passando, até 2015, dos atuais 15%, para 25%. Em São Paulo, a marca, que será a única nacional da Coca-Cola Brasil, já lidera”, declarou ao jornal Diário de Pernambuco Marcelo Mayer, diretor comercial da Coca-Cola Guarara-pes. Somente em Pernambuco a meta é atingir 50 mil clientes e 10 milhões de litros em vendas até o fim de 2012. Inicialmente, a Coca-Cola Guarara-pes está investindo R$ 250 mil no lançamento do produto no mercado nordestino. Mas os recursos devem aumentar a curto prazo. Além da equipe de vendas formada por 700 pessoas, a empresa pre-tende elevar o número de geladeiras presentes nos pontos de vendas, atualmente em 35 mil. A frota de veículos, com 320 carros e caminhões, também deve aumentar. “Também temos planos de ter uma fonte própria em Pernambuco, mas não sabemos mencionar um prazo definido”, arrematou Mayer.

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Renovação no DNPMAlém de novo procurador-chefe, tomaram posse três superintendes estaduais

Sérgio Dâmaso, diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), deu

posse, em fevereiro, a novos quadros da autarquia. Entre eles, destaque para o novo procurador-chefe, Antônio Marcos Guerreiro Salmeirão. Durante a cerimônia de posse, Salmeirão lembrou que o se-tor mineral está vivendo um processo de transição rumo a um novo marco regulatório. “Aos ‘olhos ju-rídicos’, este novo marco terá um papel primordial de assessorar e orientar quanto à soberania sobre os recursos minerais”, afirmou o novo procurador.

GOvERNO

Por sua vez, Fernando Duailibe tomou posse como novo superintendente do DNPM no Mara-nhão. Ao ser empossado, ele destacou a relevância do setor mineral no desenvolvimento econômico do país. “Trata-se de um dos setores mais importantes para a garantia do crescimento e da infraestrutura do país”, qualifica Duailibe, que quer ampliar os avanços conquistados pelo atual diretor de títulos minerários do órgão, Jomar Feitosa.

Além de Salmeirão, tomaram posse três novos supe-rintendentes estaduais do DNPM. No Amapá, quem assumiu foi Antônio da Justa Feijão, que destacou algumas ações já programadas para o estado, como a aquisição de uma sede própria e a efetivação das ações necessárias à revogação da Reserva Nacional do Co-bre, que inibe a exploração de quase um milhão de hectares em território amapaense. Feijão também res-saltou o interesse em dinamizar a mineração social no estado, com a parceria entre prefeituras e o DNPM.

No Paraná, quem assumiu a superintendência do DNPM foi Hudson Calefe. Durante seu discurso, ele também lembrou que o setor mineral brasileiro pas-sa por um momento importante em função do novo marco regulatório da mineração, que será enviado em breve ao Congresso Nacional. “Nesse contexto, minha ação será de efetiva participação do DNPM do Paraná na liberação de alvarás e suas prorrogações”, frisou Calefe, acrescentando que também pretende vistoriar os relatórios finais de pesquisa, a fim de atender a demanda que cresce a cada dia.

Sérgio Dâmaso (diretor-geral do DNPM), Marcelo Siqueira (procurador-geral da PGF/AGU e Antônio Marcos Guerreiro Salmeirão (novo procurador-chefe do DNPM)

Antônio Feijão durante assinatura do termo de posse

Hudson Calefe durante assinatura do termo de posse

Sérgio Dâmaso parabeniza o novo superintendente do DNPM no Estado do Maranhão, Fernando Duailibe

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Plano de sustentabilidadeUm dos maiores projetos de preservação de águas

subterrâneas já realizados no Brasil. Assim pode ser de-finida o plano de sustentabilidade envolvendo as águas termais de Caldas Novas e Rio Quente de Goiás, tema de encontro entre parlamentares do estado e Sérgio Dâ-maso, diretor-geral do Departamento Nacional de Pro-dução Mineral (DNPM). A reunião contou com as pre-senças dos deputados federais Leandro Vilela (PMDB/GO) e Mágda Mofato (PTB/GO), além de Fábio Floriano

Crédito: Em

bratur

com economia sustentada em águas termais, o com-plexo termal de Caldas Novas e Rio Quente de Goiás está sendo beneficiado por um projeto de preservação encabeçado pela AMAT. Fábio Floriano, presidente da entidade, informa que a associação vai coordenar os trabalhos de recarga e de monitoramento, com o apoio técnico e financeiro de órgãos municipais, estaduais e federais, visando à preservação das águas termais. Também será feita uma apresentação do aquífero, dos empreendimentos hoteleiros e da representatividade de Caldas Novas como polo turístico. A ideia é viabilizar o gerenciamento e explotação das águas termais de for-ma correta, segura e racional, garantindo sua preserva-ção para as gerações futuras.

Haesbaert, presidente da Associação das Empresas Mi-neradoras das Águas Termais de Goiás (AMAT), e Da-goberto Pereira Souza, superintendente do DNPM no Estado de Goiás.

Um marco geográfico para os aquíferos termais, além de maior complexo de lazer do interior do Brasil

MERCADO DE BEBIDAS

Tradicional e únicaDepois da Caxambu e da Cambuquira, a água mine-

ral Araxá é mais uma marca tradicionalíssima que está sendo relançada pela Copasa Águas Minerais de Minas. Quase sete anos depois de sair de cena, o tradicional ró-tulo volta a ser comercializado em Minas, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo Ricardo Simões, presidente da Copasa, con-troladora da Copasa Águas Minerais de Minas, até o fim deste ano, serão comercializados 40% da capacidade ins-talada de 50 milhões de litros anuais da marca Araxá. A marca Lambari também está voltando. Com capacidade de produção de 2 milhões de litros ao ano, a Lambari de-verá atingir 30% disso (600 mil litros) até o final de 2011. Com histórias cheias de romantismo, as marcas Araxá e Lambari deixaram de ser comercializadas porque a empresa Superágua, que detinha a concessão das fontes desde 1981, perdeu disputa judicial para o governo mi-neiro e fechou as portas em 2005. Quando o estado reto-mou a concessão das fontes do Circuito do Sul de Minas e criou a subsidária da Copasa, em 2006, começaram os planos para reeguer as duas fábricas. A Caxambu foi a primeira a ser relançada, em 2008. Por sua vez, a Cam-buquira retornou ao mercado em julho do ano passado.

A qualidade das fontes mineiras é um ás na manga dessas tradicionais águas mineiras. Uma das alegadas vantagens sobre as concorrentes é que as marcas da Copasa contêm menor índice de sódio. Mas essa não é a única particularidade. A Lambari, por exemplo, é caracterizada como água com poderes energéticos, au-xiliando no processo digestivo e sendo caracterizada como a mais gasosa do Circuito do Sul de Minas. Já a Cambuquira, tem o sabor mais suave e também é na-turalmente gasosa, sendo muito admirada por chefes de cozinha e baristas, como opção para acompanhar receitas sofisticadas.

As garrafas PET das marcas Araxá e Lambari serão sopradas em unidade própria do parque industrial de Caxambu. Eduardo Otávio Moraes Raso, superinten-dente-executivo da Copasa Águas Minerais de Minas, afirma que todas as fábricas ganharam novos equipa-mentos e foram redesenhadas. “Só esperamos agora o aval dos fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária) e do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral)", informa.

Corrente para garrafõesConhecida por sua linha de correntes para movi-

mentação de produção, a Cobra Correntes Trans-portadoras está anunciando novidades para a indús-tria de bebidas e água mineral. Entre as correntes metálicas que garantem cargas de trabalho elevadas, destaque para o modelo SSF 2815 DD (Dobra Dupla), com carga de trabalho de 480KGF. O produto é espe-cialmente indicado para o transporte de garrafões de 20 litros cheios.

insano lidera mercado paranaenseLançado há cerca de um ano, o energético In-

sano Energy Drink, da Ouro Fino, desbancou o concorrente Red Bull na liderança da categoria no mercado paranaense. Segundo pesquisa Nielsen realizada entre 5 de dezembro e 4 de janeiro úl-timos, a marca Insano detém 30,7% de participa-ção no Paraná, contra 26,5% do vice-líder. Em Curitiba e região metropolitana, a participação do produto da Ouro Fino é maior, chegan-do a 41,3%, contra 24,3% do concorrente de origem aus-tríaca. Na região sul, 53% dos estabelecimentos vendem o energético Insano.

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MERCADO DE BEBIDAS

Sebrae prepara Circuito das Águas Paulista para negócios da Copa

O Sebrae-SP reuniu empresários do Circuito das Águas Paulista para uma série de apresentações e de-bates sobre o potencial de negócios da Copa do Mundo 2014 na região. O encontro ocorreu em Serra Negra (SP) e foi organizado em parceria com o SENAC e o Consór-cio do Circuito das Águas Paulista.

Segundo os organizadores, a região tem potencial para

atrair uma parcela dos turistas que estarão em São Pau-lo, uma das 12 cidades-sede da Copa, durante o evento.

De acordo com um estudo encomendado pelo Se-brae junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que en-globa nove setores da economia, incluindo o turismo, a Copa do Mundo de 2014 deve gerar oportunidades de negócios para 7,7 mil micro e pequenas empresas.

Beleza australiana

Nascida em 1982 na Austrália, a atriz de descendente de poloneses Yvonne Strahovski brilha em uma das mais apreciadas séries da TV americana do momento. Em “Chuck”, que no Brasil também faz sucesso (canal War-ner da TV a cabo), ela interpreta Sarah Walker, uma top agente da CIA incumbida de proteger o protagonista da série, por quem acaba inesperadamente se apaixonando.

Explorando sua natural sensualidade, Yvonne tam-bém arregimenta uma legião de fãs no mundo das águas minerais. A beldade australiana acaba de posar nua, apenas com o corpo pintado, para recente campanha publicitária da Coconut Sobe Lifewater, marca ameri-cana de água mineral com sabor de coco. A estrela cha-ma atenção com pinturas de cocos e folhas de palmeiras pintadas sobre seus seios e belíssimas curvas.

Com ensaio fotográfico assinado por Raphael Ma-zzucco, a campanha foi publicada em fevereiro de 2012 numa edição especial da revista americana Sports Illus-trated. A bela atriz australiana também surgiu nua e exuberante em peças publicitárias da Coconut Sobe Li-fewater veiculadas na programação esportiva da TV dos Estados Unidos.

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Envase com assepsiaUma das líderes na fabricação de máquinas

envasadoras de copos e potes totalmente mecâ-nicas, a Milainox está lançando a M-22 PLUS uma envasadora, seladora e datadora automáti-ca de copos e potes com capacidade de produção 3 mil unidades/hora. Além de não precisar de compressor de ar, o equipamento é o único no Brasil com sistema de assepsia da embalagem, trabalhando com ar positivo dentro da cabine, o que garante a qualidade final do produto.

A Milainox promete outra novidade ao longo de 2012: uma envasadora automática de copos e potes com capacidade de produção de 7.500 unidades/hora para o segmento de água mine-ral, sucos, água de coco, laticínios entre outros. A empresa já ganhou vários prêmios de inova-ção tecnológica, inclusive pela Nielsen Business, troféu reconhecido em toda a América Latina.

MERCADO DE BEBIDAS

Reunião produtiva no Rio

A Abinam e os envasadores de águas minerais do Es-

tado do Rio de Janeiro se reuniram no começo do ano para discutir a importância da portaria 387, que deter-mina o prazo de validade de 3 anos para os garrafões descartáveis de água mineral. A ata da reunião regis-trou várias manifestações positivas à medida. Durante a reunião, foi exibida, em um telão, a reportagem vei-culada no “Jornal Nacional”, em janeiro último, sobre a derrota sofrida na justiça pelas empresas que contesta-vam o prazo de validade de 3 anos dos garrafões.

Além da vida útil dos garrafões, o encontro detalhou os objetivos da Abinam para 2012, em especial a luta para diminuição da carga Tributária do setor. Os dois megaeventos esportivos que acontecem no Brasil nos próximos anos - Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016 - também foram abordados. Por fim, Lancia pediu apoio para a eleição de um Superintendente para repre-sentar a Abinam no Rio de Janeiro. A entidade apoia o nome de Jocimar Coelho de Lima.

Água também mata a fome

Segundo estudo publicado no Jour-nal of Clinic Endocrinology & Meta-bolism, aproximadamente 40% das pessoas confundem sede com fome. Para alegria de quem sofre com o problema de assaltar a geladeira de madrugada, as nutricionistas Julia-na Arraya e Suzana Bonumá infor-mam que um copo de água alivia a fome noturna na maioria dos casos. Por outro lado, elas dizem que não se deve confiar na sede como forma de controle do grau de hidratação. Segundo as nu-tricionistas, quando sentimos sede já estamos desidratados em pelo menos 1% de nosso peso corporal. No caso de ati-vidade física no verão, reco-menda-se beber entre 200ml e 300ml de água a cada 20 ou 25 minutos.

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MERCADO DE BEBIDAS

A rivalidade futebolística que divide o Rio Grande do Sul também agita o mer-

cado gaúcho de água mineral. Grêmio e Internacional, os dois maiores clu-bes de futebol do sul do país, lan-çaram em dezembro último águas minerais com os respectivos escudos estampados nos rótulos. Numa prova

de que a competitividade será acirrada também nas gôndolas, as novidades

foram anunciadas quase simulta-neamente, nos dias que antece-

deram o Natal de 2011.No caso da água do Grê-

mio, a estimativa de venda para o primeiro ano é de 10 milhões de litros. Disponível

em embalagens de 5 litros, 1,5 litro e 500ml, a água mine-

Águas boas de bolaral do tricolor gaúcho está sendo distribuída em todas as grandes redes comerciais do Rio Grande do Sul por duas empresas: Armazém das Águas (interior do estado) e Cres-tani Distribuidora de Água Mineral (Porto Alegre e região metropolitana). A água do Grêmio foi lançada em parceria com a Fama Licenciamentos e é envasada pela Mineradora Campo Branco, localizada na cidade de Progresso (RS).

A linha de águas customizada com as cores e símbolos do Internacional também foi apresentada no final do ano passado. A família conta com embalagens descartáveis de 500ml (com e sem gás), 1 litro (sem gás) e galão de 5 litros descartável. O primeiro item da série foi uma versão de 20 litros (sem gás), lançada em 2009. Atualmente, o por-tfólio de alimentos e bebidas licenciados pelo Colorado inclui champanhe, cerveja, arroz, pão, biscoitos, biscoito de polvilho, queijo ralado, pirulito e molho de tomate, en-tre outros produtos. O segmento é responsável por 6% do faturamento anual de R$ 6 milhões obtidos com a venda de artigos customizados pelo clube.

inspirada nas ondasO conceito de marca própria de água mineral chegou à linha de acessórios e roupas de surf Mormaii.

A água da marca foi lançada em dois tamanhos (500ml e 1,5l), nas versões com e sem gás. O design das embalagens é da agência O3. A inspiração veio das ondas do mar e das roupas de borracha da Mormaii para a prática de esportes - as chamadas wet suits de neoprene. Segundo a agência O3, o design da gar-rafa proporcionou ergonomia e segurança de manuseio. Por sua vez, o relevo, que também traz formas do mar, foi concebido para valorizar a água no interior da garrafa, refletindo e refratando o brilho da luz.

Petrópolis Paulista em novas embalagensJá estão disponíveis no mercado as novas embalagens para as

garrafas de 500 ml e 1,5 litro da Águas Petrópolis Paulista, tradi-cional empresa do setor de águas minerais.

O objetivo das mudanças foi criar um visual mais leve, com cores suaves. Além disso, os novos rótulos trazem tipologia mais moderna e definida, contribuindo para uma leitura mais rápida. “Atualmente, os consumidores querem saber informações sobre os produtos e foi pensando nisso que resolvemos melhorar a lei-tura e compreensão sobre a água mineral que está comprando”, afirma Amílcar Lopes, CEO da empresa.

A Águas Petrópolis Paulista também reformulou a garrafa de 250 ml Kids. A nova garrafa foi desenvolvida exclusivamente pen-sando no público infantil: vem com tampa Aptar. “A tecnologia Aptar traz mais segurança no fechamento da garrafa além do de-sign inovador”, concluiu Lopes.

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MERCADO DE BEBIDAS

Bicicletas feitas a partir de plástico de garrafas PET, fabricadas em São Paulo

O artista plástico uruguaio Juan Muzzi, radicado no Brasil, criou o modelo e fabrica as bikes sob encomenda em São Paulo. Na cidade, há pelo menos 2,5 mil pessoas na lista de espera para ter uma bicicleta sustentável, que só é fabricada após o pedido. Entre as justificativas para a imensa procura está o fato de que a bike é mais resistente, flexível e barata. Além disso, o plástico não enferruja, tem amortecimento natural e sua fabricação ainda transfor-ma resíduos sólidos em um novo produto, beneficiando o meio ambiente. A fabricação do quadro de uma bicicleta utiliza 200 garrafas - quadros custam R$ 250 - a bicicleta completa pode chegar a R$ 3 mil, as encomendas po-dem ser feitas pelo site MuzziCycles.

Solução completa

Uma das maiores envasadoras de água mineral do país, a Bioleve, de Lindóia (SP), está entrando no segmento de bebidas energéticas com o lançamento oficial neste início de ano de BioEnergy Power. Um dos destaques do pro-duto é sua produção feita com água mineral pura da fon-te, característica que o diferencia da grande maioria dos concorrentes. Além disso, BioEnergy Power é adoçado de forma mista, combinando açúcar e sucralose. Proveniente da cana de açúcar, a sucralose é um dos adoçantes mais naturais e caros do mercado.

Outro diferencial é a sua rotulagem, do tipo sleeve, que recebeu pigmentos refletivos. Assim, quando as garrafas são submetidas à luz negra das baladas e casas noturnas, a marca BioEnergy Power ganha destaque, brilhando no escuro. Todas as embalagens de águas ou sucos são pro-duzidas na própria unidade industrial da Bioleve.

Bioleve lança BioEnergy Power

Empresa de Limeira (SP) que desde 1995 fabrica máquinas para envase e pasteurização para o setor de bebidas, a Tambflex está lançando a embaladeira CP5000. Do tipo rotativa, a máquina foi feita para o envase de copos e potes de produtos líquidos e pastosos, incluindo águas. Segundo a empresa, a estrutura em aço inox e o fechamento em policarbonato garantem resistência e qualidade na produção. Com um processo produtivo inteligente, controlado por CLP, a CP5000 deposita os copos, injeta o produto a ser envasado, coloca e sela as tampas de alumínio, data os dados variáveis na embalagem, como lote e data de validade, e coloca sobretampa se necessário. A média de produção é de 4.500 a 5.000 potes/hora.

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C L A S S i F i C A D o S

Kirin anuncia novo presidente da Schincariol

Antes do esperado pela maioria dos analistas de mercado, a japonesa Kirin, que comprou a Schincariol ano passado, anunciou o novo presidente da indústria brasileira de bebidas. Quem assumiu o cargo foi Gino di Domenico. O executivo já passou pela Unilever e está na Schinca-riol desde 2003. Até então Domenico era vice-presidente de Distribuição. Trata-se de um dos homens de confiança de seu antecessor, Adriano Schincariol.

O novo presidente assumiu em feve-reiro e deve liderar o alinhamento da marca Schin à estratégia do Grupo Ki-

rin, que, além de cervejas, possui operações com sucos, vinhos e água mineral. Para analistas, a Kirin deve uti-lizar a Schincariol como plataforma para se expandir na América Latina, inclusive no negócio de águas minerais.

Venda ReversaEm novembro passado, a empresa divulgou cresci-

mento de 300% nas vendas da linha de águas Schin em três meses. O resultado teria sido puxado por um pro-grama sustentável de reciclagem, cujo projeto piloto foi lançado em julho último. Na ocasião, a empresa instalou seis máquinas de venda reversa em três lojas da rede Boa, de Jundiaí (SP).

Os equipamentos recolhem embalagens PET de qual-quer marca e, a cada cinco unidades inseridas, emitem um tíquete que vale uma água Schin.

O projeto já estaria em fase de negociação com outras empresas de supermercados.

A compra da Schincariol pela Kirin fez jus à famosa discrição dos japoneses. Ainda que fosse conhecido o in-teresse da empresa asiática pelo mercado latino-ameri-cano, o negócio surpreendeu analistas. A Kirin pagou R$ 4 bilhões por 50,5% do capital da empresa brasileira. Os 49,5% restantes continuarão com a família Schincariol. Esse foi considerado um dos aspectos que afugentaram outros interessados, como a Heineken.

Além de ações de logística reversa, a linha de águas Schin apoia diferentes atividades esportivas, tendo re-novado seu patrocínio com a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e firmado parceria com a assessoria esportiva Yescom, garantindo apoio a 42 competições esportivas em 2012 (entre ciclismo e corridas).

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