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Prticas em Farmcia Clnica
Daniela Vieira Baldini Batista Farmacutica Clnica
1
Programa Histrico das Atividades Clnicas Farmacuticas no Brasil;
Aplicaes da Farmcia clnica;
Atuao do Farmacutico Clnico nas Unidades de Terapia Intensiva;
Histrico das Unidades de Terapia Intensiva;
Atividades dos profissionais da Terapia Intensiva;
Importncia da equipe multidisciplinar;
A farmcia clnica na Terapia Intensiva;
Atividades desenvolvidas pelo farmacutico na Terapia Intensiva.
2
Programa
Importncia da Farmcia Clnica;
Segurana no Uso de Medicamentos;
Seguimento Farmacoteraputico;
Evoluo Farmacutica em Pronturio;
Gesto de Risco;
Como eu Fao?
3
HISTRICO DAS ATIVIDADES CLNICAS FARMACUTICAS
4
Histrico das Atividades Clnicas Farmacuticas
A Farmcia Clnica um conceito ou uma filosofia que enfatiza o uso
seguro e adequado de medicamentos em pacientes. Ela coloca a nfase
do medicamento sobre o paciente e no sobre o produto. Isto apenas
alcanado interagindo responsavelmente com todas as disciplinas de
sade que esto de alguma forma envolvidos com medicamentos
(PARKER, 1967 citado por FRANCKE, 1969).
5
Histrico das Atividades Clnicas
Farmacuticas
Nos Estados Unidos, a perda do papel do farmacutico nas farmcias
aps a industrializao foi solucionada no mbito hospitalar atravs de
uma nova disciplina que pretendia resgatar a participao do
farmacutico na equipe de sade, a Farmcia Clnica.
6
Histrico das Atividades Clnicas Farmacuticas no Brasil
7
Chile 1972
Estados Unidos 1960
Brasil 1979
2013
Em 15 de janeiro de 1979, instalao do primeiro Servio de Farmcia Clnica e do primeiro Centro de Informao sobre Medicamentos (CIM) do Pas Hospital Universitrio Onofre Lopes (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), em Natal (RN).
Histrico das Atividades Clnicas Farmacuticas
A Farmcia Clnica constituiu-se:
Primeiro como um princpio, ou conjunto de
princpios ...
Em torno do qual se organizou um tipo de prtica, um conjunto de atividades profissionais...
Para em seguida configurar-se como um campo disciplinar, ou uma disciplina cientfica....
8
Histrico das Atividades Clnicas
Farmacuticas
Objetivo:
Que os farmacuticos assumissem "novos padres de prtica
para a farmcia" para alm das "atividades administrativas
clssicas", incorporassem a responsabilidade pelas atividades de
cuidado ao paciente (Kalman e Schlegel, 1979).
9
Ateno Farmacutica
A participao ativa do farmacutico na assistncia ao paciente na
dispensao e seguimento do tratamento farmacoteraputico,
cooperando com o mdico e outros profissionais de sade, a fim de
conseguir resultados que melhorem a qualidade de vida dos
pacientes. Tambm prev a participao do farmacutico em
atividades de promoo sade e preveno de doenas.
10 Consenso sobre Atencin Farmacutica-2001
Ateno Farmacutica
um conceito de prtica profissional no qual o paciente o
principal beneficirio das aes do farmacutico.
A ateno o compndio das atitudes, dos comportamentos, dos
compromissos, das inquietudes, dos valores ticos, das funes,
dos conhecimentos, das responsabilidades e das
habilidades do farmacutico na prestao da farmacoterapia, com
objetivo de alcanar resultados teraputicos definidos na sade e
na qualidade de vida do paciente.
Conselho Federal de Farmcia
11
Panorama em So Paulo Incio dos trabalhos
H. Israelita Albert Einstein 1999
Hospital Universitrio (USP) - 1999
HC- Instituto da Criana - 2000
H. Servidor Pblico Estadual - 1996
H. da Cruz Azul de So Paulo - 2007
12
Farmcia Clnica
Paciente
Medicamento
Prescrio
Farmacutico Clnico
13
Bases da Farmcia Clnica
o ponto culminante das atividades de um profissional da rea hospitalar;
Est sustentada nas bases da farmcia hospitalar, e que, sem as aes assistenciais desta, a farmcia clnica est fadada ao insucesso;
No Brasil, mais ou menos como as equipes multiprofissionais,
que todos intitulam de grupos, mas poucos agem em grupo, com objetivos comuns e somatrios de conhecimentos, deixando de lado suscetibilidades e melindres.
14
Farmcia Clnica
Cincia da sade cuja responsabilidade assegurar, mediante a
aplicao de conhecimentos e funes relacionados ao cuidado
dos pacientes, que o uso dos medicamentos seja seguro e
apropriado; necessita portanto, de educao especializada e
interpretao de dados, da motivao pelo paciente e de
interaes multiprofissionais.
(Comit de Farmcia Clnica ASHP)
15
APLICAES DA FARMCIA CLNICA HOSPITALAR
16
Aplicaes
Acompanhamento Ambulatorial;
Acompanhamento nas Unidades de Internao;
Acompanhamento nas Unidades de Terapia Intensiva;
Desfecho Clnico
17
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
18
Histrico das UTIS
A Terapia Intensiva ou Cuidados Intensivos evoluiu do reconhecimento histrico que os pacientes com doenas agudas e graves podiam ser melhor tratados se eles fossem agrupados em reas especficas do hospital.
Bjorn Ibsen estabeleceu a primeira UTI em Copenhagen em 1953, em resposta epidemia de Poliomielite.
Na dcada de 60 foi reconhecida a importncia das arritmias cardacas como fonte de morbimortalidade no IAM, o que levou ao uso rotineiro de monitorizao.
19
Histrico das UTIS
Em 1960, quase todos os hospitais americanos possuia uma UTI.
Em 1970, foi fundada a Sociedade Americana de Terapia Intensiva.
No Brasil a Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva foi fundada em So Paulo, em 1980.
Hoje existem diversos tipos de UTIs:
Neonatal
Peditrica
Coronria
Cirrgica
Neurolgica / Neurocirrgica
Queimados
Trauma
20
Aberta Fechada
Intermediria
Critrios de Admisso Recuperabilidade:
O mdico assistente deve estabelecer se o paciente tem uma expectativa de qualidade de vida adequada, caso o cuidado intensivo seja bem sucedido.
Monitorizao e cuidados gerais:
O caso requer cuidados ou monitorizao, mdica ou de paramdicos, contnua ou a intervalos inferiores a 2 horas.
Ventilao Mecnica:
Dependncia de ventilao mecnica.
Drogas vasoativas:
Existe a necessidade atual do emprego de drogas vasoativas, em doses reajustadas.
21
Antiarrtmicos:
necessrio o emprego de antiarrtmicos em infuso contnua.
Cirurgias de Emergncia:
O paciente encontra-se nos preparativos para cirurgia de emergncia ou existe a possibilidade de cirurgia de emergncia nas prximas 24horas.
Acessos Arteriais:
O paciente possui um acesso arterial com finalidade teraputica ou diagnstica.
Monitorizaes Especiais:
O paciente encontra-se monitorizado com cateter pulmonar ou cateter de presso intracraniana.
22
23
Atividades dos profissionais da Terapia Intensiva
24
Mdico
Em 1986 foi reconhecida a especialidade em Terapia Intensiva (intensivista) nos EUA.
No Brasil, a primeira prova para Ttulo de Especialista foi em 1982 e a especialidade foi reconhecida em 1994. Hoje h necessidade de Residncia em Terapia Intensiva e Prova de Ttulo de Especialista pela Associao de Medicina Intensiva Brasileira.
25
Mdico
Treinamento voltado para:
Suporte ventilatrio
Suporte hemodinmico
Suporte nutricional
Tratamento de infeces graves
Suporte renal e metablico
Suporte neurolgico
Procedimentos e Monitorizaes para os itens acima
26
Mdico Atividades Assistenciais Admisso do Paciente na UTI e Prescrio Inicial
Evoluo Diria no Pronturio
Solicitao de Exames Complementares
Comunicao com Mdico Assistente
Integrao da Equipe Multidisciplinar
Comunicao com os Familiares
Treinamento da Equipe Mdica e da Equipe Multidisciplinar do CTI
Visita Conjunta Horizontal
Resumo de Alta da UTI
27
Mdico Atividades Assistenciais Prescrio Mdica Diria
Prescrio de Drogas Vasoativas
Prescrio de Hidratao e de Suporte Nutricional
Prescrio de Antibiticos
Avaliao da Analgesia e Sedao
Prescrio de Profilaxias (TVP, HDA, Convulses, Antibiticos)
Desmame da Ventilao Mecnica
Controle da Hipertenso Intracraniana
Reanimao Cardiorrespiratria
28
Mdico - Procedimentos Cateterizao de Veias Profundas (jugular, subclvia, femoral);
Cateterizao do Bulbo Jugular;
Cateterizao arterial (radial, femoral);
Induo de Hipotermia Moderada;
Instalao de Marca-passo Cardaco Externo;
Cardioverso Eltrica;
Puno Pericrdica;
Cateterizao da Artria Pulmonar;
29
Enfermeiro Admisso do Paciente no CTI
Orientao ao Paciente e Familiares durante a Internao
Boletim de Ocorrncias Adversas
Implementao dos Protocolos de Preveno de Infeco
Escala Diria dos Funcionrios
Passagem / Recebimento do Planto
Treinamento de Enfermeiros e Tcnicos de Enfermagem
Descarte de Medicamentos Controlados
Transferncia do Paciente
Aes aps bito
30
31
Medidas para Preveno de Broncoaspirao Avaliao Neurolgica Balano Hdrico Transferncia do Paciente
Aes aps bito Controle de Sinais Vitais Monitorizao Hemodinmica Cuidados com a Presso Intracraniana
Enfermeiro
Enfermeiro Cuidados com Drenagem Ventricular Externa
Realizao de Eletrocardiograma
Monitorizao Invasiva da Presso Arterial
Monitorizao da Presso Venosa Central
Protocolo de Administrao de Insulina
Protocolo de Heparinizao
Cuidados com Terapia Dialtica
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Fisioterapeuta Oxigenoterapia
Ventilao mecnica (VM)/ Desmame da VM
Ventilao no-invasiva (VNI)
Manobras de higiene brnquica
Medidas ventilatrias
Treinamento muscular
Transporte de pacientes em VM ou VNI
Assistncia durante a Intubao Traqueal
Fixao da Cnula Traqueal
33
Fisioterapeuta
Manobras de Recrutamento Alveolar
Medidas Ventilatrias
Coleta de Secreo Traqueal
Extubao
Assistncia durante manobras de RCP
Fisioterapia Motora
Acompanhamento de exames
Posicionamento
Mobilizao
34
Farmacutico
35
Atividades fundamentais e desejveis do
farmacutico na Terapia Intensiva Dedicar-se exclusivamente rea na maior parte de seu tempo de trabalho,
com poucas atividades fora da UTI;
Participar dos rounds clnicos com a equipe;
Avaliar a terapia medicamentosa quanto indicao adequada, dose, interaes medicamentosas, alergias e reaes adversas;
Trabalhar em conjunto com o nutricionista e/ou nutrlogo nas recomendaes de nutrio parenteral adequadas dos pacientes;
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
36
Atividades fundamentais e desejveis do
farmacutico na Terapia Intensiva Identificar e auxiliar na gesto e preveno de reaes adversas a
medicamentos -RAM- como tambm na reduo de erros de medicao;
Informar sobre a terapia intravenosa adequada para a equipe de enfermagem e mdica;
Participar dos programas de qualidade e acreditao da UTI;
Identificar os custos de medicamentos utilizados na UTI e implementar medidas de conteno dos custos;
Atuar como uma ligao entre a farmcia, mdicos e enfermagem na educao das polticas, procedimentos e orientaes relacionadas aos medicamentos.
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
37
IMPORTNCIA DA FARMCIA CLNICA AO PACIENTE CRTICO
38
Paciente Crtico Sepsis grave/choque sptico
Hipoalbuminemia
Derrame de serosas
Queimaduras
Leucemia
TCE
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Carga de fluidos
Uso de dilise peritoneal/hemodilise
Drogas vasoativas
QUAL A IMPORTNCIA DA FARMCIA CLNICA???
Como Iniciar os Trabalhos???
40
Farmcia Clnica Intervencionista Round clnico;
Intervenes;
Antimicrobianos;
Interaes medicamentosas;
Erros de Medicao;
Terapia Intravenosas.
41
Round Clnico Nmero de leitos;
Taxa de ocupao;
Mdia de idade dos pacientes;
Mdia medicamentos por prescrio.
42
Classificar a Unidade em
Especialidades...
Atende ps cirrgicos?
(protocolos de antibioticoprofilaxia)
43
Importante: Compilar Dados Nmero de pacientes avaliados;
Quantificar e Qualificar as intervenes realizadas;
Realizar estudos comparativos com publicaes
Realizar Benchmarking com outros servios.
44
SEGURANA NO USO DE MEDICAMENTOS
45
Anlise diria das Prescries
46
Medicamentos mais Prescritos Sedao;
Drogas vasoativas;
Profilaxia para lcera de stress;
Controle de glicemia;
Profilaxia para TVP;
Analgsico/antitrmico;
Antibiticos.
47
Anlise da Prescrio Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas);
Medicamentos injetveis: diluente, volume de diluio e tempo de infuso;
Via de administrao ( EV, IM, VO e SONDAS);
Profilaxias;
Tempo de tratamento;
Indicao;
Incompatibilidades.
48
Dose Medicamentos no tem doses, pacientes que tem doses
Individualizao da terapia;
O que considerar???
49
Uso de medicamentos em Nefropatias Medicamentos com excreo renal: podem acumular efeito
txico;
Pacientes Idosos Funo renal diminuda;
Exemplos de frmacos excretados quase inalterados pela urina:
Metotrexato;
Digoxina;
Furosemida.
50
Ajuste de doses conforme funo renal
Funo renal alterada: parmetro: clearance de creatinina (mL/min):
Guidelines de ajuste de dose para maioria dos medicamentos;
Preocupao: associaes de frmacos.
51
Ajuste de doses conforme funo renal
Cockcroft-Gault Ref: http://www.kidney.org/professionals/kdoqi/guidelines.cfm
Clin. Pharmacokinet., 1997, v. 32, n. 1, p. 31-57
52
Ajuste de doses conforme funo renal
MDRD
53
Uso de medicamentos em Nefropatias
54
Ateno: Pacientes Dialticos
Uso de medicamentos em nefropatias
Medica/o FG (mL/min) __ Recomendao _ Riscos
Amoxicilina < 10 mL/min Reduzir dose Erupo cutnea
Anfotericina < 50 mL/min Evitar Nefrotxica
Ampicilina < 10 mL/min Reduzir dose Erupo cutnea
Antiinflamatrios < 50 mL/min Evitar Reteno
Antipsicticos < 10 mL/min Reduzir dose > sensibil. SNC
Ansiolticos < 10 mL/min Reduzir dose > sensibil. SNC
Atenolol < 20 mL/min Reduzir dose Maior efeito
Azatioprina < 10 mL/min Reduzir dose Toxicidade
Aztreonan < 20 mL/min Reduzir dose Toxicidade
55
Uso de medicamentos em hepatopatias
Dificuldade Poucos estudos relacionados;
Hipoalbuminemia - (risco: Fenitona e Prednisolona);
Hipoprotrombinemia - (risco: Anticoagulantes orais);
Edema e ascite (risco: Corticides).
56
Uso de medicamentos em hepatopatias
Medicamentos Observaes
Acetaminofen Evite doses elevadas
Andrgenos anabolizantes. Toxicidade dose-dependente
Anticido Cautela nos com sdio e alumnio
Anticoagulantes Evitar
Anticoncepcionais orais Evitar
Antidepressivos Maior efeito sedativo cautela
Anti-histamnicos Evitar, podem precipitar coma
Antiinflamatrios Maior risco de sangramentos
Antipsicticos Podem precipitar coma
Ansiolticos Podem precipitar coma
Azatioprina Reduzir dose
Cetoconazol Evitar
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Vias de Administrao de Medicamentos
Endovenosa / Intravenosa;
Intramuscular;
Subcutnea;
Oral;
Sonda Nasoenteral.
58
Via Endovenosa Fatores a serem analisados:
pH da mistura
Complexao
Luz
Proporo de diluio
Tempo
Diluentes
Temperatura
Ordem da mistura
59
Importncia dos particulados Substncias particuladas (componente da poluio do ar) tm
sido associadas com morte sbita e doenas respiratrias;
Substncias particuladas so recobertas com biocontaminantes (endotoxinas , plen etc) com atividade de radical livre com prejuzo lipdico, ac. nucleicos e proteico celular com estmulo liberao de citocinas.
Condies prvias : asma , tabagismo, diabticos , gestantes , portadores de doena cardaca;
Circ Res 2006;99:692-705
60
O dano das substncias particuladas Embolia microvascular pulmonar fatal por precipitao de uma
soluo de nutrientes.
Morte de dois pacientes que receberam NPT no Centro Mdico Militar de Tripler;
A autpsia mostrou material amorfo contendo clcio obstruindo o microvascular pulmonar de cada paciente;
Algumas solues de NPT tambm causaram a morte em animais.
Hill, et al. J Par Ent Nutr 1996; 20: 81 - 87
61
Injeo intravenosa de Acetaminofen/Hidrocodone (Vicodin)
Paciente com fibrose cstica,18 anos de idade com declnio progressivo da funo pulmonar.
Sintomas : dor torcica, tontura, ansiedade, colapso e morte;
Autpsia Microvascular obstrudo com partculas identificadas como Crospovidona, (desintegrante de comprimido).
62 Smith, et al. Pediatrics 2006; 118: e924 e928
Substncias particuladas insolveis de Ca
com uso de Ceftriaxona em neonatos Morte de neonatos associadas com precipitados de
clcio-ceftriaxona nos pulmes e rins1
Ceftriaxone ou solues contendo clcio foram administradas por diferentes vias e em horas diferentes1
Em 5 de julho de 2007, o FDA colocou um alerta de
segurana no seu site da internet MedWatch fornecendo diretrizes que afirmamRocephin e solues com Ca no deveriam ser misturadas ou co-administradas para nenhum paciente, independente da idade, mesmo atravs de linhas de infuso e sitios diferentes.
63
REF: 1. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/may07.htm.
2. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/safety07.htm#Rocephin
Substncias Particuladas
Substncia particulada consiste de substncias estranhas, mveis, de fontes aleatrias que no podem ser quantificadas por anlise qumica devido a pequena quantidade de material que representa.
Solues injetveis, incluindo solues constitudas de slidos estreis destinadas a uso parenteral, devem ser essencialmente livres de substncias particuladas que podem ser observadas em uma inspeo visual.
64
Procedncia das substncias particuladas Exgenos
Ampolas
Tampas
Conjuntos de IV
Diluentes
Endgenos
Partculas geradas depois da reconstituio
Degradao do Produto
Reaes cido/Base
Incompatibilidades Fsico/Qumicas
65
Particulate Matter Contamination of Intravenous Antibiotics Aggravates Loss of Functional Capillary
Density in Postischemic Striated Muscle
Flebite Infusional;
Granulomas Pulmonares;
Leses Arteriais Pulmonares;
Grave Disfuno Pulmonar;
Perda da densidade capilar funcional do msculo estriado ps-isqumico;
Morte.
66
Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:178.
Contaminao com Substncias Particuladas
This study was conducted in an animal model.
Implicao das substncias particuladas e
danos teciduais Granulomas pulmonares detectados em autpsias:
Von Glahn WC, Hall JW. The reaction produced in the pulmonary arteries
by emboli of cotton fibres.Am J Pathol 1949;25:575584.
Jacques WE, Mariscal GG. A study of the incidence of cotton emboli.
Bull Int Ass Med Mus 1951;32:6372.
Bruening EJ. Origin and significance of intra-arterial foreign body emboli
in lungs of children.Virchows Arch 1955;327:460479.
Sarrut S, Nezelof C. Une complication de la therapie intraveneuse. Larterite
pulmonaire macrophagique a cellules geantes.Presse Med1960;68:375377.
Garvan JM, Gunner BW. Intravenous fluids: a solution containing such
particles must not be used .Med J Austr 1963;50:140145.
67
Infarto tecidual local
Silberman J, Cravioto H, Feigin I. Foreign body emboli following cerebral angiography.Arch Neurol 1960;3:711717.
Schubert GE, Reifferscheid P, Flach A. Mikroembolien von Fremdmaterial nach Angiographien und intravensen Infusionen. Dtsch Med Wschr 1972;97:17451748.
Ghatak NR, Husain MM. Unusual intravascular material in the brain. Am J Clin Pathol 1976;65:508512.
68
Disfuno pulmonar grave e bitos
Mosely RV, Doty DB. Death associated with multiple pulmonary emboli soon after battle injury. Ann Surg 1970;171:336338.
Daschner F. Infektise Komplikationen bei Infusionstherapie. Klin Anaesthesiol Intensivmed 1977;14:121127.
Walpot H, Franke RP, Burchard WG, Agternkamp C, Muller FG, Kittermayer C, Kalff G. Particulate contamination of infusion solutions and drug additives within the scope of long-term intensive therapy. Energy dispersion electron images in the scanning electron microscopeREM/EDX. Anaesthesist 1989;38:544548.
69
Mecanismos fisiopatolgicos Obstruo mecnica de arterola e capilares pequenos;
Ativao de plaquetas e/ou neutrfilos;
Gerao de microtrombos oclusivos;
Propriedades de estimulao imunolgica de partculas;
Efeitos indiretos na atividade vasomotora.
70
Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:514-520 Estudo feito em um modelo Animal.
Importante... Todos os medicamentos parenterais contm substncia particulada e a
quantidade de substncia particulada depende de muitos fatores...
Estes incluem o tipo de produto parenteral, o pH da soluo final e o tipo de veculo;
As partculas se distribuem em todo o corpo baseadas no tamanho e no potencial de imerso pelos macrfagos;
Se forem dadas partculas suficientes, dano potencial pode ocorrer. Fato demonstrado em modelos humanos e animais;
O farmacutico deve avaliar solues com o nvel mais baixo possvel de particulados.
71 Dr. Amaury Mielle Hosp. Sta Catarina Blumenau
Via Sonda Nasoenteral
Via alternativa a via Oral;
Ateno s formas farmacuticas incompatveis com esta via;
Dar preferncia a dissoluo;
Ateno lavagem da sonda ps administrao;
72
Profilaxias
73
Give Your Patient a Fast Hug (at Least) Once a Day
Feeding Dieta
Analgesia Analgesia
Sedation Sedao
Thromboembolic prophylaxis Profilaxia Tromboembolismo
Head of bed elevation Decbito 30
Ulcer prophylaxis Profilaxia lcera
Glucose control Controle de glicemia
74
Profilaxias Antibioticoprofilaxia;
Profilaxia de lcera de stress;
Profilaxia para TVP;
75
QUAIS AS ATIVIDADES DO FARMACUTICO NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA?
76
Atividades do Farmacutico Avaliar toda terapia de drogas quanto indicao, dose, via de
administrao e apresentao;
Verificar interaes e alergias;
Avaliar a terapia quanto a maximizar custo-eficcia (farmacoeconomia);
Monitoramento quanto eficcia da droga;
Monitorar e prevenir quanto toxicidade;
77
Atividades do Farmacutico Avaliar adequao da terapia nutricional;
Monitorizao farmacocintica;
Prover de informaes tcnicas;
Participar da treinamentos e educao da equipe.
Detectar, avaliar e reportar eventos adversos;
Buscar informaes quanto ao histrico do paciente em relao aos medicamentos de uso.
Crit Care Med 2001 Vol. 29, No. 10 2019
78
Exames laboratoriais
Exames que permitem acompanhar a resposta ao tratamento farmacoteraputico, auxiliando correes de dose, posologia e na tomada de deciso sobre eventuais substituies.
79
Interpretao
Identificao do problema;
Priorizao do problema;
Seleo das alternativas teraputicas para cada paciente.
80
Acompanhamento de Exames
Laboratoriais IMPORTNCIA:
Acompanhamento da resposta ao tratamento;
Correo da dose e posologia;
Orientam a troca do medicamento;
81
Principais Exames Hemograma;
Bioqumica;
Culturas.
82
INTERVENO FARMACUTICA
83
Interveno Farmacutica
um ato planejado, documentado e realizado junto ao usurio e profissionais de sade, que visa resolver ou prevenir problemas que interferem ou podem interferir na farmacoterapia, sendo
parte integrante do processo de acompanhamento/seguimento farmacoteraputico.
Consenso Brasileiro de Ateno Farmacutica
84
Interveno farmacutica na Prtica
Clnica
Consistem na necessidade de reavaliao da prescrio por parte da Equipe Mdica/e ou Enfermagem no intuito
de orientar esquemas teraputicos garantindo um tratamento farmacolgico adequado, efetivo e seguro.
85
Anlise Farmacutica da Prescrio
Falha de prescrio;
Aprazamento das drogas;
Prazo de tratamento com antimicrobianos;
Protocolo de profilaxia com antimicrobianos;
Incompatibilidades farmacolgicas e fsico-qumicas;
86
Anlise Farmacutica da Prescrio Posologia ideal;
Via de administrao;
Reconciliao medicamentosa;
Interaes medicamentosas;
Ajustes de dose para pacientes com insuficincias;
Uso racional de medicamentos.
87
Detectando inconsistncias...
Interveno Farmacutica:
Abordagem ao profissional responsvel;
Formalizao atravs da evoluo farmacutica em pronturio.
88
Para realizar a interveno necessrio:
Conhecimento total da informao prestada;
Conhecimento da fonte de obteno da informao;
Segurana para esclarecimento da informao;
Se possvel apresentar alternativas;
COERNCIA NA INTERVENO.
89
Resultados... Importncia da Interveno Farmacutica na Terapia
Medicamentosa de Pacientes internados em Terapia Intensiva.
90
Autores:Batista, D.; Fromhertz, B.; Costa,J. Jr.; Cunha, J.; Abechain, L.; Giusti, R.; Haag, F. Jr.
Centro de Terapia Intensiva Adulto Hospital Cruz Azul de So Paulo
OBJETIVO
Demonstrar a relevncia da assistncia farmacutica juntamente com a equipe mdica atravs da anlise
tcnica das prescries, otimizando a terapia medicamentosa dos pacientes em tratamento.
91
RESULTADOS
92
24,2%
14,2%
5,7%
5,2%
4,3%2,8%
7,1%
0,5%1,9%
34,1%
F alha de pres crio 34,1%
P os olog ia ideal 24,2%
D os e de todas as drogas 14,2%
P razo de tratam ento com antim icrobianos
7,1%
Ajus tes de dos e para pacientes com
ins uficincias 5,7%
Interaes m edicam entos as 5,2%
Incom patibilidades farm acolg icas e fs ico-
qum icas 4,3%
P rotocolo de profilaxia com antim icrobianos
2,8%Aprazam ento das drogas 1,9%
Via de adm inis trao 0,5%
Figura 2.- Percentual das intervenes farmacuticas realizadas
CONCLUSO
A interveno farmacutica em parceria com a equipe
multiprofissional no que se refere a terapia medicamentosa, so fundamentais para o sucesso dos
tratamentos institudos ao paciente, refletindo cada vez mais em tratamentos seguros e efetivos, inserindo o
farmacutico clnico como um diferencial para a assistncia de alta qualidade.
93
SEGUIMENTO FARMACOTERAPUTICO
94
Seguimento Farmacoteraputico
um componente da Ateno Farmacutica e configura um processo no qual o farmacutico se responsabiliza pelas
necessidades do usurio relacionadas ao medicamento, por meio da deteco, promoo e resoluo de Problemas
Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemtica, contnua e documentada, com o objetivo de alcanar
resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de vida do usurio (OPAS/OMS, 2002 ).
FASES PRINCIPAIS: Anamnese farmacutica, Interpretao de dados e Processo de orientao.
95
Introduo
Principal atividade da ateno farmacutica;
necessrio que se estabelea um mtodo rigoroso de trabalho, sistematizando as aes e padronizando mtodos de avaliao.
96
Definio
Prtica profissional na qual o farmacutico se responsabiliza pelas necessidades do paciente relacionadas aos medicamentos;
Realiza-se atravs da deteco, preveno e resoluo de PRMs, com o objetivo de alcanar resultados concretos de melhoria na qualidade de vida do paciente.
97
Fases do Seguimento
Anamnese;
Interpretao de dados;
Orientao.
98
Anamnese
Informaes demogrficas;
Informaes dietticas;
Hbitos sociais;
Prescrio atual;
Prescries passadas;
Medicamentos sem prescrio;
Uso passado desses medicamentos;
Alergias;
Dados de adeso.
99
EVOLUO FARMACUTICA EM PRONTURIO
100
Evoluo Farmacutica em Pronturio
Envolve a participao do farmacutico clnico em todas as questes relacionadas ao uso de medicamentos no hospital;
Relaciona-se com a anlise da prescrio mdica, visita multiprofissional e implantao de protocolos;
Aps a identificao do problema relacionado ao medicamento, o farmacutico contata o mdico, realiza a interveno e, aps registra a conduta no pronturio do paciente.
101
GESTO DE RISCO EM UNIDADES CRTICAS
102
Erros de Medicao Prescrio;
Ateno a prescrio ;
Unitarizao ;
Separao ;
Dispensao ;
Omisso ;
Horrio;
Administrao;
Medicamento imprprio para uso .
103
Prescrio Escolha incorreta do medicamento (de acordo com a indicao,
contra-indicao, alergias conhecidas e outros fatores);
Via de administrao;
Apresentao;
Dose;
Quantidade;
Velocidade de infuso;
Concentrao;
104
105
Prescrio Frequncia; Ilegibilidade; Abreviaes; Similaridade dos nomes; Instrues inadequadas de uso e ordens telefnicas que possam
induzir a erros. Equvocos na transcrio da prescrio mdica manual para o
sistema de prescrio eletrnica.
Ateno Prescrio
Falha na reviso da prescrio mdica no detectando problemas como
incompatibilidade, interao e dose.
106
Unitarizao
Falha na identificao quando o medicamento unitarizado e reembalado.
107
Omisso
No administrao de uma dose prescrita ao paciente.
108
Horrio
Administrao do medicamento fora do intervalo de tempo pr-definido.
109
Administrao Administrao em outras formas farmacuticas
que no a prescrita;
Procedimento ou tcnica inapropriados na administrao do medicamento;
Doses administradas pela via incorreta ou pela via
correta, mas no local errado.
110
Medicamento imprprio para uso Medicamento formulado ou manipulado
incorretamente (diluio ou reconstituio incorreta, misturas incompatveis e
armazenamento inadequado);
Administrao de um medicamento vencido ou cuja integridade fsica ou qumica esteja
comprometida.
111
COMO EVITAR ERROS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS?
Preveno
112
Medicamentos Envolvidos com Erros
113
Sons e grafias semelhantes
114
http://www.ismp.org/Tools/confuseddrugnames.pdf
Sistema Complexo que depende de
todos...
CONHECIMENTO DO SISTEMA: Desde a aquisio at a administrao. Executar todas as rotinas e questionar o que no faz parte da rotina.
CONHECER OS ERROS: identificar as possibilidades de falha nos processos da farmcia.
APROVEITAR OS ERROS: Elaborar estratgias para que outros erros no ocorram.
NOTIFICAR OS ERROS: Estabelecer programas para a notificao dos erros ou buscar conhec-los envolvendo a equipe multidisciplinar.
115
Estratgias... Protocolos gerenciados;
Padronizao de Processos;
Rotinas estabelecidas;
Comisso de Farmcia e Teraputica.
116
Protocolos Gerenciados OBJETIVO:
Padronizar condutas;
Padronizar custos;
Reduzir infeco;
Reduzir erros e eventos adversos.
117
Protocolos Gerenciados Diluio Padro;
Protocolos de abordagem:
- IAM;
- Heparinizao;
- Sulfatao;
- Sedao.
118
Comisso de Farmcia e Teraputica
Formular e implementar polticas institucionais relacionadas com a seleo, prescrio e uso racional de medicamentos, em um processo
dinmico, participativo, multiprofissional para assegurar teraputica eficaz e segura e consequente melhoria na qualidade da
assistncia prestada sade.
119
Comisso de Farmcia e Teraputica Racionalizar o uso de medicamentos;
Adquirir produtos com qualidade comprovada;
Valor teraputico
Resultados Clnicos / Eficincia
Controlar os itens em estoque;
Logstica
Distribuio
120
Comisso de Farmcia e Teraputica
Favorecer o uso correto dos recursos
Treinamento dos usurios
121
Atribuies da CFT Atualizar periodicamente a lista de medicamentos;
Revisar periodicamente as normas de prescrio;
Fixar critrios para a obteno de medicamentos no-selecionados;
Validar protocolos de tratamento elaborados pelos diferentes servios;
122
Atribuies da CFT Estimular a promoo do uso racional de
medicamentos: boletins, cursos, fruns de debates etc;
Estar atento a alertas e informes dos rgos regulamentadores nacionais ( ANVISA, VISA estadual) e internacionais ( FDA, EMEA, WHO);
Estabelecer rede de comunicao para os alertas emitidos por estes rgos.
123
Gerenciamento de materiais e
medicamentos Grande variedade de produtos;
Se no h uma seleo, no h como determinar o que deve ser programado e comprado;
A reduo do custo dos estoques da farmcia hospitalar pode ser obtida atravs do adequado abastecimento em produtos e servios.
124
SEPSE
Por que o tema to relevante na terapia intensiva?
125
Sepse
126
127
128
129
Cardiovascular: PA s < 90 ou PAM < 70
por pelo menos 1 hora, mesmo aps ressuscitao volmica
Ou necessidade de drogas vasopressoras para manter PAs=90 ou PAM=70
Respiratrio: Se foco infeccioso pulmonar.
PaO2/FiO2< 200.
PaO2/FiO2
Aspectos Clnicos das Disfunes
Orgnicas
Respiratria Taquipnia, Ortopnia, Cianose, ventilao mecnica.
Renal Oligria, Anria, dilise.
Cardiovascular Taquicardia, Hipotenso, Arritmias, uso de inotrpicos.
Hematolgica Sangramentos, Eventos trombticos.
Neurolgica Alterao de conscincia.
130
Sepse The Surviving Sepsis Campaign: Results of an international guideline-based
performance improvement program targeting severe sepsis Crit Care Med. 2010 Feb;38(2):367-74 and Intensive Care Med. 2010 Feb;36(2):222-31. Epub 2010 Jan 13.
R. Phillip Dellinger; Mitchell M. Levy; JeanM. Carlet; Julian Bion;Margaret M. Parker;Roman Jaeschke; Konrad Reinhart;
Derek C. Angus;Christian Brun-Buisson; Richard Beale; Thierry Calandra;J ean-Francois Dhainaut; Herwig Gerlach
Maurene Harvey; John J. Marini; John Marshall; Marco Ranieri; Graham Ramsay; Jonathan Sevransky; B. Taylor Thompson
Sean Townsend; Jeffrey S. Vender; J niceL. Zimmerman; Jean-Louis Vincent.
131
Intensive Care Med DOI 10.1007/s00134-007-0934-2
132
133
134
135
Tempo Clula!!! IMPORTANTE:
Diagnstico e interveno precoces.
Treinar equipe para identificar e tratar.
Reduzir tempo de chegada do paciente na UTI.
Implementar/Adequar gama de terapias disponveis.
Avaliao constante da implementao resposta do pacientes s terapias implementadas.
136
137
138
Reposio Volmica Fazer reposio volmica agressiva e repetitiva na presena de
hipotenso;
lactato elevado induzidos pelo quadro sptico. Recomendao forte;
Todo paciente com lactato aumentado acima de duas vezes o valor normal;
hipotenso deve receber imediatamente pelo menos 20m/k se soluo cristalide;
ou seu equivalente em colides;
Fundamentos;
importante ofertar na quantidade adequada e rapidamente.
139
Os pacientes com sepse grave e choque sptico podem apresentar volume circulante insuficiente decorrente de vasodilatao (arterial e venosa), aumento
da permeabilidade capilar e/ou comprometimento da funo cardaca.
Os leitos teciduais mal perfundidos geram hipxia tecidual, que frequentemente associada a nveis elevados de lactato srico. Nvel srico de lactato > 4 mmol/L(36 mg/dL) est correlacionado gravidade da doena e ao pior prognstico, mesmo que a hipotenso no esteja presente. Dessa forma,
pacientes hipotensos ou que apresentam lactato acima de 4 mmol/L (36 mg/dL) necessitam de fluido intravenoso (cristaloide ou colide) para expandir seus
volumes circulantes e restaurar efetivamente a presso de perfuso, at que se resolvam o processo inflamatrio sistmico e as alteraes dinmicas da micro e
da macrocirculao.
140
A preciso da infuso de fluidos no facilmente determinada, de modo que repetidas reposies devem ser administradas e reavaliadas.
A ressuscitao volmica inicial (primeiras 6 horas) deve ser diferenciada da maior necessidade de administrao de fluidos de manuteno (primeiros dias), que ocorre tambm nesses pacientes.
Na reposio inicial, grandes quantidades de fluido so administradas rapidamente (infuso livre), em curtos intervalos de tempo, enquanto se observa a resposta clnica.
No existem evidncias de superioridade entre cristalides ou colides.
141
Coloides x Cristaloides Pr Coloides
Hemodiluio com cristaloides (protenas plasmticas, fatores da coagulao, eritrcitos): risco de maior sangramento.
Maior persistncia vascular dos coloides seria o maior benefcio.
Pr Cristaloides
Repe volume intersticial, junto com volemia;
Na hiperpermeabilidade capilar -comum no doente crtico coloides podem passar para o interstcio;
Custo muito inferior ao das solues coloidais.
142
Polmica h mais de meio sculo. Consenso: Cristaloides requerem maior volume para ressuscitao e no tm reaes
anafilactides.
Infeco
Terapia
inapropriada
Falha na erradicao
bacteriana
Disseminao
Seleo de
resistncia
Aumento da
resistncia
Terapia
Apropriada
Maximizar o desfecho
Erradicao
bacteriana
Minimizar potencial de resistncia
Terapia Antimicrobiana
143
Terapia Antimicrobiana
144
Antibiticos
Conceitos de PK/PD : propriedades e influncias ,concentraes sricas e tissulares -> desfecho clnico Monitoramento teraputico Iniciar a terapia (conhecimento prvio/alvo etc) e ajustar diante das intercorrncias/ ateno para o tempo Minimizar a resistncia e melhorar o desfecho
Ateno s doses para Obesos Obesidade : problema mundial (WHO) / indices mais do que
dobraram desde 1980.
Em 2008, no mnimo 1.4 bilhes adultos no mundo -> sobrepeso e 500 milhes -> obesos.
World Health Organization. Obesity and overweight. Geneva,Switzerland: WHO; 2012.
1/3 americanos obesos e 1 em 17 : obesidade mrbida.
Flegal KM, Carroll MD, Ogden CL, Curtin LR. Prevalence and trends in obesity among US adults, 19992008. JAMA 2010;313:23541.
Neste ritmo em 2030 : 50% dos adultos (USA) e 40%(UK) sero obesos
Wang YC, McPherson K, Marsh T, Gortmaker SL, Brown M. Health and economic burden of the projected obesity trends in the USA and the UK. Lancet 2011;378:81525.
145
CONSIDERAES SOBRE ANTIBIOTICOTERAPIA NO PACIENTE
CRTICO
146
Fatores que afetam a farmacocintica no
paciente crtico
147
Sepsis grave/choque sptico
Hipoalbuminemia
Derrame de serosas
Queimaduras
Leucemia
TCE
Carga de fluidos
Uso de dialise peritonial/hemodialise
Drogas vasoativas
Farmacocintica dos antimicrobianos
na sepse
Sepsis grave / Choque sptico : dano capilar induzido por mediadores inflamatrios produzidos pelo paciente em resposta a toxinas bacterianas e etc.
Lee WL, Slutsky AS. Sepsis and endothelial permeability. N Engl J Med 2010; 363: 689-91.
Resultado Consequncia : Reposio de volume / Drogas Vasoativas
Expanso dos fluidos extracelulares com aumento do VD (volume de distribuio) das drogas.
148
Antibiticos hidroflicos Antibiticos lipoflicos
Parmetros PK Parmetros PK Baixo Vd Alto Vd Clearance renal Clearance hepatico Baixa penetrao intracelular Boa penetrao tecidual
Mudanas PK paciente crtico
Vd ou clearance penetrao intersticial
Vd ou clearance penetrao intersticial
AMGs Beta-lactmicos Carbapenmicos Glicopeptdeos Colistina
Quinolonas Macroldeos Tigeciclina Clindamicina Linezolida
149
Sepse
Dano capilar Clearance renal Cl renal aumentado diminudo
< Cl para Abs Cl renal
>LD Abs hidroflicos
>MD Abs Cl renal
< MD Abs Cl renal
150
Extravasamento fluidos
> Vd Abs hidroflicos
Reposio fludos
> Cl para Abs Cl renal
Volume de Distribuio e antibiticos
hidroflicos
Distribudos exclusivamente no compartimento extracelular;
Expanso dos fludos extracelulares : alta diluio dos antimicrobianos;
Relevante : deciso de dose de ataque.
151
Pacientes com mdia Apache II de 21, a LD de Vancomicina para atingir nveis teraputicos na concentrao de 15 - 20 mg/L foi de 25 ou 35 mg/kg
Roberts JA, Taccone FS, Udy AA, et al. Vancomycin dosing in critically ill patients: robust methods for improved continuous infusion regimens. Antimicrob Agents Chemother 2011; 55: 2704-9.
Pacientes com PAV tratados com teicoplanina : para se atingir concentraes de no mnimo 10 mg/L nos primeiros 4 dias de tratamento a dose de ataque foi de 12 mg/kg 12/12 hs por dois dias.
Mimoz O, Rolland D, Adoun M, et al. Steady-state trough serum and epithelial lining fluid concentrations of
teicoplanin 12 mg/kg per day in patients with ventilator-associated pneumonia. Intensive Care Med 2006; 32: 775-9.
152
Volume de Distribuio e Antibiticos
Lipoflicos No existe relevante aumento no Vd para agentes lipoflicos na
presena de sepse grave/choque sptico
Vd e Cmax de Linezolida aps dose de 600 mg em voluntrios saudveis (51.47 9.51 L;12.84 2.57 mg/L) e pacientes com sepsis grave (57.15 17.8 L; 14.23 3.45 mg/L) ou choque sptico (60.37 13.92 L;14.23 4.13 mg/L)
Thallinger C, Buerger C, Plock N, et al. Effect of severity of sepsis on tissue concentrations of linezolid. J Antimicrob Chemother 2008; 61: 173-6.
Acmulo da droga intracelular (reservatrio) : difuso passiva compensatria para qualquer diluio intersticial.
153
Sepsis
Antibiticos hidroflicos AMGs
Beta-lactmicos
Glicopetdeos
Lipopeptdeos
Equinocandinas
Perfil Farmacocintico alterado
Antibiticos lipoflicos Quinolonas
Glicilciclinas
Macroldeos
Oxazolidinonas
Anfotericina B
Perfil farmacocintico pouco alterado
154
Hidroflicos
Beta-lactmicos
Glicopeptdeos
Aminoglicosdeos
Limitado Vd
Incapaz de passar membrana celular
Eliminados via renal
Lipoflicos
Macroldeos
Quinolonas
Linezolida
Tetraciclinas
Largo Vd
Livre difuso membrana celular
Eliminao heptica
155
COMO EU FAO???
Farmcia Clnica Intervencionista
156
Obrigada!
[email protected] [email protected]
157
Qualidade em Sade Necessidade da implantao da Farmcia Clnica
158
Bases da Farmcia Clnica
FARMCIA CLNICA: o ponto culminante das atividades de um profissional da
rea hospitalar; Est sustentada nas bases da farmcia hospitalar, e que, sem
as aes assistenciais; desta, a farmcia clnica est fadada ao insucesso; No Brasil, mais ou menos como as equipes
multiprofissionais, que todos intitulam de grupos, mas poucos agem em grupo, com objetivos comuns e somatrios de conhecimentos, deixando de lado suscetibilidades e melindres.
159
Objetivo da Farmcia Clnica em UTI
Otimizar a terapia medicamentosa, visando efetividade, segurana e farmacoeconomia
na terapia instituda.
160
Como justificar nossa presena na UTI: Impacto econmico e em qualidade
De acordo com Kane-Gill et al, 2006, em unidade de terapia intensiva, o gasto com medicamento pode
contribuir com pelo menos 38% do total de gasto com medicamentos de um hospital, dessa forma
importante ter o farmacutico atuando no acompanhamento do consumo, na contribuio do
uso racional e na preveno de eventos adversos
relacionados a medicamentos. 161
Atividades Desenvolvidas Atualmente
Anlise Tcnica das Prescries mdicas; Avaliao das Interaes Medicamentosas; Avaliao junto ao SND das Interaes com nutrientes; Anamnese Farmacutica; Acompanhamento dos resultados laboratoriais; Acompanhamento da utilizao de Antimicrobianos e clculo da DDD; Realizao do seguimento farmacoteraputico; Participao no Round Clnico; Reconciliao Medicamentosa; Acompanhamento dos protocolos institudos; Acompanhamento das SNE; Evoluo em pronturio; Orientao de alta hospitalar.
162
Objetivo Farmacutico x Equipe
Maximizar os benefcios da terapia e minimizar custos
163
Anlise da Prescrio
Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas); Medicamentos injetveis: diluente, volume de diluio e tempo de infuso;
Via de administrao ( EV, IM, VO e SONDAS)
Profilaxias;
Tempo de tratamento.
164
Anlise da Prescrio
Farmacovigilncia
Reaes adversas a medicamentos;
Interaes (droga x droga; droga x nutriente e exame).
165
166
Paciente: _________________
Passagem _______Leito_______
Pronturio ______________
Prescrio mdica
Data ____/_____/_____
HORA PRESCRIO DOSE VIA FREQUENCIA HORRIOS
7:39 1.Dieta por SNE 1000ml VS em 24h
2.Vancomicina 2g EV 12/12h
SG5% 100ml EV agora e aps 12/12h
3.Maxcef 1g EV agora e aps 8/8h
4.Flagyl 500mg EV agora e aps 8/8h
5. Clexane 40 mg SC 1X
6. Losec 40mg EV 1x
7. Insulin R 50UI/SF100mL conf. Protocolo
8. Morfina 2mg EV SN
9 Precedex 2ap EV em 24 h
Soro fisiolgico 100mL
10. Dextro 4/4h
Tempo de Tratamento
Teraputico? Profiltico?
Coleta de culturas e Introduo antibitico
assim que possvel
Compatibilidade de medicaes
Febre? Outro foco?
Efeito adverso: febre, rash, tremores, diarria, convulso, flebite.........
D1/D10
Funo renal
Laxante?
Interaes medicamentosas Cruzamento dos medicamentos em software;
Anlise de relevncia;
Evoluo em Pronturio.
167
Interaes Droga-nutrientes Interaes droga nutriente: Anlise de Relevncia
Gravidade;
mecanismo de ao;
conduta acordada com a equipe multiprofissional.
168
Anamnese Farmacutica
Entrevista com paciente e/ou responsvel para preenchimento de Formulrio Prprio e posterior
seguimento farmacoteraputico.
169
Medicamentos via sonda Indstria possui pouca informao
Via no usual para os slidos orais
Problemas:
Obstruo sonda
Estabilidade dos medicamentos
Interao drogas x dieta
170
Acompanhamento dos resultados laboratoriais
Bioqumica clculo de cleareance para correo de doses quando necessrio.
Culturas- guiar terapia antimicrobiana.
171
Acompanhamento da utilizao de Antimicrobianos e clculo da DDD
Preenchimento de planilha de controle.
Guiar terapia;
Escalonar ou descalonar terapia;
Garantir exatido no perodo e dose adequada para tratamento.
172
Realizao do seguimento farmacoteraputico
Conhecer o paciente integralmente;
Estabelecer terapias individualizadas;
Iniciar a orientao de alta na internao.
173
Participao no Round Clnico Discusso dos casos;
Realizao de ajustes;
Farmacovigilncia;
Inefetividade teraputica.
174
Reconciliao Medicamentosa
175
Procedncia Lote
Validade Armazenamento
Acompanhamento dos protocolos institudos
Despertar dirio;
Antibioticoprofilaxia;
Preveno TVP;
Preveno lcera de stress.
176
Evoluo em pronturio
Garantia da informao para a equipe de sade;
Segurana no estabelecimento de conduta.
177
De posse da informao, o que fazer?
O que devo saber alm da informao a respeito da interao localizada?
Como fazer a abordagem equipe?
178
Educao Continuada Prestar informao relacionada ao objetivo comum:
O paciente
Como contribuir?
Elaborao de listas para compatibilidade diluio e tempo
de infuso de antimicrobianos; Farmacocintica clnica; Criao de alertas teraputicos; Treinamento sobre reaes adversas mais prevalentes.
179
Podemos concluir: Trabalhar com segurana nos traduz a certeza de assistncia
completa;
o ciclo do medicamento que se manifesta em diversas reas e a qualidade e a segurana vem sendo requerida cada dia mais;
Devemos ter a prudncia da Ateno Farmacutica na ntegra para o nosso paciente, em todos os nveis de assistncia.
180
Para refletir... No incio, as pessoas se recusam a acreditar que
uma coisa nova e estranha possa ser feita;
em seguida, elas comeam a desejar sua realizao e analisar se h algum empecilho
implementao; ento elas percebem que se pode realmente fazer, e todo o mundo se pergunta.
PORQUE AQUILO NO FOI FEITO ANTES?
181
Referncias www.sccm.org -Society of critical care medice www.ashp.org - American Society of Health-System pharmacist www.escpweb.org - Sociedade Europia www.cdc.gov www.globalrph.com - clinicians ultimate guide to drug therapy www.whocc.no - OMS www.medscape.com/pharmacist www.errorsmedicacio.org www.sti-hspe.com.br www.amib.org.br www.sepsisnet.org -ILAS Give your patient a fast hug (at least) once a day Crit care med 2005 vol 33 n6 Surviving Sepsis Campaign Guidelines for management of severe sepsis and septic
shock. Mielle, Amaury Filho - Otimizao no uso de antimicrobianos na era da
multirresistncia / 2013. Arajo, RQ. Atuao da Farmcia Clnica na Sepse. In: Renata Andrea Pietro Pereira
Viana. (Org.). Sepse para Enfermeiros - As Horas de Ouro - Identificando e cuidando do paciente sptico. 1 ed. So Paulo: Atheneu, 2008, v. 1, p. 63-72.
182