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1. INTRODUÇÃO Os estudos sobre irradiação de alimentos vêm sendo realizados há muitos anos. Apesar de este processo ter várias vezes mostrado alterações na composição do produto, o que diminuía a aceitação do consumidor, observou-se que essa tinha a vantagem de diminuir as intoxicações alimentares, inibir o brotamento de raízes e tubérculos, desinfetar os alimentos contra organismos patogênicos e ainda aumentar o seu tempo de prateleira. A irradiação de alimentos consiste num processo usado na conservação e esterilização dos alimentos, destruindo ou inativando organismos que fazem mal ao meio ambiente e também no controle do brotamento de raízes e tubérculos e impedir toxinfecções. Como a irradiação requer infra-estrutura e tecnologia, nem todos os países a utilizam, além de haver muitas opiniões contraditórias como quanto ao seu efeito na saúde do consumidor, do perigo de seu vazamento nas cidades próximas, de por em risco a biodiversidade local, além das perdas nutricionais do produto. 1

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1. INTRODUÇÃO

Os estudos sobre irradiação de alimentos vêm sendo realizados há muitos

anos. Apesar de este processo ter várias vezes mostrado alterações na composição

do produto, o que diminuía a aceitação do consumidor, observou-se que essa tinha

a vantagem de diminuir as intoxicações alimentares, inibir o brotamento de raízes e

tubérculos, desinfetar os alimentos contra organismos patogênicos e ainda aumentar

o seu tempo de prateleira.

A irradiação de alimentos consiste num processo usado na conservação e

esterilização dos alimentos, destruindo ou inativando organismos que fazem mal ao

meio ambiente e também no controle do brotamento de raízes e tubérculos e impedir

toxinfecções. Como a irradiação requer infra-estrutura e tecnologia, nem todos os

países a utilizam, além de haver muitas opiniões contraditórias como quanto ao seu

efeito na saúde do consumidor, do perigo de seu vazamento nas cidades próximas,

de por em risco a biodiversidade local, além das perdas nutricionais do produto.

A aprovação de se utilizar a irradiação em alimento só foi estabelecida em

1997 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde que as doses não

modificassem suas características organolépticas.

Mais de 15 tolenadas de alimentos são irradiados por ano em todo o mundo,

incluindo frutas, vegetais, temperos, grãos, frutos do mar, carnes e aves, com a

tendência de aumentar cada vez mais.

A irradiação consiste em submeter um alimento, já embalado ou não, a uma

radiação ionizante, geralmente raios alfa, beta, gama, raios X e nêutrons, por um

tempo estabelecido e que devem ser suficientemente altas para produzir pares de

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íons e excitar átomos e moléculas. Tem como principal objetivo garantir a segurança

radiológica, toxicológica, microbiológica e qualidade nutricional, através de

alterações no processo fisiológico dos tecidos das plantas. 

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2. Justificativa

Hoje em dia a irradiação promete melhorar nossa habilidade de conservar os

alimentos e, ao mesmo tempo, reduzir a incidência de algumas doenças próprias

dos mesmos.

Além da preocupação com a contaminação microbiana, também aumentam as

exigências mundiais de qualidade dos alimentos. Assim, os problemas com

armazenamento, transporte e processamento de alimentos exigem a busca de

métodos alternativos de preservação.

Estima-se que de um quarto a um terço da produção mundial de alimentos seja

perdida devido a pragas, insetos, bactérias, fungos e enzimas que comem, estragam

ou destroem as colheitas. 

É incalculável a magnitude da perda econômica associada a doenças originárias

de alimentos e à rejeição de alimentos contaminados por parasitas e

microorganismos patogênicos. 

Métodos novos e efetivos são necessários para aumentar a oferta de alimentos

sadios e seguros, para uma população mundial em expansão.

Entre 1964 e 1997, a Organização Mundial de Saúde acompanhou o resultados

desses estudos, em conjunto com Organização das Nações Unidas para Agricultura

e Alimentação (FAO) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA),através

de uma série de reuniões com especialistas de diversos países do mundo. Na última

reunião em setembro de 1997, a conclusão final foi divulgada: a OMS aprova e

recomenda a irradiação de alimentos, em doses que não comprometam suas

características organolépticas, sem a necessidade de testes toxicológicos. De lá

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para cá, a irradiação de alimentos foi aprovada pelas autoridades de saúde de 40

países.

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3. Objetivos

3.1 Objetivo Geral

Desenvolver um estudo com base na literatura dos ultimos 20 anos sobre a

importância e a diferença entre um alimento irradiado e outro não para a sociedade.

3.2 Objetivos Específicos:

Elaborar programas de conscientização com amplas informações sobre os

produtos irradiados, para que as pessoas que são contra verifiquem que se trata de

um alimento muito saudável e com melhor qualidade.

Pesquisa em relação a segurança e a qualidade dos produtos irradiados que

as pessoas ingerem, a controle de doenças originárias de alimentos e o tempo que

levaram para se deteriorizar, mantendo o mesmo nível de valor nutricional, sabor e

textura.

(Simular)Irradiar alimentos como a banana, morango e batata, para mostrar

os resultados da amostragem com irradiação e sem irradiação, evidenciando as

diferenças de técnicas de conservação.

Relacionar as atividades do Tecnólogo em Radiologia com as atribuições do

ramo alimenticío.

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4. Revisão de Literatura

Histórico da irradiação dos alimentos

A idéia da utilização da radiação ionizante na preservação de alimentos veio

depois da descoberta dos raios X por Röentgen e da radioatividade por Becquerel

em, aproximadamente, 1895. Em 1900, documentos foram emitidos para os Estados

Unidos e Reino Unido descrevendo o uso da radiação ionizante para destruir

microrganismos nos alimentos. Desde 1905, quando apareceu a primeira aplicação

real destes conhecimentos, a patente inglesa foi concedida para J. Appleby e A.J.

Banks por proporem o tratamento de alimentos, especialmente cereais, com raios

alfa, beta ou gama, potencializando a redução da incidência de doenças e a

eliminação de pestes nos alimentos primeiramente estudados sobre os benefícios da

radiação ionizante. B. Schwartz, do Departamento de Agricultura dos Estados

Unidos, publicou os resultados do uso dos raios X na carne de porco, inativando

Trichinella spirallis em 1921. Porém, nenhum destes propósitos levou a uma

aplicação prática, simplesmente porque as fontes de irradiação (tubos de raios X ou

isótopos radioativos) não eram bastante intensas naquela época para tratar

alimentos em quantidades comerciais.

A intervenção de figuras públicas do cinema e entretenimento convenceu o

congresso americano a manter sob rigoroso controle a irradiação de alimento, isto é,

o tratamento por radiação ionizante deve ser considerado como um “tratamento

adicional”. Esta parte da lei de 1958, conhecida como a cláusula de Delaney,

assegurou que nenhum alimento irradiado poderia ser aprovado para o consumo

sem passar por um longo procedimento. Desse modo, os alimentos assim tratados

requeriam um longo período para serem pesquisados e requeridos pela Food and 6

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Drug Administration (FDA) e pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

(USDA) e somente depois de muitos meses ou anos seriam avaliados. Após 1961, o

programa de pesquisa e de desenvolvimento da radiação de alimento do

Departamento Norte-americano do Exercito, teve como prioridade classificar os prós

e contras dos alimentos irradiados. Em junho de 1965, em uma audiência do comitê

de energia atômica, foi estabelecido que todos os alimentos irradiados com doses

até 5,6 Mrad (56 kGy) usando fonte de cobalto-60 ou elétrons com energias de até

10 MeV eram seguros e adequados nutricionalmente para o consumo. Cada

possibilidade de dano foi considerada com cuidado, mas nenhuma foi encontrada.

Os alimentos irradiados foram aprovados pelas autoridades de saúde em 40 países,

entre eles o Brasil. Entre 1965 e 1970, foi criada uma comissão conjunta de peritos

em irradiação de alimentos. A Organização Mundial de Saúde (WHO) em acordo

com a Food and Agricultural Organization (FAO) e a Agência Internacional de

Energia Atômica (IAEA), formaram o Joint FAO/IAEA/WHO Expert Commitee on

Wholesomeness of Irradiated Food (JECFI) destinada a avaliar a qualidade e

segurança dos alimentos irradiados. A utilização da técnica de irradiação de

alimentos foi aprovada sem limites de doses, isto é, até uma dose compatível com

as propriedades organolépticas dos alimentos. As autoridades de saúde

internacionais concluíram que todos os alimentos irradiados eram seguros sem a

necessidade de testar o nível toxicológico dos mesmos. Os cientistas pensaram

durante três décadas na irradiação de alimentos como um aditivo alimentar ao invés

de um processamento de alimento, o que por acabou por penalizar o andamento das

pesquisas atrasando-as por mais de 30 anos. Por outro lado, durante este tempo,

cientistas tentavam convencer a comunidade cientifica de todo o mundo que a

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irradiação de alimentos possuía um papel importante no combate à fome e às

doenças. Em 1980, o JECFI alcançou seus objetivos ao documentar, com base em

estudos toxicológicos e químicos, que a irradiação de qualquer alimento até uma

dose total de 10 kGy não representa qualquer problema toxicológico e que esta não

induz a problemas nutricionais ou microbiológicos. Estas recomendações foram

adotadas pela comissão do Codex Alimentarius com a edição do “Codex General

Standard for Irradiated Foods” (FAO, 1984a) e de um “Recommended International

Code of Practice for the Treatment of Food” (FAO, 1984b). Desde então tem

aumentado o número de países e de instalações onde se tratam alimentos com

radiação ionizante. Na Argentina, China, Estados Unidos e Croácia é permitida uma

dose máxima de 30 kGy. A proibição da utilização de produtos químicos

esterilizantes, desinfetantes ou fumigantes deixa poucas alternativas, e a

importância deste método deverá aumentar com a diminuição entre a real

capacidade produtiva e as necessidades mundiais de alimentos. No Brasil, as

primeiras pesquisas com irradiação de alimentos foram feitas da década de 50, pelo

Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), em Piracicaba (SP). Mesmo com

a permissão, em 1985, do uso da irradiação para conservação de alimentos, os

estudos se restringiram quase que exclusivamente às instituições de pesquisas, uma

vez que o País contava com um número restrito de especialistas. Existe

regulamentação sobre irradiação de alimentos desde 1973 e portarias

complementares foram editadas em 1985 e 1989. A Portaria nº 09 de 08 de março

de 1985, determinava as normas gerais sobre irradiação de alimentos. Ela prevê o

limite superior de irradiação de 10 kGy, a lista dos produtos aprovados para

irradiação e suas respectivas doses. Atualmente, todas as normas para o emprego

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desta tecnologia estão descritas na Resolução nº 21 de 26 de janeiro de 2001,

aprovada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que não restringe

quais alimentos podem ser irradiados desde que a dose máxima absorvida seja

inferior àquela que comprometa as qualidades funcionais e sensoriais do alimento e

que a dose mínima seja suficiente para alcançar o objetivo pretendido (Brasil, 2001).

Também por intermédio da Resolução RDC nº 21, ficou estabelecido que todo

produto tratado por energia ionizante deve ser rotulado, e em seu rótulo deve

constar a frase: “alimento tratado por processo de irradiação” assim como o símbolo

internacional do uso da radiação ionizante , a radura, ilustrada na figura abaixo

Como ocorre o processo de irradiação

As radiações nucleares são emitidas, principalmente nas formas de partículas

alfas, partículas betas ou radiações gamas. As fontes de radiação ionizantes

empregadas em alimentos são isótopos radioativos emissores de radiação gama,

como o Cobalto-60 e o Césio 137, os raios X gerados por máquinas que trabalham

com energia de até 5MeV e elétrons gerados por máquinas que trabalham com

energia de até 10MeV. A radiação gama pode ser utilizada na inibição de

brotamento de batatas e cebolas, para retardar o amadurecimento de frutas e

vegetais e para a pasteurização e esterilização de vários produtos alimentícios

devido a sua alta capacidade de penetração. Por outro lado, a irradiação produzida

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pelos feixes de elétrons e raios X apresenta baixo poder de penetração o que

dificulta seu emprego na área de alimentos.

Apesar das várias fontes de radiação existentes, na irradiação de alimentos utiliza-

se principalmente como fonte de radiação gama o isótopo Cobalto-60, obtido pelo

bombeamento com nêutrons do metal Cobalto-59 em um reator nuclear. O Cobalto-

60 é o mais utilizado comercialmente em todo mundo por sua disponibilidade, custo,

apresentar-se na forma metálica e ser insolúvel em água, proporcionando com isso

maior segurança ambiental.

A irradiação é um método de pasteurização a frio (sem produção de aquecimento)

utilizado para controlar doenças de origem alimentar causadas por microrganismos

patogênicos, parasitas, especialmente em alimentos que são consumidos crus ou

parcialmente processados, além de apresentar característica única de poder ser

aplicada em alimentos congelados. É um processo físico de tratamento comparável

à pasteurização, ao congelamento ou enlatamento. Este processo envolve a

exposição do alimento, embalado ou não, a um dos três tipos de energia ionizante:

raios gama, raios X ou feixe de elétrons. Isto é feito em uma sala ou câmara especial

de processamento por um tempo determinado. O alimento é tratado por raios gama

originados do Cobalto 60 em uma instalação conhecida como irradiador.

A energia gama do Cobalto 60 pode penetrar no alimento causando pequenas e

inofensivas mudanças moleculares que também ocorrem no ato de cozinhar, enlatar

ou congelar. De fato, a energia simplesmente passa através do alimento que está

sendo tratado e, diferentemente dos tratamentos químicos, não deixa resíduo. A

irradiação é chamada de "processo frio" porque a variação de temperatura dos

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alimentos processados é insignificante. Os produtos que foram irradiados podem ser

transportados, armazenados ou consumidos imediatamente após o tratamento.

A irradiação funciona pela interrupção dos processos orgânicos que levam o

alimento ao apodrecimento. As formas de radiação utilizadas no processo de

irradiação do alimento provocam ionização, ou seja, criam cargas positivas ou

negativas; a formação dessas cargas resulta em efeitos químicos e biológicos que

impedem a divisão celular em bactérias, e de células de organismos superiores, pela

ruptura de sua estrutura molecular. No processo, são rompidas células microbianas,

tais como bactérias, leveduras e fungos. Além disso, parasitas, insetos e seus ovos

e larvas são mortos ou se tornam estéreis. Os níveis de energia utilizados para se

conseguir esse efeito não são suficientes para induzir radioatividade nos alimentos.

O alimento, em hipótese alguma, entra em contato com a fonte de radiação.

A quantificação das doses de radiação se faz em função da energia absorvida pelo

produto irradiado. A unidade de medida utilizada é o Gray (Gy) ou quilogray (kGy) e

um Gray equivale a um Joule de energia por quilograma de alimento irradiado.

As técincas aplicadas são:

Radurização ( < 1kGy) : Usada para inibir brotamentos (batata, cebola,

alho,etc), retardar o período de maturação e de deterioração ocasionado por fungos

em frutas e hortaliças, e controle de infestação por insetos e ácaros em cereais,

farinhas, frutas, etc. Proporciona uma maior vida de prateleira, sem a necessidade

da utilização de inibidores químicos de brotamento e fungicidas químicos,

prevenindo também a disseminação de pestes de insetos.

Radicidação (1kGy - 10kGy): Objetiva a pasteurização de sucos, retardo da

deterioração de carnes frescas, controle de Salmonella em produtos avícolas, etc.

Também aumenta o tempo de prateleira do alimento.

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Radapertização (10kGy - 45kGy):Usado na esterilização de carnes, outros

produtos processados, destruindo microrganismos que contaminam e promovem

estrago de alimentos, incluindo os formadores de esporos como o Clostridium

botulinum.

A resistência está relacionada com vários fatores como temperatura, meio em

que o microrganismo se encontra (mais complexo ou menos complexo, como um

meio líquido, por exemplo), atmosfera, tipos de células (Gram positiva ou Gram

negativa), idade fisiológica das células.

Doses aplicadas nos alimentos e seus efeitos:

TIPO DE ALIMENTO DOSE (kGy) EFEITO

Carne, frango, peixe, marisco,

algumes vegetais e alimentos

preparados 20 a 70

Esterilização. Os produtos

tratados podem ser armazenados.

(~ temperatura ambiente)

Especiarias e outros temperos 8 a 30

Reduz o número de

microorganismos e destrói insetos.

Carne, frango e peixe 1 a 10

Retarda a deterioração. Mata

alguns tipos de bactérias

patogênicas (Salmonela).

Morango e outras frutas 1 a 4

Aumenta o tempo de prateleira,

retarda o aparecimento de mofo.

Grãos frutas e vegetais 0,1 a 1

Mata insetos ou evita sua

reprodução. Pode substituir,

parcialmente, os fumigantes.

Banana, abacate, manga,

mamão e outras frutas não

0,25 a 0,35 Retarda a maturação.

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cítricas

Carne de porco 0,08 a 0,15 Inativa a Trinchinela.

Batata, cebola e alho 0,05 a 0,15 Inibe o brotamento.

FONTE: LIARE - CENA/USP

De acordo com os dados obtidos em estudo realizado pelo Laboratório de

Irradiação de alimentos e Radioentomologia (CENA/USP), podemos comparar a vida

útil dos alimentos sem e com a irradiação, podendo este método aumentar o período

em 23 dias ou até 2 anos a mais.

Produto

Vida útil sem

irradiação

Vida útil com

irradiação

Alho 4 meses 10 meses

Arroz 1 ano 3 anos

Banana 15 dias 45 dias

Batata 1 mês 6 meses

Cebola 2 meses 6 meses

Farinha 6 meses 2 anos

Legumes e Verduras 5 dias 18 dias

Papaia 7 dias 21 dias

Manga 7 dias 21 dias

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Milho 1 ano 3 anos

Frango refrigerado 7 dias 30 dias

Filé de pescada refrigerado 5 dias 30 dias

Morango 3 dias 21 dias

Trigo 1 ano 3 anos

FONTE: LIARE - CENA/USP

A importancia da Irradiação de alimentos

Desde os primeiros tempos, as pessoas procuram cuidar melhor de seus

alimentos utilizando variados métodos de preservação, de modo a controlar a sua

deterioração, a transmissão de doenças e a infestação de insetos. Através dos

séculos, as técnicas de preservação de alimentos foram se desenvolvendo com o

aumento do conhecimento científico. Métodos novos e eletivos são necessários para

aumentar a oferta de alimentos sadios e seguros, para uma população mundial em

expansão.

Como grande ícone do processamento tecnológico, conservação é a arte que

consiste em manter o alimento o mais estável possível, mesmo em condições nas

quais isso não seria viável. Quando falamos em conservar os alimentos precisamos

pensar em três características, são elas: físicas, químicas e biológicas.

Assim, dizemos que conservar é manter as características do alimento

estáveis, por isso, é importante ressaltar que o alimento a ser conservado precisa

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chegar à etapa de conservação com boa qualidade, uma vez que o processo de

conservação não reverte o quadro de deterioração já iniciado, podendo apenas

retardá-lo.

Quando irradiamos os alimentos, na verdade, estamos submetendo-os a

doses minuciosamente controladas de uma radiação particular, a radiação ionizante.

A irradiação de alimentos é um tratamento que consiste em submeter os alimentos,

já embalados ou a granel, a uma quantidade minuciosamente controlada de

radiação ionizante, por um tempo prefixado e com objetivos bem determinados. O

processo não aumenta o nível de radioatividade normal dos alimentos.

O objetivo é aumentar a vida útil (shelf life) de produtos alimentícios para

auxiliar em processos de distribuição e comercialização. Entre as vantagens da

utilização da tecnologia está a não formação de resíduos, a menor perda nutricional

e a pouca alteração no sabor dos alimentos. Outra vantagem é possibilitar que os

frutos sejam colhidos com maturação mais avançada, quando todas suas

características de sabor e aparência externa estejam completamente desenvolvidas.

Somando-se ainda o fato dos frutos poderem ser irradiados já na embalagem final, o

que evita o risco de nova contaminação após processamento. Além disso, o

incremento em tempo de conservação também é sentido pelo principal ator no

cenário comercial, o consumidor.

A irradiação de alimentos é importante nos dias atuais, pois de acordo com a

dose de aplicação, ela pode duplicar ou triplicar o tempo de estocagem de produtos

alimentícios, permitindo seu transporte por longas distâncias. O tratamento por

irradiação pode ser aplicado para inibir brotamento (para bulbos e tubérculos),

retardar a maturação e senescência, ou seja, envelhecimento (frutas e legumes),

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redução de carga microbiológica (carnes, frutas e legumes), eliminação de parasitas

e pragas (grãos, cereais, frutas e especiarias) e esterilização (alimentos prontos

para o consumo, conservados em temperatura ambiente). A irradiação de alimentos

não causa prejuízos ao alimento no que tange a formação de novos compostos

químicos que poderiam transmitir doenças ao ser humano quando da sua

ingestão. Além disso, a irradiação é também promovida como um substitutivo para o

brometo de metila, um agrotóxico usado para controlar os insetos, as ervas daninhas

e os patogênicos em mais de cem culturas, que está sendo deixado de lado porque

deteriora a camada de ozônio.

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5. Metodologia

Este trabalho será realizado com pesquisas bibliográfica, em livros,

periódicos, teses e dissertações. Com pesquisa de campo, envolvendo alunos da

Graduação de Enfermagem, da Faculdade CBES, do 4º periodo. E uma visita às

empresas que realizem o processo de irradiação de alimentos (ainda nçao

disponivel o nome da empresa).

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6. Orçamento

Itens Quantidade

Valor

Unitário Total

Resma A4 1 R$ 14,90 R$ 14,90

Grampeador 1 R$ 12,90 R$ 12,90

Caixa de Grampos 1 R$ 3,00 R$ 3,00

Tonner para

Impressora 1 R$ 70,00 R$ 70,00

Transpote

R$

500,00

Alimentação

R$

300,00

Caixa de Cd

virgem 1 R$ 12,00 R$ 12,00

Total

R$

912,80

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7. Cronograma

  8/10 9/10 10/10 11/10 12/10 1/11 2/11 3/11 4/11 5/11 6/11 7/11 8/11 9/11 10/11 11/11

Revisão de

Literatura x x X x x x x x x x x x x x x x

Coleta de

Dados               x x x x          

Construção

do Artigo                       x x x x x

Apresentaçã

o                               x

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Page 20: Pré - projeto

8. Revisão Bibliográfica

1. GIL, Antonio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo:

Atlas. 1994

2. ECO, Humberto. Como se faz uma Tese. São Paulo: Perspectiva, 1999.

3. BLUMER, Lucimara. Lemma, Juliana. Alcarde, Andre Ricardo. Radiação

Gama na Conservação do Suco Natural de Laranja. Scientia Agricola,

p.1193-1198, out./dez. 1999. Suplemento

4. A series of Fact Sheets from the International Consultative Group on Food

Irradiation (ICGFI). Benefits of food irradiation. p. 9 – 15. 1999. Periódco

5. ALMEIDA, Ana P. G. Avalição da Influência do Processo de Irradiação em

Especiarias Utilizando a Técnica de Irradiação. Dissertação de Pós

Graduação de Engenharia Da UFRJ como parte dos requisitos necessários

para a obtenção do grau de mestre em ciências em engenharia nuclear. p. 7-

10; 20-22; 24; set/2006

6. KOOIJ. J. Van. Food irradiation makes progress. Food and Agriculture. V

26. N. 2. p. 17-21. Periódico

7. RDC 21 de 26 de janeiro de 2001. Disponivel em>

http://www.engetecno.com.br/port/legislacao/geral_alim_irradiados.htm.

Acessado em 03/12/2010, as 11:01.

8. CBE - Tecnologia em esterilização. Disponivel em>

http://www.cbesa.com.br/?p=alimentos. Acessado em 07/12/2010, as 23:07

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Page 21: Pré - projeto

9. Cnem - Irradiação de alimentos - Meios de Utilização. Disponível em>

http://www.cnen.gov.br/ensino/aplic-soc.asp. Acessado em 08/12/2010, as

01:02

10.Medicina avançada Dra shirley de campos. Técnicas de Irradiação de

Alimentos. Disponivel em>

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/2258. acessado em

08/12/2010, as 01:33.

11.Concervação de alimentos. Disponível em>

http://www.cena.usp.br/irradiacao/index.asp. Acessado em: 09/12/2010, as

00:24.

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