Precificação de Riscos Segurados e Constituição de Reservas Técnicas Legais - Notas de Aula

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As Notas de Aulas do Curso de Ciências Atuariais possibilitam aos alunos ter um maior conhecimento à respeito dos processos de Gerenciamento de Riscos para a precificação das perdas.

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    Precificao de riscos segurados e constituio de Reservas Tcnicas Legais

    (Provises)1

    Prof. Eng. Antonio Fernando Navarro, M.Sc.2

    Nota: O curso est definido para ocorrer ao longo de 60 horas de aulas. Assim, por estratgia, foi dividido

    em mdulos, cada qual contendo temas especficos, necessrios compreenso do mdulo seguinte, aps o

    qual, apresentados todos os mdulos, os alunos tenham o conhecimento bsico da compreenso no s das

    tcnicas de gerenciamento de riscos, como tambm da obrigatoriedade de constituio das reservas

    necessrias para o pagamento de sinistros cobertos pelas aplices de seguros.

    1 Mdulo Riscos

    a) Precificao dos Custos dos Acidentes

    Definies:

    I. Precificao: o mesmo que atribuir-se um preo ou valor a um bem, ou responsabilidades

    assumidas atravs de um contrato formal com uma seguradora.

    II. Custos: So todas as perdas ou prejuzos havidos em decorrncia de um acidente acobertado

    por uma aplice de seguros.

    III. Acidente: qualquer evento sbito ou imprevisvel que possa representar uma perda parcial

    ou total ao bem segurado.

    IV. Acidente: um evento sbito e imprevisvel, causador de perdas ou danos, reparveis ou

    no, para o qual no tenha contribudo, por omisso ou negligncia, direta ou indiretamente,

    o prprio segurado ou aquele que se beneficia, direta ou indiretamente dos resultados do

    acidente.

    b) Definies de Riscos

    Risco o evento dentro de um cenrio ou conjunto de cenrios, que apresenta

    elevado potencial de vir a ser a causa de acidentes acobertveis ou no por seguros. Para ser objeto

    de cobertura de seguros dever apresentar algumas peculiaridades, quais sejam:

    1 Estas Notas de Aula, aplicadas no Curso de Cincias Atuariais da Universidade Federal Fluminense, fazem parte do

    Livro Gerenciamento de Riscos Industriais, elaborado pelo Eng. Antonio Fernando Navarro, registrado na Biblioteca Nacional, Ministrio da Cultura, Escritrio de Direitos Autorais, Certificado de Averbao n 123.087, Livro 180, fls. 202, em outubro de 1996. Toda e qualquer citao, parcial ou no de seu contedo deve ser citada a fonte, sob pena de admisso de plgio, sujeitando-se o infrator s penas da Lei. 2 Graduao em Licenciatura em Fsica e Matemtica pela UERJ (Ex UEG), Graduao em Engenharia Civil (USU), Especializao em Construo de Estradas e Pontes, Ps Graduao em Engenharia de Segurana do Trabalho e em Proteo de Sistemas Eltricos (UFRJ), Especialista em Gerncia de Riscos (Coordenador e Professor em Cursos de Gerenciamento de Riscos Industriais, Gerncia de Riscos, Segurana Industrial) tendo ministrado aulas na FUNDACENTRO, FUNENSEG, Convnio FUNENSEG/PUC-Rio, Ncleo de Treinamento Tecnolgico, Sistema CNI, Professor do Curso de Cincias Atuariais da Universidade Federal Fluminense.

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    Ser futuro sua manifestao dever ocorrer em um tempo futuro e no perodo de cobertura

    contratada atravs de aplice de seguros;

    Ser possvel [somente aps a manifestao das perdas ou danos provocadas pelo risco que se

    pode compreender as caractersticas dos riscos quanto sua possibilidade de ocorrncia,

    possibilitando a contratao de seguros. Assegurar-se algo impossvel de ocorrer seria um

    desvio da atividade seguradora];

    Ser incerto [a incerteza diz respeito ao momento no qual o risco poder se manifestar. Uma das

    caractersticas dos riscos puros a aleatoriedade das ocorrncias];

    Ser independente da vontade das partes [tanto o contratante do seguro quanto a seguradora no

    podero contribuir para a ocorrncia das perdas ou danos. O segurado, quando no realiza a

    manuteno requerida para os bens segurados ou os expe a riscos desnecessrios est

    contribuindo ou possibilitando que o risco se manifeste. Havendo a ocorrncia de uma perda ou

    dano e o segurado foi direta ou indiretamente o causador dessa perda ou da ocorrncia do

    sinistro deixa de ser involuntria, uma das peculiaridades que devem existir para que seja

    emitida a aplice de seguros, ou cobertura contra os riscos];

    Ser capaz de gerar perdas e ou danos [se no houver meios de se precificar as perdas ou danos

    no se poder estabelecer um valor de indenizao];

    Serem as perdas e ou danos mensurveis [a mensurao das perdas possibilita que a seguradora

    tenha meios de conhecer e avaliar os riscos e de promover o ressarcimento ou indenizao ao

    segurado];

    Estar acobertado por uma aplice de seguros [sem a qual no ser objeto de anlise dos gerentes

    de riscos das seguradoras, os quais, com suas atividades apresentam elementos para que os

    underwriters ou subscritores dos riscos possam aceita-los].

    c) Precificao dos Custos dos Riscos

    A cada risco podem estar associadas uma ou mais circunstncias ou eventos,

    tambm ditos cenrios crticos. O evento que principia o surgimento dos riscos nominado de

    evento perigoso ou, simplesmente, perigo. Em um raciocnio reverso, um evento perigoso pode ser

    devido a vrios riscos que atuem isoladamente ou em conjunto, os quais podem gerar vrias

    consequncias, redundando ou no em perdas e ou danos, segurveis ou no. Exemplificando, a

    travessia de uma larga avenida com o sinal de pedestres fechado e um ato perigoso. Um dos riscos

    que pode estar associado o do atropelamento. Trocar uma lmpada queimada sem se certificar

    antes que a instalao eltrica esteja desligada uma ao perigosa. Um dos riscos o do choque

    eltrico. Outro risco, que pode ou no estar associado ao primeiro o da quebra da lmpada

    causando cortes, ou mesmo da queda de quem est trocando a lmpada da cadeira ou escada. Como

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    ainda est se tratando do risco, enquanto cenrio, pode-se ampliar o raciocnio para situaes

    onde os eventos ocorram quase que de modo sequencial, como se ver a seguir: uma determinada

    empresa elabora um projeto de ampliao de sua rea de produo. Na impossibilidade de se

    adquirir os equipamentos principais idnticos aos j existentes, insere-se no projeto equipamentos

    similares que no apresentam a mesma eficincia, requerendo-se maiores cuidados, principalmente

    de inspeo. Nessas circunstncias o projeto concludo e as instalaes so postas a rodar. Em

    decorrncia de um plano de manuteno falho esses especficos equipamentos passam a apresentar

    pequenos problemas que no impactam na produo (vibrao, calor anormal, perda de rotao,

    etc.). Na ampliao das instalaes no se segregou a alimentao eltrica dos novos equipamentos,

    e no houve redimensionamento de carga eltrica. Nesse cenrio, passaram a ser comuns curtos

    circuitos, sem gerar muitas perdas. Em um segundo estgio as instalaes eltricas comearam a

    ficar mais aquecidas. Como no foi montada uma nova instalao no se percebia visualmente o

    que estava ocorrendo. Assim, os equipamentos passaram a operar com problemas de alimentao

    eltrica, sobrecarregados, com possibilidade de curtos circuitos frequentes, que, por fim,

    provocaram a queima dos motores e a interrupo daquele trecho da nova linha de produo. Na

    primeira extremidade do processo, tem-se um projeto que no levou em considerao as

    caractersticas dos equipamentos que eram necessrios. No se identificou a necessidade de uma

    nova instalao eltrica, no se realizou inspees peridicas e a consequncia foi a da paralizao

    dos equipamentos. Nesse sequenciamento de problemas alguns ficaram fora do controle ou da

    falta de percepo das pessoas, que tendem a examinar quase sempre as reas crticas e no o

    conjunto das instalaes.

    A precificao a atribuio de valor perda decorrente de acidente

    acobertvel. Existem vrios modos de se atribuir valor a um bem. No presente Curso o valor ser

    obtido de maneira indireta, como se ver adiante, aplicando-se os conceitos de Severidade de Perdas

    aos de Frequncia de Ocorrncias de Acidentes, e comparando-se esses ao Valor do Bem Segurado,

    fornecido pelo Segurado, ou obtido atravs de pesquisas mercadolgicas. De forma indireta no se

    obtm o valor definido na aplice, mas sim somando-se as importncias seguradas das coberturas

    contratadas. A distino entre Perda e Dano a seguinte:

    Perda quando o bem passa a ser imprprio para o uso a que era destinado, e

    Dano todo o prejuzo sofrido que seja passvel de indenizao.

    2 Mdulo Gerenciamento de Riscos

    Gerenciamento de riscos um processo contnuo de busca de defeitos, ou de

    quase-defeitos, com vistas sua preveno. Esses defeitos so chamados riscos.

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    Risco uma chance de perda e provavelmente, o mais importante degrau no

    processo de identificao e gerenciamento das perdas.

    A qualificao a identidade do risco. A quantificao a determinao do

    valor da perda, expressa em um percentual do valor dos bens, percentual esse que depender da

    anlise dos riscos. A quantificao representa o quantum do bem poder se encontrar exposto aos

    riscos (em uma avaliao de Gerenciamento de Riscos) ou foi perdido em decorrncia de um

    sinistro acobertvel (reclamao do sinistro).

    Figura 1 A figura, ao contrrio do que possa parecer, ilustra que ao se comprimir as taxas, para

    a reduo dos custos com o seguro, os riscos tambm devero ser comprimidos, pois que so

    relaes diretamente proporcionais. (AFANP)

    A palavra Riscos d margem a uma srie de interpretaes. Entretanto, est

    sempre associada a um insucesso ou a um perigo, assim como representa sempre algo inespervel.

    Podem ser encontrados riscos em uma srie de atividades, como em:

    procedimentos cirrgicos;

    atividades industriais;

    operaes financeiras;

    construes;

    montagens industriais;

    implantao de empreendimentos;

    atividades domsticas, etc..

    Evento aleatrio todo evento capaz de ocorrer em determinada atividade.

    Ocorrendo passa a ser um evento certo, e, aquele que no tem condies de ocorrer considerado

    um evento impossvel. Quando o evento aleatrio se manifesta gerando perdas e ou danos,

    implicando em prejuzos financeiros, passa a ser denominado de risco. Para as Seguradoras a

    palavra risco pode representar:

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    o prprio segurado, contratante do seguro [empresa Xis];

    atividade principal exercida no empreendimento industrial [siderurgia];

    edificao segurada [condomnio do Edifcio das Flores];

    eventos que possam atingir o patrimnio acobertado por uma aplice [incndio, queda de raios,

    exploso, vendaval, etc.];

    modalidades de seguros [seguro de incndio, transportes, riscos de engenharia, vida e outros.]

    Para que a definio de Risco, mirando-se tambm para as consequncias do

    mesmo, fique mais clara, o insucesso traduzido como um fato gerador de perdas materiais,

    financeiras, de responsabilidades, de imagem ou pessoais. Os Riscos podem ser classificados em:

    voluntrios;

    acidentais;

    aleatrios;

    a) puros ou especulativos.

    i. Riscos Voluntrios so os incorridos conscientemente pela empresa, o qual traduz a

    participao humana no evento, enquadrando-se na categoria dos Riscos Puros. Uma criana

    que acende uma fogueira est praticando um risco voluntrio, porque ela assim o quer, ou

    seja, deseja acender o fogo. Pode estar praticando o ato de forma consciente ou no. Assim

    como pode no ter o conhecimento ou experincia de que poder se queimar.

    ii. Riscos Acidentais so os riscos ocorridos sem que tenha havido contribuio voluntria para

    tal. Eventos como: desabamento de um prdio, alagamento de um ptio de estocagem so

    riscos acidentais. Os riscos a que esto sujeitos os construtores so tambm riscos acidentais.

    Para que no haja conflito de interpretao os riscos acidentais podem ser enquadrados dentro

    das caractersticas daqueles decorrentes das atividades normais de uma empresa, gerados

    acidentalmente. Da mesma forma como nos riscos voluntrios, os riscos acidentais tambm

    so riscos puros.

    iii. Riscos Puros so aqueles onde h somente duas possibilidades: perder ou no perder. No

    existe a chance de nada acontecer, ou seja, quase que o risco materializou-se ou no. Essa

    caracterizao de riscos aplica-se queles nos quais os clculos atuariais resumem-se na

    precificao e definio das reservas tcnicas ou na negativa de cobertura de seguros, isso

    porque, assegurar-se um risco que no ocorrer passa a ser uma operao no tica.

    iv. Riscos Especulativos so aqueles onde h probabilidade de ocorrncia de perda, da no perda

    ou do ganho. O risco especulativo diferenciado dos demais riscos por possuir um

    componente adicional de ganho, componente esse inexistente nas outras categorias de

    eventos. Em um jogo, qualquer que seja ele, pode-se perder, pode-se ganhar e pode-se no

    perder se no houver a participao do jogador. Por exemplo, a anlise de um

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    empreendimento imobilirio, em lanamento, um risco especulativo, j que o mesmo poder

    redundar num ganho. Aplicaes em mercados financeiros tambm so riscos especulativos.

    v. Riscos Estticos so todos aqueles que cuja efetivao pressupe uma perda ou uma reduo

    do patrimnio humano ou material da empresa. A determinao da gravidade dos riscos

    estticos deve ser feita partindo-se dos seguintes dados:

    aleatoriedade das ocorrncias de perdas;

    frequncia das ocorrncias;

    valores mdios das perdas;

    valores acumulados de perdas previsveis e esperadas;

    perda mxima possvel, e outros dados estatsticos.

    Ao se analisar a frequncia das ocorrncias que provocam perdas ou danos,

    quantificando-a, e associando-as extenso provvel das perdas verificadas tem-se a gravidade ou

    severidade do risco. Assim, poder existir a determinao do risco, em termos numricos.

    vi. O Risco de Obras de Arte (fine arts) (Carteira de Riscos e Ramos Diversos) assume

    caractersticas especulativas, por se tratar de bens cuja valorizao tende a ser especulativa,

    em decorrncia de uma srie de fatores. P.ex.: qual deveria ser o valor das pinturas

    existentes no Teto da Capela Sistina, no Vaticano, caracterizado por um extenso afresco,

    concebido por Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, entre 1508 e 1512, pedido do

    Papa Jlio II, considerado um marco da Alta Renascena. Imaginando-se que esse conjunto

    de pinturas estivesse venda, qual seria o valor do mesmo? Tudo o que pudesse ser

    repintado certamente no o seria por Michelangelo. Assim, a obra passa a no ter um preo

    especfico.

    vii. Riscos Dinmicos so os derivados da atividade financeira especulativa. A determinao da

    magnitude ou da gravidade dos riscos deve ser feita partindo-se dos seguintes dados:

    aleatoriedade das ocorrncias de perdas [uma condio aleatria aquela que depende

    de circunstncias ocasionais, depende do prprio acaso, que assume caractersticas

    casuais, fortuitas ou mesmo contingentes];

    frequncia das ocorrncias [frequncia aqui tratada encontra-se relacionada

    periodicidade das ocorrncias, podendo ser estimada como uma determinada quantidade

    de eventos que se manifestaram em um intervalo de tempo];

    valores mdios das perdas [valor mdio, ou mdia amostral de uma varivel de tipo

    quantitativo, a mdia dos dados que se obtm quando se observa essa varivel sobre

    todos os elementos da amostra que se assume como finita];

    valores acumulados de perdas previsveis e esperadas; [o montante de valores

    estocados para possvel indenizao aos sinistros reclamados devem estar em uma

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    reserva especfica definida pela SUSEP. Afora isso, essa informao importante para

    que o Aturio e o Responsvel pelas finanas da seguradora possam reavaliar a

    qualidade das carteiras de seguros]

    perda mxima possvel, e outros dados estatsticos. [a PMP uma das ferramentas de

    trabalho pouco utilizadas para o dimensionamento dos limites tcnicos de aceitao dos

    riscos e para a previso dos sinistros futuros, pois que para obt-la com razovel

    margem de erro necessrio grande conhecimento das tcnicas de identificao e

    precificao dos riscos]

    A palavra aleatrio, quando relacionada a Riscos, diz respeito ao

    comportamento do risco, assim como pode estar associada "especulao". Por exemplo, quanto

    valer um apartamento em um edifcio construdo em um trecho de uma determinada estrada? A

    resposta mais imediata a busca do valor de reposio ou de reconstruo do bem. Se nas

    proximidades desse prdio vier a ser instalado um projeto que agregue valor edificao essa uma

    informao especulativa, e que, certamente, no influenciar nos custos de reparao, reproduo

    ou reconstruo, que dizem respeito aos valores dos materiais utilizados na construo e dos custos

    de mo-de-obra empregada para a construo. So riscos ocorridos sem a participao humana, tais

    como: terremotos, tremores de terra naturais, vendavais, furaces, enchentes, inundaes.

    Os riscos aleatrios tambm so conhecidos como riscos da natureza. [A

    aleatoriedade dos riscos (algo que depende das circunstncias da existncia dos riscos, ou mesmo

    do acaso; casual ou fortuito, contingente) indica que no podem ser previstos. Atualmente j se

    pode prever a probabilidade de ocorrncia desses riscos, com margens de erro bastante reduzidas.

    Em nvel de condies atmosfricas as anlises podem indicar previses com at 7 dias de

    antecedncia, com margens de erro inferiores a 15%. Computadores mais poderosos conseguem

    aumentar o percentual de confiabilidade das informaes, auxiliando em muito os agricultores em

    suas tarefas]

    O risco do sucesso de um lanamento imobilirio um risco dinmico, da mesma

    forma que o lanamento de um novo produto no mercado consumidor. Esses riscos no

    necessariamente so objeto de Gerenciamento de Riscos. H fatores que impedem uma avaliao

    mais apurada, como por exemplo:

    dependncia de fatores externos ao processo;

    conjunturas econmicas e sociais;

    execuo inadequada do projeto, redundando em erros de execuo ou falhas que demandaro

    reconstrues ou reparos;

    execuo do projeto por empresa ou pessoa que no levou em considerao ou no foi

    convenientemente informada de parmetros importantes. [se o projetista no tem todas as

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    informaes necessrias para a elaborao do projeto podem ocorrer improvises ou alteraes

    durante a construo, prejudicando no s a eficincia e sustentabilidade das instalaes, mas

    tambm demando maiores recursos para a correo das irregularidades]

    As anlises dos riscos realizadas com base em seus efeitos ou consequncias para

    fins de precificao das perdas possibilita que se extraiam diversas informaes importantes para a

    Gesto dos Riscos, como por exemplo:

    Sinistro Mdio = (Total dos Prejuzos) (n de Sinistros); [o sinistro mdio significa, para a

    seguradora, o quanto ela est desembolsando para o ressarcimento das indenizaes. O

    conhecimento desse valor possibilita melhor ajuste das aplicaes financeiras relativas s

    aplicaes de Reservas Livres]

    Capital Segurado Mdio = ( Capitais Segurados) (n de Seguros); [a informao a respeito

    do capital segurado mdio uma das informaes necessrias para a poltica de disperso dos

    riscos, atravs de operaes de cosseguro e de resseguro, assim como para avaliar o grau de

    exposio da seguradora, comparativamente ao seu limite tcnico]

    Dano Mdio = (Sinistro Mdio) (Capital Sinistrado Mdio); [essa informao importante,

    juntamente com o sinistro mdio, auxiliando na fixao das franquias e participaes

    obrigatrias do segurado (POS), alm de ser um interessante parmetro para a anlise do limite

    tcnico da carteira de seguros]

    Prmio Mdio = (Total dos Prejuzos + Despesas) (n de Seguros); [o conhecimento do prmio

    mdio pode auxiliar os aturios da seguradora a identificao dos planos de comercializao

    dos seguros, de pagamentos de comisses de corretagem, da comparao com as despesas

    operacionais bem como da disperso das coberturas]

    Prmio Estatstico = (Total dos Prejuzos Apurados) (n de Segurados); [a informao do

    prmio estatstico auxilia identificao dos processos de comercializao e custos

    operacionais, entre outras informaes relevantes]

    Taxa Estatstica = (Prmio Estatstico) (Capital Segurado Mdio). [esta informao deve ser

    avaliada em conjunto com o sinistro mdio, dano mdio e prmio mdio, podendo indicar no s

    as estratgias comerciais como tambm a concentrao de seguros provenientes de uma nica

    fonte ou de grupos de corretores de seguros]

    Cada uma dessas informaes importante na Gesto dos Riscos, pois que,

    atravs dessas, as seguradoras passam a conhecer melhor:

    estoques de riscos,

    volumes de prmios recebidos,

    despesas de comercializao e de corretagem,

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    excessos ou falta de pulverizao dos riscos atravs de repasses a cosseguradoras ou

    resseguradores,

    concentrao de aceitaes de riscos de poucos corretores de seguros, ou de regies especficas

    do Brasil, onde a seguradora poder ter seus custos de operacionalizao aumentados, e mesmo

    do incremento de sinistralidade.

    d) Processos de avaliao de riscos

    Processos de avaliao de riscos conduzem sempre a dados empricos. Quando se

    diz que a probabilidade de uma pessoa morrer devido a uma descarga eltrica de um raio de

    0,0000001%, isso significa que de um universo de pessoas estudadas (amostra), o nmero de mortes

    por eletrocusso de 1 para cada 1.000.000 de pessoas. Ainda tratando do mesmo exemplo, a

    medida do risco dada, principalmente, atravs de dois parmetros, a saber:

    # frequncia: um acidente a cada 1.000.000 de pessoas da amostra;

    # gravidade: uma morte por eletrocusso ou uma morte para cada parcela da populao sujeita a

    risco.

    3 Mdulo Quantificao de Riscos

    i. Anlise dos Custos dos Riscos

    A anlise dos custos dos acidentes esbarra sempre no desconhecimento de sua

    composio. Incluem-se como principais custos:

    Mo-de-obra prpria e contratada; [uma mo-de-obra especializada reduz em muito os custos

    operacionais das empresas, na medida em que reduzem ou eliminam os custos de reparos ou

    reconstrues, esto menos sujeitas a sofrer acidentes do trabalho, conhecem melhor as

    ferramentas e equipamentos utilizados em cada tarefa, enfim, so mais confiveis do que a

    estruturao de mo-de-obra onde a empresa tenha que capacitar e supervisionar os

    trabalhadores e suas atividades. Contudo, uma mo-de-obra prpria poder representar um

    custo adicional, pela elevada carga de impostos, e por tudo o quanto oferecido aos

    trabalhadores > planos de assistncia mdica e odontolgica, alimentao, cesta bsica,

    transporte, adicionais diversos inclusive de frias, horas-extra, bnus por produtividade,

    moradia ou alojamento, plano de incentivo e ou de motivao, entre outras

    despesas/investimentos.]

    Encargos financeiros; [os encargos financeiros dependem da empresa, que deve controlar suas

    prprias despesas, assim como dos encargos financeiros existentes quando a empresa busca o

    financiamento de seu caixa. Quanto ao aspecto da gesto interna esse mais fcil de ser

    controlada e administrada, contrariamente disponibilidade de recursos nos bancos e das taxas

    aplicadas aos financiamentos. Interessante se mencionar que o mercado de seguros global. Em

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    muitos pases, o excesso de normas e regras alteradas periodicamente pode prejudicar em muito

    o processo de aceitao dos riscos ou mesmo de inviabilizar esses repasses de riscos.]

    Custos com a limpeza das reas degradadas; [toda atividade industrial degrada, em maior ou

    menor intensidade o ambiente natural. At mesmo as construtoras de obras civis geram algum

    tipo de degradao com a gerao de resduos de todas as classes, sejam esses de madeiras,

    tintas e vernizes, ao, metais diversos inclusive para as esquadrias, vidros cermicas,

    argamassas, areia, cimento, restos de tubulaes de ao e de PVC, pedaos de fios para os

    circuitos eltricos, restos de materiais de isolamento trmico e ou acstico, entre outras dezenas

    de materiais. Alguns desses resduos podem e devem ser reciclados e outros so simplesmente

    despejados no lixo. As seguradoras no so responsveis por esses custos a menos que estejam

    includos em coberturas de seguros envolvendo responsabilidades por poluio sbita e que

    essa tenha se devido a um acidente, mas no causadas pela omisso ou da falta do cumprimento

    das obrigaes pelos segurados.]

    Custos com a remediao; [remediar atenuar os impactos das perdas. Em uma remediao

    evita-se que a perda ou dano seja maior. Isso exige um esforo maior tanto da seguradora

    quanto do segurado, pois que pode gerar reflexos a terceiros. Na rea da construo civil

    muitas vezes os custos de remediao pelos impactos ambientais causados pela construo de

    uma edificao so transformados em Termos de Ajuste de Conduta, com as empresas

    desenvolvendo projetos definidos pelas prefeituras, como a do plantio de espcies naturais em

    um ambiente especfico, entre outras medidas.]

    Custos com a recomposio; [usualmente esses custos so associados a danos ambientais,

    quando ento um sinistro pode afetar fortemente a fauna e flora. Um dos exemplos mais atuais

    o do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em Minas Gerais. Ainda

    difcil precificar os custos com a recomposio da rea atingida, j que a prpria natureza tem

    uma grande capacidade de regenerao. Mas no se sabe em quanto tempo isso se dar.

    Problema maior est na identificao das perdas dos moradores que viviam dessa explorao

    ambiental, seja na pesca, na agricultura ou em outras atividades correlatas, bem como a

    recomposio natural e ambiental com as mesmas caractersticas daquela existente

    anteriormente ao rompimento da barragem.]

    Custos com a paralisao das atividades; [quando um sinistro ocorre no necessariamente s

    atividades produtivas da empresa cessam. Entretanto, a paralisao um aspecto que no pode

    deixar de se avaliar. Pode ou no implicar em desmobilizao de pessoal prprio, se o tempo de

    retorno atividade for mais longo, e tambm no contempla a perda de clientes, pois se sabe

    que em atividades comerciais passa a ser comum a migrao para outros fornecedores quando

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    aquele fornecedor especfico cessou momentaneamente suas atividades em decorrncia de um

    sinistro.]

    Danos provocados imagem da empresa; [danos imagem da empresa so mais difceis de

    precificar, pois que podem se entrelaar com a perda de credibilidade, a perda de mercado, a

    no confiana dos clientes na capacidade de regresso da empresa produo ampla, dos

    impactos indiretos causados aos principais clientes da empresa sinistrada, entre outros aspectos

    mais. Sob certas circunstncias os danos imagem costumam conduzir a perdas mais severas

    do que a paralizao momentnea da capacidade de produo.]

    Multas contratuais e legais; [a possibilidade de multas contratuais e legais de mais fcil

    identificao, bastando a anlise dos contratos da empresa para com seus clientes e das

    exigncias requeridas pelos entes pblicos.]

    Aes de responsabilidade civil; [em alguns pases as empresas so punidas com aes

    reparadoras, aes de ressarcimentos e aes punitivas. Desta forma, a avaliao quanto a esse

    aspecto deve levar em considerao o pas em que a empresa tenha estruturado suas unidades

    de produo atingidas pelo sinistro.]

    Lucros cessantes das atividades de terceiros; [quando uma empresa sinistrada fornece insumos a

    outras empresas e essas no tm como substituir esses insumos de outros fornecedores passam a

    gerar problemas para os compradores finais dos produtos. Passa a existir elos de

    responsabilidade que afetam outras empresas que no necessariamente foram afetadas

    diretamente pelos sinistros, mas sim indiretamente.]

    Constituio de passivos ambientais, etc. [destaca-se a grande quantidade de empresas,

    principalmente das reas qumica e petroqumica, que, com a descontinuidade de suas

    atividades abandonaram as instalaes. Os produtos que compunham a produo das empresas

    quase sempre so perigosos, nocivos ao ambiente natural e ao ser humano, e permanecem no

    local, infiltrando-se, com as chuvas, para o subsolo, podendo atingir lenes freticos.]

    A qualificao a identificao do tipo de risco ou da qualidade, se que se

    pode assim dizer respeito das caractersticas dos eventos possveis. Trata-se de um risco de

    incndio, de exploso, ou de danos eltricos, por exemplo. [a qualificao do risco principal

    possibilita melhor enquadramento das coberturas de seguros.]

    J quantificao a determinao do valor da perda, expressa em percentual do

    valor dos bens ou em valores absolutos, ou do tamanho do prejuzo a se verificar no futuro.

    Exemplo: O risco, se ocorrer, poder gerar uma perda que ir afetar 48% do patrimnio da

    indstria. A perda potencial de cerca de $ 500,000. [esse levantamento do valor dos bens pode ser

    complexo. Muitas vezes deve se buscar nos custos contbeis atualizados, nos catlogos de venda de

  • 12 de 34

    equipamentos, aplicando-se percentuais de depreciao dos valores, no custo original dos projetos,

    aplicando-se depreciaes pelo tempo e uso dos equipamentos e instalaes.]

    As anlises de Riscos, para fins de precificao, no seguem modelos

    matemticos especficos. O que se recomenda, sempre que possvel, que o profissional que ir

    identificar os riscos para fins de precificao tenha condies de observar e ou compreender,

    minimamente, os seguintes aspectos:

    1. Qual o objetivo da anlise;

    2. Para que se est desenvolvendo a anlise;

    3. Quais so as principais caractersticas fsicas, operacionais e de produo dos itens observados;

    4. Quais so os meios existentes de proteo:

    5. Quais so os meios existentes de proteo:

    Contra paradas sbitas;

    Como meio de proteo contra eventos externos;

    Contra descontroles operacionais;

    Contra falta ou falha operacional;

    Contra sobrecargas diversas, etc.

    6. Existem nas literaturas relatos de ocorrncias envolvendo equipamentos e ou instalaes

    assemelhadas?

    7. Existem nas literaturas relatos e ou registros de perdas parciais ou totais envolvendo

    equipamentos e ou instalaes assemelhadas?

    8. H meios de substituio dos equipamentos e ou instalaes por outros idnticos ou

    assemelhados?

    9. Qual a composio em termos de equipamentos, instalaes e construes do parque

    industrial?

    10. Como o parque industrial mantido e ou conservado?

    11. Qual o tempo que o parque industrial tem de funcionamento ou operao?

    12. Quais so as caractersticas das manutenes realizadas?

    13. Qual o impacto que a perda dos equipamentos e ou instalaes poder causar ao restante do

    empreendimento?

    14. Existem formas, modos ou maneiras de se mitigar ou evitar ocorrncias danosas?

    15. Existem histricos confiveis de manuteno e ou assistncia aos equipamentos e ou

    instalaes?

    16. As recomendaes relativas s manutenes vm sendo empregadas?

    17. H histrico dos sinistros ocorridos?

    18. Foram desenvolvidas anlises tcnicas das ocorrncias?

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    19. Foram postas em prtica as recomendaes das anlises tcnicas?

    20. Os empregados ento capacitados para a operao?

    21. Os empregados encontram-se motivados para o trabalho?

    22. H adequado clima motivacional na empresa?

    A qualidade das informaes requeridas para a precificao dos riscos pode

    demandar de informaes adicionais bastante especficas. Essa precificao dos e, por conseguinte,

    das perdas geradas, deve levar em considerao no apenas os custos imediatos reparadores, como o

    da substituio de equipamentos ou instalaes ou a reconstruo de edificaes, mas tambm, e se

    isso for objeto de cobertura de seguros, o volume e custo da produo e dos impactos financeiros

    que a perda dessa produo poder causar empresa.

    Afora obter-se a frequncia com que os riscos se manifestam e de se ter a

    precificao das perdas geradas pelas ocorrncias, deve, ser estudadas as taxas a serem aplicadas

    aos valores para se obter o prmio ou custo do seguro, como se ver a seguir:

    ii. Taxa Estatstica

    A taxa estatstica conhecida como sendo o resultado da diviso do premio

    estatstico pela importncia segurada, ou capital segurado do prprio risco:

    Te = Taxa Estatstica ou Taxa de Risco Puro.

    Pe = Prmio Estatstico ou Prmio Puro sem nenhum carregamento tcnico ou comercial.

    ISr = Importncia Segurada especfica ao risco assumido, sem qualquer carregamento, impostos ou

    emolumentos.

    iii. Prmio Estatstico

    Premio Estatstico (Pe) o resultado do produto do valor matemtico do risco

    (Vm) pelo custo mdio verificado por sinistro (Cm). O prmio estatstico derivado da taxa

    estatstica. De um modo geral, o Prmio Estatstico a relao entre a perda total computada e o

    nmero de bens sujeitos a riscos. Aps se obter a taxa estatstica o Aturio comea a estudar a taxa

    comercial.

    iv. Taxa Comercial

    Te = ((Pe ISr) x 100)%, onde:

    Pe = Vm x Cm

    Pe = Prmio Estatstico

    Vm = n de sinistros n de bens sujeitos a riscos (amostra)

    Cm = perda total computada n de sinistros

  • 14 de 34

    v. Prmio Comercial

    Por ser o carregamento um percentual do prprio prmio comercial, costuma-se

    representar sua expresso matemtica como:

    Pc = Pe ( 1 - Ct)

    Por exemplo, pretende-se carregar uma taxa em um percentual de 35%. Supondo

    que a taxa seja de 0,18%, a nova taxa carregada ser de: 0,18% (1 0,35%) = 0,28% (valor

    arredondado em duas casas decimais). A contra prova a seguinte: 0,28% x 65% = 0,18%

    Entendem-se como carregamentos os acrscimos s taxas puras ou taxas de risco,

    empregados para compensar comissionamentos de corretagem, despesas administrativas e

    operacionais, despesas financeiras, custos com o repasse dos excedentes dos riscos para

    Cosseguradoras e resseguradores, ausncia de equipamentos ou dispositivos de proteo dos riscos,

    empresas sem experincia necessria ou em incio de atividades, entre outras causas.

    Como relatado no incio das Notas de Aula, existem inmeras maneiras de se

    obter as informaes relativas a frequncia das ocorrncias e severidade das perdas. A opo que se

    emprega neste momento da utilizao dos Conceitos de Confiabilidade doe Processos.

    vi. Conceito de Confiabilidade

    Confiabilidade a probabilidade de um sistema ou algum de seus componentes

    vir a desempenhar satisfatoriamente as funes a ele atribuda em projeto, dentro de condies

    normais de utilizao e operao. A no Confiabilidade, ou o insucesso, denominada

    probabilidade de falha [a probabilidade de falha pode ser interpretada como o sinistro]. O conjunto

    de falhas ocorridas em um intervalo de tempo conhecido como taxa de falha [frequncia de

    ocorrncias na linguagem de seguros]. Normalmente atribui-se palavra confiabilidade uma quase

    A Taxa Comercial, da mesma forma que a Taxa Estatstica, tambm produto de uma diviso do

    Prmio Comercial (Pc) pela Importncia Segurada do Risco (ISr).

    Tc = ((Pc ISr) x 100)%

    Prmio Comercial o resultado da adio do prmio estatstico com o carregamento tcnico comercial.

    Pc = Pe + Ct

    Como Carregamento Tcnico (Ct) entendem-se:

    despesas administrativas da seguradora (impostos, alugueis, propaganda, pessoal, etc.);

    comissionamentos diversos;

    custos financeiros praticados;

    previso para sinistros catastrficos;

    variaes ocorridas com as caractersticas do risco, ou eventuais desvios de sinistralidade;

    taxas e emolumentos;

    sinistralidade, etc.

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    certeza de que tudo ocorrer a contento. Por exemplo: tenho a maior confiana de que tudo correr

    bem. uma definio quase que intuitiva.

    Confiabilidade (R3) representada matematicamente como a probabilidade do

    equipamento ou sistema, desempenhar satisfatoriamente suas funes especficas, durante um

    tempo e condies tcnicas determinadas.

    No Confiabilidade, ou insucesso, dita Probabilidade de Falha. O conjunto de

    falhas ocorridas em um intervalo de tempo a Taxa de Falha. Probabilidade de Falha (Q)

    representa o inverso da Confiabilidade, ou a no confiabilidade.

    Q = 1 - R R = 1 - Q

    Para componentes em Srie, a Confiabilidade assume a seguinte configurao matemtica:

    Para : R1 = 0,90; R2 = 0,90; R3 = 0,90; R4 = 0,90 e R5 = 0,90

    Rt = R1 x R2 x R3 x R4 x R5

    Rt = 0,90 x 0,90 x 0,90 x 0,90 x 0,90 = 0,59 ou 59% de Confiabilidade

    Se existirem 5 equipamentos trabalhando em srie e cada um dos equipamentos

    tiver um nvel de confiabilidade de 90%, a confiabilidade do conjunto ser de 59%. Para o

    incremento do nvel de confiabilidade do conjunto de deve-se aumentar a Confiabilidade de cada

    componente, pois a confiabilidade total passa a ser do conjunto e no de seus componentes. Para

    Sistemas com componentes em Paralelo, a Confiabilidade assume a seguinte configurao:

    Para: R1 = 0,90

    R2 = 0,80

    Q1 = 1 - 0,90 = 0,10 }

    } Qt = Q1 x Q2 = 0,10 x 0,20 = 0,02

    Q2 = 1 - 0,80 = 0,20}

    Rt = 1 - Qt = 1 - 0,02 = 0,98 ou 98% de Confiabilidade

    A Confiabilidade total em sistemas em paralelo maior do que a Confiabilidade

    de cada um de seus componentes. Aplicada a estudos de Confiabilidade tem-se a Lei Exponencial

    de Confiabilidade.

    , onde:

    3 Em ingls Reliability.

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    e = 2,718

    = taxa de falha (nmero de falhas por cada hora de operao ou nmero de operaes do

    sistema)

    t = tempo de operao

    T = tempo mdio entre falhas

    T = 1/t

    {4 falhas em 1.000 horas de operao;

    { = 0,004;

    {T = 250 horas;

    TMEF = T = 0,25 x 105horas}

    t = 1.000 horas }

    = 1/T = 1/ (0,25 x 10 )5 = 4 x 10-5 falhas/hora

    e = 2,718 }

    - 4x10-5 x 103 R = e-t = e = 0,9608 (96,08%)

    Q = 1 - R = 1 - 0,9608 = 0,0392 ou 3,92% de Probabilidade de Falha

    Para as probabilidades de falhas definidas, a Confiabilidade do Conjunto passa a

    ser de 3,92%. Quanto mais prximo de erro for a nvel de Confiabilidade menos ser a

    probabilidade de falha, ou seja, estar-se- diante de um equipamento ou sistema Confivel.

    vii. Suscetibilidade e Vulnerabilidade

    A anlise de risco, a rigor, compreende o estudo da probabilidade de ocorrncia

    dos acidentes, assim como a identificao do potencial de perdas econmicas e sociais associadas,

    que expressa a vulnerabilidade do conjunto. Os procedimentos aplicados para essa anlise podem

    terminar sendo casusticos, se analisadas condies locais bem especficas, de difcil aplicao

    direta em outros ambientes.

    viii. Obteno do Risco

    A formulao mais reduzida a que se chega para a obteno do risco expressa

    por:

    R = (S) x (V)

    O risco (R) expresso em funo da suscetibilidade do meio fsico (S) e da

    vulnerabilidade dos sistemas e ou equipamentos e ou instalaes (V).

    ix. Prmio dos Seguros

    O prmio calculado no s em funo dos riscos como tambm das

    caractersticas dos bens, localizao dos mesmos, valores envolvidos, grau de exposio aos riscos

    segurados, etc.. Teoricamente, o prmio para uma cobertura de roubo ou furto de bens de

    residncias deve ser o mesmo. Porm, se uma residncia ficar em um condomnio fechado e a outra

    prxima a uma favela, o risco de ocorrer um roubo nessa ltima maior. Essa particularidade o

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    que se chama de exposio ao risco. Fazem parte da composio do prmio a ser pago pelos

    Segurados os seguintes itens:

    custo do risco, ou custo para a reposio dos bens sinistrados;

    despesas administrativas incorridas pela Seguradora, para administrar os contratos de seguros;

    expectativa de lucro dos investidores do patrimnio da Seguradora;

    despesas com a comercializao das aplices, ou despesas de corretagem de seguros;

    valores expostos a riscos e ou limitaes tcnicas ou econmicas;

    impostos e encargos sociais.

    x. Sinistros

    Sinistro a materializao de um evento coberto por um contrato de seguros.

    Tambm pode ser entendido como a consequncia da materializao de um evento acobertado pela

    aplice ou contrato de seguros. Ao se contratar um seguro de incndio, ter-se-, como a

    consequncia dos prejuzos o incndio, que atingindo bens discriminados na aplice de seguros lhes

    imprimem uma perda que poder ser indenizada pela Seguradora. Podem ser considerados como

    exemplo de sinistros:

    A ida de uma pessoa a um consultrio mdico para clinicar-se;

    A morte de um funcionrio;

    A aposentadoria de um trabalhador;

    A coliso sofrida por um automvel;

    A ocorrncia de incndio afetando bem segurado;

    Uma tromba dgua que afete bens segurados, ou qualquer outro evento natural;

    Perda de renda de trabalhador demitido da empresa;

    Naufrgio de embarcao;

    Queda de mercadoria transportada, etc..

    Deve-se entender o sinistro no como um evento qualquer, mas sim como a

    ocorrncia de um evento acobertado por uma aplice de seguro. Se uma pessoa possui uma aplice

    de automvel, com as coberturas de incndio e de roubo ou furto, a coliso do veculo no um

    sinistro para a aplice, apesar do automvel possuir uma aplice de seguros, mas sim uma dor de

    cabea para o proprietrio, que se esqueceu de acobertar tambm o risco de coliso.

    xi. Indenizao

    Quando o Segurado repassa um risco a uma Seguradora, paga a ela uma

    remunerao, a fim de que, se ocorrido o evento, a Seguradora o indenize do prejuzo sofrido. O

    prejuzo funo da ocorrncia de um evento - sinistro - afetando o bem coberto por uma

    determinada importncia segurada. A responsabilidade mxima da Seguradora est limitada

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    importncia segurada, excluindo-se a aplicao de franquias e ou de participaes

    obrigatrias dos segurados, assim como o repasse de parcelas dos riscos para o Ressegurador.

    A Seguradora, ao indenizar um prejuzo sofrido poder faz-lo sob uma das formas a seguir:

    reconstruo;

    reparao;

    ressarcimento;

    reposio da coisa danificada, ou

    indenizao em espcie.

    O mais comum a indenizao em dinheiro, com base no valor do reparo ou da

    reposio do bem.

    xii. Importncia Segurada

    A importncia segurada o valor atribudo a um bem Segurado, pelo Segurado ou

    seu preposto. Representa o mximo de responsabilidade assumida pela Seguradora. A

    importncia segurada, determinada pelo Segurado ou por seu representante legal (corretor de

    seguros legalmente habilitado), constante da aplice de seguros, no expressa a prvia anuncia da

    Seguradora, como sendo aquele valor o verdadeiro ou o real. Apenas constitui o limite mximo de

    indenizao exigvel pelo Segurado Seguradora.

    Ocorre muitas vezes que o Segurado fixa uma importncia segurada para seu bem

    diferente do valor de mercado. Se fixar menor, passa a ser o Cossegurador da diferena, isto ,

    assume o prejuzo da diferena existente entre o valor da importncia segurada e o real valor do

    bem, apurado pela Seguradora no dia do sinistro. Se, por outro lado, fixar o valor maior, estar

    gastando desnecessariamente o seu dinheiro, j que a Seguradora ir indenizar somente o valor

    equivalente ao valor do bem Segurado.

    xiii. Pulverizao dos Riscos

    Pulverizao do risco uma tcnica empregada pelas Seguradoras na aceitao e

    reteno de responsabilidades assumidas. Significa a distribuio de responsabilidades assumidas,

    limitando a participao dessas a um determinado percentual da importncia segurada, o qual

    poder chegar ao limite da capacidade de reteno de cada um dos envolvidos (limite tcnico). A

    pulverizao de riscos tem por objetivo garantir uma homogeneidade de carteira de negcios,

    representada pelas vrias aplices acobertando riscos similares, para um Segurador. O Segurador

    pulveriza ou distribui os riscos quando:

    distribui cosseguro sobre todas as responsabilidades que ultrapassem determinado valor;

    define os seus limites tcnicos para operar em cada carteira de seguros;

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    estipula franquias ou participaes obrigatrias em cada contrato de seguros, aplicveis a cada

    ocorrncia de sinistros.

    O princpio bsico o de que, em cada risco assumido, a Seguradora recebe uma

    pequena quantia, para ser obrigada a ressarcir um valor muitas vezes maior. Por exemplo, se a taxa

    de um risco de 0,10%, isso quer dizer que para cada R$ 1.000,00 de importncia segurada est se

    pagando R$ 1,00. Se a Seguradora no procurar distribuir corretamente a sua carteira de

    seguros poder, de repente, se ver obrigada a indenizar muito mais do que recebeu de prmio.

    xiv. Cosseguro

    Cosseguro uma operao de transferncia de parte do risco a uma Seguradora

    congnere. Por exemplo, uma Seguradora aceita um risco cuja importncia segurada de R$

    1.000.000,00, cobrando para isso prmio de R$ 1.000,00. Sendo o limite tcnico da Seguradora de

    apenas R$ 600.000,00, dever complementar a diferena da responsabilidade assumida, com outra

    Seguradora ou com o Ressegurador. Se buscar com outra Seguradora estar praticando o cosseguro.

    Se a Cosseguradora aceitar a diferena de risco, ou seja, os R$ 400.000,00 que faltam para

    completar a importncia segurada determinada (R$ 1.000.000,00 - R$ 600.000,00), dever ser

    remunerada com a parte do prmio proporcional aceitao do que falta para integralizar o risco,

    ou seja, R$ 1.000,00 - R$ 600,00 = R$ 400,00. Em todo e qualquer sinistro acobertvel, a

    Seguradora que emitiu a cobertura, ou Seguradora lder, dever pagar a parte do sinistro a ela

    correspondente, buscando com a cosseguradora a diferena, at que a soma dos valores atinja a

    importncia segurada, que representa o mximo de responsabilidade assumida.

    xv. Resseguro

    Resseguro uma operao pela qual uma Seguradora transfere a um Ressegurador

    os excessos de riscos de determinado negcio ou de uma carteira de seguros. As formas de

    resseguro praticadas so estipuladas por legislaes especficas ou definidas atravs de acordos

    conforme as caractersticas dos riscos. Podem ser:

    resseguro de quota parte;

    resseguro de excesso de danos;

    resseguro de excedente de responsabilidade;

    resseguro de catstrofe;

    resseguro misto.

    A forma de resseguro mais usual a de quota parte ou cota. Nela o Segurador

    transfere ao Ressegurador uma parcela fixa das importncias seguradas retidas e igual proporo de

    prmios auferidos. No seguro incndio, como exemplo, atualmente, a quota parte de 25%. Outra

    modalidade tambm muito praticada a de excesso de danos. Nessa modalidade a Seguradora

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    transfere ao Ressegurador todas as responsabilidades assumidas acima de um valor, que pode ser

    inclusive superior ao prprio limite tcnico da Seguradora. Por exemplo, se uma Seguradora resolve

    assumir 5 vezes mais risco do que o seu limite tcnico em um determinado negcio, poder comprar

    uma cobertura de resseguro de excesso de danos para o que exceder a 1 limite tcnico.

    xvi. Retrocesso

    Retrocesso uma operao realizada pelo Ressegurador, onde parte das

    responsabilidades assumidas que ultrapassem o seu limite tcnico so transferidas s Seguradoras

    do mercado, independentemente dessas terem ou no participao no risco. Para que as Seguradoras

    possam receber riscos da retrocesso, devero ter aprovados pela SUSEP limites tcnicos,

    especficos para aqueles ramos onde haja o repasse dos riscos pelo Ressegurador.

    xvii. Cobertura de Seguros

    A Cobertura Bsica definida atravs de um prmio bsico. a mnima cobertura

    concedida. No seguro de vida em grupo, a cobertura bsica a da morte natural. No seguro incndio

    a cobertura bsica a de incndio, queda de raio e exploso de gs de uso domstico.

    A Cobertura Adicional aplicada a determinados seguros, quando as necessidades

    do Segurado no so plenamente atendidas com as coberturas bsicas e acessrias. um

    complemento de cobertura relativo s taxas dos riscos adicionais.

    A Cobertura Especial aquelas negociada diretamente pelo Segurado com a

    Seguradora, visando ao atendimento de um risco especfico a ele inerente. A cobertura especial

    tem uma taxao especial, que deve ser acrescida da taxao para a cobertura bsica. O prazo

    de tramitao de uma cobertura especial passa a ser diferente dos prazos habituais, no se

    respeitando mais o prazo de 15 dias para a aceitao automtica do risco.

    xviii. Custos dos Riscos

    O custo do risco pode ser entendido como o produto entre a frequncia ou

    periodicidade com que os acidentes (eventos) tendem a ocorrer, e a severidade ou gravidade

    das perdas efetivamente verificadas. Tomando como exemplo uma carteira de uma Seguradora,

    com 1.000 itens Segurados, se houverem 10 sinistros durante a vigncia do contrato de seguros, e se

    cada sinistro ocorrido tiver uma perda mdia equivalente a 30% do valor do bem, o custo do risco

    ser:

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    xix. Exemplos de Frequncia de Ocorrncias (AFANP)

    xx. Eventos mais comuns que ocorrem em Instalaes Industriais (AFANP)

    4 Mdulo - Precificao

    i. Custo dos Seguros (C)

    C = P (1 + r)t

    Onde:

    C = Custo financeiro do seguro

    P = Prmio do seguro

    r = Taxa de juros reais correspondentes ao rendimento da importncia paga pelo seguro, investida

    no prprio negcio ou em aplicaes de carter permanente

    t = Durao do seguro (vigncia)

    ii. Custo da assuno do risco (A)

    A = [S x (1 - i)-t/2 + E + R] x (1 - i)t R x (1 + i)t

    Onde:

    A = Custo da reteno do risco

  • 22 de 34

    S = Valor esperado dos sinistros, incluindo os gastos com sua administrao e gesto, supondo

    incorridos na metade do tempo t

    i = Juros reais praticados pelo mercado financeiro em aplicaes de retorno seguro

    R = Reserva adicional para cobrir possveis variaes nas perdas. Supe-se destacada no incio do

    perodo t dos fundos da empresa.

    Custo da Gesto de Riscos pela empresa (E)

    C 1,3 A Reteno duvidosa

    C > 1,3 A Reteno praticvel

    iii. Limite Mximo de Indenizao (LMI)

    O LMI pode ser empregado em uma aplice para definir o valor mximo

    indenizvel. Esse no representa valor superior ao Limite Tcnico aprovado e empregado pela

    seguradora em sua NTA, mas sim a definio de um Limite de Perda (stop of loss), considerando-

    se:

    Capacidade de reteno da Seguradora Lder;

    Capacidade de reteno de riscos do Mercado;

    Caractersticas dos riscos assumidos;

    Maior exposio dos riscos a sinistros;

    Experincia do Mercado Segurador;

    Limitao dos recursos de reduo dos riscos, etc..

    Pr= LMI x Tx + (VR - LMI) x Tx x S/P, onde:

    Pr = prmio da cobertura

    LMI = limite mximo de indenizao

    Tx = taxa tarifria do risco, lquida de descontos

    VR = valor em risco

    S/P = sinistralidade apurada

    Tf = [(VR + IS) 2IS] x 10, onde:

    Tf = taxa final do risco

    VR = valor em risco

    IS = importncia segurada

    Tb = Taxa bsica de tarifa para o risco

    Perda Normal Esperada, ou Dano Normal Esperado - Perda verificada ao longo da

    prpria atividade de transformao do empreendimento, facilmente debelada, seja com o emprego

    de um simples jato de extintor de incndio, seja com o isolamento do material que est em incio de

    combusto, ou atravs do abafamento do ambiente, ou confinamento. Os Aturios costumam

    precificar essas perdas para determinar o valor da "franquia" do seguro, pois que se trata de

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    prejuzos normais ou que surgem normalmente durante os processos. Parcela deduzida do valor da

    indenizao que contratualmente assumida pelo segurado.

    Dano Mximo Provvel ou Perda Mxima Provvel representa o valor mdio

    dos danos provocados por incndio, supondo que esse venha a ser identificado precocemente,

    combatido e debelado com os recursos existentes na prpria empresa, assim como no haja o

    recrudescimento das chamas. O DMP parametriza o valor usual ou mdio das indenizaes,

    tambm conhecido como indenizao mdia, ou mdia dos prejuzos ocorridos. As perdas se situam

    na faixa atribuda pelos segurados como importncia segurada, porm, o Aturio deve estar atento

    para que no haja a confuso de associar-se o valor do DMP importncia segurada, j que o DMP

    afeta uma parcela dos bens segurados e no a totalidade dos mesmos.

    1. Tipos de materiais existentes no ambiente;

    2. Formas de armazenamento desses materiais;

    3. Formas de processamento dos materiais em suas vrias fases;

    4. Caractersticas dos contenedores dos materiais em seus vrios estgios de produo;

    5. Volumes dos materiais armazenados e em processamento;

    6. Existncia de depsitos, mesmo que temporrios, de produtos intermedirios e finais;

    7. Existncia de meios de transporte de materiais e dos riscos que esses possam representar

    para os materiais isolados, ou em mistura e os produtos acabados;

    8. Experincia da empresa quanto a atuao segura de seu processo de manufatura ou

    transformao;

    9. Caractersticas fsico-qumicas dos materiais de per si e quando em mistura, assim como da

    existncia de contra medidas de controle de reaes fsico-qumicas inesperadas ou

    anormais;

    10. Caractersticas dos equipamentos do processo;

    11. Caractersticas dos controles dos equipamentos dos processos;

    12. Grau de manuteno dos equipamentos de processo;

    13. Formas de manuteno e periodicidade;

    14. Capacidade de reposio parcial ou total de equipamentos crticos do processo;

    15. Meios de se desviar parte dos materiais em processamento para outras reas menos

    inseguras, durante a ocorrncia de um sinistro;

    16. Temperaturas mximas e de processo geradas durante a manipulao dos materiais;

    17. Formas de controle das reaes do processo;

    18. Existncia de contra-medidas para interromper as reaes entre materiais ou do processo de

    transformao;

    19. Grau de capacitao dos operadores;

    20. Nveis de superviso das operaes;

    21. Existncia de compartimentaes de reas e ou de equipamentos;

    22. Existncia de equipamentos e ou dispositivos de controle de ignio;

    23. Existncia de confinamentos de reas;

    24. Existncia de reas seguras para a remoo dos produtos produzidos durante a ocorrncia de

    um incndio ou de outro evento que possa ser contributrio de um incndio;

    25. Existncia de apoio externo para o atendimento a eventuais sinistros;

  • 24 de 34

    26. Experincia da empresa quanto fabricao dos materiais e ou produtos especificamente

    pela no ocorrncia de sinistros;

    27. Grau de aprimoramento tcnico dos equipamentos e instalaes empregados no processo;

    28. Caractersticas favorveis das edificaes para o controle das anomalias;

    29. Graus de compartimentao das reas das edificaes de acordo com as caractersticas dos

    produtos produzidos;

    30. Existncia de reas externas liberadas para a atuao segura de equipes de controle de

    ocorrncias, etc.. A lista com informaes relevantes to longa quanto s caractersticas

    dos processos de fabricao e produo.

    Perda Mxima Admissvel ou Dano Mximo Admissvel - representa o maior

    dano ocorrido e extinto naturalmente supondo que todos os recursos de combate a incndio

    existentes na empresa ou no foram empregados, ou foram insuficientes e, em assim sendo, o

    incndio se auto extinguiu. Os valores da PMA so importantes para a definio de estratgias de

    negociao dos excessos de danos em operaes de resseguro e mesmo para a insero das

    "Participaes Obrigatrias dos Segurados". Destarte que a PMA no representa necessariamente o

    valor total segurvel, nas aplices de seguros, mas sim o valor dos bens, equipamentos, instalaes,

    produtos em manufatura ou depsitos, que ficaram expostos s chamas. Tambm deve ser

    esclarecido que no h uma correlao direta entre a Perda Mxima Admissvel e o Limite Mximo

    de Indenizao (LMI).

    iv. Franquia e Participao Obrigatria do Segurado

    Franquia um artifcio atuarial estabelecido no clculo dos prmios de seguros,

    objetivando estabelecer uma linha de corte, abaixo da qual o Segurado responde por todos os

    prejuzos e, acima da qual a Seguradora promove a indenizao.

    Participao Obrigatria do Segurado um elemento similar franquia,

    empregado para o equilbrio dos clculos atuariais e promover o envolvimento do Segurado na

    preservao dos bens e ou reduo da quantidade de sinistros, j que esse participa no clculo dos

    prejuzos proporcionalmente, independentemente do valor das perdas, a menos que ocorra a perda

    total dos bens.

    v. Formas de Transferncia dos Riscos, para evitar o acmulo de Responsabilidades

    Tradicional (o repasse escalonado, aps a complementao das

    responsabilidades de cada uma das partes que ir assumir os riscos. Pode ser denominado como

    assuno em 2, 3, 4 ... graus)

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    a) Repasse dos riscos sem retrocesso

    vi. Taxao dos Riscos associando LMI e PMP

    Uma das formas de taxao, empregando a Engenharia Reversa, a da associao

    do LMI ao da PMP. Isso significa estar associando um LMI fixado pela Seguradora com base na

    expectativa tcnica de perda suplantar a um limite aceitvel para a reteno de riscos (p.ex. riscos

    catastrficos) PMP, que aquela considerada com a interposio de parmetros de clculo j

    apresentados. Essa associao, usual em riscos de grande envergadura e com possibilidade de

    perdas catastrficas, assegura a liquidez da seguradora, para limitao da sua exposio ao risco.

    Discute-se tambm a possibilidade de o risco passar a ter uma melhor proteo fsica e ou de

    fracionamentos de perdas.

    LMI PMP Tf = Tb (0,4 LMI VR + 0,6), onde:

    Tf = taxa final do risco

    Tb = taxa bsica ou tarifria do risco

    LMI = limite mximo de indenizao

    PMP = perda mxima provvel ou dano mximo provvel

    LMI < PMP Tf = Tb [LMI VR + 0,6 (1 - PMP)], onde:

    Tf = taxa final do risco

    Tb = taxa bsica ou tarifria do risco

    LMI = limite mximo de indenizao

    PMP = perda mxima provvel

    VR = valor em risco

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    5 Mdulo Provises Tcnicas

    Provises so consideradas como o acmulo de reservas, ou constituio de

    reservas especficas para acobertar sinistros que possam se encontrar fora de uma faixa normal de

    ocorrncias (que trabalham com sinistros mdios e importncias seguradas tambm mdias). Em

    muitos dos estudos prvios podem ser encontrados pontos que estejam fora da curva de sinistros

    esperados. Nesses casos a tcnica recomenda a aplicao de regresses lineares para a

    normalizao das perdas. Nesses casos, se as reservas legais constitudas no forem suficientes e

    tendo o sinistro maior gravidade ocorrer dficits de ressarcimento.

    O acompanhamento da constituio das provises tcnicas das sociedades

    supervisionadas, com vistas a subsidiar o processo de monitoramento de solvncia, realizado por

    vrias atividades. Dentre elas podemos citar: fornecimento de informaes sobre provises tcnicas

    e ativos redutores da necessidade de cobertura das provises tcnicas por ativos garantidores;

    avaliao dos relatrios referentes auditoria atuarial independente; acompanhamento dos limites

    de reteno; elaborao de minutas de normas; e elaborao de documentos de orientaes ao

    mercado.

    I. Proviso de Prmios No Ganhos (PPNG);

    II. Proviso de Sinistros a Liquidar (PSL);

    III. Proviso de Sinistros Ocorridos e No Avisados (IBNR);

    IV. Proviso Matemtica de Benefcios a Conceder (PMBAC);

    V. Proviso Matemtica de Benefcios Concedidos (PMBC);

    VI. Proviso Complementar de Cobertura (PCC);

    VII. Proviso de Despesas Relacionadas (PDR);

    VIII. Proviso de Excedentes Tcnicos (PET);

    IX. Proviso de Excedentes Financeiros (PEF); e

    X. Proviso de Resgates e Outros Valores a Regularizar (PVR);

    XI. Outras Provises Tcnicas (OPT).

    O clculo da proviso deve considerar a parcela de prmios no ganhos na data de

    sua apurao, sendo formada pelo valor resultante da frmula abaixo, em cada ramo ou plano, por

    meio de clculos individuais por aplice ou endosso representativos de todos os contratos

    assumidos na data-base de sua constituio ou a eles relacionados.

    PPNG = [Base de Clculo x Perodo de Vigncia a Decorrer] Prazo de Vigncia do Risco

    A proviso deve ser calculada pro rata die, considerando, para a obteno do

    perodo de vigncia a decorrer, a data-base de clculo da proviso e a data de fim de vigncia do

    risco.

  • 27 de 34

    Proviso de Sinistros a Liquidar (PSL) deve ser constituda para a cobertura dos

    valores esperados a liquidar relativos a pagamentos nicos e rendas vencidas, de sinistros avisados

    at a data-base de clculo, incluindo as operaes de cosseguro aceito, brutos das operaes de

    resseguro e lquidos das operaes de cosseguro cedido. A proviso deve contemplar, quando

    necessrio, os ajustes de IBNER (Sinistros Ocorridos e No Suficientemente Avisados) para o

    desenvolvimento agregado dos sinistros avisados e ainda no pagos, cujos valores podero ser

    alterados ao longo do processo at a sua liquidao final. Deve ser constituda mensalmente para a

    cobertura dos valores esperados relativos a sinistros avisados e no pagos, incluindo os sinistros

    administrativos e judiciais. Os normativos vigentes unificaram os conceitos da Proviso de

    Benefcios a Regularizar (PBAR) e da Proviso de Sinistros a Liquidar (PSL). Dessa forma, a PSL

    passou a abranger no somente os valores relativos s indenizaes como tambm os peclios e

    rendas vencidas, todos brutos das operaes de resseguro e lquidos das operaes de cosseguro. A

    PSL inclui atualizaes monetrias, juros, variaes cambiais e multas contratuais. A expectativa

    de recebimento de salvados e ressarcimentos deve ser apurada com base em metodologia definida

    em nota tcnica atuarial e registrada como ajuste de salvados e ressarcidos na PSL. Para fins de

    ajuste de salvados e ressarcidos na PSL, deve ser considerada, no clculo da expectativa de

    recebimento de salvados e ressarcimentos, apenas a estimativa de recuperao relacionada a

    sinistros avisados e ainda no liquidados. Os valores relativos a sinistros avisados sociedade

    seguradora ou entidade aberta de previdncia complementar devem ser registrados brutos das

    expectativas de recebimento de salvados e ressarcimentos.

    A Proviso Matemtica de Benefcios a Conceder (PMBAC) deve ser constituda,

    enquanto no ocorrido o evento gerador do benefcio, para a cobertura dos compromissos

    assumidos com os participantes ou segurados, sendo calculada conforme metodologia aprovada na

    nota tcnica atuarial do plano ou produto.

    A Proviso de Sinistros Ocorridos e No Avisados (IBNR) deve ser constituda

    mensalmente para a cobertura dos valores esperados relativos a sinistros ocorridos e no avisados,

    incluindo os sinistros administrativos e judiciais. A SUSEP no determina nenhuma metodologia

    especfica de clculo da proviso de IBNR. Cabe, a cada sociedade supervisionada, desenvolver o

    mtodo estatstico que seja mais adequado s caractersticas de suas operaes. Ressalte-se que a

    simples utilizao da metodologia definida pela companhia no a exime da responsabilidade de

    constituir de forma adequada a proviso. Independentemente da metodologia utilizada pela

    companhia, a SUSEP analisar a consistncia dos valores constitudos, podendo, a qualquer tempo,

    determinar os ajustes necessrios e aplicar as sanes cabveis.

    A anlise da proviso efetuada atravs de testes de consistncia, os quais

    comparam, para cada data-base, os valores calculados pela SUSEP com os informados pela

  • 28 de 34

    sociedade supervisionada. Os valores calculados pela SUSEP so baseados nas informaes

    registradas nos Quadros Estatsticos do FIP/SUSEP, e consideram os sinistros avisados com atraso

    em cada data-base analisada, sempre utilizando os valores mais atualizados, incluindo reavaliaes,

    cancelamentos e reaberturas. Por se tratar de um teste baseado em observaes passadas, quanto

    mais distante da data-base analisada mais informaes estaro disponveis sobre os atrasos de aviso

    de sinistros. Assim, valores calculados pela SUSEP para os meses mais recentes tendem a ser

    menores que os informados pela companhia, sem que isso signifique suficincia ou adequao da

    referida proviso. Esses custos abrangem as despesas administrativas iniciais decorrentes da

    contratao de cada operao, tais como: emisso de aplice, vistorias prvias, consultas cadastrais,

    despesas com elaborao de clculos, envio de documentao, dentre outros custos marginais

    diretamente relacionados ao processo de contratao. Ressalte-se que esses custos no so diferidos

    e no devem ser confundidos com os custos de aquisio. Cabe salientar que a excluso dessas

    despesas da base de clculo da PPNG no obrigatria, ficando facultada a cada sociedade

    supervisionada a utilizao ou no dessa prerrogativa. As companhias que optarem pela sua

    utilizao devem manter, na nota tcnica atuarial da proviso, estudo tcnico contendo o

    detalhamento da metodologia de clculo utilizada para a obteno desses valores, destacando todos

    os custos considerados na definio desses montantes.

    O conceito da PPNG est relacionado exposio do risco, e o seu clculo

    efetuado individualmente. Portanto, no caso da ocorrncia de um sinistro com perda total, sem

    reintegrao da importncia segurada, a companhia deve, na data de ocorrncia do sinistro, reverter

    a PPNG relativa a esse risco (e efetuar os lanamentos devidos nos Quadros Estatsticos do

    Formulrio de Informaes Peridicas - FIP/SUSEP).

    A Proviso de Despesas Relacionadas (PDR) deve ser constituda mensalmente

    para a cobertura das despesas relacionadas ao pagamento de indenizaes ou benefcios, e deve

    abranger tanto as despesas que podem ser atribudas individualmente a cada sinistro quanto as

    despesas que s podem ser relacionadas aos sinistros de forma agrupada.

    A Proviso de Excedentes Tcnicos (PET) deve ser constituda para a garantia

    dos valores destinados distribuio de excedentes decorrentes de supervit tcnicos, conforme

    previsto em regulamento ou contrato. o clculo do PET dever contemplar, ainda, as obrigaes

    decorrentes de possveis devolues de comisso de resseguro; especificamente nos casos em que o

    contrato preveja o sistema de comisso escalonada, no qual se determine, no incio do contrato, o

    valor da comisso provisria, e, aps a apurao do resultado do contrato, seja efetuado os ajustes

    necessrios. Ou seja, o desenvolvimento do contrato pode gerar valores de comisso a pagar ou a

    receber.

  • 29 de 34

    A Proviso Matemtica de Benefcios Concedidos (PMBC) deve ser constituda,

    aps ocorrido o evento gerador do benefcio, para a cobertura dos compromissos assumidos com os

    participantes ou segurados, sendo calculada conforme metodologia aprovada na nota tcnica

    atuarial do plano ou produto.

    A Proviso Complementar de Cobertura (PCC) deve ser constituda, quando for

    constatada insuficincia nas provises tcnicas, conforme valor apurado no Teste de Adequao de

    Passivos (TAP), de acordo com as determinaes especificadas na regulamentao em vigor.

    A Proviso de Despesas Relacionadas (PDR) deve ser constituda para a

    cobertura dos valores esperados relativos a despesas relacionadas a sinistros.

    A Proviso de Excedentes Tcnicos (PET) deve ser constituda para garantir os

    valores destinados distribuio de excedentes decorrentes de supervit tcnicos na

    operacionalizao de seus contratos, caso haja sua previso contratual.

    A Proviso de Excedentes Financeiros (PEF) deve ser constituda para garantir os valores

    destinados distribuio de excedentes financeiros, conforme regulamentao em vigor, caso haja

    sua previso contratual.

    A Proviso de Resgates e Outros Valores a Regularizar (PVR) abrange os valores

    referentes aos resgates a regularizar, s devolues de prmios ou fundos, s portabilidades

    solicitadas e, por qualquer motivo, ainda no transferidas para a sociedade seguradora ou entidade

    aberta de previdncia complementar receptora e aos prmios recebidos e no cotizados.

    A partir de 31/12/2015 passaram a incorporar as OPTs Outras Provises Tcnicas:

    1. Proviso Complementar de Prmios (PCP);

    2. Proviso de Oscilao de Riscos (POR);

    3. Proviso de Oscilao Financeira (POF);

    4. Proviso para Participao nos Lucros de Ttulos Ativos;

    5. Proviso para Participao nos Lucros de Ttulos Inativos;

    6. Proviso para Contingncias.

    7. soma das Provises de Insuficincia de Prmios (PIP) e Insuficincia de Contribuies (PIC)

    constitudas;

    8. saldo da Proviso de Riscos em Curso (PRC) que exceder o valor do Teste de Adequao de

    Passivos apurado na data-base de 31 de dezembro de 2012.

    Nota: Circular SUSEP n 462, de 31/01/2013

    vii. Os Testes de Adequao definidos pela SUSEP abrangem:

    1. ativos redutores;

    2. capital de risco de subscrio, crdito, operacional e mercado;

    3. constituio de banco de dados de perdas operacionais;

  • 30 de 34

    4. plano de regularizao de solvncia;

    5. registro, custdia e movimentao de ativos, ttulos e valores mobilirios garantidores das

    provises tcnicas;

    Quanto aos aspectos tcnicos quantitativos determinado pela SUSEP:

    1. Para cada proviso tcnica, as supervisionadas devero manter nota tcnica atuarial, assinada

    pelo aturio tcnico responsvel, disposio da SUSEP, com o detalhamento da metodologia de

    clculo utilizada;

    2. A SUSEP poder, a qualquer tempo, conforme se faa necessrio em cada caso concreto,

    determinar s supervisionadas a utilizao de mtodo especfico para o clculo da proviso

    tcnica;

    3. As supervisionadas podero encaminhar SUSEP solicitao para a utilizao de mtodo

    prprio, cuja aplicao depende de prvia autorizao da SUSEP;

    4. A constituio de Outras Provises Tcnicas (OPT) somente poder ser admitida mediante

    prvia autorizao da SUSEP, devendo estar prevista em nota tcnica atuarial assinada pelo

    aturio tcnico responsvel.

    viii. Evoluo dos Mercados Supervisionados

  • 31 de 34

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    ix. Registro de Sinistros Judiciais

    Independentemente da metodologia utilizada pela sociedade supervisionada, a

    Susep analisar a consistncia dos valores constitudos, podendo, a qualquer tempo, determinar os

    ajustes necessrios e aplicar as sanes cabveis. O clculo da proviso deve considerar de forma

    adequada probabilidade de perda em cada demanda judicial. Caso o histrico de dados demonstre

    inadequao das probabilidades atribudas s demandas judiciais, a companhia dever reavaliar os

    valores dos seus sinistros de forma individual, ou, caso no seja possvel, dever efetuar o ajuste de

    IBNER.

    x. Critrio de Cancelamento de Sinistros

    A sociedade supervisionada dever determinar de forma adequada critrio para o

    cancelamento de sinistros, demonstrando, atravs dos seus ndices de reabertura de sinistros, a

    adequabilidade do critrio utilizado. Esse estudo deve estar includo na nota tcnica atuarial da

    proviso. Na inexistncia de estudo tcnico, a companhia somente poder cancelar o sinistro aps

    transcorrido o prazo prescricional ou em decorrncia de sentena transitada em julgado.

    xi. As Seguradoras e os Sinistros

    A matria prima de uma seguradora o risco. Para a aceitao do risco a

    Seguradora cobra uma taxa, denominada de prmio. Para a gesto dos riscos de suas carteiras a

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    Seguradora faz acordos de cosseguro e de resseguro. Para a manuteno da liquidez e rentabilidade

    da empresa Seguradora existem regras especficas, ditadas pela SUSEP e CNSP, que definem a

    gesto contbil dos prmios de seguros auferidos.

    Todos os recursos financeiros que a Seguradora ir necessitar para a gesto da

    prpria empresa e dos riscos aceitos so definidos contabilmente e de acordo com as caractersticas

    das provises tcnicas estabelecidas. Provises Tcnicas so expectativas de obrigaes ou de

    perdas de ativos resultantes da aplicao do princpio contbil da prudncia, efetuadas com o

    objetivo de apropriao, no resultado de um perodo de apurao contbil-fiscal, segundo o regime

    de competncia, dos custos e ou das despesas que podero ocorrer no futuro.

    Bibliografia Sugerida:

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    Woodward and Fondiller Inc. - 1969.

    Baglini, N.A. Risk Management in American Multinational and International Corporations - New York

    Risk Studies Foundation - 1976.

    C. Arthur Williams, Jr. & Richard M. Heins - Risk Management and Insurance - McGraw-Hill Book

    Company - 1976.

    Fayol, H. General and Industrial Management - New York Pitman Publishing Corporation - 1949.

    Greene, Mark R. & Seirbein, Oscar N. - Risk Management - Text and Cases - Reston Publishing Comp.

    Inc.

    Mehr,R.I. & Hedges,B.A. Risk Management in the Business Enterprise - Homewood Richard D. Irwin,

    Inc 1963.

    Risk Management - A Reader Study - New York ASIM - 1973.

    Artigos relacionados aos Temas

    NAVARRO, A. F. - A Percepo dos Riscos e sua Influncia na Reduo dos Acidentes de Trabalho -

    Revista Brasileira de Risco e Seguro, Rio de Janeiro, v. 6, n. 11, p. 35-66, abr./set. 2010, ISBN 1981-

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    ______________ - A evoluo da Gerncia de Riscos - Revista FUNENSEG n 53 1990.

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    The Pricing of Risks: Survey and SIL Safety Integrity Level Revista Brasileira de Risco e Seguro, ed.

    International - Rio de Janeiro, v. 11, n. 19, p. 45-78, abr. 2015/set. 2015;

    _______________, A eterna discusso Erro de execuo versus erro de projeto - Boletim Informativo

    FENASEG ISSN - 1984-0454 - Ano XVII - n 814 1985. QUALIS C

    _______________, A evoluo da Gerncia de Riscos - Revista Cadernos de Seguros ISSN 0101-5818,

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    _______________, A evoluo do Mercado de Seguros Jornal Gazeta do Povo Caderno Economia

    ISSN 1677-7069 14/05/1998.

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    0454 - Ano XVI - n 799 1985. QUALIS C

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    _______________, A normalizao e o seguro Parte II - Boletim Informativo FENASEG ISSN - 1984-

    0454 - Ano XVI - n 807 1985. QUALIS C

    _______________, A normalizao e o seguro Parte III - Boletim Informativo FENASEG ISSN - 1984-

    0454 - Ano XVI - n 808 1985. QUALIS C

    NAVARRO, A.F. & AMORIM, P.A.P.. Caderno de Exerccios de Seguros de Riscos de Engenharia,

    Fundao Escola Nacional de Seguros, reviso e atualizao tcnica, 2 Ed. Revista e Atualizada,

    ISBN-85-7052-108-1, Rio de Janeiro, 187pp, fev/1995.

    NAVARRO, A.F.; LOPES, T.L.E.M.; GILS, J.P.A.; ALMEIDA, A.O.; AMORIM, P.A.P.. Seguros de

    Riscos de Engenharia, Fundao Escola Nacional de Seguros, reviso e atualizao tcnica, 2 Ed.

    Revista e Atualizada, ISBN-85-7052-114-6, Rio de Janeiro, 282pp, fev/1995.

    NAVARRO, A.F. ; AMORIM, P.A.P.; FERNANDES, O.A.; GILS, J.P.A; LOPES, T.L.E.M.. Caderno de

    Exerccios de Seguros de Riscos de Engenharia, Fundao Escola Nacional de Seguros, elaborao de

    Questes e Assessoria Tcnica, 3 Ed. Revista e Atualizada, ISBN-85-7052-134-0, Rio de Janeiro, 154pp,

    fev/1996.