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Foz do Iguaçu, 10 à 16 de maio de 2016 | Edição 189| Ano V | R$ 3,00 Investigações apontam o prefeito como chefe da organização criminosa Rodrigo Becker era "laranja" de Reni no esquema de corrupção Prática de fraudes na prefeitura fez secretário e lobista sócios no crime Operador do esquema, secretário municipal enriqueceu rapidamente Várias empresas com contratos na prefeitura são citadas na Pecúlio Organização criminosa intimidava ou comprava silêncio na prefeitura Operação Peculio da PF Páginas 4 à 12 PREFEITO RENI PEREIRA PODE SER PRESO SE COMPROVADAS AS DENÚNCIAS Foto RPC

PREFEITO RENI PEREIRA PODE SER PRESO SE … · trativos, a saber, a administração pública mu-nicipal, e a manipulação de recursos públicos federais. Nesse contexto, onde a publicidade

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Foz do Iguaçu, 10 à 16 de maio de 2016 | Edição 189| Ano V | R$ 3,00

Investigações apontam o prefeito como chefe da organização criminosa Rodrigo Becker era "laranja" de Reni no esquema de corrupção Prática de fraudes na prefeitura fez secretário e lobista sócios no crime Operador do esquema, secretário municipal enriqueceu rapidamente Várias empresas com contratos na prefeitura são citadas na Pecúlio Organização criminosa intimidava ou comprava silêncio na prefeitura

Operação Peculio da PF

Páginas 4 à 12

PREFEITO RENI PEREIRAPODE SER PRESO SE

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PRETO NO BRANCO

Os artigos assinados são de inteiraresponsabilidade de seus autores e não

representam a opinião do jornal

É uma publicação da Editora A Fronteira do Oeste Ltda.CNPJ 04.640.198/0001-29 | Insc. Municipal 30125

Telefone (45) 3029-4999 - Foz do Iguaçu / [email protected]

Jornalismo sem censura

REDAÇÃO

Diretor: Enrique Alliana

Claudete Desbezel

Jornalista Responsável:Eduardo Alliana - MTb: 10700/Pr

Impressão: Jornal OPARANÁ S/A

COMERCIAL

A defesa do prefeito investigado Reni Pe-reira agiu no sentido de impedir vazamento deinformações na Operação Pecúlio que investi-ga esquema de corrupção na prefeitura. Se-gundo o Tribunal Regional Federal, os advo-gados entraram com pedido requerendo quesejam tomadas medidas pelo TRF, a fim de“preservar a imagem do investigado, que sa-

bidamente se dedica à atividade político-par-tidária e, podendo ser irreparavelmente preju-dicado pela publicidade das investigações.

Argumentaram ainda que a “abertura irre-gular de informações sigilosas expõe os inves-tigados à prematura e descabida execração

Defesa de Reni tentou segurarvazamento na Operação Pecúlio

Advogados se mostraram preocupados com reflexos políticos diante daproximidade da campanha eleitoral; TRF define que informações são públicas.

pública, pois se dedicam à atividade político-partidária, de modo que qualquer suspeita so-bre sua honradez lhes acarreta danos irrepará-veis, tendo em conta a proximidade das elei-ções municipais. Assim, reitera o pedido deenérgicas providências para impedir novos va-zamentos e garantir o efetivo segredo das in-vestigações”.

TRF negou pedidoPor intermédio do desem-

bargador Márcio AntônioRocha, o Tribunal RegionalFederal negou o pedido dosadvogados de Reni Pereira.Na decisão, ele deu uma li-ção de moralidade e transpa-rência. “O segredo de Justiçainicialmente atribuído aos pre-sentes autos visou a preser-var a eficácia das investiga-ções. Assim, em que pese apreocupação defensiva com arepercussão política da defla-gração da fase ostensiva daOperação Pecúlio, anoto que

por decisão do texto constitucional, os atos dopoder judiciário são públicos, protegendo-seapenas as informação sobre as quais haja pre-visão expressa de sigilo”.

Por outro lado, “os fato envolvem duas es-feras jurídicas que são essencialmente públi-cas, pela própria natureza dos atos adminis-trativos, a saber, a administração pública mu-nicipal, e a manipulação de recursos públicosfederais. Nesse contexto, onde a publicidadee a transparências são a regra, não há nenhumsentido na alegação de que haveria direito deimagem do Administrador a se preservar, poispreponderantes os valores constitucionais damoralidade, publicidade, impessoalidade dosatos administrativos. Nesse contexto, a publi-cidade da investigação é direito concedido atodo o cidadão, como ferramenta de controleda Administração, servindo o mesmo inquéritocomo a oportunidade de esclarecimento dosfatos por parte do Administrador. A publicida-de dos atos processuais, nesse contexto, é ga-rantia de mão dupla, servindo tanto ao acusa-do como à sociedade.

Planilhas com valoresNo relatório do desembargador Marcio An-

tonio Rocha, do TRF, consta que nas buscas re-alizadas na Operação Pecúlio, a Polícia FederalAdemais constata-se a existência de material deinteresse da investigação, tais como planilhas, do-cumentos e anotações que dizem respeito às obrase valores distribuídos a agentes públicos.

PF identifica Renicomo chefe

da organizaçãocriminosa

A RPC mostrou na segunda-feira à noite do-cumentos obtidos com exclusividade na inves-tigação da Polícia Federal apontando Reni Pe-reira como o chefe da organização criminosadas licitações na prefeitura. A emissora mos-trou trecho de conversas entre o prefeito e oentão secretário municipal e operador do es-quema, Melquizedeque de Souza.

“Reni Clovis de Souza Pereira capitaneavaesquema de fraudes à licitações e tinha comolonga manus seu secretário municipal de Tec-nologia da Informação, Melquizedeque Souza”,consta no relatório da PF. Em um pedido de pri-são temporária o delegado Fabio Tamura pedeo afastamento do prefeito e que ele seja proibi-do de adentrar as dependências da prefeitura.

Reni também teria usado da influencia paraneutralizar uma investigação da Câmara sobredesvios na prefeitura. O acordo previa dar car-gos públicos a pessoas indicadas por determi-nados vereadores. Reni diz em conversa comMelquizedeque: “Consegui resolver metade dasnomeações dos vereadores”. O secretário res-ponde: “Conseguiu?”. E Reni prossegue: “É mastemos que arrumar função para eles, ficou tudocomo assessor especial”.

Relatório da PF indica o prefeito comoRelatório da PF indica o prefeito comoRelatório da PF indica o prefeito comoRelatório da PF indica o prefeito comoRelatório da PF indica o prefeito comochefe do esquemachefe do esquemachefe do esquemachefe do esquemachefe do esquema

310 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 2016TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

ESTADO

Da redaçãoFoto: Arquivo

Denúncia de crime de responsabilidade com pedido de instalação de Comissão Processante foi protocoladaontem

Representantes de partidos entramcom pedido de cassação do prefeito

Três cidadãos filiados a par-tidos políticos entraram no dia9 (segunda-feira) com um pe-dido que pode resultar na cas-sação do mandato do prefeitoReni Pereira. Eles protocolaramdenúncia de crime de respon-sabilidade para instalação deuma comissão processante. Aalegação refere-se às manobrasfeitas com o consentimento doprefeito para instalação da par-ceria público-privada na saúde.

Em que pese a justiça terdeterminado a paralisação detodo o processo, os denunci-antes afirmam que a decisãonão afasta a prática criminosae muito menos supera a com-petência da Câmara Municipalmanejar o procedimento viávela imputar uma infração políti-co-administrativa ao prefeito.

“Há fortes indícios de que oprocedimento de ConcorrênciaPública 01/2016 tramitava sema devida instrução necessária,pois o processo não contava comdocumentos básicos, como es-tudo técnico fundamentado quedemonstrasse a conveniência eoportunidade da contratação deuma entidade privada para dis-ponibilização e prestação dos ser-viços da área de saúde”.

Os proponentes citam em-basamento no artigo 5º do De-creto-Lei 201/67, tipificado noartigo 4º, inciso VII, combina-do com as disposições da LeiFederal 11.079, de 30/12/2004, que institui normas geraispara a licitação e contratação

de Parceria Público-Privada. Opedido é assinado por HaralanElias Melo Mucelini, do PP;Pablo Braga Machado, doPCdoB; e Nadir Rafagnin, doDEM.

Indicam que as provas ane-xadas mostram-se além de ro-bustas, suficientes para a forma-ção de um juízo de valor e con-sequente apuração do crime deresponsabilidade por infraçãopolítico-administrativa por par-te de Reni Pereira.

Conduta IlícitaConforme consta na denún-

cia, através da ConcorrênciaPública 001/2016, o denuncia-do instaurou processo licitató-rio, tipo técnica e preço, obje-tivando a formalização de umaparceira, para instrumentação e

gestão de várias unidades desaúde local, dentre elas o Hos-pital Municipal Padre Germa-no Lauck. Todavia, a licitaçãoestava ocorrendo em comple-to desacordo com as disposi-ções vigentes, tanto que o ins-trumento convocatório restourevogado num primeiro mo-mento, recebendo ajustes ecorreções, sendo em ulteriormomento veiculado no ÓrgãoOficial Municipal.

Neste expediente, o que sebusca evidenciar é que o editallicitatório, embora buscasseapresentar aparente legalidade,tramitava em completo desa-cordo com a ordem vigente.“Na verdade, referido proces-so licitatório visava pôr em prá-tica os atos escusos do atualgestor em repassar grande

soma da receita pública doMunicípio para uma empresaprivada, denominada AtualMédica Gestão de Saúde”.

Justificam que assim, incor-reu o gestor municipal no mai-or dos erros, qual seja, na pre-cipitação de iniciar um proces-so de concorrência pública semdar atendimento às exigênciasexpressas na Lei Federal11.079, de 30/12/2004, queregulamenta as formalizações deparceiras público-privada, emespecial à previsão do art. 10 eincisos, da mencionada norma,que preceitua o seguinte:

Art. 10. A contratação deparceria público-privada seráprecedida de licitação na mo-dalidade de concorrência, es-tando a abertura do processolicitatório condicionada a auto-

rização da autoridade compe-tente, fundamentada em estudotécnico que demonstre a con-veniência e a oportunidade dacontratação, mediante identifi-cação das razões que justifi-quem a opção pela forma deparceria público-privada.

Entretanto, o que se obser-vava no procedimento instau-rado pelo prefeito é que inexis-tiam estudos elementares e ne-cessários à boa execução doajuste, restando igualmente de-sobedecidos os ditames da LeiComplementar Municipal 207,de 17/07/2013, que dispõe so-bre as normas.

Os denunciantes apontamainda que numa primeira tenta-tiva, os procedimentos foramsimplesmente abandonados,após 19/05/2015, momentoeste em que a Empresa AtualMédica foi desabilitada, em vir-tude de que havia apresentadodocumentação intempestiva.“Mais tarde, em 27/08/2015, oacusado, entendeu por instau-rar novo procedimento, o quechamou de primeiro procedi-mento de manifestação de in-teresse para reestruturação daÁrea da Saúde, tentando es-conder procedimento anterior,só que desta vez a empresaanteriormente considerada de-sabilitada sagrou-se aprovadae vencedora”.

Para abrir o processo deimpeachment do prefeito ReniPereira são necessários dezvotos e depende de o presiden-te colocá-lo em votação napauta desta terça-feira ou nassessões seguintes.

Estudos teriam sido montados para favorecer empresa parceiraNa denúncia, os três proponentes afir-

mam que o prefeito Reni Pereira, ainda queconsiga lograr êxito e afastar a imputaçãode que colaborou para o favorecimento daempresa Atual Médica Gestão, o que se ve-rifica é que os estudos, nos moldes exigidopela lei que trata do assunto, a princípio, não

foram elaborados pela Administração, ouseja, foram elaborados por terceiros, com-pletamente estranhos à Administração”.

Ao contrário do que manda a lei, elesafirmam que houve a condução de um sim-plório estudo técnico destinado exclusiva-mente a favorecer o parceiro particular, em

detrimento do interesse público. Este fato,foi, inclusive, abordado pela ProcuradoriaGeral do Município nos autos de ProcessoAdministrativo 13.898/2016, que entendeupela irregularidade do prosseguimento daformação da parceira dada a ausência de li-sura no referido procedimento.

Licitação de PP nas unidades de urgência estava ocorrendo emLicitação de PP nas unidades de urgência estava ocorrendo emLicitação de PP nas unidades de urgência estava ocorrendo emLicitação de PP nas unidades de urgência estava ocorrendo emLicitação de PP nas unidades de urgência estava ocorrendo emcompleto desacordo com as disposições vigentescompleto desacordo com as disposições vigentescompleto desacordo com as disposições vigentescompleto desacordo com as disposições vigentescompleto desacordo com as disposições vigentes

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Rodrigo Becker era "laranja" deReni na organização criminosaDa redaçãoFotos: Arquivo

Conclusão é do delegado federal que investiga o maior esquemade corrupção na prefeitura de FozPOLÍTICA

A Polícia Federal apon-tou o ex-secretário muni-cipal de Planejamento, Ro-drigo Becker, como sendo"laranja" de Reni Pereira naorganização criminosa no-meada pelo prefeito na ad-ministração municipal eque escancara o maior es-quema de corrupção na his-tória da prefeitura de Fozdo Iguaçu. Segundo dadosdo processo, "foi a partirdo monitoramento do tele-fone de Rodrigo Becker,que houve a identificaçãode um grande esquema defraudes em licitações mu-nicipais".

As investigações apon-tam Rodrigo como um pos-sível laranja de Reni Perei-ra. Consta ainda que o ex-secretário "é o elo de liga-ção entre o prefeito e asempresas do grupo de em-preiteiros de São Miguel

partir de 2014 envolvem li-citações supostamentefraudulentas na prefeiturade Foz do Iguaçu com fa-vorecimento e vantagensindevidas. Além das pri-sões, foram cumpridos emFoz e região 17 conduçõescoercitivas e 51 mandadosde busca e apreensão emresidências dos investiga-dos, gabinete do prefeito,repartições públicas e emempresas supostamente li-gadas ao esquema.

Vantagens ilícitasO delegado federal res-

ponsável pelo inquérito,Fabio Seiji Tamura, afir-mou que "foi identificada aformação de uma organiza-ção criminosa voltada afraudar licitações, direcio-nar para determinadas em-presas e formar um peque-no cartel com empresas daregião. Posteriormenteesse dinheiro (pagamento)era repassado pela prefei-

tura a estas empresas. Par-te do dinheiro era sacadaem espécie e distribuída àagentes públicos envolvi-dos no esquema de direci-onamento das licitações".

No dia da deflagração daOperação (19 de a abril) oprefeito Reni Pereira foium dos conduzidos paradepor na sede da PolíciaFederal. Durante buscas emduas residências dele, ospoliciais apreenderam do-cumentos, anotações, duasarmas e R$ 120 mil em di-nheiro. Em entrevista, elejustificou que o montanteé proveniente de ação inde-nizatória, o que tambémestá sendo verificado.

Foi a maior operação járealizada na administraçãopública municipal envol-vendo aproximadamente250 policiais federais, 23agentes da Receita Federale 14 da Controladoria Ge-ral da União distribuídosem 47 equipes.

Contratos da saúde eram negociadosentre empresas e secretários de Reni

O esquema de corrupção na prefeitura deFoz, desmantelado pela Polícia Federal, seestendeu também aos contratos para presta-ção de serviços na saúde com recursos doSUS transferidos da União para o Municí-pio. O ex-secretário de saúde, Charles Bor-tolo e o empresário Euclides de Barros Ju-nior, presos na Operação, estariam envolvi-dos.

A Polícia Federal interceptou ligaçõestelefônicas entre os dois. Conforme os tre-chos do processo, as conversas são as pro-

vas de que o grupo ocultava documentos paraesconder irregularidades na área da saúde.Em abril do ano passado, quando era secre-tário de saúde, Charles em conversa comEuclides ameaça revelar documentos se nãofosse resolvido problema com equipamen-to no PA Morumbi.

"Eu vou ter que mandar o contrato... ima-ginou? De alguma forma nós vamos ter queresolver porque eu não tenho como justifi-car mais. Tá parado dois meses e to pagan-do, entendeu?" consta na descrição da con-

versa. Na sequencia, Charles revela no diá-logo que o contrato com a empresa de Euc-lides havia sido prorrogado três vezes. "Jáimaginou? O que estava quieto, já não estámais".

O advogado do ex-secretário de saúdedisse que o cliente só vai se pronunciar apósa denúncia e que ele nem sabe do que estásendo acusado. Os advogados de Euclides eRodrigo afirmaram que eles são inocentese que já entraram com o pedido de revoga-ção das prisões preventivas.

Rodrigo Becker era "o elo de ligação entreRodrigo Becker era "o elo de ligação entreRodrigo Becker era "o elo de ligação entreRodrigo Becker era "o elo de ligação entreRodrigo Becker era "o elo de ligação entreo prefeito e as empresas"o prefeito e as empresas"o prefeito e as empresas"o prefeito e as empresas"o prefeito e as empresas"

do Iguaçu. A cidade vizinhafoi escolhida como base dasações ilícitas para não des-

pertar a atenção da popula-ção de Foz do Iguaçu".

Os casos investigados a

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Da RedaçãoFotos: Arquivo

Veja trechos do processo da Operação Pecúlio que colocam ReniPereira como envolvido no esquema de corrupção na prefeitura

Novas revelações incriminam prefeitoPOLÍTICA

Por meio do processo depedido de Habeas Corpus deum dos envolvidos, a justiçafederal, por meio do TRF, emPorto Alegre trouxe revelaçõescontundentes e que incriminamo prefeito Reni Pereira no mai-or esquema de corrupção in-vestigado na prefeitura de Fozdo Iguaçu. Veja o que constaem trechos da investigação.

"O gerente regional da Sa-nepar em Foz do Iguaçu (ex-secretário municipal de Plane-jamento), Rodrigo Becker, de-monstrou grande proximidadecom o prefeito Reni Pereira,além de vínculos societárioscom as empresas do grupo deSão Miguel do Iguaçu/PR, asquais estão vencendo grandeparte dos contratos de obrasincluídos no projeto de moder-nização das vias de acessodesta cidade. Restou claro quetais empresas têm preferênciano recebimento de valores em

detrimento dos demaisprestadores de serviços àmunicipalidade, sendoMelquizedeque (tambémex-secretário preso) oprincipal interveniente pe-rante a Secretaria de Fa-zenda, tendo sido notado,inclusive, a interferênciadireta do prefeito ReniPereira".

E segue: "Como visto,Rodrigo Becker é o elo deligação entre o prefeitoReni Pereira e as empre-sas Terraplanagem SRLtda, EmpreendimentosQueiroz Ltda e AtivaObras e Serviços Ltda.Rodrigo chegou a ocuparo cargo de SecretárioMunicipal de assuntos es-tratégicos e projetos, liga-do ao Gabinete do Prefei-to Reni Pereira, porém,sua rápida ascensão co-meçou a despertar o inte-resse da mídia local, o quepossivelmente provocousua exoneração".

Consta também no proces-so que "Rodrigo teria acumula-do indevidamente no períodode fevereiro de 2014 a novem-bro de 2014, remuneração tan-to da municipalidade de Foz doIguaçu/PR como da SANEPAR.Foi a partir do início do monito-ramento telefônico de RodrigoBecker, que houve a identifica-ção de um grande esquema defraudes em licitações municipaise seus autores, inclusive com suaparticipação direta".

As investigações apontam"Rodrigo como sendo um pos-sível laranja de Reni Pereira, eestá diretamente envolvido noevento Cartel, no qual restoudemonstrado a fraude na con-corrência nº 05/2015, protago-nizada por Reni Clovis de Sou-za pereira, Melquizedeque daSilva Ferreira Correa Souza,Nilton João Beckers, RodrigoBecker, Luiz Carlos Medeiros,Edson Queiroz Dutra, Fernan-do da Silva Bijari, Evori Rober-to Patzlaff e Cristiano Fure deFrança.

Reni escapou do primeiropedido de prisão preventivaPor ser prefeito (cargo eletivo), Reni

Pereira, em investigação de âmbito fe-deral como é o caso da Operação Pe-cúlio, só pode ser processado pelo Tri-bunal Regional Federal, com sede emPorto Alegre. Por conta das evidenciasapontadas na investigação iniciada em2014, a Polícia Federal pediu a prisãopreventiva do prefeito já na primeira faseda operação realizada no dia 19 de abril.Na mesma solicitação constavam os no-mes dos demais envolvidos.

A justiça local determinou naquelaprimeira fase a prisão de 14 envolvidos.Já no TRF, Reni escapou de ter a pri-são preventiva decretada, sendo trans-formada em condução coercitiva. A pro-curadoria regional federal, em Porto Ale-gre, "manifestou-se desfavoravelmenteao deferimento do supracitado pedido,

com fundamento nos seguintes argu-mentos: Não estão preenchidos, por-tanto, os requisitos necessários para adecretação da prisão Preventiva".

Entendeu que "não há notícias deameaças a testemunhas ou indícios deque existam planos de fuga. Por ora,a liberdade não coloca em risco a apli-cação da lei penal e tampouco repre-senta qualquer óbice ao prosseguimen-to das investigações. A ordem públicae a ordem econômica também não se-rão afetadas pela liberdade dos inves-tigados. Por fim, conforme dito pelaprópria Polícia Federal, as investiga-ções precisam avançar e as medidas

de busca e apreensão são instru-mentos fundamentais para o recolhi-mento de provas da materialidade doscrimes".

Dados do processo revelados nesta semana colocamDados do processo revelados nesta semana colocamDados do processo revelados nesta semana colocamDados do processo revelados nesta semana colocamDados do processo revelados nesta semana colocamReni como alvo das investigaçõesReni como alvo das investigaçõesReni como alvo das investigaçõesReni como alvo das investigaçõesReni como alvo das investigações

Polícia Federal pediu prisão do prefeito, mas TRF negouPolícia Federal pediu prisão do prefeito, mas TRF negouPolícia Federal pediu prisão do prefeito, mas TRF negouPolícia Federal pediu prisão do prefeito, mas TRF negouPolícia Federal pediu prisão do prefeito, mas TRF negou

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Da RedaçãoFotos: Arquivo

"Melquizedeque seria o principal coordenador das ilicitudes com aciência e participação indireta do prefeito Reni Pereira"

Justiça comprova participação doprefeito no esquema de corrupção

POLÍTICA

Revelações levadas ao arpela RPC apontam que a Polí-cia Federal identificou Melqui-zedeque de Souza, ex-secre-tário preso duas vezes por cor-rupção, como "o homem deconfiança do prefeito Reni Pe-reira e o centralizador de to-dos os prováveis esquemas defraude em licitações, pagamen-tos indevidos, e movimentaçãode recursos ilícitos." As inves-tigações teriam mostrado queo ex-secretário tinha posiçãoprivilegiada dentro da prefeitu-ra e falava com empresáriosem nome do prefeito.

Conforme mostrado pelaTV "Melquizedeque seria oprincipal coordenador das ili-citudes praticadas no âmbito daprefeitura de Foz do Iguaçucom a ciência e participaçãoindireta do prefeito Reni Perei-ra". Já na primeira fase, a Polí-cia Federal pediu a prisão pre-ventiva do prefeito, mas o Tri-bunal Regional Federal, ondea solicitação tramitou por con-ta de Reni ter foro privilegia-do, negou.

As revelações ocorrerampor ocasião da análise de umpedido de habeas corpus doex-secretário municipal. O Tri-bunal Regional Federal (4ª Re-

gião) em Porto Alegre negou opedido. A justificativa do rela-tor, desembargador MárcioAntonio Rocha, é de que há evi-dencias da tentativa de Melqui-zedeque esconder provas e queo acusado vinha praticando cri-mes reiteradamente. Por en-quanto, ele deve continuar pre-so para não atrapalhar as inves-tigações.

Melquizedeque havia sidopreso em setembro do ano pas-

tado de um trabalho conjunto daCGU, PF, RF, MPF e JustiçaFederal e apura suposto esque-ma de corrupção na prefeiturade Foz do Iguaçu.

Operador do esquemaAo negar o pedido de liber-

dade, o desembargador doTRF, Márcio Antonio Rocha,apontou que Melquizedeque foipreso preventivamente na Ope-ração Pecúlio, "que investiga

sado quando era SecretárioMunicipal de Tecnologia da In-formação. Em uma investigaçãodo GAECO ele aparece comoenvolvido no escândalo defraudes no ITBI. Exoneradoépoca, o ex-secretário conse-guiu recurso na justiça e respon-dia o caso em prisão domicili-ar, quando acabou preso nova-mente no último dia 19 de abrilna Operação Pecúlio.

A Operação Pecúlio é resul-

suposta organização criminosaresponsável pela prática de ir-regularidades perante a admi-nistração pública do Municípiode Foz do Iguaçu, especial-mente no que concerne a pro-cessos licitatórios municipaisenvolvendo, inclusive, verbaspúblicas federais, bem como aingerência em projetos de au-tarquias federais, com a finali-dade de obtenção de vantagensindevidas".

Consta dos autos haver for-tes indicativos de que, em al-gumas oportunidades, verbasfederais, provenientes dos Pro-gramas de Aceleração do Cres-cimento - PAC, dos royalties daUsina Hidrelétrica de Itaipu/PRe do Sistema Único de Saúde -SUS, foram objeto de desvio,por meio de procedimentos li-citatórios fraudulentos.

A prisão preventiva de Me-lquizedeque foi decretada paragarantia da ordem pública, di-ante de evidentes indícios daprática reiterada de crimes, epor conveniência da instruçãocriminal, em razão de indíciosde que em conluio com outrosinvestigados teria praticadoações voltadas à ocultação dedocumentos e à dissimulaçãode irregularidades em investiga-ção. Dentro da prefeitura, Me-lquizedeque atuava como ope-rador do esquema fraudulento.

Juiz local decretou prisõesAs prisões do ex-secretário de Reni e de

outros envolvidos foram determinadas pelojuiz federal de Foz do Iguaçu, Pedro Carva-lho Aguirre Filho. "A autoridade policial re-presentou pela decretação da prisão preven-tiva e, alternativamente, da prisão temporá-ria, dos investigados Cristiano Fure de Fran-ça, Euclides de Moraes Barros Junior, EvoriRoberto Patzlaff, Fernando da Silva Bijari,Melquizedeque da Silva Correa Ferreira Sou-za, Nilton João Beckers e Rodrigo Becker,com fundamento nos seguintes argumentos:

Nos termos do art. 311 e seguintes do Có-digo de Processo Penal, com nova redação

da Lei nº 12.403/2011, poderá ser decretadaa prisão preventiva para a garantia da ordempública, da ordem econômica, por conveni-ência da instrução criminal ou para assegurara aplicação da lei penal, quando houver provada materialidade e indícios suficientes de au-toria nos crimes dolosos punidos com reclu-são com pena privativa de liberdade máximasuperior a quatro anos, se houver condena-ção com trânsito em julgado por outro crimedoloso, ou, se o crime envolver violência do-méstica e familiar contra mulher, criança, ado-lescente, idoso, enfermo ou pessoa com defi-ciência a fim de garantir a execução de medi-

das protetivas de urgência".Na revogação do pedido de habeas cor-

pus de Melquizedeque, o desembargador en-tendeu que no caso "verifica-se que os inves-tigados participam de grupo cujo objetivo se-ria fraudar licitações, especialmente no âmbi-to do município de Foz do Iguaçu, havendoindícios em relação a algumas pessoas de ocul-tação e reintrodução de recursos de origemilícita.

O produto da interceptação das comuni-cações telefônicas e telemáticas e o InquéritoPolicial apontam a materialidade e inúmerosindícios de autoria dos crimes.

Ex-secretário tinha posição privilegiada dentro da prefeitura eEx-secretário tinha posição privilegiada dentro da prefeitura eEx-secretário tinha posição privilegiada dentro da prefeitura eEx-secretário tinha posição privilegiada dentro da prefeitura eEx-secretário tinha posição privilegiada dentro da prefeitura efalava com empresários em nome do prefeitofalava com empresários em nome do prefeitofalava com empresários em nome do prefeitofalava com empresários em nome do prefeitofalava com empresários em nome do prefeito

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Da RedaçãoFotos: Arquivo

Operação Pecúlio iniciou com investigação dentro daJustiça Federal de Foz do IguaçuPOLÍTICA

Prática de fraudes na prefeitura fezsecretário e lobista sócios no crime

O processo de pedido dehabeas corpus de Melquizede-que de Souza traz muitas reve-lações no âmbito da OperaçãoPecúlio. Consta que na condi-ção de secretário de Reni Pe-reira ele era um dos operado-res do esquema de corrupçãona prefeitura. Além do caso dafraude em ITBI que o levou àprisão pela primeira vez e à de-missão do cargo, apenas umaparte dos contratos averiguadosna Pecúlio apontam desvio deR$ 4,9 milhões - parte distri-buída a agentes políticos de pri-meiro escalão do governo Reni.

"Apurou-se que o secretá-rio de tecnologia de Informa-ção, Melquizedeque da SilvaFerreira Correa Souza, seria ohomem de confiança do prefei-to Reni Pereira dentro da es-trutura administrativa da prefei-tura, sendo ele o centralizadorde todos os prováveis esque-mas de fraude à licitação, pa-

gamentos indevidos, emovimentação de re-cursos ilícitos", cons-ta no processo.

Conclui ainda que"junto com Melquize-deque aparece a figu-ra de Euclides deMoraes Barros Juni-or, empresário e lo-bista que participa'ativamente' da gestãomunicipal, especial-mente na área da saú-de, muito embora nãoseja servidor públicoou exerça cargo emcomissão na munici-palidade. Euclidescentralizaria as licita-ções concernentes acontratação de equi-pamentos e examesde diagnóstico porimagem na secretariade saúde do municí-pio, após a decisão do prefeitoReni Pereira em terceirizar taisserviços".

As investigações revelaram

também que muitas licitaçõesvultosas foram objeto de 'dis-pensa', inclusive a dispensa nº044/2014, entregue à E-Peo-

Ligações entre o grupo deReni e "Peter", do Paraguai

Os dados revelados no processo da Operação Pe-cúlio mostram envolvimento do grupo investigado porcorrupção na gestão de Reni Pereira com o empresáriodo Paraguai investigado em outras organizações crimi-nosas. "É evidente a ligação de Melquidezeque com co-merciantes que atuam em Ciudad Del Este/PY, especi-almente Pedro Anselmo Agrizzi, vulgo 'Peter', conheci-do como um grande contrabandista, vinculado à lojaNave Informática no país vizinho", consta.

A relação de sociedade de "Peter" e Melquizedequeresta demonstrada por quebra de sigilo e troca de e-mails. Em um deles, o então secretário municipal recebeboleto para pagar serviço referente ao registro de do-mínio na internet referente a negócios do grupo, "o queindica que Melquizedeque, na verdade, seria interpostapessoa de Pedro Anselmo Agrizzi, nos negócios no Pa-raguai, após esse ser alvo da operação Columbus daPolícia Federal".

ple Soluções Ltda,pertencente a Eucli-des. "Os elementoscoletados indicam queMelquidezeque e Eu-clides possuem umasociedade com a cla-ra intenção de abertu-ra de clínica de diag-nósticos por imagemna cidade chegando amencionar que o em-preendimento deveser algo à altura doequipamento de res-sonância magnéticaque teriam adquiridono valor de R$ 3 mi-lhões, demonstrandoo alto poder aquisiti-vo de ambos".

Em outro trechoestá escrito: "O inves-tigado Melquizede-que, à época dos fa-tos, ocupava o cargo

de Secretário Municipal de Tec-nologia da Informação de Fozdo Iguaçu. Todavia, restou de-monstrado no curso das inves-

tigações que suas ações não selimitavam às atividades afetas àárea de tecnologia da informa-ção. Ocupava uma posição pri-vilegiada dentro da administra-ção pública municipal, tendosido apontado pela autoridadepolicial como sendo 'o princi-pal elo articulador entre os fun-cionários de cargos políticosatuantes da Prefeitura de Fozdo Iguaçu, falando em nome epor diversas vezes do prefeitoReni, com alguns empresáriosque possuem contratos compoder público municipal".

Concluiu ainda quer a rela-ção com o prefeito era bempróxima "e Melqui é a pessoa aquem empresários e servidoresrecorrem para que os pagamen-tos da Prefeitura sejam efetua-dos, mesmo que em detrimen-to de outros fornecedores compreferência cronológica e sem-pre por meio do servidor LuizCarlos Alves, conhecido comoCal, diretor de Departamentode Gestão Financeira da pre-feitura".

Investigados na Operação Pecúlio tinham envolvimento com empresários do ParaguaiInvestigados na Operação Pecúlio tinham envolvimento com empresários do ParaguaiInvestigados na Operação Pecúlio tinham envolvimento com empresários do ParaguaiInvestigados na Operação Pecúlio tinham envolvimento com empresários do ParaguaiInvestigados na Operação Pecúlio tinham envolvimento com empresários do Paraguai

Apurou-se que o secretário de tecnologia deApurou-se que o secretário de tecnologia deApurou-se que o secretário de tecnologia deApurou-se que o secretário de tecnologia deApurou-se que o secretário de tecnologia deInformação, Melquizedeque da Silva FerreiraInformação, Melquizedeque da Silva FerreiraInformação, Melquizedeque da Silva FerreiraInformação, Melquizedeque da Silva FerreiraInformação, Melquizedeque da Silva FerreiraCorrea Souza, seria o homem de confiançaCorrea Souza, seria o homem de confiançaCorrea Souza, seria o homem de confiançaCorrea Souza, seria o homem de confiançaCorrea Souza, seria o homem de confiançado prefeito Reni Pereirado prefeito Reni Pereirado prefeito Reni Pereirado prefeito Reni Pereirado prefeito Reni Pereira

8 10 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 2016

POLÍTICA

Operador do esquema, secretáriomunicipal enriqueceu rapidamente

Movimentação financeira de Melquizedequeera muito acima dos ganhos

Da redaçãoFotos: Enrique Alliana

"De fato, os elementos pro-batórios trazidos ao processo,indicam que Melquizedeque daSilva Correa Ferreira Souzaera responsável pela gestão doscontratos firmados pela Prefei-tura de Foz do Iguaçu com for-necedores e prestadores deserviço, atuando desde os res-pectivos procedimentos licita-tórios até a liquidação de seuspagamentos". Essa conclusãoconsta dos autos da OperaçãoPecúlio que investiga o maioresquema de corrupção na his-tória da prefeitura protagoniza-do na gestão do prefeito ReniPereira.

Os dados indicam que"nessa seara, foram obtidos ele-mentos que dão conta da prá-tica de diversas irregularidades,consubstanciadas no direciona-mento e na restrição de partici-pação em licitações, na forma-ção de cartel para loteamentodas contratações envolvendoobras públicas, na realização deaditivos voltados a estendercontratos firmados com empre-sas 'parceiras' da administraçãoetc."

No decorrer das investiga-ções, "já havia indícios de in-

compatibilidade de bens e degastos com o rendimento men-sal de Melquizedeque, além deseu interesse em adquirir imó-veis no litoral e empreendimen-tos locais, fato que foi corrobo-rado pelo por meio das infor-mações fiscais e financeiras doentão secretário de Reni, exo-nerado desde o ano passadoquando foi pego numa outra in-vestigação (do GAECO) envol-vido em fraude no ITBI".

Como secretário, ele "rece-beu salários de R$ 9.500,00 aR$ 10.003,50 em 2014, e es-tes valores aparentemente cir-culavam por sua conta bancá-ria no Banco Bradesco. Entre-tanto, além da conta no BancoBradesco, Melquizedeque pos-sui uma outra conta no BancoSantander, na qual as movimen-tações financeiras são mais vul-tosas e aparentemente incom-patíveis com o salário de funci-onário público. Nestas contasbancárias do Banco Santanderforam creditados em 2014 umamédia de R$ 43.829,11 pormês".

Na sequencia expõe: "Im-portante ressaltar que Melqui-zedeque não apresentou suaDeclaração de Imposto de Ren-da Pessoa Física exercício2015, ano-calendário 2014,

caracterizando manobra desti-nada, possivelmente, a ocultaras aquisições imobiliárias rea-lizadas no ano de 2014. (...)Pode-se observar que Melqui-zedeque adquiriu um lote noempreendimento condomínioSafira, em Foz do Iguaçu, emrelação ao qual paga mensali-dades no valor de R$1.800,00".

E confirma: "As mensagensinterceptadas também de-

monstram de forma clara queMelquizedeque está realizandovários investimentos, além dacompra do imóvel, como, porexemplo, o desenvolvimentode projetos de geotecnologiapor meio da empresa Geoin-novit e Cezar Habby, prová-vel 'laranja', da imobiliária Gi-simóveis (projeto Gisimóveis).Os planos são a possível ne-gociação de lotes, também coma participação de Cezar Ha-

bby, aplicações na bolsa devalores e tesouro direto, den-tre outros".

Ainda, existem "mensagensque indicam a incompatibilida-de de bens e de gastos mensaiscom o rendimento mensal deMelquidezeque, podendo sercitados os pagamentos das fa-turas mensais de cartão de cré-dito que variam de R$ 9.000,00a R$ 11.000,00 para uma ren-da declarada de R$10.000,00.

De dentro da Secretaria de Informática homem de confiança do prefeito comandava oDe dentro da Secretaria de Informática homem de confiança do prefeito comandava oDe dentro da Secretaria de Informática homem de confiança do prefeito comandava oDe dentro da Secretaria de Informática homem de confiança do prefeito comandava oDe dentro da Secretaria de Informática homem de confiança do prefeito comandava oesquema fraudulentoesquema fraudulentoesquema fraudulentoesquema fraudulentoesquema fraudulento

Caso da prisão pelo GAECO foi juntado ao processo da PecúlioAs informações sobre a opera-

ção do GAECO que culminou naprisão do então secretário munici-pal Melquizedeque de Souza estãorelatadas no processo da OperaçãoPecúlio. "No dia 1º de setembro elefoi preso preventivamente pela Po-lícia Civil do Estado do Paraná, eminvestigação levada a cabo pelo Gru-po de Atuação Especial de Comba-te ao Crime Organizado por supos-tamente ter participado de esquemade fraude no pagamento de ITBI".

Cita que "a prisão de Melquize-deque vem ao encontro da presenteinvestigação (Pecúlio) na medida emque corrobora os indícios aqui co-

letados de que 'Melqui' seria o prin-cipal coordenador das ilicitudes pra-ticadas no âmbito da prefeitura deFoz do Iguaçu/PR, com a ciência eparticipação indireta do prefeito ReniPereira".

As investigações do GAECO/PRapontam para a existência de paga-mentos regulares de 'propina' ao ex-secretário de T.I., sendo ele o res-ponsável pela alteração de valoresde diversos imóveis na base de da-dos da prefeitura. Dessa forma, Me-lquizedeque receberia um percentu-al dos valores indevidamente deixa-dos de recolher aos cofres da pre-feitura.Agentes do GAECO prenderam secretário municipal no dia 1º de setembroAgentes do GAECO prenderam secretário municipal no dia 1º de setembroAgentes do GAECO prenderam secretário municipal no dia 1º de setembroAgentes do GAECO prenderam secretário municipal no dia 1º de setembroAgentes do GAECO prenderam secretário municipal no dia 1º de setembro

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POLÍTICA

Mesmo depois de tersido preso e na sequenciacolocado em prisão domi-ciliar, o principal operadordo esquema de corrupção ehomem de confiança do pre-feito Reni Pereira conti-nuou a cometer crimes. É oque apontam as investiga-ções da Operação Pecúlio."Melquizedeque de Souza,muito embora exoneradodo cargo de secretário deTecnologia da Informação,em razão de sua prisão nadata de 01/09/2015, perma-neceu mantendo tratativascom Porfírio (Printer), Le-andro Claudino Barbosa(A8), Mario Cezar Habbydos Santos (Geoinnovit),acerca de certames tanto nomunicípio de Foz do Iguaçucomo em outros".

Os levantamentos con-cluem: "Verifica-se que exis-tem mensagens que compro-vam a íntima relação de Mel-quizedeque com a empresaPrinter do Brasil Ltda, vence-dora da licitação de forneci-mento de materiais e equipa-mentos de impressão para di-versas secretarias do municí-pio, suspeita de fazer parte doesquema de fraudes nos cer-

Da RedaçãoFotos: Assessoria

Dentre os contratos está a da Printer em que a Câmara já haviarecebidos denuncias de suspeita de irregularidades

Várias empresas com contratos naprefeitura são citadas na Pecúlio

tames e desvio de recursospúblicos, conforme já vistoem relatórios anteriores".

Os negócios com suspei-tas de fraudes se estenderamcom "outras empresas comoCarla Fachi ME - A8 Solu-ções, Pegorini InstalaçõesElétricas Ltda e GeoinnovitSoluções Tecnológicas Ltda,nas quais Melquizedeque eMoacir Fernandes de Arau-jo, respondem solidariamen-te, conforme contratos deRepresentação Comercial".

No processo consta tam-bém que "Silvana, da Printer,também encaminhou diver-sas notas fiscais da Printer doBrasil Ltda e boletos emiti-dos para a prefeitura de Foz,referentes a pagamentos dosserviços prestados, possivel-mente para 'Melqui' agilizá-los". A renovação de contra-tos com a Printer foi denun-ciada na Câmara pelo verea-dor Nilton Bobato (PCdoB)em 2014. O vereador acusouque o esquema envolvia maisde R$ 1 milhão e após a ban-cada do prefeito negar o en-vio de documentos ao Legis-lativo, Bobato encaminhoua denúncia ao MP.

Além disso, há nos autos"forte indicativo de que Mel-quizedeque é proprietário defato da empresa Geoinnovit,

subcontratada pela empresa Eli-ane Yamamoto Ltda para execu-ção de serviços relacionados aosistema de georeferenciamen-to do município, em que era umdos responsáveis pela fiscaliza-ção da referida execução.

O então secretário deReni Pereira foi alvo de de-núncia acerca de irregulari-dades na secretaria de Tecno-logia da Informação, "ondeestaria havendo a formaçãode 'caixa dois', culminando

Um dos esquemas é das fotocópias denunciado na Câmara pelo vereador BobatoUm dos esquemas é das fotocópias denunciado na Câmara pelo vereador BobatoUm dos esquemas é das fotocópias denunciado na Câmara pelo vereador BobatoUm dos esquemas é das fotocópias denunciado na Câmara pelo vereador BobatoUm dos esquemas é das fotocópias denunciado na Câmara pelo vereador Bobato

Investigações avançam descobrindo esquemas engendradosInvestigações avançam descobrindo esquemas engendradosInvestigações avançam descobrindo esquemas engendradosInvestigações avançam descobrindo esquemas engendradosInvestigações avançam descobrindo esquemas engendradospor agentes nomeados pelo prefeitopor agentes nomeados pelo prefeitopor agentes nomeados pelo prefeitopor agentes nomeados pelo prefeitopor agentes nomeados pelo prefeito

na instalação de uma Co-missão Parlamentar de Inqu-érito na Câmara Municipalde Foz do Iguaçu. A referidaCPI consiste basicamenteem apurar suposta fraude naconcorrência 06/2013 econteria áudios, e-mails, de-clarações firmadas em car-tório e ampla documentaçãode que a empresa vencedo-ra da licitação, Eliane Yama-moto/GVY, repassaria mon-tantes em espécie para 'Me-

lqui', que também seria res-ponsável pela terceirizaçãode parte dos serviços".

De fato, "os elementosjuntados aos Autos demons-tram de forma inequívocaque Melqui foi o principalidealizador da implementa-ção do sistema de georre-ferenciamento, tendo usadocomo interposta pessoa aempresa Eliane Yamamoto/GVY, a qual foi entregue aconcorrência 06/2013".

Justiça federal citaformação de cartelA justiça federal citou no

processo da Operação Pecú-lio a existência de um cartel deempresa sediado em São Mi-guel do Iguaçu como base doesquema de corrupção na pre-feitura de Foz do Iguaçu.Aponta que o Melquizedequeesteve "sempre à frente dasnegociações, licitações e pa-gamentos para determinadasempresas, especialmente as

que fazem parte do grupoidentificado como 'Cartel' se-diado na cidade de São Mi-guel do Iguaçu/PR, além deinterferir diretamente e em fa-vor de Euclides da MoraesBarros Junior, na nomeaçãoestratégica em cargo em co-missão de Andre Luis Penzin,que atuaria dentro do hospi-tal municipal no interesse ilí-cito do grupo".

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular10 10 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 2016

Da RedaçãoFoto: Arquivos

Informações aparecem em dados revelados do inquérito da Polícia Federal

Esquema de corrupção intimidavaou comprova silêncio na prefeitura

A Polícia Federal concluiunas investigações da OperaçãoPecúlio que a organização cri-minosa desbaratada na prefei-tura de Foz do Iguaçu engen-drou "ações voltadas à ocul-tação de documentos que se-riam fornecidos ao MinistérioPúblico, bem como no sentidode dissimular irregularidadesem processos que estavamsob investigação daquele ór-gão. Investigados fizeram, in-clusive, mediante intimidaçãoda servidora Marlene Alvesdos Santos, que se propôs adenunciar irregularidades naárea da saúde.

Em um ato do então secre-tário de Saúde, Charles Bor-tolo, ela foi exonerada da fun-ção que exercia na Secretaria

POLÍTICA

Polícia Federal reuniu provas contra o ex-secretário de saúde Charles BortoloPolícia Federal reuniu provas contra o ex-secretário de saúde Charles BortoloPolícia Federal reuniu provas contra o ex-secretário de saúde Charles BortoloPolícia Federal reuniu provas contra o ex-secretário de saúde Charles BortoloPolícia Federal reuniu provas contra o ex-secretário de saúde Charles Bortolo

Municipal de Saúde. A princí-pio, determinou a instauraçãode sindicância em seu desfa-vor. Em outro foco, segundo ainvestigação da PF, a situaçãopericlitante da saúde no muni-cípio levou o Ministério Públi-co a cobrar um relatório dasreais condições do setor.

Com efeito, conforme apu-rado por meio do monitora-mento telefônico, "foi elabo-rado pelas servidoras identi-ficadas como Cíntia, Concei-ção e Rosane o relatório re-quisitado pelo Ministério Pú-blico, ao qual foi juntado umanexo, elaborado pela Chefeda Divisão de EpidemiologiaMarlene Alves dos Santos, oqual denunciava as condiçõesprecárias do atendimento einstalações, expondo a popu-lação a toda sorte de agentesinfecciosos".

"Se chegar ao MP vai ferrartodo mundo", disse Charles

O anexo produzido por Marle-ne "todavia, não chegou ao conhe-cimento do Ministério Público. Aservidora Marli Terezinha Telles, aotomar conhecimento de seu conteú-do, deu ciência a Melquizedeque daSilva Ferreira Correa Souza (entãosecretário de TI), o qual tomou pro-vidências no sentido de retirá-lo dorelatório requisitado pelo MP".

De acordo com Charlles, se essedocumento chegasse ao MP iria'ferrar' todo mundo da Secretaria eaté do Governo e que seria um ates-tado de incompetência. "Diz queera sobre a gestão do hospital e coi-sas que a Vigilância tinha feito. Con-ta a Dr Rubens do gabinete do Pre-feito que mandou exonerar Marle-ne. Dr Rubens adverte que Marle-ne já teria feito um monte de 'coisi-nha' para eles no Gabinete e que

por isso teriam dado uma divisão(chefia) para ela. Realmente ela tevesua chefia de divisão da SecretariaMunicipal de Saúde revogada em29/01/2015".

Pressão e perseguiçãoEm nova interceptação telefôni-

ca uma conversa entre Charlles eDr Rubens, dia 30/01/2015, mos-tra a estratégia de pressão e perse-guição a servidores. Consta que DrRubens (do Gabinete) falou do pro-blema entre Charlles e Marlenepara Reni e que este mandou abriruma sindicância para investigar aconduta da funcionária.

Charlles diz que concorda. Ru-bens diz que "se ela vier encher osaco foi por causa da sindicânciae que isso é para fechar o cercoem cima da funcionária".

Acordos para não vazar informações foram negociadasAcordos para não vazar informações foram negociadasAcordos para não vazar informações foram negociadasAcordos para não vazar informações foram negociadasAcordos para não vazar informações foram negociadaspor gente do gabinete do prefeitopor gente do gabinete do prefeitopor gente do gabinete do prefeitopor gente do gabinete do prefeitopor gente do gabinete do prefeito

1110 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 2016TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Vereadores teriam agido em suposta ingerência contra aperseguição e exoneração de chefe da Epidemiologia teria

Vereadores Dilto Vitorassi, Dusoe Rudinei são citados em grampo

POLÍTICA

Conforme trechos do pro-cesso da Operação Pecúlio osvereadores Dilto Vitorassi(PV), Rudinei de Moura (PEN)e Fernando Duso (PT) são ci-tados nas interceptações tele-fônicas da Polícia Federal. "Nodia 5 de fevereiro de 2015, às14:32:51 horas, Reni Pereiraliga para Charles e diz que Vi-torassi ligou e pergunta da con-fusão com a servidora (Marle-ne Alves dos Santos Marlene,chefe então exonerada da che-fia de Divisão da Epidemiolo-gia) por ter feito um relatóriorelacionado às condições pre-cárias das instalações da saúdee que por isso perdeu sua gra-tificação.

Charlles diz que Marlene eraa chefe de divisão Marlene "eque se o relatório tivesse che-gado ao Ministério Público elesteriam fechado o hospital. Dizque vai pegar uma cópia do re-latório e mostrar para o prefei-to. Reni volta a falar do relató-rio e diz que acha que o MPestá aprontando alguma para ohospital. Diz que suspeita serrelacionado com o concurso

público e que eles têm até mar-ço para realizá-lo.

Em outra conversa no mes-mo dia Charlles pergunta à umade suas assessoras que teriadestruído cópias do relatóriopara acabar com as evidênci-as. Charles diz que Vitorassi temuma cópia e por isso iria falarcom o vereador. A assessoradiz que se os documentos che-gassem ao MP causariam amaior chateação para eles. "Dizque até relatava que os pacien-tes tinham que trazer toalhas decasa, sofá com remendo de chi-

clete e outras tantas mazelas".No dia seguinte, o então se-

cretário de saúde informa a DrRubens que segurou a abertu-ra de sindicância contra Mar-lene, pois Sergio Beltrame (Se-cretário de Governo) iria con-versar com o prefeito. Diz quetrês vereadores estariam acar-retando estresse e intervindoem favor de Marlene. Charllesdiz que conversou com Reni eFernando Duso (presidente daCâmara) e que este iria conver-sar com Rudinei de Moura (ve-reador).

Conversas mostram secretários reclamando de vereadores

Rubens pede que deixe Bel-trame conversar com Reni paraver o que vão resolver. Char-les diz que quer deixar claroque se tivessem entregado odocumento que ela mandoupara o Ministério Público, es-tariam ferrados. Mesmo con-trariado, o secretário Charlesaceita a nomeação de Marle-ne, em cargo comissionado,mesmo que isso acarretasse emdois vínculos de 8h com a Se-cretaria de Saúde, por conta deum pedido do secretário Mel-qui, "pois o mesmo estava so-

frendo pressão do vereadorRudinei de Moura para querenomeasse Marlene, confor-me diálogos interceptados".

Por meio da Portaria nº57.210, foi Marlene Alves dosSantos novamente designadapara ocupar a Chefia da Divi-são de Epidemiologia - DVE-PD da Secretaria Municipal deSaúde. "Corrobora o conteúdodos supracitados diálogos, nosentido de que a referida servi-dora foi reconduzida àquelecargo por pressão de vereado-res".

Em processo de pedidos deHabeas Corpus de Melquizede-que o Tribunal Regional Federaldestaca trecho de uma conversaentre Charles Bortolo e Melqui-zedeque. No diálogo, Melqui diz:"Cara do céu, nomeia esta mulherneste lugar que ela está lá, por-que não aguento mais este Rudi-nei (vereador). Nomeia esta mu-lher. Deixa ela quieta". E Charlesresponde: "Voltar atrás numa de-cisão desta é para acabar".

Melqui argumenta: "Então va-mos conversar eu você e o Rudi-nei. Não aguento mais". Charlesprossegue: "Mais uma vez, eunomeio ela, mas não atendo ne-nhum pedido político dele. Aque-

les quinhentos pacientes que fi-cam levando tiro no Jupira, ládentro do hospital. Volto atrás,mas vamos ver se sábado e domin-go a noite vou ficar abrindo asmensagens dele para atender ele".

O diálogo continua e Melquiacrescenta: "Temos que sentareu, você e ele para você justifi-car suas coisas, por que eu nãoaguento mais". Charles: "Tudobem. Volto atrás, vou abrir umadenúncia contra ela no Minis-tério Público por dois vínculosde 8 horas. Não tem problema".Em outra conversa na sequên-cia, Charles informa que no-meou, atendendo ao pedido deRudinei.

Fernando Duso teria tomado conhecimento do problemaFernando Duso teria tomado conhecimento do problemaFernando Duso teria tomado conhecimento do problemaFernando Duso teria tomado conhecimento do problemaFernando Duso teria tomado conhecimento do problemana Chefia da Epidemiologiana Chefia da Epidemiologiana Chefia da Epidemiologiana Chefia da Epidemiologiana Chefia da Epidemiologia

Diálogos apontam que Rudinei pressionou para queDiálogos apontam que Rudinei pressionou para queDiálogos apontam que Rudinei pressionou para queDiálogos apontam que Rudinei pressionou para queDiálogos apontam que Rudinei pressionou para queservidora fosse renomeadaservidora fosse renomeadaservidora fosse renomeadaservidora fosse renomeadaservidora fosse renomeada

Vitorassi foi citado pelo prefeito em conversa sobreVitorassi foi citado pelo prefeito em conversa sobreVitorassi foi citado pelo prefeito em conversa sobreVitorassi foi citado pelo prefeito em conversa sobreVitorassi foi citado pelo prefeito em conversa sobreconfusão com servidoraconfusão com servidoraconfusão com servidoraconfusão com servidoraconfusão com servidora

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular12 10 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 2016

Homem forte do governo Reni acabou preso na segunda fase da Operação Pecúlioe permanece na carceragem da Polícia FederalCIDADE

Carlos Budel permanece preso na PFDa RedaçãoFoto: Divulgação

Permanece preso na PolíciaFederal desde o dia 3, o secre-tário de Obras e diretor-supe-rintendente do Foztrans noGoverno Reni Pereira, o enge-nheiro Carlos Juliano Budel.Imediatamente a prisão ele pe-diu exoneração dos cargos.Budel foi detido na segundafase da operação Pecúlio,quando foram expedidos qua-tro mandados de busca e apre-ensão, um de condução coer-citiva e dois mandados de pri-são. Junto com Budel foi presoo diretor de pavimentação doMunicípio, Aires da Silva, tam-bém já exonerado.

A ação foi um desdobra-mento da primeira etapa daOperação Pecúlio, que investi-ga um esquema de corrupçãona prefeitura de Foz. São apu-radas irregularidades em pro-cessos licitatórios de prestaçãode serviços na prefeitura da ci-dade.

Segundo a polícia, há indí-cios de ingerências de gestoresdo município, de forma direta eindireta, em empresas contra-tadas para prestação de servi-ços e realização de obras junto

à prefeitura com quantias mili-onárias de recursos públicosfederais como o Programa deAceleração do Crescimento(PAC) e outros como o Siste-ma Único de Saúde (SUS). Odelegado responsável pelas in-vestigações, Fabio Seiji Tamu-ra, disse que as investigaçõescontinuam e novas fases podemser desencadeadas, inclusivecom mais prisões.

"O envolvimento destaspessoas se deu, de um lado,por solicitações e recebimentoe propina, e de outro, o paga-mento de propina. As diligên-cias realizadas são uma conti-nuidade da operação deflagra-da no dia 19. Com a análise dematerial e inquirições das pes-soas a gente conseguiu elemen-tos suficientes para fazer a soli-citação à Justiça Federal de pri-

são dessas pessoas", disse ementrevista coletiva o delegadoTamura.

Os investigados, segundoconfirmou o delegado, podemresponder por crimes de corrup-ção ativa, corrupção passiva,prevaricação, peculato, fraudeem licitações e organização cri-minosa. Nas buscas de ontemforam apreendidos documentose aparelhos celulares. As inves-

tigações prosseguem.O chefe das investigações

detalhou que "os materiaisapreendidos continuam sendoanalisados e na medida emque conseguirmos mais ele-mentos, vamos avançando nasinvestigações. Caso seja ne-cessário, eventualmente outrasmedidas podem surgir paraserem cumpridas", confirmouo delegado.

Carlos Budel continua preso e a disposição da justiça na carceragem da PFCarlos Budel continua preso e a disposição da justiça na carceragem da PFCarlos Budel continua preso e a disposição da justiça na carceragem da PFCarlos Budel continua preso e a disposição da justiça na carceragem da PFCarlos Budel continua preso e a disposição da justiça na carceragem da PF

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Darci DRM afronta decisão do partidoe não assina CPI contra Reni Pereira

Dos cinco vereadores da oposição apenas quatro assinaramo pedido que resultou na abertura de CPIPOLÍTICA

Da redaçãoFotos: Arquivo

A atitude de Darci DRM causou estranheza e pode terA atitude de Darci DRM causou estranheza e pode terA atitude de Darci DRM causou estranheza e pode terA atitude de Darci DRM causou estranheza e pode terA atitude de Darci DRM causou estranheza e pode terconsequências no conselho de ética do partidoconsequências no conselho de ética do partidoconsequências no conselho de ética do partidoconsequências no conselho de ética do partidoconsequências no conselho de ética do partido

Requerimento pedeinformações da PF

sobre Operação PecúlioOutro requerimento (197/2016) dos vereadores

Anice (PTN), Gessani da Silva (PP), Luiz Queiroga(DEM) e Nilton Bobato (PCdoB), solicita da Dele-gacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu informa-ções sobre da Operação Pecúlio. "Tivemos tambémhoje a instauração da CPI. Faz-se necessário o re-querimento porque não temos condições de instau-rar hoje a CPI. Por isso apresentamos esse requeri-mento, solicitando a possibilidade da PF nos passarinformações para que também tomemos as providên-cias cabíveis", afirmou a Vereadora Anice (PTN).CPI da Operação Pecúlio foi encabeçada pelo vereador Nilton BobatoCPI da Operação Pecúlio foi encabeçada pelo vereador Nilton BobatoCPI da Operação Pecúlio foi encabeçada pelo vereador Nilton BobatoCPI da Operação Pecúlio foi encabeçada pelo vereador Nilton BobatoCPI da Operação Pecúlio foi encabeçada pelo vereador Nilton Bobato

Na primeira sessão após oPTN ter entrado no bloco de opo-sição o vereador do partido DarciDRM traiu os companheiros. Elenão assinou o pedido de CPI con-tra o prefeito Reni Pereira emrazão dos escândalos de corrup-ção revelados na Operação Pe-cúlio. Dos cinco integrantes dobloco de oposição, apenas quatroassinaram: Nilton Bobato(PCdoB) que encabeçou a CPI;Anice Gazzaoui (PTN), Gessanida Silva (PP) e Luiz Queiroga(DEM).

O pedido teve seis adesõesporque dois membros do blocoindependente também assinaram:Fernando Duso (PT) e Dilto Vi-torassi (PV). A atitude de DarciDRM causou estranheza e pode

ter consequências no conselho deética do partido. O documento foilevado ao gabinete do vereador edeixado com a sua secretária, sen-do posteriormente devolvido sema assinatura no documento, indi-cando assim que ele teve acesso,mas se recusou a assinar.

Mesmo assim, por ter seis as-sinaturas, a CPI foi criada, masainda não instalada porque aguar-da na fila uma vez que já existemoutras cinco em andamento e oregimento interno só permite atéesse limite. A comissão está com-posta por Nilton Bobato (PCdoB),Edílio Dall`Agnol (PSC) e DiltoVitorassi (PV).

Nilton Bobato disse que "a CPIé o instrumento jurídico destaCasa de Leis. A Câmara tem maisuma oportunidade de mudar essahistória e a Câmara precisa daruma resposta à população".

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Equipe do Gatamotran surpreendeu o acusadodurante abordagem na região do MorumbiPOLÍTICA

Filho do vereador Marino Garcia épreso com caminhonete roubadaDa RedaçãoFotos: Enrique Alliana

Caminhonete estava com queixa de furto/roubo ocorrido no dia 06/05/2016Caminhonete estava com queixa de furto/roubo ocorrido no dia 06/05/2016Caminhonete estava com queixa de furto/roubo ocorrido no dia 06/05/2016Caminhonete estava com queixa de furto/roubo ocorrido no dia 06/05/2016Caminhonete estava com queixa de furto/roubo ocorrido no dia 06/05/2016

Polícia encaminhou o veículo e oPolícia encaminhou o veículo e oPolícia encaminhou o veículo e oPolícia encaminhou o veículo e oPolícia encaminhou o veículo e ocondutor para a delegaciacondutor para a delegaciacondutor para a delegaciacondutor para a delegaciacondutor para a delegacia

Ford F-250 estava com placas da cidade de Pelotas/RSFord F-250 estava com placas da cidade de Pelotas/RSFord F-250 estava com placas da cidade de Pelotas/RSFord F-250 estava com placas da cidade de Pelotas/RSFord F-250 estava com placas da cidade de Pelotas/RS

O filho do vereador Marino Gar-cia (PEN) foi conduzido à delega-cia na tarde de segunda-feira, dia9, acusado de envolvimento comfurto ou receptação de carro rou-bado. Thiago Pereira Garcia, de 26anos, foi autuado em flagrante deli-to na 6ª SDP e ficará à disposiçãoda justiça. Até a noite de segunda-feira nem o pai ou advogado dedefesa ainda não tinham se pronun-ciado sobre o assunto.

Conforme o boletim da PM, “noinicio da tarde de segunda-feira, 09de maio de 2016, por volta das14h, policiais militares do GOTA-MOTRAN (Grupo Ostensivo Tá-tico Motorizado de Trânsito) do 14ºBPM de Foz do Iguaçu, quando empatrulhamento pelo Bairro MorumbiII, avistaram trafegando em via pú-blica uma caminhonete Ford F250,de placas DBG-8167, com placasda cidade de Pelotas/RS. Ao con-sultarem o COPOM (Central deOperações da Policia Militar) foiconstatado que a referida caminho-nete estava com queixa de furto/roubo ocorrido no dia 06/05/2016”.

Diante dos fatos, os policiaisprocederam a abordagem, sendo

que a caminhonete já estava esta-cionada na Rua José Teles da Con-ceição, no Bairro Morumbi II, sen-do identificado o condutor comosendo Thiago Pereira Garcia, de 26anos, filho do vereador Marino Gar-cia. O condutor foi encaminhadopara a 6ª SDP, onde foi apresenta-do à autoridade policial de plantãopara as devidas providências.

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AlineAlineAlineAlineAlineMineiroMineiroMineiroMineiroMineiro

Mesmo jogando na casa do adversário, a equipe da fronteiradominou as ações da partida desde o inicio do jogoESPORTE

Foz Cataratas vence o Dois Vizinhose respira na Série OuroAssessoriaFoto e fonte:

O Casa Nissei Foz Cataratas Futsal venceupor 3 a 1 o Galo Futsal, em partida fora de casapela Série Ouro. O jogo aconteceu na noite destesábado, 7, em Dois Vizinhos. Foi um confrontode duas equipes que precisavam de um resulta-do positivo para escapar da parte inferior databela. A vitória reascendeu a chama do CasaNissei Foz Cataratas Futsal, que investiu em umaequipe competitiva nesta temporada, com a pre-tensão de repetir a boa campanha do ano pas-sado, na qual terminou em 3º lugar no estadual.

Jogo: Mesmo jogando na casa do adver-sário, a equipe da fronteira não se acanhou edominou as ações da partida desde o inicio dojogo. Depois de muita pressão e várias chancesperdidas, o ala Romarinho abriu o placar comum belo chute no ângulo. Determinados a saircom a vitória e com a mesma pegada, aos 10minutos de jogo, o pivô Dilvo ampliou para 2 a0. Logo em seguida, Hiago descontou para oGalo com um belo chute de primeira, sem chan-ces para o goleiro Ari. O jogo seguiu com umde ritmo mais cadenciando, com as equipes mar-cando em cima e oferecendo poucas chancesao adversário. Nos minutos finais, o treinadorSoneca optou pelo goleiro-linha. Não funcio-nou, e Alan fechou o placar em 3 a 1 para oCasa Nissei.

O treinador Fabinho Gomes ressaltou a de-

dicação e entrega de seus atletas, que nos últimosdias direcionaram o foco unicamente aos treina-mentos, e na partida brigaram em todos oslances. "Dedico essa vitória aos meusjogadores, que compreenderam a nos-sa situação complicada na tabela e sedoaram plenamente ao trabalho. Elessão merecedores de todos os créditos",afirmou Fabinho, que liberou o elencopor quatro dias, fruto de um acordo comos atletas em caso de vitória diante do Galo.Fabinho destacou também as boas estreiasdo fixo Wendel e Rafa, que começaram como pé direito na equipe da fronteira.

Craque: Autor do primeiro gol da partida, oala Romarinho Silva era um dos mais felizes com oresultado do jogo. "Depois de quatro derrotas se-guidas e muito trabalho, essa vitória é uma conquistade toda nossa equipe, que não ficou de braços cru-zados e foi buscar nos treinamentos a solução parasair desse mau momento. Estou feliz por mim, pelaminha família, pela nossa querida torcida e por cadaum dos meus companheiros de clube", disse Roma-rinho.

Situação: Com a vitória, a equipe da fronteirachegou aos nove pontos e ocupa a 8ª posição naclassificação. O Galo se manteve na 11ª posição,com quatro pontos, em oito jogos disputados atéaqui no paranaense. A próxima partida do Casa Nis-sei Foz Cataratas será diante do Caramuru de Cas-tro, no dia 19 de maio, no ginásio Costa Cavalcanti.

Com a vitória, a equipe da fronteira chegou aos nove pontos e ocupa a 8ª posição na classificaçãoCom a vitória, a equipe da fronteira chegou aos nove pontos e ocupa a 8ª posição na classificaçãoCom a vitória, a equipe da fronteira chegou aos nove pontos e ocupa a 8ª posição na classificaçãoCom a vitória, a equipe da fronteira chegou aos nove pontos e ocupa a 8ª posição na classificaçãoCom a vitória, a equipe da fronteira chegou aos nove pontos e ocupa a 8ª posição na classificação

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular16 10 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 201610 à 16 de maio de 2016

De acordo com a ação, o contrato celebrado sem licitação foi amparado em parecerjurídico favorável, emitido pelo advogado que atuou como "assessor" no procedimentoPOLÍTICA

MP propõe ação contra Reni, TulioBandeira e ex-diretor do Hospital

Da redaçãoFonte: Foz Notícias e MPFoto: Divulgação

O Ministério Público doParaná, por meio da 6ª Pro-motoria de Justiça de Foz doIguaçu, no Oeste do Estado,ajuizou nesta quarta-feira, 4 demaio, ação civil pública por atode improbidade administrativacontra o prefeito Reni Pereirapela contratação indevida, semlicitação, de uma empresa para"fornecimento de refeições apacientes, acompanhantes efuncionários da Fundação Mu-nicipal de Saúde (FMS) deFoz do Iguaçu". Também sãorequeridos pelo MP-PR o en-tão diretor-presidente da FMS(gestão 2013), Jorge Ya-makoshi, o advogado Tulio

Bandeira e a empresa, além deseu proprietário.

De acordo com a ação, ocontrato foi celebrado em ju-nho de 2013, sem licitação,amparado em parecer jurídicofavorável, emitido pelo advo-gado que atuou como "asses-sor" no procedimento, "distor-cendo dolosamente a letra dalei e mediante simples cotaçãode preços". Além disso, segun-do a Promotoria de Justiça, oadvogado que deu o parecernão tinha vínculo empregatícioformal com o Município - ha-via sido nomeado como "as-sessor jurídico a título gratui-to" da FMS, cargo desconhe-cido no ordenamento munici-pal.

Isso, segundo entendimen-

to do MP-PR, serve para de-monstrar o interesse do entãodo diretor-presidente da FMSem "direcionar a contrataçãoda empresa" e "fraudar proce-dimento licitatório exigido pelalegislação". O contrato firma-do com a prefeitura custou R$169.260,00 aos cofres públi-cos e foi pago em parcela úni-ca, antes mesmo do fim do pra-zo estipulado (180 dias).

O MP-PR requer a conde-nação de todos os requeridospor ato de improbidade admi-nistrativa, o que pode levar asanções como a perda da fun-ção pública, suspensão dos di-reitos políticos, devolução dovalor utilizado indevidamenteao erário e pagamento de mul-ta, entre outras.

TTTTTulio Bandeira, o prefulio Bandeira, o prefulio Bandeira, o prefulio Bandeira, o prefulio Bandeira, o prefeiteiteiteiteito Ro Ro Ro Ro Reni Peni Peni Peni Peni Pereira estão enereira estão enereira estão enereira estão enereira estão envvvvvolvidos na ação civilolvidos na ação civilolvidos na ação civilolvidos na ação civilolvidos na ação civilpública por ato de improbidade administrativa pela contrataçãopública por ato de improbidade administrativa pela contrataçãopública por ato de improbidade administrativa pela contrataçãopública por ato de improbidade administrativa pela contrataçãopública por ato de improbidade administrativa pela contrataçãoindevida de empresas sem a devida licitaçãoindevida de empresas sem a devida licitaçãoindevida de empresas sem a devida licitaçãoindevida de empresas sem a devida licitaçãoindevida de empresas sem a devida licitação

Campanha doprefeito e

o estelionatoeleitoral

Quem se lembra da campanha do prefeitoReni Pereira certamente leu dentre outros ma-teriais mentirosos um gibi distribuído de casaem casa. Em um dos trechos o tema é a saúde.Da forma como o prefeito vem se comportan-do na administração da cidade a situação é deum flagrante estelionato eleitoral. Para chegarao pode, Reni e sua turma mentiram descarada-mente para os eleitores.