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Fábio Samir Salomão, José Magalhães, Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz, Silvia Maura Trazzi Seixas

Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

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Apresenta a caracterização da gestão de 2013 a 2016, sob o olhar dos prefeitos e das prefeitas eleitos ou reeleitos. O estudo identifica as prioridades, os focos de atuação, os problemas relevantes detectados pela nova administração e permite conhecer como ocorrerá o enfrentamento no decorrer do mandato.

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Page 1: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

Fábio Samir Salomão, José Magalhães, Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz, Silvia Maura Trazzi Seixas

Fábio Samir Salomão, José Magalhães, Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz,

Silvia Maura Trazzi Seixas

Page 2: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

Governo do Estado de São Paulo

Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional

Fundação Prefeito Faria Lima – CepamCentro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal

Page 3: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

P R E F E I T O S P A U L I S T A S

SÃO PAULO, 2014

Fábio Samir Salomão, José Magalhães, Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz,

Silvia Maura Trazzi Seixas

Page 4: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

Produção editorialCoordenação | Adriana CaldasEditoração de Texto e Revisão | Eva Célia Barbosa e Vanessa UmbelinaDireção de Arte | Michelle NascimentoChefia de Arte | Carlos PapaiAssistência de Arte | Janaina Alves Cruz da SilvaEstagiária | Estela Izeppe

Salomão, Fábio Samir

Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016 / Fábio Samir Salomão; José Magalhães; Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz; Silvia Maura Trazzi Seixas. – São Paulo: Cepam, 2014.

98p.

ISBN 978-85-66781-02-1

1. Administração municipal. 2. Prefeitos – São Paulo (Estado). I. Magalhães, José. II. Cruz, Maria do Carmo Meirelles Toledo. III. Seixas, Silvia Maura Trazzi. IV. Título

CDU: 352.075.31(815.6)

Este trabalho é disponibilizado sob uma licença Creative Commons atribuição não nomercial 4.0 Internacional. Para ver cópia da licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Page 5: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

O governo municipal, formado pela prefeitura e câmara municipal, é instância mais próxima do cidadão, pois é no município que as pessoas vivem. As decisões do prefeito e dos vereadores afetam diretamente a vida de cada um. Em relação ao prefeito, sua atuação exige preparo, dedicação e, principalmente, conhecimento da realidade local, para atender às demandas e propor ações que proporcionem a melhoria dos serviços oferecidos e da qualidade de vida da população.

Para obter um retrato das Administrações municipais, a partir do olhar dos prefeitos e prefeitas eleitos para a gestão de 2013 a 2016, o Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam) realizou este estudo, que aborda desde os compromissos de campanha do então candidato até as prioridades da sua gestão, as dificuldades e os desafios para implementá-las.

Participaram da pesquisa 368 prefeitos (57% dos municípios paulistas), e o resultado oferece um panorama objetivo e atual do pensamento desses agentes políticos.

Foram pesquisados aspectos pessoais, que definem o perfil dos prefeitos e prefeitas, como gênero, idade e formação acadêmica, e também políticos, com a identificação dos compromissos e metas, e dificuldades iniciais para alcançá-las. O trabalho ainda permite conhecer como ocorrerá o enfren-tamento dessas questões, ao longo do período de gestão.

Ao elaborar e agora disponibilizar este estudo com as expectativas e os anseios dos novos prefeitos e prefeitas de São Paulo, o Cepam, em cumprimento de suas finalidades, espera contribuir para o fortalecimento da capacidade de gestão municipal, ao desvendar as possibilidades de parcerias com os demais entes federados no planejamento, na elaboração e implementação de políticas públicas, e de programas e projetos, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Silvio Aleixo

Chefe de Gabinete respondendo pela Presidência do Cepam

A P R E S E N T A Ç Ã O

Page 6: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

APRESENTAÇÃO

COMO GOVERNA: POLÍTICAS TRANSVERSAIS, CONSELHOS E PLANOS

Ações Articuladas para Grupos Minoritários 66

Conselhos Municipais 68

Planos Municipais Existentes e a Serem Instituídos 72

COMO GOVERNA: TRANSPARÊNCIA, INFORMAÇÕES E COMUNICAÇÃO

Municípios e a Lei de Acesso à Informação 76

Serviço de Informações ao Cidadão 78

Ouvidoria 79

Formas de Comunicação com os Munícipes 80

COMO GOVERNA: OBRIGAÇÕES LEGAIS E TRANSIÇÃO

Obrigações Legais 83

• Transferência de ativos de iluminação pública 83

• Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 85

• Plano Municipal de Educação 85

Transição de Governo 86

7 9

66 75 83

A PESQUISA METODOLOGIA

Page 7: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS

ANEXOS

12

88

20

26

CARACTERÍSTICAS DOS MUNICÍPIOS PARTICIPANTES

O que Governa 12

Quem Governa 17

COMPROMISSOS, DIFICULDADES INICIAIS E METAS

Compromissos de Campanha Eleitoral 20

Dificuldades Iniciais 22

Compromissos Eleitorais que se Tornam Metas 24

COMO GOVERNA: ÁREAS PRIORITÁRIAS E FOCOS DE ATUAÇÃOÁreas Prioritárias 26Quatro Áreas Priorizadas com Frequência e Focos de Atuação 28• Saúde 28• Educação 32• Habitação 35• Administração/Gestão pública 37

Áreas Menos Priorizadas, mas Não Menos Importantes 41• Trabalho/Indústria/Comércio/ Serviços 41• Assistência social 43 • Gestão ambiental/Meio ambiente/Saneamento 46• Segurança pública 49• Urbanismo/Defesa civil 52• Agricultura 54• Esporte e lazer 56• Trânsito e transportes 58• Turismo 60• Cultura 62

Coerências Observadas 64

91

Page 8: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016
Page 9: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

A P E S Q U I S A

Desde 1983, o Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam) realiza

pesquisa com os prefeitos e prefeitas eleitos ou reeleitos do estado de São Paulo, focando

no perfil desses novos executivos e executivas. A ideia de realizar a oitava edição surgiu da

necessidade de conhecer a administração dos municípios paulistas.

O objetivo deste trabalho é obter a caracterização da gestão de 2013 a 2016, sob o olhar

dos prefeitos e das prefeitas eleitos ou reeleitos. As informações obtidas permitem que a

sociedade, os governos estadual e federal, conheçam suas administrações. Esta é a primeira

etapa de um trabalho com o qual o Cepam pretende acompanhar a realidade de um mandato

completo (quatro anos). A segunda etapa será realizada na metade da gestão e consiste na

observação e no monitoramento das prioridades definidas, enquanto na terceira e última

fase, serão observados os processos de transição, ao final de mandato.

Este estudo identifica algumas características dos atuais gestores e gestoras, bem como as

prioridades, os focos de atuação, os problemas relevantes detectados pela nova adminis-

tração e permite conhecer como ocorrerá o enfrentamento no decorrer do mandato.

As informações contemplam aspectos pessoais, como idade, formação acadêmica,

e de conteúdo, como as perspectivas e proposições para o exercício do mandato.

Identifica as dificuldades e prioridades da nova gestão, bem como as condições que

estão colocadas aos municípios, quanto à existência de conselhos e planos, obrigações

legais e demandas populares.

A pesquisa, prospectiva e aplicada, fornece um retrato das atuais administrações. Os

resultados vão nortear o trabalho do Cepam, as propostas e ações, voltadas à missão

de fortalecer os municípios. Colaboram, ainda, para que os gestores e as gestoras mu-

nicipais conheçam as principais demandas e dificuldades do conjunto dos municípios

do estado e busquem alternativas articuladas para nortear possíveis ações de apoio à

melhoria dos serviços à população.

Page 10: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

8 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

O compartilhamento das informações aqui contidas pode contribuir para o redesenho dos

programas e projetos de outras esferas de governo, especialmente na implementação das

políticas públicas setoriais.

Participaram da pesquisa 386 municípios (Anexo A), dos quais 18 não completaram os

dados e foram excluídos. Portanto, a análise mostra dados de 368 localidades (57,05%

dos municípios do estado).

Os resultados, por suas características, podem representar o estado como um todo, pois

a amostra (368 municípios) mantém a mesma proporcionalidade do universo dos 645

(Tabela 1) quanto ao porte populacional.

Tabela 1

municípios do estado e da pesquisa, por porte populacional (quantidade e percentual)

Porte Populacional

(habitantes)

Quantidade de

Municípios no

Estado

%

Quantidade de

Municípios Participantes

da Pesquisa

%

até 20 mil 396 61,40 231 62,77de 20.001 a 50 mil 122 18,91 69 18,75de 50.001 a 100 mil 52 8,06 32 8,70de 100.001 a 300 mil 54 8,37 25 6,79mais de 300 mil 21 3,26 11 2,99Total 645 100,00 368 100,00

Fonte: Seade (2013)

Com este documento, espera-se colaborar para fortalecer o papel dos municípios; ampliar

as possibilidades de parceria entre os entes federados; e antecipar as expectativas e os

anseios dos novos prefeitos e prefeitas.

Page 11: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

M E T O D O L O G I A

A pesquisa foi estruturada no primeiro semestre de 2013. Em seguida, elaborado um questionário, realizado pré-teste e readequado o instrumental. Com o questionário on-line, procedeu-se à coleta das informações.

O questionário foi encaminhado, em junho de 2013, ao e-mail oficial dos 645 municípios paulistas, que consta do Informativo Cepam 2013 1. Endereçado ao prefeito2, este pôde delegar o preenchimento a outro dirigente de seu município (chefe de Gabinete, assessor, secretários), desde que com seu aval.

O Cepam contou com o apoio da Secretaria da Casa Civil, dos Escritórios Regionais de Planejamento (Erplans), das Agências Metropolitanas (Agems), de consórcios e associações intermunicipais e de alguns Comitês de Bacia, na divulgação da pesquisa. As informações foram coletadas entre julho e setembro de 2013. No período, três comunicações foram reencaminhadas aos municípios que ainda não haviam respondido.

Alguns gestores encontraram dificuldades para responder via web, por isso, o questionário também foi disponibilizado em arquivo digital. Por esse motivo, foram recebidos 186 ques-tionários por correio, ou e-mail, o que demonstra a necessidade de aprimoramento dos gestores no uso das ferramentas da web.

A pesquisa abarcou diversos aspectos da administração e, para muitos respondentes, ficou extensa, o que inviabilizou a sua finalização. Os dados incompletos foram solici-tados por e-mail, ou contato telefônico, pela equipe do Cepam. Quando não foi possível completar pelo menos as informações obrigatórias, o município/questionário foi retirado.

O estudo é composto por diversos eixos, porém, obter as prioridades de gestão definidas pelos prefeitos foi considerado o objetivo principal do levantamento. Os gestores iden-tificaram até quatro prioridades de atuação, dispostas por áreas ou setores (educação, saúde, turismo, etc.). Para cada escolha, foram elencados os focos de atuação, fechando, assim, o ciclo em que o prefeito informa a prioridade de sua gestão e especifica o que pretende trabalhar nessa área durante o mandato de 2013 a 2016. Nesta publicação, são destacados os três principais focos de cada área.

1 Disponível em: <http://issuu.com/cepam/docs/informativo_cepam_2013_6_de_agosto>.

2 Esta publicação ainda utiliza o substantivo masculino para referir-se aos prefeitos e às prefeitas e seus assessores.

Page 12: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

10 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Figura 1

divisão administrativa do estado3

3 Uma nova Região Administrativa (Itapeva) foi criada em 2014, mas a análise aqui apresentada considera as RAs existentes em 2013.

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Algumas análises utilizaram a divisão dos municípios em Região Administrativa (RA),

conforme Figura 1.

Fonte: Instituto Geográfico e Cartográfico (IGC)

Alguns dados consideraram o porte de municípios, segundo as faixas populacionais:

• até 20 mil habitantes;

• de 20.001 a 50 mil habitantes;

• de 50.001 a 100 mil habitantes;

• de 100.001 a 300 mil habitantes;

• mais de 300 mil habitantes.

Page 13: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 11

Nem todas as análises regionais e de porte populacional constam deste trabalho, mas serão

posteriormente divulgadas em artigos, reuniões regionais e matérias no site do Cepam.

As informações relacionadas ao partido dos prefeitos eleitos foram obtidas no Tribunal

Superior Eleitoral (TSE), em novembro de 2013. A Fundação Sistema Estadual de Análise

de Dados (Seade) é a fonte de dados da população de 2013.

No questionário, há perguntas com respostas obrigatórias e outras não. As questões não

obrigatórias e não preenchidas foram tratadas como não respondidas. As totalizações foram

feitas a partir da quantidade de respondentes. Por fim, os dados foram checados, tratados,

analisados e submetidos a georreferenciamento.

Page 14: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

C A R A C T E R Í S T I C A S D O S M U N I C Í P I O S P A R T I C I P A N T E S

O Q U E G O V E R N A

A seguir são apresentadas algumas características dos territórios dos municípios

participantes (368, ou 57,05% das localidades paulistas). Todas as RAs do estado estão

representadas. As regiões de Sorocaba, Campinas e São José do Rio Preto contaram com

mais de 50 municípios participantes. Entretanto, proporcionalmente ao número das loca-

lidades que compõe as regiões, sobressai Registro, seguida por Sorocaba, Ribeirão Preto,

Baixada Santista e Bauru (Gráfico 1).

TODAS AS REGIõES TêM REPRESENTANTES DOS

CINCO GRUPOS DE PORTE POPULACIONAL

Page 15: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 13

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

ARAÇATUBA

BAIXADA SANTISTA

BARRETOS

BAURU

SOROCABA

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

RIBEIRÃO PRETO

REGISTRO

RM DE SÃO PAULO

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

FRANCA

CENTRAL

CAMPINAS

22

6

919

2539

5190

1526

1223

30

30

10

12

1725

50

2339

5679

96

14

39

53

51

9

43

Municípios participantes da pesquisa Total de municípios da região

Gráfico 1

municípios participantes da pesquisa, por região administrativa (quantidade)

Page 16: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

14 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013-2016

O universo dos participantes da pesquisa é composto por localidades das diversas faixas

populacionais do estado de São Paulo (Tabela 1), o que permite generalizar as informações

obtidas para o conjunto dos municípios paulistas.

Também há proporcionalidade relacionada ao sexo dos participantes da pesquisa e do

estado. As prefeitas representam 11,16% dos gestores do estado e 11,41% dos respon-

dentes da pesquisa. Os prefeitos totalizam 88,84% e 88,59%, respectivamente (Tabela 2).

Quanto ao porte dos municípios, todos os grupos estão contemplados (Gráfico 2). O extrato

de 50.001 a 100 mil habitantes, proporcionalmente, tem o maior número de participantes;

seguido pelo grupo de pequeno porte, com até 20 mil habitantes. Todas as regiões possuem

representantes dos cinco grupos de portes populacionais.

Gráfico 2

municípios participantes da pesquisa, por porte populacional (quantidade)

Até 20.000

20.001 a 50.000

50.001 a 100.000

100.001 a 300.000

Mais de 300.000

Total

Municípios participantes da pesquisa Total de municípios da região

231

396

368

645

69

122

32

52

54

25

21

11

Page 17: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 15

Tabela 2

prefeitos(as) do estado e da pesquisa (quantidade e percentual)

SexoQuantidade de

Municípios no Estado%

Quantidade de

Municípios na Pesquisa%

Feminino 72 11,16 42 11,41Masculino 573 88,84 326 88,59Total 645 100,00 368 100,00

Fonte: TSE, Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Há coerência entre os dados do universo pesquisado e o total de municípios do estado, com

relação à proporcionalidade entre eleitos e reeleitos e de partidos (Tabelas 3 e 4).

Tabela 3

eleitos e reeleitos do estado e da pesquisa (quantidade e percentual)

Quantidade de

Municípios no Estado%

Quantidade de

Municípios

na Pesquisa

%

Eleitos 469 72,71 263 71,47Reeleitos 176 27,29 105 28,53

Total 645 100,00 368 100,00

Fonte: TSE, Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013-2016

Page 18: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

16 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Tabela 4

partidos do estado e da pesquisa (quantidade e percentual)

Partidos

Quantidade de

Municípios no

Estado

%

Quantidade de

Municípios na

pesquisa

%

Democratas (DEM) 46 7,13 29 7,88Partido Comunista do Brasil

(PCdoB)4 0,62 4 1,09

Partido Democrático Trabalhista (PDT) 19 2,95 8 2,17Partido Humanista da

Solidariedade (PHS)1 0,16 0 0,00

Partido do Movimento

Democrático Brasileiro (PMDB)83 12,87 45 12,23

Partido de Mobilização

Nacional (PMN)1 0,16 0 0,00

Partido Progressista (PP) 27 4,19 19 5,16Partido Popular Socialista (PPS) 26 4,03 15 4,08Partido da República (PR) 27 4,19 17 4,62Partido Republicano

Brasileiro (PRB)4 0,62 1 0,27

Partido Republicano

Progressista (PRP)2 0,31 2 0,54

Partido Socialista Brasileiro (PSB) 30 4,65 22 5,98Partido Social Cristão (PSC) 5 0,78 3 0,82Partido Social Democrático (PSD) 32 4,96 13 3,53Partido da Social Democracia

Brasileira (PSDB)179 27,75 105 28,53

Partido Social Democrata

Cristão (PSDC)1 0,16 1 0,27

Partido Social Liberal (PSL) 4 0,62 1 0,27Partido dos Trabalhadores (PT) 73 11,32 38 10,33Partido Trabalhista

Brasileiro (PTB)51 7,91 29 7,88

(continua)

Page 19: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 17

Partidos

Quantidade de

Municípios no

Estado

%

Quantidade de

Municípios na

pesquisa

%

Partido Trabalhista

Nacional (PTN)1 0,16 0 0,00

Partido Verde (PV) 29 4,50 16 4,35Total 645 100,00 368 100,00

Fonte: TSE, Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Q U E M G O V E R N A

O perfil dos gestores do Executivo e suas intenções é traçado a partir de dados coletados em

368 questionários (Figura 2).

Figura 2

municípios participantes da pesquisa

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Municípios que responderam à pesquisa (368)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Tabela 4

partidos do estado e da pesquisa (quantidade e percentual) (continuação)

Page 20: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

18 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

71,47%ELEITOS

28,53%REELEITOS

Do universo de prefeitos pesquisados, 71,47% são eleitos; 88,59%, representantes do sexo

masculino e a maior parte tem de 46 a 55 anos (Gráficos 3 a 5).

Gráfico 3

prefeitos eleitos e reeleitos participantes da pesquisa (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Gráfico 4

sexo dos executivos participantes da pesquisa (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

11,41% FEMININO

88,59% MASCULINO

18 a 25 anos 26 a 35 anos 36 a 45 anos 46 a 55 anos 56 a 65 anos Mais do que 65 anos

0,30% 8,19% 22,28% 39,06% 23,88% 6,29%

Gráfico 5

idades dos executivos participantes da pesquisa (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 21: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 19

A maior parte dos prefeitos que responderam à pesquisa possui o ensino superior completo

ou pós-graduação, e representa 66,87% do total de participantes (Gráfico 6).

Gráfico 6

formação dos executivos participantes da pesquisa (%)

ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO 9,21%

ENSINO MÉDIO INCOMPLETO 2,40%

ENSINO MÉDIO COMPLETO 14,71%

ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO 6,81%

ENSINO SUPERIOR COMPLETO 46,25%

PÓS-GRADUAÇÃO INCOMPLETA 2,40%

PÓS-GRADUAÇÃO COMPLETA 18,22%

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

A seguir, são apresentados os compromissos dos prefeitos candidatos, as dificuldades

identificadas no início do mandato e metas traçadas para as políticas públicas.

Page 22: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

C O M P R O M I S S O S, D I F I C U L D A D E S I N I C I A I S E M E T A S

A pesquisa resgata o histórico da caminhada do eleito nas eleições municipais de 2012, desde

os compromissos assumidos na campanha eleitoral, as dificuldades enfrentadas ao assumir o

mandato, a intenção de efetivar os compromissos por meio de metas, e as áreas prioritárias

definidas para seu governo.

Um político é legitimado como candidato ao iniciar a campanha. O espaço da propaganda elei-

toral é parte da instância política e apresenta contornos bem delimitados no tempo. A palavra

e os recursos discursivos têm a força da persuasão. É o momento que o candidato dispõe para

convencer o cidadão de seus propósitos, da essência de seu programa de governo.

Essa etapa do processo político tem o objetivo de convencer, intimidar e eleger pela palavra. As

afirmações, os compromissos de campanha assumidos pelo candidato, são expostos publicamente

e, por coerência, pressupõem obrigação para com o eleitor.

Ser eleito não só comprova a eficiência da prática discursiva empregada como cria uma obri-

gação, responsabilidade com a história local e com os objetivos definidos pelo candidato, que

devem fazer eco com os anseios dos cidadãos, que votaram e o elegeram.

C O M P R O M I S S O S D E C A M P A N H A E L E I T O R A L

Os quatro principais compromissos de campanha declarados pelos atuais executivos

envolvem as áreas de Saúde (91,59%); Educação (53,04%); Habitação (40,29%); e Tra-

balho, Indústria, Comércio e Serviços (33,04%) (Gráfico 7).

Page 23: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 21

Gráfico 7

compromissos de campanha eleitoral (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Na maior parte das eleições, os compromissos de campanha baseiam-se nas fragili-

dades da gestão anterior, relacionadas às políticas públicas, e no descontentamento

dos munícipes com o governo que finda. Como resultado, os compromissos quase

sempre se voltam a proporcionar melhor qualidade de vida ao cidadão.

Na pesquisa, essa questão não foi considerada obrigatória, entretanto, contou com 344

respondentes (93,47% do universo).

OS PRINCIPAIS COMPROMISSOS DE CAMPANhA SãO SAúDE (91,59%);

EDUCAçãO (53,04%); hAbITAçãO (40,29%);

E TRAbALhO, INDúSTRIA, COMéRCIO E SERvIçOS (33,04%)

91,59%

SAÚDE

53,04%

EDUCAÇÃO

40,29%

HABITAÇÃO

33,04% 25,22%

URBANISMO

9,86% 8,99%

8,41% 5,80% 5,22%

TURISMO

5,22% 4,93% 3,48% 2,61%

CULTURA

TRABALHO/INDÚSTRIA/COMÉRCIO/ SERVIÇOS

GESTÃO AMBIENTAL/MEIO AMBIENTE/ SANEAMENTO

ADMINISTRAÇÃO/ GESTÃO PÚBLICA

SEGURANÇAPÚBLICA

AGRICULTURA E PECUÁRIA

ESPORTE E LAZER

ASSISTÊNCIA SOCIAL

TRÂNSITO E TRANSPORTE

Page 24: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

22 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

D I F I C U L D A D E S I N I C I A I S

Com relação às dificuldades identificadas no início da gestão, os prefeitos puderam eleger

até três áreas. Os problemas (Gráfico 8) prementes estão na Saúde (75,07%), seguida

de Administração/Gestão Pública (50,68%), Habitação (24,38%) e Educação (24,11%.). A

questão foi respondida por 366 municípios (99,46% do universo da pesquisa).

Gráfico 8

Áreas identificadas com dificuldades no início de gestão (%)

75,07%

SAÚDE

24,11%

EDUCAÇÃO

24,38%

HABITAÇÃO

19,18% 15,34%

OUTRA. QUAL?

21,37%50,68%

18,36%

2,47%2,47%

TURISMO

5,21%

8,22%11,51%

1,64%

CULTURA

6,85%

URBANISMO

TRABALHO/INDÚSTRIA/COMÉRCIO/ SERVIÇOS

GESTÃO AMBIENTAL/MEIO AMBIENTE/ SANEAMENTO

ADMINISTRAÇÃO/ GESTÃO PÚBLICA

SEGURANÇAPÚBLICA

AGRICULTURA E PECUÁRIA

ESPORTE E LAZER

ASSISTÊNCIA SOCIAL

TRÂNSITO E TRANSPORTE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 25: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 23

A pesquisa chegou aos municípios no início do segundo semestre de 2013, por isso os

executivos já haviam vivenciado o primeiro choque de realidade, no contato direto com os

dados locais, nos seis primeiros meses.

Essa aproximação com a realidade traz novas implicações de ordem administrativa,

que podem redirecionar o foco do governo e influir na readequação de metas e

prioridades. As questões tanto podem se constituir em suporte ao plano inicial de

governo, influenciando na escolha dos aliados e assessores, como levá-lo a abrir mão

de sonhos e compromissos assumidos durante a campanha, por surpresas, problemas

e urgências trazidos no dia a dia.

A comparação entre os compromissos de campanha e as dificuldades no início da gestão

mostra que a área de Saúde é o primeiro compromisso e a principal dificuldade encontrada.

Aparece como uma situação problema que talvez não possa mais ser considerada uma

paisagem inconveniente no horizonte dos municípios, mas ser equacionada e resolvida, ou

minimizada, na atual gestão.

O segundo compromisso e a segunda dificuldade divergem. Em compromissos, a Educação é

apontada como segunda promessa, enquanto, nas dificuldades encontradas, a Administração/

Gestão Pública é a segunda área mais citada. São situações contrastantes, mas que se expli-

cam pelo choque de realidade.

Nos compromissos de campanha, a área de Administração/Gestão Pública significava

8,99% das preocupações dos candidatos enquanto que, em dificuldades, foi apontada

por 50,68% dos eleitos. Em parte, essa discrepância pode resultar da ausência de dados

da gestão anterior disponibilizadas para os gestores, quando candidatos. As informações

administrativas permitem definir e desenhar os compromissos de governo pautados nas

viabilidades política e técnica.

NOS COMPROMISSOS DE CAMPANhA, A ÁREA DE ADMINISTRAçãO/GESTãO PúbLICA

SIGNIFICAvA 8,99% DAS PREOCUPAçõES DOS CANDIDATOS, ENQUANTO QUE, EM

DIFICULDADES, FOI APONTADA POR 50,68% DOS ELEITOS

As questões administrativas quase nunca são foco de compromissos de campanha, seja por

desconhecimento das informações a respeito da máquina administrativa, seja por considerar

Page 26: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

24 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

que não são campeãs de votos, a não ser se o sentido for moralizar, economizar, evitar cor-

rupção. Contudo, essas questões são vitais para a implementação das políticas públicas, o

desempenho eficaz da prefeitura e a viabilidade do plano de governo.

Outra área proeminente é a Segurança Pública. Como compromisso de campanha, ocupa

incidência bem modesta (8,41%), e, como dificuldade encontrada, passa a 18,36% do

universo de preocupação dos eleitos.

C O M P R O M I S S O S E L E I T O R A I S Q U E S E T O R N A M M E T A S

Quanto aos compromissos de campanha que se transformam em metas, observa-se que

57,34% dos prefeitos afirmam que pretendem defini-las; 0,54% não vão instituí-las e

42,12% especificam metas em algumas áreas (Gráfico 9).

Gráfico 9 compromissos de campanha eleitoral transformados em metas (%)

Sim

57,34%

Não

0,54%

Sim, em algumas áreas

42,12%

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

TODAS AS REGIõES TêM REPRESENTANTES DOS

CINCO GRUPOS DE PORTE POPULACIONAL

Page 27: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 25

Dentre os municípios que vão instituir metas em algumas áreas, observa-se que Saúde,

Habitação e Educação aparecem com mais frequência (Gráfico 10).

Gráfico 10

Áreas em que os compromissos serão transformados em metas (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Comparando as áreas que serão transformadas em metas, com os compromissos indicados em

campanha, percebe-se a coerência dos eleitos. As mesmas áreas apontadas em compromissos

transformam-se em focos da gestão. As dificuldades e o choque de realidade trouxeram surpresas

e agregaram ações, mas não modificaram os compromissos e as responsabilidades assumidas

com os cidadãos.

A seguir são apresentadas as áreas de atuação prioritárias dos prefeitos e os focos de atuação

em cada uma.

58,06%

SAÚDE

43,87%

EDUCAÇÃO

47,10%

HABITAÇÃO

38,06%

17,42%

OUTRA

21,94%

25,16% 22,58%

21,94% 20,65%

TURISMO

22,58%23,23%

20,65% 18,71%

CULTURA

21,29%

URBANISMO

TRABALHO/INDÚSTRIA/COMÉRCIO/ SERVIÇOS

GESTÃO AMBIENTAL/MEIO AMBIENTE/ SANEAMENTO

ADMINISTRAÇÃO/ GESTÃO PÚBLICA

SEGURANÇAPÚBLICA

AGRICULTURA E PECUÁRIA

ESPORTE E LAZER

ASSISTÊNCIA SOCIAL

TRÂNSITO E TRANSPORTE

3,87%

INFRAESTRUTURA

Page 28: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

C O M O G O V E R N A : Á R E A S P R I O R I T Á R I A S E F O C O S D E A T U A Ç Ã O

A finalidade desse eixo é verificar quais áreas da gestão pública serão priorizadas durante a

gestão de 2013 a 2016, nos 368 municípios respondentes.

A pesquisa identifica a primeira, a segunda, a terceira e a quarta prioridades da nova administração.

Para este estudo, foi considerado o somatório de municípios que escolheram determinada área

como uma de suas quatro prioridades.

Á R E A S P R I O R I T Á R I A S

Todas as áreas passíveis de ação municipal, com maior ou menor incidência, são aponta-

das como prioridade de gestão (Gráfico 11) e definidos os respectivos focos de atuação.

TODAS AS POLíTICAS PúbLICAS, COM MAIOR OU MENOR INCIDêNCIA,

SãO APONTADAS COMO PRIORIDADES DE GESTãO

Page 29: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 27

Gráfico 11 Áreas priorizadas pelos executivos (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

No Anexo B, constam as políticas públicas, aqui denominadas de áreas, discriminadas por

ordem de prioridade.

O Anexo C contém as prioridades das Regiões Administrativas (RAs) do estado.

94,29%

SAÚDE

74,46%

EDUCAÇÃO

47,28%

HABITAÇÃO

31,52%

2,17%

OUTRA

22,01%38,04% 19,02%

9,24% 8,15%

TURISMO

8,97%

22,55%

8,42% 2,17%

CULTURA

9,24%

TRABALHO/INDÚSTRIA/COMÉRCIO/ SERVIÇOS

GESTÃO AMBIENTAL/MEIO AMBIENTE/ SANEAMENTO

ADMINISTRAÇÃO/ GESTÃO PÚBLICA

SEGURANÇAPÚBLICA

AGRICULTURA E PECUÁRIA

URBANISMO/ DEFESA CIVIL

ESPORTE E LAZER

ASSISTÊNCIA SOCIAL

TRÂNSITO E TRANSPORTE

2,45%

NÃO HÁ 3a E/OU 4a PRIORIDADE

Page 30: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

28 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

A seguir são apresentadas as quatro áreas priorizadas com mais frequência pelos executivos

e seus focos de atuação.

Q U A T R O Á R E A S P R I O R I z A D A S C O M F R E Q U ê N C I A E F O C O S D E A T U A Ç Ã O

As prioridades destacadas são Saúde (94,29%), Educação (74,46%), Habitação (47,28%) e

Administração/Gestão Pública (38,04%). Essa informação indica que as políticas descentrali-

zadas há mais tempo ou articuladas com os governos estadual e federal são as mais citadas,

além da Administração/Gestão Pública, área essencial para a implementação das ações.

A seguir são apresentados, por área, os focos de atuação escolhidos por todos que

elegeram determinada política pública como uma das quatro prioridades. Optou-se por

indicá-las em ordem decrescente de prioridade escolhida pelos executivos.

S A ú D E

Observa-se que 347 municípios (94,29%) elegeram a área como prioridade (Figura 3 e

Gráfico 12) e que merecerá atenção especial na nova gestão.

SAúDE é PRIORIDADE DA ADMINISTRAçãO DE 347 MUNICíPIOS (94,29%)

Page 31: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 29

Figura 3 municípios que elegeram saúde como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (195 municípios)

2a Prioridade (97 municípios)

3a Prioridade (48 municípios)

4a Prioridade (7 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Saúde como prioridade: 347

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 32: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

30 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Gráfico 12 municípios que destacaram saúde, por ordem de prioridade (quantidade)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Por ser dever de Estado, os municípios e as demais esferas de governo devem garantir

saúde integral a todos os cidadãos. Portanto, os novos executivos responsabilizam-se pela

prevenção e pelo acesso à atenção básica, aos serviços especializados (de média e de alta

complexidade), mesmo quando não disponíveis em seu território.

Os três principais focos de atuação (Gráfico 13) são a reforma e/ou construção de unidades

de saúde e/ou modernização dos equipamentos (65,13%); a humanização do atendimento

(55,62%); e a implantação e/ou ampliação do Programa Saúde da Família (PSF) (47,84%).

NA ÁREA DA SAúDE, SãO FOCOS A REFORMA OU CONSTRUçãO DE UNIDADES;

MODERNIzAçãO DE EQUIPAMENTOS (65,13%); hUMANIzAçãO DO ATENDIMENTO

(55,62%); E IMPLANTAçãO OU AMPLIAçãO DO PSF (47,84%)

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

195

97

48

7

Page 33: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 31

Reforma/construção de unidades de saúde e/ou modernização dos equipamentos

65,13%

Humanização do atendimento55,62%

Implantação e/ou ampliação do Programa Saúde da Família (PSF)

47,84%

Capacitação dos servidores

39,48%

Ampliação e/ou diversificação de programas de prevenção

36,89%

Ampliação e/ou diversificação de exames

32,85%

Ampliação dos recursos humanos31,70%

Ampliação e/ou diversificação de serviços hospitalares

30,26%

Informatização dos serviços27,09%

Ampliação ou diversificação de consultas e/ou serviços odontológicos22,48%

Programa de assistência farmacêutica14,41%

Outros 2,31%

Gráfico 13

focos de atuação dos municípios que elegeram saúde como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

O primeiro foco da atuação envolve despesas de investimento. Os municípios devem buscar o

apoio e a cooperação do estado e da União, visto que é baixa a capacidade própria de investimento.

Os governos locais estão destinando mais do que os 15% preconizados para a área e as ações

envolvem recursos financeiros que requerem a cooperação interfederativa para viabilizá-las. A

melhoria da infraestrutura física e de equipamentos deve ter a atenção permanente dos prefeitos.

O segundo foco prioritário envolve despesas de custeio e reorganização do modelo assistencial.

A humanização do atendimento mostra a preocupação das novas administrações com a qualida-

de. O Sistema único de Saúde (SUS) registra ampliação da cobertura e do acesso aos serviços.

Entretanto, hoje, são prioritárias a boa comunicação e interação dos trabalhadores da área com

Page 34: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

32 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

os usuários, para resgatar o respeito à vida humana. A participação ampliada dos trabalhadores

e usuários no sistema exige permanente capacitação da equipe para essa nova forma de atuar.

O terceiro foco é a implantação ou ampliação do PSF, programa apoiado com recursos do governo federal. Envolve reorientar o modelo médico-assistencialista, que deve passar do foco nas doenças para um modelo preventivo centrado na saúde e qualidade de vida.

Os demais focos citados não são abordados nesta publicação, apesar de também contribuírem para a melhoria da saúde como um todo.

E D U C A Ç Ã O

Do universo pesquisado, 274 municípios (74,46%) indicam a Educação como prioridade da sua administração (Figura 4 e Gráfico 14).

A EDUCAçãO é ELEITA PRIORIDADE POR 274 MUNICíPIOS (74,46%)

Figura 4

municípios que indicaram educação como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (42 municípios)

2a Prioridade (123 municípios)

3a Prioridade (65 municípios)

4a Prioridade (44 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Educação como prioridade: 274

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 35: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 33

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE

42

2a PRIORIDADE

123

6544

Gráfico 14

municípios que destacaram educação, por ordem de prioridade

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Na maioria das RAs, a Educação é a segunda prioridade, após a Saúde. Barretos é a única

região que indica a Educação e Saúde como primeiras prioridades.

O principal foco de atuação (Gráfico 15) é a expansão de creche e pré-escola (73,72%)4, seguida

pela qualidade do ensino (41,97%) e ampliação e/ou melhoria do transporte escolar (35,77%).

SãO FOCOS DOS MUNICíPIOS QUE ELEGERAM A EDUCAçãO COMO PRIORIDADE:

ExPANSãO DE CREChE E PRé-ESCOLA (73,72%), QUALIDADE DO ENSINO (41,97%),

AMPLIAçãO E/OU MELhORIA DO TRANSPORTE ESCOLAR (35,77%).

A EDUCAçãO INCLUSIvA APARECE COMO 13O FOCO

4 A expansão de creche e/ou pré-escola cresceu, em relação a 2008.

Page 36: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

34 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Gráfico 15

focos de atuação dos municípios que elegeram educação como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

Em 2012, no estado de São Paulo, 33% das crianças com idades até 3 anos estavam na creche,

e, entre as crianças de 4 e 5 anos, 87% frequentavam a pré-escola (SEADE, 2013). Na proposta

de Plano Nacional de Educação (2011-2020), que tramita no Congresso Nacional, as metas de

atendimento em creche é de 50% das crianças de até 3 anos, até 2020, e 100% da população

com idades de 4 a 5 anos, em 2016.

Expansão das creches e/ou pré-escolas73,72%

Qualidade da educação (Ideb, Saresp, entre outros)41,97%

Ampliação e/ou melhoria do transporte escolar35,77%

Melhoria da infraestrutura da rede31,02%

Jornada integral ou escola integral28,10%

Fornecimento e/ou melhoria do material e/ou uniformes26,64%

Capacitação dos servidores da educação21,90%

Acessibilidade das unidades escolares21,90%

Diversificação, ampliação e/ou aquisição da merenda escolar da agricultura familiar

21,53%

Expansão do ensino fundamental14,23%

Informatização das unidades escolares13,87%

Expansão da Educação de Jovens e Adultos (EJA)13,50%

Educação inclusiva12,77%

Outro(s)11,68%

Page 37: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 35

A expansão das vagas na Educação Infantil, portanto, deve receber atenção da nova

gestão, pois é a etapa de ensino de competência exclusivamente municipal, e com

baixa cobertura. As novas equipes podem contar com o apoio dos governos estadual e

federal, por meio do programa Creche Escola e Programa Nacional de Reestruturação e

Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância),

respectivamente, entre outros destinados a ampliar o acesso.

Os gestores preocupam-se em proporcionar educação de qualidade (41,97%) e a melhoria

da infraestrutura do transporte escolar (35,77%), entre outros aspectos que contribuam

para o apoio ao educando (alimentação escolar, jornada integral, etc.).

A importância dada à jornada integral/escola integral cresceu em relação à gestão passada.

Destaca-se, ainda, a pouca frequência da educação inclusiva.

H A B I T A Ç Ã O

A Habitação foi escolhida como prioridade por 174 municípios (Figura 5 e Gráfico 16). A

construção de casas populares (99,43%) é o principal foco.

A ÁREA DE hAbITAçãO FOI ESCOLhIDA POR 174 MUNICíPIOS (47,28%) COMO

PRIORIDADE, DENTRE AS QUATRO OPçõES POSSívEIS

Page 38: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

36 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Figura 5

municípios que elegeram habitação como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (35 municípios)

2a Prioridade (38 municípios)

3a Prioridade (55 municípios)

4a Prioridade (46 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Habitação como prioridade: 174

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013-2016

Gráfico 16

municípios que destacaram habitação, por ordem de prioridade

35 38

5546

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013-2016

Page 39: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 37

Outro(s)9,77%

Mutirão habitacional12,64%

Realocação de moradores em áreas de risco32,18%

Reforma de imóveis34,48%

Regularização de imóveis64,37%

Construção de casas populares99,43%

Dos municípios que priorizaram a Habitação, 99,43% elegeram a construção de casas popu-

lares como principal foco; 64,37% indicaram a regularização de imóveis; 34,48% optaram

por reforma de imóveis; enquanto 32,18% escolheram a realocação de moradores em áreas

de risco (Gráfico 17). Todas essas opções podem ser desenvolvidas em parcerias com o

governo estadual e/ou federal. São programas das respectivas pastas; podem ser perenes

ou sazonais; e contribuem com a redução do déficit habitacional no estado e a melhoria das

moradias nos municípios paulistas.

Gráfico 17 focos de atuação dos municípios que elegeram habitação como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

A D M I N I S T R A Ç Ã O / G E S T Ã O P ú B L I C A

A Administração/Gestão Pública é importante ferramenta de que os gestores municipais

dispõem para cumprir as obrigações de provedores de serviços públicos. Uma boa gestão

pública pode auxiliar na implementação das políticas públicas, diante do cenário de escas-

sez de recursos e ampliação de demandas.

Page 40: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

38 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Entre os prefeitos que responderam à pesquisa, 140 (38,04%) indicaram a Administração/

Gestão Pública como prioridade de governo (Figura 6 e Gráfico 18). É importante ressaltar

que a pesquisa foi aplicada seis meses após os gestores terem assumido o comando do

município, portanto, quando já estavam vivenciando as dificuldades de gerenciamento.

DO TOTAL DOS MUNICíPIOS PARTICIPANTES DA PESQUISA, 140 (38,04%) INDICAM A

ADMINISTRAçãO/GESTãO PúbLICA ENTRE AS QUATRO PRIORIDADES DE GOvERNO

Figura 6

municípios que elegeram administração/ gestão pública como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (49 municípios)

2a Prioridade (24 municípios)

3a Prioridade (37 municípios)

4a Prioridade (30 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Administração/Gestão como prioridade: 140

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 41: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 39

Gráfico 18 municípios que destacaram administração/ gestão pública, por ordem de prioridade

49

24

3730

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Dentre as características dos gestores que destacaram a administração como prioridade,

encontram-se 28,57% prefeitos reeleitos. Com relação ao porte do município, a maior parte

(80,71%) tem até 50 mil habitantes.

Os executivos municipais das Regiões da Baixada Santista, de Barretos, Franca, Presidente

Prudente, Registro e Sorocaba, elegeram essa área como a segunda prioridade.

Dos focos citados, sobressaem a captação de recursos com os governos estadual, federal ou

outras instituições (57,86%); o planejamento e a ampliação das receitas municipais (52,86%); e

a necessidade de capacitar servidores (50%) (Gráfico 19). As escolhas apontam para o cenário de

escassez de recursos em que muitos municípios se encontram atualmente. Os gestores elegem

o fortalecimento do pessoal, por meio de capacitação, e a busca de fontes de recursos internas

e externas, como ferramentas para a melhoria da gestão.

PREFEITOS REELEITOS (28,57%) PRIORIzAM ADMINISTRAçãO/GESTãO PúbLICA. OS

FOCOS vOLTAM-SE PARA A CAPTAçãO DE RECURSOS COM OS GOvERNOS ESTADUAL,

FEDERAL, OU OUTRAS INSTITUIçõES (57,86%); O PLANEjAMENTO E A AMPLIAçãO

DAS RECEITAS MUNICIPAIS (52,86%) E CAPACITAçãO DE SERvIDORES (50%)

Page 42: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

40 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Captação de recursos com governos estadual, federal e outras instituições57,86%

Planejamento e ampliação das receitas municipais52,86%

Capacitação de servidores50,00%

Plano de cargos e salários39,29%

Atualização do cadastro imobiliário e mobiliário35,00%

Atualização da planta de valores33,57%

Reforma administrativa28,57%

Cadastro georreferenciado19,29%

Informatização dos serviços16,43%

Outros12,86%

Realização de concursos públicos12,86%

Integração dos sistemas12,14%

Terceirização de serviços5,71%

Implantação de cadastro multifinalitário2,14%

Gráfico 19 focos de atuação dos municípios que elegeram administração/gestão pública como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 43: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 41

Á R E A S M E N O S P R I O R I z A D A S, M A S N Ã O M E N O S I M P O R T A N T E S

As áreas a seguir citadas são de alto valor para diferentes segmentos ou forças sociais locais e

todas representam possibilidades e oportunidades para o bom desempenho da gestão.

T R A B A L H O / I N D ú S T R I A / C O M É R C I O / S E R V I Ç O S

A área de geração de trabalho, emprego e renda, que inclui o apoio à indústria, ao comércio e aos

serviços, foi escolhida como prioridade por 116 localidades (31,52%). Na Região de Araçatuba, com

Educação e Habitação, compõe a segunda prioridade. Na Região Central e de Presidente Prudente,

aparece como a terceira prioridade (Figura 7 e Gráfico 20). Constata-se que essa política pública

recebia mais atenção na gestão anterior (2009-2012) do que na atual (CEPAM; CEBRAP, 2009).

Figura 7 municípios que elegeram trabalho/indústria/ comércio/serviços como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (16 municípios)

2a Prioridade (28 municípios)

3a Prioridade (34 municípios)

4a Prioridade (38 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Trabalho/Indústria/Comércio/ Serviços como prioridade: 116

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 44: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

42 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Gráfico 20 municípios que destacaram trabalho/indústria/ comércio/serviços, por ordem de prioridade

16

2834

38

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Com relação aos focos de atuação (Gráfico 21), os executivos atuarão prioritariamente com o

fortalecimento de emprego e geração de renda (95,69%). Não menos importante, a atuação

dar-se-á pelo incremento de cursos de formação de mão de obra (60,34%) e incentivo à

indústria (57,76%).

Os prefeitos também demonstram interesse em avançar com a implantação ou imple-

mentação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Leis Complementares 123/2006

e 139/2011), citada por 47 municípios (40,52%). Os dados apontam que entram, na

agenda local, políticas de estímulo às cooperativas, de incremento ao microcrédito, de

oferta de assessoria e apoio aos Microempreendedores Individuais (MEI) e Programas de

Compras Governamentais.

O incentivo à economia criativa será foco da atenção de 21 novas administrações

(18,10%), o que poderá resultar em mais oportunidades para os empreendedores e

trabalhadores locais.

Page 45: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 43

Outro(s)14,66%

Fortalecimento de arranjo produtivo local, consórcio ou outro arranjo organizacional16,38%

Incentivo à economia criativa18,10%

Incentivo fiscais22,41%

Incentivo a serviços25,00%

Implantação e/ou implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa

40,52%

Incentivo à indústria57,76%

Incremento de cursos de formação de mão de obra60,34%

Emprego e geração de renda95,69%

Gráfico 21

focos de atuação dos municípios que elegeram trabalho/ indústria/comércio/serviços como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

A S S I S T ê N C I A S O C I A L

Observa-se que 83 municípios (22,55% dos respondentes) afirmam que a Assis-

tência Social está entre as suas prioridades (Figura 9 e Gráfico 22). Nota-se que

41 dos que escolheram essa área, colocam-na como a quarta prioridade; apenas

quatro municípios veem a área como a primeira prioridade.

Page 46: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

44 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Figura 8

municípios que elegeram assistência social como prioridade

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (4 municípios)

2a Prioridade (11 municípios)

3a Prioridade (27 municípios)

4a Prioridade (41 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Assistência Social como prioridade: 83

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Gráfico 22 municípios que destacaram assistência social, por ordem de prioridade

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

411

27

41

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Page 47: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 45

Outro(s)3,61%

Ampliação e/ou revisão das parcerias com o 3o setor21,69%

Inclusão produtiva27,71%

Capacitação dos servidores31,33%

Projetos de transferência de renda54,22%

Capacitação dos beneficiários da assistência social55,42%

Atividades de desenvolvimento social66,27%

Ampliação e/ou diversificação da atuação do Cras68,67%

Nos focos de atuação (Gráfico 23), observa-se a ampliação, ou diversificação, da atuação

do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) (68,67%), o que remete à impor-

tância que esse equipamento público vem assumindo na Política Pública de Assistência

Social, pois é a principal porta de entrada do Sistema único de Assistência Social (Suas)

e responde pela organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica.

Gráfico 23 focos de atuação dos municípios que elegeram assistência social como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

O segundo foco escolhido (66,27%) é a implementação de atividades de desenvol-

vimento social, que está muito vinculado às competências municipais de Proteção

Social Básica. O terceiro é a capacitação dos beneficiários da área (55,42%), o que

mostra preocupação com a busca de autonomia desses atores e a identificação de

alternativas de inclusão produtiva.

Os programas de transferência de renda (Bolsa Família, Renda Cidadã, entre outros),

mesmo com a expansão dos últimos anos, são o quarto foco (54,22%). Ressalta-se

que era o foco prioritário na gestão de 2009 a 2012 (CEPAM; CEBRAP, 2009).

Page 48: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

46 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

G E S T Ã O A M B I E N T A L / M E I O A M B I E N T E / S A N E A M E N T O

Esparsos pelas regiões do estado, 81 municípios (22,01%) optaram pela Gestão Ambiental

(Figura 9 e Gráfico 24). Em sua maioria, têm de 20.001 a 50 mil habitantes.

Figura 9 municípios que elegeram gestão ambiental/ meio ambiente/saneamento como prioridade

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (9 municípios)

2a Prioridade (11 municípios)

3a Prioridade (26 municípios)

4a Prioridade (35 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Gestão Ambiental como prioridade: 81

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Page 49: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 47

Gráfico 24

municípios que destacaram gestão ambiental/ meio ambiente/saneamento, por ordem de prioridade

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

9 11

26

35

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Como principal foco da atuação (Gráfico 25), 55,56% definiram a coleta seletiva

e o apoio às cooperativas de materiais recicláveis. Essa opção mostra que es-

ses municípios adotam ações de inclusão social e econômica dos catadores de

materiais recicláveis e que novos hábitos de descarte estão sendo incluídos na

agenda local.

Page 50: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

48 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Logística reversa2,47%

Resíduos de serviços de saúde3,70%

Remoção de ocupações em áreas de preservação ambiental6,17%

Recuperação dos recursos hídricos7,41%

Sustentabilidade ambiental ou uso racional da água12,35%

Outro(s)17,28%

Proteção às áreas verdes18,52%

Resíduos da construção civil22,22%

Ampliação da rede de água25,93%

Ampliação do tratamento de esgoto28,40%

Educação ambiental30,86%

Ampliação da rede de esgoto35,80%

Coleta, destinação e disposição dos resíduos sólidos41,98%

Aterro sanitário44,44%

Coleta seletiva e apoio às cooperativas de materiais recicláveis55,56%

Gráfico 25

focos de atuação dos municípios que elegeram gestão ambiental/meio ambiente/saneamento como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

O aterro sanitário é o segundo foco de atuação (44,44%), seguido da coleta, destinação e dispo-sição dos resíduos sólidos (41,98%).

A preocupação com a Gestão Ambiental desses municípios pode significar a estruturação da área local, conforme preconizado pelas Políticas Nacional de Resíduos Sólidos e de Saneamento

Page 51: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 49

Ambiental. Esses municípios podem também ter sido alvo de projetos específicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente ou de programas federais.

S E G U R A N Ç A P ú B L I C A

A Segurança Pública foi eleita, por 70 municípios (19,02%), como uma de suas prioridades

(Figura 10 e Gráfico 26). De acordo com a Constituição Federal de 1988, cabem, à União e aos

estados membros, as ações de segurança pública, e aos municípios as ações de prevenção

e zeladoria dos patrimônios públicos, feitas pelas guardas municipais.

Figura 10 municípios que elegeram segurança pública como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (3 municípios)

2a Prioridade (10 municípios)

3a Prioridade (21 municípios)

4a Prioridade (36 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Segurança como prioridade: 70

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 52: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

50 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Gráfico 26

municípios que destacaram segurança pública, por ordem de prioridade

310

21

36

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Apenas três municípios elegeram como primeira prioridade a política de Segurança Pública;

entretanto, dois possuem porte de até 20 mil habitantes, o que sugere a indicação de um

novo problema para os pequenos municípios.

Dos executivos municipais que elegeram como prioridade a Segurança Pública, 91,43% são

homens e 65,71% são novos prefeitos.

Campinas foi a região que mais indicou a segurança pública como ação prioritária, com 25,71%

das escolhas. Na região de Registro, nenhum município citou a área entre as prioridades.

Dentre os focos de atuação na Segurança Pública (Gráfico 27) indicados, destacam-se a

articulação e integração com os outros entes federados (87,14%), o videomonitoramento

(71,43%) e a criação ou ampliação da guarda municipal (58,57%).

Page 53: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 51

Outro(s)11,43%

Defesa civil37,14%

Sistema de informações integradas37,14%

Operação delegada47,14%

Criação e/ou ampliação da guarda municipal58,57%

Videomonitoramento71,43%

Articulação com o governo estadual e/ou federal para disponibilizar recursos87,14%

Gráfico 27

focos de atuação dos municípios que elegeram segurança pública como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

A articulação com o governo estadual e/ou federal para obter recursos é justificada pela

limitação de fontes financeiras dos municípios, bem como a limitação legal de competência

imposta aos municípios.

O videomonitoramento destaca-se dentre as diversas ações dos governos que propõem a

instalação desses equipamentos como prevenção a atos ilícitos nos municípios. A utilização

de tecnologia na área de Segurança Pública pode ser ampliada e servir como instrumento

para suprir as deficiências impostas pelos modelos adotados pelos municípios.

Prevista na Constituição Federal, a criação ou ampliação das guardas municipais é um

dos meios legais alternativos de atuação na área de Segurança Pública. Entretanto, falta

regulamentação e definir as atribuições, o que se soma ao cenário de insegurança, abuso

de atuação e dificuldade de operação integrada com outros entes.

Page 54: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

52 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

U R B A N I S M O / D E F E S A C I V I L

A área de Urbanismo e Defesa Civil foi escolhida por 34 municípios (9,24%). Nas regiões

de Barretos, Ribeirão Preto e São José dos Campos, a área não vigorou dentre as quatro

prioridades da nova gestão (Figura 11 e Gráfico 28).

Figura 11 municípios que elegeram urbanismo/ defesa civil como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (3 municípios)

2a Prioridade (6 municípios)

3a Prioridade (9 municípios)

4a Prioridade (16 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Total de Urbanismo/Defesa Civilcomo prioridade: 34

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 55: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 53

Gráfico 28 municípios que destacaram urbanismo/ defesa civil, por ordem de prioridade

36

9

16

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Os programas de melhoria da infraestrutura urbana (pavimentação, drenagem, etc.) são prioritários

para 32 municípios (94,12%) que escolheram o urbanismo. Em seguida, estão iluminação (64,71%)

e limpeza públicas (44,12%) (Gráfico 29), ações tipicamente municipais.

Gráfico 29

focos de atuação dos municípios que elegeram urbanismo/defesa civil como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Infraestrutura urbana 94,12%

Iluminação pública64,71%

Limpeza pública44,12%

Outro(s)29,41%

Arborização urbana26,47%

Reformulação do sistema viário23,53%

Tratamento de áreas de risco e/ou remoção da população20,59%

Modernização e acessibilidade de edifícios e áreas públicas17,65%

Atualização da legislação urbanística17,65%

Page 56: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

54 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

A G R I C U LT U R A

Concentrados em regiões com características agrícolas, 34 municípios elegeram a Agricultura

(9,24% da amostra) como prioridade (Figura 12 e Gráfico 30).

Figura 12 municípios que elegeram agricultura como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (1 municípios)

2a Prioridade (6 municípios)

3a Prioridade (9 municípios)

4a Prioridade (18 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Total de Agricultura como prioridade: 34

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

Page 57: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 55

Gráfico 30 municípios que destacaram a agricultura, por ordem de prioridade

16

9

18

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

Desses municípios, 91,18% escolheram apoio ao pequeno produtor e agricultor familiar e

ao cooperativismo como o principal foco de ação (Gráfico 31), seguido do apoio ao escoa-

mento da produção/estrada vicinal (82,35%). A agregação de valor à produção também foi

definida por 44,12% dos municípios como ação que será destacada na nova gestão.

Gráfico 31

focos de atuação dos municípios que elegeram agricultura como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Outros14,71%

Apoio ao armazenamento20,59%

Agregação de valor à produção44,12%

Apoio ao escoamento da produção/estradas vicinais82,35%

Apoio ao pequeno produtor e agricultor familiar e aocoorporativismo

91,18%

Page 58: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

56 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Os focos de desenvolvimento da agricultura familiar e do pequeno agricultor levantados por

alguns municípios encontram eco no Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social

(PPAIS), no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e no Programa Nacional de Alimen-

tação Escolar (Pnae), que preveem a compra de alimentos oriundos da agricultura familiar.

E S P O R T E E L A z E R

A área de Esporte e Lazer foi priorizada por 33 localidades (8,97%) dispersas no estado

(Figura 13 e Gráfico 32). Nenhum município das Regiões de Barretos e Registro deu prefe-

rência para atuar prioritariamente nessa política.

Figura 13 municípios que elegeram esporte e lazer como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (5 municípios)

3a Prioridade (8 municípios)

4a Prioridade (20 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Total de Esporte e Lazer como prioridade: 33

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 59: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 57

Outro(s)3,03%

Lazer e programas para pessoas com deficiência21,21%

Criação ou ampliação de escolinhas de práticas esportivas66,67%

Lazer e programas para idosos69,70%

Reforma/construção ou ampliação dos equipamentos69,70%

Lazer e programas para crianças e jovens72,73%

Gráfico 32 municípios que destacaram esporte e lazer, por ordem de prioridade

5

0

8

20

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Dos 33 municípios, 72,73% optaram por lazer e programas para crianças e jovens; 69,70%, por

lazer e programas para idosos, e a mesma porcentagem para reforma/construção ou ampliação

de equipamentos (Gráfico 33). Essas opções podem contar com o apoio dos governos federal e

estadual, que mantêm programas e projetos conveniados com municípios para jovens e idosos;

e para a manutenção e criação de espaços próprios para a prática de exercícios.

Gráfico 33

focos de atuação dos municípios que elegeram esporte e lazer como prioridade (%)

Fonte: Cepam. Pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 60: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

58 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

T R â N S I T O E T R A N S P O R T E S

Dentre os 31 municípios (8,42% da amostra) que apontaram Trânsito e Transportes como

prioridade (Figura 14 e Gráfico 34), 64,52% colocaram o foco na ampliação do serviço de

transporte coletivo; 58,06%, na troca parcial ou integral da frota; e 29,03%, no atendimento

e/ou ampliação dos serviços de transporte à zona rural (Gráfico 35).

Figura 14

municípios que elegeram trânsito e transportes como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (1 municípios)

2a Prioridade (7 municípios)

3a Prioridade (13 municípios)

4a Prioridade (10 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Total de Trânsito e Transportes como prioridade: 31

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013 – 2016

Page 61: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 59

Gráfico 34

municípios que destacaram trânsito e transportes, por ordem de prioridade

1

7

13

10

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

A maioria dos municípios que optaram por Trânsito e Transportes é de médio porte ou de

Região Metropolitana.

O atendimento à zona rural é mais característico de municípios menores, com bairros rurais

ou transporte de trabalhadores da cana e outras atividades que obedeçam à legislação

específica de transporte.

Gráfico 35

focos de atuação dos municípios que elegeram trânsito e transportes como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Regularização do transporte alternativo16,13%

Atendimento e/ou ampliação dos serviços de transporte à zona rural29,03%

Outros48,39%

Troca parcial ou integral da frota58,06%

Ampliação do serviço de transporte coletivo64,52%

Page 62: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

60 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Identificou-se que 48,39% dos que escolheram outros focos de atuação estão mais pró-

ximos das grandes cidades. Municípios com população acima de 300 mil habitantes e de

Regiões Metropolitanos estão preocupados com a mobilidade urbana, ciclovias, metrô leve,

terminal, tarifas sociais, reordenamento da malha viária, estudos de alternativas ao plano

de mobilidade urbana que privilegia o pedestre, entre outros.

T U R I S M O

A política pública de Turismo foi priorizada por 30 municípios (8,15%) cuja maioria elegeu

a área como terceira ou quarta prioridade (Figura 15 e Gráfico 36). Nem todas as estâncias

turísticas enfatizam essa área e outros municípios, que não são estância, elegeram-na. Nas

Regiões Central e de Ribeirão Preto, nenhum município escolheu a área como prioritária.

Figura 15

municípios que elegeram turismo como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

1a Prioridade (3 municípios)

2a Prioridade (6 municípios)

3a Prioridade (10 municípios)

4a Prioridade (11 municípios)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Total de Turismo como prioridade: 30

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 63: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 61

Gráfico 36

municípios que destacaram turismo, por ordem de prioridade

3

6

1011

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

A análise dos focos de atuação (Gráfico 37) mostra que a maioria das localidades prioriza a

melhoria da infraestrutura ao turista (93,33%), seguida da divulgação do potencial turístico

(83,33%) e da capacitação de pessoal para a área (56,67%).

Gráfico 37 focos de atuação dos municípios que elegeram turismo como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Outros6,67%

Acessibilidade46,67%

Capacitação de recursos humanos para o turismo56,67%

Divulgação do potencial turístico do município83,33%

Melhoria da infraestrutura ao turista93,33%

Page 64: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

62 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

A acessibilidade, apesar de obrigatória desde 2000, foi inserida como o quarto foco de

atuação dos executivos municipais.

C U LT U R A

Dos 368 municípios que responderam ao questionário, somente oito optaram por

colocar Cultura como prioridade da atual gestão (Figura 16 e Gráfico 38) e em sete é

a quarta prioridade.

Figura 16 municípios que elegeram cultura como prioridade

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FRANCA

BARRETOS

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

CAMPINAS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

PRESIDENTE PRUDENTE

MARÍLIA

BAURU

ARAÇATUBA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

3a prioridade (7 municípios)

4a prioridade (1 município)

Limite de Região Administrativa

Limite de Município

Total de Cultura como prioridade: 8

N0 124,7

quilômetros

Escala: 1:2.572.000

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 65: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 63

Gráfico 38

municípios que destacaram cultura, por quantidade

001

7

3a PRIORIDADE 4a PRIORIDADE1a PRIORIDADE 2a PRIORIDADE

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

O principal foco de atuação de 75% dos municípios nessa área são os Programas

de Oficinas Culturais; em 62,50%, é a criação e/ou ampliação da biblioteca mu-

nicipal; mesma porcentagem que se refere à valorização do patrimônio cultural e

das expressões artísticas culturais (Gráfico 39). É possível que as escolhas estejam

relacionadas às tradições culturais dessas cidades. Estâncias turísticas, por sua vez,

não priorizaram essa política pública.

Outro aspecto importante é que, muitas vezes, nas Administrações municipais, a cul-

tura está vinculada à educação, ao esporte e lazer, o que pode explicar a não opção

por essa área específica. Entretanto, com a vigência do Plano Nacional de Cultura

(PNC), instituído pela Lei 12.343/2010, e do Sistema Nacional de Cultura, é uma área

que pode ser ampliada, no decorrer da gestão.

APENAS OITO MUNICíPIOS PRIORIzAM A ÁREA DE CULTURA E NENhUM

é ESTâNCIA TURíSTICA

Page 66: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

64 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Gráfico 39

focos de atuação dos municípios que elegeram cultura como prioridade (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

C O E R ê N C I A S O B S E R V A D A S

Observa-se coerência entre os compromissos de campanha, as dificuldades encontradas no início de mandato, e as quatro primeiras prioridades eleitas (Tabela 5).

Tabela 5

comparação entre compromissos, dificuldades e prioridades

Compromissos (%) Dificuldades (%) Quatro Primeiras Prioridades (%)Saúde – 91,59 Saúde –75,07 Saúde – 94,29

Educação – 53,04 Administração/

Gestão Pública – 50,68Educação – 74,46

Habitação – 40,29 Habitação – 24,38 Habitação – 47,28Trabalho/Indústria/

Comércio/Serviços – 33,04 Educação – 24,11

Administração/Gestão

Pública – 38,04Respondentes: 344 Respondentes: 366 Respondentes: 368

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Outro(s)25,00%

Criação e/ou ampliação da biblioteca municipal62,50%

Valorização das expressões artísticas culturais62,50%

Valorização do patrimônio cultural62,50%

Programas de oficinas culturais75,00%

Page 67: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 65

As intenções dos eleitos são indicadas em dois momentos distintos, porém próximos: a cam-

panha eleitoral e o contato com a realidade da gestão, após seis meses do mandato. Ocor-

rências durante o mandato podem manter os cenários ou mudá-los, causando impactos

aos municípios, e podem levar os gestores a construírem novas viabilidades, para superar

restrições ou provocar mudanças de prioridades.

Por outro lado, podem surgir oportunidades que fortaleçam as prioridades definidas. Assim,

é importante acompanhar as gestões, a fim de verificar as transformações registradas no

decorrer do exercício do mandato.

A seguir são apresentadas questões sobre as políticas transversais e como estão estrutu-

rados os conselhos e planos municipais. A pesquisa também investigou quais os gestores

pretendem instituir.

Page 68: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

C O M O G O V E R N A: P O L Í T I C A S T R A N S V E R S A I S, C O N S E L H O S E P L A N O S

Aqui são tratados aspectos relacionados às condições, nos municípios, para desenvolver

políticas públicas articuladas a segmentos específicos da sociedade. Optou-se por analisar

a infraestrutura existente e a que pretendem criar para promover ações de grupos minori-

tários. Também são abordados aspectos relativos aos conselhos e planos municipais.

A Ç õ E S A R T I C U L A D A S P A R A G R U P O S M I N O R I T Á R I O S

A pesquisa trabalhou as possibilidades de ações articuladas para a inclusão social de gru-

pos minoritários (negro, mulher, jovem, população indígena, pessoa com deficiência, idoso,

etc.). Focou os segmentos sociais marcados pela discriminação e negação de direitos, e

propôs aos eleitos que apontassem o segmento que a atual gestão considera importante

trabalhar. Também foi identificada de que maneira os gestores pretendem institucionalizar

as ações para esses grupos.

Essa questão foi respondida por 330 municípios (89,67%) e havia a possibilidade de

optar por ações com os diversos grupos. Os idosos representam o segmento com mais

preocupação (87,88%), seguido por mulheres (65,15%), juventude (64,55%), pessoas

com deficiência (64,55%), negros (41,82%) e população indígena (16,97%) (Gráfico 40).

Page 69: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 67

Gráfico 40

municípios que realizarão ações, por segmentos (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

A inserção desses segmentos no desenho institucional obedece a uma lógica interes-

sante: a maioria dos gestores optou por utilizar as secretarias existentes, criando grupos

temáticos específicos, ou envolvendo áreas já existentes. O foco não ficou na criação de

áreas ou políticas públicas, que nem sempre significam garantia de funcionalidade, mas

apontou para o uso de espaços já existentes, o que pode favorecer a intersetorialidade,

vista enquanto ações integradas da gestão, no processo de inclusão dos grupos.

Um número reduzido de municípios (17) propôs-se a trabalhar com outros grupos minoritários,

como gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (GLBT); combate às

drogas; e assentamento rural.

IDOSOS, MULhERES E jUvENTUDE SãO SEGMENTOS DE ATENçãO DOS PREFEITOS.

AS AçõES vãO UTILIzAR A ESTRUTURA ORGANIzACIONAL jÁ ExISTENTE

População indígena16,97%

Negro41,82%

Pessoa com deficiência64,55%

Juventude64,55%

Mulher65,15%

Idosos87,88%

Page 70: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

68 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

C O N S E L H O S M U N I C I P A I S

Além de instâncias de participação dos cidadãos e de articulação com a sociedade civil, os conselhos são também espaços de articulação com diferentes entes governamentais.

A pesquisa investigou quais conselhos municipais existem nas localidades e quais a gestão pretende instituir. Os existentes mais apontados pelos municípios (Gráfico 41) são os de assistência social (95,70%), saúde (93,80%) e educação (89,10%), já previstos nas políticas descentralizadas.

Quanto aos outros identificados, a maioria de conselhos (Tutelar, dos Direitos da Criança e do Adolescente, Alimentação Escolar, entre outros) também está prevista em regulamenta-ção federal. Entretanto, a pesquisa aponta outros, além dos obrigatórios e/ou vinculados a fundos específicos (Direitos Humanos, Antidrogas, etc.).

Ressalta-se que o questionário não fez nenhuma referência à participação efetiva dos conselhos na gestão, seja com caráter deliberativo ou consultivo, uma vez que o Chefe do executivo, no início da gestão, pode ainda não ter mantido contato com o funcionamento dos conselhos.

Gráfico 41

conselhos e comissões existentes (%)

(continua)

Assistência social95,70%

Saúde93,80%

Educação89,10%

Tutelar86,10%

Direito da criança e do adolescente84,80%

Alimentação escolar79,60%

Controle do Fundeb78,00%

Meio ambiente70,90%

Agricultura70,70%

Idoso64,10%

Emprego45,40%

Cultura42,70%

Habitação39,90%

Turismo39,40%

Segurança pública38,90%

Segurança alimentar32,30%

Esporte e/ou lazer27,70%

Pessoa com deficiência25,30%

Cidade20,10%

Juventude14,10%

Mulher13,30%

Patrimônio cultural12,20%

Negro10,30%

Outros9,51%

Acessibilidade7,90%

Política urbana6,50%

Direitos humanos5,70%

Não dispõe de todas as informações2,20%

Indígena1,10%

Diversidade sexual1,10%

Desenvolvimento rural1,09%

Antidrogas0,82%

Page 71: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 69

Gráfico 41

conselhos e comissões existentes (%) (continuação)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Assistência social95,70%

Saúde93,80%

Educação89,10%

Tutelar86,10%

Direito da criança e do adolescente84,80%

Alimentação escolar79,60%

Controle do Fundeb78,00%

Meio ambiente70,90%

Agricultura70,70%

Idoso64,10%

Emprego45,40%

Cultura42,70%

Habitação39,90%

Turismo39,40%

Segurança pública38,90%

Segurança alimentar32,30%

Esporte e/ou lazer27,70%

Pessoa com deficiência25,30%

Cidade20,10%

Juventude14,10%

Mulher13,30%

Patrimônio cultural12,20%

Negro10,30%

Outros9,51%

Acessibilidade7,90%

Política urbana6,50%

Direitos humanos5,70%

Não dispõe de todas as informações2,20%

Indígena1,10%

Diversidade sexual1,10%

Desenvolvimento rural1,09%

Antidrogas0,82%

Page 72: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

70 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Em 199 municípios (54%), há interesse em instituir novos conselhos (Gráfico 42). O Conselho da Juventude (31,66%) aparece como primeiro, seguido pelos Conselhos da Mulher (18,09%), Pessoa com Deficiência (15,08%) e de Esporte e Lazer (12,56%). Essa informação induz a novas investigações, pois crescem as opções desse instrumento de participação em áreas que, na gestão anterior, existiam com pouca frequência, como é o caso de juventude. É necessário identificar se os movimentos de junho de 2013 e o Estatuto da Juventude influenciaram essa opção5.

Gráfico 42 conselhos que a gestão 2013-2016 pretende instituir (%)

5 O interesse em criar conselhos de juventude já havia sido identificado no pré-teste do questionário realizado antes de junho.

(continua)

Alimentação escolar0,00%

Assistência social0,00%

Controle do Fundeb0,00%

Indígena0,00%

Saúde0,00%

Tutelar0,00%

Educação1,01%

Defesa civil1,01%

Direito da criança e do adolescente2,01%

Diversidade sexual2,01%

Segurança alimentar2,01%

Igualdade racial2,01%

Agricultura2,51%

Cidade3,02%

Antidrogas3,02%

Política urbana3,52%

Meio ambiente4,52%

Patrimônio cultural4,52%

Negro5,03%

Segurança pública6,03%

Emprego6,53%

Transporte/Mobilidade urbana6,53%

Direitos humanos7,04%

Acessibilidade7,54%

Idoso8,54%

Outros9,55%

Habitação10,55%

Cultura12,06%

Turismo12,06%

Esporte e/ou lazer12,56%

Pessoa com deficiência15,08%

Mulher18,09%

Juventude31,66%

Page 73: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 71

Alimentação escolar0,00%

Assistência social0,00%

Controle do Fundeb0,00%

Indígena0,00%

Saúde0,00%

Tutelar0,00%

Educação1,01%

Defesa civil1,01%

Direito da criança e do adolescente2,01%

Diversidade sexual2,01%

Segurança alimentar2,01%

Igualdade racial2,01%

Agricultura2,51%

Cidade3,02%

Antidrogas3,02%

Política urbana3,52%

Meio ambiente4,52%

Patrimônio cultural4,52%

Negro5,03%

Segurança pública6,03%

Emprego6,53%

Transporte/Mobilidade urbana6,53%

Direitos humanos7,04%

Acessibilidade7,54%

Idoso8,54%

Outros9,55%

Habitação10,55%

Cultura12,06%

Turismo12,06%

Esporte e/ou lazer12,56%

Pessoa com deficiência15,08%

Mulher18,09%

Juventude31,66%

Gráfico 42 conselhos que a gestão 2013-2016 pretende instituir (%) (continuação)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 74: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

72 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

P L A N O S M U N I C I P A I S E x I S T E N T E S E A S E R E M I N S T I T U Í D O S

Dos planos instituídos nos municípios, as áreas de Educação (68,21%), Assis-

tência Social (67,12%) e Saúde (65,49%) são as mais frequentes (Gráfico 43).

Resultado que reflete a necessidade de elaborar planos para receber contrapar-

tidas (estaduais/federais) nos respectivos fundos municipais.

Gráfico 43 planos existentes nos municípios (%)

Não dispõe de informações3,53%

Outros7,34%

Acessibilidade14,67%

Cultura17,93%

Defesa civil31,79%

Habitação de interesse social37,23%

Gestão integrada de resíduos sólidos38,32%

Criança e adolescente43,48%

Saneamento49,46%

Plano diretor49,73%

Saúde65,49%

Assistência social67,12%

Educação68,21%

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016)

Page 75: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 73

O plano diretor (49,73%) foi objeto de legislação específica para municípios com população acima

de 20 mil habitantes e sua existência já era esperada, como os das políticas sociais. Os planos

municipais de saneamento (49,46%), e de gestão integrada de resíduos sólidos (38,32%) tam-

bém são objeto de regulamentação federal, e obrigatórios para todos os municípios brasileiros.

Quanto aos planos que a atual gestão pretende instituir, 200 localidades (54,35%) identificaram,

no mínimo, um. Os mais citados são justamente os planos de saneamento (31%) e de gestão

integrada de resíduos sólidos (28%) (Gráfico 44).

O plano de gestão integrada de resíduos sólidos já deveria ter sido elaborado. Entre as sanções

previstas aos municípios, está a exigência desse plano para acessar recursos para a área. Além

disso, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) o tem exigido, como pré-requisito,

para a realização de licitações de coleta de lixo domiciliar. O plano de saneamento deverá ser

finalizado até 2014 (Lei 11.445/2007).

Como terceira opção, aparece o plano diretor (25%) cuja obrigatoriedade foi introduzida com o

estatuto da cidade e tem prazo para revisão.

Gráfico 44

planos que a gestão pretende instituir (%)

Assistência social2,00%

Turismo3,50%

Criança e adolescente4,50%

Saúde5,50%

Defesa civil8,50%

Educação8,50%

Mobilidade urbana9,00%

Cultura14,00%

Habitação de interesse social15,00%

Acessibilidade16,50%

Outros21,00%

Plano diretor25,00%

Gestão integrada de resíduos sólidos28,00%

Saneamento31,00%

(continua)

Page 76: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

74 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

O TCE-SP TEM ExIGIDO O PLANO MUNICIPAL DE GESTãO INTEGRADA DE RESíDUOS

SóLIDOS COMO PRé-REQUISITO PARA LICITAçõES DE COLETA DE LIxO DOMICILIAR

Assistência social2,00%

Turismo3,50%

Criança e adolescente4,50%

Saúde5,50%

Defesa civil8,50%

Educação8,50%

Mobilidade urbana9,00%

Cultura14,00%

Habitação de interesse social15,00%

Acessibilidade16,50%

Outros21,00%

Plano diretor25,00%

Gestão integrada de resíduos sólidos28,00%

Saneamento31,00%

Gráfico 44

planos que a gestão pretende instituir (%) (continuação)

Page 77: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

C O M O G O V E R N A: T R A N S PA R ê N C I A, I N F O R M A Ç õ E S E C O M U N I C A Ç Ã O

Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse parti-

cular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena

de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança

da sociedade e do Estado (CF, art. 5o, inciso xxxIII).

A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta

e indireta, regulando, especialmente: o acesso dos usuários a registros administrativos

e a informações sobre atos de governo (Redação dada pela Emenda Constitucional 19,

de 1998, art. 37, inciso II).

A Constituição de 1988 estabelece como um princípio a transparência e a prestação de

contas, mas apenas na última década inicia a regulamentação do processo de trans-

parência na gestão fiscal e na disponibilização de informações aos cidadãos. Por meio

da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (LC 101/2009), da Lei de Transparência (LC

131/2009) e da Lei de Acesso à Informação (LAI – Lei 12.527/11) é que os gestores são

responsabilizados pelo não cumprimento dessas atividades.

Page 78: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

76 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Possui

80,43%

Pretende organizar

13,32%

Não dispõe de informações

3,26%

Não possui

2,99%

M U N I C Í P I O S E A L E I D E A C E S S O À I N F O R M A Ç Ã O

Na LAI, são explicitados: diretrizes, publicidade, divulgação de informações de interesse

público, independentemente de solicitações; utilização de meios de comunicação viabili-

zados pela tecnologia da informação; fomento à cultura de transparência na Administração

Pública; e prática do controle social da Administração Pública.

A partir dessa legislação, os municípios iniciam a adequação administrativa para fornecer

informações aos cidadãos e assegurar esse direito fundamental. Observa-se que 80,43%

dos municípios participantes do estudo afirmam estar se organizando para atender à LAI e

13,32% pretendem se organizar (Gráfico 45).

Chama atenção que 11 localidades ainda não estão se organizando e 12 não dispunham

de informações; destes, 18 têm menos de 20 mil habitantes. A Região de Sorocaba dispõe

de três localidades que ainda não estão se adequando à lei e a Região de São José do Rio

Preto possui quatro municípios que não dispõem de informações.

Gráfico 45

municípios e a organização da lai (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Page 79: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 77

Dos que estão organizados, ou pretendem se organizar, para atender às exigências, 43,77%

editaram ato normativo para regulamentar a lei mostrando que sua institucionalização ainda

é restrita. Essa questão foi respondida por 297 localidades (80,71%).

Os municípios de 20 mil a 50 mil e com mais de 300 mil habitantes são os que, proporcio-

nalmente, mais regulamentaram a LAI, com, respectivamente, 50% e 66,67%. As Regiões

de Ribeirão Preto e Sorocaba são as que mais editaram atos normativos, proporcionalmente.

Gráfico 46

edição de ato normativo que regulamenta e implementa a lai (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Dentre as localidades que estão se organizando para cumprir a LAI, 30,61% não definiram um responsável pela informação, mostrando que a sua implementação ainda está em processo.

Apenas 14,29% envolverão a comunidade no processo de discussão e implementação da lei (Gráfico 47), o que revela que o processo de acesso à informação pode democratizar-se.

Possui

43,77%

Não possui

15,82%

Em elaboração

40,40%

Page 80: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

78 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Gráfico 47

organização da lai (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas –gestão 2013–2016

Os municípios com população entre 20.001 e 50 mil habitantes são os que, proporcionalmente,

mais afirmam que envolverão a comunidade no processo de discussão para implementar a LAI.

A Região de Franca é a que mais declara ter a intenção de envolver a comunidade no processo.

S E R V I Ç O D E I N F O R M A Ç õ E S A O C I D A D Ã O

Para viabilizar o acesso às informações públicas nos órgãos e nas entidades do Poder Público,

deve ser criado o SIC, conforme previsto na LAI, para atender de forma presencial, ou a distância,

por meio da Internet (CEPAM, 2013).

A pesquisa indagou sobre a sua existência e foi respondida por 357 municípios (97% do universo).

Apurou-se que 52,66% não dispõem do SIC (Gráfico 48); apenas 22,69% afirmam possuir o serviço

e 19,05% ainda o estão estruturando.

PARTE DOS MUNICíPIOS (52,66%) NãO DISPõE DO SIC, PREvISTO NA LAI

Definir responsável pelas informações

30,61%

Outros

26,53%

Envolver a comunidade no processo de discussão

14,29%

Formar um comitê de adaptação da legislação federal à realidade do município

28,57%

Page 81: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 79

Há concentração de SICs em municípios com população acima de 300 mil, conforme

esperado. Os pequenos municípios são os que mais necessitam de apoio para organizar

esse serviço.

Gráfico 48

existência de sic (%)

Não

52,66%

Sim

22,69%

Em processo de elaboração

19,05%

Não dispõe de informação

5,60%

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

Baixada Santista, Barretos e Região Metropolitana são as regiões em que, proporcional-

mente, os executivos municipais mais afirmam possuir SICs. Já Sorocaba, Registro e Presi-

dente Prudente são as que mais precisam se estruturar para organizá-los.

O U V I D O R I A

A ouvidoria, outro mecanismo de controle social analisado na pesquisa, é o órgão responsável

por proporcionar a comunicação da sociedade civil com a Administração Pública (CEPAM,

2013). É o órgão representante dos cidadãos e usuários dos serviços público prestados

pelo estado perante a prefeitura. Recebe reclamações, sugestões, críticas, elogios, dúvidas,

a respeito do funcionamento dos órgãos da Administração municipal, analisa-os e procura

encaminhá-los para os devidos setores para a solução ou prevenção das falhas.

Apenas 26,10% dos municípios afirmam possuir esse instrumento de controle e avaliação

das políticas públicas, o que mostra que é pouco utilizado (Gráfico 49). Proporcionalmente,

Page 82: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

80 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

as ouvidorias são mais encontradas em municípios de 100 mil a 300 mil habitantes (88%

dos municípios respondentes dessa faixa populacional).

Gráfico 49

existência de ouvidoria (%)

Não

64,84%

Sim

26,10%

Sim, em área específica

7,42%

Não dispõe de informação

1,65%

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

Ainda, 7,42% dos municípios possuem ouvidoria na área específica da saúde, o que já era

esperado, pois estão previstos mecanismos de escuta permanente das opiniões e demandas

da população na Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS (ParticipaSus).

O Sistema Nacional de Ouvidorias do SUS prevê a pactuação com municípios e estados

(MINISTÉRIO DA SAúDE, 2013).

F O R M A S D E C O M U N I C A Ç Ã O C O M O S M U N Í C I P E S

A pesquisa debruçou-se também sobre o processo de comunicação entre a prefeitura e os

munícipes (Gráfico 50), e 359 municípios responderam a essa questão (97,55%). Em média,

os municípios utilizam cinco formas de comunicação, mostrando estratégias distintas de

diálogo com os cidadãos. Os principais canais identificados foram audiências públicas ou

assembleias de bairro (72,98%).

Page 83: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 81

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas – gestão 2013–2016

A realização de audiências públicas é obrigatória pela LRF na aprovação do Plano Plurianual (PPA)

e do orçamento e, a cada três meses, na saúde.

Já as assembleias de bairro, apesar de voluntárias, também têm sido prática comum no estado

há muitos anos. Os executivos municipais ainda pretendem manter a comunicação com os muní-

cipes por meio de atendimento semanal no gabinete do prefeito (61,56%) e visita aos bairros

(57,10%), formas já exercidas.

Gráfico 50

formas de comunicação da gestão com os munícipes

Outras formas4,18%

Café da manhã com organizações da sociedade civil8,36%

Boletim eletrônico17,27%

Rádio comunitária22,01%

Periódico (diário, semanal, etc.)25,63%

Orçamento participativo, plenária regional ou similar30,92%

Programa de rádio local34,82%

Jornal do município50,97%

Facebook, Twitter e outras redes sociais54,32%

Visita aos bairros57,10%

Atendimento semanal no gabinete do prefeito61,56%

Sites71,03%

Audiências públicas ou assembleias de bairro

72,98%

Page 84: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

82 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Entretanto, a utilização de sites (71,03%), Facebook, Twitter e outras redes sociais (54,32%),

e boletins eletrônicos (17,27%) são outros meios indicados como alternativas de diálogo. As

ferramentas eletrônicas cresceram, significativamente, em relação a 20106.

6 Para mais detalhes, ver os resultados em: Cruz et al. Disponível em: <http://issuu.com/cepam/docs/gestao_municipal_no_brasil>.

Page 85: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

C O M O G O V E R N A: O B R I G A Ç õ E S L E G A I S E T R A N S I Ç Ã O

A seguir, são apontadas algumas obrigações legais, que cabem à atual gestão cumprir.

A pesquisa apresentou opções para conhecer como os municípios pretendem cumprir a

legislação em curso e os prazos definidos.

O B R I G A Ç õ E S L E G A I S

Foram investigadas a transferência de ativos da Iluminação Pública e a realização dos

planos municipais de Gestão de Resíduos Sólidos e o Decenal de Educação, opção que se

deve ao prazo estabelecido para que as novas gestões implementem ações nessas áreas.

T R A N S F E R ê N C I A D E AT I V O S D E I L U M I N A Ç Ã O P ú B L I C A

Refere-se à intenção dos gestores no recebimento do ativo da Iluminação Pública das concessionárias

de energia elétrica para o município, conforme a Resolução Normativa 414, de 2010 da Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelecia o prazo limite em janeiro de 20147.

Constatou-se que 242 municípios (65,76%) declaram que a definição de como cumprir a legislação

está em estudo; 79 (21,47%) conhecem a lei, mas não iniciaram os estudos; 28 (7,61%) já

elaboraram plano de repasse dos ativos; e 19 (5,16%) desconhecem a legislação (Gráfico 51).

Identificaram-se, ainda, municípios que estão com liminar para não assumir esses ativos.

7 Em dezembro de 2013, a Aneel prorrogou esse prazo para janeiro de 2015. Com isso, os municípios terão mais tempo para se organizar e decidir sobre a forma de gestão dos ativos.

Page 86: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

84 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Gráfico 51

estÁgio da transferência do ativo da iluminação pública das concessionÁrias de energia elétrica para o município

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

A pesquisa aprofundou a resposta “em estudo” para compreender os caminhos que os

municípios pretendem trilhar para executar o processo de recebimento dos ativos (Gráfico

52). A maioria (46,81%) ainda está em processo de decisão; 41,70% optaram pela terceiri-

zação; 6,81% realizarão com equipe própria; e 4,68% com formas diferentes, em especial

por meio de consórcios intermunicipais ou públicos.

Gráfico 52

formas de execução dos serviços de iluminação pública (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

Em processo de decisão

46,81%

Terceiros

41,70%

Equipe própria

6,81%

Outros

4,68%

Em estudo

65,76%

Conhecimento de portaria, mas não iniciaram os estudos

21,47%

Realizado plano de repasse dos ativos de iluminação pública

7,61%

Desconhecimento da portaria

5,16%

Page 87: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 85

P L A N O M U N I C I P A L D E G E S T Ã O I N T E G R A D A D E R E S Í D U O S S ó L I D O S

A pesquisa abordou a situação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

(PMGIRS) (Lei federal 12.305/2010 e Decreto 7.404/2010), questão sobre a qual 354 loca-

lidades (96,19%) responderam. Vale lembrar que o prazo para sua elaboração se extinguiu

em agosto de 2012. Estão em curso sanções proibindo financiamento de equipamentos

para a área. Há exigências do TCE-SP quanto às licitações, além de manifestações do Mi-

nistério Público cobrando e punindo os municípios.

Estão elaborando o plano 60,73% dos municípios; 25,14% já elaboraram; 11,58% não ela-

boraram; e 2,54% não dispõem de informações sobre o estágio do plano em seu município

(Gráfico 53).

Gráfico 53

situação do pmgirs (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

P L A N O M U N I C I P A L D E E D U C A Ç Ã O

Outro ponto analisado refere-se à existência do Plano Decenal de Educação (PDE). Está em fase de aprovação, no Congresso Nacional, o novo Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020 e todos os municípios deverão estruturar ou reelaborar os seus planos com metas anuais na educação infantil, nos ensinos fundamental, médio e superior, bem como nas diversas modalidades (Educação de Jovens e Adultos – EJA, especial e a distância).

Em elaboração

60,73%

Elaborado

25,14%

Não elaborado

11,58%

Não dispõe de informações

2,54%

Page 88: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

86 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Essa questão detectou o estágio do planejamento da área. Foi respondida por

339 municípios (92,12%) e aponta que 50,44% têm plano elaborado, mas devem se

adequar às novas diretrizes nacionais. Há, ainda, 31,86% em fase de elaboração (Gráfico

54) e 8,26% que não iniciaram o processo. Esse ponto requer atenção dos executivos, pois,

para atender às novas metas do PNE, ações deverão ser implementadas e, provavelmente,

vão gerar aumento de gastos na área.

Gráfico 54

situação do pde (%)

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

T R A N S I Ç Ã O D E G O V E R N O

Outro aspecto levantado diz respeito à transição de governo, isto é, momento em que as informações

da gestão que está encerrando são organizadas e entregues ao prefeito eleito (CEPAM, 2008, 2012).

Essa questão foi incluída a fim de detectar com quais informações o mandato foi iniciado.

O foco foi identificar se o município detém algum instrumento legal (lei, decreto, etc.) que institu-

cionaliza a transição; e 48,10% disseram não possuir, 26,90% possuem algum, 13,59% pretendem

instituir e 11,41% não dispõem de informação (Gráfico 55). A maioria dos que têm algum instrumento

possui lei, mas ainda há aqueles que regulamentam a transição por meio de decreto e lei orgânica.

Elaborado

50,44%

Em elaboração

31,86%

Não dispõe de Informações

9,44%

Não elaborado

8,26%

Page 89: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 87

Gráfico 55

existência de instrumento de transição de governo

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - gestão 2013–2016

Também foi verificado se foram repassadas informações aos novos prefeitos. A questão foi

respondida por 303 municípios (82,45%) e permitiu identificar que 56,44% afirmam não

ter recebido dados organizados por setores, áreas ou secretarias, enquanto 43,56% rece-

beram algum tipo de informação.

Mesmo quando receberam, a maioria não era sistematizada por área e não abrangia toda a

gestão de 2008-2012, o que mostra ainda existir um caminho a ser percorrido pelas Admi-

nistrações para garantir o acesso às informações na transição de governo.

MAIS DA METADE DOS PREFEITOS (56,44%) AFIRMA NãO TER RECEbIDO, DA GESTãO

ANTERIOR, INFORMAçõES ORGANIzADAS POR SETORES, ÁREAS OU SECRETARIAS

Não

48,10%

Sim

26,90%

Pretendeinstituir

13,59%

Não dispõe de informação

11,41%

Page 90: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

C O N S I D E R A Ç õ E S F I N A I S

Esta pesquisa é parte de um projeto do Cepam que pretende observar a gestão municipal de 2013 a

2016, em três momentos. A abordagem atual identifica o perfil dos executivos, os compromissos de

campanha na definição de prioridades de governo, em áreas consideradas importantes para garantir

a qualidade de vida aos cidadãos.

Identifica instrumentos de formalização das políticas públicas no município, que vão da existência

ou não de planos setoriais obrigatórios até questões estruturais, como transferência de ativos da

Iluminação Pública, entre outros.

Levanta a existência de conselhos municipais como alternativas de parceiros institucionais locais;

as formas e possibilidades para a inclusão social; a organização do processo de transparência para

disponibilizar informações e proporcionar a comunicação com os cidadãos, criando conexões e for-

necendo dados que alimentam a relação com a sociedade civil.

É um mapeamento da situação inicial das administrações dos prefeitos eleitos e reeleitos, que têm

como missão gerir a prefeitura. É um registro inicial, uma fotografia de 2013, em 368 municípios,

válida para o conjunto dos municípios paulistas. Foi possível perceber coerência entre as promessas

indicadas nos programas de governo e as prioridades de governo, a consciência das dificuldades, o

desafio que representam questões administrativas e estruturais que se arrastam por muitas gestões.

As respostam apontam para prefeitos com pés bem fincados no chão, conscientes do papel municipal

e de que os bons resultados dependem também das circunstâncias e das relações com os entes

federados.

Todas as áreas passíveis de atuação municipal (Saúde, Educação, Gestão, Habitação, Cultura, Segu-

rança, Agricultura, Turismo, etc.) foram apontadas como prioridades de gestão, pelos 368 prefeitos,

com maior ou menor incidência. Entretanto, as quatro áreas evidenciadas foram Saúde, Educação,

Habitação e Administração/Gestão Pública.

Page 91: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 89

As duas áreas mais priorizadas foram Saúde e Educação, políticas públicas descentralizadas desde

a década de 1990. Os focos de atuação escolhidos nessas áreas foram, entre outros, a melhoria da

infraestrutura e a humanização do atendimento da saúde; e a melhoria no acesso e na qualidade na

educação. As opções apontam para desafios a serem enfrentados que envolvem qualidade de vida

dos munícipes.

É fato promissor a constatação da alta frequência de municípios que pretendem transformar seus

compromissos em metas. Portanto, deve haver disposição das novas administrações para repensar

os modelos de gestão e buscar por resultados.

Destaca-se que as políticas estruturadas em outras esferas de governo, em especial as da União, estão

norteando a ação municipal. Muito focos de atuação dos novos prefeitos são ações de programas e

projetos estaduais e federais. Poucos municípios inovam na escolha das diversas políticas públicas. Com

o acompanhamento dessas administrações, será possível identificar se os municípios estão inovando

ou não na implementação desses programas e em ações normatizadas pelo estado e pela União.

Sabe-se da importância dos instrumentos utilizados para promover a participação externa, a divulgação

das ações do estado e o controle social, entendidos como fundamentais na melhoria da capacidade de

gestão. Compreende-se que os conselhos gestores de políticas públicas (saúde, educação, etc.), criados

por lei, têm o papel de viabilizar a participação da comunidade nas políticas públicas. É instrumento

para garantir transparência às ações do estado e assegurar o processo permanente de mobilização

popular. São suas atribuições estabelecer diretrizes, acompanhar e fiscalizar a execução das políticas

públicas (CRUz et al.). Por isso, foram analisados na perspectiva de sua existência.

Os prefeitos que assumiram a nova gestão já dispõem de instrumentos que possibilitam as manifes-

tações da sociedade e permitem o monitoramento e a fiscalização das Administrações municipais.

Os conselhos identificados, na maioria, são gestores de políticas descentralizadas (saúde, educação

e assistência social), mas novos aparecem ou há indicações de que serão incluídos (juventude, an-

tidrogas, direitos humanos, diversidade sexual, cultura, etc.). É importante verificar, no decorrer da

gestão, como serão utilizados na administração das políticas e a sua atuação.

A LRF, a transparência e a LAI alteram formalmente o exercício da transparência, possibilitando o

conhecimento e acompanhamento, pela sociedade, de informações de interesse público. Entretanto, a

Page 92: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

90 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

implementação da LAI, dos SICs e das ouvidorias ainda está em fase inicial. Os prefeitos apontam que

esses mecanismos precisam ser aperfeiçoados para permitir a articulação efetiva com os cidadãos.

A pesquisa buscou identificar, também, os meios que serão utilizados para facilitar a comunicação e

interação entre a Administração e a população. Os instrumentos utilizados de comunicação com os

cidadãos são abrangentes. Entretanto, quando os chefes do Executivo citam as audiências públicas

como o principal meio, com as assembleias de bairro, observa-se que é importante aprofundar essa

análise. Sabe-se que as audiências são, muitas vezes, formais e estão vinculadas ao cumprimento

da legislação. Essa opção pode ser potencializada como um instrumento de prestação de contas e

de comunicação, mas hoje ainda não se concretizam nessa perspectiva.

O estudo identificou outras formas de comunicação com os munícipes que usam a Internet como

ferramenta (sites; Facebook, Twitter e outras redes sociais; boletins eletrônicos), que podem ser um

caminho para ampliar a transparência e permitir o controle social. As conexões e relações com a

sociedade civil podem ser expandidas por intermédio de novas tecnologias.

A segunda etapa do projeto prevê o acompanhamento dessas administrações, no decorrer do mandato,

para verificar a possibilidade de otimização das questões apontadas, novos desafios encontrados,

condicionantes externos e internos que os prefeitos identificaram.

A pesquisa aponta que há necessidades diversas identificadas pelos municípios. A União, o estado

e o Cepam podem contribuir com ações estratégicas para fortalecê-los e ampliar a qualidade dos

serviços prestados à população.

A implementação de políticas públicas setoriais e as questões levantadas exigem apoio das três es-

feras de governo, para transformar os compromissos de suas campanhas em ações que beneficiem

a população.

Com este documento, o Cepam espera colaborar para fortalecer o papel dos municípios, identificando

os desejos e as necessidades dos atuais chefes do Executivo e fornecer subsídios para o estreitamento

de parceria entre os entes federados.

A equipe do Cepam deseja a todos os prefeitos e suas equipes uma boa, ética e responsável gestão,

que proporcione a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos paulistas.

Page 93: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

R E F E R ê N C I A S

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CRUz, M. do Carmo M. T. et al. Gestão pública municipal no estado de São Paulo:

Elementos para um olhar analítico. In: VELOSO, João Francisco Alves et al. ges-tão municipal no brasil: um retrato das prefeituras. Brasília: Ipea, 2011. p. 87-

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Page 94: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

92 – PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

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cas/estatisticas-eleicoes-2012>. Acesso em: 5 nov. 2013.

Page 95: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

AdamantinaAdolfoÁguas da PrataAgudosAlambariAlfredo MarcondesAltinópolisAlto AlegreAlumínioÁlvares FlorenceÁlvares MachadoÁlvaro de CarvalhoAlvinlândiaAmérico BrasilienseAmérico de CamposAnalândiaAndradinaAnhembiAparecidaApiaíAraçariguamaAraçoiaba da SerraAranduArapeíArarasArealvaAriranha

ArujáAspásiaAssisAtibaiaAuriflamaBady BassittBananalBarão de AntoninaBarra do ChapéuBarra do TurvoBastosBauruBento de AbreuBernardino de CamposBertiogaBilacBocainaBofeteBoituvaBom Jesus dos

PerdõesBom Sucesso de

ItararéBoráBotucatuBragança PaulistaBraúna

BrotasBuritamaBuritizalCabrália PaulistaCachoeira PaulistaCacondeCafelândiaCaiabuCajatiCajuruCampina do Monte

AlegreCampinasCampo Limpo

PaulistaCananeiaCândido MotaCândido RodriguesCapão BonitoCapela do AltoCapivariCaraguatatubaCastilhoCatiguáCerquilhoCesário LangeCharqueada

ClementinaConchalConchasCoronel MacedoCorumbataíCosmópolisCosmoramaCotiaCravinhosCristais PaulistaCruzeiroDiademaDivinolândiaDobradaDois CórregosDouradoDracenaDuartinaDumontEchaporãEldoradoElisiárioEmbaúbaEngenheiro CoelhoEspírito Santo do

PinhalEstrela do Norte

(continua)

A N E x O S

A N E x O A

MUN IC Í P I OS PART I C I PANTES DA PESQU ISA COM PREFE I TOS ELE I TOS ( 2013-2016 )

Page 96: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

94 – PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

Estrela d’OesteEuclides da Cunha

PaulistaFernando PrestesFernandópolisFernãoFlora RicaFloríneaGáliaGarçaGastão VidigalGetulinaGuaimbêGuaíraGuapiaçuGuapiaraGuaráGuaraciGuarantãGuararapesGuaribaGuarujáGuataparáHerculândiaHolambraHortolândiaIacangaIacriIbitingaIbiúnaIepêIgarapavaIgaratáIlha SolteiraIndaiatubaIndianaIpaussu

IperóIporangaIpuãIrapuãIrapuruItaberáItajobiItajuItanhaémItaocaItapecerica da SerraItapevaItapirapuã PaulistaItápolisItaporangaItapuíItararéItaririItatibaItirapuãItobiJaboticabalJacareíJaciJacupirangaJaguariúnaJalesJambeiroJardinópolisJarinuJaúJoanópolisJumirimJundiaíJunqueirópolisJuquiáLagoinha

Laranjal PaulistaLavíniaLavrinhasLençóis PaulistaLimeiraLorenaLucianópolisLuiz AntônioMacatubaMagdaMairiporãManduriMaracaíMarinópolisMartinópolisMatãoMauáMendonçaMesópolisMiguelópolisMira EstrelaMiracatuMirandópolisMirante do

ParanapanemaMirassolândiaMogi das CruzesMonçõesMonte Alegre do SulMonte AltoMonte Azul PaulistaMonteiro LobatoMorungabaNantesNarandibaNatividade da SerraNazaré Paulista

Neves PaulistaNova CampinaNova CastilhoNova EuropaNova GranadaNova OdessaNovo HorizonteOcauçuOlímpiaOnda VerdeOrlândiaOsascoOscar BressaneOurinhosOuro VerdeOuroestePacaembuPalestinaPalmares PaulistaPalmeira d’OesteParaibunaParanapanemaParanapuãParapuãPariquera-AçuParisiPatrocínio PaulistaPaulistâniaPaulo de FariaPederneirasPedranópolisPedregulhoPedrinhas PaulistaPedro de ToledoPenápolisPereira BarretoPereiras

Anexo A – M UN I C Í P I OS PART I C I PANTES DA PESQU ISA COM PREFE I TOS ELE I TOS ( 2013-2016 ) (continuação)

(continua)

Page 97: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 – 95

PeruíbePiacatuPiedadePindamonhangabaPiquetePiracicabaPirapozinhoPirassunungaPiratiningaPitangueirasPlanaltoPlatinaPoloniPompeiaPontalPopulinaPorangabaPorto FerreiraPotirendabaPraia GrandePresidente AlvesPresidente PrudentePresidente VenceslauPromissãoQuadraQuatáQueluzQuintanaRafardRedenção da SerraRegente FeijóReginópolisRegistroRestingaRibeiraRibeirão Bonito

Ribeirão BrancoRibeirão do SulRibeirão GrandeRincãoRinópolisRio ClaroRiversulRosanaRubiáceaRubineiaSabinoSagresSalesópolisSalmourãoSaltinhoSaltoSalto de PiraporaSandovalinaSanta Cruz

da ConceiçãoSanta Cruz da

EsperançaSanta Cruz

das PalmeirasSanta Fé do SulSanta Maria da SerraSanta Rita do Passa

QuatroSanta Rita d’OesteSanta Rosa

de ViterboSanto AnastácioSanto Antônio

da AlegriaSanto Antônio de Posse

Santo Antônio do Jardim

Santo Antônio do Pinhal

Santo ExpeditoSantópolis

do AguapeíSão Bernardo

do CampoSão Joaquim

da BarraSão José

do Rio PardoSão José

do Rio PretoSão Luiz do

ParaitingaSão ManuelSão Miguel ArcanjoSão RoqueSão Sebastião

da GramaSão VicenteSarapuíSerra NegraSerranaSete BarrasSeveríniaSocorroSud MennucciSumaréTabapuãTaguaíTaiúvaTapiraíTapiratibaTaquaral

TaquaritingaTaquaritubaTaquarivaíTarabaíTarumãTatuíTaubatéTeodoro SampaioTerra RoxaTietêTorre de PedraTrabijuTremembéTrês FronteirasTupãTurmalinaUbaranaUrupêsValentim GentilValinhosValparaísoVargemVárzea PaulistaVera CruzVista Alegre do AltoVotuporanga

Anexo A – M UN I C Í P I OS PART I C I PANTES DA PESQU ISA COM PREFE I TOS ELE I TOS ( 2013-2016 ) (continuação)

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96 | PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016

A N E x O B

Á R E A S C O M 1a, 2a, 3a E 4a P R I O R I D A D E S E T O T A L ( % )

Áreas Priorizadas 1a Prioridade 2a Prioridade 3a Prioridade 4a Prioridade Total

Qtd. % Qtd. % Qtd. % Qtd. % Qtd. %Administração/

Gestão pública49 13,32 24 6,52 37 10,05 30 8,15 140 38,04

Agricultura e pecuária 1 0,27 6 1,63 9 2,45 18 4,89 34 9,24Assistência social 4 1,09 11 2,99 27 7,34 41 11,14 83 22,55Cultura 0 0,00 0 0,00 1 0,27 7 1,90 8 2,17Educação 42 11,41 123 33,42 65 17,66 44 11,96 274 74,46Esporte e lazer 5 1,36 0 0,00 8 2,17 20 5,43 33 8,97Gestão ambiental/

Meio ambiente/

Saneamento

9 2,45 11 2,99 26 7,07 35 9,51 81 22,01

Habitação 35 9,51 38 10,33 55 14,95 46 12,50 174 47,28Saúde 195 52,99 97 26,36 48 13,04 7 1,90 347 94,29Segurança pública 3 0,82 10 2,72 21 5,71 36 9,78 70 19,02Trabalho/Indústria/

Comércio/Serviços16 4,35 28 7,61 34 9,24 38 10,33 116 31,52

Trânsito e transportes 1 0,27 7 1,90 13 3,53 10 2,72 31 8,42Turismo 3 0,82 6 1,63 10 2,72 11 2,99 30 8,15Urbanismo/

Defesa civil3 0,82 6 1,63 9 2,45 16 4,35 34 9,24

Não há prioridades

3a e 4a- - - - 2 0,54 7 1,90 9 2,45

Outra 2 0,54 1 0,3 3 0,82 2 0,54 8 2,17368 100 368 100 368 100 368 100

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - Gestão 2013–2016

Page 99: Prefeitos paulistas: gestão 2013-2016

PREFEITOS PAULISTAS – GESTãO 2013–2016 | 97

A N E x O C

Á R E A S P R I O R I z A D A S P O R R E G I Ã O A D M I N I S T R A T I V A

( Q U A N T I D A D E D E M U N I C Í P I O S )

Áreas Priorizadas

AraçatubaBaixada Santista

Barretos Bauru Campinas Central Franca MaríliaPresidente Prudente

RegistroRibeirão Preto

Região Metropoli-tana de São Paulo

São José do Rio Preto

SorocabaSão

José dos Campos

Total

Administração/Gestão pública

5 2 6 4 19 4 5 12 16 8 7 3 14 27 8 140

Agricultura e pecuária

1 0 1 2 0 1 1 4 3 3 0 0 7 9 2 34

Assistência social

5 1 1 6 7 5 2 7 8 2 2 1 18 11 7 83

Cultura 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 3 2 0 8

Educação 18 5 4 16 38 12 9 24 20 9 11 8 38 42 20 274

Esporte e lazer 3 0 1 3 3 3 1 1 1 0 3 2 6 4 2 33

Gestão ambiental/Meio ambiente/ Saneamento

3 2 3 2 11 3 5 8 7 2 7 4 6 14 4 81

Habitação 10 2 8 16 24 8 4 8 16 3 10 1 28 27 9 174

Saúde 22 4 9 23 46 14 10 29 29 12 17 9 47 54 22 347

Segurança pública

2 4 2 9 18 2 2 2 2 0 5 4 3 8 7 70

Trabalho/ Indústria/Comércio/Serviços

13 1 0 9 14 6 5 18 8 4 5 1 15 13 4 116

Trânsito e transporte

2 0 0 3 7 1 0 2 3 1 0 4 3 3 2 31

Turismo 2 1 1 2 8 0 2 1 1 2 0 2 2 3 3 30

Urbanismo/Defesa civil

1 2 0 2 4 1 1 3 4 1 0 1 7 6 1 34

Não há prioridades 3a e 4a

1 0 0 2 2 0 0 0 1 0 0 0 3 0 0 9

Outra 0 0 0 1 2 0 0 0 1 1 1 0 0 1 1 8

Fonte: Cepam. pesquisa prefeitos paulistas - Gestão 2013–2016

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Projeto Gestão Municipal − Pesquisa com os Prefeitos Eleitos para o Período de 2013 a 2016

Coordenação de área | Fábio Samir Salomão e Fernando Montoro

Coordenação técnica | Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz

Equipe técnica | Fábio Samir Salomão (texto), José Carlos de Almeida Filho, José Magalhães (texto), Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz (texto), Maria Teresa Falabella Tavares de Lima Ferraz (apoio administrativo), Marlene Aparecida de Paula (elaboração de mapas), Rudney Gori e Silvia Maura Trazzi Seixas (texto)

Estagiários | Dayane Karoline Fernandes da Silva, Gabrielle Dias, Jaqueline Brasil e Rodrigo Sanchez Queiroz Camarinha

Colaboração | Alceu Maynard Araújo, Alfredo Sant’Anna Jr., Angelo Alberto Melli, Antônio Maurício Fonseca de Oliveira, Carlos Corrêa Leite, Elizeu Lira Corrêa, Erik Macedo Marques, Fátima Fernandes de Araújo, Francileia zorzete (Léa), Ivani Andrade Vicentini, José Carlos Macruz, Luiz Antônio da Silva, Márcia Dias, Maria Aparecida de Oliveira, Reinaldo Casaroli Jr., Renan Bastianon, Roseli Aparecida Minas de Souza, Sandra Yamasaki e Sílvia Regina da Costa Salgado

Agradecimentos | Aos prefeitos e às prefeitas, bem como a seus assessores e secretários. Às equipes da Subsecretaria de Relacionamento com os Municípios, da Secretaria da Casa Civil e à Unidade de Assessoria aos Municípios da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional, pela prontidão com que se dispuseram a nos ajudar. Aos Escritórios Regionais de Planejamento (Erplans); às Agências Metropolitanas (Agem) de Campinas e da Baixada Santista; aos Consórcios Intermunicipais; às Associações de Municípios; e aos Comitês de Bacias, por auxiliarem a divulgar a pesquisa e orientar a equipe municipal sobre o instrumental.

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