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Prefeitura Municipal de Cascavel do Estado do Paraná CASCAVEL-PR Agente Comunitário de Saúde Edital Nº. 083/2018 MR142-2018

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Prefeitura Municipal de Cascavel do Estado do Paraná

CASCAVEL-PRAgente Comunitário de Saúde

Edital Nº. 083/2018

MR142-2018

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DADOS DA OBRA

Título da obra: Prefeitura Municipal de Cascavel do Estado do Paraná

Cargo: Agente Comunitário de Saúde

(Baseado no Edital Nº. 083/2018)

• Português• Raciocínio Lógico

• Ética, Cidadania e Política• Conhecimentos Específicos

AutoraSilvana Guimarães

Gestão de ConteúdosEmanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração EletrônicaElaine Cristina

Igor de OliveiraCamila LopesThais Regis

Produção EditoralSuelen Domenica Pereira

Julia AntoneliKaroline Dourado

CapaJoel Ferreira dos Santos

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Leitura e compreensão de textos. .................................................................................................................................................................... 01A significação das palavras no texto. .............................................................................................................................................................. 07Emprego das classes de palavras. .................................................................................................................................................................... 17Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................14Acentuação gráfica. ...............................................................................................................................................................................................73Ortografia. .................................................................................................................................................................................................................75Fonética e fonologia. ............................................................................................................................................................................................01Termos essenciais da oração. .............................................................................................................................................................................83Classificação das palavras quanto ao número de sílabas e quanto à disposição da sílaba tônica. ....................................... 17Tempos e modos verbais. ....................................................................................................................................................................................17Reescrita de frases. ..................................................................................................................................................................................................80

Raciocínio Lógico

Sequências Lógicas envolvendo números, letras e figuras. ................................................................................................................... 70Geometria básica. ....................................................................................................................................................................................................47Conjuntos numéricos. ...........................................................................................................................................................................................01Equações do 1º e 2º graus. ................................................................................................................................................................................23Sistemas de equações. .........................................................................................................................................................................................23Criptografia. ..............................................................................................................................................................................................................01Conjuntos; as relações de pertinência, inclusão e igualdade; operações entre conjuntos, união, interseção e diferen-ça. .............................................................................................................................................................................................................................01Comparações. ..........................................................................................................................................................................................................01Numeração, equações e expressões numéricas. ........................................................................................................................................ 01Razão e proporção. ................................................................................................................................................................................................11Regra de Três. ...........................................................................................................................................................................................................15Porcentagem. ............................................................................................................................................................................................................74

Ética, Cidadania e Política

Ética: conceito, ética na sociedade, ética no trabalho; ............................................................................................................................ 01Noções de Cidadania: conceito, direitos e garantias fundamentais do cidadão brasileiro, direitos sociais e políticos (Constituição Federal); ..........................................................................................................................................................................................11Cidadania e meio ambiente; ..............................................................................................................................................................................16Código de Ética do Servidor Público (Decreto Federal nº 1.171/94); ................................................................................................ 17Direitos, Deveres e Proibições dos Servidores Públicos Municipais de Cascavel (Lei Municipal nº 2.215/91); ................. 19Conhecimentos básicos da política brasileira; Cultura e sociedade brasileira; .............................................................................. 20Aspectos históricos e políticos do estado do Paraná. Aspectos geográficos do estado do Paraná: população, clima, ve-getação, economia e símbolos; Aspectos históricos e políticos do Município de Cascavel-Pr. Aspectos geográficos do Município: população, clima, vegetação, economia e símbolos municipais. ................................................................................... 21

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SUMÁRIO

Conhecimentos Específicos

O Sistema Único de Saúde (S.U.S. - Lei nº 8.080/1990 e Lei nº 8.142/1990); ................................................................................. 01História do PACS/ESF; ...........................................................................................................................................................................................06O Agente Comunitário de Saúde um agente de mudanças; ................................................................................................................ 09Trabalhar em equipe; ............................................................................................................................................................................................11Competências e habilidades do Agente Comunitário de Saúde: (Cadastramento as famílias); .............................................. 14Conceitos básicos: endemias, epidemia, pandemia, hospedeiros, reservatório, vetores de doenças, via de transmissão de doenças. ...............................................................................................................................................................................................................15Indicadores de saúde. ...........................................................................................................................................................................................20Territorialização (área e microárea) e epidemias; ....................................................................................................................................... 26O diagnóstico comunitário; Planejamento; .................................................................................................................................................. 29Meio Ambiente: (Água, solo e poluição); ...................................................................................................................................................... 40Doenças mais comuns na comunidade: Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, (Tuberculose, Hanseníase, IST/AIDS, Hipertensão Arterial, Diabetes, Dengue, Hepatites, Leptospirose, Tuberculose, Meningite, Rubéola, Sarampo, Té-tano, Neoplasias, Saúde Mental); ..................................................................................................................................................................... 45Saúde Bucal; .............................................................................................................................................................................................................58Alimentação e Nutrição;........................................................................................................................................................................................68A saúde nas diversas fases da vida: (Transformações do Corpo Humano, Planejamento Familiar, Gestação, Pré-Natal e o ACS, Riscos na Gravidez, Direito da Gestante, cuidados básicos ao recém nascido, imunização, Puerpério: Um tem-po para o Resguardo, Direitos da Criança, Amamentação, Critérios de Risco Infantil, Crescimento e Desenvolvimento, Doenças mais Comuns na Infância, Acidentes e Violência à Criança, Puberdade e Adolescência, Direito e saúde do Idoso, Prevenção de Acidentes); ....................................................................................................................................................................................72Calendário de vacinas. ........................................................................................................................................................................................106PSF (programa de saúde da família). .............................................................................................................................................................108Educação em saúde. .............................................................................................................................................................................................111

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LÍNGUA PORTUGUESA

Interpretação de texto. .........................................................................................................................................................................................71Acentuação gráfica. ...............................................................................................................................................................................................73Ortografia. .................................................................................................................................................................................................................75Divisão silábica. .......................................................................................................................................................................................................79Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................14Adjetivos e substantivos (flexão). ..................................................................................................................................................................... 17Verbos (tempos, modos e vozes). .................................................................................................................................................................... 17Pronome (emprego e colocação). .................................................................................................................................................................... 17Crase. ...........................................................................................................................................................................................................................68Concordância verbal e nominal. ....................................................................................................................................................................... 55Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................................................................60Estrutura e formação das palavras. .................................................................................................................................................................. 80Sintaxe: termos essenciais, integrantes e acessórios da oração. ........................................................................................................... 83Significação das palavras: sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos. ................................................................................. 07

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LÍNGUA PORTUGUESA

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO

LITERÁRIOS).

Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa-lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aquela que não caracteriza a literatura.

Embora um médico faça suas prescrições em deter-minado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser consideradas literárias porque se tratam de um voca-bulário especializado e de um contexto de uso específi-co. Agora, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita, e que os leitores dispensam uma atenção diferen-ciada ao que foi produzido.

Outra diferença importante é com relação ao trata-mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literá-rios ( jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem para veicular uma série de informações, o texto literário funciona de maneira a chamar a atenção para a própria língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de explorar vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e o sentido das palavras.

Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lin-guagem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de uso da mesma expressão, porém, de acordo com alguns escritores, na linguagem literária:

Linguagem não literária: 1- Anoitece. 2- Teus cabelos loiros brilham. 3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ...

Linguagem literária: 1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvaren-

ga Peixoto)2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz!

(Mário Quintana)3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua

nascença. (José Cândido de Carvalho) Como distinguir, na prática, a linguagem literária da

não literária?- A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras

(palavras de sentido figurado), em que as palavras adqui-rem sentidos mais amplos do que geralmente possuem.

- Na linguagem literária há uma preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabam dando vida e beleza a um texto.

- Na linguagem literária é muito importante a manei-ra original de apresentar o tema escolhido.

- A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com-plementos).

Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin-guagens utilizadas neles.

Texto AAmor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre-

dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas que apresenta grande variedade e comportamentos e rea-ções.

Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Nova Fronteira.

Texto BAmor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;é dor que desatina sem doer. Luís de Camões. Lírica, Cultrix.

Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes.

No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”, usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa-ção artística.

No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres-sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida, contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que acabam dando graça e força expressiva ao poema (con-tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se sente, fogo que não se vê).

Questões

1-) Leia o trecho do poema abaixo.

O Poeta da Roça Sou fio das mata, cantô da mão grosa Trabaio na roça, de inverno e de estio A minha chupana é tapada de barro Só fumo cigarro de paia de mio. Patativa do Assaré

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LÍNGUA PORTUGUESA

A respeito dele, é possível afirmar que

(A) não pode ser considerado literário, visto que a lin-guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for-mal.

(B) não pode ser considerado literário, pois nele não se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro.

(C) não é um texto consagrado pela crítica literária. (D) trata-se de um texto literário, porque, no processo

criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular etc

(E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi-te que o consideremos um texto literário.

Leia os fragmentos abaixo para responder às questões

que seguem:

TEXTO IO açúcarO branco açúcar que adoçará meu cafénesta manhã de Ipanemanão foi produzido por mimnem surgiu dentro do açucareiro por milagre.Vejo-o puroe afável ao paladarcomo beijo de moça, águana pele, florque se dissolve na boca. Mas este açúcarnão foi feito por mim.Este açúcar veioda mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,

dono da mercearia.Este açúcar veiode uma usina de açúcar em Pernambucoou no Estado do Rioe tampouco o fez o dono da usina.Este açúcar era canae veio dos canaviais extensosque não nascem por acasono regaço do vale.Em lugares distantes, onde não há hospitalnem escola,homens que não sabem ler e morrem de fomeaos 27 anosplantaram e colheram a canaque viraria açúcar.Em usinas escuras,homens de vida amargae duraproduziram este açúcarbranco e purocom que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

Fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228)

TEXTO II

A cana-de-açúcar

Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re-gião que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imen-sa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.

2-) Para que um texto seja literário:a) basta somente a correção gramatical; isto é, a expres-

são verbal segundo as leis lógicas ou naturais.b) deve prescindir daquilo que não tenha correspondên-

cia na realidade palpável e externa.c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capaci-

dade de compreensão do leitor.d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O

escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, revela o Homem aos outros homens.

e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti-mentos, ideias, ações.

3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção incorreta

a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal-mente como um meio de refletir e recriar a realidade.

b) No texto II, de expressão não literária, o autor informa o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc.

c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum – açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo-rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o produz – dura, amarga, triste.

d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de novas formas de dizer.

e) O texto II não é literário porque, diferentemente do lite-rário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação.

Gabarito

1-) D

2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira peculiar.

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MATEMÁTICA

Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéri-cas; Frações e operações com frações. .......................................................................................................................................................... 01Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais ............................................ 11Regra de três ............................................................................................................................................................................................................15Sistema métrico decimal .....................................................................................................................................................................................19Equações e inequações ........................................................................................................................................................................................ 23Funções ......................................................................................................................................................................................................................29Gráficos e tabelas ...................................................................................................................................................................................................37Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão ......................................................................... 41Geometria ..................................................................................................................................................................................................................47Matriz, determinantes e sistemas lineares .................................................................................................................................................... 62Sequências, progressão aritmética e geométrica ...................................................................................................................................... 70Porcentagem ............................................................................................................................................................................................................74Juros simples e compostos .................................................................................................................................................................................77Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização .................................................. 80

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MATEMÁTICA

NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS: OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO,

MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES

NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM FRAÇÕES.

Números NaturaisOs números naturais são o modelo mate-

mático necessário para efetuar uma contagem. Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais

- Todo número natural dado tem um sucessor a) O sucessor de 0 é 1.b) O sucessor de 1000 é 1001.c) O sucessor de 19 é 20.

Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número dado).

Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.

a) O antecessor do número m é m-1.b) O antecessor de 2 é 1.c) O antecessor de 56 é 55.d) O antecessor de 10 é 9.

Expressões Numéricas

Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-mente depois a adição e a subtração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-ro.

Exemplo 1

10 + 12 – 6 + 7 22 – 6 + 716 + 723

Exemplo 2

40 – 9 x 4 + 23 40 – 36 + 234 + 2327

Exemplo 325-(50-30)+4x525-20+20=25

Números Inteiros Podemos dizer que este conjunto é composto pelos

números naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:

Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}Subconjuntos do conjunto :1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zeroZ*={...-2, -1, 1, 2, ...}

2) Conjuntos dos números inteiros não negativosZ+={0, 1, 2, ...}

3) Conjunto dos números inteiros não positivosZ-={...-3, -2, -1}

Números RacionaisChama-se de número racional a todo número que

pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0

São exemplos de números racionais:-12/51-3-(-3)-2,333...

As dízimas periódicas podem ser representadas por fração, portanto são consideradas números racionais.

Como representar esses números?Representação Decimal das Frações

Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais

1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-mero decimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.

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MATEMÁTICA

2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír-gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racional

OBS: período da dízima são os números que se repe-tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que trataremos mais a frente.

Representação Fracionária dos Números Decimais

1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o denominador seguido de zeros.

O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante.

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en-tão como podemos transformar em fração?

Exemplo 1

Transforme a dízima 0, 333... .em fraçãoSempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi-

ma dada de x, ou sejaX=0,333...Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-

mos por 10.

10x=3,333...

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...9x=3X=3/9X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

Exemplo 2Seja a dízima 1,1212...

Façamos x = 1,1212...100x = 112,1212... .Subtraindo:100x-x=112,1212...-1,1212...99x=111X=111/99

Números IrracionaisIdentificação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.- Todos os números inteiros são racionais.- Todas as frações ordinárias são números racionais.- Todas as dízimas não periódicas são números irra-

cionais.- Todas as raízes inexatas são números irracionais.- A soma de um número racional com um número irra-

cional é sempre um número irracional.- A diferença de dois números irracionais, pode ser um

número racional.-Os números irracionais não podem ser expressos na

forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú-mero natural, se não inteira, é irracional.

Números Reais

Fonte: www.estudokids.com.br

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ÉTICA, CIDADANIA E POLÍTICA

Ética: conceito, ética na sociedade, ética no trabalho; ............................................................................................................................ 01Noções de Cidadania: conceito, direitos e garantias fundamentais do cidadão brasileiro, direitos sociais e políticos (Constituição Federal); ..........................................................................................................................................................................................11Cidadania e meio ambiente; ..............................................................................................................................................................................16Código de Ética do Servidor Público (Decreto Federal nº 1.171/94); ................................................................................................ 17Direitos, Deveres e Proibições dos Servidores Públicos Municipais de Cascavel (Lei Municipal nº 2.215/91); ................. 19Conhecimentos básicos da política brasileira; Cultura e sociedade brasileira; .............................................................................. 20Aspectos históricos e políticos do estado do Paraná. Aspectos geográficos do estado do Paraná: população, clima, ve-getação, economia e símbolos; Aspectos históricos e políticos do Município de Cascavel-Pr. Aspectos geográficos do Município: população, clima, vegetação, economia e símbolos municipais. ................................................................................... 21

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ÉTICA, CIDADANIA E POLÍTICA

ÉTICA: CONCEITO, ÉTICA NA SOCIEDADE, ÉTICA NO TRABALHO;

A ética é composta por valores reais e presentes na sociedade, a partir do momento em que, por mais que às vezes tais valores apareçam deturpados no contexto social, não é possível falar em convivência humana se esses forem desconsiderados. Entre tais valores, destacam-se os preceitos da Moral e o valor do justo (componente ético do Direito).

Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas transformações sofridas pela sociedade através dos tempos provocaram uma variação no conceito de ética, por outro, não é possível negar que as questões que envolvem o agir ético sempre estiveram presentes no pensamento filosófico e social.

Aliás, um marco da ética é a sua imutabilidade: a mesma ética de séculos atrás está vigente hoje, por exemplo, respeitar ao próximo nunca será considerada uma atitude antiética. Outra característica da ética é a sua validade universal, no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para todos os que vivem no mundo. Não há uma ética conforme cada época, cultura ou civilização: a ética é uma só, válida para todos eternamente, de forma imutável e definitiva, por mais que possam surgir novas perspectivas a respeito de sua aplicação prática.

É possível dizer que as leis éticas dirigem o comportamento humano e delimitam os abusos à liberdade, estabelecendo deveres e direitos de ordem moral, sendo exemplos destas leis o respeito à dignidade das pessoas e aos princípios do direito natural, a exigência de solidariedade e a prática da justiça .

Outras definições contribuem para compreender o que significa ética:

- Ética é a ciência do comportamento adequado dos homens em sociedade, em consonância com a virtude.

- A ética é uma disciplina normativa, não por criar normas, mas por descobri-las e elucidá-las. Seu conteúdo mostra às pessoas os valores e princípios que devem nortear sua existência.

- Ética é a doutrina do valor do bem e da conduta humana que tem por objetivo realizar este valor.

- A ética é justamente saber discernir entre o devido e o indevido, o bom e o mau, o bem e o mal, o correto e o incorreto, o certo e o errado.

- A ética nos fornece as regras fundamentais da conduta humana. Delimita o exercício da atividade livre. Fixa os usos e abusos da liberdade.

- Ética é a doutrina do valor do bem e da conduta humana que o visa realizar.

“Em seu sentido de maior amplitude, a Ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes. Envolve, pois, os estudos de aprovação ou desaprovação da ação dos homens e a consideração de valor como equivalente de uma medição do que é real e voluntarioso no campo das ações virtuosas” .

É difícil estabelecer um único significado para a palavra ética, mas os conceitos acima contribuem para uma compreensão geral de seus fundamentos, de seu objeto de estudo.

Quanto à etimologia da palavra ética: No grego existem duas vogais para pronunciar e grafar a vogal e, uma breve, chamada epsílon, e uma longa, denominada eta. Éthos, escrita com a vogal longa, significa costume; porém, se escrita com a vogal breve, éthos, significa caráter, índole natural, temperamento, conjunto das disposições físicas e psíquicas de uma pessoa. Nesse segundo sentido, éthos se refere às características pessoais de cada um, as quais determinam que virtudes e que vícios cada indivíduo é capaz de praticar (aquele que possuir todas as virtudes possuirá uma virtude plena, agindo estritamente de maneira conforme à moral) .

A ética passa por certa evolução natural através da história, mas uma breve observação do ideário de alguns pensadores do passado permite perceber que ela é composta por valores comuns desde sempre consagrados.

Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se a Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a Ética, mas apenas parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se exclusivamente ao regramento que determina a ação do indivíduo.

Assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas pela Moral ser apenas uma parte da Ética, mas principalmente porque enquanto a Moral é entendida como a prática, como a realização efetiva e cotidiana dos valores; a Ética é entendida como uma “filosofia moral”, ou seja, como a reflexão sobre a moral. Moral é ação, Ética é reflexão.

Em resumo:- Ética - mais ampla - filosofia moral - reflexão- Moral - parte da Ética - realização efetiva e cotidiana

dos valores - açãoNo início do pensamento filosófico não prevalecia real

distinção entre Direito e Moral, as discussões sobre o agir ético envolviam essencialmente as noções de virtude e de justiça, constituindo esta uma das dimensões da virtude. Por exemplo, na Grécia antiga, berço do pensamento filosófico, embora com variações de abordagem, o conceito de ética aparece sempre ligado ao de virtude.

Aristóteles , um dos principais filósofos deste momento histórico, concentra seus pensamentos em algumas bases: a) definição do bem supremo como sendo a felicidade, que necessariamente ocorrerá por uma atividade da alma que leva ao princípio racional, de modo que a felicidade está ligada à virtude; b) crença na bondade humana e na prevalência da virtude sobre o apetite; c) reconhecimento da possibilidade de aquisição das virtudes pela experiência e pelo hábito, isto é, pela prática constante; d) afastamento da ideia de que um fim pudesse ser bom se utilizado um meio ruim.

Já na Idade Média, os ideais éticos se identificaram com os religiosos. O homem viveria para conhecer, amar e servir a Deus, diretamente e em seus irmãos. Santo Tomás de Aquino , um dos principais filósofos do período, lançou bases que até hoje são invocadas quanto o tópico

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ÉTICA, CIDADANIA E POLÍTICA

em questão é a Ética: a) consideração do hábito como uma qualidade que deverá determinar as potências para o bem; b) estabelecimento da virtude como um hábito que sozinho é capaz de produzir a potência perfeita, podendo ser intelectual, moral ou teologal - três virtudes que se relacionam porque não basta possuir uma virtude intelectual, capaz de levar ao conhecimento do bem, sem que exista a virtude moral, que irá controlar a faculdade apetitiva e quebrar a resistência para que se obedeça à razão (da mesma forma que somente existirá plenitude virtuosa com a existência das virtudes teologais); c) presença da mediania como critério de determinação do agir virtuoso; d) crença na existência de quatro virtudes cardeais - a prudência, a justiça, a temperança e a fortaleza.

No Iluminismo, Kant definiu a lei fundamental da razão pura prática, que se resume no seguinte postulado: “age de tal modo que a máxima de tua vontade possa valer-te sempre como princípio de uma legislação universal”. Mais do que não fazer ao outro o que não gostaria que fosse feito a você, a máxima prescreve que o homem deve agir de tal modo que cada uma de suas atitudes reflita aquilo que se espera de todas as pessoas que vivem em sociedade. Claro, o filósofo não nega que o homem poderá ter alguma vontade ruim, mas defende que ele racionalmente irá agir bem, pela prevalência de uma lei prática máxima da razão que é o imperativo categórico. Por isso, o prazer ou a dor, fatores geralmente relacionados ao apetite, não são aptos para determinar uma lei prática, mas apenas uma máxima, de modo que é a razão pura prática que determina o agir ético. Ou seja, se a razão prevalecer, a escolha ética sempre será algo natural.

Quando acabou a Segunda Guerra Mundial, consideradas suas graves consequências, o pensamento filosófico ganhou novos rumos, retomando aspectos do passado, mas reforçando a dimensão coletiva da ética. Maritain , um dos redatores da Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948, defendeu que o homem ético é aquele que compõe a sociedade e busca torná-la mais justa e adequada ao ideário cristão; assim, a atitude ética deve ser considerada de maneira coletiva, como impulsora da sociedade justa, embora partindo da pessoa humana individualmente considerada como um ser capaz de agir conforme os valores morais.

Já a discussão sobre o conceito de justiça, intrínseca na do conceito de ética, embora sempre tenha estado presente, com maior ou menor intensidade dependendo do momento, possuiu diversos enfoques ao longo dos tempos. Pode-se considerar que do pensamento grego até o Renascimento a justiça foi vista como uma virtude, não como uma característica do Direito. Por sua vez, no Renascimento, o conceito de Ética foi bifurcado, remetendo-se a Moral para o espaço privado e remanescendo a justiça como elemento ético do espaço público, no entanto, como se denota pela teoria de Maquiavel , o justo naquele tempo era tido como o que o soberano impunha (o rei poderia fazer o que bem entendesse e utilizar quaisquer meios, desde que visasse um único fim, qual seja o da manutenção do poder). Posteriormente, no Iluminismo, retomou-se a

discussão da justiça como um elemento similar à Moral, mas inerente ao Direito, por exemplo, Kant defendeu que a ciência do direito justo é aquela que se preocupa com o conhecimento da legislação e com o contexto social em que ela está inserida, sendo que sob o aspecto do conteúdo seria inconcebível que o Direito prescrevesse algo contrário ao imperativo categórico da Moral kantiana; sem falar em Locke, Montesquieu e Rousseau, que em comum defendiam que o Estado era um mal necessário, mas que o soberano não possuía poder divino/absoluto, sendo suas ações limitadas pelos direitos dos cidadãos submetidos ao regime estatal. Tais pensamentos iluministas não foram plenamente seguidos, de forma que firmou-se a teoria jurídica do positivismo, pela qual Direito é apenas o que a lei impõe (de modo que se uma lei for injusta nem por isso será inválida), que somente foi abalada após o fim trágico da 2ª Guerra Mundial e a consolidação de um sistema global de proteção de direitos humanos (criação da ONU + declaração universal de 1948). Com o ideário humanista consolidou-se o Pós-positivismo, que junto consigo trouxe uma valorização das normas principiológicas do ordenamento jurídico, conferindo-as normatividade.

Assim, a concepção de uma base ética objetiva no comportamento das pessoas e nas múltiplas modalidades da vida social foi esquecida ou contestada por fortes correntes do pensamento moderno. Concepções de inspiração positivista, relativista ou cética e políticas voltadas para o homo economicus passaram a desconsiderar a importância e a validade das normas de ordem ética no campo da ciência e do comportamento dos homens, da sociedade da economia e do Estado.

No campo do Direito, as teorias positivistas que prevaleceram a partir do final do século XIX sustentavam que só é direito aquilo que o poder dominante determina. Ética, valores humanos, justiça são considerados elementos estranhos ao Direito, extrajurídicos. Pensavam com isso construir uma ciência pura do direito e garantir a segurança das sociedades.

Atualmente, entretanto, é quase universal a retomada dos estudos e exigências da ética na vida pública e na vida privada, na administração e nos negócios, nas empresas e na escola, no esporte, na política, na justiça, na comunicação. Neste contexto, é relevante destacar que ainda há uma divisão entre a Moral e o Direito, que constituem dimensões do conceito de Ética, embora a tendência seja que cada vez mais estas dimensões se juntem, caminhando lado a lado.

Dentro desta distinção pode-se dizer que alguns autores, entre eles Radbruch e Del Vechio são partidários de uma dicotomia rigorosa, na qual a Ética abrange apenas a Moral e o Direito. Contudo, para autores como Miguel Reale, as normas dos costumes e da etiqueta compõem a dimensão ética, não possuindo apenas caráter secundário por existirem de forma autônoma, já que fazem parte do nosso viver comum.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSAgente Comunitário de Saúde

O Sistema Único de Saúde (S.U.S. - Lei nº 8.080/1990 e Lei nº 8.142/1990); ................................................................................. 01História do PACS/ESF; ...........................................................................................................................................................................................06O Agente Comunitário de Saúde um agente de mudanças; ................................................................................................................ 09Trabalhar em equipe; ............................................................................................................................................................................................11Competências e habilidades do Agente Comunitário de Saúde: (Cadastramento as famílias); .............................................. 14Conceitos básicos: endemias, epidemia, pandemia, hospedeiros, reservatório, vetores de doenças, via de transmissão de doenças. .....................................................................................................................................................................................................................15Indicadores de saúde. ...........................................................................................................................................................................................20Territorialização (área e microárea) e epidemias; ....................................................................................................................................... 26O diagnóstico comunitário; Planejamento; .................................................................................................................................................. 29Meio Ambiente: (Água, solo e poluição); ...................................................................................................................................................... 40Doenças mais comuns na comunidade: Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, (Tuberculose, Hanseníase, IST/AIDS, Hipertensão Arterial, Diabetes, Dengue, Hepatites, Leptospirose, Tuberculose, Meningite, Rubéola, Sarampo, Té-tano, Neoplasias, Saúde Mental); ..................................................................................................................................................................... 45Saúde Bucal; .............................................................................................................................................................................................................58Alimentação e Nutrição;........................................................................................................................................................................................68A saúde nas diversas fases da vida: (Transformações do Corpo Humano, Planejamento Familiar, Gestação, Pré-Natal e o ACS, Riscos na Gravidez, Direito da Gestante, cuidados básicos ao recém nascido, imunização, Puerpério: Um tem-po para o Resguardo, Direitos da Criança, Amamentação, Critérios de Risco Infantil, Crescimento e Desenvolvimento, Doenças mais Comuns na Infância, Acidentes e Violência à Criança, Puberdade e Adolescência, Direito e saúde do Idoso, Prevenção de Acidentes); ....................................................................................................................................................................................72Calendário de vacinas. ........................................................................................................................................................................................106PSF (programa de saúde da família). .............................................................................................................................................................108Educação em saúde. .............................................................................................................................................................................................111

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSAgente Comunitário de Saúde

O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (S.U.S. - LEI Nº 8.080/1990 E LEI Nº 8.142/1990);

Durante os últimos anos, o processo de implantação e consolidação do Sistema único de Saúde-SUS, desde sua con-cepção na Constituição Federal, em 1988, vem sendo objeto de inúmeros instrumentos normativos, como forma de regu-lamentar esse sistema e colocar em prática seus objetivos, diretrizes e princípios.

A Constituição Federal – que é considerada o marco jurídico inicial, documento em que nasce o SUS – traz, em seus artigos 196 ao 200, o “registro do SUS”. O artigo 198 da CF traz em seu texto as Diretrizes e alguns dos princípios do SUS, conforme podemos verificar abaixo:

Uma vez constituído o SUS, houve a necessidade de regulamentação, o que aconteceu em 1990, com a promulgação das duas Leis Orgânicas da Saúde (LOS).

1. Lei 8.080/1990 – dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

2. Lei 8.142/1990 – dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, e dá outras providências.

Os princípios do SUSOs princípios e as diretrizes do SUS estão na Constituição Federal de 1988, regulamentados e reafirmados no capítulo

II, artigo 7º da lei 8.080/1990. CAPÍTULO IIDos Princípios e DiretrizesArt. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o

Sistema Único de Saúde (SUS) são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios.

I – Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II – Integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e

curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III – preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV – Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V – Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI – Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário; VII – utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação progra-

mática; VIII – participação da comunidade;IX – Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: 1. a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 2. b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; X – Integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;XI – conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população; XII – capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e XIII – organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. ”

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSAgente Comunitário de Saúde

No total, são 13 princípios/diretrizes. Trarei, a seguir, os mais importantes para nossos estudos. • A universalidade é um princípio finalístico, ou seja, é um ideal a ser alcançado, indicando, portanto, uma das

características do sistema que se pretende construir e um caminho para sua construção. Para que o SUS venha a ser universal, é preciso se desencadear um processo de universalização; ou seja, um processo de extensão de cobertura dos serviços, de modo que venham, paulatinamente, a se tornar acessíveis a toda a população.

Para isso, é preciso eliminar barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais que se interponham entre a população e os serviços. A primeira delas, a barreira jurídica, foi eliminada com a Constituição Federal de 1988, na medida em que essa universalizou o direito à saúde e, com isso, eliminou a necessidade do usuário do sistema público colocar-se como trabalhador ou como “indigente”, situações que condicionavam o acesso aos serviços públicos antes do SUS.