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PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL TIO BARNABÉ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO MARÇO 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA …websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/barnabe/ppp.pdf · Em 2006, novamente, essa questão aparece na pauta de reivindicações

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PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL TIO BARNABÉ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MARÇO2011

ÍNDICE

1 - IDENTIFICAÇÃO........................................................................................... 3

2 - INTRODUÇÃO.............................................................................................. 4

3 - HISTÓRICO................................................................................................... 5

4 - DIAGNÓSTICO............................................................................................. 7

5 - FUNDAMENTOS............................................................................................ 8

6 - PLANEJAMENTO........................................................................................... 9

7- ORGANIZAÇÃO DA AÇÃO EDUCATIVA...................................................... 12

8 - ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS ETÁRIOS................................................. 15

9 - ACOMPANHAMENTO E REGISTRO.......................................................... 16

10 - ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO.................................................. 17

11- EQUIPE MULTIPROFISSIONAL................................................................ 18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 20

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1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

Nome: Escola Municipal de Educação Infantil dos Municipários Tio Barnabé

Endereço: Rua Otto Ernest Meyer, n° 55

Bairro: Azenha

Cidade : Porto Alegre

CEP: 90050 - 060

Email: emei . [email protected]

Site: http:// websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/barnabe/

Telefone/fax: 3227 45 91

Ramais VOIP 3289 5982 / 5983

CNPJ: 11 191 044/0001-62

Registros: Atos Legais

Lei de criação nº 6978/91 do PMEI

Decreto nº 13791/2002

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2. INTRODUÇÃO

O projeto político-pedagógico da EMEI dos Municipários Tio Barnabé, construído

em 2002, passou por várias revisões e reformulações durante esses anos até 2010 e

2011, resultando neste documento.

Desde sua primeira edição, muitos momentos de reunião, estudos e debates

aconteceram para que, de forma coletiva, o documento fosse construído e, anualmente,

revisto, sendo atualizado sempre que necessário.

Este Projeto Político-Pedagógico pretende ser a identidade da escola,

estabelecendo as diretrizes básicas, a linha de ensino e de atuação na comunidade.

Ele formaliza um compromisso assumido por todos os funcionários e

educadores, pais, alunos, ou seja, todos que compõem a comunidade escolar, em torno

do mesmo projeto educacional.

Neste PPP identificamos a escola como parte integrante da rede municipal de

ensino, apresentando a realidade, a organização do trabalho, as concepções,

finalidades, planejamento, avaliação, enfim, tudo o que fez e faz parte de um processo

que possibilita a vivência dos direitos da criança e a busca de construções significativas

para este sujeito singular.

Considerando o momento histórico em que esta escola se encontra e os

avanços identificados nos últimos anos, reforça-se a importância de uma gestão

democrática com a presença mais atuante dos três segmentos em todas as etapas do

desenvolvimento de nossas ações, consideração registrada no nosso planejamento

anual.

O Conselho Escolar participa de todas as decisões da escola com a

necessidade de se tornar mais atuante, principalmente no que se refere ao segmento

de pais, que ainda tem dificuldades de reunir seus pares.

O conceito de gestão democrática deve pressupor o pedagógico, o

administrativo, o político, o coletivo, o participativo, etc.

A gestão democrática, participativa e transparente visa contemplar a participação

efetiva e o compromisso de todos da comunidade escolar.

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Embora destaque a sua dimensão política, é uma questão essencialmente

pedagógica. As concepções de conhecimento e de currículo não são neutras, pois

estão articuladas com o projeto maior da escola e com o da sua gestão.

O Conselho Escolar que se constitui o órgão máximo no nível da escola, tem

funções consultiva, deliberativa e fiscalizadora, participando de todas as decisões da

instituição e instaurando novas relações de poder. Nesta dimensão, cada instituição se

percebe como:

[...] um espaço de participação da comunidade, onde esta tenha acesso às discussões e definições, onde ocorra uma democratização das informações, em igualdade de condições com os demais segmentos. Só assim poderemos passar da hegemonia de um grupo para uma construção coletiva, estruturada com base na partilha de poder, respeitando papéis e responsabilidades diferentes. (SMED, 1995).

Nesse contexto, a função política da direção da escola é promover e garantir a

permanência os espaços de inclusão e participação na gestão, fazendo com que este

equipamento, que é público, contribua com a construção da cidadania dessa

comunidade escolar.

3. HISTÓRICO

A escolha do nome Tio Barnabé foi feita por uma comissão de funcionários da

antiga Associação de Pais Municipários (ASPAM). Foi levado em consideração que os

funcionários municipais eram chamados de “Barnabés” e, ao mesmo tempo, houve

relação com o personagem do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Na década de 1980, inicia a criação de Creches Municipais com atendimento

integral para crianças de 0 a 6 anos pela SMSSS (Secretaria Municipal de Saúde e

Serviço Social).

Os funcionários da prefeitura começaram nessa época um movimento para a

criação de uma creche que atendesse exclusivamente os seus filhos. A demanda foi

atendida e o local para a construção da Creche Tio Barnabé foi o bairro Azenha

(Cidade Baixa ).

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O terreno pertencia à Prefeitura de Porto Alegre e nele existia um prédio de

madeira onde, antigamente, funcionava uma escola. Esse pavilhão foi aproveitado e,

então, construíram outras salas de alvenaria para atender as crianças de 0 a 2 anos.

No dia 27 de março de 1987 foi inaugurada pela SMSSS a Creche Tio

Barnabé, para atender os filhos de funcionários municipais. Em seguida, foi construído

o refeitório para que todos o ocupassem durante as refeições.

A inauguração da creche aconteceu no governo do Prefeito João Dib, em que

monitores da SMSSS desenvolviam atividades recreativas e de cuidados com as

crianças.

Nesse período funcionava na creche uma associação de pais municipários

(ASPAM ) que colaborava na gestão e recebia uma verba da LBA.

Nos anos de 1989 a 1990, a Prefeitura Municipal inicia o processo de transição

da passagem das creches da SMSSS para a SMED (Secretaria Municipal de

Educação).

As creches passam a ser chamadas de Escolas Infantis, em que o município

assume integralmente a manutenção e o atendimento às crianças de 0 a 6 anos, em

turno integral, durante 11 meses por ano.

A entrada dos professores na escola aconteceu no ano de 1991, iniciando o

registro do trabalho pedagógico com os alunos e a relação do cuidar com o educar.

Foi um processo de transição e adaptação entre todos os educadores da

escola, crianças e comunidade.

No ano de 1998, no mês de agosto, foi inaugurado o prédio anexo de alvenaria

destinado a atender as turmas de maternais e jardins, contando com depósito e uma

sala de multimeios.

O antigo pavilhão de madeira foi demolido e, em seu lugar, colocaram um

gramado ampliando o pátio aberto.

Nestes quase vinte anos da EMEI dos Municipários Tio Barnabé, muitos

caminhos foram trilhados. A escola está em sua oitava gestão, onde todas deixaram

sua marca e sua contribuição para o melhor atendimento às crianças.

Muitas mudanças, tanto de estrutura predial quanto de questões

administrativas e pedagógicas foram acontecendo, da mesma forma que a educação

infantil como um todo.

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A participação da escola no Orçamento Participativo da SMED, em 2001,

enriqueceu o processo democrático e todo o trabalho desenvolvido.

Muitas atividades foram surgindo, como: oficinas, passeios, mutirões para a

qualificação do espaço físico, formações, mostras culturais, festas, apresentações

teatrais, gincanas, etc. É importante lembrar também das parcerias conquistadas com

as diferentes secretarias, o que ampliou ainda mais as possibilidades de envolvimento,

discussão e troca de diferentes saberes que se dinamizam nas relações participativas

do dia a dia daqueles que trabalham e vivem educação.

4. DIAGNÓSTICO

Atualmente, as vagas são preenchidas, na grande maioria, por filhos de

municipários, incluindo as diferentes secretarias e departamentos da Prefeitura de

Porto Alegre. Dentro desta realidade, as crianças residem em diferentes bairros da

cidade, quando não em cidades vizinhas. Ao mesmo tempo, são poucas as crianças

oriundas de famílias carentes, coincidindo com o fato de, boa parte, não integrar

famílias de funcionários públicos do município e com residência no entorno da escola.

Acompanhando o crescimento da escola e o conhecimento da comunidade

escolar, algumas avaliações vem sendo realizadas para que se possa investigar,

coletivamente, o que todo o grupo pensa sobre esta instituição de educação infantil e

quais as ações futuras poderiam ser planejadas. A cada momento de avaliação, há

uma reflexão acerca da realidade da escola.

Acredita-se que todos fazem parte de um grande grupo de educadores e que

devem enxergar a escola como um todo também, avançando do pensamento individual

para o senso coletivo.

Foi resgatada do histórico da escola a origem e necessidade do seu

funcionamento, quando foi observado que algumas vagas não estavam sendo

preenchidas por filhos de municipários, razão da existência da escola. Assim,

ampliando um debate na escola, foi proposta que a divulgação fosse feita com mais

ênfase em todas as secretarias da prefeitura de Porto Alegre. Esta divulgação,

inclusive com folder da escola, resultou no maior conhecimento por parte dos

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servidores deste espaço de educação infantil, bem como na maior procura pelas

inscrições. Em 2006, novamente, essa questão aparece na pauta de reivindicações do

sindicato quando solicita a ampliação do acesso dos seus filhos à educação infantil, o

que comprova a importância dessa instituição no contexto das relações dos

trabalhadores com a administração municipal e a necessidade da gestão da escola ser

efetivamente participativa.

É característica da Educação Infantil na RME de Porto Alegre a promoção da

inclusão, com importante repercussão pedagógica e social acolhidas por essa escola.

Neste contexto, a ação educativa deve considerar a vida sócio-cultural das crianças,

em particular nessa escola, filhos de municipários, para a construção coletiva do

conhecimento que não se restringe ao espaço de um equipamento social pedagógico.

5. FUNDAMENTOS

A partir da Constituição Federal de 1988 e da criação do Estatuto da Criança e

do Adolescente, em 1990, fez-se necessária uma reflexão ainda maior acerca do

conceito sobre crianças de 0 a 6 anos, principalmente dentro das instituições de

educação infantil.

Considera-se que a concepção de Educação Infantil está relacionada a

oportunizar à criança um primeiro espaço institucional fora da família.

Espaço esse que possibilita uma exposição aos desafios, às relações, aos

conflitos onde ela tem oportunidade de aprender a conviver com diversidades. Nesse

espaço as questões do cuidar-educar estão interligadas, tanto na organização das

rotinas – que podem se constituir em momentos mais prazerosos e criativos - quanto no

que diz respeito a aprendizagens de hábitos, atitudes, dentro de um espaço coletivo

onde a criança se constitui nas relações com o outro. Pois é no coletivo que

aprendemos a conviver com as diferenças.

Educação infantil se dá quando há uma proposição e também uma interação.

Essa ação tem uma intencionalidade.

A criança, bem como educadores e famílias, devem ser vistos nesse processo de

descoberta como sujeitos ativos que constroem seus conhecimentos em cima de suas

ações. As intervenções dos adultos neste processo podem servir para garantir a

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dimensão das propostas e relações construídas possibilitando aprofundamento, ou

seja, estimulando a aquisição de formas mais complexas cognitiva e socialmente.

Nas ações, destaca-se uma das mais significativas nesta faixa etária: brincar.

Todas as situações do cotidiano escolar são potencialmente pedagógicas por entender-

se que a aprendizagem está intrinsecamente ligada a toda ação humana, em que a

busca do prazer traduza a mobilização destas ações dos mais diferentes atores.

O lúdico na aprendizagem é indispensável, juntamente com a oportunização das

relações sociais que vão além da família.

As diferentes concepções de infância têm mostrado a diversidade de linguagem

a partir do que se observa no cotidiano escolar nas necessidades mais latentes das

crianças. Estas convergem na importância fundamental do afeto garantido na

construção e oferta de diferentes ambientes e situações no dia a dia da instituição.

O registro e as reflexões a partir do que se vive experimenta, descobre, cria,

modifica e reconstrói, possibilita ainda que estes tempos e espaços sejam

ressignificados de forma viva e constante; capazes de aprimorar efetivamente as

relações afetivas, lógicas e expressivas de todos os envolvidos no processo

pedagógico.

Cabe salientar a importância do período inicial da criança na escola. Ajudar as

crianças a realizarem uma separação exitosa e a se ajustarem ao ambiente escolar,

seja ele de berçário, maternal ou jardim, é um desafio para os educadores. Deve-se

levar em conta o perfil de cada aluno e de cada faixa etária, independente de a criança

já ter frequentado a escola ou não, porque o ano inicia com muitas novidades: a turma

pode ser nova, muitas vezes com novos colegas, nova equipe, em um novo espaço.

Assim, leva-se em consideração que todos os envolvidos estão em um período de

adaptação, adultos e crianças, precisando construir novos vínculos de segurança e

afetividade em parceria com as famílias.

O cuidado com as diferenças vai além do respeito formalizado que se faz.

A concepção de educação infantil que há é a de um cuidar/educar que se explica

numa ação pedagógica baseada no vínculo afetivo oportunizando a construção das

diferentes linguagens do conhecimento.

Ao entrar na escola, a criança não deixa de lado suas vivências anteriores, pelo

contrário, ela vem a este espaço para ampliá-las, relacionando-se com adultos e

crianças, de diversas idades, com valores culturais e familiares diferentes dos seus.

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Assim, é importante considerar, nos diferentes momentos da rotina, as várias

linguagens elencadas na Proposta Pedagógica da Educação Infantil da Secretaria

Municipal de Educação, a fim de garantir os direitos apontados pelo Estatuto da Criança

e do Adolescente (ECA).

6. PLANEJAMENTO

A Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança

de 0 a 5 anos e 11 meses de idade, complementando a ação da família e do meio.

É o espaço educativo onde o atendimento à criança tem como base assegurar-

lhe vivências significativas para a construção de sua identidade como sujeitos de

direitos.

A organização do trabalho pedagógico na educação infantil deve ser orientada

pelo princípio básico de procurar proporcionar à criança o desenvolvimento da

autonomia, isto é, a capacidade de construir as suas próprias regras e meios de ação

que sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras pessoas, sejam eles adultos

ou crianças. Tal construção não se esgota dentro da faixa etária de 0 a 5 anos e 11

meses, mas deve ser iniciada nela.

Os educadores da EMEI dos Municipários Tio Barnabé têm como objetivo

fazer com que a criança sinta-se segura e acolhida no ambiente escolar, utilizando este

espaço para ampliar suas relações sociais e afetivas, estabelecendo vínculos com as

crianças e adultos, a fim de construir uma imagem positiva sobre si mesma e sobre os

outros, respeitando a diversidade e valorizando sua riqueza.

Como objetivos para a educação infantil destaca-se: descobrir e conhecer

progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites,

desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;

observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez

mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e

valorizando atitudes que contribuam para sua conservação; brincar expressando

emoções, sentimento, pensamentos, desejos e necessidades; utilizar as diferentes

linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) e promover um espaço de

relações afetivas onde vivências coletivas e individuais são garantidas no cotidiano.

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Cabe à escola de Educação Infantil um projeto político-pedagógico consistente

no sentido de fomentar a transformação dos diferentes saberes, promovendo um

trabalho em que as crianças desenvolvam atividades em grupo, incitando

questionamentos, análise e argumentação sobre os fatos, a partir de suas vivências e

experiências.

O movimento dinâmico na relação dialógica interação e conhecimento, o brincar,

a criança e os outros, se reveste no polo de construção de cultura, que se traduz na

maneira como cada povo vai construindo sua história de vida.

A criança que vem para a escola é sujeito histórico porque se constitui assim

num grupo, e sujeito cultural porque escreve a própria história.

O educador infantil precisa ter a clareza de que a educação não constitui um

processo de transmissão cultural, mas de produção de sentidos e de criação de

significados, repensando o currículo, contemplando os objetos de estudo que podem

incluir os mais diversos elementos da vida das crianças.

O planejamento na EMEI Tio Barnabé dá-se em diferentes momentos e de

diferentes formas. O planejamento global ocorre nos dias de formação, mensalmente;

nos dias iniciais do ano, em março; e nos dias finais do ano, normalmente em

dezembro, de acordo com calendário sugerido pela SMED. As decisões finais ocorrem

em assembléias de aprovação, como por exemplo, do calendário escolar e do plano

anual, sendo que as suas pautas são discutidas em cada segmento e analisadas pelo

Conselho Escolar, garantindo a participação de toda a comunidade escolar nas

definições gerais.

Já o planejamento por segmentos também acontece nos dias de formação,

onde é garantido um espaço para os segmentos reunirem-se. Além disso, sempre que

necessário, o segmento, por meio dos seus representantes, pode solicitar um encontro.

O segmento pais ainda apresenta certa dificuldade para reunir-se e ter

iniciativa para isto. Seus representantes participam das reuniões do Conselho Escolar,

acompanhando e intervindo em todos os assuntos tratados. Cabe ressaltar que as

famílias, quando solicitadas a comparecer na escola e/ou colaborar, seja em reuniões

com a equipe, assembléias gerais, festas, mutirões, tarefas de manutenção da escola e

equipamentos, costumam se fazer presentes.

Mensalmente ou, em caráter extraordinário, quando necessário, são

realizadas as reuniões do Conselho Escolar.

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O planejamento por equipes, quinzenalmente ou sempre que for necessário,

com garantia de realização também nos momentos mensais de formação.

Eventualmente, participam deste planejamento assessores convidados da

mantenedora, professores das escolas de educação especial, principalmente em casos

de inclusão, entre outros.

Com o objetivo de discutir experiências e trocar informações sobre as turmas,

principalmente no início e no final do calendário escolar, as equipes organizam-se e

reúnem-se paralelamente, como outra forma de planejamento.

O planejamento do trabalho e das atividades dá-se por meio de Projetos.

O trabalho com projetos emerge como uma possibilidade metodológica

possível na perspectiva de organizar o currículo integrado, em torno de ideias, tópicos

ou princípios que agregam as diferentes áreas do conhecimento, sem tratar do

conteúdo de forma fragmentada.

Na construção dos projetos, leva-se em conta as possibilidades,

necessidades e características das crianças. Assim, planejam-se as atividades,

materiais e recursos que poderão dar suporte à aprendizagem.

7. ORGANIZAÇÃO DA AÇÃO EDUCATIVA

A organização da ação educativa na infância é cuidado e educação. Toda

interação com as crianças e famílias envolve aprendizagens, construção de

significados, novos conhecimentos.

Um trabalho pedagógico com crianças de 0 a 5 anos e 11 meses , inserido num

projeto de transformação social, necessita incorporar contribuições teórico-práticas das

diversas ciências, áreas, temas que auxiliem os educadores a compreender a criança

no contexto atual.

O currículo deve ser centrado no caráter lúdico da aprendizagem e qualificar as interações possíveis das crianças com os adultos e das crianças com o mundo que a rodeia, através do resgate da imaginação, do brinquedo, dos desafios cotidianos, das diferentes formas de expressão/linguagem e de muitos outros aspectos relevantes, envolvidos nessas relações. (Caderno Pedagógico nº 15, 2002, p. 18 )

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O currículo deve ser dinâmico, que contraponha o currículo outrora usado na

educação fundamental, carregado de afetividade e respeito às diferenças, em que se

abre espaço para a inclusão. A inclusão nos ambientes comuns de aprendizagem,

oferecendo condições de acessibilidade, que possibilita o preparo para a inserção nos

espaços sociais.

O currículo da EMEI dos Municipários Tio Barnabé, em constante avaliação e

reflexão, vem sendo construído priorizando as diferentes áreas do conhecimento -

linguagens (corporal, musical e plástica), ciências (naturais e sociais) e o pensamento

lógico-matemático - buscando uma integração entre eles.

A ação educativa é organizada, nas diferentes equipes, em projetos de trabalho.

Leva-se em conta o interesse das crianças, suas necessidades, aliados ao

planejamento participativo em sala (de acordo com a faixa etária).

Os projetos de trabalho são referentes à vida cotidiana do grupo que possam

aprofundar o estudo de algum tema, porém há a necessidade coletiva para a

construção de uma linha de atuação que seja o eixo desencadeador do processo

educativo. É constatado que o conhecimento está atrelado aos brinquedos e às

brincadeiras da infância, organizados em uma rotina diária estabelecida pelos

diferentes grupos etários.

Alguns outros aspectos ajudam a enriquecer os projetos desenvolvidos com as

turmas, tais como: a relação direta com as famílias por meio de parcerias e pesquisas;

a possibilidade de associar às atividades educativas exposições, mostras culturais,

visitas a museus, teatros, bibliotecas para pesquisa, etc, possibilitando às crianças e

educadores a participação em processos de criação musical, poética, literária, entre

tantas outras; a interação com programações culturais que possam se constituir como

aprendizagens significativas mediadas por descobertas, coletas de dados e

informações, leituras e as relações estabelecidas entre as diferentes áreas do

conhecimento, ampliando o campo de visão de todos os envolvidos.

Respeitam-se as características de cada grupo, bem como as particularidades de

cada indivíduo, levando-se em conta o contexto sócio-histórico em que estão inseridos.

O planejamento, por meio de projetos, é mais flexível. Seu tempo de duração

não é pré-determinado com rigidez. Seu andamento depende da observação e

avaliação constantes do trabalho pedagógico, feitas pelo educador. As crianças têm

oportunidade de sugerir rumos diferentes para o seu planejamento. O educador deve

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conduzir o processo pedagógico sempre avaliando, ouvindo e observando as crianças

junto às quais atua, visando seu desenvolvimento integral. Segundo Barbosa e Horn:

um projeto é uma abertura para possibilidades amplas de encaminhamento e de resolução, envolvendo uma vasta gama de variáveis, de percursos imprevisíveis, imaginativos, criativos, ativos e inteligentes, acompanhados de uma grande flexibilidade de organização. Os projetos permitem criar, sob forma de autoria singular ou de grupo, um modo próprio para abordar ou construir uma questão e respondê-la. A proposta de trabalho com projetos possibilita momentos de autonomia e de dependência do grupo; momentos de cooperação do grupo sob uma autoridade mais experiente e também de liberdade; momentos de individualidade e de sociabilidade; momentos de interesse e de esforço; momentos de jogo e de trabalho como fatores que expressam a complexidade do fato educativo. (2008, p 31. ),

Para cada projeto desenvolvido na escola, nos diferentes níveis, berçários,

maternais e jardins há um educador como referência, em geral a professora da turma,

porém em diferentes e vários projetos funcionários do setor da nutrição, professoras de

departamentos, como a biblioteca, a coordenadora cultural da escola e monitores

integram o planejamento da ação educativa.

A partir de 2008, os projetos coletivos na EMEI Tio Barnabé vem se tornando

parte do currículo da infância, sejam eles: Educação Ambiental, Educação Alimentar,

Artes Plásticas, Informática , incluindo a potencialização do uso da biblioteca .

A proposta com esses projetos coletivos é de proporcionar a todas as

crianças momentos com diferentes desafios e possibilidades, além da diversificação

dos espaços que ocupam, já que permanecem muitas horas do seu dia em uma escola

de turno integral, além de valorizar o potencial de funcionários especializados em

diferentes áreas.

O projeto de educação alimentar começou a ser efetivado no ano de 2008, em

que o Setor de Nutrição da SMED, conjuntamente com a técnica e funcionários da

escola passam por momentos de formação, planejamento e execução de atividades

com o envolvimento das crianças e famílias para a criação de hábitos mais saudáveis

de alimentação, além da valorização dos alimentos oferecidos pela escola.

O Projeto de Artes Plásticas busca o contato com aspectos culturais e o resgate

do prazer de conviver com o fazer, as experiências com materiais gráfico-plásticos,

convivência entre as próprias crianças e educadores, e transformar a escola em um

ambiente criativo. Essa relação que inclui visibilidade, expressão corporal e envolve

tantos sentidos se constrói com estratégias de um cotidiano que desenvolva o sensível

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e do inteligível. Assim, deve-se pensar as artes na escola infantil em pequenas coisas

que aconteçam em nosso dia a dia e que nos ensinam a viver e ir para além do educar,

do gostar : o prazer.

A informática educativa traz as inovações tecnológicas que evoluem com

velocidade e trazem consigo mudanças na relação de trabalho, na forma de aprender e

de relacionar das pessoas, influenciam a economia e a política e cada vez mais se

torna necessário a presença de mecanismos interativos que auxiliem nas tomadas de

decisões.

De acordo com essas abordagens podemos perceber de forma clara, que o

computador pode ser um grande aliado também para o desenvolvimento das próprias

habilidades do ser humano de acordo com os seus potenciais.

Em relação ao trabalho pedagógico desenvolvido, há um crescimento visível,

com o planejamento se efetivando em todas as equipes e com o registro dos projetos

construídos. As equipes organizam suas reuniões para garantir que os educadores dos

dois turnos de funcionamento da escola tenham a oportunidade de se encontrar a fim

de que o trabalho seja qualificado cada vez mais, pois esta é uma dificuldade que

existe na escola infantil.

Trimestralmente, as equipes que trabalham com os diferentes grupos etários

encontram-se com as famílias com o objetivo de expor os projetos de trabalho, fazer

combinações e encaminhamentos futuros.

Alguns encontros são organizados para que os pais dos alunos possam

conversar sobre assuntos afins. Neste caso são convidados profissionais da área de

educação, psicologia, nutrição, etc.

8. ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS ETÁRIOS

Os grupos etários são organizados de acordo com a orientação da mantenedora,

Secretaria Municipal de Educação, levando em consideração as idades em cada turma,

do berçário até o jardim e conforme a Resolução 003/01 do CME em seu Art nº 16 que

delibera sobre a relação numérica entre adulto/criança e a Lei Complementar nº 544/06

da SMOV que delibera a relação criança/m2, atualmente os grupos estão assim

definidos:

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-Berçário I: atende as crianças de 4 meses a 1 ano e 5 meses, com 15 crianças e

6 educadoras: 1 professora, 4 monitoras e 1 estagiária;

- Berçário II: com crianças entre 1ano e 6 meses e 2 anos e 4 meses, totalizando

20 crianças com 8 educadoras: 1 professora, 3 monitoras e 4 estagiárias;

- Maternal I: aplica-se à crianças na faixa etária entre 2 anos e 5meses e 2 anos

e 11 meses, com 20 crianças, atendidas por 4 educadores: 1 professora, 2 monitoras e

1 estagiário;

- Maternal II: atende crianças dos 3 anos até 3 anos e 11 meses, com 20

crianças e 4 educadoras: 1 professora, 2 monitoras e 1 estagiária;

- Jardim 1: atende 25 crianças entre 4 anos e 4 anos e 11 meses, com 5

educadoras: 1 professora, 1 monitora e 2 estagiárias de inclusão, 1 estagiária volante

dos jardins.

- Jardim 2: atende 25 crianças entre 5 anos e 5 anos e 11 meses, com 3

educadoras: 1 professora, 1 monitora e a estagiária volante dos jardins.

Também há um frequente acompanhamento e a avaliação de cada criança, a

partir de suas potencialidades e maturidade.

Os casos de inclusão são analisados pela direção da escola, coordenação

pedagógica, assessoria da SMED e profissional referência de educação especial,

garantindo também a enturmação pela idade cronológica da criança.

9. ACOMPANHAMENTO E REGISTRO

A avaliação na educação infantil é na perspectiva emancipatória, observando e

intervindo constantemente. Deve ser investigativa e diagnóstica, com o registro das

ações que acontecem no cotidiano do trabalho com as crianças. Este registro também

facilita o acompanhamento das mesmas por parte de todos os profissionais da equipe,

dos diferentes turnos.

A concepção é de que a avaliação tem a função de proporcionar ao educador

uma melhor compreensão sobre a aprendizagem das crianças, a fim de superar as

dificuldades encontradas.

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A avaliação é processual, registrada periodicamente. Os registros contemplam

as dificuldades, os avanços, as expectativas, as mudanças, as descobertas, a história

de cada um, de acordo com o seu ritmo.

A avaliação em forma de portifólio é entregue à família da criança

semestralmente, em um encontro previamente agendado, onde pais e educadores têm

a possibilidade de conversar sobre a criança e seu desenvolvimento.

No portifólio, são descritas observações, anexados registros do

desenvolvimento das crianças, fotos, desenhos, falas transcritas, produções de

projetos afins, além de características da turma na qual a criança está inserida.

A cada ano o tema “avaliação” retorna ao debate em momentos de formação.

Atualmente, a escola apresenta a caminhada de cada criança em portifólios individuais,

onde pode haver, tanto por parte dos educadores quanto das famílias, um

acompanhamento de toda a trajetória anual escolar da criança e contínua avaliação.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico da EMEI Tio Barnabé acontece

diariamente e a cada encontro de formação, em que todos os educadores da escola se

encontram. Porém, os detalhes que possam vir a ser modificado serão revistos

anualmente, nos últimos dias de trabalho do ano, a fim de programar o ano seguinte,

dentro da perspectiva da permanente qualificação da prática pedagógica e do

atendimento às crianças entendendo-os como sujeitos de direitos.

10. ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO

Os ambientes são organizados e reorganizados a fim de contemplar a ação

pedagógica e proporcionar o bem estar das crianças e dos adultos na escola.

A organização desses ambientes envolve aspectos físicos, culturais, afetivos e

sociais. Cada espaço deve ter uma identidade própria que é construída pelo grupo de

educadores e pelas crianças ao longo do ano, contemplando aquisição de novos

materiais, reposição e manutenção de brinquedos e equipamentos, obras, reformas que

pretendem adequar os espaços às exigências legais.

De acordo com a época e a característica de turma, a construção dessa

identidade diferencia-se como, por exemplo, no período de adaptação, quando os

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espaços usados pelas crianças devem apresentar uma certa estabilidade para irem,

aos poucos, se flexibilizando.

O espaço físico da EMEI dos Municipários Tio Barnabé é constituído por um

prédio central e dois anexos.

O prédio central é composto de sala da direção, sala administrativa (secretaria),

sala de funcionários , sala de reuniões, biblioteca para funcionários, nutrição, sanitários

de adultos e infantis, despensa seca, sala de recreação, salas de atividades, fraldários,

cozinhas dietética e geral, refeitório, área de serviço, sala de materiais pedagógicos e

depósito de materiais de limpeza.

O 1º prédio anexo comporta a lavanderia, sanitários (adulto e infantil) e uma área

coberta que foi adaptada para funcionar como sala de artes.

O 2º prédio anexo é composto de salas de atividades, sanitários infantis

coletivos e trocador, sala para múltiplas atividades: artísticas, de audiovisual, musicais e

biblioteca infantil.

A área livre possui diversos brinquedos de pátio, formando uma pracinha.

Constata-se que a escola oferece espaços, recursos e materiais que garantem a

aprendizagem, inovações, o prazer, a satisfação e a alegria.

Como objetivo principal para execução do plano anual faz-se presente a

qualificação deste espaço privilegiado com o qual conta a EMEI Tio Barnabé.

As salas são amplas, arejadas e iluminadas.Toda a escola necessita de

constante manutenção em busca da revitalização de alguns espaços, principalmente do

pátio, muito utilizado pelas crianças.

Ao longo dos dias, foi percebida a necessidade e a importância de um local de

recreação (mais aberto – pátio) adequado à faixa etária dos berçários. Assim, existem

brinquedos de pátio específicos aos bebês, de material e tamanho adequados em uma

área delimitada, mais restrita e de fluxo menos intenso de pessoas, surgindo assim o

pátio dos berçários.

Acredita-se que a organização do ambiente traduz uma maneira de

compreender a infância, de entender seu desenvolvimento e o papel da educação e do

educador.

As diferentes formas de organizar o ambiente para o desenvolvimento de atividades de cuidado e educação das crianças pequenas traduzem os objetivos, as concepções e as diretrizes que os adultos possuem com relação ao futuro das novas gerações e às suas idéias pedagógicas. (Barbosa , 2006, 122).

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Permeando todo este trabalho, a EMEI Tio Barnabé vem incluindo no projeto

político pedagógico a oportunização das diversas linguagens e temas atuais como o

meio-ambiente, a nutrição e outros que vão se construindo, conforme descrito acima na

citação sobre o Plano Anual da escola, de onde emerge um grande projeto, englobando

toda a comunidade escolar, em busca de melhores ambientes para (con)vivermos.

Quanto mais organizado e estruturado o ambiente estiver, mais ele será desafiador e

auxiliará na autonomia das crianças.

11. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

O quadro de funcionários (equipe técnica e funcional) é descrito no regimento

interno da instituição e condiz com o recomendado pela resolução 003/2001 do

Conselho Municipal de Educação, de acordo com os níveis de atendimento e faixas

etárias.

A escola municipal de educação infantil, na cidade de Porto Alegre, conta com

um quadro de profissionais bastante variado. Desta equipe, fazem parte professoras

(em sala de aula, na direção da escola, na secretaria e apoio administrativo), monitoras,

cozinheiras, auxiliares de cozinha e auxiliares de serviços gerais.

O quadro de pessoal da escola é composto por profissionais com experiência e

conhecimento do seu trabalho. Alguns funcionários com diferentes especializações são

descobertos eventualmente e desafiados a desenvolver trabalhos específicos com as

turmas. A disponibilidade e a solidariedade do grupo são incentivadas diariamente.

Todos são considerados educadores, pois todos estão, direta ou indiretamente,

em contato com as crianças das diferentes turmas.

Desde a funcionária da cozinha, passando pela limpeza e de sala de aula, todos

têm a sua importância para que a escola funcione da melhor forma e fazem parte da

construção da história da EMEI dos Municipários Tio Barnabé, sendo indispensáveis

nos momentos de planejamento, organização, execução e avaliação de todo o

processo.

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A escola possui uma equipe profissional adequada ao número de crianças e

níveis de atendimento, de acordo com a Resolução 003/2001 do Conselho Municipal de

Educação, que estabelece o número de adultos por criança, de acordo com a faixa

etária.

Diariamente sente-se a necessidade e a importância de serem firmadas e/ou

mantidas diferentes parcerias, principalmente com universidades e, pela realidade que

temos, ao convivermos em turno integral com as mesmas crianças.

Profissionais de diferentes áreas são de extrema importância para que a escola

avance e possa perceber diferentes olhares para cada desafio. Um suporte adequado

ajuda ainda mais a qualificar a ação diária e a garantir o aprimoramento do trabalho.

Conta-se com alguns profissionais, entre as parcerias firmadas, como dentista

do Posto de Saúde Modelo, NASCA Santa Marta, Instituto Frei Pacífico, professora de

artes plásticas, fonoaudióloga e psicóloga infantil via encaminhamentos SMS.

Além das parcerias citadas acima, ainda há a assessoria por parte da

mantenedora, com psicologia, educação especial, pedagógico, jurídico, financeiro, entre

outros.

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REFERÊNCIAS

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO. Caderno Pedagógico nº 15, Porto Alegre:SMED, 2002

BARBOSA, Maria Carmen Silveira Barbosa. Por Amor e por Força Rotinas na Educação Infantil. Porto Alegre:Artmed,2006

BARBOSA , Maria Carmen; HORN, Maria da Graça. Projetos Pedagógicos na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DEPARTAMENTO. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998, v.1 Introdução, v. 2 Formação pessoal e social, v.3 Conhecimento do Mundo.

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