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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DO MONTE – MG SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PLANO DECENAL MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: 2015-2024

SANTO ANTÔNIO DO MONTE/MG-2017

Sumário

LEI Nº. 2.226 DE 12 DE JUNHO DE 2015 ........................................Erro! Indicador não definido.4

PORTARIA Nº 01/2016 .................................................................................................................6

O processo de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação ...........................12

EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO MONITORAMENTO DO

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO PERÍODO 2015/2017 .................................................13

COMISSÃO DE MONITORAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO PERÍODO

2015/2017 ..............................................................................................................................13

Considerações sobre o Processo de Avaliação do PDME: 2006 – 2015 ......................................14

O Diagnóstico da Educação de Santo Antônio do Monte ...........................................................15

META 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL .............................................................................................15

META 2 – ENSINO FUNDAMENTAL .........................................................................................21

META 3 – ENSINO MÉDIO .......................................................................................................30

META 4 – EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA ...........................................................................35

META 5 – ALFABETIZAÇÃO .....................................................................................................44

META 6 – EDUCAÇÃO INTEGRAL ............................................................................................51

META 7 – APRENDIZADO ADEQUADO NA IDADE CERTA ........................................................54

META 8 – ESCOLARIDADE MÉDIA ...........................................................................................65

META 9 – ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO FUNCIONAL DE JOVENS E ADULTOS..................68

META 10 – EJA INTEGRADA À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL......................................................73

META 11 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ...................................................................................73

META 12 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES .............................................................................76

META 13 - FORMAÇÃO CONTINUADA E PÓS-GRADUAÇÃO DE PROFESSORES ......................82

META 14 - VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR .............................................................................89

META 15 - PLANO DE CARREIRA DOCENTE ............................................................................90

META 16 - GESTÃO DEMOCRÁTICA ........................................................................................92

META 17 - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO .........................................................................98

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................109

LEI Nº. 2.226 DE 12 DE JUNHO DE 2015

INSTITUI O PLANO DECENAL MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO –

PME DE SANTO ANTÔNIO DO MONTE E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

O Prefeito do Município de Santo Antônio do Monte: Faço

saber que a Câmara dos Vereadores aprovou e eu sanciono a

seguinte Lei:

Art. 1º. - Fica aprovado o Plano Municipal de Educação - PME, com vigência por 10

(dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo I, com vistas ao cumprimento

do disposto no art. 214 da Constituição Federal e na Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 que

aprova o Plano Nacional de Educação - PNE.

Parágrafo único - Este PME é integrado, além da presente parte normativa, pelos

seguintes anexos:

I - metas e estratégias (anexo I);

II - indicadores para monitoramento e avaliação da evolução das metas do PME (anexo II);

III - diagnóstico (anexo III).

Art. 2º. - São diretrizes do PME:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na

erradicação de todas as formas de discriminação;

IV - melhoria da qualidade da educação;

V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos

em que se fundamenta a sociedade;

VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;

VIII - estabelecimento de aplicação de recursos públicos em educação que assegure

atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX - valorização dos(as) profissionais da educação;

X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à

sustentabilidade socioambiental.

Art. 3º. - As metas previstas no Anexo I desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência

deste PME, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.

Art. 4º. - As metas previstas no Anexo I desta Lei deverão ter como referência o censo

demográfico e os censos da educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na data

da publicação desta Lei.

Art. 5º. - A execução do PME e o cumprimento de suas metas serão objeto de

monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados, sem prejuízo de outras, pelas

seguintes instâncias:

I - Secretaria Municipal de Educação - SME;

II - Comissão de Educação da Câmara dos Vereadores;

III - Conselho Municipal de Educação - CME;

§ 1º. - Compete, ainda, às instâncias referidas no caput:

I - divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios

institucionais da internet;

II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e o

cumprimento das metas;

III - analisar e propor a revisão do percentual de investimento público em educação.

§ 2º. - A meta progressiva do investimento público em educação será avaliada no

quarto ano de vigência do PME e poderá ser ampliada por meio de lei para atender às

necessidades financeiras do cumprimento das demais metas.

§ 3º. - Fica estabelecido, para efeitos do caput deste artigo, que as avaliações deste

PME serão realizadas com periodicidade mínima de 01 (um) ano contado da publicação desta

Lei.

§ 4º. - Para viabilização do monitoramento e avaliação do cumprimento das metas

deste PME, serão utilizados os indicadores constantes do Anexo II, além de outros que venham

a se mostrar pertinentes para tanto.

Art. 6º. - O município promoverá a realização de pelo menos 2 (duas) conferências

municipais de educação até o final do PME articuladas e coordenadas pela Secretaria

Municipal de Educação em parceria com outros órgãos relacionados a Educação.

Parágrafo único - As conferências de educação realizar-se-ão com intervalo de até 4

(quatro) anos entre elas, com o objetivo de avaliar a execução deste PME e subsidiar a

elaboração do plano municipal de educação para o decênio subsequente.

Art. 7º. - O município em regime de colaboração com a União e o Estado de Minas

Gerais atuará, visando ao alcance das metas e à implementação das estratégias objeto deste

Plano.

§ 1º. - Caberá aos gestores do município a adoção das medidas governamentais

necessárias ao alcance das metas previstas neste PME.

§ 2º. - As estratégias definidas no Anexo I desta Lei não elidem a adoção de medidas

adicionais em âmbito local ou de instrumentos jurídicos que formalizem a cooperação entre os

entes federados, podendo ser complementadas por mecanismos nacionais e locais de

coordenação e colaboração recíproca.

§ 3º. - O Município criará mecanismos para o acompanhamento local da consecução

das metas deste PME.

§ 4º. - Haverá regime de colaboração específico para a implementação de modalidades

de educação escolar que necessitem considerar territórios étnico-educacionais e a utilização

de estratégias que levem em conta as identidades e especificidades socioculturais e

linguísticas de cada comunidade envolvida, assegurada à consulta prévia e informada a essa

comunidade.

§ 5º. - O fortalecimento do regime de colaboração entre o Município e o Estado de

Minas Gerais incluirá a instituição de instâncias permanentes de negociação, cooperação e

pactuação.

Art. 8º. - O Município deverá aprovar leis específicas para o seu sistema de ensino,

disciplinando a gestão democrática da educação pública no seu âmbito de atuação, no prazo

de 2 (dois) anos contado da publicação desta Lei, adequando, quando for o caso, a legislação

local já adotada com essa finalidade.

Art. 9º. - O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do

Município serão formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias

compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PME, a fim de viabilizar sua plena

execução.

Art. 10 - O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, coordenado pela União,

em colaboração com o Estado de Minas Gerais, e o Município, constituirá fonte de informação

para a avaliação da qualidade da educação básica e para a orientação das políticas públicas

desse nível de ensino.

Art. 11 - Até o final do primeiro semestre do último ano de vigência deste PME, o

Poder Executivo encaminhará à Câmara dos Vereadores, sem prejuízo das prerrogativas deste

Poder, o projeto de lei referente ao Plano Municipal de Educação a vigorar no período

subsequente, que incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias para o próximo decênio.

Art. 12 - A revisão deste PME, se necessária, será realizada com ampla participação de

representantes da comunidade educacional e da sociedade civil.

Art. 13 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial, a Lei Municipal nº.

1.878/2007, que aprovou o Plano Municipal de Educação do Município de Santo Antônio do

Monte para o período de 2007-2016.

Art. 14 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Paço Municipal Governador Eduardo Azeredo.

Santo Antônio do Monte - MG, 12 de Junho de 2015.

Edmilson Aparecido da Costa

Prefeito Municipal

PORTARIA Nº 01/2016

Dispõe sobre a nomeação da Equipe Técnica – ET,

responsável pelo Monitoramento do Plano

Municipal de Educação Lei nº 2.226 de 19 de

junho de 2015 do município de Santo Antônio do

Monte, e dá outras providências.

A Secretária Municipal de Educação de Santo Antônio do Monte, no uso de suas atribuições

legais e, considerando a necessidade de Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de

Educação Lei nº 2.226 de 19 de junho de 2015 no cumprimento ao que dispõe o art. 5º da

referida Lei,

Determina:

Art.1º ‐ Fica nomeada a Equipe Técnica de Monitoramento do Plano Municipal de Educação ‐

PME, composta pelos membros abaixo:

I. Um representante do Setor Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação;

II. Um representante do Setor de Pessoal da Secretaria Municipal de Educação;

III. Um representante do Setor Técnico-Operacional da Secretaria Municipal de Educação;

IV. Três representantes dos Diretores Escolares;

V. Um representante dos Professores da Zona Rural;

VI. Um representante dos Professores da Zona Urbana;

VI. Um representante do Quadro Técnico‐administrativo das Escolas;

VI. Um representante do Conselho Municipal de Educação.

Art.2º ‐ São atribuições da Equipe Técnica de Monitoramento:

I. Atuar no levantamento e na sistematização de todos os dados e informações referentes ao

Plano Municipal de Educação e seu contexto;

II. Contribuir para a comissão desencadear suas proposições, respaldadas em fontes oficiais e

em sintonia com o Poder Executivo;

III. Organizar os documentos oficiais e de aprofundamento para consulta da comissão e

interessados, tais como: PME, Leis, Portarias, Decretos, Relatórios, peças orçamentárias

(LOA, LDO, PPA...), Plano de Ações Articuladas e outros;

IV. Constituir instrumentos para coletar os dados que subsidiarão as produções das

informações para o monitoramento e, posteriormente, os relatórios de

avaliação garantindo fluidez e efetividade ao processo;

V. Organizar o trabalho, distribuindo funções em consonância com os aspectos do PME em seu

cotidiano, e, continuamente estudar o plano, monitorar as metas e as estratégias;

VI. Identificar em quais situações o plano se enquadra, a saber: com metas elaboradas,

utilizando indicadores e fontes sugestionadas pelo Ministério da Educação; metas

elaboradas que dependem de indicadores e fontes próprias do município; metas

elaboradas de modo genérico, não havendo possibilidade de estabelecer indicadores;

VII. Utilizar a Ficha de Monitoramento do Plano Municipal de Educação, organizada em três

etapas propostas de trabalho;

VIII. Debater o conteúdo da ficha no interior do órgão da educação/secretaria de educação

junto aos seus pares;

IX. Encaminhar os registros de cada etapa ao Dirigente Municipal de Educação para validar o

trabalho;

X. Auxiliar na elaboração de Relatórios Anuais de Monitoramento.

Art. 3º ‐ Essa Portaria entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições em

contrário.

Gabinete da Secretária. Santo Antônio do Monte, MG, 05 de outubro de 2016.

MÁRCIA APARECIDA BERNARDES

Secretária Municipal de Educação

RELATÓRIO DO PRIMEIRO CICLO DE

MONITORAMENTO DO PLANO DECENAL MUNICIPAL

DE EDUCAÇÃO DE SANTO ANTÔNIO DO MONTE

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O processo de elaboração e aprovação do Plano Municipal de Educação

Em Santo Antônio do Monte, os debates para adequação do Plano Municipal de

Educação começaram com a realização da Etapa Municipal da CONAE, com a

nomeação da Comissão Organizadora responsável pelas diversas reuniões, debates e

audiências públicas. A equipe municipal contou com o apoio técnico da SEE/MG.

Como referências utilizadas para a concretização do plano destacaram-se a

Constituição da República Federativa do Brasil, a Constituição do Estado de Minas

Gerais e Lei Orgânica Municipal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as

deliberações das Conferências Nacional e Municipal de Educação (CONAEs), as

orientações do Ministério da Educação (MEC), a Lei do Plano Nacional de Educação

(PNE), os principais indicadores demográficos, socioeconômicos e educacionais, as

legislações e publicações acadêmicas relevantes sobre o assunto, além do PPA, LDO,

LOA.

Tendo em mente que o Plano Municipal de Educação deve expressar o compromisso

político do Município que transcende governos e promove mudanças nas políticas

educacionais, geradoras de avanços no processo educacional, e em consequência, na

qualidade de vida da sociedade santantoniense, a Comissão Municipal de Educação, a

Equipe Técnica de Apoio e o Conselho Municipal de Educação trabalharam com afinco

por intermédio da efetivação de reuniões para o desenvolvimento das ações

necessárias à sua elaboração.

Após a elaboração do Documento-Base, foi fundamental a participação da sociedade

nas discussões realizadas através das audiências públicas. Para sua ampla publicização,

o documento foi disponibilizado no site da Prefeitura Municipal.

O documento final foi encaminhado oficialmente, pela Secretária Municipal de

Educação, ao Poder Executivo que, logo após elaborou e encaminhou à Câmara

Municipal, o Projeto de Lei nº 020/2015 dispondo a respeito do Plano Municipal de

Educação.

Após discussões a Câmara de Vereadores aprovou a Lei nº 2.226 de 19 de junho de

2015 que instituiu o Plano Decenal Municipal de Educação.

Por fim, o processo voltou ao Executivo para ser sancionado, tendo por garantia que o

texto aprovado foi o mais próximo possível das expectativas apresentas nas consultas

públicas.

“Somente um Plano Municipal de Educação legítimo pode contar com o apoio de todos

para monitorar seus resultados e impulsionar a sua concretização, através da

mobilização da sociedade ao longo dos seus dez anos de vigência.”

12

O processo de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação

O processo de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação, em Santo

Antônio do Monte, teve início com a assinatura ao termo de adesão à assistência

técnica para monitoramento e avaliação dos planos de educação/SASE/MEC pela

Secretária Municipal de Educação, em 06 de maio de 2015.

A partir de então, representantes do município passaram a participar da Formação das

Equipes Técnicas para o processo de monitoramento e avaliação dos Planos Municipais

de Educação oferecida em Divinópolis pela equipe de avaliadores educacionais.

A metodologia para o monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação

propôs, e foi acatada pelo município, que todo processo fosse desenvolvido em quatro

etapas.

Na organização do trabalho foram definidos os responsáveis pelo monitoramento e

avaliação pela secretaria municipal de educação que, logo após, convocou-os para uma

reunião onde foi esclarecido o andamento de todo o processo.

O primeiro compromisso das equipes responsáveis foi reunir para a elaboração da

agenda de trabalho, acompanhando as quatro etapas propostas. E logo após, a equipe

técnica analisou a Ficha de Monitoramento do Plano Municipal de Educação,

instrumento escolhido para subsidiar a produção das informações para o

monitoramento.

Dando andamento aos trabalhos ocorreu o preenchimento da Parte A da ficha de

monitoramento que posteriormente foi enviada à avaliadora educacional técnica

responsável pelo município.

Realizando reuniões periódicas, a equipe técnica fez uma releitura atenciosa do plano

relacionando todas as metas e estratégias de forma cronológica, conforme orientações

recebidas, para possibilitar melhor visualização, consulta e controle dos processos de

execução.

Em seguida foi realizado o estudo da legislação orçamentária do município e

preenchimento e encaminhamento da Parte B da Ficha de Monitoramento.

Ao estudar o plano municipal de educação a equipe técnica e a comissão municipal de

educação reavaliaram os indicadores e definiu as fontes de dados efetivando o

preenchimento e envio da Parte C da ficha de monitoramento.

Posteriormente a todo esse processo a equipe técnica preparou o Relatório Anual de

Monitoramento do Plano Municipal de Educação e o enviou ao Secretário Municipal

de Educação.

13

EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE

MONITORAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO PERÍODO 2015/2017

Kátia Luciana Rezende Dias – representante dos professores da zona urbana

Léia Aparecida da Cunha Coelho - representante dos diretores escolares

Magda Maria Bernardes - representante do setor técnico-operacional da SEMED

Maísa de Fátima Miranda Melo – representante do quadro técnico-administrativo das

escolas

Maria Aparecida Simone Santos Melo – representante dos professores da zona rural

Marilene Silva de Melo Franco – representante do Conselho Municipal de Educação

Marli Rodrigues do Couto Mesquita – representante do setor pedagógico da SEMED

Meire Cristina Silva e Santos - representante dos diretores escolares

Nei Antônio Borges - representante dos diretores escolares

Samantha Batista Costa Domingos – representante do setor de pessoal da SEMED

COMISSÃO DE MONITORAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO

PERÍODO 2015/2017

Secretaria Municipal de Educação

Câmara dos Vereadores

Conselho Municipal de Educação

14

Considerações sobre o Processo de Avaliação do PDME: 2006 – 2015

A complexidade que envolve a avaliação das políticas públicas de educação, como é o

caso de um Plano Decenal Municipal de Educação, é tarefa desafiadora a ser construída

coletivamente, com a participação não apenas dos profissionais do setor, mas também, da

sociedade civil e política, tendo em vista a necessidade de se evidenciar, com precisão, a

consecução das metas propostas. O PDME 2015-2024 de Santo Antônio do Monte passará por

avaliações anuais, e acontecerão duas conferências, com intervalo de quatro anos entre elas,

no tempo de duração do plano.

Em junho de 2016, foram definidos por ato legal os responsáveis pelo monitoramento

e avaliação do plano, que deverá elaborar um consolidado dessas avaliações e enviá-las à

Comissão Coordenadora para aprovação e validação, visando facilitar o atual diagnóstico da

Educação do Município.

De acordo com o consolidado, Santo Antônio do Monte apresenta o seguinte

panorama em relação às metas estabelecidas no PDME 2015-2024.

QUADRO I – PDME/SAMONTE: 2015-2024 – Consolidado da Avaliação do PDME: 2015-2024.

Situação Atual das Metas Propostas.

NÍVEIS/MODALIDADES/TEMAS Nº de metas

Cu

mp

rid

as

Em a

nd

amen

to

Não

de

sen

cad

ead

as

Sem

evi

nci

a

em

pír

ica

NÍV

EIS

DE

ENSI

NO

Educação Infantil 02 01 01 00 00

Ensino Fundamental 03 02 01 00 00

Ensino Médio 01 00 01 00 00

MO

DA

LID

AD

ES D

E

ENSI

NO

Educação de Jovens e Adultos 03 00 00 03 00

Educação Inclusiva 01 00 01 00 00

Educação Profissional 01 00 00 01 00

TEM

AS

ESP

ECIA

IS Formação de professores e

Valorização do magistério

04 00 03 01 00

Financiamento e Gestão 02 00 00 02 00

TOTAL 17 03 07 07 00

Fonte: Coordenação de Monitoramento do PMDE – 2016/2017

15

De acordo com o consolidado, evidencia-se a situação das 17 (dezessete) metas

propostas no PDME: 2015-2024: 03 (três) foram concluídas, 07 (sete) estão em andamento e

07 (sete) não foram desencadeadas.

Observa-se, assim, uma concordância entre o proposto e o efetivado no PDME: 2015-

2024, uma vez que o processo avaliativo resultou na constatação de que as prioridades das

políticas educacionais adotadas pelo Município estão tendo o PDME como indutor central de

suas ações político-pedagógicas. Mesmo assim, a dinâmica e a lógica do Sistema Educativo do

Município, marcado pelo caminhar isolado e independente das diferentes redes de ensino, em

que pesem importantes avanços acontecidos após a aprovação do Plano, não foram

modificadas, de modo a constituir condições de uma gestão unificada e participativa que

contribuísse para a efetivação da melhoria nos diferentes níveis e modalidades de ensino que

caracterizam a educação do Município.

Assim, apesar da importância da elaboração do PDME como efetiva política proposta

para o Município, como um todo, e não para uma gestão municipal, os resultados conseguidos,

durante a sua tramitação, evidenciam: a ausência de unicidade de ação das redes de ensino, a

ausência de dados relativos à consecução das metas propostas, sobretudo aqueles que se

referem à Rede Privada, os limites político-econômicos relativos à cooperação e à colaboração

dos entes federados, sob a ótica prevista na Constituição Federal de 1988.

Finalmente, é urgente e necessário, avançar no refinamento dos processos avaliativos

a ser proposto para o Plano, incluindo a atualização de indicadores educacionais, a análise

global e articulada entre as diferentes políticas, programas e ações envolvendo todas as redes

de ensino e os entes federados, no que concerne à materialização das metas e das estratégias

estabelecidas. Essa ação permitirá o desvelamento das possibilidades e dos limites decorrentes

do contexto em que foram forjadas e negociadas as propostas para a concretização do PDME.

Nesse sentido, o processo analítico e avaliativo do PDME: 2015-2024 deve extrapolar as

políticas circunscritas à esfera educacional, requerendo análises mais globais, capazes de situá-

las no âmbito do cenário social e econômico do País, do Estado e do Município.

O Diagnóstico da Educação de Santo Antônio do Monte

Os responsáveis pelo monitoramento e avaliação do plano desenvolveram um trabalho

investigativo sobre os diferentes aspectos da realidade educacional do Município e

apresentam o atual diagnóstico da educação de Santo Antônio do Monte.

META 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL

Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4

(quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches

de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3

(três) anos até o final da vigência deste PNE.

Considerada como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil aparece na

Constituição Federal (CF) de 1988, com a finalidade de promover o desenvolvimento integral

da criança da faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis) anos de idade. A partir de então, a Educação

Infantil em creches e pré-escolas passou a ser, de acordo com os aspectos legais, um dever do

16

Estado e um direito da criança (artigo 208, Inciso IV da CF), destacada, também, no Estatuto da

Criança e do Adolescente de 1990.

Confirmando esta determinação, a LDB n° 9.394/96 estabeleceu, de forma incisiva, o

vínculo entre a formação das crianças de 0 (zero) a 6 (seis) anos e a etapa subsequente da

Educação Básica. Entretanto, em 16 de maio de 2005, foi sancionada a Lei nº 11.114/2005 que

alterou os artigos 6º, 30, 32 e 87 da LDB, com o objetivo de tornar obrigatório o início do

Ensino Fundamental aos 06 (seis) anos de idade. A partir daí, coube a cada sistema de ensino

matricular todos os educandos, a partir dos seis anos de idade, no Ensino Fundamental. Assim,

a Educação Infantil passou a atender, na pré-escola, crianças de 04 (quatro) e 05 (cinco) anos

idade.

Nesse sentido, a expansão da Educação Infantil, no País, tem ocorrido de forma

crescente, acompanhando, também, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e

as mudanças na organização e na estrutura das famílias. Por outro lado, a sociedade está mais

consciente da importância das experiências vivenciadas na primeira infância, o que motiva

demandas por uma educação institucional de qualidade para as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco)

anos.

A meta 1 do Plano Municipal de Educação diz respeito à universalização da Educação

Infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade, até 2016, e da ampliação da

oferta de Educação Infantil em creches de forma a atender no mínimo, 50% das crianças de até

3 (três) anos até o final da vigência deste PME. Para o monitoramento desses dois objetivos,

foram utilizados os seguintes indicadores:

– Indicador 1A: Percentual da população de 4 a 5 anos que frequenta a escola/pré-

escola.

– Indicador 1B: Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta a escola/creche.

Salientamos que o município vem trabalhando baseado nas 16 (dezesseis) estratégias

propostas para atingir a meta.

Destacamos que está em construção, com previsão de conclusão em 2017, o Projeto

Proinfância Tipo 1, modelo de projeto padrão de educação infantil, com capacidade de

atendimento a 188 (cento e oitenta e oito) crianças em período integral. A ampliação do

Prédio do Pré-Escolar Municipal Maria Angélica de Castro possibilitou ampliar o atendimento

às crianças de 4 (quatro) anos em 2016.

Para a efetivação das estratégias de levantamento demanda Santo Antônio do Monte

realiza anualmente o Cadastramento Escolar, através da Secretaria Municipal de Educação,

levantando informações que colaboram para subsidiar a definição de politicas públicas de

educação infantil no município.

No ano de 2015 foi realizado concurso público para a efetivação, dentre outros, de

docentes para a Educação Infantil, seguindo as exigências de qualificação profissional.

Aos alunos que necessitam de atendimento educacional especializado foi ofertado o

acompanhamento por professores apoio, como também, encaminhamento ao Centro

17

Municipal de Apoio Pedagógico que conta com diversos profissionais como: psicólogo,

psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e assistente social.

Com relação à formação continuada, esta possibilita ao educador maior

aprofundamento dos conhecimentos profissionais, levando-os a reestruturar e aprofundar

conhecimentos adquiridos na formação inicial. O professor que participa de atividades de

formação continuada pode refletir sobre suas práticas e seu trabalho diário. Para tanto, são

realizados encontros pedagógicos nas próprias escolas, possibilitando troca de experiências e

melhor direcionamento ao trabalho.

Conforme relatamos, as estratégias acima tiveram como foco a universalização da

pré-escola e ampliação da oferta de Educação Infantil para crianças de até 3 (três) anos em

creches, procurando respeitar as necessidades e singularidades desta etapa da Educação

Básica.

Informações relevantes sobre a execução do indicador no período

A seguir, destacamos informações relevantes sobra a execução dos indicadores no

período observado.

Em cumprimento às determinações, e com base nos dados coletados nos censos

escolares, o atendimento da Educação Infantil em Santo Antônio do Monte tem se

comportado, nos últimos anos, conforme dados das tabelas e gráficos abaixo:

GRÁFICO 1 Percentual da

população de 4 e 5 anos de

idade que frequenta a escola ou

creche – Santo Antônio do

Monte – 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 2 Matrículas de 4

e 5 anos de idade – Santo

Antônio do Monte – 2007

a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/ Censo

Escolar/Todos Pela Educação |

Sinopses Estatísticas

372

459 466 450

518

587 566 639 634

672

372 428 434 433 440

477 419

480 480

589

0 31 32 17

78 110

147 159 154

83

0

100

200

300

400

500

600

700

800

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

TOTAL MUNICIPAL PRIVADA

100% 100,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Meta Situação 2016

18

GRÁFICO 3 Percentual de

matrículas de 4 e 5 anos

de idade, por sexo –

Santo Antônio do Monte

– 2012 a 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses

Estatísticas

GRÁFICO 4 Percentual

de matrículas de 4 e 5

anos de idade, por

localização – Santo

Antônio do Monte –

2012 a 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses

Estatísticas

GRÁFICO 5 Percentual de

matrículas de 4 e 5 anos

de idade, por cor/raça –

Santo Antônio do Monte

– 2012 a 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses

Estatísticas

GRÁFICO 6 Percentual da

população de 0 a 3 anos de idade

que frequenta a creche – Santo

Antônio do Monte – 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses Estatísticas

54%

49,80% 51%

50%

52%

46%

50,20% 49%

50%

48%

42%

44%

46%

48%

50%

52%

54%

56%

2012 2013 2014 2015 2016

Feminino Masculino

92% 92% 90% 93% 93%

8% 8% 10% 7% 7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Urbano Rural

99% 98% 96% 96% 95%

1% 2% 4% 4% 5%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Brancos Negros

50% 33,4%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Meta Situação 2016

19

GRÁFICO 7

Matrículas de 0 a 3

anos de idade –

Santo Antônio do

Monte – 2007 a

2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/

Censo Escolar/Todos Pela

Educação | Sinopses

Estatísticas

GRÁFICO 8 Percentual

de matrículas de 0 a 3

anos de idade, por

sexo – Santo Antônio

do Monte – 2012 a

2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses

Estatísticas

GRÁFICO 9 Percentual de

matrículas de 0 a 3 anos de idade,

por localização – Santo Antônio

do Monte – 2012 a 2016 Fonte: CONVIVA | Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 10 Percentual de

matrículas de 0 a 3 anos de

idade, por cor/raça – Santo

Antônio do Monte – 2012 a

2016

Fonte: CONVIVA | Sinopses

Estatísticas

316 278 272 274

379

440

540

473 448 461

316

257 258 261

351 323

388 339 329 342

0 21 14 13 28

117 152 134 119 119

0

100

200

300

400

500

600

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

TOTAL MUNICIPAL PRIVADA

52% 53%

50% 50%

48%

48% 47%

50% 50%

52%

44%

46%

48%

50%

52%

54%

2012 2013 2014 2015 2016

Feminino Masculino

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Urbano Rural

98% 96% 91% 90% 89%

2% 4% 9% 10% 11%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Brancos Negros

20

No ano de 2016, a Rede Municipal de Ensino atendeu às crianças de 0 (zero) a 05

(cinco) anos de idade, em 05 (cinco) Centros Municipais de Educação Infantil - CEMEIS e em

mais 1 (uma) Escola de Educação Infantil e 02 (duas) Escolas do Campo que também

atenderam à Educação Infantil. O Município contou ainda com uma rede de 02 (três) Escolas

Privadas que, também, ofereceram atendimento à Educação Infantil. Resumindo, Santo

Antônio do Monte atendeu, nas creches, o total de 385 (trezentos e oitenta e cinco) crianças

de 0 (zero) a 3 (três) anos e 601 (seiscentos e um) crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos na

pré-escola, perfazendo um total de atendimento de 986 (novecentos e oitenta e seis) crianças

da faixa etária de 0 (zero) a 05 (cinco) anos na Educação Infantil.

O saldo do atendimento da Educação Infantil, na faixa etária de 0 (zero) a 5 (cinco)

anos, desmembrado nas diferentes instituições de ensino, foi o seguinte: 928 (novecentos e

vinte e oito) crianças atendidas pela Rede Municipal e 58 (cinquenta e oito) pela Rede Privada,

perfazendo um total de 986 (novecentos e oitenta e seis) crianças atendidas, ou seja, 94,1%

atendidas pela Rede Municipal e 5,9% de atendimento pela Rede Privada, conforme gráficos 2

e 7.

Percebe-se que as matrículas nessa etapa de ensino estão divididas entre a Rede

Escolar Pública Municipal e a Rede Privada com predominância sempre maior da primeira

sobre a segunda.

Os dados coletados evidenciaram que, no ano de 2016, houve um crescimento no

atendimento às crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, o que mostra evolução para o

cumprimento da primeira parte da meta 1(um), ou seja, a universalização do atendimento às

crianças nessa faixa etária. Na faixa etária de 0 (zero) a 3 (três) anos houve um crescimento no

atendimento de 2015 para 2016, de aproximadamente 5% (cinco por cento).

No entanto, ainda há um número significativo de demanda reprimida, na faixa etária

de 0 (zero) a 3 (três), perfazendo um atendimento de 27,8% (vinte e sete vírgula oito por

cento) . Para atingir a meta 1 (um), faz-se necessário ampliar a oferta, nessa faixa etária, o

percentual de 22,2% (vinte de dois virgula dois por cento).

Nos gráficos 3 e 8, está apresentada a desagregação dos indicadores por sexo. A

análise da série histórica de 2012 a 2016 mostra que a diferença entre esses grupos se

manteve estável ao longo de todo o período.

Diferentemente da análise por sexo, observa-se que, apesar do crescimento na taxa de

atendimento observada de 2012 a 2016, ainda persistem as diferenças entre as taxas de

atendimento escolar entre os residentes das áreas urbana e rural (Gráficos 4 e 9). Os dados

mostram que não houve no período atendimento a etapa de 0 (zero) a 3(três) anos de idade, e

na fase de 4(quatro) e 5(cinco) anos de idade manteve-se estável o índice de atendimento. A

análise dos dados demonstra a desigualdade no acesso à escola segundo o local de residência.

Porém, ao analisar dados do IBGE/2010, observa-se que a diferença de porcentagem entre a

população urbana e rural, na faixa etária da meta, é de 62 (sessenta e dois) pontos

percentuais.

A desagregação dos indicadores por categorias de raça/cor também mostra o

crescimento na taxa de atendimento escolar para as crianças, embora também persistam

desigualdades no acesso (Gráficos 5 e 10). Foi registrado um aumento no atendimento às

21

crianças negras, na faixa etária de 4(quatro) e 5(cinco) anos passando de 1,0% (um vírgula

zero cento), em 2012, para 5,0% (cinco vírgula zero por cento), em 2016 e de 0 (zero) a 3 (três)

anos de idade de 2,0% (dois vírgula zero por cento) para 15,0% (quinze vírgula zero por cento)

em 2016. A diferença de atendimento às crianças negras comparativamente às crianças

brancas vem diminuindo em ritmo lento ao longo de todo o período analisado É preciso

aguardar a próxima edição do Censo/IBGE para verificar se está ocorrendo alteração da

tendência de redução da desigualdade entre esses dois grupos.

META 2 – ENSINO FUNDAMENTAL

Universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a

14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade

recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) consolida e amplia

o dever do Poder Público para com a educação em geral e, em particular, para com o Ensino

Fundamental.

O artigo 22 da referida Lei, que trata da finalidade da Educação Básica, da qual o

Ensino Fundamental é parte integrante, assegura a todos “a formação comum indispensável

para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos

posteriores”, fato que confere ao Ensino Fundamental, ao mesmo tempo, um caráter de

terminalidade e de continuidade.

Também de acordo com a LDB nº 9394/96, Estados e Municípios devem incumbir-se

de definir formas de colaboração na oferta do Ensino Fundamental, o que pode trazer grandes

benefícios, pois ações conjuntas – bem planejadas, renovadas e reforçadas em seus meios –

podem assegurar a oferta de uma educação de qualidade.

A universalização do acesso ao ensino fundamental e a conclusão dessa etapa na idade

recomendada são os objetivos da Meta 2 do PNE. O prazo para o cumprimento desses

objetivos estende-se até 2024, último ano de vigência do atual Plano. Em relação ao EF, o atual

PNE destaca, então, mais do que apenas o acesso à escola da população-alvo – 6 a 14 anos –,

mas também o acesso e a conclusão dessa etapa na idade recomendada. Para o

monitoramento dos dois objetivos centrais dessa meta, foram considerados os seguintes

indicadores:

- Indicador 2A: Percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola

- Indicador 2B: Percentual de pessoas de 16 anos com pelo menos o ensino

fundamental concluído

Em Santo Antônio do Monte, o Ensino Fundamental, além de obrigatório de acordo

com os preceitos legais, tem sido tratado como direito básico de cidadania. Sempre se

evidencia um alto investimento da administração pública municipal nessa etapa de ensino,

visando a uma oferta de educação de qualidade para os alunos atendidos.

22

Para que essa meta seja alcançada foram propostas 13 (treze) estratégias a ela

correlatas.

A secretaria municipal de educação, sempre que solicitada, participa das consultas

públicas nacionais referentes aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento

para os alunos do ensino fundamental. E já está atenta aos passos para implementação da

base nacional comum curricular.

Sabedores que a recuperação da aprendizagem constitui mecanismo colocado à

disposição da escola e dos professores para garantir a superação de dificuldades específicas

encontradas pelo aluno durante o seu percurso escolar e ocorre de forma contínua e paralela,

ao longo do ano letivo, no período de 2011 a 2016, os estabelecimentos da rede municipal

contaram com a presença do professor recuperador ofertando acompanhamento

individualizado dos alunos do ensino fundamental aos alunos do 1º ao 5º ano do ensino

fundamental.

Para garantir o acesso e permanência dos alunos nas escolas a frequência escolar é

controlada diariamente, como também, é realizada com responsabilidade no sistema do Bolsa

Família. Todos os anos o cadastramento escolar é realizado possibilitando analisar a demanda

para as escolas. Contamos com o apoio do Conselho Escolar para identificar possíveis alunos

que não estão frequentes em alguma escola.

A participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares

dos filhos é facilitada pela realização de reuniões entre pais, professores, setor pedagógico e

direção das escolas. É garantida a sua representação nos conselhos escolares, buscando suas

ideias para melhoria da educação.

As escolas estão equipadas com computador interativo e televisão em cada sala,

possibilitando aulas dinâmicas e atrativas despertando o interesse dos discentes para as aulas.

As escolas também contam com laboratórios de informática, porém, com a dificuldade de

assistência técnica e manutenção nem sempre estão sendo utilizados.

Pensando na ampliação do atendimento e garantir melhor acesso a essa etapa da

educação básica aos alunos de bairros distantes a outras escolas, está em andamento o

processo para reinício da construção de uma escola de ensino fundamental no bairro Planalto.

Informações relevantes sobre a execução do indicador no período

Com base nos dados coletados pela Secretaria Municipal de Educação, bem como

naqueles obtidos no Censo Escolar de 2016, o cenário do Ensino Fundamental do Município,

nos últimos anos, apresenta-se conforme dados dos gráficos seguintes:

23

GRÁFICO 11 Percentual da

população de 0 a 14 anos de idade

que frequenta a escola – Santo

Antônio do Monte – 2010

Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

GRÁFICO 12 Percentual de

pessoas de 16 anos com pelo

menos o Ensino Fundamental

concluído – Santo Antônio do

Monte – 2010 Fonte:

simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

GRÁFICO 13

Matrículas no Ensino

Fundamental – Santo

Antônio do Monte –

2010 a 2016 Fonte: QEdu.org.br

2227 2032 1948 1884 1891 1849 1908

1605 1642 1713 1855 1849

1716 1577

3832 3674 3661 3739 3740 3565 3485

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Anos Iniciais Anos Finais Total

94,5%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Meta Situação 2010

95% 73,8%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Meta Situação 2010

24

GRÁFICO 14 Número

de alunos do Ensino

Fundamental, por

rede e total – Santo

Antônio do Monte –

2007 a 2016 Fonte: Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas

Educacionais | QEdu.org.br

ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

GRÁFICO 15 Percentual de

matrículas nos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental,

por sexo – Santo Antônio

do Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 16 Percentual de

matrículas nos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental, por

localização – Santo Antônio

do Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas

3.8

41

3.8

34

3.9

06

3.8

32

3.6

74

3.6

61

3.7

39

3.7

40

3.5

65

3.4

85

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

ESTADUAL MUNICIPAL PARTICULAR TOTAL

49%

51%

52% 52% 52%

51%

49%

48% 48% 48%

46%

47%

48%

49%

50%

51%

52%

53%

2012 2013 2014 2015 2016

Feminino Masculino

89% 89% 88% 90% 91%

11% 11% 12% 10% 9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Urbano Rural

25

GRÁFICO 17 Percentual de

matrículas nos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental, por

raça/cor – Santo Antônio do

Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 18 Taxas de

rendimento escolar nos anos

iniciais do ensino

fundamental – Santo Antônio

do Monte – 2007 a 2015

Fonte: MEC/INEP/DTDIE, disponível

em www.todospelaeducacao.org.br

GRÁFICO 19 Proporção de

alunos com atraso de dois

anos ou mais nos anos iniciais

do ensino fundamental –

Santo Antônio do Monte –

2015

Fonte: Censo da Educação Básica 2015/INEP

95% 94% 95% 95% 96%

5% 6% 5% 5% 4%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Brancos Negros

91,9% 94,1% 96,7% 98,9% 99,8% 98,9% 99,3% 99,8% 100%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO

2,5%

0,3% 0,5%

1,3%

4,8%

6,1%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

Total 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano

26

GRÁFICO 20 Taxa de

distorção idade-série nos

anos iniciais do ensino

fundamental – Santo

Antônio do Monte – 2006 a

2014 Fonte: Censo da Educação Básica 2015/INEP

ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

GRÁFICO 21 Percentual de

matrículas nos Anos Finais do

Ensino Fundamental, por sexo –

Santo Antônio do Monte – 2012 a

2016 Fonte: Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 22 Percentual de

matrículas nos Anos Finais do

Ensino Fundamental, por

localização – Santo Antônio do

Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas

13,2 14,1

13,4 14

11,7 11

8,2

6,4

4

0

2,6 2,4 3

3,4

0 0

2

4

6

8

10

12

14

16

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Pública Privada

49%

48%

49%

48%

50%

51%

52%

51%

52%

50%

46%

47%

48%

49%

50%

51%

52%

53%

2012 2013 2014 2015 2016

Feminino Masculino

98% 98% 98% 98% 98%

2% 2% 2% 2% 2%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Urbano Rural

27

GRÁFICO 23 Percentual de

matrículas nos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental, por

raça/cor – Santo Antônio do

Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 24 Taxas de

rendimento escolar nos anos

finais do ensino fundamental

– Santo Antônio do Monte –

2007 a 2015 Fonte: MEC/INEP/DTDIE, disponível

em www.todospelaeducacao.org.br

GRÁFICO 25 Proporção de

alunos com atraso de dois

anos ou mais nos anos finais

do ensino fundamental –

Santo Antônio do Monte –

2015 Fonte: Censo da Educação Básica 2015/INEP

96% 95% 95% 92% 93%

4% 5% 5% 8% 7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Brancos Negros

77,8% 79,2% 82% 86,2% 87,9% 90,7% 93,2% 91,4% 93,1%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

REPROVAÇÃO ABANDONO APROVAÇÃO

15,4%

12,3%

15,2% 16,5%

17,2%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

16,0%

18,0%

20,0%

Total 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

28

GRÁFICO 26 Taxa de

distorção idade-série nos

anos finais do ensino

fundamental – Santo

Antônio do Monte – 2006

a 2014 Fonte: Censo da Educação Básica 2015/INEP

De acordo com o Censo Escolar de 2016, o Município atendeu a 3.485 (três mil,

quatrocentos e oitenta e cinco) alunos, e segundo dados do IBGE/Censo Populacional e

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - 2013 -, o percentual da população de 6

(seis) a 14 (quatorze) anos que frequenta a escola de Ensino Fundamental é da ordem de

97,7% (noventa e sete vírgula sete pontos percentuais). Já o percentual de pessoas de 16

(dezesseis) anos com o Ensino Fundamental concluído é da ordem de 66,9% (sessenta e seis

vírgula nove por cento).

Quando comparados os percentuais de acesso das populações residentes em áreas

urbanas e das residentes em áreas rurais, verifica-se manutenção da desigualdade de acesso

entre esses grupos (Gráficos 16 e 21). O acesso para os moradores das áreas urbanas continua

maior. Nos anos inicias do ensino fundamental o acesso que já era bem reduzido na áreas

rurais, diminuiu ainda mais no período de 2012 a 2016 e nos anos finais, no mesmo período,

manteve em 2% (dois por cento).

Pontuamos que o atendimento nas áreas rurais no município de Santo Antônio do

Monte é de valor elevado, uma vez que a área da unidade territorial, em 2015 (dados do IBGE),

encontrava-se em 1.125,780km². Portanto, para atender toda a área o investimento em

combustível, em pessoal, em veículos é muito elevado. Outra situação é a redução de números

de alunos da área rural.

Tendo em conta o relatado no parágrafo anterior e, tendo em mente, a oferta de um

ensino com melhor qualidade, sem turmas multisseriadas, o município vem fazendo a opção

de transportar os poucos alunos da área rural até a área urbana.

A diferença percentual entre o acesso das pessoas do sexo masculino e feminino ao

Ensino Fundamental é bem reduzida. Enquanto nos anos inicias atinge 4% (quatro por cento)

no período de 2014 a 2016, nos anos finais, no ano de 2016 foi idêntico o percentual de

matrículas por sexo.

26 24,2

26,3 28,9

26,9 24,1

22,4

19,3 17

1,1

4,4 4,2 4,9 2,9 2,7 2,4 3,1 3

0

5

10

15

20

25

30

35

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Pública Privada

29

Em relação à raça/cor, considerando as categorias negra e branca, a desigualdade

existente é enorme (Gráficos 17 e 22), o que demonstra necessidade de buscar a redução

desses valores entre os dois grupos.

Entretanto, apesar dos aspectos positivos em relação à universalização da oferta de

vagas, os problemas evidenciados no Ensino Fundamental em Santo Antônio do Monte não

fogem à regra daqueles encontrados nos demais municípios brasileiros, quais sejam: o baixo

desempenho dos alunos em relação ao domínio das habilidades básicas: leitura e escrita;

raciocínio lógico-matemático; defasagem idade/ escolaridade; o alto índice de reprovação, de

evasão e de abandono dos estudos.

Ao final de um ano letivo, os alunos podem ser aprovados, reprovados ou abandonar

os estudos. A soma da quantidade de alunos que se encontram em cada um destas situações

constitui a taxa de rendimento:

Aprovação + Reprovação + Abandono = 100%

De acordo com o Censo Escolar, no período de 2007 a 2015, a taxa de rendimento

escolar do Ensino Fundamental de Santo Antônio do Monte é apresentada nos gráficos 18

(dezoito) e 23 (vinte e três).

A compreensão das taxas de rendimento escolar é importante porque se relacionam

diretamente a outros dois conceitos – à “evasão escolar” e à “distorção idade-série”.

A criança deve ingressar no primeiro ano do Ensino Fundamental aos 6 (seis) de idade,

permanecendo na escola até o nono ano, com a expectativa de que conclua os estudos nessa

modalidade até os 14 (quatorze) anos de idade.

Quando o aluno reprova ou abandona os estudos por dois anos ou mais, durante a

trajetória de escolarização, ele acaba repetindo uma mesma série. Nessa situação, ele dá

continuidade aos estudos, mas com defasagem em relação à idade considerada adequada para

cada ano de estudo, de acordo com o que propõe a legislação educacional do país. Trata-se de

um aluno que será contabilizado na situação de distorção idade-série.

O abandono escolar diz respeito à situação do aluno que abandou a escola ou

reprovou em determinado ano letivo e que, no ano seguinte, não efetuou a matrícula para dar

continuidade aos estudos. Nesse contexto, a evasão, o abandono e a reprovação podem gerar

outro desafio para a instituição escolar: maximizar as taxas de distorção idade-série.

Em Santo Antônio do Monte, de acordo com o Censo Escolar de 2015, a taxa de distorção

idade/série, do Ensino Fundamental das Redes Públicas e Privadas foi a seguinte:

a) nos anos iniciais (1º ao 5º ano): 2,5% (dois vírgula cinco por cento), ou seja, de cada

100 (cem) alunos), aproximadamente 2,5% (dois vírgula cinco por cento)

apresentavam atraso escolar de dois anos ou mais;

b) nos anos finais (6º ao 9º ano): 15,4%(quinze vírgula quatro por cento), ou seja, de cada

100 (cem) alunos, aproximadamente 15,4%(quinze vírgula quatro por cento)

apresentavam atraso escolar de dois anos ou mais.

Conforme previsão do PDME: 2006-2015, o Ensino Fundamental deveria atingir sua

universalização, considerando a indissociabilidade entre acesso, permanência e qualidade de

30

ensino, até a sua conclusão. Os dados acima registrados deixam entrever as seguintes

considerações:

1) O Ensino Fundamental encontra-se, praticamente, concentrado nas redes públicas –

Municipal e Estadual – com um número de matrícula bem distribuído entre ambas

(Gráfico 14), acrescentada pela matrícula da Rede Privada, demonstrando que a

universalização está praticamente atingida nessa etapa da Educação Básica.

2) Os gráficos 18(dezoito) e 23(vinte e três), relativos ao rendimento escolar, evidencia,

no ano de 2015, por um lado, uma taxa de aprovação ideal nos anos iniciais 100% (cem

por cento), e nos anos finais uma taxa bastante significativa 93,1% (noventa e três

vírgula um pontos percentuais) do Ensino Fundamental. Entretanto, por outro lado,

demonstra taxa preocupante de abandono 3% (três pontos percentuais) nos anos

finais do Ensino Fundamental.

Verifica-se que o índice constatado de 3% (três pontos percentuais) é bastante

significativo, quando se sabe que a qualidade de ensino não se mede pela matrícula,

mas pela permanência, com sucesso, do aluno na escola.

3) Quanto à distorção idade-série, a taxa é bastante crítica, sobretudo nos anos finais do

Ensino Fundamental, quando a taxa total de distorção é de 17,2% (dezessete vírgula

dois pontos percentuais), demonstrando que, nessa etapa do Ensino Fundamental, o

aluno não está aprendendo o conteúdo condizente; ou o que está sendo ministrado

não corresponde, exatamente, ao conteúdo que deveria estar sendo trabalhado.

(Gráficos 19 e 24).

4) Os indicadores listados não são passíveis de acompanhamento anual, uma vez que, o

município não conta com um banco de dados atualizado sobre a evolução da

população local.

META 3 – ENSINO MÉDIO

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a

17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de

matrículas no Ensino Médio para 85%.

A consolidação do Estado democrático, as novas tecnologias e as mudanças na

produção de bens e conhecimentos exigem que a escola possibilite meios de integração dos

alunos ao mundo contemporâneo, nas dimensões fundamentais do trabalho e da cidadania.

Em razão disso, o Ensino Médio – base para o acesso às atividades produtivas, inclusive

para o prosseguimento nos níveis mais elevados de educação – passa a ser considerado parte

importante da formação que todo brasileiro, jovem e adulto, deve ter para viver com mais

segurança e cidadania.

Nesse contexto, a LDB n° 9394/96 amplia o conceito de Educação Básica, considerando

o Ensino Médio como uma de suas etapas devendo, portanto, ser universalizado, a fim de se

promover a democratização escolar e ofertando uma nova proposta que possa desenvolver

competências teóricas e práticas, para a inserção dos jovens no mundo do trabalho, de forma

31

articulada entre saberes, experiências e atividades, superando a mera concepção conteudista

que tem caracterizado esta etapa de ensino.

Desse modo, a concepção de Ensino Médio, preconizada pela atual legislação

brasileira, não se encerra na ampliação de vagas, mas exige a qualidade, imprescindível ao

desenvolvimento das pessoas, da sociedade e do País, e pressupõe, além da organização de

uma nova proposta curricular, espaços físicos adequados, acervos bibliográficos atualizados,

laboratórios equipados, materiais didáticos diversificados e, principalmente, professores

habilitados e motivados, por meio da valorização profissional e da formação continuada.

Nessa direção, o Ensino Médio deve ter como horizonte orientar ações educativas que

tomem a realidade da escola e do jovem como referências para propor formas de organização

do currículo e que, ao considerar o trabalho em sua dupla dimensão, de práxis humana e de

prática produtiva, permita estabelecer relações mais imediatas com a realidade do mercado

visando, sobretudo, atender àqueles que precisam desenvolver competências laborais para

assegurar sua permanência na escola e sua sobrevivência social.

O Ensino Médio, assim concebido, tem como objetivo educar o jovem para participar,

política e produtivamente, da realidade social onde está inserido, por meio do compromisso

com a sua formação plena, ao lado de sua informação atualizada e aliada ao desenvolvimento

de suas competências.

Entretanto, é preciso observar que, embora a Lei n° 9394/96 permita a oferta do

Ensino Médio com terminalidade profissional, ou seja, de cursos técnicos integrados à

formação geral, nos últimos anos, a legislação vem exigindo a separação institucional dos

cursos profissionalizantes, o que pode reforçar o caráter dualista desta etapa da Educação

Básica. Entretanto, tal tendência está sendo revista.

Assim, observa-se que o Ensino Médio passa a ter um importante papel a

desempenhar, tanto nas cidades desenvolvidas, quanto nas que lutam para superar o

subdesenvolvimento. Consequentemente, em Santo Antônio do Monte, como em qualquer

outro município, a expansão do Ensino Médio – fator de formação para a cidadania e de

qualificação profissional – é um grande desafio.

Para o acompanhamento da Meta 3, nesse primeiro ciclo de monitoramento foram

selecionados dois indicadores:

- Indicador 3A. Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola

- Indicador 3B. Taxa líquida de matrícula no ensino médio

Para que essa meta seja alcançada foram propostas 13 (treze) estratégias a ela

correlatas. Cabe destacar, porém, que essa etapa da educação básica é ofertada no

município de Santo Antônio do Monte pelo Estado de Minas Gerais e pela rede privada. O

município poderá apoiar as decisões estaduais, mas não há como desenvolver as

estratégias.

Os dados referentes ao Ensino Médio de Santo Antônio do Monte, nos últimos anos,

evidenciam-se nos seguintes gráficos e análises:

32

GRÁFICO 27 Percentual da população de 15

a 17 anos que frequentam a escola – Santo

Antônio do Monte – 2010

Fonte: simec.mec.gov.br/pde

GRÁFICO 28 Taxa de escolarização líquida

no ensino médio da população de 15 a 17

anos – Santo Antônio do Monte – 2010

Fonte: simec.mec.gov.br/pde

GRÁFICO 29 Matrículas no

ensino médio – Santo

Antônio do Monte – 2010 a

2016 Fonte: www.QEdu.org.br

GRÁFICO 30 Matrícula no

ensino médio e percentual

de atendimento por

dependência

administrativa – Santo

Antônio do Monte – 2016 Fonte: portal.inep.gov.br /básica-

censo-escolar-sinopse-sinopse

100% 77%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Meta Situação 2015

85% 47%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

Meta Situação 2010

793 844 820 756 798 829

1002

33 28 19 39 33 29 30

826 872 839 795 831 858

1032

0

200

400

600

800

1000

1200

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Estadual Privada Total

1.002

30

97%

3% 0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0

200

400

600

800

1.000

1.200

ESTADUAL PRIVADA

MATRÍCULAS % DE ATENDIMENTO

33

GRÁFICO 31 Matrícula no

ensino médio, nos

diferentes turnos – Santo

Antônio do Monte – 2015 Fonte: Censo Escolar/INEP

2015/QEdu.org.br

GRÁFICO 32

Rendimento escolar

do ensino médio –

Santo Antônio do

Monte – 2015 Fonte: Censo Escolar/INEP

2015/QEdu.org.br

GRÁFICO 33 Taxa de

distorção idade-série

de alunos do Ensino

Médio, por rede –

Santo Antônio do

Monte – 2006 a 2015 Fonte: MEC/Inep/Deed/ Censo Escolar/Todos Pela Educação

96,9%

0% 3,1% 0% 0% 0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

MATUTINO VESPERTINO NOTURNO

REDE PÚBLICA REDE PRIVADA

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Reprovação Abandono Aprovação

1º ano 2º ano 3º ano

27,8

23,5

20,2 20,9

23,6 21,8

19,9

22,6 23,6

16,4

28,9

24,3

20,4 21,5

24,5

22 20,1

23,1 24,6

16,8

4,7

7,3

13,8

6,5

3

14,3

10,5 12,8

6,9

0

5

10

15

20

25

30

35

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Todas as redes Pública Privada

34

GRÁFICO 34 Proporção

de Alunos do Ensino

Médio com Atraso

Escolar de 2 (dois) anos

ou mais – Santo Antônio

do Monte - 2015 Fonte: Censo Escolar/INEP

2015/QEdu.org.br

GRÁFICO 35

Percentual de

matrículas no Ensino

Médio, por sexo –

Santo Antônio do

Monte – 2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 36 Percentual de

matrículas no Ensino

Médio, por cor/raça –

Santo Antônio do Monte –

2012 a 2016 Fonte: Sinopses Estatísticas

Observando-se os dados referentes ao Ensino Médio de Santo Antônio do Monte,

constata-se:

1) o atendimento do Ensino Médio Público tem sido da ordem de 97% (noventa e sete

cento),enquanto o da Rede Privada atinge 3% (três por cento) da população de 15

(quinze) a 17 (dezessete) anos(Gráfico 30). Segundo o Observatório do PNE, do total

14%

16%

11%

16%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

1º ano 2º ano 3º ano TOTAL

58% 62% 62%

58% 57%

42% 38% 38%

42% 43%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

2012 2013 2014 2015 2016

Feminino Masculino

97% 97% 97% 94% 93%

3% 3% 3% 6% 7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Brancos Negros

35

de alunos atendidos em 2015, na rede pública, a maioria se encontra matriculada no

turno matutino, 96,9% (noventa e seis vírgula nove por cento) e na rede privada o

atendimento é de 100% (cem por cento) nesse turno (Gráfico 31);

2) o gráfico 32 retrata o Rendimento Escolar do Ensino Médio e demonstra que dos 837

(oitocentos e trinta e sete) alunos matriculados em 2015, 2,9 % (dois vírgula nove por

cento) afastaram de seus estudos por abandono, 3,4% (três vírgula quatro por cento)

foram reprovados e 93,6% (noventa e três vírgula seis por cento) foram aprovados.

Causas externas ao sistema educacional contribuem para que adolescentes e jovens se

percam pelos caminhos da escolarização, agravadas por dificuldades da própria

organização da escola e do processo ensino-aprendizagem. Os números de abandono

e repetência ainda são bastante desfavoráveis, aumentando a distorção idade-série. A

situação indica a necessidade de definir estratégias pedagógicas para conter o avanço

do abandono e da reprovação escolar;

3) a taxa de distorção idade-série é mais crítica do que a do Ensino Fundamental, apesar

de vir decaindo no período de 2006 a 2015, atingindo 16% (dezesseis por cento) no

total desta etapa da Educação Básica, no ano de 2015 (Gráfico 33). Isso demonstra

que, no Ensino Médio, de cada 100 (cem) alunos matriculados, aproximadamente, 16

(dezesseis) se apresentam com atraso escolar de 2 (dois) anos ou mais (Gráfico 34);

O acesso à escola constitui um direito social que é vivenciado de formas distintas pelos

diversos grupos que compõem a sociedade brasileira. Com a finalidade de apontar as

desigualdades de oportunidade que caracterizam os sujeitos de 15 a 17 anos, é importante

monitorar o indicador a partir das desagregações por sexo, local de residência, renda e

raça/cor. Nessa direção, o Gráfico 35 apresenta o percentual de matrículas de 15 a 17 anos,

considerando o sexo. É possível observar que no período de 2013 a 2016 que o percentual

para o sexo feminino é superior ao do sexo masculino, demonstrando que os rapazes

demonstram mais interesse em trabalhar para se manter do que prosseguir seus estudos.

Para o monitoramento das desigualdades territoriais, é importante destacar que as

matrículas nessa etapa da educação básica estão 100% (cem por cento) concentradas na área

urbana. Porém, temos em funcionamento na área rural um segundo endereço de uma escola

urbana para atendimento aos alunos dos povoados próximos.

Quanto as desigualdade entre as categorias de raça/cor, o gráfico 36 deixa claro o

grande nível de desigualdade de acesso à escola. Há uma pequena evolução no percentual

entre os declarados negros de 4% (quatro por cento) no período de 2012 a 2016, porém a

distância entre os declarados brancos é identificada em 86% (oitenta e seis por cento).

META 4 – EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA

Universalizar, para a população de 4 (quatro ) a 17 (dezessete ) anos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional

especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de

36

sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas

ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

O Brasil fez opção pela construção de um sistema educacional inclusivo, ao concordar

com a Declaração Mundial de Educação para Todos, firmada em Jomtien, na Tailândia, em

1990, e ao mostrar consonância com os postulados produzidos em Salamanca, na Espanha em

1994, na Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade.

A Declaração de Salamanca recomenda aos sistemas de ensino “adotar com força de lei ou

como política, o princípio da educação integrada que permita a matrícula de todas as crianças

em escolas comuns a menos que haja razões convincentes para o contrário”.

Nesse sentido, a Constituição Federal, no Art. 208, III, garante o direito das pessoas

com necessidades especiais receberem educação, preferencialmente, na rede regular de

ensino. Dessa forma, a legislação atual é prudente ao indicar como preferencial o atendimento

de todos os educandos na escola regular, ressalvando os casos de excepcionalidade em que as

necessidades do aluno exigem outras formas de atendimento. Entretanto, as políticas atuais

da Educação Inclusiva têm indicado várias formas de organização de atendimento. Dentre

essas, se destacam o atendimento em classes regulares, salas de recursos, sala especial,

itinerância, oficinas pedagógicas, guias/intérpretes.

As necessidades educacionais especiais – caracterizadas por dificuldades acentuadas

de aprendizagem ou limitação no processo de desenvolvimento, são compreendidas como

decorrência de:

deficiências mental, visual, auditiva, físico-motoras múltiplas;

transtornos Globais do Desenvolvimento;

superdotação/altas habilidades.

Em Santo Antônio do Monte, assim como no Brasil, ainda faltam dados precisos sobre

o número de pessoas com necessidades de Atendimento Educacional Especializado, bem como

sobre as formas e modalidades de atendimentos existentes. Para uma visão mais abrangente

da situação real e o fornecimento de dados precisos, faz- se necessária à organização de

pesquisa e/ou a realização de Censo Demográfico específico.

A Organização Mundial de Saúde estima que, aproximadamente, 10% (dez por cento)

da população possuem necessidades especiais. Se essa estimativa for aplicada em Santo

Antônio do Monte, temos cerca de 2.793 (dois mil, setecentas e três) pessoas com

necessidades especiais, sem se especificar o tipo de necessidade existente.

Para o monitoramento da meta 4, foram selecionados os seguintes indicadores:

– Indicador 4A: Percentual da população de 4 a 17 anos de idade com deficiência que

frequenta a escola.

Nos gráficos a seguir estão destacados os índices relativos à Educação

Especial/Inclusiva em Santo Antônio do Monte.

37

GRÁFICO 37 Percentual da população de

4 a 17 anos com deficiência que

frequenta a escola – Santo Antônio do

Monte – 2010 Fonte: CONVIVA

GRÁFICO 38 Percentual de matrículas

em classes comuns do Ensino Regular

e/ou EJA da Educação Básica de

alunos de 4 a 17 anos de idade com

deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades

ou superdotação – Santo Antônio do

Monte – 2016

Fonte: observatoriodopne.org.br

GRÁFICO 39 Percentual de

matrículas de alunos com

deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação em

classes comuns – Santo Antônio

do Monte – 2007 a 2016 Fonte: observatoriodopne.org.br

GRÁFICO 40 Percentual de

matrículas de alunos com

deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou

superdotação em classes

comuns, por etapa de ensino –

Santo Antônio do Monte –

2007 a 2016

Fonte: observatoriodopne.org.br

100% 75,4%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Meta Situação 2010

100% 58,3%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Meta Situação 2016

53,2% 50%

36,6% 31,3% 32,8% 35,9%

40,2% 45%

53,3% 58,3%

46,8% 50%

63,4% 68,7% 67,2% 64,1%

59,8% 55%

46,7% 41,7%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Classes Comuns Classes Exclusivas

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ed. Infantil Anos Iniciais Anos Finais

Ensino Médio EJA

38

GRÁFICO 41 Percentual de

matrículas de alunos com

deficiência que frequentava a

escola, por localização - Santo

Antônio do Monte - 2012 a

2016 Fonte: Sinopses estatísticas

GRÁFICO 42 Percentual de

matrículas de alunos com

deficiência que frequentava a

escola, por sexo - Santo

Antônio do Monte - 2012 a

2016 Fonte: Sinopses estatísticas

GRÁFICO 43

Percentual de

matrículas de alunos

com deficiência que

frequentava a escola,

por raça/cor - Santo

Antônio do Monte -

2012 a 2016 Fonte: Sinopses estatísticas

GRÁFICO 44

Percentual de

matrículas de alunos com

deficiência, transtornos

globais do

desenvolvimento e altas

habilidades ou

superdotação que

recebem Atendimento

Educacional Especializado

– Santo Antônio do

Monte – 2009 a 2013 Fonte: observatoriodopne.org.br

96% 98% 96% 86%

92%

4% 2% 4% 14%

8%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2012 2013 2014 2015 2016

Urbano Rural

46% 45% 46% 42% 45%

54% 55% 54% 58% 55%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

2012 2013 2014 2015 2016

Feminino Masculino

39%

43%

42%

47%

54%

2%

3%

2%

1%

2%

8%

6%

8%

13%

13%

0%

0%

0%

1%

1%

51%

48%

48%

38%

30%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2012 2013 2014 2015 2016

Branca Preta Parda Amarela Não Declarada

0,007

0,16

0,256 0,233

0,326

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

2009 2010 2011 2012 2013

39

GRÁFICO 45 Percentual de matrículas de

alunos por tipo de deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento

e altas habilidades ou superdotação que

recebem Atendimento Educacional

Especializado – Santo Antônio do Monte

– 2009 a 2013 Fonte: observatoriodopne.org.br

ANO 2016

Ce

gue

ira

Bai

xa v

isão

Surd

ez

De

f. a

ud

itiv

a

Surd

o/c

egu

eira

De

f. in

tele

ctu

al

De

f. f

ísic

a

De

f. m

últ

ipla

Au

stim

o

TDI

Alt

as h

ab.

Classes

Comuns 0,9% 7,2% 6,3% 3,6% 0% 53,1% 11,7% 7,2% 6,3% 2,8% 0,9%

Classes

Exclusivas 0% 0,9% 0% 1,8% 0% 54,1% 22,1% 20,2% 0,9% 0% 0%

TOTAL 0,45% 4,05% 3,15% 2,7% 0% 53,6% 16,9% 13,7% 3,6% 1,4% 0,45%

TABELA I Porcentagem de alunos por tipo de Deficiência, Transtornos Globais do

Desenvolvimento e Altas Habilidades ou Superdotação - 2016 Fonte: INEP/Sinopse Estatística da Educação Básica 2016

GRÁFICO 46 Percentual de

matrículas de alunos por

tipo de deficiência,

transtornos globais do

desenvolvimento e altas

habilidades ou

superdotação atendidos

nas diferentes etapas da

educação básica – Santo

Antônio do Monte – 2016 Fonte: INEP/Sinopse Estatística da

Educação Básica 2016

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2009 2010 2011 2012 2013

50% 44%

100% 100%

50% 56%

0% 0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

EducaçãoInfantil

Anos Iniciais doEF

Anos Finais doEF

Ensino Médio

Classes Comuns Escolas Exclusivas

40

GRÁFICO 47 Percentual de escolas com salas de recursos multifuncionais em uso– Santo Antônio do

Monte – 2009 a 2016 Fonte: Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação

GRÁFICO 48 Percentual de escolas com dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou

mobilidade reduzida – Santo Antônio do Monte – 2007 a 2014 Fonte: Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação

0,0%

7,1%

10,0

%

12,9

%

16,1

%

16,7

%

13,8

%

4,0%

0,0%

7,1%

10,0

%

9,7%

6,5%

6,7%

6,9%

2,0%

0,0%

0,0%

0,0%

3,2%

9,7%

10,0

%

6,9%

2,0%

0,0%

20,0%

40,0%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Escolas com salas de recursos multifuncionais

Escolas com salas de recursos multifuncionais em uso

Escolas com salas de recursos multifuncionais sem uso

8 11,5

11,5

21,4

23,3

35,5

35,5

40

0 0 0 0 0 16,7

16,7

25

5 10

10,5

15,8

21,1

36,8

36,8

38,9

25

25

25

50

50

75

75

75

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Ed. Básica Ed. Infantil Ens. Fundamental Ens. Médio

Ed. Profissional Ed. Especial EJA

41

GRÁFICO 49 Número de Docentes na Educação Especial em Classes Comuns - Ensino Regular e/ou

Educação de Jovens e Adultos (EJA), por Nível de Escolaridade e Formação Acadêmica – 2016 Fonte: INEP/Sinopse Estatística da Educação Básica 2016

ACESSIBILIDADE

Escolas com dependências acessíveis aos portadores de deficiência 39% 11

Escolas com sanitários acessíveis aos portadores de deficiência 39% 11

TABELA II –Porcentagem de escolas com dependências e sanitários acessíveis aos portadores de

deficiência. – 2015

Fonte Censo Escolar/INEP 2015 /Disponível em: QEdu.org.br

O atendimento a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação tem apresentado avanços

significativos. Percebe-se que no período de 2012 a 2016 houve acréscimo no número de

matrículas de 7% (sete por cento)

A ampliação e reforma dos prédios escolares de modo que funcionem com

infraestrutura adequada, atendendo as normas de acessibilidade arquitetônica,

urbanística, mobiliária e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação

vem sendo realizadas conforme a necessidade da demanda e recursos disponíveis.

As escolas públicas estaduais e municipais trabalham com o atendimento de pessoas

com de necessidades especiais, seja em sala de recursos, professor apoio, intérprete de libras,

entre outros. Temos, também, a Escola Especial Marcelo Cardoso de Oliveira da Associação de

Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE que presta atendimento especializado, em classes

exclusivas.

Observando o gráfico 39, percebe-se que no período de 2007 a 2010 ocorreu queda no

percentual de matrículas, em classes comuns de alunos com deficiência, transtorno global do

0 9

108

8

44

1 0 0

20

40

60

80

100

120

ComLicenciatura

SemLicenciatura

Especialização Mestrado Doutorado

GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

Fundamental Médio ENSINO SUPERIOR

42

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Porém, se compararmos 2016 a 2011,

houve um aumento de 25,5 (vinte e cinco vírgula cinco) pontos percentuais no atendimento. O

gráfico 44 demonstra a evolução no atendimento educacional especializado que saltou de 07%

(zero vírgula sete por cento) em 2009 para 32,6% (trinta e dois vírgula seis por cento) em 2013.

Ao desagregar o indicador por localização de residência (Gráfico 41), verifica-se que o

percentual de acesso era de 92% (noventa e dois por cento) para os residentes na área urbana

e de 8% (oito por cento) para os residentes na área rural. A desagregação do indicador por

sexo revela que as crianças e os adolescentes com deficiência do sexo masculino

frequentavam a escola em maior proporção (55%) do que as do sexo feminino (45%), o que foi

observado no período de 2012 a 2016 (Gráfico 42).

Quanto às categorias de raça/cor coletadas pelo Censo Demográfico (Gráfico 43), nota-

se que os menores percentuais de atendimento eram para as categorias amarela e negra. Os

maiores percentuais de atendimento foram observados para as categorias branca e parda.

A especificação de atendimento por tipo de Deficiência, Transtorno Global do

Desenvolvimento ou Altas Habilidades/Superdotação encontra-se na tabela de número I. Do

total dos atendidos em 2016, ou seja, 156 (cento e cinquenta e seis), 0,45% (zero vírgula

quarenta e cinco por cento) apresenta-se com cegueira; 4,05% (quatro vírgula zero cinco por

cento) com baixa visão; 3,15% (três vírgula quinze por cento) com surdez; 2,7% (dois vírgula

sete por cento) com deficiência auditiva; 0% (zero por cento) com surdocegueira; 53,6%

(cinquenta e três vírgula seis por cento) com deficiência intelectual; 16,9% (dezesseis vírgula

nove por cento) com deficiência física; 13,7% (treze vírgula setes por cento) com deficiência

múltipla; 3,6% (três vírgula seis por cento) com autismo; 1,4% (um vírgula quatro por cento)

com transtorno desintegrativa da infância e 0,45% (zero vírgula quarenta e cinco por cento) de

altas habilidades/superdotação.

Em relação ao atendimento da Educação Inclusiva nas diferentes etapas da Educação

Básica, os índices apontados, pelo Censo Escolar de 2016, registrados no gráfico 46, são os que

se seguem:

a) Educação Infantil: 50% (cinquenta por cento) dos alunos atendidos nas Classes

Comuns e 50% (cinquenta por cento) dos alunos nas Escolas Exclusivas;

b) Ensino Fundamental Anos Iniciais: 44% (quarenta e quatro por cento) dos alunos

atendidos nas Classes Comuns e 56% (cinquenta e seis por cento) nas Escolas

Exclusivas;

c) Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio: 100% (cem por cento) dos alunos

atendidos nas Classes Comuns.

As condições de atendimento da demanda específica da Educação Inclusiva apresentam-se

com as evidências abaixo relacionadas:

1) 65,2% (sessenta e cinco vírgula dois por cento) das instituições não possuem

dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida. Os

espaços são restritos e contêm barreiras arquitetônicas, que não atendem às

necessidades dos educandos. As maiores queixas concentram-se na falta de

adaptações referentes às escadas e aos banheiros inadequados. O Censo Escolar

INEP/2015 indica que 39% (trinta e nove por cento) das escolas de Santo Antônio do

43

Monte possuem dependências acessíveis e mantêm sanitários adequados aos

educandos com deficiência;

2) cerca de 60% (sessenta por cento) são carentes de recursos didáticopedagógicos e,

principalmente, de materiais adaptados às diversas deficiências;

3) a única instituição que possuem recursos, equipamentos adequados e profissionais

especializados para atender, a contento, aos seus educandos é a APAE;

4) inexistência de registro de quadro demonstrativo do número de profissionais que

atuam nas diferentes instituições e que especifique, atuação, formação e qualificação

para o trabalho com os alunos com necessidades especiais;

5) número insuficiente de calçadas na cidade, adaptadas para a passagem dos

cadeirantes;

6) crescimento gradativo do número de matrículas de crianças com necessidades

educativas especiais nas escolas regulares.

Muitas providências ainda são necessárias para a garantia de um atendimento de

qualidade aos educandos com necessidades especiais. Ressalta-se, por exemplo, a garantia de

escolas inclusivas com a presença de profissionais especializados e de métodos adequados, as

necessárias adaptações curriculares, a especialização dos profissionais, a produção de livros e

materiais pedagógicos adequados, a adaptação arquitetônica das escolas, a melhoria da oferta

de transporte adaptado que possam atender aos alunos e demais cidadãos com necessidades

especiais, com a qualidade necessária.

Existem condições, recursos e materiais específicos para as deficiências que precisam

ser garantidos nas instituições, dependendo do seu tipo de atendimento tais como:

Para deficiência física: mobiliário: cadeiras de rodas, mesas e carteiras adaptadas;

material de apoio pedagógico: pranchas para escrita, presilhas para fixar papel na

carteira, suporte para lápis (favorecendo a preensão), presilha de braço, cobertura de

teclado.

Para deficiência auditiva: provisão de salas-ambiente adequadas ao treinamento

auditivo, de fala e de ritmo, etc., treinadores da fala, tablado, softwares educativos

específicos e materiais diversos com a Língua Brasileira de Sinais.

Para deficiência visual: máquina Braille, reglete, sorobã, bengala longa, livro falado,

softwares educativos em tipo ampliado, letra de tamanho ampliado, letras em relevo,

com texturas modificadas, materiais didáticos e de avaliação em tipo ampliado e em

relevo, prancha ou presilhas para prender o papel na carteira, lupas, computador com

sintetizador de voz e periféricos adaptados, recursos óticos e bolas de guizo.

O desafio ainda é grande e exige vontade política e grande investimento para

atendimento educacional especializado. Assim, para os próximos dez anos, o Município deve

voltar-se à expansão e à qualificação do seu atendimento em termos curriculares, à

disponibilização e à formação de profissionais, aos materiais e às metodologias especializadas,

além da adequação das instituições escolares às exigências de infraestruturas, de recursos e de

equipamentos dos prédios escolares.

44

META 5 – ALFABETIZAÇÃO

Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino

Fundamental.

A alfabetização assume foco central da escolarização, como recurso para o

desenvolvimento da autonomia das pessoas para a busca de conhecimento mediado pela

língua escrita. A alfabetização, enquanto base para a aquisição de outros conhecimentos

escolares, concorre para a inserção das pessoas nos contextos letrados da atualidade como

elemento significativo para a formação da cidadania.

Os conceitos de alfabetização e letramento permeiam as discussões acadêmicas dos

últimos anos, as quais consolidaram a articulação entre ambos, considerando que, embora

distintos, são complementares e interdependentes no processo de aquisição da língua escrita.

Desse modo, compreende-se que o processo de apreensão do sistema alfabético deve ser

associado à compreensão dos significados e de seus usos sociais em diferentes contextos.

Resumidamente, alfabetização pode ser definida como a apropriação do sistema de

escrita, que pressupõe a compreensão do princípio alfabético, indispensável ao domínio da

leitura e da escrita. O letramento, por sua vez, é definido como prática e uso social da leitura e

da escrita em diferentes contextos. Educar, no sentido de alcançar tais objetivos de

alfabetização e letramento, visa garantir que as crianças possam vivenciar, desde cedo,

atividades que as levem a pensar sobre as características do nosso sistema de escrita, de forma

reflexiva, lúdica, inseridas em atividades de leitura e escrita de diferentes textos. A

decodificação do alfabeto é uma aprendizagem fundamental, mas, para que os indivíduos

possam ler e produzir textos com autonomia, é necessário que eles consolidem as

correspondências grafofônicas ao mesmo tempo que vivenciam diferentes situações de uso,

de aplicação da leitura e da produção de textos (Brasil. MEC, 2012).

Por sua vez, a alfabetização matemática pode ser conceituada como “o processo de

organização das vivências que a criança traz de suas atividades pré-escolares, de forma a levá-

la a construir um corpo de conhecimentos articulados que potencialize sua atuação na vida

cidadã”. (Brasil. Inep, 2012a, p. 23).

Mesmo com as discussões ainda evidentes e possíveis divergências a respeito dos

conceitos relativos aos processos de alfabetização e letramento, é possível afirmar, valendo-se

dos documentos que servem de referencial para o processo de ensino e aprendizagem no País,

que um indivíduo alfabetizado não domina apenas rudimentos da leitura e da escrita e/ou

alguns significados numéricos, mas demonstra fazer uso da língua escrita e dos conceitos

matemáticos em diferentes contextos (Brasil. Inep, 2012a).

Lançada em 2013 pelo Inep, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) é o primeiro

indicador nacional de alfabetização escolar produzido pelo governo brasileiro.

A avaliação, que representa um dos eixos de implementação do Pacto Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), instituído em 2012 pelo Ministério da Educação (MEC),

passa a integrar o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2013.

Como parte da metodologia de desenvolvimento de avaliações em larga escala, o Inep

formula matrizes de referência para cada avaliação ou exame, propondo, justificando e

45

desdobrando o fenômeno a ser medido, a fim de orientar a construção dos instrumentos de

medição e, quando for o caso, a elaboração dos itens. Tecnicamente, o fenômeno medido por

um teste é denominado “construto”. No caso dos testes aplicados na ANA, esses construtos

são a alfabetização e o letramento.

As matrizes consistem em uma seleção de habilidades que devem refletir o construto

analisado, podendo, assim, oferecer informações sobre o fenômeno avaliado. Desse modo,

uma matriz de referência retrata uma opção por determinados saberes, o que não nega que

possam existir outros saberes ou informações significativas sobre o fenômeno. O recorte

torna-se necessário pelas características do instrumento de mensuração, que possui número

limitado de itens. Consequentemente, alguns conhecimentos/informações não são

selecionados para compor a matriz, mas certamente não poderão ser excluídos do processo de

ensino e aprendizagem.1

O Inep já realizou três edições da ANA. A edição-piloto ocorreu em 2013, com objetivo

de testar os instrumentos e construir a linha de base para análises posteriores. A segunda

edição realizou-se em 2014 e a terceira edição em 2016. Para compreender e analisar esses

resultados, é necessário considerar as escalas de proficiência, que serão apresentadas neste

texto sempre no início de cada análise.

PROFICIÊNCIA EM LEITURA Para compreender e analisar os resultados de 2014 é preciso tomar por referência a

escala de proficiência em Leitura, que se divide em quatros níveis progressivos e cumulativos.

QUADRO 2 Interpretação pedagógica da escala de Leitura na edição da ANA de 2014

Níveis Descrição

Nível 1 (até 425 pontos)

Neste nível, os estudantes provavelmente são capazes de: - Ler palavras com estrutura silábica canônica, não canônica e, ainda, que alternem

sílabas canônicas e não canônicas.

Nível 2 (maior que 425 até 525

pontos)

Além das habilidades descritas no nível anterior, os estudantes provavelmente são capazes de: - Localizar informações explícitas em textos curtos como piada, parlenda, poema,

quadrinho, fragmentos de narrativas e de curiosidade científica; em textos de maior extensão, quando a informação está localizada na primeira linha do texto;

- Reconhecer a finalidade de texto, como convite, cartaz, receita, bilhete, anúncio, com ou sem apoio de imagem;

- Identificar assunto de um cartaz apresentado em sua forma original e ainda em textos cujo assunto pode ser identificado no título ou na primeira linha;

- Inferir sentido em piada e em história em quadrinhos que articula linguagem verbal e não verbal.

Nível 3 (maior que 525 até 625

pontos)

Além das habilidades descritas nos níveis anteriores, os estudantes provavelmente são capazes de: - Localizar informação explícita em textos de maior extensão, como fragmento de

literatura infantil, lenda, cantiga folclórica e poema, quando a informação está localizada no meio ou ao final do texto;

- Identificar o referente de um pronome pessoal do caso reto em textos como tirinha e poema narrativo;

- Inferir relação de causa e consequência em textos exclusivamente verbais –piada,

fábula, fragmentos de textos de literatura infantil e texto de curiosidade científica –

com base na progressão textual; e em textos que articulam a linguagem verbal e

1 Este texto foi elaborado pela Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb/Inep).

46

não verbal – tirinha; sentido em história em quadrinhos que articula linguagem

verbal e não verbal com vocabulário específico de textos de divulgação científica ou que exige conhecimento intertextual de narrativas infantis; assunto de texto de extensão média de divulgação científica para crianças, com base nos elementos que aparecem no início do texto; significado de expressão de linguagem figurada em textos, como poema narrativo, fragmentos de literatura infantil, de curiosidade científica e tirinha.

Nível 4 (maior que 625 pontos)

Além das habilidades descritas nos níveis anteriores, os estudantes provavelmente são capazes de: - Reconhecer relação de tempo em texto verbal e participantes de um diálogo em

entrevista ficcional; - Identificar o referente de pronome possessivo em poema; o referente de advérbio

de lugar em reportagem; o referente de expressão formada por pronome demonstrativo em fragmento de texto de divulgação científica para o público infantil;

- Inferir sentido em fragmento de conto; sentido de palavra em fragmento de texto de literatura infantil; assunto em texto de extensão média ou longa, considerando elementos que aparecem ao longo do texto, em gêneros como divulgação científica, curiosidade histórica para criança e biografia.

Fonte: INEP/Daeb.

GRÁFICO 50 Porcentagem de

alunos do 3º ano do ensino

fundamental com proficiência

insuficiente em leitura (nível 1

da escala de proficiência) –

Santo Antônio do Monte – 2014

Fonte:

simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

GRÁFICO 51 Porcentagem de alunos do 3º ano do ensino fundamental por nível de proficiência em

leitura – Santo Antônio do Monte – 2013 e 2014 Fonte: MEC/Inep/DAEB - Avaliação Nacional da Alfabetização

2,2%

9,7%

47,2

%

40,9

%

3,7%

13,8

%

48,7

%

33,9

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4

2013

2014

TOTAL: 2013 = 97,8% / 2014 = 96,4%

Nível adequado de alfabetização segundo o MEC

0% 3,7%

0% 1% 2% 3% 4%

Meta Situação 2014

47

PROFICIÊNCIA EM ESCRITA

Para compreender e analisar os resultados de 2014, é preciso tomar por referência a

escala de proficiência em Escrita, que se divide em cinco níveis.

QUADRO 3 Interpretação pedagógica da escala de Escrita na edição da ANA de 2014

Níveis Descrição

Nível 1 (menor que 350 pontos)

Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente não as escrevem ou estabelecem algumas correspondências entre as letras grafadas e a pauta sonora, porém ainda não escrevem palavras alfabeticamente. Em relação à produção de textos, os estudantes provavelmente não escrevem o texto ou produzem textos ilegíveis

Nível 2 (maior ou igual a 350 e menor que 450 pontos)

Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente as escrevem alfabeticamente com trocas ou omissão de letras, alterações na ordem das letras e outros desvios ortográficos. Em relação à produção de textos, os estudantes provavelmente não escrevem o texto ou produzem textos ilegíveis.

Nível 3 (maior ou igual a 450 e menor que 500 pontos)

Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente as escrevem ortograficamente* com estrutura silábica consoante-vogal, apresentando alguns desvios ortográficos em palavras com estruturas silábicas mais complexas. Em relação à produção de textos, provavelmente escrevem de forma incipiente ou inadequada ao que foi proposto ou produzem fragmentos sem conectivos e/ou recursos de substituição lexical e/ou pontuação para estabelecer articulações entre partes do texto. Apresentam ainda grande quantidade de desvios ortográficos e de segmentação ao longo do texto.

Nível 4 (maior ou igual a 500 e menor que 600 pontos)

Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente as escrevem ortograficamente* com diferentes estruturas silábicas. Em relação à produção de textos, provavelmente atendem à proposta de dar continuidade a uma narrativa, embora possam não contemplar todos os elementos da narrativa e/ou partes da história a ser contada. Articulam as partes do texto com a utilização de conectivos, recursos de substituição lexical e outros articuladores, mas ainda cometem desvios que comprometem parcialmente o sentido da narrativa, inclusive por não utilizar a pontuação ou utilizar os sinais de modo inadequado. Além disso, o texto pode apresentar alguns desvios ortográficos e de segmentação que não comprometem a compreensão.

Nível 5 (maior ou igual a 600

pontos)

Em relação à escrita de palavras, os estudantes que se encontram neste nível provavelmente as escrevem ortograficamente* com diferentes estruturas silábicas. Em relação à produção de textos, provavelmente atendem à proposta de dar continuidade a uma narrativa, evidenciando uma situação central e final. Articulam as partes do texto com conectivos, recursos de substituição lexical e outros articuladores textuais. Segmentam e escrevem as palavras corretamente, embora o texto possa apresentar alguns desvios ortográficos e de pontuação que não comprometem a compreensão.

*De acordo com a ortografia da norma padrão. Fonte: Inep/Daeb.

GRÁFICO 52 Porcentagem de alunos do 3º

ano do ensino fundamental com

proficiência insuficiente em escrita (níveis

1, 2 e 3 da escala de proficiência) – Santo

Antônio do Monte –2014 Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

0% 9,4%

0% 2% 4% 6% 8% 10%

Meta Situação 2014

48

GRÁFICO 53 Porcentagem de alunos do 3º ano do ensino fundamental por nível de proficiência em

escrita – Santo Antônio do Monte – 2014 Fonte: MEC/Inep/DAEB - Avaliação Nacional da Alfabetização

Proficiência em Matemática Para compreender e analisar os resultados de 2014 é preciso tomar por referência a

escala de proficiência em Matemática, que se divide em quatros níveis progressivos e

cumulativos.

Quadro 4 Interpretação pedagógica da escala de Matemática na edição da ANA de 2014

Níveis Descrição

Nível 1 (até 425 pontos)

Neste nível, os estudantes provavelmente são capazes de: - Ler horas e minutos em relógio digital; medida em instrumento (termômetro, régua)

com valor procurado explícito; - Associar figura geométrica espacial ou plana a imagem de um objeto; contagem de

até 20 objetos dispostos em forma organizada ou desorganizada à sua representação por algarismos;

- Reconhecer planificação de figura geométrica espacial (paralelepípedo); - Identificar maior frequência em gráfico de colunas, ordenadas da maior para a

menor; - Comparar comprimento de imagens de objetos; quantidades pela contagem,

identificando a maior quantidade, em grupos de até 20 objetos organizados;

Nível 2 (maior que 425 até 525

pontos)

Além das habilidades descritas nos níveis anteriores, os estudantes provavelmente são capazes de: - Ler medida em instrumento (balança analógica) identificando o intervalo em que se

encontra a medida; - Associar a escrita por extenso de números naturais com até três ordens à sua

representação por algarismos;

TOTAL: 90,6%

Nível adequado de alfabetização segundo o MEC

0,3% 5,1% 4,1%

68,6%

22,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

49

- Reconhecer figura geométrica plana a partir de sua nomenclatura; valor monetário de cédulas ou de agrupamento de cédulas e moedas;

- Identificar registro de tempo em calendário; uma figura geométrica plana em uma composição com várias outras;

- Identificar frequência associada a uma categoria em gráfico de colunas ou de barras; - Identificar frequência associada a uma categoria em tabela simples ou de dupla

entrada (com o máximo de 3 linhas e 4 colunas, ou 4 linhas e 3 colunas); - Comparar quantidades pela contagem, identificando a maior quantidade, em grupos

de até 20 objetos desorganizados; quantidades pela contagem, identificando quantidades iguais; números naturais não ordenados com até três algarismos;

- Completar sequências numéricas crescentes de números naturais, de 2 em 2, de 5 em 5 ou de 10 em 10;

- Compor número de dois algarismos a partir de suas ordens; - Calcular adição (até 3 algarismos) ou subtração (até 2 algarismos) sem

reagrupamento; - Resolver problema com as ideias de acrescentar, retirar ou completar com números

até 20; problema com a ideia de metade, com dividendo até 10.

Nível 3 (maior que 525 até 575

pontos)

Além das habilidades descritas no nível anterior, o estudante provavelmente é capaz de: - Associar um agrupamento de cédulas e/ou moedas, com apoio de imagem ou dado

por meio de um texto, a outro com mesmo valor monetário; - Identificar frequências iguais em gráfico de colunas; identificar gráfico que

representa um conjunto de informações dadas em um texto; identificar frequência associada a uma categoria em tabela de dupla entrada (com mais de 4 colunas, ou mais de 4 linhas);

- Completar sequência numérica decrescente de números naturais não consecutivos; - Calcular adição de duas parcelas de até 3 algarismos com apenas um reagrupamento

(na unidade ou na dezena); subtração sem reagrupamento envolvendo pelo menos um valor com 3 algarismos;

- Resolver problema, com números naturais maiores do que 20, com a ideia de retirar; problema de divisão com ideia de repartir em partes iguais, com apoio de imagem, envolvendo algarismos até 20.

Nível 4 (maior que 575 pontos)

Além das habilidades descritas no nível anterior, o estudante provavelmente é capaz de: - Ler medida em instrumento (termômetro) com valor procurado não explícito; horas

e minutos em relógios analógicos, identificando marcações de 10, 30 e 45 minutos, além de horas exatas;

- Reconhecer decomposição canônica (mais usual) de números naturais com três algarismos; composição ou decomposição não canônica (pouco usual) aditiva de números naturais com até três algarismos;

- Identificar uma categoria associada a uma frequência específica em gráfico de barra; - Calcular adição de duas parcelas de até 3 algarismos com mais de um

reagrupamento (na unidade e na dezena); subtração de números naturais com até três algarismos com reagrupamento;

- Resolver problema, com números naturais de até três algarismos, com as ideias de comparar, não envolvendo reagrupamento; com números naturais de até três algarismos, com as ideias de comparar ou completar, envolvendo reagrupamento; de subtração como operação inversa da adição, com números naturais; de multiplicação com a ideia de adição de parcelas iguais, de dobro ou triplo, de combinação ou com a ideia de proporcionalidade, envolvendo fatores de 1 algarismo ou fatores de 1 e 2 algarismos; de divisão com ideia de repartir em partes iguais, de medida ou de proporcionalidade (terça e quarta parte), sem apoio de imagem, envolvendo números de até 2 algarismos.

Fonte: Inep/Daeb.

50

GRÁFICO 54 Porcentagem de

alunos do 3º ano do ensino

fundamental com proficiência

insuficiente em Matemática

(níveis 1 e 2 da escala de

proficiência) – Santo Antônio do

Monte –2014 Fonte:

simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

GRÁFICO 55 Porcentagem de alunos do 3º ano do Ensino Fundamental por nível de proficiência em

Matemática - Santo Antônio do Monte - 2013 e 2014

Fonte: MEC/Inep/DAEB - Avaliação Nacional da Alfabetização

Os resultados apresentados no Gráfico 55 explicitam que os desempenhos dos

estudantes em Matemática concentram-se nos nível 4, que congregaram, nos anos 2013 e

2014, respectivamente 59,17% (cinquenta e nove vírgula dezessete por cento) e 60,4%

(sessenta vírgula quatro por cento) dos estudantes.

2,4%

19,5

%

21,0

%

57,2

%

3,8

% 19

,4%

15,1

%

61,7

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4

2013

2014

TOTAL: 2013 = 78,2% / 2014 = 76,8%

Nível adequado de alfabetização segundo o MEC

0% 23,2%

0% 5% 10% 15% 20% 25%

Meta Situação 2014

51

Comparando os resultados da ANA 2013 e ANA 2014 em Matemática é possível

verificar que houve uma redução de 1,4% (um vírgula quatro por cento) dos alunos

concentrado nos níveis considerados adequados para o MEC. Respectivamente, os resultados

foram 78,2% (setenta e oito vírgula dois por cento) e 76,8% (setenta e seis vírgula oito por

cento). Assim sendo, o desafio é urgente e indiscutível em melhorar o nível de proficiência

para 23,2% (vinte e três vírgula dois por cento) dos alunos.

Analisando os resultados da ANA 2013 e ANA 2014 em Leitura verificamos que houve

um aumento nos níveis considerados adequados para o MEC passando de 97,8% (noventa e

sete vírgula oito por cento) em 2013 para 98,4% (noventa e oito vírgula quatro por cento) em

2014. Isso demonstra que a maioria dos estudantes matriculados 3º ano do ensino

fundamental encontram-se acima do nível mais elementar de cada uma das escalas, o oque

significa que tem habilidades para trabalhar com diversos gêneros literários. Porém, se faz

necessário atentar para os 3,7% (três vírgula sete por cento) dos alunos que se encontram no

nível 1 (Gráfico 51).

Analisando os resultados da ANA 2014 em Escrita percebemos que 90,6% (noventa

vírgula seis por cento) dos alunos estão concentrados nos níveis considerados adequados para

o MEC, o que significa que conseguem dar continuidade a uma narrativa, ainda que possam

não contemplar todos os elementos da história a ser contada. No entanto, a atenção deve ser

voltada para os 9,4% (nove vírgula quatro por cento) dos alunos que se encontram com

proficiência insuficiente (Gráfico 53).

META 6 – EDUCAÇÃO INTEGRAL

Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 30% das escolas públicas, de

forma a atender, pelo menos, 15% dos(as) alunos(as) da Educação Básica.

A Meta 6 do PNE visa à ampliação do tempo de permanência dos estudantes

matriculados nas escolas públicas, com o atendimento em tempo integral de pelo menos 15%

(quinze por cento) dos alunos da educação básica em, no mínimo, 30% (trinta por cento) das

escolas. Para o monitoramento da meta foram selecionados dois indicadores:

– Indicador 6A: Percentual de escolas públicas com alunos que permanecem ao menos

7h em atividades escolares.

- Indicador 6B: Percentual de alunos que permanecem ao menos 7h em atividades

escolares.

Alunos da educação básica matriculados em educação de tempo integral Indicador 6A – Percentual de escolas públicas com alunos que permanecem ao menos 7h em

atividades escolares.

GRÁFICO 56 Percentual de escolas públicas

com alunos que permanecem ao menos 7

horas em atividades escolares Fonte: simec.mec.gov.br/pde/ graficopne.php

30% 28,6%

20% 30%

Meta Situação 2016

52

Alunos da educação básica matriculados em educação de tempo integral Indicador 6B: Percentual de alunos que permanecem ao menos 7h em atividades escolares.

GRÁFICO 57 Percentual de alunos que

permanecem ao menos 7 horas em

atividades escolares

Fonte: Sinopses Estatísticas

No gráfico 58 constata-se que do total das matrículas da Educação Infantil de 0 (zero) a

5 (cinco) anos de idade apontado no Censo Escolar de 2016, ou seja, das 1.133 (um mil, cento

e trinta e três) crianças atendidas no Município, 50% (cinquenta por cento), ou seja, 566

(quinhentas e sessenta e seis) crianças estiveram frequentes no sistema de tempo integral.

Porém, há um decrescente no índice de atendimento desde o ano de 2013. Situação

preocupante para alcançar a meta de educação integral.

GRÁFICO 58 Porcentagem

de matrículas em tempo

integral na Educação

Infantil de 0 (zero) a 5

(cinco) anos de idade –

2011 a 2016

Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo

Escolar

No gráfico 59 é possível detectar que o número de matrículas em tempo integral, por

etapa de ensino, na creche, em sua totalidade há o atendimento no período em análise. A cada

etapa superior o atendimento vai decaindo, sendo que no ensino fundamental ocorreram

pouquíssimas matrículas e não havendo atendimento no ensino médio.

68,80% 69,60% 74,70%

71,80% 72,90%

50%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

2011 2012 2013 2014 2015 2016

25% 11,3%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Meta Situação 2016

53

GRÁFICO 59 Porcentagem de matrículas em tempo integral em escolas públicas por etapa de ensino –

2012 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Sinopses Estatísticas da Educação Básica

Com base no número de horas-aula diária percebemos que a etapa da pré-escola está

próxima a alcançar o índice de 7 horas-aula. Porém, nas etapas superiores as variações são

negativas (Gráfico 60).

GRÁFICO 60 Média de horas-aula diária – 2010 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Sinopses Estatísticas da Educação Básica

100,0%

38,0%

1,3%

0,0%

0,0%

100,0%

48,2%

3,0%

6,0%

0,0%

100,0%

52,0%

60,0%

0,0%

0,0%

100,0%

51,3%

0,1%

0%

0%

100,0%

49,0%

11,0%

0,7%

0%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%

Cre

che

Pré

-Esc

ola

Ensi

no

Fun

dam

enta

lA

no

s In

icia

is

Ensi

no

Fun

dam

enta

lA

no

s Fi

nai

sEn

sin

o M

édio

2012 2013 2014 2015 2016

10,7

6,4

4,3

4,4

4,1

10,5

6,5

4,3

4,4

4,2

9,1

6,5

4,3

4,4

4,4

9,1

6,7

4,3

4,4

4,3

9,1

6,8

4,3

4,4

4,4

9,1

6,8

4,3

4,4

4,4

9,1

6,8

4,3

4,4

4,4

0

2

4

6

8

10

12

Creche Pré-Escola Ensino Fundamental – anos iniciais

Ensino Fundamental – anos finais

Ensino Médio

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

54

É importante salientar que o percentual de escolas públicas com alunos que

permanecem ao menos 7h em atividades escolares decaiu de 24,1% (2015) para 22,2% (2016).

O menos aconteceu com o percentual de alunos que permanecem ao menos 7h em atividades

escolares: 12% (2015) para 11% (2016).

Tendo por base o diagnóstico realizado, percebemos que o atendimento a educação

em tempo integral, propiciando aos alunos matriculados múltiplas oportunidades de

aprendizagem por meio ao acesso à cultura, à arte, ao esporte, à ciência e à tecnologia, vem

sendo ao longo do tempo, uma quimera para o município.

A infraestrutura dos prédios escolares não permite atendimento em contra turno ao

ensino regular. Temos também dois pontos a que vem dificultar esse atendimento: não contar

com profissionais capacitados para trabalhar com as múltiplas oportunidades de aprendizagem

e, o desinteresse dos alunos em participar do tempo integral.

META 7 – APRENDIZADO ADEQUADO NA IDADE CERTA

Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com

melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias para o

IDEB: 6,8 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,8 nos anos finais do ensino

fundamental; 5,2 no ensino médio.

A Meta 7 do PNE 2014-2024 preconiza o aumento do Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (Ideb) com o objetivo de atingir, em Santo Antônio do Monte, até 2021, as

seguintes médias nacionais: 6,8 para os anos iniciais do ensino fundamental; 5,8 para os anos

finais do ensino fundamental; e 5,2 para o ensino médio. O Ideb é um indicador sintético

criado em 2007 pelo Inep e constituído por duas dimensões da qualidade da educação: o fluxo

escolar (taxa de aprovação) e o desempenho (médias de proficiência) dos estudantes nos

testes padronizados de língua portuguesa e matemática do Sistema de Avaliação da Educação

Básica (Saeb).

Em 2007, com a instituição do Compromisso Todos pela Educação no Plano de

Desenvolvimento da Educação (PDE), e a edição do Decreto nº 6.094, que institui o Plano de

Metas Compromisso Todos pela Educação, o MEC sinalizou às redes de ensino e às escolas

públicas o objetivo de melhorar a qualidade da educação básica, estabelecendo um sistema de

metas bienais do Ideb para o País, redes de ensino e escolas públicas, no período de 2007 a

2021.2

Para o monitoramento da Meta 7, este relatório explora os indicadores gerais da meta,

traçando a trajetória desses indicadores no período de 2007 a 2013:

– Indicador 7A: Média nacional do Ideb nos anos iniciais do ensino fundamental.

– Indicador 7B: Média nacional do Ideb nos anos finais do ensino fundamental.

– Indicador 7C: Média nacional do Ideb no ensino médio.

2 In: Relatório do 1º ciclo de monitoramento das metas do PNE: biênio 2014-2016.

55

Com base nos dados coletados pela Secretaria Municipal de Educação, o cenário do

aprendizado adequado na idade certa é apresentado e analisado a seguir.

IDEB nos anos iniciais do ensino fundamental

Indicador 7A – Média do Ideb nos anos iniciais do ensino fundamental

GRÁFICO 61 Média do IDEB nos anos

iniciais do ensino fundamental nas escolas

públicas – 2015. http://ideb.inep.gov.br

Dados referentes à trajetória do Ideb dos anos iniciais do Ensino Fundamental em

Santo Antônio do Monte indicam que houve um aumento desse indicador no período de 2005

a 2015, conforme apresentado no gráfico 62. Comparando-se com as metas estipuladas para o

período, verifica-se que a partir do ano de 2009, a média do Ideb dos anos iniciais esteve

acima das metas fixadas. O foco deve ser manter a situação para garantir mais alunos

aprendendo e com um fluxo escolar adequado.

GRÁFICO 62 Evolução do IDEB

nos anos iniciais do ensino

fundamental na rede pública –

2005 a 2015. Fonte: http://ideb.inep.gov.br

Na série histórica, tomando-se a rede pública de ensino e a quantidade de escolas que

alcançaram as metas do Ideb para os anos iniciais do Ensino Fundamental, verifica-se que, as

cinco escolas atingiram a

meta 2015 (Gráfico 63).

7 6,1

0 2 4 6 8

Situação 2015 Meta

4,9

4,3

6,2

7 6,7

7

4,9 5,2

5,6 5,9 6,1

6,4 6,6 6,8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais Meta

1

5 5 5 5

3

0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

2

4

6

2007 2009 2011 2013 2015

Atingiu a meta Não atingiu a meta

Sem Nota/Sem Meta

56

GRÁFICO 63 Quantidade de escolas públicas que atingiram a meta do IDEB para os anos iniciais do

ensino fundamental – 2007 – 2015. http://ideb.inep.gov.br

A trajetória das duas dimensões constituintes do Ideb – a taxa de aprovação e o

desempenho (proficiência média) dos alunos na Prova Brasil – demonstrou que houve

evolução tanto da taxa de aprovação quanto da proficiência média dos estudantes no período

2007-2013, conforme apresentado nos gráficos 64 e 65.

GRÁFICO 64 Taxas de

rendimento nos anos

iniciais do ensino

fundamental (Em %) –

2005 a 2015 Fonte: MEC/Inep/DEEB -

Indicadores Educacionais

Os resultados da Avaliação Nacional da Educação Básica no mesmo período apontam

que, no período de 2007 a 2011, evoluíram positivamente, ocorrendo uma redução nos

resultados no ano de 2013, aumentando as médias de proficiência dos alunos do 5º ano do

Ensino Fundamental tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, no ano de 2015.

GRÁFICO 65 Níveis de

proficiência dos alunos do

5º ano do ensino

fundamental em Língua

Portuguesa e Matemática

Aneb – 2005 a 2015 Fonte: INEP. Organizado por

CONVIVA

Analisando os resultados da Avaliação Nacional da Educação Básica no período 2011 /

2015, para o 5º ano do Ensino Fundamental, percebemos que em 2013 houve uma queda no

aprendizado de Língua Portuguesa no percentual de 3% (três por cento), porém houve

aumento para 2015 de 12% (doze por cento). Em relação à Matemática, também houve

94,5 94,1 96,7 98,38 99,8 98,9 99,3 99,8 100

5,3 5,4 3,1 0,8 0 1 0,1 0,1 0

0,2 0,5 0,2 0,3 0,2 0,1 0,6 0,1 0 0

20

40

60

80

100

2005 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Aprovação Reprovação Abandono

197,2

154,43

218,82 227,16 226,99 240,28

210,2 185,54

245,32 256,83

243,76 247,86

0

50

100

150

200

250

300

2005 2007 2009 2011 2013 2015

Língua Portuguesa Matemática

57

redução na evolução do aprendizado em 2013 (11%) e aumento em 2015 de 5% (cinco por

cento). Os dados estão demonstrados nos gráficos 66 e 67.

GRÁFICO 66 Evolução do aprendizado no 5º ano do ensino fundamental em Língua Portuguesa – 2011

/ 2015. Fonte: qedu.org.br

GRÁFICO 67 Evolução do aprendizado no 5º ano do ensino fundamental em Matemática - 2011 /

2015. Fonte: qedu.org.br

72% 69%

81%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2011 2013 2015

76%

65% 70%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2011 2013 2015

58

Outra forma de verificar diferenças no desempenho e na aprendizagem é a análise da

distribuição dos alunos pelos níveis das escalas de proficiência de Língua Portuguesa e

Matemática do Saeb. Considerando os resultados da Aneb 2015, os gráficos 68 e 69

apresentam a distribuição dos alunos do 5º ano do EF pelos níveis da escala de proficiência de

Língua Portuguesa e de Matemática.

GRÁFICO 68 Distribuição dos

alunos no 5º ano do ensino

fundamental por nível de

proficiência em Língua

Portuguesa - 2011 / 2015. Fonte: qedu.org.br

GRÁFICO 69 Distribuição

dos alunos no 5º ano do

ensino fundamental por

nível de proficiência em

Matemática - 2011 /

2015. Fonte: qedu.org.br

A análise da distribuição dos alunos do 5º ano do ensino fundamental pelas escalas de

proficiência de Língua Portuguesa e Matemática indica que há um quantitativo considerável de

alunos posicionados nos níveis mais baixos das escalas (básico e insuficiente). Assim, do ponto

de vista pedagógico, esses dados evidenciam que a aprendizagem é heterogênea entre os

estudantes do 5º ano nas duas áreas avaliadas e demonstra a necessidade de recuperação de

conteúdos, sugerindo atividades de reforço para os alunos que precisam melhorar.

33%

39%

23%

5%

72%

33%

36%

24%

7%

69%

45%

36%

15%

4%

81%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Avançado Proficiente Básico Insuficiente Média

2011 2013 2015

34%

42%

21%

3%

76%

25%

40%

27%

8%

65%

24%

46%

22%

8%

70%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Avançado Proficiente Básico Insuficiente Média

2011 2013 2015

59

Para diagnosticar os níveis de aprendizado em que se encontram os alunos, é preciso

analisar pedagogicamente esses resultados com base nas habilidades descritas nos níveis das

escalas de proficiência, à luz das expectativas quanto ao desenvolvimento alcançado pelos

estudantes no 5º ano.

Ideb nos anos finais do ensino fundamental

Indicador 7B: Média do Ideb nos anos finais do ensino fundamental

GRÁFICO 70 Média do IDEB nos anos finais

do ensino fundamental nas escolas públicas

– 2015. http://ideb.inep.gov.br

A trajetória do Ideb dos anos finais do ensino fundamental em Santo Antônio do

Monte evidencia um aumento no indicador, na série histórica analisada, permanecendo em

todo o período acima da meta estabelecida, conforme indica o gráfico 71. Em relação à

aprovação percebe-se elevação

contínua em seu índice, conforme

gráfico 72.

GRÁFICO 71 Evolução do IDEB nos

anos finais do ensino fundamental na

rede pública – 2005 a 2015. http://ideb.inep.gov.br

GRÁFICO 72 Taxas de

rendimento nos anos finais do

ensino fundamental (Em %) –

2005 a 2015 Fonte: MEC/Inep/DEEB - Indicadores

Educacionais

5,2

5

0 2 4 6

1

Situação 2015 Meta

3,8 3,9 4,6 4,8 5 5,2

3,8 4 4,3 4,7 5 5,3 5,5 5,8

0

1

2

3

4

5

6

7

2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos Finais Meta

78,2 79,2 82 86,2 87,7 90,7 93,2 91,4 93,1

12,3 17 13,7

8,6 8,9 5,4 3,1 4,6 3,9

9,5 3,8 4,3 5,2 3,2 3,9 3,7 4 3

0

20

40

60

80

100

2005 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Aprovação Reprovação Abandono

60

A comparação dos desempenhos dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em

Língua Portuguesa e em Matemática na Aneb sinaliza uma tendência à melhoria da

proficiência média dos alunos nas duas áreas, no ano de 2015, após uma decaída nos anos de

2011 e 2013 (Gráfico 73).

GRÁFICO 73 Níveis de

proficiência dos alunos do 9º

ano do ensino fundamental

em Língua Portuguesa e

Matemática Aneb – 2007 a

2015 Fonte: qedu.org.br

Os resultados da

Avaliação Nacional da

Educação Básica no

período 2011 / 2015, para o 9º ano do Ensino Fundamental, demonstram evolução no

aprendizado dos alunos em Língua Portuguesa (Gráfico 74). Porém, em Matemática a situação

é contrária, evidenciando perecimento em cada avaliação (Gráfico 75).

GRÁFICO 74 Evolução do aprendizado no 9º ano do ensino fundamental em Língua Portuguesa – 2011

/ 2015. Fonte: Qedu.org.br

38% 40%

47%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

2011 2013 2015

+2%

+7%

244,30

267,06

260,29 255,68

266,52 257,93

275,01 272,02

266,72 267,45

225,00

230,00

235,00

240,00

245,00

250,00

255,00

260,00

265,00

270,00

275,00

280,00

2007 2009 2011 2013 2015

Língua Portuguesa Matemática

61

GRÁFICO 75 Evolução do aprendizado no 9º ano do ensino fundamental em Matemática – 2011 /

2015. Fonte: Qedu.org.br

Analisando a distribuição dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental pelos níveis das

escalas de proficiência de Língua Portuguesa e Matemática do Saeb, verifica-se que ocorreu

um aumento na média de aprendizagem em Língua Portuguesa quando comparamos as

edições realizadas, enquanto em Matemática houve redução nessa média. É preocupante a

situação, uma vez que, os alunos que se encontram no nível básico, segundo escala do Saeb,

precisam melhorar sua aprendizagem, sugerindo atividades de reforço (Gráficos 76 e 77).

GRÁFICO 76 Distribuição dos alunos no 9º ano do ensino fundamental por nível de proficiência em Língua Portuguesa - 2011 / 2015 Fonte: Qedu.org.br

26%

23%

20%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

2011 2013 2015

-3%

-3%

5%

33%

53%

9%

38%

7%

33%

44%

16%

40%

9%

38%

42%

11%

47%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Avançado Proficiente Básico Insuficiente Média

2011 2013 2015

62

GRÁFICO 77 Distribuição dos alunos no 9º ano do ensino fundamental por nível de proficiência em Matemática - 2011 / 2015 Fonte: Qedu.org.br

Segundo análise dos dados referentes aos Indicadores de Qualidade do Ensino

Fundamental – índice de qualidade em Português e Matemática e níveis de desempenho dos

alunos do Ensino Fundamental na rede pública, podemos destacar:

a) a rede pública alcançou as metas do Ideb propostas pelo INEP. No entanto, há

índices, nos anos finais do Ensino Fundamental, referentes ao fluxo (reprovação e

abandono) que continuam altos, gerando uma queda no resultado final;

b) os indicadores evidenciam que os investimentos municipais, estaduais e federais,

com políticas públicas inovadoras, eficazes e direcionadas para os déficits

apontados pelas avaliações externas, trouxeram resultados significativos nos

últimos anos. A rede pública, a partir da coleta de dados, demonstrou

investimentos em projetos de intervenção direcionados aos alunos com

dificuldades.

c) Santo Antônio do Monte tem desenvolvido muitas ações educativas no Ensino

Fundamental desde o ano de 2011, mas ainda há muito que fazer, sobretudo em

relação à evasão, à reprovação, ao domínio de habilidades que envolvem o

raciocínio lógico-matemático, à leitura, à escrita e à defasagem

idade/escolaridade. Ressalta-se, porém, que os dados também apontam para uma

melhoria na qualidade de educação aqui ofertada, nessa etapa da Educação

Básica.

d) observamos que os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da rede

pública estão no nível 5 (cinco) tanto em Português e Matemática, sendo que ao

todo são 9 (nove) níveis. É desafio a melhoria da classificação na escala SAEB. Os

alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental da rede pública estão no nível 3

(três), tabela que conta também com 9 (nove) níveis. Desafio ainda maior na

melhoria da classificação.

2% 24

%

61%

13%

26%

4%

19%

58%

19%

23%

3%

17%

64%

16%

20%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Avançado Proficiente Básico Insuficiente Média

2011 2013 2015

63

Média nacional do IDEB no Ensino Médio

Indicador 7C – Média do IDEB no ensino médio

GRÁFICO 78 Média do IDEB no ensino

médio nas escolas públicas – 2013. Fonte: observatoriodopne.org.br

O gráfico 79 apresenta a trajetória do IDEB do Ensino Médio em Santo Antônio do

Monte na série histórica aferida, indicando que houve, desde 2009, uma queda no índice.

Porém, em todo o período, os valores foram superiores às metas estabelecidas.

GRÁFICO 79 Nota

padronizada do

IDEB no ensino

médio – 2005 a

2021. Fonte:

observatoriodopne.org.br

A análise da trajetória das duas dimensões constitutivas do Ideb – taxa de aprovação e

desempenho (proficiência média) dos alunos – mostra que a taxa de aprovação aumentou, de

2005 a 2015 (Gráfico 80), ao passo que o desempenho, expresso pela média de proficiência

padronizada, decresceu entre 2009 e 2013.

5,4

5,2

0 2 4 6

Situação 2013 Meta

4,7 5,0

5,7 5,5 5,4

3,9 4,3

4,7 5,0

5,2

0

1

2

3

4

5

6

2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Ensino Médio Meta

64

GRÁFICO 80 Taxas de

rendimento no Ensino

Médio (Em %) – 2005 a

2015 Fonte: MEC/Inep/DEEB -

Indicadores Educacionais

No gráfico 81 estão destacados os resultados publicados de informações relativas à

qualidade do Ensino Médio de Santo Antônio do Monte. Nesse quadro, o desempenho em

Proficiência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, qual seja de 50,76% (cinquenta vírgula

setenta e seis por cento), encontra-se no nível 2, sendo que o nível 3 é o Recomendável.

Quanto ao desempenho em Proficiência em Matemática e suas tecnologias da ordem de

42,16% (quarenta e dois vírgula dezesseis por cento), encontra-se no nível 2, sendo que o nível

4 é o Recomendável. O melhor desempenho identificado foi em Proficiência Ciências Humanas

e suas Tecnologias . Percebe-se, a partir desses dados, a fragilidade em que se encontra o

Ensino Médio Público em Santo Antônio do Monte.

GRÁFICO 81 Indicadores da qualidade do ensino médio - 2015 Fonte: Sistema Enem 2015

Obs.: NÍVEL 1: menor 450; NÍVEL 2: de 450 a 549,99; NÍVEL 3: de 550 a 649,99; NÍVEL 4: de 650 a 749,99; NÍVEL 5: maior ou igual a 750.

23,1

6%

34,9

3%

27,8

5%

9,57

%

27,1

1%

50,7

6%

42,1

6%

40,5

0%

28,6

3%

49,1

9%

26,0

8%

14,1

6%

16,6

0%

57,0

5%

21,2

9%

0%

7,96

%

12,6

5%

4,74

%

2,39

%

0%

0,78

%

2,39

%

0%

0%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Linguagens,Códigos e suas

Tecnologias

Matemática esuas Tecnologias

Redação Ciências Humanase suas

Tecnologias

Ciências daNatureza e suas

Tecnologias

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

91,8 82,3 84 85,6 86,8 88,8 89,6 91,1 93,9

3,3 10,9

6,3 6,4 7 5 4,3 3,8 3,3

4,9 6,8 9,7 8 6,5 6,2 6,1 5,1 2,8

0

20

40

60

80

100

2005 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Aprovação Reprovação Abandono

65

META 8 – ESCOLARIDADE MÉDIA

Elevar a escolaridade média da População de 18 (dezoito ) a 29 (vinte e nove ) anos,

de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze )anos de estudo no último ano, para as populações

do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento ) mais

pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta 8, além de traçar um objetivo claro em relação ao número de anos de

escolaridade da população, explicita a urgência do País em reduzir as desigualdades entre ricos

e pobres, entre brancos e negros, entre a cidade e o campo. Entretanto, a conquista dessa

meta não pode se restringir ao atingimento do número. Para reduzir, de fato, a desigualdade,

é preciso que a Educação oferecida a toda população adquira os mesmos (e melhores) padrões

de qualidade.

Nessa direção, o primeiro grande objetivo da meta consiste em elevar a escolaridade

média geral, de modo que ela atinja, em 2024, ao menos 12 anos1 no Brasil. Para o

monitoramento desse objetivo foi selecionado o seguinte indicador:

– Indicador 8A: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade.

Em consonância com a necessidade de garantir de forma equitativa o direito à

educação, a meta ainda estabelece que os jovens residentes no campo e os pertencentes aos

25% mais pobres também alcancem uma escolaridade média de 12 anos de estudo, no

mínimo. Tais objetivos são monitorados pelos seguintes indicadores:

– Indicador 8B: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos residente na área

rural.

– Indicador 8C: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos pertencente aos 25%

mais pobres (renda domiciliar per capita).

Por fim, a meta registra a intenção de que a escolaridade entre os jovens negros e os

não negros seja igualada até o final do período de vigência do PME, em 2024. O

monitoramento desse objetivo é realizado por meio do seguinte indicador:

– Indicador 8D: Razão entre a escolaridade média de negros e não negros na faixa

etária de 18 a 29 anos.

Os dados levantados para o monitoramento estão baseados no Censo/IBGE 2010. O

gráfico 82 menciona que 59,1% (cinquenta e nove vírgula um por cento) da população de 18 a

29 anos não frequentaram a escola por 12 (doze) anos. A situação se agrava quando

analisamos o percentual da população de 18 a 29 anos, residente no campo, com menos de 12

anos de escolaridade (gráfico 83), que alcança o índice de 86,5% (oitenta e seis vírgula cinco

por cento). Dentre os 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres (gráfico 84) o índice alcança

80,4% (oitenta vírgula quatro por cento) e dentre a população negra de 18 a 29 anos (gráfico

85), 68,2% (sessenta e oito vírgula dois por cento).

66

GRÁFICO 82 Percentual da

população de 18 a 29 anos com

menos de 12 anos de escolaridade –

2010. Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

GRÁFICO 83 Percentual da população

de 18 a 29 anos, residente no campo,

com menos de 12 anos de

escolaridade – 2010. Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

GRÁFICO 84 Percentual da população

de 18 a 29 anos, entre os 25% mais

pobres, com menos de 12 anos de

escolaridade – 2010.

Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

GRÁFICO 85 Percentual da população

negra de 18 a 29 anos com menos de

12 anos de escolaridade – 2010. Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

0% 59,1%

0% 20% 40% 60% 80%

Meta Situação 2010

0% 86,5%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Meta Situação 2010

80,4% 60%

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%

Situação 2010 Meta

0% 68,2%

0% 20% 40% 60% 80%

Meta Situação 2010

67

GRÁFICO 86 Matrículas na

Educação de Jovens e

Adultos de alunos de 18 a

29 anos – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

Conforme os dados disponíveis no gráfico 86, referente às matrículas na Educação de

Jovens e Adultos na faixa etária de 18 a 29 anos, é possível verificar que a partir de 2012 o

número vem decrescendo. Acredita-se que o fato se deva ao motivo de jovens buscarem o

trabalho autônomo, visando sua independência financeira. No gráfico 87, que considera a

cor/raça, percebe-se que o número de jovens e adultos negros matriculados é muito inferior

aos brancos e pardos. Quando se considera a localidade desse público alvo, não há matrículas

de jovens e adultos residentes na área rural.

GRÁFICO 87 Matrículas na Educação de Jovens e Adultos de alunos de 18 a 29 anos por cor/raça– 2007

a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

69

74

49

64

24

17 15

64

47

5

21 19

9

27

40

48

29

64 63

30

0 1 2 1 2 4

7 7 5

2 6 6 5

17

36 38

20

33 31

22

0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0

10

20

30

40

50

60

70

80

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Não declarada Branca Preta Parda Amarela Indígena

96 100

66

109 102

108

72

84 83

50

0

20

40

60

80

100

120

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

68

GRÁFICO 88 Matrículas na

Educação de Jovens e Adultos

de alunos de 18 a 29 anos por

localidade – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

A Meta 8 caracteriza-se pela preocupação em garantir que a ampliação da

escolaridade média do grupo de 18 a 29 anos de idade ocorra em paralelo ao aumento na

média de anos de estudo de grupos específicos, como os residentes no campo, os de menor

renda, os jovens negros e os que residem nas regiões de menor escolaridade.

É complexo realizar o levantamento de dados precisos no município, pois não há um

banco de dados que atenda aos indicadores. Levando em consideração os índices aos quais foi

possível acesso, é preocupante o cumprimento da meta em questão. A maioria dos jovens que

interrompem seus estudos está engajada no trabalho autônomo, acreditando que é mais

importante o rendimento financeiro do que a aprendizagem escolar.

META 9 – ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO FUNCIONAL DE JOVENS E ADULTOS

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para

93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento ) até 2015 e, até o final da vigência

deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento ) a

taxa de analfabetismo funcional.

As condições sociais adversas e o quadro socioeducacional seletivo têm produzido

excluídos dos Ensinos Fundamental e Médio em todo o país, mantendo um contingente de

jovens e adultos sem a escolaridade obrigatória completa.

As consequências dessa situação suscitaram avanços nas normas vigentes, exigindo ao

lado das estratégias de aceleração de estudos na escola regular e dos exames supletivos, a

implementação da Educação de Jovens e Adultos – EJA - como mais um recurso que permite a

conclusão das diferentes etapas da Educação Básica.

Assim, a CF/88, no art. 208, inciso I, enfatiza a necessidade da garantia do Ensino

Fundamental também para jovens e adultos que não o realizaram em época regular e, no art.

214, inciso I, estabeleceu que o PNE deve visar à integração das ações do Poder Público que

conduzam à erradicação do analfabetismo.

96 100

66

109 102

108

72

84 83

50

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0

20

40

60

80

100

120

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Urbana Rural

69

Além da Constituição Federal/1988, a LDB nº 9.394/96 e a Resolução do Conselho

Nacional de Educação – CNE/CEB nº 01/2000 abriram espaço para a institucionalização da

Educação de Jovens e Adultos e nortearam a implantação da EJA no território nacional. Em

Minas Gerais, o Conselho Estadual de Educação – CEE – fixou as normas para a oferta da

Educação de Jovens e Adultos, no Sistema Estadual de Ensino, por meio da Resolução nº 444,

de 24 de abril de 2001. Todos esses documentos visam produzir uma aprendizagem de

qualidade para aqueles excluídos da escola na época própria.

A EJA é uma modalidade organizacional própria de ensino que integra a estrutura da

educação nacional, objetivando assegurar as funções sociais reparadora, equalizadora e

qualificadora dos jovens e adultos. O grande desafio dessa modalidade de ensino consiste em

buscar formas diferentes de escolarização, por meio de propostas pedagógicas especiais,

comprometidas com a aprendizagem efetiva e com a elevação da autoestima dos jovens e

adultos.

Como ocorre em todo o Brasil, em Santo Antônio do Monte, os déficits de

atendimento, resultaram ao longo dos anos, em um número expressivo de jovens e adultos

que não tiveram acesso ou não lograram terminar o Ensino Fundamental e/ou Médio.

A Meta 9 do PME conta três submetas. A primeira, atingir 93,5% na taxa de

alfabetização da população de 15 anos ou mais até 2015, a segunda, até 2024, erradicar o

analfabetismo absoluto e a terceira reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Para o

monitoramento desta meta, foram selecionados os seguintes indicadores:

– Indicador 9A: Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade.

– Indicador 9B: Taxa de analfabetismo funcional de pessoas de 15 anos ou mais de

idade.

ALFABETIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE 15 ANOS OU MAIS DE IDADE

– Indicador 9A: Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade.

A taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade em Santo Antônio

do Monte, em 2010, era superior em 0,1% (zero vírgula um por cento) à meta estabelecida no

percentual de 93,5% (noventa e três vírgula cinco por cento), conforme registrado no gráfico

89.

GRÁFICO 89 Taxa de alfabetização da

população de 15 anos ou mais de idade Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

93,5%

93,6%

92,0% 94,0%

Meta Situação 2010

70

O índice de analfabetismo é um importante parâmetro para verificarmos o nível

educacional de um país. Saber escrever, ler e compreender textos é de suma importância nos

dias de hoje. Pessoas que possuem estas habilidades apresentam maiores chances de obter

empregos e entender o mundo que as cerca. Ser alfabetizado, nos dias atuais, é, sobretudo,

ter acesso às ferramentas que as tornam cidadãs. Por isso, Santo Antônio do Monte (governo e

sociedade), com o auxílio do governo estadual deve fazer todos os esforços necessários para

diminuir cada vez mais o analfabetismo entre a nossa população.

GRÁFICO 90 Matrículas na Educação de Jovens e Adultos na rede pública – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

O gráfico 90 evidencia que, de acordo com o Censo Escolar de 2016, em Santo Antônio

do Monte, a EJA do Sistema Público, atendia somente a etapa de Ensino Médio, com o total de

59 (cinquenta e nove), alunos, no turno noturno, situados na faixa de 18 (dezoito) a 59

(cinquenta e nove) anos, portanto, acima da idade regular da Educação Básica.

ANALFABETISMO FUNCIONAL DE PESSOAS DE 15 ANOS OU MAIS DE IDADE

– Indicador 9B: Taxa de analfabetismo funcional de pessoas de 15 anos ou mais de

idade.

GRÁFICO 91 Taxa de analfabetismo funcional da

população de 15 anos ou mais de idade Fonte: simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

152

179

143

200

183

170

119

168

146

59

16 24

34

37

38

35

22

11

1 0

96

100

66

109

102 10

8

72

84

83

50

40

55

43

53

42

26 25

73

62

9 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Total até 17 anos de 18 a 29 anos de 30 a 59 anos 60 anos ou mais

0,255 0,127

0 0,1 0,2 0,3

Situação 2010 Meta

71

GRÁFICO 92 Comparação taxa

de analfabetismo funcional da

população de 15 anos ou mais

de idade 2000 e 2010 Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010

A análise do Gráfico 93 evidencia que a taxa de analfabetismo da população

monitorada decaiu entre os grupos da faixa etária de 15 a 24 anos e 60 anos ou mais de idade,

e ocorreu elevação na taxa entre o grupo etário de 25 a 59 anos. Porém, o grupo com a maior

taxa é o de idosos, com 22,3% (vinte de dois vírgula três por centos) de analfabetos.

GRÁFICO 93 Taxa

de analfabetismo

da população de

15 anos ou mais

de idade por

grupos de idade -

2000 e 2010 Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010

Ao se proceder à análise da taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos

ou mais de idade que não sabem ler e escrever (gráfico 94) verifica-se que, de acordo com o

Censo 2010, a faixa etária de 60 anos ou mais apresenta o maior percentual. Tendo em mente

a redução em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional conforme a meta 9

estabelece, é abstruso conquistar os idosos, que se encontram nessa situação, a querer ter sua

cadeira em uma escola.

10,4

6,4

0

2

4

6

8

10

12

2000 2010

2,3% 3,4%

31,4%

1,0% 4,6%

22,3%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

15 a 24 anos 25 a 59 anos 60 anos ou mais

2000 2010

72

GRÁFICO 94 Taxa de

analfabetismo funcional da

população de 15 anos ou

mais de idade que não

sabem ler e escrever - 2010 Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010

Considerando as mudanças advindas da legislação (Lei nº 11.114, de 16 de maio de

2005, e Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006), para fins de acompanhamento da Meta 9

adotou-se o período de cinco anos de estudo como o tempo de integralização dos anos iniciais

do ensino fundamental. Portanto, o Indicador 9B é referente ao percentual da população de

15 anos ou mais que não concluiu essa etapa.

Dessa forma, tem-se como meta atingir uma taxa de analfabetismo funcional

equivalente a 12,7% em 2024, ou seja, metade do valor verificado em 2010 (25,5%) gráfico 91.

No gráfico 92, verificamos que entre o período de 2000 a 2010 ocorreu queda de quatro

pontos percentuais na taxa de analfabetismo funcional da população em alvo.

Poucos analfabetos funcionais acima dos 15 (quinze) anos chegam a frequentar, ou até

mesmo concluem o Ensino Fundamental. Para esses indivíduos, as demandas de aprendizagem

são outras e estão, muitas vezes, associadas à expectativa de processos de avaliação e

certificação que abram maiores perspectivas de inserção no mundo do trabalho e na

continuidade dos estudos. Em Santo Antônio do Monte, no período de 2007 a 2016, não houve

matrículas de Educação de Jovens e Adultos nos Ensinos Fundamental e Médio integradas à

Educação Profissional.

Iniciativas que associam a EJA à formação profissional do trabalhador são, atualmente,

um dos grandes desafios da EJA, mas a oferta de Educação Profissional é ainda insuficiente

para atender à demanda. Além disso, são grandes os riscos de que, na ausência de uma

proposta pedagógica que assegure uma formação integral para os estudantes, essa articulação

torne-se apenas instrumental à preparação dos jovens e adultos para o mercado de trabalho.

Esses dados colocam em evidência três situações desafiadoras à definição da Política

Educacional da EJA: uma significativa população sem instrução e com baixa autoestima, alunos

ocupando vagas que deveriam ser daqueles da faixa etária correspondente à série e os

investimentos, para oferta dessa modalidade, que poderiam estar sendo empregados na

qualidade de ensino e/ou na melhoria das condições de trabalho e na valorização do professor.

6,40%

1,00% 1,90%

7,30%

22,30%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

15 anos oumais

15 a 24anos

25 a 39anos

40 a 59anos

60 anos oumais

73

É importante salientar que conteúdos e dinâmicas escolares com identidade

pedagógica própria aos estudantes jovens e adultos, bem como tempos e formas de

organização mais flexíveis são fundamentais para assegurar sua aprendizagem e seu

desenvolvimento pessoal. Além disso, a formação dos docentes, os materiais didáticos

específicos e os instrumentos de avaliação próprios para a modalidade, que não remetam

somente à necessidade de certificação, são essenciais para que a Educação de Jovens e

Adultos não seja tão somente uma forma de “acelerar” a escolarização, percebida –

equivocadamente, por certo! – como um benefício tanto por estudantes como por gestores e

formuladores de políticas educacionais.

META 10 – EJA INTEGRADA À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de

jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação

profissional.

O PME (2015-2024), no conjunto de suas metas, reservou à Meta 10 tratar da

educação de jovens e adultos (EJA), estabelecendo o objetivo de que, do total das matrículas

dessa modalidade, 25% sejam integradas à educação profissional.

Nesse sentido, a Meta 10 tem como foco não só ampliar a escolarização dos jovens e

adultos, mas também proporcionar capacitação profissional, de modo que estes estejam

preparados para atuar no mercado de trabalho. Para o monitoramento desse objetivo, foi

selecionado o seguinte indicador:

– Indicador 10: Percentual de matrículas da educação de jovens e adultos na forma

integrada à educação profissional.

O atendimento de matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à

educação profissional ainda não ocorre no município. É necessário um esforço conjunto junto

aos governos estadual e federal para que essa meta se torne realidade em Santo Antônio do

Monte e possa ser atingida até o final do PME.

META 11 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Garantir matrículas na Educação Profissional Técnica de nível médio para jovens do

município.

A Meta 11 do PNE tem como primeiro enfoque garantir matrículas da educação

profissional técnica de nível médio para jovens do município. Para o monitoramento dessa

meta, foram selecionados os seguintes indicadores:

– Indicador 11A: Matrículas em educação profissional técnica de nível médio.

– Indicador 11B: Matrículas em educação profissional técnica de nível médio na rede

pública.

74

GRÁFICO 95 Matrículas em

educação profissional técnica de

nível médio: número absoluto -

2016 Fonte: portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica

GRÁFICO 96 Matrículas em

educação profissional técnica de

nível médio: número absoluto

na rede pública- 2016 Fonte: portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica>

Entre 2007 e 2016, houve um aumento de 26 (vinte e seis) matrículas em educação

profissional técnica de nível médio em Santo Antônio do Monte (Gráfico 97), partindo de 0

(zero) em 2007 e totalizando 26 (vinte e seis) em 2016. Já, entre 2010 e 2016, observou-se a

redução de 123 matrículas, equivalente a 17,4% (dezessete vírgula quatro por cento). Assim,

entre 2017 e 2024, considerando a quantidade de matrículas observada em 2016, o desafio,

tendo por base o PNE, será criar 79 novas matrículas em educação profissional técnica de nível

médio – acréscimo de, aproximadamente, 300% (trezentos por cento) em relação ao

observado no ano de 2016.

GRÁFICO 97 Matrículas em

educação profissional

técnica de nível médio:

número absoluto – 2007 a

2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

O gráfico 98 apresenta as matrículas em educação profissional

técnica de nível médio por dependência administrativa, pública e privada, e por localização,

105 26

0 20 40 60 80 100 120

Meta Situação 2016

105 26

0 20 40 60 80 100 120

Meta Situação 2016

0 0 0

149

69

35 37

87

26 26

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

75

rural e urbana. Entre 2010 e 2016, a rede pública e a rede privada eram as responsáveis pelas matrículas: em 2010, representavam, respectivamente, 26,8% e 73,2% do total. Nota-se que a rede privada vem perdendo espaço no número de matrículas, não tendo realizado nenhuma matrícula no ano de 2016. Observa-se que as matrículas sempre ocorreram na zona urbana do município.

GRÁFICO 98 Matrículas em educação profissional técnica de nível médio: número absoluto – por rede

e localidade - 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

Ao se comparar a distribuição das matrículas por raça/cor, primeiramente se observa o

elevado quantitativo da situação “não declarada”, que, apesar da queda ao longo da série

histórica, ainda se mantinha com 23% (vinte e três por cento), em 2016 (Gráfico 99). Em

relação aos que declararam a raça/cor, observa-se que o percentual de alunos autodeclarados

brancos foi superior ao de negros (pretos e pardos) em todo o período. Todavia, a proporção

de negros cresceu 18,6 p.p. ao longo de todo o período analisado. Não ocorreu participação

tanto de amarelos quanto de indígenas.

0 0 0

40

0 0

59

87

26 26

0 0 0

109

69

35 37

26

9 0 0 0 0

149

69

35

96

113

35

26

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

20

40

60

80

100

120

140

160

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pública Privada Zona urbana Zona rural

76

GRÁFICO 99 Distribuição das matrículas em educação profissional técnica de nível médio por raça/cor

– 2010 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

META 12 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PME, política nacional de formação dos

profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº

9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os professores e as professoras

da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de

licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

A Meta 12 tem por objetivo assegurar que todos os professores da educação básica

possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de

conhecimento em que atuam, por meio de uma política nacional de formação dos profissionais

da educação em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios.

Para monitorar esse objetivo, foi desenvolvido o seguinte indicador:

– Indicador 12: Proporção de docências com professores que possuem formação

superior compatível com a área de conhecimento em que lecionam na educação básica.

Para estar em conformidade com a Meta 12 do PME, principalmente no que se refere

à “[...] formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de

conhecimento em que atua” (Brasil, 2014), o cálculo do Indicador 12 considerou apenas os

docentes com formação superior de licenciatura na disciplina que lecionam ou com

bacharelado na disciplina desde que tenham curso de complementação pedagógica concluído.

42,3

%

45,0

%

37,1

%

62,2

%

56,4

%

57,7

%

57,7

%

0,7%

1,4%

2,9%

2,7%

4,6%

0,0%

19,3

%

8%

19%

17%

11%

17%

12%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

49,0

%

34,8

%

42,9

%

24,3

%

21,8

%

30,8

%

23,0

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Branca Preta Parda Amarela Indígena Não declarada

77

Além disso, para os professores em atuação na educação infantil e nos anos iniciais do ensino

fundamental, considerou-se que o curso de Pedagogia e/ou Normal Superior é a formação

adequada para o exercício das funções de magistério. Essas considerações estão baseadas no

indicador de adequação da formação do docente da educação básica, cuja metodologia é

explicada na Nota Técnica Inep/Deed nº 20, de 21 de novembro de 2014.

PROPORÇÃO DE DOCÊNCIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA COM PROFESSORES QUE POSSUEM

FORMAÇÃO SUPERIOR COMPATÍVEL COM A ÁREA DE CONHECIMENTO EM QUE LECIONAM

GRÁFICO 100 Proporção de docências

com professores que possuem

formação superior compatível com a

área de conhecimento que lecionam

na Educação Básica - 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

A proporção de docências com professores que possuem formação superior

compatível com a disciplina lecionada no ano de 2016 na educação básica (Gráfico 101) foi de

84,9% (oitenta e quatro vírgula nove por cento) – ou seja, 0,6 p.p. abaixo do ano de 2014 e

15,1 p.p. distante do estipulado pela Meta 12, que estabeleceu que todos os professores da

educação básica devessem possuir “formação específica de nível superior, obtida em curso

de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.” (Brasil, 2014).

O gráfico 101 apresenta a proporção de formações superiores compatíveis com a

disciplina lecionada na creche, na pré-escola, nos anos iniciais e nos anos finais do ensino

fundamental e no ensino médio. Para o ano de 2016, os melhores resultados foram

observados no ensino médio (97,3%) e nos anos finais do ensino fundamental (90,2%), os

quais superaram o valor alcançado para a educação básica como um todo (84,9%). Na creche,

na pré-escola e nos anos iniciais de ensino fundamental, essa proporção foi de 38,5%, 62,7% e

de 82,6%, respectivamente.

100% 85%

75% 80% 85% 90% 95% 100%

Meta Situação 2016

78

GRÁFICO 101 Docências com professores que possuem formação superior compatível com as

disciplinas que lecionam - 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 102 Porcentagem de professores da educação básica por formação – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas

6,8%

7,2%

75,8

%

92,2

%

98,5

%

72,7

%

6,3%

54,2

%

72,6

%

92,3

%

97,1

%

77,3

%

6,7%

53,6

%

74,2

%

87,9

%

94,3

%

75,1

%

8,3%

60,0

%

81,4

%

89,0

% 10

0,0%

79,8

%

19,2

%

41,2

%

82,7

%

87,3

% 97

,1%

75,2

%

30,3

%

58,5

%

80,3

% 92

,5%

92,2

%

77,5

%

60,0

%

55,3

%

81,3

%

89,4

%

90,1

%

81,6

%

38,5

%

65,0

%

86,6

%

92,0

%

94,7

%

85,5

%

30,0

%

55,6

%

87,1

%

90,1

%

94,0

%

82,9

%

38,5

%

62,7

%

82,6

%

90,2

%

97,3

%

84,9

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Creche Pré-Escola Anos IniciaisEF

Anos Finais EF Ensino Médio EducaçãoBásica

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

72,7% 77,3%

75,1% 79,8%

75,2% 77,5%

81,6% 85,5%

82,90% 84,9%

13,1%

3,6% 5,1% 8,3%

3,3% 3,0%

5,6%

3,1% 2,40%

4,0%

59,6%

73,7% 70,0% 71,5%

66,3% 70,1%

73,4%

78,6% 75,90%

91,0%

5,6% 4,4%

2,6%

4,2% 4,5%

0,0% 0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Com superior Sem licenciatura

Com licenciatura Bacharelado com complementação pedagógica

79

Os gráficos 103 e 104 apresentam, para os anos de 2007 a 2016, os percentuais de

professores da educação básica por formação nas redes pública e privada. Percebe-se que a

partir do ano de 2012, os maiores percentuais foram alcançados pela rede pública.

GRÁFICO 103 Porcentagem de professores da educação básica por formação na rede pública – 2007 a

2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 104 Porcentagem de professores da educação básica por formação na rede privada – 2007 a

2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas

72,4% 77,8% 75,8%

78,5% 74,7%

79,3% 83,0%

89,6% 87,30% 85,3%

58,3%

76,1% 72,3%

76,3%

67,2% 72,2%

75,2%

83,3% 80,50% 79,0%

14,2%

1,7% 3,5% 2,3% 1,7%

3,0% 5,2%

2,3% 2,0% 1,5%

5,8% 4,2% 2,6%

4,1% 4,9% 4,9%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Com superior Com licenciatura

Sem licenciatura Bacharelado com complementação pedagógica

81,5% 77,4%

74,2%

91,7%

86,0%

68,9%

76,0%

66,0% 66,70%

83,3%

81,5%

61,3%

54,8% 56,3%

69,8%

62,2% 66,0%

54,0% 58,80%

68,8%

0,0%

16,1% 19,4%

35,4%

16,3%

6,7% 10,0% 12,0%

3,90% 8,3%

4,7% 4,4% 2,0% 4,0% 3,9%

6,2%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Com superior Com licenciatura

Sem licenciatura Bacharelado com complementação pedagógica

80

Analisando a formação de acordo com a etapa da educação básica (gráficos 105 a 107),

o maior percentual de compatibilidade entre formações superiores dos docentes, em 2016, foi

no ensino médio (97,3%), seguido pelo ensino fundamental (90%) e a educação infantil com

pior em 62,7%. Esse dado indica a necessidade de esforços ou políticas que forneça formação

compatível, principalmente, aos docentes da educação infantil.

GRÁFICO 105 Porcentagem de professores na educação infantil por formação – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 106 Porcentagem de professores no ensino fundamental por formação – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas

19,4%

10,5% 9,8% 11,4%

5,1% 0,0% 1,8% 0,0% 0,0% 0,0%

25,8%

36,8% 39,0% 34,3%

50,8%

44,4%

30,9%

22,4%

28,3%

19,6%

29,0%

21,1% 17,1%

14,3% 13,6% 9,7% 10,9%

20,4% 21,7% 17,6% 25,8%

31,6% 34,1%

40,0%

30,5%

45,8%

56,4% 57,1%

50,0%

62,7%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ensino Fundamental Ensino Médio - Normal/Magistério

Ensino Médio Ensino Superior

0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

13,3% 15,0% 16,3% 13,5% 12,8%

8,2% 6,7% 2,7%

5,1% 5,0%

2,1% 1,6% 1,5% 2,2% 2,9% 3,5% 7,2% 7,1% 5,6% 5,0%

84,6% 83,4% 82,1% 84,3% 84,3% 87,6% 86,1%

90,2% 89,3% 90,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ensino Fundamental Ensino Médio - Normal/Magistério

Ensino Médio Ensino Superior

81

GRÁFICO 107 Porcentagem de professores no ensino médio por formação – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação| Sinopses Estatísticas

Os gráficos 108 e 109 apresentam os dados desagregados por disciplina, para os anos

finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Em 2015, para os anos finais, observou-se

que a disciplina língua estrangeira é a que obteve maior percentual de docências compatíveis

(100%), seguida por língua portuguesa (90%), matemática (89,7%) e ciências (86,4%). Para essa

etapa, os menores percentuais de compatibilidade foram para artes (77,8%%) e educação

física (77,3%).

Quanto ao ensino médio, as maiores proporções observadas, nesse mesmo ano, foram

para as disciplinas de língua portuguesa, matemática, geografia, química, física, biologia,

filosofia e sociologia que alcançaram o índice de 100% (cem por cento). Por outro lado, as

menores proporções foram verificadas para educação física (85,7%), história (77,8%) e artes

(66,7%).

GRÁFICO 108 Proporção de docências com professores que possuem formação superior compatível

com a área de conhecimento que lecionam, por disciplina, nos anos finais do ensino fundamental –

2012 a 2015 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação

0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,5% 1,4% 4,3% 0,0% 3,0%

7,9% 10,0% 5,3% 6,0% 2,7%

98,5% 98,6% 95,7% 100,0% 97,0%

92,1% 90,0% 94,7% 94,0% 97,3%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ensino Fundamental Ensino Médio - Normal/Magistério

Ensino Médio Ensino Superior

91

,2%

91

,9%

90

,9%

91

,2%

90

,3%

90

,0%

88

,0%

10

0,0

%

88

,5%

92

,5%

91

,9%

88

,2%

91

,2%

89

,7%

90

,0%

88

,9%

10

0,0

%

85

,2%

91

,2%

90

,6%

93

,8%

93

,3%

92

,6%

92

,9%

86

,4%

10

0,0

%

90

,9%

90

,0%

89

,7%

82

,1%

84

,6%

86

,4%

77

,3%

77

,8%

10

0,0

%

84

,2%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2012 2013 2014 2015

82

GRÁFICO 109 Proporção de docências com professores que possuem formação superior compatível

com a área de conhecimento que lecionam, por disciplina, no ensino médio – 2012 a 2015 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação

Em termos gerais, os resultados apresentados demonstram a necessidade de se

ampliar os esforços para formação superior de professores em áreas de conhecimento

compatíveis com as disciplinas que lecionam. As análises apontam que há consideráveis

distâncias para o atingimento da meta, com base nas desagregações: etapa de ensino e

disciplinas.

META 13 - FORMAÇÃO CONTINUADA E PÓS-GRADUAÇÃO DE PROFESSORES

Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação básica, até o

último ano de vigência deste PME, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação

básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades,

demandas e contextualizações dos sistemas de ensino, mediante assistência financeira do

Ministério da Educação.

A Meta 13 é constituída por dois objetivos centrais: o primeiro é formar em nível de

pós-graduação 50% dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste

Plano Nacional de Educação (PNE); o segundo visa a garantir formação continuada a todos os

profissionais da educação básica em sua área de atuação, considerando as necessidades,

demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Para monitorar esses objetivos, foi

desenvolvido o seguinte indicador.

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

88

,9%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

80

%

10

0%

80

%

80

%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

77

,8%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

10

0%

85

,7%

66

,7%

10

0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2012 2013 2014 2015

83

– Indicador 13: Percentual de professores da educação básica com pós-graduação lato

sensu ou stricto sensu.

A complexidade do mundo contemporâneo impõe a todo setor a exigência de

competência profissional, ou melhor, do domínio de diferentes saberes, entendidos como

conteúdos, competências e habilidades, métodos e técnicas especializadas, relacionadas com

o campo específico, que, no caso da Educação, dizem respeito à prática pedagógica.

PROPORÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA COM FORMAÇÃO EM NÍVEL DE PÓS-

GRADUAÇÃO LATO SENSU OU STRICTO SENSU

GRÁFICO 110 Proporção de professores da educação básica com formação em nível de pós-graduação

lato sensu ou stricto sensu 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Sinopses Estatísticas

A qualidade dos procedimentos de formação inicial e continuada depende,

sobremaneira, de sua adequação às exigências do mundo contemporâneo, no qual as áreas de

conhecimento se constituem, cada vez mais, de forma intercultural e transdisciplinar, e da

capacidade de se trabalhar com as evidências e informações resultantes da avaliação da

prática.

É nesse sentido que, nos últimos anos, a Formação dos Profissionais, indispensável

para se assegurar a inserção competente nas atividades produtivas, tem se constituído, ao

lado da valorização do magistério em um dos principais compromissos da Política Pública

Municipal de Educação de Santo Antônio do Monte, que reconhece, no trabalho cotidiano do

professor, o principal responsável pelas mudanças requeridas no setor.

De acordo com os dados das Sinopses Estatísticas da Educação Básica, durante o

período de 2007 a 2016 (Gráfico 111), o percentual de professores da educação básica com

pós-graduação lato ou stricto sensu em Santo Antônio do Monte manteve-se em expansão a

partir do ano de 2012. O crescimento de 2012 (28,8%) a 2016 (36%) foi de 7,2 p.p. Já entre

2014 – ano de referência para esta Meta – e 2016, foi de 4,8 p.p.

50% 36,0%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Meta Situação 2016

84

GRÁFICO 111 Proporção de

professores da educação

básica com pós-graduação –

2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação

O indicador variou 12% (doze por cento) durante a série histórica analisada, indicando

uma queda no período de 2008 a 2012 de 10,5 p.p., demonstrando que o ritmo de formação

dos docentes em pós-graduação lato e stricto sensu foi inconstante no período em análise.

Para conseguir suprir a ampliação do quantitativo de professores e promover o alcance da

meta 13, deve-se oferecer formação em pós-graduação a 14% dos professores da educação

básica.

O gráfico 112 apresenta o Indicador 13 por dependência administrativa das escolas. No

ano de 2014, a rede privada alcançou um percentual de 27,5%, patamar que vem decaindo

desde 2011. A rede municipal obteve os maiores percentuais de professores pós-graduados

entre as redes públicas, 34,4% em 2014, índice que vem em constante aumento a partir 2011,

registrando aumento no intervalo de 2011 a 2014 de 11,3p.p. A rede estadual apresentou,

entre 2007 a 2014, queda de 12,7 p.p., atingindo 34,4% em 2014.

GRÁFICO 112 Proporção de professores da educação básica com pós-graduação, por rede – 2007 a

2014 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação

5,5%

19,4% 16,1%

18,9% 17,8% 18,2%

25,9% 29,1%

47,1%

62,1%

56,2%

43,9%

36,8% 40,2%

31,6% 34,4%

18,5%

40,6% 38,7%

28,6%

52,3%

32,6% 29,4%

27,5%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Municipal Estadual Privada

24,0%

39,3%

35,1%

30,9% 29,4% 28,8% 29,2%

31,2% 31,7%

36,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

85

O gráfico 113 apresenta o percentual de professores pós-graduados por modalidade

de pós-graduação, revelando que a especialização é a titulação mais frequentemente obtida

pelos professores: 35,6% possuíam essa titulação em 2016. Mestrado tem menor participação

no indicador, uma vez que apenas 0,8% dos professores possuíam essa titulação. E não há

nenhum professor, em Santo Antônio do Monte, com a titulação de doutorado.

GRÁFICO 113 Percentual de professores da educação básica com pós-graduação lato

sensu ou stricto sensu, por modalidade – 2007 a 2016

Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas

Os gráficos 114 a 117 apresentam os dados relativos ao percentual de professores da educação básica, por etapa, com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu no período de 2008 a 2016. É importante salientar que os dados referentes aos anos de 2015 e 2016 foram possíveis de consultas somente em todas as redes, sendo pesquisados nas sinopses estatísticas e não é possível detectar por rede em separado. A etapa da educação infantil é a que apresenta o menor percentual de professores com essa formação, 21,6% em 2016, porém houve um aumento se comparando 2011 a 2016 de 11,3 p. p. Nos anos iniciais de ensino fundamental está concentrado o maior percentual de formação, 44,6%, em 2016, e esse valor foi ampliado em 17 p.p. em comparação a 2012. Nos anos finais do ensino fundamental o percentual alcançado em 2016 foi de 35,9%, porém houve queda se comparado com 2008 de 13,1 p.p. No ensino médio ocorreu a maior queda em relação aos professores graduados em 27 p.p., pois em 2008 era 59,4% e em 2016 passou para 32,4%.

24,0

%

39,3

%

35,1

%

30,9

%

29,4

%

28,8

%

29,2

%

30,5

%

31,3

% 35

,6%

0,0%

0,0%

0,0%

0,4%

0,0%

0,0%

0,0%

0,7%

0,4%

0,8%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Especialização Mestrado Doutorado

86

GRÁFICO 114 Percentual de professores da educação infantil com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu - 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 115 Percentual de professores dos anos iniciais do ensino fundamental com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas

22,8

%

10,6

%

66,7

%

22,2

%

34,0

%

26,8

%

63,2

%

28,6

%

28,3

%

18,6

%

60,0

%

28,6

%

30,2

%

23,1

%

42,9

%

57,1

%

28,4

%

24,2

%

41,2

%

42,9

%

27,6

%

25,0

%

35,3

%

28,6

%

30,0

%

33,9

%

26,3

%

11,1

%

30,5

%

30,6

%

35,3

%

12,5

%

32,9

%

44,6

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Todas as redes Municipal Estadual Privada

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

18,4

%

14,7

%

50,0

%

17,5

%

16,7

% 25

,0%

14,3

%

15,6

%

0,0%

10,3

%

11,8

%

0,0%

11,3

%

14,3

%

0,0%

16,4

%

18,9

%

10,0

% 20

,4%

32,1

%

4,3%

21,7

%

21,6

%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

Todas as redes Municipal Privada

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

87

GRÁFICO 116 Percentual de professores dos anos finais do ensino fundamental com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas

GRÁFICO 117 Percentual de professores do ensino médio com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu – 2007 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação | Sinopses Estatísticas

33,0

%

5,3%

42,2

%

15,4

%

49,0

%

0,0%

62,0

%

50,0

%

48,3

%

5,9%

56,7

%

57,1

%

39,8

%

5,0%

45,0

%

53,8

%

32,7

%

5,3%

37,3

%

38,5

%

33,3

%

5,0%

40,0

%

35,7

%

29,5

%

5,0%

34,9

%

35,7

%

30,6

%

6,3%

36,1

%

28,6

% 34

,7%

35

,9%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Todas as redes Municipal Estadual Privada

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

49,3

% 55

,2%

41,7

%

59,4

%

62,7

%

53,8

%

52,9

%

54,0

% 60

,0%

44,4

%

40,7

%

63,6

%

38,2

%

36,1

%

45,5

%

40,6

%

41,1

%

33,3

%

23,9

%

25,4

%

16,7

%

30,7

%

32,8

%

16,7

%

37,3

%

32,4

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Todas as redes Estadual Privada

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

88

PROPORÇÃO DE PROFESSORES QUE REALIZARAM CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA NO

PERÍODO 2007 a 2016

Entre 2007 e 2016, houve aumento na proporção de professores que informaram ter

feito formação continuada em pelo menos uma das áreas específicas, passando de 7% para

21%, percentual muito distante para o alcance de 100% proposto pela meta 13 (Gráfico 118).

GRÁFICO 118 Percentual de professores da educação básica com formação continuada – 2007 a 2016 Fonte:

observatoriodopne.org.br

Observa-se no gráfico 119 que, em 2016, a realização de cursos de formação

continuada foi mais frequente na educação infantil (30,8%), em comparação com as demais

etapas da educação básica. As demais etapas apresentaram os seguintes índices: anos iniciais

do ensino fundamental, 27,1%, anos finais do ensino fundamental, 15,2% e ensino médio,

apenas 9,5%.

GRÁFICO 119 Percentual de professores da educação básica, por etapa, com formação continuada – 2007 a 2016 Fonte: observatoriodopne.org.br

2,3%

6,3%

7,8%

0,0%

6,3%

14,7

%

8,8%

13,0

%

6,7%

16,1

%

6,0%

11,4

%

8,3%

11,6

%

4,6%

1,6%

7,7%

8,6%

13,7

%

8,8%

12,1

%

7,9%

12,3

%

14,1

%

10,0

%

20,0

%

15,0

%

8,5%

30,8

%

17,1

%

12,5

%

8,0%

40,0

%

11,8

%

12,9

%

13,4

%

30,8

%

21,7

%

15,2

%

9,5%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

Educação Infantil Anos Iniciais EF Anos Finais EF Ensino Médio

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

7%

14% 12%

9%

14% 14%

19% 18% 18%

21%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

89

META 14 - VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR

Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, a

fim de equiparar o rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade

equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME.

A Meta 14 do PME tem como objetivo central a equiparação do rendimento médio dos

profissionais do magistério das redes públicas de educação básica ao dos demais profissionais

com escolaridade equivalente até o ano de 2021 (final do sexto ano de vigência do PNE 2015-

2025). Para o monitoramento desta meta, é utilizado o seguinte indicador:

– Indicador 17: Razão entre o salário médio de professores da educação básica da rede

pública (não federal) e o salário médio de não professores com escolaridade equivalente.

Professores devem ser tratados e valorizados como profissionais e não como

abnegados que trabalham apenas por vocação. A diferença salarial entre professores e demais

profissionais com mesmo nível de instrução é inaceitável. Enquanto salário e carreira não

forem atraentes, o número de jovens dispostos a seguir a carreira do magistério continuará

sendo baixo. Elevar os salários do magistério é opção mais política do que técnica. Implica em

mudar prioridades e passar a enxergar a Educação como a principal fonte sustentável de

desenvolvimento econômico e social de um país3.

O caminho para a construção da melhoria da qualidade de ensino, prioridade deste

PME, passa, necessariamente, pela valorização do magistério, pois os profissionais da

educação, de modo especial, o professor, são os agentes que promovem, de forma decisiva, as

grandes e verdadeiras mudanças no processo educacional.

Analisando o gráfico 120, percebe-se que a remuneração média dos professores de

Santo Antônio do Monte foi evoluindo no período de 2010 a 2016, chegando a um

crescimento de R$ 948,51 (novecentos e quarenta e oito reais e cinquenta e um centavos), ou

seja, um aumento de, aproximadamente, 125% (cento e vinte e cinco por cento). Fato esse

devido ao acompanhamento do piso salarial profissional nacional para os profissionais do

magistério público da educação básica e a implementação da Lei Complementar nº 050/2010,

que se dispõe do plano de carreira dos profissionais do magistério.

GRÁFICO 120 Remuneração média dos professores – Santo Antônio do Monte – 2010 a 2016 Fonte: Arquivos SEMED

3 Retirado de contexto Observatório PNE.

760,00

950,38

1160,96

1410,14 1435,35 1534,22

1708,51

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

1200,00

1400,00

1600,00

1800,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

90

Porém, mesmo com todo esforço despendido para melhoria salarial dos professores,

ainda percebe-se, no gráfico 121, que a diferença entre o salário médio dos professores da

educação básica da rede pública e o salário médio de não professores com escolaridade

equivalente encontra-se em 28% (vinte e oito por cento). Faz necessária a criação de políticas

públicas para que, até 2021, a fim de equiparar o rendimento médio dos professores aos

demais profissionais.

GRÁFICO 121 Diferença entre o salário médio de professores da educação básica da rede pública e o salário médio de não professores com escolaridade equivalente – Santo Antônio do Monte – 2010 a 2016 Fonte: Arquivos SEMED

META 15 - PLANO DE CARREIRA DOCENTE

Assegurar o cumprimento do plano de carreira para os (as) profissionais da educação

básica e, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal,

nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

O grande esforço na construção de uma política de Formação e de Valorização para o

Magistério se resume em cuidar, com dados de realidade, da constante atualização do Plano

de Carreira que deve primar por se constituir em proposta atrativa para os profissionais,

motivando-os para o seu permanente crescimento funcional.

Em Santo Antônio do Monte, o Estatuto e o Plano de Carreira e Vencimentos dos

profissionais da educação básica foi instituído pela Lei Complementar nº 050/2010, após

constituição do grupo de trabalho com representantes de todos os setores da secretaria

municipal de educação, realização de diversas reuniões do grupo e com o Conselho Municipal

de Educação, como também, assembleias gerais com os profissionais da educação básica.

A LC nº 050/2010 contemplou as diretrizes fixadas pelo Conselho Nacional de

Educação (Resolução CNE/CEB nº 2, de 28 de maio de 2009) ajustando-se, por conseguinte,

também aos preceitos do art. 67 da Lei nº 9.394 de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional – LDB), do art. 40 da Lei nº 11.494/2007 (Lei do Fundeb) e do art. 6º da Lei

nº 11.738/2008 (Lei do Piso Salarial Profissional Nacional).

A partir do ano de 2011, o município implantou o piso salarial profissional nacional, já

atentando pelo disposto na LC nº 050/2010, que estabeleceu a jornada semanal de trabalho

docente de 32 horas. Na composição da jornada de trabalho foi observado o § 4º do art. 2º, da

Lei nº 11.738/2008 que estabeleceu o limite máximo de 2/3 da carga horária para o

desempenho das atividades de interação com os educandos e o tempo restante, equivalente a

0%10%

20%30%

1708,51

2189,72

Pro

fess

ore

s

Dem

ais

pro

fiss

ion

ais

28%

91

1/3 destina-se às atividades de formação, avaliação e planejamento, conforme previsto no

inciso V do art. 67 da LDB.

Tendo em vista que o cumprimento da Meta 15 do PME resulta em custos financeiros,

assim como na necessidade de amplos diálogos com diversos segmentos sociais, é importante

que se estruturem ações, com o objetivo de instituir espaços de diálogo. Como alternativa, os

municípios, em referência ao que a União tem realizado, poderia criar espaços institucionais

com o objetivo de realizar o acompanhamento do piso salarial e da carreira dos profissionais

do magistério. Nesses espaços institucionais, prioritariamente, seriam desenvolvidas análises

sobre os planos de carreira e remuneração existentes, bem como debates sobre proposições

para a construção de novos planos4.

O desafio que se interpõe, haja vista as dificuldades financeiras do município em

aplicar o que está estabelecido pela Lei n° 11.738, é manter condições para que estruturas de

carreira que valorizem o profissional pela sua formação, desempenho e tempo de serviço

sejam mantidos, garantindo-se, assim, a função principal do plano de carreira e do piso salarial

profissional nacional, que é a de promover processos de valorização profissional.

Levando em consideração que os professores efetivos que fazem parte da carreira

estruturada no plano de carreira, analisa o gráfico 122 por esse viés, e percebe-se que ainda há

um grande número de servidores não atendidos pelo plano, uma vez que não ocupantes de

cargos efetivos.

GRÁFICO 122 Porcentagem de professores da rede pública ocupante de cargos de provimento efetivo – Santo Antônio do Monte – 2011 a 2016 Fonte: MEC/Inep/Deed/Censo Escolar/Todos Pela Educação/Sinopses Estatísticas

4 Retirado do documento Linha de Base Monitoramento Plano Decenal

68,9

%

65,8

%

69,6

%

67,6

%

46,7

%

40,1

%

72,1

%

59,8

%

58,6

%

48,6

%

50,5

%

56,0

% 6

7,8

%

75,7

%

80,9

%

82,4

%

43,8

%

27,0

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2011 2012 2013 2014 2015 2016

Total Municipal Estadual

92

META 16 - GESTÃO DEMOCRÁTICA

Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão

democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à

consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e

apoio técnico da união para tanto.

O conceito de gestão democrática da escola está ancorado no fato de: a escolha de

diretores ocorrer a partir de critérios técnicos de mérito e desempenho, associados à

participação da comunidade escolar; a escola possuir autonomia pedagógica, administrativa e

de gestão financeira; a elaboração de projeto pedagógico, currículos escolares, planos de

gestão escolar, regimentos escolares e constituição de conselhos escolares ou equivalentes

envolver a participação e consulta às comunidades escolar (contando com alunos e seus

familiares) e local, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores

escolares.

Tendo em vista a gestão democrática da educação, salientamos que foram criados os

Conselhos Municipais de Alimentação Escolar, de Educação e do FUNDEF sendo substituído,

por nova lei, adaptando à legislação nacional, tornando-se Conselho Municipal do FUNDEB

respectivamente nos anos de 1996, 1997 e 2007.

No ano de 2011 foram instituídos os conselhos escolares em cada entidade

educacional, substituindo os anteriores colegiados.

Porém, ainda não foi implantada gestão democrática da educação, associada a

critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no

âmbito das escolas públicas municipais. Nas escolas estaduais já há o atendimento a essa

meta.

Tendo por base os dados atuais levantados pela secretaria municipal de educação, o

município conta com 4 (quatro) escolas estaduais e 13 (treze) escolas municipais, distribuídas

em 5 (cinco) CEMEIs, 5 (cinco) escolas urbanas e 3 (três) escolas rurais. É importante destacar

que temos um diretor em cada escola estadual, nos CEMEIs e nas escolas urbanas. Nas escolas

rurais há um diretor para atendimento a todas.

Dito isso, podemos calcular que dentre os 16 (dezesseis) diretores existentes, 31%

(trinta e um por cento) são escolhidos como determina a meta 16, sendo o restante (69%)

sendo apenas indicação política.

Qual o percentual de escolas públicas que contaram com a participação de profissionais da educação, pais e alunos na formulação dos projetos político-pedagógicos e na constituição do conselho escolar?

Para estabelecer o percentual de escolas públicas que contaram com a participação de

profissionais da educação, pais e alunos na formulação dos projetos político-pedagógicos e na

constituição do conselho escolar tomou-se como referência o questionário do diretor da Prova

Brasil/Aneb em 2015, selecionando três questões que dizem respeito à composição do

conselho escolar, à frequência com que se reúne e ao desenvolvimento/elaboração do projeto

pedagógico da escola.

93

Destacamos que o questionário foi respondido por sete diretores, quatro da rede

municipal e três da rede estadual.

No que se refere ao projeto pedagógico da escola, percebe-se que a maioria, ou seja,

57% (cinquenta e sete por cento) utilizou-se de um modelo pronto, porém com adaptações e

com discussão com a equipe escolar. Percebe-se que 29% (vinte e nove por cento) dos

diretores responderam que utilizaram modelo próprio e com discussão com a equipe escolar. E

14% (quatorze por cento) fizeram adaptações a um modelo pronto, sem discussão com a

equipe escolar (Gráfico 123).

GRÁFICO 123 Percentual de escolas que envolvem a equipe escolar na elaboração do projeto pedagógico - 2015 Fonte: qedu.org.br

Analisando os dados por dependência administrativa, conforme apresenta o gráfico

124, observamos que, em 2015, na rede estadual (33%) e na rede municipal (25%), a

elaboração do projeto pedagógico era realizada a partir de modelo próprio, havendo discussão

com a equipe escolar. Em 67% (sessenta e sete por cento) das escolas estaduais e 50%

(cinquenta por cento) das municipais, o projeto pedagógico era elaborado utilizando-se

modelo pronto, porém com adaptações e discussão com a equipe escolar. Em 25% (vinte e

cinco por cento) das escolas o projeto pedagógico era elaborado utilizando um modelo pronto,

porém com adaptações, sem discussão com discussão com a equipe escolar.

0%

0%

0%

0%

14%

57%

0%

29%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Não sei como foi desenvolvido.

Não existe Projeto Pedagógico.

Utilizando-se um modelo pronto, sem discussão coma equipe escolar.

Utilizando-se um modelo pronto, mas com discussãocom a equipe escolar.

Utilizando-se de modelo pronto, porém comadaptações, sem discussão com a equipe escolar.

Utilizando-se de modelo pronto, porém comadaptações e com discussão com a equipe escolar.

Elaborou-se um modelo próprio, mas não houvediscussão com a equipe escolar.

Elaborou-se um modelo próprio e houve discussãocom a equipe escolar.

94

GRÁFICO 124 Percentual de escolas que envolvem a equipe escolar na elaboração do projeto pedagógico, por dependência administrativa - 2015 Fonte: qedu.org.br

No que diz respeito ao conselho escolar, duas questões foram analisadas: a primeira se

refere à frequência de reuniões desse órgão colegiado e a segunda à sua composição. Quanto

à frequência com que se reúne, os dados apresentados no gráfico 125 mostram que 100%

(cem por cento) das escolas estaduais possuíam conselho escolar que se reunia três vezes ou

mais por ano, enquanto que nas escolas municipais 50% (cinquenta por cento ) se reunia três

vezes ou mais por ano, 25% (vinte e cinco por cento) duas vezes e 25% (vinte e cinco por

cento) uma vez ou mais.

GRÁFICO 125 Percentual de escolas segundo a frequência de reuniões anuais do conselho escolar, por dependência administrativa - 2015 Fonte: qedu.org.br

No que diz respeito à constituição do conselho escolar, o gráfico 126 mostra que 100%

(cem por cento) das escolas estaduais contavam com a participação de professores,

0%

0%

0%

0%

25%

50%

0%

25%

0%

0%

0%

0%

0%

67%

0%

33%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Não sei como foi desenvolvido.

Não existe Projeto Pedagógico.

Utilizando-se um modelo pronto, sem discussão coma equipe escolar.

Utilizando-se um modelo pronto, mas com discussãocom a equipe escolar.

Utilizando-se de modelo pronto, porém comadaptações, sem discussão com a equipe escolar.

Utilizando-se de modelo pronto, porém comadaptações e com discussão com a equipe escolar.

Elaborou-se um modelo próprio, mas não houvediscussão com a equipe escolar.

Elaborou-se um modelo próprio e houve discussãocom a equipe escolar.

Estadual Municipal

0%

0%

25%

25%

50%

0%

0%

0%

0%

100%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Não existe Conselho Escolar.

Nenhuma vez.

Uma vez.

Duas vezes.

Três vezes ou mais

Estadual Municipal

95

funcionários, alunos e pais/responsáveis, enquanto, nas escolas municipais 100% (cem por

cento) não contavam com a participação de alunos.

GRÁFICO 126 Percentual de escolas segundo a constituição do conselho escolar, por dependência administrativa - 2015 Fonte: qedu.org.br

Qual o percentual de escolas públicas que recebem recursos financeiros dos entes federados?

Analisando a situação relacionada à autonomia de gestão por meio da transferência de

recursos financeiros dos entes federados, baseando no gráfico 127, 43% (quarenta e três por

cento) das escolas recebiam programa de financiamento do governo federal, como também do

governo estadual e 57% (cinquenta e sete por cento) do governo municipal em 2015.

Importante destacar também que, a partir de 2013, o Questionário do Diretor passa a captar

informações acerca do apoio financeiro de empresas ou doadores individuais às escolas,

registrando, que em 2015, 29% (vinte e nove por cento) de estabelecimentos que recebiam

esse tipo de colaboração.

GRÁFICO 127 Percentual de escolas beneficiárias de programas de financiamento de entes federados

e empresas ou doadores individuais – 2015 Fonte: qedu.org.br

0%

0%

100%

0%

0%

0%

0%

0%

100%

0%

0%

0%

0%

0%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%100%

Não existe Conselho Escolar.

Professores, funcionários, alunos e…

Professores, funcionários e…

Professores, alunos e pais/responsáveis.

Professores, funcionários e alunos.

Professores e pais/responsáveis.

Outros.

Estadual Municipal

43% 43%

57%

29%

57% 57%

43%

71%

0%

20%

40%

60%

80%

Programa definanciamento dogoverno federal

Programa definanciamento dogoverno estadual

Programa definanciamento dogoverno municipal

Apoio financeiro deempresas ou

doadores individuais

Sim Não

96

Quando se procura analisar a transferência de recursos financeiros observando a

dependência administrativa (Gráfico 128), constata-se que a transferência de recursos federais

e estaduais se equiparou, repassando à rede municipal 25% (vinte e cinco por cento) das

escolas e na rede estadual a 67% (sessenta e sete por cento). Os recursos provenientes dos

programas de financiamento do governo municipal registravam percentuais somente nas

escolas da rede municipal (100%). O apoio financeiro de empresas ou doadores individuais

ocorria em 50% (cinquenta por cento) das escolas municipais e em nenhuma das escolas

estaduais.

GRÁFICO 128 Percentual de escolas beneficiárias de programas de financiamento de entes federados

e empresas ou doadores individuais, por dependência administrativa – 2015 Fonte: qedu.org.br

Em que condições os diretores exercem o cargo?

Referindo à autonomia administrativa da gestão escolar procurou-se analisar algumas

questões presentes no Questionário do Diretor aplicado na Prova Brasil/Aneb (Gráfico 129). Os

dados mostram que a gestão escolar, por dependência administrativa, em 2015, as

interferências externas à gestão escolar eram de 100% (cem por cento) na rede estadual e de

25% (vinte e cinco por cento) na rede municipal. Observa-se que na rede municipal o apoio de

instâncias superiores atingiu os 100% (cem por cento) enquanto na rede estadual encontrava-

se em 33% (trinta e três por cento). E que em ambas as redes o apoio da comunidade à gestão

era de 100% (cem por cento).

25% 25%

100%

50%

67% 67%

0% 0% 0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Programa definanciamento dogoverno federal

Programa definanciamento dogoverno estadual

Programa definanciamento dogoverno municipal

Apoio financeiro deempresas ou

doadoresindividuais

Municipal Estadual

97

GRÁFICO 129 Percentual de escolas segundo as condições existentes para o exercício do cargo, por

dependência administrativa – 2015 Fonte: qedu.org.br

Financiamento e Gestão são temas ligados indissoluvelmente. Pode-se dizer que a

forma como se concebe a gestão é que estabelecerá, por exemplo, se a aplicação dos recursos

terá transparência ou não.

Historicamente, a gestão centralizada sempre predominou na política educacional

brasileira. Este modelo marcado, fundamentalmente pelo processo de transferência de

responsabilidades financeiras de um sistema de ensino para outro, nunca provocou nenhum

tipo de alteração na estrutura e nas relações de poder existentes, ou seja, preservou, no

âmbito da União, a centralização do poder de decisão e de comando.

A partir da década de 1980, com a chamada transição democrática, os movimentos

sociais se mobilizaram com vistas a conquistar direitos sociais e políticos, dentre esses, o

direito público e inalienável de acesso à educação, bem como a participação dos agentes que

compõem as instituições educacionais na organização de sua estrutura e funcionamento, o

que se configurou, na verdade, como luta pela democratização da escola pública.

Como resultado dessa luta, obteve-se a inclusão do princípio da Gestão Democrática

no ensino público, no artigo 206, inciso IV, da CF/88, sendo regulamentado pela LDBN nº

9394/96. A construção da Gestão Democrática se inicia com a criação e o fortalecimento dos

chamados conselhos educacionais, incluindo aí os escolares, bem como, com a mudança no

processo de provimento do cargo de dirigentes das instituições de ensino, e com a elaboração

dos projetos político-pedagógicos das escolas.

A intenção foi a de se criar um ambiente coletivo de tomada de decisões, que

modificasse a lógica interna dessas instituições, alterando as relações de poder, fazendo com

25%

100% 100% 100%

33%

100%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Há interferências externas emsua gestão?

Há apoio de instênciassuperiores?

Há apoio da comunidade à suagestão?

Municipal Estadual

98

que a participação, a autonomia e a colaboração – elementos essenciais da democracia –

passassem a ter lugar primordial na vida institucional, partindo do pressuposto de que a

educação deva ser entendida como direito de todos.

META 17 - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo,

o patamar de 7% (sete por cento) do produto interno bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano

de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do

decênio.

O monitoramento da Meta 20 do PNE tem como objetivo central acompanhar a

evolução dos investimentos em educação com vistas ao atingimento de, no mínimo, 7% do PIB

até 2019 (final do quinto ano de vigência do PNE 2014-2024) e 10% até 2024 (término da

vigência do PNE).

Conforme mencionado no documento PNE – Linha de Base, que trata dos indicadores

para monitoramento do Plano Nacional de Educação 2014-2024, o investimento público em

educação é analisado sob duas óticas: investimento público direto em educação e

investimento público total em educação. O primeiro representa a soma de todos os recursos

aplicados pelo setor público (União, estados e municípios) em educação; o segundo engloba,

além do investimento público direto, a complementação à aposentadoria futura dos

profissionais da educação, os recursos destinados a bolsas de estudos e ao Fundo de

Financiamento Estudantil (Fies) e as transferências ao setor privado.5

Compreendida dessa maneira, surge a importância de se terem garantidas legalmente,

para a educação, fontes de recursos, para financiar a universalização do ensino e a melhoria de

sua qualidade, nos seus diferentes níveis e modalidades. Com base nesse pressuposto, é que a

Constituição Federal - CF/88 – estabelece, no seu artigo 212, os percentuais a serem aplicados

na educação escolar, sendo 18% (dezoito por cento) pela União e 25% (vinte e cinco por cento)

pelos Estados, Municípios e Distrito Federal, os quais deverão advir de receitas resultantes de

impostos e não da totalidade dos recursos previstos em seus respectivos orçamentos.

Confirmando essa determinação, o artigo 68 da LDBN nº 9394/96 estabelece como

recursos destinados à educação pública os originários de receitas próprias da União, dos

Estados e dos Municípios, receitas de transferências constitucionais e outras transferências,

receita do salário-educação e outras contribuições sociais, receitas de incentivos fiscais e

outros recursos previstos em lei.

A referida Lei facilita, amplamente, a tarefa de como gerir os recursos públicos, ao

estabelecer, no § 5º do artigo 69, o repasse automático dos recursos vinculados ao órgão

gestor e, ao regulamentar, nos artigos 70 e 71 quais as despesas admitidas ou não como gastos

com manutenção e desenvolvimento do ensino.

5 Retirado do documento Relatório do Primeiro Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE – Biênio 2014-2016

99

Dessa forma, de acordo com os dispositivos legais, os Municípios têm uma base

comum de financiamento, podendo a Lei Orgânica aumentar o percentual de 25% (vinte e

cinco por cento) nos tributos que compõem o potencial básico de custeio da Educação

Municipal nos seguintes impostos:

Fundo de Participação dos Municípios – FPM -;

Imposto de Renda Retido na Fonte dos servidores - IRRF -;

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS -;

Imposto sobre propriedade de veículos automotores - IPVA -;

Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana – IPTU -;

Imposto sobre serviço de qualquer natureza - ISSQN -;

Imposto sobre transmissão de bens imóveis - ITBI –;

Imposto Territorial Rural - ITR -.

O acompanhamento sistemático e transparente da receita e do investimento constitui

fator imprescindível para se garantir a qualidade que se pretende no trabalho da educação.

Com esse intuito, apresenta-se, na tabela LVIII, o demonstrativo do percentual das aplicações

efetuadas no setor da Educação em relação à Receita Municipal de Santo Antônio do Monte,

nos anos de 2010 a 2016.

Além dessas receitas de impostos, há ainda as de contribuições sociais, entre elas o

Salário-Educação e o FUNDEB e que juntos com a especificação do que constituem despesas

públicas com educação, contidas nos artigos 70 e 71 da Lei de Diretrizes e Bases/96, devem

auxiliar o alcance das metas estabelecidas no Plano Decenal Municipal de Educação.

As determinações legais indicam a necessidade de estabelecimento de prioridades

voltadas à melhoria da qualidade da Educação Pública Municipal.

O planejamento e o orçamento são meios para se fixarem os rumos de uma realidade,

alocando recursos e estabelecendo prioridades para prazos determinados. A Constituição/88

institucionalizou três instrumentos de planejamento que devem ser coerentes entre si:

o Plano Plurianual – PPA;

a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO;

o Orçamento Anual – OA.

O orçamento deve ser usado como instrumento para executar o Plano Decenal

Municipal de Educação e para permitir que os recursos sejam devidamente aplicados,

considerando, sobremaneira, as responsabilidades constitucionais do Município.

Toda a execução orçamentária deve ser, continuamente, monitorada pelos órgãos de

controle interno, assim como pelos órgãos de controle externo (Poder Legislativo, Tribunais de

Contas, Poder Judiciário). Qualquer cidadão pode, também, participar do processo de controle,

tomando providências junto à Justiça do Tribunal de Contas.

Verifica-se, pelo gráfico 130, que o percentual aplicado em educação, nos anos de

2010 a 2016, manteve-se quase em um mesmo patamar, acima ao mínimo constitucional

estabelecido.

100

GRÁFICO 130 Demonstrativo das receitas e dos percentuais aplicados na educação municipal –

2010 a 2016

Fonte: Setor de Contabilidade da Prefeitura

A apresentação de um diagnóstico acerca da situação em que se encontra a Educação

Municipal de Santo Antônio do Monte, do ponto de vista de sua Gestão e de Financiamento,

como meio para o estabelecimento de metas para um plano com um prazo de dez anos,

implica ressaltar, os seguintes aspectos:

TABELA III – O FUNDEB na Receita do Município – Ano 2016

IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIAS

REPASSES AO MUNICÍPIO R$

20% PARA O FUNDO (RETIDO) R$

1. QP – FPM 18.634.863,00 3.717.384,18

2. QP – IPVA 3.634.271,34 726.853,05

3. QP – ICMS 7.845.696,41 1.569.138,97

4. QP – IPI 96.458,85 19.291,63

5. QP – ITR 54.713,20 10.942,47

6. L.C. 47.953,92 9.590,76

RENT. FINANCEIRA 532.178,34 44.225,06

TOTAL 30.846.135,06 6.097.426,12 Fonte: Setor de Contabilidade da Prefeitura

TABELA IV – Recursos e Aplicação do FUNDEB na Remuneração do Magistério da Rede Municipal – 2010 a 2016

ANO PARTICIPAÇÃO

R$ RECEBIMENTO

R$ APLICAÇÃO NA

REMUNERAÇÃO R$ % DE

APLICAÇÃO

2010 3.382.910,10 4.471.431,13 4.282.754,81 95,78%

2011 4.036.494,55 5.103.275,15 5.142.756,08 100,77%

29,44 28,59 29,48 29,54 29,06 30,27 31,49

0,00

10.000.000,00

20.000.000,00

30.000.000,00

40.000.000,00

50.000.000,00

60.000.000,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

RECEITA LÍQUIDA DO MUNICÍPIO R$ RECEITA DA EDUCAÇÃO R$

% APLICADO NA EDUCAÇÃO

101

2012 4.239.619,47 5.562.021,70 5.613.100,14 91,83%

2013 4.619.321,63 6.350.505,04 5.792.922,44 91,22%

2014 5.060.366,42 6.585.088,33 6.027.037,74 91,52%

2015 5.319.019,87 6.833.067,83 6.209.461,01 90,87%

2016 6.053.201,06 7.141.666,61 6.533.084,39 91,48% Fonte: Setor de Contabilidade da Prefeitura

TABELA V – Receita Originária de Impostos e Investimentos na Manutenção e no

Desenvolvimento da Educação – MDE – Ano 2016

MÊS RECEITA

ORIGINÁRIA DE IMPOSTOS R$

INVESTIMENTO NA MDE R$

% MÊS % ACUMULADO

Janeiro 4.025.001,19 760.580,57 18,90% 18,90%

Fevereiro 3.186.718,98 951.347,15 29,85% 23,74%

Março 2.598.263,61 930.325,66 35,81% 26,93%

Abril 2.377.081,05 792.651,47 33,35% 28,18%

Maio 2.810.598,10 1.043.979,13 37,14% 29,86%

Junho 2.454.225,34 771.314,99 31,43% 30,08%

Julho 2.810.827,05 1.052.893,42 37,46% 31,11%

Agosto 3.201.747,53 887.506,79 27,72% 30,64%

Setembro 2.185.262,86 995.466,71 45,55% 31,91%

Outubro 2.281.471,28 653.843,21 28,66% 31,65%

Novembro 3.375.039,37 1.089.302,30 32,28% 31,72%

Dezembro 4.758.103,26 1.426.964,79 29,99% 31,49%

TOTAL 36.064.339,62 11.356.176,19 -- -- Fonte: Setor de Contabilidade da Prefeitura

A Tabela III demonstra o investimento em educação, na Rede Municipal de Ensino, no

ano de 2016, tanto em termos absolutos quanto em termos percentuais e evidencia uma

descontinuidade na aplicação mensal dos recursos durante o ano. Em um mês, o percentual de

aplicação não atingiu os 25% (vinte e cinco por cento) constitucionais, e, no último mês,

atingiu a casa dos 29,99% (vinte e nove vírgula noventa e nove por cento). Se, perante o

Tribunal de Contas, o Município finaliza o ano com as suas obrigações cumpridas, no que se

refere à Política Educacional e à sua prática, esta discrepância de aplicação, durante os meses,

torna-se um tanto quanto prejudicial, uma vez que o trabalho educativo tem uma

continuidade e uma rotina que requerem aplicações de recursos comuns mínimos de

regularidade que garanta a unidade e a qualidade do trabalho.

Embora, de acordo com a tabela IV, o percentual de aplicação dos recursos do

FUNDEB, em 2016, tenha atingido a casa de 91,48% (noventa e um vírgula quarenta e oito por

cento), superando em 0,61% (zero vírgula sessenta e um pontos percentuais) a aplicação do

ano 2015, é importante reconhecer que, quando os recursos são liberados da forma

demonstrada na tabela acima, concentrando grande percentual ao final do ano, os gastos,

apesar de que possam se configurar como legítimos, acabam por não contemplar as

necessidades substantivas do processo educativo, sendo, muitas vezes, aplicado sem

atividades ou em aquisições aleatórias, ou seja, não planejadas.

102

TABELA VI – Transferências Constitucionais – 2010 a 2016

ANO TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS

FPM ITR LC 87/96 CIDE Royalties AFM/AFE FEX FUNDEB TOTAL

2010 8.928.994,22 17.251,37 34.758,84 67.953,28 131.937,72 80.075,74 61.372,20 4.457.691,37 13.780.034,74

2011 10.973.599,17 23.218,86 36.767,64 82.174,35 172.109,88 0,00 63.955,89 5.066.213,33 16.418.039,12

2012 11.306.325,75 26.486,75 35.338,08 43.840,90 206.219,41 0,00 84.942,05 5.548.348,31 17.251.501,25

2013 12.144.880,96 22.110,88 34.743,35 2.221,05 215.495,88 309.407,77 0,00 6.334.682,97 19.063.542,86

2014 13.098.598,30 28.881,57 35.489,16 4.496,17 243.516,75 306.241,53 72.858,62 6.565.728,79 20.355.810,89

2015 13.927.945,12 37.117,98 36.831,47 17.084,38 188.243,94 0,00 64.702,12 6.799.009,80 21.070.934,81

2016 16.241.222,01 43.770,73 38.363,16 47.308,68 188.243,94 0,00 126.629,84 7.097.441,55 23.782.979,91

Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/transferencias

TABELA VII – Evolução Aproximada das Transferências – 2010 a 2016

Evolução aproximada das transferências

Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Percentual - 19,1 5,2 10,5 6,5 3,5 12,5

TABELA VIII – Indicadores de Composição da Receita – Percentual de receitas em relação à receita total – 2012 a 2016

PERCENTUAL DE RECEITAS EM RELAÇÃO À RECEITA TOTAL

RECEITA 2012 2013 2014 2015 2016

Transferências realizadas pelo FNDE 1,52% 2,79% 3,10% 1,75% 1,31%

Impostos 5,82% 8,68% 7,28% 7,33% 6,97%

Transferências constitucionais 0,00% 0,00% 0,00% 49,36% 49,86%

Fonte: SIOPE

TABELA IX – Indicadores de Dispêndio Financeiro – Percentual dos recursos do FUNDEB aplicados por etapa da Educação Básica – 2012 a 2016

INDICADORES DE DISPÊNDIO FINANCEIRO

PERCENTUAL DOS RECURSOS DO FUNDEB APLICADOS

ETAPA 2012 2013 2014 2015 2016

Educação Infantil 23,58% 20,81% 25,47% 21,89% 26,79%

Ensino Fundamental 76,31% 76,59% 76,08% 66,94% 70,71%

Fonte: SIOPE

A tabela demonstra que o maior investimento dos recursos do FUNDEB é aplicado no

Ensino Fundamental, o que confirma maior atendimento a essa etapa da Educação Básica.

TABELA X – Indicadores de Dispêndio Financeiro – Percentual das despesas em relação à despesa total com educação por etapa da Educação Básica – 2012 a 2016

INDICADORES DE DISPÊNDIO FINANCEIRO

PERCENTUAL DAS DESPESAS EM RELAÇÃO À DESPESA TOTAL COM EDUCAÇÃO

ETAPA 2012 2013 2014 2015 2016

103

Educação Infantil 25,90% 23,37% 24,98% 26,91% 26,72%

Ensino Fundamental 64,20% 68,69% 67,28% 66,76% 61,82%

Fonte: SIOPE

TABELA XI – Indicadores de Dispêndio Financeiro – Percentual das despesas e investimento de capital – 2012 a 2016

INDICADORES DE DISPÊNDIO FINANCEIRO

Percentual das despesas e investimentos de capital

ITENS 2012 2013 2014 2015 2016

Despesas em educação em relação às despesas de

todas as áreas 22,67% 25,03% 22,06% 22,14% 22,27%

Despesas com alimentação escolar em relação à

despesa total com educação 0,00% 0,41% 0,00% 1,63% 0,73%

Percentual de despesas correntes em educação em

relação à despesa total em MDE 99,59% 106,69% 101,11% 105,02% 100,00%

Percentual de investimentos de capital em

educação em relação à despesa total em MDE 6,05% 0,55% 5,54% 1,99% 0,00%

Investimento com material didático por aluno da EB R$ 0,00 R$ 44,38 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Fonte: SIOPE

TABELA XII – Demonstrativo das Receitas e dos Percentuais Aplicados na Educação Municipal – 2010 a 2016

INDICADORES DE GASTO POR ALUNO

DESPESAS ANO

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Gasto educacional por aluno da educação

infantil 3163,24 2355,50 2909,80 3176,76 3640,97 3818,23 3199,18

Gasto educacional por aluno do ensino

fundamental 2841,28 3773,93 3856,99 5230,78 5602,85 5319,13 5211,87

Gasto educacional por aluno da educação

básica 2941,43 3353,22 3526,91 4493,22 4725,68 4589,01 4303,31

Despesas com professores por aluno da

educação básica 1888,66 2061,67 2755,36 3398,35 3310,18 3552,59 3133,23

Despesas com profissionais não docentes 258,24 376,57 206,30 587,67 561,92 357,95 656,71

Fonte: SIOPE

Analisando o valor investido por aluno da educação básica, o valor investido em 2016 –

R$ 4.303,31, em comparação aos R$ 2.941,43 investidos no ano de 2010, foi superior em

46,3% (quarenta e seis vírgula três por cento). Acredita-se que esse crescimento ocorreu com a

implantação do Plano de Carreira dos profissionais do magistério.

Porém, comparando os anos 2016 e 2014, percebe-se uma queda de investimento por

aluno da educação básica de aproximadamente 9,8% (nove vírgula oito por cento). As

despesas com professores por aluno tiveram queda de 5,65% (cinco vírgula sessenta e cinco

por cento), enquanto que as despesas com profissionais não docentes houve aumento de

16,8% (dezesseis vírgula oito por cento). Mesmo assim, o município investiu valor superior ao

valor mínimo anual por aluno estabelecido pelo governo federal.

104

TABELA XIII – Percentual das despesas em relação à despesa total com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – 2010 a 2016

DESPESAS EM RELAÇÃO À DESPESA TOTAL COM MDE

DESPESAS ANO

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pessoal e encargos sociais da

área educacional 97,70% 98,05% 97,77% 97,46% 98,03% 95,70% 92,91%

Professores docentes 61,54% 58,62% 70,39% 69,33% 64,63% 73,59% 65,49%

Profissionais não docentes 8,41% 10,70% 5,27% 11,99% 10,97% 7,41% 13,72%

Fonte: SIOPE

TABELA XIV – Percentual de aplicação e não aplicação de receitas educacionais - 2010 a 2016

PERCENTUAL DE APLICAÇÃO E NÃO APLICAÇÃO DE RECEITAS EDUCACIONAIS

APLICAÇÃO

ANO

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Aplicação das receitas de impostos e

transferências vinculadas à educação

em MDE (mínimo de 25%) 28,30% 29,00% 28,04% 27,85% 29,88% 29,31% 30,73%

Aplicação do FUNDEB na remuneração

dos profissionais do magistério

(mínimo de 60%) 73,00% 66,03% 84,54% 89,40% 82,28% 91,74% 83,16%

Aplicação do FUNDEB em despesas

com MDE, que não remuneração do

magistério (máximo de 40%) 22,78% 29,22% 15,36% 5,98% 16,82% 4,18% 16,57%

Receitas não aplicadas no exercício

(máximo de 5%) 4,22% 1,23% 0,09% 4,62% 0,90% 4,08% 0,27%

Fonte: SIOPE

Verifica-se, pela tabela acima, que o percentual aplicado em educação, nos anos de

2010 a 2016, sofreu pouca variação, mantendo sempre acima ao mínimo constitucional

estabelecido.

TABELA XV – Limites de Aplicação Obrigatória do FUNDEB - 2010 a 2016

LIMITES DE APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA DO FUNDEB

APLICAÇÃO ANO

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Mínimo de 60% 76,39% 73,00% 66,03% 84,54% 89,4% 82,28% 91,74% 83,16%

Máximo de 40% 23,58% 22,77% 29,22% 15,36% 5,98% 16,82% 4,18% 16,57%

Fonte: SIOPE

105

TABELA XVI – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Ensino Fundamental - 2010 a 2016

RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS

Sub-funções Natureza da Despesa ENSINO FUNDAMENTAL

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pessoal e Encargos Sociais

FUNDEB 3.700.000,00 3.160.000,00 5.492.769,16 4.664.000,00 7.436.750,45 6.216.640,12 7.305.941,14

Despesas Próprias 1.555.000,00 1.664.940,28 1.567.600,68 1.673.429,64 2.616.459,69 2.240.512,73 2.069.801,07

Outras Despesas Correntes

FUNDEB 750.000,00 1.000.000,00 1.847.389,10 892.000,00 1.309.427,01 260.000,00 0,00

Despesas Próprias 215.000,00 1.336.135,00 490.970,72 1.300.265,68 731.022,82 1.016.851,49 473.341,67

Despesas Vinculadas 250.000,00 150.000,00 383.877,57 560.000,00 210.000,00 204.000,00 0,00

Material de Consumo

FUNDEB 150.000,00 300.000,00 373.097,99 70.000,00 522.228,25 40.000,00 0,00

Despesas Próprias 50.000,00 296.070,00 171.581,72 1.093.413,95 373.591,57 430.000,00 308.500,00

Despesas Vinculadas 150.000,00 150.000,00 313.877,57 450.000,00 110.000,00 104.000,00 0,00

Serviços de Terceiros (P/Física)

FUNDEB 0,00 0,00 0,00 0,00 46.018,76 10.000,00 0,00

Despesas Próprias 1.000,00 7.650,00 5.160,00 0,00 0,00 10.000,00 13.000,00

Serviços de Terceiros (P/Jurídica)

FUNDEB 600.000,00 700.000,00 1.474.291,11 820.000,00 735.000,00 210.000,00 0,00

Despesas Próprias 150.000,00 1.014.695,00 294.439,00 177.856,53 324.621,25 566.891,49 145.700,00

Despesas Vinculadas 100.000,00 0,00 70.000,00 110.000,00 100000,00 100.000,00 0,00

Investimentos

FUNDEB 300.000,00 550.000,00 296.001,14 100.000,00 15.000,00 0,00 0,00

Despesas Próprias 55.000,00 720.500,00 50.000,00 0,00 2.100,00 0,00 0,00

Despesas Vinculadas 0,00 200.000,00 0,00 0,00 400.000,00 0,00 0,00

Total

FUNDEB 4.750.000,00 4.710.000,00 7.636.159,40 5.656.000,00 8.761.177,46 6.476.640,12 7.305.941,14

Despesas Próprias 1.825.000,00 3.721.575,28 2.108.571,40 2.973.695,32 3.349.582,51 3.307.364,22 2.543.142,74

Despesas Vinculadas 250.000,00 350.000,00 383.877,57 560.000,00 610.000,00 204.000,00 0,00

Total Geral 6.825.000,00 8.781.575,28 10.128.608,37 9.189.695,32 12.720.759,97 9.988.004,34 9.849.083,88

Fonte: SIOPE

TABELA XVII Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Educação Infantil - 2010 a 2016

RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS

Sub-funções Natureza da

Despesa

EDUCAÇÃO INFANTIL

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pessoal e Encargos Sociais

FUNDEB 1.250.000,00 670.000,00 954.756,04 751.000,00 1.613.000,00 1.349.000,00 1.043.000,00

Despesas Próprias 755.000,00 363.605,25 527.378,02 1.617.279,73 619.000,00 460.000,00 607.400,00

Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 550.000,00 0,00 0,00 0,00

Outras Despesas Correntes

FUNDEB 0,00 10.000,00 0,00 20.000,00 25.000,00 0,00 0,00

Despesas Próprias 120.000,00 116.618,00 83.600,00 230.000,00 300.000,00 80.000,00 72.550,00

Despesas Vinculadas 60.000,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 100.000,00 0,00

Material de Consumo

FUNDEB 0,00 10.000,00 0,00 20.000,00 20.000,00 0,00 0,00

Despesas Próprias 50.000,00 64.418,00 30.000,00 130.000,00 100.000,00 30.000,00 7.000,00

106

Despesas Vinculadas 60.000,00 50.000,00 100.000,00 100.000,00

Serviços de Terceiros (P/Física)

Despesas Próprias

0,00 0,00 7.600,00 0,00 100000,00 10.000,00 8.500,00

Serviços de Terceiros (P/Jurídica)

FUNDEB 0,00 0,00 0,00 0,00 5.000,00 0,00 0,00

Despesas Próprias 50.000,00 46.000,00 10.000,00 100.000,00 40.000,00 57.050,00

Despesas Vinculadas

Investimentos

FUNDEB 0,00 50.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Despesas Próprias 20.000,00 265.000,00 25.675,14 0,00 0,00 0,00 0,00

Despesas Vinculadas 700.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total

FUNDEB 1.250.000,00 730.000,00 954.756,04 771.000,00 1.638.000,00 1.349.000,00 1.043.000,00

Despesas Próprias 895.000,00 745.223,25 636.653,16 1.847.279,73 919.000,00 540.000,00 679.950,00

Despesas Vinculadas 760.000,00 50.000,00 0,00 550.000,00 100.000,00 100.000,00 0,00

Total Geral

2.905.000,00

1.525.223,25

1.591.409,20

3.168.279,73

2.657.000,00

1.989.000,00

1.722.950,00

Fonte: SIOPE

TABELA XVIII – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Educação Infantil (Pré-Escola) - 2010 a 2016

RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS

Sub-funções Natureza da

Despesa

EDUCAÇÃO INFANTIL (PRÉ-ESCOLA)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pessoal e Encargos Sociais

FUNDEB 0,00 645.000,00 947.512,57 800.000,00 0,00 1.247.000,00 1.044.000,00

Despesas Próprias 0,00 200.000,00 398.800,00 394.156,47 830.000,00 470.000,00 646.600,00

Outras Despesas Correntes

Despesas Próprias 0,00 73.217,11 70.000,00 49.114,35 217.989,59 80.000,00 70.100,00

Despesas Vinculadas 0,00 200.000,00 0,00 0,00 100.000,00 70.000,00 0,00

Material de Consumo

Despesas Próprias 0,00 39.908,61 30.000,00 49.114,35 10.000,00 35.000,00 4.500,00

Despesas Vinculadas 0,00 50.000,00 0,00 0,00 100.000,00 70.000,00 0,00

Serviços de Terceiros (P/Física)

Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 7989,59 10.000,00 8.500,00

Serviços de Terceiros (P/Jurídica)

Despesas Próprias 0,00 33.308,50 40.000,00 0,00 200.000,00 35.000,00 57.100,00

Despesas Vinculadas 0,00 150.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Investimentos

FUNDEB 0,00 100.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 300.000,00 0,00 0,00

Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 0,00

Total

FUNDEB 0,00 745.000,00 947.512,57 800.000,00 0,00 1.247.000,00 1.044.000,00

Despesas Próprias 0,00 273.217,11 468.800,00 443.270,82 1.347.989,59 550.000,00 716.700,00

Despesas Vinculadas 0,00 200.000,00 0,00 0,00 100.000,00 270.000,00 0,00

Total Geral 0,00 1.218.217,11 1.416.312,57 1.243.270,82 1.447.989,59 2.067.000,00 1.760.700,00

Fonte: SIOPE

107

TABELA XIX – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Educação Especial - 2010 a 2016

RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS

Sub-funções Natureza da

Despesa

EDUCAÇÃO ESPECIAL

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pessoal e Encargos Sociais

Despesas Próprias 0,00 105.500,00 172.000,00 262.463,87 250.000,00 300.607,85 791.801,07

Outras Despesas Correntes

Despesas Próprias 22.000,00 32.000,00 77.220,06 35.000,00 65.000,00 26.000,00 86.200,00

Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00 0,00

Material de Consumo

Despesas Próprias 1.000,00 5.000,00 26.220,06 15.000,00 15.000,00 1.000,00 100,00

Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00 0,00

Serviços de Terceiros (P/Física)

Despesas Próprias 10.000,00 15.200,00 30.000,00

30.000,00 20.000,00 6.000,00

Serviços de Terceiros (P/Jurídica)

Despesas Próprias 10.000,00 10.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 5.000,00 6.100,00

Investimentos Despesas Próprias 5.000,00 8.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total

Despesas Próprias 27.000,00 146.000,00 249.220,06 297.463,87 315.000,00 326.607,85 878.001,07

Despesas Vinculadas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00 0,00

Total Geral 27.000,00 146.000,00 249.220,06 297.463,87 315.000,00 336.607,85 878.001,07

Fonte: SIOPE

TABELA XX – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Educação de Jovens e Adultos - 2010 a 2016

RELATÓRIO QUADRO DE RESUMO DE DESPESAS

Sub-funções Natureza da Despesa EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pessoal e Encargos Sociais Despesas Próprias 0,00 1.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras Despesas Correntes Despesas Próprias 0,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 0,00

Despesas Vinculadas 10.000,00 10.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Material de Consumo Despesas Próprias 0,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Despesas Vinculadas 10.000,00 10.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Serviços de Terceiros (P/Física) Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Serviços de Terceiros (P/Jurídica) Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 0,00

Investimentos Despesas Próprias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total Despesas Próprias 0,00 3.500,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 0,00

Despesas Vinculadas 10.000,00 10.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total Geral 10.000,00 13.500,00 0,00 0,00 0,00 50.000,00 0,00

Fonte: SIOPE

108

TABELA XXI – Relatório Quadro de Resumo de Despesas – Geral - 2010 a 2016

RELATÓRIO QUADRO RESUMO DAS DESPESAS POR NATUREZA

NATUREZA 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

FUNDEB 6.000.000,00 6.185.000,00 9.538.428,01 7.227.000,00 10.399.177,46 9.072.640,12 9.392.941,14

Despesas Próprias 2.747.000,00 4.889.515,64 3.463.244,62 5.561.709,74 5.931.572,10 4.773.972,07 4.817.793,81

Despesas

Vinculadas 1.020.000,00 610.000,00 383.877,57 1.110.000,00 810.000,00 584.000,00 0,00

TOTAL 9.767.000,00 11.684.515,64 13.385.550,20 13.898.709,74 17.140.749,56 14.430.612,19 14.210.734,95

Fonte: SIOPE

Evolução aproximada das Despesas

Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Percentual - 19 14,5 3,5 23,5 -16 -1,5

Fonte: SIOPE

É compreensível que alguns impostos municipais e outros que dependem da

movimentação financeira não tenham uma regularidade fixa em termos da quantia

arrecadada. No entanto, é preciso que o Município se esforce por manter um mínimo de

previsibilidade e regularidade nas suas aplicações, já que os recursos específicos da Educação,

de acordo com o Art. 69 da LDB, têm prazos de repasse à Secretaria Municipal de Educação,

previamente determinados, e numa quantia previsível, a partir do número de alunos

comprovadamente matriculados na Rede Municipal de Ensino.

Observando-se as tabelas do presente capítulo, fica evidente a necessidade de um

acompanhamento mais criterioso, que, efetivamente, possa demonstrar o compromisso do

Município com as funções substantivas da Educação, qual seja a prática pedagógica, exigência

inserida no artigo 69 da Lei nº 9.394/96, que trata da gestão dos recursos da Educação.

Finalmente, é importante ressaltar que os Relatórios de Atividades e Informativos

Estatísticos da Secretaria Municipal de Educação demonstram que o Governo e a atual Gestão

Municipal de Educação portam-se à altura de suas responsabilidades para com a Educação e

para com a sociedade santoantoniense, no que se refere tanto aos compromissos com o

Financiamento quanto à efetivação da Gestão Democrática da Educação, associada a critérios

técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das

escolas públicas.

A análise da realidade de Financiamento do Município, relativa à Educação, sugere

que o Regime de Cooperação entre Município, Estado e União, preconizado por este PME,

constitua, efetivamente, importante medida a ser consolidada, pois propiciará a transparência

das ações educativas e um melhor incremento e aproveitamento dos recursos financeiros

disponíveis para a concretização de uma educação de qualidade e de uma gestão democrática

para a população de Santo Antônio do Monte.

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