73
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MICHEL VIVIANO DOS SANTOS ETAPAS DA AUDITORIA CONTÁBIL: UM ESTUDO DE CASO APLICADO NA INDÚSTRIA DO SEGMENTO DE CERÂMICA SÃO JOSÉ 2016

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MICHEL VIVIANO DOS SANTOS

ETAPAS DA AUDITORIA CONTÁBIL: UM ESTUDO DE CASO APLICADO NA

INDÚSTRIA DO SEGMENTO DE CERÂMICA

SÃO JOSÉ

2016

Page 2: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MICHEL VIVIANO DOS SANTOS

ETAPAS DA AUDITORIA CONTÁBIL: UM ESTUDO DE CASO APLICADO NA

INDÚSTRIA DO SEGMENTO DE CERÂMICA

Trabalho elaborado para a disciplina

Estágio III do Curso de Ciências Contábeis

do Centro Universitário Municipal de São

José – USJ

Orientador: Prof. Isair Sell, Me.

SÃO JOSÉ

2016

Page 3: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos
Page 4: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

Dedico este trabalho a minha esposa

Elisabete Cristina Meinchein Maçaneiro que

sempre me incentiva, e enfrenta todos os

momentos difíceis, pela compreensão, apoio e

contribuição para minha formação acadêmica.

Page 5: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus por ter me dado saúde е força para superar as

dificuldades.

Agradeço a contribuição dadas pela minha esposa Elisabete Cristina Meinchein

Maçaneiro, por todo amor, incentivo е apoio incondicional.

Agradeço aos familiares e aos colegas do trabalho que contribuíram direta ou

indiretamente, e fizeram parte da minha formação.

Agradeço aos professores, por me proporcionar о conhecimento não apenas

racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de

formação profissional.

Ao professor Isair Sell, pelo empenho dedicados à elaboração deste trabalho,

que dedicou seu tempo desde a formulação do projeto até esta etapa final.

Por fim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram na minha formação

pessoal e profissional.

Page 6: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso visa evidenciar as etapas da auditoria contábil, desde o planejamento, até a conclusão de mitigar riscos de auditoria, e procedimentos mínimos para obter conforto sobre a apresentação das demonstrações financeiras, os papeis de trabalhos apresentados durante o estudo de caso são primordiais para a elaboração do relatório de auditoria com opinião sobre as demonstrações financeiras de uma companhia, que representa um considerável instrumento para o mercado financeiro de ações negociáveis. Inicialmente, fez-se uma exploração bibliográfica com base na história da contabilidade e auditoria no Brasil, assim como, em procedimentos de auditoria descritos nas práticas contábeis brasileiras. Adicionalmente ao estudo de caso exploratório demonstra-se os procedimentos executados em forma de papeis de trabalhos, e apresenta a importância de cada procedimento para validação dos saldos contábeis. Os procedimentos foram conduzidos em uma empresa do segmento de cerâmica, nesse sentido, verifica-se que uma companhia, quando utiliza dos serviços de auditoria externa, obtém vantagens para publicação e asseguração das demonstrações financeiras, desde que realizada corretamente por meio de planejamento, os procedimentos mínimos para realização de auditoria contábil, aplicáveis conforme as normas legais societárias e fiscais para a obtenção dos resultados a que se propõe. Por meio das etapas da auditoria, foi possível mitigar os riscos e responsabilidades do auditor em opinar sobre as demonstrações financeiras, com a aplicação de procedimentos investigatórios e específicos a cada área demonstrando os resultados obtidos, e evidenciando as distorções e impactos dos ajustes propostos por meio da cédula de ajustes. Adicionalmente, conclua-se que um processo de auditoria independente, se aplicados adequadamente, é um importante instrumento para obtenção de uma opinião sobre as informações financeiras. Palavras-chave: Contabilidade. Auditoria. Etapas da auditoria.

Page 7: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

CVM Comissão de Valores Mobiliários

CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis

OCPC Orientação Comitê de Pronunciamentos Contábeis

ICPC Interpretação Comitê de Pronunciamentos Contábeis

CFC Conselho Federal de Contabilidade

IAS International Accounting Standard

IAIS International Association of Insurance Supervisors

IASB International Accounting Standards Board

IFRS International Financial Reporting Standards

NBC Normas Brasileiras de Contabilidade

NBC T Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica

NBC TG Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica Geral

NBC TA Normas Técnicas de Auditoria Independente

NBC IT Normas Brasileiras de Contabilidade Interpretação Técnica

NBC PA Norma e Procedimento de Auditoria

S.A. Sociedade Anônima

ISA International Standards on Auditing

IFAC International Federation of Accountants

AICPA American Institute of Certified Public Accountants

GAAP Generally Accepted Accounting Principles

EBITIDA Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization

ITR Informações Trimestrais

Page 8: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Classificação de caixa e equivalentes de caixa ................................ 35 

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Fatores para cálculo da materialidade com base no benchmark ... 16 

Quadro 2: Métodos para a execução de procedimentos analíticos ................. 18 

Quadro 3: Cédula mestra ................................................................................. 31 

Quadro 4: Comparativo do custo médio........................................................... 59 

Quadro 5: Comparativo da margem de lucro ................................................... 60 

Page 9: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Balanço patrimonial .......................................................................... 29 

Tabela 2: Demonstrações do resultado ........................................................... 30 

Tabela 3: Cálculo da materialidade .................................................................. 33 

Tabela 4: Confirmação dos saldo de caixa e equivalentes de caixa ............... 36 

Tabela 5: Conciliação do saldo de contas a receber ....................................... 37 

Tabela 6: Composição de clientes ................................................................... 38 

Tabela 7: Perdas para créditos de liquidação duvidosa .................................. 39 

Tabela 8: Conciliação dos saldos de estoques ................................................ 40 

Tabela 9: Estoques de produtos acabados ...................................................... 41 

Tabela 10: Estoques de matéria prima ............................................................ 41 

Tabela 11: Provisão para ajuste a valor de mercado ...................................... 44 

Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ......................................... 46 

Tabela 13: Adições do imobilizado ................................................................... 47 

Tabela 14: Depreciação do ativo imobilizado .................................................. 48 

Tabela 15: Conciliação das contas a pagar ..................................................... 50 

Tabela 16: Mapa de movimentação dos empréstimos e financiamentos ........ 52 

Tabela 17: Circularização de advogados ......................................................... 54 

Tabela 18: Análise das receitas líquidas .......................................................... 55 

Tabela 19: Impacto do reconhecimento da receita indevidamente ................. 56 

Tabela 20: Expectativa de impostos sobre vendas .......................................... 57 

Tabela 21: Expectativa dos custo dos produtos vendidos ............................... 59 

Tabela 22: Análise das despesas .................................................................... 61 

Tabela 23: Despesas financeiras ..................................................................... 63 

Tabela 24: Cédula de ajustes ........................................................................... 65 

Page 10: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

SUMÁRIO

1  INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11 

1.1  TEMA ............................................................................................................ 11 

1.2  PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................ 12 

1.3  OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 12 

1.4  OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 12 

1.5  JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ..................................................................... 12 

2  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 14 

2.1  TIPOS DE TRABALHOS DE AUDITORIAS ................................................. 14 

2.1.1  Auditoria de grupo ...................................................................................... 14 

2.1.2  Auditoria de componente .......................................................................... 14 

2.2  PROCESSO DE ACEITAÇÃO ..................................................................... 15 

2.3  BENCHMARK E MATERIALIDADE ............................................................. 15 

2.4  DEFINIÇÃO DE CONTAS SIGNIFICATIVAS .............................................. 17 

2.5  PROCEDIMENTO ANALÍTICO SUBSTANTIVO .......................................... 18 

2.6  REVISÃO DAS ATAS DE REUNIÃO ........................................................... 19 

2.7  ENTENDIMENTO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS DA ENTIDADE ............. 20 

2.8  LITÍGIOS OU RECLAMAÇÕES ................................................................... 20 

2.9  ESTIMATIVAS CONTÁBEIS ........................................................................ 21 

2.10  INVENTÁRIO DOS ESTOQUES .................................................................. 22 

2.11  CONTROLES INTERNOS ............................................................................ 23 

2.12  PLANEJAMENTO DOS TRABALHOS DE AUDITORIA .............................. 23 

2.13  NORMA DE PROCEDIMENTO DE AUDITORIA ......................................... 24 

3  METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................. 25 

3.1  QUANTO AOS OBJETIVOS ......................................................................... 25 

3.2  QUANTO AOS PROCEDIMENTOS ............................................................. 26 

3.3  QUANTO A ABORDAGEM DO PROBLEMA ............................................... 26 

3.4  INSTRUMENTOS DE PESQUISA ............................................................... 27 

3.5  LIMITAÇÕES ................................................................................................ 27 

4  ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 28 

4.1  SOLICITAÇÕES INICIAIS DE ANÁLISE ...................................................... 28 

Page 11: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

4.2  ROTEIRO DE PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .................................... 28 

4.2.1  Referências cruzadas ................................................................................. 31 

4.2.2  Definição da materialidade ........................................................................ 31 

4.2.3  Procedimentos de auditoria aplicados por grupo de contas ................ 34 

4.2.3.1  Caixa, equivalentes e aplicações financeiras ............................................... 35 

4.2.3.2  Contas a receber de clientes ........................................................................ 36 

4.2.3.3  Estoques ....................................................................................................... 39 

4.2.3.4  Imobilizado .................................................................................................... 45 

4.2.3.5  Fornecedores ................................................................................................ 49 

4.2.3.6  Empréstimos e financiamentos .................................................................... 51 

4.2.3.7  Provisões por reclamações litigiosas e tributárias ....................................... 53 

4.2.3.8  Receita líquida .............................................................................................. 54 

4.2.3.9  Custo dos produtos vendidos - análise de tendência .................................. 58 

4.2.3.10  Despesas com pessoal, vendas, gerais e administrativas. ...................... 60 

4.2.3.11  Resultado financeiro – análise preditiva ................................................... 62 

4.2.3.12  Carta de representação formal da administração ..................................... 64 

5  CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 67 

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 69 

Page 12: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

11

1 INTRODUÇÃO

Diante do cenário da necessidade de companhias obter o relatório de auditoria

sobre as demonstrações financeiras, motivadas pelo mercado e exigidas por

regulamentações CVM, e motivadas pela transparência das informações mediante

aos usuários das demonstrações financeiras, o auditor exerce a responsabilidade de

assegurar razoabilidade sobre as demonstrações financeiras e formar opinião

independente.

1.1 TEMA

Dentro do contexto de mercado competitivo de grandes empresas, destaca-se

a opinião do auditor independente em assegurar que as demonstrações contábeis

foram elaboradas de acordo com as normas vigentes, a credores por empréstimos e

a outros usuários, bem como, da tomada de decisão ligada ao fornecimento de

recursos para a entidade.

Portanto, durante este trabalho, serão acompanhados e formalizados os

procedimentos adotados pela auditoria externa na companhia de Cerâmica, e cada

etapa aplicada, conceitos relacionados a princípios fundamentais para assegurar

opinião, os riscos de auditoria, avaliação dos riscos de distorção, evidências obtidas,

asseguração razoável, julgamento profissional, premissas, planejamento adequado,

dentre outros essenciais para o desenvolvimento da auditoria.

O estudo se dá numa Indústria de Cerâmica, companhia de grande porte, com

capital aberto, participante do mercado de ações negociáveis na bolsa de valores

CVM (Comissão de Valores Mobiliários), é relevante para seus investidores e outros

interessados, e obrigatoriedade legal, a opinião do auditor independente de forma

objetiva e clara, a fim de passar aos investidores e outros usuários confiabilidade

sobre as demonstrações financeiras da companhia.

O trabalho terá como fundamentação as normas brasileiras e internacionais

que regulamentam e orientam a contabilidade e a auditoria e como tema as etapas da

auditoria contábil.

Page 13: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

12

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Desta forma, o auditor necessita verificar a eficiência dos controles internos,

assegurar com razoabilidade os registros contábeis, apontar falhas na organização

administrativa da companhia, assegurar com razoabilidade os resultados apurados,

assegurar continuidade operacional da companhia e atentar para a adequação

regulatória da companhia.

A partir disso, identifica-se a seguinte questão problema: como as etapas da

auditoria contábil contribuem para mitigar os riscos contidos nas demonstrações

financeiras não auditadas?

1.3 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral visa descrever como as etapas da auditoria contábil contribuem

para mitigar os riscos de erro de cada grupo de contas, contidos nas demonstrações

financeiras não auditadas.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos são:

a) Fundamentar os procedimentos com as normas contábeis;

b) Demonstrar as etapas da auditoria;

c) Demonstrar os objetivos de cada etapa da auditoria;

d) Demonstrar e avaliar possíveis distorções e impactos dos ajustes;

e) Evidenciar os riscos de distorções limites com base na materialidade

calculada;

1.5 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Para academia o trabalho é relevante por expor conceitos da auditoria contábil,

área que expande a cada ano no mercado e proporciona carreira profissional

promissora.

Também justifica-se este trabalho devido a expansão das firmas de auditoria

no mercado, demandadas por regulamentações e necessidades dos usuários em

Page 14: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

13

obter transparência das informações, adicionalmente, o auditor assume o papel

importante de riscos e responsabilidades.

Aos acadêmicos motivar e auxiliar na construção e disseminação do trabalho

de auditoria e como motivador nas discussões posteriores sobre o assunto de forma

crítica e reflexiva.

Para o acadêmico, por trabalhar em uma empresa de auditoria, que é uma rede

global constituída por firmas-membro independentes, e por ter realizado trabalhos de

auditorias de empresas, nos quais foram aplicados os procedimentos, além dos

fatores já expostos, pelo desafio de construir seu conhecimento sobre o assunto, e

desenvolvimento profissional.

Page 15: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capitulo é direcionado a fundamentação em principais conceitos e normas

técnicas para entendimento das etapas da auditoria.

2.1 TIPOS DE TRABALHOS DE AUDITORIAS

Os tipos de trabalhos de auditoria são segregados em 2 modalidades, auditoria

de grupo e auditoria de componente.

2.1.1 Auditoria de grupo

De acordo com a NBC TA 600 e ISA 600 – Auditorias de Demonstrações

Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes, auditoria

de grupo é a auditoria das demonstrações contábeis de um grupo. Grupo são todos

os componentes cujas informações contábeis são contidas nas demonstrações

contábeis do grupo. Um grupo sempre tem mais de um componente. Um componente

é uma entidade ou atividade de negócios para a qual a administração do grupo ou dos

componentes elabora informações contábeis que devem ser incluídas nas

demonstrações contábeis do grupo.

A equipe de trabalho do grupo deve comunicar suas necessidades para os

auditores dos componentes em tempo hábil. Esta comunicação deve descrever o

trabalho a ser executado, incluindo a forma e conteúdo da comunicação dos auditores

do componente com a equipe de trabalho do grupo.

2.1.2 Auditoria de componente

Um auditor do componente é um auditor que, por requerimento da equipe de

auditoria encarregada do trabalho de grupo, executa trabalho sobre as informações

contábeis relacionadas a um componente para auditoria de grupo.

Auditores que não cumprem a definição de um membro da equipe de trabalho

do grupo são considerados como auditores do componente. Entretanto, um auditor

que realiza o trabalho em um componente quando a equipe de trabalho do grupo não

vai usar esse trabalho para fornecer evidência de auditoria para a auditoria do grupo

não é considerado um auditor do componente.

Page 16: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

15

2.2 PROCESSO DE ACEITAÇÃO

O processo de aceitação do trabalho de auditoria, é o processo inicial da firma

de auditoria para avaliar (e reavaliar) trabalho e clientes da firma-membro. O processo

compreende questões básicas, grades de risco (que são atribuídas com base nas

respostas a interrogações) e os requerimentos hierárquicos de aprovação

representam os requerimentos básicos para serem atendidos por cada firma. A

conclusão do processo auxilia no cumprimento da documentação dos requerimentos

De acordo com a NBC TA 220 e ISA 220 - Controle de Qualidade da Auditoria

de Demonstrações Contábeis, o sócio encarregado do trabalho deve estar satisfeito

de que foram seguidos os procedimentos apropriados em relação à aceitação e

continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos de auditoria e deve

estabelecer que as conclusões obtidas sobre esse aspecto são apropriadas.

O auditor deve estabelecer os termos do trabalho de auditoria com a

administração. Os termos do trabalho devem ser formalizados em proposta escrita

formal, previstas na NBC TA 210 e ISA 210 - Concordância com os Termos do

Trabalho de Auditoria.

2.3 BENCHMARK E MATERIALIDADE

A determinação do benchmark (marca de referência) apropriado inclui

consideração de lucros e outros fatores relevantes da entidade, conforme descrito a

seguir.

Para fins de determinação do benchmark adequado, medidas financeiras que

são consideradas como medidas não “GAAP” ou alternativas de medidas de

desempenho nos termos da estrutura de relatórios financeiro relevantes, tais como

lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), não são

adequadas.

De acordo com a NBC TA 320 e ISA 320 - Materialidade no Planejamento e na

Execução da Auditoria, os fatores que podem afetar a identificação de um benchmark

adequado incluem:

Page 17: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

16

Fatores Exemplos

Os elementos das demonstrações contábeis Ativo, passivo, patrimônio líquido, receita e despesa.

Se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica

Com o objetivo de avaliar o desempenho financeiro os usuários tendem a focar sua atenção em lucro, receita ou patrimônio líquido.

A natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua

Para as entidades com fins lucrativos, o resultado antes de impostos obtido nas operações é frequentemente usado como benchmark

Para as entidades sem fins lucrativos, o patrimônio líquido ou total de ativos pode ser um benchmark adequado

Para as entidades de baixa lucratividade e entidades que alcançaram seu ponto de equilíbrio, a receita total ou total de ativo pode ser um benchmark adequado

Outras entidades podem utilizar outros benchmarks.

A estrutura societária da entidade e como ela é financiada

Se a entidade é financiada somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre os ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade.

A volatilidade relativa do benchmark

Quando o lucro antes dos impostos obtido nas operações for volátil, outros benchmarks podem ser mais apropriados, tais como o lucro bruto ou o total das receitas.

A seleção de um benchmark que é volátil pode resultar em diferenças na natureza, época e extensão dos nossos procedimentos de auditoria adicionais de período para período, o que pode não ser adequado.

QUADRO 1: FATORES PARA CÁLCULO DA MATERIALIDADE COM BASE NO BENCHMARK

FONTE: ADAPTADO NBC TA 320 E ISA 320.

Espera-se que o benchmark usado para determinar a materialidade não mude

de período para período, a não ser que as circunstâncias da entidade ou percepção

das necessidades dos usuários das demonstrações contábeis tenham mudado

significativamente comparado ao período anterior.

Dados financeiros relevantes utilizados na determinação do valor do

benchmark escolhido incluem:

Resultados financeiros e posições financeiras de períodos anteriores

Resultados financeiros e a posição financeira até a presente data, e

Budgets ou forecasts para o período vigente.

Page 18: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

17

Os fatores anteriores são ilustrativos; podem existir outros fatores que

impactem a adequação da materialidade como uma porcentagem do benchmark

escolhido com base nas circunstâncias específicas do trabalho. A materialidade como

porcentagem do benchmark é normalmente consistente de período para período.

2.4 DEFINIÇÃO DE CONTAS SIGNIFICATIVAS

Uma conta significativa é uma conta onde existe a possibilidade razoável de

que possa conter um erro que, individualmente ou agregado a outros, tenha um efeito

material nas demonstrações contábeis, considerando tanto os riscos de

superavaliação quanto os de subavaliação. A determinação se uma conta é ou não

significativa, é baseada no risco inerente, sem levar em consideração o efeito dos

controles relacionados.

Uma afirmativa relevante é uma afirmativa relacionada a uma conta ou

divulgação significativa que tem possibilidade razoável de erro que, individualmente

ou agregado a outros, pode resultar em demonstrações contábeis materialmente

erradas, considerando tanto os riscos de superavaliação quanto os de subavaliação.

A determinação se uma afirmativa é ou não relevante, é fundamentada no risco

inerente, sem levar em consideração o efeito dos controles relacionados.

De acordo com a NBC TA 600 e ISA 600 - Auditorias de Demonstrações

Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes, o auditor

deve desenhar e implementar respostas apropriadas para endereçar com os riscos

avaliados de erros materiais nas demonstrações contábeis. A equipe de trabalho do

grupo deve definir o tipo de trabalho a ser executado pela equipe de trabalho do grupo

ou pelos auditores dos componentes sobre as informações contábeis dos

componentes.

Atributos que indicam a relevância potencial de uma afirmativa incluem:

Natureza da afirmativa;

Volume de transações ou os dados relacionados a afirmativa;

Natureza e complexidade do sistema, incluindo o uso de TI, pelo qual os

processos e controles das informações da entidade apoiam a afirmativa.

Page 19: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

18

2.5 PROCEDIMENTO ANALÍTICO SUBSTANTIVO

Segundo a NBC TA 520, e ISA 520, e Resolução CFC nº 1.221/09 -

Procedimentos Analíticos, para fins das normas de auditoria, o termo procedimento

analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de diagnóstico das

relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos

analíticos compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou relações

identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que

diferem significativamente dos valores esperados.

O quadro 2 a seguir apresenta orientações e exemplos relacionados a esses

métodos primários que podem ser utilizados para a execução dos procedimentos

analíticos. A lista não inclui todas as possibilidades.

QUADRO 2: MÉTODOS PARA A EXECUÇÃO DE PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS

FONTE: ADAPTADO NBC TA 520 E ISA 520 - PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS.

Método Primário Orientação Exemplos

Análises mensais das tendências de receitas e devoluções mensais de vendas durante o período do relatório e pouco depois dele

Análise de tendências de vendas mensais comparada unidades embarcadas

Comparação dos saldos interinos com os saldos na data-base

Comparação dos saldos no final do período com saldos do forecast na data-base

Comparação dos saldos na data-base com saldos na data-base anterior

Comparação por loja do período corrente e do período anterior, das receitas, dos custos de vendas e da margem bruta das mesmas lojas

A comparação dos índices de custos de embarque ou outras despesas de vendas e as vendas do período anterior com o índice do período atual

A comparação de índices e indicadores-chave (por exemplo o índice atual, o giro do contas a receber ou dias de vendas em aberto, giro dos estoques, a relação entre depreciação e a média de ativos fixos, a relação entre dívida e patrimônio, percentual do lucro bruto, percentual da receita líquida e taxas operacionais da fábrica) do período anterior com aqueles do período atual

A comparação do lucro bruto por linha de produto e segmento operacional, despesa por tipo conforme o percentual de vendas, ativos por tipo conforme o percentual de total de ativos e o percentual de mudanças nas vendas e o percentual de mudanças no contas a receber do período anterior com aqueles do período atual

A comparação da receita por ordem ou vendas por metro quadrado

A comparação dos custos de folha de pagamento com o número de funcionários

Comparação de margem bruta entre uma entidade e seus pares

A comparação do índice de custos de embarque e as vendas com os índices para uma entidade comparável no mesmo setor

A comparação do índice entre a receita da entidade e seu contas a receber com as médias setoriais ou com outras entidades de tamanho comparável no mesmo setor

A comparação da lucratividade da entidade com as tendências setoriais, que pode indicar que a entidade tem crescimento ou rentabilidade rápidos não usuais quando comparados com aqueles de outras entidades no mesmo setor

Na comparação dos relacionamentos entre contas (entre dois períodos ou ao longo do tempo)

A análise de índices envolve uma comparação da inter-relação entre contas, informações não financeiras ou ambas. A análise de índices inclui:

Análise de tendências

A análise de tendências é a análise de mudanças no saldo da conta ao longo do tempo. Tendências simples normalmente envolvem a comparação entre o saldo de conta do período anterior com o saldo atual. Análises de tendências mais complexas podem abranger múltiplos períodos de tempo.

Análise de índices

A comparação de uma conta com dados não financeiros

A comparação dos relacionamentos entre a entidade e seus pares. A comparação de índices com médias setoriais ou com entidades comparáveis no mesmo setor é mais útil quando os fatores operacionais são comparáveis.

Page 20: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

19

Procedimentos analíticos de planejamento podem ser executados usando uma

análise elaborada pela equipe de trabalho e/ou considerando quaisquer análises

elaboradas pela administração para revisar o desempenho financeiro da entidade.

2.6 REVISÃO DAS ATAS DE REUNIÃO

Durante os trabalhos de auditoria, é relevante o auditor examinar atas de

reuniões dos acionistas, da administração e dos responsáveis pela governança,

incluindo quaisquer comitês relevantes desses grupos.

De acordo com as orientações previstas nas NBC TA 501 - Evidência de

Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados - e NBC TA 550

Partes Relacionadas, ao inspecionar essas atas, o auditor deve permanecer alerta

quanto a:

Acordos ou outras informações que possam indicar a existência de

relacionamentos ou transações com partes relacionadas que a

administração não identificou ou não divulgou anteriormente;

Reclamações litigiosas e trabalhistas envolvendo a entidade que derem

motivo para o risco de erro material;

Não conformidade com as leis e regulamentos, incluindo atos ilegais;

Eventos e condições que podem levantar dúvidas significativas quanto

à capacidade operacional da entidade;

Fatores de risco de fraude;

Planos e intenções da administração relevantes para as estimativas,

contendo medições feitas pelo valor justo com relação a estimativas.

Quando são inspecionadas atas, também deve permanecer alerta quanto a

outros assuntos que podem impactar na identificação e avaliação de riscos ou ainda

a na abordagem de auditoria, tais como:

Evidência de auditoria que contradiz outras evidências de auditoria

obtidas;

Circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos de

auditoria.

Page 21: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

20

2.7 ENTENDIMENTO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS DA ENTIDADE

De acordo com as orientações da NBC TA 315 e ISA 315 - Identificação e

Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade

e do seu Ambiente, o auditor deve obter um entendimento sobre a seleção e aplicação

das políticas contábeis da entidade (incluindo divulgações relacionadas), incluindo os

motivos para as referidas mudanças. Adicionalmente, avaliar se as políticas contábeis

da entidade são adequadas para os negócios e consistentes com a estrutura de

relatório financeiro aplicável e as políticas usadas em seu setor.

Políticas e práticas contábeis críticas são políticas e práticas contábeis da

entidade que são ambos mais importantes para retratar a posição e desempenho

financeiro da entidade, e requerem julgamentos mais difíceis, subjetivos ou complexos

por parte da administração, muitas vezes como resultado da necessidade de fazer

estimativas sobre o efeito de assuntos com incerteza inerente.

Políticas contábeis críticas geralmente abrangem um subconjunto das políticas

contábeis significativas da entidade. A maioria das entidades possui uma ou mais

políticas contábeis críticas.

Políticas e práticas contábeis críticas são adaptadas para eventos específicos

no ano corrente, e as políticas e práticas que são consideradas críticas para a

contabilidade podem mudar anualmente.

2.8 LITÍGIOS OU RECLAMAÇÕES

Litígios e reclamações são ações legais, reais ou potenciais, demandas, multas

e/ou processos contra o cliente com relação à suposta conduta ilícita trazida por um

indivíduo, entidade e/ou órgão regulador ou governamental.

A NBC TA 501 e ISA 501 - Evidência de Auditoria – Considerações Específicas

para Itens Selecionados, orienta a desenhar e executar procedimentos de auditoria, a

fim de identificar litígios e reclamações envolvendo a entidade que possa dar origem

a um risco de erro material, incluindo:

Revisão das atas de reuniões dos responsáveis pela governança,

documentos obtidos da administração com relação a litígios e

reclamações, e correspondência entre a entidade e seus advogados

externos;

Page 22: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

21

Revisar as contas de despesas legais e faturas de consultores jurídicos

externos.

Além dos procedimentos apresentados, outros procedimentos relevantes

incluem, por exemplo, o uso de informações obtidas por meio de procedimentos de

avaliação de risco realizados como parte da obtenção do entendimento sobre a

entidade e seu ambiente com a finalidade de auxiliar na identificação de reclamações

litigiosas e trabalhistas que envolvem a entidade.

A comunicação direta com os assessores jurídicos externos da entidade ajuda

a obter de evidência de auditoria suficiente e apropriada se os litígios e reclamações

potencialmente relevantes são avaliados e se as estimativas da administração sobre

às implicações financeiras, incluindo custos, são razoáveis.

2.9 ESTIMATIVAS CONTÁBEIS

De acordo com a NBC TA 540 e ISA 540 - Auditoria de Estimativas Contábeis,

Inclusive do Valor Justo, e Divulgações Relacionadas, em alguns casos, a estrutura

de relatório financeiro aplicável pode determinar o método de mensuração para uma

estimativa, por exemplo, um modelo específico que deve ser usado para mensurar

uma estimativa do valor justo. Em muitos casos, entretanto, a estrutura de relatório

financeiro não determina o método de mensuração ou pode especificar métodos

alternativos para mensuração.

Quando a estrutura de relatório financeiro aplicável não determina um método

específico para ser usado nas circunstâncias, aspectos que pode-se considerar para

obter entendimento do método ou, quando aplicável, do modelo usado para elaborar

as estimativas contábeis incluem, por exemplo:

Como a administração considerou a natureza do ativo ou passivo que

estava sendo estimado ao selecionar um método específico.

Se a entidade opera em um negócio, setor ou ambiente específico que

possui métodos comumente usados para elaborar o tipo específico de

estimativa contábil.

Para algumas estimativas contábeis, entretanto, pode haver incerteza de

estimativa relativamente alta, especialmente quando elas são baseadas em premissas

significativas, por exemplo:

• estimativa contábil em relação ao desfecho de litígios;

Page 23: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

22

• estimativas contábeis do valor justo para instrumentos financeiros

derivativos não negociados em bolsa;

• estimativas contábeis do valor justo para as quais é usado modelo

altamente especializado desenvolvido para a entidade ou existem premissas ou dados

que não podem ser observados no mercado.

2.10 INVENTÁRIO DOS ESTOQUES

Conforme as orientações da NBC TA 501 e ISA 501 - Evidência de Auditoria –

Considerações Específicas para Itens Selecionados, se o estoque for relevante para

as demonstrações contábeis, deve-se obter evidência de auditoria suficiente e

apropriada com relação a existência e as condições dos estoques mediante:

a) Acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja

impraticável, para:

Avaliar as instruções e os procedimentos da administração para registrar e

controlar os resultados da contagem física dos estoques da entidade;

Observar a realização dos procedimentos de contagem pela administração;

Inspecionar o estoque;

Executar testes de contagem.

b) Execução procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da

entidade para determinar se refletem com precisão os resultados reais da

contagem de estoque.

Se a contagem física dos estoques for realizada em outra data que não a data

das demonstrações contábeis, deve-se, além dos procedimentos exigidos pela ISA

501.4 - Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados,

executar procedimentos para obter evidência de auditoria de que as variações no

estoque entre a data da contagem e a data das demonstrações contábeis estão

adequadamente registradas.

Se o estoque custodiado e controlado por terceiros for relevante para as

demonstrações contábeis, deve-se obter evidência de auditoria suficiente e

apropriada com relação à existência e as condições do estoque executando uma ou

as duas possibilidades a seguir:

1) Solicitar confirmação do terceiro quanto às quantidades e condições do

estoque mantido por esse terceiro em nome da entidade;

Page 24: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

23

2) Executar inspeção ou outro procedimento de auditoria apropriado nas

circunstâncias.

2.11 CONTROLES INTERNOS

Segundo a NBC TA 315 e ISA 315 - Identificação e Avaliação dos Riscos de

Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente, na

identificação e obtenção de um entendimento de controles que endereçam áreas onde

considera-se “what could go wrong” ou “o que poderia dar errado”, no processo que

podem causar um erro material, tanto individualmente quanto na combinação com

outros erros, é provavelmente mais alto.

Pode existir mais de um controle que endereça e avalia risco de erro para uma

afirmativa relevante em particular; ao contrário, um controle pode endereçar o risco

de erro material avaliado para mais que uma afirmativa relevante.

Além da consideração primordial de se um controle endereça um what could

go wrong, como um assunto prático, pode também considerar os seguintes fatores

quando selecionar controles para avaliar e, se relevante, testar:

Se é provável que o controle seja efetivo

A evidência que existe relacionada a operação do controle.

Na identificação dos controles relevantes no nível do processo, considera-se

os “higher level controls” ou “Controles de nível superior”, que foram identificados e o

seu impacto esperado na avaliação e testes dos controles no nível do processo. higher

level controls podem eliminar ou reduzir a avaliação do desenho e implementação e,

se for o caso, os testes de controles no nível do processo.

A avaliação do desenho de um controle envolve considerar se o controle,

individualmente ou em combinação com outros controles, é capaz de prevenir, ou

detectar e corrigir, erros materiais de forma efetiva. A implementação de um controle

significa que ele existe e que a entidade o está utilizando.

2.12 PLANEJAMENTO DOS TRABALHOS DE AUDITORIA

A NBC T 11 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações

Contábeis - visa a explicitar o subitem 11.2.1 - relativo ao PLANEJAMENTO DA

Page 25: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

24

AUDITORIA, da NBC T 11, etapa na qual o auditor independente define o seu plano

de trabalho e o detalhamento dos procedimentos de auditoria a serem aplicados.

Desta forma, o Anexo 02 é um modelo de programa de trabalho elaborado de

forma abrangente, divido por grupo de contas e segregados por procedimentos, cabe

destacar, que o mesmo deve ser adequado à extensão e natureza dos trabalhos a

serem desenvolvidos.

2.13 NORMA DE PROCEDIMENTO DE AUDITORIA

De acordo com a NPA 01 - Parecer dos Auditores Independentes sobre

Demonstrações Contábeis - a auditoria independente das demonstrações contábeis

constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de

parecer sobre a adequação com que estas representam a posição patrimonial e

financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens

e aplicações de recursos da entidade auditada, consoante as Normas Brasileiras de

Contabilidade e a legislação específica no que for pertinente.

Normas de Auditoria Independente definem que o auditor deve obter evidências

ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as

demonstrações contábeis auditadas, abrangendo os seguintes aspectos:

a) Se as demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com práticas

contábeis adequadas e condizentes com os Princípios de Contábeis.

b) Se as demonstrações contábeis atendem aos principais requisitos legais,

regulamentares e societários.

c) Se o conjunto das informações apresentadas pelas demonstrações

contábeis é condizente com o conhecimento do auditor sobre os negócios

e as práticas operacionais da entidade.

d) Se há apropriada divulgação de todos os assuntos relevantes para uma

adequada apresentação das demonstrações contábeis.

Ademais, optou-se por apresentar a descrição e fundamentação das etapas da

auditoria constantes no capitulo 4, quando da apresentação dos respectivos itens,

tendo em vista a contextualização do estudo de caso junto a respectiva

fundamentação.

Page 26: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

25

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

A presente pesquisa tem característica predominante qualitativo e o

procedimento metodológico adotado foi o estudo de caso, e sua natureza aplicada.

3.1 QUANTO AOS OBJETIVOS

Com base nos objetivos do trabalho de explorar e aprofundar conhecimentos

técnicos de auditoria aplicada, bem como investigatória, no intuito de corroborar com

a metodologia aplicável a cada etapa da auditoria, determinar a materialidade para a

execução do trabalho de auditoria, estratégias para mitigar riscos de auditoria,

avaliação das distorções identificadas durante a auditoria, identificar a existência de

passivos omissos na companhia auditada, observar a continuidade operacional,

identificar deficiências de controles internos, e obter evidencias suficientes para

sustentar a opinião do auditor independente sobre as demonstrações financeiras,

entre outras variáveis apuradas nos procedimentos de auditoria. Desta forma, a

realização dos objetivos é de caráter exploratória.

Segundo, Gil (2002, p. 41) afirma que a pesquisa exploratória visa proporcionar

maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir

hipóteses.

De acordo com Ilse (2004, p. 81) o estudo exploratório apresenta-se como

primeiro passo no campo científico, a fim de possibilitar a realização de outros tipos

de pesquisa acerca do mesmo tema, como a pesquisa descritiva e a pesquisa

explicativa.

De acordo com Yin (2004, p. 21), como esforço de pesquisa, o estudo de caso

contribui, de forma inigualável, para a compreensão que temos dos fenômenos

individuais, organizacionais, sociais e políticos.

Quanto a pesquisa ação COSTA (2002, p. 98-99) afirma, que o objetivo parece

ser o de uma ação coletiva e colaborativa que estimule estudantes e/ou profissionais

a se aprofundarem na compreensão e interpretação de sua própria prática com vistas

ao seu fortalecimento (empowerment) e emancipação.

Tendo em vista, que o tema abordado, pode ser explorado e aprofundado por

diversos segmentos das etapas da auditoria, como por exemplo auditoria de controles

internos ou ainda auditoria de processos de custeios, corroborando assim, com a

Page 27: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

26

tipologia de característica de pesquisa exploratória. Quanto ao objetivo da pesquisa

de apresentar as etapas da auditoria e metodologia da pesquisa participante fazendo

parte integrante da equipe de auditoria.

3.2 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS

Os procedimentos técnicos foram formalizados por meio de análise

documental, juntamente com a elaboração de procedimentos analíticos, no estudo de

caso buscou-se acompanhar e cada procedimento, analisando os resultados e

acompanhando a equipe de auditoria, desta forma, sendo possível avaliar os impactos

de cada resultado obtido nos procedimentos.

Segundo, Gil (2002, p. 72) o estudo de caso é caracterizado pelo estudo

profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir

conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível

mediante os outros tipos de delineamentos considerados.

De acordo com Yin (2004, p. 21), considera que o estudo de caso permite uma

investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos

eventos da vida real – tais como ciclos de vida individuais, processos organizacionais,

administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a

maturação de alguns setores.

De acordo com HAGUETTE (1992, p. 162), o conceito de participação dentro

da perspectiva a intervenção do pesquisador no meio é condição do conhecimento.

Conforme o propósito do estudo, a elaboração dos procedimentos de auditoria

é documentada com base em estudo executado em campo, colocando em prática os

conceitos contábeis.

3.3 QUANTO A ABORDAGEM DO PROBLEMA

A abordagem do problema se dará como qualitativa, visto que procedimentos

adotados são substanciosos e analíticos para solucionar o problema do estudo de

caso.

Segundo BEUREN (2004, p. 92) afirma que se a tipologia da pesquisa consistir

em um estudo de caso, não se pode falar de um esquema rígido de análise e

interpretação dos dados.

Page 28: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

27

De acordo com Gil (2002, p. 45), o ambiente natural é a fonte direta para coleta

de dados e o pesquisador é o instrumento chave.

Todas etapas da auditoria, depende de coleta e análise de dados,

posteriormente, procedimentos investigatórios.

3.4 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

Tendo em vista, que a pesquisa visa levantar dados durante o caso prático para

solucionar o problema especifico, a natureza da pesquisa é definida como aplicada.

De acordo com Gil (2002, p. 87), há pesquisas elaboradas com base em

documentos, as quais, em função da natureza destes ou dos procedimentos adotados

na interpretação dos dados, desenvolvem-se de maneira significativamente diversa.

Segundo BEUREN (2004, p. 94) quanto a abordagem do problema, a situação

problema requer uma abordagem qualitativa. Nesse sentido, concebem-se analises

mais profundas em relação ao fenômeno estudado.

De acordo com Yin (2004, p. 105), as evidências para um estudo de caso

podem vir de seis fontes distintas: documentos, registros em arquivos, entrevistas,

observação direta, observação participante, e artefatos físicos.

Portanto, a pesquisa configurará uma aplicação de instrumentos e teorias

contábeis, compreendendo as etapas da auditoria como procedimentos aplicados,

considerando toda e qualquer forma de avaliar e mensurar os efeitos de possíveis

distorções das demonstrações financeiras da companhia.

3.5 LIMITAÇÕES

Das limitações, foram realizadas visitas trimestrais a empresa, ao todo foram

utilizados 160 horas em campo para desenvolver o estudo.

As informações foram obtidas sob solicitações antecipadas, porém, alguns

arquivos bloqueados com criptografia e outros arquivos em papéis físicos, limitando a

análise em planilhas.

Todas a informações disponibilizadas pela companhia são limitadas ao sigilo,

portanto, os dados primários da companhia foram alterados.

Os acessos agendados com antecedência, limitados a 8 horas por dia, durante

uma semana a cada trimestre.

Page 29: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

28

4 ESTUDO DE CASO

Com o intuito de preservar a identidade da empresa utilizada no estudo de caso,

em respeito as normas de auditoria e conformidades da Política Global de Privacidade

da Firma de Auditoria, que abrangem o sigilo e a ética para tratamento das

informações sigilosas, as informações confidenciais serão tratadas de forma

apropriada e cautelosa, portanto foram alterados os valores e nomenclaturas

existentes nas demonstrações financeiras analisadas.

Ademais, não foram abordados procedimentos específicos que pudessem

expor informações confidenciais da entidade, desta forma, determinados grupos de

contas não foram abordados.

Portanto, para fins de apresentação do estudo de caso, os dados foram

coletados por meio de análise documental, acompanhamento dos procedimentos

junto a equipe de auditoria, tais como, indagações a equipe de auditoria, indagações

junto a administração da companhia e etc.

4.1 SOLICITAÇÕES INICIAIS DE ANÁLISE

No Anexo 01, apresenta-se um modelo de solicitação inicial de análise

preliminar, padrão para realização dos trabalhos de auditorias. Vale destacar que o

mesmo pode ser adaptado para cada entidade, e adicionalmente, durante o

andamento dos trabalhos poderá surgir novas demandas de documentos adicionais

para análise.

4.2 ROTEIRO DE PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

As Demonstrações Financeiras a seguir, tem por finalidade ilustrar como

referência de saldos para executar os procedimentos de auditoria independente, serão

utilizados para aplicar testes de validação nas respectivas áreas, (balanço patrimonial

e demonstração do resultado), como demonstrado a seguir na Tabela 1 e 2:

Page 30: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

29

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

TABELA 1: BALANÇO PATRIMONIAL

FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA

Companhia de Cerâmica

Balanços PatrimoniaisExercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013(Em Reais)

Ativo 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 Passivo 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013

Circulante CirculanteCaixa e equivalentes de caixa 43.902 27.695 Fornecedores 73.669 76.221 Contas a receber de clientes 89.646 79.261 Empréstimos e financiamentos 86.361 45.534 Estoques 95.800 88.833 Parcelamento de obrigações tributárias 4.150 8.837 Adiantamentos a fornecedores 1.579 5.694 Impostos, taxas e contribuições 4.229 3.371 Tributos a Recuperar 3.137 8.641 Imposto de renda e contribuição social a recolher 4.533 - Dividendos a receber 4.736 1.467 Provisões para contingências 8.963 7.300 Outros 3.464 2.387 Adiantamentos de clientes 6.138 9.024

242.263 213.977 Obrigações sociais e trabalhistas 11.133 9.699 Provisão para participação nos lucros 2.536 2.986

Não circulante Dividendos a pagar 6.434 7.612 Realizável a longo prazo Contas a pagar de investimentos 15.502 -

Contas a receber de clientes - - Outros 3.563 3.094 Créditos com controladas 30.713 27.666 227.208 173.676 Créditos com outras pessoas ligadas 44.447 47.270 Depósitos judiciais 23.282 10.361 Não circulanteRecebíveis da Eletrobrás 24.311 21.778 Fornecedores LP 16.644 7.983 Tributos a recuperar LP 7.665 1.942 Empréstimos e financiamentos LP 136.823 100.550 Imposto de renda e contribuição social diferidos - - Provisões para contingências LP 4.869 2.944 Ativo tributário 7.693 6.948 Plano de previdência privada - 1.272 Ativo atuarial 2.538 4.774 Imposto de renda e contribuição social diferidos 12.373 14.577 Outros LP 260 260 Parcelamento de obrigações tributárias LP 37.944 49.041

140.907 120.997 Provisão perdas em investimentos 29.280 27.616 Provisão para incentivo de longo prazo 4.783 2.934 Outros LP 147 38

Investimentos 242.860 206.954

Participação em controladas 240 240 Outros investimentos 99 99 Patrimônio líquido

Capital social realizado 38.283 23.033 Imobilizado 193.726 132.212 Ações em tesouraria - (1.273) Intangível 8.319 9.029 Reserva de lucros 68.172 57.826

202.383 141.580 Ajuste de avaliação patrimonial 9.030 16.339 343.290 262.577 115.485 95.925

Total do ativo 585.552 476.554 Total do passivo e patrimônio líquido 585.552 476.554

Page 31: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

30

_______________________________________________________________

TABELA 2: DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO

FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA

Companhia de Cerâmica

Demonstrações do resultadoExercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013(Em Reais)

Acumulado em 31 de dezembro

de 2014

Acumulado em 31 de dezembro

de 2013

Operações continuadasReceita líquida de venda 438.635 390.819 Custo dos produtos vendidos (296.970) (265.691)

Lucro operacional bruto 141.666 125.128

Receitas (despesas) operacionais líquidasVendas (67.444) (52.215) Gerais e administrativas (12.398) (11.543) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (4.535) (3.000) Outros ganhos (perdas), líquidos (179) 561 Resultado de equivalência patrimonial 10.698 6.656

(73.857) (59.542)

Lucro operacional antes do resultado financeiro 67.809 65.587

Resultado financeiroReceitas financeiras 12.614 9.340 Despesas financeiras (24.928) (16.281) Variação cambial líquida (1.717) (2.997)

(14.031) (9.938)

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 53.778 55.649

Imposto de renda e contribuição socialCorrente (16.137) (4.428) Diferido 2.204 (5.974)

(13.933) (10.401)

Lucro líquido do período 39.845 45.248

Lucro líquido atribuível a Acionistas da Companhia 39.845 45.248

Page 32: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

31

4.2.1 Referências cruzadas

Para elaboração dos trabalhos de auditoria, é necessário a organização das

informações, se dá com base nas referências das áreas de auditoria.

Com base nas demonstrações anteriormente apresentadas, será realizada a

divisão das áreas, conforme demonstrado no quadro a seguir:

QUADRO 3: CÉDULA MESTRA

FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA EQUIPE DE AUDITORIA

Legenda:

I Integridade: Todas as informações existentes estão registadas?

E Existência: Todas as informações registradas existe?

P Precisão: O valor está registrado precisamente?

V Valorização: Valor registrado é adequado (é recuperável)?

D&O Direitos e obrigações: Informações registradas de direitos e obrigações da

entidade?

A Apresentação: Informações registradas no grupo de contas adequado?

Adicionalmente, em cada grupo de conta são definidas as contas significativas, e

posteriormente avaliadas quais assertivas se deve atentar para mitigar os riscos de

cada grupo de contas.

4.2.2 Definição da materialidade

De acordo com a NBC TA 320, e ISA 320, e Resolução CFC Nº. 1.213/09, para

fins das normas de auditoria, materialidade para execução da auditoria significa o

valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as

demonstrações contábeis como um todo, para adequadamente reduzir a um nível

baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em

conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.

Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, ao valor ou

Grupos Lead Abordagem I E P V D&O A Caixa, equivalentes e aplicações financeiras A.01 Sim x x x - x x Contas a receber de clientes A.02 Sim x x x - x x Estoques A.03 Sim x x x x - -

Outras contas ativo A.04 Não x x x - - -

Imobilizado A.05 Sim x x x x x -

Fornecedores P.01 Sim x x x - - -

Empréstimos e financiamentos P.02 Sim x x x - x x Provisões por reclamações litigiosas e tributárias P.03 Sim x x x - - -

Outras contas passivo P.04 Não x x x - - -

Receita líquida R.01 Sim x x x - - -

Custo dos produtos vendidos R.02 Sim x x x - - -

Despesas com pessoal, vendas, gerais e administrativas R.03 Sim x x x - - -

Resultado financeiro R.04 Sim - x x - - -

Assertivas de divulgações

Page 33: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

32

valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes

específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.

Geralmente, o benchmark é a métrica que mais influencia as decisões econômicas

do grupo de usuários das demonstrações financeiras. A seguir os exemplos de

benchmark que podem ser utilizados como métricas:

Lucro (prejuízo) antes dos impostos - (Medida Líquida)

Ativo/patrimônio líquido - (Medida Líquida)

Outros - (Medida Líquida)

Total dos ativos - (Medida Bruta)

Total das receitas - (Medida Bruta)

Total de despesas - (Medida Bruta)

Outros - (Medida Bruta)

Definir a materialidade baseado em apenas uma métrica pode levar as equipes a

não considerar a situação econômica da empresa de uma forma ampla, no entanto

alguns fatores qualitativos devem ser considerados durante análise da materialidade:

Número de proprietários;

Contratos de empréstimos;

Ambiente econômico;

Outros (ex: alterações dos acionistas, usuários externos, indústria

regulada, intenção de lista, venda recente, etc.).

Conforme a NBC TA 320 e ISA 320, exige-se mais julgamento por parte dos

auditores, dessa forma, foram justificados os percentuais utilizados para os referidos

cálculos considerando os fatores e critérios descritos a seguir:

- Não há indícios que o Grupo opera em localizações que estão sujeitas à

instabilidade política;

- O Grupo não é uma indústria altamente regulamentada;

- A Controladora possui registro na CVM;

- Não há existência de contratos de empréstimos sensíveis a resultados

operacionais;

- O Grupo não possui estimativas e julgamentos contábeis significativos;

- O Grupo não possui unidades industriais em várias localidades.

Page 34: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

33

Como base de cálculo, a equipe de auditoria optou pela utilização do total da

receita bruta, em virtude de entender que representa como mais adequada com as

operações da entidade que atual no segmento de indústria de cerâmica.

Portanto, neste estudo de caso optou-se por utilizar o percentual de 2,5% sobre

a receita total bruta.

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

TABELA 3: CÁLCULO DA MATERIALIDADE

FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA

Geralmente as firmas de auditoria podem utilizar a porcentagem apropriada em

relação ao julgamento profissional (geralmente classificados entre 3-10% para um

benchmark líquido, e entre 0,5 e 3% para um benchmark bruto).

[1] Receita Bruta: De acordo com as análises efetuadas e com o julgamento

profissional da equipe de auditoria, considerou que a receita bruta é o benchmark que

melhor representa o volume de operações da companhia, pois ao longo dos últimos

anos a receita bruta vem crescendo de forma significativa. O crescimento da receita

ocorre, em função dos investimentos em seu parque fabril, que reflete no aumento de

imobilizado, resultando em aumento da capacidade produtiva e produtos com maior

valor agregado. Adicionalmente, em função do aumento da receita bruta, as demais

rubricas contábeis, tais como: Clientes, Estoques e Fornecedores, aumentaram de

forma significativa.

CálculoDADOS DE PLANEJAMENTO 31/12/2014 Métrica ComparativoReceita Bruta 564.227 3% Bruto 16.927 [1]Lucro antes dos impostos 53.778 10% Líquido 5.378 [2]Total do Ativo 585.552 3% Bruto 17.567 [3]

Materialidade Anterior 16.106

MATERIALIDADEReceita Bruta 564.227 Materialidade 2,50%Materialidade Calculada 14.106

Erros de 5% da Materialidade 705

Page 35: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

34

[2] Lucro antes dos impostos: De acordo com o julgamento da equipe de auditoria,

entende-se que o lucro antes dos impostos não é um benchmark adequado, pois não

reflete o real volume de operações da companhia, ele representa aproximadamente

10% da receita bruta nos últimos exercícios, considerado relativamente baixo pela

equipe de auditoria. Se comparar com as demais métricas aceitáveis para industrias

de acordo com as NBC TA 320, a materialidade com base no lucro antes dos impostos

seria de aproximadamente 50% do valor das demais. Adicionalmente, em função do

cenário econômico atual, mesmo com o crescimento da receita bruta se comparado

com o período anterior, o percentual do lucro antes dos impostos em relação a receita

bruta, reduz aproximadamente 2%, mantendo-se em valor aproximado do ano

anterior.

[3] Patrimônio Líquido: O patrimônio líquido não é uma métrica que os usuários das

informações financeiras do segmento de industrias utilizam para fazer suas análises,

desta forma entende-se que não é a melhor métrica para definição da materialidade,

pois apresentam informações distorcidas em relação àquela que julga-se adequada.

Com base em julgamento profissional, entende-se que é apropriado o nível de

materialidade apresentado anteriormente, tendo em vista a perspectiva de um leitor

externo das Demonstrações Financeiras.

Ademais, todos os erros identificados inferiores a materialidade, serão

avaliados os impactos e potenciais distorções nas demonstrações financeiras, e

reportados na cédula de ajustes anexa à carta de representação de responsabilidades

da administração da entidade, no entanto, não será abordado erros inferiores a 5% da

materialidade, a presunção é de que os erros agregados a 5% da materialidade não

causariam impactos significativos nas demonstrações financeiras da companhia.

4.2.3 Procedimentos de auditoria aplicados por grupo de contas

A partir desta seção será demonstrado os procedimentos de auditoria aplicados

por grupo das demonstrações financeiras, ademais, será utilizado as referências

cruzadas conforme apresentado anteriormente na tabela 3, definidos para

organização deste trabalho.

Page 36: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

35

4.2.3.1 Caixa, equivalentes e aplicações financeiras

De acordo com o parágrafo 6 do CPC 3/IAS 7 - Demonstração dos Fluxos de

Caixa - caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários à vista e

equivalentes de caixa compreendem as aplicações financeiras de curto prazo, de alta

liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que

estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Não há uma definição para “curto prazo”, mas a norma sugere um vencimento

de até três meses (a partir da data de aquisição do investimento e não da data de

reporte).

Os equivalentes de caixa são detidos com a finalidade de satisfazer os

compromissos de caixa de curto prazo (gestão diária de recursos financeiros da

entidade) e não para investimento ou outros propósitos. Por exemplo, investimentos

em ações são normalmente excluídos dos equivalentes de caixa.

Em linhas gerais para um ativo se qualificar como um equivalente de caixa

deverá atender cumulativamente aos critérios resumidos na figura a seguir:

FIGURA 1: CLASSIFICAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

FONTE: ADAPTADO – CPC 03 / IAS7.7

Para um ativo se qualificar como um equivalente de caixa, ele deverá atender

cumulativamente aos seguintes critérios (CPC 3/IAS 7.7):

Ser mantido com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto

prazo e não para investimento ou outros propósitos;

Ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa;

Page 37: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

36

Estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor;

Ter vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar

da data da aquisição.

Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, direitos e obrigações, e

apresentação dos saldos, a equipe de auditoria solicitou carta de representação formal

com a relação de contas bancárias assinada pelo Diretor Financeiro da companhia,

encaminhou-se carta de circularização para todos os bancos contidos na carta de

representação, realizou-se o confronto entre a resposta fornecida pelo banco e o saldo

contábil em 31/12/2014.

A seguir o resultado do procedimento com referência A.01:

TABELA 4: CONFIRMAÇÃO DOS SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Com base no disposto anteriormente entende-se que as classificações dos saldos

demonstrados são considerados adequados como caixa e equivalente de caixa, tendo

sido classificada de forma correta obedecendo as políticas adotadas para

classificação da conta. Ademais, não foram identificadas divergências significativas

no grupo de caixa e equivalentes de caixa.

4.2.3.2 Contas a receber de clientes

Os saldos do grupo de clientes referem-se aos recursos oriundos das

transações de venda de mercadoria para os clientes.

Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, direitos e

obrigações, e apresentação dos saldos de clientes, solicita-se a composição analítica

Companhia de Cerâmica Ref. A.01Caixa e Equivalentes de Caixa cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Circularização Bancária

ReferênciaNome do banco Saldo Contábil 31/12/2014 Resposta circularização Resposta Diferença

f sBANCO ABN AMRO S/A 10.023 10.022 A.1.1 1 BANCO BRADESCO S/A 3.212 3.252 A.1.2 40- BANCO DO BRASIL S/A 30.667 30.661 A.1.3 6

43.902 Lead 43.935 (33) mt t t

Tickmarkss Conforme resposta de circularização obtida da respectiva Instituição Financeira.f Conforme o balancete contábil em 31/12/2014.t Somado e Calculado.

m Diferença imaterial para análises adicionais.

Page 38: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

37

e confrontou-se com o saldo contábil, conforme demonstrado o resultado obtido a

seguir no procedimento com referência A.02:

TABELA 5: CONCILIAÇÃO DO SALDO DE CONTAS A RECEBER

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade dos saldos de clientes apresentados.

Teste substantivo da conta de clientes

Posteriormente para verificar a existência dos saldos de clientes, obteve a

composição analítica e realizaram-se amostragem aleatória, a amostragem consiste

em técnica sistêmica com parâmetros estatísticos pré-definidos por itens

individualmente significativos e os mais relevantes somados acima da materialidade.

Conforme demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com

referência A.02.01:

Companhia de Cerâmica Ref. A.02Contas a receber de clientes cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Conciliação de Contas a receber de Clientes

Grupo Saldo Contábil 31/12/2014 Relatório Auxiliar Diferençaf s

DUPLICATAS A RECEBER 105.044 105.041 A.02.01 3 (-)PCLD 15.398- 15.397- A.02.02 1-

89.646 Lead 89.644 2 mt t t

Tickmarkss Conforme a composição analítica do saldo de contas a receber.f Conforme o balancete contábil em 31/12/2014.t Somado e Calculado.

m Diferença imaterial para análises adicionais.

Page 39: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

38

____________________________________

____________________________________

TABELA 6: COMPOSIÇÃO DE CLIENTES

FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA

Conforme a composição de clientes, solicitou-se para teste documental a nota

fiscal, e/ou contrato firmado com o cliente, e comprovante de entrega da mercadoria,

assim pode-se verificar que a composição apresenta as informações adequadas.

Teste de recálculo da conta de PCLD

De acordo com a NBC TA 520 e ISA 520 - Procedimentos Analíticos, para fins

das normas de auditoria, a estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário

na ausência de um meio de mensuração preciso. Este termo é usado para um valor

mensurado do valor justo quando existe incerteza de estimativa, bem como para

outros valores que requerem estimativas.

Com base nos critérios adotados pela entidade, para perdas de créditos de

liquidação duvidosa, são calculados da seguinte forma:

Valores vencidos entre 60 e 90 dias a companhia provisiona para perda

5% dos valores a receber;

Valores vencidos entre 90 e 180 dias a companhia provisiona para perda

20% dos valores a receber;

Valores vencidos entre 180 e 365 dias a companhia provisiona para

perda 50% dos valores a receber;

Valores vencidos acima de 365 dias a companhia provisiona para perda

100% dos valores a receber.

Desta forma, recalculou-se a estimativa para saldo segregado individualmente

por títulos vencidos, conforme demonstrado o resultado obtido a seguir no

procedimento com referência A.02.02:

Cliente Saldo em 31/12/2014Cliente A 22.000 Cliente B 22.326 Cliente C 39.009 Cliente D 20.032 Outros 1.674

A.02 105.041

Page 40: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

39

__________________________________________________

__________________________________________________

TABELA 7: PERDAS PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Ademais, com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para

concluir pela razoabilidade dos saldos do grupo de clientes.

4.2.3.3 Estoques

De acordo com o CPC 16 – Estoques - Correlação às Normas Internacionais

de Contabilidade – IAS 2 (IASB), os estoques devem ser mensurados pelo valor de

custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. O valor de custo do estoque

deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos

incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão dos saldos de

estoques efetuou-se o confronto entre os saldos contábeis que compõe o grupo de

Estoques com os relatórios auxiliares, bem como, busca-se o entendimento das

provisões constituídas para perdas dos estoques.

Vencimento (%) Saldo em 31/12/2014 Calculado60 - 90 dias 5% 4.080 204 90 - 180 dias 20% 520 104 180 - 365 dias 50% 10.196 5.098 Acima de 365 dias 100% 9.991 9.991

A.02 15.397

Page 41: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

40

TABELA 8: CONCILIAÇÃO DOS SALDOS DE ESTOQUES

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Com base na diferença identificada, reportou-se na cédula de ajustes anexa a

carta de representação de responsabilidades da administração.

Teste substantivo de contagem dos estoques

A entidade realiza o inventário físico dos estoques uma vez por ano de forma

cíclica e geográfica. Caso existam divergências, a segunda contagem é realizada para

efetuar a conferência. Os inventários acontecem de forma separada nos

almoxarifados produtivos (Matéria-Prima, Insumos e etc.).

Para mitigar os riscos de integridade, existência, selecionou-se os itens para

testes de contagem, conforme segue:

• Selecionou-se itens da lista de contagem e comparou-se as quantidades com

o estoque físico (existência).

• Selecionou-se itens do físico e comparou-se as quantidades com a lista de

contagem (integridade).

Os itens selecionados foram direcionados e distribuídos entre produtos

acabados e matéria prima, que juntos representam 92% do total de estoques.

Companhia de Cerâmica Ref. A.03Estoques cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Conciliação dos Estoques

Saldo Contábil Grupo 31/12/2014 Relatório Auxiliar Diferença

f sPRODUTOS ACABADOS 55.023 57% 55.030 A.03.01 7- MATÉRIA PRIMA 33.032 34% 33.097 A.03.01 65- PRODUTOS EM ELABORAÇÃO 2.221 2% 2.222 1- IMPORTAÇÃO EM ANDAMENTO 9.099 9% - [a] 9.099 PROVISÕES ESTOQUES 3.575- -4% 3.585- A.03.02 10

95.800 Lead 86.764 9.036 t t Ajuste 01

Nota:[a] Verificou-se que a entidade não possui controles auxiliares para a conta de importações em andamento,

tendo em vista que o valor não é material, reportou-se na cédulas de ajustes na carta de representação da administração e adicionalmente na carta de controles internos.

Tickmarkss Conforme a composição analítica do saldo de estoques.f Conforme o balancete contábil em 31/12/2014.t Somado e Calculado.m Diferença imaterial para análises adicionais.

Page 42: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

41

As contagens dos itens selecionados foram realizadas no dia 31/12/2014,

portanto, não foi necessário a realização de procedimento de movimentação dos

saldos de estoques, tendo em vista que a apuração dos saldos se dá na data-base do

fechamento do balanço.

Conforme demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com

referência A.03.01

TABELA 9: ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS

FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA

TABELA 10: ESTOQUES DE MATÉRIA PRIMA

FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA

Solicitou-se a composição de estoque após o inventário e confrontou-se com a

contagem realizada com a equipe de auditoria, para verificar se todos os ajustes

necessários foram realizados. Para cobertura do postulado da existência, realizou-se

ITEM TIPOLOGIA CLASS UM Saldo Final Valor Und. Valor TotalPUCCINI BEGE 60X60 POL PORCELANATO ACABADOS m2 102,96 32,46 3.341,82 xPERLINO BIANCO 60X60 POL PORCELANATO ACABADOS m2 205,92 34,51 7.105,88 x

CONCRETISSYMA MATIZ NUDE 60X60 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 34,32 13,47 462,34 ARPOADOR BIANCO 60X60 EXT BOLD PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 35,04 10,43 365,43 ECOWOOD CANELA 21,5X87 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 27,09 27,01 731,76 MARMORE CREMA 30X60 BOLD PAREDE ACABADOS m2 0,00 6,16 - MINERAL CONCRETO APARENTE 60X60 NAT PORCELANATO ACABADOS m2 360,36 19,38 6.985,10 xCONCRETISSYMA MATIZ NUDE EF 45X90 NAT PORCELANATO ACABADOS m2 38,64 21,43 828,25 BROADWAY LIME 60X60 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 102,96 13,49 1.388,73 PIETRA DI PARIGI CREMA 45X90 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 53,04 32,84 1.741,70 CIMENTO CINZA 60X60 BOLD PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 52,56 9,87 519,02 POLAR WHITE 30X60 MATE RET PAREDE ACABADOS m2 56,80 13,72 779,17 EUCALIPTO AUTOCLAVADO PATINA 20X120 RELEVO EXT RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 49,98 16,00 799,74 MOS MATA ATLANTICA EUCALIPTO 60X60 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 411,84 13,06 5.377,96 TRAVERTINO NAVONA BIANCO 60X120 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 148,72 10,15 1.509,91 PERLINO BIANCO 90X90 POL PORCELANATO ACABADOS m2 241,50 19,65 4.744,40 TRAVERTINO NAVONA BIANCO 60X120 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 1.003,86 18,04 18.108,42 xCUMARU GLAM NEGRO 20X120 RET PORCELANATO ESMALTADO ACABADOS m2 49,98 4,81 240,37

A.03 55.030,00 Legenda:x - Itens da composição selecionado para teste.

ITEM TIPOLOGIA CLASS UM Saldo Final Valor Und. Valor TotalENGOBE MONOPOROSA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 13,00 1,05 13,62 ESMALTE MONOPOROSA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 38,00 0,63 24,09 ESMALTE MONOPOROSA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 3,00 65,70 197,11 BASE WHITE LAB MIX 20X20 DES. 5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 118,88 1,99 236,15 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 300,06 0,94 281,17 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 49,74 9,28 461,43 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 1.081,05 0,53 576,24 BASE WHITE LAB MIX 20X20 DES. 8 MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 815,00 0,84 687,13 CAIXA PAP. 30X60 MONO DECORADOS - PB5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 1.046,94 0,69 722,70 CORANTE CE-5602 (ESMALGLASS) MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 74,00 10,61 785,06 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 73,00 13,17 961,76 CAIXA PAP. 20X20 DECORADO RET C/10 PEÇAS - PB5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 1.301,00 0,75 969,69 BASE IT DECOR MIX 20X20 DES. 8 MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 638,00 1,52 972,69 CAIXA PAP. 20X120 PORC ESM RET - PB5/9 - (C.P. Nº03 ) MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 3.710,00 0,31 1.140,98 BASE BIANCO PIGHES 60X120 POL S/IMPER RET MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 1.500,00 0,77 1.150,60 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 726,00 1,67 1.212,06 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 1.000,00 1,27 1.270,50 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 1.718,00 0,76 1.299,97 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 3.760,00 0,35 1.303,31 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 1.517,00 1,03 1.566,30 TINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 2.645,00 0,71 1.867,57 ALUMINA #325M1 (N.B.)PADRONIZ.=199 MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 170,00 12,15 2.066,18 xACESSORIO INTERNO 2,5X15 INSIDE CORNER - PB5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 137,00 15,82 2.166,98 xBASE LIBERTY NAVY MIX 20X20 COR 3 MATÉRIA PRIMA INSUMOS m2 1.975,00 1,10 2.170,52 xCAIXA PAP. 14X87 RD RET 12MM - PB5 MATÉRIA PRIMA INSUMOS pc 2.180,00 1,11 2.409,17 xESMALTE TRANSPARENTE MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 3.784,00 0,70 2.631,93 xTINTA SERIGRAFICA MATÉRIA PRIMA INSUMOS kg 34,00 116,24 3.952,09 x

A.03 33.097,00 Legenda:x - Itens da composição selecionado para teste.

Page 43: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

42

a contagem dos itens da amostra e confronta-se com a quantidade existente no

relatório auxiliar de estoque. Para cobertura do postulado da integridade, realizou-se

a contagem de alguns itens escolhidos aleatoriamente e confrontou-se com a

quantidade existente no relatório auxiliar de estoque.

A contagem da companhia foi acompanhada pela equipe de auditoria que foi

realizada de forma efetiva. Contudo, foram identificados algumas deficiências como:

a disposição de itens em locais de endereçamentos diferentes do relatório auxiliar,

sendo necessário ajustar a movimentação do item no sistema. Durante a contagem

atentou-se para que não houvesse movimentação dos estoques, observou-se a

sequência da contagem garantindo que o mesmo produto não fosse contado por mais

de uma vez, bem como, verificou-se a existência de possíveis produtos obsoletos.

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade das contagens realizadas durante o inventário de estoques.

Teste de valoração dos estoques

Atualmente a companhia opera com 3 fornos, 7 linhas de produção, segregadas

em 3 fábricas, cada fábrica possui uma capacidade produtiva pré estabelecida pela

administração.

Verificou-se que a companhia utiliza o método do custo por absorção, o custo

médio ponderado é calculado e todo o processo efetuado diretamente no sistema

gerencial, através de ordens de produção criadas no sistema gerencial.

Para mitigar os riscos de valorização, referente ao procedimento A.03.01

avaliou-se a abordagem de custeio utilizada pela entidade é aplicável em critérios

aceitáveis de valoração. (Por exemplo: uma aproximação para o PEPS/custo médio,

conforme aplicável). Adicionalmente verificou-se se as mesmas abordagens foram

utilizadas para valoração de custos de estoque para todos os produtos, tendo uma

mesma natureza e uso para a entidade.

Com base no saldo de estoques em 31/12/2014, conciliado com os relatórios

auxiliares, efetuou-se uma análise para avaliar quais estoques serão submetidos a

teste de recalculo do custo médio de acordo com sua natureza. Identificou-se 4 grupos

de estoques, sendo que 2 deles serão submetidos a teste de custo médio, através de

amostras separadas, conforme obtida anteriormente durante a contagem física dos

estoques.

Page 44: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

43

- Produtos Acabados (Produção Própria), que compreendem todos os produtos

que são produzidos pela companhia em seu parque fabril que são valorados pelo

custo de absorção.

- Matéria prima e almoxarifado, que compreendem todos insumos, produtos

para manutenção, expedição, entre outros, que são valorados por meio do custo

médio no momento da entrada das mercadorias.

Foi solicitado os relatórios de movimentação dos estoques dos meses de

janeiro de 2014 a dezembro de 2014, e confrontou-se com os saldos dos estoques

mês a mês com o balancete contábil, assim pode-se utilizar as bases para os testes

de custeio.

As participações dos custos total são divididas em três subgrupos da seguinte

forma:

- Custos Variáveis:

a) Esmalte;

b) Massa;

c) Gás Natural;

d) Embalagens e acessórios;

e) Energia elétrica;

- Custo Fixo Fábrica

a) Pessoal;

b) Manutenção;

c) Depreciação/amortização;

- Custo Fixo Centros de Apoio

a) Pessoal;

b) Manutenção;

c) Depreciação/Amortização;

Solicitou-se a movimentação de cada item selecionado dos estoques, e

recalculou-se o custo médio, e também selecionou-se a última ordem de produção ou

a última entrada do produto no estoque, verificou-se a última Nota Fiscal de entrada,

e calculou-se o custo do produto selecionado.

Page 45: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

44

Os demais custos absorvidos por cada produto, foram verificados os critérios

de rateio por absorção, analisando-se os mais significativos, que são Gás Natural,

Energia Elétrica, e confrontou-se com a fatura do mês de apuração do custo.

Teste de provisão para ajuste a valor de mercado

Para mitigar os riscos de valorização, referente ao procedimento A.03.02,

solicitou-se o cálculo da provisão para redução ao valor recuperável para produtos

onde o custo exceda o preço de venda (menos os custos de venda) e realizou-se os

seguintes procedimentos:

1. Inspecionou-se a planilha auxiliar para selecionar itens para teste e avaliou-

se se eles estão adequadamente incorporados na provisão, considerando-se as

informações obtidas com a administração e documentações suportes.

2. Solicitou-se o relatório de lucro bruto (antes e depois da data-base) para

identificar itens com margem bruta negativa ou aqueles próximos ao ponto de

equilíbrio (considerando a razoabilidade de percentuais de custo de venda).

3. Solicitou-se a tabela de preços planejados do departamento de venda para

identificar futuras reduções de preço com impactos potenciais nos itens de estoque.

Com base nas informações obtidas anteriormente nos itens 1, 2 e 3, indagou-

se à administração, inspecionou-se as documentações suportes, conforme

apropriado, com o objetivo de avaliar a razoabilidade da provisão.

Avaliou-se a confiabilidade e adequação dos dados utilizados no procedimento,

se o nível de provisão foi adequado, considerando os saldos individuais, abordagem

da administração para provisão, evidência histórica da adequação e o nível de

provisão do período anterior.

TABELA 11: PROVISÃO PARA AJUSTE A VALOR DE MERCADO

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

ITEM UM Saldo Final Valor Und. Valor Total Quantidade Valor Und. Faturamento ProvisãoPUCCINI BEGE 60X60 POL m2 102,96 32,46 3.341,82 173,66 19,42 3.373,23 1.341,89- PERLINO BIANCO 60X60 POL m2 205,92 34,51 7.105,88 319,64 30,96 9.897,06 729,95-

CONCRETISSYMA MATIZ NUDE 60X60 RET m2 34,32 13,47 462,34 2.937,44 23,89 70.168,20 - ARPOADOR BIANCO 60X60 EXT BOLD m2 35,04 10,43 365,43 9.362,37 0,53 4.978,19 346,80- ECOWOOD CANELA 21,5X87 RET m2 27,09 27,01 731,76 9.955,01 7,66 76.292,22 524,15- MARMORE CREMA 30X60 BOLD m2 0,00 6,16 - 12.561,00 2,36 29.589,60 0,00 MINERAL CONCRETO APARENTE 60X60 NAT m2 360,36 19,38 6.985,10 297,00 92,62 27.508,28 - CONCRETISSYMA MATIZ NUDE EF 45X90 NAT m2 38,64 21,43 828,25 10.682,93 0,45 4.811,36 810,85- BROADWAY LIME 60X60 RET m2 102,96 13,49 1.388,73 1.049,89 5,64 5.916,49 808,52- PIETRA DI PARIGI CREMA 45X90 RET m2 53,04 32,84 1.741,70 7,30 854,64 6.238,84 - CIMENTO CINZA 60X60 BOLD m2 52,56 9,87 519,02 1.129,00 44,00 49.671,55 - POLAR WHITE 30X60 MATE RET m2 56,80 13,72 779,17 124,80 708,33 88.400,03 - EUCALIPTO AUTOCLAVADO PATINA 20X120 RELEVO EXT RET m2 49,98 16,00 799,74 4.629,12 10,04 46.490,38 297,79- MOS MATA ATLANTICA EUCALIPTO 60X60 RET m2 411,84 13,06 5.377,96 444,02 28,02 12.440,81 - TRAVERTINO NAVONA BIANCO 60X120 RET m2 148,72 10,15 1.509,91 715,68 25,30 18.109,69 - PERLINO BIANCO 90X90 POL m2 241,50 19,65 4.744,40 655,00 16,64 10.900,47 725,37- TRAVERTINO NAVONA BIANCO 60X120 RET m2 1.003,86 18,04 18.108,42 172,00 154,31 26.540,99 - CUMARU GLAM NEGRO 20X120 RET m2 49,98 4,81 240,37 2.714,00 26,86 72.899,61 -

A.03 55.030,00 564.227,00 A.03 5.585,31- Deduções 125.592,00

Receita Líquida 438.635,00 Lead

Page 46: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

45

Comparou-se os itens do estoque a custo x preço médio praticado nos últimos

doze meses. Para os itens com preço abaixo do custo, calculou-se a diferença entre

o preço praticado e o custo do item vezes a quantidade em estoque. O resultado deste

cálculo é o valor necessário de provisão para ajuste a valor de mercado.

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade dos saldos do grupo de estoques apresentados.

4.2.3.4 Imobilizado

De acordo com o CPC 27 - Ativo Imobilizado - Correlação às Normas

Internacionais de Contabilidade – IAS 16, o custo de um item de ativo imobilizado deve

ser reconhecido como ativo se, e apenas se:

(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão

para a entidade; e

(b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, direitos e

obrigações, dos saldos de imobilizado, solicitou-se a planilha de movimentação roll-

forward para ativos imobilizados detalhando os saldos de abertura reconciliados aos

saldos de fechamento no fim do período por classe principal de ativos imobilizados. A

planilha inclui adições, baixas, reclassificações e outros ajustes ao valor bruto contábil,

custos de depreciação, depreciação acumulada, e o valor líquido contábil,

demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com referência A.05:

• Verificou-se a precisão matemática da planilha de movimentação roll-forward;

• Confrontou-se os saldos de abertura / comparativos com a planilha de

movimentação roll-forward do período anterior;

• Confrontou-se a planilha de movimentação roll-forward com o sistema de ativo

imobilizado, razão contábil e com as demonstrações contábeis;

Page 47: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

46

TABELA 12: MAPA DE MOVIMENTAÇÃO DO IMOBILIZADO

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade da movimentação dos saldos de imobilizado apresentados.

Teste substantivo das adições do imobilizado

Para mitigar os riscos de integridade, precisão, direitos e obrigações, dos

saldos de imobilizado, solicitou-se uma lista de adições de ativo imobilizado do

sistema de imobilizado durante o período. Verificou-se a precisão matemática da lista

e elaborou-se o mapa de movimentação do imobilizado. Confrontou-se o total da lista

com o mapa de movimentação do período. Selecionou-se os itens para teste e

realizou-se os seguintes procedimentos com referência A.05.01:

Teste de voucher das faturas, incluindo os valores e as datas;

Avaliar a adequação da vida útil econômica e do valor residual atribuído ao

ativo adquirido com base na natureza do ativo.

Companhia de Cerâmica Ref. A.05Imobilizado cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Conciliação dos Ativos Imobilizados

Contábil Contábil Grupo 31.12.2013 Aquisições Baixas Transferências Depreciação Calculado 31.12.2014 Diferença

o y y y y t a tTERRENOS 6.071 - - - - 6.071 6.071 - EDIFICACOES 34.776 - - - 839- 33.938 33.085 853 BENFEITORIAS 15.205 - 719- 3.798 3.098- 15.186 17.388 2.202- MAQUINAS EQUIP E INSTALACOES INDUSTRIA 48.912 161.824 - 11.737 119.782- 102.691 102.691 - MOVEIS E UTENSILIOS 480 3.931 - - 3.902- 509 509 - EQUIPAMENTOS DE PROC DADOS 851 6.148 - - 6.489- 510 931 421- VEICULOS 21.321 - - - 69- 21.252 20.403 849 BENFEITORIAS EM IMOVEIS DE TERCEIROS - - - - - - - - IMOBILIZACOES EM ANDAMENTO 4.595 23.988 33- 15.535- - 13.015 12.647 368

132.212 Lead 195.891 A.05.01 (751) - (134.179) A.05.02 193.173 193.726 Lead (552) mt [b] [a] t [c] t t t

Notas:[a] As Baixas do imobilizado no período não são significativas para maiores análise, portanto não foi necessário teste de voucher.[b] Realizou-se testes substantivos para as adições ocorridas no período.[c] Realizou-se testes substantivo analítico para o saldo de depreciação ocorrido no período.

Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.o Conforme balancete contábil de 31.12.2013.y Conforme relatório Analítico do Ativo Imobilizado.t Somado e Calculado.

m Imaterial para maiores análises.

Page 48: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

47

TABELA 13: ADIÇÕES DO IMOBILIZADO

FONTE: DADOS PRIMÁRIOS DA COMPANHIA

Examinou-se se a depreciação foi iniciada na data em que o ativo estava

disponível para uso. Sempre que essa data divergir significativamente da data da

fatura e / ou a data em que o ativo entrou em serviço, indagou-se à administração para

obter uma explicação para a diferença.

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade dos saldos adicionados ao imobilizado durante o período.

Teste substantivo analítico da depreciação

De acordo com o CPC 27, Correlação às Normas Internacionais de

Contabilidade – IAS 16, o método de depreciação aplicado a um ativo deve ser

Código ITEM Aquisição Inic. Uso Vlr.OriginalMAQU6267/00 MAQUINASPARACORTAREDOBRARETIQUETAS 17/07/2014 01/08/2014 653,74 VEIC6002/00 HR - 2,5 STD CAB CURTA NAC. MODELO: HEH76B857A ANO 07/08/2014 01/09/2014 2.148,43

INST6004/00 Rede de tratamento de gases c/ 154,06m de duto circular + 05/09/2014 01/10/2014 2.148,43 VEIC6001/00 PeugeotBoxer330Mano2010modelo20112300cilindradas 06/01/2014 01/02/2014 2.148,43 MAQU6018/00 Corte Vinco Hot Stamping - TYMK-720 - Furnax 13/01/2014 01/02/2014 2.290,00 MAQU7205/00 Equip Inkjet E-Jet 1802 HUMDG 2C EPSON DX5 4C 1,8M 15/01/2014 01/02/2014 4.671,61 MAQU6007/00 Fresadora CNC Mod Sculptor (maquina cliche) - NF 7486 Vitor 21/01/2014 01/02/2014 2.924,47 MAQU6130/00 Máquina de corte vinco manual modelo 720 x 1040, série 22/01/2014 01/02/2014 2.148,43 MAQU6038/00 MAQUINAIMPRESSORAANGEODRYOFFSET6CORESpor 22/01/2014 01/02/2014 2.148,43 MAQU6161/00 MAQUINAP/TRANSFERCONTINUODEFITASMODMICF-500 27/02/2014 01/03/2014 613,71 MAQU6083/00 EQUIPAMENTO SOLDA S18TV 380V 02,2174,3 PDR 07/03/2014 01/04/2014 9.410,50 MAQU6025/00 Freqüência RF S-18 KW TV 380 V série 3352, marca Politron 15/05/2014 01/06/2014 41,67 EDIF6167/00 Edificações e Befeitorias (saldo) 15/05/2014 01/06/2014 3.988,27 MAQU6041/00 Compressor estacionario eletrico Ls20-125, Setor: Ar 15/05/2014 01/06/2014 41,67 MAQU6143/00 MAQUINA DE GRAVAÇÃO A LASER MODELO FUTURA CO2 15/05/2014 01/06/2014 3.988,27 MAQU6002/00 Máquina de freqüência italiana solda e corte, série 160590 15/05/2014 01/06/2014 4.161,01 EDIF6172/00 Mão-de-obraematerialaplicado 17/05/2014 01/06/2014 5.391,50 MAQU6077/00 ComprenssorEstacionarioeletricols200,Setor:Arcomprimido 17/07/2014 01/08/2014 1.106,25 MAQU7090/00 Maquina Corte e Vinco CV 17/07/2014 01/08/2014 1.106,25 EDIT6021/00 FIAC?OELETRICAPREDIONOVO(MAIO2011) 17/07/2014 01/08/2014 1.106,25 EDIT6026/00 Material eletrico p/ predio novo (Subestac?o) 02/04/2014 01/05/2014 1.106,25 MAQU6051/00 2 Maquinas para cortar e dobrar etiquetas J Chicatto 24/10/2014 01/11/2014 1.106,25 MAQU6193/00 NF 19793 Staubli Sargans - maquina de atar urdume m, 28/10/2014 01/11/2014 1.106,25 MAQU6283/00 Compraconformenf42344WillyItalianaSRl 10/01/2014 01/02/2014 5.123,86 MAQU6028/00 GUILHOTINAMODELOCN/D220/380VAUTOMATICACOM 12/03/2014 01/04/2014 3.327,62 MAQU6008/00 MAQUINADEGRAVAÇÃOMODMIRA3007 N/S369C/01 20/03/2014 01/04/2014 3.608,68 MAQU6324/00 Maquina Automatica para corte Ultrasonico 26/03/2014 01/04/2014 3.608,68 MAQU6023/00 Máquina de Gravação Modelo MIRA 3007 - Lote 53 c/ 01 31/10/2014 01/11/2014 2.736,21 MAQU6022/00 EquipamentoEltronicodeGravaçaoeCorteaLasermira3007 03/10/2014 01/11/2014 2.736,23 MAQU6009/00 MAQ DE CORTE E GRAVAÇÃO LASER MOD VISTA 0604 N/S 12/05/2014 01/06/2014 4.220,13 MAQU6113/00 GuilhotinacomputadorizadaGH-92,série14,marcaMelmaq 14/11/2014 01/12/2014 10.330,85 xMAQU6889/00 Maquina de corte e laser mod VISTA 0604 - Lote 708 13/05/2014 01/06/2014 8.018,23 MAQU6156/00 MAQUINAELETRONICAP/IMPRIMIRETIQUETASADESIVASEM 18/09/2014 01/10/2014 4.220,13 EDIF6005/00 Construção mista p/ refeitório, cozinha lavação, depósito e 23/10/2014 01/11/2014 4.220,13 MAQU6013/00 MONITOR (IMOBILIZADO) -Desc.Compl.- TV lcd ou led 29/08/2014 01/09/2014 15.192,50 xMAQU6163/00 COOKTOP -Desc.Compl.- brastemp por inducao vitroceramico 4 bocas B 15/04/2014 01/05/2014 17.379,66 xMAQU6260/00 COIFA DE PAREDE -Desc.Compl.- brastemp BAi60A 50X33X60 Active 6 09/06/2014 01/07/2014 4.220,13 MAQU6264/00 FORNO ELETRICO -Desc.Compl.- forno e microondas conjugado brastem16/09/2014 01/10/2014 6.887,24 MAQU6265/00 MOVEIS -Desc.Compl.- moveis copa sala de almoco esala apoio admini 12/04/2014 01/05/2014 2.110,07

MAQU6126/00 MOVEIS -Desc.Compl.- 12 cadeiras mesa almo 12/04/2014 01/05/2014 593,26

MAQU6027/00 MOVEIS -Desc.Compl.- banquetas copa 12/04/2014 01/05/2014 11.328,44 x

MAQU7096/00 MOVEIS -Desc.Compl.- moveis cozinha office park -2 parcela 12/04/2014 01/05/2014 11.328,44 x

MAQU7097/00 MOVEIS -Desc.Compl.- aquisicao cadeira 12/04/2014 01/05/2014 2.660,08

A.05 179.406,64

Legenda:x - Itens da composição selecionado para teste.

Page 49: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

48

revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no

padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir

essa mudança. Tal mudança deve ser registrada como mudança na estimativa

contábil, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis,

Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

Para mitigar os riscos de valoração dos saldos de depreciação do imobilizado,

desenvolveu-se uma expectativa da despesa de depreciação para o período com base

de dados de expectativa sobre fatores-chave e taxas de depreciação do período

anterior ajustados para efeitos de adições, alienações e prejuízos no período, o

impacto de quaisquer ativos totalmente depreciados, bem como para qualquer

alteração das taxas de depreciação da entidade ou política. Comparou-se o valor

registrado com expectativa e investigou-se as diferenças que estão fora da faixa de

diferença aceitável através de inquérito de gestão. Obteve-se evidência de adequação

para corroborar as explicações de gestão.

Verificou-se que a entidade realiza a revisão de vida útil, apenas dos itens mais

significativos, Maquinas e Equipamentos e Edificações com o valor do custo maior

que 1 mil reais, sendo os demais itens aplicados a taxa fiscal.

Tendo em vista que as taxas de depreciação oriundas de revisão de vida útil

são prospectivamente aplicadas, utilizou-se para o recalculo da expectativa a revisão

de vida útil dos bens do período de 2013, conforme demonstrado o resultado obtido a

seguir referente ao procedimento A.05.03:

TABELA 14: DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade dos saldos de depreciação do imobilizado apresentados.

DepreciaçãoVida Útil Contábil Saldo 100% Acumulada Contábil

Taxa média em 2014 Anos 31.12.2014 Depreciados Calculada Depreciação Diferençat t a y t a t

TERRENOS 0% - 6.071,24 - - - -

EDIFICACOES 3% 36 33.084,62 1.833- 840- 839- 2- BENFEITORIAS 4% 25 17.387,62 3.795- 3.099- 3.098- 1- MAQUINAS EQUIP E INSTALACOES 8% 13 102.691,23 127.999- 119.784- 119.782- 1- MOVEIS E UTENSILIOS 10% 10 509,27 3.953- 3.902- 3.902- 0 EQUIPAMENTOS DE PROC DADOS 20% 5 930,96 6.675- 6.489- 6.489- 0 VEICULOS 20% 5 20.403,41 4.149- 68- 69- 1 BENFEITORIAS EM IMOVEIS DE TER 0% - - - - - -

IMOBILIZACOES EM ANDAMENTO 0% - 12.647,22 - - - -

A.05 193.726 (134.183) A.05 (134.179) (3) mt t t t

Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.y Conforme relatório Analítico do Ativo Imobilizado.t Somado e Calculado.

m Imaterial para maiores análises.

Page 50: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

49

4.2.3.5 Fornecedores

De acordo com o CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes, Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 37, as

provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos

derivados de apropriações por competência porque há incerteza sobre o prazo ou o

valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. Por contraste:

(a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços

fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com

o fornecedor; e

(b) os passivos derivados de apropriações por competência são passivos a

pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos,

faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, incluindo valores devidos a

empregados (por exemplo, valores relacionados com pagamento de férias). Embora

algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza

é geralmente muito menor do que nas provisões.

Solicitou-se a composição das contas a pagar e de produtos recebidos não

faturados e despesas provisionadas e realizou-se os seguintes procedimentos com

referência P.01:

• Verificou-se a precisão matemática da reconciliação;

• Confrontou-se a composição com o balancete e com as demonstrações

contábeis;

• Efetuou-se segregação de circulante e não circulante, segregando-se títulos

em aberto a longo prazo, adicionalmente indagou-se a respeito da existência dos

mesmos.

Page 51: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

50

TABELA 15: CONCILIAÇÃO DAS CONTAS A PAGAR

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Para verificar a integridade, existência, precisão e apresentação dos saldos,

solicitou-se carta de representação formal com a relação de fornecedores assinada

pelo Diretor Financeiro da companhia, selecionados os fornecedores mais

significativos, e encaminhou-se carta de circularização para os fornecedores

selecionados, posteriormente realizou-se o confronto entre a resposta fornecida pelos

fornecedores e o saldo contábil em 31/12/2014.

Teste de busca por passivos omissos

De acordo com a NBC T 19.7 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes, estabelece que um passivo deve ser reconhecido quando existe uma

Companhia de Cerâmica Ref. P.01Fornecedores cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Conciliação das contas a pagar

Contábil RelatórioGrupo 31.12.2014 Auxiliar Diferença

a y tFORNECEDORES 56.772 56.773 1- OUTRAS CONTAS A PAGAR DE CURTO PRAZO 10.345 10.322 23 FORNECEDOR - ENERGIA 6.552 6.523 29 FORNECEDORES LP 16.644 16.645 2-

90.313 [1] 90.263 50 mt t t

Segregação Titulos Valor R$Circulante vencimento até 31/12/2015: 73.618 LeadNão Circulante vencimento após 31/12/2015: 16.645 LeadTotal Geral: 90.263 [1]

Aging List Vencimento das contas a pagar Valor R$a vencer de 0 a 90 dias 6.523 a vencer de 91 a 180 dias 10.322 a vencer de 181 a 365 dias 56.773 a vencer mais de 365 dias 16.645 Total Geral: 90.263 [1]

Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.y Conforme relatórios auxiliar de Fornecedores emitido na posição 31.12.2014.t Somado e Calculado.

m Imaterial para maiores análises.

Page 52: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

51

obrigação legal que faça com que a entidade não tenha outra alternativa realista senão

liquidar essa obrigação.

Para realizar a busca por passivos não registrados, solicitou-se os detalhes de

faturas que foram recebidas, registradas, ou pagas após a data-base. Isso pode incluir

a obtenção das declarações de registro/transferência bancária/extratos bancários

(dependendo das circunstâncias do trabalho) bem como notas fiscais registradas e

não registradas, e efetuou-se o seguinte procedimento:

Uma busca dos pagamentos realizados após a data-base do balanço, na base

de fornecedores, identificando os pagos em 2015 que estavam provisionados

em 31/12/2014 na rubrica de fornecedores;

Efetuou-se todos os passos propostos pelo teste, analisando os valores de

maior relevância dentro da base de Passivos Omissos, que representa 1% do valor

total da base de Passivos, saldo este que encontra-se abaixo da materialidade. Dentro

do saldo analisado, não representando assim um Passivo Omisso, com base no

disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir pela razoabilidade

dos saldos de Passivos apresentados.

4.2.3.6 Empréstimos e financiamentos

De acordo com o CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis,

correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 1 (IASB – BV 2011), o

passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos

seguintes critérios:

(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da

entidade;

(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço;

(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo

durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Os termos de um passivo

que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão

de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.

Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.

Page 53: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

52

Teste de Empréstimos e Financiamentos

Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, direitos e

obrigações, e apresentação dos saldos, solicitou-se o relatório de movimentação dos

empréstimos e financiamentos, informações dos empréstimos existentes e novos

dentro do período auditado, e executou-se os seguintes procedimentos conforme

demonstrado o resultado obtido a seguir com referência P.02:

Verificou-se a precisão matemática do relatório;

Corroborou-se os saldos demonstrados nos relatórios com os saldos

registrados na contabilidade;

Elaborou-se o mapa de movimentação dos empréstimos e financiamentos no

exercício de 2014;

Avaliou-se se a apresentação nas demonstrações contábeis entre passivos

circulantes e não circulantes está adequada;

Confrontou-se as respostas de circularização obtidas das instituições

financeiras com os respectivos saldos contábeis.

TABELA 16: MAPA DE MOVIMENTAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade dos saldos de empréstimos e financiamentos apresentados.

Companhia de Cerâmica Ref. P.02Empréstimos e Financiamentos cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Movimentação dos Empréstimos e Financiamentos

Contábil Contábil Grupo 31.12.2013 Captação Juros Provisão Amortização Maturação Calculado 31.12.2014 Diferença

o y y y y t a tCurto PrazoBANCO SANTANDER 6.071 - - 1.523- 1.523 6.071 6.071 - BANCO HSBC S/A 4.776 - 2.531 5.070- 839 3.076 3.085 8- BANCO C.E.F 5.205 10.601 212 1.728- 3.098 17.388 17.388 0 BANCO SAFRA 8.912 2.999 - - 782 12.693 12.691 2 BANCO ITAÚ S/A 18.397 3.931 221 8.055- 3.902 18.397 18.397 0- BANCO BNDES 851 - - 6.410- 6.489 930 931 0- BANCO BRADESCO 1.321 19.013 221 221- 69 20.403 20.403 0- BANCO DO BRASIL - 7.395 - - - 7.395 7.395 -

45.534 Lead 43.939 3.185 23.007- 16.702 86.354 86.361 Lead 8- mt t t t t t t t

Longo PrazoBANCO SANTANDER 6.071 1.523 - - 1.523- 6.071 6.071 - BANCO HSBC S/A 34.776 - - 853- 839- 33.085 33.085 0 BANCO C.E.F 15.205 5.281 - - 3.098- 17.388 17.388 0 BANCO SAFRA 8.912 50.305 - - 782- 58.435 58.435 0- BANCO ITAÚ S/A 480 3.931 - - 3.902- 509 509 - BANCO BNDES 13.784 - - 6.363- 6.489- 932 932 0- BANCO BRADESCO 21.321 - - 849- 69- 20.403 20.403 0- BANCO DO BRASIL - - - - - - - -

100.550 Lead 61.040 - (8.065) (16.702) 136.823 136.823 Lead (0) mt t t t t t t t

146.084 104.980 3.185 -31.072 0 223.176 223.184 -8 m

t t t t t t t tTickmarks

a Conforme balancete contábil de 31.12.2014.o Conforme balancete contábil de 31.12.2013.y Conforme relatório analítico de empréstimos e financiamentos.t Somado e Calculado.

m Imaterial para maiores análises.

Page 54: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

53

4.2.3.7 Provisões por reclamações litigiosas e tributárias

De acordo com o CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes, Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 37, Uma

provisão deve ser reconhecida quando:

(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como

resultado de evento passado;

(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam

benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser

reconhecida.

Teste de circularização dos advogados

Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão dos saldos de provisões

por reclamações litigiosas e tributárias, solicitou-se confirmações por escrito aos

advogados externos da entidade que foram consultados com relação litígios e

reclamações movidos contra a entidade que podem ter um efeito significativo nas

demonstrações contábeis. Os pedidos de confirmação incluem o seguinte:

- informações sobre litígios e reclamações pendentes contra a entidade;

- o impacto financeiro potencial de tais litígios e reclamações;

- o valor de todas os encargos legais pendentes ao final do período.

Ao receber a resposta do advogado, avaliou-se a integridade e exatidão dos

litígios, reclamações e provisões/passivos (incluindo encargos legais em outras contas

a pagar / despesas provisionadas) comparando a estimativa preparada pela

administração, com base no feedback recebido dos advogados.

Conforme demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com

referência P.03:

Page 55: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

54

TABELA 17: CIRCULARIZAÇÃO DE ADVOGADOS

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Indagou-se a administração sobre a existência de novas discussões judiciais entre

a data-base das respostas e a data próxima a emissão do relatório de auditoria. A

administração da companhia informou que não existem novas ações significativas e

disponibilizou uma representação formal assinada pelo advogado.

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade dos saldos de provisões por reclamações litigiosas e tributárias

apresentados.

4.2.3.8 Receita líquida

De acordo com o CPC 30 - Receitas, correlação às Normas Internacionais de

Contabilidade IAS 18, a receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida

quando forem satisfeitas todas as seguintes condições:

(a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios mais

significativos inerentes à propriedade dos bens;

(b) a entidade não mantenha envolvimento continuado na gestão dos bens

vendidos em grau normalmente associado à propriedade e tampouco efetivo controle

sobre tais bens;

(c) o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade;

Companhia de Cerâmica Ref. P.03Provisões por reclamações litigiosas e tributárias cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Circularização dos advogados

Classificação TRABALHISTA ADMINISTRATIVA CÍVEL TRIBUTÁRIA TOTALy y y y t

PROVÁVEL 10.345 - - 3.487 13.832 [a]POSSÍVEL 6.552 6.523 332 432 13.839 [b]REMOTA 122 231 343 345 1.041

17.019 6.754 675 4.264 28.712 t t t t t

Nota: Provisões para contingências 8.963 Lead[a] Provisão contábil de passivos contingentes Provisões para contingências LP 4.869 Lead[b] Divulgação e abertura dos saldos em notas explicativas. 13.832

tTickmarks

a Conforme balancete contábil de 31.12.2014. Diferença 1- my Conforme a resposta de circularização dos Advogados.t Somado e Calculado.

m Imaterial para maiores análises.

Page 56: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

55

(d) for provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão

para a entidade; e

(e) as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à transação,

possam ser mensuradas com confiabilidade.

Para mitigar os riscos de integridade, existência, precisão, dos saldos de

receitas, indagou-se a administração sobre operações de receita faturadas e não

embarcadas ou bill and holl. Solicitou-se a composição dessas transações faturadas

e não embarcadas, assim como o relatório de todo o faturamento de 2014. Efetuou-

se os seguintes procedimentos com referência R.01:

• Efetuou-se uma análise do tratamento contábil adotado para as operações;

• Identificou-se quais são os itens faturados e não embarcados de acordo com

o entendimento da equipe de auditoria, indagando a administração a respeito das

diferenças;

• Avaliou-se se critérios adequados de reconhecimento de receita foram

aplicados e se as operações foram contabilizadas de acordo com a política contábil

da entidade.

TABELA 18: ANÁLISE DAS RECEITAS LÍQUIDAS

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Para validar a integridade do relatório de vendas de 2014, efetuou-se seleção

de 25 itens, para os itens selecionados, solicitou-se a documentação suporte

Companhia de Cerâmica Ref. R.01Receita Líquida cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Conciliação da Receita Líquida

Contábil RelatórioGrupo 31.12.2014 Auxiliar Diferença

a y tMERCADO INTERNO 356.432 356.439 7- MERCADO EXTERNO 207.795 207.792 3

RECEITA BRUTA 564.227 564.231 (4) mt t t

Deduções (125.592) (125.592) -

Receita Líquida de Vendas 438.635 Lead 438.639 (4) mt t t

Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.y Conforme relatórios auxiliar de Receitas emitido na posição 31.12.2014.t Somado e Calculado.

m Imaterial para maiores análises.

Page 57: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

56

pertinente, nota fiscal, comprovante de recebimento, comprovante de embarque ou

entrega da mercadoria, posteriormente confrontou-se as informações atentando para

possíveis divergências.

Teste de reconhecimento da receita

Tendo em vista que a companhia reconhece a receita no momento em que são

emitidas as notas fiscais, para verificar se o impacto é relevante efetua-se os seguintes

procedimentos:

Solicitou-se companhia o relatório de notas fiscais faturadas e não embarcadas

na data base de 31/12/2014 e o segregou-se da seguinte forma:

TABELA 19: IMPACTO DO RECONHECIMENTO DA RECEITA INDEVIDAMENTE

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Para validar a integridade das notas fiscais emitidas em 2014 constantes na

base do faturado e não embarcado, solicitou-se o relatório de faturamento do período

de 01/01/2014 a 31/12/2014 contendo a data do embarque e a situação da Nota Fiscal

(faturado e embarcado ou faturado e não embarcado) utilizado na conciliação da

receita bruta e efetuou-se os seguintes procedimentos:

Faturado em 2012 e não embarcado até 31/12/2014 212 Faturado em 2013 e não embarcado até 31/12/2014 194 Faturado em 2014 e não embarcado até 31/12/2014 6.370 Faturado em 2014 e embarcado após 31/12/2014 7.750 Total 14.526 Ajuste 02

t

Receita reconhecida incorretamente 14.526,00

Receita Bruta 564.227

Deduções 125.592-

Receita Líquida de Vendas 438.635

Custo produtos vendidos 296.969

Lucro Operacional Bruto 141.666

MARGEM BRUTA 25,11%

IMPACTO CAUSADO 3.647,19

Ajuste de reversão da margem do Produto Vendido 10.878,81- Ajuste 03

Page 58: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

57

a) Identificou-se as Notas Fiscais que foram embarcadas após 31/12/2014 ou

as que não foram embarcadas até o momento em que o relatório foi gerado,

reclassificando-as como "Faturadas e Não Embarcadas".

b) Com base no resultado da classificação, efetuou-se o confronto entre o

faturado e não embarcado e a base de dados da companhia.

Com base nos procedimentos aplicados constatou-se que o efeito das receitas

faturadas e não embarcadas no período de 01/01/2014 a 31/12/2014 causa um

impacto de R$3.647 no Lucro Operacional Bruto, inicialmente o valor é imaterial,

porém é reportado como ponto de controle para monitoramento, e na cédula de

ajustes anexa a carta de representação de responsabilidades da administração.

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade dos saldos de receitas apresentados.

Teste de expectativa de impostos sobre vendas - análise preditiva

Com base no balancete de 2014, solicitou-se o relatório com os valores das

vendas de mercadoria, devoluções de vendas e também os impostos sobre vendas.

Calculou-se uma expectativa de impostos sobre vendas, através da aplicação

dos percentuais das alíquotas de impostos informada pela empresa sobre o total da

base de cálculo dos impostos.

A expectativa foi constituída com base nas taxas efetivas de PIS, COFINS e

ICMS do mês de dezembro de 2014, aplicadas sobre a base de cálculo (receita bruta

no mercado interno). A diferença aceitável é que o valor da projeção somado com os

tributos não testados seja abaixo da materialidade.

TABELA 20: EXPECTATIVA DE IMPOSTOS SOBRE VENDAS

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Receita Bruta 564.227 Impostos 114.200- Devoluções 11.392-

Receita Líquida de Vendas 438.635

a

Expectativa de impostos sobre vendas CalculadoPIS 1,65% 9.310 COFINS 7,60% 42.881 ICMS 12% 67.707

119.898 t

Diferença 5.698 Ajuste 04

Page 59: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

58

Desta forma pode-se concluir pela razoabilidade dos saldos ajustados e

reportados para cédula de ajustes anexa a carta de representação de

responsabilidades da administração.

4.2.3.9 Custo dos produtos vendidos - análise de tendência

Para mitigar os riscos de integridade, existência e precisão, dos saldos de

custos dos produtos vendidos, executou-se os seguintes conforme demonstrado o

resultado obtido a seguir no procedimento com referência R.02:

1) Solicitou-se o relatório de vendas por produto do exercício de 2014,

conciliado com o saldo contábil anteriormente. O relatório continha quantidade em

metros e valor em Reais. Para validar a integridade do relatório, efetuou-se seleção

de 25 itens. Portanto, utilizou-se a mesma amostra testada no procedimento anterior

com referência R.01.

2) Solicitou-se os relatórios de estoques do mês utilizados como base de

seleção para recálculo do custo médio dos estoques de produtos acabados (produção

própria). A integridade do custo médio foi validada anteriormente nos procedimentos

com referência A.03. Posteriormente efetuou-se a busca no relatório vendas,

buscando o custo médio unitário do mês de cada item no relatório de estoques. Foram

localizados o custo médio unitário dos itens em estoque no mês, de aproximadamente

99,59% da receita bruta total, para os itens não localizados, efetuou-se a busca no

relatório de estoques de outros meses, o relatório dos outros meses para os meses,

de janeiro a dezembro. Após identificado o custo médio unitário de todos os itens

vendidos, multiplicou-se a quantidade vendida pelo custo médio unitário, obtendo o

custo do produto vendido.

3) Com base nos passos anteriores 01 e 02, calculou-se a expectativa do Custo

Médio dos Produtos Vendidos, efetuou-se o teste de soma e confrontou-se com total

de custos das mercadorias no balancete contábil.

Page 60: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

59

TABELA 21: EXPECTATIVA DOS CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

QUADRO 4: COMPARATIVO DO CUSTO MÉDIO

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Companhia de Cerâmica Ref. R.02Custo dos produtos vendidos cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Expectativa dos custos dos produtos vendidos

Mês Receita Bruta CPV Cálculadoa a y

jan/14 -37.883 19.552fev/14 -39.074 21.386mar/14 -45.854 24.195abr/14 -48.233 24.695mai/14 -48.054 25.428jun/14 -43.963 23.538jul/14 -45.519 24.851

ago/14 -52.201 27.678set/14 -53.445 27.727out/14 -55.047 28.796nov/14 -50.349 26.050dez/14 -44.606 23.130

-564.227 297.025t t

aCusto dos produtos vendidos 296.970 Lead

Diferença aceitável 56 mt

Tickmarksa Conforme balancete contábil de 31.12.2014.y Conforme relatórios auxiliar de Receitas emitido na posição 31.12.2014.t Somado e Calculado.

m Imaterial para maiores análises.

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTALQuantidade vendida 2013 1.559,66 1.728,05 1.879,19 1.872,24 2.119,46 1.985,36 1.926,77 2.156,81 1.934,32 1.934,32 1.934,32 1.934,32 22.965 Quantidade vendida 2014 1.725,90 1.796,45 2.065,97 2.075,75 2.105,06 1.996,50 2.200,97 2.351,50 2.400,17 2.400,17 2.400,17 2.400,17 25.919

Custo 2013 17.383 19.070 21.486 20.561 24.005 23.107 23.158 25.239 21.525 26.808 23.800 19.548 265.691 Custo 2014 19.552 21.386 24.195 24.695 25.428 23.538 24.851 27.678 27.717 28.756 26.044 23.130 296.969

Custo Médio 2013 11,15 11,04 11,43 10,98 11,33 11,64 12,02 11,70 11,13 13,86 12,30 10,11 11,57 Custo Médio 2014 11,33 11,90 11,71 11,90 12,08 11,79 11,29 11,77 11,55 11,98 10,85 9,64 11,46

2% 8% 2% 8% 7% 1% -6% 1% 4% -14% -12% -5% -1%

 8,00

 9,00

 10,00

 11,00

 12,00

 13,00

 14,00

 15,00

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAL

Comparativo Custo Médio  2013 x 2014

Custo Médio 2013

Custo  Médio 2014

Page 61: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

60

Verificou-se um leve aumento no Custo Médio dos Produtos se comparado com

o mesmo período do ano anterior, esse aumento refere-se basicamente ao aumento

no preço dos insumos utilizados, como o gás e energia utilizados na produção, porém

o aumento no custo ocorre principalmente pelo novo Mix de produtos que a companhia

está trabalhando no ano de 2014 que é mais nobre.

Desta forma, é possível verificar que o aumento do custo se reflete na margem

bruta como segue:

QUADRO 5: COMPARATIVO DA MARGEM DE LUCRO

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Com base nas análises, verificou-se que tanto o custo dos produtos vendidos

quanto o custo dos estoques sofreram um reajuste. Porém verificou-se que a margem

bruta teve um leve aumento (aprox. 2%).

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade da expectativa projetada dos saldos de custos dos produtos

vendidos apresentados.

4.2.3.10 Despesas com pessoal, vendas, gerais e administrativas.

Realizou-se indagações à administração para garantir que todas as provisões

de despesas que deveriam ter sido registradas na data-base realmente foram

registradas. Corroborou-se as respostas efetuando os seguintes procedimentos

demonstrado o resultado obtido a seguir no procedimento com referência R.03:

• Investigou-se as provisões de despesas do período anterior para identificar

tipos de despesas provisionadas que se espera que se repitam e avalia-se se esses

itens foram incluídos;

• Inspecionou-se os budgets como evidências de provisões de despesas;

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTALReceita bruta - 2013 31.618- 34.474- 38.109- 36.780- 44.989- 43.435- 42.571- 47.494- 41.812- 49.729- 48.401- 38.192- 497.606- Receita líquida - 2013 25.129- 27.172- 30.188- 28.311- 35.008- 33.681- 33.405- 37.366- 32.697- 39.350- 38.149- 30.362- 390.819- Custos - 2013 17.383 19.070 21.486 20.561 24.005 23.107 23.158 25.239 21.525 26.808 23.800 19.548 265.691

Receita bruta - 2014 37.883- 39.074- 45.854- 48.233- 48.054- 43.963- 45.519- 52.201- 53.445- 55.047- 50.349- 44.606- 564.227- Receita líquida - 2014 29.815- 30.603- 35.535- 36.897- 37.310- 34.438- 34.744- 40.869- 41.535- 42.677- 39.744- 34.468- 438.635- Custos - 2014 19.552 21.386 24.195 24.695 25.428 23.538 24.851 27.678 27.717 28.756 26.044 23.130 296.969

Margem bruta 2013 24% 24% 23% 21% 24% 24% 24% 26% 27% 25% 30% 28% 25%Margem bruta 2014 27% 24% 25% 25% 25% 25% 22% 25% 26% 25% 27% 25% 25%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAL

Comparativo Margem de lucro ‐ 2014 x 2013

Margem bruta 2013

Margem bruta 2014

Page 62: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

61

• Considerou-se as atividades do ano corrente e identificou-se se alguma

provisão de despesa deveria ser registrada;

• Indagou-se pessoas chaves, e considerou-se se as respostas são

consistentes com a entendimento da equipe de auditoria;

• Avaliou-se se todas as obrigações que deveriam ter sido registradas e

classificadas como provisões de despesas foram efetivamente e adequadamente

registradas na data-base (competência).

TABELA 22: ANÁLISE DAS DESPESAS

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Selecionou-se itens para realizar os seguintes procedimentos:

Companhia de Cerâmica Ref. R.03Despesas com pessoal, vendas, gerais e adm. cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Despesa com VendasGrupo 31/12/2014 A.V. 30/12/2013 A.V. Variação A.H.

a t Y t t tMAO DE OBRA PROPRIA 22.638 34% 19.972 38% 2.665,74 13%MAO DE OBRA DE TERCEIROS 4.467 7% 1.536 3% 2.931,43 191%SERVIÇOS DE TERCEIROS - PJ 5.310 8% 3.458 7% 1.851,87 54%SERVIÇOS DE TERCEIROS - PF 99 0% 14 0% 85,03 629%COMISSOES DE TERCEIROS 10.557 16% 9.190 18% 1.367,80 15%MARKETING 4.443 7% 4.273 8% 170,61 4%DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 2.251 3% 973 2% 1.277,16 131%TREINAMENTO DE PESSOAL 4 0% 99 0% 95,05- -96%BENEFICIOS A EMPREGADOS 2.337 3% 1.631 3% 706,23 43%ABATIMENTO COMERCIAL 5.454 8% 3.578 7% 1.875,62 52%GASTOS GERAIS 9.699 14% 8.557 16% 1.142,29 13%PROVISAO P/DEVEDORES DUVIDO 303 0% 307 1% 4,02- -1%RECUPERAÇÕES DIVERSAS 119- 0% (1.372) -3% 1.253,04 -91%

67.443 Lead 52.215 15.228

t t tDespesas Gerais e AdministrativasGrupo 31/12/2014 A.V. 30/12/2013 A.V. Variação A.H.

a t Y t t tMAO DE OBRA PROPRIA 6.297 51% 5.526 48% 770,26 14%MAO DE OBRA DE TERCEIROS 347 3% 204 2% 142,97 70%SERVIÇOS DE TERCEIROS - PJ 2.210 18% 2.277 20% 66,67- -3%SERVIÇOS DE TERCEIROS - PF 49 0% 97 1% 48,00- -50%DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO 833 7% 541 5% 291,97 54%TREINAMENTO DE PESSOAL 120 1% 17 0% 103,02 619%BENEFICIOS SOCIAIS 618 5% 515 4% 102,41 20%GASTOS GERAIS 1.926 16% 2.368 21% 442,22- -19%RECUPERAÇÕES DIVERSAS - 0% (2) 0% 1,79 -100%

12.398 Lead 11.543 855,54

t t tTickmarks

a Conforme balancete contábil de 31.12.2014.Y Conforme balancete contábil de 31.12.2013.t Somado e Calculado.

Page 63: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

62

• Realizou-se indagações à administração em relação à natureza das provisões

de despesas;

• Realizou-se testes de “voucher” com documentações suporte como contas

(subsequentemente recebidas), faturas, contratos, ou outras informações relevantes,

Nota fiscal e/ou documentação suporte equivalente, comprovante de liquidação e/ou

documentação suporte equivalente, conforme aplicável;

• Avaliou-se se as despesas foram adequadamente registradas e alocadas para

as provisões de despesas;

• Avaliou-se se as apresentações das provisões de despesas nas

demonstrações contábeis são apropriadas inclusive considerando a apresentação

entre passivo circulante e não circulante.

4.2.3.11 Resultado financeiro – análise preditiva

Para mitigar os riscos de integridade, existência e precisão, desenvolveu-se

uma expectativa das despesas e receitas com juros para o período, desagregada para

o nível adequado tal como por contas bancárias de capital de giro, com juros e/ou

dívidas. Baseou-se a expectativa em fatores chaves e relacionamentos, tais como os

instrumentos mantidos durante o período e alterações nas taxas de juros durante o

período.

Avaliou-se a credibilidade e apresentação dos dados utilizados para

estabelecer a expectativas (tais como confrontar os saldos e taxas utilizados no

cálculo com a documentação suporte).

Para validar a integridade das taxas de juros dos empréstimos e financiamentos

utilizados para calcular uma taxa média ponderada, examina-se os contratos de

empréstimos pactuados em 2014, haja vista que os contratos pactuados antes de

2014 foram examinados na auditoria de 2013, conforme demonstrado o resultado

obtido a seguir no procedimento com referência R.04:

Page 64: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

63

TABELA 23: DESPESAS FINANCEIRAS

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Com base no disposto anteriormente foi possível obter evidência para concluir

pela razoabilidade dos saldos de receita e despesas financeiras apresentados.

Companhia de Cerâmica Ref. R.04Resultado Financeiro cédula de papel de trabalhoData base: 31/12/2014

Banco Modalidade Contratação Vencimento n. parcelastaxa de jurosBANCO SANTANDER CDB 23/08/2013 17/8/2015 24 1,27%BANCO HSBC S/A Capital de Giro 10/09/2013 10/9/2017 49 1,28%BANCO C.E.F Capital de Giro 26/09/2013 15/9/2015 24 1,00%BANCO SAFRA FINAME 10/10/2013 10/10/2017 49 0,82%BANCO ITAÚ S/A FINAME 10/11/2013 10/11/2017 49 0,27%BANCO BNDES Capital de Giro 10/12/2013 10/12/2017 49 1,88%BANCO BRADESCO Capital de Giro 23/08/2013 10/1/2018 49 0,95%BANCO DO BRASIL Capital de Giro 10/09/2013 15/6/2023 114 1,32%BANCO SANTANDER Créd. Exportação NCE 26/09/2013 10/2/2018 49 1,32%BANCO HSBC S/A BNDES - Progeren 10/10/2013 27/1/2017 35 0,94%BANCO C.E.F BNDES - Progeren 10/11/2013 10/3/2018 49 0,94%BANCO SAFRA Créd. Exportação NCE 10/12/2013 28/1/2017 35 0,33%BANCO ITAÚ S/A CDB 23/08/2013 10/3/2017 36 0,33%BANCO BNDES Capital de Giro 10/09/2013 10/4/2018 49 0,94%BANCO BRADESCO Capital de Giro 26/09/2013 10/5/2018 49 0,94%BANCO DO BRASIL FINAME 10/10/2013 8/4/2017 35 0,44%BANCO SANTANDER FINAME 10/11/2013 15/6/2015 13 1,55%BANCO HSBC S/A Capital de Giro 10/12/2013 15/10/2021 90 0,49%BANCO C.E.F Capital de Giro 10/06/2014 10/6/2018 49 1,32%BANCO SAFRA Capital de Giro 04/07/2014 15/5/2021 84 1,32%BANCO ITAÚ S/A Créd. Exportação NCE 10/07/2014 10/7/2018 49 0,33%BANCO BNDES BNDES - Progeren 05/08/2014 28/6/2025 133 1,29%BANCO BRADESCO BNDES - Progeren 10/08/2014 10/8/2018 49 0,64%BANCO DO BRASIL Créd. Exportação NCE 10/09/2014 10/9/2018 49 0,33%

Taxa médi 0,93%

Saldo de empréstimos CP 86.361,07 aSaldo de empréstimos LP 136.823,15 a

Total de empréstimos 223.184,22

Expectativa Mensal 2.066,92 tExpectativa Acumulado Ano 24.803,03

24.803,03 t

Despesas financeiras 24.927,50 Lead

Desvio (124,47) m

Tickmarks ta Conforme balancete contábil de 31.12.2014.Y Conforme balancete contábil de 31.12.2013.m Imaterial para maiores analises.t Somado e Calculado.

Page 65: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

64

4.2.3.12 Carta de representação formal da administração

Por meio da carta de representação formal da administração, está descrito

detalhadamente as responsabilidades do auditor em formar e expressar uma opinião

sobre as demonstrações contábeis que foram preparadas pela administração com a

supervisão dos responsáveis pela governança e que a auditoria das demonstrações

contábeis não isenta a administração ou os responsáveis pela governança de suas

responsabilidades.

De acordo com a NBC TA 580 e ISA 580 - Representações Formais, para fins

das normas de auditoria, representação formal é uma declaração escrita pela

administração, fornecida ao auditor, para confirmar certos assuntos ou suportar outra

evidência de auditoria.

Ainda segundo a NBC TA 580, a data das representações formais deve ser tão

próxima quanto praticável, mas não posterior, à data do relatório dos auditores. As

representações formais devem ser para todas as demonstrações contábeis e períodos

mencionados no relatório dos auditores.

Adicionalmente, a norma mencionada anteriormente, disponibiliza no apêndice

2 o exemplo de carta de representação.

Destaca-se na norma NBC TA 580, que se a administração não fornecer uma

ou mais das representações formais solicitadas, o auditor deve abster-se de emitir

opinião no relatório sobre as demonstrações contábeis em conformidade com a NBC

TA 705 - Modificações na Opinião do Auditor Independente.

Na cédula de ajustes anexa a carta de representação formal da administração,

determina-se um limite acima do qual os erros incluídos no resumo dos erros não

corrigidos. Da mesma maneira, pode-se considerar comunicar à administração um

limite para fins das representações formais solicitadas. A materialidade pode ser

diferente para diferentes representações. A questão da materialidade pode ser

incluída explicitamente na carta de representação tanto em termos qualitativos quanto

quantitativos.

A seguir demonstra-se a cédula de ajustes anexa a carta de representação

formal de responsabilidades da administração, ajustes que foram identificados durante

a execução dos trabalhos de auditoria, adicionalmente a avaliação das distorções nas

demonstrações financeiras, e se corrigido ou não pela administração.

Page 66: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

65

TABELA 24: CÉDULA DE AJUSTES

FONTE: ELABORADO PELO AUTOR

Companhia de CerâmicaResumo dos ajustes não corrigidosPeriodo findo em 31 de dezembro de 2014.

Valores em Reais

# Descrição da diferençaTipo de

erroIndica

Fraude?

Impacto na Natureza, época, extensão dos

procedimentos?

Corrigido?

Contas Débito (Crédito)

Efeito do resultado

das correções no balanço

do ano anterior

(trazidas do ano

anterior)

Efeitos no resultado do

exercício

Patrimônio Liquido

Ativo circulante

Ativo não circulante

Passivo Circulante

Passivo não circulante

(lançamentos antes dos impostos)

1Diferenças entre controle auxiliar e a conta de estoques Fatctual não

Não há procedimentos adicionais. Não

C - Estoques (Ativo Circulante)D - Despesas CPV (Resultado) 9.036,00 (9.036,00) - 9.036,00 9.036,00 (9.036,00) - - -

2

Reconhecimento indevido de receita de faturados e não embarcados Fatctual não

Não há procedimentos adicionais. Sim

C - Adiantamentos de clientes (Passivo Circulante)D - Receita Bruta (Resultado) 14.526,00 (14.526,00) - 14.526,00 14.526,00 - - (14.526,00) -

3Ajuste de reversão da margem do Produto Vendido Fatctual não

Não há procedimentos adicionais. Sim

C - Deduções e CPV (Resultado)D - Estoques (Ativo Circulante) 10.878,81 (10.878,81) - (10.878,81) (10.878,81) 10.878,81 - - -

4Ajuste de impostos sobre a receita bruta Projetado não

Não há procedimentos adicionais. Não

C - Impostos, taxas e contribuições (Passivo Circulante)D - Deduções da receita (Resultado) 5.698,24 (5.698,24) - 5.698,24 5.698,24 - - (5.698,24) -

Efeito agregado das diferenças não corrigidas (antes dos impostos): 14.734,24 14.734,24 (9.036,00) - (5.698,24) -

(lançamentos de impostos)

Efeito dos impostos do item 01 e 04 - - - (5.009,64) (5.009,64) - - - -

Efeito agregado das diferenças não corrigidas depois dos impostos): 9.724,60 9.724,60 (9.036,00) - (5.698,24) -

Valores das Demonstrações Financeiras (demonstrações financeiras final) (depois dos impostos): (39.845,00) (115.484,50) 242.262,50 343.289,50 (227.207,50) (242.860,00)

Diferenças não corrigido como um percentual dos valores das demonstrações financeiras (depois dos impostos): -24,41% -8,42% -3,73% 0,00% 2,51% 0,00%

Efeito no balanço - Débito (Crédito)Entre com a correção requerida para data-baseDemonstração do resultado - Débito

(Crédito)

Page 67: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

66

Na tabela apresentada anteriormente referente a cédula de ajustes, consolidou-

se todos os erros significativos identificados durante as etapas da auditoria, corrigidos

ou não corrigidos, sendo apresentado o descritivo da diferença, o tipo de erro factual

ou projetado e se o erro identificado indica fraude.

Posteriormente, apresenta-se as recomendações de ajustes, sendo que os

erros corrigidos pela administração não devem ser considerados para fins de análise

de impacto, visto que não significa risco de distorções nas demonstrações financeiras.

Para o estudo de caso proposto, em cada etapa da auditoria contribuiu-se para

mitigar os riscos contidos nas demonstrações financeiras, sendo a cédula de ajustes

elencada com os erros identificados, e demonstrado de forma substanciosa os limites

relacionados com a materialidade calculada, visto também os efeitos antes e após os

impostos, e apurados de forma quantitativa a proporção que os erros impactam em

riscos de distorções nas demonstrações financeiras.

Page 68: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

67

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Auditoria Independente proporciona credibilidade das informações

publicadas no mercado, e adicionalmente é utilizada como ferramenta de

assessoramento a administração da entidade.

Diante dos procedimentos de auditoria expostos, foi possível demonstrar os

procedimentos aplicados, como um modelo de roteiro de auditoria, com o intuito de

avaliar os riscos, foi possível visualizar as vantagens e qualidades proporcionadas da

aplicação de trabalhos de auditoria. Para tal, é necessário que se elabore um processo

investigatório com o intuito de validar as demonstrações financeiras.

No que tange ao problema de pesquisa, cada procedimento mitigou os riscos

referente as assertivas relevantes, risco de integridade, risco de existência, risco de

precisão, risco de valorização, risco de direitos e obrigações, e risco de apresentação.

Sendo avaliados em conjuntos mitigou os riscos contidos nas demonstrações

financeiras.

O objetivo geral do estudo foi atingido por meio do detalhamento das etapas da

auditoria, e os resultados obtidos em cada procedimento. Posteriormente, os erros

identificados, foram elencados para cédula de ajustes, e avaliados os impactos e

distorções nas demonstrações financeiras.

Por meio da fundamentação teórica e do estudo de caso, foi possível atingir os

objetivos específicos, tendo em vista, que os riscos de distorções limites foram

evidenciados da seguinte forma:

Erro de menos 24,4% na apuração do resultado;

Erro de menos 8,4% no saldo do patrimônio líquido;

Erro de menos 3,7% no saldo do ativo circulante;

Erro de mais 2,5% no saldo do passivo circulante.

Sendo os erros identificados e não corrigidos considerados imateriais, ademais,

para contemplar os objetivos específicos, foram apresentados teorias e conceitos

pautados na auditoria, seus objetivos, sua relevância e necessidade, fundamentando

os procedimentos relacionados as etapas da auditoria com as normas contábeis.

O trabalho auxiliará aos profissionais e acadêmicos na área de contabilidade e

gestores do segmento de indústrias, a entender os procedimentos aplicados e suas

respectivas finalidades, tendo em vista a forma ilustrativa e dinâmica de apresentar os

procedimentos contidos na execução dos trabalhos de auditoria independente.

Page 69: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

68

Como sugestão para futuras pesquisas relacionadas ao tema etapas da

auditoria:

Aprofundar o estudo na auditoria de revisão de vida útil dos ativos, e teste

de recuperabilidade dos ativos;

Realizar estudo de caso das etapas da auditoria em companhias do

segmento de prestação de serviços;

Realizar estudo de caso das etapas da auditoria em entidades sem fins

lucrativos, referente ao 1º ou 3º setor.

Page 70: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

69

REFERÊNCIAS

American Institute of Certified Public Accountants (AICPA). <www.aicpa.org>. Acesso

em 20/08/2015.

BEUREN, Ilse Maria (org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade:

teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

BRASIL. Comitê De Pronunciamentos Contábeis. (CPC). Disponível em:

<http://www.cpc.gov.br>. Acesso em 26/08/2015.

BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de Dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da

Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de

1976, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 26/08/2015.

BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de Dezembro de 1976. Dispõem sobre as Sociedades

por ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 26/08/2015.

BRASIL. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Dispõem sobre ao parcelamento

ordinário de débitos tributários. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br>.

Acesso em 26/08/2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC CTA): Comunicados Técnicos

de Auditoria. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/>. Acesso em 26/08/2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC P): Normas profissionais de

auditor independente. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/>. acesso em

26/08/2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC PA): Normas profissionais de

auditor independente. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/>. acesso em

26/08/2015.

Page 71: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

70

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC T): Normas Técnicas. Disponível

em: <http://www.portalcfc.org.br/>. Acesso em 26/08/2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. (NBC TA): Normas Técnicas de

auditoria independente. Disponível em: <http://www.portalcfc.org.br/>. Acesso em

26/08/2015.

COSTA, M. V. (Org) Pesquisa-ação, pesquisa participativa e política cultural da

identidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. 4. ed. Petrópolis: Vozes,

1992.

IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. (NPA): Norma e

Procedimento de Auditoria. Disponível em: <http://www.ibracon.com.br>. Acesso em

29/08/2015.

International Accounting Standards Board. (IASB). <http://www.ifrs.org>. Acesso em

24/08/2015.

International Federation of Accountants. International Standard on Auditing. (ISA).

Disponível em: <http://www.ifac.org>. Acesso em 26/08/2015.

International Financial Reporting Standards. (IFRS). <http://www.ifrs.org>. Acesso em

25/08/2015.

SILVA, Renata., KARKOTLI, Gilson. MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA DO

USJ. São José, 2011. Disponível em: <http://www.usj.edu.br/>. Acesso em

26/08/2015.

YIN, Robert K. Estudos de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegres:

Bookman, 2002.

Page 72: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

71

ANEXO 01

Solicitação inicial de analises

Descrição

Caixas e Equivalentes de Caixa

Extratos das Contas bancárias e conciliações em 31.12.2014 de todas as contas. (Bancos conta movimento e aplicações financeiras)

Mapa de movimentação de aplicações financeiras de 01.01.2014 a 31.12.2014.

Relação dos bancos com as quais a Companhia possui transações, assinada pela administração.

Clientes

Relatórios auxiliares analíticos por fatura em aberto que compõem o contas a receber de clientes em 31.12.2014;

Planilha auxiliar da PCLD em 31.12.2014, assim como critério de provisionamento atual;

Estoques

Relatório análitico com a composição dos Estoques em 31.12.2014 (Saldo estoque valorado)

Controles auxiliares e critérios para "Provisão para avaliação de estoques ao valor de realização" em 31.12.2014.

Relatório com a composição do Grupo Almoxarifado Geral em 31.12.2014

Relatório com a composição do estoque em trânsito em 31.12.2014

Transações com partes relacionadas

Controles auxiliares com a composição dos saldos de partes relacionadas em 31.12.2014

Planilha Auxiliar com a movimentação de Mútuos, saldos ativos e passivos.

Representação formal assinada pela administração, informando todas as partes relacionadas e todas as transações realizadas em 2014.

Investimentos

Último alteração no estatuto social consolidado das empresas controladas.

Imobilizado e intangível

Mapa de movimentação do imobilizado e intangível de 01.01.2014 a 31.12.2014

Relatório analítico de todos os itens do ativo imobilizado com suas respectivas depreciações acumuladas e taxas de depreciação, bem como número de controle patrimonial em 31.12.2014Relatório analítico com a composição de todas as adições ocorridas de 01.12.2014 a 31.12.2014.

Relatório analítico com a composição de todas as baixas ocorridas de 01.12.2014 a 31.12.2014.

Relatório analítico com a composição de todas as transferências ocorridas de 01.12.2014 a 31.12.2014.

Composição adiantamento de fornecedores imobilizado 31.12.2014

Composição de imobilizado em andamento 31.12.2014

Planilha auxiliar da realização da Reserva de Reavaliação do período de 01.01.2014 a 31.12.2014.

Análise de impairment e revisão da vida útil: Conforme descrito no CPC 01, anualmente a companhia deve avaliar os indícios de impairment, assim como avaliar a necessidade de revisão da vida útil dos bens. Tal análise deve ser formalizada pela administração e encaminhada para da auditoria através de uma representação formal.

Fornecedores

Relatório auxiliar analítico de Fornecedores em 31.12.2014.

Empréstimos e financiamentos

Relação de contratos vigentes em 31.12.2014, com as respectivas taxas de juros, garantias, prazos, etc.

Mapa de movimentação dos empréstimos e financiamentos de 01.01.2014 a 31.12.2014.

Memória de cálculo covenants em 31.12.2014

Adiantamentos de clientes

Relatórios auxiliares análiticos dos adiantamentos de clientes em 31.12.2014.

Impostos

Composição do saldo de impostos parcelados em 31.12.2014, assim como seus respectivos extratos na data base.

Memória de cálculo do "Ativo tributário" em 31.12.2014.

Memória de cálculo do "Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos" em 31.12.2014.

Planilha auxiliar com os pagamentos de impostos efetuados no exercício. (jan a dez)

Provisão para contingências

Composição das contingências em 31.12.2014, contendo o andamento atual das discussões judiciais, probabilidade de perdas, valor atualizado, etc. (Planilha Banco Dados - Departamento Jurídico)Mapa das movimentações das contingências de 01.01.2014 a 31.12.2014

Relatório auxiliar com a composição dos depósitos judiciais em 31.12.2014.

Representação formal advogado interno com todas as ações ativas e passivas em 31.12.2014.

Receitas

Relatório analítico de vendas por produto, do período de 01.01.2014 a 31.12.2014, contendo pelo menos: Cód. Produto, Descrição, Tipologia, Quantidade, Valor, Data emissão, Data de embarque e Número da Nota Fiscal. Relatório Analítico de Devoluções por produto, código do produto, quantidade, e valor do període 01.01.2014 a 31.12.2014.

Relatório analítico com total de vendas faturadas e não embarcadas em 31.12.2014

Recebíveis Eletrobras

Composição e memória de cálculo da atualização dos Recebíveis Eletrobras em 31.12.2014;

Gerais

Cópias das atas de assembléias, reuniões de: diretoria, conselho administrativo e conselho fiscal de ocorridas, ou que ocorrerão, no período de 01.01.2014 até o término dos nossos trabalhos;Relatório Gerenciais em 31.12.2014, planilha Performance Financeira e apresentação desses dados ao conselho ou principais gestores.

Organograma societário atualizado

Demonstrações financeiras individuais e consolidadas em 31.12.2014

Último estatuto social consolidado da Companhia e composição do capital social atualizado.

Razão contábil de todas as contas de 01/12/2014 a 31/12/2014.

Carta de representação formal de responsabilidades assinada pela administração.

Certidões negativa de débito municipal, estadual, federal, INSS e FGTS.

Orçamento 2014, com comparativo real x orçado.

RH

Relatório Auxiliar com o resumo da Provisão de Férias em 31.12.2014, com sua respectiva conciliação.

Resumo da folha de pagamento do mês 12.2014 e sua respectiva conciliação com a Rubrica Ordenados e Salários a Pagar.

Page 73: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO … · Tabela 12: Mapa de movimentação do imobilizado ..... 46 Tabela 13: Adições do imobilizado ... Mapa de movimentação dos empréstimos

72

ANEXO 02

Atividade por área Sub-Atividades do programa de trabalho

01 Circularização - Confirmação Bancária (IEPA)

02 Reconciliação bancária na data base (IEP)

03 Apresentação de caixa e equivalentes de caixa (PA)

01 Reconciliação do contas a receber

02 Recálculo e avaliação de créditos duvidosos

03 Revisão analítica do giro do contas a receber (tendência)

01 Acompanhamento de inventário físico - testes de contagem

02 Acompanhamento de inventário físico - cutoff

04 Roll forward - Acompanhamento de inventário físico - Reconciliação entre as contagens e o razão de estoque

05 Reconciliação do estoque

06.1 Cálculo da provisão para redução ao valor recuperável (menor valor entre custo e mercado)

06.2 Avaliação de provisões para perdas por produtos de baixa rotatividade, obsoletos e deteriorados perda de estoques

07 Avaliação da abordagem do custo padrão

07.1 Custo médio Matéria Prima e Almoxarifado

07.2 Custo médio produtos acabados (produção própria)

07.3 Custo médio produtos acabados (outsourcing)

07.4 Custo médio produtos semi elaborados

08 Revisão analítica de estoques (tendência)

09 Revisão analítica de custo padrão de mão de obra e hora extra (preditiva)

10 Revisão analítica de custo padrão do componente de matéria prima no produto acabado (análise de índices)

11 Estoques em depósitos de terceiros (IE)

12 Análise dos estoques em trânsito (importação em andamento)

13 Obtenha as planilhas Taxa Hora utilizadas no cálculo médio dos itens dos procedures 07.2 e 07.4 e efetue análise

14. Roll Forward de de Teste de Valorização dos Estoques (Custos)A.04 - Outras contas ativo 01 Créditos com outras em pessoas ligadas - Avaliação da apresentação e análise saldos

A.05 - Investimentos 01 Análise da movimentação dos investimentos em controladas

01 Análise movimentação do intangível ocorrida no exercício de 2014

02 Adições e baixas Intangíveis (EAO)

03 Política de amortização (PA)

01 Depreciation expense substantive analytical

02 Análise da movimentação do ativo imobilizado exercício de 2014

03 Adições do imobilizado (EPD&O)

04 Adiantamentos a Fornecedores do Imobilizado

05 Política de depreciação e revisão de vida útil (PA)

06 Análise impairment

07 Roll forward 31122014 a 31122014.

01 Reconciliação do contas a pagar

03 Busca por passivos não registrados

01 Análise parcelamento de obrigações tributárias

02 Conciliação impostos diferidos com controles auxiliares e Lead de Tax

03 Confronto Lead de Tax

04 Obtenha os memorando de TAX Diretos e Indiretos, efetue um memorando com os impactos da revisão

01 Conformidade com cláusulas restritivas nos contratos de dívidas (A)

02 Análise movimentação e apresentação empréstimos e financiamentos

03 Análise apresentação Intrumentos Financeiros

01 Confirmações de advogados (IEV)

02 Conciliações provisões para contingências dez.2014

03 Análise divulgação ativos e passivos contingentes

01 Racional e efetue testes para as obrigações sociais e trabalhistas

02 Análise Provisão para Participação nos lucros

03 Conciliação e teste substantivo adiantamentos de clientes

01 SAP impostos sobre vendas

02 Política de reconhecimento de receita (IEPV)

03 Journal entries de receita exercício de 2014

04 Voucher devoluções

S17 Revisão analítica de cut-off de Vendas (tendência)

S17.1 Revisão analítica de Vendas (tendência)R.02 - Custo das mercadorias vendidas 01 Efetue teste substantivo analítico dos custos das mercadorias vendidas do exercício de 2014

01 Revisão analítica do percentual da margem bruta (tendência)

02 Revisão analítica de despesas (preditiva)

03 Revisão analítica de despesas (tendência)

04 Identificação e teste de provisões de despesasR.04 - Resultado financeiro 01 Procedimento analítico de despesas e receitas financeiras (IEP)

R.01 - Receita líquida

R.03 - Despesas com pessoal, vendas, gerais e administrativas

P.01 - Fornecedores

P.02 - Impostos

P.03 - Empréstimos e financiamentos

P.04 - Provisões por reclamações litigiosas e tributárias

P.05 - Outras contas passivo

A.01 - Caixa, equivalentes e aplicações financeiras

A.02 - Contas a receber de clientes

A.03 - Estoques

A.06 - Intangível

A.07 - Imobilizado