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Estação Ferroviária de Suzano em 1930. Prefeitura Municipal de Suzano. Secretaria de Política Urbana Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006 - 2016 Etapa 4 - Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Relatório Final Volume 1 revisão janeiro/2007

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Estação Ferroviária de Suzano em 1930.

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Etapa 4 - Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Relatório Final

Volume 1

revisão janeiro/2007

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Prefeitura Municipal de Suzano Marcelo de Souza Candido Prefeito Mauro Vaz Vice-prefeito Secretaria Municipal de Política Urbana Miguel Reis Afonso Secretário Municipal de Política Urbana Elvis José Vieira Secretário Adjunto de Política Urbana Rita Cassia Canutti Diretora de Planejamento Urbano e Territorial Celso Cosenza Diretor de Transporte, Sistema Viário e Mobilidade Urbana Claudio Scalli Diretor de Produção Habitacional e Regularização Fundiária Edílson Henrique Mineiro Coordenador de Habitação - Diretoria de Produção Habitacional e Regularização Fundiária

Ficha Técnica Prefeitura Municipal de Suzano Supervisão Geral Miguel Reis Afonso Secretário Municipal de Política Urbana Coordenação Geral Rita Cassia Canutti Diretora de Planejamento Urbano e Territorial Participação Popular Edílson Mineiro Coordenador de Habitação

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Equipe Técnica Anderson Crepaldi – arquiteto urbanista Jonas Resende – arquiteto urbanista Michele Vieira de Sá – arquiteta urbanista Ricardo Hatiw Lu – arquiteto urbanista Flavio Braga – desenhista Lucio Cotrim – desenhista Sanderlei Vilanova – desenhista Fabiano Kelleros – técnico ambiental FUPAM – Fundação para a Pesquisa Ambiental Coordenação Geral Eduardo Alberto Cuscé Nobre – arquiteto e urbanista Coordenação Executiva Patricia Zandonade – arquiteta e urbanista Arquiteta Executiva Grasiella Drumond Bowen Vilas Novas – arquiteta e urbanista Equipe Técnica Keli Cristina Anacleto – arquiteta e urbanista Suzane Moulié Correa – arquiteta e urbanista Sander Norio Rezende – estagiário Consultoria - Mercado Imobiliário Nelson Baltrusis – sociólogo Colaboradoras Patrícia Cesário – arquiteta e urbanista Patrícia Cobra – estagiária

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Apresentação O presente relatório compreende a Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a

Realidade Local do processo de revisão do Plano Diretor Municipal de Suzano, que é composto

pelas leituras técnica, comunitária, jurídica e análise do mercado imobiliário formal em Suzano.

A Construção do Conhecimento da Realidade Local tem por finalidade apresentar as

potencialidades e problemas existentes no município, que analisados conjuntamente nos dão

subsídios para a formulação do projeto de lei do Plano Diretor de Suzano.

Considerando que o processo de revisão do Plano Diretor busca identificar as formas de

organização social, econômica, ambiental e legal do município, diversos são os pontos colocados

pela população, na leitura comunitária, assim como, há uma diversidade de dados técnicos que

podem ser analisados, na leitura técnica. Porém nas leituras buscou-se levantar e analisar dados,

informações que têm interface com ordenamento territorial, questões fundamentais para o

processo de revisão do Plano Diretor.

A maioria dos dados e informações técnicas foi levantada junto a órgãos estaduais e/ou

federal, sendo parte deles construídos pela equipe técnica (Prefeitura e FUPAM - assessoria

contratada) tendo em vista a ausência de tais informações na administração municipal.

Diante desse quadro, esse relatório foi organizado em três partes: leitura técnica – parte

A, leitura comunitária – parte B e consolidação ou síntese – parte C. O relatório foi organizado em

dois volumes, tendo como um dos anexos a leitura jurídica e os mapas temáticos das demais

leituras.

A Parte A – Leitura Técnica corresponde ao relatório desenvolvido a partir de

levantamento de dados e documentos oficiais existentes. Corresponde a uma leitura técnica de

dados urbanísticos, sociais e econômicos, de recursos naturais e meio ambiente, com o intuito de

subsidiar as diretrizes a serem adotadas para as políticas de desenvolvimento do Plano Diretor de

Suzano. Esta etapa foi desenvolvida em equipe composta por técnicos da Secretaria Municipal de

Política Urbana e equipe técnica da FUPAM – Fundação para a Pesquisa Ambiental da FAU USP

– Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

A Parte B – Leitura Comunitária corresponde ao relatório das atividades e resultados das

reuniões que ocorreram nos meses de maio e junho de 2006, que tiveram por finalidade identificar

junto à sociedade civil as potencialidades, os problemas e as sugestões para o ordenamento

territorial e desenvolvimento do município de Suzano e, conseqüentemente ter uma leitura da

realidade local a partir das experiências de quem vive, trabalha na cidade. Esta etapa foi

desenvolvida pela Secretaria Municipal de Política Urbana, pela equipe da prefeitura juntamente

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com as lideranças locais das comunidades e a própria participação popular nas reuniões e

seminário.

A Parte C – Síntese do Conhecimento sobre a Realidade Local traz uma abordagem

sintética da realidade municipal a partir do cruzamento das várias leituras e anexos, onde foram

identificados os principais assuntos extraídos dos relatórios. Partindo desta leitura sistematizada

foram extraídos os Eixos Prioritários para o desenvolvimento das propostas do Plano Diretor de

Suzano e os seus objetivos gerais.

O Anexo 1 – “Relatório Técnico: Dinâmica Imobiliária: considerações e questões sobre o

mercado imobiliário de Suzano”, inserido no Volume I deste relatório é um documento de

complementação das análises da realidade local, onde as questões de mercado imobiliário foram

tratadas de forma específica.

O Anexo 2 – Leitura Jurídica corresponde ao relatório analítico da legislação incidente

nas políticas territoriais do município. Esta análise foi desenvolvida por consultoria jurídica

especializada contratada pela Prefeitura Municipal de Suzano. A responsabilidade no

desenvolvimento desta parte do relatório ficou a cargo da equipe Mukai Advogados Associados.

O Anexo 3 – Lista de Presença corresponde à complementação da Parte B deste

relatório como documentação da participação comunitária.

Um segundo volume do documento inclui os anexos correspondentes às peças gráficas.

O Anexo 4 – Mapas Temáticos corresponde às peças gráficas de análise territorial relacionadas

aos textos da Parte A deste relatório. O Anexo 5 – Mapas Temáticos Relatório Comunitário

corresponde às peças gráficas sintéticas utilizadas nas dinâmicas da leitura comunitária

correspondente à Parte B deste relatório.Índice Geral

Volume 1

Parte A – Leitura Técnica

Parte B – Leitura Comunitária

Parte C – Síntese do Conhecimento sobre a Realidade Local

Anexo 1 – “Relatório Técnico: Dinâmica Imobiliária: considerações e questões

sobre o mercado imobiliário de Suzano”

Anexo 2 – Leitura Jurídica

Anexo 3 – Lista de Presença das reuniões da Parte B - Leitura Comunitária

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Volume 2

Anexo 4 – Mapas Temáticos da Parte A - Leitura Técnica

Anexo 5 – Mapas Temáticos da Parte B - Relatório Comunitário

Parte A Leitura Técnica

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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ÍNDICE

Introdução 1. Histórico do Município e sua ocupação

2. Inserção na Região Metropolitana de São Paulo

3. Aspectos Sócio-Econômicos

3.1 Demografia

3.1.1 Pessoas Residentes

3.1.2 Densidade Demográfica

3.1.3. Crescimento Demográfico

3.1.4. Faixa Etária da População

3.1.5. Mulheres responsáveis por Domicílio

3.1.6. Anos de Estudo e Analfabetismo

3.1.7. Faixa de Renda

3.2 Desenvolvimento Sócio-Econômico

3.2.1 Caracterização da economia

3.2.2 Emprego

3.2.3. Atividade Agrícola

3.2.4. Turismo

3.2.5 Associação de Municípios do Alto Tietê – AMAT

3.3 Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida

3.3.1 Educação

3.3.2. Saúde

3.3.3. Cultura

3.3.4. Patrimônio Histórico.

3.3.5. Esporte e Lazer

4. Aspectos Territoriais

4.1 Condição Ambiental

4.1.1. Geomorfologia

4.1.2. Rede Hídrica

4.1.3. Vegetação significativa

4.1.4. Restrições à ocupação e Unidades de Conservação

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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4.1.5. Riscos Ambientais

4.1.6. Mineração

4.2 Uso e Ocupação do Solo

4.2.1 Usos residenciais

4.2.2 Chácaras de Recreio

4.2.3 Atividades Agrícolas

4.2.4. Uso industrial

4.3 Infra-estrutura

4.3.1. Represa de Taiaçupeba

4.3.2. Sistema de Abastecimento de Água no Município

4.3.3. Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto

4.3.4. Resíduos Sólidos

4.3.5 Drenagem

4.4 Mobilidade e Transporte

4.4.1. Estrutura Viária Existente

4.4.2. Pavimentação

4.4.3. Ferrovia MRS e Porto Seco

4.4.4 Linha ferroviária e da CPTM

4.4.5. Rodoanel

4.4.6. Sistema de Transporte Coletivo Intermunicipal

4.4.7. Sistema de transporte coletivo municipal

4.4.8. Deslocamentos Não-Motorizados

4.5 Questão habitacional

4.5.1 Evolução dos loteamentos residenciais

4.5.2. Caracterização dos loteamentos

4.5.3. Pressão antrópica e preservação ambiental

4.5.4. Assentamentos em Áreas de Risco

4.5.5. Política Habitacional

5. Planos e Projetos Existentes

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Introdução

O presente relatório refere-se à Leitura Técnica da quarta etapa dos trabalhos de

Revisão do Plano Diretor de Suzano, qual seja, a que apresenta a Construção do Conhecimento

sobre a Realidade Local, elaborado a partir de uma abordagem técnica da equipe consultora em

conjunto com a equipe técnica da Secretaria Municipal de Política Urbana.

Durante o processo de desenvolvimento desta etapa, a identificação de uma histórica

ausência de propostas viáveis para a melhoria efetiva da urbanização, e ainda a não implantação

de sistema adequado de saneamento básico e de precária fiscalização, aliados a um contexto

social excludente, levaram a uma condição urbana de aumento de loteamentos dispersos e

irregulares, muitas vezes clandestinos, com lotes de padrões inferiores aos exigidos pela

legislação e carentes de infra-estrutura.

Como decorrência das exigências da Lei Federal 10.257 de 10 de julho de 2001, mais

conhecida por Estatuto da Cidade, surgiu a necessidade de integrar o controle das questões

urbanas com as ambientais, promover a democratização do solo urbano e definir a função social

da propriedade, apontando para estratégias de planejamento urbano que focalizem a

regularização fundiária e a urbanização de áreas ocupadas pela população de baixa renda.

O relatório apresentado segue estes fundamentos principais do Estatuto para a

orientação de uma leitura técnica da realidade do município, tendo como parâmetros a

compatibilização entre os objetivos regionais e os objetivos do município. A legislação existente

de abrangência regional busca a garantia da qualidade de seu sistema hídrico, através da

preservação de seus mananciais e da várzea do Rio Tietê para abastecimento da Região

Metropolitana. Essa situação impõe restrições à ocupação do solo do município, o que torna

necessária a busca de propostas de ordenação do território que, a partir da situação existente,

permitam o desenvolvimento sustentável do município, através da conciliação entre a preservação

ambiental e a melhoria da qualidade de vida de todos os munícipes com ênfase para a situação

da população de baixa renda. Alem disso, o Plano Diretor deve orientar a gestão municipal no

sentido da implementação das ações necessárias a esse ordenamento.

Os trabalhos desta etapa foram desenvolvidos através de levantamentos de dados e

informações disponibilizados pelo Poder Municipal e coleta em órgãos públicos: SMA/CPLEA

(Secretaria Estadual do Meio Ambiente), CETESB, SABESP, Bandeirante, EMPLASA, I.G.C.,

IBGE, Instituto Florestal, Fundação SEADE, além de pesquisas em documentos e teses

publicadas pela Universidade de São Paulo.

Desta maneira, a equipe de assessoria e consultoria, após realização de vistorias

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conjuntas dos profissionais, da leitura de dados e de levantamentos de campo, percebeu os

conflitos entre o sítio natural e a ocupação do território, representados pela ocupação

desordenada de áreas com topografia acidentada, pela presença de barreiras naturais – matas,

córregos e rios – e pela expansão urbana em território inserido em Área de Proteção aos

Mananciais, Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Proteção Ambiental. A equipe

detectou ainda uma urbanização fragmentada, com descontinuidade em seu tecido urbano e

muitas vezes com a presença de barreiras físicas como as ferrovias e as rodovias que cruzam a

área urbana e dificultam sobremaneira a resolução de problemas relacionados à provisão de

redes de infra-estrutura e serviços, penalizando as populações moradoras em áreas mais

distantes do núcleo central.

A partir disto salientamos que a Leitura Técnica sobre a Realidade Local de Suzano

adotou como eixo principal de análise a avaliação das interações entre a condição física do

Município, suas condições naturais, seu estatuto legal e sua ocupação urbana, em especial, pela

população de baixa condição de vida.

A preocupação com as condições físico-ambientais e a ocupação humana permeia todos

capítulos deste relatório, que servirá de base para a formulação de propostas, as quais deverão

incorporar as contribuições e prioridades da população moradora no município através da Leitura

Comunitária (Parte B) e da Leitura Jurídica (Anexo I) para definição de estratégias de ação e

formulação da Lei do Plano Diretor, etapas que se seguirão a esta.

1. Histórico do Município e sua ocupação

Situado a leste de São Paulo, a 45 quilômetros da capital, Suzano é um dos 39

municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo, com área de 195km2. Segundo o

IBGE sua população estimada em junho de 2005 era de 272.452 mil habitantes. Atualmente o

IBGE estima que a população do município de Suzano tenha aumentado para 282 mil habitantes,

segundo últimos levantamentos. O crescimento médio da população entre 2000 e 2005 foi de

3,49%, o que denota um aumento considerável de população, de acordo com os dados do IBGE.

A cidade faz divisa com Itaquaquecetuba (a norte), Santo André (a sul), Mogi das Cruzes

(a leste), Mauá e Ferraz de Vasconcelos (a oeste), Poá (a noroeste), além de Rio Grande da

Serra e Ribeirão Pires (a sudoeste) e é banhada pela bacia hidrográfica do Alto Tietê –

Cabeceiras, composta pelas bacias do Taiaçupeba, do Guaió e do Tietê Leste.

Os primeiros registros sobre as terras que hoje constituem Suzano datam de 1874 ou

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1875, quando foram implantados os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo – Rio de Janeiro,

cortando os Campos de Mirambava, e levando indícios de civilização à região, transformando-a e

despertando o interesse de muitos aventureiros, que buscavam novas fronteiras econômicas.

Alguns anos mais tarde, em 1879, no desempenho de suas funções Antonio Marques Figueira,

feitor da Estrada de Ferro Central, estabeleceu-se na região. Segundo os historiadores, coube ao

jesuíta Francisco Baruel fixar-se nas terras, que atualmente ainda permanecem com alguma

característica original, como a Igreja do Baruel, no Distrito de Palmeiras.

Em 1890 foi solicitada a elaboração da planta da cidade, trabalho executado pelo Conde

de Romariz. Consolidando a implantação desse novo povoado, os irmãos Figueira, construíram

uma igreja, tendo a 20 de janeiro de 1897, data consagrada a São Sebastião, celebrado sua

primeira missa. Então a vila passou a ser conhecida por “São Sebastião do Guaió”.

A Estrada de Ferro Central do Brasil foi inaugurada em 1875 e ligava a cidade de São

Paulo a Mogi das Cruzes e possuía somente a estação de Lajeado, atual Guaianases, e Parada

Piedade, que era apenas um posto de reabastecimento de lenha, o combustível dos trens da

época.

Com o surgimento da Parada Piedade aumentou o fluxo migratório ao redor da ferrovia.

E a partir daí surgiram novos bairros, o Rio Abaixo e Palmeiras, além dos que já existiam: Baruel

e Guaió, este último anteriormente chamado de Vila Concórdia e Vila Piedade. Por conta do

progresso e das mudanças políticas e sociais da época - década de 1890 com o advento da

República no Brasil - os moradores da Vila do Guaió decidiram que a velha parada de

reabastecimento fosse transformada em estação para embarque e desembarque de passageiros.

A viabilização da nova estação ficou a cargo do Sr. Joaquim Augusto Suzano Brandão,

engenheiro residente da Estrada de Ferro Central do Brasil que concretizou a obra. Em dezembro

de 1907, a Parada Piedade passou a chamar-se Estação Suzano, homenagem a seu idealizador,

que acabou emprestando seu nome também à cidade.

Festejo na Praça João Pessoa, 1940.

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Desde o começo do século o povoado experimentou constantes desenvolvimentos,

aumentando a sua população, justificando a sua elevação para a categoria de Distrito, anexo ao

Município de Mogi das Cruzes, em 27 de dezembro de 1919, segundo determinação da Lei

Estadual n º 1705, promulgada pelo então presidente do Estado, Dr. Altino Arantes.

Em 08 de Dezembro de 1940, o arcebispo de São Paulo, Dom Gaspar Afonseca e Silva

determinou a elevação de Suzano à categoria de Paróquia, motivado pela sua importância dentro

do contexto regional. Finalmente, a 08 de Dezembro de 1948, foi promulgada a Lei 233, pelo

então Governador do Estado Dr. Adhemar Pereira de Barros, onde dentre outros municípios

Suzano atingiu a condição de Município autônomo, com direito a dirigir a sua própria política,

procurando o seu desenvolvimento, lei esta que entrou em vigor em 01 de Janeiro de 1949.

Avenida Marques Figueira, 1947.

O aniversário do município é comemorado no dia 02 de abril, data que coincide com a

posse do primeiro prefeito do município. Segundo dados da época, em 01 de janeiro de 1947, sua

população era de 13.179 habitantes.

2. Inserção na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP)

O município de Suzano está inserido na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê-Cabeceiras.

Essa região constitui-se importante área de preservação de mananciais e reservatório de água

para abastecer a RMSP. Juntos, os 11 municípios inseridos nesta bacia compõem uma extensão

territorial de 292,60 hectares, sendo que apenas 120,3 hectares estão disponíveis para

urbanização intensiva, estando a maior parte do território protegido por leis ambientais estaduais.

Suzano destaca-se com 73% do seu território inserido na Área de Proteção aos

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Mananciais e 7% do município inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Rio

Tietê, conforme Lei Estadual nº. 5598/87, regulamentada pelo Decreto Estadual nº. 42.837/98.

A circulação de pessoas e mercadorias em Suzano está intrinsecamente relacionada

com os demais municípios da região do Alto Tietê e, principalmente, com a cidade de São Paulo.

As principais vias de ligação são as rodovias Ayrton Senna da Silva, Índio Tibiriçá e Enrique

Eroles (SP 66), além das ferrovias, tanto para transporte de carga quanto de passageiros. Pela

rodovia Ayrton Senna da Silva o acesso por Suzano se dá a partir da entrada de Itaquaquecetuba,

ao norte do município (Distrito de Boa Vista). A rodovia Índio Tibiriçá (SP 31) segue ao sul

cruzando a área de mananciais, atendendo a grande parte dos loteamentos de Suzano, até o

município de Ribeirão Pires. A Rodovia Enrique Eroles (SP 66), que dentro do município de

Suzano é denominada Rua Major Pinheiro Fróes, possui parte do trajeto paralelo ao muro que

delimita a área da CPTM e cruza a extremidade norte da região central de Suzano. Essa rodovia

se apresenta como o principal acesso rodoviário para Mogi das Cruzes.

Através do trem metropolitano – CPTM – o município é atendido pela linha que parte da

Estação da Luz, centro de São Paulo até a estação Estudantes, no município de Mogi das Cruzes

(linha E Luz – Estudantes). Pela linha E são transportados diariamente 339.000 passageiros, que

percorrem uma extensão de 50,8 km. O trecho desta linha que vai da estação da Luz até a

Estação Guaianases é atendido pelo Expresso Leste (trem rápido e com poucas paradas) e por

um trem convencional em paralelo. Os outros 26,8 km (Estação Guaianases – Estação

Estudantes) são atendidos somente pela linha convencional de trem.

O transporte de cargas é feito pela concessionária MRS, com destaque para o Porto

Seco de Suzano administrado pela empresa Cragea (Companhia Regional de Armazéns Gerais e

Entrepostos Aduaneiros), quanto pelas rodovias já citadas.

Um dos maiores desafios regionais está justamente em conciliar o desenvolvimento

urbano e econômico da região com sua característica de singular importância ambiental para o

estado de São Paulo e principalmente para a RMSP, utilizando meios para alavancar o

desenvolvimento da região sem, contudo prejudicar a preservação ambiental, utilizando essa

característica como viés de desenvolvimento para todos os municípios e sua população.

Concentrando 2.684.303 habitantes, o que representa 14,16% da população total da

RMSP, a região da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê-Cabeceiras, uma das sub-bacias do Alto Tietê

(que abrange toda a RMSP), constitui-se em um dos principais pólos de desenvolvimento do

estado, com um PIB per capita no valor de R$10.272,15 (em 2003), correspondendo no total a

5,27% do PIB estadual. Esta região (Alto Tietê Cabeceiras) abrange territórios dos municípios de

Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá,

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Salesópolis, São Paulo e Suzano.

Atualmente a atividade industrial caracteriza-se como o principal setor econômico da

região, contando com uma atividade bastante diversificada e empresas atuando em praticamente

todos os segmentos industriais, produzindo uma enorme variedade de produtos. Essa atividade

gera 160.079 empregos diretos e participa com a maior parte dos R$ 1,36 bilhões arrecadados

com o ICMS na região. Vale destacar que, mesmo com a forte presença de grandes indústrias, a

atividade industrial está mais caracterizada pelas pequenas e micro-empresas, que representam

92,7% das indústrias instaladas na região.

No contexto regional o município destaca-se como o 4º maior em número de habitantes.

Dentre as atividades econômicas o destaque vai para a indústria, uma vez que o município conta

com 325 estabelecimentos industriais, também em 4ª posição, mas em número de empregos

neste setor já alcança o 2º maior índice.

Em relação ao comércio e serviços Suzano mantém uma posição mediana se comparada

aos demais municípios da região, com números absolutos menores apenas que Mogi das Cruzes.

A atividade agrícola, embora com atividade mais forte nos municípios da região Leste,

principalmente em Mogi das Cruzes e Biritiba Mirim, constitui-se em importante atividade

econômica geradora de emprego e renda na região. Destaca-se o Alto Tietê como principal região

do Cinturão Verde de São Paulo, sendo o maior pólo de produção de hortaliças, frutas e flores do

país, contando com aproximadamente 3.500 produtores rurais que geram 120.000 postos de

trabalho diretos e indiretos (Seade, 2006).

Suzano desempenha um papel economicamente importante na região, principalmente

em relação aos municípios de Ferraz de Vasconcelos, Poá, Itaquaquecetuba e Ribeirão Pires,

contando com centros comerciais e de prestação de serviços mais ativos e diversificados. Além

do centro consolidado há os sub-centros nos Distritos de Boa Vista e Palmeiras.

Ainda que exista certa polarização em relação a alguns municípios deve-se destacar a

dependência econômica em Suzano em relação à capital, envolvendo principalmente o setor de

serviços e empregos de maneira geral. O fluxo e trânsito de população são maiores entre a capital

e o município do que propriamente entre os municípios do Alto Tietê, uma vez que a demanda por

serviços e empregos locais também não é suficiente para a população residente na Bacia do Alto

Tietê.

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3. Aspectos Sócio- Econômicos

3.1. Demografia

O estudo sobre a população do município de Suzano foi desenvolvido a partir dos dados

do IBGE, do Censo de 2000 e da Contagem Populacional de 1996. Os dados considerados a

partir de 2000 são projeções também extraídas do IBGE. Algumas considerações são feitas a

partir de leituras já elaboradas dos dados do Censo, como é o caso de dados considerados do

Seade.

As unidades territoriais de pesquisa adotadas são as definidas pelo IBGE. As menores

unidades de dados são os Setores Censitários. Devemos salientar, porém, que estes setores

censitários não coincidem com os perímetros dos loteamentos ou mesmo bairros. Muitos

loteamentos estão em vários setores censitários, ou ainda, um só setor abrange vários

loteamentos. Em algumas análises tentamos relacionar os setores censitários com o loteamento

ou o bairro com o qual se identifica, mas nem sempre isto foi possível.

As unidades intermediárias que o IBGE adota, entre os setores censitários e o município,

estão os distritos. Segundo esta divisão, o município é dividido em três distritos: Centro, Boa Vista

e Palmeiras. Algumas análises aqui apresentadas são consideradas a partir dos distritos oficiais

do Instituto. Assim como os setores censitários, os distritos não coincidem com os lugares

reconhecidos popularmente pelos munícipes com os mesmos nomes adotados. Sublinhamos aqui

que os outros capítulos deste relatório consideraram a maneira empírica e popular de identificar

os distritos. Porém, nossa análise neste capítulo será baseada nas unidades que o IBGE adota,

para viabilizar um estudo partindo dos mesmos parâmetros da pesquisa do censo 2000. As

principais incongruências se dão nos limites entre os bairros do centro e os bairros de Palmeiras.

Enquanto popularmente é chamado de distrito de Palmeiras todos os loteamentos inseridos na

Área de Proteção aos Mananciais, na parte sul do município, o IBGE limita estes dois distritos a

partir do Rio Taiaçupeba, que atravessa e divide os loteamentos do sul.

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16

Divisão de Distritos, segundo o Censo 2000.

Fonte: IBGE,2000.

3.1.1. Pessoas Residentes

A população municipal total apontada pelo IBGE em 2000 foi de 228.690 pessoas. Existe

um número proporcionalmente semelhante de homens e mulheres no total do município. Nos

números por distritos esta relação se mantém semelhante.

Pessoas Residentes – Município Homens Mulheres Total

Número % número % Número %

113.251 49,5 115.439 50,5 228.690 100

Fonte: IBGE, 2000. Elaboração: Fupam, 2006

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17

Pessoas Residentes – Distritos Homens Mulheres Total Distrito

número % número % número %

Centro 67.986 49,17 70.087 50,83 138.073 100

Boa Vista 33.949 49,89 34.163 50,11 68.112 100

Palmeiras 11.316 50,28 11.189 49,72 22.505 100

Fonte: IBGE, 2000. Elaboração: Fupam, 2006.

Dentre os distritos analisados, o Centro é o mais populoso, com 138.073 habitantes, mais

da metade da população municipal, tendo um número absoluto muito superior aos demais. Em

seguida temos o distrito de Boa Vista, com 68.112 habitantes, com um número um pouco inferior

à metade da população do distrito do Centro. O distrito de Palmeiras apresenta um número bem

menor que os demais, inferior à metade do numero de habitantes do distrito de Boa Vista.

A população estimada pelo IBGE para julho de 2005 é de 272.452, e para 2006 a

projeção estimada é de 280.318 habitantes. Segundo o Seade a população em 2005 é de

270.566.

Com base no Censo 2000 o número de domicílios verificados no ano foi de 60.050. Se

verificarmos uma população total de 228.690 no mesmo ano, o número médio de pessoas por

domicílio seria de 3,8 pessoas por domicílio.

Dentro do total de habitantes do município de Suzano em 2000, 7.267 eram rurais e

221.423 eram urbanas. Isto representa 3,18% de habitantes na área rural e 96.8% de habitantes

na área urbana, como demonstra o gráfico abaixo.

População residente, 2000. Urbana Rural Total

São Paulo 34.592.851 2.439.552 30.672.612

Suzano 221.423 7.267 181.903

Fonte: IBGE, 2000. Elaboração: Fupam, 2006.

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18

Fonte: Confederação Nacional dos Municípios

http://www.cnm.org.br/demografia/mu_dem_pop_rural.asp

Observando o gráfico abaixo, verificamos uma queda brusca no número de habitantes

rurais no município na década de 1970 até a década de 1980. Nas duas décadas seguintes este

número tem se mantido constante. No período verificado a identificação do aumento considerável

da população urbana se dá de forma concomitante ao surgimento de novos loteamentos,

aumentando o território urbanizado no município. Verificamos, porém, que este incremento

demográfico, juntamente ao aumento a área urbanizada aconteceu de forma dispersa, mantendo

baixa a densidade da área central mais antiga e consolidada.

Fonte: IBGE, 2000. Elaboração: Fupam, 2006

Fazendo uma análise comparativa com a população urbana e rural, verificamos um

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19

aumento considerável da população urbana e a manutenção do número de residentes na área

rural. Consideramos aqui que o aumento da população rural não está associado a movimentos

migratórios, mas ao seu crescimento vegetativo. A população urbana, porém tem aumentado seus

números acima do crescimento vegetativo, caracterizando uma dinâmica migratória no incremento

de seus números.

Fonte: Confederação Nacional dos Municípios

http://www.cnm.org.br/demografia/mu_dem_pop_rural.asp

3.1.2. Densidade Demográfica

Os dados utilizados para a verificação das densidades são baseados na extração

aproximada da área dos setores censitários do IBGE, extraídos por programa eletrônico de

desenhos em vetor (CAD), e nos dados de população total por setor censitário do censo de 2000.

Salientamos que a verificação das densidades foi analisada de forma bruta, a partir da área total

do setor, não somente da área urbanizada. A densidade territorializada no município através dos

setores nos permite fazer uma análise sobre as maiores pressões antrópicas e a condição do

aproveitamento da infra-estrutura nos diferentes distritos e setores.

O critério adotado para classificar as densidades como baixas, médias e altas foi o

parâmetro da densidade média encontrada no tecido urbano tradicional da cidade de São Paulo,

que em geral possui um quarteirão tradicional com áreas de 10.000 m2 (um hectare) e com lotes

de 300 m2. Isto equivale a uma média de 33 lotes por quarteirão. Considerando que em cada lote

há uma unidade de habitação, e considerando uma média de 3 habitantes por unidade, toma-se

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

20

como densidade resultante uma média de 100 habitantes por hectare. Este índice foi tomado

como parâmetro de densidade baixa, características das zonas residenciais horizontais

unifamiliares.

Fonte: Emplasa, 2002.

No contexto da região metropolitana de São Paulo, os municípios que possuem maiores

densidades são os que se encontram a oeste de Suzano, evidenciando uma pressão para a

expansão do centro da metrópole para a periferia.

O município de Suzano, considerando sua área de 195 Km2 (IGC) e projeção do IBGE

para população em 2006, tem densidade populacional bruta média de 11,15 habitantes/hectares.

Segundo a Seade, a densidade municipal é de 13,87 habitantes/hectare. Salientamos que este

índice se refere a todo o território municipal, não somente a área urbanizada.

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O distrito de Boa Vista, com 30,41 hab/ha, é a região de maior densidade populacional

bruta, tendo quase todo o seu território ocupado por áreas urbanas. Apesar deste índice, as

tipologias adotadas por suas construções são, na maioria, de casas térreas ou assobradadas.

O distrito de Palmeiras é a região com a menor densidade populacional bruta, com 2,72 hab/ha. A

maioria de seu território está ainda conservada com sua paisagem rural e natural.

Densidade bruta por distrito (hab/ha)

Centro 13,81(hab/ha)

Boa Vista 30,41(hab/ha)

Palmeiras 2,72 (hab/ha)

Fonte: IBGE Elaboração: Fupam, 2006

No distrito do Centro, considerando a densidade líquida dos setores (somente área

ocupada com loteamentos), os setores censitários de maior densidade são os correspondentes

aos bairros de Jardim Monte Cristo, Jardim Luela, Vila Maluf, Jd. Miriam e Cidade Cruzeiro do Sul.

Estes bairros apresentam densidade entre 150 e 200 hab/ha. Jardim Cacique, Parque Maria

Helena, Vila Amorim, Vila Figueira e Jardim São José também apresentam densidades maiores,

estando este índice entre 100 e 150 hab/ha.

No distrito de Boa Vista, os setores de maior densidade são os correspondentes aos

bairros de Cidade Miguel Badra 1 e 2 e Jardim Revista, que apresentam densidade entre 150 e

200 hab/ha.

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No distrito de Palmeiras, todo inserido em APM, os setores de maior densidade são os

correspondentes aos bairros de Recanto Feliz, Jardim Belém, Vila Real Palmeiras, Jardim

Itamaracá, com densidades entre 50 e 100 habitantes/hectares.

(ver MAPAS T1 – densidade demográfica bruta e T2 – densidade demográfica líquida).

3.1.3. Crescimento Demográfico

Adotando o conceito utilizado pela Seade, a Taxa de Crescimento Demográfico

“expressa em termos percentuais o crescimento médio da população em um determinado

período de tempo. Geralmente, considera-se que a população experimenta um crescimento

exponencial também denominado como geométrico”.

Dentro da realidade paulista a taxa média de crescimento demográfico para sua

população entre 2000 e 2005 foi de 1,56%. A região metropolitana, no mesmo período

experimentou uma taxa de 1,39%. Já para o município de Suzano, esta taxa foi de 3,49%, uma

das mais altas para a Região Metropolitana de São Paulo.

Fonte: Emplasa, 2002.

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A taxa é declinante na metrópole e também no Brasil. Esta redução do incremento é

percebida em quase todas as escalas territoriais do país, excetuando-se os municípios periféricos

das metrópoles. Os municípios metropolitanos, porém, ainda mantém um certo vigor demográfico,

com exceção da capital.

Observando a tabela das taxas de crescimento demográfico da RMSP apresentados pela

Emplasa, podemos ter um panorama das dinâmicas populacionais metropolitanas na qual Suzano

está inserida. Observando os percentuais por região, verificamos que a Região Leste possui na

década de 1990, um dos maiores números, sendo de 3,72%. Verificando seu histórico, as duas

décadas anteriores confirmam a vocação leste para a expansão demográfica da metrópole,

principalmente a partir da década de 1980.

Evolução da População Residente na RMSP, Sub-Regiões e Municípios. 1970 1980 1991 2000 1970/1980 1980/1991 1991/2000

Centro 5.924.615 8.493.226 9.646.185 10.434.252 3,67 1,16 0,88

São Paulo 5.924.615 8.493.226 9.646.185 10.434.252 3,67 1,16 0,88

Oeste 455.845 903.016 1.322.399 1.728.603 10,27 3,53 3,05

Carapicuíba 54.873 185.816 283.661 344.596 12,97 3,92 2,21

Barueri 37.808 75.336 130.799 208.281 7,14 5,14 5,36

Osasco 283.073 474.543 568.225 652.593 5,30 1,65 1,56

Santana de Parnaíba 5.390 10.081 37.762 74.828 6,46 12,76 7,97

Pirapora do Bom Jesus 3.709 4.804 7.956 12.395 2,62 4,69 5,10

Cotia 25.842 53.175 107.453 148.987 7,48 6,60 3,73

Vargem Grande Paulista 5.082 9.777 15.870 32.683 6,76 4,50 8,44

Itapevi 27.569 53.441 107.976 162.433 6,84 6,60 4,69

Jandira 12.499 36.043 62.697 91.807 11,17 5,16 4,37

Sudoeste 101.954 287.466 465.466 630.566 10,92 4,48 3,46

Taboão da Serra 40.945 97.655 160.084 197.644 9,08 4,60 2,39

Itapecerica da Serra 21.148 53.837 85.550 129.685 9,79 4,30 4,78

São Lourenço da Serra 4.166 6.639 7.596 12.199 4,77 1,23 5,46

Embu 18.148 95.800 155.990 207.663 18,10 4,53 3,26

Embu-Guaçu 10.280 21.043 36.277 56.916 7,43 5,08 5,18

Juquitiba 7.267 12.492 19.969 26.459 5,57 4,36 3,21

Fonte: Emplasa, 2002.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Evolução da População Residente na RMSP, Sub-Regiões e Municípios (continuação). 1970 1980 1991 2000 1970/1980 1980/1991 1991/2000

Sudeste 988.677 1.652.781 2.048.674 2.354.722 5,27 1,97 1,57

Santo André 418.826 553.072 616.991 649.331 2,82 1,00 0,57

São Bernardo do Campo 201.662 425.602 566.893 703.177 7,76 2,64 2,45

São Caetano do Sul 150.130 163.082 149.519 140.159 0,83 -0,79 -0,72

Mauá 101.700 205.740 294.998 363.392 7,30 3,33 2,37

Diadema 78.914 228.660 305.287 357.064 11,23 2,66 1,77

Ribeirão Pires 29.048 56.532 85.085 104.508 6,89 3,79 2,33

Rio Grande da Serra 8.397 20.093 29.901 37.091 9,12 3,68 2,45

Leste 312.060 519.037 816.592 1.130.965 5,22 4,21 3,72

Mogi das Cruzes 138.751 197.946 273.175 330.241 3,62 2,97 2,15

Suzano 55.460 101.056 158.839 228.690 6,18 4,20 4,17

Poá 32.373 52.783 76.302 95.801 5,01 3,41 2,59

Itaquaquecetuba 29.114 73.064 164.957 272.942 9,64 7,68 5,81

Ferraz de Vasconcelos 25.134 55.055 96.166 142.377 8,16 5,20 4,50

Guararema 12.638 15.103 17.961 21.904 1,80 1,59 2,25

Salesópolis 9.557 10.653 11.359 14.357 1,09 0,59 2,66

Biritiba Mirim 9.033 13.377 17.833 24.653 4,00 2,65 3,70

Nordeste 263.543 579.227 863.463 1.175.642 8,19 3,70 3,52

Guarulhos 236.811 532.726 787.866 1.072.717 8,45 3,62 3,52

Arujá 9.571 17.484 37.622 59.185 6,21 7,21 5,21

Santa Isabel 17.161 29.017 37.975 43.740 5,39 2,48 1,60

Norte 93.036 153.972 282.162 423.953 4,79 5,91 4,67

Cajamar 10.355 21.941 33.736 50.761 7,80 3,99 4,69

Franco da Rocha 36.303 50.801 85.535 108.122 3,42 4,85 2,66

Mairiporã 19.584 27.541 39.937 60.111 3,47 3,44 4,69

Caieiras 15.563 25.152 39.069 71.221 4,92 4,08 6,97

Francisco Morato 11.231 28.537 83.885 133.738 9,77 10,30 5,37

Grande São Paulo 8.139.730 12.588.725 15.444.941 17.878.703 4,46 1,88 1,65

Fonte: Emplasa, 2002.

Os municípios de Itaquaquecetuba (5,81%) e Ferraz de Vasconcelos (4,50%), que fazem

divisas com Suzano a oeste, são os que apresentam as maiores taxas de crescimento, seguido

de Suzano, com 4,17%.

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Dentro deste quadro podemos verificar que as regiões a oeste de Suzano são as que

sofrem maiores pressões demográficas, fazendo divisa com os principais municípios da RMSP

em taxa de crescimento demográfico. Dessa forma, observamos um possível vetor de

crescimento no sentido Suzano, que faz das regiões do distrito de Boa Vista na divisa com

Itaquaquecetuba as áreas de maior pressão demográfica.

3.1.4. Faixa Etária da População

A faixa etária da população de um município tem relação com as políticas públicas a

serem implementadas, com a condição de produção e renda da população e sua vulnerabilidade

social.

Quando verificamos a porcentagem de população com menos de 15 anos no município,

estamos verificando uma faixa etária da população com alta vulnerabilidade social, onde políticas

de educação, assistência social e saúde são fundamentais para a qualidade de vida desta faixa

etária. Segundo o Seade, o município possui 28,5% de sua população nesta faixa etária. Se

comparada aos índices estaduais e da região metropolitana, verificamos que esta porcentagem é

bastante significativa, demonstrando a necessidade de uma atenção especial para esta população

jovem, vulnerável e que não tem possibilidade de geração de renda.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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O gráfico abaixo demonstra de maneira clara as diferentes faixas etárias predominantes

a partir de cada distrito do município.

Neste gráfico percebemos a territorialização da população pertencente à faixa etária em

questão. A predominância de população com menos de 15 anos está no distrito de Boa Vista,

com 33,98%. Em seguida temos um número significativo desta faixa etária no distrito de

Palmeiras, com 32,32%. O centro possui 28,30% de sua população nesta faixa etária.

A população jovem no município também apresenta índices altos. Do total de população

do município, 37,18% estão na faixa etária de 15 a 34 anos. O distrito de Palmeiras apresenta

uma porcentagem de 40,36% de população nesta faixa etária.

Se considerarmos que a porcentagem de crianças (32,32%), somada à faixa etária de

população jovem (40,36%), teremos uma porcentagem de 72,68% abaixo de 34 anos,

caracterizando uma população predominantemente jovem. Em seguida temos o Centro, com

36,34% de população entre 15 e 34 anos. O distrito de Boa Vista apresenta uma porcentagem de

28,1%.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Fonte: IBGE Elaboração: Fupam, 2006.

Segundo o IBGE, a porcentagem de pessoas residentes no município com mais de 60

anos é de 6,04%. A Seade aponta um índice de 6,29%. Estes índices indicam uma porcentagem

muito inferior aos apresentados pelo Estado e pela RMSP.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

28

O distrito do Centro apresenta o maior índice, com 7,42%. A porcentagem apresentada

pelo distrito de Palmeiras é de 6,94%. O distrito de Boa Vista, com o menor índice, apresenta uma

porcentagem de 4,25%.

3.1.5. Mulheres Responsáveis por Domicílio

De acordo com o IBGE, o principal responsável no domicílio é aquela pessoa que é

responsável na unidade domiciliar ou que assim for considerada pelos demais moradores na

situação da pesquisa.

A verificação da quantidade de mulheres responsáveis por domicílio pretende ser um

indicativo para as políticas públicas para o tratamento diferenciado dos gêneros. Segundo o IBGE,

as mulheres já são responsáveis por 24,9% dos domicílios do Brasil. Na Região Sudeste, esta

proporção é a maior: as mulheres estão à frente de 25,9% dos domicílios. Apesar de todos os

avanços da condição feminina na sociedade e no trabalho, questões como menores salários,

jornadas duplas, dependência da família unicamente de sua renda, falta de política de saúde para

as mulheres e crianças, nos leva a considerar a vulnerabilidade da condição da mulher

responsável por domicílio no contexto social da população do município.

Em Suzano a porcentagem total de mulheres responsáveis por domicílio é de 20,54% do

total de responsável. No distrito do Centro, a porcentagem é maior que nos outros distritos, sendo

de 13,58%. No distrito de Boa Vista a porcentagem é de 5,36 e no distrito de Palmeiras é de 1,60.

Talvez esta diferença de índice se relacione com a predominância das faixas etárias nos distritos,

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

29

observando que as mulheres responsáveis por domicílio são em geral de idade mais avançada.

Nos bairros de população mais jovem, como no distrito de Palmeiras, a ocorrência de mulheres

responsáveis por domicílio é menor.

(ver MAPA T3 – Mulheres Responsáveis por Domicílio)

3.1.6. Anos de Estudo e Analfabetismo

Segundo os dados do IBGE, os não alfabetizados somavam 1,09% (12.398 pessoas) da

população municipal acima de 15 anos de idade em 2000 (IBGE). O Seade apresenta uma taxa

diferenciada, sendo mais elevada do que as extraídas das tabulações feitas pela Fupam.

Comparativamente aos índices da RMSP e do país a taxa apresentada pelo Seade está

consideravelmente acima dos demais.

Segundo o IBGE, do total de responsáveis por domicílio residentes no município, 46,31%

possuem menos de 4 anos de estudo. Dentre os distritos, Palmeiras possui a maior porcentagem

de responsáveis nesta faixa de anos de estudo, apresentando 61,89%. Em seguida o distrito de

Boa Vista possui 51,90% e o Centro, com uma porcentagem de 41,66%.

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30

Responsáveis por domicilio com até 4 anos de estudo por distrito Centro 41,66%

Boa Vista 51,90%

Palmeiras 61,89%

Fonte: IBGE, 2000.

Como exemplifica o gráfico abaixo, os distritos possuem uma composição diferenciada

dos anos de estudo da população. O distrito do Centro possui uma média de estudos um pouco

acima dos demais distritos. Porém a proporção de responsáveis com menos de 4 anos de estudo,

assim como de responsáveis com menos de 1 ano de estudo são significativos.

(ver MAPA T4 – Taxa de Escolaridade de 0 a 4 anos de Estudo)

Fonte: IBGE

Elaboração: Fupam, 2006.

3.1.7. Faixa de Renda

Segundo os dados do Seade, de 2000, a renda média por pessoa residente no município

é de 1,92 salários mínimos. Esta média está inferior aos valores apresentados na RMSP e no

estado.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

31

Se considerarmos os domicílios do município que tem rendimentos de até ½ salário

mínimo, teremos um percentual de 17,76% da população. Este índice está muito acima dos

indicados para a RMSP e para o Estado.

Considerando os responsáveis por domicílio que não tem rendimentos, o município

apresenta um percentual médio de 9,59%. Este número é significativo dentro da realidade

populacional de Suzano. Dentre os distritos o que apresenta maior porcentagem de responsáveis

sem rendimento é o de Boa Vista. O distrito de Palmeiras apresenta um índice bastante alto

também, ficando pouco atrás do distrito de Boa Vista. O Centro é o que possui a menos

porcentagem de responsáveis sem rendimento.

Dentre os responsáveis por domicílio residentes no município que ganham até 3 salários

mínimos, o IBGE apresenta um índice de 55,42%. O maior índice está no distrito de Palmeiras,

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

32

com 68,04%, seguido de Boa Vista, com 64,09%. No distrito do Centro esta faixa de renda é

apresentada com 47,14% dos responsáveis. A realidade apresentada, mais da metade dos

responsáveis por domicílio no município na faixa de renda de até 3 salários mínimos, tem um

rebatimento na dificuldade de enquadramento dos residentes no perfil exigido para

financiamentos habitacionais dos programas existentes no país, que é de faixa de renda acima de

3 salários mínimos. Esta realidade agrava a problemática habitacional existente no município e

aponta para uma abordagem dos programas habitacionais baseados no financiamento público e

subsidiados, considerando que a moradia é um direito garantido ao cidadão pela constituição

vigente no país.

Fonte: IBGE

Elaboração: Fupam, 2006.

O gráfico é representativo para a caracterização econômica da população dos diferentes

distritos. A realidade de todos os distritos se apresenta de forma similar, com a maioria da

população com faixas de rendimento entre 1 e 5 salários mínimos. O distrito do Centro se

diferencia por apresentar uma porcentagem um pouco maior de população com rendimentos

acima de 10 salários mínimos.

Uma outra leitura pertinente para a caracterização desta realidade é o Índice de Exclusão

Social. Utilizando a técnica do geoprocessamento, o Mapa da Exclusão Social (Mapa T6 – Índice

de Exclusão Social), sob coordenação de Aldaíza Sposati, foi realizado pela Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe) e a organização não-governamental Instituto Pólis, com o apoio do Programa de

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Pesquisa em Políticas Públicas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

(Fapesp). Dentro deste mapeamento as partes com maior índice de exclusão são as regiões do

distrito de Palmeiras e Boa Vista, apresentando o Centro como uma realidade um pouco menos

excludente.

(ver MAPAS T5 – Renda de até 3 sm e T6 – Índice de Exclusão Social)

3.2. Desenvolvimento Sócio-Econômico

3.2.1 Caracterização da economia

Com base nos dados do SEADE sobre o PIB e o Valor Adicionado em 2002 podemos ter

uma dimensão da configuração dos setores produtivos em relação à geração de riqueza para o

município. Vemos que a indústria tem de fato papel de destaque contribuindo com mais da

metade do valor adicionado total, 67,5% . Também vemos que, pelo menos do ponto de vista

econômico, a agricultura e pecuária são praticamente insignificantes, representando menos de

1,1% desse Valor:

PIB municipal e Participação dos Setores da Economia no Valor adicionado em 2002

Indicador Em milhões de

reais Porcentagem

Valor adicionado na Agropecuária 32,1 1,1%

Valor adicionado na Indústria 1.985,7 67,5%

Valor adicionado nos Serviços 924,3 31,4%

Valor adicionado total 2.942,1 100%

PIB municipal 3.441,9

Fonte:Seade. Dados: IBGE, 2002. Esse destaque alcançado pela indústria segue parcialmente a dinâmica de industrialização

nacional que foi crescente até 1980 e com declínio posterior. Em Suzano esse declínio não foi

sentido, uma vez que mesmo com a saída de algumas indústrias, outras continuaram se

instalando no município. Segundo o Cadastro Central de Empresas do IBGE, Suzano tinha em

2004 cerca de 553 unidades industriais de diferentes segmentos, sendo 342 microempresas (com

até 4 funcionários), 165 pequenas (de 5 a 49 funcionários), 19 médias (de 50 a 99), 16 grandes

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

34

(de 100 a 499) e 11 muito grandes (com mais de 500 funcionários). Contudo, considerando o

pessoal ocupado, essas duas últimas categorias respondiam por 74,5% dos empregos industriais,

apesar de serem em menor número.

Entre as grandes temos: Petroquímica Indústria e Comércio Ltda, Cia. Suzano de Papel e

Celulose, Komatsu do Brasil , Flith Laminados e Plásticos S/A, Maran-sat com. de máquinas,

Clariant S.A., NSK do Brasil LTDA, MDR Construtora e Pav, Mitutoyo Sul Americana Ltda.

(Ver MAPA T7 Atividades Econômicas)

3.2.2 Emprego

Analisando os dados do IBGE referentes à população empregada do município

encontramos um déficit de 23.343 postos de trabalho, o que representa aproximadamente 22% da

população economicamente ativa. É destacado também o papel da economia informal na relação

de emprego e renda, uma vez que um número considerável de população economicamente ativa

está inserido no mercado informal.

Dados de Emprego

Indicadores Masculino Feminino Total

População Residente 113.251 115.439 228.690

Pop. Economicamente Ativa 64.015 40.907 104.922

PEA Desocupada 11.471 11.872 23.343

PEA Ocupada 52.544 29.035 81.579

De 16 a 24 anos 11.683 6.919 18.602

Rendimento Médio (em R$) 784,32 462,23 669,68

Trabalhadores Formais (1) 26.445 12.962 39.407

Trabalhadores Informais (2) 23.432 9.763 33.195

Fonte: CENSO/2000 - IBGE. Elaboração MTE

Nota:

(1) Compreende os empregados com carteira, militares e estatutários

(2) Compreende os empregados sem carteira e os conta-própria

Em relação ao número de empregos formais a indústria tem indicadores significativos, com

números de admissões e demissões próximo ao setor do comércio. No entanto, o setor com

maiores indicadores de admissões nos últimos doze meses é o setor de serviços. Salientamos

que no cálculo de emprego não estão contabilizados os postos de trabalho informal, dificultando a

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

35

análise real da situação.

Evolução do Emprego por Setor de Atividade Econômica - Suzano

Fonte: Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, período

de julho de 2005 a junho de 2006 – Ministério do Trabalho e Emprego.

O setor da agricultura possuía, em 2002, 429 produtores rurais cadastrados,

segundo dados da Diretoria Municipal da Agricultura. Esse número pode indicar pelo menos dois

temas distintos: o significativo número de famílias beneficiadas pela economia agrícola e a

extensão e impacto dessas áreas produtivas no território.

O escoamento da produção tanto industrial quanto agrícola pode ser feito através de

rodovias ou ferrovia, estando o município facilmente articulado com os alguns dos principais eixos

metropolitanos.

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Relação de atividades Tipo de Atividade No de

unidades locais

Pessoal ocupado

total

Pessoal ocupado total (%)

Pessoal ocupado

assalariado

Pessoal ocupado

assalariado (%)

Salários (mil reais)

Total 6.627 43.361 100 35.256 100 599.605

Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal

13 102 0,24 83 0,24 631

Pesca 3 5 0,01 0 0 -

Indústrias extrativas 15 97 0,22 74 0,21 900

Indústrias de transformação 553 16.996 39,2 16.243 46,07 393.693

Produção e distribuição de eletricidade, gás e água

5 411 0,95 411 1,17 12.718

Construção 188 1407 3,24 1.095 3,11 8.568

Comércio; reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos

3.615 10.650 24,56 6.334 17,97 42.755

Alojamento e alimentação 607 1623 3,74 929 2,64 5.403

Transporte, armazenagem e comunicações

225 2187 5,04 1.763 5 31.288

Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relacionados

89 519 1,2 410 1,16 10.336

Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas

514 33.51 7,73 2.567 7,28 11.310

Administração pública, defesa e seguridade social

3 2.771 6,39 2.771 7,86 60.085

Educação 117 783 1,81 608 1,72 6.333

Saúde e serviços sociais 127 1.006 2,32 825 2,34 7.521

Outros serviços coletivos, sociais e pessoais

553 1.453 3,35 1.143 3,24 8.063

Serviços domésticos - - - - - -

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

- - - - - -

Fonte: IBGE - Cadastro Central de Empresas, 2004.

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37

3.2.3. Atividade Agrícola

Historicamente o município de Suzano vem sendo reconhecido pela sua característica de

intensa produção agrícola. Nas décadas de 80 e 90 a cidade ficou conhecida como Cidade das

Flores, pois tanto produzia quanto exportava flores. Ainda hoje, o município faz parte do chamado

cinturão verde da Grande São Paulo.

Fonte: Emplasa, 2002.

Em 2002, o valor adicionado da agropecuária correspondia a apenas 0,93 % do PIB

municipal, o que demonstra que a agricultura em Suzano não é um setor produtivo expressivo do

ponto de vista dos números da economia. Todavia envolve questões ambientais e de emprego e

renda que merecem atenção. Como citamos anteriormente, existem 429 produtores rurais no

município. Em 2000, segundo o IBGE, eram pouco mais de 3% da população vivendo na área

rural, o que significa 7.267 pessoas.

A produção do município, com 60% das propriedades rurais de pequeno porte, está

concentrada no setor hortifrutigranjeiro, sendo a maior parte voltada à olericultura (produção de

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legumes). Segundo dados da Fundação SEADE de dezembro de 2005, no setor de olericultura,

Suzano é o terceiro produtor da região do Alto Tietê.

As principais atividades agrícolas encontram-se nas seguintes categorias: olericultura,

fruticultura, floricultura, fundicultura, avecultura, agro-indústria, piscicultura, hidroponia, silvicultura.

Produção Agrícola de Suzano

oleículascereaisgramíneasfrutasfloreservas medicinaissilviculturaraízes e tubéculoscogumelos

Fonte: Prefeitura de Suzano - Secretaria de Desenvolvimento Econômico,

Trabalho, Negócios e Turismo.Diretoria de Agricultura e Abastecimento.

Segundo a Diretoria de Agricultura e Abastecimento do município, a problemática mais

visível em Suzano do ponto de vista da produção agrícola é a perda de áreas agrícolas, uma vez

que as demandas habitacionais e de turismo solicitam frequentemente o reparcelamento dessas

áreas.

Em matéria divulgada em julho de 2005 pelo jornal Estado de São Paulo, Suzano está

entre os municípios do Cinturão Verde de São Paulo que mais perderam área agrícola entre 1970

e 1996. Em 1970 haviam no município 11.100 hectares de área cultivada e em 1995/1996, eram

apenas 1.500 hectares.

Em 2005 eram cerca de 3.700 hectares e 450 produtores. Hoje, só em Casa Branca,

região com maior número de propriedades, são cerca de 170 produtores rurais, a maior parte

produzindo hortaliças. O adensamento populacional da região, com grande número de pedidos de

desdobro dos lotes residenciais ou de chácaras compromete o parcelamento original da região e

a sua produção agrícola.

Outra questão que compromete a produção agrícola é o aumento considerável do uso de

terrenos para chácaras de lazer ou chácaras de recreio. Por vezes as áreas destinadas à

atividade agrícola são substituídas por novo uso relacionado ao turismo ou lazer.

O escoamento da produção agrícola é feito através de terceiros que compram os

produtos no local e revendem em Santos, na CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns

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Gerais de São Paulo) e em outras regiões para feirantes e quitandeiros. Apenas 15% da produção

permanece na cidade, através de feirantes que compram diretamente dos produtores. O

escoamento da produção agrícola é dificultado pelo estado de conservação das estradas rurais.

No setor pecuário existem apenas alguns produtores, de porcos, aves e javalis. A

principal questão é que estando em área de mananciais essas propriedades tem restrições para

manter abatedouros de animais, que acabam sendo implantados de forma clandestina.

3.2.4. Turismo

A política de incentivo ao turismo do município de Suzano está ligado ao seu ambiente

natural (ecoturismo), à ruralidade (agroturismo) e ao forte traço da cultura japonesa presente em

sua formação. Diferente de outras regiões estas políticas são de caráter de oferta, ou seja, ao

poder público cabe incentivar a consolidação da oferta de atividades relacionadas ao turismo junto

aos empreendedores da região. Hoje, a principal característica do turismo no município é as

chácaras de recreio.

Os potenciais atrativos que podem fomentar o aumento da visitação esbarram na

insuficiência dos acessos (condições das estradas e sinalização), na segurança e na oferta de

infra-estrutura (saneamento). As condições das estradas, sem pavimentação e/ou esburacadas, e

a falta de sinalização dificultam a chegada dos visitantes. Em relação ao saneamento básico

alguns empreendimentos têm atraído um número crescente de visitantes, muitas vezes

sobrecarregando a infra-estrutura existente, poluindo e devastando os recursos naturais

existentes. Esse número de visitantes é considerável em especial nos finais de semana. No

entanto, a municipalidade ainda não realizou pesquisas que indiquem o volume da movimentação

de visitantes e o impacto real que causam no ambiente.

No município, na Bacia do Rio Guaió, existe uma propriedade particular com sua mata

original totalmente preservada, a chamada Reserva Ecológica de Miraporanga. Situa-se no

Distrito de Palmeiras, próximo à rodovia Índio Tibiriçá, tem 1,5 milhão de metros quadrados e é

gerenciada por uma ONG, o Instituto Miraporanga. A propriedade é considerada como uma das

potencialidades turísticas do município. A área ainda não possui nenhum instrumento legal de

preservação ambiental, sendo uma iniciativa individual do proprietário.

Outra modalidade do setor, o agroturismo, um dos ramos importantes do turismo local

segundo a Diretoria de Turismo, conta com cerca de vinte empreendimentos, a maioria situados

na Região de Palmeiras. Esses empreendimentos, entre pousadas rurais e haras, compõem o

grupo do Roteiro Turístico Rural de Suzano elaborado pelo município.

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Ações da Diretoria de Turismo

Planos/projetos Objetivos gerais

Plano de Desenvolvimento

do Turismo Receptivo

curso de turismo rural

Circuito Turístico Caminho

das águas e nascentes: da

Associação de municípios

do Alto Tietê.

Fomentar o turismo na região das 11 cidades consorciadas do Alto Tietê/ valorizar e

preservar o ambiente natural composto por fauna e flora remanescente da mata

atlântica / valorizar os traços culturais da região / divulgar as propriedades e

empreendimentos da região

Fonte: Prefeitura de Suzano - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Negócios e Turismo Diretoria de Turismo.

(Ver MAPA T8 Pontos de Interesse para o Turismo e Recreação)

3.2.5 Associação de Municípios do Alto Tietê – AMAT

Para intensificar e fomentar o desenvolvimento econômico e social de Suzano, a

administração municipal associou-se a outras 10 municipalidades, formando a AMAT, Associação

de Municípios do Alto Tietê.

Municípios associados a AMAT

PIB 2003(em milhões de reais)

PIB per Capita 2003(em reais)

Arujá 666,51 9.828,49

Biritiba Mirim 177,63 6.487,23

Ferraz de Vasconcellos 625,48 3.888,00

Guararema 527,31 22.456,00

Guarulhos 16.010,38 13.491,00

Itaquaquecetuba 1.347,86 4.263,00

Mogi das Cruzes 2.344,83 6.641,00

Poá 652,43 6.297,00

Salesópolis 157,40 10.118,00

Santa Isabel 273,43 5.938,00

Suzano 3.287,21 12.809,00

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Municípios associados a AMAT

PIB 2003(em milhões de reais)

PIB per Capita 2003(em reais)

Total da Região 26.070,47 10.194,11

Percentual do Estado 5,27%

Fonte : Perfil Econômico Alto Tietê Cabeceira – Fórum de Desenvolvimento Econômico. Itaquaquecetuba, julho 2006.

Em junho de 2006, durante o Fórum de Desenvolvimento em Itaquaquecetuba, a AMAT

indicou três vertentes de intervenção visando alavancar o desenvolvimento dessa região: ensino e

pesquisa; circulação e transporte regional; mudanças legislativas e institucionais. No primeiro

tema o objetivo é qualificar anéis viários periféricos que interliguem os vários municípios e

priorizar o transporte ferroviário. No segundo são objetivos a ampliação e descentralização das

ofertas de ensino profissional e superior públicos na região. Já em relação às mudanças

legislativas houve propostas para mudanças tanto em leis federais quanto estaduais.

3.3 Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida

3.3.1 Educação

A população de Suzano é atendida por um sistema educacional composto por escolas

municipais e estaduais. As escolas municipais estão divididas em sete categorias:

1. Creche Municipal (CM)

2. Creche Municipal Conveniada (CMC)

3. Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF)

4. Escola Municipal de Ensino Fundamental e Educação Especial (EMEFES)

5. Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI)

6. Escola Municipal de Educação Infantil e de Ensino Fundamental (EMEIEF)

7. Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NUDI)

As escolas estaduais estão divididas em três categorias:

1. Escola Estadual de Ensino Fundamental

2. Escola Estadual de Ensino Fundamental e Ensino Médio

3. Escola Estadual de Ensino Médio

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Equipamentos Educacionais Públicos – Município de Suzano

Total

Creches Municipais (exclusivamente) (CM) 1

Creches Conveniadas (CMC) 12

Núcleos de Desenvolvimento Infantil (NUDI) 7

Escolas Municipais de Ensino Infantil (EMEI) 24

Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIEF) 10

Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF) 22

Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Educação Especial (EMEFES) 2

Total de Equipamentos Municipais 78

Escolas Estaduais de Ensino Fundamental (1ª a 4ª Séries) (EEPG) 20

Escolas Estaduais de Ensino Fundamental (5ª a 6ª Séries) e/ou Ensino Médio (EEPSG) 22

Total de Equipamentos Estaduais 42

Total de Equipamentos Escolares 119

Fonte: Prefeitura Municipal de Suzano – Secretaria de Educação

Alunos Matriculados nos Equipamentos Educacionais Públicos - Município de Suzano Tipo de Matrícula Total

Alunos Matriculados em Creches 992

Alunos Matriculados na Pré-escola 9404

Alunos Matriculados no Ensino Fundamental Municipal (1ª a 4ª Série) 10816

Total de Alunos Matriculados nos Equipamentos Municipais 21212

Alunos Matriculados no Ensino Fundamental Estadual (1ª a 4ª Série) 12241

Alunos Matriculados no Ensino Fundamental Estadual (5ª a 8ª Série) e no Ensino Médio 33653

Total de Alunos Matriculados nos Equipamentos Estaduais 45894

Total de Alunos Matriculados no Município 67106

Fonte: Prefeitura Municipal de Suzano – Secretaria de Educação

A partir de relatório produzido pelo Centro de Estudos Metropolitanos – CEM, para a

Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Suzano é possível traçar um resumo de

diagnóstico da situação educacional, salientando as questões territoriais, dentro do município de

Suzano.

É importante ressaltar que, para maior especificidade e aprofundamento da questão, deve-

se lançar mão do conteúdo integral do material produzido pelo CEM e disponível na Secretaria.

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43

a) Creches Apesar da maior necessidade de vagas, as crianças de famílias de renda mais baixa

utilizam menos as creches. O uso das creches poderia ampliar as possibilidades de rendimentos

dessas famílias. Segundo o Plano Nacional de Educação – PNE / 2001 a porcentagem definida

para a cobertura de atendimento em 2006 é de 30% do total de crianças na faixa etária de 0 a 3

anos. Um bom critério para a alocação de recursos na rede de creches seria o investimento nas

áreas mais vulneráveis socialmente e com grande proporção de crianças de 0 a 4 anos. Essas

regiões, de acordo com a pirâmide etária elaborada a partir dos dados do IBGE são os distritos

de Boa Vista e Palmeiras.

De acordo com estudos do CEM é notável que a localização das creches se concentram

na região central e bairros adjacentes. Das 22 creches municipais, 12 estão localizadas na porção

central, distribuídas ao longo de praticamente todos os bairros centrais, oferecendo cerca de 63%

do total de vagas. Dos equipamentos restantes, quatro unidades estão localizadas na porção

norte, sendo duas em Miguel Badra e duas no Jardim Varan. Na porção sul, estão localizadas as

seis creches restantes.

Nota-se que a distribuição dos equipamentos coincidem com os núcleos urbanos mais

consolidados, causando algumas contradições como, por exemplo, no que se refere a região

central, cuja proporção de crianças por bairros é a menor do município, mas, ao mesmo tempo,

possui a maior concentração de equipamentos por creche. É possível, contudo, afirmar que a

oferta de vagas em creches na área central tende a atender crianças moradoras de outras áreas,

uma vez que os pais podem preferir uma escola próxima ao trabalho.

A partir do relatório do CEM observa-se que nos últimos ano houve expansão da oferta

de vagas de creche no município, porém a taxa de atendimento é de apenas 5,69% da população

de 0 a 3 anos.

Outro ponto em destaque é que, ainda que a região com maior proporção de responsável

por domicílio do sexo feminino seja a central é no Distrito de Boa Vista que estão as famílias

chefiadas por mulheres com perfil social mais vulnerável.

Em relação à demanda em regiões tipicamente rurais salienta-se a necessidade de se

comparar os custos da construção de equipamentos com os custos referentes à oferta do serviço

de transporte escolar, para encontrar a solução mais adequada às características da região.

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Fonte: Secretaria de Educação – PMS

Relatório produzido pelo Centro de Estudos Metropolitanos - CEM

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45

b) Educação Infantil A educação infantil corresponde aos alunos de 4, 5 e 6 anos, ou seja, o chamado G4, G5

e SIM (Sistema Inicial Municipal), respectivamente. A concentração de crianças nas idades de 4 e

5 anos em relação à população total se dá principalmente nas regiões da Cidade Miguel Badra,

Residencial Nova América e Jardim das Lavras. Enquanto o centro e seu entorno (Parque Maria

Helena, Jardim Miriam, Vila Amorim, Vila Colorado, Vila Figueira, Jardim Realce e Parque

Residencial Casa Branca) essa proporção é mais reduzida.

O PNE estabelece metas de atendimento para a faixa etária de 4 a 6 anos de idade que

seria o de atender 60% das crianças e a médio prazo atender 80%. Com a antecipação da

entrada das crianças com 6 anos no ensino fundamental (SIM), as metas valem só para as

crianças de 4 e 5 anos. Em 2005 a proporção de crianças no G4 era de apenas 36,45%, de

75,85% no G5 e de 87,23% no SIM. Sem o aumento de vagas, a obrigatoriedade do SIM pode

fazer cair a disponibilidade de vagas para o G4 e o G5, essa mesma obrigatoriedade pode fazer a

procura por vagas no G4 e no G5 aumentar.

A freqüência à educação infantil está muito ligada à proximidade e facilidade de acesso

entre a casa do aluno e a escola. A ausência de escolas em algumas áreas da cidade

(principalmente na região sul) dificulta o acesso de crianças que moram mais longe.

Segundo relatório do CEM existem bairros do município em que a oferta de vagas não é

suficiente para atender as crianças residentes na localidade e, muitas vezes, nem mesmo a oferta

de equipamentos é adequada. Também salienta-se a desigualdade de acesso à pré-escola em

termos de renda, especialmente nos anos iniciais, pois a proporção de crianças de 4, 5 e 6 anos

de idade em domicílios pobres que freqüentam a pré-escola é muito menor em comparação às

crianças de famílias de maior renda.

Dentre os loteamentos com maior déficit os estudos realizados pelo CEM destacam a

Cidade Miguel Badra e o Jardim Varan, também os loteamentos Dona Benta, Palmeiras, Ipelândia

e Jardim Brasil.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

46

Fonte: Secretaria de Educação – PMS

Relatório produzido pelo Centro de Estudos Metropolitanos - CEM

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

47

Fonte: Secretaria de Educação – PMS

Relatório produzido pelo Centro de Estudos Metropolitanos - CEM

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

48

c) Ensino Fundamental A responsabilidade pelo ensino fundamental (até a 4ª série), tem sido repassada aos

municípios pelo estado desde a criação do FUNDEF1 em 1998. Em pouco tempo o ensino

fundamental (até a 4ª série) será de inteira responsabilidade do município.

As taxas de atendimento às crianças de 7 a 10 anos são superiores à população com

idade a ser atendida (taxa de atendimento de 120,9%), o que leva a supor que o número de

crianças com “distorção idade-série” é elevado, fazendo com que o número de vagas necessárias

ao atendimento das crianças seja maior que o número total de crianças nessa faixa etária.

Os locais onde o adensamento populacional é recente há uma maior concentração de

crianças. Por outro lado, na região central, onde o adensamento é mais antigo, a concentração de

crianças é menor e a proporção de adultos e idosos é maior. Há atualmente uma sobra de vagas

na região central, mas essas vagas são preenchidas por crianças de outras regiões, tanto de

bairros mais afastados quanto de bairros vizinhos ao centro, onde faltam algumas vagas.

A porção norte do município, especialmente o loteamento Cidade Miguel Badra, que

sozinho concentra 13% do total de crianças entre 6 e 10 anos e a região de Boa Vista, juntamente

com o eixo ao longo da rodovia Índio-Tibiriça, ao sul do município, apresentam a maior

concentração de crianças, muito acima da média do restante do território municipal.

Em termos de indicadores educacionais, segundo Estudos sobre a Situação Educacional

e Social no Município de Suzano, produzido pelo Centro de Estudos da Metrópole – CEM, nota-se

que a rede municipal apresentou uma expansão notável de atendimento no município nos últimos

anos e ainda que há um número significativo de crianças (e jovens) acima da faixa etária

esperada freqüentando os primeiros anos do Ensino Fundamental regular, situação conhecida

como “distorção idade-série” que deve também ser levado em conta no planejamento das

políticas educacionais e, especialmente, na projeção por demanda por vagas.

A partir dos mapas elaborados pelo CEM, que apresentam a relação entre a oferta de

vagas nas escolas municipais e estaduais de 1ª a 4ª série e o total de crianças de 7 a 10 anos e,

ainda, o mapa de oferta e número de crianças de 06 anos é possível determinar territorialmente o

déficit e o superávit na demanda municipal do ensino fundamental.

1 Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF)

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

49

Fonte: Secretaria de Educação – PMS

Relatório produzido pelo Centro de Estudos Metropolitanos - CEM

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

50

d) Ensino Profissionalizante O município de Suzano possui o Centro de Aprendizagem Profissionalizante “Jorge

Romanos” (CEAP), que tem o objetivo de ensinar um ofício para a população, como culinária,

decoração e artesanato. Além da unidade no centro há também unidades do CEAP em Palmeiras,

Monte Cristo e Jardim Mirian.

Vale salientar que a questão do ensino técnico profissionalizante é de fundamental

importância para o desenvolvimento econômico sustentável do município, a partir da qualificação

profissional da população, de acordo com a demanda de vagas no setor da indústria, comércio e

serviços, é um importante instrumento na diminuição dos índices de desemprego municipais.

O município não possui nenhuma instituição de ensino superior. O principal

direcionamento das pessoas que cursam este nível de ensino se direciona às universidades dos

municipais vizinhos, em especial as de Mogi das Cruzes. Porém, existe em tramitação a

concessão de uma área pública de 165,7 mil metros quadrados, localizada na avenida Roberto

Simonsen (ao lado do Parque Municipal Max Feffer), no Jardim Monte Cristo, para a instalação de

uma universidade. Com contrapartida a empresa deverá recuperar uma lagoa de rejeito de

mineração no loca e transformar a área em parque aberto ao público.

3.3.2. Saúde

A distribuição dos equipamentos de saúde no território é muito desigual. A região central

concentra os principais equipamentos de grande porte, sendo que os quatro hospitais existentes

na cidade se localizam nessa região. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão melhores

distribuídas na cidade. A região sul é a única com deficiência de unidades, sendo que todo o

atendimento é realizado pela UBS do Jardim Ikeda e a UBS e Pronto Atendimento de Palmeiras.

Porém o atendimento é ainda mais precário se levar em conta as grandes distâncias entre as

localidades e a dificuldade de deslocamento da população desta região.

Os serviços públicos de saúde existentes no município são:

• Farmácia Popular (centro)

• Centro de Especialidades Odontológicas –CEO (centro)

• Ambulatório de Saúde Mental (centro)

• Laboratório Municipal (Casa Branca)

• Pronto Socorro Municipal -24h (Vila Figueira)

• Pronto Atendimento Palmeiras -24h (Palmeiras)

• Centro de Atenção Psicossocial-CAPS (Jardim São Luiz)

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

51

As Unidades Básicas Saúde da Família (UBSFs) oferecem os serviços tradicionais das

unidades básicas de saúde (UBSs), como consultas e exames, realização de procedimentos de

enfermagem, distribuição de medicamentos e encaminhamentos para consultas de

especialidades, e garantem a promoção da saúde e a prevenção das doenças.

No município de Suzano foram detectados pela Vigilância Sanitária alguns problemas de

vetores. Há ocorrências principalmente em áreas públicas. Na área central ocorrem muitos casos

de pombos e abelhas, principalmente nas escolas.

No distrito de Palmeiras as ocorrências são devidas aos animais que ficam soltos como

cavalos, porcos e cachorros, causando acidentes e muitos transtornos, e entre outras

reclamações há também a ocorrência de cobras e ratos.

Em áreas onde existem rios e córregos, muitos deles poluídos por esgoto e entulho, são

comuns a identificação de ratos, pernilongos, e morcegos e ratos do banhado.

Vetores de Contaminação em Suzano Vetores Local onde houve

ocorrência

Causa do

aparecimento

Controle em áreas publicas Caso de

Doença

Escorpião Armando Salles

Jardim natal

Jardim Merec

Entulho em

córregos

Linha Férrea

Detetização _

Carrapatos

Estrela

Jardim Nova América _ Capinação

Controle químico

_

Caramujo

Africano

Jardim Revista

Jardim Vitória

_ Capinação

Controle químico

_

Cobra Jardim Ikeda

Palmeiras

Residência em

áreas com muita

vegetação

Remoção quando estiver

perto de residências

_

Ratos Alguns pontos do município Lixo

Entulho

Veneno Raticida;

Pó de bloca parafinado

Leptospirose

Pernilongo Várzea do Tietê

Ribeirão do Una

Áreas perto de rios

e córregos

Detetização _

Abelha Algumas escolas Detetização _

Pombo Alguns pontos do município

e

Escolas

Lugar

público

Coloca proteção nos telhados

e muros

_

Ratão do

Banhado

Jardim Colorado Área perto de rios e

córregos

_ _

Cachorro Em todo o município abandono Remoção _

Fonte: Prefeitura de Suzano - Secretaria de Saúde

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

52

3.3.3. Cultura

As manifestações culturais de Suzano estão ligadas principalmente à promoção e

organização de eventos da prefeitura. Atualmente a Secretaria de Cultura possui uma

programação variada, com peças de teatro, sessões de cinema, exposições e música. A

prefeitura possui diversos espaços, todos no Centro, com exceção apenas do Centro Cultural

Palmeiras, que fica na Vila Júlia, Distrito de Palmeiras. Parte dessa ausência de espaços é

suprida por Oficinas Culturais que são realizadas em outros espaços.

Dentre os principais espaços culturais municipais podemos citar o Auditório Municipal

“Dr. Armando de Ré”, a Biblioteca Municipal “Prof. Maria Eliza de Azevedo Cintra”, o Casarão das

Artes, o Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”, o Centro Cultural Palmeiras e

o Galpão das Artes. O centro Francisco Moriconi possui uma atuação de destaque na município,

tendo em sua programação vários eventos culturais demanais, entre cinema, teatro, dança e

oficinas. Com exceção do Centro Cultural Palmeiras, os demais espaços são localizados na

porção mais central da cidade.

Além dos espaços públicos podemos destacar os espaços comunitários, formado em geral

por associação de bairros ou organizações não-governamentais. Dentre eles podemos citar a

Associação de Moradores do Jardim Maitê, o Centro de Convivência Florescer, Centro de

Convivência Recanto Feliz, Cidadania e Qualidade de Vida – Sesi Colorado, Comunidade São

José Operário, Fundação Orsa, Grêmio Cultural Unidos, Instituto Santa Suzana, Socobava. Além

dos espaços citados, a Associação Cultural Suzanense, associação não vinculada à prefeitura, é

um outro ponto de programação cultural variada no município.

As manifestações tradicionais são associadas principalmente às festas populares e

religiosas. A festa do Baruel, realidade em setembro, é uma das mais antigas da região. A Festa

de São José Operário, comemorada em maio, é promovido pela Comunidade São José Operário

– Paróquia Bom Pastor. Em janeiro acontece a Festa do Padroeiro, São Sebastião, que

acontecem na Igreja de mesmo nome, na praça central da cidade (ver MAPA T9 – Equipamentos

Públicos).

3.3.4. Patrimônio Histórico

A história do município está intimamente ligada à história da estrada de ferro. Os

principais elementos de valor histórico para a cidade mantêm esta relação com a linha férrea.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

53

Tendo como fonte de dados a Secretaria de Cultura do município, elencamos abaixo alguns

elementos de interesse histórico.

Povoado Original e Igreja do Baruel A Capela da Piedade foi erguida no ano de 1660 pelo Franciscano Salvador Baruel.

Documento datado de 1750 toma o Padre Antonio Souza Oliveira como “fundador” do povoado e

indica a construção da capela no início do séc. XVIII. A edificação original foi demolida ou ruiu no

século posterior, sendo reconstruída em meados de 1916 pelo imigrante italiano Roberto Bianchi.

A configuração urbana ainda apresenta as características originais do povoado, com sua praça

central preservada e contornada por construções residenciais.

Vista aérea atual do Bairro de Baruel

Academia de Judô Terazaki A academia começou a ser construída em 1937, sendo uma réplica da academia de

Judô Kodokan, no Japão. Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Cultura, em 1932, o

mestre de judõ Tokuzo Terazaki, e seu companheiro de judô, Katsutoshi Nato, chegaram em

Suzano. Os dois iniciaram em 1937, na Vila Urupês, a Implementação do Centro de Instrução de

Judô Terazaki . Para chegar a atual configuração, o Judô Terazaki passou por duas etapas: a

inauguração, em 1937, celebrada com a realização do 1º. Campeonato Central; e a ampliação,

em 1952, resultando no 1º. Campeonato da América Latina.

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Vista frontal atual da academia

Igreja Budista Nambey Diagozon Jyomiojy – Estrada dos Fernandes – 1925 Km 04 Localizado no bairro de Casa Branca, na Estrada dos Fernandes – KM 04, teve sua

construção iniciada em 1966 e seu término em 1980. A inauguração foi celebrada pelo Bispo

Eizam Kishida – Seija Shingoshu Shunguendo de Kioto - Japão. Seu valor histórico está na

manifestação das culturas nipônicas dos migrantes que aqui se fixaram.

Vista frontal atual da academia

Tinturaria e Estamparia Industrial de Tecidos Suzano A Tinturaria e Estamparia Industrial de Tecidos Suzano é considerada uma das

empresas mais antigas da cidade de Suzano, sendo sua primeira indústria de tecelagem. Foi

fundada em 1920 por Jorge Bey Maluf, sendo adquirida em 1957 por Domingos e Maria

Romanato. A indústria está desativada atualmente.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

55

Vista atual dos prédios da indústria

Indústria Camilo Nader Localiza-se na Av. Jorge Bey Maluf. É indicado pela Secretaria de Cultura do município

como bem de interesse histórico pela sua ligação com a história do desenvolvimento da indústria

no município.

Vista atual dos prédios da indústria

Vila de Casas Tzusuki

Assim como a Industria Camilo Nader, localiza-se na Av. Jorge Bey Maluf. É indicado

pela Secretaria de Cultura do município como bem de interesse histórico pela sua ligação com a

história do desenvolvimento da indústria no município.

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Vista atual do casario.

Prédio da Previdência Social

As informações sobre a edificação ainda são escassas. O prédio, de propriedade pública,

era ocupado pela prefeitura de Suzano. Hoje abriga a Previdência Social.

Vista atual do prédio

Divisão de Hospital Auxiliar de Suzano - Hospital das Clínicas - F.M.U.S.P.

Segundo as informações obtidas no site eletrônico do hospital, em 1959 o governo do

Estado de São Paulo adquiriu o Sanatório Jesus de Nazareth, atual prédio do hospital, com uma

área total de 75.335 m² e uma área construída de 5.445 m².

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Vista do prédio na década de 50 Vista atual do prédio

Vila Alemã (Hoechst)

A vila de casas da Antiga Industria Química Hoechst, atual Clariant ainda não possui

pesquisa documental adequada. Sua importância é verificada pela história oral dos munícipes e

pela indicação da Secretaria de Cultura do município, estando ligada à história do

desenvolvimento da indústria no município e da configuração das margens da linha férrea.

Vista de satélite atual do conjunto de casas

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

58

“Escola Japonesa” – Estrada Keida Harada, Vila Ipelândia. A escola também não possui documentação histórica suficiente. Localiza-se em uma

estrada rural na porção sul do município. Sua importância cultural, transmitida oralmente pelos

munícipes, está ligada à migração japonesa e sua contribuição para a formação cultural de

Suzano. Atualmente a edificação está sem uso e em mal estado de conservação.

Vista atual da edificação

Chaminés da Industria Têxtil Tsuzuki, da antiga Companhia de Papel e Celulose Rio Verde (atual Cia. Suzano)

Os elementos em questão se caracterizam pelas chaminés industriais de antigas

industrias do município. São construções em alvenaria de tijolo de barro e de altura elevada. Sua

valoração cultural está ligada à história do desenvolvimento da indústria no município e dos

marcos urbanos que ela gerou.

Prédio da Antiga Indústria Obbermayer – Ruas Barão de Jaceguai, Campos Salles e Armando Salles de Oliveira

Localiza-se na quadra conformada pelas Ruas Barão de Jaceguai, Campos Salles e

Armando Salles de Oliveira. É indicado pela Secretaria de Cultura do município como bem de

interesse histórico pela sua ligação com a história do desenvolvimento da indústria no município.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Vista atual da edificação

“Casa do Engenheiro” da Estação Ferroviária de Suzano

Estação de Guayó (atual Suzano) construída em 1900, foi substituída na década de 70

por um prédio moderno para a época e substituiu a antiga estação. Porém a “Casa do

Engenheiro”, edificação contígua à estação ainda se manteve.

Vista atual da casa.

Peles Pólo Norte e Entorno Localiza-se na quadra conformada pelas Ruas Monsenhor Nuno, Rua Barão de

Jaceguai, Rua Marechal Deodoro, e Felício de Camargo. É também indicado pela Secretaria de

Cultura do município como bem de interesse histórico pela sua ligação com a história do

desenvolvimento da indústria no município.

(ver MAPA T10 – Bens de Interesse Histórico)

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

60

3.3.5. Esporte e Lazer

Suzano tem em sua história um reconhecimento da geração de talentos individuais

esportivos e profissionalizados, em grande parte patrocinados por grandes empresas instaladas

no município. Dentro deste contexto, a prefeitura implantou um programa de ampliação da

abrangência dos esportes na vida das pessoas. O Programa Educacional Esportivo Direcionado

(PEED) tem como objetivo inserir o esporte como prática ampliada e elemento componente da

formação do cidadão, estando este aliado às atividades de educação. Além dos equipamentos

públicos mantidos pela Prefeitura (equipamentos municipais listados abaixo) existem os núcleos

do Programa Educacional Esportivo Direcionado cujo objetivo é iniciar as crianças em alguma

prática esportiva. Em 2005 o programa chegou a atender 2000 pessoas.

Dentre os equipamentos municipais podemos citar o Estádio Municipal Francisco

Marques Figueira, Parque Municipal Max Feffer, Ginásio Municipal de Esportes Paulo Portela e o

Ginásio Municipal de Esportes Professor Roberto David. Estes equipamentos estão situados de

maneira geral na parte central da cidade. Para o programa PEED foram implantados núcleos

esportivos nos diversos bairros do município. Como núcleos do programa, podemos citar: Núcleo

Boa Vista, Núcleo Vila Maluf, Núcleo Jardim Cacique, Núcleo Residencial Nova América, Núcleo

Parque Buenos Aires, Núcleo Cruzeirinho (Praça José da Costa Soares), Núcleo Miguel Badra

(Leão do Badra), Núcleo Jardim São José (Botafogo), Núcleo Jardim Revista (Nafal), Núcleo 13

de Maio, Núcleo Monte Cristo, Núcleo Vila Amorim (Suvep), Núcleo Jardim Nova Urupês, Núcleo

Jardim Vitória, Núcleo Jardim Maitê, Núcleo Casa Branca (Vila Nova/São José), Núcleo Palmeiras

(Torre) e Núcleo Raffo.

(ver MAPA T9 – Equipamentos Públicos)

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61

4. Aspectos Territoriais

4.1. Condição Ambiental

A região metropolitana de São Paulo, onde está situado o município de Suzano, ocupa

um extenso território urbanizado sobre uma grande rede de recursos hídricos, a Bacia do Tietê,

com os Rios Tietê e Pinheiros, e o conjunto das áreas de proteção dos mananciais

metropolitanos. Em seu eixo leste a urbanização avança sobre os municípios vizinhos de São

Paulo em direção às cabeceiras do Rio Tietê, formando regiões de tensão ecológica, entre as

áreas protegidas pela legislação de proteção aos mananciais e área de proteção ambiental do

Rio Tietê.

Fonte: Emplasa, 2002.

Os resultados negativos de uma urbanização acelerada e com um padrão precário de

saneamento são amplamente reconhecidos. Colocam em risco a sustentabilidade ambiental, onde

os recursos naturais necessários à vida humana e seu desenvolvimento são degradados e

ameaçados.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

62

Fonte: Emplasa, 2002.

Apesar do Estatuto da Cidade resultar em parte das lutas e demandas dos movimentos

de defesa dos direitos à moradia e pela regularização fundiária de áreas ocupadas por habitações

precárias, devemos reconhecer que estes problemas estão sempre relacionados a questões

sócio-ambientais, onde a ocupação de áreas ambientalmente frágeis é recorrente.

No caso do município de Suzano o reconhecimento e a leitura técnica das questões

ambientais e seu conflito com as necessidades antrópicas são centrais para se estabelecer

instrumentos adequados à sua realidade local e à sua inserção em um sistema ambiental, e

principalmente hídrico de escala metropolitana. Estes instrumentos devem buscar a

democratização do acesso à terra adequadamente urbanizada e ao mesmo tempo preservar os

recursos naturais imprescindíveis para a qualidade de vida individual e da população de toda uma

região.

4.1.1. Geomorfologia

O município de Suzano localiza-se próximo à borda sudeste da Bacia Sedimentar de São

Paulo. A geomorfologia do município caracteriza-se pela dominância de formas de relevo

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

63

suavizadas, com altitudes entre 715 e 900 metros, organizada em sistemas de morrotes

alongados paralelos, morros baixos e morros paralelos.

Cruzando uma larga faixa a centro-norte do município está a planície aluvionar do rio

Tietê, cujo principal afluente local, o rio Taiaçupeba-Açu, está represado na porção territorial

centro-leste de Suzano.

O relevo em torno da represa Taiaçupeba é marcado por colinas suaves. Nas Planícies

Aluviais existe o predomínio de baixas declividades, inferiores a 5% e o nível freático é pouco

profundo.

Nas Colinas a topografia é suavizada, com predomínio de amplitudes de 40 m e

declividades de até 20%.Nos Morrotes predominam amplitudes de 50m e declividades de 20%,

com ocorrências restritas de áreas com declividades maiores que 30%.

Os Morros Baixos a predominância é de amplitudes de 100m e declividades de 30%, já

nos Morros Altos predominam amplitudes e declividades elevadas, de 150 m e maiores que 30%,

respectivamente.

Geologia da Região do Município de Suzano Legenda:

Fonte: Carta Geológica da Região Metropolitana

da Grande São Paulo, 1980

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4.1.2. Rede Hídrica (Sub-Bacias, Corpos D'água, Represa)

A rede hídrica do município de Suzano está dividida pelas Bacias do Rio Taiaçupeba, do

Rio Guaió e do Tietê Leste. Compõem a Bacia Hidrográfica do Alto Tietê Cabeceira, onde apenas

duas das bacias estão inseridas na área de proteção aos mananciais. São as Bacias do

Taiaçupeba e do Guaió. As bacias são subdivididas em:

Bacia do Taiaçupeba com 108,1 Km², composta pelas sub-bacias:

• Sub-bacia do Rio Taiaçupeba I (Taiaçupeba-Açu);

• Sub-bacia do Rio Taiaçupeba-Mirim;

• Sub-bacia do Rio Ribeirão Balainho.

Bacia do Guaió, com 26,2 Km², composta pela sub-bacia:

• Sub-bacia do Rio Guaió;

Bacia do Tietê Leste composta pelas sub-bacias:

• Tietê Leste I, Tietê Leste II, Tietê Leste III;

• Ribeirão Jaguari;

• Ribeirão Varginha.

Desde 1975 o Município de Suzano é protegido pelas Leis Estaduais nº. 898/75, 1172/76,

9866/97, que definem a Área de Proteção aos Mananciais, cujo objetivo é disciplinar o uso e

ocupação do solo para proteção das nascentes, córregos, lagos e represas. No entanto Suzano

tem 73% de seu território inserido na área de proteção aos mananciais, e 7% do município está

inserido na área de proteção ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê, conforme a Lei Estadual nº.

5598/87.

As Bacias Hidrográficas estão parcialmente ocupadas, havendo maior concentração na

bacia do Tietê Leste, região central do município, onde há maior densidade populacional. Por

outro lado, é crescente a ocupação na bacia do Taiaçupeba, sendo preciso observar a localização

adequada das atividades a serem exercidas nas bacias para garantir a conservação do solo e da

água.

(ver MAPA T11 – Recursos Hídricos)

4.1.3. Vegetação significativa

O município de Suzano está localizado na região de Mata Atlântica, formação florestal

que se distribui ao longo da Costa Brasileira.

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Há predominância de floresta ombrófila2, além de mata ciliar e várzea ao longo do rio

Guaió. Este rio cruzava florestas latifoliadas tropicais semidecíduas, matas ciliares e várzeas.

Com o tempo, essas áreas naturais foram sendo reduzidas, em decorrência da crescente

ocupação do solo e da destruição ou substituição das formações vegetais primitivas por

pastagens e culturas.

Nas florestas latifoliadas predominam espécies de árvores como pau-marfim, peroba,

cedro, jequitibá-branco, palmeiras e diversas variedades frutíferas silvestres. Na mata ciliar

encontram-se espécies que suportam umidade elevada, como figueira-preta, ingá, jenipapo e o

patobá. Já nas várzeas, verificadas em regiões de solos pantanosos e úmidos ao longo do rio

Guaió, formações arbustivo-arbóreas de espécies como capororoca, pindaíba, pimenta-do-brejo,

e a figueira, além de espécies herbáceas como erva de Santa Luzia, aguapé-de-rama, banana-

do-brejo e a ninféa.

Com a destruição parcial dessas formações vegetais, houve uma significativa redução de

espécies animais que habitavam a região tais como: macaco prego, gambás, tamanduás-mirins,

jacus e papagaios, capivaras, pacas, lontras, aves tais como mutuns, saracuras, veado-mateiro,

gavião-carijó. Hoje esses exemplares são vistos muito raramente nos remanescentes dessa

outrora exuberante flora e conseqüentemente fauna, tradicional binômio interdependente.

(ver MAPA T12 – Característica da Cobertura Vegetal)

4.1.4. Restrições Ambientais à ocupação (APM, APA)

Além da Área de Proteção aos Mananciais, que corresponde a 73% do município,

Suzano também possui 7% de seu território delimitado como Área de Proteção Ambiental – APA

da Várzea do Rio Tietê, o que equivale a 13.650 km². As interfaces legais de preservação

ambiental estaduais e federais interferem diretamente nas políticas territoriais municipais.

Discorreremos a seguir as duas principais leis que incidem sobre o território de Suzano:

Área de Proteção aos Mananciais (APM)

Mananciais são todas as fontes de água, superficiais ou subterrâneas, que podem ser

2 Floresta Ombrófila Densa diz respeito à Mata Atlântica propriamente dita. Sua vegetação é caracterizada pelo

tipo de clima quente e úmido quase o ano todo e com chuvas intensas.

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usadas para o abastecimento público. Nas áreas de manancial há descarga e concentração

natural de água doce originada de lençóis subterrâneos e de águas superficiais que se mantém

através da existência de um sistema especial de proteção da vegetação, o que deve garantir o

potencial de água dos mananciais.

São nas regiões de mananciais que se formam importantes ecossistemas como as

várzeas, alagados e brejos, com vegetação altamente adaptada às condições de encharcamento,

povoadas por grande variedade de espécies animais. A partir dos excedentes aqüíferos dos

mananciais são formados riachos, ribeirões e rios, que criam uma rede hídrica com cursos d’água

de tamanhos variados, com importância vital na formação das cadeias hídricas e,

conseqüentemente, no abastecimento de água da população.

Na área de mananciais encontram-se as bacias hidrográficas do Taiaçupeba e do Guaió,

contando com importantes corpos d´água e maciços florestais.

A Lei de Proteção aos Mananciais de 1976 disciplina o uso e a ocupação do solo através

de um planejamento espacial baseado na relação densidade demográfica e tamanho mínimo do

lote, objetivando a proteção dos recursos hídricos que abastecem a Região Metropolitana de São

Paulo.

Segundo a legislação em questão, a área de proteção aos mananciais foi dividida em:

a) Áreas e faixas de 1ª categoria: áreas que devem ser preservadas e ter proteção especial.

b) Áreas de 2ª categoria: áreas mais apropriadas à ocupação.

a) Áreas de 1ª categoria

São compostas por:

• corpos de água;

• faixa de 50 metros de largura, medida em projeção horizontal, a partir da linha de contorno

correspondente ao nível de água máximo dos reservatórios públicos, existentes e

projetados;

• faixa de 20 metros de largura, medida em projeção horizontal, a partir dos limites do álveo,

em cada uma das margens dos rios referidos no art. 2° da Lei nº. 898, de 18 de dezembro

de 1975, e das de seus afluentes primários, bem como em cada uma das margens dos

afluentes primários dos reservatórios públicos, existentes e projetados;

• faixas definidas no art. 2° e sua Alínea da Lei Federal nº. 4.771, de 15 de setembro de

1965, referentes às margens dos demais cursos de água;

• áreas cobertas por mata e todas as formas de vegetação primitiva;

• áreas com quota inferior a 1,50 metros, medida a partir do nível máximo dos reservatórios

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públicos existentes e projetados, e situados a uma distância mínima inferior a 100 metros

das faixas de que tratam os Incisos II e III deste artigo;

• áreas onde a declividade média do terreno for superior a 60% calculada a intervalos de

100 metros a partir do nível de água máximo dos reservatórios públicos existentes e

projetados, e dos limites do álveo dos rios, sobre as linhas de maior declive.

Definição das áreas de 1ª categoria:

• Reservatórios (existentes /projetados): faixa de 50m acima do nível máximo

• Rios / córregos contribuintes primários dos reservatórios: faixa de 20m de margem

• Rios / córregos contribuintes secundários: faixa de 5m das margens

• Áreas cobertas por matas e todas as formas de vegetação primitiva (mapeadas no SCM)

• Áreas sujeitas a inundações

• Declividade superior a 60%

• Usos permitidos nesta categoria:

o Lazer, recreação, obras e edificações destinadas a proteção dos mananciais,

regularização de vazões, controle de cheias e pequenas obras (pontões de pesca e

pequenos ancoradouros).

• Restrições nesta categoria:

o Desmatamento / remoção da cobertura vegetal

o Movimentação de terra (inclusive empréstimos de bota-fora)

o Ampliação de serviços, obras e edificações existentes / permanentes

o Infiltração de efluente sanitário (fossas) (nas faixas dos reservatórios, rios e

córregos)

o Intensidade de processos produtivos de estabelecimentos industriais

b) Áreas de 2ª categoria

Essas áreas são as mais apropriadas à ocupação e são subdivididas em:

Classe A - áreas urbanizadas

Definição: são as áreas urbanizadas dos municípios em 1974. A área mínima do lote é de

500m2 e o número máximo de ocupantes deve ser igual a 50 habitantes a cada 10.000m2.

Classe B - área de expansão urbana

Definição: faixa de expansão urbana (calculadas equidistantemente ao redor das faixas da

classe A). As áreas mínimas dos lotes são 1.300 e 1.500m2 e o número máximo de

ocupantes é de 34 ou 25 habitantes a cada 10.000m2 com correspondência para o tamanho

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do lote.

Classe C - área de maior restrição à ocupação

Definição: são as áreas com características rurais. Possuem uma escala decrescente de

número de habitantes a cada 10.000m2, que está relacionada com a área mínima do lote.

Quanto mais distante da área urbana e mais próximo do manancial, menor deve ser o

número de habitantes e maior o tamanho do lote (entre 1.750 e 7.500m2).

• Usos permitidos na área de 2ª categoria:

o Residencial, industrial, comercial, serviços, institucional, lazer, hortifrutícolas,

extração vegetal, florestamento, parcelamento do solo e mineração.

• Restrições na área de 2ª categoria:

o Taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento e área permeável

o Somente indústrias classificadas na Categoria ID

o Comércio atacadista

o Hospitais e sanatórios com tratamento de doenças infecto-contagiosas

o Controle de uso, armazenamento, disposição dos resíduos e embalagens e das

técnicas de difusão de agrotóxicos e defensivos agrícolas (pulverização por

aeronaves)

o Densidade demográfica (habitantes por hectare)

A Lei de APM, datada de 1976, foi revisada em 1997, com a lei 9866/97. Esta nova lei

trata de maneira geral das formas de gestão do espaço delimitado como APM, flexibilizando e

dando escalas locais para as decisões. Esta nova lei determina a elaboração de um Plano de

Desenvolvimento e Proteção Ambiental para cada Bacia Hidrográfica, além de crias instâncias

menores de consulta e deliberação a partir das Sub-Bacias. Este plano será específico para cada

bacia e irá regular as políticas territoriais da bacia. Para a Bacia do Alto Tietê, o PDPA ainda está

em discussão, tendo sido apresentado um estudo para este plano em 2001, desenvolvido pela

FUSP (Fundação USP).

A lei de 1997, que revisa as leis de APM anteriores, determina que seja feito um Plano

Emergencial para as áreas de APM, viabilizando obras prioritárias para as regiões de APM. Esta

lei, porém, indica que as áreas delimitadas em 1976 como de 1ª Categoria, como iremos discorrer

abaixo, não podem ser incluídas no plano emergencial. Quando analisados a realidade da APM

no território de Suzano, verificamos que a maior parte dos assentamentos existentes estão

situados em áreas de 1ª Categoria. Esta mesma lei determina que o PDPA delimite as áreas do

território da Bacia nas Zonas:

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o Macro-Área de Áreas de Restrição à Ocupação – além das definidas pela

Constituição do Estado e por lei como de preservação permanente, aquelas de

interesse para a proteção dos mananciais e para a preservação, conservação e

recuperação dos recursos naturais. (definição dada pela Lei 9.866)

o Macro-Área de Ocupação Dirigida – aquelas de interesse para a consolidação

ou implantação de usos rurais e urbanos, desde que atendidos os requisitos que

garantam a manutenção das condições ambientais necessárias à produção de

água em quantidade e qualidade para o abastecimento das populações atuais e

futuras.(definição dada pela Lei 9.866)

o Macro-Áreas de Recuperação Ambiental – aquelas cujos usos e ocupações

estejam comprometendo a fluidez, potabilidade, quantidade e qualidade dos

mananciais de abastecimento público e que necessitem de intervenção de caráter

corretivo. (definição dada pela Lei 9.866)

Grau de Preservação das áreas de mananciais

A ocupação inicial do município de Suzano foi no Bairro de Baruel, região situada em

APM, área hoje pertencente ao distrito de Palmeiras.

Na década de 1970, com o aumento das plantas industriais e a consolidação da

população em área urbana, em detrimento ao campo, as cidades brasileiras, incluindo dessa

maneira a Região Metropolitana de São Paulo e, assim, o município de Suzano, sofreram um

intenso e acelerado processo de crescimento populacional e urbanização. Este processo não foi

acompanhado por um desenvolvimento econômico homogêneo, gerando um déficit em relação ao

emprego e renda para grande parte da população que iniciaram ocupações territoriais a partir da

necessidade básica de moradia, gerando um aumento considerável da terra urbanizada da região

metropolitana.

Com o surgimento das leis de proteção aos mananciais é restringida a implantação de

determinadas atividades e empreendimentos habitacionais de média e alta densidade

demográfica em função da necessidade de controlar a expansão da mancha urbana sobre áreas

consideradas ambientalmente frágeis. O que ocorre então é uma desvalorização dessas terras

por parte do mercado imobiliário que não se interessa mais em investir nessas áreas, uma vez

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que o padrão da ocupação permitido pela lei é muito restritivo. No município de Suzano nota-se

um aumento no processo de ocupação das áreas de mananciais, em virtude de sua

desvalorização imobiliária aliado ao grande número de população que recentemente migrou de

várias cidades do país, e de outros países, para a região do Alto Tietê em busca de empregos,

principalmente no setor da indústria.

Até 1975 havia 14 loteamentos em áreas de mananciais, conforme levantamento feito em

documentos da Prefeitura, a partir de então este número se elevou para 67 loteamentos, sendo

que há, ainda, 19 loteamentos existentes em manancial cuja data de início de loteamento não foi

encontrada, totalizando 86 loteamentos. Atualmente, destes loteamentos, apenas 39 tem projeto

aprovado junto à prefeitura.

Ainda que muitos loteamentos tenham sido aprovados, é considerável o número de

desdobros e divisão de lotes, descaracterizando o loteamento enquanto tipologia permitida em

área de manancial, adensando o território e elevando o número de problemas decorrentes do

aumento de habitações existentes, gerando um conflito entre o que a lei permite e o que as

condições reais da cidade proporcionam.

Atualmente apenas parte dos loteamentos em mananciais é atendida por rede de

abastecimento de água e nenhum deles dispõe de coleta de esgoto. Quanto aos serviços de

coleta de lixo, segundo informações da Secretaria Municipal de Obras, os loteamentos em área

de mananciais são atendidos com coleta 3 vezes por semana.

Podemos observar que a Legislação de Proteção aos Mananciais não congelou o

processo de ocupação. O descontrole sobre a ocupação nas áreas de mananciais resultou na

proliferação de indústrias, residências, loteamentos, dos quais muitos clandestinos e precários. As

conseqüências desse processo provocaram danos para o meio ambiente local, em especial pela

ocorrência de desmatamentos, depósitos de lixos, dejetos nos rios e córregos, levando à

degradação da qualidade das águas. A lei gerou resultado contrário ao seu objetivo.

Em relação ao desenvolvimento econômico, a área de manancial do município de

Suzano possui papel determinante, tanto no setor de produção agrícola, quanto no industrial e,

ainda, no desenvolvimento turístico do município.

Observa-se que o setor agrícola vem apresentando redução de área, devido ao grande

pedido de desdobro das chácaras de recreio e novos loteamentos. Mas ainda é na área de

mananciais que se localizam as maiores produções agrícolas, contribuindo concomitantemente

para a geração de emprego, renda e fixação em zona rural de parte da população e,

principalmente, para a preservação de parte do território importante para o abastecimento de

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água estadual. A valorização da terra para o uso agrícola é um importante instrumento de

contenção da pressão por expansão urbana nestas áreas de mananciais.

A presença considerável de plantas industriais em áreas de mananciais é outro dado

relevante para caracterização da região, pois não só atrai população para ocupar o território como

também algumas indústrias são agentes poluidores. Atualmente há nesta região considerável

número de plantas industriais consideradas como agressivas ao meio-ambiente.

O transporte público é também um fator importante na análise das áreas de mananciais,

quando se trata da questão da dispersão urbana que caracteriza a urbanização desta região. A

dificuldade de acesso da população ocorre pela deficiência do serviço prestado pela empresa de

ônibus, e é agravado pelas longas distâncias, acessos restritos e pontualidades na ocupação,

com pequenos núcleos ocupados e baixa densidade.

Um dos principais problemas das áreas de mananciais o manejo inadequado de seus

recursos hídricos, sendo recorrente o despejo de efluentes domésticos e escoamento de

agrotóxicos para seu curso. Porém, parte considerável da área de mananciais ainda preserva

características de baixa densidade, como por exemplo, a bacia do Guaió, destacando que existe

uma grande área de várzea original do Rio Guaió, respeitando a preservação das áreas de APP.

Área de Proteção Ambiental – APA da Várzea do Rio Tietê

A APA do Tietê foi criada em 06 de fevereiro de 1987 através da Lei nº 5.598 e

regulamentada pelo Decreto nº 42.837/98, declarando APA as regiões urbanas e rurais ao longo

do curso do Rio Tietê, nos municípios de Salesópolis, Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano,

Poá, Itaquaquecetuba, Guarulhos, São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Santana do

Parnaíba.

Em Suzano esta área localiza-se ao norte do município, em uma das regiões mais

adensadas da cidade, dividindo a região central do Distrito de Boa Vista. A APA sofre variadas

pressões antrópicas, como o descarte de resíduos, assoreamento do leito do rio e especulação

imobiliária (comercial, residencial, industrial). É também notada a presença de lagoas

provenientes de antigas cavas de mineração, gerando passivos ambientais para o município).

Contudo, a área em sua porção suzanense ainda é considerada uma ponta verde da

APA, pois apesar de algumas situações adversas, são encontrados fragmentos de Mata Ciliar e

planícies de alagamento originais preservadas ao longo do percurso do Tietê, além de diversas

zonas de vida silvestre.

No entorno da margem do rio Tietê há uma área de interesse do município para a criação

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de um parque de preservação denominado Parque Mirante do Tietê. Trata-se de uma área

municipal de 400 mil m2 na qual se pretende implantar um Parque de uso público, valorizando a

paisagem ali existente e objetivando incentivar à população a preservação do meio ambiente e o estímulo a atividades físicas e esportivas.

(ver MAPA T13 – Restrições Ambientais à Ocupação Urbana)

4.1.5. Riscos Ambientais (contaminações, erosão, etc)

Contaminação por produtos tóxicos Na cidade de Suzano foram identificadas algumas áreas poluídas, entre terrenos

contaminados por mineradoras, indústrias e postos de combustíveis. Algumas áreas foram

identificadas pela CETESB como áreas contaminadas por produtos tóxicos, efluentes líquidos. A

maioria está relacionada com indústria, sendo também significativo o numero de pequenos

vazamentos de postos de abastecimento de combustível. (ver MAPA T14 – Riscos Ambientais)

Áreas Contaminadas no município de Suzano Responsável Atividade Fonte de

Contaminação

Contaminantes Meios Impactados

Auto Posto Kimura

Ltda.

Posto de

Combustível

Armazenagem Combustível líquido Subsolo

Águas Subterrâneas

Auto Posto São

Marco Ltda.

Posto de

Combustível

Armazenagem

Manutenção

Solventes Aromáticos, PAHs Águas Subterrâneas

Auto Posto Suzano Posto de

Combustível

Armazenagem

Solventes Aromáticos

PAHs

Águas Subterrâneas

Produquimica Industria e

Comercio Ltda.

Indústria Armazenagem

Produção

Metais Águas Subterrâneas

Clariant S/A Indústria Descarte

disposição

Produção

Metais, solventes

halogenados, solventes

aromáticos, fenóis

halogenados, biocidas

Solo Superficial

Subsolo

Águas subterrâneas

Komatsu do Brasil Ltda. Indústria Descarte disposição Metais, Fenóis halogenados Solo Superficial

Subsolo

Águas subterrâneas

Mixmicro Indústria e

Comercio de Produtos

Químicos Ltda.

Indústria Descarte

disposição

Produção

Metais

Solo Superficial

Subsolo

Águas subterrâneas

Produquimica Indústria e

Comercio Ltda.

Indústria Armazenagem

Produção

Metais Solo Superficial

Subsolo

Águas subterrâneas

Fonte: Cetesb, 2004.

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4.1.6. Mineração

A Diretoria de Meio Ambiente do Município de Suzano realizou um levantamento onde

este indica os pontos de exploração de minério que o município apresenta. Caracterizada como

uma atividade altamente impactante para o meio ambiente, este levantamento mostrou a

necessidade de uma política em relação à extração mineral, verificando a regularidade das

empresas e de seu plano de manejo e recuperação das áreas exploradas.

Nos locais onde foi identificada a atividade a presença de grandes áreas de

desmatamento é freqüente. A sua localização está principalmente na região de APM e de grandes

maciços florestais nativos. Muitas empresas não possuem licença ambiental para a atividade. A

ocorrência de cavas de mineração abandonadas também é observada com freqüência no

território do município. Nos casos em que a recuperação da área é feita, observamos o seu

manejo inadequado, sem preparo do solo e com a presença de vegetação exótica, sem

recomposição da flora original.

O impacto provocado pela extração mineral também é observado na rede hídrica do

território. A lavagem de material de extração (Caulim) é feita em córregos existentes. As APPs

são desmatadas e até ocorrem o desaparecimento de córregos por assoreamento.

Segundo a Diretoria de Meio Ambiente, a mão de obra utilizada na atividade é

proveniente de outras regiões da metrópole, onde aproximadamente 80% dos trabalhadores vem

da região do ABC (Ribeirão Pires e Mauá) e do extremo Leste da Capital (Itaquera e São Mateus).

Os principais tipos de minério extraídos nas bacias hidrográficas do município podemos

destacar:

o Bacia do Guaió: granito ornamental

o Bacia do Taiaçupeba: Caulim e Turfa

o Bacia do Tietê Leste: Areia, Argila e Turfa

Dentre os principais problemas identificados pela diretoria na atividade mineradora do

município, podemos destacar:

o Alteração e assoreamento dos cursos d’água;

o Desaparecimento de córregos

o Antiga extração de argila nas margens da represa Taiaçupeba sem recuperação

ambiental

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o Desmatamento e descaracterização do relevo

o Formação de cavas de mineração e erosão

o Depósito sem controle de resíduos sólidos no solo

o Insalubridade das condições de trabalho

4.2. Uso e Ocupação do Solo

4.2.1 Usos residenciais

O tecido urbano no município de Suzano possui aspectos distintos por região, conforme

a caracterização dos três principais setores da cidade: Centro, Distrito de Boa Vista – região norte

e Região de Palmeiras – região sul. Vale ressaltar aqui que a divisão em três principais setores se

diferencia daquele adotado pelo IBGE como divisão de distritos municipais, principalmente nos

distritos do centro e de Palmeiras. Aqui a divisão se deu de forma genérica pelo aglomerado mais

homogêneo em suas características, na qual a Região de Palmeiras é considerado como toda a

porção territorial urbana inserida dentro da área de proteção aos mananciais.

O uso residencial encontra-se espalhado na mancha urbanizada do município, com

adensamento na região Norte e descontinuidade na região Sul. Na região central os loteamentos

dividem-se entre uso predominantemente residencial, comercial, serviço e uso misto.

Apenas na região central há número considerável de residências multifamiliares

verticalizadas, com alguns edifícios acima de 3 pavimentos. O predomínio ainda é de casas

térreas unifamiliares e loteamentos de padrão de classe de renda média. Alguns deles sofreram

desmembramentos e muitos são utilizados também por atividades comerciais, caracterizando o

uso misto. Nota-se que muitos lotes dessa região, anteriormente residenciais, estão sofrendo

transformação de uso para comércio ou serviços, o que torna algumas ruas, anteriormente de uso

único, com uma maior diversidade. Ao mesmo tempo que esta transformação dá mais dinâmica

econômica ao loteamento, torna o fluxo de pessoas e automóveis mais constante e intenso.

O Distrito de Boa Vista de modo geral é adensado, com edificações de padrão de classe

de renda média-baixa e baixa. As habitações ocupam lotes pequenos, muitos deles

desmembrados e com mais de uma família por lote.

As residências em sua maioria possuem como característica a auto-construção,

localizadas em loteamentos com infra-estrutura precária. A presença de obras concomitante à

moradia é constante, o que demonstra que o aumento populacional ainda é uma questão forte a

ser considerada nessa região. A maior parte do Distrito não possui pavimentação e os serviços de

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equipamento público também são precários e insuficientes, considerando o número de habitantes.

Há também muitos loteamentos com ocupação de área pública. Na porção leste dessa região há

dois loteamentos com características de chácaras e, ainda, uma área de produção agrícola

urbana considerável, localizada no fundo de vale entre loteamentos adensados.

À medida que se desloca das áreas centrais em direção ao sul nota-se que a mancha

urbana vai ficando cada vez mais esparsa e descontínua. Na região de APM encontram-se áreas

residenciais de densidade considerável em relação ao permitido pela LPM, muitas vezes em

função de parcelamento irregular do loteamento intercalada por alguns loteamentos de classe

média. Algumas das habitações de loteamentos que ainda preservam características de chácara

podem ser consideradas como segunda residência ou residência de final de semana.

De maneira geral, contudo, o uso predominante é de habitações de renda baixa, que

ocupam lotes pequenos, muitas vezes irregulares e, em grande parte, sem infra-estrutura

adequada ao uso residencial. Essas habitações geralmente estão em ruas não pavimentadas, ora

com declividade considerável e pouco atendimento de equipamentos públicos. A tipologia geral é

de auto-construção e muitas obras inacabadas ou esperando para posteriores ampliações. É

comum também a ocupação de parte do loteamento para um futuro desmembramento,

geralmente irregular.

Espalhados por esse território encontram-se loteamentos clandestinos e ocupações de

área pública. Parte dessas habitações foi considerada assentada em áreas de risco de

escorregamento ou enchentes. Nesses casos são predominantes as habitações precárias, sem

parcelamento adequado do solo e com alta vulnerabilidade aos riscos.

No capítulo sobre Habitação, a descrição destas diferentes regiões será detalhada em

seus aspectos de uso residencial.

4.2.2 Chácaras de Recreio

Em Suzano identifica-se a tipologia de chácaras de recreio, com uso turístico em

algumas áreas do território. A maior parte das chácaras encontra-se na APM, localizadas em

loteamentos situados principalmente na porção sul do município. Compõem grandes porções de

terra, formando uma mancha verde, muitas delas encravadas em área de vegetação preservada.

As chácaras de recreio são consideras pela administração municipal como

equipamentos com potenciais turísticos para a cidade, destinadas à atividades de lazer como

pesqueiro ou aluguéis para festas e passeios nos finais de semana, realização de eventos e

convenções, além de atividades relacionadas ao esporte, como é o caso dos haras.

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Essa característica, contudo, nem sempre gera benefício considerado para o município

enquanto desenvolvimento turístico e arrecadação, pois as propriedades particulares não

possuem relação com os demais equipamentos municipais, como o núcleo histórico do Baruel e

nem com o comércio da região, o que dificulta o aquecimento da economia, gerando ganhos

apenas para os proprietários.

A principal localização das chácaras de lazer coincide com a região de relevo mais

acidentado, seu acesso principal se dá através da rodovia Índio-Tibiriça e a partir dela por

estradas de terra, que percorrem a vegetação abundante ainda preservada nessa região.

Destaca-se a presença de muitos lotes desocupados no entorno das chácaras de recreio, o que

salientam um potencial de desenvolvimento de novas áreas de atração deste tipo de lazer e o de

novos equipamentos turísticos.

Vale salientar ainda que as chácaras em geral são consideradas como áreas possíveis

de desdobro e com grande "vocação" e pressão para a expansão urbana.

4.2.3 Atividades Agrícolas

A atividade agrícola em Suzano é historicamente reconhecida e esteve sempre ligada ao

assentamento da colônia japonesa no município, tendo a oleicultura e floricultura como principais

atividades. Conhecida outrora também como cidade das flores, Suzano vem perdendo território

agrícola em função da reprodução dos assentamentos residenciais e o descaso das políticas

públicas voltadas para esse setor nas administrações municipais anteriores. Mesmo assim, hoje a

área do município ocupada pelos cultivos formam junto com a grande mancha agrícola de Mogi

das Cruzes e Biritiba Mirim, a principal área produtora da Região Metropolitana de São Paulo.

Territorialmente, a área ocupada pela agricultura em Suzano está localizada

predominantemente em duas faixas no sentido Norte e Sul junto as planícies e várzeas dos rios

Guaió e Taiaçupeba, ambas estão dentro da APM. A porção agrícola próxima ao Guaió pode ser

considerada como a mais frágil territorialmente, pois se encontra localizada entre loteamentos já

ocupados ou em via de ocupação. É nesta região que atualmente o mercado está desenvolvendo

novos empreendimentos, o que fragiliza a permanência da atividade agrícola.

Na porção sudeste é que está a maior parte das atividades ligadas à agricultura. Esta

região é uma das partes do manancial que ainda encontra-se protegida, mas é notório que a

mancha urbana de Palmeiras tem se espraiado para esse vetor. Há, contudo, de se destacar a

necessidade de conter essa expansão para a preservação do manancial concomitantemente a

fixação dos produtores rurais e suas atividades.

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4.2.4. Uso industrial As áreas municipais destinadas ao uso industrial estão predominantemente em distritos

industriais, demarcados na Lei de Uso do Solo – Lei Complementar n.º 025/96 e, no caso das

ZUPI 1 e 2, sob regulação específica da legislação estadual – Lei n.º 1.817, de 24 de outubro de

1978.

As 150 maiores empresas do município estão, predominantemente, localizadas nessas

zonas de grandes lotes.

O Distrito Industrial de Vila Teodoro localiza-se à margem da APA do Tietê, na saída

para o município de Mogi das Cruzes. Essa área está destinada, desde o início da década de

1980, a receber grandes empresas. Para tanto os terrenos foram divididos em grandes lotes e

dotados da infra-estrutura necessária para a instalação de indústrias. Contudo, mais de 20 anos

depois da cessão destes lotes para diversos grupos empresariais, a maior parte deles ainda

encontra-se em desuso, devido principalmente a processos judiciais do direito de uso do terreno.

Atualmente, portanto, o Distrito Industrial de Vila Teodoro encontra-se sub-utilizado,

contudo, é notória a necessidade de se adensar industrialmente esse território, pois o mesmo já

possui características fundamentais para abrigar grandes plantas industrias.

O segundo Distrito Industrial destacado localiza-se às margens da rodovia Índio-Tibiriça,

em direção à área de manancial. Nesta porção territorial estão localizadas grandes plantas

industriais, destacando as de atividade química.

Vale salientar ainda a dificuldade das pequenas e médias indústrias instalaram-se, visto

que não há legislação que permita o uso industrial em área menor que dois mil metros quadrados.

Esse quadro é pouco interessante, uma vez que existe uma demanda considerável de médias e

pequenas indústrias que utilizam terrenos menores que o permitido atualmente.

(ver MAPA T15 – Sistema de Áreas Verdes Municipais) (ver MAPA T16 – Evolução Urbana) (ver MAPA T17 – Uso do Solo) (ver MAPA T18 – Terrenos Subutilizados na Região Central)

4.3. Infra-estrutura

4.3.1. Represa de Taiaçupeba

O Sistema Produtor de Água do Alto Tietê possui capacidade para produzir até 10 mil

litros de água por segundo. Após o tratamento na Estação Taiaçupeba, a água é distribuída para

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3,1 milhões de pessoas atendendo parte da zona Leste da capital, além dos municípios de Arujá,

Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Suzano.

A Represa de Taiaçupeba é o quinto reservatório do Sistema Alto Tietê e está localizada

na margem esquerda do Rio Tietê, na divisa entre Mogi das Cruzes e Suzano. Junto a este

reservatório foi construída a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Taiaçupeba, que alimenta

com as águas dos 5 reservatórios do Sistema Alto Tietê, uma extensa rede de distribuição da

Zona Leste de São Paulo, a partir do bairro da Mooca. Sua capacidade de armazenamento é de

88 milhões de m³, a área inundada de 19,30 km2, e regulariza a vazão de 3,3 m³/s. A capacidade

final de tratamento desta estação é de 15 m³/s.

A Bacia Taiaçupeba, com 180,1 km², que se divide em:

• Sub-bacia do Rio Taiaçupeba;

• Sub-bacia do Ribeirão Balainho;

• Sub-bacia do Rio Taiaçupeba – Mirim.

O principal problema na barragem de Taiaçupeba é hoje a ocupação das margens por

habitação. Dados levantados pela Prefeitura de Suzano revelam que existem no local mais de 400

famílias, vivendo em condições precária e sem o mínimo de higiene ou saneamento básico.

Extensão e Área de Drenagem dos Cursos d'água do Rio Guaió Curso d'água Extensão (km) Área de Drenagem (km2)

Rio Guaió 22,3 87,7

Rio Taiaçupeba-Açu 35,5 239,9

Fonte: “Plano da Bacia do Alto Tietê – Relatório de situação dos recursos hídricos – Revisão II – Síntese”, CBH-AT, outubro de 2000.

Vazão média e volumes úteis dos reservatórios Reservatório Vazão média (m3/s) Volume útil (10m3)

Taiaçupeba 4,44 20¹

Fonte: “Plano da Bacia do Alto Tietê – Relatório Fial – Revisão II – Versão 1.0”Síntese”, CBH-AT, outubro de 2001. ¹ Volume útil atual. O volume final previsto para o reservatório de Taiaçupeba é de 80 x 106 m³.

Localização das Estações de Monitoramento Ponto de amostragem Corpos d'água Município Localização

TAIA 00100 Reservatório de Taiaçupeba Suzano Ajusante do vertedouro

Fonte: Relatório de Qualidade das Águas interiores do Estado de São Paulo – 2000, Cetesb, 2001.

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Sistemas Produtores Município Sistema Mananciais ETA capacidade nominal

(L/s)

Vazão produzida por

sistema (x103 m3/mês)

Suzano Integrado - Alto Tietê Reservatório Taiaçupeba 10.000 20,807,1

Fonte: Sabesp, Semae, e Saae, dez/2000.

4.3.2. Sistema de Abastecimento de Água no Município

O município de Suzano é abastecido de água pelo sistema produtor integrado da Bacia

Hidrográfica do Alto Tietê, através do Reservatório Taiaçupeba que conduz as águas captadas à

Estação de Tratamento de Água (ETA) Taiaçupeba, localizada junto à barragem existente. A

capacidade de tratamento de água desta estação é, em média, de 10 m3/s. Após o tratamento, a

água é aduzida até a reservação central na Rua Benjamim Constant.

O sistema de abastecimento de água no município, como também da coleta e tratamento

do esgoto, são operados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

SABESP, que é a proprietária e concessionária do Sistema de Abastecimento de Água de

Suzano. Segundo a Sabesp, Suzano consome atualmente 10% dos 10,5 metros cúbicos de água

tratados no local. O restante é direcionado para outros seis municípios da Bacia Hidrográfica do

Alto Tietê.

A porcentagem de atendimento oficial divulgada pela Sabesp é da ordem de 98%.

Contudo, a observação empírica da extensão territorial do município, sua área ocupada por

loteamentos e seu rebatimento com a rede de água existente e mapeada, torna confuso o critério

adotado para tal porcentagem de atendimento. Isto nos faz considerar sobre a possibilidade de

uma distorção nos dados sobre o déficit de abastecimento, sendo este possivelmente superior a

2%.

O consumo médio nas ligações regulares é de 17m³ mensais para residências de baixo

poder aquisitivo e 30m³ mensais para residências de alto poder aquisitivo. Nas inúmeras ligações

clandestinas existentes nas áreas consideradas irregulares, o volume médio de consumo

verificado é da ordem de 49 m³ por mês.

Na área urbana de Suzano, o sistema de abastecimento conta atualmente com ligações

domiciliares, ligações comerciais e ligações industriais. Quase a totalidade da água para

abastecimento da rede pública, na bacia hidrográfica do Alto Tietê é proveniente de recursos

superficiais, embora seja considerável o número de poços na região.

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Na área central o abastecimento é realizado através de redes de distribuição em formato

de anéis e linhas tronco. Porém esta área sofre alguns problemas de intermitência de

atendimento.

A região Norte é composta de loteamentos regulares, irregulares e de invasões de áreas

públicas e particulares. Esse setor é considerando como Zona Alta de Distribuição, através do

sistema de pressurização da rede da rede da Zona Baixa, por sistema elevatório. Para esta

região, a água é recalcada por sistema elevatório denominado São José. De acordo com a

Sabesp, o sistema elevatório se encontra no limite crítico de sua capacidade e sem previsão

imediata de ampliação ou de nova unidade elevatória.

Na região Sul, Região de Palmeiras, os núcleos urbanos existentes estão localizados ao

longo da Rodovia Índio Tibiriçá, até o limite sul do município. Por se tratar de uma Área de

Proteção aos Mananciais, sua ocupação urbana é legalmente restrita.

A distribuição principal desta área, classificada como Zona Alta de Suzano, segue ao o

longo da rodovia e desta são derivadas ligações para os núcleos urbanos regulares e irregulares.

Parte dos loteamentos e áreas ocupadas não é atendida por rede de distribuição da SABESP.

Segundo a Sabesp a ausência de abastecimento se dá pela falta de pressão disponível da rede

de distribuição, por se situarem em cotas acima da prevista no sistema público. O abastecimento

destas áreas se dá por caminhões pipa que abastecem cisternas centrais dos núcleos.

4.3.3. Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Suzano recebe parte dos efluentes dos

municípios da sub-região Alto Tietê Cabeceira e apresenta os melhores índices de tratamento no

esgoto coletado. No entanto, o volume de esgoto tratado é muito menor que sua capacidade, em

função da deficiência de coletores-troncos no município e região.

A SABESP atua diretamente no sistema de redes coletoras, coletores secundários,

coletores troncos, interceptores e no tratamento completo. A porcentagem de atendimento oficial

é da ordem de 88%, apesar da existência de diversas áreas consideradas irregulares.

A área urbana central, correspondendo às bacias do Rio Guaió e do Ribeirão do

Una/Chico da Vargem, é dotada de redes coletoras, coletores secundários, tronco e interceptores

até o lançamento na ETE de Suzano, junto à margem esquerda do Rio Tietê.

A área Sul, correspondentes às bacias do Rio Taiaçupeba, Taiaçupeba Mirim, Una, e

parte do Rio Guaió, conta com sistema parcial de rede coletora e coletores secundários e

interceptores, sendo a maior parte lançado nos cursos d’água.

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A área do Distrito de Boa Vista situado ao Norte do Município e na margem direita do Rio

Tietê possui rede coletora e coletores secundários. Toda a coleta e condução dos esgotos são

lançadas “in natura” diretamente nos córregos afluentes, no Ribeirão Jaguarí e no Rio Tietê, sem

receber qualquer tratamento.

Na área rural, a disposição do esgoto é feita por meio de fossas. A grande maioria das

propriedades possui fossa negra3.

(ver MAPA T19 -Rede de Abastecimento de Água e Coleta de Esgoto)

4.3.4. Resíduos Sólidos

Conforme a legislação de APM (9.866/97, cap. IV), os resíduos produzidos deverão ser

removidos para fora das área de proteção. Como grande parte do município está inserida na área

de proteção aos mananciais e na APA, restam poucas áreas legalmente possíveis de receberem

a instalação de um aterro sanitário convencional. Como estas áreas estão em geral urbanizadas,

a disposição final de resíduo sólido é atualmente feita em outro município, no Aterro Sanitário de

Itaquaquecetuba.

Os serviços de coleta e transporte de lixo são executados por empresa contratada, a

Companhia Coletora Pioneira S.C. Ltda. Mensalmente são coletadas 7.702,56 toneladas de lixo,

entre resíduos domiciliares, capinação e raspagem de vias. Os resíduos hospitalares, de clínicas

médicas, de laboratório de análises, são acondicionados, transportados separadamente e

incinerados pela coletora em incinerador próprio.

A coleta de lixo em Suzano atinge 99% em todo o município, inclusive em loteamentos

clandestinos. Alguns são feitos através da disponibilização de contêineres. Na área central existe

uma coleta diária, em função da atividade comercial existente. Já em outras localidades a coleta é

feita em dias alternados três vezes por semana.

A destinação do resíduo da construção civil fica sob a responsabilidade de empresa

especifica para esse tipo de serviço, contratada pelo proprietário da obra. 3 Fossa negra é uma fossa séptica, uma escavação sem revestimento interno onde os dejetos caem no terreno, parte se infiltrando

e parte sendo decomposta na superfície de fundo. Não existe nenhum deflúvio. São dispositivos perigosos que só devem ser

empregados em último caso". Fossa seca são escavações, cujas paredes são revestidas de tábuas não aparelhadas com o fundo

em terreno natural e cobertas na altura do piso por uma laje onde é instalado um vaso sanitário" (Carvalho, 1981). Fossa séptica é

uma câmara subterrânea, onde são acumulados os esgotos de um ou vários prédios e onde os mesmos são digeridos por

bactérias aeróbias e anaeróbias. Processada essa digestão, resulta o líquido efluente que deve ser dirigido a uma rede ou

sumidouro."Unidade de sedimentação e digestão de fluxo horizontal e funcionamento contínuo, destinado ao tratamento primário

dos esgotos sanitários" (Decreto nº 533, de 16.01.76).

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A Companhia Clariant tem em seu empreendimento situado no município, um incinerador

de resíduos industriais que atende a si e outras indústrias. Nos locais não atendidos por este

incinerador, os resíduos industriais são queimados e/ou enterrados.

Quanto à varrição de ruas e espaços públicos, existe o serviço diário no centro comercial

que passa na Rua Benjamim Constant, General Francisco Glicério e travessas, Na área central,

passa no quadrilátero formado pela Avenida Armando Salles de Oliveira, Prudente de Moraes,

Marques Figueira, Baruel, Regina Cabalau Mendonça. Na outra parte central a varrição, que é

feita alternada três vezes por semana, o serviço abrange os bairros Cidade Cruzeiro do Sul,

Cruzeirinho, Jardim Nema, até Avenida Mogi das Cruzes. Em outros bairros a varrição é feita uma

vez por semana.

Reciclagem Nos últimos seis meses existe no município uma cooperativa de catadores para

reciclagem de lixo. A iniciativa indica caminhos para o município explorar o conceito de Economia

Solidária e também aproveitamento econômico do lixo. Entretanto, além da parceria com a

prefeitura, as cooperativas populares necessitam de incubadoras, a fim de evitar sobressaltos no

processo de fortalecimento das mesmas, como vem ocorrendo.

Setores da Coletas Domiciliares de Suzano

Turno Hora de Inicio Freqüência Local Principal Outros Locais Principais

Noturno Diário Centro Jd. Guaió, Jd. Santa Helena, Jd. Santo Antonio, Vila Adelina. Noturno Diário Jd. Imperador Cidade Cruzeiro do Sul, Parque Suzano.

Noturno 19:00

Diário Vila Figueira V. Santa Maria, jd. Paulista, V. Costa. Vespertino Diário V. Amorim V. Mazza, V. Urupês, Jd. Santa Lúcia. Vespertino Alternado

3ª/ 5ª/ 6ª Colorado Jd. Cacique, Jd. Juella, Novo Colorado. Vespertino Vespertino Alternado

2ª/ 4ª/ 6ª Cidade Edson Jardim Realce, Jd. Suzano. Vespertino Vespertino Alternado

3ª/ 5ª/ Sábado Monte Cristo Jd. Suzanópolis. Vespertino Vespertino Alternado

2ª/ 4ª/ 6ª Maria Helena Pq. Maria Helena.

Alternado 3ª/ 5ª/ Sábado Jd. Natal Jd. Belém, Jd. Lazzareschi, V. Monte Sion, Jd. Maitê.

Alternado 2ª/ 4ª/ 6ª Casa Branca Vila Barros, Vila Cabreira.

Alternado 3ª/ 5ª/ Sábado Maria de Maggi Vila Maluf

Vespertino

15:00

Alternado 2ª/ 4ª/6ª Jd. Casa Branca Jd. Caxanga, Jd. Saúde, Cha. Meu cantinho, Jd. Modelo.

Diurno Alternado 3ª/ 5ª/ Sábado V. Fátima Pq. Buenos Aires, Jd. Baruel, Samambaia, Pq. Palmeiras.

Diurno 06:00

Alternado Miguel Badra Miguel Badra Baixo

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Diurno Diurno Diurno Alternado

3ª/ 5ª/ Sábado Caulim

(Palmeiras)Jd. Cerejeiras, Jd. Das Lavras, Jd. Do Lago, Tanaka.

Diurno Diurno

Alternado 2ª/ 4ª/ 6ª

Miguel Badra Miguel Badra Alto Diurno Diurno

Alternado 3ª/ 5ª/ Sábado

Jd. Leblon Chácara Ceres, Bairro Raffo Diurno Diurno

Alternado 2ª/ 4ª/ 6ª

Sesc Boa Vista

Alternado 3ª/ 5ª/ Sábado

Vila Rica (Palmeiras) Jd. Itamaracá, V. Real, Jd. Amazonas.

Alternado 2ª/ 4ª/ 6ª Jd. Revista Dona Benta, Jd. Carmem, Santa Inês.

Alternado 3ª/ 5ª/ Sábado

Tijuco Preto (Palmeiras) Pq. Astúria, Jd. Brasil, Jd. Novo Horizonte.

Alternado 2ª/ 4ª/ 6ª Jd. Varan Jd. Alterópolis, Jd. Margareth, Jd. Europa, Jd. Gardênia.

Alternado 3ª/ 5ª/ Sábado Jd. Ikeda Jd. Nova América, Jd. Planalto.

Diurno

Alternado 2ª/ 4ª/ 6ª Jd. São José São Bernadino, Chac. Méa, Jd. Graziela.

Fonte: Prefeitura de Suzano - Secretaria Municipal de Infra-Estrutura, Obras e Saneamento

Varrição Manual Diário com repasse Centro Comercial

Benjamim, Glicério, e travessa.

Diário sem repasse Área Central Quadrilátero formado pela Av. Armando Salles de Oliveira, Prudente de Moraes, Marques Figueira, Baruel, Regina Cabalau Mendonça.

Alternado 2ª/4ª/6ª Feira

Cidade Cruzeiro do Sul/ Cruzeirinho, Jd. Nena (até Av. Mogi das Cruzes).

Alternado 3ª/5ª/Sábado

Jardim Imperador (até Av. Mogi das Cruzes).

Semanal às 2ª Feiras

Jd. Dos Pinheiros, Jd. Josué, Jd. Anzai, Jd. Marcato, Jd. Suzano, Jd. Realce.

Semanal às 3ª Feiras

Semanal às 4ª Feiras

V. Amorim, Vila Mazza, Jd Nazzareth

Semanal às 5ª Feiras 2ª/5ª

Vila Maria de Maggi e parte do Pq. Maria Helena Praça da Igreja Bom Jesus (Cidade Edson).

Semanal às 6ª Feiras

Restante do Pq. Maria Helena, Vila Maluf.

Semanal aos Sábados

Jd. Monte Cristo.

Fonte: Prefeitura de Suzano - Secretaria Municipal de Infra-Estrutura, Obras e Saneamento

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Relação de Feiras Livres e área de varrição – Suzano Nº Local Dia da

Semana Nº. de dias Área m²

(varrição) 1 Jardim Colorado Terça 5 4.350 2 Jardim Natal Terça 5 2.240 3 Vila Amorim Quarta 5 3.304 4 Jd. Tabamarajoara/ Raffo Quarta 5 330 5 Sesc Quarta 5 250 6 Jardim Revista Quinta 5 1.200 7 Jardim Imperador Quinta 5 1.500 8 Parque Maria Helena Sexta 4 4.081 9 Casa Branca Sexta 4 1.935 10 Páteo Central Sábado 4 7.069 11 Miguel Badra Sábado 4 2.640 12 Vila Helena/ Raffo Sábado 4 720 13 Jardim São José Sábado 4 1.470 14 Jardim Monte Cristo Domingo 4 1.989 15 Jardim Lincoln Domingo 4 1.300 16 Palmeiras Domingo 4 2.200 17 Jardim Dona Benta Domingo 4 2.970 18 Jardim Novo Colorado Domingo 4 740

Fonte: Prefeitura de Suzano - Secretaria Municipal de Infra-Estrutura, Obras e Saneamento

Resumo da Medição – Suzano do mês de Julho de 2006

Item Serviço Quantidade Unid. Unitário Valor da

pesagem

1 Coleta de Lixo Domiciliar 7.702,56 T 65,27 502.746,09

2 Incineração de lixo hospitalar 5.627,55 Kg. 1,89 10.636,07

3 Coleta Hospitalar 5,627 Ton. 777,88 4.377,13

4 Capinação 321,000 M² 0,101 32.421,00

5 Pintura de Guias (meio-fio) 90,00 Km. 86,53 7.787,70

6 Limpeza de Próprio Públicos 2.074 Hora 6,99 14.497,26

7 Varrição Praça e Terminal

Rodoviário 1.289.055 M² 0,013 16.757,72

8 Varrição Manual 6.741,944 Km. 18,69 126.006,93

9 Limpeza de Feiras-Livres 202.144 M² 0,0756 15.282,09

10 Locação de Conteiners 992 Hora 1,53 1.517,76

11 Remoção de Conteiners 49 Unid. 37,62 1.843,38

12 Limpeza e Desinfecção de Unidades

Saúde 9.344 Hora 7,81 72.976,64

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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13 Roçada 85.819 M² 0,164 14.074,32

Subtotal 820.924,09

14 Capinação Química 150.711 M² 0,302 45.514,72

Total da Medição R$ 866.438,81

Fonte: Prefeitura de Suzano - Secretaria Municipal de Infra-Estrutura, Obras e Saneamento

(ver MAPA T20 - Coleta de Resíduo Sólido)

4.3.5. Drenagem

As questões de macro-drenagem se apresentam como importantes questões dentro do

contexto metropolitano que se insere Suzano. A impermeabilização do solo urbano faz com que

as cheias naturais dos rios se transformem em um problema grave nas cidades. O espaço natural

de transbordo dos rios na época da chuva, se ocupado ou não, será reclamado para este fim e as

águas tendem a invadir sua várzea original. O processo de ocupação do solo na Bacia

Hidrográfica do Alto Tietê tem seguido um padrão de adensamento e impermeabilização do solo

que contribuem para a ocorrência de inundações e agravam suas conseqüências. É essencial

para a Bacia que se contenham as ocupações em áreas de várzea e a sua impermeabilização.

Dentro do contexto urbano de Suzano as enchentes são freqüentes em algumas áreas

da cidade. Desprovida de um sistema de drenagem das águas pluviais, o centro da cidade sofre

com a época das chuvas. Sua drenagem é superficial, somente através das calhas das ruas.

Algumas áreas são providas de bocas de lobo e tubulação, porém não existe destinação para as

águas coletadas, que quando enchem, transbordam e acontece o refluxo.

O Córrego do Una/Chico da Várzea, em sua porção urbana, é responsável pela maioria

das ocorrências de inundações e enchentes no centro da cidade. A ocupação de suas margens

acarreta o transbordo das águas na época da chuva. Seu segmento canalizado, para o

transpasse da linha férrea, não suporta a quantidade de água que chega para sua vazão no rio

Tietê, ocasionando enchentes nesta região. Outra ocorrência freqüente de inundações acontece

nas margens ocupadas do Rio Taiaçupeba-Mirim. Esta área é agravada pela condição precária da

sua infra-estrutura urbana e dos seus assentamentos.

Apesar destas ocorrências o município ainda possui boa parte das margens de seus rios

com pouca ocupação, sendo viável ainda uma política corretiva e principalmente preventiva, no

sentido de conservar as várzeas dos rios sem ocupação imprópria e de regular a

impermeabilização dos solos urbanos.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

87

4.4. Mobilidade e Transporte

O município de Suzano possui discrepâncias regionais na oferta de transportes e na

mobilidade. Essas diferenças se acentuam em função das características específicas de infra-

estrutura disponível e do uso e ocupação do solo municipal. Atualmente seu sistema de

transportes passa por processo de remodelação devido às deficiências encontradas na utilização

do transporte público e sistema viário.

A porção sul do município, inserida na Área de Proteção aos Mananciais, apresenta

ocupação rarefeita e de usos predominantemente residencial e agrícola. Na porção central, que

apresenta maior concentração urbana, estão localizadas a sede administrativa do município, a

maior parte dos estabelecimentos comerciais e o encontro dos principais eixos viários da região.

Ao norte, a porção territorial é predominantemente residencial, de alta densidade populacional, e

separada do resto do município pelas barreiras físicas da APA do Rio Tietê e a Linha ferroviária E

da CPTM, que cortam o território transversalmente.

Essas características gerais do território interferem na distribuição e oferta de transportes

e infra-estrutura viária, onde notamos que a porção sul é menos servida que a porção centro-

norte, havendo aí necessidade de redistribuição dessa oferta.

4.4.1 Estrutura Viária Existente

O município de Suzano é cortado longitudinalmente pela Rodovia Índio Tibiriçá SP-31 e

transversalmente pela Rodovia SP-66, sendo as duas de importância regional.

A Rodovia Índio Tibiriçá que liga o centro de Suzano à região do ABC através de Riberão

Pires tem uma pista para cada sentido de circulação e acostamento. Dentro do território

suzanense, ela dá acesso a algumas empresas situadas na ZUPI em seu trecho inicial mais

próximo ao centro; passa ao lado do entreposto aduaneiro, Cragea e é o único acesso a vários

dos loteamentos na Região de Palmeiras. Nesse trecho a Rodovia tem dois traçados. O primeiro,

mais antigo, acessa o núcleo original da ocupação municipal, no Baruel e também é chamado de

Estrada Velha Suzano-Riberão Pires.

Já a Rodovia SP-66 em Suzano tem traçado urbano com lotes lindeiros de uso comercial e

residencial e é interceptada por semáforos, travessia de pedestres e lombadas nas ruas Major

Pinheiro Fróes e Rua Doutor Prudente de Moraes. Essa última que ladeia a estação ferroviária e

dá acesso às ruas Glicério e Benjamim Constant, neste trecho ela costuma apresentar trânsito

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bastante lento.

O principal acesso à capital paulista se dá pela Rodovia Ayrton Senna, onde, há a

proposta de construção de uma outra via de acesso à Rodovia Ayrton Senna, ligando a rotatória

da Avenida Miguel Badra à rotatória da Avenida Brasil, já no município de Poá.

A Avenida Miguel Badra, que é um dos acessos para quem chega à Suzano pela

Rodovia Ayrton Senna, é também a principal via do bairro Cidade Miguel Badra com vários

estabelecimentos comerciais e considerável trânsito de pedestres. Caracterizada por uma pista

para cada sentido, lombadas e semáforos.

Entre as demais vias principais do município está a Avenida Francisco Marengo que faz

a ligação do centro com Itaquaquecetuba. Ela dá acesso ao Jardim Revista, Jardim Dona Benta e

Jardim Carmen e constitui em certo trecho uma centralidade linear com vários estabelecimentos

de comércio popular.

A Avenida Vereador Baptista Fitipaldi entre o centro e Boa Vista, tem duas pistas em

cada sentido separadas por canteiro central. Na margem oeste estão os bairros Parque Maria

Helena e Vila Maluf em terreno plano, bem próximo à APA do Rio Tietê. Nota-se um grande

número de bicicletas circulando por aí sem que tenham faixa adequada.

A estrada Portão da Ronda atravessa topografia acidentada e tem ocupação urbana

apenas na margem oeste. Ela dá acesso ao Jardim Gardênia Azul e ao Jardim Graziela ainda no

Distrito de Boa Vista.

O acesso ao Distrito Industrial de Vila Teodoro e as indústrias aí instaladas, é feito

através da Avenida Jorge Bey Maluf, que segue em direção à Mogi das Cruzes, faceando a

margem norte da ferrovia. Por não atravessar trecho urbano é uma estrada de trânsito livre.

A Avenida Paul Percy Harris é uma das ligações com o município de Poá e dá acesso às

Avenida Paulista e Avenida senador Roberto Simonassen que ladeiam o parque Max Feffer e dão

acesso aos bairros à leste da área central da cidade.

Na estrada Santa Mônica é mais uma ligação do município com Poá.

As avenidas Armando Salles de Oliveira e Antonio Marques Figueira são parte do

sistema de rótula e contra-rótula que circundam o perímetro definido como área de requalificação

do centro e são alternativas viárias às movimentadas ruas Glicério e Beijamim Constant. Essas

últimas são caracterizadas pelo movimento constante de veículos, pedestres e ciclistas. No

entanto, sua calha, com duas pistas e estacionamento dos dois lados da via favorecem os

veículos ao paço que os pedestres se espremem nas estreitas calçadas entre o comércio e a

pista de rolamento. As bicicletas muito usadas pela população não como forma de lazer mais sim

como alternativas de transporte não tem faixa exclusiva para circular aí e aparecem amarradas

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aos postes já que também não tem estacionamento. Esse hábito dificulta ainda mais a vida dos

pedestres que circulam por aí.

A Rua do Baruel parte do centro ( Praça dos Expedicionários) e segue em direção à

rodovia Índio Tibiriçá. Além do comércio aí se localiza a prefeitura do município.

A Avenida Governador Mario Covas, ou simplesmente Marginal do Una, passou por

recente obra de qualificação, que ampliou as pistas e canalizou o curso d’água. Essa via liga a

SP-66 (Rua Doutor Prudente de Moraes) à rodovia Índio Tibiriçá.

As demais vias no perímetro urbano são secundárias ou locais.

No perímetro rural temos também algumas estradas de destaque como a estrada dos

Fernandes, na bacia do Guaió. Essa estrada é um importante eixo de escoamento da produção

agrícola de Suzano e também faz a ligação da região central do município à Mauá.

As estradas do Duchen, Keida Harada e do Koyama são algumas das estradas rurais da

bacia do Taiaçubeba. Elas são acessos ao segundo eixo de produção agrícola do município.

Fazem também acesso aos loteamentos de residências e chácaras implantadas na região.

4.4.2. Pavimentação

A estrutura viária do município de Suzano apresenta diferentes condições de

pavimentação, conservação e sinalização. A região de Boa Vista ao norte, que há pouco tempo

tinha poucas ruas pavimentadas, recebe hoje investimentos municipais que financiam obras de

pavimentação. Várias ruas, transformadas em canteiro de obras, estão recebendo o benefício.

Já a região central é certamente a mais bem servida de infraestrutura e pavimentação. A

maioria das ruas é asfaltada ou recebeu paralelepípedo. Em contraposição, na região de

Palmeiras ao sul, a Lei Estadual de Proteção de Mananciais (Lei 1172/76) impõe restrições ao

poder municipal à pavimentação das vias existentes. Dessa forma, a maioria das ruas e estradas

rurais não tem pavimentação e muitas vezes se encontram esburacadas.

4.4.3. Ferrovia MRS e Porto Seco

Pelo município de Suzano passam duas linhas ferroviárias, uma destinada ao transporte

de cargas e outra ao transporte de passageiros.

A MRS, empresa com concessão para operar a ferrovia de cargas na malha sudeste

desde 1996, parte da região de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e está ligada aos terminais

portuários do Rio de Janeiro, Sepetiba e Santos. Suas principais cargas competem aos setores de

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mineração, siderurgia, construção civil, químico e petroquímico, produtos agrícolas, papel e

celulose, automotivo e contêineres. Em Suzano a ferrovia atravessa o território longitudinalmente

ligando a Região de Volta Redonda e Resende ao porto de Santos.

Em função da presença desta ferrovia, Suzano também faz parte da rede aduaneira de

interior contando com um Porto Seco, ligado a MRS, na região do distrito de Palmeiras às

margens da Rodovia Índio-Tibiriçá. Portos Secos, segundo definição da Receita Federal, são

recintos alfandegados de uso público, situados em zona secundária, ou seja, distante dos portos

marítimos, nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho

aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.

Sistema Ferroviário Aduaneiro

Fonte: www.revistaferroviaria.com.br

O Porto Seco de Suzano, administrado pela empresa Cragea (Cia. Regional de

Armazéns Gerais e Entrepostos Aduaneiros) é de carga geral, movimentando contêineres que

possuem como principal origem/destino o Porto de Santos.

Como na maior parte dos casos, as ferrovias se tornam barreiras à urbanização contínua

como também ocorre em Suzano. Talvez a região mais prejudicada com a presença da ferrovia

no município seja a do Jardim Maitê. Este bairro é isolado do tecido urbano do município pela

ferrovia e sua população sofre com a falta de passarelas, viadutos ou túneis para a transposição

do obstáculo.

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4.4.4 Linha ferroviária E da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

A linha E de trens urbanos, que corta o território de Suzano transversalmente, é destinada

ao transporte de passageiros. Com 50,8 Km, liga as estações Luz-Guaianazes / Guaianazes-

Estudantes e é um dos eixos estruturadores da ocupação e desenvolvimento da região.

Fonte: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

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Movimento da Linha E da CPTM em abril/2006 Luz - Guaianazes / Guaianazes – Estudantes

Horário de funcionamento das estações

04h00 às 24h00

Passageiros transportados diariamente

339.000

Extensão total 50,8 km

Luz - Guaianazes (Expresso Leste) Guaianazes – Estudantes

Extensão 24,0 km

Percurso aprox. 32 minutos

Intervalos de 7 a 20 minutos

Extensão 26,8 km

Percurso aproximado36 minutos

Intervalos de 9 a 20 minutos

Fonte: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

Umas das melhorias previstas para o sistema ferroviário da CPTM é a reforma e

ampliação da estação de Suzano, preparando esta para receber os trens do Expresso Leste que

hoje vão apenas até Guaianazes, no extremo leste do município de São Paulo.

A extensão do Expresso Leste de Guaianazes até Suzano, segundo a CPTM, tem um

orçamento estimado em R$ 315 milhões no PPA [Plano Pluri Anual do Governo do Estado] e

inclui intervenções em via permanente, sinalização, energia, aquisição de novos trens,

remodelação e construção de estações.

Seu objetivo é estender os serviços atualmente prestados no trecho Brás - Guaianazes

até a cidade de Suzano, servindo também os municípios de Ferraz de Vasconcelos e Poá. As

melhorias no Expresso Leste visam atender uma demanda estimada em 450.000 passageiros/dia

até 2010.

Fonte: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (Mapa de Ampliação do Expresso Leste até Suzano)

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4.4.5. Rodoanel O Rodoanel Mário Covas é um empreendimento rodoviário que interliga as 10 rodovias

que chegam à RMSP, com uma extensão de cerca de 174 km, com características de rodovia

bloqueada, com três ou quatro faixas de rolamento por sentido, controle de acessos, classe "0" -

especial e velocidade de projeto de 100 km/h.

O seu trecho Leste, cujo traçado previsto passa pelo território do município de Suzano,

terá 40,6 km e se desenvolverá a partir da BR116 / rodovia Presidente Dutra, seguindo na direção

sul e atravessando os municípios de Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos,

Ribeirão Pires e Mauá, além de Suzano, até a ligação com a Avenida Papa João XXIII.

Os elementos físicos predominantes no trecho Leste, inseridos na APA da Várzea do Rio

Tietê e na APM da Bacia do Rio Guaió devem ser considerados nos estudos de implantação do

empreendimento. Além das áreas ambientalmente frágeis à ocupação, a região caracteriza-se por

áreas urbanas contínuas nos municípios de Itaquaquecetuba, Poá e Suzano, e ocupação rural

produtiva no vale do rio Guaió, organizada a partir da Estrada dos Fernandes. No final do trecho,

cabe destacar o Distrito Industrial de Sertãozinho, no município de Mauá. Rodoanel Trecho Leste

Características gerais Velocidade diretriz = 100Km/h

Faixa de domínio = 130,0 m

Faixas por sentido = 3 faixas

Fonte: DERSA

Fonte: Dersa

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Os documentos produzidos pelo Dersa (AAE e EIA/RIMA) indicam que o empreendimento

do Rodoanel não provocará acréscimos consideráveis de ocupação na região de mananciais,

dados carentes de esclarecimento segundo definição das reuniões realizadas pela sociedade civil.

A preocupação é principalmente com a qualidade da água para a Região Metropolitana de São

Paulo, ameaçada pela pressão antrópica que o Rodoanel acarretaria para a Área de Proteção de

Mananciais.

(Ver MAPA 21 Interligações Viárias Metropolitanas)

4.4.6. Sistema de Transporte Coletivo Intermunicipal

Além do transporte coletivo ferroviário, de escala metropolitana, temos o transporte

coletivo rodoviário, de escala intermunicipal.

Levantamento EMTU – linhas metropolitanas que servem o município de Suzano NÚMERO DESCRIÇÃO VIAÇÃO 039 SUZANO (CIDADE EDSON) / MOGI DAS CRUZES (LARGO DO SOCORRO) SUZANO 039EX1 SUZANO (CIDADE EDSON) / MOGI DAS CRUZES (LARGO DO SOCORRO) SUZANO 145 SUZANO (LAR DAS FLORES) / SAO PAULO (ITAIM PAULISTA) SUZANO

332 ITAQUAQUECETUBA (RESIDENCIAL MARENGO) / SUZANO (TERMINAL RODOVIARIO DE SUZANO) SUZANO

367 SUZANO (JARDIM VITORIA) / MOGI DAS CRUZES (PEDREIRA ITAPETI) SUZANO 372 SUZANO (VILA AMORIM) / MOGI DAS CRUZES (JARDIM MARGARIDA) SUZANO 214 SUZANO (CENTRO) / São PAULO (T.R. TIETE) PASSAROMARRON 025 SUZANO (CIDADE EDSON) / MOGI DAS CRUZES (LARGO DO SOCORRO) MITO TURISMO 025EX1 SUZANO (CIDADE EDSON) / MOGI DAS CRUZES (LARGO DO SOCORRO) MITO TURISMO

038 MOGI DAS CRUZES (TERMINAL RODOVIARIO GERALDO SCAVONE) / SAO PAULO (METRO ARMENIA) MITO TURISMO

114 FERRAZ DE VASCONCELOS (PARQUE SAO FRANCISCO) / MOGI DAS CRUZES (SHOPPING CENTER SOCORRO) MITO TURISMO

114EX1 FERRAZ DE VASCONCELOS (PARQUE SAO FRANCISCO) / SUZANO (VILA AMORIM) MITO TURISMO

114VP1 FERRAZ DE VASCONCELOS (PARQUE SAO FRANCISCO) / SUZANO (VILA AMORIM) MITO TURISMO

141 SANTA ISABEL (CENTRO) / MOGI DAS CRUZES (SHOPPING CENTER SOCORRO) MITO TURISMO

141VP1 SANTA ISABEL (CENTRO) / ARUJA (CENTRO) MITO TURISMO

144 MOGI DAS CRUZES (TERMINAL RODOVIARIO GERALDO SCAVONE) / SAO PAULO (BRAS) MITO TURISMO

273 SUZANO (CENTRO) / ARUJA (PARQUE RODRIGO BARRETO) MITO TURISMO

277 SANTA ISABEL (CENTRO) /MOGI DAS CRUZES (SHOPPING CENTER SOCORRO) MITO TURISMO

373 SUZANO (JARDIM SANTA INES) / MOGI DAS CRUZES (CENTRO) MITO TURISMO

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405 SUZANO (CENTRO) / ITAQUAQUECETUBA (CENTRO) MITO TURISMO 405EX1 SUZANO (CENTRO) / ITAQUAQUECETUBA (CENTRO) MITO TURISMO

416 POA (CIDADE KEMEL) / MOGI DAS CRUZES (SHOPPING CENTER SOCORRO) MITO TURISMO

481 POA (T.R. JARDIM SAO JOSE) / MOGI DAS CRUZES (SHOPPING CENTER SOCORRO) MITO TURISMO

215 RIBEIRAO PIRES (TERMINAL RODOVIARIO DE RIBEIRAO PIRES) / SUZANO (CENTRO) RIGRAS

381 RIBEIRAO PIRES (TERMINAL RODOVIARIO DE RIBEIRAO PIRES) / SUZANO (BARUEL) RIGRAS

381BI1 RIBEIRAO PIRES (TERMINAL RODOVIARIO DE RIBEIRAO PIRES) / SUZANO (VILA FATIMA) RIGRAS

Fonte: http://www.emtu.sp.gov.br / acesso em 28/06/2006

(Ver MAPA T22 Transporte Metropolitano – Linhas de ônibus intermunicipais)

4.4.7. Sistema de transporte coletivo municipal

Em Suzano, um grande número de passageiros é transportado por táxis e automóveis

clandestinos, o que evidencia a deficiência do serviço oficialmente prestado. Atualmente, o

transporte coletivo municipal em Suzano está servido por uma única empresa licitada (Visul) que

tem a concessão do serviço de transporte público.

A frota de ônibus disponível é insuficiente e de má conservação, com grande número de

acidentes e reclamações. Existem apenas 57 carros distribuídos em 18 linhas e alguns veículos

não possuem licenciamento ou possuem multas por serem poluentes. O tempo de espera nos

pontos de ônibus é grande e as viagens são demoradas. Faltam linhas de ônibus em várias

localidades e falta a integração do sistema (itinerários e tarifas). Todos estes problemas são

agravados quando, nos últimos meses, a empresa não vem prestando contas ao município.

Dentre as linhas municipais que a Visul disponibiliza estão:

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Linhas Municipais Empresa Visul

Fonte: Secretaria de Política Urbana.

Elaboração: Fupam,2006.

Sobre o funcionamento desse sistema, a administração municipal tem diferentes

propostas de melhorias, todas encontrando resistência da empresa licitada.

Na proposta de traçado, o transporte municipal estaria dividido em dois blocos, o distrito de

Palmeiras e o Centro urbano. Segundo a Diretoria de Transportes, Assuntos Viários e Mobilidade

Urbana, estão em fase de estudos novos terminais com sistema “espinha de peixe”, ou seja,

linhas coletoras ligadas a linhas troncais através desses terminais. O objetivo é reforçar os sub-

centros de Boa Vista e Palmeiras.

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De forma complementar, a principal intenção, segundo a Secretaria de Política Urbana do

município é alterar a lei de transportes vigente para que as dificuldades de gerenciamento e

fiscalização dos serviços prestados sejam minimizadas. Para isso estão ocorrendo audiências

públicas para discutir o assunto em toda a cidade.

Entre as principais resoluções para alteração da Lei 146/04, estão:

• Fica criado o SIM – Sistema Integrado Municipal;

• Haverá mais de uma empresa operando o sistema municipal;

• Determinação de terminais Rodoviários e integração, operacional e tarifária;

• Maiores de 60 anos de idade estarão isentos da tarifa

• Estudantes do Ensino Infantil, Fundamental e Médio da Rede Pública residente no

município de Suzano, no ano letivo, poderão contar com redução tarifária de 100%

e na utilização do serviço SIM 50%;

• Alteração no valor das multas.

(Ver MAPAS T23 Abrangência do Transporte Municipal e Principais Acessos e T24 Proposta para o Transporte Coletivo Municipal)

4.4.8. Deslocamentos Não-Motorizados

Apesar de não haver estudos específicos sobre o transporte não motorizado em

Suzano, é notório que existe necessidade de um esforço no sentido de dar resposta a uma

demanda de vias de pedestres e ciclovias.

Em relação aos ciclistas, o que se vê ao caminhar pela Rua Glicério, principal eixo

comercial do município, é um grande número de bicicletas estacionadas sobre as calçadas ou

circulando junto aos carros, o que indica necessidade de atenção com esse modo de transporte.

Atualmente não existe nenhum tipo de estrutura urbana no município para esta modalidade de

transporte. O que vem sendo desenvolvido pela administração é o projeto de uma ciclovia no

distrito de Boa Vista, que liga o bairro de Miguel Brada ao ponto de ligação com a região central,

adjacente à linha ferroviária da CPTM, e futuramente também ao projetado Terminal Norte.

Em relação à mobilidade e acessibilidade de pedestres, o que podemos destacar é a

dimensão reduzida das calçadas para a sua demanda de fluxo, principalmente na área do centro

urbano. A freqüente existência de barreiras ao fluxo de circulação, como postes e obras, bem

como bicicletas estacionadas na calçada por falta de lugar adequado, são notados principalmente

nas ruas comerciais do centro da cidade. Existem poucos espaços públicos de circulação de

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pedestres, como calçadões ou praças, e o veículo motorizado é favorecido na proporção das

dimensões de calhas de rolamento e calçadas.

Como modelo de calçada a ser adotado em outras partes do município, foi implantado o

projeto piloto Parada Tiradentes, que traz os conceitos da chamada “calçada cidadã”, com

acessibilidade para cadeirantes e sinalização de piso táctil para deficientes visuais.

4.5. O Processo de Ocupação do Território

A população urbana brasileira cresceu, entre 1960 e 2000, de 31 milhões para mais de

174 milhões. O censo de 2000 (IBGE-2000) mostrou também que 81,2% da população brasileira

viviam nas cidades, confirmando as tendências de concentração urbana no país e de expansão

dos grandes aglomerados urbanos, como as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de

Janeiro, Salvador, Recife, Vitória e Belo Horizonte.

Na região metropolitana de São Paulo, as mais graves e numerosas situações de risco

estão associadas à ocorrência de escorregamentos em encostas ocupadas e de solapamentos de

margens de córregos, e a maioria das favelas ocupa áreas públicas, de mananciais ou

particulares e ocupadas irregularmente.

Na RMSP, nas últimas duas décadas, a taxa geométrica de crescimento anual da

população vem diminuindo. De 1980 a 1991 foi de 1,86% ao ano, de 1991 a 2000 a taxa de

crescimento anual foi de 1,68% e de 2000 até 2005 diminuiu para 1,39% a.a. Porém, a região

leste ainda é uma das regiões com maior incremento demográfico, sendo que de 1991 até 1996 a

taxa anual foi de 3,78%. Nos últimos 10 anos Suzano teve um acréscimo de aproximadamente

91.712 pessoas. Na contagem do censo 1996 o município possuía 180.740 habitantes e, de

acordo com o IBGE a população estimada em 2005 foi de 272.452 habitantes.

O crescimento desordenado da população em Suzano, nas últimas décadas, resultou em

um considerável número de ocupações e loteamentos irregulares, tanto em áreas ambientalmente

frágeis (APM e APP) quanto em áreas públicas. Situação esta agravada pela falta de

planejamento territorial adequado que direcionasse o crescimento e desenvolvimento do

município.

No município de Suzano, existem 23 favelas, com aproximadamente 1.700 famílias em

situação de risco, ou seja, encontra-se morando em condições precárias em encostas ou beira de

córregos. Durante os meses de janeiro, fevereiro e março ocorrem grande quantidade de chuvas,

que podem ocasionar inundações, desmoronamentos e solapamentos, pondo em risco essas

famílias, que correspondem a aproximadamente 6.800 habitantes.

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Além dos núcleos de favelas, há um déficit de moradia para a população de baixa renda,

mesmo considerando os empreendimentos habitacionais destinados a população de baixa renda

existentes no município como PAR – Programa de Arrendamento Residencial da Caixa

Econômica Federal e CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do Governo

Estado de São Paulo.

O crescimento desordenado da cidade e a dificuldade de acesso à terra e moradia pela

população de baixa renda impulsiona a ocupação em áreas vulneráveis como as áreas de

proteção ambiental, fazendo com que tenhamos no município um crescimento acelerado dessa

região, principalmente, em função do crescente processo de parcelamento do solo, nas áreas,

anteriormente, ocupadas por chácaras e dos desmembramentos e desdobros dos terrenos.

A questão habitacional no município de Suzano é um dos maiores desafios do poder

público. O panorama atual é conseqüência direta de quase cinco décadas de descontrole e falta

de direcionamento para a implantação dos aproximadamente 272 loteamentos existentes

atualmente no território, que abrigam cerca de 280 mil habitantes.

Desde o início do parcelamento do solo foram muitos os casos de loteamentos

implantados na APM, em desacordo com a legislação estadual ou, ainda, loteamentos que foram

desenvolvidos à revelia do projeto aprovado nos órgãos públicos competentes. A questão dos

loteamentos irregulares é observada em todas as regiões, caracterizando principalmente os

assentamentos de renda baixa, mas com ocorrências também em loteamentos de renda média

alta.

De acordo com levantamento feito a partir de dados fornecidos pela Secretaria Municipal

de Política Urbana há, atualmente, 38 loteamentos considerados irregulares, ou seja, com

pendências no processo de aprovação do projeto de loteamento da Prefeitura. Este número é

expandido se considerarmos não apenas os casos de loteamentos com irregularidades na

aprovação, mas se incluirmos também os loteamentos com ocupação de área pública, pois há 57

loteamentos regulares nesta situação4.

Os loteamentos clandestinos compõem o quadro de irregularidade. Segundo

levantamento a partir de dados da Diretoria de Habitação e Regularização Fundiária há,

atualmente, cerca de 25 ocupações clandestinas, entre loteamentos já consolidados e favelas. A

ocorrência maior de loteamentos clandestinos se dá em áreas de risco e em APM.

4 Está em desenvolvimento um estudo de diagnóstico sobre a situação fundiária de todos os loteamentos do

município de Suzano, concomitante aos trabalhos de Revisão do Plano Diretor Participativo de Suzano. Os dados

utilizados são informações prévias do estudo, sendo que os dados oficiais ainda não estão disponibilizados.

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100

4.5.1 Evolução dos loteamentos residenciais

A ocupação urbana segue, desde a elevação do Distrito de Suzano a município, de

maneira dispersa no território. Como já mencionado nos aspectos de uso do solo do município, a

população encontra-se distribuída pelos loteamentos da cidade, com maior densidade

populacional na porção central e norte e com ocupações rarefeitas e algumas ainda rurais na

porção sul, região de manancial.

Um levantamento na documentação da Prefeitura a respeito das datas de aprovação dos

loteamentos, ou menção sobre o loteamento no cadastro dos Atos Oficiais, permitiu fazer um

mapeamento do processo histórico do parcelamento do solo do município, indicando os períodos

de maior crescimento e/ou negligência por parte dos órgãos públicos no desenvolvimento urbano

da cidade. É possível também indicar a quantidade de loteamentos que estão sem registro na

Prefeitura.

É destacada a relação entre o núcleo inicial de ocupação do município e a existência da

estrada de ferro São Paulo – Rio de Janeiro. Após a ativação da atual linha de ferro, ao norte do

município, o núcleo de ocupação deslocou-se da porção sul, posteriormente delimitada com APM,

para a porção norte, próximas a estação ferroviária e ao Rio Tietê.

No centro consolidaram-se os loteamentos de caráter residencial, principalmente na

década de 1950 e 1960, que posteriormente foram se caracterizando como núcleo de comércio e

serviços de todo o município e parte residencial melhor infra-estruturada, o que permanece ainda

hoje.

Na porção norte, Distrito de Boa Vista, houve um crescimento populacional acelerado na

década de 1970 e 1980. Isto se deu em função do eixo rodoviário que se consolidou na atual

rodovia Ayrton Senna e, principalmente, em função do eixo ferroviário de passageiros consolidado

pela CPTM, que liga o município de Suzano a capital paulista, facilitando o acesso e mobilidade

de grande parte da população que se movimenta em busca de empregos e menor custo de vida.

No Distrito de Boa Vista localizaram-se grandes parcelas da população migrante em

busca de renda e moradia, formando núcleos adensados de ocupação popular, com carência de

infra-estrutura e uma forte ligação com municípios vizinhos, como Poá e Itaquaquecetuba.

Na porção sul, área protegida pela legislação de mananciais em 1975, houve um

aumento considerado do número de loteamentos e, principalmente, do adensamento dos mesmos

a partir de meados da década de 1970 até a década de 1990. Atualmente há um total de 86

loteamentos localizados nesta região. Alguns desses loteamentos ainda preservam suas

características iniciais de ocupações de baixa densidade, com atividades agrícolas ou de

chácaras de recreio.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Há, contudo, um número elevado de loteamentos ocupados por população de baixa

renda, conseqüência da ausência de interesse do mercado nesta área e da negligência dos

órgãos públicos na fiscalização do território. Esses loteamentos encontram-se espraiados pelo

território, com pouca ou nenhuma conexão entre eles e com dificuldade de provisão de

investimentos em infra-estrutura básica, tanto devido à legislação de mananciais, quanto à

morfologia urbana espalhada que caracteriza a região.

É notório que a criação das Leis Estaduais n.º 898/75 e n.º 1.172/76 não solucionou o

problema da ocupação em áreas de mananciais. A restrição da implantação de determinadas

atividades e empreendimentos habitacionais de média e alta densidade demográfica, construída

em função da necessidade de controlar a expansão da mancha urbana sobre essas áreas e evitar

a diminuição e/ou supressão do potencial de produção de água no município, não barrou o

avanço do crescimento desordenado em direção as áreas ambientalmente frágeis do município.

4.5.2. Caracterização dos loteamentos

A ocupação do município de Suzano se deu de maneira distinta em cada região,

considerando o uso a que o solo foi determinado, a renda e densidade populacional, o grau de

inclusão e conexão entre os loteamentos e, principalmente, a localização.

Assim, caracterizamos os loteamentos a partir de três regiões distintas. A delimitação

destas regiões, apesar de levar os mesmos nomes não é coincidente com os distritos adotados

pelo IBGE. Aqui temos três grandes regiões que se subdividem de acordo com especificidades

inerentes a cada tipo de loteamento e ocupação.

Centro

A região central em todos os aspectos - urbanísticos, sociais, culturais – é a mais atendida

tanto através de investimentos públicos ao longo do tempo quanto de investimentos privados.

Nela estão localizados os pólos de comércio e serviços, bem como os principais equipamentos

públicos. Praticamente todos os loteamentos da região central estão consolidados e com

atendimento de infra-estrutura básica existente. É nessa região que se concentra a população

com a renda mais alta do município e onde a especulação imobiliária pode ser identificada, a

partir da presença de lotes desocupados aguardando a valorização para posterior

comercialização.

A maior parte das habitações dessa região podem ser consideradas de médio-porte e

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qualidade suficiente de habitabilidade, com exceção de alguns pontos de ocupação clandestina,

como ocorre na localidade à oeste denominada Ramal São José. O nível de continuidade entre os

loteamentos é alto, formando uma mancha urbana única e consolidada, bem servida pelo

transporte público municipal e, salienta-se, com a melhor localização para o deslocamento de

Suzano para a capital, devido à proximidade à estação da CPTM.

Boa Vista

O Distrito de Boa Vista é composto pelas subdivisões do loteamento Miguel Badra e uma

série de outros loteamentos menores, mas de características infra-estruturais semelhantes.

Localizado ao Norte da região central esses loteamentos compõem a região mais adensada de

Suzano, com um crescimento acelerado e novas ocupações constantes.

A região possui dois pólos de comércio. O primeiro localiza-se ao longo da via principal

de Cidade Miguel Badra e pode ser considerado uma centralidade linear. O segundo localiza-se

na porção central do Distrito, atendendo principalmente os loteamentos à nordeste do município.

Ainda que não sejam auto-suficientes, esses pólos demonstram a potencialidade dessas

centralidades.

Outra característica de destaque do Distrito de Boa Vista é a dificuldade na mobilidade

entre os loteamentos e até a região central, o que acarreta também restrições quanto ao acesso

até a capital, principal pólo de empregos.

A população residente em Boa Vista é de baixa renda e os loteamentos são formados

por pequenos lotes, freqüentemente desmembrados em outros ainda menores. Nota-se nessa

região uma ligação forte com os municípios vizinhos, relacionando-se tanto no atendimento de

comércio, serviços e empregos quanto no transporte público, sendo mais fácil por vezes se

deslocar até o município de Poá, na estação de Aracaré, para utilizar o transporte ferroviário

metropolitano do que chegar até a Estação de Suzano.

Em relação à condição de habitabilidade e nível da habitação há distintas realidades.

Algumas residências não apresentam condições mínimas de infra-estrutura, como abastecimento

de água, esgoto e asfalto. Outras já se consolidaram nas proximidades das principais vias e já

apresentam um padrão de qualidade superior do que a maioria.

O principal problema considerado é a falta de controle na expansão urbana e no

crescimento populacional, o que gera o adensamento da região não compatível com a provisão

de infra-estrutura, ou seja, a população cresce e o nível de urbanidade não.

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Palmeiras

A região conhecida como Palmeiras localiza-se na área protegida pelas Leis Estaduais

de Proteção aos Mananciais (n.º 898/75 e n.º 1.172/76). É nesse distrito que se localiza o núcleo

inicial de ocupação do município de Suzano, o Baruel.

Caracteriza-se por uma ocupação dispersa do território, com um núcleo principal de

ocupação às margens da Rodovia Índio-Tibiriça, conhecido como Centro de Palmeiras e diversos

outros loteamentos espalhados pela APM, intercalados com grandes áreas de produção agrícola

e um setor industrial localizado também na Rodovia Índio-Tibiriça.

Na porção sudoeste desta região encontram-se os terrenos menos apropriados para

ocupação, com maiores declividades e, por isso, uma ocupação substancialmente de grandes

lotes, conformando chácaras de moradia ou recreio. Há nessa região alguns assentamentos

informais, o que, cruzando com a situação imprópria para ocupação, geraram habitações em

áreas de risco.

A dificuldade de acesso é outra característica importante, tanto pela falta de conexão

entre os loteamentos quanto pela precária sinalização existente. Deve-se ressaltar, contudo, as

características rurais que originalmente fazem parte dessa região, não podendo a mesma ser

considerada parte homogênea da mancha urbana. As áreas rurais possuem caráter de

preservação ambiental que deve ser considerado como prioridades perante expansões urbanas.

A tipologia habitacional predominante na área rural é de casas de médio padrão,

localizadas em grandes terrenos e com área verde considerável, porém é identificada também a

presença de habitações precárias com ausência de infra-estrutura que compõem loteamentos

irregulares e clandestinos, muitas delas localizadas em área de risco.

A sudeste da região da APM, localizam-se muitos loteamentos com precariedade de

infra-estrutura, irregulares ou clandestinos, e um adensamento um pouco maior do que no

extremo sul e sudoeste do Distrito de Boa Vista. Em muitos casos os lotes foram sendo

desmembrados e a morfologia urbana modificada de acordo com o projeto original, ocupando

áreas públicas e de proteção ambiental, gerando novas ocupações, aumentando o número de

população e diminuindo a porção de áreas verdes.

As habitações de maneira geral são precárias, com carência de infra-estrutura e pouca

continuidade do tecido urbano. Mas há ainda a presença de algumas tipologias de chácaras, tanto

de moradia principal quanto de veraneio.

O setor agrícola é considerável nessa região, ainda que gradativamente as porções de

terra cultiváveis estejam diminuindo dando lugar a novas habitações e adensando os loteamentos.

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4.5.3. Pressão antrópica e preservação ambiental

Conforme já analisado, é clara em Suzano a interferência do meio antrópico na

preservação ambiental da APM. A partir de 1975, com as Leis Estaduais de Preservação das

Áreas de Mananciais e a conseqüente falta de interesse do mercado em investir nestas áreas

para produzir loteamentos compatíveis com o desenho da lei, as ocupações irregulares tornaram-

se comuns, não apenas no município de Suzano como em toda a Região Metropolitana de São

Paulo.

Atualmente há de se considerar a consolidação de um grande número de loteamentos

nessa região. Contudo a maior parte deles não estão dotados de infra-estrutura básica compatível

à necessidade humana de habitação.

A questão que surge é de que maneira poderá ser compatibilizada a consolidação dos

assentamentos já existentes na área de proteção aos mananciais e de APPs, provendo os

mesmos de infra-estrutura, sem contudo induzir novas ocupações.

A pressão antrópica na APM tem diminuído o tamanho do lote, aumentado a densidade

populacional e reduzido as porções de terra destinadas à agricultura. Considerando que a

atividade agrícola é um vetor econômico e analisando sua compatibilização com as características

inerentes à preservação da área de mananciais o que se observa é a necessidade de afinar a

consolidação dos loteamentos existentes com o fortalecimento da economia agrícola vinculada a

pequenos e médios produtores.

Ressalta-se novamente a agricultura como um importante instrumento para consolidar o

vínculo da população com a terra e barrar o avanço das ocupações em desacordo com as

legislações ambientais, consolidando novos tipos de ocupação e relacionando a questão

habitacional com a produção econômica e geração de renda de maneira desconcentrada.

4.5.4. Assentamentos em Áreas de Risco

Segundo o relatório do Plano de Redução de Riscos em desenvolvimento, no município

de Suzano estima-se que a maioria das áreas de risco (aproximadamente 85%) encontra-se

localizada nas atuais Z.03 – Zona de Média para Alta Densidade Demográfica e Z.09 – Zona de

Baixa Densidade Demográfica dentro da Área de Proteção aos Mananciais.

A maior parte das áreas de risco encontra-se na atual Macrozona de Preservação

Ambiental e Ocupação Restrita do Plano Diretor de 2004, que compreende as áreas legalmente

protegidas pela legislação estadual de proteção aos mananciais, Leis nº. 7. 898/75, 1172/76 e Lei

Complementar nº. 145/2004. É expressivo também o número de áreas de risco na atual

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Macrozona Urbana em Consolidação, na Macrozona Urbana Consolidada e na Macrozona

Urbana de Ocupação Controlada.

Foram identificados no município 27 setores de risco em que a probabilidade de

ocorrência de escorregamentos é Alta ou Muito Alta, envolvendo um total de 202 moradias

ameaçadas e 10 setores de risco em que há as probabilidades Alta e Muito Alta de ocorrência de

enchentes/inundações, envolvendo 66 moradias ameaçadas.

Vale ressaltar que a equipe do Plano de Redução de Riscos, durante vistorias em

campo, observou que a existência de infra-estrutura urbana (redes de esgoto e drenagem, guias e

pavimentação viária) implantada ou em fase de implantação e ações de manutenção (limpeza e

aprofundamento de canais) teve reflexo direto na situação de risco encontrada nos loteamentos.

Por outro lado, constatou-se que a maioria das situações de risco identificadas está associada a

ausência ou deficiência de infra-estrutura urbana, especialmente drenagem.

Como diretriz proposta pelo Plano está a associação direta entre o eixo das ações para

redução dos riscos já identificados e as ações de melhoria da infra-estrutura urbana e sua

permanente manutenção. Como proposições gerais do relatório apresentado pela FUNEP,

equipe técnica responsável pela elaboração do Plano, está a necessidade de intervenções

estruturantes fundiárias, sócio-econômicas e urbanísticas associadas às intervenções para

erradicação das situações de risco e a discussão junto à população, para posterior definição, de

um prazo para a erradicação das situações de risco alto e muito alto mapeadas. O relatório da

FUNEP sugere ainda que essa discussão faça parte do processo de Revisão do Plano Diretor e

que um prazo máximo para a meta proposta de erradicação dos riscos seja o final desta década.

Os resultados obtidos com este trabalho estão detalhadamente apresentados nos três

volumes dos relatórios apresentados pela FUNEP, seguindo aqui apenas um resumo do

Mapeamento de Risco:

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Resumo da situação geral referente às 37 áreas selecionadas

Nº de setores Risco

46 Escorregamentos

04 Escorregamentos combinados com erosão

01 Escorregamento e inundação

13 Enchente/inundação

06 Inundação associada a alagamento

02 Inundação associada a solapamento

05 Erosão

04 Erosão combinada com escorregamento

05 Solapamento

04 Sem observação de riscos

Fonte: Secretaria de Políticas Urbanas – Diretoria de Habitação

(Ver MAPA T25 Ocupação em Áreas de Risco)

4.5.5. Política Habitacional

A política habitacional municipal atualmente está apoiada em diretrizes gerais que

visam, prioritariamente, sanar a defasagem encontrada no município de planos e ações de cunho

habitacional, principalmente em relação à função social da propriedade, sendo o quadro atual da

situação habitacional um dos focos de trabalho. Visa atender a demanda por novas habitações e,

principalmente, a regularização tanto urbana quanto jurídica das habitações existentes.

A implementação das políticas habitacionais, priorizando a atuação junto à população de

menor renda, articulação e apoio aos órgãos e entidades que desempenhem funções no campo

da habitação de interesse social, descentralização de poderes de decisões, a implementação

integrada de projetos habitacionais com os demais investimentos em infra-estrutura urbana e

serviços urbanos são algumas das diretrizes apresentadas da política habitacional proposta pela

atual gestão. Será elaborado o Plano Municipal de Habitação, em etapa posterior à conclusão do

processo de Revisão do Plano Diretor, utilizando-se, inclusive, das diretrizes que o novo Plano

apontar para o desenvolvimento territorial do município nos próximos 10 anos.

A partir da pesquisa de dados e informações fornecidas pela Diretoria de Produção

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Habitacional e Regularização Fundiária foi possível traçar o panorama atual dos projetos que já

estão em desenvolvimento, de suma importância para a leitura técnica do município na medida

em que caracteriza a política habitacional atual a partir das ações efetivas da Prefeitura.

Temos como principais projetos:

a) ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Atualmente no território de Suzano existem três Zonas de Especial Interesse Social –

ZEIS. Ambas as Zonas foram aprovadas na Câmara de Vereadores com a finalidade de iniciar

ações que visem suprir a demanda por habitação social no município, que vem se acumulando há

pelo menos três décadas, devido à negligência e falta de políticas públicas no setor em

administrações anteriores.

Quanto a demanda, por exemplo, aponta-se que o último cadastro realizado para sorteio

de unidades habitacionais da CDHU contou com 2.918 famílias, mas há apenas 230 unidades já

prontas que estão sendo sorteadas para ocupação.

Segundo a Diretoria de Habitação e Regularização Fundiária as ZEIS possibilitam

transferir recursos outrora direcionados à classe média para a população de baixa renda, tanto

para regularização fundiária quanto para a produção de novas moradias.

Há dois tipos de ZEIS em Suzano: ZEIS 1 – áreas com terrenos ou edificações não

edificados, não utilizados ou subutilizados e ZEIS 2 – áreas ocupadas irregularmente por

habitações informais e população de baixa renda com carência de infra-estrutura e necessidade

de regularização fundiária.

As ZEIS 1 foram demarcadas principalmente com a finalidade de facilitar a implantação

de conjuntos de habitação de interesse social, por exemplos, com recursos a partir do Crédito

Solidário, outro programa do Governo Federal e de dar função social a terrenos já inseridos no

tecido urbano e dotados de infra-estrutura.

Atualmente está demarcada como ZEIS 1 a área denominada Guilherme Garijo, no

Distrito de Boa Vista. Nesta ZEIS será implementado o Crédito Solidário, com a construção de

110 unidades habitacionais. Outra área demarcada localiza-se no Jardim Gardênia Azul, Distrito

de Boa Vista. Essa área foi demarcada ao lado de uma ocupação já existente e visa a construção

de 220 moradias, também a partir do Crédito Solidário.

Considerando o reconhecimento do direito à moradia, a consolidação de loteamentos já

ocupados, para garantir a permanência das famílias na área e o direito adquirido à posse da terra,

foram demarcadas duas áreas de ZEIS 2, uma no Distrito de Boa Vista, o Jardim Gardência Azul,

que vai permitir a regularização fundiária de 120 famiílias e outra no Distrito de Palmeiras, o

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Ramal São José, onde residem 124 famílias a cerca de 10 anos.

Além da regularização fundiária pretende-se, com a demarcação das ZEIS 2, que seja

facilitado o processo de dotar ambas ocupações de infra-estrutura básica como iluminação

pública, saneamento básico, pavimentação e outros equipamentos necessários.

Área demarcada ZEIS Guilherme Garijo

Área demarcada ZEIS Gardênia Azul

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Área demarcada ZEIS Ramal São José

b) Elaboração de Plano de Redução de Riscos no Município de Suzano

Desenvolvido pela Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão – FUNEP através

de contrato com a administração municipal, dentro do programa do Governo Federal denominado

“Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários”, a

elaboração deste programa foi importante não apenas para iniciar os procedimentos e

encaminhamentos dos problemas referentes às áreas de risco, mas também para caracterizar os

focos onde existem esses riscos, localizando-os na malha urbana do município e cadastrando os

imóveis que vão entrar nas ordens de prioridade de investimentos e obras.

Entre dezembro de 2005 e início de fevereiro de 2006, foram mapeados os riscos em

todas as áreas de favelas e loteamentos precários do município onde, segundo parecer preliminar

dos agentes públicos, haviam moradias sujeitas a acidentes ou registro de ocorrência de

acidentes associados a escorregamentos de encostas, solapamento de margens de córregos,

enchente/inundação ou ação direta das águas pluviais ou fluviais. Vale ressaltar que, para

escolha e seleção das áreas a serem analisadas, foram chamados representantes da Guarda

Municipal, da Comissão Municipal de Defesa Civil e das Diretorias de Habitação, de Meio

Ambiente e de Planejamento da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas5. Resultados obtidos Nº. moradias

Moradias analisadas 1.045

Remoções imediatas 59

Remoções p/ obra de engenharia 2

Casas em área de risco 81

Fonte: FUNEP, 2006.

5 Relatório “Elaboração de Plano de redução de Riscos no Município de Suzano – SP” - volume 1

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c) CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo

Estão sendo realizados dois empreendimentos da CDHU no município de Suzano,

segundo informações da Diretora da Habitação parte da demanda será atendida a partir de

indicação da prefeitura, parte pelas associações mutirantes e ainda há uma demanda específica

para atender as famílias que serão deslocadas por indicação do Programa de Erradicação de

Áreas de Risco.

Os empreendimentos são os seguintes:

c1) Conjunto Residencial Suzanópolis – Localizado na Estrada de Santa Mônica, ainda sem

número - Jardim Suzanópolis no "centro expandido" da cidade. São 320 apartamentos, sendo que

a demanda será preenchida em conjunto entre a PMS e a CDHU. Serão 80 unidades para

famílias provenientes de áreas de risco do município (demanda da PMS) e as demais 240 serão

sorteadas entre munícipes de se inscreveram sob a coordenação da CDHU.

c2) Conjunto Jardim Varam - Localizado na Rua Washington Luís no Jardim Varam, distrito

de Boa Vista. Serão 760 apartamentos. Destas 180 serão construídas em regime de mutirão com

a demanda indicada pelas associações mutirantes e as demais 580 serão construídas por

empreiteira com a demanda indicada pela administração. Para as unidades cuja demanda será

indicada pela PMS, serão escolhidas pessoas provenientes das áreas de Risco que estão sendo

cadastradas através do Plano Municipal de erradicação de áreas de risco.

A partir do cadastro das famílias inscritas nos programas da CDHU , utilizando o endereço

das atuais moradias e agrupando-os por loteamento, foi possível elaborar um mapeamento que

funciona como amostragem para a demanda habitacional no município e ainda um panorama de

deslocamento das famílias, ou seja, de onde vieram e para onde elas serão transferidas.

d) Crédito Solidário

O Programa Crédito Solidário foi criado em 2004, a partir de recursos pertencentes ao

Fundo de Desenvolvimento Social, do Governo Federal.

Consiste no financiamento para construção ou melhoria de moradias para famílias cuja

renda não seja superior a 03 salários mínimos.

O financiamento permite a aquisição da gleba da terra, a contratação de assessoria

técnica e a construção de moradias. As famílias obtêm o financiamento individualmente e terão

até 180 meses para o pagamento em prestações mensais, sem a fixação das taxas de juros.

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O Crédito Solidário atualmente está em fase de projeto, pré-selecionado pelo agente

financiador, aguardando apenas a aprovação pelo município, sendo necessária ainda a

aprovação na CETESB e GRAPROHAB.

Atualmente no município há três projetos para o Crédito Solidário, incluindo os que

possuem relação direta com a demarcação das áreas de ZEIS 1. O crédito solidário Guilherme

Garijo prevê a construção de 144 unidades habitacionais, construídas através de mutirão auto-

gestionário. Outro crédito denomina-se Jardim Monte Cristo, para a produção de 112 moradias

também no sistema de mutirão. Além desses há o crédito solidário Jardim Gardênia, onde serão

construídas 220 novas moradias.

e) Projetos de Urbanização e Obras habitacionais

Encontra-se em andamento na Diretoria de Habitação alguns projetos de melhorias

urbanas e habitacionais. Os projetos estão dentro de programas do Governo Federal, cujo

objetivo é a regularização urbana e fundiária dos loteamentos e a melhoria de condições de

habitabilidade.

Os projetos encontram-se em fase de aprovação de recursos nos órgão competentes –

Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades – sendo previsto um prazo de

aproximadamente seis meses a partir da data de aprovação para conclusão das obras.

Vale destacar a inter-relação existente entre os projetos e obras de urbanização e os

instrumentos urbanísticos que definem as áreas e tipo de atuação dentro do município, na medida

em que haja uma interface entre ações distintas, pode se considerar um avanço para a

transformação da realidade local e a solução dos problemas referentes as inúmeras ocupações

irregulares já destacadas neste relatório.

e1) Vila Real: Atenderá 60 famílias localizadas em área de proteção aos mananciais.

Este projeto está dentro do Programa de Habitação de Interesse Social/emenda 2005, do

Ministério das Cidades – Governo Federal e incluem obras de esgoto, drenagem pluvial,

pavimentação, iluminação pública, muros de contenção, escadaria de acesso e praça com

pequeno playground. O projeto está sendo elaborado pela empresa IEME.

e2) Jardim Graziela: Atenderá 16 famílias. Este projeto está dentro do Programa de

Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários, do Ministério das Cidades

– Governo Federal e constitui-se da relocação das 16 famílias que atualmente ocupam uma área

pública com habitações precárias. Uma parte deste terreno será destinada para a construção de

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16 embriões habitacionais e posteriormente será executado o projeto de recuperação da área

degradada. O projeto está sendo elaborado pela empresa IEME.

e3) Jardim Cacique: Atenderá aproximadamente 80 famílias e está dentro da ação de

regularização fundiária, possibilitando o título da terra e as devidas adequações físico-territoriais

para regularizar o parcelamento do solo. Este projeto faz parte do Programa de Urbanização,

Regularização e Integração de Assentamentos Precários, do Ministério das Cidades – Governo

Federal.

e4) Ramal São José: Área demarcada como ZEIS. Está dentro do programa de

Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários, do Ministério das Cidades

– Governo Federal. Constituiu-se a partir de um loteamento ilegal do solo realizado há cerca de

12 anos, contudo não houve uma expansão considerável ao longo do tempo, preservando ainda

60% de sua área. A verba para esse projeto destina-se à provisão de infra-estrutura básica para

regularização urbanística e titulação de posse dos terrenos para a regularização fundiária.

e5) Miguel Badra: Receberá recursos através do programa de Melhorias Sanitárias

Domiciliares, do Governo Federal. Em visita ao local constatou-se que havia cerca de 215 casas

sem armazenamento adequado de água, o que já havia sido sinalizado a partir de várias

ocorrências de doenças e problemas referentes a águas contaminadas. Todas as casas

receberão a instalação de caixas d'água adequadas ao tipo de construção. A Diretoria de

Habitação possui o mapeamento de todas as residências e tipo de projeto que será adotado para

cada uma.

f) Lei das Ações Habitacionais

Com a finalidade de implementar programas condizentes com a realidade do município e

adequar a legislação existente à realidade atual, a Diretoria de Habitação e Regularização

Fundiária apresentou o projeto de Lei que altera os artigos. 2º e 3º da Lei Municipal nº. 2.372, de

27 de outubro de 1989 e dispõe sobre a criação do Programa Aluguel Solidário, a ação Cesta-

Material, recursos para atendimento emergencial e a criação do Grupo de Controle de Áreas

Públicas – GCAP.

O GCAP pretende ser um importante instrumento de integração entre diversas

secretarias que se inter-relacionam no que tange à questão habitacional. O Grupo será composto

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por técnicos da Secretaria de Política Urbana, Secretaria de Obras, e será responsável pela

fiscalização dos loteamentos, verificando a regularidade dos mesmos e coibindo o surgimento de

loteamentos clandestinos ou ocupações de áreas irregulares.

g) Gestão democrática

Na atual administração algumas ações relacionadas à gestão e fiscalização territorial,

complementares aos projetos de regulação urbana, estão sendo desenvolvidas com a finalidade

de suprir a demanda por instrumentos que contribuam para a regulação territorial e habitacional e

suas devidas aplicações.

Destacam-se neste panorama a aprovação de duas leis de cunho habitacional cujo

papel principal é contribuir para a deliberação, gestão e fiscalização dos projetos e recursos

destinados às melhorias urbanas e habitacionais. Trata-se da Lei nº. 4050/06 – Fundo Municipal

de Habitação e a Lei nº. 4051/06 – Conselho Municipal de Habitação, ambas aprovas em 05 de

julho de 2006.

O Fundo Municipal de Habitação – FMH é o responsável pela centralização dos recursos

municipais próprios ao financiamento da elaboração e aplicação da política municipal de

habitação. É vinculado à Secretaria Municipal de Política Urbana – SMPU, que é a responsável,

através da Diretoria de Produção Habitacional e Regularização Fundiária, pela aplicação dos

recursos centralizados no Fundo.

Todos os recursos alocados no Fundo deverão ser utilizados para programas vinculados

à SMPU, destacados no corpo da lei da seguinte forma:

• Construção de unidades habitacionais pelo Poder Público, diretamente ou através da

celebração de convênios ou contratos com associações comunitárias, cooperativas,

empresas ou quaisquer outras organizações cuja finalidade seja compatível com a política

habitacional do Município;

• Aporte de recursos para oferecimento de contrapartida em programas desenvolvidos por

outros entes federativos, nos quais o Município seja contemplado;

• Regularização fundiária sustentável;

• Urbanização de assentamentos precários;

• Construção ou reforma de equipamentos sociais e urbanos, localizados nas áreas de

intervenção habitacional, visando à melhoria da qualidade de vida das populações

atendidas;

• Aquisição ou locação de imóveis para programas de natureza emergencial;

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114

• Serviços de assistência técnica e jurídica para os projetos de regularização fundiária e

produção habitacional;

• Aquisição de terrenos para implementação de projetos habitacionais de interesse social;

• Compra de materiais necessários ao trabalho de fiscalização e controle, tais como

veículos, material permanente e demais necessários ao bom funcionamento do serviço;

• Remoção e assentamento de moradores em áreas de risco nas intervenções de interesse

social;

• Projetos de qualificação ambiental e implementação de áreas verdes em intervenções

habitacionais de interesse social;

• Projetos experimentais de aprimoramento tecnológico na área habitacional e de

desenvolvimento de pesquisas e estudos pertinentes ao desenvolvimento do programa;

• Realização de atividades de avaliação da política habitacional e de apoio à organização

comunitária e à capacitação de lideranças populares, especialmente através da realização

de conferências, congressos, encontros, debates e cursos de capacitação.

O Conselho Municipal de Habitação – CMH é o órgão colegiado, de natureza

permanente e de caráter deliberativo, consultivo e fiscalizador das atividades desenvolvidas no

âmbito da política municipal de habitação, vinculado à SMPU. No texto da referida lei encontram-

se definidas os princípios e diretrizes que devem nortear a atuação do Conselho que, de maneira

geral, são os mesmos pontos atualmente utilizados pela Prefeitura para desenvolver a política

habitacional e priorizar ações.

Dentre os princípios citados na legislação destacam-se a implementação de políticas

habitacionais priorizando a atuação junto à população de baixa renda e a implementação

integrada de projetos habitacionais com os demais investimentos em infra-estrutura urbana e

serviços urbanos.

O CMH será composto por 18 integrantes, respeitando a seguinte divisão: 10 membros

da sociedade civil, escolhidos através de processo eleitoral sendo 05 (cinco) representantes do

segmento de movimentos sociais e populares; 01 (um) representantes das entidades

profissionais, acadêmicas ou de pesquisa ligadas ao tema; 01 (um) representante dos

trabalhadores, através das entidades sindicais respectivas; 01 (um) representante dos

empresários da construção civil, vinculado à sua entidade de classe; 01 (um) representante do

setor de corretagem imobiliária, vinculado à sua entidade de classe e 01 (um) representante de

organização não-governamentais ligada ao tema, além de 8 membros do Governo, representado

pelas Secretarias de Política Urbana, Obras, Promoção Social e Finanças.

Os representantes da sociedade civil foram escolhidos em votação direta que ocorreu no

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mês de dezembro de 2006, durante a realização do Seminário de Habitação, que contou com a

participação de cerca de 300 pessoas.

5. Planos e Projetos Existentes

Fonte: PMS. Tabulação: Fupam

O centro de Suzano, assim como outras regiões da cidade, vem sendo alvo de vários

planos e obras de qualificação do espaço urbano com vistas a melhorar a qualidade de vida na

cidade. Em diferentes fases de desenvolvimento e execução, as iniciativas aqui apresentadas são

de competência do poder público municipal que articula, por vezes, parcerias público-privadas ou

nas instâncias de governo superiores (estadual ou federal).

A figura a cima indica as principais áreas e pontos de intervenção projetual na região

central de Suzano. Os perímetros demarcados se referem aos seguintes pontos, a saber:

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Plano de Requalificação do Centro Formulado para compor uma “nova configuração econômico-territorial de toda área urbana

do município”, o Plano de Requalificação do Centro envolve projetos específicos de desenho

urbano e alternativas viárias ao trânsito.

Operação Urbana Orla Ferroviária Em função da importância da questão da mobilidade urbana e da dificuldade existente na

utilização do transporte público no município, foi demarcado perímetro junto à orla ferroviária,

contígua ao centro de Suzano na intenção de qualificar esse espaço. A iniciativa, denominada

Operação Urbana Orla Ferroviária, prevê a assinatura de um ‘Protocolo de Intenções’ entre a

prefeitura e o governo do Estado de São Paulo para a disponibilização de recursos públicos para

a modernização da estação ferroviária, a readequação do terminal de ônibus Vereador Diniz José

dos Santos Faria (já com obra em andamento) e a criação do terminal de ônibus a sul da estação.

As melhorias e a regulação do uso do solo dentro do perímetro têm o objetivo de dinamizar a

economia local aproveitando a grande circulação de pessoas pela região.

Plano de Expansão Urbana

Ao sul do Shopping de Suzano, a área demarcada como de expansão urbana já vem

atraindo investidores interessados no atendimento na população de classe média. Dessa forma já

podemos ver nessa região empreendimentos habitacionais voltados para essa faixa de

população. Existe aí uma tendência à verticalização onde alguns dos conjuntos já apresentam

torres de 10 à 15 pavimentos.

Parque Max Feffer

Grande área pública reservada para projetos de âmbito municipal, provavelmente nos

setores de cultura, lazer e esportes. Na porção sul da área se encontra uma área de mineração

desativada: uma grande cava que forma lagoa e que sem proteção ou tratamento hoje é local de

acidentes.

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Fonte: PMS.

Elaboração: Fupam, 2006.

Ainda nesse contexto, podemos destacar alguns dos projetos pontuais de abrangência

regional:

Ciclovia Avenida Fitipaldi / Badra O eixo cicloviário definido a partir do Terminal Norte (em construção) em direção ao bairro

Miguel Badra vem atender a grande demanda existente por esse tipo de equipamento. Todos os

dias, milhares de bicicletas circulam no município a maioria em direção ao centro e, no entanto,

não há infra-estrutrura adequada à segurança e comodidade dos ciclistas que optam por esse tipo

de transporte notadamente aqui como alternativa econômica ao ônibus. O primeiro trecho na

Avenida Fitipaldi já tem projeto detalhado.

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Fonte: PMS.

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Terminal Norte O projeto do Terminal Norte, em construção, visa promover dinamização do sistema do

transporte coletivo municipal. Localizado no encontro da Rua Major Pinheiro Fróes e Avenida

Vereador João Baptista Fitipaldi, ao norte da estação ferroviária, ele se encontra em ponto

estratégico para atender tanto a região central como a região de Boa Vista. Em conjunto com

terminal proposto na região de Palmeiras, essa obra é uma parte importante da infra-estrutura

necessária para a instalação de um novo sistema dos ônibus, que funcionará com linhas troncais

e alimentadoras através desses terminais.

Fonte: PMS.

Marginal do Una

O projeto de duplicação e canalização da marginal do rio Una já está boa parte em

funcionamento. Seu objetivo é desafogar o trânsito no centro de Suzano, utilizando a marginal

como uma alternativa viária, especialmente para o trânsito de carga.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

120

Fonte: PMS.

Parada Tiradentes

A Parada Tiradentes, projeto de passeio e abrigo, foi executado em trecho da Rua

Tiradentes na região central de Suzano. A parada é um projeto-piloto para reprodução de um

modelo pautado na acessibilidade das pessoas com dificuldade de locomoção.

Fonte: PMS.

Praça Cidade das Flores Projeto de praça contíguo ao paço municipal na Rua Baruel. Seu nome objetiva homenagem à

história do município , grande produtor de flores por décadas.

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Parte B

Leitura Comunitária

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

122

1. Introdução

2. Atas das reuniões

2.1. Jardim Revista-Jardim Dora Dona Benta e região

2.1.1Fotos da reunião – Jardim Revista - Jardim Dona Benta e região

2.2. Jardim Imperador - Jardim Suzanópolis e região

2.2.2 Fotos da reunião - Jardim Imperador / Jardim Suzanópolis e região

2.3. Parque Residencial Casa Branca e região

2.3.1 Fotos da reunião – Parque Residencial Casa Branca e região

2.4. Jardim São José – Jardim Graziela e região

2.4.1 Fotos da reunião – Jardim Graziela / Jardim são José e região

2.5. Jardim Natal e região

2.6.Raffo e região

2.7.Jardim Colorado e região

2.7.1. Fotos da reunião – Jardim Colorado e região

2.8.Cidade Miguel Badra

2.8.1Fotos da reunião – Cidade Miguel Badra

2.9. Palmeiras I – Vila Fátima e região

2.9.1.Fotos da reunião – Palmeiras 1 – Vila Fátima e região

2.10.Centro / Cidade Edson / Vila Figueira e região

2.11.Parque Maria Helena e região

2.11.1Fotos da reunião – Parque Maria Helena e região

2.12.Palmeiras II – Jardim Brasil e região

2.12.1Fotos da reunião – Palmeiras II – Jardim Brasil e região

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1. Introdução

O processo de revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 tem como princípio

fundamental a participação popular em todas as etapas do processo de revisão, destacando a

importância da criação de espaços de discussão coletiva (sociedade civil, legislativo, executivo)

sobre os rumos que se pretende para o desenvolvimento social, econômico, ambiental e urbano

da cidade.

Considerando que as políticas públicas, anteriores, não trabalhavam com a participação

popular, o processo de revisão do Plano Diretor 2006-2016 buscou, também, estimular a

organização das comunidades, lideranças, sociedade civil para terem papel e representatividade

nos processos decisórios de planejamento e gestão do território.

Para tanto, a Leitura Comunitária (que tem por finalidade identificar como o conjunto da

sociedade que vive, trabalha, estuda, etc. em Suzano vê a cidade) é o momento onde o debate

entre a administração municipal e população sobre as questões urbanas e rurais é aberto, a fim

de que se compartilhe o entendimento das relações sociais, econômicas, ambientais, urbanas

sobre e na cidade, ao mesmo tempo em são colocadas sugestões para o direcionamento do

desenvolvimento da cidade.

Tendo em vista a complexidade do processo de revisão do Plano Diretor, foram realizadas

etapas que antecederam a Leitura Comunitária com a finalidade de ampliar a participação da

sociedade civil no processo de revisão do Plano Diretor (Etapa 2 - mobilização e sensibilização da

sociedade civil, que teve como um dos resultados a criação da Coordenação Compartilhada do

Plano Diretor e Etapa 3 – capacitação e capacitação e formação dessa coordenação).

Assim, a Leitura Comunitária apresenta o resultado das reuniões realizadas entre a

Prefeitura e a sociedade civil que buscou levantar junto à população sua vivência, conhecimento

dos conflitos, dos problemas e das potencialidades de determinado lugar, por meio de espaços

qualitativos de troca de informações capazes de favorecer o diálogo da administração municipal

com a maioria dos munícipes, permitindo aos participantes serem sujeitos e objetos do processo.

As reuniões da Leitura Comunitária foram realizadas em doze regiões da cidade (ver MAPA 01b – divisão de regiões) no período de maio a julho de 2006, onde a dinâmica adotada

buscou aprofundar o entendimento do conjunto da população sobre a abrangência do Plano

Diretor e permitir maior interação dos participantes.

Nesse sentido, a reunião foi dividida em 4 partes, ou seja, as reuniões foram iniciadas com

a informes sobre as etapas anteriores, explicação sobre o que é Plano Diretor; após a explanação

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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introdutória foi apresentado o vídeo das Cidades6 que exemplifica através de imagens alguns dos

contrastes sócio-territoriais das cidades e como o Plano Diretor pode contribuir com a

minimização desses contrastes; na seqüência foram organizados grupos que deveriam apontar o

que é bom, o que é ruim e sugestões para o desenvolvimento da cidade e, por fim, os grupos

apresentavam o que foi discutido e as questões prioritárias para melhoria da qualidade de vida da

região e da cidade.

Para auxiliar o processo de discussão da Leitura Comunitária e compreensão do processo

de revisão do Plano Diretor foram utilizados, nas reuniões, mapas temáticos – desenvolvidos a

partir das discussões realizadas na Etapa 2 – mobilização e sensibilização – que demonstram

como determinados pontos são reconhecidos como fundamentais para o desenvolvimento da

cidade e que podem ser tratados por meio do Plano Diretor, devidos principalmente a deficiência

dessas questões nas diversas regiões da cidade7. (ver MAPAS - 02b a 10b) Além desses mapas temáticos, o mapa do município de Suzano (ver MAPA 11b – divisão

de regiões e referências) também foi utilizado na dinâmica das reuniões nas regiões, onde o

mapa apresentava a delimitação das regiões, referências como escolas, postos de saúde, áreas

de lazer para facilitar a localização e explicitar a importância de se discutir e pensar a totalidade

da cidade. Cada grupo fez seus apontamentos nesse mapa e foi a partir desses apontamentos

que se colocava as questões discutidas em grupo para os demais participantes.

No entanto, as reuniões apresentaram como resultado questões semelhantes às

levantadas na etapa 2 - mobilização e sensibilização da sociedade civil e técnicos da

administração municipal, principalmente, como inúmeras reivindicações sobre a manutenção da

cidade e carências de políticas setoriais como saúde, educação, esportes, lazer, ou seja, as

questões que foram destacadas nas reuniões são as que se relacionam com o cotidiano da

população.

Apesar da dificuldade de transferir o conhecimento sobre o processo de revisão do Plano

Diretor, e sua importância, devido, principalmente, aos prazos e maneiras de colocá-lo em prática,

as reuniões propiciaram a troca de conhecimento entre seus participantes sejam eles do poder

público ou da população em si, isto é, em cada reunião realizada foi possível identificar um grupo

ou pessoas capazes de multiplicar a discussão sobre Plano Diretor. 6 Vídeo que compõe o Kit das Cidades, material produzido pela CAIXA com apoio e participação da FAPESP, Lincoln Institute of

Land Police, PUCCAMP e Instituto Polis, sendo distribuído pelo Ministério das Cidades para auxílio técnico nos processos de

revisão de Planos Diretores.

7 Esses mapas foram elaborados com base na 1º rodada de discussão do Plano Diretor junto a sociedade civil e consta do relatório

do produto 2 – mobilização e sensibilização da sociedade civil e equipe técnica local. Considerações da 1º etapa de discussão

pública do processo de revisão do Plano Diretor de Suzano, p.66.

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2. Atas das reuniões

O desenvolvimento dessa etapa do processo de revisão do Plano Diretor teve inicio em

maio de 2006 e conclusão em julho de 2006, onde foram realizadas reuniões nas diversas regiões

do município conforme calendário que segue:

DATA HORÁRIO

REGIÃO LOCAL

13/05/06

10:00 Jd. Revista e região EMEI Albano Costa – Avenida Jaguari, 121 – Boa Vista

20/05/06

10:00 Jd. Imperador e região EMEF Prof. Eliana Pereira Figueira – R. Sen. Roberto Simonsen, 704 – Jd. Imperador

27/05/06

10:00 Pq. Resid. Casa Branca e região

EMEF Mércia Amaral Andrade de Brito – R. Isabel Castañeda Mayer, 198.

27/05/06

14:00 Jd. São José e região EMEI José Cardoso dos Santos – R. Um, s/n – Jd. Graziela

03/06/06

10:00 Jd. Natal e região EMEI Cláudio José Rodrigues – R. Conde Domingos Papaiz, 103 – Jd. Natal

03/006/06

14:00 Raffo e região EMEF Abraão S. Domingues – R. Maria José dos Campos, 291 – Tabamarajoara

10/06/06

14:00 Jd. Colorado e região EMEF Célia Pereira de Lima – R. Madame Pomary – Vl. Urupês

11/06/06

10:00 Cidade Miguel Badra EMEF Avelino de Lima Franco – R. Mario Bochetti, 644 – Cidade Miguel Badra

24/06/06

10:00 Palmeiras I (V. Fátima e região)

EMEF Neide Pião Vidal – R. Nicácio da Silva Bastos, 503 – Pq. Buenos Aires

24/06/06

14:00 Centro e região EMEF Antônio Marques Figueira – R. Missionária Sara Cooper, 27 - Centro

25/06/06

10:00 Pq. Maria Helena e região

EMEI Ana Maria Barbosa Garcia – R. Fernando Fiamini, 120 – V. Maluf

02/07/06

14:00 Palmeiras II (Jd. Brasil e região)

EMEF Odário Ferreira da Silva – R. Valdir Dicieri, 305 – Jd. Belém

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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2.1. Jardim Revista – Jardim Dona Benta e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEIF Albano Costa Data: 11/05/2006 às 10:00

A reunião foi iniciada com a apresentação da equipe técnica da Prefeitura e com a

identificação dos participantes que estiveram na reunião anterior, onde cerca de 30% dos

presentes estão acompanhando o processo de revisão do Plano e os loteamentos representados

nessa reunião são o Jd. Revista, Jd. Dona Benta, Jd. Varam, Jd. dos Fernandes e Cidade Boa

Vista.

Após apresentação dos participantes é apresentado o resultado da etapa de mobilização e

sensibilização e seu objetivo, ou seja, explicar o que é e o que significa Estatuto da Cidade e

Plano Diretor, suas inter-relações e articulações, no que tange: moradores x loteamentos x

cidade, e todas as questões administradas pelo governo municipal como transporte, saúde,

educação, entre outros.

Dessa forma, é reiterada a abrangência e, principalmente, os limites do Plano Diretor, isto

é, é informado que o Plano Diretor não trata de questões pontuais e específicas como

atendimento nos postos de saúde, vagas nas escolas, etc., mas, sim, o direcionamento dos locais

onde há demanda para instalação de novos equipamentos, locais destinados a habitação de

interesse social, de emprego, entre outros, sendo assim destacada a importância da participação

da sociedade civil nos processos de planejamento e decisão sobre o urbano e o território. Com

base na importância da participação são apresentados os representantes eleitos na etapa 2,

destacando a presença dos mesmos nesta reunião.

Por outro lado, a participação na etapa 2 contribuiu com a elaboração de mapas temáticos,

desenvolvidos com base nas informações apontadas pelo conjunto da sociedade sobre os pontos

conflitantes e de interesse da comunidade como saneamento ambiental, regularização fundiária,

transporte e mobilidade urbana, pavimentação, áreas verdes e de lazer, iluminação pública;

saúde, educação e segurança, sinalizando assim, algumas questões estruturais para a revisão do

Plano Diretor e que são estruturais para o desenvolvimento da cidade.

Na seqüência, é apresentada a dinâmica da reunião que consiste em realizar um exercício

no qual os participantes serão divididos em grupos e que após discussão interna, deverão apontar

no mapa o que Suzano tem de bom, o que tem de ruim e como podemos melhorar nossa cidade.

Antes da formação dos grupos, algumas questões relacionadas a habitação são

levantadas como o tratamento previsto para as ocupações em áreas de risco, onde a moderadora

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explica está em andamento o programa municipal de erradicação de áreas de risco e que o

mesmo está a cargo da Diretoria de Produção Habitacional e Regularização Fundiária e que já

conta com uma equipe de cadastradores trabalhando junto a estas ocupações.

Inicia-se então a divisão e os trabalhos em grupos.

Após período de discussão os grupos são convidados a exporem através de seus

representantes e os resultados obtidos são:

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Atendimento do posto local (UBS Boa Vista)

Posto de saúde local ter remédios Não houve propostas de melhoramentos

Necessidade de transporte escolar de qualidade

A população com acesso as discussões sobre PD e OP

Necessidade de regularização fundiária

Comércio e serviços locais

Necessidade de instalação de creche municipal na região

Necessidade de equipamentos de lazer e esportes na região

Falta de segurança Problemas com a iluminação pública

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Falta de pavimentação Pavimentação e limpeza do córrego

na avenida Atlântica (Jd. Revista) Sugeriram que para melhorar deveria ser criado um programa de educação e socialização para crianças e jovens

Chácaras abandonadas Alguns loteamentos estão bons em relação a outros da mesma região

Falta de segurança Transporte público precário Esgoto correndo a "céu aberto" Deficiência na iluminação pública Falta de atendimento aos idosos Falta de banco na região Falta de creche na região

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Grupo 3

Negativos Positivos Propostas Falta de pavimentação Comércio e serviço local Sugeriram que para melhorar

deveriam ser criados mais empregos Córrego do Jardim Varam que sempre inunda

Lago próximo ao posto de saúde (Alterópolis)

Praça do Jardim. Fernandes abandonada

Deficiência na iluminação pública Limpeza dos córregos da região

Grupo 4

Negativos Positivos Propostas Falta de pavimentação na estrada do Furuyama

População local Incentivar a instalação de novas indústrias na região

Enchente ao lado do posto de saúde do Boa Vista

Alguns loteamentos estão bons em relação a outros da mesma região

Contratar mão-de-obra local para execução das obras públicas da região, aumentando a oferta de empregos

Falta de segurança Remédios no posto de saúde Transporte público precário, principalmente para deficientes e idosos

Serviços e comércio local

Esgoto correndo a "céu aberto" Regularização fundiária Deficiência na iluminação pública Esgoto não funciona na região do Jardim Margareth e Jardim Gardênia

Centro de Detenção Provisória Falta de representatividade junto aos vereadores

Falta de empregos na região

Após exposição dos grupos a moderadora expõe o valor do exercício em grupo e da

mobilização e participação popular no processo de revisão do Plano Diretor, passando assim a ler

as colocações dos grupos, bem como suas inter-relações, destacando o que tem relação ou não

com o Plano Diretor.

É feita a consideração final e encerrada a reunião.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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2.1.1. Fotos da reunião – Jardim Revista - Jardim Dona Benta e região

2.2. Jardim Imperador - Jardim Suzanópolis e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEIF Prof. Eliana Pereira Figueira Data: 20/05/2006 às 10:00

A reunião foi iniciada com a apresentação da equipe técnica da Prefeitura e informes sobre

as etapas anteriores, como a formação da coordenação compartilhada com representantes das

diversas regiões da cidade que contribuem com a troca de informações entre a população e a

prefeitura, assim como, as reivindicações que foram apresentadas na 1º rodada de discussão que

resultou na elaboração de mapas temáticos que apontam as principais carências na cidade,

segundo a maioria da população.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

130

Com base nesses mapas temáticos é apresentado como os apontamentos da população

podem direcionar as propostas de planejamento urbano e territorial, e para avançar, aprofundar o

processo de revisão do Plano, esta etapa tem por finalidade identificar como a população

reconhece a atual situação física, social, ambiental, econômica da cidade e suas políticas

públicas, de modo a apontar o que é bom, ruim em Suzano e quais são as sugestões para

melhorar a qualidade de vida na cidade.

A seguir é exibido o vídeo do Kit das Cidades sobre Estatuto da Cidade, que serve como

uma ferramenta de ilustração de como o Plano Diretor é importante para o direcionamento de

desenvolvimento da cidade.

Após a apresentação do vídeo é apresentada a dinâmica proposta para a reunião que é a

divisão dos participantes em grupos, considerando o número de participantes são formados dois

grupos que recebem um mapa da cidade para apontar o que Suzano tem de bom, de ruim e

sugestões para melhorar.

Concluída a discussão nos grupos, os mesmo são convidados a exporem seus

apontamentos através de seus representantes e os resultados obtidos são:

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Falta água e esgoto Escola Construir um laboratório de análises

clínicas Falta segurança Creche Produção de moradias Falta documentação dos terrenos Posto de saúde; Hospital Criação de postos de trabalho Falta asfalto Parque Max Feffer Melhorar o acesso a cidade Faltam áreas de lazer Transporte Construir mais creches Transporte Indústrias Melhorar a iluminação pública Falta posto de saúde Comércio Construir um posto policial Batalhão de polícia Construir outro hospital (mais

médicos nos postos)

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Falta posto de saúde Calçamento Colocar linhas que circulem de 15

em 15 minutos Falta creche Escola – Jd. Márcia Colocar lombada eletrônica Transporte Continuação da R. Dr. Jose dos

Santos Neto – Jd. Nena x Jd. Suzanópolis

Grupo 3

Negativos Positivos Propostas Transporte Escola – Jd. Márcia Melhorar limpeza nos bairros Saúde Sesi Melhorar a iluminação Falta de moradia Várias pré-escolas Falta de regularização fundiária Carnaval

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

131

Faltam escolas de 2º grau Falta pavimentação e drenagem Falta área de lazer Faltam creches

Após exposição dos grupos a moderadora expõe o valor do exercício em grupo e da

mobilização e participação popular no processo de revisão do Plano Diretor, passando assim a ler

as colocações dos grupos, bem como suas inter-relações, destacando o que tem relação ou não

com o Plano Diretor.

É feita a consideração final e encerrada a reunião.

2.2.1. Fotos da reunião - Jardim Imperador / Jardim Suzanópolis e região

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2.3. Parque Residencial Casa Branca e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEIF Mércia Amaral de Brito Data: 27/05/2006 às 10:00

A reunião teve como moderadora Rita Canutti, Diretora de Planejamento Urbano e

Territorial da Secretaria de Política Urbana – PMS. A mediadora abre a reunião, se apresenta e

pergunta aos participantes se eles estiveram na reunião anterior. Constata-se que cerca de 25%

da população estava presente nas reuniões anteriores. Nessa reunião estiveram presentes os

moradores dos seguintes loteamentos: Ramal São José, Jardim Caxangá, Casa Branca e Vila

Barros.

A moderadora passou a explicar sobre o processo de regularização fundiária do Ramal

São José, no qual foram cadastradas 117 famílias em situação irregular e complementou com a

explicação sobre as propostas da Prefeitura nos Projeto de Regularização Fundiária e Programa

de Erradicação de Áreas de Risco no município. Salienta a diferença entre esses programas e o

Plano Diretor e expõe como foi a primeira reunião, seu objetivo, o que é e o que significa o Plano

Diretor, suas inter–relações e articulações, no que tange: moradores x loteamentos x cidade, e

todas as questões administradas pelo governo municipal, como transporte, saúde, educação, etc.

As cartas temáticas são utilizadas para demonstrar os resultados obtidos nas primeiras

reuniões e explicar que tudo que é relatado pelos moradores se transformam em dados, onde em

algumas situações é possível converter em imagens.

A moderadora é questionada sobre a manutenção das áreas de lazer e explica que

simultaneamente às reuniões do Plano Diretor estão ocorrendo as reuniões do Orçamento

Participativo e salienta que é dentro desse programa que estão sendo discutidas essas questões

emergenciais. É explicado que o Plano Diretor não contempla as questões de atendimento

pontual, mas direciona locais onde as demandas de instalação de novos equipamentos é

necessária e prioritária.

Em seguida foi feita uma explanação sobre a necessidade de fomentar a população para a

questão do planejamento em longo prazo, através da Revisão do Plano Diretor, tendo como

principio a participação popular e o processo de construção coletiva.

A moderadora relembra à população que na reunião anterior foram eleitos seus

representantes e informa que eles estão presentes no momento. A seguir todos são convidados a

assistirem um vídeo do Kit das Cidades sobre Estatuto da Cidade, que serve como uma

ferramenta de ilustração de como o Plano Diretor é importante para o direcionamento de

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133

desenvolvimento da cidade.

Após a apresentação do vídeo é apresentada a dinâmica proposta para a reunião que é a

divisão dos participantes em grupos, considerando o número de participantes são formados dois

grupos que recebem um mapa da cidade para apontar o que Suzano tem de bom, de ruim e

sugestões para melhorar. Finalizada a discussão dos grupos, cada um apresenta suas

colocações para os demais, conforme descrição dos quadros a seguir:

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Atendimento do posto local Os equipamentos existem e isso é

bom, porém não funcionam adequadamente

A criação de cooperativa de sucatas pelos moradores, para gerar emprego e também para obter mais “força” junto a comunidade

Necessidade de novas linhas de transporte para a região

As escolas

Criação de linha de ônibus para a Santa Casa

Necessidade de regularização fundiária para o ramal São José

Necessidade de instalação de Creche Municipal na região

Necessidade de equipamentos de lazer e esportes na região

Falta de segurança Problemas com a iluminação pública

Limpeza das ruas, rios e córregos locais

Falta de asfalto em algumas vias locais

Qualidade ruim do asfalto local Falta de saneamento básico na região

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Falta de pavimentação Não se manifestaram quanto ao que

é positivo Prolongamento da avenida Roberto Simonsen até a região

Falta de iluminação Colocar asfalto nas ruas Falta de segurança Incentivar a instalação de comércios

e serviços na região Transporte público precário Melhorar atendimento nos postos de

saúde Esgoto correndo a "céu aberto" Criar uma área de lazer ao lado da

escola Alfredo Roberto de limpeza nos terrenos, o que gera proliferação de insetos e animais

Regularização fundiária Falta de comércio na região Falta de creche na região

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

134

Após exposição dos grupos, a moderadora expõe sobre o valor do exercício em grupo e

da mobilização e participação popular no processo de revisão do Plano Diretor, passa então a

explanar sobre os itens citados pelos grupos, bem como suas inter-relações e o que se relaciona

com o Plano Diretor e o que deve fazer parte de outro programa.

São feitas as considerações finais e encerrada a reunião.

2.3.1. Fotos da reunião – Parque Residencial Casa Branca e região 2.4. J

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

135

2.4. Jardim São José – Jardim Graziela e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEIF José Cardoso dos Santos Data: 27/05/2006 às 14:00

A reunião teve como moderadora Rita Canutti, Diretora de Planejamento Urbano e

Territorial. A moderadora abre a reunião se apresentando e perguntando aos participantes quem

esteve presente na reunião anterior e ficou constatado que cerca de 25% dos presentes participou

da reunião da etapa 2 do Plano.

A moderadora passou a explicar sobre a primeira reunião, seu objetivo, o que é e o que

significa o Plano Diretor, suas inter-relações e articulações, no que tange: moradores x

loteamentos x cidade, e todas as questões administradas pelo governo municipal, como

transporte, saúde, educação.

Salienta que tudo que foi exposto pelos moradores nas primeiras reuniões resultou num

relatório e posteriormente em cartas temáticas.

A moderadora é questionada sobre a melhoria no atendimento das áreas da saúde,

transporte e segurança e explica que, simultaneamente as reuniões do Plano Diretor, estão

ocorrendo as reuniões do Orçamento Participativo, explica também que é dentro desse programa

que estão sendo discutidas essas questões emergenciais e que o Plano Diretor não contempla as

questões de atendimento específicos, mas direciona locais onde as demandas de instalação de

novos equipamentos são necessárias e prioritárias.

A população questiona também sobre a eventual aparição da Prefeitura apenas nas

épocas de eleição, então se esclarece sobre a necessidade da participação popular dentro do

processo de construção coletiva do Plano Diretor aproveitando ainda para informar aos presentes

que na reunião anterior foram eleitos seus representantes e que ali estavam eles presentes.

A seguir todos são convidados a assistirem um vídeo produzido pela CAIXA e Ministério

das Cidades sobre Estatuto da Cidade e Plano Diretor. Após a exibição são feitas algumas

observações sobre o que o vídeo retrata e a relação com algumas situações em Suzano, como

por exemplo, moradia para população de baixa renda.

Na seqüência, é apresentada a dinâmica da reunião que consiste em realizar um exercício

no qual os participantes serão divididos em grupos e cada grupo receberá um mapa do município

no qual, após discussão interna, deverão apontar o que Suzano tem de bom, o que tem de ruim e

sugestões para melhorar a cidade.

Após período de discussão os grupos são convidados a exporem através de seus

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136

representantes os resultados obtidos, que estão descritos a seguir:

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Atendimento ruim no posto de saúde local

Não se manifestaram quanto ao que é bom ou positivo na região

Arborizar as ruas

Falta de linhas de transporte para o jardim Veraneio

Mudar nomes das ruas (números para nomes)

Itinerário do São José equivocado Colocar placas de sinalização Falta de ônibus de finais de semana e feriado

Melhorar o que está ruim

Falta de segurança Problemas com a iluminação pública Falta de asfalto em algumas vias locais

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Falta de pavimentação Não se manifestaram quanto ao que

é bom ou positivo Fazer saneamento básico nos bairros e melhorar os existentes

Falta de iluminação Colocar asfalto nas ruas Falta de segurança, falta de posto policial

Colocar um posto policial na região

Transporte público precário Melhorar atendimento nos postos de saúde

Falta de limpeza nas áreas públicas, o que gera proliferação de insetos e animais

Criar uma área de lazer com lago no jardim São Bernardino

Concluída a exposição dos grupos a moderadora expõe sobre o valor do exercício em grupo

e da mobilização e participação popular no processo de revisão do Plano Diretor, com breve

explanação sobre os itens apontados pelos grupos, suas inter-relações e o que se relaciona com

o Plano Diretor e o que pode fazer parte de outro programa, plano, ação da administração

municipal. É feita a consideração final e encerrada a reunião.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

137

2.4.1. Fotos da reunião – Jardim Graziela / Jardim são José e região

2.5. Jardim Natal e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEIF Cláudio José Rodrigues Data: 03/06/2006 às 10:00

A reunião foi iniciada com a apresentação dos funcionários da Prefeitura e dos

representantes dos loteamentos da região, havendo maior representatividade dos loteamentos

Jardim Maitê, Jardim Natal, Vila Monte Sion, Jardim Leymar.

Diante da apresentação verificou-se que grande parte dos participantes dessa reunião não

esteve na reunião anterior, sendo necessário retomar e esclarecer o que é Plano Diretor, sua

abrangência e a importância da participação popular nesse processo de revisão. Além da

informação sobre o processo de revisão do Plano Diretor, foram feitos os informes referentes aos

demais programas e planos que estão em desenvolvimento pela administração municipal (Plano

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

138

de Erradicação de Áreas de Risco, Plano de Regularização Fundiária e Orçamento Participativo)

que tem relação com o Plano Diretor, a fim de ampliar o conhecimento e entendimento da

população junto a esses planos para contribuir com o desenvolvimento da cidade.

A partir dos informes e esclarecimentos foi iniciada a apresentação da etapa 4ª do Plano

Diretor – Construção do conhecimento da realidade local – leituras técnica e comunitária, ou seja,

foram apresentados mapas temáticos que ilustram as carências existentes no município de

Suzano e as regiões onde os problemas ou potencialidades são mais evidentes e presentes para

a população. Esse mapeamento foi desenvolvido com base nos dados e informações fornecidos

pela própria população nas diversas regiões do município na etapa anterior.

As informações levantadas na leitura comunitária têm por finalidade destacar junto à

população do Jardim Natal e região as potencialidades, os problemas e as propostas de

intervenção da população sobre os rumos de crescimento e desenvolvimento da cidade e se o

que foi levantado em etapa anterior reflete a realidade da região e do município.

A dinâmica contou com a exibição de um filme do Kit das Cidades para auxiliar os

participantes na compreensão sobre o que é Plano Diretor e como o mesmo pode interferir na

qualidade de vida da população. Após a apresentação do filme, o mesmo foi comentado pelos

participantes, que se dividiram em 2 grupos para apontar no mapa as potencialidades, os

problemas e as sugestões para serem tratadas por meio do Plano Diretor.

Terminado o tempo de apontamentos cada grupo apresentou para os demais participantes

o que eles entenderam como mais relevante, sendo:

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Jardim Leymar – falta creche e regularizar a associação

Não foram relatados pontos positivos por esse grupo

Não foram feitas sugestões por esse grupo

Melhorar a acessibilidade ao Monte Sion, há problemas quando se quer fazer retorno

Dar segurança ao Monte Sion como a que há no Jd Natal

Monte Sion – falta creche, conseqüentemente há crianças que não conseguem vagas e há problemas de irregularidades fundiárias

Falta área de lazer para o Monte Sion

Problemas de saúde da população em função da poluição do ar das indústrias

Criar passagem em nível para interligação dos loteamentos Jardim. Colorado e Jardim Maitê

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

139

Recuperar a área do Porto de Areia do Jardim. Maitê

Iluminação pública no Jardim. Maitê Criar vagas para as crianças de 5º a 8º séries

Melhorar o transporte; em especial para a população do Jardim. Maitê

Construir passarela de pedestres para cruzar a linha (sugerem que o trem pare em outro ponto)

Falta de praças e áreas de lazer Falta limpeza de terrenos

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Falta creche e EMEI É bom na região o acesso a outras

cidades, o comércio e as indústrias Criar acesso entre o Jardim Belém e Jardim Nazaré

Faltam áreas de lazer Implantar infra-estrutura na região Falta acesso entre os loteamentos Monte Sion e Jd. Maitê

Parcerias com as indústrias (educação) para aumentar o número de empregos

Formação profissional (qualificação) Sinalização para melhorar a

circulação dos automóveis e transportes

Concluídas as apresentações dos grupos e debatidas os pontos entre os participantes,

houve ênfase à questão do transporte no município e interesse em discutir o que fazer para

melhorar o sistema de transporte público, terminado o debate, a reunião foi encerrada. Reunião

sem registro fotográfico.

2.6. Raffo e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEF Abraão S; Domingues Data: 03/06/2006 às 14:00

A reunião foi iniciada com a apresentação da equipe técnica da Prefeitura e informes sobre

as etapas anteriores, como a formação da coordenação compartilhada com representantes das

diversas regiões da cidade que contribuem com a troca de informações entre a população e a

prefeitura, assim como, as reivindicações que foram apresentadas na 1º rodada de discussão que

resultou na elaboração de mapas temáticos que apontam as principais carências na cidade,

segundo a maioria da população.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

140

Com base nesses mapas temáticos é apresentado como os apontamentos da população

podem direcionar as propostas de planejamento urbano e territorial, e para avançar, aprofundar o

processo de revisão do Plano, esta etapa tem por finalidade identificar como a população

reconhece a atual situação física, social, ambiental, econômica da cidade e suas políticas

públicas, de modo a apontar o que é bom, ruim em Suzano e quais são as sugestões para

melhorar a qualidade de vida na cidade.

Dessa forma, é reiterada a abrangência e, principalmente, os limites do Plano Diretor, isto

é, é informado que o Plano Diretor não trata de questões pontuais e específicas como

atendimento nos postos de saúde, definição de locais onde serão implantadas praças, mas, sim, a

definição de diretrizes gerais para o ordenamento do território com base na realidade do

município, na identificação de questões que são fundamentais para propiciar o desenvolvimento

da cidade em bases mais justas e equilibradas.

Após a introdução é exibido o vídeo das cidades, uma material produzido pela CAIXA, que

busca contribuir com a compreensão da importância do Plano Diretor na cidade e os reflexos da

ausência de planejamento urbano na cidade, de modo que os participantes reconhecem que

algumas das situações apresentadas no vídeo, como por exemplo falta de habitação popular no

centro, são situações que também acontecem em Suzano, bem como, as ocupações irregulares

em condições precárias.

Após a introdução é apresentada a dinâmica da reunião que consiste dividir os

participantes em grupos, que deverão discutir e apontar no mapa o que Suzano tem de bom, o

que tem de ruim e quais as sugestões para melhorar a cidade.

Terminado o debate nos grupos, os mesmos são convidados a exporem através de seus

representantes e os resultados obtidos são:

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Pontos escuros nos bairros Escolas Ampliação e melhoria no posto de

saúde Terrenos abandonados Moradores Melhorar o transporte e criar linha de

ônibus Baruel – Nova América Falta rede de água, esgoto na região

Associações de moradores Regularizar a situação da ocupação do Tabamarajoara

Falta calçamento no Res. Nova América

Taxistas Ampliação das creches nos bairros

Falta posto de saúde no Res. Nova América

Qualidade de vida Melhorar as ruas do Jd. do Bosque

Falta pavimentação nos bairros da região

Localização Colocar lombadas no V. Helena

Falta segurança Kits escolares Faltam moradias Faltam áreas de lazer Regularização fundiária

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Falta acostamento na Rod. Índio Tibiriçá

Falta limpeza dos córregos e nascentes

Nalco - poluição

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Limpeza Posto de saúde Não apontaram sugestões Acesso Escolas Poluição Associações Iluminação Táxis Transporte Taiaçupeba Recreação Tarifa do ônibus Segurança Kit escolar Asfalto Telefonia Esgoto poluindo rio Una Esgoto a céu aberto Falta de vigilância sanitária – desratização

Falta identificação das ruas Falta praças

Concluídas as apresentações dos grupos e debatidas os pontos entre os participantes,

houve ênfase às questões do saneamento básico, regularização dos loteamentos e implantação

de infra-estrutura, terminado o debate, a reunião foi encerrada. Sem registro fotográfico.

2.7. Jardim Colorado e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEF Célia Pereira de Lima Data: 10/06/2006 às 14:00

A reunião teve início com a palavra da diretora de Planejamento Urbano e Territorial Rita

Canutti, que apresentou à população os demais componentes da Prefeitura Municipal de Suzano

presentes na reunião.

Informou que a Secretaria de Política Urbana estava revisando o Plano Diretor, visando

direcionar e reorganizar as atividades da cidade, reequilibrando dessa forma questões como

transporte, habitação a fim de termos uma cidade mais justa para todos.

Rita colocou que no mês de janeiro houve o lançamento do Plano com a finalidade de

apresentá-lo a população e que esta etapa tem por objetivo ouvir o que a população tem a dizer

sobre a cidade, assim como para que sejam apontados os aspectos negativos, positivos

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

142

existentes nos loteamentos e sugestões para melhoria da qualidade de vida da cidade.

Foi salientado que para desenvolver uma lei como o Plano Diretor é necessário conhecer a

cidade com a participação da população para que o mesmo seja discutido junto a ela a fim de

levantar os problemas relacionados a habitação, transporte, regularização fundiária e outros,

sendo necessário para isto, verificar quais são as prioridades para o crescimento equilibrado do

território.

Posto isto, colocou-se que é imprescindível reservar áreas no centro para a população de

baixa renda e não incentivar apenas a ocupação no centro por população com maior renda.

O Plano é proposto por 10 (dez) anos e significa, portanto, que esta lei terá validade não

somente no governo atual, mas também em subseqüentes.

Dessa forma, foram feitos alguns exemplos sobre a aplicação do Plano Diretor onde foi

colocado que cada área deve ser reservada para as atividades adequadas às suas condições

físicas, sociais e ambientais, ou seja, cada pedaço do município, para cumprir sua função social

deverá ser de interesse da coletividade e não do individuo, como por exemplo, algumas áreas de

proteção aos mananciais poderão ser destinadas a preservação ou recuperação, devido a

manutenção da qualidade e produção de água para o consumo que é de interesse de todos.

Após as primeiras explanações foi exibido o vídeo sobre o Estatuto da Cidade e Plano

Diretor, que apontou entre outros aspectos, o crescimento desordenado da cidade e salientou a

importância de um planejamento participativo no município.

Rita Canutti colocou que essas reuniões dão oportunidade as pessoas em expor seus

problemas conjuntamente, e assim, buscar soluções junto aos governantes. A partir da abertura

para discussão, a população contestou as melhorias que estão sendo feitas no centro da cidade

comentando que em contrapartida eles não estão vendo benefícios sendo implementados na

periferia. Além disso, questionaram a eficiência do governo no setor da saúde e após os

comentários foram citadas as obras e programas que o governo vem desenvolvendo para

melhorar o atendimento da saúde e demais ações em educação, esportes, cultura, habitação,

infra-estrutura,

Diante das críticas apresentadas pela população, foi reforçada a importância de se discutir,

conhecer o Plano Diretor, para sua aplicação, lembrando que o Plano Diretor – uma lei de

ordenamento do território – tem a vigência de até 10 anos e que, portanto, não é um plano de

governo, de obras, mas um plano para a cidade. Além disso, não se trata de promessas, mas sim

de uma construção coletiva (prefeitura, sociedade civil, etc) sobre as formas e parâmetros de

desenvolvimento sócio-territorial da cidade.

A dinâmica proposta é que os participantes se organizem em grupo e apontem no mapa

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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do município os pontos positivos, negativos e sugestões para o desenvolvimento da cidade,

conforme segue abaixo. Essas informações serão importantes para a discussão das prioridades a

serem adotadas para o loteamento e para o município como um todo.

Foi colocado pelo funcionário Edílson que haverá uma reunião na qual serão discutidas

questões relacionadas à regularização fundiária para que haja um plano voltado a esse tema.

Um mapa contendo somente as áreas irregulares será desenvolvido para posteriormente

ser analisado e verificado se as ocupações poderão permanecer onde estão, ou seja, cada

situação será analisada de forma específica.

O Plano atual, embora contemple a Regularização Fundiária, não descreve quando, onde

e como ela se dará, sendo esse um dos motivos da necessidade de revisar o mesmo, para chegar

a dados condizentes com a realidade e capazes de serem implementados. Complementou-se

ainda que para o início do processo de regularização será realizado o cadastramento das famílias

que vivem em áreas ocupadas irregularmente.

Edílson encerrou a reunião colocando que o processo de revisão do Plano terá

continuidade nos meses de agosto e setembro e que a próxima fase será de propostas.

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Falta de praças e áreas de lazer Localização do loteamento Padronização dos ferros velhos Falta de creches e UBS Escolas (as existentes são

consideradas muito boas) Reformulação do espaço do estádio (elas o utilizam somente para fazer caminhadas e gostariam que ele tivesse outros usos)

Falta de saneamento básico Time do ECUS Falta de segurança pública e posto policial

Falta de pavimentação Falta de caixa eletrônico na região do Jd. Colorado

Esgoto atrás do CEFAM Falta alternativas de ônibus para Mogi das Cruzes

Centro de Detenção Falta de correio Falta de centro cultural na região Falta de ponto de ônibus e cobertura nos existentes

Feiras de rua Falta regularização fundiária Falta de incentivos ao esporte Falta de iluminação Trajetos deficientes do transporte público

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2.7.1. Fotos da reunião – Jardim Colorado e região

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2.8. Cidade Miguel Badra Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEF Avelino de Lima Franco Data: 11/06/2006 às 10:00

A reunião foi iniciada a apresentação dos técnicos da Prefeitura e com informações sobre

o processo de discussão do Plano Diretor de Suzano, objetivo da reunião e a diferença dessa

reunião das demais que vem ocorrendo na cidade como Orçamento Participativo, Regularização

Fundiária, Redução de Áreas de Risco. Destacando que a reunião tem como objetivo principal

conhecer como a população vive, usa a cidade por meio de identificação dos pontos positivos,

negativos da cidade e sugestões para contribuir com a melhoria da qualidade de vida em Suzano.

Dessa forma, é feita uma explicação sobre a abrangência do Plano Diretor, ou seja, a

construção de um Plano que proponha o reordenamento territorial para que a cidade se

desenvolva de forma mais justa para todos e com base nos apontamentos da comunidade. Para

tanto, o processo de revisão do Plano Diretor busca incorporar dados e informações sobre a

vivência da população na cidade para que seja possível a definição de parâmetros que permitam

a melhor redistribuição dos usos na cidade.

Após a introdução foi exibido o vídeo do Ministério das Cidades sobre Plano Diretor e

Estatuto da Cidade, destacando a importância do Estatuto ao estabelecer instrumentos para

reordenação da cidade, sendo o Plano seu principal instrumento, em especial, devido ao caráter

participativo.

Com base nas imagens do vídeo foi perguntado a população se ela reconhecia no

loteamento algumas das situações apresentadas, sendo então identificado pelos participantes a

ocupação em morros, e reconhecido que a maior parte dos equipamentos públicos, coletivos

localizam-se no centro da cidade e ausência dos mesmos na periferia.

A população comentou, ainda, que os políticos fazem promessas, porém não as cumprem

e Edílson (coordenador de habitação da SMPU) colocou que antes a população nem mesmo era

ouvida e que nesta gestão isto esta acontecendo, já que a função da reunião neste momento é

construir uma lei com a participação da população.

Após as explanações foi solicitado aos presentes que se dividissem em grupos e

apontassem no mapa do município os pontos positivos, negativos da cidade e sugestões para seu

desenvolvimento, sendo:

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Transporte Localização Construir escolas Esgoto UBS e Programa Saúde da Família Saúde – UBS Governo popular Iluminação População Limpeza das ruas Escola Segurança Falta de áreas de lazer Loteamento irregular Falta infra-estrutura Falta creche municipal

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Posto de saúde Comércio Criar uma linha de ônibus para

Itaquaquecetuba Pavimentação Transporte Colocar enfermeira nas salas de

aula Iluminação Fábrica Regularização dos lotes em área de risco e irregulares

Creche

Segurança em geral Escola Falta de pontos de ônibus Ruas não encontradas pelos nomes só por números

Foi colocado por Rita Canutti que, até o presente momento, o dinheiro arrecadado da

população com menos recursos sempre foi utilizado pelos que possuem maior renda e que o

Plano Diretor visa regularizar e redistribuir de forma mais equilibrada a arrecadação do município.

Está previsto para setembro a próxima etapa de discussão do Plano, que discutirá os

principais eixos de intervenção, ou seja, os recursos terão, também, que ser empregados nesses

eixos para estimular o desenvolvimento da cidade, assim com, em saúde, educação, transportes,

etc.

A reunião foi finalizada com um participante que comentou que a cidade, de 57 anos,

nunca ouviu a população e questionou os demais com relação a quantas pessoas tinham casa

própria e em quanto tempo elas conseguiram obtê-la. Como resposta ele obteve: “10 anos”, e

então complementou: “Como vocês querem que o novo governo resolva tudo em apenas 1 ano e

5 meses se vocês pela experiência que tiveram em adquirir a casa própria sabem que

determinadas situações necessitam de muito mais tempo para se resolverem?”

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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2.8.1. Fotos da reunião – Cidade Miguel Badra

2.9. Palmei2.9 Palmeiras I – Vila Fátima e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEF Neide Pião Vidal Data: 24/06/2006 às 10:00

A reunião foi iniciada com a apresentação da equipe técnica da Prefeitura e informes sobre

as etapas anteriores, como a formação da coordenação compartilhada com representantes das

diversas regiões da cidade que contribuem com a troca de informações entre a população e a

prefeitura e ajudam na mobilização da população a participar de todas as etapas de revisão do

Plano Diretor.

Após apresentação dos participantes é apresentado o resultado da etapa de mobilização e

sensibilização e seu objetivo, ou seja, explicar o que é e o que significa Estatuto da Cidade e

Plano Diretor, suas inter-relações e articulações.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Considerando que grande parte dos presentes não participaram das etapas anteriores é

retomada a explicação sobre o que é Plano Diretor, sua abrangência e, principalmente, seus

limites, ou seja, o Plano não trata de questões pontuais como atendimento no posto de saúde,

aumento de ambulâncias nas UBS, valor da tarifa do ônibus, pois não dependem de lei

urbanística para solucionar tais deficiências. O Plano Diretor tem por finalidade o organizar como

os diversos usos e atividades serão distribuídos no território de forma equilibrada e condizente

com as características da cidade sejam no âmbito financeiro, social, cultural, ambiental, urbano,

etc.

Por outro lado, a participação na etapa 2 contribuiu com a elaboração de mapas temáticos,

desenvolvidos com base nas informações apontadas pelo conjunto da sociedade sobre os pontos

conflitantes e de interesse da comunidade como saneamento ambiental, regularização fundiária,

transporte e mobilidade urbana, pavimentação, áreas verdes e de lazer, iluminação pública;

saúde, educação e segurança, sinalizando assim, algumas questões estruturais para a revisão do

Plano Diretor e que são estruturais para o desenvolvimento da cidade.

A seguir é exibido o vídeo do Kit das Cidades sobre Estatuto da Cidade, que serve como

uma ferramenta de ilustração de como o Plano Diretor é importante para o direcionamento de

desenvolvimento da cidade.

Após a apresentação do vídeo é sugerida que se formem grupos para apontar no mapa da

cidade o que Suzano tem de bom, de ruim e sugestões para melhorar, sendo proposto pelos

participantes que o moderador anotasse as colocações levantadas pelo conjunto dos

participantes, conforme segue:

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Posto de saúde Ônibus na porta Não foram feitas propostas Córrego Asfalto Falta de legalização das áreas Ampliação da escola Falta de asfalto, guia e sarjeta Transporte escolar Área de risco Transporte Faltam creches no Jd. Ikeda e Jd. Planalto

Faltam áreas de lazer Falta limpeza das valetas, ruas e córregos

Caixa d’água (Jd. Restinga) Iluminação dos bairros Esgoto a céu aberto

A reunião dessa região demonstrou algumas contradições quanto ao que é bom e ruim,

onde, por exemplo, o transporte nas duas situações, porém o tema de maior interesse dessa

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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região se refere a regularização fundiária, pois trata-se de uma região inserida na área de

proteção aos mananciais que tem restrições quanto as ocupações densas, mas em muitos casos,

os loteamentos, são consolidados mesmo com precariedade de infra-estrutura.

Dessa forma, as questões da habitação e do transporte permearam o debate, sendo assim

finalizada a reunião com informações sobre a possibilidade e importância de definição de áreas

para a população de baixa renda no Plano Diretor, para fortalecer mecanismos posteriores no

sentido de regularização fundiária. Terminado o debate e esclarecimentos, a reunião foi

encerrada.

2.9.1. Fotos da reunião – Palmeiras 1 – Vila Fátima e região

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

150

2.10. Centro / Cidade Edson / Vila Figueira e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEF Antonio Marques Figueira Data: 24/06/2006 às 14:00

A reunião na região do centro foi iniciada com a apresentação da equipe técnica da

Prefeitura e dos participantes individualmente, em função de seu número reduzido, porém com

participação nas outras etapas. Os loteamentos com representante nessa reunião são o Jardim

Vitória, Jardim das Flores, Vila Figueira e Cidade Edson.

Considerando o número de pessoas a reunião permitiu maior aprofundamento sobre o

processo de revisão do Plano Diretor e possibilitou que algumas das dúvidas dos participantes,

referente ao papel da administração municipal, puderam ser sanadas.

Dessa forma, foi apresentado que a reunião da leitura comunitária tem por finalidade

levantar junto a população seu entendimento sobre a cidade por meio da identificação dos pontos

positivos, negativos e sugestões para melhorar a qualidade de vida na cidade. Destacando a

importância de se discutir e pensar o conjunto da sociedade.

Apesar da intenção de se discutir e pensar o conjunto da cidade, os problemas pontuais

foram os mais citados, porém, em sua maioria, relacionados com o escopo do Plano Diretor em

função a diversidade do grupo, pois estavam presentes moradores de bairros como Vila Figueira,

consolidado e com infra-estrutura e de ocupações irregulares na região central – Jardim das

Flores.

Essa diversidade de realidades dos participantes gerou debates entre as partes, onde de

um lado estavam os que defendiam a regularização e de outro os que acreditavam que as

ocupações deveriam ser “retiradas” da região.

Diante do debate foram apresentados mapas temáticos construídos com base nas

reivindicações apontadas, onde as informações levantadas junto a população sinalizam o

direcionamento de ações que se pretende para o desenvolvimento da cidade, sendo assim, é

apresentada a dinâmica da reunião que consiste em realizar um exercício no qual os participantes

apontam no mapa o que Suzano tem de bom, o que tem de ruim e sugestões para melhorar a

cidade.

Porém, antes da formação do grupo é exibido o vídeo do Kit das Cidades sobre Estatuto

da Cidade, que serve como uma ferramenta de ilustração de como o Plano Diretor é importante

para o direcionamento de desenvolvimento da cidade.

A partir do vídeo e do debate inicial são apresentados os seguintes pontos sobre a cidade:

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Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Regularização fundiária Não foram apontados os pontos

positivos Implantação de feira livre na V. Figueira

Infra-estrutura (pavimentação) Produção de habitação para população de baixa renda

Problemas respiratórios por falta de pavimentação

Jd. das Flores – próximo do centro, mas sem estrutura

Falta transporte – Jd. das Flores, Fazenda Viaduto, Jd. Lígia

Iluminação – Jd. Lígia Falta escola – Jd. das Flores Transporte escolar Problema de esgoto.

Concluída a exposição e o debate sobre os apontamentos é reforçada a importância da

participação popular no processo de revisão do Plano Diretor. É feita a consideração final e

encerrada a reunião. Sem registro fotográfico

2.11. Parque Maria Helena e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEI Ana Maria Barbosa Garcia Data: 15/06/2006 às 10:00

A reunião é iniciada com a apresentação da equipe técnica da Prefeitura e informes sobre

as etapas anteriores do processo de revisão do Plano Diretor, sendo assim, explicado a etapa

atual é de levantamento das vivências da população na cidade de Suzano, onde o cruzamento

das informações levantadas nas diversas regiões da cidade subsidiarão a definição dos eixos

prioritários de intervenção a serem tratados por meio do Plano Diretor. Ao final do processo será

redigido o projeto de lei do Plano Diretor, que deverá ser aprovado pela Câmara Municipal de

Suzano.

Dessa forma, foi colocado que o Plano pretende discutir o equilíbrio da cidade contando

sempre com a participação popular para definição das zonas de uso, os padrões de

incomodidade, questões que direcionam as áreas a serem ocupadas e os usos admitidos para as

mesmas, isto é, onde a indústria, a habitação e o comércio irão se instalar e com quais

parâmetros. Essa lei tem validade por 10 anos, em função da dinâmica de transformação das

cidades, devendo a lei, acompanhar tais mudanças.

Num segundo momento foi apresentado o vídeo que demonstra a aplicação do Estatuto da

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Cidade e simula situações de conflitos entre velhos moradores e pessoas em busca de novas

oportunidades, em função da implantação de indústrias em cidades que antes não as possuíam,

locais de trabalhos longe das moradias e ocupação de áreas inadequadas à habitação, entre

outros.

O vídeo aponta que diante de tais situações era necessário criar novas regras levando-se

em conta toda a população e não somente uma parcela e dá como exemplo o repovoamento dos

espaços vazios da cidade, o estudo de impacto de vizinhança, garantia de moradia popular em

áreas nobres da cidade e os planos e projetos que contemplem a participação de toda a

população.

Após a apresentação do vídeo é apresentada a dinâmica proposta para a reunião que é a

divisão dos participantes em grupos, que recebem um mapa da cidade para apontar o que

Suzano tem de bom, de ruim e sugestões para melhorar.

Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Falta creche Escolas Não foram feitas propostas Faltam áreas de lazer e praças Saúde (em fase de crescimento) Falta unidades para atendimento de pessoas ‘especiais’

Empresas de grande porte

Falta posto policial Núcleo habitacional não tem estrutura

Transporte coletivo Faltam lotéricas Falta correio Rede de esgoto e de águas pluviais Falta urbanização – ponte de ligação das ruas do Pq. Maria Helena novo

Falta hospital Poluição visual

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Falta controle na implantação de unidades habitacionais inadequadas (área da IBAR)

Empresas de grande porte (Atacadão, Di Cico, NSK)

Falta de ônibus na V. Maria de Maggi

Ponte estratégica para todos os pontos da cidade

Falta nivelamento do paralelepípedo Escolas: Luiz Romanato, Paulo Kobayashi, Ana Maria Morteni

Associação do CDP como sendo do Pq. Maria Helena (o CDP é da cidade)

Posto de saúde

Falta urbanização na parte nova do Pq. Maria Helena

Construções regularizadas com profissionais habilitados

Falta iluminação nas avenidas Região com menos inadimplência de

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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principais IPTU Faltam áreas de lazer Segurança pública Moradia irregular no final da Rua Anis Fadul

Desvalorização do bairro Faltam placas de sinalização para identificar os bairros

Após expostos os apontamentos positivos e negativos relacionados ao loteamento, foram

feitas algumas observações por parte dos técnicos da Prefeitura que informaram sobre o

recadastramento do IPTU que resultara na atualizam dos dados sobre as edificações, os

arruamentos, permitindo o posterior reconhecimento das ruas da cidade. Explicou-se também que

a implantação do Centro de Detenção Provisória foi determinação do governo estadual e não

municipal.

A revisão do Plano Diretor deverá ser desenvolvida levando-se em consideração os

aspectos regionais e não somente locais, a exemplo das questões ambientais relacionadas ao rio

Tietê.

Após exposição dos grupos, com breve explanação sobre os itens apontados, suas inter-

relações e o que se relaciona com o Plano Diretor é destacada a importância do exercício em

grupo e da mobilização e participação popular no processo de revisão do Plano Diretor e são

feitas as considerações finais e encerrada a reunião.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

154

2.11.1 Fotos da reunião – Parque Maria Helena e região

2.12. Palmeiras II – Jardim Brasil e região Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006-2016 – Semeando o Futuro da Cidade Tema: Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local Local: EMEF Odário Ferreira da Silva Data: 02/07/2006 às 14:00

A reunião foi iniciada com a apresentação da equipe técnica da Prefeitura e com a

identificação dos participantes que estiveram na reunião anterior, onde cerca de 30% dos

presentes estão acompanhando o processo de revisão do Plano e os loteamentos representados

nessa reunião são o Jd. Revista, Jd. Dona Benta, Jd. Varam, Jd. dos Fernandes e Cidade Boa

Vista.

Após apresentação dos participantes é apresentado o resultado da etapa de mobilização e

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

155

sensibilização e seu objetivo, ou seja, explicar o que é e o que significa Estatuto da Cidade e

Plano Diretor, suas inter-relações e articulações, no que tange: moradores x loteamentos x

cidade, e todas as questões administradas pelo governo municipal como transporte, saúde,

educação, entre outros.

Dessa forma, é reiterada a abrangência e, principalmente, os limites do Plano Diretor, isto

é, é informado que o Plano Diretor não trata de questões pontuais e específicas como

atendimento nos postos de saúde, vagas nas escolas, etc., mas, sim, o direcionamento dos locais

onde há demanda para instalação de novos equipamentos, locais destinados a habitação de

interesse social, de emprego, entre outros, sendo assim destacada a importância da participação

da sociedade civil nos processos de planejamento e decisão sobre o urbano e o território. Com

base na importância da participação são apresentados os representantes eleitos na etapa 2,

destacando a presença dos mesmos nesta reunião.

Por outro lado, a participação na etapa 2 contribuiu com a elaboração de mapas temáticos,

desenvolvidos com base nas informações apontadas pelo conjunto da sociedade sobre os pontos

conflitantes e de interesse da comunidade como saneamento ambiental, regularização fundiária,

transporte e mobilidade urbana, pavimentação, áreas verdes e de lazer, iluminação pública;

saúde, educação e segurança, sinalizando assim, algumas questões estruturais para a revisão do

Plano Diretor e que são estruturais para o desenvolvimento da cidade.

Na seqüência, é apresentada a dinâmica da reunião que consiste em realizar um exercício

no qual os participantes serão divididos em grupos de aproximadamente 15 pessoas e cada grupo

receberá um mapa do município no qual, após discussão interna, deverão apontar o que Suzano

tem de bom, o que tem de ruim e como podemos melhorar nossa cidade.

Antes da formação dos grupos, algumas questões relacionadas a habitação são

levantadas como o tratamento previsto para as ocupações em áreas de risco, onde a moderadora

explica está em andamento o programa municipal de erradicação de áreas de risco e que o

mesmo está a cargo da Diretoria de Produção Habitacional e Regularização Fundiária e que já

conta com uma equipe de cadastradores trabalhando junto a estas ocupações.

Inicia-se então a divisão e os trabalhos em grupos.

Após período de discussão os grupos são convidados a exporem através de seus

representantes e os resultados obtidos são:

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Grupo 1

Negativos Positivos Propostas Falta infra-estrutura (iluminação, nivelamento das ruas)

Saúde Não foram apresentadas sugestões

Falta saneamento Educação Transporte (falta ônibus) Transporte Regularização fundiária Saúde Educação Segurança Vigilância sanitária Pavimentação Falta UBS na região Falta creche Coleta de lixo

Grupo 2

Negativos Positivos Propostas Iluminação Escola Não foram apresentadas sugestões Falta de coleta de esgoto Creche e pré-escola Transporte (falta ônibus) UBS Falta de rede de água Programa Saúde da Família em

implantação

Pavimentação Regularização fundiária Faltam áreas de lazer Saúde Segurança Falta atendimento bancário

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2.12.1. Fotos da reunião – Palmeiras II – Jardim Brasil e região

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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3. Seminário do Plano Diretor Participativo – Leitura Técnica e Comunitária

Como parte integrante da 3ª Etapa da Revisão do Plano Diretor Participativo – Leitura

Técnica e Comunitária foi realizado no dia 12 de agosto de 2007 um Seminário aberto à

comunidade cujo objetivo foi aprofundar a discussão a respeito dos temas elencados como

prioritários, tanto a partir do conhecimento da realidade local apresentado pela comunidade

quanto pelos trabalhos da equipe técnica.

Para a realização do Seminário foram realizadas duas reuniões de trabalho preliminares

com a Coordenação Compartilhada, que contou ainda com a presença dos técnicos da Prefeitura,

Rita Canutti – Diretoria de Planejamento Urbano e Territorial e Edílson Mineiro – Diretoria de

Habitação e Regularização Fundiária, além do Secretario de Política Urbana, Miguel Reis Afonso

e da equipe de assessoria técnica da FUPAM.

3.1. 1ª Reunião de Trabalho da Coordenação Compartilhada A primeira reunião preparatória foi realizada dia 18 de julho de 2006, com a participação

de cerca de 10 representantes da Coordenação. Nesta reunião tratou-se de apresentar os cinco

pontos considerados como prioritários para discussão para que a Coordenação pudesse pactuar

esses pontos a partir de uma reflexão coletiva e, principalmente, para que auxiliassem a equipe

técnica e a Prefeitura a elaborar a metodologia a ser adotada no Seminário.

Num segundo momento inicia-se a explanação sobre os instrumentos do Estatuto da

Cidade selecionados para serem aprofundados na reunião de trabalho. Depois a diretora Rita

Canutti explica como são demarcadas as macro-zonas e como se dão seus direcionamentos.

O secretário Miguel Reis Afonso solicita aos representantes da Coordenação que dêem

opinião sobre os cinco eixos elencados para as mesas temáticas e sugere que os mesmos

opinem sobre como poderá ser a dinâmica de discussão em cada mesa.

O grupo sugere que cada mesa tenha um moderador e que estes sejam representantes da

Prefeitura, para uma melhor orientação sobre a temática. Salientam também que é muito

importante a divulgação e possivelmente viabilização de transporte para a população.

Os presentes observam também que material com muito texto não é adequado para

distribuir para a população e que o vídeo que foi passado na primeira rodada de reuniões foi bem

aceito, podendo repetir essa metodologia.

Finalizando acrescentam que é importante colocar a pauta do Seminário no convite que

será distribuído, para que as pessoas se informem melhor sobre o conteúdo que será abordado

na reunião.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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3.2 2º Reunião de Trabalho da Coordenação Compartilhada A segunda reunião de trabalho da Coordenação Compartilhada ocorreu no dia 02 de

agosto de 2007 e a proposta para esta reunião foi discutir a estrutura do Seminário a se realizar

no dia 12 de agosto.

Rita Canutti explica que idéia é apresentar para o grupo os slides preparados para que

todos possam opinar sobre a metodologia adotada, sobre como estimular a participação da

comunidade e, ainda, para que a Coordenação discuta como será sua atuação nas mesas

temáticas do Seminário.

Após a explanação todos consideram bons os slides e pactua-se que está num nível bom

para que todos os participantes entendam e possam discutir as questões abordadas em casa

tema.

Sugere-se que cada representante da Coordenação Compartilhada indique em que mesa

temática gostaria de participar, com a intenção de auxiliar os mediadores na discussão com a

população. Cada participante se coloca voluntariamente para uma mesa, a saber:

Vera – Jardim Maitê: Transportes

Neto – Nova América: Regularização Fundiária

Gui: Jardim Ikeda: Regularização Fundiária

Rose – Vila Rica: Saneamento Ambiental

Paulo – Miguel Badra: Transportes

Zito – Casa Branca: Desenvolvimento Econômico

Giovana – Jardim Varan: Desenvolvimento Econômico

Dorinha – Jardim Gardênia: Desenvolvimento Econômico

3.3 Seminário do Plano Diretor Participativo O Seminário do Plano Diretor Participativo realizou-se dia 12 de agosto de 2006 às 14h, na

Emef Antônio Marques Figueira.

Inicialmente, Miguel Reis Afonso, secretário de Política Urbana, fez uma explanação sobre a

dinâmica do Seminário e uma breve explicação sobre as temáticas que serão abordadas em cada

mesa.

A importância do Seminário para a Revisão do Plano Diretor é a oportunidade dos

participantes aprofundarem a discussão em eixos temáticos que foram considerados como

prioritários após a primeira rodada de discussão e as investigações técnicas sobre o município.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

160

A segunda parte da reunião consistiu na divisão dos participantes em cinco mesas

temáticas, cujas atas estão expostas a seguir:

3.3.1 Tema: Desenvolvimento Econômico Presentes na mesa temática: 15 participantes

A mesa temática sobre desenvolvimento econômico foi coordenada pelo assessor da

Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Negócios e Turismo, Jácomo Salvador

Bragheroli. O assessor apresentou um panorama sobre a situação econômica do município, as

políticas de desenvolvimento nos últimos 32 anos e o que está sendo feito atualmente.

Na apresentação de slides, foi mostrado que, em número de estabelecimentos, o

comércio é o mais expressivo com 3423 estabelecimentos, ou 73% do total. Os serviços possuem

744 estabelecimentos, 16% do total. A indústria possui 327 estabelecimentos, 7% e os outros

correspondem a 183 estabelecimentos, 4% do total. A agropecuária não aparece no levantamento

por que a produção é vendida pelo produtor principalmente a atravessadores.

Em relação ao número de empregos a indústria representa 49,36% do total, mostrando

claramente o perfil industrial do município. Em seguida vem os serviços com 27,24%, comércio

com 18,55%, construção civil com 2,67% e por último agropecuária com 2,18%. Na comparação

com o estado de São Paulo e a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) a agropecuária se

mostra com relativa importância, já que no estado ela representa 3,61% dos empregos e na

RMSP apenas 0,2% e no município 2,18%. O peso da indústria nos empregos totais é ainda mais

evidente ao se comparar o estado de São Paulo, a RMSP e o município, enquanto no primeiro é

de 23,08% na RMSP ele é de 19,5% enquanto em Suzano é de 49,36%. A construção civil e o

comércio no município se mantêm próximos à média do ESP e da RMSP, a construção civil com

2,67%, 3,2% e 3,63% respectivamente e o comércio com 18,55%, 17,79% e 16,36%

respectivamente. Nos serviços a relação observada na indústria se inverte, enquanto no ESP e na

RMSP se têm 52,33% e 60,3% respectivamente, no município se observa uma participação de

27,24%.

Quanto à arrecadação o quadro é semelhante, com a indústria representando 66,57% do

total, o comércio e serviços 32,04% e a agropecuária 1,39%. No estado a agropecuária tem um

peso maior (7,7%) do que na RMSP (0,19%) ou em Suzano (1,39%). A indústria representa

66,57% da arrecadação em Suzano, já no estado e na RMSP representa respectivamente 43,78%

e 42,92%. A participação do comércio e serviços na arrecadação de Suzano (32,04%) também é

inferior ao do estado (48,51%) e a da RMSP (56,89%), sendo que a participação dos serviços

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

161

deve ser muito inferior a do ESP e a da RMSP.

Foram apresentadas as políticas de desenvolvimento que foram implementadas nos

últimos 32 anos (1973-2005), apesar de não ter existido uma política efetiva de desenvolvimento.

No Turismo, para fomentar o desenvolvimento, foi criada a COMTUR e o circuito regional

Caminho das Águas e Nascentes. Na Agricultura houve uma tentativa de resgatar a agricultura

com a Casa da Agricultura, a Associação de Agricultores e a Central de Distribuição (Varejão do

Produtor). A Agência de Desenvolvimento Regional visa à geração de emprego e renda. Mas

também é necessário um estudo de demanda do empreendedor, assim como incentivos, como os

oferecidos pelo CEAP (qualificação profissional), pelo SEBRAE (ensino de como administrar) e

Banco do Povo (financiamento).

Foi elencado que para o desenvolvimento econômico sustentável é necessária a

geração de emprego e renda, a preservação ambiental e a responsabilidade social e que já existe

em proposta uma nova lei de incentivos industriais e benefícios fiscais na qual uma empresa

investe em algo para a cidade agora e esse dinheiro é descontado dos impostos futuros.

Após a apresentação do secretário, o representante da associação comercial falou que

80% dos estabelecimentos são clandestinos em algumas áreas e se perguntaram formas de tirar

esses estabelecimentos da clandestinidade como flexibilizar a abertura deles. Mencionaram-se as

indústrias familiares, que são abertas junto com a residência ou próximo dela e que não causam

incômodos, esse tipo de indústria não se encaixa nas ZUPIs, já que elas são feitas para as

grandes indústrias.

Foi comentado que legalmente não existe diferença entre um criador de animais para

experimentos científicos e outro sem controle sanitário e que a lei proíbe os dois, sem diferenciá-

los. Seria necessário mudar a lei, e dizer o que se pode fazer na cidade. Também foi comentado

que é necessário agregar valor aos produtos de uma forma geral.

Foi tirada a conclusão de que é necessário maior estímulo às empresas, reduzir as

diferenças entre as secretarias e criando o Balcão do Empresário no qual seria fornecido ao

empresário todas as orientações do que fazer para abrir a sua empresa.

Foram questionadas maneiras de compatibilizar os usos no zoneamento, como criar um

índice de incomodidade, levantando o que incomoda a população, como barulho, cheiros, trânsito.

Também foi levantada a questão de onde ficam e onde se deseja ter os vetores de crescimento,

onde se quer a expansão da indústria e do comércio. É necessária a redução da complexidade do

zoneamento.

Com a terceirização as grandes empresas estão diminuindo e diversas pequenas

empresas e pequenas indústrias surgem para prestar serviços às empresas maiores. O lote

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mínimo de 2.000 m² dificulta a abertura das pequenas indústrias, os condomínios industriais

podem ser uma solução, onde várias indústrias compartilham um mesmo terreno.

O investimento em formas de escoar a produção, investimento educacional, a criação de

incubadoras de pequenas empresas (tanto para indústrias como para agroindústrias) seriam

formas de incentivar a abertura de pequenas empresas.

No final todos concordaram que o investimento na abertura de pequenas empresas e um

zoneamento mais claro e flexível seriam boas medidas para aumentar o número de empregos e

fomentar o desenvolvimento econômico.

3.3.2 Tema: Regularização Fundiária Presentes na mesa temática: 26 participantes

Cláudio Scalli, Diretor de Produção Habitacional e Regularização Fundiária, da Secretaria de

Política Urbana do município de Suzano, iniciou a reunião apresentando os técnicos da prefeitura

que se encontravam presentes; informou seu papel de intermediar a discussão a respeito da

regularização fundiária dentro do Plano Diretor e, em seguida fez uma explanação apresentando

a atual situação do município a respeito do tema, os estudos, planos e programas que se

iniciaram neste governo e exemplos de intervenção e propostas para iniciar o debate com os

representantes populares.

A apresentação através de slides iniciou-se caracterizando o município, ressaltando que

73% do território municipal encontram-se em área de proteção aos mananciais e principalmente

descrevendo o panorama atual em relação aos loteamentos regulares e irregulares.

Foram expostas as dificuldades apresentadas para implementação de uma política

habitacional, a ausência de programas e ações realizadas em outras gestões e, até mesmo, de

levantamentos e dados que possibilitassem o desenvolvimento de uma política de regularização

fundiária no município.

Na seqüência foram apresentados os planos, programas habitacionais em

desenvolvimento pelo atual governo e as legislações referentes ao tema em tramitação na

Câmara. O diretor começou expondo sobre o mapeamento e estudo realizado nas áreas de risco,

alternativas para as remoções e sobre os recursos estaduais e principalmente federais que o

município recebeu para implantação das ações.

Foi ressaltado que, pela primeira vez no município, é trabalhada a questão das áreas de

risco e da regularização fundiária. Em seguida foram listadas as áreas a serem contempladas e a

exposição de diversos exemplos de proposta de intervenção. Também foi comentado sobre o

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

163

programa “Crédito Solidário”, recurso que possibilitou em diversos bairros a construção de

habitações populares.

O diretor expôs a metodologia utilizada para a elaboração do plano de regularização

fundiária para o município, listando os loteamentos já analisados e apresentando exemplos de

situações existentes e das ações a serem realizadas em cada caso.

Para finalizar foi apresentada a legislação habitacional que se encontra neste momento na

câmara municipal, como o Aluguel Solidário, Cesta de Material e a das Zonas Especiais de

Interesse Social – ZEIS, além da lei sobre o Fundo e do Conselho Municipal de Habitação, já

aprovada pela Câmara. O diretor ressaltou a importância para o Plano Diretor da implementação

das ZEIS e da identificação destas áreas.

Em seguida, foi aberta a mesa para o debate com a população. Primeiramente o diretor

questionou os presentes sobre o que se precisa do Plano Diretor, se é importante ter ZEIS no

município, e da importância de se identificar e gravar estas áreas e se o Conselho Municipal de

Habitação precisa ser valorizado. Todos concordaram que sim, que as questões levantadas são

de real importância para o desenvolvimento de uma política habitacional no município.

O primeiro morador a se expor, propôs que deveriam ser gravadas como ZEIS áreas

desocupadas onde há infra-estrutura, servindo principalmente para atender a famílias que fossem

removidas de áreas de risco próximas do local. Outro morador ressaltou a importância da

continuidade pública e de como o Plano Diretor poderia direcionar isto, evitando que

eventualmente alguma gestão venha a interromper a política habitacional que está sendo

implementada atualmente no município. Também foi enfatizada a importância da participação

popular na implementação desta política habitacional.

Em seguida um morador apresentou sua situação na qual, em função de alterações por

ocupações irregulares no bairro e da ausência de galeria de águas pluviais, o local que não sofria

com enchentes, atualmente corre risco constante de alagamento. O diretor ressaltou a

inexistência de galeria de águas pluviais em diversas áreas e informou à população que todos os

projetos e obras de pavimentação e outras em desenvolvimento tratam da questão do

escoamento das águas pluviais.

Outro morador perguntou como fica a situação dos mananciais; se correriam o risco de

remoção. O diretor explicou que cada caso será analisado e as soluções propostas serão

diferenciadas para cada loteamento ou área em razão das diferentes situações existentes.

Informou também que as áreas de proteção aos mananciais se remetem à legislação estadual

específica.

Diversos questionamentos pontuais foram feitos e o diretor orientou os moradores a

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164

exporem a situação aos técnicos da prefeitura que estavam ali presentes e que, após o debate,

ouviram e conversaram com alguns destes moradores. Depois dos debates e questionamentos

diversas propostas foram formuladas e posteriormente apresentadas pelo morador Geraldo na

plenária realizada logo após as cinco mesas temáticas:

- Declarar ZEIS em áreas desocupadas que possuem infra-estrutura para serem

destinadas para habitações populares, principalmente para beneficiar pessoas

removidas em áreas de risco próximas ou remoções por obras públicas;

- Priorização do Plano de Regularização Fundiária;

- Plano Diretor como instrumento que reconheça a cidade real, possibilitando inseri-la na

cidade legal;

- Sejam erradicadas as áreas de risco, com tratamento adequado das áreas para que

elas possam ser re-urbanizadas e destinadas à população do entorno;

- Utilizar os instrumentos urbanísticos com participação popular;

- Plano Diretor seja um instrumento que permita a continuidade das propostas públicas

no próximo governo;

- Concessão de título de moradia para famílias moradoras em áreas públicas, desde que

não estejam em situação de risco ou vinculadas em áreas de projetos públicos, e;

- A importância do Conselho Municipal de Habitação na participação da destinação dos

recursos financeiros do Fundo para a construção de novas moradias e reurbanização de

assentamentos precários.

3.3.3 Tema: Saneamento Ambiental Presentes na mesa temática: 16 participantes

A reunião foi aberta pelo Coordenador de Habitação, Edílson Henrique Mineiro, que se

apresentou e pediu para que todos da mesa temática se apresentassem. Edílson começa

comentando as etapas da Revisão do Plano Diretor, ressaltando os momentos de Sensibilização

e da Leitura Técnica e Comunitárias e que, a partir dessas etapas, iniciam-se os direcionamentos

para a construção do Plano.

A apresentação do tema foi feita através de slides e, a partir, de um reconhecimento do

mesmo, compreendendo a questão da água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos. Na seqüência

comentou que Saneamento Ambiental é o abastecimento da água potável, o esgotamento

sanitário, o manejo de resíduos sólidos, das águas fluviais, o controle de vetores e as relações

com a saúde pública e com o uso e ocupação do solo.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

165

Ressaltou ainda que o serviço de Saneamento Básico, ou seja, água e esgoto são

responsabilidades do município e que, em Suzano, quem opera esse serviço é a Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP. No entanto, salientou que o prazo do

contrato de concessão vai até novembro de 2007.

Foram apresentados dados através de uma consulta feita na Sabesp informando que 80%

da água captada retornam em forma de esgoto e que é responsável por 65% das internações

hospitalares. Foi informado ainda que o município possui 98% de atendimento e que a qualidade

da água é adequada. Até 15 m3 por mês é cobrada uma tarifa social, atualmente em R$ 12,00.

Acima disso, cobra-se pelo consumo medido. Em relação ao esgoto a Sabesp informou que o

município tem 98% de atendimento em abastecimento de água e 70% de tratamento do esgoto

coletado.

Dentre outros pontos, destacou que o esgoto é um dos mais críticos e mostrou um

levantamento feito numa parte da cidade em que o esgoto não é tratado. O exemplo foi na região

do Rio Abaixo, mostrando que existe uma concentração maior de população que sofrem com

esse problema. Na seqüência, mostra o mapa do município, apontando ocupações nas áreas de

mananciais e esclarecendo que, conforme parâmetros da lei estadual, essas ocupações não são

regulares.

Informou que a característica ambiental é a maior riqueza do município. Destaca que a

água é uma questão importante; um bem para toda a sociedade e, por isso, é importante que

exista um plano de educação ambiental. Destacou que a represa de Taiaçupeba abastece 3

milhões de pessoas. Aponta que a canalização dos córregos é um problema para o meio

ambiente e que o esgoto é que tem que ser canalizado e não os córregos.

Complementou que a ocupação irregular é uma idéia que surgiu com muita força e vai ser

uma diretriz para o Plano Diretor. Fala dos problemas das ocupações nas áreas de mananciais e

que a solução seria regularizar as que já existem e não permitir mais ocupações.

O morador Emanuel da Casa Branca comenta que as pessoas que moram em área de

risco deveriam se conscientizar e não poluir os cursos d'água.

Edilson procedeu a apresentação dando exemplos de ocupações irregulares na represa,

mostra a foto da Represa Billings sem ocupação e preservada e, em outra foto, mostra uma parte

da Represa com ocupação irregular e poluída.

Em seguida comenta sobre resíduos sólidos. Na maior parte do município a coleta

doméstica é realizada três vezes por semana, já na área central a coleta ocorre diariamente. Em

relação à varrição esta está concentrada nas áreas centrais, causando o descontentamento da

população. Informa ainda que o aterro localizado em Itaquaquecetuba está interditado pela

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

166

justiça. Em seguida Edilson finaliza a apresentação abrindo o debate da mesa temática.

A moradora Zélia da Chácara Néa fala que na área rural não tem uma coleta adequada e

que o seu bairro merece que tenha um serviço de coleta como todos os bairros. Em relação ao

lixo destacou que as escolas deveriam trabalhar esta questão de conscientizar os alunos sobre a

reciclagem. Complementou dizendo que em outros países as pessoas que jogam lixo na rua

recebem multas. A moradora propôs uma parceria com o poder público para poder existir uma

reeducação ambiental.

Já a moradora Rosemar perguntou se poderia existir um aterro em Suzano, para que não

tivesse mais problemas com outros municípios. Em resposta o funcionário da Secretaria de

Obras, Paulo Barbosa, informa que não existe possibilidade de implantar um aterro na área

central e nem em áreas de mananciais. Na seqüência informa que 40% do lixo é reciclado.

Através do debate foram sugeridas algumas propostas:

- Programa de Educação Ambiental para destinação do lixo;

- Usina de compostagem do lixo orgânico com utilização de podas de árvores e capinação;

- Usina para tratamento de entulho da construção civil;

- Rever contrato com a Sabesp para melhoria na prestação do serviço;

- Reuso da água, criar sistema para o reuso domiciliar;

- Discutir a questão da água dentro de programas de educação ambiental, para seu uso

sustentável;

- Desenvolver programas para preservar áreas de nossos mananciais;

- Regularização nas áreas de mananciais;

- Elaborar plano de recuperação de mananciais;

- Captação e tratamento de 100% do esgoto doméstico;

- Implantação de coleta seletiva em 100% na cidade.

Depois de relatada as proposta que surgiram no debate Edílson encerra a reunião.

3.3.4 Tema: Transporte Presentes na mesa temática: 16 participantes

O Diretor de Transporte, Assuntos Viários e Mobilidade Urbana da Secretaria de Política

Urbana, Celso Cosenza, apresentou um panorama da situação do transporte público municipal

em Suzano. Segundo Celso a frota de ônibus disponível é insuficiente e ruim:

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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- Apenas 57 carros distribuídos em 18 linhas;

- Os veículos municipais têm multas por serem poluentes.noram

- Acidentes freqüentes com a frota.

- Grande tempo de espera nos pontos de ônibus e grande tempo viagem.

- As linhas não fazem parte do sistema (não são integradas).

Celso esclarece que por conta do serviço mal prestado pela empresa responsável, a Visul,

a prefeitura já enviou diversas notificações. Ele segue explicando que o processo de licitação da

empresa aconteceu às vésperas da posse do atual prefeito. Relata sobre desvio de dinheiro e

sobre a aprovação da lei que hoje regulamenta o transporte público municipal de Suzano. Sobre

texto da lei aprovada na ocasião, Celso esclarece que este admite 7 pessoas por metro quadrado,

o que é inadequado.

Dentro deste contexto, Celso fala da necessidade de mudar a lei e coloca em linhas gerais

as intenções da administração municipal para o transporte coletivo. Na política proposta, a

intenção é reforçar os sub-centros de Boa Vista e Palmeiras. Para isso, estão em fase de estudo

novos terminais com sistema “espinha de peixe”, ou seja, linhas coletoras ligadas a linhas troncais

através desses terminais. Celso ainda explica que se houver mudança na legislação, será

possível criar um novo conselho de transportes o que permitirá a participação popular.

A partir daí inicia-se o debate entre os presentes. Depois de algumas colocações e

esclarecimentos. Surgem as seguintes propostas:

- Mobilização para endossar o processo de revogação da lei municipal de transporte vigente e

reforço dos sub-centros de Palmeiras e Boa Vista com os novos terminais;

- Iniciar trabalho de conscientização da população sobre a questão municipal dos transportes;

- Fazer reuniões em cada bairro para discutir o texto da lei atual e proposto;

- Sugestão de tratamento diferenciado dos idosos e pessoas com dificuldade de locomoção,

dando acesso aos ônibus pela porta de trás e não pela frente como hoje acontece;

- Colocação de novos abrigos e manutenção dos existentes.

A reunião é encerrada pelo Diretor de Transporte, Assuntos Viários e Mobilidade Urbana,

Celso Concenza.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

168

3.3.5 Tema: Mercado Imobiliário Presentes na mesa temática: 10 participantes

A Reunião teve como moderador Nelson Baltrusis, Consultor Imobiliário da Fundação

para Pesquisa Ambiental – FUPAM. O moderador abriu a reunião perguntando aos participantes:

é justo o mercado imobiliário local ?

Inicia-se discussão e é relatado que não é justo pois existe muita “engorda de terra” por

parte de grandes empreendedores, o que gera muitas áreas vazias em decorrência destas

especulações. Salienta-se que muitas vezes esse processo acaba congelando o crescimento do

comércio e dos serviços, principalmente no centro da cidade.

Outro ponto destacado é que existe uma concentração de terras na mão de um pequeno

grupo de empreendedores e também que há um alto custo imobiliário na região central, o que não

condiz com a realidade, ou seja alto valor do solo.

Ressalta-se ainda o fato de existir uma alta restrição de ocupação nas áreas de proteção

aos mananciais.

O mediador explica que as questões levantadas contradizem a realidade. Baltrusis explica

como é construída a relação de preço no mercado e que segundo um pré-estudo já realizado, a

relação m² construído X R$ é baixo na região e que são determinantes para esta variável de

preços: a relação de oferta, proximidades de equipamentos públicos e privados e a rede de infra-

estrutura instalada .

Explica também que a oferta de imóveis domiciliares é praticamente o dobro da demanda

(procura), construindo uma relação de 8.000 imóveis ofertados para um déficit de 4.000.

Fica constatado que existe um aquecimento no mercado de residências e um

congelamento no mercado comercial.

Discute-se o princípio do mercado que é o da valorização e que segundo a teoria de

mercado dos liberalistas; equilíbrio é quando o mercado encontra a procura numa relação

uniforme.

Em seguida o moderador relaciona os instrumentos do Estatuto da Cidade, com as

situações levantadas pelos participantes, explicando suas pertinências como mecanismo de

regulamentação e garantia de acesso a terra, mais justo e criterioso. Expõe sobre IPTU

Progressivo no Tempo, Consórcio Imobiliário e a criação de ZEIS.

Com base na explanação é levantada discussão junto aos participantes, que sugerem

como propostas:

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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- O mapeamento das áreas vazias e ou sub-utilizadas da cidade, para que seja

estudada a possibilidade e viabilidade de demarcação e utilização das mesmas, em propostas

de implementação de ZEIS ou em utilização de Consórcio Imobiliário;

- Criar subsideos e mecanismos que possibilitem a formação de cooperativas

habitacionais, a fim de romper com o acumulo de terra na mão de poucos empreendedores,

forçando uma distribuição de terra mais justa e com preço real de mercado, utilizando-se

também como recurso o Parcelamento, Utilização ou Edificação Compulsórios nos Terrenos

Desocupados.

- Utilizar os instrumentos do estatuto da cidade de forma criteriosa, para que não haja

congelamento da cidade.

- Instituir “Zonas Populares”, através de programas específicos de requalificação

urbana.

- Criar mecanismos que possibilitem o desmembramento e ou o remembramento de

áreas.

São feitas as considerações finais e encerrada a discussão da mesa temática.

Na terceira parte do Seminário todos os participantes foram convidados a se reunirem

novamente para que representantes de cada grupo pudessem apontar as sugestões retiradas das

discussões das mesas temáticas.

Após as explanações de cada grupo, descritas nas atas específicas de cada mesa temática, o

secretário Miguel Reis Afonso conduz para o encerramento do Seminário apresentando um trecho

do filme “Os Sem-Floresta” que trata, de uma maneira lúdica, do avanço dos investimentos

imobiliários sobre o meio-ambiente, diminuindo as áreas de preservação ambiental e aumento a

área urbanizada, com prejuízos para os moradores

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

170

Parte C

Síntese do Conhecimento sobre a Realidade Local

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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ÍNDICE

1. Considerações gerais sobre a Leitura Técnica, Leitura Comunitária e Leitura Jurídica 2. Definição de Eixos Prioritários

1. Considerações Gerais sobre a Leitura Técnica, Leitura Comunitária e Leitura Jurídica

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

172

As leituras da realidade local, levantadas nesta etapa, são as bases sobre as quais serão

sustentadas as propostas que surgirão no desenvolvimento do trabalho nas próximas etapas. As

diferentes leituras nos levam a fazer algumas ressalvas importantes a respeito da realidade

municipal e seu reflexo no território.

A realidade local do município não pode ser considerada sem levar em conta sua

inserção metropolitana. Este contexto metropolitano tem forte reflexo nas questões territoriais

referentes ao meio físico natural, como as bacias hidrográficas da Área de Proteção aos

Mananciais e da Área de Proteção Ambiental do Alto-Tietê, nas dinâmicas demográficas e em seu

desenvolvimento econômico.

Dentro de seu contexto físico-natural, a questão da preservação dos recursos hídricos e

naturais de modo geral e da qualidade ambiental até então foi assunto contraposto à pressão

metropolitana por urbanização. A conciliação da preservação dos recursos naturais e da

qualidade ambiental de modo geral com as pressões demográficas sofridas por todos os

municípios periféricos da RMSP torna-se uma questão central nas discussões sobre políticas

públicas e desenvolvimento sustentável. A consideração desta premissa para o desenvolvimento

das propostas para a revisão do plano diretor apresenta-se como um dos principais desafios a

serem enfrentados.

A partir da realidade das áreas de APM no município, com seus numerosos

assentamentos humanos, irregulares tanto na forma jurídica quanto urbanística e até mesmo de

qualidade de vida, o retorno ao estado de preservação que preconiza a legislação ambiental

incidente, com a remoção dos vários loteamentos e ocupações lá instalados se torna inviável. A

conciliação entre a ocupação humana existente e a preservação dos recursos naturais deve ser

buscada juntamente com o objetivo de democratizar o acesso ao solo urbano. Mas este solo

urbano deve proporcionar uma qualidade ambiental e de vida que não caracterize uma

“urbanização de segunda categoria para cidadãos de segunda categoria”. O que deve ser

investigado é o padrão urbano para as diferentes áreas do território. Deve se buscar um padrão

urbano diferenciado e de alternativas ecológicas, no qual as diretrizes de ocupação se dão pelo

completo saneamento ambiental, consideração das dinâmicas hidrológicas, com infra-estrutura

diferente da tradicionalmente aplicada, e com eficácia sustentável, geração e uso de energia

renovável e não-poluente, aliado ainda a uma conduta ambientalmente consciente do uso do

espaço em que se ocupa. O desafio maior consiste, porém, em qualificar o ambiente urbano

destas áreas sem incentivar seu crescimento demográfico de modo a não ampliar o problema

existente.

A leitura comunitária aborda de forma ainda acentuada a demanda por moradia digna e o

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

173

espaço urbano qualificado. Isto significa que a porção urbana em que os assentamentos humanos

se encontram deve ser dotada de infra-estrutura básica, equipamentos coletivos e públicos e

proporcionar mobilidade em geral. Isto nos leva a concluir que devemos otimizar e democratizar

as porções urbanas já dotadas de plena infra-estrutura até sua densidade ótima, relação ideal

entre a capacidade da infra-estrutura e a população que a utiliza, completar a infra-estrutura dos

espaços ocupados e sem qualificação urbana, com prioridade para as áreas mais adensadas. As

áreas ambientalmente frágeis e ocupadas por moradias são porções onde a atenção diferenciada

e a intervenção imediata devem ser priorizadas.

A leitura jurídica, quando cruzada com a leitura técnica e comunitária, nos mostra como a

rigidez dos critérios de ocupação do território, sem levar em conta sua dinâmica local e, sem uma

política de democratização do solo urbano, aliada a um processo de crescimento urbano e

desenvolvimento excludente, não coincide com a realidade existente e muitas vezes gera seu

resultado contrário.

Uma das verificações constantes do cruzamento das diversas leituras é a necessidade

de desenvolvimento do município. Para esta análise, vamos adotar a definição de um dos

principais economistas vivos, o prêmio Nobel Amartya: “Desenvolvimento é a eliminação das

privações de liberdade que limitam a escolha e as oportunidades das pessoas de exercer

ponderadamente sua condição de cidadão”. Nesta definição, o desenvolvimento local só se

justifica se ele tem como objetivo a melhoria das condições de vida de todos os cidadãos, o que

se justifica um desenvolvimento econômico “sustentável”, isto é, que não seja predatório tanto dos

recursos naturais e o ambiente em que ele acontece como dos recursos humanos, onde a riqueza

gerada pelo trabalho e exploração do território é democratizada e repassada para os cidadãos do

município.

2. Definição de Eixos Prioritários

Tendo estas considerações salientadas, poderão ser definidos alguns temas de maior

relevância para o desenvolvimento das propostas. Em cada período da história, o município tem

uma realidade diferente e um contexto a ser considerado. Dentro de um planejamento, nem todas

as questões podem ser tratadas de igual peso. Para uma efetiva atuação, o planejamento

necessita elencar as prioridades pertinentes em cada situação de tempo e lugar e a partir da

orientação política pactuada entre todos os participantes do desenvolvimento do plano, isto é, os

diversos segmentos sociais, a municipalidade e os técnicos das diversas disciplinas que o plano

envolve. Dentro do processo deste plano, a partir das leituras da realidade, da conclusão extraída

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174

destas leituras e das considerações apresentadas, foram elencadas as prioridades, temas

principais a serem considerados nas propostas de Revisão do Plano Diretor Participativo de

Suzano. Estas prioridades foram chamadas de Eixos Prioritários.

Para este plano foram elencados cinco Eixos Prioritários. São eles: Meio Ambiente,

Saneamento Ambiental, Assentamentos Humanos, Mobilidade Municipal e Metropolitana e

Desenvolvimento Econômico Sustentável. Para cada assunto, cada Eixo Prioritário, foi definido os objetivos gerais a serem

alcançados nas propostas. Os objetivos demonstram o posicionamento, a orientação de cada

ação perante o tema específico. Os critérios são os principais condicionantes da seleção do Eixo

Prioritário, que partem da conclusão das diversas leituras da realidade, desenvolvidas neste

relatório.

Critérios Eixo Prioritário Objetivos

Adotar medidas para Preservação dos Recursos

Hídricos

Recuperação de Flora e Fauna nas APPs

Recuperação ambiental das áreas degradadas.

Desenvolver Projeto de Educação Ambiental

(urbana e rural), com ênfase em recursos hídricos,

envolvendo escolas e comunidades.

Fortalecer a cooperação entre os consórcios

municipais, principalmente quanto os recursos

hídricos e tratamento dos resíduos sólidos.

O município de Suzano possui 73% de

seu território inserido na área de proteção

aos mananciais (APM), e 7% de seu

território delimitado como APA da Várzea

do Rio Tietê, definidos por lei. Podemos

observar que a legislação de APM não

conteve o processo de ocupação urbana.

O descontrole sobre estas ocupações

resultou na proliferação de indústrias,

residências e loteamentos com situação

irregular. As conseqüências desse

processo provocaram danos para o meio

ambiente, em decorrência de

desmatamento, deposito de lixos,

resíduos nos rios e córregos, levando à

degradação da qualidade da água.

Contudo a APA também sofre com

variados tipos de degradação, como

descarte de resíduos, assoreamento do

Meio Ambiente

Incentivo e intensificação da atividade agrícola, com

prioridade para a pequena propriedade familiar e de

culturas orgânicas.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

175

Critérios Eixo Prioritário Objetivos

leito do rio e ocupação urbana irregular.

Também verifica-se a presença de lagoas

proveniente de antigas cavas de

mineração.

Observa-se que a área agrícola vem

apresentando constante redução devido a

demandas de solo urbano para a

habitação e também ao reparcelamento

das áreas para fins de recreio.

Salientamos que a valorização do solo

cultivado pode ser um instrumento contra

o avanço das ocupações para fins

urbanos.

Desenvolver programa de arborização urbana.

Estimular a autonomia municipal da gestão do

saneamento ambiental

Promover Saneamento Ambiental

Desenvolver programa de tratamento total do lixo

(reciclagem e compostagem) dentro do município

As questões de saneamento ambiental

permeiam todos os outros temas, onde a

falta de água e, principalmente, a falta de

sistema adequado de esgotos acarreta na

acentuação dos demais problemas, tanto

ambientais quanto de assentamentos

humanos e desenvolvimento econômico.

A destinação dos resíduos sólidos

também é um problema importante no

contexto municipal e metropolitano. O seu

adequado tratamento preserva os

recursos naturais alem de gerar fonte de

renda. A macrodrenagem na Bacia

Hidrigráfica do Alto Tietê também é uma

questão de contexto local e

metropolitano, envolvendo a

implementação de uma adequada

infraestrutura e de um padrão de

ocupação urbana levando em conta as

cheias naturais dos cursos d´água e o

adequado tratamento das águas pluviais.

Saneamento Ambiental

Elaborar plano de macrodrenagem

Podemos verificar um número muito

grande de ocupação e loteamento

Assentamentos Humanos

Melhorar e complementar a infra-estrutura nos

bairros ocupados por população de baixa renda

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

176

Critérios Eixo Prioritário Objetivos

Recuperar áreas ambientalmente frágeis, ocupadas

por assentamentos humanos precários, garantindo

a preservação dos recursos naturais e a moradia

digna.Definir novas áreas para produção de habitação

popular (ZEIS), priorizando regiões já dotadas de

infra-estrutura urbana.

Promover regularização fundiária e urbanística

Desenvolver programas habitacionais em parceria

com as instâncias federais e estaduais de acordo

com as características e demanda da população de

Suzano.

Implantação de Plano de Transporte Publico

Municipal, promovendo a melhoria do atendimento.

Criar e melhorar de acessibilidade entre

loteamentos ou bairrosPromover melhoria nos acessos municipais e

intermunicipais

Estimular a descentralização dos equipamentos

coletivos para diminuir os deslocamentos.

Garantir acessibilidade universal em equipamentos

e transportes.

Verificamos no município uma

inadequação do atual sistema de

transporte coletivo municipal à real

demanda da população. Podemos

apontar problemas como frota

insuficiente, falta de integração tarifária,

carência de itinerários adequados para o

atendimento dos bairros e integração

entre os loteamentos.

Mobilidade Municipal e Metropolitana

Adequação da estrutura urbana para o transporte

intermodal, priorizando transportes não motorizados

nas centralidades (pedestres e ciclistas)

Desenvolver programa de incentivo financeiro e

tecnológico ao desenvolvimento agrícola de

pequena propriedade, de agroindústrias não

poluentes, de culturas intensivas e de alto valor

agregado, sua comercialização e distribuição.

Regularizar e sanear, através de acordos e ajustes

compensatórios, as atividades econômicas

degradantes ao meio ambiente existente no

município.

Verificamos no município a

predominância econômica industrial, com

atividades potencialmente poluentes. Em

sua legislação de uso e ocupação do

solo, destaca-se a impossibilidade na

legislação vigente de áreas para a

instalação de pequenas indústrias. Como

critérios para as políticas de ocupação do

solo municipal, enfatizamos a importância

histórica da atividade agrícola aliada à

compatibilidade do uso sustentado da

Desenvolvimento Econômico Sustentável

Incentivar a implantação de industrias não

poluentes.

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177

Critérios Eixo Prioritário Objetivos

Reforçar centralidades de distritos e fomentar a

caracterização de bairros.

Criar ferramentas que permitam a geração de

renda, (como cursos de capacitação, cooperativa,

etc.)Fortalecer as relações entre os municípios da

Região da Bacia do Alto Tietê. Estruturar o distrito industrial da Vila Teodoro.

Fortalecer o turismo sem incentivar o

reparcelamento do solo agrícola.

Incentivar pequenos negócios familiares.

Para o desenvolvimento das propostas da revisão do Plano Diretor os Eixos Prioritários

apresentados, bem como seus objetivos, serão objetos de discussão e pactuação comunitária. A

etapa que se segue a este relatório terá como objetivo esta pactuação e discussão públicas.

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Anexos vol. I Anexo 1 - Relatório: Dinâmica Imobiliária: considerações e questões sobre o mercado imobiliário em Suzano. Anexo 2 – Leitura Jurídica Anexo 3 – Lista de Presença das reuniões da Parte B - Leitura Comunitária

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Anexo 1 Relatório: Dinâmica Imobiliária: considerações e questões sobre o mercado imobiliário em Suzano.

Dinâmica Imobiliária: considerações e questões sobre o mercado imobiliário em Suzano

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

180

1. Apresentação

Este trabalho corresponde a um relatório preliminar do estudo do mercado imobiliário no

município de Suzano realizado com o objetivo de subsidiar o processo de revisão do plano diretor

municipal.

Nesse sentido pretendemos avaliar o comportamento dos preços dos imóveis no município

objetivando subsidiar propostas de intervenção urbana de revitalização na área central. Essa

avaliação será desenvolvida por meio do estudo da variação dos preços de venda e de locação

dos terrenos sem construções, dos imóveis residenciais, comerciais e de uso misto

comercializados no mercado secundário. 8 Pretendemos ainda avaliar a dinâmica imobiliária

municipal por meio da observação da mudança de usos dos imóveis e da emissão de alvarás de

construção, reformas e regularização e, com isso detectar as tendências ou eixos de expansão

das atividades econômicas. A compreensão desta dinâmica poderá ser eficaz para indicar os

instrumentos urbanísticos mais eficazes para incentivar o desenvolvimento econômico.

O processo de elaboração ou de revisão de um plano diretor participativo é o momento em

que a municipalidade e os seus cidadãos estabelecem metas para o seu futuro. Que cidade

queremos construir? Como, com quem e para quem a construiremos a cidade? Perguntas como

essas vêm à tona junto com a reflexão sobre o tipo de cidade que o planejamento anterior, ou a

falta dele, produziu. Temos a certeza de que vários problemas que afetam diretamente a cidade

não são passíveis de serem enfrentados apenas pelo município. No caso de Suzano, vários

desses problemas se referem à questão metropolitana, como, por exemplo, a gestão pública das

Áreas de Proteção aos Mananciais. Mas mesmo dentro do campo de ação do planejamento e

gestão municipal nos perguntamos: por que a cidade não conseguiu superar seus problemas? Por

que a pobreza aumentou, por que as indústrias fecharam? Por que a maior parte da população

não consegue se beneficiar da nova economia? Durante o processo de formulação de um plano

diretor, essas questões são colocadas como desafios, e se desenham propostas para enfrentá-

las.

Sem desconsiderar a natureza de outros problemas que as cidades enfrentam, as questões

relacionadas à terra urbana: função social da propriedade, questão fundiária e a questão da

8 O mercado secundário diz respeito ao mercado dos imóveis usados.

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

181

especulação imobiliária são os maiores desafios para o planejamento territorial e para que as

funções da cidade se realizem de forma mais justa.

A especulação imobiliária é capaz de expulsar populações inteiras, apropriando-se da

valorização das terras e aguardando o melhor momento para vendê-las. Porém, é necessário

deixar claro que mesmo nas sociedades mais liberais, o poder público tem um papel importante

na regulação do mercado. Para os defensores da mão invisível urbana “o mercado seria o

mecanismo que conciliaria a liberdade das escolhas individuais e a configuração de uma ordem

espacial eficiente”. O caos existente nas grandes cidades brasileira é a expressão mais clara da

“eficiência” dessa mão invisível urbana. Sem a intervenção do poder público com seus

mecanismos de controle, prevalece a desordem. No entanto o controle e as regras urbanísticas só

existem para partes de cidade. (Abramo, 2001, p. 10).

Para Jaramillo, não há dúvidas de que a maior parte dos planejadores urbanos

contemporâneos pretende “recuperar para o Estado os incrementos dos preços dos terrenos nas

cidades. Dentro da lógica, de que o crescimento dos preços do solo urbano é uma expressão

paradigmática de uma vantagem privada e unilateral que emerge de um processo coletivo, a

urbanização”. (Jaramillo, 2001, p. 71).

O poder público municipal procura se manter atualizado em relação aos valores praticados

pelo mercado. As plantas de valores, realizadas por meio de pesquisa de preços de imóveis

comercializados, banco de dados dos Impostos de Transação de Bens Imóveis Inter-vivos – ITBI,

todos servem de base para se ter uma idéia do funcionamento do mercado imobiliário. Conforme

Smolka e Furtado “as administrações públicas (locais) tem se dado conta da importância do valor

de mercado de sua prerrogativa de controlar os direitos de ocupação do solo e de definir o

timing das obras públicas.” (Smolka e Furtado, 2001, XXXVIII). Mas é preciso avançar na análise

da dinâmica do mercado imobiliário para que possamos compreender a dinâmica de produção do

espaço urbano em nossas grandes cidades. Para que seja possível implementar e aplicar da

melhor forma os instrumentos urbanísticos e fiscais propostos pelo Estatuto da Cidade.

Neste momento, o município de Suzano concentra seus esforços para revisar o seu plano

diretor, estabelecendo metas para o futuro da cidade e buscando potencializar as suas atividades

econômicas conjuntamente com o bem estar da população.

O novo plano deve procurar equacionar o problema da exclusão social e territorial. Como

transformar o grande acampamento em que vive a maior parte da população em cidade? Neste

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

182

sentido, o poder público municipal pode induzir o mercado a produzir lotes regularizados e

unidades para parte da população excluída. Através de instrumentos: urbanísticos, fiscais e de

gestão que possibilitem a recuperação de mais valias urbanas.

Este relatório pretende avaliar a dinâmica do mercado imobiliário em Suzano no período

de janeiro de 2000 a setembro de 2006, por meio da leitura das informações de série histórica dos

últimos cinco anos de ofertas de imóveis na cidade publicados no Diário de Suzano.

O item “Considerações finais” deste relatório preliminar aponta questões que ainda

precisam ser ajustadas ou aprofundadas durante o processo de trabalho. Dessa forma, a

conclusão será objeto do relatório final.

2. O mercado imobiliário em Suzano. Entre o mercado e o plano.

A elaboração do plano diretor da cidade faz parte de um conjunto de estratégias que as

diversas prefeituras vêm desenvolvendo no sentido de que as cidades se tornem mais justas.

Nesse momento do processo democrático se discute quais deveriam ser as atividades, projetos e

setores devem ser potencializados? Como atrair novos investimentos para a cidade, como

transformar a não cidade em um local de convivência? Devemos nos questionar sobre quem

ganha com a implantação de tais projetos? Como incluir, ou pelo menos não excluir a população

de baixa renda? No caso de Suzano, especificamente, por que persistem os vazios urbanos na

área central e como ocupá-lo de forma eficiente?

2.1. – Caracterização da cidade e de seu mercado

O município de Suzano está situado na sub-região leste da Região Metropolitana de São

Paulo, tendo como divisas as cidades de Itaquaquecetuba (ao norte), Santo André e Rio Grande

da Serra (a sul), Mogi das Cruzes (a leste) e Poá, Ferraz de Vasconcelos e Ribeirão Pires (a

oeste). Nessa região, Suzano desempenha um papel importante economicamente pelos seus

centros comerciais e de serviços, assim como pela grande quantidade de indústrias que abriga. 9

Suzano é conhecido por seu pólo industrial e, principalmente, por abrigar a fábrica de papel e 9 Suzano também é uma referência regional na área cultural. Os seus três equipamentos culturais (Auditório

Municipal de Ré, Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi e Centro Cultural de Palmeira) e seus

espaços livres proporcionam eventos para a população do município e da região do Alto do Tiête, principalmente

Poá e Itaquaquecetuba.

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celulose que possui o mesmo nome da cidade. O município abriga 307 indústrias (SEADE-2003),

sendo muitas delas de grande porte, tanto de capital nacional quanto estrangeiro, destacando:

NSK, Mitotoyo, Clariant, Orsa, Nalco do Brasil, Gyotoku, Tsuzuki, Komatsu, Manikraft.

Devido à sua forte produção industrial, a arrecadação de ICMS no município é a maior

região, superando, inclusive a de Mogi das Cruzes, o maior e mais populoso município da sub-

região. De acordo com dados do SEADE, a participação da indústria no total do valor adicionado

da cidade foi, em 2003, de 66,57%.

Dentre as atividades econômicas, a indústria também apresenta a maior participação na

geração de emprego para a PEA (População Economicamente Ativa) do município. Esse setor

gerou, em 2003, 16.838 empregos, o equivalente a 49,36% do total de empregos do município.

Tabela 1- Participação dos empregos ocupados na atividade no total de empregos ocupados (%) - 2003

Agropecuária 2,18

Comércio 18,55

Construção Civil 2,67

Industria 49,36

Serviços 27,24

Fonte: Seade

Suzano também apresenta um crescimento de investimentos empresariais nas áreas de

comércio e serviço. O comércio se diversificou e, desde então, vem atraindo mais consumidor

local e regional. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, no texto Caracterização do Município de Suzano, “essa dinâmica de circulação de pessoas e mercadorias, impulsiona o

crescimento do setor no município, fazendo com que o mesmo se especialize cada vez mais

através do investimento dos pequenos e médios empreendedores articulados a uma política

municipal de desenvolvimento sócio-econômico”.

Também cabe destacar as atividades na zona rural de caráter comercial, que colocam o

município entre os mais importantes produtores de horti-fruti-granjeiros da Região Metropolitana.

Dentre as principais atividades na zona rural, que equivale a 49,23% do território de Suzano,

pode-se destacar a olericultura, fruticultura, floricultura, fundicultura e avicultura. A importância de

algumas produções, não só para a cidade como para a RMSP, pode ser observada nos dados da

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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tabela a seguir.

Tabela 2 -Principais produções agrícolas do Município de Suzano

Produção Suzano RMSP Estado de

SP

% em relação a

RPMS

% em relação ao estado

Agricultura Framboesa (Tonelada) 12 12 38 100,00 31,58

19

96 Uva (para mesa) (Tonelada) 50 178 155 28,09 32,31

Horticultura Açafrão (Tonelada) 480 891 1.684 53,87 28,50Almeirão (Tonelada) 207 1.239 28.185 16,71 0,73Couve (Tonelada) 1.446 8.521 40.354 16,97 3,58Couve-flor (Tonelada) 1.052 5.574 34.217 18,87 3,07

19

96

Repolho (Tonelada) 2.418 12.248 105.793 19,74 2,29

Silvicultura Palanque ou Palanca (Mil unidades) 1 1 80 100,00 1,2519

96 Sementes (vendidas para plantio)

(Tonelada) 3 5 272 60,00 1,10

Pecuária Ovos de Galinha (Mil dúzias) 10.728 40.664 805.033 26,38 1,33Ovos de Codorna (Mil dúzias) 1.129 6.222 46.567 18,15 2,42Galinhas (cabeças) 483.764 1.748.521 40.467.758 27,67 1,20Galos, Frangas, Frangos e Pintos (cabeças) 122.982 245.258 116.933.990 50,14 0,11

20

04

Codornas (cabeças) 130.000 387.540 2.296.902 33,54 5,66

Fonte: IBGE

O desenvolvimento do município, assim como da sub-região, está associado às formas de

circulação de pessoas e mercadorias, sendo as principais vias de acesso: as rodovias Ayrton

Senna da Silva, Índio Tibiriçá e Henrique Eroles, e duas ferrovias, uma de transporte de

passageiros e outra de cargas.

Com 206 Km2 sendo que, de acordo com o IBGE 50,77% é zona urbana. Porém, de

acordo com o SEADE, o grau de urbanização do município em 2005 era de 97,25% dividido em

três distritos: Boa Vista, Palmeiras e Central, com populações respectivas de 70.192, 22.430 e

135.817 habitantes. Não há divisão da área municipal em bairros, e a distribuição da população

se dá por meio da sua localização nos diversos loteamentos municipais (ver mapas). As formas

de ocupação desses loteamentos no município de Suzano se caracterizam principalmente pela

ocupação esparsa do seu território, deixando muitos espaços vazios entre as áreas urbanizadas,

assim como acontece em muitas outras cidades brasileiras.

De acordo com dados do SEADE, Suzano em 2005 apresentou densidade média de

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

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13,87hab./ha. A taxa geométrica de crescimento anual, entre 2000 e 2005, foi de 3,49%, inferior

às taxas anteriores: 4,15 no período entre 1991 e 2000 e 4,21 entre 1980 e 1991.

O crescimento desordenado da cidade, associado à dificuldade de acesso a terra e

moradia, favoreceu a ocupação de áreas ambientalmente vulneráveis pela população de baixa

renda, em especial as áreas de proteção ambiental (APAs), que equivalem a 64% do total do

território do município. No entanto, nem todas as APAs encontram-se ocupadas. A APA da várzea

do Rio Tietê encontra-se, até o momento, preservada.

No município há 23 favelas localizadas em áreas de risco, como encostas e beira de

córregos. São aproximadamente 1700 famílias que contribuem com o déficit habitacional, ainda

que existam no município empreendimentos do PAR e da CDHU.

2.2 – Procedimentos Metodológicos.

Existem diversas formas de se observar a dinâmica do mercado imobiliário nas cidades.

Os cadastros, as autorizações, os habite-se, os impostos territoriais, as plantas de valores estão

entre aqueles que são mais comuns de serem utilizados. A metodologia adotada partiu dos

procedimentos desenvolvidos para analisar o impacto das AEIS no mercado imobiliário em

Diadema e que foi descrita em Hereda, Nagai, Klink e Baltrusis (1997). Essa metodologia serviu

de base para avaliações da dinâmica imobiliária no Eixo Tamanduatey em Santo André, e para o

estudo do mercado imobiliário nos planos do municipio de Guarulhos, na Região Metropolitana de

São Paulo, e do município de Vitória, no estado do Espírito Santo.

Para esta análise optou-se por realizar um banco de dados criado a partir das informações

dos preços ofertados no Jornal Diário de Suzano no período de janeiro de 2000 a agosto de 2006.

Foram coletados todos os anúncios de imóveis do último sábado a cada dois meses, de modo

que fosse possível estabelecer uma série histórica bimensal. Pretende-se com isso processar

10.000 informações da municipalidade, entre preços de terrenos desocupados, galpões e salões

comerciais, imóveis residenciais e comerciais do mercado secundário.

Neste presente relatório trabalharemos com apenas 2.940 ofertas, correspondentes aos

anos de 2005 e 2006. Assim trata-se de uma leitura parcial, que será complementada com as

considerações do relatório final.

Para a coleta observamos os seguintes critérios: no caso dos terrenos desocupados os

anúncios deveriam contar com os dados da área total, do valor ofertado, de localização e uso; no

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caso dos galpões foram considerados os anúncios com área total, área construída, valor ofertado,

localização e uso. No caso dos imóveis do mercado secundário não foram consideradas as

variáveis de área total e área construída. Somente quando o anúncio citava esta variável ela era

considerada. As variáveis consideradas para o mercado secundário foram: valor ofertado,

localização, número de cômodos, número de banheiros, garagens e outros atrativos como áreas

de lazer, piscina etc.

Os valores serão atualizados de acordo com a tabela de coeficientes de atualização de

valores processuais, que trabalha com uma cesta de indicadores: ORTN/OTN/BTN/TR/IPC-

R/Média-INPC e IGP-DI, com coeficientes de atualização a partir de janeiro de 2000.

Para a identificação dos loteamentos anexamos o mapa dos loteamentos oficiais de

Suzano. (ver ANEXO 1).3 – A leitura preliminar dos dados.

3.1 – Os preços dos terrenos desocupados

Das mais de 2.400 ofertas de imóveis, encontramos 318 referentes a oferta de terrenos

disponibilizados para a venda. Os valores por m2 ofertados variam de R$14,99 para um terreno de

1.234 m2 no loteamento Palmeiras, a R$ 895,00 por um lote de 134 m2 no Jardim Nena. O preço

médio praticado é de R$ 147,60.

O loteamento Vila Urupês foi o que apresentou o maior número de ofertas (43). Em média

os lotes foram ofertados a R$136,82 o m2, com uma variação de R$65,00 por uma gleba de

6.917m2 a R$ 355,42 por um lote de 279m2. No loteamento demarcado como Centro foram

ofertados 33 terrenos por um preço médio por m2 de R$334,04. O menor preço verificado nesse

loteamento foi de R$185,71 por um lote de 350m2 e o maior valor encontrado foi o de R$640,00

por um lote de 250 m2. Com 23 lotes ofertados no loteamento Casa Branca, encontramos preços

que variam de R$16,40 por um terreno com 3.047m2 a R$155,17 por um lote de 290m2. O preço

médio praticado nesse loteamento é de R$ 77,12.

A maior parte dos terrenos ofertados são lotes que variam de 125m2 a 499m2, com uma

variação de preço de R$ 32,40 no Jardim Ikeda a R$ 120,00 no Jardim Nena. No intervalo entre

500m2 e 999m2 encontramos a seguinte variação: R$22,00 no Parque Samambaia a R$340,00 na

área central. Entre 1.000 a 4.999m2 os preços variam de R$ 14,98 no Palmeiras a R$ 318,00 na

área central. Com mais de 5.000m2 encontramos apenas duas ofertas, uma de R$ 15,00 e outra

de R$ 65,00.

A locação de terrenos está restrita à área central, com lotes que variam de 300 a 900m2 e

com preços que variam de R$0,57 a R$23,53 o m2.

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Tabela 3 - Terrenos ofertados para venda - Variação dos preços por m2

Loteamentos Ocorrências Médio Máximo Mínimo Desvio

Padrão

ALTOS DE SUZANO 7 R$ 109,10 R$ 216,67 R$ 21,67 66,55765

ARUÃ LAGOS 5 R$ 188,89 R$ 208,33 R$ 166,67 18,63390

CASA BRANCA 23 R$ 77,12 R$ 155,17 R$ 16,41 30,19510

CENTRO 33 R$ 334,04 R$ 640,00 R$ 185,71 121,66878

CID. EDSON 12 R$ 143,03 R$ 200,00 R$ 97,22 31,40038

GLICÉRIO 2 R$ 236,73 R$ 280,00 R$ 193,45 61,19841

JD. ANA ROSA 5 R$ 99,36 R$ 106,67 R$ 90,36 7,54209

JD. ANZAI 1 R$ 128,00 R$ 128,00 R$ 128,00 0,00000

JD. BOA VISTA 6 R$ 80,56 R$ 144,00 R$ 46,67 33,62956

JD. CACIQUE 5 R$ 128,22 R$ 138,89 R$ 120,00 8,15022

JD. CARLOS

COOPER

10 R$ 123,11 R$ 151,35 R$ 108,95 12,02825

JD. CAXANGÁ 5 R$ 28,11 R$ 36,86 R$ 15,61 9,50989

JD. COLORADO 5 R$ 96,92 R$ 133,33 R$ 15,00 46,84358

JD. DAS FLORES 18 R$ 65,91 R$ 150,00 R$ 41,03 28,20818

JD. DO BOSQUE 1 R$ 138,09 R$ 138,09 R$ 138,09 0,00000

JD. DONA BENTA 1 R$ 126,58 R$ 126,58 R$ 126,58 0,00000

JD. DOS IPES 1 R$ 244,24 R$ 244,24 R$ 244,24 0,00000

JD. IKEDA 4 R$ 37,07 R$ 50,00 R$ 32,47 8,63159

JD. IMPERADOR 9 R$ 222,81 R$ 322,58 R$ 160,00 70,11751

JD. LEBLON 2 R$ 83,33 R$ 100,00 R$ 66,67 23,57023

JD. MAITÊ 1 R$ 44,00 R$ 44,00 R$ 44,00 0,00000

JD. MARCIA 3 R$ 177,54 R$ 198,86 R$ 148,57 26,00312

JD. MIRIAN 1 R$ 118,52 R$ 118,52 R$ 118,52 0,00000

JD. MODELO 14 R$ 121,26 R$ 140,00 R$ 104,17 10,44250

JD. MONTE CRISTO 8 R$ 120,17 R$ 128,00 R$ 116,67 3,50510

JD. MONTE SION 3 R$ 90,32 R$ 112,00 R$ 78,95 18,78645

JD. NATAL 1 R$ 121,26 R$ 121,26 R$ 121,26 0,00000

JD. NENA 1 R$ 895,52 R$ 895,52 R$ 895,52 0,00000

JD. NOVA AMERICA 3 R$ 93,75 R$ 93,75 R$ 93,75 0,00000

JD. NOVO

COLORADO

4 R$ 125,00 R$ 133,33 R$ 113,33 8,38870

JD. REALCE 4 R$ 141,28 R$ 166,67 R$ 120,00 21,12041

JD. REVISTA 3 R$ 50,50 R$ 64,00 R$ 25,00 22,09638

JD. SANTA HELENA 2 R$ 313,84 R$ 384,62 R$ 243,06 100,09792

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

188

JD. SANTA INÊS 1 R$ 60,00 R$ 60,00 R$ 60,00 0,00000

JD. SANTA ROSA 1 R$ 107,14 R$ 107,14 R$ 107,14 0,00000

JD. SÃO JOSÉ 1 R$ 46,67 R$ 46,67 R$ 46,67 0,00000

JD. SÃO LUIZ 1 R$ 296,44 R$ 296,44 R$ 296,44 0,00000

JD. SAÚDE 1 R$ 58,48 R$ 58,48 R$ 58,48 0,00000

JD. SUZANO 3 R$ 133,33 R$ 142,86 R$ 123,81 9,52381

JD.

TABAMARAJOARA

1 R$ 56,00 R$ 56,00 R$ 56,00 0,00000

JD. VITORIA 12 R$ 132,10 R$ 140,00 R$ 112,63 11,74223

MARGINAL DO UMA 1 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 0,00000

MIGUEL BADRA 1 R$ 52,00 R$ 52,00 R$ 52,00 0,00000

MIGUEL BADRA

ALTO

1 R$ 99,63 R$ 99,63 R$ 99,63 0,00000

PALMEIRAS 2 R$ 50,09 R$ 85,19 R$ 14,99 49,63561

PQ. DO COLEGIO 15 R$ 163,90 R$ 194,44 R$ 116,01 21,92895

PQ. RES.

SAMANBAIA

1 R$ 22,00 R$ 22,00 R$ 22,00 0,00000

PQ. SANTA ROSA 3 R$ 165,78 R$ 191,78 R$ 152,78 22,51842

VILA ADELINA 1 R$ 245,10 R$ 245,10 R$ 245,10 0,00000

VILA AMORIM 8 R$ 198,83 R$ 260,00 R$ 18,52 75,90445

VILA BARROS 1 R$ 30,49 R$ 30,49 R$ 30,49 0,00000

VILA COSTA 1 R$ 244,44 R$ 244,44 R$ 244,44 0,00000

VILA FIGUEIRA 3 R$ 155,06 R$ 260,87 R$ 86,67 92,93288

VILA MALUF 7 R$ 123,05 R$ 144,00 R$ 53,33 31,48393

VILA MARCIA 1 R$ 184,21 R$ 184,21 R$ 184,21 0,00000

VILA MARIA DE

MAGGI

2 R$ 126,87 R$ 126,87 R$ 126,87 0,00000

VILA NOVA AMORIM 1 R$ 109,38 R$ 109,38 R$ 109,38 0,00000

VILA URUPÊS 43 R$ 136,82 R$ 355,42 R$ 65,00 48,83967

(vazio) 2 R$ 23,29 R$ 30,32 R$ 16,25 9,95082

Total geral 318 R$ 147,60 R$ 895,52 R$ 14,99 103,11768

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189

3.2 – O sub-mercado de Galpões e Salões Comerciais.

Se no mercado de terrenos vagos pudemos observar uma predominância de vendas, do

total de 37 ofertas de galpões e salões comerciais, apenas 5 eram destinados à venda. Dessas,

apenas uma estava localizada no Centro, e as demais na Vila Figueira. As demais ofertas eram

destinadas à locação.

Foram anotadas 32 ofertas galpões ou salões comerciais para locação. Desse total, 11

ofertas estão localizadas no Centro, com preços que variam entre R$5,31 o m2 e R$11,36 o m2

por uma loja de 22 m2, o dobro em relação à média de preço de galpões e salões comerciais em

Suzano, que é de R$5,89 o m2. Em segundo lugar em número de ofertas está o Jardim Colorado,

que apresenta 8 anúncios de galpões e salões comerciais para locação, com preços variando

entre R$1,00 o m2 por um imóvel de 100 m2 no Jardim Colorado e R$3,95 o m2, o que está

abaixo da média de preço desse segmento.

O sub-mercado de galpões em Suzano pode ser caracterizado por dois segmentos: um

primeiro segmento formado por investidores em pequenas plantas industriais e ou uma estrutura

de logística, que necessitam de lotes maiores localizados próximo às vias de acesso, como a

Rodovia Índio Tibiriçá e ou a Ayrton Senna. Outro segmento é o do pequeno e micro empresário

que busca um imóvel para implantar o seu comércio, sua oficina ou pequena empresa, que

demandam equipamentos menores e localização em loteamentos já estruturados. Neste caso os

valores são mais altos que os valores médios.

Tabela 4. Galpões e Salões ofertados para venda - Variação de preço por m2

Loteamento Ocorrências Média Máximo Mínimo Desvio Padrão

CASA BRANCA 1 R$ 2,00 R$ 2,00 R$ 2,00 R$ 0,00

CENTRO 11 R$ 8,29 R$ 11,36 R$ 5,31 R$ 2,25

JD. COLORADO 8 R$ 3,23 R$ 3,95 R$ 1,00 R$ 0,96

JD. IMPERADOR 2 R$ 6,76 R$ 6,76 R$ 6,76 R$ 0,00

JD. SUZANO 2 R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 0,00

JD. VITORIA 3 R$ 10,00 R$ 10,31 R$ 9,38 R$ 0,54

PALMEIRAS 1 R$ 6,67 R$ 6,67 R$ 6,67 R$ 0,00

VILA AMORIM 4 R$ 4,05 R$ 7,14 R$ 1,20 R$ 3,30

Total geral 32 R$ 5,89 R$ 11,36 R$ 1,00 R$ 3,27

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190

LIMITE URBANO - RURAL

LIMITE MANANCIAIS

Galpões e Salões Comerciais

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191

3.3 – Os imóveis do sub-mercado secundário.

Neste segmento de mercado predominam as ofertas de unidades residenciais de casas e

apartamentos. Entretanto, apesar de muito pequena, avaliamos também uma amostra de

chácaras. Para as ofertas de casas, consideraremos dois indicadores: os preços por m2 de casas

e os preços por cômodos. Para os apartamentos e chácaras, somente os preços por cômodos.

3.3.1 Casas por metro quadrado.

O preço médio por m2 dos imóveis tipo casa térrea encontrados no mercado secundário

em Suzano é de R$434,96. Por R$88,00 o m2 foi encontrada a oferta de uma casa de 5 cômodos

num terreno de 250 m2 no loteamento de Miguel Badra Baixo. O maior preço foi de R$1.041,00

por uma casa de 8 cômodos com 151m2 de área construída área central.

Das 268 ofertas de casas encontradas, a maior incidência foi encontrada no loteamento

Cidade Edson. Com 33 ofertas, os preços por m2 na localidade variam de R$183,00 por uma casa

de seis cômodos em um terreno de 300m2, a R$607,14 por uma residência de oito cômodos num

terreno de 140m2. O preço médio praticado é de R$183,33 nesse loteamento, muito abaixo da

média praticada no município, que é de R$434,96. Em segundo lugar na quantidade de ofertas

vem o Centro, com 29 ofertas, que variam de R$224,49 por uma unidade num terreno de 145m2 e

com 5 cômodos. A maior oferta é de R$1.041,00. No Centro o preço médio é de R$ 576,70. No

Jardim Imperador, foram identificadas 22 ofertas de casas e apartamentos. Com um preço médio

de R$531,81. O menor valor ofertado foi de R$384,48 por um imóvel de 8 cômodos construído

num terreno de 330m2. Já o maior valor é de R$705,88 por um imóvel de 9 cômodos com

127,50m2 de área construída. Os preços dos imóveis no Centro e no Jardim Imperador estão

acima da média do preço médio das ofertas encontradas no município, que é de R$434,96.

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192

Tabela 5 . Casas ofertadas para venda - Variação de preços por m2

Loteamento Ocorrênci

as

Médio Máximo Mínimo Desvio padrão

ALTOS DE SUZANO 1 R$ 354,84 R$ 354,84 R$ 354,84 0

CASA BRANCA 12 R$ 227,26 R$ 400,00 R$ 125,39 80,29675

CENTRO 29 R$ 576,70 R$ 1.041,01 R$ 224,49 214,2279

CID. EDSON 33 R$ 411,90 R$ 607,14 R$ 183,33 118,9774

IRAI 1 R$ 662,25 R$ 662,25 R$ 662,25 0

JD. ANA ROSA 4 R$ 359,17 R$ 433,33 R$ 183,33 103,2896

JD. CACIQUE 1 R$ 424,24 R$ 424,24 R$ 424,24 0

JD. CARLOS COOPER 6 R$ 408,36 R$ 718,39 R$ 201,15 166,2751

JD. COLORADO 11 R$ 331,10 R$ 500,00 R$ 220,00 84,47925

JD. COLORADO NOVO 2 R$ 200,00 R$ 246,67 R$ 153,33 46,66667

JD. CRUZEIRINHO 2 R$ 546,15 R$ 600,00 R$ 492,31 53,84615

JD. CRUZEIRO DO SUL 1 R$ 640,00 R$ 640,00 R$ 640,00 0

JD. DAS FLORES 3 R$ 172,22 R$ 233,33 R$ 133,33 43,74449

JD. DO BOSQUE 1 R$ 176,47 R$ 176,47 R$ 176,47 0

JD. DOS IPES 1 R$ 416,67 R$ 416,67 R$ 416,67 0

JD. IMPERADOR 22 R$ 531,81 R$ 705,88 R$ 348,48 85,38401

JD. LEBLON 7 R$ 294,01 R$ 453,33 R$ 116,67 101,2599

JD. LINCON 5 R$ 343,16 R$ 640,00 R$ 157,89 182,5786

JD. MODELO 7 R$ 498,28 R$ 655,20 R$ 380,00 76,80639

JD. MONTE CRISTO 2 R$ 250,00 R$ 300,00 R$ 200,00 50

JD. MONTE SION 4 R$ 225,83 R$ 300,00 R$ 193,33 43,86691

JD. NATAL 2 R$ 454,42 R$ 538,46 R$ 370,37 84,04558

JD. NENA 2 R$ 520,00 R$ 520,00 R$ 520,00 0

JD. REALCE 7 R$ 647,07 R$ 733,33 R$ 525,00 62,43138

JD. REVISTA 1 R$ 304,00 R$ 304,00 R$ 304,00 0

JD. SANTA HELENA 4 R$ 648,33 R$ 720,00 R$ 433,33 124,1303

JD. SANTA LÚCIA 1 R$ 437,50 R$ 437,50 R$ 437,50 0

JD. SÃO LUIZ 3 R$ 333,33 R$ 333,33 R$ 333,33 0

JD. SAÚDE 2 R$ 310,50 R$ 354,33 R$ 266,67 43,83202

JD. SUZANO 7 R$ 513,75 R$ 679,61 R$ 283,33 154,3509

JD. TABAMAJOARA 1 R$ 274,07 R$ 274,07 R$ 274,07 0

JD. VITORIA 3 R$ 356,39 R$ 450,00 R$ 196,08 113,8856

MIGUEL BADRA BAIXO 1 R$ 88,00 R$ 88,00 R$ 88,00 0

PALMEIRAS 1 R$ 175,44 R$ 175,44 R$ 175,44 0

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

193

PQ. DO COLEGIO 5 R$ 500,51 R$ 666,67 R$ 366,67 128,1077

PQ. MARIA HELENA 8 R$ 448,11 R$ 764,71 R$ 283,33 170,6146

PQ. SANTA ROSA 4 R$ 145,85 R$ 150,00 R$ 144,46 2,397903

RAFFO 1 R$ 171,43 R$ 171,43 R$ 171,43 0

SESC 4 R$ 275,00 R$ 555,56 R$ 138,89 164,6405

SUZANOPOLIS 4 R$ 380,00 R$ 520,00 R$ 200,00 123,4828

VILA ADELINA 1 R$ 524,19 R$ 524,19 R$ 524,19 0

VILA AMORIM 14 R$ 508,06 R$ 880,00 R$ 243,75 179,8091

VILA COSTA 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$1.000,00 0

VILA FIGUEIRA 15 R$ 446,78 R$ 680,00 R$ 197,63 142,8902

VILA MALUF 4 R$ 336,00 R$ 480,00 R$ 256,00 85,41663

VILA MARIA DE MAGGI 1 R$ 337,14 R$ 337,14 R$ 337,14 0

VILA MAZZA 3 R$ 595,46 R$ 680,00 R$ 553,19 59,77811

VILA PAIVA 4 R$ 489,61 R$ 909,09 R$ 272,73 259,925

VILA SANTANA 1 R$ 199,28 R$ 199,28 R$ 199,28 0

VILA URUPÊS 6 R$ 380,63 R$ 779,22 R$ 140,00 218,2446

(vazio) 2 R$ 800,00 R$ 800,00 R$ 800,00 0

Total geral 268 R$ 434,96 R$ 1.041,01 R$ 88,00 188,3278

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194

Casas

LIMITE URBANO - RURAL

LIMITE MANANCIAIS

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195

Casas por cômodos

A grande maioria das ofertas do banco de dados não apresenta informações em m2, e sim

a quantidade de cômodos. Desse modo, optamos por analisar as ofertas desse segmento

também por meio da classificação por cômodos.

O preço médio dos imóveis tipo casa térrea encontrados no mercado secundário em

Suzano é de R$13.942,12 por cômodo. O menor preço ofertado foi uma casa de no loteamento

Jardim Europa, com o preço de R$1.833,33 por cômodo. O maior preço foi de R$54.545,45 por

cômodo, em uma casa no loteamento Jardim Suzano.

As informações coletadas a partir das ofertas de casas para venda por cômodo abrangem

um número maior de loteamentos em relação aos dados por m2, num total de 947 ofertas.

Do total de ofertas, a maior incidência foi encontrada no loteamento Vila Figueira. Com 90

ofertas, os preços por cômodo na localidade variam de R$6.875,00 por uma casa, a R$26.666,67.

O preço médio praticado é de R$12.296,63 nesse loteamento, muito próximo da média praticada

no município. Em segundo lugar na quantidade de ofertas vem a Vila Amorim, com 89 ofertas,

que variam de R$6.500,00 por cômodo. A maior oferta é de R$22.500,00. O preço médio na Vila

Amorim é de R$13.480,00. No loteamento Cidade Edson foram anotadas 85 ofertas de casas,

com um preço médio de R$12.384,50. O menor valor ofertado foi de R$6.500,00 por um imóvel.

Já o maior valor é de R$22.500,00 por um imóvel. Os preços dos imóveis nos três loteamentos

com maior número de ofertas, que juntos somam mais de um terço do total de ofertas coletadas,

estão muito próximos da média do preço médio encontrado no município, que é de R$13.942,12.

Tabela 6 . Casas ofertadas para venda - Variação de preços por cômodo

Loteamento

Ocorrência

s Média Máximo Mínimo Desvio Padrão

VILA FIGUEIRA 1 R$ 17.142,86 R$ 17.142,86 R$ 17.142,86 R$ 0,00

ALTOS DE SUZANO 7 R$ 23.149,25 R$ 27.142,86 R$ 18.888,89 R$ 2.587,84

ARUÃ LAGOS 1 R$ 28.571,43 R$ 28.571,43 R$ 28.571,43 R$ 0,00

CASA BRANCA 29 R$ 9.475,07 R$ 18.888,89 R$ 5.600,00 R$ 3.482,83

CENTRO 71 R$ 20.693,92 R$ 50.000,00 R$ 8.333,33 R$ 7.696,83

CENTRO 2 R$ 18.181,82 R$ 18.181,82 R$ 18.181,82 R$ 0,00

CENTURY 1 R$ 6.400,00 R$ 6.400,00 R$ 6.400,00 R$ 0,00

CENTURY I 1 R$ 10.833,33 R$ 10.833,33 R$ 10.833,33 R$ 0,00

CENTURY II 14 R$ 9.833,33 R$ 11.000,00 R$ 8.333,33 R$ 1.031,55

CID. EDSON 85 R$ 12.384,50 R$ 21.428,57 R$ 5.000,00 R$ 3.038,01

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

196

IRAI 1 R$ 12.500,00 R$ 12.500,00 R$ 12.500,00 R$ 0,00

JD. ANA ROSA 12 R$ 11.187,00 R$ 14.000,00 R$ 8.125,00 R$ 1.887,41

JD. ANZAI 3 R$ 13.303,57 R$ 15.625,00 R$ 12.142,86 R$ 2.010,42

JD. BELA VISTA 4 R$ 16.664,29 R$ 18.000,00 R$ 13.857,14 R$ 1.892,68

JD. BELEM 2 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 R$ 0,00

JD. BOA VISTA 4 R$ 11.187,50 R$ 19.000,00 R$ 6.250,00 R$ 5.764,02

JD. CACIQUE 5 R$ 12.619,05 R$ 17.500,00 R$ 10.833,33 R$ 2.749,72

JD. CARLOS COOPER 23 R$ 17.039,31 R$ 22.500,00 R$ 9.285,71 R$ 3.960,48

JD. CAXANGÁ 3 R$ 7.444,44 R$ 8.333,33 R$ 5.833,33 R$ 1.397,75

JD. COLORADO 33 R$ 11.375,64 R$ 45.000,00 R$ 5.000,00 R$ 6.426,71

JD. COLORADO NOVO 2 R$ 9.225,00 R$ 9.250,00 R$ 9.200,00 R$ 35,36

JD. CRUZEIRINHO 6 R$ 15.984,13 R$ 20.000,00 R$ 12.857,14 R$ 3.292,77

JD. CRUZEIRO DO SUL 7 R$ 14.013,61 R$ 18.571,43 R$ 10.000,00 R$ 2.660,84

JD. DAS FLORES 9 R$ 12.134,82 R$ 17.500,00 R$ 10.000,00 R$ 2.666,92

JD. DO BOSQUE 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 0,00

JD. DONA BENTA 1 R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 R$ 0,00

JD. DOS IPES 7 R$ 14.606,01 R$ 17.857,14 R$ 5.000,00 R$ 4.499,21

JD. EDNA 1 R$ 37.500,00 R$ 37.500,00 R$ 37.500,00 R$ 0,00

JD. EUROPA 1 R$ 1.833,33 R$ 1.833,33 R$ 1.833,33 R$ 0,00

JD. FERNADES 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 0,00

JD. IKEDA 5 R$ 8.098,81 R$ 10.000,00 R$ 2.875,00 R$ 2.999,21

JD. IMPERADOR 59 R$ 14.871,50 R$ 29.166,67 R$ 5.833,33 R$ 4.194,78

JD. JAPÃO 3 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 R$ 0,00

JD. LEBLON 13 R$ 7.861,32 R$ 12.222,22 R$ 2.666,67 R$ 2.726,96

JD. LINCOLN 7 R$ 8.954,08 R$ 11.428,57 R$ 6.666,67 R$ 2.045,82

JD. MAITÊ 2 R$ 5.000,00 R$ 6.666,67 R$ 3.333,33 R$ 2.357,02

JD. MANEIRA 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 0,00

JD. MARCATTO 1 R$ 14.375,00 R$ 14.375,00 R$ 14.375,00 R$ 0,00

JD. MARCIA 2 R$ 14.428,57 R$ 17.857,14 R$ 11.000,00 R$ 4.848,73

JD. MODELO 22 R$ 16.588,91 R$ 23.400,00 R$ 11.538,46 R$ 3.120,17

JD. MONTE CRISTO 12 R$ 9.051,59 R$ 12.142,86 R$ 5.428,57 R$ 1.950,00

JD. MONTE SION 8 R$ 9.931,55 R$ 13.333,33 R$ 7.500,00 R$ 2.227,19

JD. NATAL 8 R$ 9.997,52 R$ 14.000,00 R$ 6.416,67 R$ 2.205,75

JD. NAZARÉ 1 R$ 12.857,14 R$ 12.857,14 R$ 12.857,14 R$ 0,00

JD. NENA 8 R$ 14.749,50 R$ 22.857,14 R$ 10.000,00 R$ 3.717,64

JD. NOVA AMERICA 2 R$ 6.666,67 R$ 8.333,33 R$ 5.000,00 R$ 2.357,02

JD. NOVO COLORADO 2 R$ 18.083,33 R$ 21.166,67 R$ 15.000,00 R$ 4.360,49

JD. PLANALTO 1 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 R$ 0,00

JD. POMPÉIA 1 R$ 4.285,71 R$ 4.285,71 R$ 4.285,71 R$ 0,00

JD. REALCE 17 R$ 24.680,73 R$ 50.000,00 R$ 8.750,00 R$ 10.188,81

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

197

JD. REVISTA 3 R$ 6.157,41 R$ 8.000,00 R$ 4.222,22 R$ 1.890,59

JD. SANTA HELENA 6 R$ 20.049,60 R$ 25.714,29 R$ 10.833,33 R$ 5.113,29

JD. SANTA LÚCIA 4 R$ 12.479,17 R$ 13.125,00 R$ 11.666,67 R$ 758,06

JD. SANTA ROSA 3 R$ 15.238,10 R$ 20.000,00 R$ 12.857,14 R$ 4.123,93

JD. SÃO JOSÉ 3 R$ 11.222,22 R$ 16.000,00 R$ 6.666,67 R$ 4.670,63

JD. SÃO LUIZ 4 R$ 16.964,29 R$ 25.000,00 R$ 14.285,71 R$ 5.357,14

JD. SAÚDE 3 R$ 7.142,86 R$ 8.333,33 R$ 6.428,57 R$ 1.037,83

JD. SUZANO 25 R$ 23.824,42 R$ 54.545,45 R$ 10.714,29 R$ 10.166,92

JD. TABAMAJOARA 1 R$ 7.400,00 R$ 7.400,00 R$ 7.400,00 R$ 0,00

JD. VITORIA 8 R$ 17.790,18 R$ 33.333,33 R$ 9.166,67 R$ 7.824,16

JUNDIAPEBA 2 R$ 15.104,17 R$ 18.333,33 R$ 11.875,00 R$ 4.566,73

MARENGO BAIXO 1 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 R$ 0,00

MIGUEL BADRA 4 R$ 6.640,63 R$ 8.125,00 R$ 4.800,00 R$ 1.452,63

MIGUEL BADRA ALTO 2 R$ 10.833,33 R$ 16.666,67 R$ 5.000,00 R$ 8.249,58

MIGUEL BADRA BAIXO 1 R$ 4.400,00 R$ 4.400,00 R$ 4.400,00 R$ 0,00

PALMEIRAS 5 R$ 15.008,57 R$ 45.714,29 R$ 5.400,00 R$ 17.249,97

PQ. DO COLEGIO 16 R$ 23.423,12 R$ 45.714,29 R$ 13.571,43 R$ 7.930,48

PQ. MARIA HELENA 30 R$ 10.217,12 R$ 16.000,00 R$ 5.600,00 R$ 2.740,42

PQ. SANTA ROSA 15 R$ 18.783,56 R$ 31.428,57 R$ 11.428,57 R$ 5.772,00

PQ. SUZANO 1 R$ 20.625,00 R$ 20.625,00 R$ 20.625,00 R$ 0,00

RAFFO 1 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 R$ 0,00

SESC 10 R$ 12.835,71 R$ 25.000,00 R$ 6.666,67 R$ 6.325,02

SUZANOPOLIS 16 R$ 9.562,50 R$ 12.000,00 R$ 5.000,00 R$ 2.339,10

VILA ADELINA 3 R$ 14.384,92 R$ 16.250,00 R$ 13.333,33 R$ 1.619,59

VILA AMORIM 89 R$ 13.480,06 R$ 22.500,00 R$ 6.500,00 R$ 3.752,55

VILA BARROS 1 R$ 6.666,67 R$ 6.666,67 R$ 6.666,67 R$ 0,00

VILA COSTA 1 R$ 26.666,67 R$ 26.666,67 R$ 26.666,67 R$ 0,00

VILA FELIZ 4 R$ 9.166,67 R$ 10.000,00 R$ 8.333,33 R$ 962,25

VILA FIGUEIRA 90 R$ 12.296,63 R$ 26.666,67 R$ 6.875,00 R$ 3.002,39

VILA GUAIÓ 1 R$ 3.666,67 R$ 3.666,67 R$ 3.666,67 R$ 0,00

VILA HELENA 2 R$ 7.270,83 R$ 7.666,67 R$ 6.875,00 R$ 559,79

VILA MALUF 15 R$ 8.618,57 R$ 20.000,00 R$ 6.250,00 R$ 3.409,88

VILA MARIA DE MAGGI 13 R$ 11.663,00 R$ 17.142,86 R$ 9.000,00 R$ 2.609,94

VILA MAZZA 14 R$ 16.204,08 R$ 28.571,43 R$ 11.666,67 R$ 4.147,19

VILA NOVA AMORIM 1 R$ 9.285,71 R$ 9.285,71 R$ 9.285,71 R$ 0,00

VILA PAIVA 5 R$ 19.023,81 R$ 33.333,33 R$ 10.833,33 R$ 9.543,28

VILA REAL 1 R$ 5.714,29 R$ 5.714,29 R$ 5.714,29 R$ 0,00

VILA SANTANA 1 R$ 9.166,67 R$ 9.166,67 R$ 9.166,67 R$ 0,00

VILA URUPÊS 29 R$ 11.612,25 R$ 20.000,00 R$ 5.000,00 R$ 3.212,84

Total geral 947 R$ 13.942,12 R$ 54.545,45 R$ 1.833,33 R$ 6.475,78

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198

Casas

LIMITE URBANO - RURAL

LIMITE MANANCIAIS

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

199

1. Apartamentos por cômodos

O preço médio dos imóveis tipo apartamento encontrados no mercado secundário em

Suzano é de R$12.426,98 por cômodo.

Nesta primeira etapa, foram identificados 49 apartamentos ofertados. Desse total, a

maioria (24) está na região central e apresenta preço máximo de R$37.142,86 por cômodo, um

mínimo de R$10.000,00, e médio de R$16.566,19. A segunda maior oferta (7) de apartamentos é

do loteamento Vila Figueira, com preço máximo de R$9.000,00, mínimo de R$1.600,000 e média

de R$6.647,62.

Tabela 7 – Apartamentos ofertados para venda - Variação de preços por cômodo

Loteamento Ocorrências Médio Máximo Mínimo Desvio padrão

CENTRO 24 R$ 16.566,19 R$ 37.142,86 R$ 10.000,00 7522,628583

GLICÉRIO 1 R$ 10.500,00 R$ 10.500,00 R$ 10.500,00 0

IRAI 3 R$ 10.333,33 R$ 10.333,33 R$ 10.333,33 0,000115089

JD. DAS AMÉRICAS 4 R$ 7.791,67 R$ 9.666,67 R$ 7.166,67 1082,531755

VILA AMORIM 2 R$ 7.500,00 R$ 7.500,00 R$ 7.500,00 0

VILA FIGUEIRA 7 R$ 6.647,62 R$ 9.000,00 R$ 1.600,00 3202,32342

VILA MAZZA 2 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 0

VILA URUPÊS 2 R$ 10.800,00 R$ 11.600,00 R$ 10.000,00 800

VILA VERDE 2 R$ 8.166,67 R$ 8.166,67 R$ 8.166,67 0

VILA VERDE I 1 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 0

VILA VERDE II 1 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 R$ 9.600,00 0

Total geral 49 R$ 12.426,98 R$ 37.142,86 R$ 1.600,00 6853,610739

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200

LIMITE URBANO - RURAL

LIMITE MANANCIAIS

Apartamentos

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

201

2. Chácaras por metro quadrado.

O preço médio por m2 dos imóveis tipo chácara encontrados no mercado secundário em

Suzano é de R$19,45. O menor preço encontrado para as ofertas de chácaras foi de R$2,43 o m2

por uma chácara no loteamento Palmeiras. O maior preço foi de R$100,00 o m2 por uma chácara

de no loteamento Vila Barros.

Das 16 ofertas de chácaras coletadas nesta leitura, a maior incidência foi encontrada no

loteamento Palmeiras, que também apresenta o menor valor por m2 das ofertas coletadas. Com 5

ofertas, os preços por m2 na localidade variam entre R$2,43 por uma chácara, a R$2,89 o m2. O

preço médio de chácaras praticado é de R$2,66 nesse loteamento, muito abaixo da média

praticada no município, que é de R$19,45.

Em segundo lugar na quantidade de ofertas vem o loteamento Casa Branca, com 4

ofertas, que variam pouquíssimo, de R$30,00 o m2 a R$30,30 o m2 por uma chácara. Essa baixa

variação pode ser explicada pelo baixo número de ofertas coletadas.

O maior valor ofertado é de R$100,00 o m2 por uma chácara (onde¿), que é mais de 5

vezes a média do preço das ofertas encontradas no município, que é de R$19,45.

Tabela 8 . Chácaras ofertadas para venda - Variação de preço por m2

Loteamento

Ocorrênci

as Média Máximo Mínimo Desvio Padrão

CASA BRANCA 4 R$ 30,23 R$ 30,30 R$ 30,00 R$ 0,15

DUCHEN 2 R$ 17,00 R$ 17,00 R$ 17,00 R$ 0,00

JD. SILVESTRE 2 R$ 15,51 R$ 15,51 R$ 15,51 R$ 0,00

PALMEIRAS 5 R$ 2,62 R$ 2,89 R$ 2,43 R$ 0,25

PQ. ALVORADA 2 R$ 6,13 R$ 6,13 R$ 6,13 R$ 0,00

VILA BARROS 1 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 0,00

Total geral 16 R$ 19,45 R$ 100,00 R$ 2,43 R$ 24,18

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202

Chácaras

LIMITE URBANO - RURAL

LIMITE MANANCIAIS

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

203

4 – Considerações finais.

Esse relatório preliminar realiza uma primeira caracterização do mercado imobiliário no

município. Para a realização da segunda etapa e complementação do trabalho estamos anexando

as tabelas que necessitam de complementação (ANEXO 2). Com complementação dessas

tabelas será mais fácil visualizar as lacunas referentes à localização dos edifícios e das ruas.

Anexaremos também uma listagem dos loteamentos que aparecem nas ofertas dos imóveis e que

não foram localizados no mapa de Suzano.

No que se refere à elaboração dos mapas que localizam no território de Suzano os dados

dos imóveis ofertados no município, há algumas dificuldades de compatibilizarão das informações

coletadas nos jornais e a divisão territorial por loteamentos fornecida pela prefeitura. Por esse

motivo os mapas apresentam resultados parciais, e colocamos a seguir algumas questões que

deverão ser solucionadas em conjunto com a prefeitura no decorrer do trabalho que culminará no

relatório final.

Alguns anúncios de jornal indicam nomes de locais que não correspondem exatamente

aos nomes oficiais do loteamento, por exemplo Miguel Badra, Miguel Badra Alto e Miguel Badra

Baixo. Outros indicam nomes de regiões, como por exemplo o Centro, que não aparece no mapa

como um loteamento. Há ainda as ofertas coletadas que indicam locais não constantes no mapa.

Essas dúvidas foram representadas nos mapas constantes deste relatório, na medida do possível,

por círculos na cor correspondente à faixa de preço em que se encontra o loteamento em

questão.

Outra dificuldade de visualização dos mapas trazida pela divisão territorial adotada é a

descontinuidade dos loteamentos no território. Os mapas resultantes da espacialização dos dados

coletados apresentam muitas áreas em branco, que podem suscitar dúvidas como a seguinte: o

branco do mapa é um vazio urbano ou uma área em que não há oferta de comercialização de

imóveis? É possível que a área que aparece em branco no mapa apresente ofertas imobiliárias,

mas não seja conhecida pelo nome oficial do loteamento.

Assim, sugerimos dois possíveis encaminhamentos que solucionem as dificuldades acima

descritas: a primeira seria a elaboração, pela prefeitura, de uma divisão espacial do município em

regiões contínuas que abrangessem a totalidade do território municipal, e que contivessem, cada

uma delas, um número definido de loteamentos. A segunda possibilidade seria o fornecimento,

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

204

pela prefeitura, de uma divisão territorial que contenha os limites físicos, na medida do possível,

da área considerada como Centro, e dos locais conhecidos como: Glicério, Jardim Anzai, Jardim

Boa Vista, Jardim Colorado, Jardim Cruzeirinho, Jardim das Américas, Jardim do Bosque, Jardim

Novo Colorado, Miguel Badra, Miguel Badra Baixo, Miguel Badra Alto, Marengo Baixo, Raffo, Vila

Márcia, Vila Paiva, Vila Verde I, Vila Verde II, Vila Verde III, Vila Mazza.

5 – Referências Bibliográficas.

ABRAMO, Pedro (2001) “Mercado e Ordem Urbana. Do caos à teoria da localização residencial”.

Bertrand Brasil, Rio de Janeiro.

JARAMILLO, Samuel (2001) “La experiencia colombiana en la recuperación estatal de los

incrementos del precio del suelo. La Contribuición de Valorización y la Participación en Plusvalía”

in Smolka, Martin e Furtado, Fernanda (ed.) (2001) “Recuperación de plusvalia em América Latina

– alternativas para el desarrollo urbano” PUC CHILE, Eurelibros e Lincoln Institute of Land Policy.

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Caracterização do Município de Suzano.

SMOLKA, Martin e FURTADO, Fernanda (2001) “Ensayo introdutorio: recuperación de plusvalia

em Latinoamérica: ?bravura o bravata?” in Smolka, Martin e Furtado, Fernanda (ed.) (2001)

“Recuperación de plusvalia em América Latina – alternativas para el desarrollo urbano” PUC

CHILE, Eurelibros e Lincoln Institute of Land Policy.

www.ibge.gov.br

www.seade.gov.br

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

205

Dinâmica Imobiliária: considerações e questões sobre o mercado imobiliário em Suzano. Anexo A Mapa Base de Loteamentos

Dinâmica Imobiliária: considerações e questões sobre o mercado imobiliário em Suzano. Anexo B

Tabelas

Tabela 1 - Edifícios com apartamentos em comercialização

Nomes dos Edifícios Bairro

ED. IRAI

ED. ORIENTE II CENTRO

ED. AMISTERDAN CENTRO

ED. PEGASUS CENTRO

ED. CALIFORNIA

ED. VIA VENETO CENTRO

ED. REAL PARK VILA FIGUEIRA

ED. ORIENTE I

ED. MEDITERRANEE CENTRO

COND. DAS AMERICAS

ED. VILA VERDE II

ED. ILHAS GREGAS

ED. CENTURY II

ED. CANARIO

ED. CANADA

RESIDENCIAL PEDRA BELA

ED. ORIENTE

ED. SIRIUS

ED. HORTENCIAS

ED. EUGENIO YAMAZAKI

ED. ORQUIDEAS

ED. PORTINARI

COND. VILLAGIO D'ITALIA

ED. OURO PRETO

COND. VILA VERDE

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

206

ED. GENOVA

ED. VIE ROMA

ED. FLORESTA

ED. OLIMPIA

RES. DAS FIGUEIRAS

ED. CARLA

ED. VILLAGIO D' ITALIA

ED. JOHN POOLMUNIR

COND. FLORESTA

COND. VIVER BEM

RES. ORIENTE

ED. VILA VERDE

ED. ITALIA VILA URUPÊS

ED. BARCELONA CENTRO

ED. YAMAZAKI CENTRO

ED. SUZANO

ED. CASA BRANCA

ED. IRAI II

RES. VILA VERDE

ED. BRAZ CUBAS

ED. LIRIUS

ED. ELISA ESPAOLONZI

ED. AUGUSTA BOU HABIB

ED. ALETHEIA

ED. ZUMIRA GUEDES

COND. ORIENTE

ED. MONT BLANC

KITNET

ED. SAINT HILAIRE

ED. LA ROCHELLI

ED. MAISON LA ROCHELLE

RES. ORIENTE

ED. AZALÉIA

ED. MARINA

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Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

207

Tabela 2 - Endereço com imóveis em comercialização

Endereço Bairro

ROD. INDIO TIBIRIÇA PALMEIRAS

WASHINGTON LUIZ

TRAVESSA MIRAMBAVA

ESTRADA DOS FERNANDES CASA BRANCA

R. ELIZEL ALVES COSTA CENTRO

R. DR. ANIS FADUL VILA MALUF

R. FRANCISCO F. FILHO VILA FIGUEIRA

AV. TAIAÇUPEBA VILA URUPÊS

R. MONSENHOR NUNO CENTRO

R. JOÃO BIO CENTRO

R. ANTONIO MANUEL FIGUEIRA JD. CARLOS COOPER

R. ASSEMBLEIA DE DEUS JD. COLORADO

R. BEJAMIM CONSTANT

R. BARÃO DO RIO BRANCO

R. NOSSA SENHORA APARECIDA

R. AUGUSTO SANCHES MARIN JD. NOVO COLORADO

R. GATO CINZENTO VILA URUPÊS

R. FELICO CAMARGO CENTRO

R. ANTONIO RACHID JD. CARLOS COOPER

R. NAÇÕES UNIDAS JD. IMPERADOR

R. GUILHERME VILA URUPÊS

R. ANIS FADUL VILA MALUF

R. SUICHI MASSUDA

R. ALBERT FINK PQ. MARIA HELENA

R. PEDRO JOSÉ PAPAIZ JD. SANTA HELENA

R. JECA TATU VILA URUPÊS

TR. GUAIO CENTRO

R. VITÓRIO FAVALI VILA MARIA DE MAGGI

AV. MARIA HELENA JD. NATAL

R. ANTONIO MARQUES FIGUEIRA VILA FIGUEIRA

R. GETÚLIO VARGAS CENTRO

R. FRANCISCO GLICÉRIO

R. SEIAN HANACHIRO VILA FIGUEIRA

R. JOSÉ SANCHES MARIN JD. COLORADO

R. HORACIO NELSON RONDINELLI CID. EDSON

R. 7 DE SETEMBRO JD. CRUZEIRO

R. ROBERTO GRAVE JD. SANTA ROSA

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208

Tabela 3 - Proximidade com apartamentos em

comercialização

Proximidade Bairro

CHINA IN BOX CENTRO

ATRAZ HOSP. CLINICAS VILA FELIZ

SUPERMERCADO ESTRELA CENTRO

TIRO DE GUERRA PQ. SANTA ROSA

BANCO REAL CENTRO

PREFEITURA CENTRO

DIARIO DE SUZANO CENTRO

VERAN CENTRO

HABIBS VILA AMORIM

BANCOS CENTRO

CONDOMINIOS VILA URUPÊS

ESCOLA VILA URUPÊS

BRADESCO CENTRO

OBJETIVO JD. IMPERADOR

SHOPPING

R. FRANCISCO GLICÉRIO

PADARIA SUZAMPÃO CENTRO

ATACADÃO VILA MALUF

MERCADO PRIMOS JD. COLORADO

COLÉGIO ALFREDO ROBERTO CASA BRANCA

HOSPITAL DAS CLINICAS VILA FELIZ

ESCOLA BATISTA RENZE VILA ADELINA

CAIXA FEDERAL JD. BELA VISTA

CAIXA D'AGUA CENTRO

DELEGACIA CENTRO

ESTAÇÃO DE TREM CENTRO

COLÉGIO MARQUES FIGUEIRA CENTRO

BANCO BANESPA GLICÉRIO

SCARLAT JD. NOVO COLORADO

IGREJA CASA BRANCA

COL. BIANCONI JD. SUZANO

BRASFANTA JD. SANTA INÊS

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209

Tabela 4 - Bairros levatados nos anúncios do Mercado Imobiliário

CENTRO

PALMEIRAS

JD. IMPERADOR

CID. EDSON

VILA FIGUEIRA

JD. SUZANO

VILA AMORIM

PQ. SANTA ROSA

VILA FELIZ

VILA MARIA DE MAGGI

JD. IKEDA

JD. CARLOS COOPER

JD. MONTE CRISTO

PQ. DO COLEGIO

JD. DAS FLORES

PQ. RES. SAMANBAIA

ARUÃ LAGOS

JD. SANTOS

VILA URUPÊS

CASA BRANCA

JD. COLORADO

JD. NATAL

SESC

IRAI

JD. REVISTA

JD. DONA BENTA

JD. POMPÉIA

JD. DO BOSQUE

JD. LEBLON

VILA HELENA

JD. MONTE SION

PQ. MARIA HELENA

JUNDIAPEBA

JD. MODELO

VILA SANTA MARIA

JD. VITORIA

SUZANOPOLIS

JD. SANTA LÚCIA

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Prefeitura Municipal de Suzano - Secretaria Municipal de Política Urbana Revisão do Plano Diretor de Suzano 2006 - 2016

Etapa 4 – Construção do Conhecimento sobre a Realidade Local

210

VILA PAIVA

JD. DOS IPES

ALTOS DE SUZANO

JD. CACIQUE

VILA VERDE

VILA MAZZA

JD. SÃO JOSÉ

JD. CRUZEIRO DO SUL

VILA VERDE I

JD. SANTA HELENA

VILA MALUF

JD. NOVO COLORADO

JD. LINCON

JD. CRUZEIRINHO

JD. REALCE

JD. SÃO LUIZ

JD. COLORADO NOVO

VILA LAVINIA

JD. ANA ROSA

JD. ANZAI

JD. BOA VISTA

VILA BARROS

JD. PLANALTO

JD. CAXANGÁ

RAFFO

VILA COSTA

VILA MARCIA

JD. FERNADES

JD. NOVA AMERICA

MIGUEL BADRA

VILA NOVA AMORIM

JD. JAPÃO

JD. AUREA

CENTURY II

JD. MARCIA

JD. EDNA

JD. DAS AMÉRICAS

JD. BELA VISTA

MIGUEL BADRA ALTO

JD. NENA

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JD. SILVESTRE

PQ. ALVORADA

CENTURY

JD. TABAMARAJOARA

VILA SANTANA

JD. EUROPA

MARENGO BAIXO

JD. MAITÊ

VILA REAL

VILA ADELINA

JD. SAÚDE

JD. MIRIAN

VILA VERDE II

MIGUEL BADRA BAIXO

DUCHEN

CENTURY I

JD. SANTA ROSA

VILA GUAIÓ

PQ. SUZANO

JD. MARCATTO

JD. NAZARÉ

JD. MANEIRA

MARGINAL DO UMA

JD. SANTA INÊS

JD. BELEM

JD. CRUZEIRO

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Anexo 2 Leitura Jurídica

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Anexo 3 Lista de Presença das reuniões da Parte B - Leitura Comunitária