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563 Premissas para o Alcance do Trabalho Colaborativo em Design Premises for Applying Collaboration in Design Area LIMA, Patrícia Jorge Vieira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina HEEMANN, Adriano Dr., Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Palavras-chave: Trabalho Colaborativo, Design, Premissas. Este artigo propõe contribuições para que equipes de projeto alcancem conclusões fundamentadas sobre a colaboração e possam traçar estratégias para identificação e resolução de falhas no trabalho em equipe no processo de Design. Apresenta, para tanto, premissas para linhas colaborativas e para técnicas de auxílio ao trabalho colaborativo, considerando as etapas de estabelecimento, manutenção e dissolução. Key-words: Collaborative work, Design, Premises. This paper proposes contributions to design teams to reach reasoned conclusions about collaboration and to draw strategies for the identification and resolution of failures in teamwork of design process. Presents, therefore, premises to collaborative lines and to techniques to aid collaborative work considering the stages of establishment, maintenance and dissolution. 1- Introdução Este artigo é resultado de um estudo realizado no âmbito do Programa de Educação Tutorial em Design (PET Design) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IF-SC) i . Trata-se de recortes extraídos com o intuito de tornar públicas as premissas estabelecidas e possibilitar a discussão a seu respeito. A colaboração constitui objeto de amplo interesse em diferentes áreas do conhecimento, podendo ser considerada fundamental no desenvolvimento da sociedade contemporânea. Observa-se, entretanto, que existem diferenças nas interpretações quanto ao significado do termo e dificuldades de entendimento de conceitos correlatos (LOTTAZ, 1999). Na área do Design, isso contribui para que a colaboração seja amplamente verbalizada em discursos de efeito sem que, no entanto, seja compreendida e realmente estabelecida em equipes de projeto. Apesar dos avanços teóricos já alcançados sobre o fenômeno da colaboração no Design, o tema ainda encontra-se envolto por dúvidas tanto na indústria como na academia, sobretudo no que tange aos tipos de colaboração e às possíveis técnicas para o seu alcance. Essas dúvidas permaneceriam devido à carência de fatos suficientemente esclarecidos sobre a colaboração e que sirvam de premissas para conclusões fundamentadas a esse respeito. Diante desse contexto, a pesquisa aqui relatada delimitou-se pelo seguinte questionamento: que premissas podem fundamentar conclusões sobre a colaboração em equipes de designers? A partir desse questionamento, o estudo aqui relatado teve como objetivo a proposição de premissas que auxiliem designers a alcançar conclusões sobre o estabelecimento, manutenção e dissolução da colaboração, contribuindo para suas atividades projetuais. 2- Fundamentos Já em 1867 Karl Marx teria mencionado o termo “trabalho colaborativo” para um tipo de esforço conjunto e planejado por indivíduos ligados em um ou mais processos produtivos (MEHLECKE; TAROUCO, 2003). Compartilhando dessa definição, East et al. (2007) sugerem a colaboração como o trabalho em conjunto por

Premissas para o Alcance do Trabalho Colaborativo

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Diante desse contexto, a pesquisa aqui relatada delimitou-se pelo seguinte questionamento: que premissas podem fundamentar conclusões sobre a colaboração em equipes de designers? A partir desse questionamento, o estudo aqui relatado teve como objetivo a proposição de premissas que auxiliem designers a alcançar conclusões sobre o estabelecimento, manutenção e dissolução da colaboração, contribuindo para suas atividades projetuais. 563

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Premissas para o Alcance do Trabalho Colaborativo em Design Premises for Applying Collaboration in Design Area

LIMA, Patrícia Jorge Vieira

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina HEEMANN, Adriano

Dr., Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina

Palavras-chave: Trabalho Colaborativo, Design, Premissas. Este artigo propõe contribuições para que equipes de projeto alcancem conclusões fundamentadas sobre a colaboração e possam traçar estratégias para identificação e resolução de falhas no trabalho em equipe no processo de Design. Apresenta, para tanto, premissas para linhas colaborativas e para técnicas de auxílio ao trabalho colaborativo, considerando as etapas de estabelecimento, manutenção e dissolução. Key-words: Collaborative work, Design, Premises. This paper proposes contributions to design teams to reach reasoned conclusions about collaboration and to draw strategies for the identification and resolution of failures in teamwork of design process. Presents, therefore, premises to collaborative lines and to techniques to aid collaborative work considering the stages of establishment, maintenance and dissolution. 1- Introdução Este artigo é resultado de um estudo realizado no âmbito do Programa de Educação Tutorial em Design (PET Design) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IF-SC)i

. Trata-se de recortes extraídos com o intuito de tornar públicas as premissas estabelecidas e possibilitar a discussão a seu respeito.

A colaboração constitui objeto de amplo interesse em diferentes áreas do conhecimento, podendo ser considerada fundamental no desenvolvimento da sociedade contemporânea. Observa-se, entretanto, que existem diferenças nas interpretações quanto ao significado do termo e dificuldades de entendimento de conceitos correlatos (LOTTAZ, 1999). Na área do Design, isso contribui para que a colaboração seja amplamente verbalizada em discursos de efeito sem que, no entanto, seja compreendida e realmente estabelecida em equipes de projeto. Apesar dos avanços teóricos já alcançados sobre o fenômeno da colaboração no Design, o tema ainda encontra-se envolto por dúvidas tanto na indústria como na academia, sobretudo no que tange aos tipos de colaboração e às possíveis técnicas para o seu alcance. Essas dúvidas permaneceriam devido à carência de fatos suficientemente esclarecidos sobre a colaboração e que sirvam de premissas para conclusões fundamentadas a esse respeito. Diante desse contexto, a pesquisa aqui relatada delimitou-se pelo seguinte questionamento: que premissas podem fundamentar conclusões sobre a colaboração em equipes de designers? A partir desse questionamento, o estudo aqui relatado teve como objetivo a proposição de premissas que auxiliem designers a alcançar conclusões sobre o estabelecimento, manutenção e dissolução da colaboração, contribuindo para suas atividades projetuais. 2- Fundamentos Já em 1867 Karl Marx teria mencionado o termo “trabalho colaborativo” para um tipo de esforço conjunto e planejado por indivíduos ligados em um ou mais processos produtivos (MEHLECKE; TAROUCO, 2003). Compartilhando dessa definição, East et al. (2007) sugerem a colaboração como o trabalho em conjunto por

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meio de um esforço comum, dependente da relação das pessoas envolvidas, confiança entre elas e dedicação de cada parte para alcance dos resultados. Em se tratando de termos correlatos, a literatura frequentemente apresenta a mesma definição para o termo colaboração e cooperação. Na presente reflexão, contudo, atribui-se um sentido mais amplo para a colaboração, uma vez que demanda um nível de comprometimento mais elevado que o de uma ação cooperada. Suspeita-se que a difusão confusa desses termos venha ocorrendo recentemente em decorrência do processo de globalização, tendo em vista a demanda pelo trabalho em conjunto entre pessoas que vivem em contextos diferentes. Nesse sentido, entende-se aqui ser mais relevante compreender as premissas para o alcance da colaboração ao invés de tentar categorizar ou dissecar um fenômeno de proporções globais. A pesquisa baseou-se em fundamentos apresentados pelo Modelo 3C, proposto originalmente por Ellis et al. em 1991. O Modelo 3 C demonstra a dependência da ocorrência da colaboração entre um grupo de pessoas em relação à Comunicação, Coordenação e a Comunicação (PICHILIANI, 2006). Fundamentadas em reflexões nesse sentido e em observações de práticas projetuais, a pesquisa aqui relatada procurou formular premissas que podem contribuir para o alcance da colaboração entre designers em seu sentido mais amplo. Para a formulação das premissas foram desenvolvidas e praticadas técnicas para o estabelecimento, a manutenção e a dissolução do processo colaborativo. Os estudos de caso realizados consideraram: o contexto do grupo que compõe o PET Design; as atividades do Projeto Integradorii do curso superior de Design de Produto do IF-SC; e as relações estabelecidas com o Projeto Design Possíveliii

3- Propondo Premissas

. De modo empírico pôde-se obter e compartilhar informações para a construção das premissas.

Com o intuito de contribuir para que designers alcancem conclusões bem fundamentadas sobre o universo da colaboração, o presente item apresenta uma coleção de premissas, propostas no contexto de Linhas Colaborativas e Técnicas de Auxílio para o Trabalho Colaborativo. 3.1- Linhas Colaborativas Ao observar-se a prática projetual em grupo, percebe-se que esta pode apresentar diferentes linhas colaborativas com características e estágios específicos. Em termos gerais, as linhas tratam das relações entre possíveis sub-grupos internos e/ou parceiros externos que influenciam o resultado do trabalho. As linhas colaborativas podem ter períodos diferentes de duração, com início e término em tempos distintos e independentes. Em uma mesma equipe de projeto, por exemplo, a relação de colaboração pode se consolidar: a) entre todos os membros, b) entre alguns membros por motivo de divisão de tarefas e c) entre a equipe e outro grupo parceiro. Cada uma dessas relações formará uma linha colaborativa com características específicas e importância para o resultado do trabalho (fig. 01).

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Figura 01 – Exemplo de Linhas Colaborativas de uma equipe Fonte: os autores Cabe observar que a compreensão e classificação de cada uma das linhas de trabalho – referentes aos grupos externos relacionados à equipe em questão – permitem a identificação de falhas e a proposição de soluções, considerando e respeitando suas especificidades. Nesse sentido, sugere-se a premissa de que uma equipe de projeto pode atuar em diferentes linhas colaborativas simultaneamente e que esse entendimento é relevante para o alcance da colaboração. 3.2 Técnicas de Auxílio ao Trabalho Colaborativo Para alcance do trabalho colaborativo também deve ser levado em consideração o período em que ela pode ocorrer. Esse período contempla os estágios de estabelecimento, manutenção e dissolução. Ações que valorizam e aperfeiçoam as relações das equipes nos referidos estágios constituem as técnicas para o alcance do trabalho colaborativo. O objetivo geral das técnicas é otimizar os resultados obtidos com o trabalho em equipe, por exemplo, aumentando o comprometimento dos envolvidos. Busca-se, com isso, o alcance da colaboração no seu sentido mais amplo, que engloba planejamento, definição de metas e a própria ação colaborativa – traduzidos em níveis estratégico, tático e operacional de trabalho, respectivamente. A idéia de que a colaboração pode ser estabelecida, mantida e dissolvida, viabiliza uma configuração cíclica em um contexto de desenvolvimento continuado de projetos (fig.02). Em casos como esse, uma nova colaboração pode ser mais facilmente compreendida e alcançada, já que a anterior não chegou a ser totalmente dissolvida.

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Figura 02 – Etapas para o estabelecimento do Trabalho Colaborativo Fonte: os autores Contudo, parece não existir uma linha clara que delimite exatamente onde, como e quando ocorre o estabelecimento, a manutenção e a dissolução do trabalho colaborativo. Isto acaba por gerar um ciclo no qual cada etapa da colaboração está ligada a uma outra. Nesse sentido, propõe-se a premissa de que a colaboração no Design pode ser estabelecida, mantida e dissolvida em um processo cíclico. 3.2.1- Estabelecimento da Colaboração O estabelecimento é o processo inicial de um trabalho em equipe. Esse processo é delimitado pela formação do grupo, considerada a “entrada” do processo, até a consolidação da colaboração entre os membros do grupo, que por sua vez exige manutenção, aqui considerada a “saída” do mesmo processo. Para que ocorra o estabelecimento, é necessário o interesse (E1) individual e coletivo pelo objeto de trabalho; uma boa integração (E2) entre os membros; a confiança mútua (E3); além de comprometimento (E4). O alcance de todos esses estágios (E1, E2, E3 e E4) pode ser considerado, portanto, o processo de estabelecimento da colaboração. Entretanto, deve-se levar em consideração as peculiaridades das equipes de trabalho, bem como as suas necessidades. Dessa forma, as equipes que apresentam algum desses estágios previamente consolidados podem partir para o alcance do seguinte, “pulando” qualquer um deles (fig. 03).

Figura 03 – Estágios para o estabelecimento do Trabalho Colaborativo Fonte: os autores A entrada do processo de estabelecimento da colaboração compreende o momento de formação de uma equipe para desenvolvimento de um projeto de Design. A técnica objetiva o despertar do interesse, da integração, da confiança e do comprometimento na equipe de trabalho. Como saída desse processo tem-se uma equipe em um regime colaborativo estabelecido, porém com necessidade de manutenção durante o seu período de duração. Nesse sentido, propõe-se a premissa de que a colaboração no Design pode ser estabelecida por meio do interesse, da integração, da confiança e do comprometimento de um grupo de pessoas. 3.2.2- Técnica de Auxílio à Manutenção da Colaboração É comum dar enfoque ao estágio de estabelecimento de um trabalho buscando uma boa interação entre os membros da equipe no início do projeto. Essa tônica, porém, tende a diminuir com o passar do tempo diante

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de outras exigências específicas do trabalho – que acabam por consumir todo o tempo disponível. Dessa forma, a manutenção das relações de colaboração em equipe pode ser menosprezada. A manutenção da colaboração, entretanto, é essencial independente da sua duração. Naturalmente, os projetos de maior duração exigirão maior ênfase nesse estágio e, por conseguinte, a utilização de técnicas de motivação, comunicação, coordenação e cooperação entre os membros. Esse tipo de manutenção deve ser monitorada levando-se em consideração que pequenas falhas podem causar grandes consequências para a equipe de projeto. Nesse sentido, a motivação (M1) é um ponto que deve ser estimulado constantemente durante o trabalho colaborativo. É importante que todos os membros estejam motivados com o trabalho e com a própria equipe, seja essa motivação alcançada por afinidades, interesses financeiros, promoções, status, ou qualquer outro motivo que proporcione alguma satisfação pessoal. Além disso, faz-se necessária uma comunicação (M2) facilitada – alcançada por um canal aberto, seja presencial ou por meio de ferramentas de auxílio como telefones e e-mails. Em um ambiente de projeto, por mais horizontal que seja a estrutura de trabalho da equipe, também faz-e necessária a coordenação (M3), útil para a centralização das informações, (re)estabelecimento de metas, acompanhamento e atualização do cronograma, divisão das tarefas (quando necessário) e facilitação de tomadas de decisão. Mesmo com os três pontos supracitados bem sincronizados, a continuidade da cooperação (M4) ao longo do projeto apresenta-se como fator decisivo para o sucesso do trabalho. É importante que todos os membros da atuem com foco no objetivo da equipe. Ainda que o trabalho seja compartimentando – com responsabilidades bem definidas – o espírito de cooperação deve permanecer na equipe. Apesar de os quatro estágios de manutenção do trabalho colaborativo terem sido apresentados de modo ordenado (M1, M2, M3 e M4), na prática estes não apresentam uma hierarquia ou seqüência de execução (fig. 04). Dessa forma, atividades de estímulo a esses estágios devem ser abordadas periodicamente de acordo com a necessidade da equipe e o tempo de duração do trabalho.

Figura 4 – Estágios para a Manutenção do Trabalho Colaborativo Fonte: os autores

A “entrada” do processo de manutenção da colaboração corresponde ao momento em que o trabalho colaborativo está estabelecido, porém com necessidade de manutenção durante seu período de duração. O trabalho a ser executado objetiva a conservação da motivação, comunicação, cooperação e coordenação da equipe de projeto. A saída desse processo, por sua vez, é uma equipe com a colaboração mantida, com a previsão de uma futura dissolução. Assim, pode-se propor a premissa de que a motivação, a comunicação, a cooperação e coordenação, possibilitam que o fenômeno colaboração no Design seja mantido.

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3.2.3 Técnica de Auxílio à Dissolução da Colaboração É comum que, ao fim de um projeto de Design, a dissolução do grupo ocorra sem atenção a uma possível necessidade futura de reestabelecimento da colaboração. Do mesmo modo, a dissolução descuidada pode acarretar em prejuízos significativos a outros projetos. Sobretudo, é relevante que uma dissolução da colaboração ocorra de modo que os partícipes permaneçam aptos a continuar trabalhando individualmente. Essa independência (D1) – trabalhada antes da separação do grupo – possibilita que as partes permaneçam com estabilidade mesmo após a dissolução da colaboração. Para que um futuro reestabelecimento da colaboração seja mais facilmente alcançado entre grupos e/ou pessoas é essencial que também se mantenha perene um grau de confiança (D2) entre as partes, além de um compartilhamento acessível (D3) – conquistado, principalmente, por meio de ferramentas de auxílio à comunicação, como registro de contato (endereço, e-mail, número de telefone, etc.) que permitam acesso a todos os ex-membros da equipe. Sendo assim, necessário se faz que sejam enfocadas atividades, que auxiliem no alcance desses três estágios da dissolução, trabalhadas simultaneamente (fig 06).

Figura 06 – Estágios para a Dissolução do Trabalho Colaborativo Fonte: os autores

A “entrada” do processo de dissolução da colaboração é composta pela declaração da necessidade de dissolução. A partir daí, o trabalho a ser executado objetiva a sustentação da perenidade da confiança e da acessibilidade ao compartilhamento da equipe com o término do trabalho. Enquanto que para a “saída” deste processo, espera-se uma equipe com a colaboração dissolvida e com possibilidade de reestabelecimento facilitado em ocasião futura. Com base nessas observações, formula-se a premissa de que a proposição da independência entre os partícipes de um projeto, da confiança mútua e da acessibilidade facilitam a dissolução e um futuro reestabelecimento da colaboração. Conclusão O presente artigo apresentou um conjunto de premissas agrupadas em linhas colaborativas e técnicas de auxílio. As linhas colaborativas apresentadas englobaram uma premissa da colaboração por apresentarem-se como direcionamentos fundamentais do trabalho de designers, já que evidenciam relações internas e externas para que o resultado seja alcançado. As técnicas de auxílio englobaram outras quatro premissas uma vez que, com elas, o estabelecimento, manutenção e dissolução do estado colaborativo podem ser melhor compreendidos e alcançados. Contudo, a aplicação das premissas propostas neste trabalho não se limita à área do Design. Elas podem ser adaptadas a outros contextos de trabalho em equipe em que ocorra o fenômeno da colaboração. As reflexões apresentadas são genéricas e, portanto, adaptáveis ao projeto a que se referem e diretamente dependentes do contexto.

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Embora existam relatos sobre as repercussões da colaboração no campo do Design, o trabalho colaborativo continua sendo assunto ainda a ser explorado e melhor esclarecido. Este estudo deve ser entendido, portanto, como eixo de suporte para outras investigações e associações. A compreensão e a aplicação das premissas aqui apresentadas podem contribuir para a otimização dos resultados de projetos que envolvam atividades em equipe, permitindo o alcance do fenômeno da colaboração em seu sentido mais amplo por meio da utilização das técnicas de estabelecimento, manutenção e dissolução do processo colaborativo. Não se pretendeu, contudo, colocar ordem em uma suposta desordem conceitual ou de se desenvolver um procedimento unificado para atividades colaborativas, tampouco se procurou esgotar o assunto. Novas premissas devem ser formuladas para que o campo do Design seja continuamente aprimorado. i Antigo Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina – CEFET/SC.

ii O Projeto Integrador (PI) é uma prática pedagógica aplicada do 1° ao 7º módulo do Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto do IF-SC. Mais a esse respeito em Biava et al. (2006).

iii O Design Possível é um projeto de desenvolvimento social que conta com a participação de estudantes, profissionais, ONGs e empresas. Com estrutura orgânica se transforma e se atualiza com grande velocidade, buscando com isso adequar-se às necessidades encontradas e auxiliar no processo de construção de uma sociedade melhor.

Referências BIAVA, L. C.; MARTINS, C. G.; SIELSKI, I. M. O Projeto Integrador como Instrumento Pedagógico do Curso de Design de Produto do CEFET/SC. In CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN, 7., 2006, Curitiba. Anais ... Curitiba: AEND, 2006. 1 CDROM EAST, E. W. et al. Verification and validation of a project collaboration tool. Automation in Construction (2007), doi:10.10 16/j. autocon. 2007.04.003. LOTTAZ, Claudio; CLÉMENT, Den; FALTINGS, Boi; SMITH, Ian. Constraint-based support for collaboration in design and construction. Journal of Computing in civil engeneering. January, 1999. MEHLECKE, Querte; TAROUCO, Liane. Ambiente de suporte para educação à distância: a mediação para aprendizagem cooperativa. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação. Porto Alegre, fevereiro de 2003. PICHILIANI, Mauro Carlos. Mapeamento de software para permitir a colaboração síncrona. São José dos Campos, SP: ITA, 2006. Patrícia Jorge Vieira Lima – [email protected] Adriano Heemann – [email protected]