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Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Agrícola Preparação de amostras de solo para espectroscopia e seu uso no mapeamento dos parâmetros de fertilidade do solo em áreas cultivadas com cana-de-açúcar Relatório final de Iniciação Científica, PIBIC. Bolsista: Breno H. Higa Orientador: Prof. Dr. Lucas Rios do Amaral CAMPINAS Julho de 2016

Preparação de amostras de solo para espectroscopia e seu ... · O trabalho de Epiphanio et al. (1992) tem sido usado como referência no processamento das amostras de solo para

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Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Engenharia Agrícola

Preparação de amostras de solo para espectroscopia e seu uso

no mapeamento dos parâmetros de fertilidade do solo em áreas

cultivadas com cana-de-açúcar

Relatório final de

Iniciação Científica, PIBIC.

Bolsista: Breno H. Higa

Orientador: Prof. Dr. Lucas Rios do Amaral

CAMPINAS Julho de 2016

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1. Introdução

As áreas agrícolas não são obrigatoriamente uniformes e mesmo em pequenas porções

de uma lavoura existem diferenças no solo, relevo e nas condições de cultivo que podem

significar a demanda por tratamentos diferenciados. Esse manejo diferenciado, respeitando a

variabilidade espacial observada nas lavouras, é chamado de agricultura de precisão (MOLIN,

2009). Assim, a exploração agrícola só pode ser otimizada quando levar em consideração a

variabilidade espacial dos fatores de produção (OLIVER, 2013).

Uma das técnicas mais praticadas dentro da agricultura de precisão é a adubação e

correção do solo em doses variadas, respeitando a variabilidade espacial dos diferentes

elementos da fertilidade do solo. A informação base para tal recomendação é levantada por

meio de amostragens georreferenciadas de solo, geralmente em grade regular, com posterior

análise química do solo em laboratório. Entretanto, a coleta e análise de amostras de solo

precisam ser realizadas em alta densidade para caracterizar de forma adequada a variabilidade

espacial dos diferentes parâmetros de fertilidade, o que torna essa técnica dispendiosa e, muitas

vezes, proibitiva economicamente (ARAÚJO, DEMATTÊ e BELLINASO, 2013; DU e ZHOU,

2009; NANNI e DEMATTÊ, 2006).

A principal alternativa para contornar esse problema é o uso de sensores de solo

(ADAMCHUK e VISCARRA ROSSEL, 2010). Nesse contexto, há um crescente interesse por

técnicas de espectroscopia, já que uma única mensuração, realizada de forma simples, rápida e

barata, apresenta a capacidade de fornecer informações quanto às propriedades físicas, químicas

e biológicas dos solos (BEN-DOR et al., 2009; SORIANO-DISLA et al., 2014; STENBERG e

VISCARRA ROSSEL, 2010).

O princípio da espectroscopia é a interação entre a radiação eletromagnética e a amostra

a ser analisada, que pode apresentar resposta direta ou indireta ao longo do espectro, sendo que

esta técnica na agricultura avalia a fertilidade do solo através da análise espectral, na qual tem

como objetivo identificar ao longo da banda, um elemento específico, e a criação de modelos

de calibração para predição dos nutrientes, aumentando assim, o desempenho das aplicações de

fertilizantes em doses variadas (GITAP, 2016).

O trabalho de Epiphanio et al. (1992) tem sido usado como referência no processamento

das amostras de solo para espectrorradiometria, onde o solo é seco a 45°C por 24 horas e moído

e peneirado em malha de 2 mm. No entanto, o procedimento adotado por esses autores focava

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a caracterização mineralógica de solos do estado de São Paulo realizado por meio de

espectroscopia de radiação difusa. Atualmente há diversos procedimentos e ferramentas que

auxiliam a técnica de espectroscopia no mercado, com diferentes usos como o farmacêutico,

mineralógico, agrícola e entre outros. Este estudo, diferentemente de Epiphanio et al. (1992),

propôs diferentes metodologias, peneiramento e secagem, de preparo de amostras de solo com

a finalidade de quantificar sua fertilidade.

2. Objetivo

O objetivo deste trabalho foi avaliar metodologias de preparo das amostras de solo para

avaliação e criação de modelos de predição por espectroscopia no VIS/NIR com o intuito de

identificar parâmetros de fertilidade do solo, possibilitando a prescrição de adubos e corretivos

em doses variadas.

3. Material e Métodos

Uma grande quantidade de solo foi retirada em uma pequena área de mata no

Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE/CNPEM), numa

profundidade de até 200 mm, com o intuito de se obter solo naturalmente pouco fértil (Anexo

1).

O solo coletado foi peneirado em uma peneira de abertura de 2 mm, MESH 9, e

colocado em um recipiente para que posteriormente este fosse colocado em vasos com

capacidade de um litro e recebesse, separadamente, a aplicação de fertilizantes específicos:

Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S), em três

dosagens diferentes, para que atingissem níveis baixos, médio e alto dos nutrientes no solo

(RAIJ et al., 1997). Além disso, houve um tratamento controle sem aplicação de fertilizantes e

um tratamento “completo”, onde foi aplicado a maior dose de todos os fertilizantes em conjunto,

sempre se utilizando 3 repetições (Figura 1). A fonte dos nutrientes para N, P, K, Ca, Mg e S

foram escolhidas para que contivessem a menor quantidade possível de outros elementos e

disponibilizassem o nutriente na forma preferencial de absorção pelas plantas, respectivamente,

NH4NO3, NH4H2PO4, KCl, CaCl2(H2O)2, MgCl2(H2O)6, e (NH4)2SO4.

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Figura 1. Sequenciamento das etapas da metodologia.

Os vasos foram colocados em uma mesa de irrigação automática em casa-de-

vegetação da Faculdade de Engenharia Agrícola - UNICAMP, para que a umidade constante

favorecesse a mineração dos fertilizantes, por 45 dias e um revolvimento do solo nesse meio

tempo (Figura 2). O tempo de irrigação da mesa foi determinado através da verificação do solo

dentro dos vasos para que mantivesse umidade próxima a capacidade de campo, atingida por

duas irrigações diárias.

Figura 2. Vasos na mesa de irrigação

Após os 45 dias de “incubação”, o solo presente em cada vaso foi dividido em duas

partes, sendo uma enviada para análise química em laboratório (Anexo 2). A segunda parte

passou por diferentes formas de preparo do solo para avaliar os resultados das leituras com os

espectrômetros.

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Utilizaram-se três formas de preparo de solo, com diferentes peneiramentos: 2 mm, 0,71

mm e 0,25 mm. Esses diferentes calibres foram escolhidos para verificar se há diferenças

significativas nos resultados finais a partir dos tamanhos das partículas, pois com partículas

menores existe a possibilidade de se obter um resultado mais fino, já que esses tamanhos

permitem que emissão de energia do espectrômetro obtenha maior dados sobre as amostras,

porém há a possiblidade, também, de se obter mais interferências, ruídos, devido a maior

quantidade de partículas. As amostras do primeiro peneiramento, 2 mm, não necessitaram de

nenhum procedimento para que o solo passasse pela peneira. Por outro lado, o peneiramento de

0,71 mm precisou uma moagem manual das amostras antes do peneiramento, devido ao

tamanho das partículas. Do mesmo modo, no peneiramento de 0,25 mm, por ser o procedimento

que visa as menores partículas, foi necessário a moagem do solo em moinho de bolas, para que

o solo fosse completamente pulverizado.

Os tratamentos dos três tipos de peneiramento foram divididos em duas metodologias:

secagem em estufa a 40ºC e 110ºC, (Figura 3), com o intuito de verificar se a umidade residual

no solo quando o solo é seco ao ar (Terra Fina Seca ao Ar – 40°C) interfere nos resultados, o

que totalizou cinco diferentes formas de preparo do solo (tratamentos), já que as amostras de

menor espessura, 0,25 mm, não teve o tratamento seco a 110ºC devido a pequena quantidade

de solo restante.

Figura 3. Amostras na estufa do Laboratório de Agricultura de Precisão (FEAGRI/UNICAMP)

O espectrômetro utilizado foi o FieldSpec 4 Std-Res (Analytical Spectral Devices Inc.,

Bolder, Colorado, EUA), o qual coleta o espectro na faixa entre 350 e 2500 nm, compreendendo

a faixa de comprimento de onda do visível ao infravermelho próximo (Vis-NIR), com um

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intervalo amostral de 1,4 nm nos comprimentos de onda do 350 a 1050 nm e de 2,0 nm entre

1000 e 2500 nm, interpolando os dados para gerar intervalos de saída a cada nm. O solo foi

alocado em um acessório de medida chamado pelo fabricante de MugLight. Esse acessório

possui sua própria fonte de luz (lâmpada de halogênio de 100W), permitindo que o sensor atue

de forma ativa, sem sofrer interferência do seu entorno e das variações na iluminação ambiente.

O MugLight é conectado tanto no espectrômetro como no computador para realizar a aquisição

de dados (Figura 4).

Figura 4. Aquisição de dados do FieldSpec através da leitura do MugLight.

A utilização do espectrômetro consistiu em quatro repetições de leitura (quadruplicata)

para cada unidade experimental, sendo que em cada repetição o aparelho realizava uma

integração de 50 leituras obtendo uma média do espectro para cada integração. Em cada

repetição de leitura uma quantidade de amostra de solo a ser analisada era colocada no

amostrador, preenchendo o seu volume total, e esta recebeu uma leve compressão para que se

diminuísse os espaços vazios presentes entre as partículas. Após a primeira leitura, a amostra

de solo contida no amostrador reintegrava com a amostra total, então, era homogeneizada e se

seguia os mesmos procedimentos para as repetições subsequentes.

Posteriormente, em conjunto com os resultados da análise laboratorial, se criou modelos

de calibração para os macronutrientes separadamente por meio da Regressão pelos Quadrados

Parciais com o software ParLes (VISCARRA ROSSEL, 2008). Os dados foram submetidos a

diversos pré-processamentos, como a transformação dos dados de refletância para absorbância

[R para log(1/R)], a correção do sinal multiplicativo pelos procedimentos MSC e SNV, para

corrigir a variação do espalhamento da luz e uso do filtro Savitzky-Golay que utiliza um ajuste

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polinomial móvel de qualquer ordem e o tamanho do filtro consiste de (2n +1) pontos, onde n

é a meia largura da janela de suavização (neste trabalho utilizamos fatores 5 e 11) e, por fim,

sem diferenciação e derivada primeiro, tudo isso centrado na média dos dados (VISCARRA

ROSSEL, 2008). Para mensurar os resultados dos processamentos se selecionou os melhores

resultados, avaliado pelo Desvio Percentual Relativo (RPD), o qual é um indicador do

desempenho do modelo de calibração, onde valores superiores a 2 são considerados úteis,

enquanto inferiores a isso apresentam desempenho limitado (VISCARRA ROSSEL;

MCGLYNN; MCBRATNEY, 2006) e também pelo Erro Médio Quadrático do modelo

(RMSE).

4. Resultados e Discussão

Os espectros de amostras de solo com o mesmo tratamento, variando apenas a repetição,

foram semelhantes, o que é; porém, apresentam intensidades de refletância diferentes (Figura

5). Essa diferença ocorre pela variação do próprio equipamento ou mesmo na deposição do solo

no momento da leitura (BEN-DOR et al., 2015), sendo que esse efeito precisa ser eliminado

pelo tratamento de dados (pré-processamento) e uso de quimiometria.

Figura 5. Espectros do tratamento Enxofre 1 (menor dose de fertilizante), obtidas para as 3 repetições

(vasos – a, b e c) com o equipamento Vis-NIR

Com exceção do nitrogênio, todos os outros modelos de calibração apresentaram bom

desempenho (Tabela 1), de acordo com a classificação do RPD proposto por Viscarra Rossel,

McGlynn e McBratney (2006). Os modelos para N foram pouco eficientes pois foram

construídos com base em apenas 12 amostras (função da limitação do número de análises de

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solo realizadas), enquanto para os demais nutrientes se utilizou o conjunto de dados completo

(60 amostras). A maioria dos modelos no processamento 2 mm a 110ºC apresentaram Desvio

Percentual Relativo próximo a 2, que indica resultados úteis para predição da fertilidade do

solo, confirmando que a umidade do solo é um fator que interfere na análise espectroscópica

contradizendo a literatura, a qual prega a secagem a 45ºC (EPIPHANIO et al, 1992), apesar de

que os nutrientes K e Mg obtiveram melhores resultados a 40ºC, mas com uma pequena

variação tanto de RPD e RMSE. Por outro lado, as amostras de menores partículas não

predominou com bons modelos de calibração, contrariando a ideia inicial. Apesar de não ter

uma predominância de um melhor tratamento específico das amostras, outras formas de preparo

de solo podem permitir um melhor desempenho dos modelos de predição das propriedades

químicas do solo.

Tabela 1. Ajustes dos modelos de calibração em função do preparo das amostras para diferentes nutrientes

(N, P, K, Ca, Mg e S) com seus respectivos Desvio Percentual Relativo (RPD) e Erro Médio Quadrático (RMSE).

Valores sublinhados e em negrito indicam o melhor ajuste dos modelos para determinado nutriente em função do

preparo das amostras de solo utilizada.

2 mm, 40ºC 2 mm, 110ºC 250 µm, 40º C 710 µm, 40º C 710 µm, 110º C

RPD RMSE RPD RMSE RPD RMSE RPD RMSE RPD RMSE

N 1,11 57,7 1,19 54,1 1,02 62,98 1 64,19 1,07 60,33

P 1,98 18,09 2,86 12,5 1,99 17,96 2,84 12,59 2,24 15,94

K 2,03 0,75 1,93 0,92 1,53 1,16 1,99 0,89 1,67 1,06

Ca 1,87 1,76 2,04 1,61 1,42 2,31 2,13 0,57 2,42 1,36

Mg 2,37 2,35 2,1 2,66 1,87 2,98 2,35 2,39 1,48 3,77

S 1,55 46,71 1,78 40,59 1,31 54,56 1,59 45,57 1,41 50,49

Pensando em prescrição de fertilizantes em doses variadas, a qual é a finalidade

essencial do levantamento de parâmetros da fertilidade do solo em agricultura de precisão, os

modelos gerados para a disponibilidade de P, K, Ca e Mg mostraram ajustes notórios, com RPD

superior a 2, ou seja, boa utilidade na quantificação dos elementos no solo. Contudo, apesar

desses bons ajustes dos modelos, o erro médio da predição (RMSE) para P e K foi elevado

(Anexo 3, 4, 5, 6, 7 e 8). Se avaliada as faixas de teores disponíveis no solo sugeridos por Raij

9

et al. (1997), observa-se que a incerteza associada a predição poderia indicar o deslocamento

do valor predito para classes de fertilidade diferenciadas (Tabela 2).

TABELA 2. Limites de intepretação de teores de potássio e de fosforo em solos.

Teor Produção K+ trocável Presina

Florestais Perenes Anuais Hortaliças

% mmolc/dm³ mg/dm³

Muito baixo 0-70 0,0-0,7 0-2 0-5 0-6 0-10

Baixo 71-90 0,8-1,5 3-5 6-12 7-15 11-25

Médio 91-100 1,6-3,0 6-8 13-30 16-40 26-60

Alto >100 3,1-6,0 9-16 31-60 41-80 61-120

Muito alto >100 >6,0 >16 >60 >80 >120

Fonte: Boletim Técnico, 100, IAC, 1997.

Desse modo, os modelos de predição desenvolvidos nesse estudo se mostram com

aplicação limitada para quantificação da disponibilidade de nutrientes visando o

direcionamento da aplicação de doses variadas de fertilizantes. Logo, embora pesquisas tenham

indicado a aplicabilidade de técnica de espectroscopia na região Vis-NIR para esse fim, ainda

é preciso comprovação empírica de que o erro associado as predições são aceitáveis dentro do

conceito de aplicação de insumos nos locais corretos ao longo das lavouras.

5. Conclusão

O preparo das amostras de solo influencia nos ajustes dos modelos de calibração. O

preparo de amostras com peneiramento de 2 mm e secagem a 110ºC apresentou bons resultados,

de forma geral, para todos os macronutrientes. Contudo, pelo alto erro associado aos modelos

de predição, essa técnica ainda se mostra limitada para o direcionamento da aplicação de doses

variadas de fertilizantes.

6. Matéria encaminhada para publicação

10

Preparação de amostras para espectroscopia e quantificação de macronutrientes

disponíveis no solo. Trabalho submetido para apresentação oral no Congresso Brasileiro de

Agricultura de Precisão – ConBAP, Goiânia, 2016.

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8. Perspectiva de continuidade ou desdobramento do trabalho

Inicialmente foi proposto a utilização de três técnicas de espectroscopia para este estudo,

porém pela falta de disponibilidade de uso do equipamento LIBS, Laser Induced Breakdown

Spectroscopy, do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas, e conflitos de

horário graduação/iniciação científica não foi possível terminar as análises dos espectros das

amostras. Os dados do aparelho Cary 630 FTIR (Agilent Technologies, Santa Clara, Colorado,

EUA) que trabalha com a técnica ATR (attenuated total reflectance ou refletância total

atenuada) apresentaram vários valores negativos ao longo do espectro, sendo assim a

necessidade de descarta-los, então por problemas de marcar uma nova análise das amostras com

a empresa Agilent e para não atrasar o andamento dos procedimentos com o FieldSpec, não se

realizou uma nova aquisição de dados.

Outro desdobramento do trabalho foi a interrupção do experimento em campo, pois por

se tratar de uma grande quantidade de amostra de solo, levaria um longo tempo para aquisição

dos espectros de cada amostra assim como os processamentos dos mesmos para a criação de

modelo de calibração, dividindo assim o tempo da graduação e iniciação científica, na qual o

aluno teve dificuldade em conciliar.

13

ANEXO 1. Resultados das análises iniciais do solo coletado para o experimento

Unidades pH CaCl2 [g/dm3]

M.O.[mg/dm3] P

[mg/dm3] S

[mmolc/dm3] K

[mmolc/dm3] Ca

[mmolc/dm3] Mg

[mmolc/dm3] H + Al SMP [mmolc/dm3]

CTC [mmolc/dm3]

V [%]

Solo pouco fértil 4 26 3 10 0,6 7 2 38 473,6 20

ANEXO 2. Resultados das análises de solo do experimento em vasos após o período de

“incubação”

Unidades pH CaCl2 [g/dm3]

M.O. [mg/dm3] P

[mg/dm3] S

[mmolc/dm3] K

[mmolc/dm3] Ca

[mmolc/dm3] Mg

[mmolc/dm3] H + Al SMP [mmolc/dm3]

CTC [mmolc/dm3]

V [%]

Cálcio 1A 4,6 30 6 22 1,3 12 3 47 63,3 26

Cálcio 1B 4,6 30 5 21 1,3 13 3 47 64,3 27

Cálcio 1C 4,6 29 5 21 1,1 12 3 47 63,1 26

Cálcio 2A 4,6 30 6 23 1,1 14 3 47 65,1 28

Cálcio 2B 4,6 29 5 20 1,1 14 3 47 65,1 28

Cálcio 2C 4,6 28 6 18 1,4 16 4 47 68,4 31

Cálcio 3A 4,5 29 5 16 1,3 16 3 47 67,3 30

Cálcio 3B 4,5 27 6 22 1,2 20 3 47 71,2 34

Cálcio 3C 4,5 27 6 24 1,2 18 3 47 69,2 32

Unidades pH CaCl2 [g/dm3]

M.O. [mg/dm3]

P [mg/dm3]

S [mmolc/dm3]

K [mmolc/dm3]

Ca [mmolc/dm3]

Mg[mmolc/dm3] H + Al SMP [mmolc/dm3]

CTC [mmolc/dm3]

V [%]

Magnésio 1A 4,6 28 5 25 1,4 11 7 47 66,4 29

Magnésio 1B 4,6 28 5 20 1,2 10 7 47 65,2 28

Magnésio 1C 4,6 31 5 21 1,5 12 9 47 69,5 32

Magnésio 2A 4,6 28 5 24 1,2 11 11 47 70,2 33

Magnésio 2B 4,6 27 5 25 1,3 10 13 42 66,3 37

Magnésio 2C 4,5 29 5 24 2 10 11 47 70 33

Magnésio 3A 4,5 29 4 25 1,2 11 25 47 84,2 44

Magnésio 3B 4,5 26 6 26 1,4 11 22 47 81,4 42

Magnésio 3C 4,5 27 6 24 1,1 10 15 47 73,1 36

Unidades pH CaCl2 [g/dm3]

M.O. [mg/dm3]

P [mg/dm3]

S [mmolc/dm3]

K [mmolc/dm3]

Ca [mmolc/dm3]

Mg [mmolc/dm3]

H + Al SMP [mmolc/dm3]

CTC [mmolc/dm3]

V [%]

Potássio 1A 4,6 27 5 22 2,6 11 4 47 64,6 27

Potássio 1B 4,6 27 5 18 2,4 13 4 47 66,4 29

Potássio 1C 4,6 29 4 20 2,4 11 3 42 58,4 28

Potássio 2A 4,6 27 5 21 3,9 10 3 42 58,9 29

Potássio 2B 4,6 29 5 20 3,5 10 3 47 63,5 26

Potássio 2C 4,5 29 4 19 2,9 10 3 47 62,9 25

Potássio 3A 4,5 28 5 21 6,8 11 3 47 67,8 31

Potássio 3B 4,6 29 5 22 7,6 13 6 47 73,6 36

Potássio 3C 4,7 28 5 22 6,9 11 4 47 68,9 32

Unidades pH CaCl2 [g/dm3]

M.O. [mg/dm3]

P [mg/dm3]

S [mmolc/dm3]

K [mmolc/dm3]

Ca [mmolc/dm3]

Mg [mmolc/dm3]

H + Al SMP [mmolc/dm3]

CTC [mmolc/dm3]

V [%]

14

Fósforo 1A 4,6 30 23 19 1,3 11 3 47 62,3 25

Fósforo 1B 4,6 30 22 20 1,2 10 3 47 61,2 23

Fósforo 1C 4,8 28 18 19 1,6 11 3 42 57,6 27

Fósforo 2A 4,7 28 44 15 1,2 11 4 42 58,2 28

Fósforo 2B 4,7 28 42 15 1,1 10 3 42 56,1 25

Fósforo 2C 4,6 25 49 17 1,3 11 4 47 63,3 26

Fósforo 3A 4,8 29 88 17 1,2 9 3 47 60,2 22

Fósforo 3B 4,7 28 124 22 1,3 11 4 52 68,3 24

Fósforo 3C 4,8 29 89 19 1 10 3 47 61 23

Unidades pH CaCl2 [g/dm3]

M.O. [mg/dm3]

P [mg/dm3]

S [mmolc/dm3]

K [mmolc/dm3]

C a[mmolc/dm3]

Mg[mmolc/dm3] H + Al SMP [mmolc/dm3]

CTC [mmolc/dm3]

V [%]

Enxofre 1A 4,9 29 5 82 1,3 13 4 38 56,3 33

Enxofre 1B 5 30 6 72 1,4 12 3 42 58,4 28

Enxofre 1C 4,7 30 5 80 1,4 12 3 42 58,4 28

Enxofre 2A 4,6 30 10 148 1,4 13 3 47 64,4 27

Enxofre 2B 4,5 31 6 95 1,6 12 3 47 63,6 26

Enxofre 2C 4,5 30 5 225 1,6 12 3 47 63,6 26

Enxofre 3A 4,5 28 5 266 1,5 13 3 52 69,5 25

Enxofre 3B 4,4 29 5 231 1,4 14 4 52 71,4 27

Enxofre 3C 4,5 29 5 261 1,1 15 4 52 72,1 28

Unidades pH CaCl2 [g/dm3]

M.O. [mg/dm3]

P [mg/dm3]

S [mmolc/dm3]

K [mmolc/dm3]

Ca [mmolc/dm3]

Mg [mmolc/dm3]

H + Al SMP [mmolc/dm3]

CTC [mmolc/dm3]

V [%]

N Total [mg/kg]

Controle 1A 4,4 28 6 41 1 10 2 42 55 24 1386

Controle 1B 4,3 30 6 30 1,1 9 3 47 60,1 22 1358

Controle 1C 4,3 32 6 33 1,1 10 4 47 62,1 24 1428

Unidades pH CaCl2 [g/dm3]

M.O.[mg/dm3] P

[mg/dm3] S

[mmolc/dm3] K

[mmolc/dm3] Ca

[mmolc/dm3] Mg

[mmolc/dm3] H + Al SMP [mmolc/dm3]

CTC [mmolc/dm3]

V [%]

Completo 1A 4,5 24 143 197 5,6 21 19 38 83,6 55

Completo 1B 4,7 26 113 24 6 20 15 47 88 47

Completo1C 4,6 26 119 252 6,6 25 20 47 98,6 52

Unidades N Total [mg/kg]

Nitrogênio 1A 1421

Nitrogênio 1B 1372

Nitrogênio 1C 1498

Nitrogênio 2A 1505

Nitrogênio 2B 1519

Nitrogênio 2C 1386

Nitrogênio 3A 1540

Nitrogênio 3B 1428

Nitrogênio 3C 1505

15

ANEXO 3. Modelos de calibração do Nitrogênio

16

17

ANEXO 4. Modelos de calibração do Fósforo

18

19

ANEXO 5. Modelos de calibração do Potássio

20

21

ANEXO 6. Modelos de calibração do Cálcio

22

23

24

ANEXO 7. Modelos de calibração do Magnésio

25

26

ANEXO 8. Modelos de calibração do Enxofre

27

28

29