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Preparação para a Páscoa

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Marco A. Stanojev Pereira

Preparação

para a Páscoa

Edições MASP

Lisboa

2013

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Edições MASP

© 2013, Marco A. Stanojev Pereira.

Impresso em Portugal/Printed in

Portugal Impresso por Bubok Publishing

Título: Preparação para a Páscoa

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Preparação para a Páscoa

Junto com o Natal, a

Páscoa é uma data de grande significação para a cristandade.

Representa a esperança na vida após a morte, o nascimento de um novo ser humano, que sacrifica seus medos, preconceitos e desesperança na fé de um renascimento.

Este pequeno trabalho tem o objetivo de apresentar para nós, contumazes pecadores, modos variados para a

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preparação para uma Páscoa diferente.

Para os quarenta e tantos dias que antecedem a data, proponho quarenta e tantos modos de aperfeiçoamento, o que pode ser feito, ou tentado, um por dia.

Contudo, se conseguirmos colocar em prática um apenas, já devemos nos sentir felizes, pois estamos no caminho que leva à Deus, por Jesus, a figura mais importante, e na maior parte das vezes a mais esquecida, destas festas, pois é lembrado menos que o Papai Noel

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com seus presentes no Natal e o Coelho da Páscoa com seus ovos de chocolate.

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1º Dia

Neste mundo que vivemos, onde o ser humano é escravo do relógio, muitas vezes despertamos tão mal-humorados que chegamos ao ponto de nem dizer o “bom dia meu amor” para quem divide o nosso dia-a-dia, seja nossos pais, nossos irmãos, nossos companheiros de quarto, nossa esposa e esposo. Isso sem dizer que todos os dias também esquecemos de agradecer o responsável por aquele novo despertar,

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proporcionando mais uma oportunidade de recomeço – Deus. Então para este primeiro dia de quaresma, façamos um grande sacrifício e reformemo-nos, dizendo o sagrado “bom dia” e um simples “Obrigado meu Deus por mais um dia.

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2º Dia

Já consegue vencer a tí mesmo e mostrou que podes mudar, e justamente onde as mudanças dependem somente de ti. Neste mundo que vivemos, a população nas cidades está cada vez maior, e o transporte para o trabalho não é feito facilmente. Alguns vão de carro, outros de metrô, outros de trêm, outros de ônibus, todos com o mesmo direito de ir e vir que o teu. Neste segundo dia mantenha a calma, a disciplina e a civilidade

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que aprendeu e que gostaria que os outros tivessem consigo. Se for de carro, respeite as leis de trânsito indo para o trabalho em paz. Se for de metrô, trêm ou ônibus sacrifique o teu conforto no embarque e viagem e de teu lugar para uma criança, um idoso, um deficiente, enfim. O Governo faz a parte dele, reservando os assentos, mas nós também podemos fazer nossa parte, sacrificando pouca coisa e garantindo a alegria e paz de espírito por uma simples coisa feita.

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3º Dia

Já notamos que somos capazes de fazer grandes sacrifícios. Cada membro da família segue para uma direção: O pai para a repartição, a mãe para o escritório e os filhos para a escola. Se observar, passamos mais tempo com nossos colegas de trabalho e de escola do que com nossos parentes, assim, depende de nós transformarmos este lugar em nosso segundo lar. Ao chegar no trabalho vamos cumprimentar à

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todos, pois todos são partes importantes do todo. Nosso chefe, nossos subalternos, as pessoas que desempenham trabalhos simples, mas que nós nem sabemos como se faz. Lembrem-se que são todos nossos irmãos. Na escola, procure ser um bom aluno, aprendendo com o professor(a) na sala de aula a lição importante que ele(a) teve o cuidado e amor de preparar no dia anterior. Depois, no intervalo, procure divertir-se sem violência, ampliando seus contatos de amizade.

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Agradeça o professor(a) pela aula recebida e, o professor(a), agradeça aos alunos a oportunidade de ensinar.

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4º Dia

Depois de um dia de trabalho e de estudo, voltemos para casa com a mesma paciência, calma e civilidade. Chegamos em casa e vemos que realmente o tempo que passamos com nossos familiares é menor que com os colegas de trabalho e estudo, e mesmo assim muitas vezes conseguimos transformar estas poucas horas familiares em um verdadeiro inferno. Vença os espíritos do mundo e mude o

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convencional com um “como foi seu dia hoje”. Ouça com interesse, opine. O pai gostaria de falar sobre seu chefe, a mãe sobre seus colegas e o filho sobre seu dia de escola e dúvidas na lição. Façam juntos a única refeição familiar que podem, o jantar, e não importa se é na mesa da cozinha, da sala de jantar ou segurando o prato na mão, sentado no sofá da sala, mas o importante é que estão juntos. O pai e a mãe não esqueçam de fazer, mesmo que seja em pensamento,

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uma oração de Ação de Graças, neste primeiro dia de experiência.

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5º Dia (I)

Viu que uma grande mudança, sem grandes sacrifícios é possível. É possível mudar transformando-se em um novo ser. Neste quinto dia, repetimos tudo o que fizemos nos dias anteriores e, na hora do jantar, na sala, desliguemos a televisão do canal de notícias e violências do mundo. Lembremos que “ao mundo o que é do mundo, e à Deus o que é de Deus.

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Estas mudanças transformaram grandemente seu espirito e de seu lar, aproveite o momento de união para conversar futilidades do dia-a-dia e reforçar os elos familiares. Sorria pois, ser Cristão, é alegria.

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6º Dia

Desligar a televisão foi um grande sacrifício, mas você notou que o mundo não acabou e que ele continua lá fora igual. Mas saiba que, com estas pequenas atitudes, o mundo da porta de tua casa para dentro mudou drasticamente. Com estas mudanças individuais, a humanidade de bem triunfara sobre o mal rapidamente. Assista as necessidades escolares e afetivas de teu filho e do consorte. Recolha-se agradecendo à Deus por mais um dia,

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pedindo forças para outras mudanças no dia seguinte.

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7º Dia

Nossos vizinhos são os próximos não parentes mais próximos de nós. Sejamos cordiais com eles neste sétimo dia de Preparação para a Páscoa. No corredor, quantas vezes estamos de saída ou entrada em nosso apartamento e nem sequer dirigimos-lhes um olhar com um sorriso? No elevador, quantas vezes dividimos o mesmo metro cúbico e não ensaiamos nem um bom dia? No estacionamento, quantas vezes nos defrontamos

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com nosso vizinho sem um aceno de mão? Na feira, na quitanda, na padaria, no açougue, no mercado? Neste dia façamos primeiro o sacrifício da boa convivência na vizinhança e, mesmo que não recebamos o cumprimento no primeiro dia, persistiremos. A água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

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8º Dia

Antigamente, a Páscoa era observada por jejum, abstinência de carne, mortificações, caridade e orações. Lembremos que Deus não quer a morte, o flagelo ou sacrifícios da carne, mas sim do espírito, mortificações de ordem moral. Se observarmos seus dez mandamentos, veremos a grande mudança que se pode operar na humanidade, simplesmente, por

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exemplo, aplicando o não matar. Assim, hoje, neste dia de preparação, não vamos matar os sonhos daqueles que nos cercam com um invejoso “não”. Não vamos matar a chance de crescimento de um colega subordinado ao nosso cargo pelo simples exercício do poder, do egoísmo disfarçado. Sejamos, dentro do possível, os instrumentos de crescimento dos outros e, mesmo que não saibam diretamente de nossa ação, há Alguém que sabe.

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9º Dia

Nesta preparação da Páscoa Cristã, esperamos renascer um novo ser humano. Assim o melhor caminho é a aplicação dos ensinamentos de Jesus aos nossos dias. Jesus ensinou que devemos amar aos nossos inimigos, fazer o bem àqueles que nos odeiam, orar por aqueles que nos perseguem. Dura as palavras d’Ele não? Os Apóstolos também Lhe disseram isso mas, se quisermos ser chamados de cristãos, precisamos ser

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humildes e mansos. Colocar os Evangelhos em ação. Naturalmente não vamos abraçar alguém que quer nossa morte, nosso mal, (ainda não), mas nada impede que oremos sinceramente por ele, para que Deus amenize o sentimento desequilibrado de ambos. Esse é o primeiro caminho pois, acreditem, há pessoas que o simples pronunciar do nome do desafeto, o ódio vem à tona.

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10º Dia

Está escrito na lei de Deus que não devemos fazer “imagens de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”. Deus é espírito, e como tal deve ser adorado. Sem formas, sem idolatria, somente com o pensamento. A comemoração da Páscoa, tradicionalmente, traz aos nossos olhos imagens de Jesus, que reporta nosso

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pensamento e espírito para Sua Paixão. Faça um exercício onde, primeiramente, deixe de fazer sua oração habitual, neste dia, sem segurar objeto sagrado algum. Se não conseguir, persista. A tua prece vai ser ouvida do mesmo modo. Jesus ensinou a orar o “Pai Nosso” sem segurar objeto algum.

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11º Dia

É costume de nossos dias atribulados pelo trabalho, reservarmos para nossos pais, a caridade de “uma passadinha” no final da tarde da Páscoa. E nos disse o Senhor: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá”. Esta orientação não deve ser vista como um “Toma lá de cá”, da parte de Deus, mas um sinal de gratidão. Gratidão filial.

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Foste mal tratados quando crianças? Ótimo, pois agora pode retribuir àqueles que te deram a vida, com o ensinamento do amor, do perdão, da caridade. Foste bem tratados quando criança, mas agora não pode ir pois não tem tempo? Apresse-se. Estamos no décimo primeiro dia de nossa preparação para a Páscoa, faça a visita hoje.

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12º Dia (II)

Estamos em um mundo difícil, onde os valores morais estão corrompidos de tal forma que vemos pais traírem os filhos e vice-versa. No dia de hoje, vamos colocar em prática o “Não adulterarás”, cuja conjugação verbal é mais extenso do que o adultério conjugal, normalmente entendido. Quando fazemos algo que foge da ética, ou seja, do respeito, estamos adulterando, corrompendo, falsificando,

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traindo a confiança que depositaram em nós. Esta interpretação mais ampla não é adulterar, mas sim entender o espirito do ensinamento, não ficando preso na letra que mata. Com isto, nossa responsabilidade aumenta, pois o saber nos torna responsáveis de nosso ato. Neste dia, que Deus nos ajude a não adulterar, nem em atos nem pensamentos e, se o fizemos no dia anterior, que desconhecia-mos, no dia de hoje trataremos de consertar.

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13º Dia

Tudo o que conquistamos com o suor de nosso rosto, é abençoado. Tudo o que conquistamos com o suor do rosto alheio, é apropriação. Diz a lei de Deus e dos homens: “Não furtarás”. Assim como a lei foi escrita objetivamente, sem vírgulas ou letras que podem levar ao entendimento dúbio, neste dia aplicaremos em seu sentido mais amplo. Não furtaremos nada. Não furtaremos a alegria de viver dos outros com

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nosso pessimismo, não furtaremos a esperança alheia com nosso derrotismo, não furtaremos o ganho honesto de nosso semelhante com nossa usura. Não furtaremos o pão do cesto do necessitado pelo nosso egoísmo.

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14º Dia Deus nos criou simples, mas o tempo e nossas más tendências, nosso amor pelo errado e pelo fácil, trataram de nós desviar. Neste dia de nossa Preparação, vamos pensar na Lei de Deus que diz: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” que, em palavras mais diretas é: Não caluniar. Quando crianças, e praticávamos as peraltices da idade, quantas vezes não caluniamos contra

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nosso irmão, primo, etc, para nos livrar da bronca? Agora não somos mais crianças, que tinha a mãe e o pai para nos chamar a atenção, mas hoje temos nossa consciência e a omnisciência de Deus. Assumamos a responsabilidade pelo ato que nós mesmo praticamos e, se formos alvo de calúnia imerecida, mesmo que o mundo caia sobre nós, pedimos forças à Deus para suportar a prova, como suportou Jesus, que foi caluniado e entregue inocente aos algozes.

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15º Dia

Diz a sabedoria popular que “A inveja mata”. Diz a lei de Deus: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." Estamos nos preparando para uma data, que nos traz à lembrança o que a inveja pode fazer com o espírito humano.

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Jesus foi supliciado por este sentimento que tinham por ele. Simão, o Mago, encontrou seu fim por este sentimento que nutria por Pedro, o Apóstolo. Santo Antônio saiu do Convento pois via que seus irmãos nutriam inveja de seus atributos intelectuais. Neste dia, vamos por em prática o contrário da inveja: a caridade e, para começar, fazendo uma prece à Deus pedindo que abençoe aquele que recebeu, e tirando de nosso coração a inveja e o ciúme.

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16º Dia

Faz uma semana que tentou fazer suas preces somente plasmando as cenas sagradas com teu pensamento, guiado pelo teu espírito. Neste dia, tente fazer a mesma coisa, ou seja, sem segurar objeto algum, mas acrescido de também sem olhar para imagem alguma, com os olhos fechados. Deixe teu espírito planar e, de vez em quando, traga-o novamente à linha de raciocínio que traçou inicialmente.

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17º Dia Disse Jesus que devemos sempre “Orar e Vigiar”. Assim, enquanto nosso pensamento é uma montanha russa de padrão de sentimentos, e não conseguimos ainda estar vinte e quatro horas por dia em oração e com bons pensamentos, vamos fixar um horário para elevar nosso pensamento à Deus e Jesus. Para começar, ao meio dia e as seis da tarde, todos os dias. Ou durante a ida e vinda do trabalho na condução.

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É ao vosso critério. Se esquecer? Persista, mas não desista com a desculpa que nunca lembra.

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18º Dia

A partir de hoje, vamos colocar em prática (ou tentar), as sete virtudes nesta nossa preparação para a Páscoa. A primeira é a Castidade, que se opõe à luxúria. Primeiro vamos entender que a aplicação desta virtude não significa somente ao concernente ao sexo, mas na verdade é o desenvolvimento da auto-satisfação com o que temos, da simplicidade dos desejos. Assim, vamos hoje adotar a simplicidade de pensamento e atos. Se

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pudermos dormir em paz em lençóis de chita, para que perder a alma e o sono em facturas impagáveis de lençóis de seda.

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19º Dia (III)

A generosidade, que se opõe a avareza, é a virtude mais interessante de se observar, pois muitos pensam que somente se pode ser generoso com a distribuição de dinheiro. Generosidade é o ato de ser desprendido, é a largueza de sentimentos, é dar sem esperar receber. Podemos fazer tudo isso sendo gentis com as pessoas, dar o bom dia no elevador (dito como atividade para o 7ºDia), abrir o armário de roupas e escolher peças que não

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usa mais, abrir a caixa de brinquedos e separar os que estão em boas situações para dar, é ensinar, medicar, professar os conhecimentos, defender, etc, etc, etc… Hoje tentemos ser generosos, simplesmente por ser, sem esperar nada em troca.

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20º Dia

A virtude da Temperança, que se opõe a gula, é outra virtude que devemos desenvolver nesta preparação. Assim como a virtude da generosidade, esta também não se aplica somente ao estrito conceito, mas alarga-se em diversas aplicações além daquela da comida. Temperança é um auto-controle que devemos desenvolver em nós mesmo, uma moderação de atos. Atitudes compulsivas, por exemplo de compras, é uma

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intemperança. Neste sentido, quantas pessoas caem por sua própria culpa? Quantos não se arruínam, financeiramente ou moralmente, por falta de autocontrole, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos? Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero?

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21º Dia

Porque deixar para amanhã o que se pode fazer hoje? Por exemplo, há um desafeto que, por má interpretação do e-mail que tu enviaste, ou do mal sinal do telefone móvel, ou qualquer outro problema de comunicação, criou-se um mal-estar entre vocês. Tu que estais se preparando para ser uma nova pessoa nesta Páscoa, pode reparar este mal-entendido e ganhar um tempo precioso, além de paz de espírito. Em todos

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os momentos da vida, em qualquer circunstância, devemos ser diligentes, contra a preguiça. Tomarmos a decisão que devemos tomar com concisão e objetividade. Na fé, onde entendemos que todos somos irmãos e devemos nos amar, não é diferente.

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22º Dia Neste dia, ao acordar e dar graças, lembremo-nos de que o relógio corre livre, onde o tempo é igual para todos. Hoje iremos tentar desenvolver a paciência, virtude que se opõe a ira. Compromissos nos aguardam e todos exigem de nós? Sejamos serenos, cultivemos a paz em nossos atos e palavras. Ninguém é culpado se esqueceste de acionar o despertador na noite anterior. O trânsito não está mais lento por tu

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estares atrasado. A paciência torna-nos resistentes as influências externas e modera nosso ímpeto.

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23º Dia Jesus, o objeto deste estudo, disse que é o Caminho, a Verdade e a Vida e, ninguém chega ao reino de Deus a não ser por ele, por seus ensinamentos. Compreendemos que o Reino de Deus, onde queremos que nosso espírito alcance com a nossa Páscoa, seja um mundo onde sentimentos menos nobres, como a inveja, não mais existam. E Jesus nos ensinou que para neutralizar este sentimento, devemos ser

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caridosos, amar o nosso próximo e pedir que Deus abençoe tudo o que ele tem. Assim como a generosidade não exige distribuição de dinheiro, o ato de ser caridoso é semelhante, e podemos exercita-la neste dia ouvindo nosso cônjuge sobre seu dia no trabalho, seu filho nos estudos, seus pais nos detalhes de sua senilidade, enfim. Há muitos caminhos para fazermos a caridade, basta escolher um.

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24º Dia Neste dia colocaremos em prática a humildade, que se opõe a soberba. Ser humilde é ser modesto, não parecer aos outros o que não somos. Muitos desastres sociais acontecem devido este defeito que deixamos crescer em nosso coração. O orgulho nos torna cegos à todas as coisas que nos circundam. Desfazemos das pessoas queridas por achar que elas são pequenas perto de nós, incluindo Deus.

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Quando somos humildes, acreditamos ser servos e agradecemos por servir, quando somos soberbos, acreditamos ser senhores e não agradecemos quando somos servidos. Sem a humildade, a modéstia dos atos, não podemos ser caridosos, na pura concepção da palavra, pois a faremos com a intenção da projeção social, deixando patente que “eu sou grande e você é pequeno”. Nesta preparação da Páscoa lembremo-nos da humildade d’Aquele que nos salvou. Nasceu na

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humildade, viveu entre humildes, e voltou ao Pai na humildade de um inocente.

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25º Dia Muitos de nós, cristãos, não podemos carregar nossa cruz e seguir Jesus pois ainda servimos em demasia à Mamon. Sempre quando somos convidados, damos como desculpa as necessidades do mundo. Não é errado cuidar destas necessidades, pois estamos neste mundo, contudo muitos de nós ainda fazemos como o jovem, que queria seguir Jesus, pois observava todos os mandamentos, mas titubeou quando disse

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para se desfazer das amarras que o prendiam, pegar sua cruz e o seguir. Lembremos que os apóstolos fizeram isso, notadamente S. Mateus, que era cobrador, e Zaqueu, que era muito rico, contudo este último continuou com sua fortuna, mas aprendeu a lhe dar o verdadeiro sentido, trabalho e pagamento justo para os trabalhadores. Hoje façamos uma mescla equilibrada entre S. Mateus e Zaqueu, afrouxando as amarras que nos prende ao mundo.

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26º Dia (IV) Este é o quarto domingo da preparação para a Páscoa, conhecido por “Laetare Jerusalem” (Alegra-te, Jerusalém!). Este é o trecho do Livro de Joel (2, 23-25), e diz que o povo de Deus deve alegrar-se pois o Pai nos perdoa e envia suas bênçãos abundantes. Nós, cristãos, acreditamos que estas bênçãos é Jesus, que nos legou seu Evangelho de paz e amor. Neste domingo, proclame também em seu lar, em seu círculo de amizade, etc, tua

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alegria de ser cristão, não tentando converter o próximo com palavras somente, mas sim com os exemplos de tua conduta reformada. As pessoas irão dizer sobre ti: “Tu viste como fulano está mudado? Vamos descobrir o que aconteceu”.

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27º Dia Quando sofremos, quando estamos aflitos, devemos primeiramente fazer um simples exame de consciência. Isto serve para sabermos se nossa dor advém de nossa própria culpa ou não. Se vier de nossa própria culpa, derivada de exageros morais ou materiais, devemos remediar mas, se não sabemos, devemos ser submissos e resignados, pois Deus o sabe porque sofremos.

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Jesus nos ensinou que são “Bem-aventurados os que sofrem” pois tem a possibilidade de provar a fé em sí próprio e em Deus, a firmeza das convicções religiosas, sua perseverança, sua submissão à vontade de Deus. Lembremos que nosso modelo, Jesus, submete-se humilde a vontade do Pai, que é a sua vontade também, contrariando aqueles que dizem que estes atos anulam o livre arbítrio, contudo não há escolha sem liberdade.

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28º Dia Vimos na leitura anterior que a dor é o prenúncio da cura, e que se não sabemos o porque sofremos, Deus o sabe. Isso é a resignação que sufoca a revolta. Quando erramos, sofremos primeiro a dor da consciência que nos assalta em lembranças do fato cometido, assim começamos a pensar sobre o ato em si. Hoje, consolemos a dor do próximo e esqueçamos da nossa própria, sem apontar-lhe a ferida, e estaremos praticando a

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caridade para com os outros e para conosco.

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29º Dia Ontem compreendemos a dor que causa uma ação que cometemos contra algo ou alguém, e sentimo-nos tristes. Contudo, para alcançar a paz, não podemos ficar somente no pensamento egoísta, do modo que se tivesse que o fazer, faria novamente. Este é o remorso, que nos impele a pensar no ato cometido com mais profundidade, agora sopesando que poderíamos ter feito tudo de modo diferente, mas

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ainda com o agravante de repetir o que fez. Ainda não nos sentimos felizes, mas enganamo-nos com a justificação de nossos próprios atos. No dia de hoje, analisemos nossa dor e remorso colocando-nos no lugar da pessoa atingida, e pensemos.

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30º Dia Já temos a noção da dor e do remorso, importantes para alcançarmos a paz. Contudo ainda falta arrependermos pelo ato cometido. “Eu não devia ter feito isso, mas se tivesse que fazer, faria tudo de novo” Esta é a frase que normalmente empregamos quando reconhecemos que erramos, mas não estamos arrependidos. Para alcançar o perdão, precisamos nos arrepender. Quando pedimos para Deus

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perdoar nossas ofensas, devemos ser humildes, com o coração limpo de sentimentos de vingança ou ódio e mais, perdoar os que nos ofenderam. O arrependimento é este bálsamo que limpa o coração, muitas vezes materializado nas lágrimas. Hoje, arrependemo-nos de nossos maus atos, pedindo perdão à Deus e, se possível, ao ofendido, e o principal, faremos força para não errar novamente.

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31º Dia Passados todos estes tempos de preparação, já podemos entender o que Jesus disse quanto aos “Bem-Aventurados os que tem puro o coração. Acreditavam que o coração era a sede da alma humana, logo, em um coração puro, reside uma alma pura. Uma pessoa de coração puro reflete em seu ser a simplicidade e pureza de espírito. Jamais tenciona em fazer o mal, seja em ato ou pensamento. Jamais é a fonte de intrigas, pois para

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ela todos que a envolve são seus irmãos, que precisam de sua atenção, como as crianças, que se achegam dos adultos à procura do que muitas vezes não encontram em seus lares: o carinho, o afeto, o amor traduzido em um simples abraço, um breve afago de cabelo. Hoje façamos o exercício de ter-mos puros os corações e, de nossos lábios e mãos possam sair apenas palavras de compreensão e gestos de amor.

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32º Dia O mundo ainda dá lugar de destaque para os senhores da guerra e da violência generalizada, mas nós, que estamos neste 32º dia de preparação para a Páscoa já entendemos que o mundo é dos mansos e pacíficos, pois assim nos ensinou o divino crucificado. Em seu rosto, eram lançadas injúrias e violências, mas Ele nos ensinou a dar a outra face, a face do perdão, pois “eles não sabem o que fazem”.

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Embainhemos nossa espada, sejamos pacificadores para sermos dignos de receber a designação de “Filhos de Deus”. Por isso hoje, no que depender de mim, não vou jogar lenha no fogo para que os ânimos de meus parentes e colegas de trabalho se inflamem. Não farei intrigas nem darei falso testemunho. No que depender de mim, hastearei a bandeira do Príncipe da Paz, da Concórdia, e calarei quando não souber o que dizer.

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33º Dia (V) Neste dia, traremos o assunto da misericórdia, tanto aquela que pedimos, como a que damos. O ensinamento é que os misericordiosos são abençoados porque alcançarão misericórdia. Se formos procurar no dicionário o significado desta palavra estranha para muitos ouvidos, encontraremos que é uma virtude, que leva o ser humano a se compadecer da miséria alheia, pois faz brotar no coração a benemerência.

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Hoje vamos acionar todos os nossos sentidos e observar o mundo e suas misérias alheias, que passam pela janela de nosso carro, de nosso ônibus, trêm ou metrô. Que passam incógnitos na tela da televisão, representada, por exemplo, nas mãos ressequidas das mães que erguem seus filhinhos semimortos pois seus seios secos se recusam a pingar o fluido branco. Veremos que nossas mazelas são pequenas, muito pequenas, perto de

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outras, que nem me atrevo a citar aqui. Hoje somente faremos este exercício, e basta para lavar nosso globo ocular.

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34º Dia A misericórdia pedida é diretamente proporcional a misericórdia dada, e esta nós podemos fazer seguindo roteiros simples que nos ensinaram. Por exemplo, somos misericordiosos quando perdoamos as faltas alheias para conosco. Quando parte de nós a reconciliação com nossos desafetos. Quando sacrificamos nosso bem-estar em favor de outros. Quando somos indulgentes com os erros alheios. Quando tiramos

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primeiro o tronco de nossos olhos. Quando deixamos o julgamento nas mãos D’Aquele que tem todos os atributos para tal. Hoje, vamos apontar e anotar nossas falhas, e não as dos outros e, uma vez anotadas, comecemos a anula-las.

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35º Dia

A meditação sobre nós mesmos permite vermos que somos o que somos graças à outros. Nascemos porque alguém nos deu a vida, crescemos pois alguém nos alimentou e cuidou de nós. Para isso acontecer, sempre há o sacrifício que outros fizeram por nós. Estes outros são nossos pais, nossos irmãos, nossos avós, o monitor do orfanato, o monitor da creche, enfim. Jamais somos frutos do acaso e, se não há ninguém

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físico que podemos apontar, podemos citar diretamente nosso anjo da guarda e, Deus. Podemos até negar a intervenção de Deus, correndo o risco de estarmos sendo ingratos e injustos, pois não vemos, com os olhos materiais sua ação, mas dizer que crescemos sozinhos, sem nunca termos necessitado a ajuda de quem quer que seja, isso é o mais vil egoísmo e prepotência. Hoje vamos agradecer, mentalmente, todos os indivíduos que participaram de nossa vida, positiva ou

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negativamente, pois também aí há aprendizado.

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36º Dia “Dai a César o que é de César e à Deus o que é de Deus”, é o ensinamento que devemos viver no mundo em equilíbrio material e espiritual. Trabalhamos para viver, não vivemos para trabalhar. Somos seres sociais, e precisamos conviver com a sociedade, a fim de ensinar o que temos para ensinar e aprender o que temos para aprender. Ficar trancado no quarto, hipnotizado pelos jogos de computador é tão

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prejudicial quanto sair para as baladas e voltar para casa dois dias depois. O egoísmo também é descrito desta forma, onde o que importa é a satisfação de nossos prazeres apenas. Hoje faremos o equilíbrio neste sentido, daremos à César nossas horas estipuladas, mas não esqueçamos os poucos minutos que Deus espera de nós.

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37º Dia

Aprendemos a ser humildes, caridosos, pacientes, benevolentes e, neste dia, tentaremos por em prática o “Dar de graça o que de graça recebemos”. Nascemos em uma cidade e temos condições de auxiliar seu melhoramento com nossas sugestões e pontos de vista? Doemos nossas observações, ao invés de guarda-la na gaveta de nosso egoísmo, esperando que o assalarie. Estudamos em uma escola pública, e recebemos a

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instrução gratuitamente? Damos nossa participação no aprendizado que nos é dirigido. Devemos aderir voluntariamente as causas que estejam voltadas para o progresso moral e intelectual da humanidade, que pode ser nossa rua, nossa vila, nosso bairro, nossa cidade, nosso país, o mundo. Hoje, vou dar de graça a inspiração que tive para melhorar o atendimento social de minha cidade escrevendo para o jornal. Simples não!

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38º Dia

A prática da caridade é a grande armadura que o Apóstolo Paulo nos ensinou para enfrentarmos o mundo e nos aproximar de Deus. Mas para recebermos a paga do alto, devemos faze-la em oculto do mundo, sem ostentação pública, pois do contrário estaremos buscando os aplausos do mundo, não as bênçãos de Deus. Quando fazemos um bem, seja ele qual for, interessa-nos somente a satisfação de que Deus o está vendo,

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e muitas vezes quando a fazemos, nem damos conta de tal. Estamos a uma semana daquela Sexta-feira onde lembramos a crucificação d’Aquele que veio à terra na hora mais escura da noite. Sem ostentação, sem bandas e fanfarras, nasceu a maior caridade de Deus para com a humanidade. A partir de hoje, vamos seguir o exemplo de Deus, que sempre faz o sol nascer, sobre toda a humanidade, para ricos e pobres, cristãos ou não, crentes n’Ele ou não, e jamais faz alarde de tal.

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39º Dia

Vimos nestes dias que a caridade feita pode ser moral ou material. A caridade moral é, portanto, a mais difícil de ser colocada em prática e, a partir deste sábado, vamos tentar coloca-la em ação. Dissemos que é difícil pois é a caridade que considera o “Amem-se uns aos outros”, ou seja, devemos conviver com os outros como gostaríamos que os outros convivessem conosco. Assim, devemos ser indulgentes com os

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erros alheios; saber calar-se deixando que fale outro, as vezes mais necessitado que nós; saber ser surdo quando uma palavra menos apropriada escapa de boca desatenta; não se importar com o desdém de outras pessoas, que podem nos qualificar como insignificantes, mas ao contrário, orar por elas. Lembremos que Jesus ensinou que somos todos irmãos, e como tal, devemos nos portar. Um desafortunado que estende o braço pedindo a caridade material é nosso irmão que, se pudermos,

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devemos auxiliar material (com uma moeda ou um pão) ou moralmente (com o difícil: “Deus te abençoe irmão” ), dito oralmente.

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40º Dia (VI)

Neste domingo de ramos, lembramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, onde forraram o chão para que Ele, montado no jumentinho, símbolo da paz, passasse. Contudo, vemo-Lo passar sem alarde, indiferente ao clamor das gentes que o aclamavam com vários títulos e nomes. Mais uma vez, Jesus demostrou a humildade. O Príncipe da Paz passa por todos, sem se alterar com o que o povo pensava dele, e entra no templo, pois sabia

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quem era e o que deveria ser feito, em nome de Deus. Assim que devemos agir, guiados pela nossa fé e moral, tendo certeza que estamos a fazer o bem. Em nome de Deus, peguemos nossa cruz, com humildade e resignação, e façamos a nossa parte no mundo, seja ela qual for, mas façamos bem.

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41º Dia

Fomos criados para sermos felizes e, se a aflição bate a nossa porta, devemos enfrenta-la com altivez espiritual. Nesta Segunda-Feira Santa, confiantes de que Jesus é o nosso Salvador, pois nos tirou das garras da ignorância e trevas, mostrando ser o Caminho, a Verdade e a Vida, vamos atender o seu chamado e ir à Ele, com nosso trabalho, nossa paciência, nossa perseverança e nosso amor que aprendemos exercitar.

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O suor próprio do trabalho no bem, na caridade, na benemerência, é o bálsamo espargido no altar de Deus que mais o agrada. A transformação pessoal, com a extinção de nossos próprios defeitos é o sacrifício mais agradável à Deus. O Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, foi imolado para nos ensinar o caminho da redenção, agora é nossa vez de sermos o veículo de nossa própria libertação.

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42º Dia Hoje vamos orar como sempre, do fundo de nosso coração, do fundo de nossa alma, mas de um modo diferente, vamos esquecer de pedir por nós e vamos pedir pelos outros. Vamos pedir para que Deus proteja e ampare os órfãos e idosos desamparados. Vamos pedir para que Deus ampare as famílias onde o desemprego atingiu. Vamos pedir para que Deus abençoe a panela

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cujo alimento é insuficiente. Vamos pedir para que Deus abençoe a criança enferma sem recursos hospitalares. Vamos pedir que Deus abençoe aqueles que estão presos ao leito de dor, aguardando a hora derradeira. Vamos pedir para que Deus abençoe o mundo e a humanidade inteira, onde nós estamos incluídos.

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43º Dia

Não há quem mire a Cruz e não seja transportado para a tarde dolorosa do Gólgota, contudo devemos entender mais que a simples dor física que a cena nos remete. Do Calvário ouviu-se a voz do mecanismo para a redenção de toda a humanidade. A retrospectiva dos acontecimentos mostra que aquele fim era inimaginável. Poucos dias atras, Ele estava sendo levado em triunfo, agora está pregado

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no madeiro entre bandidos, simplesmente por falar sobre a Verdade e sobre o amor? A lição da Cruz é eterna em nossos corações. Mantendo a serenidade de sempre, Ele pede que Deus nos perdoe, pois conhece a humanidade infantil, que ainda se diverte com o sofrimento dos outros. Nesta Quarta-feira Santa sigamos o exemplo de Jesus, que recebeu o insulto do mundo e perdoou-o.

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44º Dia

Na profissão da nossa fé, poderemos ser abandonados pelos nossos mais chegados. Poderemos ter sede e só nos oferecerem vinagre. Poderemos ouvir o sarcasmo e a ridicularização sobre nosso novo comportamento moral. Poderemos ser considerados covardes pois não revidamos. Poderemos ouvir calúnias difamantes que dilaceram nosso coração.

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Contudo Jesus, que é puro e inocente, passou por tudo isso, e usou a aparente derrota para ensinar, do alto da Cruz, que neste mundo para atingir a glória junto à Deus é necessário o sacrifício. Nesta quinta-feira Santa, recolhemo-nos e meditemos sobre a lição, preparando-nos para servi-Lo humildemente, dentro de nossas possibilidades, junto ao Pai Supremo.

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45º Dia

As profecias se cumpriram e eis que Ele foi conduzido pelos algozes que não compreenderam sua lição. Que não aceitaram seu jugo. Que não quiseram seu fardo. Mas mesmo assim, na hora mais escura, Ele Prometeu que estaria sempre conosco, que não nos abandonaria nunca. Poderíamos estar atribulados, mas nunca angustiados, poderíamos ser perseguidos, mas nunca desamparados. Golpes e decepções

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poderiam nos acompanhar no caminho, mas a esperança e o conforto de suas palavras nos reconfortaria. Poderíamos ser alvos de flagelações materiais e morais, contudo a fé edificada em seus exemplos e consolações nos daria a força para continuar firmes no caminho estreito. Tudo isso e muito mais aguentaríamos com coragem, pois disse Jesus: "Sois meus amigos porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer."

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46º Dia Neste sábado de aleluia, lembramos Lázaro. Embora Marta titubeasse na fé, pois seu imediatismo não fora atendido, ainda acreditava em Jesus. Taxativo, disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?”. Agora quem deve responder a pergunta somos nós. Ter força e fé

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para retirar a pedra do sepulcro que estivemos presos todo este tempo, e sair ouvindo Jesus nos chamar para a luz, vivos, como novos seres, ressuscitados no espírito.

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47º Dia “Paz seja convosco”. Disse Jesus no terceiro dia, no domingo de Páscoa, quando apresentou-se aos discípulos depois da crucificação. É este o estado de espirito que ansiamos estar nesta Páscoa, em Paz. Paz seja com todos e Boa Páscoa!

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