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Centro de Ciências Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil 1 o semestre 2014 Disciplina: Materiais de Construção II Professora: Dr. a Carmeane Effting PREPARO, RECEBIMENTO, TRANSPORTE, LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E CURA DO CONCRETO MCC2001 AULA 1

PREPARO, RECEBIMENTO, TRANSPORTE, … · módulo de finura ao passo que a brita pode se transformar em ... ser maior que 1/3 do diâmetro do tubo. •O concreto deve ter slump de

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Centro de Ciências Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil♦

1o semestre

2014

Disciplina: Materiais de Construção II

Professora: Dr.a Carmeane Effting

PREPARO, RECEBIMENTO, TRANSPORTE, LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E CURA DO

CONCRETO

MCC2001 – AULA 1

Prof.a Dr.a Carmeane Effting

1.1 CONCRETAGEM

É o ato de preparar/pedir (o concreto), receber, transportar, lançar,

adensar, fazer o acabamento e cura da peça estrutural.

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Etapas da concretagem:

Pedido ou preparo

Recebimento

Transporte

Lançamento

Adensamento

Acabamento

Cura

1.1 CONCRETAGEM

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1.2. PEDIDO OU PREPARO DO CONCRETO

É uma série de operações executadas de modo a obter um produto

endurecido com propriedades específicas detalhadas em um projeto.

As propriedades do concreto dependem dos materiais e suas

proporções concreto fresco como no concreto endurecido.

Feito na obra ou comprado de empresas especializadas em

fabricar concreto. Preparado manualmente ou mecanicamente.

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1.2.1 Mistura manual

Utilizada em serviços de pequeno porte, pequenas quantidades de

materiais.

A mistura é feita com pás ou enxadas.

O processo é iniciado pela mistura dos agregados graúdos +

areia e cimento.

Homogeneizada a mistura aspecto visual se faz a adição da

água de maneira gradual.

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Estas operações devem ser feitas em caixas de madeira

previamente molhadas, sobre chapas metálicas ou pisos de concreto

ou cimento.

Cuidado especial deve ocorrer com a adição de água visto que a

dificuldade de se fazer a mistura provoca uma tentativa de aumento

no volume de água para facilitar o processo, alterando assim o fator

a/c.

1.2.1 Mistura manual

resistência

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1.2.2 Mistura mecânica

Feita em betoneira, que proporciona a mistura por tombamento

do material. A máquina gira em tomo de um eixo e o material é

misturado por aletas internas. Existem betoneiras de eixo inclinado,

vertical e de eixo em espiral como os caminhões betoneira.

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Operação de grande importância → homogeneidade do concreto

e seu desempenho, principalmente com relação à resistência

mecânica, podendo influenciar sobre a durabilidade.

O início do processo de mistura → materiais são colocados na

betoneira, com uma correta ordem de carregamento.

Assim, melhor será a mistura ou menor será o tempo demandado

para esse fim.

Mistura

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A betoneira normalmente empregada em obra é, segundo

classificação de Petrucci (1998), intermitente, de gravidade e eixo

inclinado,

As tradicionais betoneiras de tambor com maior capacidade

podem ser fornecidas com carregador, que consiste em uma

caçamba dosadora → despeja os materiais no interior da betoneira.

Mistura

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

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Essas betoneiras impõem um movimento circular aos materiais,

com tendência à formação de pelotas → quanto menor o volume de

material em mistura e quanto mais seco o concreto.

Na maioria dos casos em que o concreto produzido tem uma

plasticidade (slump > 8 cm), a tendência com a continuidade do

processo de mistura é que ocorra o desmanche de qualquer grumo

que tenha sido formado.

Mistura

Concreto “mais mole”

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Betoneiras não providas de caçamba de carregamento

Deve ser mantida uma ordem de carregamento que minimize a

formação dessas pelotas, conforme sugerido a seguir:

em primeiro lugar, deve ser colocado no tambor o agregado

graúdo com a maior parte da água de amassamento, para retirar

qualquer material que tenha ficado aderido às pás ou à própria

superfície interna da cuba;

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em segundo lugar, deve ser colocado o cimento para que os

grãos do agregado graúdo possam agir como corpos moedores, numa

analogia com moinhos de bolas, desfazendo qualquer aglomeração

de cimento e permitindo seu contato com a água;

por fim, é introduzido o agregado miúdo na betoneira, quando

também é colocado o restante da água.

Betoneiras não providas de caçamba de carregamento

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É aconselhável colocar os materiais na seguinte ordem:

100% dos agregados graúdos, 100% do cimento e 100% dos

agregados miúdos, formando um sanduíche de cimento para impedir

que este voe pelo vento e a água adicionada ao tambor.

Betoneiras com carregador

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1.3. Recebimento

A realização do slump test é importante para verificar a consistência

do concreto, ou seja, se a quantidade de água existente é compatível

com as especificações.

Neste ensaio, colocamos uma massa de concreto dentro de uma

fôrma tronco-cônica, em 3 camadas igualmente adensadas, cada uma

com 25 golpes. Retiramos o molde lentamente, levantando-o vertical-

mente e medimos a entre a altura do molde e a altura da massa

de concreto depois de assentada.

vídeo

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ENSAIO DE ABATIMENTO – SLUMP TEST

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1.3. Recebimento

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1.4. Transporte

1.4. 1 Transporte para obra

Este tipo de procedimento ocorre quando o concreto é

preparado em usina. Pode ser efetuado de duas maneiras:

Caminhões betoneiraCaminhões basculante

comum

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- Caminhão basculante comum

Transporte inadequado → pode haver perda de material pois estes

caminhões não são perfeitamente estanques.

Pode haver segregação →falta de agitação do material, perdas por

exsudação, evaporação no transp., trajetos com pisos irregulares, etc.

A descarga do material é feita de forma inconveniente → abertura

da caçamba não é apropriada.

Existe um tipo de caminhão basculante com agitadores de fundo que

permitem uma melhor qualidade do produto além de permitir um

maior tempo de transporte que pode variar de 45 até 90 min,

dependendo do percurso e do operador.

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- Caminhão betoneira

São normalmente misturadores e agitadores, conf. veloc. de rotação

da betoneira → 6 à 16 rpm são agitadores e de 16 à 20 rpm - misturadores.

Quando os caminhões têm dupla finalidade, a mistura pode ser

terminada na obra. Quando o material sai da usina com velocidade

de agitação pode-se fazer uma remistura rápida na obra.

t transporte utilização de aditivos ou materiais secos, com a adição

de água no local da obra controle mais rigoroso.

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1.4.2 Problemas decorrentes do transporte para a obra

• Pode ocorrer a hidratação do cimento devido às condições

ambientes e à temperatura;

• Evaporação da água devido também à fatores ambientais;

• Absorção por parte do agregado em especial da argila expandida.

Neste caso é conveniente a saturação antecipada do mesmo.

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• Trituração que ocorre com a agitação do material friável (que

pode reduzir-se facilmente a fragmentos de pó). A areia modifica o

módulo de finura ao passo que a brita pode se transformar em

areia.

• Em todo caso há a necessidade de se alterar o teor de água para

evitar a perda de trabalhabilidade.

1.4.2 Problemas decorrentes do transporte para a obra

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1.4.3 Transporte dentro da obra

A ABNT NBR 14931:2004 recomenda que o intervalo trans-

corrido entre o instante em que a água de amassamento entra em

contato com o cimento e o final da concretagem não ultrapasse

2 horas e 30 minutos, salvo condições específicas ou influências

de condições climáticas ou de composições do concreto.

Obs.: água de abast. (não pode ter óleos, gorduras, cor, odor, material sólido,

ácidos, matéria orgânica, etc.)

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Se a T ambiente for elevada, ou apresentar condições que contribuam

para acelerar a pega do concreto esse intervalo deve ser menor, a não

ser que sejam utilizados aditivos retardadores de pega.

*Sempre que for possível, o sistema de transporte deve possibilitar que

o concreto seja lançado diretamente nas formas, evitando o emprego

de depósitos intermediários.

1.4.3 Transporte dentro da obra

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1.4.3 Transporte dentro da obra

Qdo não há equip. misturadores, o concreto deve ser transportado no

< percurso entre produção e o local de lançamento → evitar segregação e

perda de umidade.

Betoneira → o transporte após a descarga do concreto pela betoneira:

Transporte manual: caixas ou padiolas com peso máx. de 70 kg 2 pessoas.

São tb usados baldes que podem ser içados por cordas facilitando o transporte

vertical. Produção muito baixa, para obras pequenas.

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Transporte em carrinhos e jericas

Existem diversos tipos*. Deve-se ter caminhos sem rampas acentuadas.

Os equipamentos de transp. horizontal, deverão ter pneus → minimizar

efeitos de vibração e evitar segregação e perda do material.

Jerica Carrinho de mão

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Transporte horizontal do concreto também pode ser realizado por carrinhos

motorizados ou minitratores transportadores (dumpers→distâncias<300 m).

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Transporte vertical (> altura) deve ser efetuado por elevadores, guinchos, ou

caçamba e grua. O transporte inclinado pode ser realizado por calhas, esteiras

rolantes ou sistema similar.

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Transporte com gruas e guindastes - caçambas

São caçambas especiais para concreto com descarga de fundo acionadas

hidraulicamente. Estas caçambas são transportadas por gruas ou guindastes e o t

de aplicação depende da carga, transporte e descarga. Um dos limitadores é a

capacidade da grua tanto na altura como na carga.

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Transporte por esteiras

• É feito pelo deslocamento de esteiras sobre roletes transportado à diversas

distâncias. As esteiras articuláveis permitem o transporte para diversos

pontos.

• Podem ser inclinadas com ângulos pouco inclinados. Na descarga deve

haver um aparador para evitar a perda de material assim como um funil

que permite uma remistura dos agregados.

• Cuidados com relação velocidade permite um maior contato com o ar

aumentando assim a evaporação. A T ambiente pode afetar a qualidade

do concreto transportado.

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Transporte por esteiras

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Bombeamento

• Transporte por meio de tubulações sob efeito de algum tipo de pressão

que pode ser por ar comprimido, tubos deformáveis (sistema + demorado)

ou pistão (sistema + utilizado). As maneiras mais eficientes são a primeira

e a última.

• O sistema por ar comprimido tem uma perda significativa nas juntas das

tubulações o que pode afetar a produtividade.

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Bombeamento

• Cuidados na execução do concreto: diâmetro do agregado não deve

ser maior que 1/3 do diâmetro do tubo.

• O concreto deve ter slump de 8 a 10 cm com no mínimo 60% de

argamassa.

• O concreto desloca-se dentro da tubulação de forma constante,

devendo haver uma película lubrificante entre a tubulação e a massa,

que é obtida com a introdução na tubulação de uma nata de cimento

antes do início da concretagem.

1ª aula

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1.5. Lançamento

• Colocação do concreto nas fôrmas

Implica em três operações fundamentais:

I) Preparação das formas

Fôrmas * resistentes (pressão do concreto)

* limpas

* estanques

* saturadas com água (plastificada

ou impermeabilizada)

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1.5. Lançamento

II) Colocação do material transportado no local de aplicação

Evitar segregação

Plano de início e término

Cuidados em locais de altas taxas de armadura

II) Maneiras de colocação

Para receber adensamento (compactação)

Espessura das camadas

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O principal cuidado é evitar que o material se separe. Logo:

• Deve-se evitar o arrasto a distâncias muito grandes para não provocar

a perda de materiais durante o arrasto.

• Evitar o lançamento de grandes alturas também p/evitar a segregação.

1.5. Lançamento

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1.5.1 Tempo de Lançamento

• No caso do concreto depositado na obra para posterior

colocação nas formas " tempo máx. < 30 min "

• Tempo maior usar retardador de pega.

• Importante manter a trabalhabilidade sem alterar a dosagem.

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1.5.2 Altura de queda

A altura de lançamento não deve exceder a 2m (ABNT

NBR:14931,2004) ou até um pé direito (2,5 até 2,8m)

Para peças estreitas e altas, o concreto deverá ser lançado por

meio de janelas abertas nas fôrmas sendo recomendado seu

emprego em alturas superiores a 3m.

Obs.: evitando com isso a queda do concreto de uma altura fazendo com que os

agregados graúdos permaneçam no pé do pilar formando ninhos de pedra a vulgarmente

chamado "bicheira”

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1.5.2 Altura de queda

Se for empregado uso de direcionadores de fluxo (funil),

minimiza a possibilidade de ocorrer choque com a forma e a

armadura, alturas maiores podem ser admitidas → Evita a

segregação argamassa/agregado graúdo.

Concretagens durante períodos de chuvas somente deverão

ser interrompidos quando houver a lavagem superficial do

concreto, o que poderá determinar alterações em uma camada

significativa de concreto, com diminuição da altura da peça.

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Pequenas imperfeições superficiais, embora possam compro-

meter esteticamente a peça concretada, não devem apresentar

riscos maiores, em não se tratando de concreto aparente

(RECENA, 2001).

No lançamento de concreto em peças densamente armadas

adequações ao traço, como a redução da dimensão máxima

característica do agregado e da dosagem para uma trabalhabili-

dade adequada. Deve-se estabelecer uma ordem de lançamento

concreto vai preenchendo a forma.

Concreto auto-adensável

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Preparo das formas antes do lançamento do concreto lim-

pas e receber aplicação de desmoldante que deverão apresentar

facilidade de aplicação, t reduzido de secagem, evitando, os

efeitos da ação de chuva ou poeira.

Além disso, deverão apresentar imiscibilidade com a água e

pH neutro ou básico, poder de evitar a aderência entre o

concreto e a fôrma, não prejudicar a aderência de revestimentos

sobre o concreto, não ser inflamável e tóxico, não ser

escorregadio.

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• a abertura de janelas nas fôrmas, que permitem diminuir a altura de

lançamento e facilitam o adensamento;

• a colocação de trombas de chapa ou de lona no interior da fôrma;

• o emprego de concreto mais plástico e rico em cimento no início da

concretagem, até se obter, concreto menos plástico e menos rico, porém

de mesma resistência;

• a colocação de 5 a 10 cm de espessura de argamassa de cimento,

feita com o mesmo traço do concreto que vai ser utilizado, porém sem

o agregado graúdo.

Quando a altura for superior a 2,5m, medidas especiais deverão

ser tomadas, para evitar segregação. Entre elas:

1.5.2 Altura de queda

Parada de concretagem

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1.5.2 Altura de queda

• O agregado graúdo vai chegar primeiro à superfície, encontrará

uma camada de argamassa, que o absorverá, evitando a formação

do defeito “ninho de pedra”, que é constituído de agregado com

pouca ou nenhuma argamassa para ligá-lo, formando o

concreto.

quando ocorrem os “ninhos de agregados” deve-se recuperar

o concreto, recompondo a peça com as mesmas características e

propriedades do concreto original.

ARTIGO

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1.5.3 Plano de concretagem

A ABNT NBR 14931:2004 recomenda que, no PC, seja previs-

ta a relação entre as operações de lançamento e adensamento,

sendo a concretagem executada em altura suficientemente alta

para evitar a formação de juntas frias, e baixa o necessário para

evitar sobrecarga no sistema de fôrmas e escoramento.

*Descontinuidade

(camadas sucessivas) do

concreto novo com o velho

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1.5.3 Plano de concretagem

Deve ser elaborado a partir do volume a ser concretado e da

capacidade de produção do equipamento disponível.

Considerando o volume de concreto que pode ser produzido

em uma jornada de trabalho e a capacidade da equipe em lançar,

adensar e dar acabamento desejado às peças concretadas, pode-

rão ser dimensionadas as etapas de concretagem e estabeleci-

das as paradas programadas.

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Em sistemas de fôrmas suficientemente rígidos, as interrupções de

concretagem podem não apresentar riscos à segurança. No entanto, se

houver mais de uma etapa de concretagem, a interrupção deverá ser

procedida de maneira que sempre as peças sejam completadas.

Thomaz (2005) planejamento e projeto da produção de concre-

to, baseado no fornecimento do concreto, tipos de fôrmas e cimbra-

mentos, armaduras e a forma de transporte do concreto.

É necessário intenso planejamento das operações de concretagem e

deve-se considerar:

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Caso haja previsão para concretagens no período noturno, não deve ser

esquecido o sistema de iluminação;

Devem ser verificadas as condições de vizinhança e a legislação vigente

quanto aos serviços ruidosos;

Deve-se garantir que as equipes sejam suficientes e o provimento de todos os

recursos operacionais (água, energia, vibradores, pás, enxadas, réguas, etc.),

Deve-se priorizar ou reservar unicamente para a concretagem os

equipamentos necessários para o transporte do concreto;

Deve-se estabelecer um plano alternativo caso venha a ocorrer falta de

energia ou falha mecânica dos equipamentos,

Devem-se considerar questões de segurança do trabalho, protegendo

convenientemente áreas de concretagem em pavimentos altos, etc.

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A interrupção da concretagem e consequente formação de “junta

fria” (junta de concretagem) deve ocorrer em locais previstos no

projeto estrutural, nas seções com menores esforços de cisalhamento.

A ABNT NBR 14931:2003 recomenda algumas precauções para

garantir a ligação do concreto novo ao concreto já endurecido:

O concreto deve ser bem adensado até a superfície da junta, onde se

utiliza fôrmas temporárias, tipo “pente” no local da interrupção;

Antes de iniciar a nova concretagem, deve-se remover a nata de

cimento e limpar a superfície da junta, retirando todos os detritos;

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A nata superficial pode ser removida imediatamente após o fim de

pega do concreto com água sob pressão (“corte verde”)- se não for

possível, para a obtenção da aderência entre o concreto existente e a

camada a ser lançada, deve-se apicoar a superfície da junta,

deixando o agregado graúdo aparente;

Na retomada da concretagem, deve-se lavar a superfície com jato

de água sob pressão;

Deve-se aplicar argamassa sobre a superfície do concreto com a

mesma composição da argamassa do concreto, a fim de evitar a

formação de vazios;

Lançar o concreto novo, adensar novamente.

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1.5.3 Plano de concretagem

Todas as concretagens devem ser precedidas de um estudo, unindo:

– Calculista da estrutura e Projetista (arquitetônico)

– Engenheiro executor e Engenheiro Tecnologista de concreto e aço –

comportamento dos materiais

Este estudo conjunto estabelecerá o PC, prazos e planos de retirada das

fôrmas, colocação de ferragem adicional nos locais de paragem força-

da da concretagem na estrutura baseando-se em duas condições:

– Estética (arquitetônica)

– Estrutural (resistência)

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1.5.3 Plano de concretagem

Estética: alcançar os objetivos estéticos. Ex: concreto aparente.

Estrutural: cuidados com a união entre o concreto velho e o novo. E com

armaduras para absorver tensões extras que possam aparecer.

Neste PC devem ser definidos:

– Equipamentos (betoneira, vibradores, etc.)

– Materiais componentes do concreto

– Início e término da concretagem (tempo e local)

– Pessoal

– Prazos e planos de retirada de fôrmas e escoramento

– Emendas

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1.5.3 Plano de concretagem

Quando se pretende concretar um pavimento deve-se concretar antes os

pilares até o nível do fundo das vigas, e em seguida colocar as armaduras

de vigas e lajes, para prosseguir a concretagem.

(elimina-se assim falhas nos pilares)

(alta taxa de armadura)

Estudar emendas em vigas e lajes, sempre baseando-se nos esforços

(momento e cortante)

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1.6. Adensamento

• Para a obtenção de concreto compacto com o mínimo de

vazios após a colocação do concreto nas fôrmas, há a

necessidade de compactá-lo através de processos manuais ou

mecânicos, que provocam a saída do ar, facilitando o arranjo

interno dos agregados, melhoram o contato do concreto com as

fôrmas e as ferragens (acomodação da massa na fôrma, fazendo

com que esta ocupe todos os espaços).

• Entre os processos podemos citar: o adensamento manual

(apiloamento) e o adensamento mecânico.

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• Um concreto bem adensado terá desempenho de acordo com os

parâmetros considerados no processo de dosagem, principalmente

aqueles relativos à resistência mecânica e à durabilidade, já que estará

sendo garantida a homogeneidade da camada de cobrimento.

• O adensamento deve ser realizado criteriosamente para que não

ocorra a segregação dos materiais ou a formação de ninhos,

evitando a vibração da armadura e consequentes prejuízos na

aderência do concreto ao aço.

1.6. Adensamento

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• A ABNT NBR 14931:2004 recomenda que se estabeleça a altura das

camadas de lançamento do concreto e o processo mais adequado de

adensamento. Em peças com elevada densidade de armadura,

atenção especial deve ser dada ao processo de adensamento para que o

concreto seja adequadamente distribuído em todo o volume da peça.

1.6. Adensamento

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1.6.1 Adensamento manual

• Pode ser feito com peças de madeira ou barras de aço que atuam como

soquete e empurram o concreto para baixo expulsando o ar

incorporado e eliminando os vazios.

• Um cuidado especial se dá no enchimento de peças de grande altura

como pilares. Nestes casos se deve acompanhar o enchimento com

batidas de martelo na fôrma de modo a escutar onde possam ter ficado

espaços vazios. É um processo que só deve ser usado em casos de

emergência ou em locais de pouca importância devido à dificuldade

de um correto acabamento.

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1.6.2 Adensamento mecânico

• É o processo com vibradores que são imersos na massa de concreto espalhan-

do-o.

• A agulha é uma peça metálica fixada na extremidade de uma mangueira

flexível, dentro da qual gira um eixo ligado à uma ponteira de aço dentro

da agulha provocando a vibração.

• Os vibradores têm um raio de ação, ou seja, ele só provoca o adensamento

com eficiência se agir em camadas subseqüentes e adjacentes.

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• Além da plasticidade do concreto, a eficácia de um vibrador está

condicionada também pela massa de concreto a ser adensada e

pelas dimensões da peça. A mais baixa frequência e a maior

amplitude determinam agulhas, no caso de vibradores de imersão, de

maior diâmetro. A alta frequência e a menor amplitude agulhas de

menor diâmetro, condicionando o emprego de cada tipo de vibrador

às dimensões das fôrmas a serem preenchidas.

• De uma maneira geral vibradores de alta frequência podem ser

empregados para o adensamento de qualquer tipo de concreto.

Tipos de vibradores

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• Concretos preparados com elevados teores de argamassa e com

agregados graúdos de pequenas dimensões (“brita 0” de dim. máx.

carac. de 9,5 mm), são empregados em fábricas de artefatos de

cimento assim como tubos, peças para pavimentação e blocos para

alvenaria, ou peças pré-moldadas por extrusão como lajes protendidas,

em que o concreto adequado é extremamente seco, deverão ser

necessariamente adensados a partir de fontes de alta frequência e

pequena amplitude.

• Nesse tipo de concreto, são usados vibradores externos (vibradores de fôrma,

mesas vibratórias, rolos compactadores vibratórios) ou vibradores de superfície que

promovem a fluidificação do concreto a partir da matriz de argamassa.

Tipos de vibradores

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As lajes protendidas alveolares

ROTESMA Pré-fabricados.

São produzidas com a mais avançada

tecnologia mundial. Podem ser aplicadas

em qualquer tipo de sistema construtivo

(convencional, pré-fabricado, metálico,

alvenaria estrutural, etc.).

Oferecem maior liberdade arquitetônica,

aliada a eficiência estrutural, prazos

rápidos e custos competitivos.

Painéis com largura de 1,25 m e alturas de

15, 20 e 25 cm, que resultam,

respectivamente, em lajes de 20, 25 e 30

cm de espessura,

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• Composto por três partes distintas: a fonte de energia (pneumática,

motor elétrico ou a gasolina), a agulha vibrante (cabeça) e a

mangueira (figura 9).

Vibradores de imersão

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NBR 14931: 2004: espessura da camada de concreto a ser

adensada com vibradores de imersão deve ser igual a 3/4 do

comprimento da agulha, sempre considerando que o vibrador

deve penetrar em torno de 10 cm na camada subjacente de

concreto.

Cuidados a serem observados:

• utilizar o vibrador de preferência na posição vertical;

• vibrar o maior número possível de pontos ao longo da peça, promo-

vendo um adensamento uniforme de toda a massa de concreto,

com atenção aos cantos e arestas para evitar a formação de vazios;

Vibradores de imersão

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• introduzir e retirar lentamente o vibrador, mantendo-o ligado,

para que a cavidade formada pela agulha se feche naturalmente;

• não deixar o vibrador entrar em contato com a fôrma, a fim de evitar

a formação de bolhas de ar na superfície da peça;

• não vibrar além do necessário, mudando o vibrador de posição

quando a superfície apresentar-se brilhante.

Vibradores de imersão

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1.7. Cura

• A cura do concreto é uma operação que pretende evitar a

retração hidráulica e garantir a continuidade das reações de

hidratação do cimento nas primeiras idades do concreto quando

sua resistência ainda é pequena.

• A perda de água ocorre por vários motivos tais como exposição

ao sol, vento, exsudação, etc, e provocam um processo

cumulativo de fissuração.

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• De um modo geral pode-se dizer que a contenção das retrações

hidráulica e térmica podem minimizar o efeito da primeira. A

térmica é controlada pela diminuição da T e a hidráulica pela

perda de água do concreto.

• O cuidado com proteções nos primeiros dias permite um

aumento na capacidade resistente do concreto neste período,

e conseqüentemente uma diminuição na retração do material.

1.7. Cura

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1.7. Cura

Tipos de cura

• água- molhagem direta (mangueiras, aspersores, regadores, etc), molhar superfície

exposta diversas vezes nos primeiros dias após a concretagem; ou indireta (mantas

de feltro, sacos de aniagem ou geotêxteis) - proteção com tecidos umedecidos;

• produtos químicos - formadores de película (película de cura) que impermeabilizam

a superfície do concreto evitando a saída de água ;

• cobertura das peças concretadas (lonas impermeáveis- protege o concreto da ação

do vento já que este, em alguns casos, é o maior responsável pela evaporação água);

Prof.a Dr.a Carmeane Effting

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1.7. Cura

• cura ativa – interferência na velocidade de hidratação do cimento através do

processo de cura (gelo).

Em concretagens que envolvam grandes volumes de concreto,como barragens e blocos de fundação, a substituição de parte daágua de amassamento por gelo, associada ao rebaixamento datemperatura dos agregados, minimiza os efeitos da retraçãotérmica.