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Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação – Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca

Presidência da República Casa Civil Secretaria de ... · a palavra de minha saudação. Quero,, primeiro, dizer que servir à Polícia Militar é servir ao povo mineiro, e que servir

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Presidência da República

Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação – Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca

incentivos fiscais para novos in-vestimentos era áreas prioritárias

de ação produtiva. Registrou-se

ainda em 197] a arrancada deci-siva para o grande salto na His-

tória que levará à revoluçãoindustrial e tecnológica da década

de 70: a partida para os 20 mi-lhões de toneladas de aço que,

em 1980, darão ao País novas

dimensões econômicas.

A exploração do petróleo em

terra e no mar, a alfabetizaçãode adultos pelo MOBRAL e a

reforma educacional, são outros

transcendentais empreendimentos

do 3° Governo da Revolução.

Não menos expressivos foram

os resultados alcançados na áreapolítica, com destaque especial

para as conquistas registradas nospleitos eleitorais de 1970.

Tarefa de todos nós examinaainda outros aspectos da conjun-tura nacional e marca o iniciode uma nova série de publicações

que contêm as principais realiza-

ções administrativas e as linhas

mestras da filosofia política da

democracia social da Revolução.

Mais uma vez, no desenho dacapa, Ferdy Carneiro idealizousistemática artística que permitediferentes opções gráficas, me-diante apenas as trocas nas com-

binações das cores, servindo atrês ou mais volumes.

Tarefa de todos nós é o pri-meiro volume de discursos profe-ridos pelo Presidente Mediei, emseu segundo ano de governo, con-

tendo os últimos pronunciamentosde 1970 e os primeiros de 1971.

Tais pronunciamentos podem ser

distribuídos por três binômiosprincipais: Govèrno-povo, Admi-

nistração-iniciativa privada, Es-

tado-classe politica.

No primeiro binômio — Go-vêrno-povo — são reiteradas ou

explicitadas afirmações anteriores,inspiradores do ideário políticoda Revolução de Março. Neles.sem demagogias, nem promessasvás e falaciosas, convoca o Pre-sidente Mediei as classes traba-lhadoras, de maneira efetiva, aparticiparem da Revolução, to-mando posição ativa numa vidasindical inteiramente reformulada.

O sindicato passa a cooperar coma previdência social, na nova ex-pansão de seus serviços médicos,assistenciais, escolares, esportivose culturais. Tal politica mere-ceu o mais compreensivo e prontoapoio popular, mediante aumentosubstancia! da sindicaliiação dasmassas trabalhadoras.

A extensão dos benefícios pre-videnciários aos trabalhadores ru-rais tornou-se também uma reali-dade, por meio da assistência mé-dica, hospitalar e odontológica,já agora complementada pelo au-xilio-invalidez. aposentadoria epensão.

Por sua vei, prosseguiram emritmo crescente as concessões de

TAREFA DETODOS NÓS

^Publicações anteriores:— - — • — -̂ •"— |

!

'O JOGO DA VERDADE (3." edição)NOVA CONSCIÊNCIA DE BRASIL (2.- ediçio)A VERDADEIRA PAZ (2.» edição)

TAREFA DETODOS NÓS

Emílio Garrastazu (VIédici

Capa de FBRDY CARNEIRO

"De Natal a Natal, levando adiante a fareja de

todos nós de ajudar a Nação a descobrir e aproximar

as fronteiras desconhecidas e de fazer mais conseqüente,

mais tangível e mais do lado do homem a grandeza

.geográfica do Brasil, apelo a todos para que, junto

às nossas preces no presépio do Deus-Servidor, deixemos

ficar o propósito do melhor serviço: ao nosso irmão, à

família, ao homem que não conheço, ao povo, ao País

de todos nós."

AS SEMENTES DA CONTINUIDADE

"Encontro na família as sementes da continuidade,

da educação de base e da promoção da pessoa humana,

atento ao anseio de perpetuação do indivíduo e da comu-

nidade, à criação de hábitos indispensáveis à vida social,

e à plenitude psíquica e biológica com que a paterni-

dade e a maternidade completam a realização integral

do ser."

N:ESTE dia 8 de dezembro consagrado à família,venho trazer à família brasileira a minha home-nagem, menos na condição passageira de Chefe deEstado que na permanência do chefe de família detoda uma existência.

Chefe de família, quero dizer aos muitos iguaisa mim a minha compreensão de que a família é ouniverso onde se realizam e se sublimam as formasessenciais do amor: amor entre o homem e a mulher,,o amor pelos filhos, o amor dos filhos, o amor dosirmãos, o amor a Deus.

Encontro na família as sementes da continui-dade, da educação de base e da promoção da pessoahumana, atento ao anseio de perpetuação do indi-víduo e da comunidade, à criação de hábitosindispensáveis à vida social e à plenitude psíquicae biológica com que a paternidade e a maternidadecompletam a realização integral do ser.

Encontro na família brasileira a vocação dasolidariedade e da justiça, da serenidade, do con-senso e da paz, com que o nosso homem haveráde dar a sua contribuição para o tempo e o mundoem que haja menos egoísmo e discriminação, insta-bilidade, conflito e agressão.

Chefe de Estado, quero dizer à família brasi-leira a minha compreensão de que o Estado não pode

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substituir-se à Família, nem penetrar a essência desua intimidade, mas que é de seu dever dar-lheapoio e proteção para que nela o homem recolha assementes de sua realização individual e os ideaisde cumprir sua vocação como povo.

E entendendo na família o fio de que se tecea sociedade, encontro, na família brasileira, a certezade estarmos construindo, no Brasil, uma sociedadelivre e generosa.

(Mensagem do Presidente EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICÍ lidade rádio e televisão, no Dia da Família, a 8-12-70).

12 —

rede

LEGENDA GLORIOSA

"Neste tempo em que se reacende e se reencontra o

alento profissional das milícias estaduais, cumpre-me

destacar a legenda gloriosa da Polícia Militar do Estado

de Minas Gerais cuja constância nos ideais maiores

da liberdade e da soberania brasileira tem raízes no

sangue do grande Aljeres."

ENTRE as recompensas que recebo do povo brasi-leiro, em pouco mais de um ano de governo, emtroca das vigílias do meu compromisso de servi-lo,recolho esta emoção de paraninfo dos aspirantesda Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

Busco, então, -corresponder a essa mostra desolidariedade e confiança, fazendo-me representar,na cerimônia tradicional, pelo Comandante da.Guarnição Militar de Belo Horizonte, GeneralGentil Marcondes Filho, e trazendo aos novos oficiaisa palavra de minha saudação.

Quero,, primeiro, dizer que servir à PolíciaMilitar é servir ao povo mineiro, e que servir aMinas Gerais é engrandecer o Brasil.

Forças auxiliares, reservas do Exército, aspolícias militares são mantenedoras essenciais datranqüilidade pública nos Estados, esteios da lei eda ordem, partícipes de nossa segurança interna,sem a qual não fecunda o trabalho de homens ecomunidades, não prosperam os esforços pelo desen-volvimento nacional.

Creio oportuno apontar, ao reconhecimento do>Brasil inteiro, a invariável fidelidade à sua desti-nação,, a partir da Revolução de Março, que tambémhaverá de ficar na História como o tempo derenovação e de valorização de nossas polícias mili-

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tares. E considero definitivamente vitoriosa, naconsciência de todos os soldados verdadeiros, assimcomo no campo prático de sua atuação, a superiorpolítica de coordená-las, de uniformizar métodos eprocedimentos semelhantes, e de fazê-las convexgirpara os mesmos objetivos. Nesta hora de sagraçãodos novos oficiais, quero dizer-lhes que a realizaçãoprofissional do soldado resulta do dever bem cum-prido no coração de cada um, pois o espírito demissão é inspiração e impulso permanentes de nossavida.

Diz-me a experiência o que faz o jovem oficialalcançar a confiança de seus homens e á de seuschefes: o exemplo e o amor à responsabilidade; ainiciativa aliada à disciplina; a energia, a serenidade,a coragem física e moral.

E é preciso que o oficial ao longo de toda acarreira seja justo e franco; austero, sóbrio e simples;capaz de escolher o homem certo para cada tarefae de emprestar um toque de lealdade e grandeza àação ignorada e mais humilde.

Mas que se previna o oficial contra tudo o quecorrói a alma humana, e assim denigre e anula osoldado: a inércia, a preguiça, a covardia; o cc^mo-dismo e a indiferença; a inveja, o inconformismo,a maledicência, o aleive,, a frustração.

Que sempre se acendam o anseio de aperfeiçoa-mento profissional, o entusiasmo, a confiança^ emsuas convicções democráticas como algo indestrutíveldentro de si, e a certeza de exercer uma profissãoconstrutiva, que aproxima e faz os homens se er.ten-derem favorecendo a justiça e a paz social.

E, finalmente, quero dizer, aos meus jovensparaninfados,, que o segredo do permanente encontro

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do oficial com a sua profissão está na capacidadede cada um compreender seu melhor prêmio naspuras alegrias do companheirismo, e de bastar-sena recompensa de sentir-se útil.

Creio que, assim compreendida a sua profissãoe o seu papel na sociedade, os que hoje se formampodem encontrar a sua felicidade e a dos seus, bemservindo à Polícia Militar, ao povo mineiro e0 aoBrasil.

(Discurso de paraninfo do Presidente MÉDIO, lido pelo GeneralGENTIL MARCONDES FILHO, em dezembro de 1970, em Belo Horizonte).

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TAREFA DE TODOS NÓS

"De Natal a Natal, levando adiante a tarefa de

todos nós de ajudar à Nação a descobrir e aproximar

as fronteiras desconhecidas e de jazer mais conseqüente,

mais tangível e mais do lado do homem a grandeza

geográfica do Brasil, apelo a todos para que, junto às

nossas preces no presépio do Deus-Servidor, deixemostiüí^Kjicar o propósito do melhor serviço: ao nosso irmão, à

família, ao homem que não conheço, ao povo, ao País

de todos nós" „

J_ ESTEMUNHA solidária do imenso esforço dopovo brasileiro nos caminhos do progresso ao longodo ano que se vai, venho ao encontro de todos oshomens de minha terra, nesta hora de comunhãofraterna entre os homens.

Procurando entender as intenções e as luzesdeste tempo de encontro, junto-me ao espírito detodo lar, bendigo os que buscam o entendimento eencurtam os espaços, agradeço a confiança semprerenovada nos caminhos de minha consciência erenovo minha própria confiança nos homens de meupovo, que só têm olhos de entender Jesus.

De Natal a Natal, levando adiante a tarefade todos nós de ajudar a Nação a descobrir eaproximar as fronteiras desconhecidas e de fazermais conseqüente, mais tangível e mais do lado dohomem a grandeza geográfica do Brasil, apelo atodos para que, junto às nossas preces no presépiodo Deus-Servidor, deixemos ficar o propósito domelhor serviço: ao nosso irmão, à família,, ao homemque não conheço, ao povo, ao País de todos nós.

Levando adiante a missão e o desafio de ajudaros homens de nossa terra a serem mais justos entretodos os homens, apelo a que, nas alegrias de nossoNatal, pensemos nos homens órfãos de Natal. Edeixemos, junto à manjedoura do Deus humilde, o

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compromisso de nos darmos todos, não sementeem propósito, senão também em nossa renúncia e emnossa justiça, ao esforço maior da integração sociaL

Levando adiante, embora tudo, o compromissode promover a paz, a concórdia e a união, semtransigir com o crime, o niilismo e a traição a Deuse ao País, tenho ainda nas mãos a esperança nosmilagres da compreensão, que nos inspipa o Deus-Amor, para que se ilumine o caminho dos enganados,o caminho dos que procuram o Natal sem sinos,sem árvore, sem presépio, sem Reis Magos, semEstrela de Belém. Mas, ainda assim, me dizem aintimidade com a alma de meu povo e a minhavivência dos jovens que sempre haverá ijim caminhopara quem perdeu o seu caminho.

E me dobro, diante do berço do Deus-Meninoe dos sinos que anunciam seu Nascimento outravez para salvar-nos, pedindo-lhe que, de. Natal aNatal, meus olhos se iluminem para que eu sempreencontre Jesus, e assim possam as vigílias de minhamissão ajudar a vinda de natais sempre mais felizespara o Brasil e para o povo.

Entendo, na festa de Natal, a unidade entreDeus e o homem, bem como a festa da famíliapróxima e da família maior, trago minh^ emoção emeu voto, por entre os risos e as lágrimas do mistériode Natal, a cada um dos brasileiros e a todos oshomens que vivendo neste país sabem amá-locomo nós.

(Mensagem de Natal, a 24-12-70).

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RENOVAÇÃO DO TEMPO EDA ESPERANÇA

"Esta noite do milagre da renovação do tempo e da

esperança, antes de ser a hora de mergulhar no mistério

do juturo, é a hora da consciência de cada um de nós

rever a cena que passou, medir a sorte que nos toca e

iulgar o que Jizemos dos nossos dias."

HOMENS e mulheres de meu País.

Esta noite do milagre da renovação do tempoe da esperança, antes de ser a hora de mergulharno mistério do futuro, é a hora da consciência decada um de nós rever a cena que passou, medir asorte que nos toca e julgar o que fizemos dosnossos dias.

Querendo que se tenha o Brasil no pensamento,nesta hora de votos e vaticínios, venho à casa detodo brasileiro, para que, juntos, possamos tambémpensar no que fizemos todos os dias de nosso país.

Dois fatos acima da vontade dos homenspoderiam ter feito o ano de 1970 um dos pioresde nossa História: a conseqüência da geada queem 1969 fez o drama de nossos cafèzais e a seca,ao longo de quase o ano todo, calcinando a terrado Nordeste.

E, no entanto, devemos agradecer, a Deus eaos homens, o ano que hoje termina, e desejar aoBrasil que 1971 seja, senão melhor, pelo menos assimcomo este, de mudanças tão profundas.

Apesar da queda de um terço da produçãocafeeira e da perda quase total das plantaçõesnordestinas, apesar dos recursos extraordinários,

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além de um milhão de cruzeiros por dia, com que,por mais de duzentos dias, o Governo Federal ajudoue ainda ajuda o flagelado, chega o País a 1971 coma menor taxa de inflação dos últimos doze anos,grande volume de reservas internacionais,, a maiorreceita de exportação de toda a nossa História e umdos mais elevados índices de crescimento econômicodo mundo inteiro.

Penso que resultados assim tão alvissareirosnão se justificam apenas no ano que hoje terminae muito menos decorrem da ação deste governo,pois convencido estou de que começamos a colheragora o que plantaram as transformações econômicas,políticas e sociais feitas no Brasil desde 1964.

No quadro dessa mudança e passados ostempos essenciais •— de salvação nacional

doisi de

retomada do progresso em bases estáveis — come-çamos a viver, em 1970, o tempo de harmonia entreo desenvolvimento econômico e a justiça social. Enesta hora de um mundo marcado de angústias,egoísmo, intransigência e desalento, faz-se certeza aesperança no grande destino do Brasil, ao se ver aNação encontrar a confiança em si mesma, a conver-gência da vontade coletiva, a consciência tio própriovalor, assim como as inspirações, as energias e oentusiasmo de um legítimo orgulho nacional.

Não cabe na passagem do ano o relato de tudoo que pôde fazer o povo brasileiro, em cada um dossetores de nossa vida administrativa, mas aponto,

L * 1 1 . 1 1 ** * 1ao menos, o notável aumento da produçãc agrícola,a expansão dos sistemas de transportes e telecomuni-cações, a ampliação de nossa capacidade energética,os novos caminhos da pesquisa mineral e o esforçode alfabetização que já está provado ser mais fecundodo que tudo o que antes se fez.

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Acrescente-se a essa mostra, a valorização davida sindical, o plano de integração social, o despertarda Amazônia, a realização tranqüila de eleições,e teremos compreendido o clima de confiança ede trabalho que garante o afluxo do investimentoexterno, ao mesmo tempo em que desperta a poupan-ça popular e se afirma um promissor mercado brasi-leiro de capital.

Cumpre-me dizer que procuramos amparar esseimenso esforço interno com a inarredável defesa dosinteresses e dos ideais brasileiros, diante das outrasnações. Buscamos, sobretudo, o fortalecimento dasolidariedade continental ameaçada pela irraciona-lidade da violência, a criação das bases de umsistema de segurança econômica mundial, a ampliaçãoda capacidade competitiva dos nossos produtos, adistribuição mais justa dos benefícios do desen-volvimento científico e a mudança das regras deconvivência internacional, para a garantia da paze do progresso de toda a humanidade.

Mas se assim me alenta a messe feliz do tra-balho do povo brasileiro ao longo deste ano, não medeixo cegar pelo otimismo;, pois sei que perigos edesafios se haverão de renovar, na medida mesmados nossos êxitos. Alerto que ninguém se baste comos resultados obtidos, porque tudo o que se alcançaé quase nada se comparado ao muito ainda a fazer,por uma vida melhor para todos os brasileiros.

Não teremos as dificuldades que teríamos deenfrentar, e creio firmemente que 1971 será aindamais feliz para o Brasil e que cumpriremos aquilo aque nos propusemos no Plano de Metas e Basespara a Ação do Governo.

Meu governo continuará fiel ao espontâneocompromisso de realizar a revolução no campo, para

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que possa suprir as necessidades de nosso imensocontingente humano e ajudar a humanida4e sempremais faminta. As estimativas das áreas plantadasantecipam crescimento ainda maior da produçãoagrícola, a que espero se venha juntar um grandeimpulso da pecuária, estimulada pelo descongela-mento dos preços.

Creio que 1971 será um ano de marcanteexpansão industrial, incentivada pelo programa side-rúrgico que dentro de poucos dias apresentarei àNação, e influenciada pela criação de linhas especiaisde crédito através do Programa de Integração Sc ciai,pela reformulação tarifária, pelo fortalecimento domercado segurador e pela melhoria das condições deabsorção da tecnologia externa, a ser obtida com amodernização do órgão oficial de marcas e patentes.

Espero que as reformas básicas iniciadas esteano no campo da Educação frutifiquem em 1971,principalmente com a profissionalização do magis-tério, a reforma do ensino e o funcionamento, apartir de julho, de 300 ginásios orientados para otrabalho. Sinto que a grande revolução educacvirá agora, na passagem da velha orientação

onalpro-

pedêutica da escola secundária a uma realísticapreparação para a vida, que atenda à carência detécnicos de nível médio, problema dos mais críticosna arrancada do nosso desenvolvimento.

Pretendo estimular, ao máximo, a pé rticip açãoda juventude na vida do País, como já tenho oadoprovas ao chamar gente moça para postos de respon-sabilidade. Nesse sentido, cuidarei de iniciativas jáconsagradas, como os Projetos Rondon e Mauá,e tudo farei para apoiar os anseios de afim açãocultural dos jovens e a criação de opoftunic.ades

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para a realização total de sua personalidade, atémesmo no esporte, sob a inspiração das alegrias dopovo nas memoráveis vitórias que marcaram este ano.

Desejo também expressar que muito espero dasnovas câmaras legislativas, que o povo renovou emmais da metade, e dos governantes estaduais, quechegam ao poder como eu próprio cheguei, sem outroscompromissos que não os do bem público e os desua consciência. Confio, assim, em que a Revolução,totalmente empenhada em empreender, no planofederal, as transformações econômicas e sociaisindispensáveis ao desenvolvimento, chegará, afinal,em 1971, a todas as unidades federativas.

Ao dizer ao povo brasileiro, nesta noite deesperanças, as minhas esperanças no Brasil do anoque amanhece nesta noite, e ao fazer votos pelafelicidade pessoal e da família de cada um, renovoo compromisso de servi-lo no limite de minhasenergias.

E agradeço, na confiança de meu povo, o meuprêmio maior, não apenas no ano que hoje termina,senão em toda a minha vida, pedindo inspiração aDeus para que eu possa recebê-lo outra vez — eisto é tudo o que preciso pedir.

(Mensagem do Presidente MÉDICI, na Passagem do Ano Novo, em31-12-70).

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PASSOS DECISIVOS

"Assim como 1970 joi o ano do planejamento desse

programa de vital interesse para a economia e a segu-

rança nacionais, 1971 será o ano de inicio da sua rea-

lização, como um dos passos decisivos para a nossa

emancipação econômica."

iNo limiar de 1971, que tão promissoramento seabre para os destinos do Brasil e será, por certo,como já se pode antever, o grande ano do nossodesenvolvimento industrial, é-me particularmentegrato falar ao povo de meu país da Fábrica dePerfis Soldados "Presidente Costa e Silva" que aCompanhia Siderúrgica Nacional hoje inaugura.

No ano da indústria, não poderia haver localmais propício para o primeiro pronunciamento doGoverno do que a extraordinária Volta Redonda,pujante centro de produção de aço, o qual, segundoum grande historiador, marca a civilização modernae é um dos indicadores mais seguros do grau dedesenvolvimento de um povo.

Nesta oportunidade, não poderia, pois, deixarde me dirigir em especial aos homens de empresade todo o Brasil para expor-lhes, ainda que sintè-ticamente, as coordenadas da política industrial doGoverno.

A nova etapa de desenvolvimento nacional, queora se inicia, assentará na implantação de um sistemadinâmico, capaz de promover, em nível compatívelcom as nossas exigências, o crescimento do setorindustrial em 1971 e sustentá-lo de maneira conti-nuada nos anos vindouros.

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A necessidade de conjugar crescen:e eficiênciaa desenvolvimento acelerado, mediante a incorpo-ração de nova tecnologia e a conquista de novosmercados internos e externos, reclama do Governoe da iniciativa privada atitude inovadora, decidida-mente voltada para as crescentes exigências domundo em que vivemos.

A ação de meu governo no camp? industrialalicerça-se na ponderada distribuição das responsa-bilidades pelo nosso processo de desenvolvinento.Ao empresário cabe identificar as oportunidadesde investimento e decidir sobre a ex scuçã

criaro dos

asrutura

a trainsfor-

necessários projetos. Ao Governo competecondições que permitam, em termos de inf ra-eseconômica e de incentivos adequados,mação dos projetos em realidade.

As relações entre Governo e empresários, apósa Revolução de 31 de Março e, sob::etudo, nosdias que correm, autorizam-me a ser otimista noque concerne aos resultados dessa conjugação deesforços.

O Governo, por seus órgãos técnicos, SÉganiza, mediante a adoção de um comedidas, para o fortalecimento e racionaliza^expansão da siderurgia nacional, a fim de enessa nova etapa de nosso desenvolvimento, jáesse processo assumido proporções signifiem 1970.

Os empresários, a seu turno,mente ao tentador desafio de nossoindustrial. O volume dos projetos em eijá em execução atesta, de maneiragrande dinamismo de todo o setor induleiro na atual conjuntura.

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responcem e:rescbora

istrial

reor-de

ao darentartendoativas

ietiva-mentotão ou

iniludíyel, obrasi-

Ninguém desconhece o papel que desempenhaa siderurgia no desenvolvimento industrial, global-mente encarado, sobretudo quando este se efetua ataxas elevadas, como já é o nosso caso.

A continuidade desse crescimento supõe ade-quado e eficiente suprimento de matérias básicas,em especial o aço, que permeia, em suas diversasformas, toda a atividade industrial.

No início de 1970 nossa siderurgia operava aplena carga, registrando-se expansão de demandasuperior a quinhentas mil toneladas de aço por ano.

Cumpria, pois, estudar a solução desse pro-blema, a longo prazo e levando, ademais, na devidaconta as reais potencialidades brasileiras para aexportação de produtos siderúrgicos.

Projetou-se, em conseqüência, uma siderurgiacom capacidade para produzir 20 milhões de tone-ladas de aço em 1980, o que representará quase oquádruplo da produção atual, que é de 5 milhõese 300 mil toneladas, e cerca de sete vezes a produçãode 1964, num investimento total da ordem de quinzebilhões de cruzeiros.

Assim como 1970 foi o ano do planejamentodesse programa de vital interesse para a economiae a segurança nacionais, 1971 .será o ano de inícioda sua realização, como um dos passos decisivospara a nossa emancipação econômica.

À expansão da Companhia Siderúrgica Na-cional, pioneira da moderna indústria brasileira deaço, da USIMINAS e da OOSIPA, juntamente com outrasmedidas já programadas na área de produtos nãoplanos, constituem ponto de apoio fundamental paraessa nova fase da siderurgia nacional.

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Dois são os objetivos principais da ação doGoverno nesta etapa: primeiro, colocar as suas atuaisempresas em níveis adequados de produção e custose, segundo, oferecer ao setor privado todo o apoiopara a realização de seus programas. Enquantonão se consolidarem os programas dê expansãodas empresas por ele controladas, não pretende oGoverno instalar novas usinas no País.

De nação predominantemente importadora deprodutos siderúrgicos que éramos, já produzimoshoje mais de 90% da atual demanda interna e jáexportamos, em 1970, 75 milhões de dólares para42 países.

Empenhado como está, em defesa do interessenacional, na expansão dessa indústria, medianteapoio financeiro e orientação técnica e econômica,confia o Governo, para o êxito integral de seuempreendimento, na capacidade executiva^ das dire-torias das próprias empresas, na eficiência de suasequipes técnicas e na dedicação dos trabalhadoresque empregam a sua atividade no parque siderúrgicobrasileiro.

A inauguração desta Fábrica, com a qual sepresta merecido tributo ao Chefe do SegundoGoverno da Revolução, é parcela desse ambicioso,mas realista programa siderúrgico que, como s«: viu,deixou de ser mera aspiração para se transformarem realidade de que se orgulha o povo btasileiro ecuja integral implementação fará do Brasil, dentrode uma década, um dos grandes produtores de açodo mundo.

(Pronunciamento feito pelo Presidente MÉDICI, em Volta Redonda,a6-l-1971).

AS RELAÇÕES DE CONFIANÇA

"As relações de confiança e de cooperação entre o

Governo e as forças políticas, que o apoiam, afastam

a mais remota possibilidade de se abalarem os funda-

mentos nos quais repousa o sistema revolucionário ou

de se modificarem as decisões tomadas no sentido de

lhe assegurar a solidez."

oUTROS períodos de transição conheceu a huma-nidade, durante os quais teve de superar graves difi-culdades para ajustar a novos modelos o seu estilode comportamento. Jamais os problemas de adapta-ção a uma sociedade em mudança adquiriram, porém,a feição com que se desenham em nosso tempo, vistoque jamais haviam sido tão amplas, tão profundas etão rápidas as transformações sociais como as que.se operam no mundo contemporâneo.

Responsáveis capitais pelas modificações quehoje se registram na sociedade, os feitos da ciênciae da tecnologia dilatam, em proporções imensas, 0=quadro das escolhas que ao ser humano se facultarapara realizar os objetivos pelos quais se incline. Tan-tas e tão significativas são as opções oferecidas aohomem, pelos novos métodos e instrumentos de ação,que já se lhe insinua no espírito a idéia de que setornou senhor do próprio destino, de sorte que outra,inteiramente diferente, seria hoje a condição humana.

Pelo domínio exercido sobre a natureza, cujasenergias submete ao serviço de seu interesse, experi-menta, em verdade, o homem moderno sensação depoder, que o leva a ter-se como capaz de eliminaros obstáculos porventura existentes à conquista doquinhão de bem-estar a que se julga com direito.

Os êxitos assinalados até aqui na manipulaçãodos processos tecnológicos, especialmente no que

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concerne à criação de riqueza, favorecem indubita-velmente a crença de que é possível remodelar a or-dem social, mediante a satisfação de aspirações] queoutrora somente eram formuláveis pelo ser humanoem caráter utópico.

O potencial de energia que o progresso cientí-fico e tecnológico oferece não renderá, todavia, emfavor dessas aspirações, tanto quanto é lícito espe-rar, sem avanço paralelo nos métodos de disciplina-mento das relações humanas, quer na comunidade,quer no Estado.

Pelo esforço comum, em que sejam mobilizadostodos os recursos do saber teórico e prático, é quese encontrarão, por certo, as fórmulas que mçlhorconduzam a esse objetivo, bem como os meios deimplantá-las de modo conveniente ao interéjsse geral.Embora tal encargo se distribua por todos quantos sepreocupem com a sorte do homem na terra^ ao podergovernamental deve tocar a maior parcela desseesforço, já porque, pela sua própria natureza, lhecompete prover ao bem comum, já porque sònjentenele, pela irresistibilidade de suas decisões, resideautoridade para impedir que os interesses partitula-res se sobreponham aos do todo social.

Por maior que seja, contudo, a elegância dasfórmulas que se sugiram como capazes de solucio-nar os problemas sociais e políticos, cumpre não es-quecer que a sua eficácia depende, fundamentalmente,do espírito com que forem utilizadas.

Não basta expandir, tal qual está no consjensoda doutrina, as funções do Governo para que, poressa forma, se promova efetivamente o bem-bstarsocial. Escusado será, de igual modo, fortalecer opoder público, desembaraçando-lhe os movimentos,

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consoantes também ao que geralmente se recomenda,se os agentes da autoridade no exercício da sua com-petência se desviarem sistematicamente dos fins quepresidiram ao deferimento desta. Não vale, por outrolado, assegurar a liberdade, por mais que, em princí-pio, esta se deva respeitar, aos que a coloquem aserviço de fins anti-sociais.

Por isso mesmo, a Revolução de 31 de Marçose propôs, antes de tudo, a reformar os costumesadministrativos e políticos, de sorte a fazer com queos esquemas normativos se cumpram de acordo, nãosó com a sua letra, mas também com o seu espírito.

Com esse objetivo, lançou-se, desde logo, emgrande escala, à formulação de planos e programasque corrigissem os efeitos catastróficos dos desman-dos anteriores, restaurassem as finanças públicas eassegurassem ao povo a melhoria de vida, a que fazjus. Moveu guerra sem tréguas, ao mesmo tempo,aos corruptos e corruptores, trancando as portas aolocupletamento ilícito e aos artifícios fraudulentos emprejuízo da administração pública. Barrou o passo,de igual modo, aos agentes da subversão, não per-mitindo que continuassem, à sombra das franquiasasseguradas pelo regime, a solapar as bases dessemesmo regime, a fim de completamente aniquilá-loe abrir caminho para a instituição, entre nós, de maisuma das chamadas democracias populares que, paro-diando frase célebre, não são democracias nem sãopopulares. Processo análogo, posto em prática emoutros países, mostra como é possível a grupos mino-ritários, contra a opinião dominante, arrasar a ordemdemocrática para instaurar regime com ela incom-patível .

Comungando nos ideais da Revolução de Mar-ço, jamais o povo recusou apoio a essa filosofia polí-

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tico-administrativa, bem como a providências, apdaas mais drásticas, postas em prática para torná-laefetiva. Reconheceu, em verdade, a opinião pública,de modo inequívoco, a legitimidade da ordem jurí-dica assim instituída, não só mediante consenso tá-cito, mas também pela mais democrática das formas,isto é, mediante o resultado de sucessivos comícioseleitorais, em que os governos da Revolução obtive-ram no País a maioria dos sufrágios. Na sua quasetotalidade, aliás, os que hoje aqui se congregam aca-bam de participar, como candidatos da Arena, depleito ferido há pouco em todo o território nacional,onde o povo, em clima da mais perfeita ordem eliberdade, mais uma vez se pronunciou, de r}aodo ton-sagrador, em prol da política revolucionária.

Recebo, assim, a palavra popular, expressa nasurnas, como beneplácito dos brasileiros à difetriz que,em todos os setores, vem guiando o Terceiro Governoda Revolução. Não vejo, desse modo, nenhjumarazão para que sequer se cogite em alterar, seja noplano administrativo, seja na esfera políticaj as lijihasdentro das quais a Nação está sendo conduzida.Considero que qualquer desvio de rumo, roesse par-ticular, comprometeria gravemente a atmosfera depaz e tranqüilidade de que o Brasil necessita parasustentar o ritmo de progresso, pelo qual ora se] dis-tingue .

As relações de confiança e de cooperação eptreo Governo e as forças políticas, que o apoiam, afas-tam a mais remota possibilidade de se abàlareii osfundamentos nos quais repousa o sistema revolucio-nário ou de se modificarem as decisões tornadas nosentido de lhe assegurar a solidez.

Mais perfeita não poderia ter sido, até agora,a identidade de pensamento e de propósitos entre o

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Presidente da República e o Partido da Revolução.Pelos seus órgãos de direção, na órbita nacional ouno plano regional, pelos seus representantes, assimno governo dos Estados, como nos corpos legislati-vos, não me regateou a Arena, em nenhum momento,a colaboração que lhe tenho solicitado para dar con-tinuidade à obra revolucionária.

No convívio estabelecido com os homens em po-sição de comando ou de influência nos quadros dopartido majoritário, encontrei sempre total receptivi-dade para as medidas que lhes foram propostas emtutela da utilidade pública, não se registrando, emnenhum momento, qualquer dissídio no tocante à ori-entação adotada pelo Governo, quer no campo admi-nistrativo, quer na área política. Como não pretendodesviar-me dos esquemas político-administrativospelos quais até aqui me orientei, estou seguro de quenão me faltará, também, doravante, a integral soli-dariedade dos dirigentes arenistas.

Recebo, assim, a homenagem que ora me é pres-tada pelo que há de mais expressivo no Partido aque tenho o privilégio de presidir, em caráter hono-rário, como mais uma prova da completa afinidadeexistente entre as posições assumidas pelo Presidenteda República e pelos militantes da Arena quanto àmaneira de governar a política brasileira.

Prometendo-vos, como ora faço, que não mearredarei das coordenadas políticas onde me situo,eu vos prometo, também, que, em nenhuma hipó-tese, sejam quais forem as circunstâncias, haveráentre nós, regresso ao passado.

(Discurso do Presidente MÉDICI, na homenagem que lhe prestou aArena, no dia 1-2-71).

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UMA VIDA MELHOR

"Para que, mediante uma decisão corajosa, a

cidade ajude o campo, como o campo vem ajudando a

cidade, é que se deve implantar um programa de assis-

tência, ainda que com algum sacrifício das camadas

sociais, até agora menos desafortunadas que a grande

massa dos trabalhadores rurais, fazendo com que estes

se radiquem na gleba que cultivam, e levem sua produ-

tividade em proveito, também, do consumidor citadino,

e desfrutem dos elementares recursos, indispensáveis a

uma vida melhor, mais sadia e mais tranqüila."

cONVOQUEI esta reunião do Ministério — a pri-meira deste ano — para o exame de importantes me-didas de interesse para a Nação. Entre estas seencontra a que diz respeito à instituição do Programade Assistência ao Trabalhador Rural. Objetivandoa criação desse Programa, estou encaminhando, nestemomento, ao Congresso Nacional, mensagem assimconcebida:

Excelentíssimos Senhores Membros do Con-gresso Nacional.

Ao assumir a Presidência da República, procla-mei minha fé no homem e no campo, acentuando queo dever desta hora é a integração do homem dointerior no processo de desenvolvimento nacional."Isso não se faz — lembrei então — somente dandoterra a quem não tem, e quer, e pode ter". Mas sefaz levando ao campo, entre outras coisas, a assis-tência médica e a previdência rural.

Por outro lado, reconhecia que "desde os anosde 50, nosso esforço desenvolvimentista vem sendopredominantemente industrial e de forma desequili-brada em relação ao setor agrícola. Para a correçãodessa anomalia, era e é necessário considerar o ho-mem, inclusive e primordialmente o homem do cam-po, a primeira das nossas infra-estruturas básicas.

"Por isso — tive ainda ocasião de acentuar —é que começo pelo campo. É que no campo está a

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maioria de nós mesmos. É que do caronossa alimentação e do campo sai a partliosa de nossa pauta de exportações. Dadade ao campo, estou dando prioridadecão do homem brasileiro".

Não menos explícitas foram minhas jpovo, ao término do ano de 1970: "M<continuará fiel ao espontâneo compromisszar a revolução no campo, para que possnecessidades de nosso imenso contingenteajudar a humanidade sempre mais faminl

Coerente com esses pontos de vista eaos postulados da Revolução de Março, nda ação de meu governo, venho apresent;gresso Nacional um projeto de lei, qudentro das possibilidades atuais, o eu

pó ve mando ]à vai

)alav:iu goo dea suphuma".obec

LOtivair aoz obmprii

desses propósitos de amparo ao homem do caTrata-se de instituir programa de

especial ao trabalhador rural e seus depencpliando também os serviços de saúde já <pelo Fundo de Assistência ao TrabalhadoFUNRURAL.

Os benefícios, entre os quais sobrele\sentadoria, o auxílio-invalidez e a pensasomar aos que já estão sendo concedidosà assistência médica, hospitalar e odonto

Em consonância com a filosofia dae do Governo, avessa ao paternalismo e à co Projeto de Lei, ora submetido à consicCongresso Nacional, não cria novos órgãonistração, mas apenas reorganiza e revigorajá existente, adota, para execução do pçado, o processo de descentralização e dterceiros e estabelece um sistema de custeitribuições generalizadas, que se apropriarços do mercado.

60 —

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ram ao, seno toógicaRevoemaceraçcs naum óanoilegao pori dos

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uçãoogia,io doidmi-rgão,esbo-;ão acon-pre-

Assim, com critério realista, sem acenar ao tra-balhador rural com promessas inexeqüíveis, assegu-rando-lhe, entretanto, as melhorias, a que tem ine-gável direito, substitui-se o Plano Básico de Previ-dência Social, excelente como concepção teórica, mas,até agora, de reduzido efeito prático, por um com-plexo de medidas objetivas, que não representam,por certo, o programa ideal em prol do trabalhadorrural e sua família, mas aquele que o estágio presenteda economia do País pode suportar.

É, todavia, importante salientar que o ônus, de-corrente da previdência social, imposto às empresase por elas incorporado aos custos, pesa sobre osconsumidores, inclusive sobre os homens do campo,parcela equivalente a mais de 50% de nossa popu-lação, sem que essa fração tão grande receba, emcontrapartida, assistência idêntica à dispensada aohomem da cidade.

Para que, mediante uma decisão corajosa, a ci-dade ajude o campo, como o campo vem ajudando acidade, é que se deve implantar um programa de assis-tência, ainda que com algum sacrifício das cama-das sociais, até agora menos desafortunadas que agrande massa dos trabalhadores rurais, fazendo comque estes se radiquem na gleba que cultivam, elevemsua produtividade em proveito, também, do consu-midor citadino, e desfrutem dos elementares recursos,indispensáveis a uma vida melhor, mais sadia e maistranqüila.

Este, Senhores Membros do Congresso Nacio-nal, é o alto pensamento que inspira o Projeto de LeiComplementar que, nos termos do artigo 51, § 2°, daConstituição, tenho a honra de encaminhar a VossasExcelências.

(Mensagem lida pelo Presidente MÉDICI, na reunião ministerial no-Palácio do Planalto, a 29-3-71).

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A ENORME TAREFA

"Refiro-me ao desenvolvimento da produção agra~

pecuária e à recuperação do atraso econômico das regiões

Norte e Nordeste, problemas que, colocados na primeira

Unha de nossas preocupações e merecedores da maior

atenção por parte de todos os setores do Governo, con-

tinuam a desafiar nossa capacidade de realizar, em

curto prazo, a enorme tarefa de promover a transfor-

mação urgente que sabemos necessária para completar

a integração nacional."

OENHORES Membros do Conselho Monetário Na-cional.

Meu comparecimento a esta sessão especial doConselho tem o objetivo de reiterar-lhes a elevadaprioridade que o Terceiro Governo da Revoluçãoempresta a dois relevantes problemas nacionais.Refiro-me ao desenvolvimento da produção agro-pecuária e à recuperação do atraso econômico dasregiões Norte e Nordeste, problemas que, colocadosna primeira linha de nossas preocupações e merece-dores da maior atenção por parte de todos os setoresdo Governo, continuam a desafiar nossa capacidadede realizar, em curto prazo, a enorme tarefa depromover a transformação urgente que sabemos ne-cessária para completar a integração nacional.

O desenvolvimento das áreas da SUDAM e daSUDENE, nos últimos anos, indica claramente queestamos trilhando o bom caminho.

Algumas vezes, porém, fatores adversos impe-dem e interrompem a mais rápida evolução do pro-gresso econômico e da melhoria social que vimosobjetivando e alcançando. Esse foi o caso da penosaseca que afligiu a maior parte da região nordestinano ano passado. Em tais momentos, redobramosnossos esforços, mobilizamos toda ação e recursos

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necessários para procurar neutralizar os danos e osprejuízos que essas calamidades cíclicajs infjigem,principalmente às populações do interior.

Nunca antes, como agora, a atuação do (Jovêr-no se mostrou tão rápida e eficiente, atalhando osefeitos da seca impiedosa mediante providências ime-diatas e adequadas, tanto na área do setor publico,como do privado. Novas frentes de trabalho foramabertas, promoveu-se recomposição das dívidas da-queles que perderam suas lavouras, concedeu-se cré-dito barato para a retenção do homem no campo e,ao mesmo tempo, promoveram-se investirpentqs queirão aumentar a resistência das propriedades ruraisa novas intempéries. Agindo prontamente e cofai efi-cácia foi possível, assim, assistir os governos muni-cipais e estaduais, amparando os desempregados eevitando a fome e o desemprego. f

Os resultados dessa atuação em oportunidadetão recente e, mais particularmente, a ma|neira comofoi recebida a Resolução n° 175, que este Conselhoaprovou em sessão de 22 de fevereiro último, anima-ram-me a recomendar-lhes a extensão dos benefíciosà região Norte e a toda área geográfica do Polígonodas Secas, inclusive criando-se um tipo de qréditofundiário capaz de permitir, àqueles com capacidadede trabalho, o acesso à terra. Minha sugestão aoConselho Monetário Nacional é no senljido de quetais providências passem a constituir programa espe-cial de governo no capítulo do deserivolviinentoagropecuário e da integração nacional.

Estou convencido, pelos números, dos resulta-dos auspiciosos que podemos alcançar dentro dasdiretrizes que estão sendo traçadas pelo Governo eexecutadas graças à ação do sistema baifcárid, par-ticularmente dos bancos oficiais na região.

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Já a primeira experiência realizada pelo Bancodo Brasil ao amparo da Resolução n° 145 deste Con-selho — indicava a criação de 38.309 empregos coma aplicação, tão-somente, de Cr$ 40 milhões.

Alenta-me, pois, o propósito de prosseguir coma experiência. E ir mais além, alargando as frontei-ras do sistema à Amazônia, igualmente merecedorade cuidados especiais. Penso, também, ser inteira-mente válida a idéia de reinstituir — inicialmente porintermédio dos bancos oficiais — a sistemática docrédito fundiário, especialmente destinado a financiara aquisição de pequenos imóveis rurais que apre-sentem condições favoráveis à exploração agro-pecuária .

(Pronunciamento feito pelo Presidente MÉDICI, na abertura da reu-nião do Conselho Monetário Nacional, no Palácio do Planalto, a29-3-71) .

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TEMPO DE CONSTRUIR

"Meu governo, buscando sempre a harmonia com

os Podêres Legislativo e Judiciário, de acordo com os

mandamentos constitucionais, identificado com a von-

tade dos homens e mulheres de todas as idades, e com

a abnegação das Forças Armadas integradas ao povo

a que servem, confia em que a Revolução de Março

de 1964 haverá de jicar na História como o tempo

em que se construiu a grandeza deste País."

AJ. OMENS e mulheres de meu País.

Ao longo de nossa História, os princípios demo-cráticos sempre corresponderam aos anseios maisprofundos da alma brasileira, que, em todas asConstituições da República, o legislador interpretouno mandamento primeiro de que o povo é a fontelegítima do poder.

Cumpre reconhecer, no entanto, que a realidadede nossa vivência política nunca chegou a correspon-der, com desvios e distorções, de que a evidênciamaior foram os rumos contrários às aspirações einteresses nacionais, marcados de desmandos admi-nistrativos e demagógicos, que levaram o povo e asForças Armadas a fazerem a Revolução, cujo 7° ani-versário hoje comemoramos.

Eram tão profundos os descaminhos da vontadepopular, que a Revolução precisou ser desdobrada,porque se impunha dar ao Governo, que dela emergiupara servir ao povo, instrumentos e podêres capazesde realizar as necessárias modificações de nossas ins-tituições e a decisiva aceleração de nosso progresso.

Posto que Castello Branco e Costa e Silvalograram alcançar a reorganização de estruturas eprocessos, que resultam no alcance dos mais promis-sores índices de crescimento econômico e de estabi-

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lidade política e social, a mim me toca' tudo fazer paraacelerar o ritmo desse crescimento, assim como tercoragem e imaginação para empreender mudançasessenciais à plena realização do ideal de bem-estardo povo, nos lugares e nos hábitos onde até hojeainda não chegou a Revolução.

A Nação é testemunha do empenho! de meugoverno, desde o seu primeiro dia, em dar pros-seguimento a todas as medidas que visem à progres-siva estabilização da moeda, à crescente expansãodo produto nacional e à mais justa distribuição darenda, de forma a que o Brasil seja, afinal, umtecido homogêneo de homens e terras, e não mais ochão de todas as desigualdades.

Muito me alentam os resultados obtidos, que seexpressam na confiança interna q externa, no forta-lecimento de nossa vida econômica, e agora tampemna convergência de propósitos dos novos governosestaduais e dos membros eleitos do Congresso e dasAssembléias Legislativas, dispostos à conjugação deesforços com o Governo Federal que resulte no alar-gamento e na consolidação da obra revolucionária.

No tempo decorrido entre estes dois últimosaniversários da Revolução, o trabalho de nosso povose fez sempre fecundo. O levantamento das ativi-dades do exercício passado revela um crescimentode 9,5% do produto nacional, que se torna maisexpressivo na constatação de que a taxa dç inflaçãofoi a mais baixa dos últimos anos, com dm déficitorçamentário tão insignificante que pôde ser fipan-ciado sem emissões. E, o que é ainda mais promis-sor, a receita de exportações se avizinha dos trêsbilhões de dólares, resultando em grande superávitdo balanço de pagamentos e em disponibi idade dereservas superior a um bilhão.

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Outros sintomas da expansão de nossa econo-mia são o desenvolvimento do mercado de capitais,o surto da petroquímica e as providências tomadaspelo meu governo para elevar o parque siderúrgiconacional a uma produção de 20 milhões de toneladas,em 1980, o que representará um incremento de 12%ao ano, dobrando, já em 1975, a produção das trêsmaiores usinas siderúrgicas do País.

Cumpre destacar também as perspectivas' darecuperação do Brasil no mar, pois o novo Planode Construção Naval, bem provido de recursose nas linhas da renovação seriada das encomendas,resultará na absorção da capacidade de nossos esta-leiros re na produção |le unidades de grande porte,de forma a garantir a participação crescente da ban-deira nacional na livre competição dos transportesmarítimos.

Os interesses nacionais também foram salva-guardados com a imposição de serem feitos noBrasil os seguros referentes ao transporte das mer-cadorias importadas e com as medidas realistas, quecomeçamos a tomar no sentido do mais fácil acessode nossa indústria à tecnologia importada, por meiode uma nova política de propriedade industrial.

ÍÉ imenso o esforço revolucionário quanto àinfra-estrutura de energia, transporte e comunica-ções. Não me refiro, apenas, à integração em mar-cha, entre todas as regiões e todos os brasileiros, nastorres de microondas que se plantam e nos caminhosque se abrem — nas mais adversas condições —para que os homens se falem, se encontrem e seentendam. Vejo o desafio de assegurar a energiasuficiente para que o Brasil, no ritmo dessa ascen-são, não tenha de parar amanhã. Por isso a Nação

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admira o esforço de seus filhos, que, ab:anônimos, constróem usinas elétricas nos r:tes, sondam o petróleo no fundo da terra edo mar, e atravessam longitudes, na des<verdade da geografia de nossos recursossobretudo do urânio, que haverá de nos aiemprego do átomo nas tarefas da paz .

Nunca em nossa História tanto se hiEducação e tanto avanço se fez, em digniprofessores, em construção de escolas, eirde ciclos e programas e em absorção de :nologias educacionais. Também muito mr(colheita no campo da educação de massa,MOBRAL conseguiu alfabetizar 560 mil braíH a 35 anos, inicialmente nas áreas urbanaem 6 meses de trabalho, que, em outrasestenderá às áreas rurais e a outras faixa

Se não me canso de dizer o meu prctudo fazer no, sentido da melhor distrirenda nacional, porque uma parcela signiipopulação não dispõe de recursos para ce a poupança, advirto que não devemosampliar, prematuramente, a distribuição, são crescimento. É que o consumo per ccresceria bastante e, além disso, resultarianuição da poupança, que proporciona os itivos de incrementar o produto.

Muito menos devemos pensar em tranconcentração de recursos, dos particularEstado, pois as atividades públicas e prhfinalidades convergentes e harmoniosas nada renda nacional e a validade e a oportucada setor só podem ser medidas em peficiência e produtividade.

78 —

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A fim de elevaif o nível de investimentos emáreas que atualmente não ofereçam atrativos natu-rais, o Governo vem procurando aperfeiçoar a mobi-lização de recursos internos, determinado a manteros incentivos fiscais e a fortalecer o mercado detítulos mobiliários, que, democratizando o capital,contribui para a prosperidade da empresa e da pró-pria Nação. A esse propósito, quero ressaltar quea crescente valorização das ações das empresas esta-tais testemunha a imensa confiança popular nas ati-vidades econômicas de natureza governamental.

Convencidos de que somente o aumento daprodutividade poderá elevar o padrão de vida dostrabalhadores, não voltaremos à política ilusória dosaumentos salariais inflacionários. Preferimos com-plementá-los com instrumentos, a um só tempo desentido humano e econômico — como o Programade Integração Social e o Programa de Formação doPatrimônio do Servidor Público.

Ao tempo em que se desenvolvem e se integramos núcleos de produção do País, preocupa-se oGoverno em qualificar e absorver o grande contin-gente de mão-de-obra disponível, especialmente noNordeste.

Em junho do ai^o passado visitei o povo nor-destino, cujas condições de sobrevivência a secaevidenciou serem qiiase trágicas. Afirmei que oGoverno Federal, muito mais preocupado com onordestino do que com o Nordeste, além da ajudade emergência, haveria de se empenhar na transfor-mação das estruturas sócio-econômicas 4 Por outrolado, constatei que, embora o Nordeste apresenteáreas de exploração agrícola e mineralógica, emexpansão paralela ap surto de industrialização, épreciso proporcionar aos homens das terras mais

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difíceis o acesso a áreas vazias do território nacionalde enorme potencial de colonização.

Assim, ao lado do Plano de Emergência da Seca,que assegurou trabalho e assistência a mais dê 500mil pessoas com a aplicação de 400 milhões de cru-zeiros — equivalentes à metade do déficit prça-mentário — o Governo criou o Programa de Inte-gração Nacional, dotado de recursos da ordem de2 bilhões de cruzeiros, entre 1971 e 19^4, cpm afinalidade de realizar grandes obras de infra-estru-tura nas áreas de atuação da SUDENE e dá SUDAM epromover sua mais rápida integração à economiado País.

Em outubro, testemunhei, no marco de Alta-mira, o início dos trabalhos da Transamazônica eassinalei que a construção da estrada deverá com-plementar-se com as atividades de reforma agráriae colonização, com a assistência e proteção à vidado homem, e também com o levantamento e a utili-zação das riquezas minerais, vegetais e ejnergéticasdesse imenso mundo em descoberta, fronteira novade nossa soberania.

Embora o Governo tenha estabelecido umafaixa inalienável de 10 quilômetros de cada ladoda rodovia, destinada ao programa de colonização,verifica-se uma corrida às terras devolutas, o queimpôs a decretação de novas medidas que ^ssegjirema posse da terra para os projetos governamentaisque já estão absorvendo os primeiros colorios viíndosdo Nordeste.

Dado que a metade da população brasileiravive no campo, compreendemos que os propósitosde integração nacional não haverão de prosperarsem o desenvolvimento acelerado da agricultura e da

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pecuária. Daí porque decidimos ampliar e melhorara assistência técnica $ creditícia, garantir os preçosmínimos, a armazenagem e o transporte, bem comoimpulsionar, vigorosamente, uma política de aumentoda produtividade. E também julgamos indispensá-vel voltar nossa atenção para o trabalhador rural,dando-lhe condições de sindicalização semelhantesàs1 do trabalhador urbano.

Todos os avanços que, ao longo destes anos,povo e Governo estanios realizando, estão a demons-trar que são duas as condições a satisfazer para oadvento do regime de vida que o nosso povo merece:segurança nacional capaz de sustentar um rápidodesenvolvimento econômico e social, e continuadavivência política, que associe Estado e vontadepopular.

Acreditamos estar o Governo assegurando apaz para o trabalho. Cumpre-nos a todos, e espe-cialmente à classe política, ter a consciência de quevivemos fem um país que não poderia continuarcopiando as experiências políticas alheias, posto quetem seus próprios problemas e imperfeições, e queestes problemas devem ser resolvidos e sanadas estasimperfeições, muito niais segundo as suas atuais eespecíficas realidades, do que no cotejo com outrosmodelos sociais.

No plano internacional, observamos, nos últimosanos, a tendência de redução do valor da ajudaexterna realizada pelas nações desenvolvidas. Preo-cupam-se em aplicar o seu potencial econômico ecientífico no sentido de atender aos seus problemasespecíficos, desatentas ao irrealismo de concepçãoestratégica formulada em termos nacionais, nestenosso universo já quase sem fronteiras.

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Por outro lado, nos países socialistas, por £ulpada rigidez — incompatível com a dinâmica do mundode hoje — de seus dogmas e doutrinas, desdobra-sea crise ideológica, ao tempo em que se difunde umaguerra revolucionária, que busca implantai], pel^ vio-lência, concepções que não mais se podem impor pelaqualidade de sua substância.

Nenhuma nação, por mais forte qufe seja, con-seguirá o domínio do mundo, nem tampouco nele seisolar. Cremos ser inútil qualquer arremêcfo imp^eria-lista, como todo isolacionismo jacobinista. Assim,não vemos outra forma de emergir das dificuldadesque, não somente nos inquietam, mas que desafiamos países ricos, senão a de promover o desenvolvi-mento em dimensões mundiais.

Só compreendemos o desenvolvimento em bene-fício do homem e alcançado pelos caminhos cl[ue orespeitem, que o exaltem e que o dignifiquem. Énossa profunda convicção que não se dev^m pouparos princípios éticos como se poupam os recursosmateriais, sob a justificativa de increment4-los. Nãoexiste economia no plano moral.

E, interpretando como sendo este também umdos fundamentos de grandeza da civilização brasi-leira, não podemos ficar neutros na luta entre asdemocracias e os regimes de violência contra ohomem, assim como asseguramos nossa decidida par-ticipação no esforço de eliminar as desigualdadesentre as nações.

Meu governo, buscando sempre a harmoniacom os podêres Legislativo e Judiciário, de acordocom os mandamentos constitucionais, identificadocom a vontade dos homens e mulheres de todas asidades, é com a abnegação das Forças Armadas

i

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integradas ao povo a que servem, confia em que aRevolução de Março de 1964 haverá de ficar naHistória como o tempb em que se construiu a gran-deza deste País.

(Pronunciamento lido pelo Presidente MÉDICI, em rede de rádio etelevisão, no 7" aniversário da'Revolução, no dia 31 de março de 1971).

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O GRANDE DIA DA ESPERANÇA

"Que o Dia do Trabalho seja para iodos o grande

dia da esperança, porque o amanhã melhor, que quere-

mos e havemos de alcançar, surge sob as bênçãos de

Deus, do nosso trabalho e pelo nosso trabalho, como

jôrça perene de engranuecimento do Brasil."

ESTE Primeiro de Maio, ao assinar o Decretoque fixa novos níveis do salário mínimo, meu pensa-mento e meu coração se voltam para todos os que,na cidade ou no campo, ajudam o Governo e cola-boram na construção do Brasil renovado pela Revo-lução de Março.

Contemplo, de norte a sul do País, a luta detodos vós, marcada pela dedicação, capacidade detrabalho e confiança np futuro, assim como pelo espí-rito de fé e perseverança, que fazem vossa grandezamoral e transformam cada um em ativo e indispen-sável participante do desenvolvimento nacional.

Meu governo tem falado sempre a palavra daverdade e da franqueza. iNão promete senão aquiloque pode fazer e já está fazendo. Não acena coma alta ilusória dos salários, sempre acompanhada pelaalta maior dos preços, nem com a miragem de bene-fícios demagógicos, para angariar clientela eleitorale trair, em seguida, as expectativas assim despertadas.

Entretanto, os números e os fatos aí estão parademonstrar que o Governo da Revolução é umGoverno preocupado com a sorte dos trabalhadorese o seu bem-estar, presente e futuro.

O Programa de Integração Social, em início deexecução e cujos frutos, a médio e longo prazos,humanizarão as relações entre empregados e empre-

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gadores, promove socialmente cada um e, fortalecendoa empresa, valoriza o trabalho, pela sua permaiienteparticipação no produto nacional, que está crescendoem proporções jamais alcançadas.

Ampliando-se, como se ampliou, a açãb sindical,de acordo com plano objetivo e prático, pfomoye-sea progressiva transformação do sindicato em órgãode assistência ao operário e sua família. Os resultadosdessa política já se fazem sentir no aumento donúmero de sindicalizados e na conduta de seus diri-gentes, assim se promovendo a instauração no Brasilde nova mentalidade sindical, voltada exclusivamentepara o bem-estar dos associados e para a harmoniaentre as classes sociais.

A Justiça do Trabalho, órgão tutelar de vossosdireitos, ganhou, num só ano, maior número dê tri-bunais de primeira instância do que na últiilna décadade sua existência.

E em 1970 concederam-se a filhos de trabalha-dores sindicalizados bolsas de estudo ein númerosuperior ao dobro das que foram distribuídas nos doisanos anteriores.

Merece registro e reconhecimento, por outrolado, a cooperação dos sindicatos na expansão dosserviços de atendimento médico aos segurados daPrevidência, tanto mais quanto é sabido que, íiessesetor, ainda se enfrentam dificuldades e problemas,para cuja solução é indispensável, além do concursode todos os interessados, a coragem de erradicarvícios e falhas, que, no decorrer do tempo, desviaramo sistema de seguridade social de suas finalidadesbásicas.

Mas o fato novo que deve ser assinalando no Diado Trabalho e há de marcar o segundo ano de meu

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governo, é o Programa de Assistência ao Trabalha-dor Rural.

Pela primeira vep, na história deste país, dar-se-á ao homem do campo aquilo que nunca lhe foraconcedido: aposentadoria, auxílio-invalidez e pensão,além de outros benefícios para a proteção de suasaúde e estabilidade de sua posição social. Levar-se-ão ao campo, de maneira concreta, e não comosimples promessa, melhorias reais, suprimindo-se adesigualdade de tratamento, que até agora concen-trava na cidade a maior soma de medidas tutelaresdos direitos do trabalhador.

É assim que a Revolução de Março vai, a poucoe pouco, atingindo seu ideal humanista, criando novasestruturas e erguendo, pela concórdia entre empre-gados e patrões, pelo equilíbrio entre o capital e otrabalho, pela promoção social do trabalhador, umBrasil diferente do passado, um Brasil mais justopara cada um dos brasileiros.

Que o Dia do Trabalho seja para todos o gran-de dia da esperança, porque o amanhã melhor, quequeremos e havemos de alcançar, surge sob as bên-çãos de Deus, do nosso trabalho e pelo nosso tra-balho, como força perene de engrandecimento doBrasil.

(Pronunciamento feito pelo Presidente MÉDICI, através de rede na-cional de rádio e televisão, no dia l* de maio de 1971).

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ÍNDICE DE NOMES E ASSUNTOS

Aço, e atividade industrial nósanos de 1970 e 1971 — 43.

AGENTES da subversão tiverampassos barrados, não se pe|r-mitindo continuassem a agir, àsombra das franquias democra-ticas, assim a solapar as pró-prias bases do regime — 511

AGRICULTURA, não prosperará oPaís sem o seu desenvolvimen-to acelerado — 80.

ALTAMIRA, o marco do início daTransamazônica — 80.

AMAZÔNIA •— assistimos ao seudespertar — 33.

ANO DE 1970, dois fatos o po-deriam haver tornado um dóspiores de nossa história: ageada que em 1969 fez o dr£-ma dos cafèzais e a seca, qua-se todo o ano, calcinando oNordeste — 32. ... Começa-mos a viver nele o tempo deharmonia entre o desenvolvi-mento e a justiça social -p32. ... Em 70, concederam-se a filhos de trabalhadoressindicalizados bolsas de estu-dos em número superior ao do-bro das distribuídas nos doisanos anteriores —• 90.

ANO DE 1971, seja, senão melhor,pelo menos como o que ter-mina, de mudanças tão pro-

fundas — 31. ... Chega oPaís a 1971 com a menor taxade inflação dos últimos dozeanos; com grande volume dereservas externas; a maior re-ceita de exportação de toda asua História; e um dos maiselevados índices de crescimen-to econômico do mundo inteiro— 32. ... Será 71 um anode marcante expansão indus-trial — 34. ... Será amplia-do nele o sistema creditíciotambém à Amazônia — 69.

ARENA, votando em seus can-didatos, o povo, em ordem eliberdade, mais uma vez sepronunciou, de modo consa-grador, em prol da políticarevolucionária — 52. ... Nãoregateou ao Presidente, emnenhum momento, a colabora-ção que lhe tem solicitadopara a continuidade da obrarevolucionária — 53. ... Re-cebe a homenagem que lhe éprestada pelo partido a quetem a honra de presidir, emcaráter honorário, como provaa mais da completa afinidadeentre ele e o Chefe do Go-verno —• 53.

ARMAZENAGEM, será ampliada emelhorada pela assistência téc-nica e creditícia à agricultura— 81.

ASSEMBLÉIAS Legislativas, novosmembros eleitos dispostos a

— 93

conjugação de esforços com 6Governo Federal, para alarga-mento e ampliação da obrarevolucionária — 76.

ASSISTÊNCIA técnica e creditícia,ampliada e melhorada, paragarantia de preços mínimos,transportes e incentivar o au-mento da produtividade nacio-nal — 81.

B

BANCO do Brasil, com o amparoda Resolução n' 145, criou38.309 empregos, com a apli-cação, tão-somente, de Crf 40milhões — 69.

BRASIL, certeza de que se estáconstruindo nele uma socieda-de livre e generosa — 12.... Servir a Minas é engran-decê-lo — 17. ... A fideli-dade a seu destino, a partirde março de 1964 — 17.... Bem o servindo o povo •—19. ... A sua grandeza geo-gráfica é mais tangível e maisdo lado do homem à medidaem que se descobre e aproximaas suas fronteiras desconheci-das — 25. ... Possam asvigílias de sua missão ajudara vinda de natais sempre maisfelizes para ele e o povo —26. ... A ele se tenha no pen-samento na hora de votos evaticínios da passagem do AnoNovo — 31. ... Está conven-cido de que começamos a co-lher agora o que plantaram astransformações econômicas, po-líticas e sociais feitas desde1964 — 32. ... Faz-se certezaa esperança em seu grande des-tino — 32. ... Crê firmemen-te que 1971 será ainda maisfeliz para a Nação — 33 e35. ...Dirige-se aos homensde empresa de seu país paraexpor-lhes as coordenadas desua política industrial — 41.... A implementação de pro-

grama sideeúrgico revolucioná-rio fará do Brasil, dentro deuma década, uip dos jgrandesprodutores de aço do mundo— 44. . ..E iirá êlej a ser,afinal, um tecido homogêneode homens e terras, e não maiso chão de todas as desigual-dades — 76. ...Destaca,ainda, as perspectivas da re-cuperação do Brasil no mar— 77. ... Foram salvaguar-dados pela Revolução os in-teresses nacionais pela políti-ca de fretes m|arítimo$ e me-didas realistas para o acessoà tecnologia importada e novapolítica da propriedade indus-trial — 77. . j .Quer i assegu-rar a energia necessária paraque o País, em seu ritmo as-censional, não tpnha que pararamanhã — 77. ... Pensa, noPrimeiro de Maio, e^n todosos que, na cidade ou no cam-po, ajudam a construir o Brasilrenovado pelai Revolução —89. ... Os resultados, da po-lítica trabalhistf revolucionáriajá se fazem sentir na instaura-ção de nova ifaentalid|ade sin-dical, voltada para o bem-estardos associados i e a harmoniaentre as classes sociais — 90.... O amanhã surge como for-ça perene de pngran4ecimentonacional — 9Í. ... Com umBrasil diferente do passado,mais justo para cada um dosbrasileiros — 91.

CÂMARAS Legislativas, muito es-pera delas renovadas, que opovo remoçou l em mais de suametade — 35.

CAMPO, continua fiel ao espon-tâneo compromisso de reali-zar a revolução nele — 33.... A integração do interiornó desenvolvimento s!e faz le-vando-lhe, entre outras coisas,

•94 —

a assistência médica e a pre-vidência rural — 59. ... Ipes-de os anos 50, nosso esforçodesenvolvimentista é predomi-nantemente Industrial e dese-quilibrado em relação ao cam-po, no qual está a maioria1 denós mesmos (mais de 50%),do qual vem a alimentaçãp esai a parte mais valiosa, denossa pauta de exportações— 60. ... Fazendo a revo-lução no campo, há de se 'su-prir as necessidades de nossoimenso contingente humanei ede ajudar a humanidade sçm-pre mais faminta — 60. |

CASTELLO Branco — 75.

CHEFE de Estado, traz à famí-lia brasileira a sua homena-gem, menos na condição pas-sageira de Chefe do Govêfnodo que na permanência j dochefe de família de toda umaexistência — 11. ... Quer di-zer à família, como Chefe 'deEstado, a sua compreensãopor ela — 11.

CHEFE do Segundo Governo 'daRevolução, com inauguraçãode fábrica lhe presta, em VoltaRedonda, merecido tributo ,—44. '

CIDADE e campo, mediante deci-são corajosa, a cidade ajudao campo, como o campo vemajudando a cidade, através deprograma de assistência aotrabalhador rural — 61.

CIÊNCIA e tecnologia, seus feitossão os responsáveis capitaispelas modificações que hoje !seregistram, em proporções imen-sas — 49.

CLASSE política, cumpre-lhe tera consciência de que vivempsem um pais que não podeijiacontinuar a copiar as experi-ências políticas alheias, pôs'toque tem seus próprios proble-

mas a resolver e imperfeiçõesa sanar — 81.

COMPANHIA Siderúrgica Nacio-nal — 43.

CONGRESSO Nacional, submete-lhe projeto de lei para o am-paro ao trabalhador rural, pe-dindo sua colaboração — 60;61; 76.

CONSUMO per capita, sem me-lhor distribuição da renda na-cional, não cresceria bastante,e resultaria em diminuição dapoupança ou na penúria —78.

CONSELHO Monetário Nacional,comparecendo a sua sessão es-pecial, tem o objetivo de rei-terar-lhe a elevada prioridadeque o Terceiro Governo daRevolução dá ao desenvolvi-mento da agropecuária e àrecuperação do atraso econô-mico do Norte e Nordeste —67.

COSIPA — 43.CONSTITUIÇÃO — 61.

CONSTITUIÇÕES da República,em todas elas, o legislador in-terpretou anseios da alma bra-sileira, no mandamento de queo povo é a fonte legítima dopoder — 75.

CORRUPTOS e corruptores, foi-lhes movida guerra sem tré-guas, trancando-lhes as portasao locupletamento ilícito e aosartifícios fraudulentos, em pre-juízo da administração pública— 51.

COSTA e Silva — 75.

CRÉDITO barato, para a retençãodo homem no campo e promo-ver a resistência das proprie-dades rurais a novas intempé-ries, por meio de novos inves-timentos — 68.

— 95

CRESCIMENTO econômico, com osmais promissores índices nosdois primeiros Governos daRevolução — 75.

D

DESENVOLVIMENTO, necessidadede conjugar crescente eficiên-cia ao desenvolvimento acele-rado, mediante a incorporaçãoda nova tecnologia e a con-quista de novos mercados in-ternos e externos, reclamandodo Governo e da iniciativaprivada uma atitude inovadora— 42. ... Só compreende odesenvolvimento em benefíciodo homem e alcançado peloscaminhos que o respeitem,exaltem e dignifiquem •— 82.... Não vê outra forma deemergir das dificuldade que,não somente nos inquietam,mas que desafiam os países ri-cos, senão a de promover, ade permitir o desenvolvimentoem dimensões mundiais — 82.... À nova etapa do desen-volvimento nacional, que orase inicia, assentará na implan-tação de um sistema dinâmi-co, capaz de promover, emnível compatível com as nossasexigências, o crescimento dosetor industrial em 1971 e sus-tentá-lo de maneira continuadanos anos vindouros — 41.

DEMOCRACIAS, populares, que sequeria instituir entre nós, pa-rodiando frase célebre, nemeram democracias e nem po-pulares — 51. ... Não pode-mos ficar neutros na luta entreas democracias e os regimesde violência contra o homem— 82.

DESIGUALDADES entre as nações,será combatida pela nossa de-cidida participação no esforçopara eliminá-las — 82.

DEUS, o amor a, — 11. ... Ape-la a todos os homens que, junto

às nossas preces no presépiodo Deus-Servidor, deixemosficar o propósito de melhor tra-balho — 25. .'..E deixemosjunto à manjedtmra dó Deushumilde, o compromissol de nosdarmos todos a0 esfôrçp maiorda integração nacional — 26.... Tem nas mãos a esperançanos milagres da compreensão,que nos inspira' o DeAs-Amor— 26. ... E sé dobrai, diantedo berço do peus-Mçnino, edos sinos que | anunciam seuNascimento outía vez para sal-var-nos — 26, ... Entende,na festa de Natal, a 'unidadeentre Deus e o'homeml — 26.... Devemos agradecer! a Deuse aos homens, p ano ique ter-mina (1970) -r 31. t . . Pedeinspiração a Deus, para quepossa merecer a confiança dopovo — 35. ' . . . O ' amanhãmelhor, que qúeremoi alcan-çar, surgirá sob; as bênçãos deDeus — 91. |

DIA do Trabalhei, o fa^o novoque nele deve j ser assinaladoe há de marcar] o segundo anode seu governo é o programade Assistência ao TrabalhadorRural — 9 1 . ' . . . Que o diaPrimeiro de Maio sfeja paratodos o grandp dia da jspe-rança no amanhã melhor quequeremos e haveremos de al-cançar — 91.

BEMPRESAS estatais, ressalta a

crescente valorização das açõesdas empresas ' estataià, o quetestemunha a ilmensa confiançapopular nas atividades econô-micas de natureza governa-mental — 79.r

EMPRESÁRIO e | Governo, cabeàquele identificar as oportuni-dades de investimento e deci-dir sobre a execução dos ne-cessários projetos — ' 4 2 . ...

96 —

As relações entre Governo eempresários, após a Revoluçãode 31 de Março,-e sobretudo,nos dias que correm, autori-zam-nos a ser otimistas no queconcerne aos resultados dessaconjugação de esforços — 42.... Os empresários respondemao tentador desafio de nossodesenvolvimento industrial —42. . . .Não pensamos 'emtransferir a concentração l derecursos, dos particulares pprao Estado, pois as atividadespúblicas e privadas têm fina-lidades convergentes e harmo-niosas na formação da rendanacional — 78.

EDUCAÇÃO, espera que as refor-mas básicas iniciadas no cam-po da educação frutifiquem &m1971, com a profissionalizaçãodo magistério e o funciona-mento, a partir de julho, de300 ginásios orientados para, otrabalho — 34. ...Sente quea grande revolução educacio-nal virá agora, na passagemda velha orientação propedêu-tica da escola secundária : auma realística preparação paraa vida — 34. ... Nunca emnossa História tanto se inve!s-tiu em Educação e tanto avan-ço se fez, em dignificação deprofessores, em construção deescolas, em mudanças de ciclose programas e em absorção denovas tecnologias educacionais— 78.

ESPORTE, apoio aos anseios deafirmação cultural dos jovense a criação de oportunidadespara a realização total de suapersonalidade, até mesmo npesporte — 35.

ESTRELA de Belém — pede apDeus-Amor para que ilumine 9caminho dos enganados, doNatal sem sinos e sem Estrelade Belém — 36.

ESTABILIZAÇÃO da moeda, a Na-ção é testemunha do empenhode seu governo em levar àprogressiva estabilização damoeda — 76.

ESTABILIDADE, a ação dos gover-nos da Revolução resultou noalcance dos mais promissoresíndices de estabilidade políticae social — 76.

EXPORTAÇÃO de produtos siderúr-gicos já iniciada por nós —43. ... Produzimos mais de90% da atual demanda inter-na e já exportamos, em 1970,75 milhões de dólares para 42países •— 44.

ESTADO, e Família, sua compreen-são de Estado não pode substi-tuir-se à de Família, nem pe-netrar a essência de sua inti-midade, mas é de seu deverdar-lhe apoio e proteção paraque nela o homem recolha assementes de sua realização in-dividual e os ideais de cumprirsua vocação como povo — 12.... Sem avanço nos resultadosde disciplinamento das relaçõeshumanas, quer na comunidade,quer no Estado, o potencial deenergia que o progresso cien-tífico e tecnológico oferece nãorenderá, todavia, em favordessas aspirações, tanto quantoé lícito esperar — 50.

FORÇAS Armadas, os rumos con-trários às aspirações nacionais,marcados de desmandos admi-nistrativos e demagógicos, le-varam o povo e as ForçasArmadas a fazerem a Revolu-ção, cujo T> aniversário oracomemoramos — 75. ... Coma abnegação das Forças Ar-madas integradas ao povo aque servem, confia em que aRevolução de Março de 1964haverá de ficar na História

— 97

como o tempo em que se cons-truiu a grandeza deste país— 83.

FRENTES de Trabalho, forammbertas para o combate ime-diato, a curto prazo, ao flageloda seca no Nordeste, assimevitando a fome e o desem-prego — 68.

FUNRURAL (Fundo de Assistên-cia ao Trabalhador Rural), seuprojeto de lei enviado ao Con-gresso Nacional — 60.

FÁBRICA de Perfis Soldados «Pre-sidente Costa e Silva», suainauguração em Volta Redon-da — 41.

FAMÍLIA, no dia 8 de dezembro,que lhe é consagrado, leva àfamília brasileira a sua home-nagem — 11. ...Encontranela a vocação da solidarie-dade e da justiça, da sereni-dade, do consenso e da paz— 11. ... Vê na família o fio<3e que se tece a sociedade,encontra nela a certeza de es-tarmos construindo, no Brasil,uma sociedade livre e generosa— 12.

COVERNOS municipais e estaduais,agindo (a Revolução) com efi-cácia foi possível, assim, assis-tir os governos municipais eestaduais — 68.

>GovÊRNO, compete-lhe criar con-dições que permitam, em ter-mos de infra-estrutura e de in-centivos adequados, a transfor-mação dos projetos em realida-de — 42. ...Por seus órgãostécnicos, ele se reorganiza, afim de enfrentar a nova etapade nosso desenvolvimento —42. ...Dois são os objetivos<3e sua ação no setor siderúr-gico: colocar suas empresas

em níveis adequados dfe pro-àuçâo e de custos e oferecer,assim, â iniciativa privada todoo apoio para a | realização deseus programas -p 44. .. .Con-fia ele, para o êxito íntegra!de seu empreendimento,' na ca-pacidade executiva dafe suaspróprias empresas — 44. ...Não basta expandir as (funçõesdo Governo, mas é preciso deigual modo fortalecer d poderpúblico — 50.! ...Relaçõesentre Governo «| forças; políti-cas, que o apoiam, afastam amais remota possibilidade de seabalarem os fundamentos dosistema revolucionário i— 52.... Acredita esfar o Çovêrnoassegurando a paz para o tra-balho — 81. ...Seu governotem falado sempre a 'palavrada verdade, nêol acenando comaltas ilusórias l dos $alMos,

sempre acompanhadas pela altamaior dos preços — 89....Números e 'fatos aí estãopara demonstrar! que o! Gover-no da Revolt çj}o é preocupa-do com a sorte dos trab3'ha-dores e o seu bem-estar, pre-sente e futurj -^89.

GOVERNO e povo, todos os avan-ços, ao longo desses três anos,que o povo e ' Governo estãofazendo, levam! a duas con-dições a satisfazer para o ad-vento do regime de Vida queo nosso povo merece: seguran-ça nacional para sustentar rá-pido desenvolvimento e vivên-cia política que| associç Estadoe vontade popular — 81.

liISOLACKDNISMO, cremos sW inútil

qualquer arremedo imperialista,como todo iso(acionismo jaco-binista — 82. i

INCENTIVOS fiscais, a fiin de ele-var o nível de investimentosem áreas que atualmente não

98

ofereçam atrativos naturais] oGoverno vem procurando aper-feiçoar a mobilização de re-cursos ir.ternos, determinado1 amanter os incentivos fiscais

79

INDÚSTRIA, a ação do Governono campo industrial alicerçaLsena ponderada distribuição dasresponsabilidades pelo nossoprocesso de desenvolvimento— 42. ... Ninguém desconheceo papel que desempenha a si-derurgia no desenvolvimentoindustrial, globalmente encafa-do, sobretudo, quando este .seefetua a taxas elevadas, comojá é o nosso caso — 43.

IJUSTIÇA do Trabalho, órgSo tu-

telar dos direitos dos trabalha-dores, ganhou, num só ano,maior número de tribunais deprimeira instância do que naúltima década de sua existên-cia — 90.

JUVENTUDE, pretende estimular,ao máximo, a sua participaçãona vida do País, como já te^rndado provas a chamar gentsmoça para postos de respon-sabilidade — 34. ... Cuidará,nesse sentido, de iniciativas jáconsagradas, como os ProjetbsRondon e Mauá — 34.

JESUS, renova sua confiança noshomens de seu povo, que sótem olhos de entender Jesus— 25. ...De Natal a Nat^l,seus olhos se iluminam paiaque sempre se encontrem coinJesus — 26. l

LIBERDADE, não vale, por outrolado, assegurá-la, por mais qu|e,em princípio, esta se deva res-peitar, aos que a coloquem 'aserviço de fins anti-sociats— 51.

M

MARCONDES Filho, General Gen-til, Comandante da GuarniçãoMilitar de Belo Horizonte— 17.

MERCADO de capitais, sintoma deexpansão de nossa economia éo seu desenvolvimento — 77.

MERCADO de títulos mobiliários»Governo resolveu fortalecer,democratizando o capital e con-tribuindo para a prosperidadeda empresa e da própria Na-ção — 79.

MINISTÉRIO, convocada a sua pri-meira reunião do ano de 71,para o exame de importantesmedidas de interesse para aNação — 59.

MOBRAL, no campo da educa~5r>de massa, ele conseguiu alfa-betizar 560 mil brasileiros, de14 a 35 anos, inicialmente nasáreas urbanas e apenas em 6meses de trabalho, o que, emoutras fases, se estenderá à*áreas rurais e a outras faixasetárias — 78.

NNAÇÕES desenvolvidas, tendera»

nos últimos anos, a reduzir ovalor da ajuda externa, apli-cando seu potencial econômicoe científico no atendimento aospróprios problemas específicos— 81. .. .Desatentas ao irrea-lismo da concepção estratégicaformulada em termos racionais,neste universo já quase seráfronteiras —• 81.

NORDESTE, Governo quer desen-volvê-lo — 67. ... Muito maispreocupado com o nordestinodo que com o Nordeste, alémda ajuda de emergência (paraa seca), há de se empenharna transformação das estrutu-ras sócio-econômicas — 79.... Projetos governamentais na

— 99

Transamazônica já estão ab-sorvendo os primeiros colonosvindos do Nordeste — 80.

NORTE, o Terceiro Governo daRevolução dá prioridade ã re-cuperação do seu atraso eco-nômico — 67.

NATAL, de Natal a, leva-se adian-te a tarefa de todos nós deajudar a Nação a descobrir eaproximar as suas fronteiras —25. ... Nas alegrias de nossoNatal, pensemos nos homensórfãos de Natal — 25. .. .Quese iluminem os caminhos dosque procuram o Natal sem si-nos, sem árvore, sem presépio— 26.

países, como os socialistas —51. r 1

ORDEM jurídica, reconhecida pelaopinião pública, de modf> ine-quívoco, nas eleições, a sualegitimidade e validade ' revo-lucionária — 52.|

ORDEM social, é possível remo-delá-la mediante a satisfaçãode aspirações, que outroíra so-mente eram fonauláveis peloser humano em caráter utópico— 50. .. .Nada ke conseguirá,a deepeíto do progresso cien-tífico e tecnológico! sem o dis-ciplinamento das l relaçõfs hu-manas na comunidade e £0 Es-tado — 50. r

O

OFICIAL, jovem, diz-lhe a expe-riência o que o faz alcançar aconfiança de seus subordinadose chefes: o exemplo e o amorà responsabilidade; a iniciativaaliada à disciplina; a energia,a sensibilidade, a coragem fí-sica e moral — 18. ...Masque se previna contra tudoque corrói a alma humana edenigre e anula o soldado: ainércia, a preguiça, a covardia,o comodismo, a indiferença, oinconformismo, a maledicência,o aleive e a frustração — 1 8 ....Na hora da sagração dosnovos oficiais da Polícia Mi-neira, quer lhes dizer que arealização profissional do sol-dado resulta do dever bemcumprido no coração de cadaum — 18.

ORÇAMENTO, graças à Revolução,tem hoje um déficit tão insig-nificante que pôde ser finan-ciado sem emissões — 76.

ORDEM democrática, é possível agrupos minoritários, contra aopinião dominante, arrasá-la,como se tem visto em outros

PAÍSES socialistas, a braços comcrise ideológica, Ipor culpa darigidez de seus dogmas e dou-trinas, incompatíveis na verda-de com a dinâmica do imundode nossos dias -t- 82.

PASSADO, não mais, haverá qual-quer possibilidade de regresso,entre nós, ao passado -+- 53.

PASSAGEM do ano, ,não cabe nelao relato de tudo o que pôdefazer o povo tjrasileirp, em

• cada um dos setores de nossavida administrativa -L 32.... Mas se apontje, ao | menos,o notável aumento da produ-ção agrícola, a l expansão dostransportes, das | telecomunica-ções, da capacidade energética,das pesquisas minerais è o es-forço de alfabet^zação j— 32.

PATRIMÔNIO do Servidor público,Programa de sua Formação —79. T

PECUÁRIA, espera |im seu i grandeimpulso, estimulada pelo des-congelamento dos preç'os —

84. ... Ser-|he-ã assegura-da a assistência técnica e agarantia de preços ínínimos— 81.

100

PETRÓLEO, é hoje, sondado até |nofundo do mar — 78.

PLANO de Metas e Bases para aAção do Governo, cumprpáaquilo a que se propôs nele— 33.

PODÊRES Legislativo e Judiciário,de acordo com os mandamçn-tos constitucionais, sempre emharmonia com o atual Govêrjno— 82.

POLÍCIA Militar, de Minas Gerais,escolheu-o como paraninfo idesua turma de aspirantes a ofi-ciais — 17.

POLÍCIAS militares, forças auxilia-res, reservas do Exército, sãomantenedoras essenciais datranqüilidade pública nos Es-tados, esteios da lei e da or-dem, participes de nossa se-gurança interna — 17.

Povo brasileiro, alenta-o a messefeliz de seu trabalho ao longodo ano de 70 — 33. ...De-seja agradar à sua confiança epede a Deus merecê-la sem-pre—35.

PRESIDENTE da República, emidentidade de propósitos com oPartido Majoritário, da Revo-lução — 53.

PRINCÍPIOS éticos, não devem serpoupados como os recursosmateriais, pois, não há eco-nomia para o plano moral .—82.

PROGRAMA de Assistência j aoTrabalhador Rural — 91.

PROGRAMA de Integração Nacio-nal foi dotado de recursos j daordem de dois bilhões de cru-zeiros, entre 1971 e 1974, pfiraas grandes obras de infra-es-trutura nas áreas da SUDEJNEe da SUDAM — 80.

PROGRAMA de Integração Social,com linhas especiais de crédi-

to, para a reformulação tari-fária, o fortalecimento do mer-cado segurador e a melhoriada absorção da tecnologia ex-terna, a ser obtida com a mo-dernização do órgão oficial demarcas e patentes — 34. .. .Eainda: pp. 79 e 89.

R

RECURSOS minerais, são desco-bertos, atravessando-se as dis-tâncias na busca da verdadede nossa geografia — 78.

REIS Magos, Natal dos sem eles,devemos lembrar — 26.

RENDA nacional, tudo fará paraser melhor distribuída, poruma parcela bem mais signifi-cativa de brasileiros — 78.

REVOLUÇÃO de Março, a partirdela, o Brasil se tornou fiel àsua destinação histórica e geo-gráfica de grande nação —17. .. .Trás conjugação de es-forços entre empresários e Go-verno — 42. .. .Ela se propõe,antes de tudo, a reformular oscostumes administrativos e po-líticos — 51. ...Comungandoem seus ideais, jamais o povo,através do voto, recusou apoioà sua filosofia político-admi-nistrativa — 52. .. .O produtonacional cresceu de 9,5%, osuperávit do balanço de paga-mentos aumentou e as reservasexternas foram a mais de umbilhão — 76. ...E' imensoo esforço revolucionário quan-to a estrutura de energia,transporte e comunicações —77. ... A Revolução de Marçoficará na História como o tem-po em que se construiu agrandeza do Pais — 83... .Vai ela, a pouco e pouco,atingindo seu ideal humanista,criando novas estruturas e umpaís mais justo para todos osbrasileiros — 91.

— 101

SALÁRIO, não voltaremos mais àpolítica ilusória de seus aumen-tos fictícios - — 7 9 . ...Só oaumento da produtividade po-derá elevar o padrão de vidado trabalhador — 79.

SECA, algumas vezes, fatores ad-versos impedem e interrompema mais rápida evolução doprogresso econômico e da me-lhoria social objetivada, comofoi o caso da penosa seca queafligiu a região nordestina em70 — 67. ...Plano de Emer-gência da Seca assegurou tra-balho e assistência a mais de500 mil pessoas, com a apli-cação de 400 milhões de cru-zeiros, a metade do déficitorçamentário do ano — 80.

SEGURANÇA econômica mundial,cria-se as bases de seu siste-ma, ampliando-se a capacidadecompetitiva dos produtos, adistribuição mais justa dos be-nefícios do desenvolvimentocientífico e a mudança dasregras de convivência interna-cional, para a garantia da paze do progresso de toda a hu-manidade — 33.

SEGURIDADE social, viu os víciose falhas, erradicando-os e sendoreintegrada em suas finalidadesbásicas — 90.

SIDERURGIA, o Governo se reor-ganizou, por seus órgãos téc-nicos, para o fortalecimento ea racionalização da expansãosiderúrgica nacional — 42.... De 500 mil toneladas deaço por ano, em 1970, proje-tou-se produção de 20 milhõesde toneladas para 1980, 4 ve-zes mais a atual produção esete vezes a de 1964. .. .1970foi o ano do planejamentodessa produção e 1971 será ode sua realização inidal — 43.

102 —

SINDICATO, a Revolução o va-lorizou — 33. [ . . Promoveusua progressiva transformaçãoem órgão de assistência aooperário e sua família (o quejá leva a sentir] o aujnentodos trabalhadores sindicaliza-doe), cooperando] com aj Pre-vidência na expatisão dos ser-viços médicos e assistifnciais— 90.

SOLIDARIEDADE continental, busca-mos o seu fortalecimento, amea-çada pela irracionalidade daviolência — 33.

SUDAM e SUDENE, õ desenvolvi-mento das respettivas .áreas,nos últimos anos, indica cla-ramente que estamos trilhandoo caminho certo -1—67.

TERCEIRO Governo da Revolução,povo expressou nas urnas seubeneplácito à diretriz que, emtodos os setores, p vem guian-do — 52. ... Empresta eleva-da prioridade aos | setores l agro-pecuários e à recuperação doNorte e Nordeste! — 67!.

TKABALHADOR Rural, Programade Assistência ao, sua iristitui-ção foi encaminhada ao j Con-gresso, através de projeto delei — 59. ... É' necessárioconsiderar o homem do campocomo a primeira i das nossasinfra-estruturas básicas -4- 59.... Trata-se de instituir pro-grama de assistência especialao trabalhador rural e seusdependentes, atrayés do Fundode Assistência ao TrabalhadorRural, o FUNRUJRAL -4 60.... Terá o trabalhador ruralcondições de sind^calização se-melhantes às do trabalhadorurbano — 83.

TRANSAMAZÔNICA, a sua constru-ção deverá complementar-secom as atividades da reforma

agrária e a colonização •—80. ...Novas medidas vãoassegurar a posse da terra aosprimeiros colonos emigradosdo Nordeste — 80.

TRANSFORMAÇÕES sociais, Jamaisforam tão rápidas na História,como em nossos dias — 49.

U

USIMINAS — 43.USINAS elétricas, são construídas

por brasileiros abnegados , eanônimos, nos rios distantes78.

VVIVÊNCIA política, nunca chegçiu

a corresponder, entre nós, iasreais aspirações e aos interês-

C

t-

sés nacionais, marcada pelosdesmandos administrativos edemagógicos e levando o povoe as Forças Armadas a faze-rem a Revolução, cujo 7* ani-versário ora se comemora —75.

VOLTA Redonda, não poderia ha-ver local mais propicio para oprimeiro pronunciamento doGoverno sobre a Indústria doque na extraordinária VoltaRedonda — 41. ...Pujantecentro de produção de aço,segundo um historiador, marcaa civilização moderna, é umdos indícios mais seguros dodesenvolvimento de um povo— 41.

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S U M Á R I O

As Sementes da ContinuidadeLegenda Gloriosa •

Tarefa de Todos Nós

RenovaçSo do Tempo e da EsperançaPassos Decisivos

As Relações de ConfiançaUma Vida Melhor

A Enorme Tarefa

Tempo de Construir

O Grande Dia da Esperançafndice de Nomes e Assuntos .

Págs.

7

13212737455563718593

Este livro foi composto no Departamento de ImprensaNacional, em setembro de 1971, para a Secretaria de Imprensada Presidência da Repú\blica.