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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL RELATÓRIO Nº : 175763 UCI 170130 : CGU-Regional/RJ EXERCÍCIO : 2005 PROCESSO Nº : 52600.000510/2006-15 UNIDADE AUDITADA : INMETRO CÓDIGO : 183023 CIDADE : RIO DE JANEIRO UF : RJ RELATÓRIO DE AUDITORIA Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 175763, e com base no disposto na IN/TCU n.º 47/2004, DN/TCU n.º 71/2005 e Norma de Execução CGU/PR n.º 01/2006, apresentamos o Relatório de Auditoria que trata dos exames realizados sobre os atos e conseqüentes fatos de gestão praticados no período de 01/01/2005 a 31/12/2005 sob responsabilidade dos dirigentes da Unidade em referência. I - ESCOPO DO TRABALHO Os trabalhos foram realizados no Campus Avançado da Unidade Jurisdicionada, em Duque de Caxias, no período de 03/01/2006 a 27/01/2006, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Não houve restrição aos nossos exames, os quais foram realizados por amostragem, sobre as áreas de: CONTROLES DA GESTÃO, GESTÃO OPERACIONAL, GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, GESTÃO FINANCEIRA, GESTÃO PATRIMONIAL, GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS E SERVIÇOS. Para a seleção de itens nos trabalhos de auditoria, foi utilizada amostragem aleatória não-probabilística, tendo o escopo das verificações compreendido os seguintes aspectos: a) Na área de Gestão Operacional, foi verificado o Relatório de Gestão da Unidade, bem como o desempenho de metas estabelecidas e evolução de indicadores de gestão. b) Na área de Gestão Orçamentária, foram verificadas as despesas aprovadas e realizadas, mediante análise dos registros do SIAFI, bem como assuntos atinentes à realização de receitas nos IPEMs, por meio de leitura dos relatórios elaborados pela Auditoria Interna, e a processos efetivados na Unidade cujos empenhos indicavam a inscrição “NÃO SE APLICA” no campo “Modalidade Licitatória” (12,0%, em termos de valor, do total caracterizado como não se aplica).

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICACONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNOCONTROLADORIA-REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL

RELATÓRIO Nº : 175763UCI 170130 : CGU-Regional/RJEXERCÍCIO : 2005PROCESSO Nº : 52600.000510/2006-15UNIDADE AUDITADA : INMETROCÓDIGO : 183023CIDADE : RIO DE JANEIROUF : RJ

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 175763, e combase no disposto na IN/TCU n.º 47/2004, DN/TCU n.º 71/2005 e Norma deExecução CGU/PR n.º 01/2006, apresentamos o Relatório de Auditoria quetrata dos exames realizados sobre os atos e conseqüentes fatos de gestãopraticados no período de 01/01/2005 a 31/12/2005 sob responsabilidade dosdirigentes da Unidade em referência.

I - ESCOPO DO TRABALHO

Os trabalhos foram realizados no Campus Avançado da Unidade Jurisdicionada,em Duque de Caxias, no período de 03/01/2006 a 27/01/2006, em estritaobservância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal.Não houve restrição aos nossos exames, os quais foram realizados poramostragem, sobre as áreas de: CONTROLES DA GESTÃO, GESTÃO OPERACIONAL,GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, GESTÃO FINANCEIRA, GESTÃO PATRIMONIAL, GESTÃO DERECURSOS HUMANOS E GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS E SERVIÇOS.

Para a seleção de itens nos trabalhos de auditoria, foi utilizadaamostragem aleatória não-probabilística, tendo o escopo das verificaçõescompreendido os seguintes aspectos:

a) Na área de Gestão Operacional, foi verificado o Relatório de Gestão daUnidade, bem como o desempenho de metas estabelecidas e evolução deindicadores de gestão.

b) Na área de Gestão Orçamentária, foram verificadas as despesas aprovadase realizadas, mediante análise dos registros do SIAFI, bem como assuntosatinentes à realização de receitas nos IPEMs, por meio de leitura dosrelatórios elaborados pela Auditoria Interna, e a processos efetivados naUnidade cujos empenhos indicavam a inscrição “NÃO SE APLICA” no campo“Modalidade Licitatória” (12,0%, em termos de valor, do total caracterizadocomo não se aplica).

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- Para a análise da compatibilidade entre o programa de trabalho, notas deempenho e ordens bancárias foi feita amostragem, verificando-se oslançamentos realizados de janeiro a agosto de 2005, das notas de empenho demaior valor, emitidas até 30/08/2005, para as UGs relacionadas,representativas de:

UG 183023: 47,2% do total pago em 2005.UG 183024: 50,3% do total pago em 2005.UG 183025: 47,5% do total pago em 2005.UG 183039: 35,0% do total pago em 2005.

- Processos caracterizados como “NÃO SE APLICA” analisados:

UG 183023: 8/05, 920/05, 928/05, 929/05, 1673/05, 1974/05, 2294/05,2791/05, 3256/05, 3285/05, 3323/05, 3423/05, 3867/05, 3965/05, 3969/05,4493/05, 4662/05.

c) Na área de Gestão Financeira, foram verificadas as providências adotadassobre responsabilidades apuradas, consignações, processos de concessão eprestação de contas de suprimento de fundos e processos de pagamento.

- Os processos de suprimento de fundos componentes da amostra,representativa de 12,6%, em termos de valor, do total realizado em 2005,foram:

UG 183023: 649/05, 707/05, 708/05, 1103/05, 1104/05, 3102/05, 3409/05,3410/05.UG 183024: 625/05, 629/05, 630/05, 865/05, 866/05, 1038/05, 1561/05,1580/05, 1581/05, 2588/05, 2677/05, 2678/05, 3136/05, 3137/05.UG 183025: 2096/05, 2390/05, 2653/05, 2700/05, 2864/05, 2946/05, 3949/05.UG 183039: 648/05, 649/05, 717/05, 720/05, 925/05, 926/05, 2811/05,2815/05, 2816/05, 2821/05, 2823/05, 2824/05, 2838/05, 2839/05, 2840/05,2841/05, 3075/05, 3079/05, 3080/05, 3180/05, 3181/05, 6235/05, 6382/05,6515/05, 6572/05, 6825/05, 6897/05.

- Foram verificados, ainda, os seguintes processos de pagamento,representativos de 10,0% do total pago por todas as UGs:UG 183023: 1521/03, 5365/03, 6684/03.UG 183024: 767/04, 800/04.UG 183025: 125/04, 246/02.UG 183039: 2412/05, 5167/03.

d) Na área de Gestão Patrimonial, foi analisado o documento de “InventárioAnual dos Bens Móveis e Imóveis do INMETRO 2004”, efetivado no exercício de2005; foram verificados os sistemas em uso no almoxarifado e para controlede bens, além da realização de inspeção física no setor de almoxarifado,mediante verificação de amostra representativa, em termos de valor, de26,4% do total de material de consumo cadastrado no SIAFI em 31/12/2005, enas dependências do INMETRO para a localização de amostra de bens,representativa, em termos de valor, de 1,7% do total de bens móveiscadastrados no SIAFI (2,8% se desconsiderarmos os bens em comodato com osIPEMs).

e) Na área de Gestão de Recursos Humanos, foram executadas as seguintesanálises:

- Quadro de servidores – análise da evolução do quadro de servidores doINMETRO comparativamente ao quadro de terceirizados;

- Cessão – reembolso do ônus dos servidores cedidos por meio daescrituração contábil.

- Abono de permanência – análise de 11 concessões do total de 89;

- Auxílio Natalidade – foram verificadas 100% das concessões;

- Auxílio transporte – foi analisado o único caso de servidor que recebe obenefício relativo a transporte rodoviário.

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- Cadastramento SISAC – Foram realizados exames parciais, relativos aosatos de admissão, aposentadorias e concessões de pensões, limitando-se averificar se a Entidade vem realizando o cadastramento dos atos no SISAC,sem entrar no mérito da legalidade das concessões.

- Sindicâncias e Processos Administrativos Disciplinares (PAD) – Foramanalisados os dois PADs instaurados no exercício.

f) Na área de Gestão de Suprimentos de Bens e Serviços, foram executadas asseguintes análises:

- Processos licitatórios, dispensas e inexigibilidades efetivados em 2005(Para a UG 183023, 21,0% em termos de valor do total adquirido):UG 183023: 411/05, 497/05, 500/05, 503/05, 504/05, 598/05, 1001/05,1222/05, 1270/05, 1896/05, 2390/05, 2427/05, 2484/05, 2486/05, 2863/05,3167/05, 3238/05, 3497/05, 3617/05, 3670/05, 6874/04, 7237/04.

- Outros processos com pagamentos registrados em 2005:UG 183023: 1746/04, 2452/04, 3576/04, 4614/04, 4772/04, 6461/04, 7135/04.

UG 183024: 767/04, 769/04, 776/04, 928/04, 933/04, 4185/04, 4458/04,4949/04, 6233/04.

UG 183025: 298/05, 391/05, 639/01, 1001/05, 1617/03, 1649/03, 2491/03.

UG 183039: 17/05, 297/05.

- Acerca da verificação dos dados cadastrados no SIASG, bem como dasinformações de Programa de Trabalho e Nota de Empenho especificados nostermos assinados foram verificados:

UG 183023• Contratos n.ºs: 1/2005, 9/2005, 16/2005, 37/2005, 40/2005, 89/2005,100/2005.• Termos aditivos celebrados em 2005 referentes aos contratos n.ºs:174/2003, 3/2004, 26/2004 e 178/2004.

UG 183024• Termo aditivo celebrado em 2005 referente ao contrato n.º: 16/2004.

UG 183025• Contrato n.º: 10/2005.

- Convênios verificados, representativos de 32,1%, em termos de valor, dototal de convênios celebrados em 2005 no SIAFI para a UG 183023, bem comoum convênio celebrado em exercício anterior para a UG 183039.

UG 183023: 149/05, 151/05.

UG 183039: 6321/04.

- Alterações contratuais, representativas de 45,6%, em termos de valor, dototal de contratos continuados em vigor que tenham sido celebrados emexercícios anteriores:

UG 183023: 1521/03, 5365/05, 5526/03, 6684/03.

- Execução dos contratos n.º 178/2004 e 188/2003.

g) Na área de Controles da Gestão, foram verificados os Acórdãos e Decisõesdo Tribunal de Contas da União – TCU emitidos ao longo do exercício de2005, por meio de pesquisa ao sítio do TCU, em www.tcu.gov.br, bem comodeterminações de outros exercícios ainda pendentes de implementação. Tambémfoi efetuado o acompanhamento de pendências e recomendações proferidas pela

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CGU, em especial as contidas no Relatório CGU n.° 160818/2005 (Avaliação deGestão referente ao exercício de 2004). Procedeu-se, também, à verificaçãodos registros contábeis do SIAFI, à avaliação das conformidades do sistemae à análise dos trabalhos desenvolvidos pela Auditoria Interna.

Para todas as constatações, a solicitação para manifestação formal foidirecionada ao Presidente do INMETRO, com pedido de encaminhamento ao(s)responsável(eis) apontado(s) pela equipe de auditoria da CGU-Regional/RJ.

II - RESULTADO DOS EXAMES

3. GESTÃO OPERACIONAL

3.1 SUBÁREA - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS

3.1.1 ASSUNTO - CONSISTÊNCIA DAS METAS

3.1.1.1 CONSTATAÇÃO:Estimativa inadequada de metas físicas.

Conforme observações constantes do item 9.2.4.1 deste Relatório, oRelatório de Gestão apresentado contemplou apenas as metas financeirasatreladas ao Programa 0390 – Metrologia e Qualidade Industrial, o qualencontra-se sob responsabilidade do INMETRO. Por meio de consulta aosistema SIGPLAN (acesso por meio do sítio www.sigplan.gov.br), foi possívela verificação das metas físicas estabelecidas por ação. Destacamos, aseguir, as metas atreladas ao Programa 0390:

em R$Ação Meta Financeira Meta FísicaAvaliação da conformidade 14.704.683,00 11Disseminação da informação tecnológica em 1.200.000,00 627.000metrologia e qualidade .Padronização e disseminação das unidades 7.110.000,00 74de medida .Controle metrológico 174.399.999,00 11.000.000Promoção de certificação e utilização 2.000.000,00 300dos laboratórios pelas microempresas eempresas de pequeno e médio porte .Ampliação de infra-estrutura laboratorial 8.200.000,00 80Acreditada e Qualificada .Assistência médica e odontológica 1.727.250,00 4.113aos servidores, empregados e dependentes .Assistência pré-escolar aos dependentes dos 173.000,00 152servidores e empregados .Auxílio-alimentação aos servidores 1.590.000,00 920e empregados .Auxílio-transporte aos servidores 146.000,00 120e empregados .Capacitação de servidores públicos em 1.350.000,00 400processo de qualificação e requalificação .Contribuição da união, de suas autarquias e 8.559.175,00 -fundações para o custeio do regime deprevidência dos servidores .Gestão e administração do programa 84.729.778,00 -Publicidade de utilidade pública 1.833.391,00 -

No Relatório de Auditoria de Avaliação da Gestão referente ao exercício de2004 n.º 160818/05, foi recomendada ao INMETRO a revisão da meta físicareferente à ação “avaliação da conformidade”. Comparando-se as metasfísicas do exercício atual com o do exercício anterior, para a citada ação,verificamos que os valores são idênticos. Como o motivo que ensejou a

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recomendação não se repetiu no exercício, conforme item 3.3.1.1 a seguir(em 2004 observou-se que a meta física encontrava-se subavaliada, poishouve execução de 154% da meta física com a utilização de 76,2% dosrecursos), consideramos adequada a meta estipulada.

Observamos, no entanto, que as metas físicas das ações atreladas a“assistência médica e odontológica” e “capacitação e promoção decertificação”, em face dos resultados apresentados no item 3.3.1.1, estãosubavaliadas. Em contrapartida, a meta da ação referente à ampliação deinfra-estrutura laboratorial foi superestimada.

Tendo em vista a Entidade possuir Contrato de Gestão junto ao MDIC,destacamos, a seguir, as metas de indicadores estipuladas no documento:

(a) Resultados Globais – acerca da imagem do INMETRO e seu reconhecimento econfiabilidade junto à população brasileira.

Indicador Previsão 2005Índice de reconhecimento 42%Índice de confiabilidade 85%

(b) Resultados de Atendimento – acerca das ações finalísticas compreendidasno Programa 0390.

Indicador Previsão 2005Avaliação da Conformidade:Índice de irregularidades na fiscalização de produtosRegulamentados 1,30%(no máx)Nível de satisfação das empresas usuárias do serviçode certificação compulsória 90%Nível de satisfação das empresas usuárias do serviçode certificação voluntária 94%Produtividade na implementação de programas deavaliação da conformidade implantados 5,1Número de processos de credenciamento e supervisão delaboratórios, por técnico de credenciamento 36Controle MetrológicoÍndice de irregularidade de produtos pré-medidos 2,00% (no máx)Índice de irregularidade na verificação de instrumentosde medição 1,20% (no máx)Nível de satisfação das empresas usuárias dosserviços de verificação periódica 90%Eficiência do serviço descentralizado R$ 45,00Padronização e Disseminação das Unidades de MedidaNível de credibilidade do serviço de calibraçãoe ensaio ofertado pelo INMETRO à indústria exportadora 90%Nível de satisfação das empresas usuárias do serviçode calibração e ensaio 91%Produtividade da calibração e ensaios de instrumentose padrões de medição, com Rastreabilidade ao Sistema Internacional* 36,6

* 36,6 = 4356 instrumentos / 119 técnicos

Destaque-se que os indicadores atinentes aos resultados Globais e os níveisde satisfação dos Resultados de Atendimento são obtidos por meio depesquisa, sendo as demais informações obtidas por meio de informaçõesgerenciais.

No Relatório de Gestão, constam, ainda, indicadores cujas metas destacamosa seguir:

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IndicadorAvaliação da Conformidade:Índice de recursos financeiros investidos 90Índice de cumprimento do Plano Anual de Fiscalização 100Índice de divulgação do Programa de Análise de Produtos 9.000Índice de acessos ao Portal do Consumidor 180Índice do cumprimento do Plano de Divulgação 52Informação Tecnológica:Nível de satisfação do usuário direto do serviço de informaçãoTecnológica do Inmetro 90,0%Controle MetrológicoNúmero de tanques arqueados e certificados 1.100Nível de satisfação do usuário direto dos serviçosde aprovação de modelos 88%Nº total de verificações de instrumentos de medição 14.108.349Nº de exames pré-medidos realizados 950.000Padronização e Disseminação das Unidades de MedidaCalibrações 2.500Ensaios 35Ampliação da Infra-estruturaInfra-estrutura ampliada 20

Em termos das metas estipuladas, por meio da observação dos percentuais derealização reportados no item 3.3.1.1, entendemos que a meta relacionada aoíndice de cumprimento do Plano Anual de Fiscalização foi subavaliada e ameta do indicador Ensaios deva ser redefinida em função da alteração dapolítica de repasse da atividade.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não avaliou adequadamente metas físicas e metas de indicadores.

CAUSA:Inobservância à recomendação da CGU.

JUSTIFICATIVA:A ser apresentada quando da apreciação da minuta deste Relatório pelogestor.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:-

RECOMENDAÇÃO:As metas físicas das ações atinentes a assistência médica e odontológica,capacitação, promoção de certificação e ampliação de infra-estruturalaboratorial devem ser reavaliadas, bem como as metas dos indicadoresÍndice do cumprimento do Plano de Divulgação e Ensaios.

3.2 SUBÁREA - GERENCIAMENTO DE PROCESSOS OPERACIONAIS

3.2.1 ASSUNTO - STATUS DA MISSÃO INSTITUCIONAL

3.2.1.1 INFORMAÇÃO:O Plano Estratégico Institucional do INMETRO para o período 2002 a 2010,bem como o Relatório de Gestão, estabelecem como missão da Entidade“Promover a qualidade de vida do cidadão e a competitividade da economiaatravés da metrologia e da qualidade”.

Como visão de futuro, encontra-se estabelecida a diretriz de “Consolidar-secomo referencial junto à sociedade brasileira, equiparando-se aos melhoresdo mundo, e dispor de autonomia de gestão”.

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O Regimento Interno do INMETRO, expedido por meio da Portaria n.º 116/2003,encontra-se em vigor desde 2003 sem ter sofrido alterações. Conformeestipulado no inciso I do artigo 1º do Anexo I à Portaria n.º 116/2003, aEntidade tem por finalidade a execução de políticas públicas.

3.3 SUBÁREA - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

3.3.1 ASSUNTO - RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL

3.3.1.1 INFORMAÇÃO:Destacamos, a seguir, os percentuais de execução das metas físicas,financeiras e indicadores apresentados no item 3.1.1.1 do presentedocumento. % Execução % ExecuçãoAção Meta Financeira1 Meta Física2

1 - Avaliação da conformidade 99,2 1182 - Disseminação da informação tecnológica em 83,3 96metrologia e qualidade .3 - Padronização e disseminação das unidades 80,7 99de medida .4 - Controle metrológico 99,6 1125 - Promoção de certificação e utilização 99,5 1.022dos laboratórios pelas microempresas e empresas de pequeno e médio porte6 - Ampliação de infra-estrutura laboratorial 95,0 18Acreditada e Qualificada7 - Assistência médica e odontológica 32,6 840aos servidores, empregados e dependentes .8 - Assistência pré-escolar aos dependentes dos 52,3 76servidores e empregados .9 - Auxílio-alimentação aos servidores 89,0 90e empregados .10 - Auxílio-transporte aos servidores 89,5 102e empregados .11 - Capacitação de servidores públicos em 100,0 805processo de qualificação e requalificação .12 - Contribuição da união, de suas autarquias e - -fundações para o custeio do regime de previdência dos servidores .13 - Gestão e administração do programa 99,1 -14 - Publicidade de utilidade pública - -1 considerando-se as informações constantes do sistema SIAFI.2 considerando-se as informações do SIGPLAN.

No Relatório de Gestão consta a seguinte informação acerca da execução dasmetas financeiras:

“No exercício de 2005 ressaltamos que o fator mais relevantefoi o contingenciamento, por parte do Governo federal, derecursos orçamentários e financeiros, por intermédio delimites estabelecidos no MDIC. De certa forma, estaslimitações inviabilizam o cumprimento, em sua totalidade, dasações do Programa de Metrologia e Qualidade Industrial[....]”

Em termos de metas financeiras, destacamos a baixa execução do item 7, oque ocorreu em função da descentralização de R$ 623.385,00 para o MDICreferente a plano de saúde, conforme convênio. Considerando-se o valordescentralizado, a execução atinge o patamar de 68,7%. Entendemos que asdemais realizações abaixo do esperado (ações n.º 2 e 3) justificam-se peloesclarecimento constante do Relatório de Gestão. Em relação às ações n.º 8,9 e 10, dependem da demanda, sendo os valores previstos meras suposiçõesque podem não se cumprir, conforme observado.

No Relatório de Gestão, não constam explicações atinentes às metas físicas.No sistema SIGPLAN, porém, foram estabelecidos os seguintes comentários:

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Item 5 – “O Inmetro e o Sebrae já estavam capacitando aspequenas empresas que precisavam dos bônus metrologia eavaliação da conformidade. Com a disponibilização dosrecursos foi possível atender muito mais empresas do que oesperado.”Item 6 – “O custo total desta ação é de aproximadamente R$ 60milhões de reais, portanto, o valor do exercício representa14%, e em função do contingenciamento orçamentário em 2005,só foi possível realizar pouco mais de 17% desta ação. Éimportante destacar que com o orçamento liberado foi possíveladquirir equipamentos metrológicos que beneficiarão diversoslaboratórios pelo país nos primeiros meses do ano.”Item 7 – “O valor alocado na lei - 4113 representa aestimativa de média mensal de titulares e dependentes, porém,com o advento das mudanças de plano, a média mensal diminuiu,e, hoje está na ordem de 2.878 beneficiários entre titularese dependentes. Por tanto, durante o ano está previsto umtotal de 34.533 cotas de assistência médica ou 2878 titularese dependentes beneficiados durante o ano.”Item 8 – “O valor alocado na lei - 152 representa aestimativa cota mensal de dependentes assistidos com oauxílio pré-escolar. Porém a média mensal em função dorealizado de jan. a out. é de 116 cotas mensais quetotalizará, aproximadamente, 1391 cotas ano.”Item 9 – “Na lei foi inserido o total de funcionários doInmetro, na época, e com a despesa é mensal, este nº émensal. No entanto, o nº de servidores está reduzindo porvários motivos: falecimento, aposentadoria e pedido dedemissão de novos concursados por terem obtido aprovação emoutros concursos ou em empresas privadas, com melhoressalários. A média mensal de beneficiados, em 2005, é 830.”Item 10 – “Foi registrado na LOA o quantitativo debeneficiários, no entanto, esta é uma ação que o quantitativomensal varia de acordo com o quadro de pessoal e suasalterações. O quantitativo mensal de beneficiários é da ordemde 120 servidores.”Item 11 – “Foram realizados 301 eventos, dos quais resultaramem 3.219 treinados, esclarecendo que está incluído no totalde treinados, servidores, prestadores de serviços, pessoal daRBMLQ - Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade -Órgãos estaduais delegados pelo Inmetro, com treinamentosespecíficos para o desempenho das atividades delegadas equando possível pessoal da comunidade, este último em funçãoda responsabilidade social.”

Com base nos comentários acima, elencaremos, a seguir, nosso entendimentopor meta física.

- Ação n.º 5 e 11: a informação prestada demonstra que as metas foramsubavaliadas.- Ação n.º 6: O comentário não esclarece a baixa realização, mas nospermite supor que a meta física foi estipulada para o gasto de R$ 60milhões.- Ação n.º 7: entendemos que modificações ocorridas ao longo do exercíciono plano de saúde contribuíram para a discrepância dos valores previstos emrelação aos efetivamente realizados.- Ação n.º 8 e 9: conforme exposto na análise da execução das metasfinanceiras, a previsão destas ações baseia-se normalmente em dadoshistóricos, sendo esperado que a sua execução seja discrepante do previsto.- Demais ações com percentuais de execução variando de 96% a 118%: arealização atingiu patamares satisfatórios. Observando-se os percentuaisfinanceiros para estas ações, verificamos que se situaram ligeiramente

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abaixo dos de execução física, demonstrando que foi realizado mais commenos recursos. Tal tendência, apesar de não ressaltada no Relatório deGestão da Unidade, foi observada quando da leitura das atas das reuniões dediretoria, onde observamos preocupação com a redução de gastos e adoção deestudos visando à eliminação de desperdícios, o que se reflete nos números.

Em termos de indicadores foram alcançadas as seguintes realizações:

Indicador % Execução 2005Resultados Globais:1 - Índice de reconhecimento 132,12 - Índice de confiabilidade 106,4Avaliação da Conformidade:3 - Índice de irregularidades na fiscalização de produtosRegulamentados 92,94 - Nível de satisfação das empresas usuárias do serviçode certificação compulsória 105,85 - Nível de satisfação das empresas usuárias do serviçode certificação voluntária 101,06 - Produtividade na implementação de programas deavaliação da conformidade implantados 114,87 - Número de processos de credenciamento e supervisão delaboratórios, por técnico de credenciamento 118,28 - Índice de recursos financeiros investidos 88,49 - Índice de cumprimento do Plano Anual de Fiscalização 149,910 - Índice de divulgação do Programa de Análise de Produtos 95,211 - Índice de acessos ao Portal do Consumidor 78,312 - Índice do cumprimento do Plano de Divulgação 75,0Controle Metrológico:13 - Índice de irregularidade de produtos pré-medidos 95,214 - Índice de irregularidade na verificação de instrumentosde medição 89,515 - Nível de satisfação das empresas usuárias dosserviços de verificação periódica 102,216 - Eficiência do serviço descentralizado 102,717 - Número de tanques arqueados e certificados 75,218 - Nível de satisfação do usuário direto dos serviçosde aprovação de modelos 98,919 - Nº total de verificações de instrumentos de medição 83,620 - Nº de exames pré-medidos realizados 110,0Padronização e Disseminação das Unidades de Medida:21 - Nível de credibilidade do serviço de calibraçãoe ensaio ofertado pelo INMETRO à indústria exportadora 108,322 - Nível de satisfação das empresas usuárias do serviçode calibração e ensaio 106,323 - Produtividade da calibração e ensaios de instrumentose padrões de medição, com Rastreabilidade ao Sistema Internacional 111,224 - Calibrações 96,925 - Ensaios 82,9Informação Tecnológica:26 - Nível de satisfação do usuário direto do serviço de informaçãoTecnológica do Inmetro 101,1Ampliação da Infra-estrutura:27 - Infra-estrutura ampliada 75,0

Tendo em vista o não pronunciamento da Entidade quanto ao atingimento dosindicadores apresentados no Relatório de Gestão, solicitamos, por meio daSolicitação de Auditoria n.º 175763/18, esclarecimentos acerca dasrealizações dos itens n.º: 9, 12, 14, 17, 19, 23, 25 e 27, tendo sidoinformado que:

“9)O Plano Anual de Fiscalização é um instrumento gerencial,a partir do qual o Inmetro dá foco a fiscalização dos

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produtos regulamentados com conformidade avaliada, realizadapela Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade -Inmetro - RBMLQ-I, através da definição inicial das grandesorientações, para posterior negociação com cada órgãodelegado das metas a serem alcançadas e da contrapartida dosrecursos a serem repassados. Como este plano foi criado em2005 é natural que os Institutos de Pesos e Medidas Estaduaisque compõem a RBMLQ-I tenham sido conservadores num primeiromomento.12) O contingenciamento orçamentário e o limite de pagamentosprejudicaram o alcance deste indicador, pois a elaboração,edição e divulgação de cartilhas e folders e a licitação degráficas foi adiada por falta de recursos. Isto inviabilizouo alcance da meta programada do Plano de divulgação.14)[....] O índice de irregularidade na verificação deinstrumentos ficou acima do valor máximo pactuado. Oprincipal fator para que a meta não fosse atingida foi areprovação em verificação inicial de termômetros clínicos apartir do mês de julho, totalizando 141.590 termômetrosreprovados até dezembro, o que representa 57% do total deinstrumentos reprovados em 2005. A fabricação ou importaçãodesses instrumentos pode chegar ao valor de um milhão deunidades em um único mês e por isso a reprovação de um lotede termômetros tem um impacto significativo no índice deirregularidade de instrumentos de medição.Apesar de não ter atingido a meta, o Inmetro não deixou decumprir sua função, impedindo a comercialização deinstrumentos que não atendem aos regulamentos técnicos,protegendo o consumidor e contribuindo para a concorrênciajusta entre os fabricantes.17) A arqueação de tanques é feita via atendimento a demanda.Como o crescimento industrial foi menor que o esperado menosempresas solicitaram este serviço ao Inmetro.19) O Número total de verificações de instrumentos de mediçãofoi menor que o esperado devido ao contingenciamento e aolimite de pagamentos ocorridos no ano de 2005. Pois nosprimeiros meses do ano não havia como pagar as diárias defiscais da Rede Brasileira de Metrologia e Qualidade e nãohavia dinheiro para o pagamento de combustível. Istoacarretou uma queda na fiscalização nos primeiros meses doano.[....] 23) [....] O Inmetro tem nos últimos anos repassadoserviços de calibração e ensaio menos complexos para as RedesBrasileiras de Calibração e Ensaio e procurado orientar asatividades do Macroprocesso Padronização e Disseminação dasUnidades de Medida para pesquisa. Apesar do número decalibrações e ensaios realizados pelo Inmetro terem caído, hámenos técnicos envolvidos nestes processos, o que justifica ocrescimento deste indicador que mede a eficiência desteprocesso. O número de ensaios caiu numa velocidade maior do que aprevista devido a política de repasse desta atividade que nãogera grande valor agregado para a Rede Brasileira de Ensaio. Devido ao contingenciamento orçamentário houve um atrasona compra de equipamentos para implantação dos laboratóriosde química, materiais e vazão. Isto prejudicou o alcance doIndicador de Infra-estrutura ampliada.”

Com base nos comentários acima abordaremos, a seguir, nosso entendimentopor indicador.

- Indicadores n.º 1, 2, 4, 5, 11, 15, 18, 21, 22 e 26: Dependemindiretamente dos atos de gestão, sendo desejável a superação das metas

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previstas, o que ocorreu em 80% dos casos. Consideramos satisfatórios osresultados alcançados.- Indicadores n.º 3, 6, 7, 8, 10, 13, 16, 20 e 24: Consideramossatisfatórios os resultados apresentados, cuja flutuação do percentual deexecução entendemos dentro da normalidade.- Indicadores n.º 9 e 25: Acatamos as justificativas apresentadas eentendemos ser necessária a reavaliação das metas.- Indicadores n.º 12, 14, 17, 19, 23 e 27: Acatamos as justificativasapresentadas e entendemos adequados os valores executados.

Concluímos, portanto, que os resultados foram alcançados a contento,ressalvadas as metas subestimadas, citadas no item 3.1.1.1, tendo o INMETROcumprido adequadamente sua missão institucional no exercício de 2005.

3.3.1.2 INFORMAÇÃO:Os indicadores em uso são aqueles apresentados no item 3.3.1.1. Com oobjetivo de facilitar a sua avaliação, classificaremos, a seguir, osindicadores de acordo com os tipos:

a) Eficácia (alcance dos objetivos e metas definidos - comportamento dasvariáveis quantidade e prazo)Consideramos que se enquadram neste tipo as metas físicas estipuladas paraas ações n.º 1 a 11, bem como os Indicadores n.º 17, 19, 20, 24 e 25.

b) Eficiência (manutenção de produtividade, com a maximização deresultados, expressando o comportamento conjunto das variáveis quantidade,prazo e custo/gasto)Indicadores n.º 6, 7, 16 e 23.

c) Economicidade (redução na composição de custos, expressando ocomportamento da variável custo/gasto)Não há indicadores definidos para tal.

d) Qualidade (nível de aderência aos princípios de qualidade - preocupaçãocom o cliente, a melhoria contínua, a não aceitação de erros e processosvoltados para resultados)Indicadores n.º 4, 5, 15, 18, 21, 22 e 26.

e) Efetividade (expressam o comportamento da variável vínculo com oobjetivo)Indicadores n.º 1, 2, 3, 8, 9, 10, 12, 13, 14 e 27.

Os indicadores apresentados são seletivos, estáveis e apresentam adequadograu de cobertura, permitindo a visualização do desempenho institucionaldas principais atividades operacionais desempenhadas. Demonstram que oINMETRO conseguiu no exercício de 2005 atingir, na maioria dos casos, asmetas definidas.

Em relação aos aspectos simplicidade e custo de obtenção, bem comogerenciamento da rastreabilidade de acompanhamento, a ausência das memóriasde cálculo nos impediram de avaliar a sua adequação.

3.3.2 ASSUNTO - SISTEMA DE INFORMAÇÕES OPERACIONAIS

3.3.2.1 CONSTATAÇÃO:Discrepância entre as informações registradas no sistema SIGPLAN e aquelasapresentadas no Relatório de Gestão e registradas no SIAFI.

Verificamos que a maioria das ações (78,6% dos casos) registradas nosistema SIGPLAN possuíam os dados financeiros da execução diferentesdaqueles registrados no Relatório de Gestão. A maior parte da divergência,

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em 72,7% dos casos, ocorreu em função de variação inferior a R$ 3,00 dosvalores reportados, o que consideramos que deve ser decorrente de processosde arredondamento. Listamos, a seguir, as situações em que ocorreudiferença significativa:

- Ação ampliação de infra-estrutura laboratorial acreditada e qualificada.Valor no SIGPLAN: R$ 8.166.638,00,Valor no Relatório de Gestão e no SIAFI: R$ 7.787.498,43.

- Ação assistência médica e odontológica aos servidores, empregados e seusdependentes.Valor no SIGPLAN: R$ 1.187.145,00,Valor no SIAFI: R$ 563.758,88. (observamos que se somássemos o valor quefoi descentralizado para o MDIC, conforme informação no item 3.3.1.1, ovalor realizado, de R$ 1.187.143,88, fica próximo ao informado no SIGPLAN.)

- Ação controle metrológico.Valor no SIGPLAN: R$ 174.074.706,00,Valor no Relatório de Gestão: R$ 147.818.758,53,Valor no SIAFI: R$ 173.645.732,68.

- Ação padronização e disseminação das unidades de medida.Valor no SIGPLAN: R$ 7.046.529,00,Valor no Relatório de Gestão e no SIAFI: R$ 5.736.528,34.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não estabeleceu rotina de controle para a verificação das informações.

CAUSA:Ausência de controle de aferição de consistência dos dados alimentados noSIGPLAN.

JUSTIFICATIVA:A ser apresentada quando da apreciação da minuta do Relatório pelo gestor.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:-

RECOMENDAÇÃO:Estabelecer rotina de verificação dos valores registrados no SIGPLAN demodo a evitar discrepâncias entre os valores executados e os reportados nosistema.

4. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

4.1 SUBÁREA - ANÁLISE DA EXECUÇÃO

4.1.1 ASSUNTO - ANÁLISE DA EXECUÇÃO

4.1.1.1 CONSTATAÇÃO:Inscrição de diárias em restos a pagar.

Por meio de análise dos registros constantes do sistema SIAFI,identificamos a ocorrência de inscrição de diárias em restos a pagar.Constava, na respectiva conta contábil, saldo no montante de R$ 5.342,61relativo à UG 183024.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Permitiu a inscrição de empenho emitido para pagamento de diárias em restosa pagar.

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CAUSA:Ausência de baixa de saldo de empenho para pagamento de diárias ao final doexercício.

JUSTIFICATIVA:Foi informado, por meio dos documentos CI SECON n.º 4/06 e anexos e OfícioINMETRO/SC n.º 002/2006/DIRAF, de 24/01/2006, e anexos, que:

1 – Efetivamente existiram casos de servidores que tinham pequenos créditosrelativos a diárias totalizando R$ 1.244,00 de deslocamentos realizados nofinal do exercício;

2 – O responsável pela contabilidade equivocou-se na classificação dosempenhos a serem inscritos em “Restos a Pagar” e inadvertidamente inscreveuo empenho n.º 13 relativo ao Pagamento de Diárias;

3 – Em função desse engano, neste exercício, ao invés de pagar os valoresna rubrica de “Despesas de Exercícios Anteriores”, utilizou saldo dainscrição em “Restos a Pagar”, para quitar os débitos correspondentes;

4 – Assim que foi notificado, o citado responsável pelo setor decontabilidade procedeu o cancelamento da Inscrição, no valor total de R$4.098,61.

Informou, ainda, que o procedimento foi efetuado sem intenção de dolo oucom o objetivo de transgredir a legislação vigente, mas por mera distração.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Quanto ao valor que efetivamente se refere à inscrição de diárias em restosa pagar, não foi justificado o fato, tendo em vista que, segundodisposições do artigo 6º do Decreto n.º 343/1991, as diárias devem serpagas antecipadamente, de uma só vez, exceto nas seguintes situações, acritério da autoridade concedente:

a) em casos de emergência, em que poderão ser processadas no decorrer doafastamento;

b) quando o afastamento compreender período superior a quinze dias, caso emque poderão ser pagas parceladamente, a critério da administração.

RECOMENDAÇÃO:Efetuar o pagamento de diárias antecipadamente, conforme estabelece oartigo 6º do Decreto 343/1991, e providenciar a baixa de empenhos emitidospara pagamento de diárias, em conformidade com a rotina de encerramento deexercício, evitando que despesas desta natureza sejam inscritas em restos apagar.

4.1.2 ASSUNTO - EXECUÇÃO DAS RECEITAS

4.1.2.1 CONSTATAÇÃO:Perda do direito de cobrança por prescrição de prazo para inscrição emDívida Ativa.

A análise do Relatório PA-200-014/2005-O, elaborado pela Auditoria Internareferente à auditoria ordinária financeira, contábil e administrativarealizada no Instituto de Pesos e Medidas do Estado de Minas Gerais,evidenciou a existência de situação imprópria no referido IPEM.Transcrevemos, a seguir, trechos do citado relatório:

“[....]1.19. Demonstrar a arrecadação auferida mensalmente,no período de janeiro a dezembro/2004, e no período dejaneiro a junho/2005, separando os percentuais destinados,

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respectivamente, ao IPEM/MG, ao INMETRO e à RIM [Reserva parainvestimento metrológico]/PIM.Comentários:1.19.1. De acordo com a documentação apresentada, os recursostransferidos pelo INMETRO, referentes ao exercício de 2004,somaram o montante de R$ 10.465.931,63, enquanto que, noperíodo correspondente de janeiro a junho de 2005, somaram R$4.000.181,33, demonstrados da seguinte forma:

ARRECADAÇÃO – (R$) Período IPEM/MG RIM/PIM Jan. a Ago/2004 5.780.360,60 1.183.929,38 Ago. a Dez/2004 4.685.571,03 - TOTAL EM 2004 10.465.931,63 1.183.929,38 Jan a Jun/2005 4.000.181,33 - TOTAL EM 2005 4.000.181,33 -

Na análise efetuada sobre o demonstrativo apresentado,detectamos o seguinte:A contabilidade do IPEM/MG não possui controles seguros sobrea arrecadação;Os controles apresentados a partir do mês de agosto/2004registram apenas os valores recebidos do INMETRO, o mesmoacontecendo com os recursos de 2005, [sendo] controladossomente os valores repassados pelo INMETRO; eA Divisão de Controle Financeiro não sabe informar o valor areceber do INMETRO.De acordo com nossas verificações, no que tange ao controlede pendentes de recebimentos relativos a multas e serviçosmetrológicos, o mesmo é praticado pela Divisão de Controle eArrecadação. Quanto aos valores pendentes de recebimentos,identificamos que aquela Divisão, na tentativa de recuperaros créditos pendentes, vem efetuando a cobrança porintermédio de encaminhamento de correspondências aosdevedores, solicitando o pagamento dos débitos por intermédiode GRU, e que, caso o pagamento já tenha ocorrido, envio decomprovante por fax, para que seja procedida a baixa dodébito.Vale salientar que tais débitos, segundo nossosacompanhamentos por intermédio de nossos relatórios,[ocorrem] desde 1995. Devido à grande desorganização queperdurou [na] Divisão, muitos desses valores já prescreveram,em virtude de não terem sido passados na data correta para aProcuradoria Jurídica do IPEM/MG proceder à inscrição naDívida Ativa e no CADIN. [Este fato foi o] motivo desta AUDINter solicitado apuração de responsabilidade, [o que não foi]implementado, [passando-se] a considerar somente os valores apartir do ano de 2000.Observamos, ainda, que o controle dos valores a receberpendentes de serviços metrológicos e multas dos exercícios de2000 a 2005 é [insubsistente][....]. Foram-nos apresentadosdois demonstrativos com valores a receber totalmentediferentes um do outro. O 1º, referente aos exercícios de2000 a 2005, cujo somatório totaliza R$ 23.719.267,92, e ooutro, referente aos exercícios de 2002 a 2005, que soma R$8.103.010,07, distribuídos da seguinte forma:

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ANO VALORES PENDENTES – 1 VALORES PENDENTES – 2 (R$) (R$)

2000 4.896.036,85 - 2001 3.780.349,51 - 2002 8.462.967,13 1.517.268,78 2003 2.231.754,62 1.793.588,37 2004 3.250.188,07 2.653.162,21 2005 1.097.971,74 2.138.990,71 TOTAL 23.719.267,92 8.103.010,07

Em nossa análise [do] demonstrativo de pendentes derecebimentos apresentado pela Divisão de Arrecadação,[constatamos que os dados não são confiáveis, segundoinformação do próprio responsável por aquela Divisão], umavez que os mesmos, [se] comparados com os registros contábeisna Divisão Financeira, não se cruzam. [Necessita-se],urgentemente, que se proceda [a] um encontro entre oscontroles das duas Divisões, a fim de que se chegue ao valorcorreto dos recursos efetivamente arrecadados, recebidos e areceber.Recomendação:1.19.1.1. Assim sendo, [em face da] constatação existente,voltamos a recomendar ao IPEM/MG que proceda às medidasnecessárias no sentido de regularizar a situação em questão.”[grifo nosso]

Considerando que os valores em questão, apesar de atinentes a receitas doIPEM/MG, configuram-se como receitas federais, aplica-se ao INMETRO o caputdo artigo 22 do Decreto-Lei n.º 147, de 03/02/1967, que estabelece:

“Art. 22. Dentro de noventa dias da data em que setornarem findos os processos ou outros expedientesadministrativos, pelo transcurso do prazo fixado em lei,regulamento, portaria, intimação ou notificação, para orecolhimento do débito para com a União, de naturezatributária ou não tributária, as repartições públicascompetentes, sob pena de responsabilidade dos seusdirigentes, são obrigadas a encaminhá-los à Procuradoriada Fazenda Nacional da respectiva unidade federativa, paraefeito de inscrição e cobrança amigável ou judicial dasdívidas deles originadas, após a apuração de sua liquideze certeza.”[grifo nosso]

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Preteriu o Relatório AUDIN PA-200-014/2005-O, bem como a recomendaçãoexarada pela CGU-Regional/RJ no item 9.3.1.2 do Relatório de Auditoria deAvaliação da Gestão referente ao exercício de 2004 n.º 160818. Indicadocomo responsável o dirigente máximo, com base no artigo 22 do Decreto-Lein.º 147/1967.

Após conhecimento da recomendação a seguir exarada, a Presidência doINMETRO determinou que seja efetivada uma auditoria extraordinária noIPEM/MG, compartilhada entre a Audin e a Proge, a fim de dirimir asconstatações quanto aos procedimentos de inscrição e cobrança da dívidaativa dos créditos da Autarquia Federal resultantes da execução do convêniofirmado com o IPEM/MG.

CAUSA:No IPEM, constata-se deficiência dos controles internos e no INMETRO,inobservância aos trabalhos desenvolvidos pela auditoria interna, tendo emvista a declaração no relatório de que, desde 1995, vem sendo sinalizado oproblema.

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JUSTIFICATIVA:Em atendimento à Solicitação de Auditoria n.º 166883/08, foi encaminhado oOfício n.º 254/GABIN, de 22/11/2005, cujo teor transcrevemos a seguir:

“De ordem do Senhor Presidente do INMETRO, encaminhamos aVossa Senhoria, em anexo, respostas aos questionamentosofertados pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado deMinas Gerais – IPEM/MG [....]Por oportuno, informamos que o Diretor-Geral do IPEM/MG é oSenhor Tadeu José de Mendonça, portador do CPF n.º120.983.456-15.”

Listamos, a seguir, os documentos encaminhados em anexo, cujo teorencontra-se resumido: - MEMO/IPEM-MG/DIGE/DPGF/DVCA/SVCP/N° 137/2005 (16/11/2005): respondendoa SA n.º 166883/08 da CGU e trazendo em anexo o seguinte: - MEMO/IPEM-MG/DITE/REGI-BELO HORIZONTE/N° 026/2005 (12/05/2005):solicitando auditoria operacional no setor de Divisão de Controle deArrecadação (DVCA); - OFÍCIO/IPEM-MG/DPGF/DVCA/SVCP Nº 023/2005 (20/07/2005): informando quea Divisão de Controle de Arrecadação/Serviços de Cobranças de Pendentes(DVCA/SVCP) não possuía àquela época informações necessárias para responderaos questionamentos feitos pela Auditoria; - MEMO/IPEM-MG/DPGF/ N° 215/2005 (20/10/2005): solicitando àProcuradoria parecer quanto à abertura de novo contrato com os correios,que preveja o encaminhamento de quantidade muito maior de correspondênciasem função de expedição, pela a Divisão de Controle de Arrecadação, denotificação para recebimento dos pendentes; - Tópicos 21.1.1.; 22.1.1. e 7.1.1. do Relatório de auditoria ordináriafinanceira, contábil e administrativa – PA – 200 – 042/2004 e auditoriaINMETRO período de 06 a 10/12/2004, apresentando problemas verificados naArrecadação e na identificação de recursos já arrecadados; - MEMO/IPEM-MG/DPGF/DVCA/N° 056/2005 (20/06/2005): informando que aDivisão de Controle de Arrecadação/Serviços de Cobranças de Pendentes(DVCA/SVCP) não possuía àquela época informações necessárias para responderaos questionamentos feitos pela Auditoria aos tópicos 21.1.1.; 22.1.1. e7.1.1; - MEMO/IPEM-MG/CONTROLE INTERNO/N° 127/2005 (17/08/2005): solicitandoresposta ao item 45.1.1 do Parecer nº 43/Audin; - Parecer nº 43/Audin (04/08/2005): analisa as respostas/justificativasàs recomendações contidas no Relatório de Auditoria Extraordinária, objetodo Processo Audin – PA – 200 – 042/2004-E, de 10 de novembro de 2004; - Relatório de Auditoria Ordinária Financeira, Contábil e Administrativa– PA – 200 – 042/2004 – E – Auditoria INMETRO – Período de 06 a 10/12/2004:apenas apresentando o item 45.1, a Recomendação 45.1.1. e a resposta àrecomendação; - MEMO/IPEM-MG/DPGF/DVCA/N° 084/2005 (24/08/2005): informando as açõesimplementadas para sanar as não conformidades encontradas no setor einformando que o valor de débitos de terceiros com o IPEM-MG entre01/01/2000 e 27/07/2005 era de R$ 16.144.708,50, mas poderia mudar emfunção das ações que estavam sendo implementadas; - MEMO/IPEM-MG/DPGF/DVCA/SVCP/N° 100/2005 (16/09/2005): expondo asdificuldades encontradas para a implementação das ações visando a sanear asinconformidades e solicitando ação conjunta entre as Diretorias DIGE, DITEe DPGF para estudar os pontos críticos do processo e tomar as medidascabíveis; - MEMO/IPEM-MG/DITE/REGI-BELO HORIZONTE/N° 025/2005 (12/05/2005):solicitando à DVCA várias informações gerenciais; - MEMO/IPEM-MG/DPGF/DVCA/N° 060/2005 (24/06/2005): solicitando apoiologístico para a visita técnica do Analista de Sistemas; - MEMO/IPEM-MG/DPGF/DVCA/SVCP/N° 074/2005 (20/07/2005): solicitandomanutenção preventiva e/ou corretiva do Sistema de Caixa e Arrecadação(SCA) para garantir a segurança e confiabilidade das informaçõesarmazenadas;

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- CI/IPEM-MG/DPGF/DVCA/SVCP/Nº 023/2005 (14/10/2005): encaminhandoRelatório acerca da execução das rotinas de trabalho no arquivo físico daDivisão - MEMO/IPEM-MG/DPGF/DVCA/SVCP/N° 117/2005: relatando a situação na qualse encontrava o arquivo DVCA, demonstrando os problemas e as melhoriasrealizadas desde junho de 2005; - MEMO/IPEM-MG/DVCF/Nº 211/2005 (17/11/2005): respondendo à análise dorelatório PA – 200 – 014/2005-0 no que tange ao item 1.19.1, que trata dafalta de controles seguros pela contabilidade do IPEM-MG acerca daarrecadação, colocando que “essa afirmação não procede” e explicando osmotivos; - Informativo da Procuradoria Jurídica do IPEM/MG para a CGU(17/11/2005), informando as providências que estão sendo tomadas no âmbitoda Procuradoria; - MEMO/IPEM-MG/DVGP/Nº 145/2005: informando o nome dos funcionários eestagiários contratados para a Procuradoria a partir de 02/06/2005; - MEMO/IPEM-MG/PROC/Nº 085/2005 (09/08/2005): informando ao Diretor-Presidente do IPEM a situação do Jurídico-Administrativo do IPEM/MG; - MEMO/IPEM-MG/PROC/Nº 097/2005 (02/09/2005): informando os problemas dosistema/programa utilizado pela Procuradoria e solicitando solução rápida; - MEMO/IPEM-MG/PROC/Nº 099/2005 (02/09/2005): reiterando o MEMO Nº097/2005; - MEMO/IPEM-MG/PROC/Nº 115/2005 (14/10/2005): reiterando os MEMOs Nº097/2005 e 099/2005 e informando que a inviabilização de inscrição emdívida ativa dos processos de multa pode ocasionar sua prescrição einviabilizar a sua cobrança; - MEMO/IPEM-MG/PROC/COOR./JUR./ADM./Nº 80/2005 (14/10/2005): informandoa Procuradoria das condições da infra-estrutura de trabalho, especialmenteimpressoras, sistema e hardware, que estariam inviabilizando o andamentodos trabalhos de inscrição de dívida ativa e cobrando que a Procuradoriainterceda junto à Diretoria-Geral; - MEMO/IPEM-MG/PROC./COOR./JUR./ADM./Nº128/2005 03/11/2005): respondendopedido de informações feito pela Diretoria-Geral acerca da solução dosproblemas de informática. O MEMO informa ao Diretor-Geral que os problemasexistentes persistem e surgiram novos problemas que prejudicam ainda mais otrabalho da Coordenadoria Jurídico-Administrativa; - MEMO/IPEM-MG/PROC/Nº 121/2005 (07/11/2005): reiterando ao Diretor-Geral do Estado, os defeitos no sistema do jurídico-administrativo que vêmimpossibilitando a inscrição em dívida ativa, entre outros serviços; - Ata da reunião ocorrida em 10/11/2005 para solucionar os problemasatuais da Divisão de Controle e Arrecadação.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:A documentação encaminhada, a qual não foi respondida pelo responsável aseguir destacado, mas pelo Chefe de Gabinete da Presidência do INMETRO,mostra as ações tomadas no âmbito do IPEM-MG acerca do problemaidentificado. Não restou comprovado, no entanto, que o INMETRO tenhaadotado procedimentos visando ao saneamento da impropriedade.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO113.055.250-00 JOAO ALZIRO HERZ DA JORNADA Presidente

RECOMENDAÇÃO:1 - Ratificamos a recomendação do item 9.3.1.2 (a) do Relatório deAuditoria n.º 160818, qual seja: “A Presidência do INMETRO deve: a)notificar a Procuradoria Jurídica [....] para adotar os procedimentos deinscrição e cobrança da dívida ativa dos créditos da Autarquia Federalresultantes da execução do convênio firmado com o IPEM/MG, em face doconstatado pela Auditoria Interna – AUDIN [....]”.

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Recomendamos que o INMETRO:

2 – Providencie a apuração do montante efetivo de valores que prescreverame a prescrever.

3 – Adote as medidas necessárias para a apuração da responsabilidadedaqueles que deram causa à perda do direito de recepção dos valores areceber.

Recomendamos à Auditoria Interna:4 – Encaminhar à CGU-Regional/RJ, tão logo concluído, o Relatório acerca daauditoria extraordinária no IPEM/MG, de modo a demonstrar, com exatidão,quais os valores a receber ainda passíveis de inscrição em Dívida Ativa.

4.1.3 ASSUNTO - EXECUÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES

4.1.3.1 INFORMAÇÃO:A execução físico-financeira do período em exame, detalhada por programa,contendo as informações relativas ao orçamento previsto e respectivopercentual de realização, consta a seguir:

Orçamento Previsto e Executado .PTRES Programa de Trabalho Dotação Execução % Autorizada da Despesa .078484 CONTRIBUIÇÃO À AGÊNCIA 300.000,00 220.764,36 73,6 INTERNACIONAL - NACIONAL - .078549 AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE 14.704.683,00 14.585.431,79 99,2 - NACIONAL - .078557 PADRONIZAÇÃO E DISSEMINAÇÃO 7.110.000,00 5.736.528,34 80,7 DAS UNIDA - NACIONAL – .078565 CONTROLE METROLÓGICO - 174.399.999,00 173.645.732,68 99,6 - NACIONAL - .246735 CONTRIBUIÇÃO AO FORUM 35.000,00 22.442,39 64,1 INTERNACIONAL D - NACIONAL – .246743 CONTRIBUIÇÃO À COOPERAÇÃO 16.500,00 15.801,64 95,8 INTERNACION - NACIONAL – .246751 CONTRIBUIÇÃO À ASSOCIAÇÃO 16.500,00 0,00 0,0 INTERNACION - NACIONAL – .804363 PAGAMENTO DE APOSENTADORIAS 15.166.463,00 15.413.693,14 99,9 E PENSÕES - NACIONAL – .853542 CONTRIBUIÇÃO À COOPERAÇÃO 16.500,00 11.325,89 68,6 EUROPÉIA DE - NACIONAL – .860361 ADMINISTRAÇÃO DA UNIDADE -1 97.770,12 - - NACIONAL - .963920 GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO 84.729.778,00 83.976.949,01 99,1 DO PROGRAMA - NACIONAL - .963921 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO AOS 1.590.000,00 1.414.393,53 89,0 SERVIDORES - NACIONAL – .963922 AUXÍLIO-TRANSPORTE AOS 146.000,00 130.711,58 89,5 SERVIDORES - NACIONAL - .963923 CUMPRIMENTO DE SENTENCA JUDICIAL 30.634,00 0,00 0,02

TRAN - NACIONAL – .964703 GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA -3 18.500,00 - - NACIONAL - .967583 CAPACITAÇÃO DE SERVIDORES 1.350.000,00 1.349.554,86 100,0 PUBLICOS - NACIONAL - .967584 ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR AOS 173.000,00 90.438,15 52,3 DEPENDENT - NACIONAL - .967585 DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO 1.200.000,00 999.999,98 83,3 TECNOLOGIC - NACIONAL - .967600 ASSISTÊNCIA MÉDICA E 1.727.250,00 563.758,88 32,64

ODONTOLÓGICA AOS - NACIONAL – .

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PTRES Programa de Trabalho Dotação Execução % Autorizada da Despesa .976398 CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO, DE SUAS 8.559.175,00 0,00 0,05

AUTARQ - NACIONAL - .976399 PUBLICIDADE DE UTILIDADE 1.833.391,00 0,00 0,06

PÚBLICA - NACIONAL – .976400 CONTRIBUIÇÃO À ORGANIZAÇÃO 110.000,00 73.327,98 66,7 INTERNACIO - NACIONAL – .976401 CONTRIBUIÇÃO À COMISSÃO 30.800,00 14.435,13 46,9 INTERNACIONAL - NACIONAL – .976402 CONTRIBUIÇÃO À COOPERAÇÃO DE 12.000,00 12.000,00 100,0 ACREDITA - NACIONAL - .976403 CONTRIBUIÇÃO À NATIONAL 3.000,00 1.089,82 36,3 CONFERENCE OF - NACIONAL - .976404 CONTRIBUIÇÃO À PAN EUROPEAN 242.000,00 124.619,72 51,5 FOREST CE - NACIONAL - .976405 AMPLIAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA 8.200.000,00 7.787.498,43 95,0 LABORATO - NACIONAL – .976406 PROMOÇÃO DE CERTIFICAÇÃO E 2.000.000,00 1.989.782,30 99,5 UTILIZAÇÃO - NACIONAL - . Total 323.962.491,00 308.296.549,72 95,2Fonte: SIAFI/20051 PTRES da UG 36212 - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Os valoresexecutados referem-se a créditos recebidos pelo INMETRO e pagos pela ANVISA emfunção de ressarcimento de salário e encargos de servidor cedido.2 Valor de R$ 30.458,00 descentralizado para o Tribunal referente a sentençasjudiciais.3 PTRES da UG 200016 - SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS. Os valoresexecutados referem-se à descentralização de créditos orçamentários para atender adespesas com a realização de estudos para fundamentação de normas técnicas parafabricação de veículos e equipamentos de transportes coletivos.4 Descentralização de R$ 623.385,00 para o MDIC referente a plano de saúde, conformeconvênio.5 Repasse, por meio de GRU, do montante de R$ 8.556.331,11, referente a PSS.6 Processo licitatório não concluído.

Destacamos, a seguir, aspectos relevantes a respeito da execução daUnidade:

Apropriação de despesas nos programas de trabalho disponíveis:Observamos, por meio de amostragem aleatória não probabilística, acompatibilidade entre o objeto das notas de empenho, os respectivosProgramas de Trabalho e a correta classificação da despesa. Para a amostraanalisada, o favorecido das ordens bancárias - OBs emitidas estava deacordo com o favorecido das notas de empenho. Em alguns casos o pagamentodas faturas se dava diretamente no Banco do Brasil, que passava a ser ofavorecido das OBs. No caso de diárias e suprimento de fundos não foramverificados os favorecidos das OBs. Ressalvamos, no entanto, asimpropriedades apontadas nos itens 4.1.3.2 a 4.1.3.4.

Retenção de impostos e INSS: Exceto a impropriedade constatada no item5.3.2.1, a análise de amostra de processos de pagamento mostrou o devidorecolhimento tributário.

4.1.3.2 CONSTATAÇÃO:Realização de despesas sem prévio empenho.

Tendo em vista o elevado valor de despesas realizadas pela Unidade cujasnotas de empenho indicavam no campo “Modalidade Licitatória” a inscrição“NÃO SE APLICA” (realizado o montante de R$ 2.677.990,50), analisamosamostra, representativa de 12,0% do total, selecionada de acordo com oobjeto informado e o valor pago. Verificamos a ocorrência de pagamentos porindenização, em sua maior parte devidamente justificados, bem como

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contratos de fechamento de câmbio, os quais também apresentavam suasdevidas justificativas. Identificamos, no entanto, situações impróprias, asquais destacamos, a seguir:

A) O Processo n.º 008/05 referiu-se a pagamento, no exercício de 2005, atítulo de indenização, no valor de R$ 12.000.00, referente a serviço deavaliação, diagnóstico e correção da Unidade Laser ML10 prestado noexercício de 2004 pela empresa Renishaw Latino Americana Ltda. No documentoProcessamento Geral de Aquisições – PGA, o embasamento legal utilizado foio parágrafo único do artigo 59 da Lei n.º 8.666/1993. Discordamos do amparolegal apresentado, pois a situação que culminou no pagamento porindenização não se originou de nulidade de contrato administrativo, masocorreu em função de contratação dos serviços sem a formalização exigidapela Lei n.º 8.666/1993 e sem emissão prévia de empenho.

B) O Processo n.º 850/05 tratou do pagamento, por indenização, à empresaVídeo Clipping. Em 22/06/2005, por meio da OB 903585, foram efetuadospagamentos, a título de indenização, no valor de R$ 2.200.00, referentes aserviços prestados ao INMETRO, nos meses de janeiro e fevereiro. Nodocumento Processamento Geral de Aquisições – PGA, parte integrante doprocesso, o embasamento legal utilizado foi o parágrafo único do artigo 59da Lei n.º 8.666/1993. Discordamos do amparo legal apresentado, pois asituação que culminou no pagamento por indenização não se originou denulidade de contrato administrativo. Ela ocorreu em função de contrataçãoinformal dos serviços, sem a formalização exigida pela Lei n.º 8.666/1993 esem emissão prévia de empenho.

C) O Processo n.º 1270/05 (DL 126/2005), que tratou de contratação deserviço de clipping eletrônico, teve início em 03/03/2005, com ajustificativa e o pedido de compra realizados pelo Serviço de ComunicaçãoSocial do INMETRO. A contratação foi autorizada em 16/05/2005 e o empenhoque a formalizou teve sua emissão em 19/05/2005. No período compreendidoentre o início do processo e a emissão do empenho houve a prestação efetivados serviços, conforme atestado nas notas fiscais n.ºs 13966 e 14097,referentes aos meses de março e abril. Esses serviços, executados antes daconclusão do processo de dispensa, custaram R$ 2.200,00 e foram pagos em30/05/2005. Ou seja, houve a realização de despesa antes de suaautorização.

D) O Processo n.º 1673/05 tratou do pagamento, por indenização, à FundaçãoGetúlio Vargas pela realização de curso. Os autos processuais indicavam queoriginalmente havia a intenção de efetivar uma contratação baseada emdispensa de licitação amparada pelo inciso XIII do artigo 24, da Lei n.º8.666/1993. No entanto, antes de o processo de dispensa encontrar-seconcluído, ou seja, antes da emissão do empenho, houve a prestação doserviço. Não foi possível a identificação, no entanto, do motivo darealização do curso antes da conclusão do processo, ou de autorização darealização por autoridade competente.

Os casos, conforme se pode verificar, sequer se referem a situaçõesimprescindíveis à continuidade operacional da instituição que justificassemo ato de empenho contemporâneo à realização da despesa, conforme previsãodo parágrafo único do artigo 24 do Decreto n.º 93.872/1986. A efetivação dedespesa sem prévio empenho contraria o artigo 60 da Lei n.º 4.320/1964 e ocaput do artigo 24 do Decreto n.º 93.872/1986.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Para o Processo n.º 1673/05, a autoridade máxima autorizou o pagamento dosserviços prestados para não caracterizar enriquecimento ilícito, de acordocom parecer da Procuradoria-Geral do INMETRO. Não evidenciamos, porém, emnenhum dos processos, questionamentos por parte dos gestores, acerca darealização dos serviços antes da emissão do empenho ou sem a efetivação do

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devido procedimento licitatório ou de dispensa ou de inexigibilidade ematendimento à Lei n.º 8.666/1993.

O critério para a imputação da responsabilidade foi a seguinte: Processon.º 1673/05 - indicado o dirigente máximo, uma vez que não identificamosqualquer documento de autorização para a realização da despesa antes dotérmino do processo de dispensa; Processos n.º 8/05 e 850/05 - indicadostodos aqueles que assinaram o documento Processamentos Gerais de Aquisições– PGA que continha a fundamentação legal equivocada; Processo n.º 1270/05 -indicada a chefia da Divisão de Finanças, que não questionou o fato de osserviços terem se realizado antes da devida autorização.

Após análise da recomendação exarada, no sentido de abster-se de realizardespesa sem prévio empenho, a autoridade máxima determinou à Diraf e atodas as UPs do INMETRO, que se abstenham de forma inequívoca de realizartais pagamentos, a fim de não comprometer a gestão, e não ferir alegislação pertinente.

CAUSA:Para os Processos n.º 008/05 e 850/05, verifica-se ausência de controle queevitasse a efetivação de serviços sem cumprimento da legislação em vigor,caracterizando a contratação informal de serviços. Nos demais casos,contratação dos serviços antes da conclusão do processo de dispensa.

JUSTIFICATIVA:Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“A execução antecipada dos serviços foi uma decisão da árearequisitante, cujo titular invocou a importância vital dosserviços, que objetivam propiciar o registro e oacompanhamento das ações do INMETRO na mídia eletrônica.Estamos solicitando ao responsável, de fato e de direito, queformalize as respectivas justificativas para, mesmo que deforma intempestiva, sejam atendidas todas as exigênciaslegais e regulamentares e, ainda, para que se dê a devidaresposta ao apontamento na SA.É oportuno lembrar que a regra, no INMETRO, com fulcro nalegislação pertinente, é pesquisar previamente, contratar aopção mais vantajosa e executar cada etapa no seu devidotempo.Todas as providências estão sendo tomadas para que equívocossemelhantes não voltem a ocorrer.Processo n.º 52600.000850/2005, [....] como pode ser vistonos autos, a área de comunicação social do INMETRO, buscandonão comprometer os resultados de seu trabalho, realizouserviços, cujos valores estão abaixo do limite de dispensa,sem a devida formalização, como observado pelas senhorasauditoras. Ao enviar suas alegações e as faturas para osdevidos pagamentos, o titular do Secom[....], afirma estartomando providências para uma contratação regular.Contudo, a despeito dos equívocos, o INMETRO entende que umaempresa não pode ser apenada em razão de falha processual eprocedimental. E nossa procuradoria jurídica entende que oartigo 59 pode ser usado, por analogia, para o caso depagamentos sem cobertura contratual, em casos extremos edevidamente comprovados.A área administrativa, ao propiciar a quitação do débito,buscou não colocar o INMETRO em situação de inadimplência ecom risco de figurar em rol de empresas com o nome impedidopara as transações comerciais, de um modo geral.

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Tal deslize procedimental, não será mais tolerado no âmbitodo INMETRO.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:As justificativas apresentadas não elidem as impropriedades. Com relação aouso do artigo 59 da Lei n.º 8.666/1993 para a fundamentação das aquisições,discordamos do posicionamento apresentado, conforme anteriormente exposto.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)CPF NOME CARGO113.055.250-00 JOAO ALZIRO H. DA JORNADA Presidente382.308.957-91 ROSELENE DA SILVA Chefe Subst. Div. Adm.890.180.877-34 GILSON DA S. ALMEIDA Chefe Subst. Setor Mat. e

Compras381.477.507-49 ANTONIO C. DE V. LORANG Chefe Div. Finanças328.588.257-34 MISAEL ROQUE ALCIDES Chefe Div. Adm.

RECOMENDAÇÃO:Abster-se de realizar despesa sem prévio empenho, atuando em conformidadecom a Lei n.º 4.320/1964.

4.1.3.3 CONSTATAÇÃO:Pagamento de nota fiscal correspondente à aquisição de produto utilizandoempenho cujo objeto refere-se a serviço.

A análise do Processo n.º 2452/04 (UG 183023), referente à contratação daempresa Ivirtua Solutions Ltda., por meio de inexigibilidade de licitaçãobaseada no inciso I do artigo 25 da Lei n.º 8.666/1993, demonstrou aseguinte situação:

(a) A documentação de suporte à aquisição indicava como objeto a aquisiçãode 200 licenças de software, incluindo suporte e manutenção por 24 meses;

(b) A nota de empenho indicava tratar-se de serviços de locação desoftware, no montante de R$ 30.000,00;

(c) Pela análise do citado processo, verificamos a existência de trêspropostas da empresa, a saber:

- 1ª às folhas 9 a 12, datada de 11/05/2004, indicando o preço das 200licenças de software no montante de R$ 30.000,00 e citando em seu item 5 aexistência de contrato de suporte e manutenção por 24 meses, 01/01/2004 a31/12/2005;

- 2ª às folhas 31 a 34, datada de 30/06/2004, indicando o preço das 200licenças de software no montante de R$ 25.000,00 e citando em seu item 5 aexistência de contrato de suporte e manutenção por 24 meses, 01/01/2004 a31/12/2005;

- 3ª às folhas 38 a 40, datada de 30/06/2004, indicando o preço do contratode suporte e manutenção por 24 meses no montante de R$ 56.000,00 e docontrato de suporte e manutenção por 12 meses no montante de R$ 5.000,00.

(d) A nota fiscal apresentada pela empresa indicava a aquisição de produtosno montante de R$ 30.000,00;

(e) Foi efetivado pagamento referente a serviços de locação, inclusive comrecolhimento no código de receita 6190.

Constata-se, portanto, incoerência entre o objeto discriminado no processo,o objeto da nota de empenho e o objeto da nota fiscal. Como conseqüência, opagamento de R$ 30.000,00 encontra-se, no mínimo, efetivado com

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recolhimento indevido. Tal situação demonstra desrespeito à alínea “a” do §1º do artigo 36 do Decreto n.º 93.872/1986.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Emitiu nota de empenho em desacordo com as evidências processuais e efetuoupagamento de produto utilizando evento de pagamento de serviços.

CAUSA:Desobediência aos ditames legais e não observância aos autos processuaisquando da efetivação da aquisição por meio da emissão da nota de empenho.

JUSTIFICATIVA:Foi encaminhada a Comunicação Interna – CI/DIFIN n.º 004/06, pelo ChefeSubstituto da Divisão de Finanças em que foi esclarecido, acerca do item“e”:

“[....]que realmente foi feito retenção a maior, pois trata-se de uma nota fiscal de venda. Mas em contato telefônico coma Srª Giselle Cristina Draschi – Setor Financeiro – IVIRTUASOLUTIONS, fomos informados que a empresa já foi reparadajunto à Receita do valor da retenção feita a maior.”

A Presidência do INMETRO manifestou-se acerca das recomendações a seguir,acatando-as e determinando o seu atendimento.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:A justificativa apresentada acerca do item “e” ratifica a incoerênciaobservada, uma vez que informa tratar-se de um procedimento de venda deproduto, apesar de o empenho indicar situação adversa.

RECOMENDAÇÃO:Recomendamos que o INMETRO, em suas aquisições:

1 - Mantenha coerência entre o objeto adquirido, o empenho efetivado e opagamento realizado.

2 – Abstenha-se de efetuar pagamento decorrente de aquisição de produtosutilizando empenho cujo elemento de despesa refira-se a aquisição deserviços.

4.1.3.4 CONSTATAÇÃO:Pagamentos de despesas apresentadas pela contratante sem comprovação oujustificativa para o gasto.

Na análise dos pagamentos efetuados à Fundação José Pelúcio Ferreira, noâmbito do Contrato n.º 188/2003, Processo n.º 6684/03, identificamos asseguintes situações:

(a) Notas de débito com cobrança ao INMETRO de despesas descritas como“despesa com INSS referente a contratações retroativas a abril/2004”:Nota Emissão Valor da despesa20124 24/08/2005 R$ 135.000,0020143 27/09/2005 R$ 135.000,0020158 25/10/2005 R$ 155.000,00

Não evidenciamos no Processo a comprovação da realização dessas despesaspor parte da Fundação; o detalhamento sobre a que contratações se referiame, principalmente, esclarecimento dos motivos pelos quais esses encargosforam atribuídos e pagos pelo INMETRO;

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(b) Notas de débito acrescidas de despesas descritas como “encargosretroativos”:Nota Emissão Valor da despesa20199 21/12/2005 R$ 106.595,0020179 24/11/2005 R$ 106.595,00

Da mesma forma, não havia comprovantes da realização dessas despesas porparte da Fundação, discriminação dos encargos e motivos pelos quais foramatribuídos e pagos pelo INMETRO;

(c) Despesas faturadas ao INMETRO nas notas 20009 (27/01), 20095 (27/06),20051 (17/03), 20066 (20/04), 20081 (25/05) e 20116 (29/07), totalizando R$56.013,74, descritas como “Despesas gráficas e viagens”. Não evidenciamoscomprovantes que permitissem identificar o que foi pago, bem como osmotivos pelos quais essas despesas foram realizadas pela Fundação ecobradas do INMETRO, tendo em vista não haver previsão no Contrato paraesses gastos; e

(d) Ausência, no processo, dos comprovantes de quitação de recolhimento dascontribuições ao INSS e ao FGTS, bem como da comprovação do pagamentosalarial. O item 2.1.6 da cláusula segunda do Contrato dispõe comoobrigação da contratada a apresentação mensal desses documentos.

Cabe ressaltar que a inexistência de planilha com informação dos custoscomponentes do preço da contratada dificulta a análise da pertinênciadesses valores lançados ao INMETRO.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Atestaram os valores cobrados pela contratada. Indicada como responsável aChefia da Divisão de Recursos Humanos, a qual foi responsável pelo atestoda despesa.

CAUSA:Inexistência de um procedimento de conferência eficiente que permitaverificar se os valores devidos apresentam respaldo contratual.

JUSTIFICATIVA:Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“Com referência aos subitens 1.1, 1.2, 1.3, 1.4, 1.5 [alíneas(a) e (b)], informamos que os pagamentos foram efetuados emdecorrência de determinação do Ministério Público do Trabalhoem Santa Catarina (documento anexo). Os comprovantes dosdevidos recolhimentos foram fornecidos pela contratada e ascópias estão anexas e juntadas aos autos do processo.

1.6 [alínea (c)] – Constata-se que, efetivamente, ocorreu aimpropriedade e os valores serão ressarcidos ao INMETRO pelaFJPF ainda neste mês de janeiro/2006.

1.8 [alínea (d)] - respondido no relatório 175763/04 – serãoencaminhados anexos pela FJPF. [não localizada ajustificativa ou anexos eventualmente encaminhados]”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Com relação às alíneas (a) e (b), recebemos cópias autenticadas das folhas1 e 2 do Livro da Inspeção do Trabalho da Fundação José Pelúcio Ferreira,cópia da notificação para apresentação de documentos, expedida peloMinistério do Trabalho e Emprego, 15 cópias de Resumo Geral da folha depagamento e uma cópia do espelho da folha de pagamento, competência abrilde 2004, dos prestadores do INMETRO-SC. Recebemos também 17 cópias de Guias

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da Previdência Social (GPS) e 16 Guias de Recolhimento do FGTS eInformações à Previdência Social (GFIP), competências de abril de 2004 ajulho de 2005, e duas Guias de Recolhimento de Contribuição Sindical(GRCS), exercícios 2004 e 2005. Somados todos esses documentos, chegamos aomontante de R$ 627.714,10. Os valores de (a) e (b) somam R$ 638.190,00.Portanto, ainda há uma diferença de R$ 10.475,90 sem comprovação.

Os documentos apresentados demonstram que a Fundação descumpriu alegislação trabalhista, em relação aos seus funcionários que prestamserviços ao INMETRO-SC, desde abril de 2004, não recolhendo o INSS e o FGTSdevidos. O INMETRO, por sua vez, concorreu com a falha ao não exigir dacontratada o cumprimento de cláusula contratual que estabelece a exigênciada comprovação mensal de quitação ao INSS e ao FGTS, bem como a comprovaçãodo pagamento salarial, relativos aos prestadores colocados a suadisposição.

No tocante aos documentos apresentados, chamamos a atenção para a GPS de22/08/2005 e a GFIP de 05/08/2005, cujos valores estão elevados em relaçãoaos demais, indicando a abrangência de outros prestadores além daqueleslotados no INMETRO-SC. A GFIP não veio na íntegra, de modo que não pudemoscompará-la com as demais.

Quanto aos motivos pelos quais esses encargos foram atribuídos e pagos peloINMETRO, não houve manifestação.

Acerca da alínea (c) o INMETRO concorda com a ocorrência da impropriedade.

A respeito da alínea (d) não houve manifestação.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO697.785.157-00 ALVARO LUIZ BORGES BAIÃO Chefe Div. RH373.506.927-49 MAURÍCIO MOREIRA DE CARVALHO Chefe Div. RH

RECOMENDAÇÃO:Recomendamos ao INMETRO:

1 – Reaver junto à Fundação José Pelúcio Ferreira o valor de R$ 56.013,74,referente a despesas indevidas e não comprovadas.

2 – Examinar atentamente a GPS de 22/08/2005, no valor de R$ 137.073,61, ea GFIP de 05/08/2005, no valor de R$ 43.354,34, a fim de assegurar-se sobreo total da despesa atribuída ao INMETRO.

3 – Analisar a pertinência da cobrança dessas despesas com INSS, FGTS eContribuição Sindical, tendo em vista que esses valores já devem estarembutidos no preço da contratada.

4 – Exigir da Fundação a comprovação de todas as despesas lançadas emfatura, bem como a apresentação mensal do espelho da folha de pagamentosalarial, das guias quitadas relativas à Previdência Social e ao Fundo deGarantia, de acordo com o que dispõe o contrato, anexando-as ao processo.

5 - Abster-se de realizar pagamentos de despesas não previstas nosinstrumentos contratuais.

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5. GESTÃO FINANCEIRA

5.1 SUBÁREA - RECURSOS DISPONÍVEIS

5.1.1 ASSUNTO - SUPRIMENTOS DE FUNDOS ROTATIVOS

5.1.1.1 CONSTATAÇÃO:Impropriedades em concessões e prestações de contas atinentes a suprimentode fundos.

A análise de amostra, informada no escopo do presente Relatório, dosprocessos de concessão e prestação de contas de suprimento de fundosconcedidos até agosto de 2005 resultou na observação das seguintesimpropriedades:

UG 183024

a) Concessão de suprimentos de fundos aos beneficiários abaixo destacados,os quais não são servidores públicos, em desacordo com a exigência docaput do artigo 45 do Decreto n.º 93.872/1986.- Beneficiários CPF n.º: 224.398.119-04, 457.445.809-72, 537.598.429-68,777.460.159-72.

b) Concessão de suprimento a pessoa responsável por outros doissuprimentos, em desacordo com o estabelecido na alínea “a” do § 3º doartigo 45 do Decreto n.º 93.872/1986 e na Lei n.º 4.320/1964.

- Processo de concessão 1561/05 – Beneficiário CPF n.º 537.598.429-68responsável pelos suprimentos referentes aos processos 625/05 e 1038/05;- Processo de concessão 2588/05 – Beneficiário CPF n.º 537.598.429-68responsável pelos suprimentos referentes aos processos 625/05 e 1561/05;- Processo de concessão 2678/05 – Beneficiário CPF n.º 537.598.429-68responsável pelos suprimentos referentes aos processos 630/05 e 2677/05;- Processo de concessão 3136/05 – Beneficiário CPF n.º 777.460.159-72responsável pelos suprimentos referentes aos processos 1580/05 e1581/05;- Processo de concessão 3137/05 – Beneficiário CPF n.º 777.460.159-72responsável pelos suprimentos referentes aos processos 1580/05, 1581/05e 3136/05.

c) Desrespeito ao prazo de prestação de contas estabelecido pelo ordenador,não observando o disposto no § 2º do artigo 45 do Decreto n.º 93.872/1986.

- Processo 865/2005 – a prestação de contas foi recebida em 03/08/2005,tendo o prazo expirado em 25/05/2005.

d) Uso do suprimento para custeio de despesa de caráter continuado, emdesacordo com o estabelecido no caput do artigo 45 do Decreto n.º93.872/1986 e no artigo 68 da Lei n.º 4.320/1964.

- Processos 630/2005 e 2678/05, os quais continham pagamentos periódicosàs empresas HSG Estacionamento e Lavação Ltda. (pelo serviço deestacionamento de veículos) e Protal Sistemas de Segurança Ltda. (peloserviço de monitoramento).

e) Fracionamento de despesas cujo valor total ultrapassava o limiteestabelecido pelo artigo 2.º da Portaria n.º 95, de 19/04/2002, doMinistério da Fazenda e pelo Manual do SIAFI.

- Processo 630/05, referente a reparo em veículo (NF 5175 e 5176 emfavor de Oficina Mecânica Ary).

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UG 183025

f) Concessão de suprimento a servidor responsável por outros doissuprimentos, em desacordo com o estabelecido na alínea “a” do § 3º doartigo 45 do Decreto n.º 93.872/1986:

- Processo de concessão 2946/05 – Beneficiário CPF n.º 064.608.617-04responsável pelos suprimentos referentes aos processos 2096/05 e2700/05.

UG 183039

g) Concessão de suprimentos de fundos aos beneficiários abaixo destacados,os quais não são servidores públicos, em desacordo com a exigência do caputdo artigo 45 do Decreto n.º 93.872/1986.

- Beneficiários CPF n.º: 281.118.000-10, 288.081.770-68, 349.037.980-20,399.252.850-20, 407.052.850-49, 417.189.410-72, 439.222.360-49 e540.133.050-20.

h) Concessão de suprimento a servidor responsável por outros doissuprimentos, em desacordo com o estabelecido na alínea “a” do § 3º doartigo 45 do Decreto n.º 93.872/1986.

- Processo de concessão 2816/05 – Beneficiário CPF n.º 281.118.000-10responsável pelos suprimentos referentes aos processos 648/05 e 649/05;- Processo de concessão 2821/05 – Beneficiário CPF n.º 281.118.000-10responsável pelos suprimentos referentes aos processos 717/05 e 720/05;- Processo de concessão 3075/05 – Beneficiário CPF n.º 288.081.770-68responsável pelos suprimentos referentes aos processos 925/05 e 926/05;- Processo de concessão 6515/05 – Beneficiário CPF n.º 360.644.910-00responsável pelos suprimentos referentes aos processos 2840/05 e2841/05;- Processo de concessão 6235/05 – Beneficiário CPF n.º 417.189.410-72responsável pelos suprimentos referentes aos processos 2838/05 e2839/05;- Processo de concessão 6825/05 – Beneficiário CPF n.º 360.644.910-00responsável pelos suprimentos referentes aos processos 2823/05 e2824/05;- Processo de concessão 6572/05 – Beneficiário CPF n.º 349.037.980-20responsável pelos suprimentos referentes aos processos 2811/05 e2815/05;- Processo de concessão 6825/05 – Beneficiário CPF n.º 399.252.850-200responsável pelos suprimentos referentes aos processos 2823/05 e2824/05;- Processo de concessão 6897/05 – Beneficiário CPF n.º 540.133.050-20responsável pelos suprimentos referentes aos processos 3079/05 e3080/05.

i) Desrespeito ao prazo de prestação de contas estabelecido pelo ordenador,contrariando o estabelecido no § 2º do artigo 45 do Decreto n.º93.872/1986.

- Processo 648/2005 – a prestação de contas foi recebida em 17/05/2005,tendo o prazo expirado em 01/05/2005;- Processo 649/2005 – a prestação de contas foi recebida em 17/05/2005,tendo o prazo expirado em 01/05/2005;- Processo 717/2005 – a prestação de contas foi recebida em 11/05/2005,tendo o prazo expirado em 01/05/2005;- Processo 720/2005 – a prestação de contas foi recebida em 11/05/2005,tendo o prazo expirado em 01/05/2005;- Processo 925/2005 – a prestação de contas foi recebida em 17/05/2005,tendo o prazo expirado em 11/05/2005;- Processo 926/2005 – a prestação de contas foi recebida em 17/05/2005,tendo o prazo expirado em 11/05/2005;

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- Processo 2811/2005 – a prestação de contas foi recebida em 10/08/2005,tendo o prazo expirado em 06/08/2005;- Processo 2815/2005 – a prestação de contas foi recebida em 19/08/2005,tendo o prazo expirado em 06/08/2005;- Processo 3079/2005 – a prestação de contas foi recebida em 15/08/2005,tendo o prazo expirado em 06/08/2005;- Processo 3080/2005 – a prestação de contas foi recebida em 15/08/2005,tendo o prazo expirado em 06/08/2005.

j) Custeio de despesa de natureza incompatível com a sua finalidade, emdesacordo com o estabelecido no caput do artigo 45 do Decreto n.º93.872/1986 e no artigo 68 da Lei n.º 4.320/1964.

- Processo 3181/05, o qual continha aquisição de material, sendo osuprimento destinado a serviço.

k) Desrespeito ao prazo de aplicação dos recursos estabelecido peloordenador.

- Processo 648/2005 – a utilização estava autorizada até 21/04/2005,constando da prestação de contas notas fiscais datadas de 25/04/2005,27/04/2005 e 29/04/2005.

Identificamos, ainda, a seguinte impropriedade de natureza formal e semimpacto na gestão:

l) Os atos legais de concessão, nos casos em que os suprimentos de fundospossuíam movimentação por meio de Cartão de Crédito Corporativo, nãoindicavam o uso da sistemática de pagamento, em desobediência aoestabelecido pela Portaria MF n.º 95/2002, exceto para os atos referentes àUG 183039, que especificavam os valores dos suprimentos referentes adébitos e/ou créditos.

ATITUDE(s) DO(s) GESTOR(ES):Não houve evidência processual que demonstrasse terem os gestoresconhecimento de que os procedimentos adotados contrariavam os normativosvigentes. Indicados como responsáveis os Ordenadores de Despesa, os quaisautorizavam a concessão e a prestação de contas, e as pessoas declarantesde não haver impedimento para a concessão, se esta fosse constante do rolde responsáveis, para os casos em que havia impedimento.

Após tomar ciência da recomendação exarada, o dirigente máximo determinou àDiraf que se abstenha de forma inequívoca de realizar pagamentos desuprimentos de fundos sem observância à legislação e aprimore os controlesinternos, fortalecendo-os, a fim de não comprometer a gestão, e não ferir alegislação pertinente.

CAUSA:Desconhecimento da legislação e controles internos falhos para averificação de impedimentos para a concessão do suprimento de fundos e paraa apuração da adequação das prestações de contas apresentadas.

JUSTIFICATIVA DO GESTOR:Acerca do item “f”, por meio do Memorando n.º 07/2005/Super/Codaf, de17/10/2005, foi esclarecido, pela Sra. Jandira A. de Sá, que:

“A concessão de suprimento ao servidor CPF n.º 064.608.617-04deu-se em razão de que o mesmo encontrava-se trabalhando nointerior do estado e em zonas rurais onde não havia postos docorreio, dificultando, assim, o envio das prestações decontas citadas nos processos acima mencionados. Além disso, ocaminhão no qual o servidor trabalhava tem motor de altarotação para manuseio de guindaste em levantamento de pesosde 500 Kg, fazendo com que o gasto de combustível sejaintenso, uma vez que o mesmo permanece por muito tempoligado, necessitando, assim, de mais combustível. Senhores

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auditores, entendo termos conhecimento de que o servidorainda não havia prestado contas quando houve a liberação deum outro suprimento. Por outro lado, decidiu-se pelaconcessão com vistas a evitar a paralisação das atividadesiniciadas, considerando, inclusive, a distância em que omesmo se encontrava. Estamos, inclusive, revendo tanto oprazo para prestação de contas quanto o limite concedido aosservidores em viagens com o intuito de que fatos como estesnão venham a acontecer novamente.”

Por meio do Ofício n.º 032/INMETRO-RS, de 24/10/2005, foi informado peloSr. Omer P. Filho, por item, que:

(g) “De imediato cumpre-nos informar que o INMETRO, seguindoa política de descentralização do Governo Federal, forte nodecreto-Lei 200/67, delega a execução de suas atividades paraórgãos públicos estaduais que, por força de convênio, passama executar suas despesas no orçamento do INMETRO, de formadescentralizada e com seus quadros de pessoal.Cabe ainda lembrar que não existe previsibilidade naestrutura organizacional do INMETRO e, em seus cargos efunções, de servidores para a execução das atividadesmetrológicas nos Estados, pois, como já se afirmou, estas sãodelegadas aos IPEM’s estaduais que as executam.Por estas razões, fica claro de que não há outra forma para aconcessão de suprimento de fundos nos estados que não sejaatravés de não servidores do INMETRO, em exceção do estado deGoiás onde o poder judiciário reconheceu o vínculo funcionaldaqueles servidores com o governo federal.No caso do Rio Grande do Sul, não é diferente estanecessidade de concessão de suprimentos a não servidoresfederais, entretanto, naquele estado a execução da metrologialegal é exercida diretamente pelo INMETRO com servidorespúblicos do estado do Paraná, cedidos para esta Autarquia,constituindo-se num caso atípico para o qual não se vislumbrasolução administrativa definitiva [....]”

(h) “[....] a logística para o fornecimento de suprimento derecursos às equipes técnicas, em função da atipicidade dostrabalhos, deve ser bastante ágil e eficiente, sob pena decomprometer o planejamento das atividades técnicas e provocarprejuízos operacionais e financeiros.É com este intuito que são cadastrados centros de custos, naSede, em Porto Alegre, e nas regionais, no interior doestado, para os quais são concedidos suprimentos de fundos emnome dos supridos responsáveis, sendo que, somente sãoconcedidos novos suprimentos quando estes supridos jáencerraram seus suprimentos e já enviaram (muitas vezes viamalote) as prestações de contas ao setor competente, na sedeem porto Alegre, para a respectiva baixa no SIAFI.Ocorre que, em algumas situações, especialmente nos casos desupridos do interior do estado, não é possível a análisedetalhada destas prestações de contas antes da concessão denovo suprimento, posto que, este eventual atraso trariasérias dificuldades para a atividade, pois exigiria oretardamento da saída das equipes que necessitam viajar paraa realização dos seus trabalhos.Por esta razão que, estando a prestação de contas encerrada,entregue, em fase de análise no setor competente e com todosos saldos encerrados e respectivas devoluções realizadas, éconcedido novo suprimento, embora não tendo sido aindarealizada a baixa da prestação de contas no sistema SIAFI[....]”

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(i)”Após análise realizada sobre as datas de entrega dasprestações de contas, foi constatado que estas foram feitasdentro dos prazos estabelecidos na concessão, conforme folhas2, 3, 9, 10, 28 e 42 do Processo n.º 648/2005 [....] pode-seobservar que o prazo de aplicação foi 90 dias, a partir de01/02/05, ou seja, até 01/05/05. Na folha 2 consta que oprazo para prestação de contas foi de 10 dias, ou seja, até11/05/05. Nas folhas 9 e 42 são ratificadas estasinformações.A prestação de contas do processo em pauta (648/05), foiencerrada no Setor Regional de Pelotas no dia 02/05/05 erecebida na Sede, em Porto Alegre, no dia 11/05/05, conformeguia de remessa n.º 032, [....] portanto dentro do prazoestabelecido pelo ordenador de despesas, sendo que a baixa noSIAFI ocorreu no dia 17/05/05, dentro do prazo legal de 30dias estabelecido na legislação. Cumpre informar, entretanto,que foi constatado um erro na data registrada no sistema degestão informatizado, já justificado no verso das folhas 10 e28 [....] informando que a efetiva prestação de contas foirealizada dia 11/05/05 e não dia 17/05/05. O erro constatadodo sistema já foi devidamente corrigido.Quanto aos demais processos relacionados no item, os fatosocorreram em situação idêntica à mencionada.”(j) “Foi feita uma análise criteriosa da documentação(comprovantes de despesa) que consta no referido processo,não tendo sido identificada nenhuma despesa em desacordo coma natureza prevista, quando da concessão do referidosuprimento. A única nota fiscal que poderia suscitar algumadúvida é a que consta na página n.º 31, onde está descritosuporte para peso, mas que a justificativa no verso da NFesclarece – ‘confecção de suporte para peso’, visto ser umserviço que tem de ser feito sob medida, dependendo de cadacaso.”(k) “Conforme documento SIAFI – NS00026 de 2005, integrantedo processo – página 03, o prazo de aplicação determinado éde 90 dias, iniciando em 01 de fevereiro/2005. Assim as notasfiscais datadas de 25, 27 e 29/04/2005, estão dentro do prazode aplicação concedido. [....]”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Analisaremos as respostas por item:

f) A justificativa apresentada não elide a impropriedade verificada, masatenua a falta.

g) A justificativa apresentada não elide a impropriedade verificada, masatenua a falta, tendo em vista a declaração de que os beneficiários dossuprimentos de fundos são servidores públicos estaduais.

h) Não acatamos a justificativa, uma vez que ao reportarmos aimpropriedade, não nos ativemos à data de análise das prestações de contas,mas de recebimento dos documentos, conforme se pode verificar a seguir.Portanto, não exigimos que todo o processo estivesse concluído, ou seja,analisado, aprovado e baixado no sistema, mas que pelo menos as prestaçõesde contas tivessem sido entregues, o que não ocorreu.

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Processo Data da Concessão Data de Recebimento da Prestação de Contas

648/05 21/01/05 17/05/05 649/05 21/01/05 17/05/052816/05 29/04/05 10/08/05 717/05 21/01/05 11/05/05 720/05 21/01/05 11/05/052821/05 02/05/05 10/08/05 925/05 31/01/05 17/05/05 926/05 31/01/05 17/05/053075/05 09/04/05 10/08/052840/05 29/04/05 08/08/052841/05 29/04/05 08/08/056515/05 25/07/05 no prazo2838/05 29/04/05 29/07/052839/05 29/04/05 05/08/056235/05 18/07/05 no prazo2823/05 29/04/05 05/08/052824/05 29/04/05 05/08/056825/05 01/08/05 no prazo2811/05 29/04/05 10/08/052815/05 29/04/05 19/08/056572/05 28/07/05 no prazo2823/05 29/04/05 05/08/052824/05 29/04/05 05/08/056825/05 01/08/05 no prazo3079/05 29/04/05 15/08/053080/05 29/04/05 15/08/056897/05 01/08/05 no prazo

i) Não acatamos a justificativa. Para a verificação do prazo de utilizaçãodo suprimento nos baseamos no documento de concessão, uma vez que é neleque se encontra estabelecido o número de dias para uso dos recursos. Nãoconsideramos plausível que o gestor aprove a concessão do suprimento por umprazo a partir do qual ele ainda não saiba qual vai ser, mas sim a partirdo momento em que o autorizou. Pela justificativa, para o processo 648/05especificamente, considerou-se o início da contagem do prazo a partir de01/02/2005. No entanto, consideramos que o prazo se iniciou em 22/01/2005 eterminou em 21/04/2005, devendo a prestação de contas ocorrer no período22/04/2005 à 01/05/2005. Em face do exposto, mesmo que acatássemos umaalteração de documento em processo já concluído, conforme proposto najustificativa, ainda assim, haveria o desrespeito ao prazo para prestaçãode contas.

j) Não acatamos a justificativa, uma vez que, conforme estabelecido pelaPortaria STN Nº 448/2002, a qual divulga o detalhamento das naturezas dedespesas 339030, 339036, 339039 e 449052, a “despesa com confecção dematerial por encomenda só deverá ser classificada como serviços deterceiros se o próprio órgão ou entidade fornecer a matéria-prima. Casocontrário, deverá ser classificada na natureza 449052, em se tratando deconfecção de material permanente, ou na natureza 339030, se material deconsumo”. Uma vez que o INMETRO não forneceu a matéria prima para aconfecção do suporte, a despesa não deve ser classificada como serviço deterceiros. Tal situação ratifica-se pelo tipo de nota fiscal emitido pelaexecutora, a qual não descreve serviços, mas sim produtos. Ademais, alémdesta nota fiscal à folha 31, há ainda uma nota fiscal à folha 36, que,apesar de descrever serviços, informa que além dos serviços foramadquiridos jogo de cabo de velas, jogo de velas, kit injeção, e filtro decombustível, os quais são materiais de consumo.

k) Não acatamos a justificativa. Conforme já explanado no item “i”, para averificação do prazo de utilização do suprimento, nos baseamos no documentode concessão, uma vez que é nele que se encontra estabelecido o número de

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dias para uso dos recursos. Não consideramos plausível que o gestor aprovea concessão do suprimento por um prazo a partir do qual ele ainda não saibaqual vai ser, mas sim a partir do momento em que o autorizou. Pelajustificativa, para o processo 648/05 especificamente, considerou-se oinício da contagem do prazo a partir de 01/02/2005. No entanto,consideramos que o prazo se iniciou em 22/01/2005 e terminou em 21/04/2005.

Destacamos, ainda, que os Srs. Heitor F. Hubner e Gilmar de Togni nãoenviaram esclarecimentos adicionais ao Ofício n.º 032/INMETRO-RS, de24/10/2005, apesar de terem sido citados para tal, e que o Sr. Sergio Brumnão se pronunciou, apesar de solicitado.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)UG 183024CPF NOME CARGO375.474.887-49 SERGIO BRUM Ordenador de Despesas

UG 183025CPF NOME CARGO228.956.471-00 JANDIRA A. DE SÁ Gestora Financeira

UG 183039CPF NOME CARGO401.282.450-34 HEITOR F. HUBNER Coordenador Adm. e Financeiro293.409.500-20 OMER P. FILHO Ordenador de Despesas Subst.365.767.430-68 GILMAR DE TOGNI Resp. Conf. Documental

RECOMENDAÇÃO:Apresentamos as seguintes recomendações:

1 - Recomendamos que na realização de despesas mediante concessão desuprimento de fundos sejam respeitadas as diretrizes estabelecidas nosartigos 68 e 69 da Lei n.º 4.320/1964 e artigos 45 a 47 do Decreto n.º93.872/1986 (e alterações).

2 - As falhas relatadas nos subitens “a” a “l” demonstram fragilidades nasconcessões de suprimentos de fundos e em seus respectivos controlesinternos. Recomendamos, portanto, que a Representação e asSuperintendências do INMETRO adotem controles similares aos da UG 183023,aprimorando, portanto, os seus controles.

5.2 SUBÁREA - RECURSOS REALIZÁVEIS

5.2.1 ASSUNTO - DIVERSOS RESPONSÁVEIS - APURADOS

5.2.1.1 CONSTATAÇÃO:Ausência de atualização de saldo das contas atinentes a diversosresponsáveis.

Verificamos a existência de saldo na conta contábil 112290000 – “DiversosResponsáveis Apurados” no montante, em 31/12/2005, de R$ 921,4 mil, cujosdesdobramentos apresentavam-se da seguinte forma:

Conta Contábil Valor R$112290100 – Pagamentos Indevidos 175.227,61112290300 – Desfalques ou Desvios 722.152,13112290800 – Falta ou Irregularidade de Comprovação 24.022,34

Observamos que as referidas contas não foram movimentadas no exercício de2005.

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Solicitado a apresentar relação dos processos, disponibilizou a listagem aseguir:

- TC 400.028/1996 – DPM/MS – processo encerrado desde 03/12/01 – Contasjulgadas irregulares condenando os responsáveis a débito/multa. Acórdão522/2000, de 05/10/2000 – TCU – 2ª Câmara – Cópia encaminhada ao MPU.Decisão 133/2001 – Segunda Câmara nega parcelamento do débito em 60 meses. - TC 750.165/1997-9 – IPEM/RO – processo encerrado. Encontra-se naSECEX-RO desde 16/11/2004 para cumprimento do objetivo processual. - TC 008.639/2000-0 – IPEM/AM – 01/03/2001 – SECEX-5. Tomada de ContasEspecial Simplificada. - TC 013.473/2004-9 – IMEP/PA – o processo encontra-se na PROC-JMO nogabinete do procurador Júlio Marcelo de Oliveira desde 02/09/2005. - TC 002.530/2005-7 – o processo encontra-se na SECEX-RJ – Secretaria deControle Interno desde 12/01/2005. - Processo INMETRO 1963/04 – o processo encontra-se em fase de apuração.Não foi localizado no sítio do TCU.

ATITUDE(S) DO(S) GESTOR(ES):Não providenciou a atualização dos valores.

CAUSA:Inexistência de procedimento de atualização dos saldos de contas dediversos responsáveis.

JUSTIFICATIVA:O INMETRO justificou-se informando que os saldos são oriundos dos processosde Tomada de Contas Especiais. Informou, ainda, que conforme determina alegislação vigente, a contabilidade efetua o lançamento relativo aosdébitos apurados nas Tomadas e aguarda decisão do TCU a respeito depossíveis atualizações e baixas.

RECOMENDAÇÃO:O INMETRO deve, anualmente, verificar junto ao TCU acerca de índices dereajustes anuais a serem aplicados às contas do grupo 112290000,atualizando os seus valores.

5.3 SUBÁREA - RECURSOS EXIGÍVEIS

5.3.1 ASSUNTO - FORNECEDORES

5.3.1.1 CONSTATAÇÃO:Atesto e pagamento de faturas antes do término do mês de execução dosserviços.

Constatamos a rotina de atesto e pagamento de faturas antes do término domês referente à execução dos serviços nos seguintes processos de pagamento:

UG 183023- Processo n.º 5365/2003, Contrato n.º 026/2004 com a Fundação Bênçãos doSenhor;- Processo n.º 6684/03, Contrato n.º 188/2003 com Fundação José PelúcioFerreira.

Nos Processos n.ºs 125/04-83 e 246/02-36, da UG 183025, e n.º 800/2004, daUG 183024, os pagamentos foram realizados após a efetiva liquidação dadespesa, apesar de os atestos terem precedido a execução.

Esses procedimentos contrariam tanto o Decreto n.º 93.872/1986 quanto a Lein.º 4.320/1964, os quais estabelecem que o pagamento só pode ser efetuadoapós a regular liquidação da despesa, o que só ocorre ao término daprestação do serviço.

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ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Atestaram e pagaram faturas antes da regular liquidação da despesa.Indicada como responsável a Chefia da Divisão de Recursos Humanos, a qualatestou a despesa.

CAUSA:Adoção do procedimento incorreto de atestar a nota em seguida à suaapresentação, e não após a prestação dos serviços estar concluída.

JUSTIFICATIVA:UG 183023Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“Esclarecemos que esse procedimento vem sendo adotado,objetivando agilização dos trâmites operacionais internos,visando à liberação do pagamento até o quinto dia útil,conforme estabelecido no contrato. Outrossim, informamos quepara gerar a folha de pagamento do mês em referência,utiliza-se a freqüência do mês anterior. Por outro lado, comose vê às fls. 2498 – volume 6, o gerente do contrato apôs oseu de ‘acordo’ em 29/09/2005, o que, por si só, já seconstitui em um ‘atesto’.”

UG 183024Por meio do Of. INMETRO/SC n.º 002/2006/GABIN, de 09/01/2006, INMETRO-SCinformou que a servidora responsável, por equívoco, apôs no atesto a mesmadata da emissão das notas, porém já está orientada para o procedimentocorreto.

UG 183025Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“A empresa Contal presta serviços de natureza contínua e ospagamentos, por força contratual devem ser efetuados até o 5ºdia útil do mês subseqüente; assim, a fatura é emitida antesdo término do mês para evitar o atraso no pagamento,evitando-se possíveis multas, atesta-se os serviços antes dofim do mês. Caso ocorra disparidades no mês atestado, faz-sea compensação na fatura posterior, nos termos das cláusulas7.1.2 e 8.1 da avença.A empresa Coral presta serviços de natureza contínua e ospagamentos, por força contratual devem ser efetuados até o 5ºdia útil do mês subseqüente; assim, a fatura é emitida antesdo término do mês para evitar o atraso no pagamento,evitando-se possíveis multas, atesta-se os serviços antes dofim do mês. Caso ocorra disparidades no mês atestado, faz-sea compensação na fatura posterior, nos termos das cláusulas7.1 e 8.1 da avença.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:UG 183023O contratado presta os serviços do primeiro ao último dia de cada mês,devendo ser pago até o quinto dia útil do mês seguinte. O INMETRO afirmaque adota o procedimento de atestar antes do final do mês de execução dosserviços para agilizar os trâmites para a liberação do pagamento até oquinto dia útil.

A seguir as datas de atesto e de pagamento dos processos analisados:

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- Fundação Bençãos do Senhor, Processo n.º 5365/2003:Mês de execução Atesto em: Ordem bancária em: Tempo decorrido:Fevereiro 24/02/05 24/02/05 0 diaMarço 24/03/05 30/03/05 3 dias úteisAbril 27/04/05 27/04/05 0 diaJulho 28/07/05 28/07/05 0 diaAgosto 29/08/05 30/08/05 1 dia útilSetembro 03/10/05 29/09/05 0 diaNovembro 28/11/05 29/11/05 1 dia útilDezembro 20/12/05 23/12/05 3 dias úteis

- Fundação José Pelúcio Ferreira, Processo n.º 6684/03:Mês de execução Atesto em: Ordem bancária em: Tempo decorrido:Fevereiro 23/02/05 23/02/05 0 diaMarço 22/03/05 30/03/05 5 dias úteisAbril 27/04/05 27/04/05 0 diaJulho 25/07/05 28/07/05 3 dias úteisOutubro 27/10/05 31/10/05 1 dia útilNovembro 25/11/05 29/11/05 2 dias úteisDezembro 21/12/05 27/12/05 4 dias úteis

Como podemos verificar, o tempo decorrido entre o dia do atesto e o dia doefetivo pagamento já é ágil, de modo que a justificativa não elide aimpropriedade nem atenua o fato de o INMETRO estar efetuando pagamentosantes da efetiva prestação de serviços, mesmo que por poucos dias.

UG 183024O fato de os pagamentos terem sido realizados após o mês de efetivaexecução dos serviços atenuou a falha, motivo pelo qual o gestor não foiresponsabilizado.

UG 183025Em que pese a emissão da nota fiscal dar-se antes da entrega total dosserviços, o atesto só deve ser efetuado em data oportuna, a fim de evitareventuais pagamentos antecipados. O fato de os pagamentos terem sidorealizados após a efetiva execução dos serviços atenuou a falha, motivopelo qual o gestor não foi responsabilizado.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS:CPF NOME CARGO373.506.927-49 MAURÍCIO MOREIRA DE CARVALHO Chefe Divisão RH.697.785.157-00 ÁLVARO LUIZ BORGES BAIÃO Chefe Divisão RH.

RECOMENDAÇÃO:Recomendamos que os gestores do INMETRO somente atestem as despesas após aefetiva prestação dos serviços, abstendo-se de efetuar os pagamentos antesda regular liquidação, de acordo com os ditames da Lei n.º 4.320/1964 e doDecreto n.º 93.872/1986.

5.3.1.2 CONSTATAÇÃO:Pagamento sem suporte documental.

Identificamos a emissão da ordem bancária – OB n.º 906051, no valor de R$8.831,69, em 21/09/2005, a favor da empresa Gauche Promoções e EventosLtda., Processo n.º 1521/03, com o seguinte histórico de pagamento“referente a diferença da 2005OB901315 de 04/04/2005 – pago a menor”.

Nos documentos que respaldam a emissão da referenciada OB n.º 901315, nototal de R$ 370.442,14, não apuramos nenhum valor que tivesse deixado deser pago. As notas fiscais – NF e notas de reembolso – NR que amparam a OBn.º 901315, conforme consta no histórico da OB e localizadas no processo,são as seguintes:

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NF Valor NR Valor Folhas do Processo1850 2.913,15 112 14.916,28 212/2131851 3.764,90 113 19.277,50 222/2231852 1.978,94 114 10.132,80 234/2351853 2.952,01 115 15.115,28 244/2451854 987,59 116 5.056,80 253/2541867 488,25 118 2.500,00 262/2631868 493,16 119 2.525,13 269/2701869 790,79 120 4.049,10 277/2781870 1.494,53 121 7.652,50 285/2861871 510,81 122 2.615,50 296/2971882 614,80 124 3.148,00 304/3051883 4.882,50 125 25.000,00 311/3121885 3.027,15 126 15.500,00 318/3191886 123,29 127 631,26 325/3261895 12.914,93 111 66.128,69 332/3331896 2.874,37 123 14.717,73 347/3481898 19.715,34 117 100.949,06 356/357Total 60.526,51 309.915,63

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Autorizou o pagamento sem o devido suporte documental. Indicada comoresponsável a Chefia da Divisão de Finanças, que permitiu o pagamento.

CAUSA:Emissão de ordem bancária sem documento demonstrando a origem do crédito.

JUSTIFICATIVA:A justificativa foi apresentada pelo chefe substituto da Divisão deFinanças, por meio da Comunicação Interna sem número, de 23/01/2006:

“Referente ao pagamento da 2005OB901315, esclarecemos que omesmo foi pago a menor, ao invés de R$ 379.273,83 pagamos R$370.442,14, portanto pagamos a diferença de R$ 8.831,69,conforme páginas 212 a 376, da 4.ª parte do mesmo processo”.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:As notas fiscais compreendidas entre as páginas 212 a 376 são asrelacionadas acima e, a soma, é o exato valor da OB n.º 901315. Nãoidentificamos em nenhum desses documentos a origem da diferença, de modoque a justificativa, sem outros elementos, não elide a impropriedade.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO381.477.507-49 ANTÔNIO CARLOS DE V. LORANG Chefe Div. Finanças

RECOMENDAÇÃO:Recomendamos ao INMETRO reaver, junto à Gauche, o valor de R$ 8.831,69 pagopor meio da OB n.º 906051, haja vista a falta de amparo documental para opagamento.

5.3.1.3 CONSTATAÇÃO:Ausência de comprovação da consulta ao Sistema de Cadastramento Unificadode Fornecedores – SICAF, prévia à efetivação dos pagamentos.

Nos processos de pagamento listados a seguir, relativos aos contratos paraprestação de serviços de natureza continuada, não havia comprovante daconsulta ao SICAF antes de cada pagamento feito ao fornecedor, conformeestabelecido no item 8.8 da Instrução Normativa MARE n.º 5, de 21 de julhode 1995:

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UG 183024- Processo n.º 800/2004, Contrato n.° 001/2002 – Inviolável Segurança 24hs;

UG 183023- Processo n.º 5365/2003, Contrato n.º 026/2004 - Fundação Bênçãos doSenhor;- Processo n.º 6684/03, Contrato n.º 188/2003 - Fundação José PelúcioFerreira;- Processo n.º 1521/03, Contrato n.º 174/2003 - Gauche Promoções e EventosLtda.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):UG 183023Autorizou o pagamento sem a realização de consulta ao SICAF.

UG 183024Não juntou o resultado da consulta ao processo.

Para a UG 183023, foi indicada como responsável a Chefia da Divisão deFinanças, e para a UG 183024, o Ordenador de Despesa, que não verificaram aexistência do documento previamente à efetivação dos pagamentos.

CAUSA:Entendimento equivocado da legislação, o qual ocasionava o não cumprimentoda Instrução Normativa MARE n.º 5/1995.

JUSTIFICATIVA:UG 183023A justificativa, para o contrato com a Fundação Bênçãos do Senhor, foiapresentada pelo chefe substituto da Divisão de Finanças, por meio daComunicação Interna n.º 004/06, de 13/01/2006, informando que entendia “quea consulta ao SICAF, se aplica no processo licitatório e não no pagamento.No pagamento exigimos as certidões tais como: CND, FGTS e Receita Federal”.

Adicionalmente, por meio de documento sem data, número e assinatura,encaminhado, em meio eletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ,pela Auditoria Interna do INMETRO, foi informado, apontando-se a Diretoriade Finanças como a responsável pela manifestação, que:

“Consultar o SICAF, para efeitos de pagamentos, é uma práticado setor de análise do INMETRO, em atendimento da IN nº 5 doMare, em razão de um preceito constitucional (art. 195 - §3º). Nessa ocasião, foi feita uma consulta ao Sistema SICAF,sem que se imprimisse o documento comprobatório da situaçãoda empresa. Determinamos que a impressão do comprovante sejasempre anexada aos autos, por ocasião do pagamento, em todosos processos.”

UG 183024Para o contrato com a Inviolável Segurança 24hs, o INMETRO-SC, por meio doOf. INMETRO/SC n.º 002/2006/GABIN, o ordenador de despesas informou que“quanto à consulta prévia ao SICAF, por ocasião dos pagamentos, [....] esteprocedimento é adotado sistematicamente, só não estávamos anexando ocomprovante, o que passaremos a fazer [....]”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Não evidenciamos no Processo n.º 5365/2003 as certidões aludidas najustificativa, as quais substituiriam a consulta ao SICAF. Portanto,permanece a impropriedade.

Para os demais, as justificativas não elidiram a impropriedade, pois osprocessos permaneceram sem os comprovantes de consulta ao SICAF.

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RECOMENDAÇÃO:Recomendamos ao INMETRO que, antes de cada pagamento a ser feito para ofornecedor, efetue a consulta ao SICAF, imprima o seu resultado e junte aorespectivo processo, conforme Instrução Normativa MARE n.º 5; ou que,efetivamente, exija a documentação relativa à regularidade para com aSeguridade Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e FazendaFederal, anexando-as ao processo.

5.3.2 ASSUNTO - ENCARGOS, CONTRIBUIÇÕES E TRIBUTOS

5.3.2.1 CONSTATAÇÃO:Ausência da retenção de tributos e contribuições nos pagamentos efetuadosaos fornecedores.

Na análise dos pagamentos realizados à Fundação Bênçãos do Senhor, Processo5365/03 (UG 183023), referente à contratação para a prestação de serviçoscontínuos de apoio administrativo nas funções de secretariado, assistenteadministrativo, auxiliar de escritório e recepcionista, compondo um totalde 220 postos de trabalho, constatamos que as notas de débito de janeiro aabril de 2005 foram pagas sem a retenção da contribuição à SeguridadeSocial (11%), em desacordo com a legislação previdenciária.

Nos pagamentos à Fundação José Pelúcio Ferreira, Processo 6684/03(UG183023), essa retenção também não foi realizada, apesar de o objeto dacontratação envolver mão-de-obra fornecedora de suporte técnico eoperacional para as atividades do INMETRO, como verificado por meio dosrelatórios de atividades apresentados pela contratante e de observação inloco.

Constatamos, ainda, nos pagamentos efetuados à empresa Gauche Promoções eEventos Ltda., Processo n.º 1521/03 (UG 183023), a ausência da retenção dostributos federais (Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ, aContribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, a Contribuição para oFinanciamento da Seguridade Social - Cofins e a Contribuição para oPIS/PASEP), para o período compreendido entre janeiro e 19 de dezembro de2005.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não efetuou a retenção de tributos e contribuições nos pagamentos efetuadosaos fornecedores. Indicada como responsável a Chefia da Divisão deFinanças, que deveria ter providenciado o devido recolhimento.

Como fato atenuante destaque-se que passou a ser adotado o procedimentoexigido pela lei ao ser percebida a falha nos Processos n.ºs 5365/03 e1521/03.

CAUSA:Desatenção no exame da documentação de suporte aos pagamentos.

JUSTIFICATIVA:A justificativa foi apresentada pelo chefe substituto da Divisão deFinanças, da seguinte forma:

Por meio da Comunicação Interna n.º 004/06, de 13/01/2006, para o Processocom a Fundação Bênçãos do Senhor: “Realmente aconteceu esta falha devido amá interpretação da IN 100 de 18 de dezembro de 2003. Entendíamos que afilantropia isentaria a Fundação Bênçãos do Senhor também da retenção dos11% (INSS)”.

Por meio da Comunicação Interna n.º 006/06, de 13/01/2006, para o Processocom a Fundação José Pelúcio Ferreira: “Entendemos a princípio que a

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contratação da Fundação José Pelúcio Ferreira dar-se-ia através debolsistas, portanto sem nenhum vínculo empregatício”.

Para o processo com a Gauche Promoções e Eventos Ltda., por meio daComunicação Interna sem número, de 23/01/2006, foi justificado: “A empresamudou a condição de optante pelo simples. Assim que tomamos conhecimentopassamos a fazer as retenções”.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Em relação ao Processo com a Fundação Bênçãos do Senhor, a justificativanão elide a impropriedade. Destacamos, porém, que desde o mês de maio de2005 foi adotado o procedimento legal exigido.

Em relação ao Processo com a Fundação José Pelúcio Ferreira, os expedientesencaminhados ao INMETRO pela Fundação, folhas 5 e 1441, referenciam acontratação de profissionais celetistas - “A composição das diversasequipes de trabalho poderá ser realizada contratando-se profissionaisatravés da Consolidação das Leis Trabalhistas” e “[....] tomar asprovidências de comunicação prévia aos colaboradores conforme determinaçãoda CLT” - portanto, a justificativa não elide o ponto. Ressalte-se, ainda,o exposto no item 4.1.3.4, o qual demonstra que o contrato não envolvesomente bolsistas.

Quanto ao caso da Gauche Promoções e Eventos Ltda., não há amparo najustificativa apresentada para ausência de retenção dos tributos federais,tendo em vista que as notas fiscais, em sua maioria, informavam no corpo dodocumento a condição de “empresa na modalidade lucro presumido”.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO381.477.507-49 ANTÔNIO C. DE V. LORANG Chefe Div. Finanças

RECOMENDAÇÃO:Recomendamos ao INMETRO que, nos pagamentos aos fornecedores, efetue asretenções e os recolhimentos das contribuições e tributos devidos.Referente a serviços que envolvam mão-de-obra, além da retenção e dorecolhimento para a Previdência Social, exija das empresas o destaque dovalor na nota fiscal ou fatura, de acordo com a Portaria InterministerialMF/MPAS n.º 5.402, de 01/07/1999 e demais dispositivos legais daPrevidência Social.

5.3.3 ASSUNTO - ESTIMATIVAS E CONTINGÊNCIAS PASSIVAS

5.3.3.1 CONSTATAÇÃO:Pagamento de benefícios em desacordo com a planilha de custo e formação depreço da contratada.

Nos pagamentos realizados à Fundação Bênçãos do Senhor, relativos aoContrato n.º 026/2004 do Processo n.º 5365/2003, para o período de janeiroa agosto de 2005, constatamos que as notas emitidas mensalmente pelaFundação estavam faturadas com acréscimo de valor a título de valetransporte. Esses acréscimos somaram R$ 253.612,38, correspondendo a umamédia mensal de R$ 31.700,00.

Na planilha de custo e formação de preço apresentada pela contratada, porocasião do processo licitatório, o vale transporte foi cotado em R$4.350,00 ao mês, estando, portanto, já incluído no valor total mensal doContrato a ser pago pelo INMETRO. Destaque-se, ainda, que os itens 4.1.9 e4.1.10 do Contrato estabeleceram como responsabilidade da contratada osgastos com transporte e o seu fornecimento.

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Dessa forma, o INMETRO pagou duplamente o vale transporte: R$ 4.350,00, quejá estavam incluídos no valor mensal do Contrato, e aproximadamente R$31.700,00, ao mês, acrescidos nas notas.

Evidenciamos também o pagamento de horas extras, apesar de não haverprevisão no Contrato de quantidades ou valores para essa despesa. O valordespendido com horas extras totalizou R$ 108.751,13.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Atestaram os valores não previstos, cobrados pela contratada sem previsãocontratual. Indicada como responsável a Chefia da Divisão de RecursosHumanos, a qual efetivou o atesto da despesa.

CAUSA:Inobservância ao estipulado no Contrato e na planilha de custo e formaçãode preço apresentada pela contratada.

JUSTIFICATIVA:Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“A concorrência foi feita pelo menor preço global. O valor dovale-transporte, apresentado pela empresa vencedora (FBS),foi de R$ 4.350,00, fazendo-se uma estimativa média do númerode vales que seriam necessários para atender os postos detrabalho licitados. Todavia, no decorrer da execução docontrato, foi constatada uma necessidade bem superior daquelaestimada e que o desembolso feito pela FBS era bem superiorao valor cotado, tanto pelo aumento do número de contratadoscomo pelas localizações da sede do INMETRO no Rio de Janeiroe do Campus de Xerém, gerando um ônus exacerbado para acontratada, desequilibrando a avença inicial.A Empresa, após exaustivas reuniões com a área responsávelpelo gerenciamento do contrato, na época, buscou umreequilíbrio desse item, o que foi feito com um novorecadastramento da força de trabalho alocada no INMETRO.Em relação ao período apurado (janeiro a agosto/05), aAdministração do INMETRO repassou o valor do vale-transportede todos os prestadores de serviços da FBS, tendo em vistaque houve a despesa, sob pena de se caracterizar oenriquecimento ilícito da administração.Em agosto de 2005, quando se chegou, através da planilhaanexa às fls. 2527/2529 - volume VI, a um valor mensal de R$16.775,80, não considerado nesse valor o desconto determinadopela legislação, de 6%, que seria de R$ 1.006,55, passando ovalor líquido para R$ 15.769,25, retomou-se a negociação.Na negociação, o INMETRO conseguiu com a Empresa uma reduçãomensal de R$ 4.244,25 representando um custo final deR$11.525,00.Tendo em vista que é obrigação legal da contratada fornecervale transporte ao trabalhador e, considerando-se que naproposta original da empresa havia uma estimativa de vales aserem fornecidos e, ainda, que o número de vales depende dedeclaração unilateral do trabalhador, consoante suanecessidade de transporte da residência para o local dotrabalho, entende-se que a administração deve arcar com estasdespesas, pois integram os custos dos serviços contratados.Primeiramente, impende informar que o valor destacado pelassenhoras auditoras se refere ao período de janeiro a dezembrode 2005. Quanto à previsão de horas extras, veja-se o queestabelece a subcláusula 7.2.9 do Projeto Básico (Obrigaçõesda Contratada - fls. 1287) em vigor, verbis:

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‘Implementar e manter sistema de controle de ponto defuncionários que constará na seqüência de dias do mês, do 1ºdia ao dia 30/31, com todas as horas extras estruturadas noperíodo, para fins de atesto do INMETRO.’É nessa subcláusula que se encontra o amparo contratual parao pagamento das horas extras.Mais: a subcláusula 7.2.15 do Projeto Básico (fls. 1288)estabelece como obrigações da contratada: ‘Responsabilizar-sepor quaisquer ônus, despesas ou obrigações trabalhistas,previdenciárias, fiscais, de acidentes de trabalho, bem comoalimentação, transporte ou outros benefícios de qualquernatureza decorrentes da contratação de serviços’ (grifosnossos).No que pertine exclusivamente à previsão de quantidades dehoras extras, não é possível dizer quantas horas serãotrabalhadas durante o exercício. Faz-se apenas umaestimativa. Nessa direção, infere-se, pelo texto dasubcláusula 9.2.1 e pelo valor estimado da contratação (fls.01) que essa perspectiva não foi olvidada.Pelo próprio objeto do contrato, apoio administrativo combase no Decreto-Lei 2.271/97 denota-se que os postos detrabalho para atividades meio, são funções que demandamhorários de trabalho variáveis, dependendo, sempre, dademanda do contratante.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:É obrigação do contratado responder por todas as despesas decorrentes daexecução do objeto, em relação aos seus empregados, pois estes não mantêmnenhum vínculo empregatício com o órgão contratante. Acrescentamos, ainda,que a contratação da FBS deu-se por meio de um processo licitatório,modalidade concorrência, para o qual havia edital ditando as regras eprojeto básico especificando o serviço a ser contratado e o local deexecução. A FBS, empresa vencedora, estimou em sua planilha, na ocasião docertame, a título de vale transporte, o valor de R$ 4.350,00 - valorinferior ao cotado pelas outras licitantes. Pelo que percebemos foi aestimativa inadequada que gerou o ônus para a contratada, e não o aumentodo número de contratados ou a localização do INMETRO. Ao arcar com opagamento do ônus de estimativa inadequada, o INMETRO concedeu um benefícioà FBS que não foi estendido às outras licitantes que competiram com a FBS efizeram estimativas mais próximas da realidade.

No que se refere às horas extras, o INMETRO coloca que “não é possíveldizer quantas horas serão trabalhadas durante o exercício. Faz-se apenasuma estimativa. Nessa direção, infere-se, pelo texto da subcláusula 9.2.1 epelo valor estimado da contratação (fls. 01) que essa perspectiva não foiolvidada”.Não concordamos com a afirmação de que as horas extras foram estimadas nocontrato. A estimativa avençada no contrato foi apurada pela planilha decusto e formação de preço apresentada pela contratada no processolicitatório, na qual não há previsão ou estimativa de valores parapagamentos de horas extras. Caso o INMETRO chegasse a utilizar todos ospostos de trabalho, de acordo com o apresentado na planilha de custo eformação de preço, o valor estimado no contrato seria totalmente consumidopelo que estava previsto na planilha (vale-alimentação, vale transporte,seguro saúde, salários e demais encargos do contratado) não restandorecurso financeiro para hora extra.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO697.785.157-00 ÁLVARO LUIZ BORGES BAIÃO Chefe Div. RH373.506.927-49 MAURÍCIO MOREIRA DE CARVALHO Chefe Div. RH

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RECOMENDAÇÃO:Recomendamos ao INMETRO que:

1 - Abstenha-se de realizar pagamentos não previstos nos instrumentoscontratuais, bem como de assumir as obrigações dos contratados.

2 – Recupere, junto à Fundação Benção do Senhor, o valor pago a título devale transporte, cobrado em desacordo com a planilha de custo.

3 – Verifique se os valores acrescidos ao contrato fizeram o preço ofertadoultrapassar o do 2º colocado. Neste caso, não renovar com a contratada eprovidenciar novo certame licitatório, atentando para a análise dos custosnas ofertas dos licitantes, de modo a evitar a burla à competitividade epermitir a obtenção do menor preço.

6. GESTÃO PATRIMONIAL

6.1 SUBÁREA - INVENTÁRIO FÍSICO E FINANCEIRO

6.1.1 ASSUNTO - REGISTROS OFICIAIS E FINANCEIROS

6.1.1.1 CONSTATAÇÃO:Ausência de justificativa para inconsistência de valores em documento deinventário.

A ausência de realização de inventário é motivo de ressalvas ao INMETRO hámuitos exercícios. Verificamos que, para a elaboração do inventário dematerial de consumo, bens móveis e imóveis relativo ao exercício de 2004,foi nomeada comissão por meio das Portarias n.º 39 e 40, ambas de21/02/2005. Tendo em vista os trabalhos terem sido iniciados, conduzidos econcluídos no exercício de 2005, analisamos a documentação gerada elistamos, a seguir, as situações observadas.

Por meio da análise do Documento “Inventário Anual dos Bens Móveis eImóveis do INMETRO 2004”, foram observados os seguintes fatos:

(a) No Relatório Final do Inventário de Bens Móveis e Imóveis do INMETRO noExercício de 2004, concluído em 20/09/2005, consta informação de que “asdiferenças contábeis identificadas em comparação ao balancete do SIAFI,encontram-se justificadas, conforme nota explicativa apresentada pela chefedo Serviço de Contabilidade do INMETRO”.

(b) O documento intitulado “Justificativa às Diferenças” informa:- Para a conta 142120400, a nota de lançamento de regularização de R$191.120,00, e justifica a diferença de R$ 2.279.999,60 como sendo de bensincorporados em dezembro de 2004, mas com entrada no almoxarifado em 2005;- Para as contas 142120800, 142123300, 142123400 e 142125200, as notas delançamento de regularização, nos montantes respectivos de R$ 15.319,61, R$28.640,00, R$ 26.202,00 e R$ 56.779,00.

(c) O primeiro demonstrativo constante do inventário, intitulado“Demonstrativo Contábil da Movimentação dos Bens Móveis e Imóveis doINMETRO no Exercício de 2004” apresenta as seguintes colunas: “Conta”,“Saldo Inicial em 01/01/2004”, “Entrada em 2004”, “Transferido para RBMLQ”,“Transf. P/ Superint.”, “Devolvido RBMLQ p/ INMETRO-RJ”, “Termo de Baixa”,“Termo de Doação”, “Saldo em 31/12/2004”, “Saldo no SIAFI em 31/12/2004” e“Diferença”, cuja montante classificado como diferença apresentado foi deR$ 2.431.596,72.

(d) Em seguida ao demonstrativo anteriormente citado consta tela doSIAFI2004 contendo, por conta corrente, o saldo da conta 142129300 – Bens

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em poder de outra unidade ou terceiros, cujo saldo total é de R$13.777.158,36.

(e) É apresentada planilha intitulada “Demonstrativo Contábil do Inventáriode Bens Móveis do INMETRO na RBMLQ Exercício 2004”, contendo três páginascujo montante total da RBMLQ consta como sendo R$ 24.830.626,37.

(f) Antes da apresentação do inventário de cada UG consta, por fim, umaplanilha intitulada “Demonstrativo Contábil do Inventário de Bens Móveis doINMETRO Exercício 2004”, a qual indica que o montante total para as UGs183023, 183024, 183025, 183037, 183039 são, respectivamente, R$54.201.520,75, R$ 841.680,25, R$ 1.982.945,28, R$ 1.029.609,33 e R$4.946.635,75.

(g) Na divisória indicando tratar-se do Inventário Anual do INMETRO Xerém –RC, consta apenas consulta ao sistema SIAFI2004 apresentando os saldos emovimentos das contas de bens móveis e imóveis, cujo montante das contas142110000 – Bens Imóveis e 142120000 – Bens Móveis são, respectivamente deR$ 168.628.561,39 e 48.881.918,96, e um relatório intitulado “ResumoConsolidado dos Bens Móveis do INMETRO – Rio Comprido e Xerém”, cujomontante total indica o valor de R$ 54.201.520,75.

(h) Na divisória indicando tratar-se do Inventário Anual do INMETRO SUR-01,consta, para a Superintendência de Goiás e Escritório do Distrito Federal,os seguintes documentos:- Tela do SIAFI2004 apresentando os saldos e movimentos das contas de bensmóveis e imóveis;- Ofício n.º 001/Gabi/Super, de 07/01/2005, comunicando o encerramento dostrabalhos do exercício de 2004;- Inventário dos bens de consumo da Superintendência de Goiás;- Demonstrativos Contábeis Patrimoniais dos Bens Móveis de GO e do DF, bemcomo o consolidado;- Inventário contendo a relação de bens do DF e de GO;- Mapa de Controle Anual dos veículos;- Termos de baixa de bens.

(i) Na divisória indicando tratar-se do Inventário Anual do INMETRO SUR-02,consta, para a Superintendência de Santa Catarina:- Tela do SIAFI2004 apresentando os saldos e movimentos das contas de bensmóveis e imóveis;- Ofício n.º 027/2005/Gabin, de 11/03/2005, encaminhando demonstrativocontábil/patrimonial dos bens móveis da superintendência, bem como dascoordenadorias regionais e o inventário de SC;- Demonstrativo Contábil Patrimonial dos Bens Móveis de SC;- Inventário das contas consolidadas referente a 31/12/2003;- Inventário contendo a relação de bens de SC.

(j) Na divisória indicando tratar-se do Inventário Anual do INMETRO RioGrande do Sul, consta, para a Representação do Rio Grande do Sul:- Tela do SIAFI2004 apresentando os saldos e movimentos das contas de bensmóveis e imóveis;- Inventário das contas consolidadas referente a 14/01/2005;- Inventário, de 14/01/2005, contendo a relação de bens do RS.

(k) Na divisória indicando tratar-se do Inventário Anual do INMETROEspírito Santo, consta, para a Representação do Rio Grande do Sul:- Relatório informando o término do inventário, em 18/01/2005;- Demonstrativo Contábil Patrimonial dos Bens Móveis do ES;- Demonstrativo Contábil Patrimonial dos Bens Móveis do ES, contendobaixas, transferências e entradas do exercício;- Inventário contendo a relação de bens do ES;- Documento informando as baixas de bens patrimoniais e ajustes de valores;- Notas explicativas acerca de ajustes procedidos.

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Constatamos, portanto, as seguintes falhas:

(a) Apesar de o documento “Inventário Anual dos Bens Móveis e Imóveis doINMETRO 2004” indicar tratar-se do inventário de bens móveis e imóveis, emrelação aos imóveis não foi apresentada nenhuma relação de bens, seusnúmeros de patrimônio, valores e registros no SPIU.

(b) Não consta a relação de bens referente à UG 183023 ou mídia eletrônicacontendo a informação.

(c) O documento “Justificativa às Diferenças” baseia-se na informaçãocontida no “Demonstrativo Contábil da Movimentação dos Bens Móveis eImóveis do INMETRO no Exercício de 2004”, o qual indica haver diferença desaldo com o SIAFI no montante de R$ 2.431.596,72. No entanto, no documento“Demonstrativo Contábil do Inventário de Bens Móveis do INMETRO Exercício2004”, bem como no “Resumo Consolidado dos Bens Móveis do INMETRO – RioComprido e Xerém” constante da divisória referente ao inventário de Xerém eRio Comprido, a diferença apresentada é de R$ 5.319.601,79, para a qual nãohá qualquer explicação.

(d) O documento “Justificativa às Diferenças” limita-se a informar as notasde lançamento de acerto, mas não justifica cada lançamento a maior ou amenor verificado relacionando-os com os bens envolvidos.

(e) Com relação aos bens em poder de terceiros, não há qualquerjustificativa para a diferença de R$ 11.053.468,01 em relação aodemonstrativo contábil apresentado e o valor registrado no SIAFI.

(f) No inventário de GO, há bens cuja localização indica um nome de pessoafísica (Ex.: Conta 142120400 - Registros 78732, 78736, 79141, 79143, 79144,79147, 79157).

(g) No inventário de SC, há bens cujo campo de localização apresenta aspalavras “baixa” ou então “indefinido” (Ex.: Classificação 3200 – Registros66627, 66628; Classificação 3400 – Registros 66679, 66687, 66697, 66698).

Em relação ao inventário dos bens de consumo, verificamos que o documento“Inventário Físico e Contábil dos Bens de Consumo do Almoxarifado Central2004” apresenta um documento intitulado “Conciliação do Almoxarifado”, oqual mostra a que valores refere-se a diferença de saldo observada noinventário e no SIAFI. Constatamos que, em janeiro de 2005, foramefetivados os ajustes necessários. No entanto, não identificamos odetalhamento das justificativas de cada valor destacado no documento“Conciliação do Almoxarifado”. Solicitamos, portanto, que a Unidadelistasse os bens a que se referem os ajustes e anexasse relatórios deconsumo ou outros documentos pertinentes que corroborassem a justificativa.

Destacamos, ainda, que a ausência de numeração dos documentos finais deinventário dificultou a solicitação de justificativas, bem como a análisedos documentos, tendo em vista a existência de planilhas similares e queocupavam diversas folhas.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não circunstanciaram devidamente as diferenças observadas e asjustificativas apresentadas pelo Serviço de Contabilidade.

CAUSA:Inexistência de verificação quanto às justificativas de todas asdivergências observadas e ausência de demonstração da realização deconciliação dos saldos do inventário com o SIAFI.

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JUSTIFICATIVA:Acerca do item “a” e “b”, foram apresentadas, durante os trabalhos decampo, as respectivas relações de bens móveis e imóveis.

Por meio da Comunicação Interna SECON n.º 009, de 27/01/2006, apresentadapela Chefe do Serviço de Contabilidade, acerca dos itens “c”, “d” e “e”,foi informado que:

Item “c”: “Em 2004, foi iniciado pelo Patrimônio olevantamento físico de todos os bens existentes no INMETRO, afim de corrigir diferenças oriundas de exercícios anteriores.Após esse levantamento, procedeu-se à verificação, num itemlistado no SISPATRI (Sistema de Patrimônio onde foramlançados os valores dos bens), escolhido por amostragem, daídescobriu-se que havia erros de digitação. Por este motivo,concluiu-se que nenhuma regularização deveria ser efetuadapela Contabilidade até que se finalizasse essa conferência,pois a diferença citada que surgiu em decorrência dacomparação com o total demonstrado no SISPATRI (R$54.201.520,75) e o total constante no SIAFI (R$48.881.918,96) poderia não ser exata, ou seja, poderia sermaior ou menor. A equipe de Patrimônio se comprometeu a darcontinuidade à conferência e fornecer à Contabilidade umalistagem contendo o total exato a ser regularizado.”

Item “d”: “A diferença de R$ 2.431.596,72 é resultado damovimentação dos registros efetuados no decorrer do exercíciooriundas dos termos encaminhados pelo Patrimônio àContabilidade, em subitens incorretos, em duplicidade, sendoa maior parte referente a bens incorporados em dezembro de2004, os quais deram entrada no almoxarifado em 2005.”

Item “e”: “Anexamos à presente as Notas de Lançamentoreferente aos valores lançados, bem como cópia do memo n.º63/DIVAD/SEPAT.”

Por meio do Ofício n.º 001 DIRAF/DIVAD/SEPAT, de 13/01/2006, com relaçãoaos itens “f” e “g”, foi esclarecido que foi solicitado “aos Órgãos daRBMLQ-I que façam as correções no inventário, referente ao item‘localização’”.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Item “a”: Não evidenciamos que a relação de bens imóveis tenha sido objetode análise da Comissão de Inventário.

Item “b”: Verificamos que o CD entregue continha as informaçõesrequisitadas, as quais erroneamente não haviam sido anexadas ao documentofinal.

Item “c”: Pela justificativa apresentada, observamos que ainda não foisolucionada a impropriedade relatada.

Item “d”: A justificativa apresentada resumiu-se em descrever os fatos jáconhecidos, sem a apresentação de relação de bens envolvidos.

Item “e”: os documentos citados como anexos não foram encaminhados. Emconsulta ao sistema SIAFI2005, constatamos que em dezembro de 2005, a contacontábil 1.4.2.1.2.93.00 - Bens em Poder de Outra Unidade ou Terceirosapresentava o saldo de R$ 35.552.925,14, o qual ainda é diferente dodemonstrativo apresentado no documento de inventário.

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- Itens “f” e “g”: a solicitação de alteração não elide a impropriedadeobservada, uma vez que tais problemas deveriam ter sido sanados antes daemissão do documento final.

RECOMENDAÇÃO:Quando da elaboração dos documentos finais de inventário a Comissão nomeadadeve:

1 – Numerar o documento final.

2 – No caso da relação de bens, referente à UG 183023, anexar ao documentomídia eletrônica contendo a informação.

3 – Demonstrar que efetivamente foi procedido o inventário de bens imóveis,não se limitando a imprimir as informações do sistema SIAFI.

4 – Sempre que houver necessidade de apresentação de justificativas acercade divergência de valores, solicitar ao responsável pela manifestação que,além de indicar os ajustes procedidos, justifique cada ajuste, indicando aque bens ou documentos de controle, como de saída ou entrada de material,os esclarecimentos se referem.

5 – No relatório final, deve citar textualmente quais os valores dasdiferenças observadas.

6 – Apensar ao documento, justificativa para todas as diferençasencontradas.

7 – Adotar o exposto nas recomendações 3, 4, 5 e 6 para as demais UGs.

Recomendamos ao INMETRO:

8 – Verificar com exatidão qual o valor dos bens da Unidade, procedendo aodevido ajuste no sistema SIAFI.

6.1.2 ASSUNTO - EXISTÊNCIAS FÍSICAS

6.1.2.1 CONSTATAÇÃO:Inconsistências em registros, quanto à localização, valor e estado, de benspatrimoniais.

Tendo em vista o inventário de 2005 ainda não se encontrar concluídodurante a execução dos trabalhos de campo, para a efetivação de verificaçãofísica de bens, definimos amostra utilizando, para o material de consumo,relatório datado de 31/08/2005, e para os bens permanentes, relaçãoatualizada de bens até 31/08/2005.

Selecionamos os materiais de consumo dando ênfase àqueles cujo valor evisibilidade tornassem necessária a existência de controle rigoroso, comono caso dos certificados, etiquetas, selos e lacres manuseados pelo INMETROquando da verificação de equipamentos e similares. Como primeiroprocedimento, tendo em vista o documento tomado por base para a amostraestar datado de mês anterior, retiramos relatórios no sistema dealmoxarifado acerca da posição atualizada do quantitativo na data davisita. Verificamos, então, que a amostra correspondia a 26,4% do total dematerial de consumo cadastrado no SIAFI em 31/12/2005. Ao procedermos àcontagem, observamos que todos os itens estavam devidamente registrados eque, no caso dos materiais como certificados, etiquetas, selos e lacres, ocontrole era feito por numeração em cada elemento. Verificamos que sãorealizados dois controles, um pelo setor de patrimônio, e outro pelaDiretoria cujos laboratórios fazem uso dos materiais. Com o procedimento

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adotado, sabe-se exatamente em que local encontra-se cada material, o quepermite 100% de rastreamento de cada item.

Em relação aos bens móveis, realizamos visitas aos locais em que os bens,correspondentes a 1,7% do total de bens móveis cadastrados no sistemaSIAFI, apresentavam sua localização. Para a amostragem, enfatizamos bens devalor elevado e, em alguns casos, a portabilidade do item. Todos os bensforam encontrados, porém houve dificuldade para a localização de dois bens,os quais estavam cadastrados com localização errada e não apresentavamTermos de Responsabilidade. Ao serem visualizados, apesar de apresentaremdescrição de estado como “Bom” no relatório, um deles apresentava indíciosde corrosão e a pessoa que acompanhou a equipe informou que não sabiaporque os bens lá estavam, uma vez que o projeto em que foram utilizados jáhavia se encerrado há muito tempo e que acreditava que nem funcionassemmais. Verificamos, também, que em alguns itens correspondente a 23% daamostra, o valor do bem cadastrado no sistema apresentava-se mais de 3000%superior ao controle do laboratório em que se encontrava. Enquanto osistema indicava o valor de R$ 399.300,00, o laboratório possuía ainformação de U$ 4.000,00. Solicitamos ao INMETRO esclarecimentos acercados critérios utilizados pela Unidade acerca da definição do valor dosbens, especialmente os doados, que se enquadravam no caso verificado. Emresposta foram apresentados apenas os Termos de Responsabilidade dos benscitados acima, sem esclarecimentos adicionais.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não identificamos atitudes específicas.

CAUSA:Existência de um grande quantitativo de bens conjugado ao fato de não tersido realizado inventário na Unidade por diversos exercícios.

JUSTIFICATIVA:A ser apresentada quando da apreciação da minuta do relatório pelo gestor.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:-

RECOMENDAÇÃO:O Setor de Patrimônio - SEPAT deve:

1 – Efetuar verificação em seu sistema para identificar bens sem Termos deResponsabilidade correspondentes e, para os casos encontrados, providenciara sua regularização.

2 – Atentar para a necessidade de efetivamente verificar e registrar ocorreto estado dos bens, assim como a sua localização.

3 – Conscientizar os servidores e terceiros que utilizam os bens da Unidadeacerca da necessidade de comunicação ao SEPAT quando da movimentação debens.

6.1.3 ASSUNTO - SISTEMA DE CONTROLE PATRIMONIAL

6.1.3.1 INFORMAÇÃO:Verificamos os sistemas atualmente em uso no SEPAT para o controle dealmoxarifado e bens permanentes. Resumimos, a seguir, nossas observações:

- O sistema de controle de almoxarifado é um sistema multiusuário,construído em Clipper, que possui telas de entrada para cadastro, alteraçãoe inclusão de requisições de material, fornecedores e itens de estoque efornece consultas a todos os itens anteriormente citados. Permite, ainda, aobtenção de relatórios de consumo por solicitante e gerais. Conforme

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declaração de seus usuários, atende perfeitamente às necessidades do setor.Como deficiência, não possui interface com os demais sistemas da Unidade, oque ocasiona retrabalho, devido à dupla digitação. Não prevê, também, ocontrole por numeração de itens, o qual é utilizado no caso de materiaistais como certificados, etiquetas, selos e lacres, o que atualmente éefetivado manualmente no setor.

- O sistema de controle de bens permanentes possui base de dados SQL Servere interface em Access. Possui telas de entrada que permitem o cadastro dosbens, assim como alterações necessárias. No sistema ficam registrados osTermos de Responsabilidade correspondentes aos bens, assim como nome doResponsável e ramal de contato. O sistema permite, ainda, a obtenção dediversos relatórios. Não possui, porém, registro histórico, o que ocasionaa necessidade de conciliação mensal com interrupção dos trabalhos deinclusão e exclusão posteriores de itens. Conforme informação do setor, aoterminar todo o fechamento de um mês é gerado um arquivo tipo “pdf”contendo todas as informações até aquele período, as quais não podem serrecuperadas posteriormente. Apresenta também a deficiência de não possuirinterface com os demais sistemas da Unidade.

Durante a visita de verificação dos sistemas, fomos informados de que oINMETRO tem por objetivo adquirir novos sistemas, que possuam interface comos demais e que não apresentem as limitações dos atuais, estando o processoem fase de estudo de soluções.

Destacamos que não avaliamos os procedimentos de salva de banco de dados eatualização de sistemas.

7. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

7.1 SUBÁREA - MOVIMENTAÇÃO

7.1.1 ASSUNTO - QUANTITATIVO DE PESSOAL

7.1.1.1 INFORMAÇÃO:A força de trabalho do INMETRO apresentou, em relação ao seu quadropróprio, os seguintes quantitativos, relativos aos meses de dezembro dosexercícios de 2004 e 2005:

SITUAÇÃO CÓD. SITUAÇÃO - DESCRIÇÃO 2004 20051 ATIVO PERMANENTE 821 8162 APOSENTADO 334 3353 REQUISITADO 1 34 NOMEADO CARGO COMISSÃO 2 38 CEDIDO 28 2514 REQUISITADOS DE OUTROS ORGAOS 4 218 EXERCÍCIO DESCENT. CARREIRAS 18 1793 BENEFICIARIO PENSÃO 122 121

TOTAL DE SERVIDORES 1.330 1.322Fonte: SIAPE

A Entidade realiza, no entanto, o acompanhamento da força real de trabalho,na qual exclui servidores afastados e aposentados, bem como os servidoresfalecidos cuja situação cadastral ainda não foi atualizada no sistema,apresentando a seguinte posição:

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Discriminação 31/12/2004 31/12/2005Quadro Permanente (ativos + cedidos) 847 836Requisitados 5 5DAS sem vínculo 2 4Exercício descentralizado de cargo 18 16TOTAL 872 861Fonte: INMETRO

Fato relevante refere-se ao quantitativo de mão-de-obra terceirizadaexistente no INMETRO, conforme apresentado abaixo:

Discriminação 31/12/2004 % 31/12/2005 %Quadro Permanente 847 59,07 836 56,15Bolsistas 208 14,50 207 13,90Celetistas 379 26,43 446 29,95TOTAL 1434 100% 1489 100%

Verifica-se que a Entidade apresenta elevado índice de terceirização,situação que se agravou no decorrer do exercício de 2005, principalmente seconsiderarmos a quantidade de celetistas, que elevou-se em 18%. Se somadosceletistas e bolsistas, temos que a sua participação relativa no total daforça de trabalho do Instituto passou de 40,93%, no final de 2004, para43,85% ao término de 2005. Se ampliarmos o escopo da análise, verificamosque em janeiro de 2004 o INMETRO apresentava 393 contratados (bolsistas eceletistas), de modo que, desta data a dezembro de 2005, o quadro decontratados apresentou acréscimo de 66,16%.

A Medida Provisória Nº 269, de 15/12/2005, em seu art. 12, cria mais 580cargos na Entidade, assim distribuídos:

ANEXO X - INMETROCARGO ESCOLARIDADE QUANTIDADEPesquisador Nível Superior 90Tecnologista Nível Superior 270Analista em Ciência e Tecnologia Nível Superior 150Técnico Nível Intermediário 70TOTAL 580

Com estas vagas o INMETRO poderá minimizar o problema do alto índice deterceirização atualmente existente.

7.1.2 ASSUNTO - MOVIMENTAÇÃO ENTRE - ÓRGÃOS/ENTIDADES

7.1.2.1 INFORMAÇÃO:O INMETRO apresenta 25 servidores cedidos a outros órgãos (folha dereferência DEZ/2005), representando cerca de 3% do seu quadro permanente.Foram verificados os reembolsos do ônus das cessões de servidores, tendosido identificada a adequação de seus controles à legislação vigente.

7.2 SUBÁREA - REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS

7.2.1 ASSUNTO - CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS

7.2.1.1 INFORMAÇÃO:Foram analisadas, por amostragem, as concessões relativas ao “Abono dePermanência”. A Entidade apresentava as cópias das certidões de tempo deserviço devidamente arquivadas e as concessões realizadas mediantepublicação em Boletim de Serviço, mantendo assim controles adequados.

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7.2.2 ASSUNTO - GRATIFICAÇÕES

7.2.2.1 INFORMAÇÃO:A Decisão 449/99 - TCU - Plenário, determinou ao INMETRO a adoção dasseguintes providências:

a) saneamento das concessões de "quintos/décimos" que tenham tomado comofato gerador o exercício de função comissionada ou cargo em comissão comcomprovada remuneração, obedecidos os parâmetros descritos em normas legaisregulamentares;

b) anulação dos atos, bem como cancelamento do correspondente pagamento,nos casos de concessão de "quintos/décimos" sem a comprovação do exercíciodevidamente remunerado, das funções ou cargos comissionados pertinentes,durante o correspondente período aquisitivo;

c) informar, no mesmo prazo, à Egrégia Corte de Contas, sobre o cumprimentoda supramencionada exigência.

O INMETRO, com vistas a atender às determinações proferidas pelo TCU,instituiu por meio da OS nº 001/2000, de 28/02/2000, Comissão para efetivara reanálise das concessões de "quintos/décimos", tendo essa Comissãoconcluído, com base em relatório final sobre o assunto, que as referidasconcessões foram rigorosamente calcadas à luz da legislação aplicável àespécie ( Leis 6.732/79 e 8.911/94 e Parecer SAF 196/92 ).

Por intermédio do Ofício nº 53/PRESI, de 21/03/2000, o Instituto informouao TCU que o processo nº 005.230/1996-9, instaurado por aquela Corte e doqual resultou a prefalada Decisão 449/99, estava devidamente saneadoatravés de ato administrativo, lastreado em Comissão Interna da Autarquia.

Com o objetivo de verificar os trabalhos e as conclusões efetivadas pelamencionada Comissão, foi solicitado durante os trabalhos de avaliação degestão do exercício de 2003 o relatório final acima mencionado, osprocessos de incorporação de quintos/décimos, bem como a comprovação daremuneração dos cargos em comissão de diversos servidores selecionados, emdeterminados períodos, conforme abaixo discriminado:

Alexandre Etchbehere – período de 03/12/87 a 11/10/89Altino Silva Marques – período de 23/11/87 a 05/03/91José Carlos de Souza – período de 24/08/89 a 05/10/90Luiz Duarte de Arraes Alencar – período de 18/01/84 a 05/03/91Luiz Macoto Ogino - período de 29/03/90 a 05/03/91

Naquela ocasião, a Entidade disponibilizou apenas os processos deincorporação de quintos/décimos, ficando pendentes o relatório da comissãoe a comprovação da remuneração dos cargos em comissão dos servidores, o quenão permitiu a verificação do atendimento à referida Decisão TCU 449/99,ensejando a recomendação de “Em vista do exposto, recomendamos que oInstituto providencie o relatório da comissão e a comprovação daremuneração dos servidores selecionados, encaminhando-os para verificaçãopor esta CGURJ.”

O relatório de avaliação de 2004, item 4.1.2.2, por ocasião da verificaçãodas implementações das recomendações da CGURJ emanadas em relatóriosanteriores, assim se pronunciou:

“Por ocasião da Auditoria de Acompanhamento da Gestão/2004(relatório n.º 153799) reiteramos a solicitação, tendo oGestor informado que toda a documentação consta do processo(não soube informar o número) encaminhado à SRH/MPOG paraapreciação e ainda sem resposta.

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Foi solicitada cópia do referido processo para análise daimplementação das determinações contidas na Decisão 449/1999– TCU – Plenário, sendo que até o término daquela auditoriade acompanhamento não foi disponibilizada sob a alegação doMPOG não ter encaminhado, razão pela qual foi recomendado oencaminhamento do processo à CGURJ, bem como todadocumentação necessária para análise da implementação dasdeterminações contidas na Decisão 449/1999 - TCU – Plenário,o que não ocorreu. Portanto, encontra-se pendente acomprovação do cumprimento à determinação do TCU.”

Na avaliação do plano de providências, a Entidade informou que “A cópia doprocesso administrativo foi resgatado junto ao órgão de competência nojulgamento. Todas as providências foram implementadas pela comissãoinstituída...”, apresentando primeiramente, como documento comprobatóriocópia do Processo Nº 503/93, que nada mais é do que o documento originaldas citadas incorporações, mas que não atende aos requisitos solicitados,qual seja, a comprovação do exercício devidamente remunerado da função.Posteriormente ao encerramento dos trabalhos de campo, a Entidadeencaminhou novo conjunto de documentos relativos à matéria, cuja análise,pela sua complexidade, será realizada a posteriori, sendo a opinião exaradapor meio de nota técnica, que será incorporada ao processo de Prestação deContas da Entidade.

7.2.3 ASSUNTO - BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS E PECUNIÁRIOS

7.2.3.1 INFORMAÇÃO:Foi verificado o pagamento de auxílio-transporte ao servidor de matrícula1362394 com base em transporte rodoviário Linha Rio de Janeiro – Juiz deFora. Este tipo de transporte, conforme posicionamento da Secretária deRecursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –SRH/MP, órgão normatizador do Sistema de Pessoal Civil – SIPEC, amparado noPARECER/MP/CONJUR/DB/Nº 0987-2.9/2002, estaria classificado entre asmodalidades de transporte seletivo/especial, o que vedaria a indenizaçãopela sua utilização, conforme expresso no art. 1º da Medida Provisória Nº2.165-36.

Entretanto, em Despacho exarado no Processo 04500.005387/2005-23, aprovadopela Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação dasNormas da SRH/MP, datado de 26/12/2005, foi introduzido novo entendimento arespeito da matéria, sendo considerada plausível a utilização de transporteseletivo quando este se constituir na opção menos custosa para aAdministração e quando inexistir meios convencionais de transporte queatenda à localidade de residência do servidor.

Por sua vez, o Tribunal de Contas da União, em algumas manifestações, taiscomo os Acórdãos 2211/2005 – Plenário e 1281/2005 – 2a Câmara, conferiu apossibilidade da concessão do auxílio-transporte no uso do transporteregular rodoviário mediante a apresentação dos bilhetes de passagens, o quedenota a existência de algum grau de distanciamento entre posicionamentosdos órgãos julgador e normatizador, contrariando o disposto noPARECER/MP/CONJUR/DB/Nº 0987-2.9/2002.

A Entidade apresenta controle adequado para pagamento da referida vantagem,fazendo com que o servidor apresentasse comprovante dos bilhetes depassagem.

7.3 SUBÁREA - INDENIZAÇÕES

7.3.1 ASSUNTO - DIÁRIAS

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7.3.1.1 INFORMAÇÃO:Foi solicitada a documentação relativa à concessão de diárias nos meses defevereiro, julho e dezembro de 2005, sendo apresentado somente o controlegerencial das concessões. Desta forma, não foi possível realizar análisepormenorizada das mesmas.

7.4 SUBÁREA - SEGURIDADE SOCIAL

7.4.1 ASSUNTO - APOSENTADORIAS

7.4.1.1 INFORMAÇÃO:A Entidade cadastrou dez atos de aposentadoria no SISAC no exercício de2005. Verificamos que o ato de número 10606009-04-2005-000001-9 aparecia emduplicidade. Tendo em vista não existir justificativa para esta ocorrência,a Entidade comprometeu-se a realizar o acerto no SISAC.

7.4.2 ASSUNTO - PENSÕES

7.4.2.1 INFORMAÇÃO:A Entidade cadastrou seis atos de concessão de pensão no SISAC no exercíciode 2005. Verificamos que os atos de número 10606009-05-2005-000008-5 e10606009-05-2005-000003-4 apareciam em duplicidade. Tendo em vista nãoexistir justificativa para esta ocorrência, a Entidade comprometeu-se arealizar o acerto no SISAC.

7.5 SUBÁREA - REGIME DISCIPLINAR

7.5.1 ASSUNTO - PROCESSOS DE SINDICÂNCIAS

7.5.1.1 INFORMAÇÃO:O INMETRO possui uma comissão permanente de sindicância. No exercício de2005, foram instauradas doze sindicâncias, sendo que destas, nove foramencerradas e arquivadas na Entidade e três encontram-se na Presidência doINMETRO para julgamento.

7.5.2 ASSUNTO - PROCESSOS DISCIPLINARES

7.5.2.1 INFORMAÇÃO:No exercício de 2005, foram instaurados dois processos administrativosdisciplinares, ambos propondo pena de suspensão aos servidores envolvidos.Não observamos nenhum fato que desabonasse a motivação ou a conclusão dosprocessos.

8. GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS E SERVIÇOS

8.1 SUBÁREA - PROCESSOS LICITATÓRIOS

8.1.1 ASSUNTO - FORMALIZAÇÃO LEGAL

8.1.1.1 INFORMAÇÃO:O INMETRO, UG 183023, possuía, de janeiro a dezembro de 2005, 67 contratose termos aditivos vigentes, os quais representavam um montante contratadode R$ 79.416.744,03 (sendo R$ 73.416.221,07 decorrentes de processosconduzidos em exercícios anteriores). Em termos de licitações, conformeinformações encaminhadas pelo INMETRO, destacamos a distribuição deempenhos efetivados, bem como da amostra selecionada:

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Modalidade Licitatória Valor R$ Valor Amostra R$ %Convite 192.947,58 189.943,98 98,4Dispensa 17.432.085,37 1.663.877,26 9,5Inexigibilidade 1.068.934,69 253.995,20 23,8Pregão 5.865.163,90 2.890.100,00* 49,3Tomada de Preços 193.412,70 193.412,70** 100,0Total 24.752.544,24 5.191.329,14 21,0* verificado, ainda, o processo 7135/04, representativo do montante R$10.195.320,00, cujo empenho ocorreu em 2004, mas a execução em 2005.** analisados também os processos 4772/04 e 6461/04, cujos empenhos, nomontante de R$ 894.776,75, ocorreram em 2004, mas a execução em 2005.

Foram, ainda, verificados, para todas as UGs, outros 20 processos deexercícios anteriores e cinco do exercício de 2005.

Destaque-se que parte das dispensas de licitação efetivadas pela UG 183023possuem embasamento legal nos incisos V, XI, XVI, XXI e XXII do artigo 24da Lei n.º 8.666/1993.

Para a verificação dos procedimentos adotados quando das alteraçõescontratuais, selecionamos quatro processos, cujo montante contratado foi deR$ 33.490.020,85, representativos de 45,6% do total de contratos vigentescujo processo licitatório tenha ocorrido em exercícios anteriores.

8.1.1.2 CONSTATAÇÃO:Falhas de natureza formal nos processos licitatórios, bem como dispensas einexigibilidades efetivados pela Unidade.

Pela análise da amostra de processos licitatórios selecionada,identificamos a existência de diversas impropriedades de natureza formal, asaber:

a) Justificativa para escolha da empresa contratada insuficiente, tendoem vista afirmar-se que a empresa que apresentou o menor valor não possuíaas certidões necessárias, sem qualquer evidência processual corroborando aafirmativa: Processo n.º 391/05 (UG 183025).

b) Autorização para o processo com vício, tendo em vista a solicitaçãoinformar o valor estimado de R$ 28.500,00, o qual é incompatível com olimite de valor para a contratação por dispensa de licitação baseada noinciso II do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993: Processo n.º 1001/05 (UG183025).

c) No mapa de apuração de preços para aquisição de combustível,considerou apenas os valores unitários para comparação, e não os valorescorrespondentes aos volumes estimados, o que apresentaria o custo real decada empresa: Processo n.º 17/05 (UG 183039).

d) Houve a contratação de empresa que não apresentou o menor preço,tendo sido justificada a sua escolha devido à sua localização e rede depostos no litoral. No entanto, não consta do processo a rede de postos dasdemais empresas concorrentes, as quais foram apenas contactadas portelefone: Processo n.º 17/05 (UG 183039).

e) Ausência dos atos de adjudicação do objeto e/ou de homologação doprocesso: Processos n.º 497/05 (UG 183023), 1896/05 (UG 183023), 2484/2005(UG 183023), 2486/2005 (UG 183023), 3497/05 (UG 183023), 3670/2005 (UG183023), 7135/04 (UG 183023), 7237/05 (UG 183023).

f) Ausência de comprovantes de publicação no DOU do resultado dadispensa ou da licitação ou do extrato contratual. Na maioria dos casoshavia no processo somente o espelho da tela do SIASG com a informação “A

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publicar”: Processos n.º 497/05 (UG 183023), 1222/05 (UG 183023), 1896/05(UG 183023), 2484/2005 (UG 183023), 2486/2005 (UG 183023), 3238/05 (UG183023), 3670/2005 (UG 183023), 3497/05 (UG 183023), 7237/05 (UG 183023).

g) Na carta-convite não constavam dia e hora da realização do certame.Além disso, o documento referenciava o pedido de compra anexado à folha umdo processo, o qual foi posteriormente alterado: Processo n.º 2427/05 (UG183023).

h) Ausência da designação de equipe técnica, no caso de pregão:Processos n.º 411/05 (UG 183023), 598/05 (UG 183023), 3238/05 (UG 183023),7135/04 (UG 183023).

i) Folhas do processo não numeradas ou fora de ordem: Processos 7135/04(UG 183023), 598/05 (UG 183023), 1001/05 (UG 183023), 2390/05 (UG 183023).

j) Ata do pregão sem conter todos os elementos estipulados pelo § 1º doartigo 4º do Decreto n.º 5.450/05: Processo n.º 7135/04 (UG 183023).

k) Ausência de prazo para assinatura do contrato no edital: Processosn.º 2390/05 (UG 183023), 3617/05 (UG 183023).

l) Ausência de evidência de apresentação de garantia prevista nocontrato: Processos n.º 1001/05 (UG 183023), 3617/05 (UG 183023).

m) Ausência de parecer jurídico acerca da licitação (havia apenaschancela e parecer acerca do edital e da minuta contratual): Processos n.º500/05 (UG 183023), 503/05 (UG 183023), 1001/05 (UG 183023).

n) Ausência de prazo de entrega do objeto no edital: Processo n.º 500/05(UG 183023), 503/05 (UG 183023), 6874/04 (UG 183023).

o) Ausência de indicação de recurso próprio para a despesa ou indicaçãosem data: Processos n.º 298/05 (UG 183025) e 6874/04 (UG 183023).

p) Ausência de anexos ao edital no processo: Processo n.º 6874/04 (UG183023).

q) Incoerência entre o documento Processamento Geral de Aquisições –PGA, contendo a autorização para a aquisição, e a descrição da nota deempenho: Processo n.º 298/05 (UG 183025).

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não fez contar as exigências legais nos normativos internos.

CAUSA:A maioria das deficiências observadas não são contempladas nos normativosinternos.

JUSTIFICATIVA:Acerca do Processo n.º 17/05, item “d” (UG 183039), por meio do Ofício n.º033/INMETRO-RS, de 24/10/2005, foi informado que:

“Primeiramente cabe esclarecer o contexto da referidacontratação. Trata-se da aquisição de combustíveis para osveículos utilizados para realização das verificações deinstrumentos, fiscalização de produtos pré-medidos e produtoscom conformidade avaliada, nos municípios do litoral do RioGrande do Sul, que devem ser realizados no curto espaço detempo, entre o início de janeiro e final de fevereiro,período de férias em que estabelecimentos comerciais daregião mantêm suas atividades regulares.Trata-se, portanto, de uma contratação sazonal para prestaçãode serviços que não excede o período de 60 dias, para

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veículos que se encontram distantes de suas regionais delotação e necessitam ser abastecidas em diversos municípiosao longo dos 150 km do litoral gaúcho para o que, portanto, ofornecedor deve se propor a fornecer combustível em diversaslocalidades de modo a não exigir grande deslocamento dosveículos para o abastecimento, fato que prejudicariaseriamente, tanto as atividades como qualquer vantagemfinanceira obtida com preços ligeiramente menores.Por outro lado, cabe observar o enquadramento da despesa, noartigo 24 da Lei 8666/1993, como dispensável de licitação,posto que o valor contratado e pago não excedeu R$ 15.000,00.Mesmo assim a administração solicitou três propostas defornecimento de combustível com o objetivo de se certificarque os preços ofertados estivessem compatíveis com o mercado.Isto ficou perfeitamente caracterizado, visto não haverdiferenças significativas entre as propostas. Ocorreu, noentanto, que duas das empresas que apresentaram propostas depreços, Auto Posto Serviços do Cláudio Ltda. e WalmorRodrigues, não tinham cadastro no SICAF, não apresentaram ascertidões negativas necessárias para poderem contratar com aadministração pública federal e não possuíam estrutura deatendimento adequada às necessidades [encaminhadas relação depostos de atendimento de cada uma das empresas][....] Emfunção disto e, principalmente pelas razões apresentadasanteriormente, sobre a necessidade de combustível em diversosmunicípios do litoral é que se decidiu pela contratação daempresa Abastecedora de Combustível Quintão Ltda., visto sera única há época, com a infra-estrutura de atendimentonecessária às necessidades do INMETRO-RS [....]Admite-se que, nos autos do processo, não ficou esclarecidaesta matéria, em especial o não atendimento, pelosconcorrentes, da necessidade de uma rede de postos queatendesse todo o litoral [....] também não havíamos atestadoda situação de irregularidade em relação às necessáriascertidões negativas, o que, se comprova intempestivamente[encaminhados documentos]”

Em relação ao Processo n.º 298/05 (UG 183025), item “q”, por meio do Ofícion.º 071/Super, foi encaminhada resposta pelo Superintendente, datada de20/10/2005, informando que:

“Referente ao Processo n.º 298/05, empresa Telegoiás Celular:* Informamos que houve uma incorreção ao ser realizado oempenho n.º 2005NE900041, na valor de R$ 1.000,00 (mil reais)que deveria constar como dispensa de licitação conforme PGA[Processamento Geral de Aquisições] de fls. 02, cuja baselegal é o artigo 24, inciso II, da Lei 8.666/93.* Informamos que foi realizada a licitação e extinto oreferido processo com a anulação do saldo orçamentário, quehavia sido empenhado por determinação do Decreto n.º5.379/2005.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Acerca do processo 17/05, item “d” (UG 183039), verifica-se que o gestorreconhece as falhas do processo. Os documentos encaminhados comprovam asafirmativas do texto e justificam a escolha da contratada, mas não elidem aimpropriedade processual.

Com relação ao item “h”, destacamos que os processos de pregão posterioresao recebimento do Relatório de Auditoria de Avaliação da Gestão doexercício de 2004 n.º 160818/2005 não apresentaram mais a deficiênciaapontada.

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A respeito do item “q”, as justificativas apresentadas não elidem aimpropriedade apontada.

A Presidência do INMETRO manifestou-se acerca das recomendações a seguirexaradas determinando aos setores competentes que procedam conformeindicado.

RECOMENDAÇÃO:1 - Quando da formalização dos processos licitatórios o INMETRO deveatentar para as disposições dos artigos 38 e 40 da Lei n.º 8666/1993, bemcomo do artigo 30 do Decreto n.º 5.450/2005 fazendo constar de seusprocessos justificativas, autorizações, atos de adjudicação e homologação,publicações no DOU, editais e atas de pregões adequados.

2 – Deve realizar a devida apuração de preços, considerando, para os casosem que se apliquem valores unitários, os valores a serem efetivamentegastos aplicando os quantitativos estimados.

3 – Deve providenciar o apensamento ao processo de todos os documentos quecorroborem justificativas apresentadas.

4 – Deve cuidar para que o embasamento legal constante da nota de empenhoseja efetivamente aquele correspondente à aquisição realizada.

5 – Devem ser alterados os normativos internos de modo tal que sejamcontempladas orientações atinentes à formalidade processual que impeçam areincidência das impropriedades relatadas.

8.1.1.3 CONSTATAÇÃO:Inadequação de pesquisas de preço preliminares às aquisições.

Destacamos as seguintes impropriedades:

(a) Processo n.º 298/05 (UG 183025), referente à contratação da empresaTelegoiás Celular para a prestação de serviços de telefonia móvel, por meiode dispensa de licitação baseada no inciso II do artigo 24 da Lei n.º8.666/1993:

- ausência de pesquisa de preços, constando do processo apenas estimativabaseada em consumo do exercício de 2004.

(b) Processo n.º 391/05 (UG 183025), referente à contratação da empresaTangará Comércio de Combustíveis e Lubrificantes Ltda. para a aquisição decombustíveis, por meio de dispensa de licitação baseada no inciso II doartigo 24 da Lei n.º 8.666/1993:

- Ausência de pesquisa de preços, constando do processo apenas estimativabaseada em consumo do exercício de 2004.

(c) Processo n.º 411/05 (UG 183023), que trata de contratação de empresapara o fornecimento parcelado de combustíveis e lubrificantes, por meio depregão eletrônico.

- Pesquisa de preços inadequada, tendo em vista constar apenas planilha depreços sem a identificação da fonte de consulta.

(d) Processo n.º 1001/05 (UG 183025), referente à contratação da empresaIntelig Telecomunicações para a prestação de serviços de ligaçõesinterurbanas, por meio de dispensa de licitação baseada no inciso II doartigo 24 da Lei n.º 8.666/1993:

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- Ausência de pesquisa de preços anteriormente à contratação, constavaapenas estimativa no pedido de compras.

(e) Processo n.º 1001/05 (UG 183023), que trata de contratação de empresapara a realização de reforma parcial, adaptação e modernização dolaboratório de massa – Edifício 11/DIMEL, por meio de convite.

- Constava apenas planilha de formação de preços sem indicação sobre quefonte de consulta referiam-se os valores.

(f) Processo n.º 1270/05 (UG 183023), que trata de contratação de serviçode clipping eletrônico:

- Foi formalizado somente com a cotação de preço da empresa contratada.Apesar da existência de memorando, no processo, informando que nenhumaoutra empresa se pronunciou para a contratação, não há evidência deconsulta a outras empresas.

(g) Processo n.º 2390/05 (UG 183023), que trata de contratação de empresaespecializada na prestação dos serviços de conservação e manutenção deveículos, por meio de pregão presencial.

- Constava estimativa baseada em contrato anterior.

(h) Processo n.º 2427/05 (UG 183023), referente à contratação da empresaSumaúma Editora e Gráfica Ltda. para a contratação de serviços de impressãode jornal, por meio da modalidade de convite baseada no inciso III doartigo 22 da Lei n.º 8.666/1993:

- A única pesquisa de preços constante do processo, a qual foi realizadaapós a solicitação da aquisição, referia-se ao objeto descrito no Pedido deCompra anexado à folha 01 do Processo. No entanto, posteriormente, foisolicitada, pelo setor requisitante, alteração da descrição do objeto,tendo sido refeito o pedido de compra com data retroativa e sem pesquisa depreços correspondente.

(i) Processo n.º 2863/05 (UG 183023), que trata de concessão de uso comumdas instalações, equipamentos de restaurantes e lanchonetes do INMETRO, pormeio de pregão presencial.

- Apresentada estimativa com base em gastos do contrato anterior.

(j) Processo 3167/05 (UG 183023), referente à contratação da empresaDuotone Programação Visual Ltda. para a aquisição de serviços de impressão,por meio da modalidade de dispensa baseada no inciso II do artigo 24 da Lein.º 8.666/1993:

- Pesquisa de preços inadequada, tendo em vista constar do processo apenasuma única proposta, a qual não se apresentava em papel timbrado e não seencontrava assinada.

(k) Processo n.º 3238/05 (UG 183023), que trata de contratação de empresaespecializada na prestação dos serviços de limpeza e conservação, por meiode pregão eletrônico.

- Constava apenas planilha de formação de preços sem indicação sobre quefonte de consulta referiam-se os valores.

(l) Processo n.º 3617/05 (UG 183023), que trata de contratação de empresaespecializada na prestação dos serviços de reprografia e encadernação, pormeio de pregão eletrônico.

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- Neste caso específico, o documento obtido por meio da Internet, anexadocomo pesquisa de preços, não se coaduna com o valor estimado.

Isso posto, não restou justificada a estimativa do preço, conformeexigências da Lei n.º 8.666/1993 em seu artigo 15, inciso V e § 1º.Transcrevemos a seguir trechos de Acórdãos do TCU que tratam desta matériae ratificam nosso posicionamento:

“[...]Acórdão 442/2003 - Primeira Câmara[...]Ainda conforme Decreto n° 449/92, art. 6°, nosprocessos licitatórios, deve haver comprovação dacompatibilidade dos preços com os praticados no mercado,através de pesquisa de preços em pelo menos duas empresaspertencentes ao ramo do objeto licitado. Esse entendimentotambém está refletido na jurisprudência do TCU (Decisão nº431/93 TCU - Plenário - Ata 48/93, DOU de 13.10.93; Acórdão73/98 - Plenário - Ata 18/98 Acórdão 100/98 - Plenário - Ata28/98 Acórdão 263/97 - Plenário - Ata 51/97)[...]9.8. determinar à Comissão Permanente de Licitação doMinistério da Justiça que:9.8.1. promova pesquisa de preços, nos certameslicitatórios, de forma a possibilitar a verificação dacompatibilidade dos preços ofertados com aqueles praticadosno mercado, conforme determina o art. 43, inciso IV da Leinº 8.666/1993;[...]”“[...]Acórdão 304/2001 - Plenário[...]Outro agravante nessa contratação é que não consta noprocesso evidência de que tenha sido feita pesquisa depreço. O Decreto 449/92 (revogado pelo Decreto 2.743, de21/08/98, que regulamentou o SIREP) determinava no § 6º que,até a implantação do Sistema Integrado de Registro de Preço- SIREP, a consulta fosse feita em pelos menos duas outrasempresas do ramo pertinente ao objeto licitado, everificasse se os preços propostos eram compatíveis com ospraticados no mercado, nas mesmas condições de pagamento ede entrega. Há inúmeras Decisões do TCU sobre a necessidadeda pesquisa de preço e particularmente a Decisão 98/95,publicada no DOU de 23/03/95, p. 4.015, determina que apesquisa de preço deve constar do processo.[...]”[grifonosso]

Destacamos, ainda, os casos a seguir listados, os quais apresentarampesquisa de preços com data posterior às requisições e estimativa do valorda aquisição. Observe-se que a pesquisa de preços deve ser preliminar, umavez que a partir do valor pesquisado é que será determinada qual amodalidade licitatória adequada a ser utilizada. Não há como estimar umdeterminado valor se não constar do processo a pesquisa de preços queembasou a estimativa apresentada.

Processos com pesquisa de preços posterior à requisição e à estimativa depreços: 500/05 (UG 183023), 503/05 (UG 183023), 504/05 (UG 183023), 1222/05(UG 183023), 6874/04 (UG 183023). No caso específico do Processo n.º6874/04, destaque-se, ainda, o fato de a pesquisa apresentar valor superiorao limite da modalidade.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Considerou as informações do processo suficientes para as estimativas depreço das aquisições em tela. Indicada como responsável a Chefia da Divisãode Administração, que é a área que efetua a instrução processual, no casoda UG 183023, sendo que para o Processo n.º 1270/05, também o responsávelpela Chefia do Setor de Materiais e Compras, em face da sua declaração deadequação dos preços praticados. Para a UG 183025, foi indicado o

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Superintendente, uma vez que na superintendência não há divisão específicaresponsável pela instrução dos processos.

CAUSA:Falta de rigor na instrução processual, em especial quanto a pesquisa depreços, tanto para adequação da modalidade licitatória, quanto paracertificação de preço de mercado.

JUSTIFICATIVA:Para a UG 183025, por meio do Ofício n.º 071/Super, foi encaminhadaresposta pelo Superintendente, datada de 20/10/2005, informando que:

“Referente ao Processo n.º 298/05, empresa Telegoiás Celular:* Quanto a ausência de pesquisa de preço, informamos que asdemais operadoras não tiveram interesse em apresentar suaspropostas, como ficou evidenciado quando da realização dalicitação em que apenas a operadora recém instalada 14 BrasilTelecom apresentou proposta.Referente ao Processo n.º 391/05, empresa Tangará Comércio deCombustíveis e Lubrificantes Ltda.:* Quanto a pesquisa de preço preceder a assinatura doContrato, informamos que obedecemos as formalidadessolicitamos às empresas fornecedoras de combustíveis domunicípio de Anápolis que apresentassem propostas para avenda de combustível para esta Superintendência, apenas astrês empresas constantes no processo manifestaram ointeresse, no entanto apenas uma forneceu as certidõesnegativas de débito, as demais não apresentaram. Nenhumaempresa é cadastrada no SICAF naquele município.Referente ao Processo n.º 1001/05, empresa InteligTelecomunicações:* Quanto a pesquisa de preço anteriormente a contratação,informamos que tratava-se de dispensa de licitação e que autilização desta operadora ocorria apenas quando as demaisnão estavam operando até a realização do processo licitatórioque já foi concluído.”

Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi esclarecido, ainda, que:

“É prática do INMETRO, como já explicitado em outrasoportunidades, apensar aos autos de aquisição e contratação,ainda que por dispensa de licitação, três propostas depreços. No caso em tela, ocorreu uma lamentável exceção,apenas uma proposta foi inserida, o que já foi devidamentecobrado de nossas equipes. Todavia, é oportuno salientar queo preço estimado é, sempre, fruto de pesquisa prévia que, apartir da orientação de Vossas Senhorias, passará a comportodos os processos, doravante.[....]TODA contratação do INMETRO é precedida de pesquisa depreços. Seja no âmbito da Administração Pública (Inciso V doart. 15 da Lei 8.666/93), seja no âmbito do mercado (§ 1.º domesmo dispositivo legal).TODO preço estimado para as aquisições do INMETRO é fruto depesquisa. A falta de pesquisa, se ocorrer, é uma exceção àregra e foge à orientação da Administração superior, queestabeleceu, inclusive, através da Portaria n.º 186/05, de 20de setembro de 2005, um formulário padrão, denominado“JUSTIFICATIVA PARA PEDIDO DE COMPRA”, em cujo escopo se vê apreocupação do cumprimento dos preceitos legais: 1)HISTÓRICO; 2) PESQUISA DE PREÇO; 3) MEMÓRIA DE CÁLCULO; 4)MÉRITO.

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Ainda pecamos, por não apensar, eventualmente, as pesquisaspara preços estimados. Porém, a partir dessas pertinentesobservações, laboraremos para que apontamentos semelhantesnão mais ocorram.Processo n.º 52600.006874/04, [....] Como pode ser visto nosautos[....], o valor estimado (fruto de pesquisa não apensadaao processo), foi de R$ 76.800,00 (setenta e seis mil eoitocentos reais). Isso consolidou a convicção do INMETRO deque, mesmo que a pesquisa posterior apontasse um valor acimado limite do convite (fls. 071), ou seja, 94.383,23 (noventae quatro mil, trezentos e oitenta e três reais e vinte e trêscentavos), o valor da aquisição, além de se afigurarvantajoso para a Administração, estaria abrigado sob a égidedo limite legal previsto para a modalidade de convite.Assim é que o valor final da aquisição foi de R$ 61.103,82(sessenta e um mil, cento e três reais e oitenta e doiscentavos), ficando R$ 18.896,18 (dezoito mil, oitocentos enoventa e seis reais e dezoito centavos), abaixo do limite, oque corresponde a (23,62%).Desse modo, s.m.j., o superior interesse da Administração foiabsoluto e irrestritamente preservado, pelo que solicitamosque seja reconsiderado esse apontamento.Processo n.º 52600.000500, [....] Processo n.º 52600.000503,[....] Se atentarmos para o pedido de compras [....], veremosque a unidade estabelecida pelo INMETRO era RESMA, enquantoque a pesquisa realizada no SIREP/SIASG mostrava a cotação deCAIXAS com 10 resmas. Daí, imaginamos, a pequena confusão denúmeros das senhoras auditoras, o que procuraremos dirimircom o demonstrativo a seguir:

Preço Unitário Quant. Valor Total Fls. (resma) (R$) (R$)1ª Empresa 19,80 4.500 89.100,00 0052ª Empresa 10,20 4.500 45.900,00 0063ª Empresa 9,99 4.500 44.955,00 0074ª Empresa 8,90 4.500 40.050,00 008

Como se vê, apenas a primeira empresa, LUMI SHOP PRODUTOSVISUAIS LTDA. (única a cotar RESMA), apresentou preçosuperior ao valor do Convite, o que, em nossa modestaopinião, não compromete a validade da pesquisa, já que asoutras três empresas pesquisadas apresentam preços muitoinferiores ao limite. A média dos preços para 4500 resmas, R$55.011,25 (cinqüenta e cinco mil, onze reais e vinte e cincocentavos), também aponta para uma pesquisa irretocável e parauma aquisição emparelhada com os ditames legais pertinentes.Solicitamos reconsiderar esse apontamento.[....]Ainda pecamos, por não apensar, eventualmente, aspesquisas para preços estimados. Porém, a partir dessaspertinentes observações, laboraremos para que apontamentossemelhantes não sejam mais necessários.[....]Em relação ao Processo n.º 2427/05, [....]inicialmente, cabe registrar o equívoco na atribuição deresponsabilidades, já que, em processos licitatórios, aresponsabilidade da Divisão de Administração está nainstrução inicial do processo. A mudança de modalidade, aalteração do objeto e outras modificações julgadasnecessárias, foram processadas pelas áreas que detinham alegitimidade para tal. Ainda assim, julgamos que o processofoi conduzido de forma correta, já que as alterações, aomesmo tempo que buscavam um produto melhor, convergiram parauma quantidade mais racional, mantido o preço estimado, quefora fruto de criteriosa pesquisa de mercado.”

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A Presidência do INMETRO manifestou-se acerca das recomendações exaradasdeterminando ao INMETRO que proceda a pesquisas de preços prévias e queanexe aos processos as evidências necessárias.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:A respeito do Processo n.º 298/05 (UG 183025), as justificativasapresentadas não elidem a impropriedade, uma vez que não consta do processoevidência de que foi realizada consulta a outras empresas.

Acerca do Processo n.º 391/05 (UG 183025), não acatamos as justificativasapresentadas, uma vez que a Comunicação Interna n.º 027/05, de 18/02/2005,anexada à folha 2 do referido processo, informa, textualmente, que aestimativa apresentada baseia-se no consumo do exercício de 2004, nãohavendo nenhum outro documento em data compatível que demonstre ter havidopesquisa de preços prévia (as propostas anexadas ao processo datam de02/03/2005).

Em relação ao Processo n.º 1001/05 (UG 183025), não acatamos asjustificativas apresentadas, uma vez que, o fato de se tratar de umprocesso de dispensa e de haver processo licitatório em andamento, nãoafasta a necessidade da devida instrução processual, contemplando pesquisade preços prévia à aquisição.

Acerca do Processo n.º 2427/05, a justificativa apresentada ratifica o fatode que a pesquisa de preços utilizada realmente referia-se a especificaçãodistinta daquela a ser adquirida, o que, em nossa opinião, adescaracteriza.

A respeito dos Processos n.º 6874/04, 500/05 e 503/05, não foi justificadoo fato de as pesquisas de preços terem sido feitas posteriormente àrequisição e à estimativa de preços.

Acerca da afirmativa de que os casos observados são exceção à regra daUnidade, destacamos o fato de que 77% de nossa amostra ter apresentadoproblemas concernentes à pesquisa de preços.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)UG 183023CPF NOME CARGO890.180.877-34 GILSON DA S. ALMEIDA Chefe Subst. Setor Mat. e Compras328.588.257-34 MISAEL ROQUE ALCIDES Chefe da Divisão de Administração

UG 183025CPF NOME CARGO252.234.101-49 ARGEMIRO A. F. MENDONCA Superintendente

RECOMENDAÇÃO:1 - Realizar consulta de preços prévia para fundamentar os valoresestimados das aquisições e contratações, bem como a modalidade licitatóriaa ser utilizada, conforme estabelece a Lei nº 8.666/1993, não se limitandoà proposta da empresa a ser contratada ou a valores gastos em contratosanteriores.

2 – Refazer a pesquisa de preços no caso de alteração da especificação daaquisição a ser efetivada.

3 – Anexar aos respectivos processos todos os documentos que comprovem asinformações obtidas e análises efetuadas em face da realização da pesquisade preços.

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8.1.1.4 CONSTATAÇÃO:Inadequação de justificativas de preço de aquisições por meio de dispensa einexigibilidade de licitação.

A análise dos processos a seguir mostrou não existir anexada aos autosjustificativa de preços, a saber:

(a) Processo n.º 3670/2005 (UG 183023), que trata de aquisição decalibrador digital e multímetro digital, por dispensa com amparo no artigo24, inciso XXI: constava apenas proposta da empresa contratada e afirmaçãodo solicitante de que os preços estão compatíveis com os de mercado.

(b) Processo n.º 2486/2005 (UG 183023), que trata de aquisição dedifratômetro de raio-X e fluorescência de raio-X (espectômetros), pordispensa com amparo no artigo 24, inciso XXI: constava apenas proposta daempresa contratada e afirmação do solicitante de que os preços estãocompatíveis com os de mercado.

(c) Processo n.º 2484/2005 (UG 183023), que trata de aquisição demicroscópio metrológico de força atômica, nanowizard e acessórios, pordispensa com amparo no artigo 24, inciso XXI: constava apenas proposta daempresa contratada e afirmação do solicitante de que os preços estãocompatíveis com os de mercado.

(d) Processo n.º 497/05 (UG 183023), referente à contratação do InstitutoFalcão Bauer para a análise de filtros e purificadores de água, por meio deinexigibilidade de licitação baseada no caput do artigo 25 da Lei n.º8.666/1993: consta do processo apenas justificativa da escolha dofornecedor.

(e) Processo n.º 3497/05 (UG 183023), referente à contratação do Comando doExército para a prestação de serviços de análise de fogos de artifício, pormeio de inexigibilidade de licitação baseada no inciso II do artigo 25 daLei n.º 8.666/1993: consta do processo apenas justificativa da escolha dofornecedor.

(f) Processo n.º 7237/05 (UG 183023), referente à contratação do PEFC –Programa para Reconhecimento dos Esquemas de Certificação Florestal, para aavaliação do CERFLOR, por meio de inexigibilidade de licitação baseada nocaput do artigo 25 da Lei n.º 8.666/1993: consta do processo apenasjustificativa da escolha do fornecedor.

A necessidade de justificativa de preços quando da inexigibilidade oudispensa de licitação encontra-se estipulada no inciso III do parágrafoúnico do artigo 26 da Lei n.º 8.666/1993. Observe-se que a justificativa dopreço difere da justificativa que demonstra a razão de escolha dofornecedor ou executante, caso este previsto no inciso II do mesmo artigo.O TCU, por meio de sua jurisprudência (Acórdãos TCU n.º 838/2004 – Plenárioe 1357/2005 – Plenário), é taxativo quanto ao fato de a justificativa aopreço ter de demonstrar a razoabilidade dos preços contratados, o que aproposta da própria contratada ou declaração do requisitante não podeatestar.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não exigiu o apensamento de elementos que efetivamente justificassem ospreços contratados. Indicada como responsável a Chefia da Divisão deAdministração, que é a área responsável pela instrução processual, no casoda UG 183023, sendo que para o Processo n.º 3670/05, também o responsávelpela Diretoria da DIMCI – Diretoria de Metrologia Científica e Industrial,em face do “de acordo” às aquisições.

CAUSA:

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A proposta da empresa a ser contratada ou a declaração do requisitante foiconsiderada suficiente para justificar o preço.

JUSTIFICATIVA:Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“Processo nº 3670/2005, o equipamento é fornecido por umúnico fabricante, não há possibilidade de pesquisa de preçoscomparativos. É a única opção de mercado.Nos Processos números 2486/2005 e 2484/2005, em anexo, houvea devida pesquisa de preços, no entanto não foram acostadasaos autos, o que será realizado pela Dimci, uma vez que,estavam arquivadas em separado, consoante se atesta pelascópias das mesmas que se acostam ao presente.[....]Em relação ao Processo n.º 497/05, [....] realmente, otitular da área interessada [....] não fez a justificativa dopreço, o que não foi percebido pelos setores que analisam oprocesso. Ainda que intempestiva, estamos solicitando que ointeressado faça a pertinente justificativa.7. Em relação ao Processo n.º 3497/05, [....]realmente, orequisitante, em sua justificativa, não abordou a questão dopreço. Tal justificativa será solicitada ao responsável,apensada aos autos e enviada às senhoras auditoras, ainda quede forma intempestiva.Em relação ao Processo n.º 7237/05, [....]realmente, orequisitante, em sua justificativa, não abordou a questão dopreço. Tal justificativa será solicitada ao responsável,apensada aos autos e enviada às senhoras auditoras, ainda quede forma intempestiva.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Processo n.º 3670/05 – O fato de o fornecedor ser único no mercado nãoimpede a existência de justificativa, uma vez que, ainda que não hajaproduto similar no mercado, pode-se contatar outros compradores com oobjetivo de mostrar que os preços pagos estão de acordo com os que todospagam. A Lei n.º 8.666/1993 exige, para os casos que se enquadrem nasorientações do artigo 26, que se justifique o preço, e não que se façapesquisa de preços.

Processos n.º 2486/05 e 2484/05 – Com a apresentação da justificativa,consideramos o item atendido, destacando, no entanto, a necessidade deapensamento de toda a documentação relativa aos Processos de formatempestiva.

Em relação aos demais processos, as justificativas dos gestores ratificam aausência das justificativas de preços e o desrespeito à Lei.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)CPF NOME CARGO533.947.207-87 LUIZ C. G. DOS SANTOS Diretor Substituto da DIMCI328.588.257-34 MISAEL ROQUE ALCIDES Chefe Divisão de Administração

RECOMENDAÇÃORecomendamos que o INMETRO apresente justificativa de preços paracontratações realizadas por meio de inexigibilidade ou dispensa previstasnos §§ 2º e 4º do art. 17 e nos incisos III a XXIV do art. 24, ematendimento ao disposto no inciso III do parágrafo único do artigo 26 daLei n.º 8.666/1993, abstendo-se de utilizar apenas a proposta da empresa aser contratada como suporte documental, demonstrando efetivamente arazoabilidade dos preços contratados.

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8.1.1.5 CONSTATAÇÃO:Ausência de pesquisa ao Cadastro Informativo de Débitos não Quitados –CADIN antes da efetivação de aquisição e ou assinatura de contrato.

A análise de amostra dos processos de aquisições do INMETRO evidenciou que,em alguns casos, a seguir destacados, não foi realizada a devida pesquisaao CADIN anteriormente à emissão do empenho e/ou assinatura do contrato:

Processos n.º: 411/2005, 500/2005, 504/2005, 598/05, 1001/05, 2390/05,2863/05, 3238/05, 3617/05, 4614/2004, 6874/04 e 7135/04 (todos da UG183023).

Tal fato demonstra desrespeito ao inciso III do artigo 6º da Lei n.º10.522/2002. Neste sentido, transcrevemos, a seguir, determinação contidano Acórdão TCU n.º 1602/2004 - Plenário, acerca de auditoria realizada naPetrobrás:

“ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União,reunidos em Sessão Plenária, diante das razões expostas peloRelator, em:9.1. com fundamento no art. 250, inciso II, do RegimentoInterno, determinar à Petróleo Brasileiro S.A. que:9.1.1. proceda à consulta ao CADIN (Cadastro Informativo deDébitos Não Quitados) das empresas interessadas na realizaçãode obras, serviços ou fornecimento, abstendo-se de celebrarcontrato ou efetuar aquisições com aquelas que estejaminscritas no CADIN, em obediência ao disposto na Lei n.º10.522/2002, arts. 2º e 6º”

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Permitiu a contratação e a aquisição de bens e serviços sem verificar oregistro do CADIN previamente.

CAUSA:Desconsideração do dispositivo legal e da jurisprudência do TCU que entendea existência de ocorrência no CADIN ser impeditiva não apenas à assinaturado contrato, mas à efetivação da aquisição nos casos em que não sãocelebrados contratos.

JUSTIFICATIVA:Apesar de reiteradamente solicitada justificativa aos gestores, não houvepronunciamento.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:-

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)CPF NOME CARGO193.035.131-34 ANTONIO C. G. FONSECA Ordenador de Despesa381.477.507-49 ANTONIO C. DE V. LORANG Chefe da Div. de Finanças241.063.647-00 HUMBERTO S. BRAND Ordenador de Despesa –

Subst581.233.347-53 LUIZ FERNANDES DA SILVA Gerente Subst. Div. de

FinançasRECOMENDAÇÃO:Recomendamos que o INMETRO, antes da efetivação de contratos ouassemelhados, tal como emissão de empenho, efetue a devida consulta daempresa a ser contratada no CADIN, em conformidade ao disposto na Lei n.º10.522/2002, abstendo-se de firmar compromissos com aquelas que apresentemsituação irregular.

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8.1.1.6 CONSTATAÇÃO:Ausência de justificativa para aquisição de veículos com especificaçãodistinta da básica.

Em dezembro de 2004, o INMETRO concluiu o Pregão Presencial n.º 14/2004para a aquisição de um total de 198 veículos, com diferentesespecificações, no montante total de R$ 10.195.320,00, tendo sidodeclaradas vencedoras cinco empresas. Não identificamos justificativa paraa aquisição anexada ao processo, mas consideramos o requisito atendido pormeio da ata da 21ª Reunião do Comitê Permanente de Atos de GestãoAdministrativa do INMETRO, anexada à folha 58, que especifica que omontante disponível seria destinado “à aquisição de viaturas a seremcolocadas a serviço dos órgãos que integram a RBMLQ, na atividade defiscalização”.

As especificações dos veículos às folhas 01 a 08 estabelecem, entre outras,as seguintes características: alimentação por injeção eletrônica, direçãohidráulica, ar condicionado, 4 portas, motor mínimo 1.5 ou 1.6, espelhosretrovisores externos com acionamento no interior do veículo.

A IN/MARE nº 09/94 estabelece que os veículos de serviço destinados atransporte de servidores a serviço e transporte de materiais devem ser demodelo básico, de capacidade e motor compatíveis com o serviço a realizar.A IN define ainda veículo modelo básico como sendo “o modelo mais simples,sem equipamentos ou acessórios opcionais, de cada marca ou submarcaoferecida pelos fabricantes, que poderá ser equipado de opcionaisconsiderados como de segurança”.

Não restou justificada no processo a necessidade de o INMETRO possuirautomóvel com o motor e a potência do veículo adquirido, bem como com osequipamentos e acessórios especificados. Da forma como estabelecido, oveículo, portanto, não poderia ser considerado modelo básico, que seria opermitido pela IN/MARE nº 09/94. No caso em tela, a licitação assegurou aobtenção do menor preço, mas o INMETRO teria especificado uma condição equalidade do produto acima do que seria necessário e permitido. Ajustificativa posteriormente apresentada, no entanto, elidiu a dúvidaquanto à especificação, porém, permanece a impropriedade de o processo nãose encontrar devidamente instruído.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não anexou ao processo justificativa para a aquisição dos veículos nasespecificações citadas.

CAUSA:Não foi considerada necessária a inserção de justificativa, uma vez queacreditavam-se óbvios os motivos da aquisição.

JUSTIFICATIVA:Foi encaminhado documento datado de 26/01/2006, contendo os seguintesesclarecimentos:

“Acreditamos que a afirmação da equipe de auditoria de que ‘oINMETRO especificou uma condição e qualidade do produto acimado que seria necessário e permitido, já que existem nomercado modelos básicos (mais baratos) que atenderiamperfeitamente às necessidades do órgão’ deva ser creditada aodesconhecimento da natureza dos trabalhos de fiscalização dosórgãos que compões a RBMLQ-I, bem como das condições sob asquais esses trabalhos são realizados.As viaturas destinadas aos serviços de fiscalização sãosubmetidos às mais diversas condições de operação, uma vezserem utilizadas em todas as regiões do país. Assim,considerando-se que na maior parte de nosso país o climaexcessivamente quente é uma realidade, a utilização do ar

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condicionado nas viaturas foi entendida como justificável,tendo em vista ser o INMETRO hoje uma organização voltadatambém para a qualidade de vida de seusservidores/colaboradores.Quanto à utilização de motores 1.5 ou 1.6, justifica-se pelosmesmos argumentos acima descrito, ou seja, condições adversasem muitas regiões do país (estradas em péssimas condições,terrenos acidentados, etc.), e necessidade de transportarequipes, em algumas vezes, com 3 ou mais integrantes.Outra questão de significativa importância levada emconsideração, por ocasião do estabelecimento dessasespecificações, foi a segurança necessária aos integrantesdas equipes de fiscalização, por conta do transporte desofisticados equipamentos para a realização dos trabalhos.Veículos que possam trafegar com seus vidros fechados sãomuito mais seguros.Finalizando, esclarecemos que as especificações estabelecidasforam fruto de solicitações dos órgãos que compõem a RBMLQ-I,com base na experiência acumulada ao longo de décadas naprestação desses serviços, obtendo, por parte da DIRAF, oreconhecimento de sua importância e necessidade.”

Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foram acrescidas as seguintes justificativas:

“Inicialmente, é oportuno salientar, como pode ser observadonos autos (fls. 01, 09 a 19, 48, etc.), que o processo foiconduzido pelo assessor da Diraf, Senhor Luis Carlos Pereirados Santos, o que comprova o equívoco de avaliação dospotenciais responsáveis.Depois, impende registrar que o processo, antes de serlançado ao público, foi aprovado, sem ressalva, pela doutaProcuradoria do INMETRO (fls. 48) e pela Auditoria Interna(fls. 49). Portanto, para o chefe da Divisão deAdministração, que apôs o seu ‘visto’ no PGA (fls.43), nãohavia óbices nem de cunho legal, nem de cunho formal, numprocesso que fora conduzido e instruído por conceituadoservidor da administração do INMETRO.Inicialmente, é imperativo discordar, respeitosamente, doponto de vista da ilustre equipe de auditoria, no que pertineà ‘aquisição em desacordo com a legislação vigente’.Em primeiro lugar, observou-se a IN n.º 9/94, exatamente noponto pinçado pelas auditoras: ‘o modelo mais simples, semequipamentos ou acessórios opcionais, de cada marca ousubmarca oferecida pelos fabricantes, que poderá ser equipadode opcionais considerados como de segurança’.Ou seja, considerando o princípio da razoabilidade, o INMETROse preocupa com a segurança de seu corpo funcional. Daí, aaquisição de veículos com opcionais que, em nosso modo deentender, propiciariam mais segurança, numa região tãoinfestada de criminosos e palco de um sem número deabordagens a veículos e passageiros nas esquinas, nos sinaisluminosos e nos estacionamentos.Nessa direção, a Polícia militar do Estado do Rio de Janeiromantém em seu site (www.policiamilitar.rj.gov.br), uma sériede orientações aos motoristas, das quais destacamos:‘mantenha, em qualquer circunstância, todo o veículotrancado; não dê carona a estranhos, nem abra a porta ou ovidro da janela para vendedores de rua; ao parar em sinalluminoso, permaneça sempre atento ao volante’. É evidente quenum clima tropical, como o nosso, em que os termômetrosmarcam, quase que diariamente, mais de 30 graus, carros com

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janelas fechadas exigem ar-condicionado, sob pena de sériosdanos à saúde dos usuários do veículo. Usando o bom senso,uma das características mais necessárias e mais admiráveisdos operadores do direito, seres humanos devem ser tratadoscomo seres humanos, e seria desumano não oferecer esseopcional que, mais que propiciar conforto, propicia umasensação de segurança, diante do verdadeiro clima de‘guerrilha urbana’ que se enfrenta no Rio de Janeiro.Discordamos também, data máxima vênia, da assertiva de que oINMETRO não atendeu ao princípio da economicidade, insculpidono art. 3.º da Lei n.º 8.666/93. Definitivamente, não! Pelocontrário: está mais do que provado que a atividade doINMETRO, por sua freqüência, por sua intensidade, por suaabrangência, não pode ser adequadamente desenvolvida porveículos de baixa potência ou por veículos de extremasimplicidade ou, ainda por veículos sem os opcionais desegurança. Ademais, “o barato tem saído muito caro” para oINMETRO, se considerarmos que os veículos básicos, adquiridosem 1997, cedo, apresentaram panes, com trocas constantes demotores, suspensão, dentre outros, o que onerou sobremodo odesembolso com manutenção.O conceito de economicidade tem de permear o princípio darazoabilidade; não pode se afastar do princípio da eficiênciadeve estar atrelado, de forma irreversível, à relação custo-benefício, como abordado pela administrativista Maria SylviaZ. Di Pietro, que afirma que o controle da economicidade,assim como da legitimidade, envolve ‘questão de mérito, paraverificar se o órgão procedeu, na aplicação da despesapública, de modo mais econômico, atendendo, por exemplo, auma adequada relação custo-benefício.’Só como exemplo, citamos a compra dos veículos “Santana”, daWolksvagen:Valor estimado pelo INMETRO: R$ 34.000,00 (trinta e quatromil reais);Valor efetivamente pago pelo INMETRO: R$ 32.047,61 (trinta edois mil, quarenta e sete reais e sessenta e um centavos);Valor médio, na ocasião: R$ 34.480,00 (trinta e quatro mil,quatrocentos e oitenta reais).Para se ter uma idéia, o valor médio desse veículo,atualmente, é de R$ 46.100,00 (quarenta e seis mil e cemreais).Como se vê, o INMETRO adquiriu veículos com maiordurabilidade, maior potência, com opcionais de segurança ecom valores abaixo da média de mercado, além de evitarpreocupações com manutenção freqüentes, como seria o caso deveículos básicos (os chamados ‘populares’), que, sabidamentenão agüentariam o uso intenso para o desenvolvimento dasatividades da Autarquia.Por tudo isso, pedimos que a douta equipe auditorareconsidere este apontamento, já que, em nosso modo deentender, o INMETRO, como sói acontecer, observou osprincípios da legalidade, da economicidade, da probidadeadministrativa, da razoabilidade e, sobretudo, ao princípiodo superior interesse da administração.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Consideramos que os esclarecimentos apresentados justifiquem asespecificações utilizadas no processo de aquisição. Entretanto, o gestornão pode partir do pressuposto que suas justificativas são óbvias e,portanto, proceder omitindo-as do processo.

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RECOMENDAÇÃO:Recomendamos que o INMETRO, principalmente quando suas especificações seconstituam em exceção à regra, justifique formalmente em seus processos deaquisição as suas necessidades.

8.1.2 ASSUNTO - LIMITES À COMPETITIVIDADE

8.1.2.1 CONSTATAÇÃO:Contratação por meio de modalidade de licitação inadequada.

A Lei n.º 8.666/93 estabelece em seu artigo 23 as modalidades de licitaçãoa serem utilizadas nas aquisições, observando-se o valor estimado para ascontratações. Pela análise das aquisições com pagamentos ocorridos em 2005,observamos que o INMETRO, equivocadamente, determina a modalidade delicitação a ser adotada em função do valor a ser pago em cada exercíciofinanceiro, e não pelo valor global, em todo o período, conforme exigêncialegal. Listam-se, abaixo, os casos identificados:

Processo n.º Modalidade Utilizada Valor pago até 2005(R$)

UG 183024 767/04 Dispensa por valor 81.083,72 769/04 Dispensa por valor 229.145,79 776/04 Dispensa por valor 32.440,23 928/04 Dispensa por valor 21.370,54 933/04 Dispensa por valor 84.604,004458/04 Dispensa por valor 19.291,464949/04 Convite 152.292,49

UG 183025 639/01 Convite 201.955,49 246/02 Convite 148.647,011617/03 Dispensa por valor 20.891,951649/03 Convite 261.726,562491/03 Dispensa por valor 24.525,31 101/04 Dispensa por valor 25.468,66 297/05 Dispensa por valor 18.530,57

Conforme entendimento pacífico do TCU, o valor estimado deve considerar ovalor global da contratação abrangendo todo o período, inclusive eventuaisprorrogações, que se estima contratar. Encontram-se abaixo transcritostrechos de acórdão e decisão que corroboram este entendimento:

- Decisão 955/2002 – Plenário, de 31/07/2002, acerca de auditoria realizadanas Indústrias Nucleares do Brasil S/A - INB.

“[....] ao realizar prorrogações contratuais deve a entidadeater-se à modalidade de licitação aplicada ao caso, sob penade fuga às regras definidas na Lei n.º 8.666/93. Sobre aquestão, a Consultoria Zênite emitiu a Súmula n.º 18,publicada no ILC n.º 40, jun/97, p. 479, que afirma:‘Em face de os incisos II e IV do art. 57 da Lei n.º 8.666/93admitirem prorrogações (extensões), deve a Administração,quando pretender valer-se dessa faculdade, adotar modalidadede licitação compatível com o valor estimado total dacontratação, computando os valores pertinentes ao do prazoinicial do contrato e das possíveis prorrogações (extensões),sob pena de violação ao disposto no art. 23 da Lei n.º8.666/93.’[....]”

- Acórdão 128/1999 – Plenário, de 28/07/1999, acerca de auditoria realizadana Fundação Nacional de Saúde AP.

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“[....]A propósito, todas as prorrogações representaram, naprática, artifício voltado à fuga da precisa modalidade delicitação, exigida pela Lei 8.666/93, literalmente violadanos arts. 3º, caput, e 23, inciso II, e suas alíneas. [....]O valor global dos contratos, isoladamente, demandaria arealização de licitação na modalidade de concorrência, com aadoção de todas as suas intrínsecas formalidades, tendentes àproteção do princípio da isonomia dos interessados e asalvaguarda do melhor negócio para a Administração. A adoçãodas impróprias modalidades do convite e tomada de preços, naforma realizada, com a contratação das empresas por prazomínimo [....] representa, a meu ver, fraude, documentalmentecomprovada.[....]”

- Acórdão 270/2002 – Primeira Câmara, de 16/04/2002, que trata da prestaçãode contas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

“8.2.5 na realização de licitação, adote a modalidadeadequada, de acordo com os arts. 22 e 23 da Lei 8.666/93, demaneira a evitar que a eventual prorrogação do contratoadministrativo dela decorrente resulte em valor total doajuste superior ao permitido para a modalidade utilizada”.

Consideramos oportuno ressaltar, também, que não pode ser estabelecidoaumento de valor contratual que ultrapasse o limite de valor estabelecidopara a modalidade licitatória utilizada na contratação. A este respeitotranscrevemos trecho do Acórdão TCU n.º 250/2002 - Segunda Câmara, de28/05/2002, acerca de auditoria realizada na Companhia Energética do Piauí– CEPISA:

“[....]Cabe observar que a Lei n.º 8.666/93, no art. 65, §1º, ao autorizar o acréscimo de até 25% do valor contratado,ela não permitiu expressamente que se deixasse de adotar amodalidade de licitação adequada ao valor final do contrato.Segundo o Direito Administrativo, o que não é proibidoexpressamente, não significa que está permitido. Ou seja,embora o mencionado dispositivo da Lei não faça alusão ànecessária observância do limite da modalidade de licitação,também não autorizou fosse ultrapassada a modalidade queserviu de base para o contrato, em função do limite deacréscimo permitido.[....][É preciso] a observância de que, ao se aumentar ovalor do contrato, não se está ultrapassando o valor damodalidade de licitação que lhe deu base[....]”

Destacamos, ainda, para a UG 183024, o Processo n.º 4949/04, e para a UG183025, os Processos n.º 1617/03, 1649/03, 2491/03, 297/05 e 1001/05, cujosrespectivos empenhos registravam valores superiores aos seus limites demodalidades.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):UG 183025Autorizou a contratação ou a prorrogação contratual ocasionando aextrapolação dos limites contratuais permitidos para as modalidadeslicitatórias correspondentes.

UG 183024Não efetuou o devido controle que impedisse a extrapolação do valor limite.

Indicados os gestores responsáveis pela assinatura das notas de empenho,que não verificaram se os valores assinalados nos empenhos encontravam-sede acordo com os limites legais.

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CAUSA:UG 183025Para a verificação do limite de uma determinada modalidade, era verificadoo valor adstrito ao exercício financeiro, ao invés de todo o períodocontemplado, conforme exigência legal. Nos casos em que o valor no próprioexercício foi ultrapassado, constata-se controle deficitário ocasionandomorosidade administrativa para a efetivação de novo certame, o que evitariao desrespeito à lei.

UG183024Ausência do devido controle.

JUSTIFICATIVA:Para a UG 183025, por meio do Ofício n.º 071/Super, foi encaminhadaresposta pelo Ordenador, datada de 20/10/2005, informando que:

“Referente ao processo n.º 639/01, empresa Vip Limpeza eServiços Ltda., informamos que a licitação quando realizada,através da modalidade de convite, foi divulgada pelo sistemaSIASG, pelo período de 12 (doze) meses, ficando dentro dolimite estabelecido para a modalidade da licitação ‘convite’,quando do vencimento do período contratado foram realizadasrenovações do contrato, através de termos aditivos, sempreobservando o limite de convite para cada período de 12 (doze)meses.Referente ao Processo n.º 1617/03, empresa Lynx Sistemas eServiços de Informática Ltda., informamos que quando dacontratação da empresa, por dispensa de licitação, peloperíodo de 24 (vinte e quatro) meses o valor do referidocontrato, R$ 13.440 (treze mil, quatrocentos e quarentareais), valor inferior ao limite de dispensa de licitação,após o vencimento do mesmo, através de Termo Aditivo,estabeleceu-se que a empresa prestará serviços por mais 12(doze) meses, cujo valor é inferior ao de dispensa delicitação.Referente ao Processo n.º 1649/03, empresa líder TurEmpreendimentos Turísticos e Promoções, contratada porlicitação, modalidade convite, realizada em 15 de agosto de2003, previa em seu objeto o fornecimento de 120 (cento evinte) bilhetes de passagem, que, na época, estaria com valorinferior ao limite estabelecido na modalidade de licitaçãopor convite, no ano de 2004 os valores das passagensaumentaram consideravelmente, acarretando aumento dos gastoscom o mesmo número de bilhetes. Informamos ainda que apublicação foi através do SIASG, SIDEC, ficandodisponibilizado o edital a toda e qualquer empresa. [....] Jáestamos elaborando o edital para uma nova licitação namodalidade tomada de preço.Referente ao Processo n.º 2491/03, empresa Lynx Sistemas eServiços de Informática Ltda., o valor contratado é inferiorao limite estabelecido para dispensa de licitação, peloperíodo de 12 (doze) meses, o Termo Aditivo para os próximosdoze meses, também está inferior ao limite de dispensa delicitação. [....]Referente ao Processo n.º 101/04, empresa Tele Centro OesteCelular, a contratação por dispensa de licitação ocorreupelas dificuldades encontradas na realização de uma licitaçãoe os valores para o período de 12 (doze) meses estão abaixodo valor de dispensa de licitação.Referente ao Processo n.º 297/05, empresa Posto Central,contrato de dispensa de licitação que previa despesa de14.937,00 (quatorze mil, novecentos e trinta e sete reais)valor inferior ao limite máximo para dispensa, no entanto,

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como não se conseguiu a realização da licitação na modalidadeconvite, devido os recursos apresentados que inabilitaram àsempresas participantes e a Superintendência necessitava dedar continuidade às suas atividades de fiscalização, pois, asua paralisação acarretaria prejuízos ao INMETRO e àsociedade, acabou-se por utilizar combustíveis além doprevisto no contrato.Referente ao Processo n.º 1001/05, empresa InteligTelecomunicações, foi empenhado o valor de R$ 28.500,00(vinte oito mil e quinhentos reais), em atendimento aoDecreto n.º 5.379/2005, por não ter conhecimento do valorreal a ser gasto no contrato. Com a realização da licitaçãopara telefonia fixa, cujo vencedor foi outra empresa, foirealizada a anulação do referido empenho no valor de R$27.000,00 (vinte e sete mil reais)[....]”Referente ao Processo n.º 1001/05, empresa InteligTelecomunicações:* Informamos que o valor empenhado de R$ 28.500,00 (vinte eoito mil e quinhentos reais) já foi cancelado [....].”

A Presidência do INMETRO manifestou-se acerca das recomendações exaradasacatando-as e determinando que:

- a administração considere a modalidade no processo licitatório a serutilizada, com base no valor da contratação ou então limite as prorrogaçõesao limite da modalidade anteriormente utilizada.

- respeite-se a modalidade utilizada quando da prorrogação ou do aumento devalor, em função desta prorrogação.

- devem ser respeitados certames licitatórios, nas modalidades corretas.

- sejam efetivados controles eficientes que permitam verificarantecipadamente se um contrato irá ultrapassar o valor da modalidadelicitatória, a tempo de um novo certame licitatório.

- haja abstenção da assinatura de contratos, termos aditivos ou efetivaçãode empenhos em valores superiores aos limites das respectivas modalidadeslicitatórias.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Quanto aos esclarecimentos prestados pela UG 183025, não acatamos quaisquerdas justificativas apresentadas e tecemos os seguintes comentários:

- Conforme abordado anteriormente, para a definição da modalidadelicitatória, deve-se considerar o valor global do contrato, e não apenas oexercício financeiro ou o período de contratação inicial, devendo-serespeitar o limite de cada modalidade em casos de prorrogação de prazo ouvalor.

- No caso do Processo n.º 1649/03, apenas com quatro meses de contrato, jáhaviam sido pagos R$ 32.948,94 líquidos à empresa, o que claramenteindicava que o valor limite da modalidade seria ultrapassado, não sejustificando não ter sido iniciado novo procedimento licitatório àquelaépoca.

- Em referência aos empenhos em valor superior ao limite da dispensa,lembramos que o Decreto n.º 5.379/2005 não permite o desrespeito à Lei n.º8.666/1993 quando da realização de empenhos. Destacamos, ainda, que aanulação posterior não altera o fato de terem sido emitidos empenhos emvalor superior ao permitido.

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Destacamos que foram solicitados esclarecimentos a todos os responsáveisindicados por meio de Solicitações de Auditoria.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)UG 183024CPF NOME CARGO017.073.109-04 AURELIO BARVIK Diretor Administrativo375.474.887-49 SERGIO BRUM Ordenador de Despesas

UG 183025CPF NOME CARGO224.927.631-53 PATRICIA P. B. FERREIRA Gestor Financeiro Subst.193.035.131-34 ANTONIO C. G. FONSECA Ordenador de Despesa252.234.101-49 ARGEMIRO A. F. MENDONCA Ordenador de Despesa831.982.028-68 JOSEPH BRAIS Ordenador de Despesa191.912.601-59 WILIBALDO DE S. JUNIOR Ordenador de Despesa

RECOMENDAÇÃO:O INMETRO deve:

1 - Definir a modalidade de licitação a ser utilizada com base no valorglobal da contratação, considerando a vigência contratual e as possíveisprorrogações, ou então limitar as prorrogações ao limite da modalidadeutilizada.

2 - Respeitar a modalidade utilizada quando da prorrogação ou do aumento dovalor em função da aplicação do artigo 65, da Lei n.º 8.666/93.

3 - Providenciar a realização dos certames licitatórios, nas modalidadescorretas, visando a substituir os contratos em vigor que se enquadrem naimpropriedade, observando, para os casos aplicáveis, a necessidade derealização de pregão.

4 – Implementar controles que permitam verificar com antecedência se umdeterminado contrato irá ultrapassar o valor da modalidade de licitação, atempo de efetivação de novo certame licitatório.

5 – Abster-se de assinar contratos, termos aditivos ou efetivar empenhos, ereforços de empenhos, em valores superiores aos limites das respectivasmodalidades licitatórias.

6 – Inserir no Rol de Responsáveis, referente à UG 183025, a Sra. PatríciaP. B. Ferreira na qualidade de Gestora Financeira Substituta, na hipótesede sua permanência no exercício desta função.

8.2 SUBÁREA - CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇOS

8.2.1 ASSUNTO - FORMALIZAÇÃO LEGAL

8.2.1.1 CONSTATAÇÃO:Existência de contratos com registros orçamentários incorretos.

O cruzamento das informações contidas em amostra de contratos das unidadesgestoras - UGs atinentes à Unidade em exame demonstrou que os registrosorçamentários descritos nos contratos coadunam-se com aqueles cadastradosno Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG, bem comona nota de empenho, exceto quanto aos casos a seguir destacados:

- Contrato n.º 100/05 (UG 183023) – o Plano Interno constante do contratonão existe.

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- 1º e 2º Termos Aditivos ao Contrato n.º 174/2003 (UG 183023) e 1º TermoAditivo ao Contrato n.º 003/2004 (UG 183023) – não consta dos Termos ou doSIASG qual o Programa de Trabalho ou Nota de Empenho correspondentes.

- 1º Termo Aditivo ao Contrato n.º 026/2004 (UG 183023) – o termo não estácadastrado no SIASG.

- 2º Termo Aditivo ao Contrato n.º 16/2004 (UG 183024) – não consta dotermo qual o Programa de Trabalho ou Nota de Empenho correspondentes, e otermo não está cadastrado no SIASG.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não implementou controle para a verificação da devida classificaçãoorçamentária nos contratos e termos aditivos.

CAUSA:Inexistência de procedimento de conferência da classificação orçamentáriados contratos e aditivos.

JUSTIFICATIVA:A Presidência do INMETRO manifestou-se acerca das recomendações a seguirexaradas acatando-as e determinando que quando da celebração de contratos etermos aditivos, a administração deve proceder à devida identificaçãoorçamentária nos instrumentos celebrados.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Houve reconhecimento da deficiência.

RECOMENDAÇÃO:Quando da celebração de Contratos e Termos Aditivos, o INMETRO deveproceder à devida identificação orçamentária nos instrumentos celebrados.As informações constantes dos termos devem, ainda, ser compatíveis comaquelas cadastradas nas notas de empenho e no sistema SIASG, em atendimentoao artigo 19 da Lei n.º 10.934/2004.

8.2.2 ASSUNTO - CONTRATOS SEM LICITAÇÃO

8.2.2.1 INFORMAÇÃO:Na análise do Processo n.º 767/2004, de dispensa de licitação com o Centrode Integração Empresa-Escola do Estado de Santa Catarina – CIEE/SC, da UG183024 - Superintendência Regional do INMETRO em Santa Catarina,constatamos as seguintes incoerências:a) embora publicado no DOU como Contrato n.º 03/2003, o instrumento deformalização foi intitulado como Convênio, sendo assim referenciado em todoo documento, sem fazer menção à Instrução Normativa STN n.º 01, de15/01/1997;b) a fundamentação legal foi dispensa com base no artigo 24, inciso XIII,da Lei n.º 8.666/1993, e a nota de empenho (NE000025) foi emitida namodalidade “dispensa de licitação com base no inciso II”;c) o inciso XIII aplica-se à contratação de instituição brasileira,incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou dodesenvolvimento institucional, e o CIEE é uma instituição de utilidadepública, filantrópica e beneficente de assistência social;d) o inciso II, dispensa por valor, não é cabível porque o valor empenhado(R$ 43.000,00) extrapola o limite permitido.

A Presidência do INMETRO manifestou-se acerca do fato relatado reconhecendoas incoerências e determinou que fosse formalizado correta e coerentementeo processo, com o devido registro no SIAFI, obedecendo aos critérios deconvênio e/ou contratos administrativos.

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8.2.2.2 CONSTATAÇÃO:Contratação prescindindo a obrigatoriedade da licitação e comsubcontratação não permitida.

Analisamos o Processo n.º 4349/05, que tratou de pagamento à Fundação JoséPelúcio Ferreira, no valor de R$ 18.500.00, por meio da OB n.º 907631, de28/11/2005, a título de ressarcimento por serviços prestados ao INMETRO.Esses serviços referiam-se à realização de consultoria para odesenvolvimento de projeto para a implantação do Programa Brasileiro deAcessibilidade no Transporte Coletivo Rodoviário e Aquaviário.

Ressaltamos, contudo, que esses serviços foram realizados ao INMETRO poruma empresa de consultoria, intermediada pela Fundação José PelúcioFerreira, conforme demonstrado pela cópia da nota fiscal juntada aoProcesso. Não identificamos, porém, qual o amparo legal para o empenhodessa despesa por intermédio da Fundação, nem a razão para a contrataçãodireta dos serviços, em detrimento de um processo licitatório.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Efetivaram empenho para despesa que não possuía o devido amparo contratual.Indicados a Chefia da Divisão de Finanças e o Ordenador de Despesa, osquais assinaram o empenho.

CAUSA:Contratação dos serviços sem observar os ditames da Lei n.º 8.666/93.

JUSTIFICATIVA:Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“Houve, por parte da Diretoria interessada, um equívoco deinterpretação quando do repasse de recursos efetuado pelaSecretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência daRepública, para a realização de estudos que fundamentassem asnormas técnicas para a fabricação de veículos e equipamentosde transportes coletivos, em atendimento aos termos doDecreto nº 5296/2004.Como se tratava de uma nova atividade a ser desempenhada peloINMETRO, nitidamente de pesquisa e de desenvolvimentoinstitucional, o Grupo de Trabalho de Acessibilidade criadopara a atribuição, entendeu que seria pertinente ter aassessoria de técnico especializado na matéria para a suaconsecução e, sabendo-se que a FJPF presta serviços aoINMETRO para a implementação dos macro processos de seu PlanoEstratégico, assessorando tecnicamente a Autarquia,acreditaram que o mesmo poderia se efetivar por terceiro –consultoria - intermediada pela contratada FJPF. Ou seja,confundiu-se assessoria técnica para pesquisa edesenvolvimento institucional com consultoria, de formaimprópria.Os valores serão objeto de ressarcimento por parte da FJPFainda no mês de janeiro/2006.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:A justificativa apresentada ratifica a impropriedade relatada. No entanto,não consideramos que os valores pagos possam ser objeto de ressarcimento,uma vez que os serviços foram prestados. Tal prática, inclusive, pode vir acaracterizar enriquecimento ilícito da Administração.

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RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO381.477.507-49 ANTONIO CARLOS DE V. LORANG Chefe Div. Finanças193.035.131-34 ANTONIO C. G. FONSECA Ordenador de Despesa

RECOMENDAÇÃO:1 - Efetuar as aquisições e contratações mediante procedimento licitatório,de acordo com a Lei n.º 8.666/1993;

2 – Abster-se de realizar empenhos para os quais não haja amparo legal.

8.2.2.3 CONSTATAÇÃO:Impropriedades na formalização de dispensa de licitação fundamentada noinciso XIII do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993.

O Processo n.° 2412/05, da UG 183039 – Representação do INMETRO no RioGrande do Sul, tratou da contratação da Fundação de Apoio da Universidadedo Rio Grande do Sul – FAURGS, por dispensa de licitação com fulcro noartigo 24, XIII, da Lei n.º 8.666/1993. O objeto do contrato, estimado emR$ 400.000,00 para doze meses, está descrito da seguinte forma: “prestaçãode serviço de ensino, através da realização de cursos de Metrologia,Avaliação da Conformidade, Barreiras Técnicas, cursos básicos preparatóriosàqueles anteriormente mencionados e cursos de capacitação do pessoal queatua no INMETRO.”

A justificativa para abertura do processo de contratação, apresentada narequisição do serviço e no Plano de Trabalho, destacava a necessidade decapacitação, preparação e atualização dos servidores e colaboradores doINMETRO.

Inicialmente, detectamos as seguintes impropriedades na formalização doprocesso:

(a) ausência de pesquisas preliminares de preço com instituições similares,que demonstrassem como se chegou à estimativa de R$ 400.000,00 para adespesa. Não havia no Plano de Trabalho especificação do quantitativo decursos ou horas de treinamento previstos para realização;

(b) não havia embasamento para a justificativa de que a contratada ofereciapreços compatíveis com os de mercado, posto que a única proposta de preço éa da contratada. Dessa forma, também não vislumbramos razões para a escolhadessa fornecedora (artigo 26, § único, II e III, da Lei n.º 8.666/93);

(c) não havia parecer técnico ou jurídico emitido sobre a dispensa (artigo38, VI, da Lei n.º 8.666/93);

(d) não havia ato de adjudicação do objeto da licitação e da suahomologação (artigo 38, VII, da Lei n.º 8.666/93); e

(e) não consta do processo consulta ao CADIN antes da celebração docontrato, conforme determina a Lei n.º 10.522/2002.

Na seqüência, analisamos a documentação referente aos pagamentos efetuadosà FAURGS, o que nos propiciou constatar que o objeto do Processo tratava dacontratação de dois tipos de serviços: 1) serviços de ensino gratuito paraa comunidade em geral que detivesse curso técnico de nível médio e 2)realização de cursos de capacitação para o pessoal do INMETRO-RS.Acrescente-se que, referente aos cursos de capacitação para os servidores,efetivamente foram ministrados cursos de informática (Excel Avançado ePower Point), com duração de 72hs. Quanto aos serviços de ensino, foramrealizados os cursos Básico de Metrologia (215hs) e Metrologia Geral

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(120hs). Em termos de valores, a execução desse contrato ficou em R$148.359,20.

Diante dessa informação, registramos outras falhas de formalização:

(f) a justificativa para a abertura do processo, tanto na requisição quantono Plano de Trabalho, foi insuficiente. Contemplava somente a necessidadede capacitação, preparação e atualização dos servidores e colaboradores doINMETRO, embora também não especificasse os cursos pretendidos. Quanto aosserviços de ensino ofertados à comunidade, nada foi mencionado oujustificado;

(g) a contratação direta da Fundação para os cursos de informáticarealizados não encontra amparo no artigo 24, XIII, da Lei n.º 8.666/1993,posto que não há nexo entre os objetivos da referida instituição e esseobjeto, aliado ao fato de que empresas do ramo de informática tambémpoderiam concorrer para a prestação desse serviço;

(h) para os serviços de ensino, os quais sequer estavam especificados noPlano de Trabalho, não estava demonstrado no processo que estes fizessemparte de projetos de ensino aprovados pela Universidade Federal do RioGrande do Sul, conforme estabelecido no Estatuto da Fundação, de modo ajustificar a contratação direta amparada pelo artigo 24, XIII, da Lei n.º8.666/1993:

“Art. 3º São objetivos da FAURGS:I – colaborar na elaboração e execução de projetos depesquisa, ensino e extensão aprovados pela UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul (UFRGS);II – prestar serviços técnicos-científicos remunerados àUFRGS e à comunidade;III – realizar e promover atividades científicas e culturais;IV – conceder bolsas de estudo e de pesquisa, de graduação,pós-graduação e extensão;V – promover, difundir e coordenar a cooperação técnica entreorganizações e instituições nacionais e estrangeiras”.

Quanto ao instrumento contratual:

(i) o contrato continha cláusula prevendo que a seleção e contratação dosprofissionais seriam mediante prévia autorização do INMETRO, o qual deveriareferendar a escolha. Na execução desse contrato, foi expressamentesolicitada a contratação dos profissionais Marcos José Hoffmann de Senna eDaniel Seewald, os quais, por no mínimo 5 meses, cumpriram jornada integralde trabalho, com folha de freqüência vistada por pessoal do INMETRO. Emcaso análogo, o TCU emitiu, conforme Acórdão 2303/2005-Plenário,determinação para não condicionar-se a alocação de profissionais à préviaaprovação da contratante, sob pena de configurar intermediação irregular demão-de-obra, com eventuais ônus trabalhistas para a entidade.

(j) treze dias após a assinatura do contrato foi celebrado o primeiro TermoAditivo, alterando a nomenclatura das funções estabelecidas no Contrato eincluindo a função bolsista. A alegação para o aditivo foi a adequação dosserviços, em atendimento a alínea “d”, do inciso II, do artigo 65 da Lein.º 8.666/93:

“Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão seralterados, com as devidas justificativas, nos seguintescasos:[....]II - por acordo das partes:[....]d) para restabelecer a relação que as parte pactuaraminicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição

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da Administração para a justa remuneração da obra, serviço oufornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrioeconômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese desobreviverem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém deconseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos daexecução do ajustado, ou ainda, em caso de força maior, casofortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômicaextraordinária e extracontratual”.

Ressaltamos, no entanto, que não havia no processo documento da contratadasolicitando qualquer alteração ou demonstrando estar impedida da execuçãodo ajustado. Não havia também documento que demonstrasse de onde surgiramas novas funções e os novos valores ali estabelecidos.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Assinaram o contrato sem que o processo contivesse todos os elementosnecessários. Indicados como responsáveis o Coordenador Administrativo eFinanceiro e o Ordenador de Despesas Substituto, os quais assinaram ocontrato sem verificar a devida instrução processual.

CAUSA:Inobservância às exigências legais para a formalização de processo dedispensa de licitação com fulcro no inciso XIII do artigo 24 da Lei n.º8.666/1993.

JUSTIFICATIVA:Por meio de expediente sem número, de 24/01/2006, foi apresentadajustificativa para os itens (a) a (e) e (j), a qual transcrevemos a seguir,com supressão de dois parágrafos:

“Antes de abordar propriamente as questões apresentadas, sãonecessários alguns esclarecimentos preliminares a respeito doreferido contrato.Primeiramente, cabe ressaltar que os cursos de metrologia comabordagem específica dos assuntos de competência desteINMETRO-Rs são ministrados regularmente por nenhumaInstituição, seja pública ou privada, motivo queimpossibilita a licitação ou a aquisição de vagas junto aterceiros.[....]Embora a metrologia seja uma área importante para asatividades econômicas e esteja em franco crescimento, ainda ébastante restrita e as Instituições de ensino nãodemonstraram interesse e competência para a elaboração decursos no setor, o que também se deve ao pequeno retornofinanceiros destas atividades.E foi exatamente esta carência de formação, em relação àmatéria de tamanha importância – tanto para a economianacional, quanto para a saúde e a segurança do cidadão -, queestimulou esta administração a associar a experiência e oconhecimento específicos desta Representação ao conhecimentogeral e capacidade de desenvolvimento técnico e científicocaracterístico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,através de sua fundação, para verdadeiramente construir,elaborar e ministrar os referidos cursos.É neste mesmo sentido que o INMETRO-RS apoiou protocolo deintenções para cooperação técnico-científica celebrado peloINMETRO, em 2004, com o Ministério da Educação, cujo objeto éo seguinte:

Constitui objeto deste instrumento a conjugação deesforços com vistas a assegurar o estabelecimento de umprograma de atuação conjunta do MEC, por meio daSecretaria de Educação Superior - SESu e do InstitutoNacional de Metrologia Normalização e Qualidade

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Industrial – INMETRO, para a inclusão de tópicos demetrologia, normalização e qualidade nas diretrizescurriculares do ensino de graduação, como forma dedisseminar os conhecimentos dessas matérias para torná-las mais acessíveis à sociedade, bem como de outrasatividades relacionadas com a educação no campo dametrologia, da qualidade e da normalização, do mútuointeresse dos partícipes, incluindo também o nível depós-graduação. (g.n.)

Da mesma forma, o INMETRO-RS está apoiando o acordo decooperação técnica celebrado em 28 de março de 2005, entre oINMETRO e aquele Ministério, tendo como objeto a conjugaçãode esforços para o estabelecimento de cooperação visando aimplementar ações no âmbito do Projeto Escola de Fábrica,desenvolvido pela Secretaria de Educação Profissional eTecnológica, ficando estabelecido que incumbiria ao INMETRO,in verbis:

a) providenciar o espaço físico para criação de ambienteescolar;b) indicar os cursos de formação;c) disponibilizar tempo para que seus funcionários possamatuar como instrutores;d) arcar com o custo da elaboração e execução do projeto-pedagógico.

Fica, assim, evidente, dada as dimensões da propostaeducacional e as características específicas dos eventos, anecessidade da construção de toda uma metodologia de ensino,tanto presencial como a distância, para o atendimento dosinquestionavelmente meritórios propósitos dos eventosconstantes no projeto.No intuito de cumprir com sua missão institucional, estaAutarquia acabou por cometer pequenas falhas formais noprocedimento, as quais ora se admite. Contudo, uma vezflagrados tais vícios, o contrato foi denunciado,abrindo-senovo procedimento com a correção das questões detectadas.Porém, é necessário justificar que o INMETRO-RS iniciou umprojeto de desenvolvimento institucional e ensino, comfundamento na Lei n. 8958/1994, in verbis:

Art. 1º As instituições federais de ensino superior e depesquisa científica e tecnológica poderão contratar, nostermos do inciso XIII do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 dejunho de 1993, e por prazo determinado, instituições criadascom a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino eextensão e de desenvolvimento institucional, científico etecnológico de interesse das instituições federaiscontratantes.Art. 2º As instituições a que se refere o art. 1º deverãoestar constituídas na forma de fundações de direito privado,sem fins lucrativos, regidas pelo Código Civil Brasileiro, esujeitas, em especial: (...)

Conjugue-se a isso o previsto no artigo 4.º da Resolução doCONMETRO n. 011/1988:

4.1 A fim de assegurar, em todo o território nacional, aindispensável uniformidade na expressão das grandezas, cabe aoInstituto Nacional de Metrologia, Normalização e QualidadeIndustrial - INMETRO:a) expedir ou propor a expedição de atos normativosmetrológicos, necessários à implementação de suas atividades,abrangendo os campos comercial, industrial, técnico ecientífico;(...)d) dirimir as dúvidas suscitadas pela aplicação da legislaçãometrológica;(...)

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g) especificar as condições mínimas a que deverão obedecer osmodelos de medidas materializadas e instrumentos de medir,examinando-os, definindo-os e aprovando-os ou não;h) tomar as providências administrativas necessárias ao melhorcumprimento de suas atribuições;i) ministrar cursos de formação e aperfeiçoamento emmetrologia, obedecidos os dispositivos legais;

Evidencia-se que o INMETRO deve ser um agente facilitador eindutor de ações direcionadas à promoção de capacitação derecursos humanos em metrologia e avaliação da qualidadebásica no País – de modo a atender às demandas dos diversossegmentos da sociedade: empresarial, laboratorial acadêmico,público, entre outros, carentes de pessoal qualificado eatualizado -, adequando-se aos novos rumos, em que oconhecimento em metrologia e qualidade desempenha importantepapel. Ressalta-se que foi com vistas ao atendimento dalegislação supramencionada que esta representação do INMETROfirmou contrato com a FAURGS.[....]Resta claro: mais do que a realização de cursos, o INMETRO-RSpretendeu, com a contratação sob análise, a realização deestudo para fins de estabelecimento do conteúdo programáticodos referidos cursos. Conforme pode ser facilmente constatadoda análise dos autos, os relatórios de acompanhamento dasatividades (fls. 118, 142, 154 e segs.) dão conta daatividade de professores (bolsistas de doutorado) daUniversidade Federal do Rio Grande do Sul, que desenvolveramatividades de estudo, análise e elaboração do conteúdoprogramático, além das aulas propriamente ditas. Ficaevidente, da mesma forma, a realização dos cursos demetrologia (fl. 132 e segs.).Dada a natureza de pesquisa e da preparação dos cursos, queinviabiliza a exata quantificação do valor total do contrato– o que poderia, inclusive, trazer prejuízos à Administração– é que se entendeu ser mais correta a especificação do valordo contrato tendo-se como base as importâncias a serem pagasaos profissionais de ensino envolvidos no projeto e ocontrole do tempo utilizado para tais atividades, queconduziram a uma estimativa para o valor do contrato de modoque, caso não fossem utilizados todos os serviços estimados,tais valores não seriam despendidos pela administração, o quede fato veio a ocorrer. Assim, o valor de R$ 400.000,00 nãopassava de mera estimativa.Com relação, especificamente, às questões apresentadas, temosa esclarecer o que segue.Acerca do questionamento (a), relativo à suposta ausência depesquisa de preço e de demonstrativos acerca do valor globalestimativo do contrato, merece registro que na fl. 40 dosautos consta pesquisa de preço realizada junto à Universidadedo Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), mencionada, inclusive,na justificativa da fl. 38 dos autos. Embora ausente dosautos o demonstrativo do valor global do contrato, este foielaborado com base na tabela de valores e na estimativa dosserviços realizados no período de um ano, merecendo repetiçãode que se tratava de mera estimativa.Merece registro, também, que a Administração do INMETRO-RS,ciente de algumas imperfeições na formalização do processo emquestão, ex officio, entendeu por denunciá-lo e celebrar novocontrato. Assim, no contrato sob análise foram gastos apenasR$ 148.359,20 dos R$ 400.000,00 previstos. Ademais, todos osvalores gastos estão devidamente discriminados nas notasfiscais juntadas aos autos com a especificação dos serviçosprestados.

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Acredita-se que os esclarecimentos prestados acima sejamsuficientes para responder ao questionamento (b), devendorepisar que, diferentemente do referido por esta CGU, existemais de uma proposta de preço nos autos. Além do que,conforme referido, a contratação foi realizada com base naLei n. 8958/94, que trata especificamente do caso dasFundações de Apoio – caso da FAURGS.Relativamente à ausência de parecer técnico ou jurídicoacerca da dispensa – questionamento (c) -, temos a esclarecerque havíamos entendido como suficientemente justificada asituação de dispensa com o parecer das fls. 38 e 39 dosautos.Quanto à falta de ato de adjudicação e de sua homologação –questionamento (d)-, entendemos que a situação de dispensaestá devidamente fundamentada nos autos, suprindo referidaquestão; contudo, estamos adequando nossos procedimentos emfunção dos presentes questionamentos.Em atenção ao questionamento (e) – não realização de consultaao CADIN -, informamos que tal consulta foi realizada;contudo, por lapso, deixou de ser juntada nos autos, sendojuntada apenas a consulta ao SICAF (fl. 37). Outrossim,conforme já relatado, foi celebrado novo contrato comvigência a partir do dia 1º de dezembro de 2005, precedendo-se à consulta ao CADIN (cópia anexa), demonstrando que arespectiva Fundação não está cadastrado no mesmo.Por fim, com relação à celebração de termo aditivo aocontrato, alterando as funções originariamente previstas,efetivamente pecamos com relação à formalização do pedido dacontratada para a modificação procedida. Contudo, afirmamosque referida alteração somente foi procedida em decorrênciade pedido da FAURGS e não representou qualquer alteração novalor global da contratação; teve como única finalidade aadequação de denominação dos profissionais envolvidos nocontrato.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Quanto ao item (a), sobre a demonstração de como foi estimado o valor dadispensa, posto que não havia no Plano de Trabalho especificação doquantitativo de cursos ou horas de treinamento previstos para realização, aUnidade afirma que elaborou demonstrativo e reconhece não estar nos autos.Sem outros elementos, a informação não elide a impropriedade.

Referente à pesquisa de preço, realmente consta no Processo uma tabela como valor da remuneração dos professores da Universidade do Vale do Rio dosSinos – UNISINOS. Registramos, porém, deliberação do TCU para que serealize pesquisa de preços em pelo menos duas empresas do mesmo ramo doobjeto, com vistas a aferir a compatibilidade dos preços propostos com ospraticados no mercado (Decisão 288/1996 – Plenário).

Quanto ao item (b), rejeitamos a alegação de que a contratação foirealizada com base na Lei n.º 8.958/1994. Nenhuma peça que compõe oProcesso de contratação sequer faz menção àquela Lei, assim como também nãomenciona projeto específico de ensino. As especificações acerca do objetosó se revelam durante a execução do contrato. Também não concordamos queexiste mais de uma proposta de preço nos autos. Nas folhas 14, 15, 21 e 22consta a proposta de preços da FAURGS, devidamente assinada, com data de25/04/2005. Na folha 40 consta uma tabela somente com o valor daremuneração dos professores da UNISINOS, a qual não pode ser consideradaproposta de preços (se assim fosse, seu preço estaria bem menor que o daFAURGS, pois não há encargos). Além disso, não está assinada peloproponente.

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O TCU, por meio de sua jurisprudência (Acórdãos TCU n.º 838/2004 – Plenárioe 1357/2005 – Plenário), é taxativo quanto ao fato de a justificativa aopreço ter de demonstrar a razoabilidade dos preços contratados, o que aproposta da própria contratada ou declaração do requisitante não podeatestar. Esclarecemos, ainda, que a necessidade de justificativa de preços,em dispensa de licitação, está estipulada no inciso III do parágrafo únicodo artigo 26 da Lei n.º 8.666/1993, e difere da justificativa que demonstraa razão de escolha do fornecedor ou executante, caso este previsto noinciso II do mesmo artigo.

Quanto aos itens (c) e (d), o entendimento da Unidade está equivocado. Ajustificativa para o Processo de dispensa não substitui o parecer técnicoou jurídico sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade, previsto noartigo 38, VI, da Lei n.º 8.666/1993, nem os atos de adjudicação e dehomologação, previstos no artigo 38, VII, da Lei n.º 8.666/93.

A informação prestada não elide a falha do item (e), posto que a consultaao CADIN deve ser prévia à celebração do contrato e juntada oportunamenteao Processo.

Quanto à alteração contratual, item (j), a Unidade reconhece a ausência dedocumentação no Processo. Não concordamos, porém, com a afirmação de que oaditivo não representou qualquer alteração no valor global da contratação.Vejamos alguns exemplos que demonstram a ocorrência de alterações devalores:

- Coordenador científico: no Contrato inicial a previsão era R$ 6.683,21para 20hs semanais. No aditivo passou para R$ 15.887,57 por 44hs semanais.

- Assistente de ensino: não havia no Contrato inicial. Foi incluído noaditivo com previsão de R$ 6.495,82 para 44hs semanais.

Essas duas funções foram contratadas e prestaram serviços por, no mínimo, 5meses.

- Instrutor especializado: no Contrato inicial era R$ 49,41 a hora. Noaditivo constou Instrutor especializado I por R$ 56,51 e Instrutorespecializado II por R$ 70,65 a hora.

- Professor especializado (temporário): não havia no Contrato inicial. Noaditivo foi incluído Professor especializado I a R$ 88,37 a hora eProfessor especializado II a R$ 110,50.

Essas duas funções também prestaram serviços.

- Bolsista N.S.: no Contrato inicial era R$ 2.352,94 para 40hs semanais. Noaditivo ficou em 20hs semanais a R$ 2.941,25.

- Bolsista doutorado: não havia no Contrato inicial. No aditivo foiincluído a R$ 1.764,75 para 20hs semanais. Essa função também prestouserviços por todo o período que vigorou o Contrato.

O reflexo dessas alterações no valor global da contratação ficaria maisevidente se pudesse ser comparado com o demonstrativo utilizado para aestimativa inicial do Contrato, o qual não consta no Processo.

Quanto aos itens de (f) a (i), não houve, até a presente data, manifestaçãoformal por parte da Unidade.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO401.282.450-34 HEITOR F. HUBNER Coordenador Adm. e Financeiro293.409.500-20 OMER POHLMANN FILHO Ordenador de Despesas Subst.

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RECOMENDAÇÃO:Recomendamos ao INMETRO-RS:

1 - Efetuar a devida consulta ao CADIN previamente à efetivação decontratos ou assemelhados, em conformidade ao disposto na Lei n.º10.522/2002, anexando-a aos autos e abstendo-se de firmar compromissos comaqueles que apresentem situação irregular.

2 – Formalizar os seus processos observando o artigo 38 da Lei n.º8.666/1993.

3 – Fundamentar adequadamente os processos de dispensa de licitação quantoà justificativa da escolha do fornecedor e do preço do serviço contratado,nos termos do artigo 26, parágrafo único, incisos II e III, da Lei n.º8.666/1993.

4 – Abster-se de efetuar contratações com fundamento no artigo 24, incisoXIII, da Lei n.º 8.666/1993, com objetos contratuais amplos e imprecisos,bem quando não houver nexo entre os objetos do contrato, as disposições doreferido inciso e a natureza da instituição.

5 – Abster-se de condicionar a alocação dos profissionais à sua préviaaprovação, sob pena de configurar intermediação irregular de mão-de-obra.

8.2.3 ASSUNTO - ALTERAÇÕES CONTRATUAIS

8.2.3.1 CONSTATAÇÃO:Prorrogação de contratos contendo vícios de nulidade e sem a devidacomprovação de repactuação pleiteada.

Analisamos amostra representativa de 45,6%, em termos de valor, do total decontratos continuados em vigor que tenham sido celebrados em exercíciosanteriores para a UG 183023 e identificamos impropriedades, conforme relatoa seguir:

A)Processo n.º 152/03, referente à contratação da empresa Gauche Promoçõese Eventos Ltda., para a promoção de eventos, por meio da modalidadeconcorrência.

Pela análise do processo, observamos que, em 2005, ocorreram trêsalterações contratuais por meio de três aditivos, a seguir listados:- 1º Termo Aditivo, assinado em 03/03/2005, referente a retificação dacláusula de vigência contratual.- 2º Termo Aditivo, assinado em 11/03/2005, referente a aumento de 25% dosvalores contratados, totalizando R$ 625.000,00.- 3º Termo Aditivo, assinado em 04/12/2005, referente a prorrogação devigência por 6 meses, no valor de R$ 781.250,00.

Constatamos a seguinte impropriedade em relação às citadas modificaçõescontratuais:

(a) Anteriormente à celebração da prorrogação contratual, não consta doprocesso evidência de realização de pesquisa, demonstrando que o preçoestava de acordo com aquele praticado pelo mercado.

B) Processo n.º 5365/03, referente à contratação da Fundação Bênçãos doSenhor, para a prestação de serviços contínuos de apoio administrativo nasfunções de secretariado, assistente administrativo, auxiliar de escritórioe recepcionista, compondo um total de 220 postos de trabalho, por meio damodalidade de concorrência.

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Pela análise do processo, observamos que, em 2005, ocorreram duasalterações e duas modificações contratuais por meio de dois aditivos e doisapostilamentos, a seguir listados:

- 2º Termo Aditivo, assinado em 31/03/2005, referente à prorrogaçãocontratual, estendendo a sua vigência por doze meses a partir de02/04/2005.

- 1º Apostilamento, datado de 18/06/2005, alterando os valores contratadospor concessão de repactuação com efeito retroativo a maio de 2005.

- 3º Termo Aditivo, assinado em 01/08/2005, adicionando ao objeto originaldo contrato as funções de motorista e motociclista.

- Retificação ao 1º Apostilamento, datado de 04/10/2005, alterando osvalores contratados por redução de percentual de reajuste do 1ºApostilamento.

Observamos as seguintes impropriedades em relação às citadas modificações ealterações contratuais:

(a) O valor global originalmente contratado era de R$ 6.297.132,92. Com acelebração do 1º Termo Aditivo, em 26/10/2004, foi consubstanciado aumentode 25% do objeto contratado, refletido no montante adicional contratado deR$ 1.574.288,23. Quando da celebração do 2º Termo Aditivo para prorrogaçãocontratual o valor global estimado foi de R$ 7.588.315,03, sem queocorresse qualquer redução de escopo dos serviços. Este valor é inferior aomontante original acrescido de 25 %, que seria de R$ 7.871.421,15, e foicalculado conforme planilha constante à folha 2086 do processo, em que seestipula um custo médio por pessoa efetivamente gasto no mês de fevereirode 2005. Consideramos incorreta esta forma de estabelecimento do valorcontratado, uma vez que a redução de valores não foi acompanhada por umaredução de postos de trabalho.

(b) Anteriormente à celebração das modificações no exercício de 2005, nãoconsta do processo evidência de que tenham sido realizadas pesquisas quedemonstrassem que os preços estavam de acordo com aqueles praticados pelomercado.

(c) Quando da celebração das alterações contratuais, não consta do processoa apresentação das garantias necessárias, apesar de o contrato originalprever em sua cláusula oitava a necessidade de apresentação de garantiapela contratada.

(d) O 3º Termo Aditivo apresenta-se duplamente viciado: primeiro porque ocontrato já havia sofrido o aumento limite legalmente estabelecido quandoda celebração do 1º Termo Aditivo; e segundo porque foi claramentemodificado o objeto contratual por meio da inclusão de postos de trabalhonão previstos ou especificados no projeto básico associado, o que também élegalmente vedado, conforme § 4º do artigo 7º, bem como inciso XI do artigo55, ambos da Lei n.º 8.666/1993.

(e) No caso dos Apostilamentos, não restou comprovado no processo o aumentode custos solicitado pela contratada. A análise das planilhas antes e apósa repactuação demonstram alteração nos seguintes itens:

- Item I – Mão de Obra: aumento de 7,5% aos funcionários especificadosdevido a dissídio ocorrido em maio de 2004 (0,5%) e maio de 2005 (7,00%);

- Item II – Benefícios: Vale transporte – aumento de 112,0%. Valealimentação – aumento de 44,4%. Seguro Saúde – aumento de 7,8%.

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Em relação ao aumento salarial e do vale-alimentação, os documentos quecomprovam os valores concedidos encontram-se anexados ao processo. Arespeito do aumento de vale transporte, consta planilha às folhas 2527 a2529, a qual demonstra os valores correspondentes a vale transporte nomontante de R$ 16.775,80, diferente do valor de R$ 11.525,00 apresentado naplanilha de formação de preço. Consideramos que o demonstrativo nãocomprova o aumento dos valores, pois não totaliza o montante da planilha deformação de preço, não identifica os funcionários e não transparece qualaumento foi praticado. Acerca do seguro saúde, não se encontra comprovado oaumento concedido. No processo constam apenas documentos da empresafornecedora do serviço, no caso a Amil, nos quais inicialmente a empresademonstra “ter a intenção” da ocorrência do aumento no montante de 31,50% edepois de 16,0%. Não consta do processo informação que demonstre qual ovalor efetivamente reajustado pela Amil, como, por exemplo, faturas pagaspela Fundação à Amil antes e após o reajuste, ou termo de contrato ousimilar celebrado entre ambas.

C) Processo n.º 5526/03, referente à contratação da MI Montreal InformáticaLtda., para a prestação de serviços de gestão do ambiente de tecnologia dainformação, desenvolvimento e manutenção de sistemas, manutenção do parquede equipamentos de informática e manutenção da infra-estrutura da redeinterna do INMETRO, por meio da modalidade de concorrência.

Pela análise do processo, observamos que em 2005 ocorreu uma alteraçãocontratual, por meio da assinatura do 1º Termo Aditivo, em 31/08/2005,referente a reajuste de preços e prorrogação contratual da vigência pordoze meses, a partir de 01/09/2005.

Verificamos as seguintes impropriedades em relação à citada alteraçãocontratual:

(a) O valor global originalmente contratado era de R$ 6.900.000,00. Quandoda celebração do 1º Termo Aditivo para prorrogação contratual e reajuste, ovalor global estimado foi de R$ 5.500.000,00, sem que ocorresse qualquerredução de escopo dos serviços. Este valor é inferior ao montante originalacrescido de 4,28 % (R$ 7.195.320,00) e não consta qualquer justificativano processo. Consideramos o estabelecimento do valor contratado da formaprocedida incorreto, uma vez que a redução de valores não foi acompanhadapor uma redução de escopo.

(b) Anteriormente à celebração da alteração no exercício de 2005, nãoconsta do processo evidência de realização de pesquisa, demonstrando que ospreços estavam de acordo com aqueles praticados pelo mercado. Não constavatambém pesquisa ou declaração de satisfação dos serviços prestados.

(c) Pela análise da proposta da empresa contratada anexada ao processo àsfolhas 2705 a 2730, verificamos que o preço proposto era composto por cincoitens referentes a: manutenção de equipamentos; manutenção de infra-estrutura de rede; serviços técnicos profissionais no horário normal deexpediente; serviços técnicos profissionais no horário das 6hs às 22hs; eserviços técnicos profissionais em horário extra. Para os itens citadosconstava o preço unitário por serviço e por profissional, sendo que, nocaso dos profissionais no horário normal de expediente, havia aindaplanilha de detalhamento indicando a composição do preço, momento em que sedestacava a carga tributária aplicada. Observe-se que para nenhum dosoutros itens foi destacada a carga tributária aplicada, bem como a suaforma de incidência. Portanto, tomando por base exclusivamente asevidências processuais, aplicando-se os tributos única e exclusivamentepara as componentes de recursos humanos, chegaríamos a uma repactuação de4,0%, e não 4,28% conforme praticado.

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Observe-se que a conduta observada contraria o disposto no artigo 57,inciso II, da Lei n° 8.666/1993, uma vez que o dispositivo faculta aprorrogação de contratos até o limite de cinco anos, desde que se comprovea existência de preços ou condições mais vantajosas para Administração. Énecessário, portanto, demonstrar que a duração maior do contrato trarávantagens para a Administração, o que é possível mediante relatório dogestor do contrato atestando a qualidade e a necessidade da continuidadedos serviços prestados e pesquisa de preços. Entendeu o legislador que, naausência destes elementos, deve ser efetuada nova licitação de modo a sebuscar sempre a melhor proposta existente em cada momento. Existem mercadosem que, ao longo de cinco anos, ocorrem mudanças significativas (quebra demonopólios, acirramento da concorrência, entrada de novos competidoresetc.), tornando-se necessário o estudo destas modificações para subsidiar oprocesso decisório acerca da conveniência e oportunidade de se manterdeterminada contratação.

Neste sentido, transcrevemos trechos de Acórdãos do TCU:

“[...]Acórdão 999/2003 – Plenário[...]9.2. determinar à Petrobrás Distribuidora - S/A[...]9.2.2. anteriormente às prorrogações dos contratos deprestação de serviços de natureza contínua, comprove norespectivo processo a vantagem de preços ou de condiçõesobtida com a prorrogação, seja anexando pesquisa de preçosrealizada no mercado [...]”“[...]Acórdão 55/2000 - Plenário[...]8.5. determinar à Universidade Federal de Lavras que:8.5.1. nas alterações e prorrogações de contratos, cumprafielmente as normas legais, com especial atenção às seguintesexigências:a) formulação de precedente justificativa da autoridadecompetente (art. 65, caput, e art. 57, § 2º, da Lei8.666/1993);b) realização de pesquisa de mercado, para que a prorrogaçãodo contrato assegure a obtenção de condições e preços maisvantajosos para a administração;[...]”

Acerca do reajuste de preços praticado, considere-se o conteúdo do item 7.3da IN/MARE n.º 18/1997, o qual condiciona o acréscimo do valor pago àdemonstração analítica do aumento dos custos, de acordo com a Planilha deCustos e Formação de Preços referida no próprio normativo, a qual deve serelaborada pela empresa contratada. Neste aspecto, destacamos, ainda, oAcórdão TCU n.º 1563/2004 – Plenário, que determina que “a repactuaçãopoderá contemplar todos os componentes de custo do contrato que tenhamsofrido variação, desde que haja demonstração analítica dessa variaçãodevidamente justificada, conforme preceitua o art. 5° do Decreto 2.271/97”.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Em relação à ausência de pesquisa de preços e de declaração da satisfaçãodos serviços, não encontramos evidência de que os gestores tivessem ciênciade que estavam desrespeitando a legislação. Em relação às demaisimpropriedades, não adotaram os controles internos que evitassem autilização de valores incorretos nos aditivos contratuais. Indicados comoresponsáveis aqueles que assinaram os Termos Aditivos.

CAUSA:Inobservância das formalidades legalmente exigidas e controles internosfalhos.

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JUSTIFICATIVA:Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“A) Processo nº 52600.000152/03 contratação da empresa GauchePromoções e Eventos Ltda.[....] Mesmo que não conste evidência nos autos do processode que tenha se efetivado a devida pesquisa de preços, elafoi realizada, mas não se formalizou no procedimento, admite-se a impropriedade e já foram adotadas medidas para que nãose repita.[Processo n.º 5365/03][“a”]A diferença a menor do segundotermo aditivo, justifica-se em razão de ter sido consideradocomo base de cálculo o efetivo real existente à época e nãosobre o efetivo limite do contrato (275 postos de trabalho).Os preços dos postos de trabalho foram estabelecidos noprojeto básico da concorrência e atualizados por força dodissídio das categorias, como previsto na cláusula contratualde reajustes e, em alguns poucos casos, por razões internasde aproveitamento em outras atividades.[....] [“b”] Quanto à pesquisa de preços, foi realizada juntoa outras fundações, no entanto não foram acostadas aos autosdo processo.[“c”] A garantia da apólice de seguro se encontra em anexo.[“d”] Entende-se que não houve afronta ao § 4º do art. 7º daLei 8.666/93, não se incluíram no objeto da licitaçãoserviços sem previsão de quantidades, [...]Não há como se concordar com a assertiva de Vossas Senhoriasde que o 3º Termo Aditivo [....] apresenta-se duplamenteviciado, a) primeiro, pelo fato de que não consta do mesmoqualquer aumento de limite que já havia sido celebrado no 1ºTermo Aditivo, adicionaram-se novos postos de trabalho nosestritos limites financeiros já contratados e, b) segundo,porque a inclusão de novos postos de trabalho se realizoucom fulcro no Decreto-Lei 2.271/97, permissivo legal àterceirização de atividades meio que foi o objeto licitado,diga-se, atividades que devem, preferencialmente, ser objetode terceirização.No presente caso concreto o Senhor Presidente do INMETRO, emestrito cumprimento da legislação vigente, de acordo com asfolhas 2368/2369, consultou a Procuradoria-Geral do INMETRO,acerca da possibilidade de incluir no contrato os postos detrabalho de motoristas e motociclistas, o que foi aprovado,com a sugestão de elaboração de termo aditivo (fls. 2381),ratificado às fls. 2431/2433 pelo Procurador Geral doINMETRO, evidenciando-se a subordinação normativa do SenhorPresidente da Autarquia ao parecer emitido pela ProcuradoriaGeral.[“e”] Item I - Foi levada em consideração a determinação dodissídio coletivo do sindicato da categoria, com o aumentorelativo a 1/12, referente ao mês de abril/2004 (fls. 2234) –volume V, e de 7% a partir de maio/04, de acordo com aconvenção de fls. 2235.Item II - vale transporte/seguro saúde [vide justificativado item 5.3.3.1]Vale-alimentação – A administração entendeu, naquela ocasião,que deveria haver uma paridade entre o valor do auxílioalimentação do pessoal contratado com o do servidor doINMETRO, ocasionando com isso um incremento de 44% (R$4,50 x1.44).C) Processo nº 52600.005526/03 – MI Montreal Informática

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a) Consoante informações já repassadas a Vossas Senhorias, ocontrato com a empresa Montreal Informática foi objeto deanálise por um Grupo de Trabalho instituído pelo SenhorPresidente do INMETRO e, seguindo as conclusões do relatório,houve a redução do escopo dos serviços, nos termos do § 2º,inciso II, do art. 65 da Lei 8.666/93, mesmo que a alteraçãodo contrato pudesse se efetivar unilateralmente pelaadministração forte no inciso I, alínea “a” do mesmo artigoreferido. A redução de valores é decorrente da diminuição dosserviços prestados, apesar de não constar dos autos doprocesso a devida justificativa, a realidade de fato pode serconstatada pela verificação das listagens fornecidasmensalmente pela contratada que atestam à redução mencionada.b) Realmente não está formalizada a pesquisa no processo,sempre se busca a realização da pesquisa e encontra-se enormedificuldade junto aos fornecedores para que formalizem aconsulta. Neste caso houve a consulta informal.Serão envidados todos os esforços para que as pesquisas depreços sejam formalizadas e acostadas aos autos do processo.Quanto à pesquisa de satisfação dos serviços prestadospensaremos numa maneira de efetivar tal instrumento, para talestaremos acionando o Serviço de Comunicação do INMETRO.c) A solicitação de repactuação foi encaminhada pelo AssessorEspecial da Presidência ao verso das fls. 3124 e repassadapara análise dos setores competentes. Foi analisada pelaPROGE, às fls. 3127, 3128 e 3131, inclusive nestas folhas foifeita uma análise com a inserção de uma tabela dos tributos,assim como pela AUDIN, às fls. 3132. Evidencia-se asubordinação normativa do Senhor Presidente e do SenhorCoordenador de Planejamento às autorizações da Proge e daAudin.Quanto à questão do destaque da carga tributária determinou-se à área financeira que reavalie a matéria para que seprocedam as retificações devidas.[....]”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Processo 152/03 – Conforme justificado, reconheceu-se a impropriedade.

Processo n.º 5365/03 – Item “a”: consideramos inadequado utilizar o valorgasto em um determinado mês como base para o estabelecimento de valor deaditivo contratual, uma vez que este montante difere daquele estabelecidopor meio de processo legalmente efetivado.

Item “b”: a justificativa apresentada ratifica a impropriedade.

Item “c”: o documento encaminhado em anexo tratava-se de um Memorandosolicitando ao setor competente a renovação da apólice, o que demonstra quea garantia efetivamente não foi providenciada, ratificando a impropriedade.

Item “d”: a evidência de que o contrato não poderia mais sofrer qualqueraumento de postos de trabalho reside no fato de que, caso o INMETROefetivamente estivesse utilizando todos os postos de trabalho previstos,não haveria saldo financeiro capaz de cobrir as despesas com o 3º TermoAditivo. Além do mais, a inclusão dos postos de trabalho ocasionou acontratação de postos não previstos no projeto básico e no edital, o que évedado pela Lei n.º 8.666/1993.

Item “e”: conforme abordado no ponto, consideramos que os percentuaisreferentes a vale transporte e seguro saúde não se encontravam comprovados.Para estes casos, foi apresentada justificativa inserida no item 5.3.3.1.Pela análise das informações pode-se verificar que não foi abordada asituação referente ao seguro saúde, o qual consideramos não justificado. Emrelação ao vale-transporte, verificamos que na realidade não ocorreu

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reajuste, mas sim inclusão de valores não cotados pela contratada quando doprocesso licitatório, os quais já vinham sendo pagos pelo INMETRO conformerelatado no item 5.3.3.1. Entendemos indevido o acréscimo de valoresrelatado, posto que a contratada, ao apresentar sua proposta de preços àépoca do processo licitatório e ao assinar o contrato com o INMETRO assumiua responsabilidade pelos valores cotados e implicitamente afirmou estarapta a prestar os serviços pelos preços propostos. O reajuste somente seriapossível caso fosse comprovado que aqueles valores inicialmente cotadossofreram algum tipo de desequilíbrio, e não pela apresentação de novosvalores, os quais deveriam ter sido cotados à época da licitação, uma vezque o INMETRO não omitiu a sua localização quando da realização do certame,o que se ratifica pelo fato de as demais licitantes terem cotado valores devale transporte acima daqueles apresentados pela Fundação.

Processo n.º 5526/03 – Item “a”: consideramos que a redução de escopo devaser devidamente formalizada, sendo inadequada a alteração do valor semqualquer justificativa.

Item “b”: a justificativa apresentada ratifica a impropriedade.

Item “c”: foi informado que será reavaliado.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)CPF NOME CARGO113.055.250-00 JOAO A. HERZ DA JORNADA Presidente193.035.131-34 ANTONIO C. G. FONSECA Ordenador de Despesa831.982.028-68 JOSEPH BRAIS Ordenador de Despesa036.941.197-87 OSCAR ACSELRAD Coord. Geral de Planej.

RECOMENDAÇÃORecomendamos que o INMETRO:

1 – Condicione a prorrogação de seus contratos à comprovação, mediantepesquisa de mercado atualizada e devidamente anexada ao processo, de que amaior duração contratual proporcionará vantagem de preços e/ou condiçõespara a Administração, desde que prevista no edital do certame.

2 – Solicite ao contratado a comprovação do aumento de custos quejustifique o reajuste de preços.

3 – Abstenha-se de celebrar termos aditivos a contratos com prazo devigência expirado.

4 – Abstenha-se de efetuar alteração de objeto contratual não prevista noedital do certame.

5 – Ao estipular valor em seus termos aditivos, observe estritamente osvalores contratuais.

6 – Calcular os valores pagos a maior para as empresas MI MontrealInformática e Fundação Bênçãos do Senhor.

7 – Reaver os valores pagos a maior para as empresas MI MontrealInformática e Fundação Bênçãos do Senhor após a sua quantificação.

8.2.3.2 CONSTATAÇÃO:Prorrogação de contratos sem comprovação das vantagens deste ato para aAdministração.

As análises a seguir elencadas, referentes a prorrogações contratuaisprocedidas na Representação e nas Superintendências do INMETRO,demonstraram:

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(a) Processo n.º 639/01 (UG 183025), referente à contratação da empresa VipLimpeza e Serviços Ltda. para a prestação de serviços de limpeza e copa,por meio da modalidade licitatória convite baseada no inciso III do artigo22 da Lei n.º 8.666/1993:

- Ausência de pesquisa de preços anteriormente à assinatura do 6º TermoAditivo ao Contrato n.º 006/01;

- Ausência de declaração da qualidade dos serviços prestados por meio depesquisa de satisfação ou declaração de satisfação antes da assinatura do6º Termo Aditivo.

(b) Processo 1617/03 (UG 183025), referente à contratação da empresa LynxSistemas e Serviços de Informática Ltda. para a prestação de serviços demanutenção e hospedagem de sítio na Internet, por meio de dispensa delicitação baseada no inciso II do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993:

- Ausência de pesquisa de preços anteriormente à assinatura do 2º TermoAditivo ao Contrato n.º 006/03.

(c) Processo 1649/03 (UG 183025), referente à contratação da empresa LíderTur Empreendimentos Turísticos e Promoções para a prestação de serviços defornecimento de passagens aéreas nacionais e internacionais, por meio damodalidade licitatória convite baseada no inciso III do artigo 22 da Lein.º 8.666/1993:

- Ausência de pesquisa de preços anteriormente à assinatura do 2º TermoAditivo ao Contrato n.º 009/03.

(d) Processo 2491/03 (UG 183025), referente à contratação da empresa LynxSistemas e Serviços de Informática Ltda. para a prestação de serviços desuporte técnico para produtos Microsoft, por meio de dispensa de licitaçãobaseada no inciso II do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993.Observou-se:

- Ausência de pesquisa de preços anteriormente à assinatura do 3º TermoAditivo ao Contrato n.º 007/03;

- Ausência de declaração da qualidade dos serviços prestados por meio depesquisa de satisfação ou declaração de satisfação antes da assinatura do3º Termo Aditivo ao Contrato n.º 007/03.

(e) Processo 4949/04 (UG 183024), referente à contratação da empresaProfiser para a prestação de serviços de telefonista e limpeza econservação, por meio da modalidade de convite baseada no inciso III doartigo 22 da Lei n.º 8.666/1993:

- Aumento dos valores pagos em 38,5%, apesar de não existirem evidências noprocesso de elementos que amparem a repactuação de preços.

(f) Processo 6233/04 (UG 183024), referente à contratação da empresa SantosEmpreendimentos – Comércio e Representação Ltda. para a locação de imóveis,por meio de dispensa de licitação baseada no inciso X do artigo 24 da Lein.º 8.666/1993:

- O contrato em vigor expirou em 16/07/2005, não constando do processotermo aditivo e outras evidências que corroborassem existência deprorrogação ou reajuste, tendo em vista o pagamento não ter sidointerrompido e o valor ter sido acrescido em 8,3% desde julho de 2005.

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Conforme abordado no item 8.2.3.1, constata-se que a conduta observadacontraria as disposições do inciso II do artigo 57 da Lei n° 8.666/1993 e oitem 7.3 da IN/MARE n.º 18/1997, bem como a jurisprudência do TCU.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Efetivaram empenhos com base em aditivos celebrados em inobservância àlegislação. Indicados como responsáveis os representantes do INMETRO queassinaram o Termo Aditivo e as notas de empenho.

CAUSA:Ausência de controles internos acerca das formalidades legalmente exigidasquando da ocorrência de prorrogação contratual.

JUSTIFICATIVA:Para a UG 183025, por meio do Ofício n.º 071/Super, foi encaminhadaresposta pelo Superintendente, datada de 20/10/2005, informando que:

“Referente ao Processo n.º 639/01, empresa Vip Limpeza eServiços Ltda.* Quanto a pesquisa de preço preceder a assinatura de termoAditivo, informamos que esta prática, até o momento, nãohavia sido utilizada, pois, entendíamos que o preço praticadoeram os mais vantajosos para a administração por doismotivos:- Quando das realizações das licitações alcançou-se o menorcusto para a administração a partir daí qualquer reajusteocorre somente por determinação legal.- Todas as licitações realizadas sempre tiveram seus custosmajorados.* Quanto a ausência de declaração da qualidade dos serviçosprestados, informamos que infelizmente não realizamos estetipo de procedimento, que adotaremos para assinatura dosfuturos Termos Aditivos, quando se tratar de prorrogação decontrato.[....]Referente ao Processo n.º 1617/03, empresa Lynx Sistemae Serviços de Informática Ltda., quanto a pesquisa de preçopreceder a assinatura de termo Aditivo, informamos que estaprática, até o momento, não havia sido utilizada, pois,entendíamos que o preço praticado eram os mais vantajosospara a administração por dois motivos:- Quando das realizações das licitações alcançou-se o menorcusto para a administração a partir daí qualquer reajusteocorre somente por determinação legal.- Todas as licitações realizadas sempre tiveram seus custosmajorados.Referente ao Processo n.º 1649/03, empresa líder TurEmpreendimentos Turísticos e Promoções, quanto a pesquisa depreço preceder a assinatura de termo Aditivo, informamos queesta prática, até o momento, não havia sido utilizada, pois,entendíamos que o preço praticado eram os mais vantajosospara a administração por dois motivos:- Quando das realizações das licitações alcançou-se o menorcusto para a administração a partir daí qualquer reajusteocorre somente por determinação legal.- Todas as licitações realizadas sempre tiveram seus custosmajorados.[....] Referente ao Processo n.º 2491/03, empresa LynxSistemas e Serviços de Informática Ltda.:* Quanto a pesquisa de preço preceder a assinatura de termoAditivo, informamos que esta prática, até o momento, nãohavia sido utilizada, pois, entendíamos que o preço praticadoeram os mais vantajosos para a administração por doismotivos:

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- Quando das realizações das licitações alcançou-se o menorcusto para a administração a partir daí qualquer reajusteocorre somente por determinação legal.- Todas as licitações realizadas sempre tiveram seus custosmajorados.* Quanto à ausência de declaração da qualidade dos serviçosprestados, informamos que infelizmente não realizamos estetipo de procedimento, que adotaremos para assinatura dosfuturos Termos Aditivos, quando se tratar de prorrogação decontrato.”

A Presidência do INMETRO manifestou-se acerca das recomendações exaradasacatando-as e determinando o seu atendimento.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Em relação às justificativas apresentadas pela UG 183025, osesclarecimentos não elidem as impropriedades e demonstram o desconhecimentodo procedimento correto a adotar, tendo sido verificada a intenção deadequação dos procedimentos internos aos legalmente exigidos.

Os responsáveis da UG 183024, apesar de questionados, não apresentarammanifestação, a qual poderá ocorrer por ocasião da apreciação desterelatório preliminar.

RESPONSÁVEL(IS) POTENCIAL(IS):UG 183024CPF NOME CARGO017.073.109-04 AURELIO BARVIK Diretor Administrativo375.474.887-49 SERGIO BRUM Ordenador de Despesas

UG 183025CPF NOME CARGO252.234.101-49 ARGEMIRO ANTONIO F. MENDONCA Superintendente

RECOMENDAÇÃORecomendamos que as Superintendências de Goiás e Santa Catarina:

1 – Condicionem a prorrogação de seus contratos à comprovação, mediantepesquisa de mercado atualizada e relatório do gestor do contrato,demonstrando a qualidade e a necessidade dos serviços, de que a maiorduração contratual proporcionará vantagem de preços e/ou condições para aAdministração.

2 – Solicitem ao contratado a comprovação do aumento de custos quejustifique a repactuação de preços.

3 – Anexem aos processos todos os documentos que comprovem as informaçõesobtidas e análises efetuadas em face do atendimento das Recomendações n° 1e 2.

8.2.3.3 CONSTATAÇÃO:Prorrogação de contrato cujo embasamento legal apresentava-se originalmenteindevido.

Verificamos o Processo n.º 6684/03 (UG 183023), referente à contratação daFundação José Pelúcio Ferreira, no valor de R$ 18.500.000,00, para aprestação de serviços técnicos especializados relacionados com aimplementação dos macroprocessos constantes do Plano Estratégico do INMETROfornecendo suporte técnico e operacional para as atividades de pesquisa,ensino e desenvolvimento institucional, inclusive no que concerne à

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continuidade do Plano de modernização do INMETRO, por meio de dispensa delicitação baseada no inciso XIII do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993.

Pela análise do processo, observamos que em 2005 ocorreu uma alteraçãocontratual, por meio da assinatura do 2º Termo Aditivo, em 23/12/2005,referente à prorrogação contratual, estendendo a vigência por doze meses apartir de 24/12/2005.

Verificamos as seguintes impropriedades em relação à citada alteraçãocontratual:(a) Para a verificação da compatibilidade dos preços praticados foiprocedida consulta na Internet contendo pesquisa salarial para a área detecnologia, o que se mostrou inadequado, tendo em vista não existirplanilha de formação de preço que permitisse a verificação dos custos comsalários associados. O processo também não apresentava pesquisa oudeclaração de satisfação dos serviços prestados.

(b) Não consta do processo autorização prévia da autoridade competente paraa prorrogação.

(c) A justificativa, Memorando n.º 101 – DIRAF, de 22/12/2005, apresentadaàs folhas 1445 e 1446, cita que a prorrogação não mais contemplaria aSuperintendência de Santa Catarina e a Representação do Rio Grande do Sul,o que implicaria redução de 20% do valor global contratado. O 2º TermoAditivo, no entanto, foi firmado no montante de R$ 18.500.000,00, sem aredução de 20%, não constando do processo qualquer justificativa para ofato.

(d) A justificativa apresentada não esclarece, nos termos do objetocontratado, o motivo da necessidade de prorrogação. Uma vez que não existeno processo projeto básico acerca das atividades a serem desenvolvidas ouproposta da contratada descrevendo-as, listamos, a seguir, algumas dasatividades constantes do Relatório n.º 11, referente à execução contratualpor parte da Fundação no mês de novembro de 2005:

“Macro Processo/Projeto/Ação Corporativa: ‘1’ 07 – APOIOOPERACIONAL1. Projeto de apoio à PROGE [Procuradoria Geral] na seleção eindexação de seus pareceres;[....]3. Projeto de elaboração de modelos de atos administrativostípicos;4. Projeto de elaboração de peças processuais típicas;5. Projeto de reformulação do conteúdo e da formatação dedocumentos de cunho jurídico, usuais nas atividadesfinalísticas do INMETRO;6. Projeto de elaboração e manutenção de um banco de dados,com informações concernentes aos processos, de qualquernatureza, em que o INMETRO for autor, réu, assistente ouoponente;[...]‘1’ ACREDITAÇÃO1. Análise e gerenciamento dos processos de acreditação delaboratórios e organismos, nas fases de concessão, extensão emanutenção da acreditação, conforme Programação Anual deAuditorias Dicor e Dicla;2. Manutenção dos dados no software ‘Sistema de Acreditaçãode laboratórios RBC e RBLE’3. Atualização das planilhas de indicadores nas áreas deensaio e calibração da DICLA [Divisão de Credenciamento deLaboratórios]; [....]20. Emissão de documentos para a cobrança referente aoscontratos de acreditação; [....]Macroprocesso: GESTÃO ESTRATÉGICA- Auditoria Interna da Ouvidoria;

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- Auditoria Interna do Seplo [Serviço de PlanejamentoOrçamentário]; [....]- Gerenciamento do Sistema de Acompanhamento de Projetos –SICAP;- Elaboração de Planilhas e gráficos comparativos da receitagerada pelos Órgãos integrantes da RBMLQ e estimativas para2006; [....]- Adequação dos arquivos da Coordenação da Qualidade;- Atualização diária das notícias do site em português e daversão em inglês;- Atualização diária do conteúdo da nova Intranet (notícias econteúdo interno);- Alteração no hot site VI Semetro;- Implementação gráfica do site/intranet; [....]Padronização e Disseminação das Unidades de Medida1. Desenvolvimento de planilhas de incerteza para medidas,manutenção e avaliação de desempenho metrológico dosequipamentos das condições ambientais e desenvolvimento deferramentas de controle e softwares operacionais paraautomação dos laboratórios.2. Preparação de equipamentos próprios e de terceiros, paraatendimento aos laboratórios e/ou para calibração. [....]9. Suporte na elaboração e apresentação de projetos aEditais. [....] Assistência aos interessados em participar dalicitação para elaboração do projeto executivo paraimplantação do Laboratório de Química [....]1. Macro Processo/Projeto/Ação Corporativa: CONTROLEMETROLÓGICO2. Realizou análise, ensaios, avaliações, verificações,perícias e calibrações em medidas materializadas einstrumentos de medir, com vistas a aprovação de modelo;3. Realizou atendimento a RBMLQ-I, com o objetivo deesclarecer dúvidas quanto a execução de exames formais equantitativos, metodologia de ensaios e interpretação deregulamentos técnicos metrológicos;4. Realizou atendimento à fabricantes e a consumidores,através de cartas, ofícios e site do INMETRO (pergunte aoINMETRO), sobre pré-medidos, medidas materializadas einstrumentos de medir; [....]Macro Processo/Projeto/Ação Corporativa: ‘1’ APOIOOPERACIONAL1. Atividades de suporte aos processos de ApoioAdministrativo[....]- Elaboração de relatório mensal de entrada e saída dematerial;- Serviços Gráficos (revelação de chapas e área deimpressão);- Controle de documentação de correio;- Elaboração de Notas de Fornecimento de material permanente;Gestão de Material;[....]- Pesquisa de preços de fornecimento de alimentação junto aempresas;- Análise de Contratos; [....]Macro Processo/Projeto/Ação Corporativa: QUALIDADE VIDA1. Atividades de suporte ao processo de Saúde Ocupacional:- Atendimentos de emergência e ambulatorial à servidores ecolaboradores do INMETRO;- Atendimento ambulatorial de homeopatia;- Realização de exames de saúde periódicos;- Realização de perícias médicas de servidores do INMETRO;

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- Atendimentos odontológicos em Xerém e no Rio Comprido;[....]”

O documento cita, ainda, ações de assessoramento, de análise e pesquisa. Noentanto, os itens listados nitidamente não se relacionam a atividades deensino, pesquisa, ou desenvolvimento institucional, conforme exigido peloinciso XIII do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993. A maioria das atividadesrelacionadas se mostram diretamente relacionadas a atividades rotineiras daInstituição, que deveriam ser executadas por áreas meio, havendo, inclusivecasos de atividades relacionadas até mesmo a atividades-fim. Neste sentido,transcrevemos trecho de Acórdão do TCU:

“Acórdão 1813/2005 - Segunda Câmara [....]Relatório do Ministro Relator [....]29. Depreende-se, pois, da leitura da Decisão, que ainterpretação mais aceitável, que vem se consolidando nesteTribunal, é a de que o conceito de desenvolvimentoinstitucional deve ser considerado de forma restrita e, dealgum modo, deve relacionar-se com ação social que tenha sidoconstitucionalmente especificada como de interesse do Estado.[....]30. De fato, com o produto do contrato estar-se-ia promovendoo aprimoramento organizacional da Autarquia, vez que énotória a precariedade da estrutura administrativa eoperacional do FNDE para exercer, com eficiência e eficácia,suas atribuições, conforme já verificado em auditoriasrealizadas por este Tribunal e também destacado pela FGV emsuas alegações.31. Todavia, há que se ressaltar que se o objeto contratadopode ser enquadrado em ‘desenvolvimento institucional’, issosó ocorre no sentido amplo (lato) da expressão e não nosentido requerido pelo dispositivo legal que amparou acontratação, na interpretação que se coaduna com osmandamentos constitucionais.32. Corroborando esse entendimento, destaque-se opronunciamento do Ministro-Relator Augusto ShermanCavalcanti, por ocasião do Voto que embasou o Acórdão427/2002 - Plenário:(...) ‘Desenvolvimento institucional’ não pode ser entendidode forma ampla, pois assim estará indo de encontro aosprincípios constitucionais de isonomia, impessoalidade emoralidade. Além disso, ao se adotar esta forma ampla deinterpretação, a Administração estará, também, afrontando osprincípios constitucionais da livre iniciativa e da livreconcorrência, previstos na Ordem Econômica (Título VII daCF), uma vez que implicaria a subtração desses serviços àiniciativa privada, impedindo-a de contratar com o poderpúblico.A jurisprudência desta Corte tem decidido reiteradamente quea contratação direta com base no inciso XIII do artigo 24depende não apenas de a entidade contratada preencher osoutros requisitos exigidos na lei, mas também de haverestreita correlação entre o objeto contratado e atividades depesquisa, ensino e desenvolvimento institucional. Como adispensa é exceção à regra geral da licitação, ambasprevistas na Constituição, entendo que o conceito de‘desenvolvimento institucional’ deve receber interpretaçãorestritiva, vez que as exceções, segundo as normas básicas dehermenêutica, interpretam-se restritivamente. Assim, não deveo referido termo ser entendido como qualquer atividade quepromova melhoria no desempenho das organizações, sob pena deinconstitucionalidade da interpretação em sentido contrário.Nesse sentido, a interpretação mais aceitável, que se tem

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consolidado neste Tribunal, está associada a ‘alguma forma deação social que tenha sido constitucionalmente especificadacomo de interesse do Estado’, conforme se expressou oMinistro Guilherme Palmeira, sintetizando o entendimento, aoproferir o Voto condutor da Decisão 30/2000 - Plenário.’Em suma, a contratação sem licitação das instituiçõesabrangidas pelo dispositivo legal deve pressupor oatingimento de algum legítimo interesse do Estado, o que nãose vislumbra quando as atividades se estendam à execução deserviços, que, em essência, representam exploração deatividade econômica e estão sujeitos à livre concorrência demercado. Nestes casos, vale também inferir que, conquanto asinstituições contratadas externem a figura de entidades semfins lucrativos, é certo que não deixam de auferirremuneração pelos trabalhos prestados, que seriamidenticamente executados por qualquer pessoa jurídica definalidade lucrativa. [....]”

Observando-se as disposições do Acórdão anteriormente citado, e, naausência de projeto básico e descrição das atividades em proposta daempresa, as atividades relacionadas no relatório de execução, bem como deacordo com inspeção física realizada descrita no item 8.2.5.1 desteRelatório, conclui-se que parte das atividades desenvolvidas, excetoaquelas relacionadas a pesquisa, não apresentam amparo no dispositivo legalutilizado como fundamentação de sua contratação.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Prorrogou contrato celebrado com base no instrumento de dispensa delicitação para a contratação de serviços que podem ser licitados. Indicadoscomo responsáveis os gestores que assinaram o Termo Aditivo.

CAUSA:Aplicação equivocada da expressão “desenvolvimento institucional”,acarretando o uso inadequado do instrumento de dispensa de licitação paraalguns dos serviços contratados.

JUSTIFICATIVA:Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“Processo 52600.006684/03 – Fundação José Pelúcio Ferreira[“a”]Existe planilha de formação de preços, às fls.1485/1486. Também foram consultadas outras Fundações sobre ospreços praticados, no entanto, não foram juntadas aos autosdo processo. Com relação à declaração dos serviços prestados,houve entendimento do diretor da Diraf com a FJPF na mantençados serviços por ambas as partes, com uma redução dos custosà administração.[“b”] Houve uma falha de trâmite, que foi sanada com aassinatura do termo aditivo, pelo Presidente da Autarquia,conforme fls. 1999/2000, entendendo-se que a avença firmadapelo Senhor Presidente, por si só, valida a necessáriaautorização prévia, que se diga, apenas não havia sidoformalizada.[“d”] Como se depreende do próprio objeto do contrato e, emespecial, do permissivo legal para o pacto com a Fundação,fundado no inciso XIII do artigo 24 da Lei 8.666/93, o ajustepara suporte técnico e operacional para atividades depesquisa, ensino e desenvolvimento institucional, em nossoentendimento, estão discriminados nos relatórios mensaisapresentados pela prestadora de serviços, mesmo que noprojeto básico constasse, genericamente, a prestação de

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serviços para implementação dos macro processos constantesdo Plano Estratégico da Autarquia.Há que se observar que nas atividades rotineiras do INMETRO,incluem-se a pesquisa, o ensino e o desenvolvimentoinstitucional, em bem da verdade, acabam fazendo parte docotidiano da Autarquia, no entanto não se pode confundir ahabitualidade no desempenho destas atividades com qualquerimpedimento à contratação da Fundação. Apenas paraexemplificar, recentemente o INMETRO firmou convênio com oMEC para elaborar e desenvolver programa de educação àdistância, utilizando-se da rede de fibra ótica do Ministérioda Educação. A pesquisa, como Vossas Senhorias apontam naSolicitação de Auditoria, está presente no nosso dia a dia. Odesenvolvimento institucional, seja no desenvolvimento denovas metodologias para atender a sociedade, ou deferramentas de controle operacional para automação delaboratórios, repita-se, apenas a título exemplificativo,também, são parte integrante das atividades das DiretoriasFinalísticas.Se o memorando da Diraf não esclarece o motivo da necessidadeda prorrogação do contrato, conforme entendimento de VossasSenhorias, acredita-se que a matéria, sendo por demaisconhecida internamente na Autarquia, que o Senhor DiretorAdministrativo, de forma até simplista, solicitou aprorrogação pela notória necessidade da casa de que não podeocorrer solução de continuidade na prestação de serviços tãorelevantes.Cumpre-se observar que em nosso entendimento a decisãoconstante do acórdão nº 1813/2005, colacionado por VossasSenhorias na Solicitação de Auditoria, realmente é aplicávele favorável, mesmo que, analogicamente, ao caso concreto dacontratação da FJPF.A prestação de serviços avençada não se trata de atividadescomuns de gestão administrativa ou de mero aperfeiçoamento dagestão, como bem explanado no mencionado acórdão, a própriadoutrina e a jurisprudência sobre a matéria não são pacíficase, a noção jurídica de desenvolvimento institucional éimprecisa, ‘desprovida de precisão absoluta’, no entanto,percebe-se claramente, que a decisão do TCU reputa comocorreto o enquadramento do objeto do contrato firmado pelaFGV como ‘desenvolvimento institucional’, com umainterpretação ampla do seu escopo e não em uma análise decerteza negativa do conceito que ‘acabaria por restringir, deforma exageradamente demasiada, o seu âmbito de abrangência,o que, estou certo, não se coadunaria com a mens legis’, comoaponta o Senhor Ministro Relator do processo.Pode-se afirmar que o contrato do INMETRO com a FJPF seafeiçoa aos termos da decisão mencionada, exatamente emsentido contrário do entendimento assinalado por VossasSenhorias.Deve-se salientar ainda que a prorrogação do contrato foidevidamente autorizada pela Procuradoria Geral do INMETRO,atestando a legalidade do procedimento, caracterizando, emmais uma oportunidade, a obrigatória subordinação normativado administrador ao seu corpo jurídico.Deste modo, solicita-se, respeitosamente, que VossasSenhorias reconsiderem a posição constante na Solicitação deAuditoria de que a justificativa foi insuficiente e aprorrogação contratual indevida.Efetivamente a administração tem buscado a redução de seucusteio conforme Vossas Senhorias já estão informadas aoapresentarmos as planilhas de diminuição de custos emdiversas contratações licitadas pela modalidade do pregão,

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além da reavaliação feita em outros tantos contratos, como daMontreal, Metropol e FJPF, o que se constata pela simplesanálise dos pagamentos realizados; em relação ao RS e SC aredução se iniciou e ainda não está complementada, o que deveocorrer no máximo, até março de 2006.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Itens “a” e “b”: o documento citado à folha 1485 é uma planilha sem timbreou identificação, denominada “Cargos e Salários”, onde constam os valoressalariais antigos e atualizados em 7% para diversos cargos. Já o documentoà folha 1486, é uma outra planilha denominada “Contrato INMETRO / PRO UNI-RIO” contendo informações de remuneração para outros cargos, não constantesda primeira planilha. Observe-se que os documentos citados não esclarecem ofato de não ter sido realizada pesquisa de preços e de não constar doprocesso planilha de formação de preço de modo a ser verificada acompatibilidade dos preços pagos. Consideramos que a justificativaapresentada ratifica as impropriedades observadas.

Item “c”: não foi abordado na justificativa.

Item “d”: no caso apresentado no Acórdão do TCU anteriormente citado, pode-se identificar claramente produtos e tempo de execução bem definidos. Pelaanálise do Processo n.º 6684/03 (UG 183023), não identificamos períodotemporal estabelecido para a atuação da Fundação, objetivos claramentedefinidos ou produtos a serem gerados, mas ao contrário, encontramosevidências de que a maioria das ações volta-se a execução de atividades-meio, até mesmo de atendimento ambulatorial. Pelos motivos expostos,consideramos insuficiente a justificativa e indevida a prorrogaçãocontratual efetivada para a execução de serviços aptos a serem licitados, oque contraria o artigo 37 da Constituição Federal, bem como o artigo 1º daLei n.º 8.666/1993. Entendemos que parte do objeto contratual podeefetivamente ser enquadrado no embasamento legal utilizado, porém há muitasatividades, como por exemplo aquelas listadas anteriormente, que podem serperfeitamente executadas por empresas contratados por meio do devidoprocedimento licitatório.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)CPF NOME CARGO113.055.250-00 JOAO A. HERZ DA JORNADA Presidente193.035.131-34 ANTONIO C. G. FONSECA Ordenador de Despesa

RECOMENDAÇÃO:O INMETRO deve:

1 - Restringir o instrumento da dispensa de licitação aos casos permitidospor Lei.

2 - Realizar o devido certame licitatório para a contratação dos serviçosaptos a serem licitados.

3 – Sempre anexar aos processos as planilhas de composição de preços, aspropostas completas das empresas vencedoras, bem como o projeto básico queirá respaldar a execução contratual.

4 – Quando da efetivação de prorrogação contratual, anexar aos processosautorização prévia da autoridade competente, bem como pesquisa de preçosque demonstre que a celebração do termo proporcionará vantagem de preçose/ou condições para a Administração.

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8.2.4 ASSUNTO - PAGAMENTOS CONTRATUAIS

8.2.4.1 CONSTATAÇÃO:Morosidade administrativa ocasionando pagamentos sem respaldo contratual.

No Relatório de Auditoria de Avaliação da Gestão n.º 160818, referente aoexercício de 2004, item 4.1.2.1, acerca do atendimento das recomendaçõesconstantes do Relatório n.º 117569, exercício de 2002, no subitem 9.2.1.1,consta informação acerca do Contrato n.º 12/2002, celebrado entre o INMETROe a empresa Nacional Refeições Ltda. para a concessão de uso comum dasinstalações e equipamentos de restaurantes e lanchonetes do INMETRO. Nocitado documento informa-se que o referido contrato, no exercício de 2004,nos meses de março, maio, julho, agosto e setembro, ultrapassou o montantecontratado. No exercício de 2004, portanto, durante suas atividades deacompanhamento da gestão, a CGU, visando ao equacionamento do problema,havia recomendado ao INMETRO “a adequação dos gastos mensais do contraton.º 012/2002 dentro dos limites previstos contratualmente, de forma que ovalor total para doze meses (R$ 324.925,08) não fosse ultrapassado”.

A Entidade, por sua vez, em seu Relatório de Auditoria de Prestação deContas referente ao exercício de 2004 informa as providências que estariamsendo adotadas, a saber:

“Segundo respostas apresentadas é informado que em razão deinúmeros eventos não previstos, torna-se impossível adequar autilização aos valores inicialmente avençados e que algumasmedidas foram tomadas, tais como:1. os usuários estão sendo orientados, no sentido de que seesforcem para conter a utilização exacerbada dos serviços(mesmo em detrimento de algumas realizações);2. processo será encaminhado à Proge para análise eaprovação, do acréscimo de 25% do valor global do contratonos termos do artigo 65, inciso I, alínea b da Lei n.º8.666/93; e3. para o caso de insucesso das duas primeiras medidas, estásendo elaborado um edital para nova licitação, na modalidadede pregão”.

Verifica-se, pelo exposto, que, desde 2004, o INMETRO já sabia que serianecessária ou a redução de seus gastos ou a efetivação de nova contratação.

Ao analisarmos os processos efetivados na autarquia sem a condução dodevido processo licitatório ou de dispensa ou de inexigibilidade delicitação, situação esta configurada pela descrição de “NÃO SE APLICA” nocampo “modalidade de licitação” da nota de empenho, verificamos que noexercício de 2005 foram deflagrados oito processos cuja beneficiária fora aempresa Nacional Refeições Ltda. (Processos n.º 52600.002294/05,52600.002791/05, 52600.003285/05, 52600.003969/05, 52600.004493/05,52600.005274/05, 52600.006679/05, 52600.011776/05). Analisamos os cincoprimeiros processos, os quais tratavam de pagamentos por indenização àempresa Nacional acerca dos meses de março, abril, maio, junho e julho de2005. Os pagamentos por indenização eram justificados em face de ainda nãose encontrar concluído o devido processo licitatório. Procedemos, então, àanálise do processo 52600.002863/05, referente à realização de pregãopresencial para a concessão de uso comum das instalações e equipamentos dosrestaurantes e lanchonetes do INMETRO, o qual resultou na homologação àempresa Sombreiro Lanches Ltda. Me, a qual apresentou proposta com o valorde R$ 690.000,00. Constatamos que o pedido de compras à folha 01 doprocesso possuía a data de 19/05/2005, o empenho foi efetivado em18/11/2005 e o contrato foi assinado em 02/11/2005. No caso do contrato,verificamos, ainda, que houve assinatura com data retroativa, uma vez que odespacho da Chefe do Serviço de Consultoria à folha 366, datado de28/11/2005 informava que a assinatura do contrato só poderia ocorrer após a

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regularização da empresa no SICAF. Não consta, também, evidência processualde que tenha sido procedida consulta ao CADIN ou ao SICAF antes daassinatura do contrato ou da emissão do empenho (constam consultas ao SICAFdatadas de 21/11/2005, 24/11/2005 e 28/11/2005, mas a data de assinatura docontrato é 02/11/2005 e a da emissão do empenho, 18/11/2005).

Em face do exposto, consideramos impróprio o fato de, somente em19/05/2005, ter sido deflagrado novo processo licitatório, uma vez quedesde 2004 o INMETRO já possuía o conhecimento de que haveria a necessidadedesta contratação. Destaque-se, ainda, que os valores a serem pagosrelativos a concessão de uso comum das instalações e equipamentos derestaurantes e lanchonetes do INMETRO foram substacialmente reduzidos com arealização do certame licitatório.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não foi tempestivo na execução de suas atribuições. Indicado comoresponsável o gestor que demorou a iniciar o procedimento licitatório.

CAUSA:Controles internos falhos e morosidade administrativa.

JUSTIFICATIVA:A ser apresentada quando da apreciação da minuta deste Relatório pelogestor.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:-

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)CPF NOME CARGO328.588.257-34 MISAEL ROQUE ALCIDES Chefe da Divisão de Administração

RECOMENDAÇÃO:O INMETRO deve:

1 - Aprimorar seus controles internos de modo a prever com a antecedêncianecessária casos em que os valores contratuais não serão suficientes para acobertura dos serviços.

2 – Deflagrar tempestivamente seus processos licitatórios de modo a evitara realização de pagamentos por indenização.

8.2.4.2 CONSTATAÇÃO:Pagamentos sem respaldo contratual.

Constatamos, em três contratos, que a soma dos valores pagos aoscontratados extrapolou o valor estabelecido para o período pactuado:

- Contrato n.º 188/2003, firmado com a Fundação José Pelúcio Ferreira. Otermo aditivo para o período de 12 meses a partir de 23/12/2004 previa ovalor de R$ 18.500,00 mil. Os pagamentos realizados pelo INMETROtotalizaram R$ 20.585,3 mil, ultrapassando o valor avençado em R$ 2.085,3mil;

- Contrato n.º 174/2003, de 04/12/2003, firmado com a empresa GauchePromoções e Eventos Ltda. pelo período de 24 meses, ao valor de R$2.500.000,00. O primeiro termo aditivo elevou esse valor para R$3.125.000,00. Os pagamentos realizados pelo INMETRO totalizaram, emprincípio, R$ 3.199.365.24, extrapolando o contrato em R$ 74.365.24;

- Contrato n.º 178/2004, firmado em 01/09/2004 com a M.I. MontrealInformática Ltda. O contrato previa o valor de R$ 6.900.000,00 para o

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período de 12 meses. Os pagamentos realizados pelo INMETRO, referentes àsdespesas desse período, totalizaram R$ 7.407.391,16, ultrapassando o valoravençado em R$ 507.391,16.

O TCU, em Decisão 300/2002 - Plenário, já deliberou que a execução doscontratos deve ser restringida aos valores efetivamente pactuados, sendoque qualquer alteração contratual deve obedecer ao disposto na Lei n.º8.666/1993.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não implementou instrumentos adequados de controle, descumprindo o valorprevisto para o contrato. Indicada como responsável a Chefia da Divisão deFinanças, que deveria efetivar o controle dos gastos.

CAUSA:Controle deficiente do saldo dos contratos (empenhado, a empenhar,liquidado, a liquidar, pago e a pagar).

JUSTIFICATIVA:Por meio de documento sem data, número e assinatura, encaminhado, em meioeletrônico e físico ao protocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Internado INMETRO, foi informado que:

“Contratos números 188/2003 e 174/2003, extrapolação dosvalores estabelecidos para o período pactuado.Efetivamente houve um equívoco no controle financeiro doscontratos, a área financeira elaborava planilhas mensais dosvalores executados e, literalmente, errou os cálculos, alémde não conferir os resultados com os dados disponíveis noSIAFI.No meio do ano próximo passado a administração do INMETROconstatara a vulnerabilidade no controle dos contratos,ensejando a criação do Núcleo de Contratos e Convênios parasanar tais deficiências.O Senhor Presidente também baixou, por Portaria, aobrigatoriedade do preenchimento de formulários específicospara a requisição de compra de produtos e serviços e paraacompanhamento de contratos e convênios, além de nomearGerentes e Fiscais para todos os contratos e convêniosvigentes na Autarquia.Criou-se ainda o Sistema de contratos e convêniosimplementado pelo Núcleo referido que é uma ferramenta de TIpara estes controles.Estes instrumentos criados pela administração vêm ao encontroda determinação do Senhor Presidente, para que ocorra umcontrole redundante dos contratos, em busca de um rigorismono comando destas necessidades.Em decorrência da constatação de Vossas Senhorias, a áreafinanceira, os gerentes e fiscais dos contratos serãoorientados a consultar o SIAFI para a concretização doscontroles financeiros dos contratos.Paralelamente, a administração está reduzindo os custos dosdois contratos, em especial, daquele com a FJPF, como jáinformado anteriormente, pretendendo-se, no exercício de2006, a realização de uma compensação, para menos, noperíodo, em busca do equilíbrio financeiro da avença.”

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:A justificativa apresentada ratifica a impropriedade relatada.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO381.477.507-49 ANTÔNIO CARLOS DE V. LORANG Chefe Div. Finanças

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RECOMENDAÇÃO:Recomendamos que sejam implantados controles com o objetivo de acompanharos valores de execução dos contratos, a fim de evitar a extrapolação doslimites avençados.

8.2.5 ASSUNTO - INSPEÇÃO FÍSICA DA EXECUÇÃO

8.2.5.1 INFORMAÇÃOA fim de verificarmos a execução física dos serviços prestados pelaFundação José Pelúcio Ferreira, por meio do Contrato n.º 188/2003,procuramos identificar no que consistia o seu objeto. No instrumentocontratual está definido, de forma genérica, como “prestação de serviçostécnicos especializados, pela CONTRATADA, relacionados com a implementaçãodos macroprocessos constantes do plano estratégico do INMETRO, emconsonância com as suas finalidades e competências legais, fornecendosuporte técnico e operacional para as atividades de pesquisa, ensino edesenvolvimento institucional, inclusive no que concerne à continuidade doPlano de Modernização do INMETRO”.

No processo de contratação está ausente projeto básico detalhando o objetode forma clara e precisa, bem como dando especificações acerca dos serviçosa serem executados. Dessa forma, não podemos comensurar o serviçopretendido com o efetivamente executado. Podemos, no entanto, comentar oevidenciado pelo exame dos relatórios de atividades apresentados pelaFundação, referentes aos meses de janeiro, junho, setembro, novembro edezembro, e pelas informações coletadas mediante entrevista:

A) A predominância do contrato é o fornecimento ao INMETRO de mão-de-obrade profissionais com nível superior, sendo, em média, 250 a 300 postos. Nãohá documentação no Processo que permita identificar as atividades atinentesa cada cargo existente, assim como a qualificação ou perfil profissionalexigidos.

B) Os profissionais contratados podem ser enquadrados como celetistas oubolsistas. A diferença entre um e outro estaria na denominação do cargo, nohorário de trabalho e na categoria profissional. Os bolsistas seriam oscargos denominados nos relatórios como “consultor técnico” e “assessortécnico”, neles compreendidos profissionais como médicos, enfermeiros,dentistas. Os celetistas desenvolveriam atividades administrativas,cumprindo jornada de trabalho de 8hs às 17hs. Consideramos a definiçãoimprecisa, como pudemos constatar na justificativa apresentada no item5.3.2.1 deste Relatório, quando evidenciamos que o próprio servidor doINMETRO desconhece os aspectos que envolvem o contrato.

C) A atuação da Fundação ocorre nas diversas áreas do INMETRO, prestandoserviços de assessoria técnica e de suporte operacional para Acreditação,Avaliação de Conformidade, Controle Metrológico, Padronização eDisseminação das Unidades de Medidas, Gestão Estratégica, Processo deApoio, Qualidade de Vida e Apoio à Articulação Internacional, tendo sido,algumas das atividades, destacadas no item 8.2.3.3 deste Relatório.

D) Atividade-fim sendo realizada por prestador de serviço da Fundação, aqual não poderia ser terceirizada, tal como lavração de autos de infração efiscalização externa, compreendendo a verificação de balanças, taxímetros eprodutos certificados.

E) Realização, dentre outros, de atendimentos de emergência, ambulatorial eodontológico. Procedimentos de fisioterapia, enfermagem e serviço social.Tais serviços não poderiam estar sob a égide de contratação amparada pelopermissivo do inciso XIII do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993.

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F) Prestação de serviços de natureza jurídica, tais como: atividades naJustiça Federal (carga de processos), assessoria jurídica e representaçãocomo advogado do INMETRO em audiências de inquirição de testemunhas. Taisserviços não poderiam estar sob a égide dessa contratação, pois oentendimento firmado no TCU é pela obrigatoriedade da realização deprocedimento licitatório para a contratação de advogados.

Acrescente-se, também, os outros itens deste Relatório que demonstraram asdeficiências em relação à fiscalização e ao controle do contrato em tela,as quais foram devidamente ressalvadas.

8.3 SUBÁREA - CONVÊNIOS DE OBRAS E SERVIÇOS

8.3.1 ASSUNTO - FORMALIZAÇÃO LEGAL

8.3.1.1 COMENTÁRIO:Com o objetivo de verificarmos a aderência do INMETRO à devida formalizaçãode convênios, considerando todas as UGs associadas, selecionamos amostrarepresentativa, em termos de valor, de 32,1% dos convênios celebrados em2005, bem como um termo celebrado em exercício anterior.

Inicialmente verificamos no preâmbulo de cada convênio a que legislação sesubmetiam. Apenas o convênio constante do Processo n.º 6321/04 da UG 183039mencionava sua subordinação à IN STN n.º 01/1997, os demais citavam que sesubmetiam à legislação federal aplicável. Tendo em vista a aplicação dasInstruções Normativas da STN, via de regra, observadas na celebração deconvênios, analisamos todos os processos sob sua ótica. Destacamos, aseguir, nossas constatações:

A) A análise do Processo n.º 6321/04 da UG 183039, acerca da celebração deconvênio entre o INMETRO/RS e a Associação Rede Metrológica e Ensaios doRio Grande do Sul, tendo como objeto o Programa de Cooperação Técnicavisando ao desenvolvimento tecnológico e assessoramento mútuo entre ospartícipes para aperfeiçoamento das atividades de metrologia e qualidade noEstado do Rio Grande do Sul, mostrou a existência das seguintesimpropriedades:

- Não consta comprovação da regularidade do convenente perante o PIS/PASEPe o CADIN antes da assinatura do convênio;

- No processo constava apenas um Termo Aditivo, porém havia dois aditivoscadastrados no SIAFI;

- A publicação do DOU não se encontrava completa, uma vez que não constava:valor do convênio; inscrição CNPJ dos partícipes e denominação, domicílio einscrição CPF dos signatários; crédito pelo qual correria a despesa; númeroe data da nota de empenho emitida; valor a ser transferido no exercício esubseqüentes; data de assinatura; e código da UG e da gestão.

- Não constava claramente definido no Plano de Trabalho a contrapartida doconvenente.

B) A análise dos Processos n.º 149/05 e 151/05, ambos da UG 183023, acercada celebração de convênio entre o INMETRO/RJ e, respectivamente, oInstituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro – IPEM/RJ e oInstituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo – IPEM/SP, tendo comoobjeto a delegação da execução das atividades do INMETRO/RJ aos IPEMs,mostrou a existência das seguintes impropriedades:

- Não constam os documentos de comprovação da regularidade dos convenentesexigidos pela IN STN n.º 01/1997, IN STN n.º 01/2001, IN STN n.º 01/2005 e

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alteração antes da assinatura do convênio ou das transferências derecursos;

- No processo não constava Termo Aditivo, porém havia quatro aditivoscadastrados no SIAFI para o IPEM/RJ e 22 para o IPEM/SP;

- As publicações do DOU não se encontravam completas, uma vez que nãoconstavam: valor do convênio; denominação, domicílio e inscrição CPF dossignatários; crédito pelo qual correria a despesa; número e data da nota deempenho emitida; valor a ser transferido no exercício e subseqüentes; ecódigo da funcional programática referente aos créditos.

- Não constava Plano de Trabalho definido;

- Não constava apreciação técnica da minuta do convênio;

- Os Termos de Convênio apresentavam as seguintes impropriedades: nãocitavam textualmente as normas aplicáveis, não indicavam o número e a datada nota de empenho emitida, não possuíam cláusulas acerca da necessidade derestituição ao concedente de valores não utilizados ou usados em finalidadediversa, bem como cláusula acerca do livre acesso dos servidores do Sistemade Controle Interno, o do IPEM/RJ, não se encontrava assinado pelorepresentante da interveniente, nem pelas duas testemunhas, e no doIPEM/SP, apenas uma testemunha assinou o convênio, a qual não foidevidamente identificada;

Solicitamos justificativas ao INMETRO que informou, por meio de documentosem data, número e assinatura, encaminhado, em meio eletrônico e físico aoprotocolo da CGU-Regional/RJ, pela Auditoria Interna do INMETRO, que:

“A inaplicabilidade da Instrução Normativa STN 01/97 aosconvênios de delegação de competência e receita compartilhadafirmados pelo INMETRO com os Ipems já foi reconhecida pelopróprio TCU - Acórdão 134/2003 - Plenário - Processo008.192/2001 - reproduzindo-se, em parte, como segue:

‘No caso vertente, a celebração de convênio entre oINMETRO e parceiros estaduais constitui compromisso cujanatureza não se afeiçoa aos termos da InstruçãoNormativa STN 1/97, que disciplina, em âmbito do governofederal, a formalização de convênios de naturezafinanceira que tenham por objeto a execução de projetosou realização de eventos.7. O artigo 39 da mencionada norma, expõe que, não seaplicam as exigências desta Instrução Normativa aosinstrumentos:(...)IV - que tenham por objeto a delegação de competência oua autorização a órgãos e ou entidades de outras esferasde governo para a execução de atribuições determinadasem lei, regulamento ou regimento interno, com geração dereceita compartilhada;’ (...)

Cumpre-se esclarecer que os convênios de delegação decompetência firmados pelo INMETRO com os Ipems seguem apolítica de descentralização de atividades definida pelaUnião nos termos do Decreto-lei 200/67.Também é imperioso ressaltar que nestes convênios não ocorretransferência de recursos do orçamento da União para osorçamentos dos Estados, basta que se atente para os termos doconvênio firmado com o Ipem/RJ para se constatar que asdespesas do Ipems integram o próprio orçamento do INMETRO esão realizadas por ordenador de despesas nomeado pelo SenhorPresidente do INMETRO, ou seja, o Ipem executa o orçamento daUnião em nome do INMETRO.

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Da mesma forma, há que se vislumbrar que o valor do convênioé variável em níveis percentuais, de 73% a 90% da arrecadaçãogerada pelo conveniado e, dependem, sempre, da receitaefetivamente auferida e da necessidade de custeio do Ipem.Veja-se que a receita gerada pela atividade delegada ao Ipem,é recolhida diretamente para a União por meio da GRU, écristalino o entendimento de que não são transferidosrecursos federais para os estados e que o convênio define queos recursos repassados para o custeio dos Ipems sãomovimentados em conta específica –CONTA/CONVÊNIO/IPEM/INMETRO – e são movimentados, porordenador de despesas nomeado pelo Senhor Presidente doINMETRO.Quanto aos termos aditivos, efetivamente não foram juntadosaos autos do Processo que se encontra na Administração, noentanto, constam arquivados na Proge, tendo em vista aconstatação, efetivar-se-ão os futuros termos aditivos emmais uma via original para que se acostem ao processo.Tendo em vista a notória atipicidade dos convênios dedelegação de competência do INMETRO com a Rede Brasileira deMetrologia Legal e Qualidade, as publicações seguem osparâmetros que estavam definidos no Decreto-Lei 200/67. Nãose pode determinar o valor do convênio que é variável e, comose afirmou, não há transferência de recursos para Estados ouMunicípios.O Plano de Trabalho é definido com a devida antecedência ereavaliado trimestralmente, o que se pode atestar pelasimples consulta no Portal do Consumidor, no link Orçamento/Relatórios/ comparativos/ receita/ físico/ órgão/programação, conforme se atesta pelos documentos anexos.Na prática, a apreciação técnica do convênio se efetivadiretamente pelo Senhor Diretor de Metrologia Legal doINMETRO, Dr. Roberto Luiz de Lima Guimarães, tendo em vistaque firma o instrumento juntamente com o Senhor Presidente doINMETRO.[....]Quando à citação das normas aplicáveis ao convênio, como seafirmou acima, pela inaplicabilidade da IN STN nº 01/97,desde a revogação do Decreto-Lei 240/67, existe uma lacuna noordenamento jurídico vigente para disciplinar especificamentea matéria, hoje se adotam as disposições da Lei 8.666/93 e doDecreto-Lei 200/67.O número e a data da nota de empenho, quando da assinatura doconvênio não puderam se efetivar em decorrência da morosidadena aprovação orçamentária para o período, sendo que não sepoderia admitir solução de continuidade na prestação dosserviços delegados.Os convênios de delegação de competência do INMETRO com osIpems não permitem utilização de recursos financeiros parafinalidades diversas daquelas conveniadas, sendo que osrepasses de valores se efetivam mensalmente, considerando-seos percentuais avençados e dependem do acompanhamento econtrole mensal da geração da receita e do custeio doconveniado. Os valores não utilizados pelo conveniadoretornam ao INMETRO no final do exercício.O livre acesso dos servidores do controle externo não estáexplícito no convênio, no entanto, está implícito ao constarcláusula que define que o conveniado deve seguir a legislaçãofederal aplicável e cumprir com as determinações doconvenente. Tendo em vista a constatação de Vossas Senhorias,será providenciada cláusula específica para tanto.

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A questão da carência das assinaturas do interveniente e dastestemunhas, também será objeto de retificação, verificando-se todos os convênios.[....]c) Processo nº 151/05 – Convênio INMETRO x Ipem/SPReporta-se a todas as justificativas constantes no item 7.3,letra “b”, em relação ao Processo nº 149/05, convêniocelebrado com o Ipem/RJ, tendo em vista que a matéria éidêntica.”

Acatamos as justificativas apresentadas em relação aos Processos n.º 149/05e 151/05. Acerca do Processo n.º 6321/04, a justificativa não se aplica esomente não será objeto de ressalva por se referir ao exercício de 2004.

RECOMENDAÇÃO:Recomendamos que o INMETRO:

1 – Faça gestão junto à Secretaria do Tesouro Nacional visando à elaboraçãode uma norma específica que atenda aos seus convênios.

2 – Nos casos em que se aplique a IN STN n.º 01/1997, observe todos osrequisitos quanto à regularidade do convenente, à publicação no DOU e aoPlano de Trabalho.

3 – Mantenha seus processos atualizados quanto aos termos aditivoscelebrados, bem como Planos de Trabalho aprovados.

8.3.2 ASSUNTO - PRESTAÇÃO DE CONTAS

8.3.2.1 CONSTATAÇÃO:Prestações de contas apresentadas e aprovadas sem todos os elementosnecessários.

Analisamos, para os processos citados no item 8.3.1.1, ainda sob a ótica daIN STN n.º 01/1997, as prestações de contas apresentadas.

Para o Processo n.º 6321/04 da UG 183039, em relação às prestações decontas apresentadas, constatamos:

- Não constavam anexados às prestações de contas documentos fiscais, folhade pagamentos e documentos que comprovassem os recolhimentos listados comodespesas;

- Os encargos sociais relacionados nas despesas, em relação aos valoreslistados como aqueles referentes às folhas de pagamentos, são superioresaos legalmente estabelecidos;

- Quando da aquisição de bens permanentes, não constava anexada à prestaçãode contas a relação de bens adquiridos;

- Em nenhuma prestação de contas havia anexado despacho adjudicatório ou dehomologação de procedimento licitatório ou justificativa para a suadispensa ou inexigibilidade.

Consideramos, também, deficiente o fato de não estarem definidos quaiscritérios são utilizados para o pagamento de diárias e como o INMETROverifica que os valores são efetivamente devidos. Solicitamos, ainda,esclarecimento para o fato de estarem sendo elencados como despesa valoresa título de IR sobre a folha de pagamentos, uma vez que tais valoresdeveriam ser descontados dos beneficiários, e não do INMETRO.

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Para os Processos n.º 149/05 e 151/05 da UG 183023, constatamos:

- Quando da aquisição de bens permanentes, não constava anexada à prestaçãode contas a relação de bens adquiridos;

- Em nenhuma prestação de contas havia anexado despacho adjudicatório ou dehomologação de procedimento licitatório ou justificativa para a suadispensa ou inexigibilidade;

- Não constava parecer técnico quanto à execução física do convênio.

- Para o IPEM/SP, na prestação de contas, consta informação acerca dediversas contas correntes nos bancos: Banco do Brasil, Banespa e NossaCaixa, apesar de o convênio estipular ser necessário haver conta específicae de a IN STN n.º 01/1997 estabelecer que a conta deve ser aberta apenas noBanco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.

Verificamos, também, que não havia periodicidade formalmente definida paraa apresentação das prestações de contas.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não implementou controles internos adequados que impedissem a ocorrência daimpropriedade. Indicado como responsável o gestor responsável pelaaprovação das prestações de contas.

CAUSA:Controles internos falhos.

JUSTIFICATIVA:Por meio da Comunicação Interna SECON n.º 006, de 26/01/2006, apresentadapela Chefe do Serviço de Contabilidade, foi informado que:

“- Relação de bens permanentes adquiridos: A citada relação éencaminhada à Equipe de Patrimônio do INMETRO, integrando,inclusive, o Inventário Anual de Bens elaborado por cadaIPEM;- Despacho adjudicatório ou de homologação: Esclarecemos quetal despacho não é solicitado, tendo em vista que o Art. 28,par 1º, da IN/STN/01/97 determina que ‘O convenente queintegre a Administração Direta ou Indireta do GovernoFederal, fica dispensado de anexar à prestação de contas osdocumentos referidos nos incisos V, VI, VII, IX e X desteartigo’. Por outro lado, cumpre-nos ressaltar que os órgãosintegrantes da RBMLQ são auditados periodicamente pelosauditores do INMETRO e sobre tais auditorias são emitidosRelatórios, os quais são encaminhados à DIRAF paraconhecimento dos trabalhos realizados. Diante do exposto,anteriormente, esclarecemos que desconhecemos a necessidadede se exigir tal despacho;- Parecer técnico quanto à execução física do convênio: ADiretoria de metrologia Legal – DIMEL do INMETRO realizaauditorias técnicas periódicas nos IPEMs, das quais sãoemitidos relatórios sobre a execução do convênio. Diante doexposto, entendemos que tal parecer deva ser solicitadoàquela auditoria;- Contas bancárias: Segundo informações recebidas da Sra.Rose do IPEM/SP; por força de Decreto Estadual, foi exigidodos órgãos subordinados ao Estado de São Paulo que os mesmosutilizassem as contas de Bancos Estaduais para movimentaçãode seus recursos financeiros, diante dessa exigência foramabertas contas no BANESPA e na Nossa Caixa, Atualmente, com aprivatização do BANESPA somente são mantidas nessainstituição contas-salários.”

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ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Para os Processos n.º 149/05 e 151/05, acatamos a maioria dasjustificativas apresentadas. Com relação ao despacho adjudicatório ou dehomologação, consideramos desnecessária a sua apresentação tendo em vista ajustificativa apresentada no item 8.3.1.1, uma vez que o § 1º do artigo 28da IN STN n.º 01/1997 não se aplica ao IPEM, que não integra o GovernoFederal, mas o Estadual. A respeito das contas bancárias, consideramos quea justificativa apresentada não esclarece o motivo de não estar sendo usadaconta corrente no Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal, uma vez queos recursos envolvidos não integram o Orçamento Estadual, pois o IPEMexecuta o Orçamento da União em nome do INMETRO.

Em relação ao Processo n.º 6321/04, não foi apresentada justificativa,apesar de solicitada ao responsável indicado.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS)UG 183039CPF NOME CARGO166.510.900-97 JORGE LUIZ SEEWALD Chefe da Repres. RS

RECOMENDAÇÃO:A Representação do Rio Grande do Sul deve:

1 – Aprimorar seus controles internos de modo a somente aprovar prestaçõesde contas que estejam de acordo com os requisitos da legislação.

2 – Verificar o efetivo recolhimento por parte do convenente de todos ostributos relacionados como despesas.

3 – Abster-se de admitir, no rol de despesas do convênio, o recolhimento deIR sobre a folha de pagamento, caso este valor já esteja compreendido novalor da folha de pagamento reportado como despesa.

4 – Definir critérios claros para aceitação de apresentação de valores dediárias como despesas.

5 – Utilizar Banco Oficial Federal para a abertura de conta-corrente.

O INMETRO deve:

6 – Estabelecer formalmente prazos e periodicidade para a entrega dasprestações de contas.

8.4 SUBÁREA - REGISTRO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS - SIASG

8.4.1 ASSUNTO - CADASTRO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS NO SIASG

8.4.1.1 CONSTATAÇÃO:Desatualização de informações de contratos e convênios no SIASG.

A verificação das informações cadastradas no Sistema Integrado deAdministração de Serviços Gerais - SIASG de amostra de contratos e termosaditivos das unidades gestoras atinentes à Unidade em exame demonstrou queos contratos componentes da amostra possuíam a previsão do cronograma desua execução cadastrada no sistema SIASG, entretanto, nenhum termo aditivoapresentava cronograma cadastrado no SIASG e nenhum dos documentosapresentava a execução cadastrada no SIASG.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não implementou controle para o devido preenchimento e atualização dosistema.

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CAUSA:Inexistência de procedimento de preenchimento e atualização do SIASG.

JUSTIFICATIVA:A ser apresentada quando da apreciação da minuta do relatório pelo gestor.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:-

RECOMENDAÇÃO:O INMETRO deve cadastrar no sistema SIASG todas as informações de previsãoe execução em termos de contratos e termos aditivos celebrados, ematendimento ao artigo 19 da Lei n.º 10.934/2004.

9. CONTROLES DA GESTÃO

9.1 SUBÁREA – CONTROLES EXTERNOS

9.1.1 ASSUNTO – ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO

9.1.1.1 INFORMAÇÃO: Identificamos três acórdãos do TCU proferidos no exercício de 2005 contendodeterminações diretas para o INMETRO.

Apresentamos, a seguir, as medidas adotadas pelo INMETRO visando àimplementação das determinações / recomendações do TCU contidas nosdocumentos.

A) Acórdão 32/2005 - Plenário – TCU, referente à prestação de contas doexercício de 1996, sessão de 26/01/2005.Item 9.4: determinar ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial - INMETRO que:Item 9.4.1: elabore os Inventários de Bens Móveis, Imóveis e Material deConsumo de forma tempestiva, observando, em particular, a IN/SEDAP n.º205/88.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO baixou a Portaria n.º 040, de21 de fevereiro de 2005, a qual instituiu a comissão geral de inventáriopatrimonial de bens móveis e imóveis, que apresentou trabalho conclusivosobre o inventário físico e contábil dos bens patrimoniais móveis eimóveis da Autarquia relativo ao exercício de 2004.Considerações CGU-Regional/RJ: Os apontamentos relacionados no item 6.1.1.1do presente Relatório acerca de análise realizada no inventário de bensreferentes ao exercício de 2004 demonstram que o INMETRO ainda nãoconseguiu atender à determinação do TCU. Verificamos que o inventário foiconcluído apenas em 20/09/2005 e que não apresentava de forma completa osesclarecimentos necessários. Por este motivo, o item permanece pendente deimplementação.

Item 9.4.2: adote providências no sentido de transferir a sede do INMETROpara a Capital Federal, de modo a cumprir o disposto no § 1º do art. 4º daLei 5.966/1973, ou promova gestões junto aos órgãos competentes objetivandoa alteração do mencionado dispositivo, visando assim regularizar asituação.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO determinou à Procuradoria-Geral do INMETRO - Proge que providencie um projeto de lei a fim deregularização do item.Considerações CGU-Regional/RJ: O item permanecerá pendente até a alteraçãodo disposto no § 1º do art. 4º da Lei n.º 5.966/1973.

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B) Acórdão 713/2005 – Plenário – TCU, contido na Relação 76/2005 doGabinete do Ministro Substituto Marcos Bemquerer.Foi determinado ao INMETRO que “observe as disposições relativas àscontratações emergenciais, fundamentadas no art. 24, inciso IV, da Lei n.º8.666/1993, em especial aquelas contidas no art. 26, parágrafo único,incisos I, II e III e no item 2, alíneas a.1 a a.4 da Decisão n.º 347/1994- Plenário - TCU (DOU de 21/06/1994)”Informações INMETRO: A presidência do INMETRO determinou que se observepara todas as áreas administrativas do INMETRO.Considerações CGU-Regional/RJ: A análise da Relação 76/2005, mostra que oprocesso citado refere-se, na realidade, ao Instituto Nacional dePropriedade Industrial – INPI, e não ao INMETRO. Consideramos, portanto,que o item não se aplica ao INMETRO, mas ao INPI.

C) Acórdão 1293/2005 - Plenário – TCU, referente a questionamentorelacionado a Convênio celebrado entre o INMETRO e o Instituto deTecnologia e Pesquisas de Sergipe - ITPS, sessão de 24/08/2005.Foi determinado ao INMETRO, com fulcro no art. 43, inciso I, da Lei8.443/92, que promova o acompanhamento da determinação efetuada aoInstituto de Tecnologia e Pesquisas de Sergipe - ITPS, (consoante subitem9.2 do referido Acórdão) consignando, na próxima prestação de contas anual,o tratamento dispensado pelo convenente com relação ao assunto.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO determinou à áreaadministrativa, à Auditoria Interna, e à Proge que promovam oacompanhamento da determinação do item 9.3 – Acórdão TCU/Nº 1293/2005 –Plenário.Considerações CGU-Regional/RJ: Não consta da Prestação de Contasmanifestação do INMETRO acerca da determinação exarada. O ITPS figuraapenas em relação constante do Anexo II ao Relatório de Gestão (folha 70 daPrestação de Contas), onde são prestadas informações sucintas dos convêniosativos em 2005. A determinação permanece pendente de implementação.

O INMETRO disponibilizou, ainda, documentação comprovando o atendimento aosOfícios 363/2005, 364/2005, 586/2005 e 941/2005, encaminhados ao INMETROpela 5ª SECEX e SEFIP.

9.1.1.2 INFORMAÇÃO:Confirmamos, por meio de inspeção in loco, em relação a totalidade dosservidores ocupantes de cargos de direção e funções gratificadas, adeclaração expedida pelo Departamento de Recursos Humanos da Unidade, em27/01/2006, de que os agentes responsáveis pela gestão do INMETRO cumprirama exigência de apresentação das declarações de bens e renda, referentes aoexercício de 2005, ano base 2004, de que trata a IN TCU nº 05/94, bem comodo art. 1º da Lei n.º 8.730, de 10/11/1993.

9.1.2 ASSUNTO – ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA CGU - NO EXERCÍCIO

9.1.2.1 INFORMAÇÃO:Por meio do Ofício n.º 25.540/2005/GAB/CGU-Regional/RJ/CGU-PR, de22/09/2005, foi encaminhado ao INMETRO o Plano de Providências n.º160818/01, solicitando o posicionamento atual acerca de pendênciasoriginadas do Relatório de Auditoria de Avaliação de Gestão n.°160818/2005, referente ao exercício de 2004.

Apresentamos, a seguir, as medidas adotadas pelo INMETRO visando àimplementação das recomendações da CGU contidas no referido documento.

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A) Item 4.2.1.1: Considerações acerca da estrutura regimental do INMETRO.Recomendação: 1 - Promover a transferência dos bens registrados na UG.183037 - Representação do INMETRO – ES para a UG. 183023 – INMETRO e, emseguida, proceder à extinção da UG. 183037;2 - Fazer gestões junto ao Governo do Estado de Santa Catarina quanto àelaboração da lei específica exigida pela Lei Complementar n.º 284, de28/02/2005, alertando-o quanto ao prazo de vigência do convênio para acriação e implantação de uma entidade autárquica apta a receber a delegaçãoe a implementar as atividades objeto do convênio; e3 - Ponderar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior – MDIC, fundamentando a necessidade de alteração da estruturaorganizacional do INMETRO a fim de comportar mais uma superintendência, emface das tentativas frustradas para estabelecimento de um Instituto dePesos e Medidas no Estado do Rio Grande do Sul.Informações INMETRO: 1 - A presidência do INMETRO determinou atransferência dos bens registrados na UG. 183037, bem como a extinção damesma. Em relação aos bens patrimoniais do Espírito Santo, a situação jáfoi regularizada junto à esfera patrimonial do INMETRO, conformedocumentação interna (Memo nº. 99 Divad/Sepat/INMETRO). Além disso, baixoua Portaria n.º 161, de 31/08/2005, publicada no D.O.U. de 02/09/2005, aqual extinguiu a representação do INMETRO no Estado do Espírito Santo.2 - A Presidência do INMETRO gestionou, junto ao governo do Estado de SantaCatarina, quanto à lei específica para organização, estruturação efuncionamento do Instituto de Metrologia de Santa Catarina – IMETRO/SC.Informou, ainda, que foi instituída a Lei n.º 13.550, de 11/11/2005, a qualdispõe sobre a organização, estruturação e funcionamento do IMETRO/SC – deque trata o parágrafo 2º do art. 91 da Lei Complementar n.º 284/2005.3 - A presidência do INMETRO encaminhou ao Ministério Supervisor da Unidadesolicitação, conforme farta documentação em poder do Gabinete daPresidência do INMETRO, solicitando a implantação de uma Superintendênciano Estado do Rio Grande do Sul, a fim de regularizar a pendência.Considerações CGU-Regional/RJ: 1 – Análise realizada no sistema SIAFI2005evidenciou que, em agosto de 2005, por meio das notas de lançamento2005NL000007 e 2005NL000008, foi procedida a baixa dos bens da UG 183037.Como resultado do exercício, para a UG 183037, constava saldo na contacontábil 2.4.9.2.0.00.00 – Resultado Patrimonial Apurado (resultado deextinção), no montante de R$ 1.062.050,17. A UG 183037 encontra-seatualmente extinta. Pelos motivos expostos consideramos a recomendaçãoatendida.2 – Como não foi comprovada a extinção da UG de Santa Catarina,consideramos a recomendação parcialmente atendida. O item passará a seracompanhado por meio do item 9.2.2.1 do presente documento.3 – A pendência será tratada no item 9.2.2.1 do presente Relatório.

B) Item 5.1.1.2: Descompasso entre as metas físicas e financeiras das açõesfinalísticas.Recomendação: Considerando que as metas físicas das Ações finalísticas doPrograma “0390 – Metrologia e Qualidade Industrial” foram superadas, apesardas correspondentes metas financeiras não terem sido atingidas, o gestordeve reavaliá-las, em especial quanto à Ação 2023 – Avaliação daConformidade, a qual apresentou 154,5% de realização física emcontrapartida de uma realização financeira de 76,2%, o que denota que a suameta física está subavaliada.Informações INMETRO: O Presidente do INMETRO determinou ao Senhor Diretorda Qualidade que efetivasse a reavaliação das metas físico-financeiras daDqual, em especial a Ação 2023, Avaliação da Conformidade, consoanteorientação da CGU-Regional/RJ. O Senhor Diretor da Qualidade jáprovidenciou com a sua assessoria as devidas reavaliações das metas físico-financeiras da Ação referida.Considerações CGU-Regional/RJ: O documento encaminhado acerca doatendimento da recomendação não mostra metas físicas e financeirasreavaliadas para os programas, conforme recomendado, mas metas deindicadores. No item 3.1.1.1 do presente documento, apresentamos as metas

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do exercício de 2005. Comparando-se as metas físicas do exercício atual como do exercício anterior, verificamos que os valores são idênticos. A meta,porém, ao se observar a execução da ação, não demonstrou estar subestimada.Entretanto, observou-se reincidência do problema para outras ações,conforme descrito no item 3.1.1.1, motivo pelo qual consideramos arecomendação não atendida. O acompanhamento passará a ser realizado pormeio do item 3.1.1.1 do presente documento.

C) Item 7.1.1.1: Ausência da comprovação da realização do inventário físicoe contábil.Recomendação: Encaminhar à CGU-Regional/RJ, em anexo ao Plano deProvidências, o Relatório Final da Comissão constituída pela Portaria n.º040, de 21/02/2005, para proceder ao inventário físico e contábil dos BensPatrimoniais, Móveis e Imóveis da Autarquia, localizados na Sede,Escritórios Técnicos-Administrativos na Cidade do Rio de Janeiro, CampusLaboratorial de Xerém, Superintendências Regionais e Órgãos e EntidadesConveniadas da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade, referenteao exercício de 2004.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO baixou Portaria n.º 040, de21 de fevereiro de 2005, a qual instituiu a comissão geral de inventáriopatrimonial de bens móveis e imóveis, que apresentou trabalho conclusivosobre do o inventário físico e contábil dos bens patrimoniais móveis eimóveis da Autarquia, que será remetido junto a este.Considerações CGU-Regional/RJ: Foi disponibilizado a esta equipe odocumento resultante da realização do inventário, motivo pelo qualconsideramos a recomendação atendida.

D) Item 8.1.2.1: Ausência de reembolso dos custos da cessão de servidorpara a Agência Estadual de Metrologia de Mato Grosso do Sul - AEM/MS.Recomendação: 1 - A Divisão de Recursos Humanos do INMETRO deve:1.1 - cumprir o disposto no parágrafo único do art. 10 do Decreto n.º4.050, de 12/12/2001, promovendo a suspensão do pagamento da remuneração doservidor matrícula SIAPE n.º 448668 cedido à Agência Estadual de Metrologiade Mato Grosso do Sul - AEM/MS;1.2 - condicionar a prorrogação da cessão à regularização da pendência e aocompromisso por parte da AEM/MS de efetuar os ressarcimentostempestivamente; e1.3 - adotar como rotina o disposto no parágrafo único do art. 10 doDecreto n.º 4.050, de 12/12/2001, de modo a inibir o ressurgimento daspendências de reembolso dos custos de cessão de servidor.2 - O Serviço de Contabilidade do INMETRO deve registrar o direito na contacontábil “Créditos a Receber por Cessão de Pessoal”.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO determinou o acatamento darecomendação da CGU-Regional/RJ, tendo estipulado, por item, que:1.1 – a área de controle de pessoal tomasse as devidas providências.1.2 - a área de controle de pessoal tomasse as devidas providências, tendoainda informado que a Agência Estadual de Metrologia do Estado do MatoGrosso do Sul – AEM/MS, fez o ressarcimento das despesas de pessoal, demaisvantagens e encargos sociais do servidor em questão até novembro de 2005.1.3 - a área de controle de pessoal tomasse as devidas providências.2 - a área de controle de pessoal tomasse as devidas providências.Considerações CGU-Regional/RJ: 1.1 – Tendo em vista a AEM/MS ter efetuado oressarcimento, não mais se aplica a recomendação de suspensão do pagamento.1.2 – Verificamos o lançamento do crédito na conta contábil 192210201 –Créditos Recebidos. Em face de o ressarcimento ter sido realizado,consideramos o item atendido.1.3 e 2 – Por meio de análise das cessões, verificamos que a Entidade vemrealizando o controle de reembolso do ônus durante o exercício de 2005,atentando para o disposto na legislação vigente. As recomendações foramatendidas.

E) Item 8.4.1.1: Não comprovação da implementação/ implantação, tanto dasdeterminações despachadas pelo Presidente em 13/09/2004, quanto das

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sugestões mencionadas no item 6 “Das oportunidades de melhorias” constantesdo Relatório Final da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar(CPAD).Recomendação: Considerando o atendimento parcial da recomendação formuladano Relatório n.º 153799 (Auditoria de Acompanhamento da Gestão/2004) - paraque o INMETRO anexasse ao processo de prestação de contas do exercício de2004 a documentação comprobatória da implementação/implantação, tanto dasdeterminações despachadas pelo seu Presidente em 13/09/2004, quanto dassugestões mencionadas no item 6 “Das oportunidades de melhorias” constantesdo Relatório Final da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar(CPAD) – a documentação comprobatória deverá ser encaminhada à CGU-Regional/RJ em anexo ao Plano de Providências para compor o Processo dePrestação de Contas do exercício sob exame.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO determinou ao seu Gabinete eao Diretor da Qualidade o cumprimento das orientações despachadas em13/09/2004.Ações implementadas:1) Conforme Memorando n.º 008/Presi, de 24/09/2004, o Senhor Presidente doINMETRO solicitou ao Diretor da Qualidade que adotasse providências paravistoriar a empresa Granelli Comércio de Alimentos, o que se efetivou porintermédio do Órgão Delegado Ipem/RJ, consoante cópia do ProcessoAdministrativo de autuação instaurado contra a firma, além do cronogramaelaborado pela Dqual para a implantação de melhorias no processo, ematendimento às recomendações da CGU.2) Conforme Ofício n.º 176/Gabin, de 28/09/2004, foi encaminhada cópia doProcesso Administrativo n.º 52600.002882, para o Ministério Público Federalàs providências penais cabíveis.3) Do mesmo modo, consoante Ofícios n.ºs 150/Presi, de 03/06/2004,186/Presi, de 10/09/2005, 004/Gabin, de 01/03/2005 e 112/Gabin, de06/07/2005, deu-se ciência dos fatos apurados no processo administrativoreferido e, da nominata das pessoas que retiraram cópia do contrato socialda empresa Nutribase, ao Senhor Diretor-Geral do Departamento de PolíciaFederal, em Brasília/DF, para as devidas providências legais.4) Conforme Ofício n.º 239/Presi, de 25/11/2004, foi emitido o documento dedesagravo à pessoa do servidor Alfredo Carlos Orphão Lobo.5) O atual Presidente do INMETRO determinou à Diretoria Administrativa eFinanceira a contratação de empresa para realização de pesquisa de “ClimaOrganizacional”, o efetivou e está em fase conclusiva.6) Foram criados dois canais de comunicação direta com o Senhor Presidentedo INMETRO, que se encontram em pleno funcionamento desde o início do anode 2005, já formalizados e inseridos institucionalmente, que são o “CaféDez”, onde os servidores se inscrevem para participar a cada dia 10, às10h, de um café da manhã com o Presidente, sem pauta pré definida, ondetodos os participantes podem se manifestar com sugestões e críticas, se foro caso, em busca de melhorias para a Autarquia; e, o “Linha Direta”, com aremessa direta de e-mails ao Senhor Presidente que responde pessoalmente.Basta que se observe a página do INMETRO/Intranet para se constatar queambas as ações estão em plena vigência.7) O Senhor Presidente do INMETRO, à época, entendeu desnecessária a oitivado servidor Erasmo Flávio Moreno Martins pela Comissão de Ética do INMETRO.Considerações CGU-Regional/RJ: Consideramos o item atendido.

F) Item 9.1.1.1: Inexistência de documentos necessários à condução deprocesso.Recomendação: 1 - nas próximas licitações para contratação de serviços,elaborar orçamento detalhado com a discriminação de todos os custos doobjeto, considerando os preços praticados no mercado, nos termos dodisposto no artigo 8.º, II e III “a” e artigo 21, II e II, do Decreto n.º3.555/2000, assim como no artigo 7.º, § 2.º, II, da Lei n.º 8.666/1993; e2 - emitir portaria nomeando o fiscal do contrato em vigor relativo aoprocesso n.º 0304/2004.Informações INMETRO: 1 - A recomendação foi implementada nas licitaçõesseguintes. Salientou que tal fato aconteceu no primeiro pregão em razão da

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inexperiência inicial dos pregoeiros da instituição, conforme informaçõesanteriormente prestadas. Com a instituição da portaria de pregoeiro fica arecomendação regularizada.2 - O Presidente do INMETRO baixou a Portaria N.º 196, de 30 de setembro de2005, a qual regulamentou todos os gerentes e fiscais dos contratos econvênios da Instituição.Considerações CGU-Regional/RJ: 1 – Foi constatada reincidência do problema,relatada no item 8.1.1.3 do presente Relatório, por meio do qual passará aser feito o acompanhamento da pendência.2 – Foi disponibilizada a Portaria, e respectivo Anexo, por meio da qualconstatamos o atendimento à recomendação.

G) Item 9.1.1.2: Início da sessão de pregão eletrônico sem a divulgação daspropostas de preços já existentes.Recomendação: 1 - nos próximos pregões a serem realizados pelo INMETRO,designar o pregoeiro e a equipe de apoio, nos termos do disposto no artigo7.º, II, do Decreto n.º 3.555/2000;e2 - na condução dos próximos pregões eletrônicos observar o que dispõe oinciso VII do artigo 7.º do Decreto n.º 3697/2000 e divulgar no início dasessão pública as propostas de preços já recebidas.Informações INMETRO: 1 - A recomendação foi implementada nas licitaçõesseguintes. Salientou que tal fato aconteceu no primeiro pregão em razão dainexperiência inicial dos pregoeiros da instituição, conforme informaçõesanteriormente prestadas. Com a instituição da portaria de pregoeiro fica arecomendação regularizada.2 - A recomendação foi implementada nas licitações seguintes. Salientou quetal fato aconteceu no primeiro pregão em razão da inexperiência inicial dospregoeiros da instituição, conforme informações anteriormente prestadas.Com a instituição da portaria de pregoeiro ficou a recomendaçãoregularizada.Considerações CGU-Regional/RJ: Por meio de análise de pregões ocorridosapós o recebimento do Relatório n.º 160818 pelo INMETRO, verificamos que asrecomendações foram atendidas.

H) Item 9.1.1.3: Não especificação de regime de execução em edital.Recomendação: Observar o disposto no artigo 40 da Lei n.º 8.666/1993 eindicar no preâmbulo dos próximos editais o regime de execução da licitaçãopor item, no caso de aquisição de objetos divisíveis, ou por preço global,quando for o caso.Informações INMETRO: O Presidente do INMETRO determinou que nos editaisseguintes fosse seguido, como regra, a aquisição por preço global ou deobjetos divisíveis, quando fosse o caso, conforme recomendado pela CGU-Regional/RJ.Considerações CGU-Regional/RJ: Por meio da análise de amostra dos processoslicitatórios, bem como os de dispensa e de inexigibilidade, conduzidos pelaUnidade, não verificamos reincidência do problema, motivo pelo qualconsideramos a recomendação atendida.

I) Item 9.1.2.1: Utilização do regime de execução da licitação deempreitada por preço global, quando cabível execução do objetoseparadamente.Recomendação: Observando o disposto nos parágrafos 1.º e 2.º do artigo 23da Lei n.º 8.666/1993, avaliar tecnicamente a possibilidade de dividir oobjeto do contrato n.º 178/2004, desde que não haja prejuízo para aAdministração, caso em que deverão ser realizadas licitações distintas quepodem ser feitas em procedimentos distintos ou em um só processolicitatório, com o objeto dividido em itens.Informações INMETRO: O Presidente do INMETRO determinou que nos editaisseguintes fosse seguida, como regra, a aquisição por preço global ou deobjetos divisíveis, quando for o caso, para dar cumprimento ao recomendadopela CGU-Regional/RJ.Considerações CGU-Regional/RJ: Em relação à parte da recomendação queorientava quanto à divisão do objeto do Contrato n.º 178/2004, tendo em

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vista a sua não ocorrência, inferimos que o gestor considerou que oatendimento à recomendação seria prejudicial à Administração. Em relação àimpropriedade abordada no item, por meio da análise de amostra dosprocessos licitatórios, bem como os de dispensa e de inexigibilidade,conduzidos pela Unidade, não verificamos reincidência do problema, motivopelo qual consideramos a determinação atendida.

J) Item 9.1.2.2: Indicação de marcas no Processo n.º 5153/2004(concorrência n.º 010/2004).Recomendação: Observar o disposto no inciso I do parágrafo 7.º do artigo 15da Lei n.º 8.666/1993 não indicando marca na especificação do bem a seradquirido, quando não for justificável o princípio da padronização previstono artigo 15, I, do mesmo diploma legal.Informações INMETRO: O Presidente do INMETRO recomendou que somente seutilize a indicação de marca quando, efetivamente, for justificável oprincípio da padronização.Informamos que já tivemos um processo rejeitado junto ao TCU/BSB, face anão-conformidade descrita, e que foram tomadas as providências necessáriaspara que tal fato não mais se repetisse.Considerações CGU-Regional/RJ: Por meio da análise de amostra dos processoslicitatórios, bem como os de dispensa e de inexigibilidade, conduzidos pelaUnidade, não verificamos reincidência do problema, motivo pelo qualconsideramos a determinação atendida.

K) Item 9.2.1.1: Ausência de demonstração, em processo por inexigibilidadede licitação, de que o software a ser renovado da empresa contratada é oúnico que pode atender às necessidades do INMETRO.Recomendação: 1 - demonstrar claramente no processo n.º 1744/2004 que osoftware da empresa contratada é a opção, em termos técnicos e econômicos,mais vantajosa para a Administração e que somente ele pode atender àsnecessidades do INMETRO, em cumprimento ao disposto no item 9.1.2 doAcórdão/TCU n.º 2.094/2004 - Plenário;2 - solicitar da empresa Enterrasys Networks do Brasil Ltda. atestado quedemonstre que é sua a detenção dos direitos de propriedade intelectual eque o software a ser renovado pelo INMETRO é de sua exclusividade, noBrasil, ou da empresa que ela represente, em atendimento ao disposto noinciso I do artigo 25 da Lei n.º 8.666/1993 e no item 9.1.3 do Acórdão/TCUn.º 2.094/2004 - Plenário;3 - no caso de impossibilidade no cumprimento das recomendações acima,realizar licitação para a aquisição do software desejado pelo INMETRO; e4 - abster-se de adquirir produtos e serviços por inexigibilidade delicitação sem que fique demonstrada na justificativa apresentada, bem comono atestado fornecido, que a empresa contratada é a única que fornece o quea Administração deseja adquirir.Informações INMETRO: 1 - Entende a área de Informática que, tecnicamente,está por demais atestada a necessidade da administração na renovação dalicença de uso do software da empresa pois, não pode ocorrer solução decontinuidade neste atendimento, como bem salientado às folhas 04 doProcesso n º 1744/2004, “o sucesso com relação a segurança corporativa” éincontestável e a necessária renovação era imprescindível”. A renovação dalicença, por dispensa de licitação, foi autorizada pela Procuradoria-Geraldo INMETRO, fls. 09 e 10 (verso), com a seguinte manifestação “Pelo examedo assunto, vê-se que é clara a configuração da hipótese de inexigibilidadede licitação, com base no art. 25, inciso I, da lei n.º 8666, de21/06/1993.2 - Entende-se que o atestado de fls. 07 dos autos do processo, emitidopela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica e doSindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares doEstado de São Paulo atende, na íntegra, aos requisitos do inciso I, doart. 25, da Lei n.º 8.666/93 e que o atestado não deva ser fornecido pelaprópria empresa, consoante recomendação da CGU. Também deve-se observar queconsta no atestado referido que a empresa ENTERASYS NETWORKS DO BRASILLTDA., “representa com exclusividade no país” a fabricante do produto e que

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efetua a comercialização e presta serviços de assistência técnica,manutenção e treinamento aos produtos eletroeletrônicos e softwaresfabricados no exterior pela ENTERASYS NETWORKS, INC – EUA. Pelos termos doatestado fica evidente que a detenção dos direitos de propriedadeintelectual do software são de seu fabricante nos EUA e a exclusividade derepresentação são da ENTERASYS NETWORKS DO BRASIL LTDA.3 - Conforme informações do Senhor Chefe do Serviço de Informática, para ocaso concreto, é inviável a realização de procedimento licitatório àaquisição do software, em especial, pelo fato de que se tratava derenovação de licenças já existentes e, acaso fossem adquiridos novossoftwares o risco para a administração seria mito grande, pois o sistema járodava com tecnologia contratada e não se admitiria solução de continuidadeem matéria de enorme relevância.4 - Providências implementadas conforme relato da recomendação “2”.Considerações CGU-Regional/RJ: 1 – Em que pesem as justificativas,consideramos possível que seja desenvolvido pelo setor de informática umparecer técnico/financeiro que demonstre que a renovação da licença, secomparada à efetivação de nova aquisição, é mais vantajosa considerando-seaspectos quantitativos e qualitativos. Por este motivo consideramos arecomendação pendente.2 – O atestado citado pelo INMETRO foi analisado no Relatório de Auditoriade Avaliação da Gestão do exercício de 2004 n.º 160818, tendo sidoinformado que constitui-se em:

“[....]carta da Associação Brasileira da Indústria Elétrica eEletrônica que atesta a exclusividade da Enterrasys Networksdo Brasil Ltda. na representação da Enterrasys Networks, INC– EUA, que fabrica produtos eletroeletrônicos e software. Odocumento não atesta a exclusividade no desenvolvimento e nosdireitos autorais e na propriedade intelectual do produto.Não afirma que a Enterrasys Networks do Brasil Ltda. tem aexclusividade na comercialização do objeto, no Brasil. “

Conforme citado pelo INMETRO, o documento atesta que a empresa:“´representa com exclusividade no país` a fabricante doproduto e que efetua a comercialização e presta serviços deassistência técnica, manutenção e treinamento aos produtoseletroeletrônicos e softwares fabricados no exterior pelaENTERASYS NETWORKS, INC – EUA.”

Conforme se pode observar, o citado atestado não especifica que acomercialização do software é exclusiva. Por este motivo consideramos que odocumento não atende à recomendação, a qual permanece pendente.3 – Enquanto não forem atendidas as recomendações n.º 1 e 2, este itempermanecerá pendente de implementação.4 - O caso específico em questão, conforme item “2” acima, permanecependente. Consta de relatório emitido pela Auditoria Interna do INMETRO,processo n.º PA-007-023/2005-E, informação de que o Processo 52600.006679,referente à contratação da empresa SLG Comércio e Sistemas de AutomaçãoLtda. por meio de inexigibilidade de licitação, não possuía a comprovaçãode exclusividade por meio de apresentação de atestado. Por este motivoconsideramos o item pendente de implementação.

L) Item 9.2.1.3: Realização de gastos no montante de R$ 1.200.000,00 quenão trouxeram retorno para a Administração.Recomendação: 1 - abster-se de assinar contratos e emitir notas de empenhosem que sejam feitas previamente consultas ao SICAF e que seja constatada avalidade das certidões, em cumprimento ao que dispõe o artigo 1.º doDecreto 3.722/2001, ao item 8.8 da IN/MARE n.º 05/1995 e ao Acórdão do TCUn.º 260/2002 – Plenário;2 - abster-se de assinar contratos sem que sejam feitas previamenteconsultas ao CADIN, em cumprimento ao disposto no inciso III do artigo 6.ºda Lei 10.522/2002, e sem que sejam previamente examinadas e aprovadas aminuta do contrato pela Procuradoria Jurídica, conforme prescreve oparágrafo único do artigo 38 da Lei n.º 8.666/1993;

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3 - instaurar Processo Administrativo Disciplinar, com base nos artigos 143e 148 da Lei n.º 8.112/1990, para apurar as responsabilidades dosservidores identificados como responsáveis neste relatório pela realizaçãode gastos que não trouxeram retorno para a Administração, cuja comissãodeverá ser composta por servidores não integrantes do quadro do INMETROvisando garantir a independência na condução do processo.Informações INMETRO: 1 - O Presidente determinou que a administração doINMETRO faça consultas obrigatórias ao SICAF, quando da contratação e/oupagamento.2 - O Presidente determinou que a administração do INMETRO faça consultasobrigatórias ao CADIN, quando da contratação e/ou pagamento.3 - O Presidente determinou a abertura de processo administrativodisciplinar, por meio da Portaria n.º 223, de 18/11/2005, cuja comissão écomposta por um procurador federal lotado no Inmetro e dois servidores doMDIC.Considerações CGU-Regional/RJ: 1 - Por meio da análise de amostra dosprocessos licitatórios, bem como os de dispensa e de inexigibilidade,conduzidos pela Unidade, verificamos reincidência do problema. Averificação da implementação desta recomendação passará a ocorrer por meiodo item 5.3.1.2 do presente Relatório.2 - Por meio da análise de amostra dos processos licitatórios, bem como osde dispensa e de inexigibilidade, conduzidos pela Unidade, verificamosreincidência do problema. A verificação da implementação desta recomendaçãopassará a ocorrer por meio do item 8.1.1.5 do presente Relatório.3 – A apresentação do citado documento demonstra o atendimento àrecomendação.

M) Item 9.2.1.4: Aquisição de imóvel sem aprovação das instânciascompetentes.Recomendação: 1 - tendo em vista os fatos apresentados na justificativa,determinar à auditoria interna do INMETRO que realize análise nos demaisprocessos de dispensa de licitação para aquisição de imóveis porventuraexistentes, instaurados no exercício de 2004, a fim de verificar aocorrência das impropriedades praticadas no processo n.º 6601/04,observando, inclusive, a existência de documentos que ratifiquem que osvalores das aquisições estão dentro dos valores de mercado e, se for ocaso, instaurar sindicância para apurar a autoria, a extensão e asconseqüências das impropriedades identificadas;2 - os controles internos devem ser aprimorados, de modo a evitar aocorrência e, se de fato houver outros casos da espécie, como citado najustificativa do Diretor, abolir a prática de realizar atos de gestão sem aprévia autorização dos setores e/ou pareceres da Assessoria Jurídica; e3 - encaminhar à CGU-Regional/RJ o relatório final da Comissão deSindicância instaurada por meio da Portaria n.º 72 de 15/04/2005.Informações INMETRO: 1 e 2 - A presidência do INMETRO determinou àAuditoria Interna uma verificação em todos os processos de dispensa delicitação para aquisição de imóveis no exercício de 2004, conformerelatório de auditoria extraordinária, objeto do Processo de Auditoria n.ºPA-007-023/2005-E, realizada na Diraf/Dieng.3 - A presidência do INMETRO determinou que transformasse a sindicância emprocesso administrativo disciplinar, conformeOfício/INMETRO/Proge/RLP/n.º026/2005, de 23 de novembro de 2005, do Sr.Procurador-Geral do INMETRO.Considerações CGU-Regional/RJ: 1 – Analisamos o relatório da AuditoriaInterna. No documento consta a informação de que foram realizadas duasaquisições de imóveis, tendo sido constatado em uma delas falhassemelhantes às apontadas pela CGU-Regional/RJ. Consta do relatóriorecomendação de abertura de processo de sindicância. Como não foicomprovada a abertura de processo de sindicância, consideramos arecomendação parcialmente atendida.2 – Tendo em vista a Auditoria Interna ter identificado deficiência análogaà verificada pela CGU-Regional/RJ, consideramos o item pendente deimplementação.

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3 – Houve o encaminhamento do relatório final à CGU. A recomendação foiatendida.

N) Item 9.3.1.1: Desatualização da situação dos convênios no SIAFI e atrasona análise das prestações de contas.Recomendação: 1 - Regularizar a situação de todos os convênios firmados comos IPEMs, no SIAFI, promovendo a análise das prestações de contas comvistas a sua aprovação, ainda que intempestivamente;2 - Doravante, proceder de acordo com o manual do SIAFI – MACROFUNÇÃO02.03.07 - e IN/STN n.º 01, de 15/01/1997, alterando a situação dosconvênios de “A Comprovar” para “A Aprovar”, imediatamente após orecebimento das prestações de contas;3 - Observar os prazos estabelecidos na IN/STN n.º 01, de 15/01/1997, paraa aprovação das prestações de contas de convênio após o seu recebimento;4 - Promover a alteração dos instrumentos de convênios firmados com osIPEMs em 02/01/2005, com o objetivo de estabelecer prazo factível para aprestação de contas.Informações INMETRO: 1 e 2 - A Diretoria de Administração e Finanças doINMETRO regularizou todos os convênios no SIAFI.3 - A providência a ser implementada fica prejudicada, em virtude da nãoaplicabilidade da referida IN/STN/01, nos convênios entre a Rede Brasileirade Metrologia Legal e Qualidade do Inmetro – RBMLQ-I e o INMETRO.4 - A Diretoria de Administração e Finanças do INMETRO está buscando aimplementação de sistema informatizado, em tempo real, para acompanhamentodas prestações de contas/movimento, a fim de estabelecer prazo factívelpara as devidas prestações de contas.Considerações CGU-Regional/RJ: 1 – Por meio de análise de dados cadastradosno SIAFI e prestações de contas apresentadas para os convênios abaixoassinalados, verificamos:Convênio Total Liberado SIAFI Aprovado SIAFI a Comprovar Prestação R$ + Comprovado R$ R$ de Contas Apresentada R$521601 40.083.844,69 22.822.883,90 17.260.960,79 33.586.041,68521599 10.810.428,25 7.842.091,64 2.668.336,61 8.201.802,99501683 6.250.000,00 4.175.000,00 1.993.267,42 4.565.539,61Conforme se pode verificar, as informações constantes do SIAFI não sãocondizentes com as prestações de contas apresentadas, motivo pelo qualconsideramos a recomendação pendente de implementação.2 – Conforme informado no item anterior, a recomendação permanece pendentede implementação.3 – Em face do exposto, recomenda-se que o INMETRO estabeleça formalmenteprazo para a apresentação das prestações de contas.4 – Verificamos que os novos instrumentos de convênios celebrados não fixamprazos para a apresentação das prestações de contas. Não foi apresentadaqual sistemática tem sido adotada, motivo pelo qual consideramos arecomendação pendente de implementação.

O) Item 9.3.1.2: Impropriedades, irregularidades e/ou inadequaçõesconstatadas pela AUDIN, nos IPEMs MG e RJ.Recomendação: A Presidência do INMETRO deve:1 - notificar a Procuradoria Jurídica, na qualidade de órgão de assistênciadireta e imediata ao Presidente, assim como órgão executor da Procuradoria-Geral Federal, em observância ao inciso VII do art. 6.º do Decreto n.º4.630, de 21/03/2003, para adotar os procedimentos de inscrição e cobrançada dívida ativa dos créditos da Autarquia Federal resultantes da execuçãodo convênio firmado com o IPEM/MG, em face do constatado pela AuditoriaInterna – AUDIN conforme relatório datado de 09/08/2004; e2 - promover reunião com a direção do IPEM/RJ, em face das justificativasformuladas pelos agentes do órgão convenente alegando a constanteintervenção do Estado na aplicação dos recursos do convênio, conformeinformação extraída do Memorando n.º 06/DIFIN/SECON, de 30/03/2005, assimcomo determinar a instauração de Tomada de Contas Especial devido àrealização de despesas que estariam em desacordo com o estabelecido no

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Convênio n.º 031/2001, conforme constatado pela AUDIN em relatório datadode 09/09/2004.Informações INMETRO: 1 - A presidência determinou que seja efetivado umaauditoria extraordinária no IPEM/MG, compartilhada entre a Audin e a Proge,a fim de dirimir as constatações quanto aos procedimentos de inscrição ecobrança da dívida ativa dos créditos da Autarquia Federal resultante daexecução do convênio firmado com o IPEM/MG.2 - O Presidente designou seu assessor direto, Marcelo Martins, se reunissecom a Direção do INMETRO do Ipem/RJ. Que se efetivou em três oportunidadescom toda direção do conveniado, assim como, com a Secretaria de Estado àqual o órgão está vinculado, ficando esclarecidas as questões, inclusivecom a ciência da Senhora Governadora para que não mais houvesse aintervenção do Estado na aplicação de recursos federais.Considerações CGU-Regional/RJ: 1 – Segundo informação fornecida,verificamos que a recomendação ainda não foi atendida. A implementação darecomendação foi tratada no item 4.1.2.1 do presente Relatório.2 – Tendo em vista a informação apresentada, bem como Relatório Final dosTomadores de Contas encaminhado, o qual concluiu, considerando amaterialidade dos valores(apurados gastos impróprios no montante de R$330,08 em 2004 e R$ 3.449,98 em 2005), pela não imputação de débito aosgestores, consideramos a recomendação atendida.

9.2 SUBÁREA - CONTROLES INTERNOS

9.2.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA

9.2.1.1 CONSTATAÇÃO:Divergências de registros no Relatório Anual de Atividades de AuditoriaInterna - RAAAI quanto aos treinamentos e trabalhos realizados.

A Auditoria Interna – AUDIN do INMETRO executa trabalhos de auditoriavoltados, basicamente, à avaliação do desempenho das Unidades conveniadas erepresentações, distribuídas em todo o território nacional, na execução dasatividades de Metrologia Legal e Qualidade de Bens e Serviço. O escopo dostrabalhos compreende a análise de valores que envolvam recursos federais esua utilização, a verificação do cumprimento das metas do Plano Plurianual,e a comprovação da conformidade da execução operacional. A AUDIN contempla,ainda, a atividade de avaliação da Prestação de Contas Anual do INMETRO,para o exame e emissão de parecer prévio, e auditorias extraordinárias,executadas por demandas externas, tal como denúncia. Ressalte-se que aabordagem de a AUDIN concentrar a maior parte de suas atividades naverificação de unidades conveniadas decorre da previsão deste tipo deavaliação nos Termos de Convênio celebrados com os IPEMs.

Ressaltamos, a seguir, os vários aspectos pertinentes à Auditoria Interna,separados por item de avaliação:

1 – EQUIPE DE AUDITORIA E FERRAMENTAS DE TRABALHO:A Auditoria Interna do INMETRO - AUDIN possui um total de 19 pessoasalocadas, sendo que destas, há um auditor-chefe, dez servidores quetrabalham na execução dos trabalhos de auditoria e oito profissionais deapoio.

Consideramos desproporcional o quantitativo de pessoas alocadas ematividades de apoio, uma vez que a equipe restante, de apenas dezauditores, efetua avaliações em 24 convênios, na representação esuperintendências, bem como nas diretorias do INMETRO.

A metodologia para a execução dos trabalhos encontra-se formalizada nosdocumentos Normas Internas Gerais da AUDIN, NIG-AUDIN-001 e NIG-AUDIN-002,bem como no Manual da Qualidade, MQ/AUDIN. Os documentos contêm orientações

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gerais acerca das competências e forma de trabalho da auditoria interna.Não identificamos manual contendo descrição de procedimentos de auditoria.

2 - AUDITORIAS REALIZADAS:No Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna - PAAAI de 2005, foramplanejadas 40 atividades de auditoria para o exercício, sendo outras duasatividades não programadas inseridas nesse período. Desse total de 42atividades, todas foram concluídas até 31 de dezembro de 2005. Não houve anecessidade de reprogramação de atividades.

Abordaremos no item 9.2.1.2 do presente Relatório aspectos concernentes aostrabalhos realizados.

3 - TREINAMENTO:O PAAAI de 2005 não discriminou a descrição sumária dos treinamentos queseriam realizados, com indicação do período, quantitativo e conteúdoprogramático.

Considerou-se que o número de horas previstas para as atividades detreinamento é adequado ao desenvolvimento e manutenção da capacidadetécnica da equipe.

Em termos dos treinamentos executados, foi fornecida relação contendo ainformação financeira acerca dos cursos/palestras realizados, o tema, acarga horária e os participantes. Pela descrição dos eventos, verificamosque se apresentam pertinentes às atividades desenvolvidas pela AUDIT.

Apesar de o RAAAI indicar terem sido realizadas 1904 horas, o querepresentaria uma execução de 140% do previsto, a relação de treinamentosdisponibilizada indica terem sido gastas 576 horas, o que representa 42,4%de realização. Comparando-se o número de horas previsto com o comprovadopela planilha, pode-se verificar a baixa realização das horas, o queprejudica a manutenção da capacidade técnica da equipe.

4 - ALOCAÇÃO DE HORAS:Conforme já abordado, os trabalhos desenvolvidos tiveram como escopo averificação da correta aplicação de recursos pelos IPEMs, o atendimento aosdiversos órgãos de controle, e a realização de trabalhos extraordinários.

Atividade Distribuição % Distribuição % das 4.592* horas das 5.552* horas alocadas (PAAAI 2005) executadas (RAAAI 2005)AVALIAÇÃO PRESTAÇÃO CONTASANUAL 5,4 4,3AVALIAÇÃO CONVÊNIOS 57,7 48,7AVALIAÇÃO SUP. E REPR. 7,2 5,5AVALIAÇÃO INMETRO 11,5 30,4PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 9,1 4,9AVALIAÇÃO DE RESULTADOS 9,1 -OUTROS 6,2Total 100,0 100,0* Não computando treinamento.

O fato de a AUDIN ser responsável pela verificação dos recursos alocadosaos IPEMs faz com que sua atuação seja reduzida quanto à gestão do INMETRO.Dentre um total de 42 atividades executadas, verificamos que 35,7% referem-se a atuações diretas no INMETRO e outras UGs associadas. Ressalte-se, noentanto, o fato de todos os processos que tramitam na Unidade receberemchancela da Auditoria Interna, fato este que por si só também representauma ação de controle.

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COMENTÁRIOS CGU-Regional/RJ:Em que pese a AUDIN ter indicado no RAAAI a execução de 100% das atividadesprevistas, bem como duas ações extraordinárias, consideramos que as horasgastas ou não estão sendo adequadamente reportadas, ou não estão sendoexecutadas de maneira eficiente. No PAAAI de 2005, apenas as horas dosservidores que efetivamente executam atividades de auditoria foramprevistas, tendo sido reportado que os auditores possuíam 17.690 horas pararealização das atividades do PAAAI e 1.760 horas para as demais atividades.O RAAAI, por sua vez, informa terem sido utilizadas 5.552 horas para aexecução dos trabalhos, e 1904 horas de treinamento, apesar de somente tersido apresentada relação de treinamentos que comprovasse a execução de 576horas. Pelas informações do RAAAI e do PAAAI, conclui-se que a equipe deauditoria, na melhor das hipóteses, assumindo que foram realmente gastas1904 horas de treinamento, apresentou 10.234 horas ociosas.

Consideramos, ainda, que deveria constar do PAAAI e do RAAAI as atividadesa serem elaboradas pela equipe de apoio e as horas previstas.

Em relação aos trabalhos executados, abordaremos seus aspectos no item9.2.1.2.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não realizou a devida supervisão ao documento de modo a impedir que asdeficiências atinentes ao registro de horas executadas ocorressem.

CAUSA:Inexistência de procedimento de conferência do quantitativo de horasdisponíveis com aquelas reportadas no RAAAI, alocação inadequada deservidores entre as atividades meio e fim da auditoria interna, e ausênciade procedimento detalhado de atuação.

JUSTIFICATIVA:A ser apresentada quando da apreciação da minuta deste relatório pelogestor.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:-

RECOMENDAÇÃO:A Auditoria Interna do INMETRO deve:

1 – Otimizar suas atividades de apoio, readequar a distribuição deservidores e capacitar os recursos a serem realocadas para a realização deatividades de auditoria.

2 - Verificar a conveniência de detalhar seus procedimentos de auditoria demodo a padronizar sua atuação.

3 – Discriminar nos PAAAIs e RAAAIs futuros a relação de treinamentoscorrespondentes.

4 – Apresentar a CGU-Regional/RJ a relação completa dos treinamentosrealizados em 2005 ou retificar o RAAAI apresentado.

5 – Informar à CGU-Regional/RJ quais atividades foram executadas para oconsumo de horas excedentes verificado, disponibilizando os documentosgerados.

6 – Destacar no PAAAI e no RAAAI as respectivas previsão e execução dasatividades do pessoal de apoio.

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9.2.1.2 CONSTATAÇÃO:Deficiências nos relatórios elaborados pela Auditoria Interna.

Analisamos os relatórios emitidos pela Auditoria Interna de janeiro aagosto de 2005, representativos de 42,1% da totalidade dos trabalhosrealizados, bem como os respectivos sumários trimestrais. Observamos que osrelatórios decorrentes dos trabalhos de auditoria nos IPEMs contemplavam,em sua maioria, os seguintes assuntos, destacados por área de gestão:

Área Financeira, Contábil e Administrativa: atos de nomeação edelegação; convênio em vigor; distribuição de servidores efetivos,colaboradores, cedidos e requisitados; processos administrativosdisciplinares; demonstrativo de gastos com pessoal; frota de viaturas,inclusive quanto a consumo de combustível; inventário de bens e material deconsumo; prestação de contas de arrecadação; despesas de custeio; registroscontábeis e balancete; notas de empenho, incluindo análise em processos deaquisição de bens e serviços, concessão de suprimento de fundos e diárias;contas bancárias.

Área de Informática: investimentos.

Área Jurídica: multas; processos de autuações; conta depósitosjudiciais; inspeção de correição; dívida ativa; cobranças pendentes.

Área de Metrologia: metas físicas e financeiras; indicadores dedesempenho; controle de documentos e registros técnicos; áreas de atuação;perfil e capacitação de pessoal; equipamentos e padrões de trabalho.

Área da Qualidade: indicadores de desempenho; documentação;procedimentos de fiscalização; tratamento de reclamações / denúncias /solicitações.

Foi constatada maior incidência de não conformidades, considerando apenasas de maior relevância, nos seguintes assuntos:

- Aquisição de bens e serviços – 86,7% dos relatórios- Viaturas – 66,7% dos relatórios- Informática – 66,7% dos relatórios- Indicadores de desempenho – Plano Anual de Fiscalização – 53,3% dosrelatórios- Diárias – 46,7% dos relatórios- Suprimento de fundos – 40,0% dos relatórios- Procedimentos de fiscalização – 40,0% dos relatórios- Cessão de servidores – 33,3% dos relatórios- Serviços de firmas de reparo – 33,3% dos relatórios- Cobranças pendentes – 33,3% dos relatórios

Os documentos continham informações atinentes às áreas auditadas e, de modogeral, apresentavam análises e recomendações consistentes. Identificamos,porém, as seguintes deficiências nos relatórios:

- não constava o escopo dos trabalhos indicando critério de amostragem erepresentatividade da amostra em relação à população sob análise;

- em algumas situações em que foram apresentados metas e indicadores sobanálise, não constava crítica aos valores observados, sendo que em algunscasos limitava-se a verificar o aumento ou diminuição percentual, sem aexplicação para o comportamento observado;

- em alguns casos em que se constatou ausência de desconto devido, tal comoo desconto referente a auxílio transporte e vale refeição na concessão dediárias, não foi recomendada a devolução aos cofres públicos dos valoresindevidamente pagos;

Além disso, dentre todos os relatórios analisados, apenas para aquelereferente à auditoria realizada no Instituto de Pesos e Medidas do Estadode Tocantins havia pronunciamento da Unidade auditada. Não constava, noentanto, análise da Auditoria Interna acerca dos esclarecimentos prestados.

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ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não providenciou a elaboração de norma para a padronização dos relatóriosemitidos pela auditoria.

CAUSA:Os normativos internos não especificam todos os aspectos necessários aserem contemplados nos relatórios.

JUSTIFICATIVA:A AUDIN do INMETRO manifestou-se acerca das recomendações a seguirlistadas, tendo informado o seu acatamento e que, quando da elaboração doPlano Anual de Atividades de Auditoria Interna - PAAAI – 2006, todas asrecomendações da CGU-Regional/RJ foram observadas e que serão colocadas emprática as observações para que fatos e atos desta monta não mais serepitam.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Reconheceu-se a existência de falhas.

RECOMENDAÇÃO:A Auditoria Interna do INMETRO deve:

1 – Quando do encaminhamento de pronunciamento da Unidade auditada,proceder à análise dos esclarecimentos prestados, destacando se arecomendação exarada foi ou não atendida a contento, promovendo, para oscasos não solucionados, a ratificação ou retificação de recomendações,conforme o caso.

Em relação aos relatórios elaborados:

2 – Inserir nos normativos internos atinentes à AUDIN a previsão de que osrelatórios elaborados contemplem:

- Identificação do escopo dos trabalhos realizados, bem como a amostraanalisada e sua representatividade frente o universo sob análise.

– Realização de análise crítica acerca das metas e indicadores apresentadospelas unidades, buscando junto aos gestores os motivos que levaram aaumentos ou diminuições não previstos.

– Sempre que forem constatados valores pagos indevidamente ou descontos nãorealizados, recomendação de que haja devolução aos cofres públicos dosvalores levantados.

9.2.2 ASSUNTO - ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E MÉTODOS

9.2.2.1 COMENTÁRIO:O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -INMETRO - é uma autarquia federal, criada por meio da Lei n.º 5.966, de11/12/1973, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior – MDIC. O INMETRO atua como Secretaria Executiva doConselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -CONMETRO, colegiado interministerial, que é o órgão normativo do SistemaNacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - SINMETRO.

O objetivo do INMETRO reside em fortalecer as empresas nacionais,aumentando sua produtividade, por meio da adoção de mecanismos destinados àmelhoria da qualidade de produtos e serviços. Para tal, conta com umaestrutura desconcentrada, a qual contempla quatro unidades gestoras - UGsnos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul, aseguir destacadas:

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UG TÍTULO UF183023 INSTITUTO NAC.DE METROLOG.NORMAL.E QUALID.IND RJ183024 SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO INMETRO - SC SC183025 SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO INMETRO - GO GO183039 REPRESENTAÇÃO DO INMETRO NO RS RS

Em complemento às UGs anteriormente informadas, o INMETRO celebra convêniosjunto aos Institutos de Pesos e Medidas Estaduais - IPEMs, de modo aoperacionalizar sua atuação em todo o território nacional.

Cabe ressaltar que no Regimento Interno do INMETRO, Anexo I à Portaria n.º116/2003, há a previsão de apenas uma superintendência, sem menção àsoutras unidades existentes. Esta situação já havia sido abordada quando darealização dos trabalhos de auditoria de avaliação da gestão do exercíciode 2004, quando se constatou que apenas a UG 183025 possuía o devido amparolegal. Em relação à UG 183024, verificou-se que havia sido celebradoconvênio entre o INMETRO e o Estado de Santa Catarina, em 29/08/2003, comprazo de vigência de dois anos, obrigando-se o Estado a, nesse interregno,criar e implantar uma entidade autárquica apta a receber a delegação, e aimplementar as atividades objeto do convênio. Citou-se, ainda, a existênciada Lei Complementar n.º 284, de 28/02/2005, que estabeleceu modelo degestão para a administração pública estadual e dispôs sobre a estruturaorganizacional do Poder Executivo do Estado de Santa Catarina,contemplando, como uma de suas autarquias, o Instituto de Metrologia deSanta Catarina – IMETRO/SC. Em relação à UG 183039, demonstrou-se não tersido obtido interesse do Estado do Rio Grande do Sul para a criação de umIPEM.

Com o advento da Lei n.º 13.550, de 11/11/2005, a qual dispõe sobre aorganização, estruturação e funcionamento do IMETRO/SC – de que trata oparágrafo 2º do art. 91 da Lei complementar n.º 284/2005, consideramosesquematizado o processo de regularização da Superintendência de SantaCatarina.

A Representação do Rio Grande do Sul, no entanto, permanece com situaçãoinadequada, apesar de o INMETRO informar que vem reiteradamente gestionandojunto ao MDIC acerca de sua regularização.

RECOMENDAÇÃO:O INMETRO deve:

1 - Continuar contactando o MDIC para que seja regularizada a suaestrutura.

2 – Providenciar a extinção da UG de Santa Catarina.

9.2.3 ASSUNTO - SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

9.2.3.1 CONSTATAÇÃO:Existência de saldos indevidos em contas contábeis.

Verificamos as seguintes constatações, decorrentes de análises efetuadas nosistema SIAFI:

A) Contas contábeis com saldo no fim do exercício, apesar de terem de serextintas no encerramento do exercício ou devidamente justificadas:

Conta Contábil: 523810000 – Ajustes FinanceirosAo fim do exercício a conta apresentava o saldo de R$ 2.780,60.

B) Conta contábil sem movimento a débito e a crédito no exercício.

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Conta Contábil: 112110000 – Fornecimentos a ReceberA citada conta apresenta o saldo de R$ 2.370,26, sem alteração, desde oexercício anterior.

C) Conformidades do SIAFI

Verificamos a seguinte situação acerca das conformidades das UGs referentesao órgão 30203:

UG 183023 - Conformidade contábil – restrição em junho e novembro.UG 183024 - Conformidade documental – sem conformidade em 05/04.UG 183025 - Conformidade contábil – restrição em outubro e novembro.

Conformidade documental – sem conformidade em 07/01, 25/02,05/05, 31/05, 30/08, 31/08, 19/09, 31/10, 18/11 e 29/12.

UG 183039 - Conformidade contábil – restrição em junho.Conformidade documental – sem conformidade em 28/01, 12/05,17/08, 23/12 e 26/12.

D) contas inconsistentes e irregulares

Em consulta à transação “conincons” (inconsistências contábeis), no SIAFI,referente ao mês de dezembro, identificamos, para a UG 183037, a seguinteconta com inconsistência contábil: 5.2.3.1.2.01.99 - Outras Baixas de BensMóveis com saldo de R$ 1.029.609,33.

Em consulta à transação “concontir” (contas com saldos irregulares), noSIAFI, mês de dezembro, identificamos contas com desequilíbrio, a seguirdestacadas:

21149.01.00 – Depósitos de Terceiros, no montante de R$ 39.973,8521110.00.00 – Consignações, no montante de R$ 73.456,6521123.00.00 – Recursos do Tesouro Nacional R$ 200,00

Verificamos que o valor de R$ 73.456,65 foi retido pelo INMETRO devido apendências da Operadora Aliança Unimed em relação ao plano de saúde deservidores; o valor de R$ 39.973,85 refere-se a resíduo de convênio com aEletrobrás; e o valor de R$ 200,00 foi regularizado em janeiro por meio daGR000001.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não implementou procedimento de verificação das contas de modo a evitar ossaldos observados.

CAUSA:Inexistência de procedimento de verificação dos saldos das contas.

JUSTIFICATIVA:Item “A”: R$ 1.380,60 se refere à devolução de depósito efetuado emexercício anterior, acerca de valor pago pela empresa Gas Flash Comércio eServiços Ltda Me e R$ 1.400,00 se refere à devolução de convênio(complementação).

Item “B”: Informou que foi solicitada justificativa à UG 183025.

Item “C”: UG 183024 – ocorreu um engano no momento do registro daconformidade.

UG 183025 – em relação à conformidade documental, o SIAFI encontrava-seinoperante.

UG 183039 – em relação à conformidade documental, o SIAFI encontrava-seinoperante.

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Item “D”: Informou que o valor de R$ 39.973,85 já foi regularizado e que osaldo de R$ 73.456,65 se refere a descontos que foram efetuados dosservidores para pagamento do Plano de Saúde, porém como a empresa nãoefetuou o reembolso a alguns servidores de despesas efetuadas comcirurgias, etc, foi solicitada a retenção do citado valor pelo Serviço deSaúde Ocupacional.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:Acatamos as justificativas atinentes aos itens “A”, “C” e “D”.

RESPONSÁVEL(EIS) POTENCIAL(AIS):CPF NOME CARGO003.954.387-05 RITA DE CASSIA T. DOS S. RIBEIRO Chefe Serv. Contab.

RECOMENDAÇÃOO INMETRO deve:

1 – Implementar procedimento periódico de verificação dos saldos das contascontábeis em uso no SIAFI.

2 - Verificar o motivo da permanência de saldo na conta 523810000 – AjustesFinanceiros após o encerramento do exercício e proceder aos ajustes que sefizerem necessários.

3 – Apurar a procedência do saldo da conta 112110000 – Fornecimentos aReceber e, caso prescrito ou indevido, proceder à baixa.

4 – Consultar a Proge acerca da legalidade do não repasse relativo ao Planode Saúde, questionando se a situação não poderia vir a se configurarapropriação indébita, e, em caso afirmativo, efetivar o repasse.

9.2.4 ASSUNTO - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS

9.2.4.1 CONSTATAÇÃO:Composição do Relatório de Gestão parcialmente não conforme ao anexo II daDN TCU n.º 71/2005.

O INMETRO compreendeu administração sob contrato de gestão firmado em 2003,com prazo de execução até 31/12/2005, tendo efetuado, no exercício de 2005,a despesa total de R$ 308.296.549,72, considerando-se o órgão 30203, e R$282.011.376,19, apenas para a UG 183023, segundo registros do sistemaSIAFI. Apresentou, portanto, prestação de contas na forma não simplificada,conforme disposições contidas na IN/TCU n.º 47/2004 e na Decisão NormativaTCU n.º 71/2005. O processo foi encaminhado no prazo devido e contém todasas peças legalmente exigidas.

Em relação ao Relatório de Gestão, anexado às folhas 26 à 70, verificamos aaderência do documento ao disposto no Anexo II da Decisão Normativa TCU n.º71/2005 e identificamos as falhas relacionadas a seguir:

Informação 02: Descrição dos objetivos e metas (físicas e financeiras)pactuados nos programas sob sua gerência, previstos na Lei OrçamentáriaAnual, e das ações administrativas (projetos e atividades) contidas no seuplano de ação.Informações do Relatório de Gestão: As metas físicas foram apresentadasjunto aos indicadores, o que consideramos inadequado, uma vez que tornouconfusa a compreensão da informação. Além disso, destacamos que a metafinanceira apresentada para a Ação Controle Metrológico difere dos valoresregistrados no sistema SIAFI.

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Informação 03: Descrição dos indicadores e outros parâmetros utilizadospara gerenciar a conformidade e o desempenho dos programas governamentaise/ou das ações administrativas.Informações do Relatório de Gestão: Os indicadores apresentados não contêmmemória de cálculo (apenas o indicador eficiência do serviçodescentralizado da ação controle metrológico possuía memória de cálculo) enão indicam o responsável pelo seu cálculo e / ou medição.

Informação 04: Avaliação dos resultados da execução dos programasgovernamentais e/ou das ações administrativas, levando-se em conta osresultados quantitativos e qualitativos alcançados e a eficácia, eficiênciae efetividade no cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos, comesclarecimentos, se for o caso, sobre as causas que inviabilizaram o plenocumprimento.Informações do Relatório de Gestão: Não consta avaliação dos resultados. Noitem 2 – Gestão Orçamentária, informa que, no caso das metas financeiras,não houve cumprimento do estabelecido em função das limitações impostaspelo MDIC devido ao contingenciamento estabelecido pelo Governo. Não constaanálise crítica de nenhum dos indicadores apresentados.

Informação 05: Medidas implementadas e a implementar com vistas aosaneamento de eventuais disfunções estruturais ou situacionais queprejudicaram ou inviabilizaram o alcance dos objetivos e metas colimados,inclusive aquelas de competência de outras unidades da administraçãopública.Informações do Relatório de Gestão: Não há informação a respeito. Por meioda leitura das atas das Reuniões de Diretoria, no entanto, pode-severificar que foram adotadas medidas no intuito de reduzir gastos eotimizar serviços em uso, bem como realizadas gestões junto ao MDIC para oabrandamento dos problemas vivenciados no exercício.

Informação 06: Discriminação das transferências e recebimentos de recursosmediante convênio, acordo, ajuste, termo de parceria ou outros instrumentoscongêneres, bem como a título de subvenção, auxílio ou contribuição,destacando, dentre outros aspectos, a correta aplicação dos recursosrepassados ou recebidos e o atingimento dos objetivos e metas colimados,parciais e/ou totais, sendo que, nas hipóteses do art. 8º da Lei nº8.443/92, deverão constar, ainda, informações sobre as providênciasadotadas para a devida regularização de cada caso, inclusive sobre ainstauração da correspondente Tomada de Contas Especial.Informações do Relatório de Gestão: A informação consta do Anexo II aoRelatório de Gestão. Foi apresentada tabela contendo as colunas: órgãos,tipo, código SIAFI, identificação do termo, objetivo da avença, data dapublicação, valor total pactuado, contrapartida, beneficiário, situação daavença. Na coluna “situação da avença”, deveria ter vindo informação acercada correta aplicação de recursos e alcance de metas e objetivos. Noentanto, foi escrita apenas a palavra “NÃO” ou “SIM”. Nos casos em queconstava a palavra “SIM”, foi descrito o número do processo de TCEinstaurada. Consideramos confusa a forma como a informação foi disposta,não restando claro se, para os casos em que foi utilizada a palavra “NÃO”,houve a correta aplicação de recursos e alcance de metas. Neste aspectodestacamos o item 4.1.2.1 do presente Relatório, em que são relatadosproblemas atinentes ao IPEM/MG, o qual apresenta problemas na execuçãoadequada do convênio e possui sua situação grafada com a palavra “NÃO”.

Informação 11: Demonstrativo sintético dos valores gastos com cartões decrédito, discriminando o total de despesas pagas mediante fatura e saquesno período a que se referem as contas, apresentando, sempre que possível,uma série histórica desses valores considerando o exercício a que sereferem as contas e os dois exercícios anteriores.Informações do Relatório de Gestão: Apesar de o INMETRO realizar gastos comcartão de crédito (suprimento de fundos), não constava do relatório degestão as informações solicitadas pelo TCU.

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Destacamos, ainda, que há itens do Anexo II da DN TCU n.º 71/2005,atinentes, por exemplo, a entidades fechadas de previdência privadapatrocinadas e a demonstrativo do fluxo financeiro de projetos ou programasfinanciados com recursos externos, que não foram mencionados no relatório.Consideramos que seria adequado que a não aplicabilidade dos itens àEntidade viesse textualmente disposta no documento.

ATITUDE DO(S) GESTOR(ES):Não elaborou adequadamente o Relatório de Gestão.

CAUSA:Inobservância ao disposto no Anexo II da DN TCU n.º 71/2005.

JUSTIFICATIVA:A ser apresentada quando da apreciação da minuta deste relatório pelogestor.

ANÁLISE DA JUSTIFICATIVA:-

RECOMENDAÇÃO:Quando da elaboração do Relatório de Gestão:

1 - Observe o disposto nas decisões normativas do TCU, particularmentequanto a: descrição de indicadores, avaliação dos resultados, informaçõesde convênios e gastos com cartão de crédito.

2 – Apresente de forma segregada as metas físicas dos indicadores.

9.2.5 ASSUNTO - AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS

9.2.5.1 INFORMAÇÃO:Verificamos que a Unidade possui grande quantidade de normativos internos,os quais visam a padronizar os documentos internamente utilizados, bem comoos procedimentos operacionais efetivados. Não avaliamos, no entanto, oconteúdo da documentação ou executamos testes de verificação do grau deutilização dos referidos instrumentos.

Destacamos, a seguir, aspectos relacionados aos controles internos dasgestões sob análise. As observações tomaram por base os resultados dosexames realizados conforme o escopo apresentado no item I deste documentoe, salvo menção em contrário, referem-se preferencialmente aos controles daUG 183023.

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA – Consideramos os controles deficientes, tendo em vistater sido observada realização de despesa sem prévio empenho, perda dodireito de recebimento de receita pela intempestividade de inscrição emdívida ativa, pagamento de despesa cuja natureza diferia do empenho epagamento sem comprovação do gasto.

GESTÃO FINANCEIRA – Para a UG 183023, consideramos os controles desuprimento de fundos adequados, não tendo sido identificada qualquer falhaque os desabone. As demais UGs, 183024, 183025 e 183039, possuem controlesdeficientes. Em relação aos processos de pagamentos, a UG 183023 apresentoucontroles falhos, uma vez que apresentaram impropriedades relacionadas àconsulta ao SICAF, retenção de tributos federais e contribuiçõesprevidenciárias, dentre outros. Para as demais UGs, não foram identificadosproblemas na amostra selecionada, motivo pelo qual consideramos oscontroles adequados.

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GESTÃO PATRIMONIAL – Os controles de material de almoxarifado mostraram-seadequados. Quanto ao controle de bens permanentes, os controles são falhos,conforme considerações constantes do item 6.1.2.1.

GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS E SERVIÇOS – Os controles apresentaram-sedeficientes, tanto em relação à formalização de procedimentos licitatórios,quanto às alterações e aos pagamentos contratuais. Em relação aosconvênios, verificamos que permanece a deficiência de controle dasinformações constantes do sistema SIAFI.

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS – Consideramos os controles de reembolso decessão de servidores, de concessão de abono de permanência, de arquivamentodas declarações de bens e concessão de auxílio natalidade e transporteadequados, não tendo sido identificada qualquer falha que os desabone.Quanto aos demais controles, como não realizamos nenhum teste de auditoriaespecífico, não emitiremos opinião.

GESTÃO OPERACIONAL – Como não realizamos nenhum teste de auditoriaespecífico para a área operacional, não emitiremos opinião acerca de seuscontroles.

9.3 SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS EXERCÍCIOS ANTERIORES

9.3.1 ASSUNTO - Atuação do TCU/SECEX - Exercícios anteriores

9.3.1.1 INFORMAÇÃO:Identificamos dois acórdãos do TCU proferidos em exercício anterior, aindapendentes de implementação, contendo determinações / recomendações diretaspara o INMETRO.

Apresentamos, a seguir, as medidas adotadas pelo INMETRO visando àimplementação das determinações / recomendações do TCU contidas nosdocumentos.

A) Acórdão n.º 611/2004-TCU–Plenário

Item 9.8: com fundamento no inciso I, do art. 28, da Lei n.º 8.443, de1992, expirado o prazo para recolhimento das multas aplicadas nos itens9.4, 9.5, 9.6 e 9.7, determinar ao INMETRO - Instituto Nacional deMetrologia, Normalização e Qualidade Industrial que promova o respectivodesconto na remuneração de seus servidores.Informações INMETRO: O presente processo nº TC-010.310/2002-3 encontra-seno Tribunal de Contas da União para revisão e pedido de reexame dosresponsáveis pelo mesmo.Considerações CGU-Regional/RJ: O INMETRO forneceu o histórico do processo010.310/2002-3, obtido em 18/01/2006, o qual aponta pedido de reexame em01/09/2004 e, atualmente, tramitação junto ao gabinete de Ministro. Adeterminação permanece pendente.

Item 9.10: com fundamento no inciso I do art. 43 da Lei n.º 8.443, de 1992,determinar ao INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial que:Item 9.10.1: promova o desconto na folha de pagamento do servidor UltimoAyres de Souza e o recolhimento do valor equivalente a U$ 320, referente aopagamento em excesso de U$ 20 em cada uma das 16 diárias que o referidoservidor recebeu quando realizou viagem à Tailândia.Informações INMETRO: O requerente solicitou, também, pedido de reexame damatéria junto ao TCU/BSB.Considerações CGU-Regional/RJ: O INMETRO forneceu o histórico do processo010.310/2002-3, obtido em 18/01/2006, o qual aponta pedido de reexame em01/09/2004 e, atualmente, tramitação junto ao gabinete de Ministro. Adeterminação permanece pendente.

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Item 9.10.2: verifique a legalidade das despesas realizadas no convêniofirmado entre IPEM/PR e o CITPAR - Centro de Integração de Tecnologia doParaná, em 26/03/2002, nos termos da Cláusula Oitava do Convênio n.º010/2001 firmado com o IPEM/PR, bem como promova avaliação sobre aimplantação do Sistema de Gestão de Qualidade do IPEM/PR, objeto doconvênio citado, informando sobre os resultados alcançados nas próximascontas do INMETRO.Informações INMETRO: Apesar de o processo ainda se encontrar sobjulgamento, o INMETRO tomou as providências de praxe, quanto à avaliaçãosobre a implantação do sistema de gestão da qualidade do IPEM-PR, conformeprocesso administrativo em poder da Auditoria Interna, a qual a remeteu àCGU-Regional/RJ cópia do referido.Considerações CGU-Regional/RJ: Analisamos o relatório encaminhado, datadode 18/04/2005, decorrente do PA 600-005/2005-O, acerca de trabalhorealizado de 14/03/2005 a 24/03/2005, pela Auditoria Interna do INMETROpara a verificação da execução de 2004 a janeiro de 2005, no IPEM/PR(Convênio n.º 10/01 e nº 20/05). O documento não menciona o convêniofirmado entre IPEM/PR e o CITPAR - Centro de Integração de Tecnologia doParaná ou avalia a implantação do Sistema de Gestão de Qualidade doIPEM/PR, motivo pelo qual consideramos a determinação pendente deimplementação.

Item 9.10.3: promova a imediata adequação dos convênios vigentes, firmadoscom o Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Paraná - IPEM/PR que tenhamcomo objeto a execução das atividades do INMETRO nos Estados do Paraná e doRio Grande do Sul, deles excluindo quaisquer disposições que prevejam:Item 9.10.3.1: pagamentos que possam configurar taxa de administração, aexemplo do percentual de 25% sobre o total a ser ressarcido em decorrênciada cessão de servidores;Item 9.10.3.2: remunerações adicionais a servidores cedidos pelo IPEM/PR,sob a denominação de bônus de desempenho/gratificação de atividade e/oupró-labore, e a possibilidade de instituir “política remuneratóriaespecial”, sem o devido respaldo normativo;Item 9.10.3.3: o pagamento de precatórios judiciais oriundos de questõestrabalhistas de servidores cedidos, ou quaisquer outros pagamentosjudiciais que não lhe sejam diretamente imputados.Informações INMETRO: Apesar de o processo ainda se encontrar sobjulgamento, o INMETRO tomou providências quanto a celebração convenial como IPEM/PR, adequando-o conforme recomendação da egrégia corte de contas.9.10.3.1. Quando foi estabelecido novo convênio, a cláusula referente aopercentual de 25%, foi retirado do mesmo.9.10.3.2. Quando do estabelecimento do novo convênio, ficou definido quehaveria cláusula de desempenho de bônus, desde que houvesse aprovação legalpara tal.9.10.3.3. Quando do estabelecimento do novo convênio, ficou definido quenão haveria pagamento de precatórios que não fossem diretamente imputados.Considerações CGU-Regional/RJ: Por meio da análise do Convênio n.º 20/2005,celebrado, em 02/01/2005, entre o INMETRO e o Instituto de Pesos e Medidasdo Estado do Paraná – IPEM/PR, verificamos o atendimento à determinação.

Item 9.10.4: se abstenha de firmar convênios, ou quaisquer outrosinstrumentos similares, contendo cláusulas que prevejam condições iguais ousemelhantes às indicadas nos subitens do item 9.9.3.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO se absteve de assinarqualquer convênio e outros instrumentos similares, conforme recomendação doTCU.Considerações CGU-Regional/RJ: Por meio da análise de amostra dos convênioscelebrados, verificamos o atendimento à determinação.

Item 9.10.6: suspenda o pagamento de precatórios judiciais oriundos dequestões trabalhistas de servidores cedidos pelo IPEM/PR ao Escritório de

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Representação do INMETRO no Estado do Rio Grande do Sul, relacionados àexecução do Convênio n.º 009/1999 - SIAFI n.º 389.500.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO determinou a suspensãoimediata dos pagamentos de precatórios e afins, conforme recomendado peloTCU/BSB.Considerações CGU-Regional/RJ: O INMETRO forneceu o histórico do processo010.310/2002-3, obtido em 18/01/2006, o qual aponta pedido de reexame em01/09/2004 e, atualmente, tramitação junto ao gabinete de Ministro. Não foiapresentado nenhum outro elemento que comprove a suspensão dos pagamentosde precatórios e afins. A determinação permanece pendente.

Item 9.10.7: suspenda a remuneração ao IPEM-PR, no percentual de 25% sobreo total a ser ressarcido da folha de pagamento dos servidores cedidos peloIPEM/PR, relacionados à execução do convênio n.º 009/1999 - SIAFI n.º389.500.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO determinou a suspensãoimediata dos pagamentos de percentual de 25% da folha de pagamento deservidores cedidos pelo IPEM/PR, conforme recomendado pelo TCU/BSB.Considerações CGU-Regional/RJ: O INMETRO forneceu o histórico do processo010.310/2002-3, obtido em 18/01/2006, o qual aponta pedido de reexame em01/09/2004 e, atualmente, tramitação junto ao gabinete de Ministro. Não foiapresentado nenhum outro elemento que comprove a suspensão dos pagamentosde percentual de 25%. A determinação permanece pendente.

Item 9.10.8: adote providências no sentido de buscar junto ao Governo doEstado do Paraná a restituição dos valores pagos em razão de precatóriosjudiciais oriundos de condenações em ações trabalhistas de servidorescedidos pelo IPEM/PR ao Escritório de Representação do INMETRO no Estado doRio Grande do Sul e da remuneração, ao IPEM-PR, no percentual de 25% sobreo total ressarcido da folha de pagamento dos servidores por ele cedidos aoINMETRO, em razão do previsto no Convênio n.º 009/1999.Informações INMETRO: A presidência do INMETRO e a Representação do INMETROno Estado do Rio Grande do Sul procurou, junto ao Estado do Paraná,ressarcir os valores pagos, em razão de precatórios judiciais e daremuneração, ao IPEM/PR, no percentual de 25% sobre o total ressarcido dafolha de pagamento dos servidores por eles cedidos ao INMETRO, mesmolembrando que o referido processo encontra-se no TCU/BSB para julgamentofinal.Considerações CGU-Regional/RJ: Em que pese a declaração sobre asprovidências adotadas, não foram apresentados à equipe documentos quedemonstrassem o teor do procedimento adotado, motivo pelo qual consideramosa determinação pendente de implementação.

Item 9.10.9: informe, nas próximas contas da entidade, as providênciasadotadas com vistas a dar cumprimento às determinações acima.Informações INMETRO: O presente processo, encontra-se sub judice noTCU/BSB.Considerações CGU-Regional/RJ: O INMETRO forneceu o histórico do processo010.310/2002-3, obtido em 18/01/2006, o qual aponta pedido de reexame em01/09/2004 e, atualmente, tramitação junto ao gabinete de Ministro. Adeterminação permanece pendente.

B) Acórdão n.º 1.437/2004-TCU – Primeira Câmara,

Item 9.2: determinar ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial - INMETRO que:Item 9.2.2: observe, doravante, a vedação à preferência de marcas, conformeart. 15, § 7º, inciso I, da Lei n.º 8.666/93.Informações INMETRO: Não houve manifestação formal.Considerações CGU-Regional/RJ: Por meio da análise de amostra dos processoslicitatórios, bem como os de dispensa e de inexigibilidade, conduzidos pelaUnidade, não verificamos reincidência do problema, motivo pelo qualconsideramos a determinação atendida.

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Item 9.2.3: atente para o disposto no art. 7º, § 5º, da mesma Lei, fazendoconstar do processo licitatório a comprovação inequívoca de ordem técnicanecessárias a fundamentar eventual opção por padronização de produtos, taiscomo estudos, laudos, perícias, testes ou pareceres que demonstrem ointeresse da administração, considerando, ainda, as condições demanutenção, assistência técnica e garantias.Informações INMETRO: Não houve manifestação formal.Considerações CGU-Regional/RJ: Por meio da análise de amostra dos processoslicitatórios, bem como os de dispensa e de inexigibilidade, conduzidos pelaUnidade, não detectamos processos em que fosse necessária a comprovação deordem técnica relacionada a padronização de produtos. Como a amostra nãocontemplou a verificação do item, mantemos a determinação pendente paramonitoramento.

Item 9.2.4: sempre que sobrevierem dúvidas sobre a adequação dedeterminados produtos às necessidades da administração, analise apossibilidade de adotar a faculdade prevista no art. 75 da Lei n.º8.666/1993.Informações INMETRO: Não houve manifestação formal.Considerações CGU-Regional/RJ: A amostra de processos licitatórios, bemcomo dispensas e inexigibilidades, conduzidos pelo INMETRO, não contemplouprocesso que tenha adotado a faculdade prevista no art. 75 da Lei n.º8.666/1993. Também não foram identificados processos em que tenham sidodemonstradas dúvidas sobre a adequação de produtos às necessidades daadministração. Como a amostra não contemplou a verificação do item,mantemos a determinação pendente para monitoramento.

9.3.2 ASSUNTO - Atuação-Unidades da CGU-Exercícios anteriores

9.3.2.1 INFORMAÇÃO:Apresentamos, a seguir, as medidas adotadas pelo INMETRO visando àimplementação das recomendações da CGU exaradas em exercícios anteriores,acerca do Relatório de Auditoria de Avaliação de Gestão do Exercício de2002 n.º 117559/2003 e do Relatório de Auditoria de Avaliação de Gestão doExercício de 2003 n.º 140011/2004.

A) Item 7.2.2.1 do Relatório n.º 140011: Verificação do atendimento daDecisão 449/1999 – TCU – Plenário; relatório de comissão instituída parareanálise das concessões de quintos/décimos.Recomendação: Em vista do exposto, recomendamos que o Instituto providencieo relatório da comissão e a comprovação da remuneração dos servidoresselecionados, encaminhando-os para verificação por esta CGU.Informações INMETRO: A cópia do processo administrativo foi resgatado juntoao órgão de competência no julgamento. Todas as providências foramimplementadas pela comissão instituída.O processo administrativo encontra-se em poder da Auditoria interna.Considerações CGU-Regional/RJ: A cópia do Processo n.º 0503/1993 não ésuficiente para a verificação do atendimento da Decisão 449/1999 – TCU –Plenário. Permanece necessário o encaminhamento do relatório da comissão ea comprovação da remuneração dos servidores selecionados. Esta recomendaçãoserá acompanhada por meio do item 7.2.2.1 do presente Relatório.

B) Item 8.2.1.2 do Relatório n.º 140011: Falha na quantificação dosserviços a serem executados e no acompanhamento da execução do contrato n.º193/02.Recomendação: “Em face das deficiências verificadas com relação aoacompanhamento da execução deste contrato, recomendamos que sejamimplementados controles internos satisfatórios, bem como que a auditoriainterna realize uma avaliação da qualidade dos controles existentesrelativos aos demais contratos existentes na DIENG”.

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Informações INMETRO: Foi realizada auditoria extraordinária, gerandorelatório para as providências, fato remetido à CGU-Regional/RJ.Considerações CGU-Regional/RJ: Analisamos o relatório gerado pela AuditoriaInterna, o qual concluiu que houve melhoria dos controles, mas que aindacabe ações de saneamento. Consideramos o item atendido.

C) Item 8.2.2.1 do Relatório n.º 140011: Realização de obra contratada emlocal diverso do indicado no processo.Recomendação: Apresentar o resultado da apuração levada a efeito pelaComissão de Sindicância instituída para apurar se a obra realizada nosbanheiros do prédio 11 ocorreu em substituição e com os recursos que iriamser inicialmente alocados no prédio 5.Informações INMETRO: O Presidente do INMETRO determinou a conclusão dostrabalhos referentes a citada comissão permanente de sindicância.Considerações CGU-Regional/RJ: O item permanecerá pendente até aapresentação do resultado da apuração.

D) Item 8.3.1.1 do Relatório n.º 140011: Formalização de convênio emdesacordo com as normas legais.Recomendação: Exigir a comprovação dos custos administrativos eoperacionais efetivamente incorridos pela FAURGS para execução egerenciamento administrativo e financeiro dos projetos aprovados eencomendados pela FINEP, previsto no objeto do Convênio n.º 001/2002, desdeo início da sua vigência, avaliando a sua pertinência e solicitando oressarcimento por parte da FAURGS da diferença entre o montante apurado e oindevidamente pago a título de taxa de administração.Informações INMETRO: A FAURGS apresentou a comprovação dos custosadministrativos e operacionais, conforme determinação.O processo encontra-se em poder da Diretoria de Metrologia Científica eIndustrial – Dimci.Considerações CGU-Regional/RJ: Foi apresentada a comprovação da FAURGS, oresultado da análise dos valores apresentados e o comprovante derecolhimento dos valores pagos a maior. A recomendação foi atendida.

E) Item 9.2.1.1 do Relatório n.º 117559: Falha na execução do Contrato n.º012/2002.Recomendação: Foi recomendada a adequação dos gastos mensais do contraton.º 012/2002 dentro dos limites previstos contratualmente.Informações INMETRO: Não houve manifestação formal.Considerações CGU-Regional/RJ: O Contrato n.º 012/2002 não se encontra maisem vigor. Atualmente os serviços estão sendo prestados por outra empresa,que foi vencedora do Pregão Presencial efetivado por meio do Processo n.º52600.002863/05. Os valores pagos em novembro e dezembro de 2005, quando seiniciou a prestação dos serviços, encontram-se adequados aos gastoscontratualmente previstos. Consideramos a recomendação atendida. Paraesclarecimentos adicionais vide o item 8.2.4.1 do presente Relatório.

III – CONCLUSÃOEm face dos exames realizados, bem como da avaliação da gestão efetuada, noperíodo a que se refere o presente processo, registramos as impropriedadesapontadas nos seguintes itens:

Item 4.1.2.1 - Perda do direito de cobrança por prescrição de prazo parainscrição em Dívida Ativa.

Item 4.1.3.2 - Realização de despesas sem prévio empenho.

Item 4.1.3.4 - Pagamentos de despesas apresentadas pela contratante semcomprovação ou justificativa para o gasto.

Item 5.1.1.1 – Impropriedades em concessões e prestações de contasatinentes a suprimento de fundos.

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Item 5.3.1.1 - Atesto e pagamento de faturas antes do término do mês deexecução dos serviços.

Item 5.3.1.2 - Pagamento sem suporte documental.

Item 5.3.2.1 - Ausência da retenção de tributos e contribuições nospagamentos efetuados aos fornecedores.

Item 5.3.3.1 - Pagamento de benefícios em desacordo com a planilha de custoe formação de preço da contratada.

Item 8.1.1.3 - Inadequação de pesquisas de preço preliminares àsaquisições.

Item 8.1.1.4 - Inadequação de justificativas de preço de aquisições pormeio de dispensa e inexigibilidade de licitação.

Item 8.1.2.1 - Contratação por meio de modalidade de licitação inadequada.

Item 8.2.2.2 - Contratação prescindindo a obrigatoriedade da licitação ecom subcontratação não permitida.

Item 8.2.2.3 - Impropriedades na formalização de dispensa de licitaçãofundamentada no inciso XIII do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993.

Item 8.2.3.1 - Prorrogação de contratos contendo vícios de nulidade e sem adevida comprovação de repactuação pleiteada.

Item 8.2.3.2 – Prorrogação de contratos sem comprovação das vantagens desteato para a Administração.

Item 8.2.3.3 - Prorrogação de contrato cujo embasamento legal apresentava-se originalmente indevido.

Item 8.2.4.1 - Morosidade administrativa ocasionando pagamentos semrespaldo contratual.

Item 8.2.4.2 - Pagamento sem respaldo contratual.

Item 8.3.2.1 - Prestações de contas apresentadas e aprovadas sem todos oselementos necessários.

Rio de Janeiro, de junho de 2006.

NOME CARGO ASSINATURA

LIDIENIO LIMA DE MENEZES AFC ________________________

MARISA DO CARMO DE OLIVEIRA TFC ________________________

PATRÍCIA M. QUINTANILHA DE MOURA AFC ________________________

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