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Aula de Direito Penal. 2015.01. Princípios Constitucionais aplicados aos diversos ramos do direito. Professor Jomar Sarkis. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º ÍNDICE TEMÁTICO PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania. III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

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Aula de Direito Penal. 2015.01. Princípios Constitucionais aplicados aos diversos ramos do direito. Professor Jomar Sarkis.

Presidência da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º

ÍNDICE TEMÁTICO

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

TÍTULO I

Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania.

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

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I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - concessão de asilo político.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

TÍTULO II.

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

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II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

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XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

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XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

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c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento)

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

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LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á habeas data:

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade

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administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo)

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I. Princípios Constitucionais relativos ao Processo Penal.

A. Principio do Devido Processo Legal. CF. Artigo 5º, inciso LIV. B. Principio do Juiz Natural. CF. Artigo 5º, inciso LIII. C. Principio da Presunção de Inocência ou da não Culpabilidade. CF. Artigo 5º,

inciso LVII. D. Principio da Ampla Defesa. CF. Artigo 5º, incisos LV e LXXXIV. E. Principio do Contraditório. CF. Artigo 5º, inciso LV. F. Principio da Publicidade dos atos processuais. CF. Artigo 5º, inciso LX. G. Principio da Legalidade da Prisão. CF. Artigo 5º, incisos LXI a LXVIII. H. Principio das Provas Licitas. CF. Artigo 5º, incisos X, XI, XII e LVI. I. Principio da fundamentação obrigatória das decisões judiciais. CF. Artigo 93,

inciso IX. J. Principio da publicidade dos atos processuais. CF. Artigo 93, inciso IX.

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K. Principio da Iniciativa particular em caso de inércia do MP. CF. Artigo 5º, inciso LIX.

II. Princípios Constitucionais relativos ao Direito Penal.

A. Principio da Reserva Legal ou da Estrita Legalidade. CF. Artigo 5º, inciso XXXIX.

B. Principio da Anterioridade da Lei Penal. CF. Artigo 5º, inciso XXXIX. C. Principio da Individualização da Pena. CF. Artigo 5º, inciso XLVI. D. Principio da Humanização das penas. CF. Artigo 5º, inciso XLVII. E. Principio da Intranscendencia da Pena. CF. Artigo 5º, inciso XLV. F. Principio da retroatividade da Lei Penal mais Benéfica. CF. Artigo 5º, inciso

XL. G. Principio da obrigatoriedade do respeito aos presos. CF. Artigo 5º, incisos

XLVIII, XLIX e L. H. O principio da proibição de discriminação. CF. Artigo 5º, incisos XLII, XLIII

e XLIV.

III. Classificação dos direitos fundamentais previstos no artigo 5º da CF.

A. Vida. B. Igualdade. C. Liberdade. D. Privacidade. E. Intimidade. F. Segurança. G. Propriedade.

IV. Direito Penal. É o conjunto de princípios e regras destinados a combater o ilícito penal, mediante a imposição de uma sanção.

V. Direito Processual Penal. É o conjunto de normas jurídicas que destinado à realização do direito de punir do Estado, tem por destinatários os sujeitos principais e secundários da relação processual. O fim do Processo Penal é conseguir do Poder Judiciário uma decisão favorável que ponha fim ao conflito surgido pela violação das normas de direito material.

VI. Outros princípios referentes ao Direito Penal.

A. Insignificância ou da criminalidade de bagatela própria. Requisitos: mínima

ofensividade, ausência de periculosidade, reduzido grau de reprovabilidade da conduta, inexpressividade da lesão jurídica. Opera-se no plano da tipicidade, através de uma analise feita de acordo com o principio da ofensividade.

B. Insignificância imprópria ou da bagatela imprópria. Nesse caso, a conduta do agente é relevante para o Direito Penal, pois apresenta desvalor da conduta e do resultado. O fato é típico e antijurídico, sendo o agente dotado de culpabilidade, possuindo o Estado

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o direito de punir. No entanto, o agente é primário, tem bons antecedentes, reparou o dano, reconheceu a culpa e se arrependeu, já foi processado e ficou preso provisoriamente. Por conseguinte o Estado não tem interesse em puni-lo. Funciona como causa supra legal de punibilidade.

C. Intervenção mínima. Verifica-se a necessidade da intervenção penal para proteger determinado bem jurídico, que não pode ser tutelado por outros ramos do direito.

D. Fragmentariedade. Haverá ilícito penal apenas quando a conduta atentar contra valores fundamentais para a sociedade. O direito penal busca condutas realmente perigosas aos bens jurídicos, filtrando as lesivas das não lesivas, funcionando como uma ultima etapa de proteção de bens jurídicos. Assim, fragmentariedade refere-se à seleção de bens que devem ser protegidos, entendidos como fragmentos.

E. Subsidiariedade. Decorre da fragmentariedade. Assim, se o ordenamento jurídico busca fragmentos a serem protegidos, também se apresenta subsidiariamente, isto é, torna-se a ultima instancia de controle social, operando-se apenas como ultimo recurso de utilização ao direito de punir.

F. Adequação Social. Não pode ser considerado criminoso o comportamento humano que, embora tipificado em lei, não afrontar o sentimento social de justiça de um povo. Exemplo: o trote acadêmico moderado; os palavrões e xingamentos no campo de futebol, o não pagamento das despesas no dia do advogado.

Exercícios de Fixação. 1ª Questão. Assinale a opção correta.

A. O principio da legalidade constitui uma real limitação ao poder estatal de interferir na

esfera das liberdades individuais.

B. A Medida Provisória, mesmo antes de sua aprovação pelo Congresso, pode instituir

crime ou pena criminal.

C. Pelo principio da legalidade, o direito penal proíbe a aplicação das leis temporárias e

excepcionais, depois de decorrido o período de sua duração.

D. O direito penal proíbe a aplicação da analogia.

E. O principio constitucional da legalidade em matéria penal não vigora na fase de

execução penal.

2ª Questão. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,

cessando em virtude dela a execução _______; a lei posterior, que de qualquer modo favorecer

o agente, aplica-se aos fatos anteriores, _______.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas.

A. E os efeitos penais da sentença condenatória... desde que não decididos por sentença

transitada em julgado.

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B. E os efeitos penais da sentença condenatória... desde que não decididos por sentença

transitada em julgado.

C. E os efeitos penais da sentença condenatória, excluídos os efeitos civis... desde que não

decididos por acórdão transitado em julgado.

D. E os efeitos penais da sentença condenatória, excluídos os efeitos civis... ainda que

decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

E. Mas mantidos os efeitos penais da sentença condenatória... desde que não decididos por

sentença condenatória transitada em julgado.

3ª Questão. Não está previsto nos incisos do artigo 5º da Constituição da Republica que:

A- Não haverá juízo ou tribunal de exceção.

B- A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do

delito, a idade e o sexo do apenado.

C- Às presidiárias serão asseguradas as condições para que possam permanecer com seus

filhos durante o período de amamentação.

D- Será admitida ação privada nos crimes de ação penal publica, se esta não for intentada

no prazo legal.

E- A lei não poderá restringir a publicidade dos atos processuais.

4ª Questão. Examine os itens seguintes, indicando o correto:

A. O principio da culpabilidade limita-se à impossibilidade de declaração de culpa sem o

transito em julgado da sentença penal condenatória.

B. O principio da legalidade impede a aplicação de lei penal ao fato ocorrido antes do

inicio de sua vigência.

C. Integram o núcleo do principio da estrita legalidade os seguintes postulados: reserva

legal, proibição de aplicação de pena em hipótese de lesões irrelevantes, proibição de

analogia in malam partem.

D. A aplicação de pena aos inimputáveis, dada a sua incapacidade de sensibilização pela

norma penal, viola o principio da culpabilidade.

E. Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam ambos

caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal.

5ª Questão. “Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. Tal

assertiva se refere ao principio constitucional:

A. Da Reserva Legal.

B. Da Legalidade.

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C. Do Devido Processo Legal.

D. Do Juiz Natural.

E. Da Presunção de Inocência.

6ª Questão. Marque a opção correta.

A. Se a lei posterior revogadora for mais benéfica, terá efeitos ultra-ativo e retroativo,

perdendo a lei revogada a sua total eficácia.

B. Se a nova lei penal descriminaliza conduta anteriormente tipificada como crime, a

abolitio criminis atinge as ações penais em curso relativas ao crime abolido, exceto se já

se houver sentença condenatória transitada em julgado.

C. As regras gerais do Código Penal não se aplicam aos fatos incriminados por lei especial,

ainda que esta não disponha de modo diverso.

D. O principio da legalidade ou principio da reserva legal não se estende às consequências

jurídicas da infração penal, em especial aos efeitos da condenação, nem abarca as

medidas de segurança.

E. Para que ocorra o reconhecimento do principio da insignificância, tem de haver conduta

típica, ou seja, ofensa grave a bens jurídicos tutelados, sendo insuficientes lesões

irrelevantes aos bens ou interesses protegidos.

7ª Questão. Considere que o Direito Penal não constitui um sistema exaustivo de proteção de

bens jurídicos, de sorte a abranger todos os bens jurídicos que constituem o universo de bens do

individuo. Na verdade representa um sistema descontinuo de seleção de ilícitos, decorrentes da

necessidade de criminalizá-los ante a indispensabilidade da proteção jurídico penal. Tal

assertiva amolda-se ao principio:

A. Da Insignificância.

B. Da Humanidade.

C. Da Anterioridade da Lei Penal.

D. Da Fragmentariedade.

E. Da Culpabilidade.

8ª Questão. De acordo com o Código Penal:

A. Considera-se lugar do crime onde ocorreu o resultado.

B. Aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de embarcações brasileiras, de

natureza privada, que estejam em alto mar.

C. A sentença estrangeira não pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado à

reparação do dano.

D. Considera-se praticado o crime no momento da conduta ou do resultado.

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E. No computo do prazo, não se inclui o dia do começo, mas sim o do vencimento.

9ª Questão. Considere que uma determinada Lei disponha que: “Subtrair objetos de

arte. Pena: A ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as circunstancias do fato.”

Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei:

A. Fere o principio da legalidade.

B. Fere o principio da anterioridade.

C. Fere os princípios da humanização das penas.

D. Não fere os princípios da legalidade e anterioridade.

E. Fere o principio do devido processo legal.

10ª Questão. Julgue os itens abaixo, marcando a opção incorreta.

A. O principio da legalidade tem como fundamento o principio do nullum crimen,

nulla poena sine praevia lege.

B. No tocante ao tempo do crime, o Código Penal Brasileiro adotou a teoria da

atividade, considerando-o praticado no momento da conduta.

C. No tocante ao lugar do crime, o Código Penal Brasileiro adotou a teoria da

atividade, que o considera como local onde ocorreu a conduta criminosa.

D. A lei excepcional, por ter ultra-atividade, pode ser aplicada a fatos praticados

durante sua vigência mesmo após sua revogação.

E. A lei penal, ao entrar em conflito com lei penal anterior, pode apresentar as

seguintes situações: novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio legis in

pejus e novatio legis in mellius.

11ª Questão. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes:

A. Contra a honra do Presidente da Republica.

B. De genocídio, quando o agente for estrangeiro, qualquer que seja o seu domicílio.

C. Cometidos por particulares contra a administração publica.

D. Contra a fé publica de sociedade de economia mista.

E. Crimes que por tratados ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir.

12ª Questão. O réu João, em juízo, apresenta carta confidencial, que lhe fora endereçada, em

defesa própria.

A. O sigilo de correspondência é absolutamente preservado na Constituição, assim,

invalida a atitude de João.

B. O principio do contraditório ampara a atitude de João.

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C. Incide à espécie a doutrina dos frutos da arvore envenenada.

D. O principio da plena defesa ampara a atitude de João.

E. O principio da publicidade dos atos processuais incide à espécie.

13ª Questão. Quanto aos princípios constitucionais referentes ao processo penal e direito penal,

assinale a assertiva correta:

A. O principio da presunção da inocência impede a prisão cautelar do réu.

B. A lei penal e processual penal não retroagirá salvo para beneficiar o réu.

C. A Constituição Federal não admite a pena de morte.

D. O principio da ampla defesa e do contraditório somente tem aplicação no processo

penal.

E. Constitui crimes inafiançáveis e imprescritíveis a ação de grupos armados, civis ou

militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

14ª Questão. Quanto ao tema referente à aplicação da lei penal, julgue os itens abaixo,

marcando a opção correta.

A. De acordo com o principio da territorialidade da lei penal, se um crime for cometido

dentro de um navio publico brasileiro, ainda que em alto-mar, o delito deverá ser

julgado pela justiça brasileira.

B. Consoante o principio da nacionalidade ou da personalidade, os crimes contra a vida

ou a liberdade do Presidente da Republica, ainda que cometidos no estrangeiro,

sujeitam-se à lei brasileira.

C. O principio da insignificância deve ser analisado em correlação com os postulados da

fragmentariedade e da intervenção mínima do direito penal para excluir ou afastar a

própria tipicidade da conduta.

D. Em relação ao principio ne bis in idem, a pena comprida no estrangeiro deve atenuar a

pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela ser computada,

quando idênticas.

E. De acordo com o Código Penal, a lei temporária, cessadas as circunstancias que a

determinaram, aplica-se aos fatos praticados durante a sua vigência.

O numero de opções corretas.

1.2.3.4.5

15ª Questão. A respeito dos princípios que regem o direito penal brasileiro, assinale a

alternativa incorreta.

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A. O principio da legalidade penal, impede o uso dos costumes e analogia para criar tipos

penais incriminadores ou agravar as infrações existentes.

B. De acordo com o principio da insignificância o Direito Penal não deve se ocupar com

assuntos irrelevantes. A aplicação de tal principio exclui a tipicidade material da

conduta.

C. O direito penal possui natureza fragmentaria, ou seja, somente protege os bens

jurídicos mais importantes, pois os demais são protegidos pelos outros ramos do

direito.

D. O principio da humanidade proíbe a instituição de penas cruéis, como a de morte e a de

prisão perpetua, mas não a de trabalhos forçados.

E. O agente que rouba uma nota de dois reais, pode se beneficiar da aplicação do

principio da insignificância.

16ª Questão. Com relação aos princípios relativos ao direito penal e processual penal, julgue os

itens abaixo, marcando a opção correta.

A. Nas infrações que deixam vestígios, a confissão não supre a ausência de exame de

corpo de delito, já que a pessoa não é obrigada a se autoacusar.

B. Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da

autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime

impropriamente militar, definidos em lei.

C. Pela responsabilidade penal subjetiva, admite-se a responsabilização de alguém por

fato cometido por outra pessoa.

D. Não será admitida ação penal privada nos crimes de ação penal pública.

E. A lei não poderá restringir a publicidade dos atos processuais, ainda que a defesa da

intimidade ou o interesse social estejam presentes.

17ª Questão. De acordo com o disposto no artigo 5º da Constituição Federal, está incorreta

a seguinte opção.

A. Ninguém será privado de sua liberdade sem ordem judicial da autoridade competente,

ou flagrante delito.

B. Ainda que o contraditório e a ampla defesa não sejam observados durante a realização

do inquérito policial, não serão invalidas a investigação criminal e a ação penal

subsequente.

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C. O silencio do preso é direito constitucional que não importará em confissão, nem em

presunção de culpa.

D. Não serão admitidas no processo penal as provas ilícitas, como a interceptação

telefônica sem ordem judicial.

E. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça de lesão a direito.

18ª Questão. No que se refere à aplicação da lei penal, assinale a opção correta.

A. Em relação ao lugar do crime, o legislador adotou a teoria do resultado, considerando

praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir o resultado.

B. Desprezam-se nas penas privativas de liberdade e nos restritivas de direitos, as frações

de dia, mas, nas de multa, não se consideram as frações de moedas.

C. A abolitio criminis, que possui natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade,

conduz à extinção dos efeitos penais e extrapenais da sentença condenatória.

D. Em relação ao tempo do crime o legislador adotou no Código Penal, a teoria da

atividade, considerando praticado o crime no momento da ação ou da omissão, se outro

não for o momento do resultado.

E. As situações de novatio legis e abolitio criminis são tratadas pelo artigo 2º do Codigo

Penal e dizem respeito à disciplina da lei penal no tempo.

19ª Questão. Assinale a opção incorreta acerca da interpretação e aplicação das leis penais

e processuais penais.

A. A interpretação extensiva é admitida tanto no direito penal como no processo penal,

bem como a analogia.

B. Em face ao principio da legalidade a lei processual penal será sempre irretroativa.

C. Tanto as leis penais como a lei processual terão aplicação em todo o território nacional,

com ressalvas.

D. Se a lei penal nova for mais favorável ao réu, deixando de considerar crime a conduta

tratada na lei anterior, ela retroagirá mesmo que o fato tenha sido definitivamente

julgado, fazendo cessar os efeitos civis e penais da sentença condenatória.

E. Dá-se a novatio legis incriminadora quando a lei penal definir nova conduta como

infração penal.

20ª Questão. Em relação ao instituto da medida de segurança, é incorreto afirmar que:

A. A sua aplicação depende da ocorrência de um ilícito penal, a periculosidade do agente

e que não tenha ocorrido a extinção de punibilidade.

B. Pode ser executada por prazo superior a trinta anos.

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C. Ainda que não se configure sanção penal, a medida de segurança se submete às causas

extintivas de punibilidade.

D. A internação, ou tratamento ambulatorial, será sempre por tempo indeterminado,

perdurando enquanto não for averiguada, mediante pericia médica a cessação da

periculosidade.

E. O prazo mínimo de internação deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos.

Gabarito.

1ª-A; 2ª-D; 3ª-E; 4ª-D; 5ª-D; 6ª-A; 7ª-D; 8ª-B; 9ª-A; 10ª-C; 11ª-D; 12ª-D; 13ª-E; 14ª-3; 15ª-

D; 16ª-A; 17ª-A; 18ª-E; 19ª-D; 20ª-B.

DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940.

Código Penal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA usando da atribuição que lhe confere o artigo

180 da Constituição decreta a seguinte Lei:

PARTE GERAL

TÍTULO I

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Anterioridade da Lei

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia

cominação legal.

Lei penal no tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar

crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

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Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se

aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração

ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua

vigência.

Tempo do crime

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que

outro seja o momento do resultado.

Territorialidade

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de

direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as

embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro

onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou

de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em

alto-mar.

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves

ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território

nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do

Brasil

Lugar do crime

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,

no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Extraterritorialidade

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

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a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de

Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou

fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

II - os crimes:

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;

b) praticados por brasileiro;

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade

privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que

absolvido ou condenado no estrangeiro.

§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das

seguintes condições:

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a

punibilidade, segundo a lei mais favorável.

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra

brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:

a) não foi pedida ou foi negada a extradição.

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b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Pena cumprida no estrangeiro

Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo

crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Eficácia de sentença estrangeira

Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie

as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:

I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;

II - sujeitá-lo a medida de segurança.

Parágrafo único - A homologação depende:

a) Para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;

b) Para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja

autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do

Ministro da Justiça.

Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os

meses e os anos pelo calendário comum.

Frações não computáveis da pena

Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos,

as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.

Legislação especial

Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial,

se esta não dispuser de modo diverso.

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Exercícios.

1ª Questão. Quanto ao tema relativo à aplicação da lei penal brasileira, estão corretas as assertivas abaixo.

A- A lei penal posterior mais benéfica terá efeito ultra e retro ativo. Nesse caso, a lei anterior revogada perderá a sua eficácia, ainda que o fato tenha sido julgado por sentença penal condenatória transitada em julgado.

B- Um indivíduo tentou explodir agencia do Banco do Brasil, situado na Espanha. Nessa hipótese se julgado e condenado naquele País, ainda assim poderá ser julgado e condenado no Brasil.

2ª Questão. De acordo com a teoria bipartida, o crime é um fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade pressuposto de aplicação da pena. Decorre de tal assertiva que não pode existir crime sem culpabilidade.

3ª Questão. Quanto ao tema relativo à teoria do crime é correto afirmar que a embriaguez fortuita completa e o erro de proibição evitável são, em qualquer hipótese, causas de exclusão de culpabilidade, acarretando a isenção de pena. 4ª Questão. Um indivíduo fora processado perante a justiça federal por ter importado gasolina oriunda da Venezuela, desacompanhada de documentação fiscal e de prova de submissão a regular procedimento de importação, para fins de revenda, no território nacional, praticando assim o crime de contrabando, por ser a gasolina automotiva considerada mercadoria proibida, constituindo-se, de acordo com normas constitucionais, monopólio da União. Diante de tal situação hipotética e de acordo com entendimento do STF, nessa modalidade criminosa, o agente poderá se prevalecer da aplicação do principio da insignificância, desde que concorram os seguintes requisitos: a mínima ofensividade da conduta do agente; a inexistência da periculosidade social da conduta pratica; o reduzido grau de reprovabilidade e a inexpressividade da lesão jurídica provocada. 5ª Questão. Com relação à aplicação da lei penal brasileira, julgue os itens abaixo, sendo correto afirmar que os dois estão corretos.

A- A abolitio criminis faz desaparecer todos os efeitos penais, inclusive quanto àqueles relativos aos fatos definitivamente julgados.

B- Aplica-se a lei penal brasileira sem qualquer condição aos crimes praticados no estrangeiro, que por tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir.

6ª Questão. A respeito da aplicação da lei penal, julgue os itens abaixo, sendo correto afirmar que apenas um está correto.

A- Leis temporárias são aquelas que, por expressa previsão, vigem durante situações de emergência.

B- Conforme o princípio da proteção, real ou defesa, a lei penal brasileira deve ser aplicada sem qualquer condição aos fatos ilícitos praticados em território estrangeiro, levando-se em consideração a nacionalidade de seu autor ou o bem jurídico lesado.

7ª Questão. As cláusulas penais tutelares da inviolabilidade do domicilio e do sigilo de correspondência são relativas.

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8ª Questão. Considere que Jean, cidadão francês, domiciliado no Brasil, em visita ao Chile, tenha praticado o delito de genocídio contra vítimas de nacionalidade daquele país e fugido, logo em seguida, para o Brasil. Nesse caso, embora cometido no estrangeiro, Jean ficará sujeito à aplicação da lei penal brasileira, sem qualquer condição.

9ª Questão. Em relação à aplicação da Lei Penal Brasileira, julgue os itens abaixo, estando correta a seguinte ordem de respostas: incorreta; incorreta e correta.

A- Quanto à aplicação da lei penal no tempo o Código Penal Brasileiro adotou o principio da atividade, considerando praticado o crime no momento da ação ou da omissão, se outro não for o momento do resultado.

B- Para os efeitos penais as Embaixadas são consideradas território nacional, ficando o Embaixador sujeito às leis penais do seu País, por crime a ele atribuído.

C- A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada quando idênticas.

10ª Questão. Quanto ao tema da aplicação da lei penal no tempo e no espaço julgue os itens abaixo, sendo correto afirmar que os dois estão incorretos.

A- O termino da vigência da lei excepcional ou temporária, em virtude de já ter decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstancias que a determinaram, extingue a punibilidade em relação aos fatos praticados durante a sua existência.

B- É aplicado o principio da proteção, real ou defesa, aos crimes praticados no estrangeiro, contra a administração publica brasileira, por quem está a seu serviço, desde que o agente ali não tenha sido julgado.

11ª Questão. No que concerne à tipificação de condutas prevista no Código Penal, julgue os itens abaixo, estando correta a seguinte ordem de respostas: correto; incorreto e correto.

A- São crimes contra a pessoa previstos na lei penal, entre outros: o induzimento ao suicídio, a calunia, a redução de alguém à condição análoga a de escravo e a divulgação de segredo.

B- São crimes contra o patrimônio: o latrocínio, o esbulho possessório e a invasão de domicilio.

C- São crimes contra a fé publica: a falsidade documental, supressão de documentos e uso de documento falso.

12ª Questão. No que concerne à aplicação da lei penal no tempo e no espaço, julgue os itens abaixo, sendo correto afirmar que apenas um está correto.

A- Em um navio mercante de bandeira brasileira, em alto mar, aconteceu um homicídio praticado por um brasileiro contra um italiano. Nessa hipótese, pelo principio da territorialidade por extensão aplica-se a lei penal brasileira.

B- Se João, contando 17 anos, 11 meses, 29 dias, duas horas antes de completar 18 anos, descarregar a sua arma de fogo contra José que só vem a falecer dez dias depois em decorrência dos ferimentos recebidos. Então com tal conduta, o agente, tendo em vista a sua inimputabilidade não deverá ser responsabilizado penalmente.

13ª Questão. São princípios que regem a aplicação da lei penal no espaço.

A- Territorialidade, defesa, justiça universal, nacionalidade e resultado. B- Territorialidade, defesa, representação, justiça universal e nacionalidade.

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C- Territorialidade, justiça universal, bandeira, representação e atividade. D- Territorialidade, defesa, justiça universal, continuidade e personalidade. E- Defesa, justiça universal, resultado, espaço mínimo e territorialidade.

14ª Questão. São hipóteses de extraterritorialidade incondicionada, exceto:

A- Crimes contra a vida do Presidente da Republica. B- Crimes contra o patrimônio da Administração Publica Direta por quem está ao seu

serviço. C- Crimes contra a fé publica da administração publica indireta ou direta. D- Crimes de genocídio. E- Crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.

15ª Questão. Quanto ao tema relativo à aplicação da lei penal brasileira, julgue os itens abaixo.

A- A lei penal posterior mais benéfica terá efeito ultra e retro ativo. Nesse caso, a lei anterior revogada perderá a sua eficácia, ainda que o fato tenha sido julgado por sentença penal condenatória transitada em julgado.

B- O território nacional estende-se as embarcações e aeronaves de natureza privada se estiverem em alto mar.

C- O Código Penal Brasileiro adotou para o lugar do crime, a teoria da ubiquidade e como tempo do crime a teoria da atividade.

D- Aplica-se a lei penal brasileira sem qualquer condição aos crimes cometidos no estrangeiro contra a honra e a vida do Presidente da Republica.

E- A retroatividade de lei penal que não mais considera o fato com criminoso, exclui a tipicidade.

O numero de itens corretos: 1.2.3.4.5.

16ª Questão. São características da norma penal, exceto:

A- Exclusividade e generalidade. B- Generalidade e imperatividade. C- Oficialidade e impessoalidade. D- Constitucionalidade e sancionatória. E- Pessoalidade e especialidade.

17ª Questão. A pena não poderá passar da pessoa do condenado. Essa afirmativa corresponde ao principio:

A- Da individualização da pena. B- Da humanidade. C- Da dignidade da pessoa humana. D- Da culpabilidade. E- Da intranscendência da pena.

18ª Questão. O Direito Penal se caracteriza por seu caráter seletivo, isto é, seu objetivo é proteger os bens jurídicos mais relevantes e necessários para a sobrevivência da sociedade. Tal assertiva se refere ao principio:

A- Da adequação social. B- Da fragmentariedade. C- Da insignificância. D- Da ofensividade.

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E- Da proporcionalidade das penas.

19ª Questão. Acerca da interpretação no Direito Penal e demais normas referentes à aplicação da Lei Penal, julgue os itens abaixo, sendo correto afirmar que os dois estão corretos.

A- A interpretação segundo a qual o juiz procura alcançar o sentido da lei em consonância com as demais normas que inspiram determinado ramo de direito é denominada sistemática.

B- As leis excepcionais ou temporárias não derrogam o principio da reserva legal apesar do seu efeito ultra ativo.

20ª Questão. Quanto aos princípios relativos ao Direito Penal e ao tema relativo à interpretação, julgue os itens abaixo:

A- O princípio da insignificância, quando possível sua aplicação, exclui o crime, afastando a tipicidade.

B- Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando-se somente de uma parte dos bens protegidos pela ordem jurídica.

C- A lei penal admite interpretação analógica para incriminar, tratando-se de recurso que permite a ampliação do seu conteúdo, através da indicação de fórmula genérica pelo legislador.

D- Ocorre a interpretação contextual autentica quando o legislador faz no próprio texto da lei a interpretação, como o conceito de funcionário publico previsto no artigo 327 do CP.

E- A tipicidade conglobante surge quando comprovado, no caso concreto, que a conduta praticada pelo agente tenha sido antinormativa, ou seja, contrária à ordem jurídica, bem como ofensiva a bens jurídicos relevantes para o direito penal.

O numero de itens corretos: 1.2.3.4.5.

Gabarito.

1ª-V; 2ª-F; 3ª-F; 4ª-F; 5ª-F; 6ª-V; 7ª-V; 8ª-V; 9ª-V; 10ª-V; 11ª-V; 12ª-V; 13ª-B; 14ª-E; 15ª-3; 16ª-E; 17ª-E; 18ª-B; 19ª-V; 20ª-4.