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PRESIDENTE DA REPÚBLICA INSTITUTO EVANDRO … · Científica do Instituto Evandro Chagas PIBIC/IEC 2011 formula os seus agradecimentos ao CNPq, à Direção do IEC, ao Serviço de

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PRESIDENTE DA REPÚBLICADilma Vana Rousseff

MINISTRO DA SAÚDEAlexandre Rocha Santos Padilha

SECRETÁRIA EXECUTIVA DO MINISTÉRIO DA SAÚDEMárcia Aparecida do Amaral

SECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEJarbas Barbosa da Silva Júnior

INSTITUTO EVANDRO CHAGAS

DiretoraElisabeth Conceição de Oliveira Santos

Vice-DiretorWyller Alencar de Mello

Administração João Carlos Lopes da SilvaEpidemiologia Gilberta Bensabath

Recursos Humanos Margarete Maria de Figueiredo Garcia

Arbovirologia e Febres Hemorrágicas Pedro F. da Costa VasconcelosBacteriologia e Micologia Maria Luiza Lopes

Criação e Produção de Animais de Lab. Raimundo Bahia PantojaHepatologia Manoel do Carmo Pereira Soares

Meio Ambiente Iracina Maura de JesusParasitologia Sebastião Aldo da Silva Valente

Patologia Manoel Gomes da Silva FilhoVirologia Alexandre da Costa Linhares

Biblioteca Vânia Barbosa da Cunha Araújo

CENTRO NACIONAL DE PRIMATAS

DiretorCarlos Faro

Serviços

Seções científicas

Apoio técnico à pesquisa

XVI Seminário Interno do ProgramaInstitucional de Bolsas de Iniciação

Científica do Instituto Evandro Chagas

24 a 26 de agosto de 2011

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS ( PIBIC/IEC)

Coordenadora

Joana D’Arc Pereira Mascarenhas

Vice-Coordenadora

Ana Cecília Ribeiro Cruz

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICOE TECNOLÓGICO (CNPq)

COMITÊ INSTITUCIONAL DE AVALIAÇÃO DO PIBIC/IEC

Ana Cecília Ribeiro Cruz Seção de Arbovirologia e Febres HemorrágicasEdvaldo Carlos Brito Loureiro Seção de Bacteriologia e Micologia

Francisco Lúzio de Paula Ramos Seção de Bacteriologia e MicologiaGiselle Maria Rachid Viana Seção de ParasitologiaHeloisa Marceliano Nunes Seção de Hepatologia

Joana D'Arc Pereira Mascarenhas Seção de VirologiaLena Lílian Canto de Sá Seção de Meio Ambiente

Manoel do Carmo Pereira Soares Seção de HepatologiaMárcio Roberto Teixeira Nunes Seção de Arbovirologia e Febres HemorrágicasNelson Antônio Bailão Ribeiro Seção de HepatologiaSilvia Helena Marques da Silva Seção de Bacteriologia e Micologia

Yvone Gabbay Mendes Seção de Virologia

COMITÊ EXTERNO DE AVALIAÇÃO DO PIBIC 2010 / 2011

Maria Iracilda da Cunha Sampaio Universidade Federal do Pará (UFPA)

AGÊNCIAS FINANCIADORAS

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPqMinistério da Saúde / Secretaria de Vigilância em Saúde – MS/SVS

Coordenadora Geral do PIBIC/CNPq

Lucimar Batista de Almeida

XVI Seminário Interno do ProgramaInstitucional de Bolsas de Iniciação

Científica do Instituto Evandro Chagas

24 a 26 de agosto de 2011

LIVRO DE RESUMOS

AnanindeuaAgosto, 2011

© 2011, XVI Seminário Interno do Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas

COMISSÃO ORGANIZADORA

Joana D'Arc Pereira Mascarenhas Coordenadora do PIBICAna Cecília Ribeiro Cruz Vice-Coordenadora do PIBIC

João Carlos Lopes da Silva Administrador do IECCarolina Rodrigues da Costa Informática

Reginaldo Sales da Silva Júnior InformáticaNívia Helena Miranda dos Santos Secretaria do PIBIC

Paula Karolyne Mesquita Gama Secretaria do PIBICAnna Paula de Oliveira Tamasauskas Secretaria do PIBIC

Giselle Maria Rachid Viana Secretaria do PIBICGlads Maria Hage Diniz Marins Assess. de Des. Cient. e Acadêmico

Adlai Raimundo Sousa Assessoria de ComunicaçãoMaria da Graça Santos da Silva Assessoria de Comunicação

Jaqueline Inácio Avelar Moreira BibliotecaVânia Barbosa da Cunha Araújo Biblioteca

PRODUÇÃO EDITORIAL

Vânia Barbosa da Cunha Araújo Projeto Gráfico e NormalizaçãoNilton César Mendes Pereira Normalização Isaíra Wanzeler Assis Ribeiro Editoração

Jaqueline Gomes Ratis DiagramaçãoAndré Monteiro Diniz Revisão final

Hedileuza Honorata Viana Revisão de descritoresMaria da Graça Santos da Silva Capa

Nota: Os conceitos e a parte de redação emitida dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seus autores.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Seminário Interno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas (16.: 2011: Ananindeua, Pa)

Livro de resumos do XVI Seminário Interno do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas. − Ananindeua: Instituto Evandro Chagas, 2011.

93 p.

1. SUSTENTABILIDADE – Congressos. 2. ATENÇÃO À SAÚDE – Congressos. I. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas. II. Título.

CDU: 616.9:061.3

AGRADECIMENTOS

A Coordenação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação

Científica do Instituto Evandro Chagas PIBIC/IEC 2011 formula os seus

agradecimentos ao CNPq, à Direção do IEC, ao Serviço de

Administração, à ASCOM, ao Setor de Informática, à Biblioteca, que

disponibilizou o Sistema de Submissão On-line do PIBIC, aos

integrantes dos Comitês Institucional e Externo e, principalmente, aos

bolsistas e seus respectivos orientadores por toda compreensão,

empenho e apoio, que foram de fundamental importância para a

realização e sucesso do XVI Seminário do PIBIC-IEC.

SUMÁRIO

1 Apresentação .............................................................................

2 Programação .............................................................................. 3 Arbovirologia e Bacteriologia....................................................

3.1 Estudo sobre o georreferenciamento dos sorotipos circulantes de dengue no município de Belém – PA, no período de 2000 a 2009...........................................................................................

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3.2 Anotação genômica de cepas virais de VDEN3 sequenciadas por pirossequenciamento

3.3 Caracterização genética do mosquito Aedes aegypti provenientes da região Região Norte, Brasil.......

3.4 Investigação sorológica retrospectiva de infecção pelo vírus do Oropouche em pacientes residentes na área metropolitana de Belém

3.5 Estudo soroepidemiológico retrospectivo da encefalite Saint Louis em populações humanas do Estado do Pará, Brasil............

3.6 Epidemiologia da raiva rural em bovídeos no Estado do Pará, no período de janeiro de 2002 a junho de 2011

3.7 Isolamento de arbovírus e técnicas moleculares para caracterização genética de vírus isolados a partir da demanda de pacientes com quadro febril, com até cinco dias de doença, atendidos no Instituto Evandro Chagas

3.8 Avaliação epidemiológica e genética de Mycobacterium tuberculosis provenientes de casos de tuberculose pulmonar atendidos no Instituto Evandro Chagas

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3.9 Análise molecular de vibrio cholerae 01 sacarose negativa, isolados de processos entéricos humanos e de ambiente no Estado do Amapá

3.10 Perfil da infecção por clamídia em grávidas: aspectos diagnósticos e preventivos.

3.11 Avaliação dos níveis de anticorpos anti-Pgl-I (IgA, IgG e IgM) em amostras de soro e saliva entre doentes hansênicos e seus contatos, em área endêmica do Estado do Pará

3.12 Identificação de micobactérias não causadoras de tuberculose em casos de infecções pulmonares e extrapulmonares no Estado do Pará

.......................................................................

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.......................................................................................

Biotério, Centro Nacional de Primatas, Geoprocessamento, Hepatologia e Meio Ambiente...................................................

4.1 Perfil hematológico e bioquímico das colônias de roedores produzidos pela Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório do IEC/SVS/MS......................................................

4.2 Avaliação do uso do NIM (Azadirachta indica) e MASTRUZ (Chenopodium ambrosioides) no controle endoparasitário de primatas neotropicais (Aotus a. infulatus, Callithrix penicillata, Cebus apella e Saimiri sciureus) mantidos em cativeiro no Centro Nacional de Primatas.......................................................

4.3 Estudo morfológico dos ossos da coluna vertebral, intercostais, membro superior e inferior do macaco-prego, Cebus Apella (Linnaeus, 1758).........................................................................

4.4 Análise ecoepidemiológica da distribuição espaço-temporal da malária, na área de influência da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará, no período de 2004 a 2009..................

4.5 Caracterização citogenética em primatas não humanos, da família Callitrichidae, mantidos em cativeiro no Centro Nacional de Primatas...................................................................

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4.6 Estudos citotaxonômicos em espécies de morcegos e roedores, prováveis reservatórios de agentes patogênicos, capturados na Amazônia Ocidental....................................................................

4.7 Prevalência das infecções pelos vírus das hepatites e situação vacinal para o vírus da hepatite B em localidades rurais sob a influência de um projeto de mineração, na região oeste do Estado do Pará, Brasil.............................................................................

4.8 Zooplâncton como indicador da qualidade ambiental em uma região portuária no Estado do Pará, Brasil....................................

4.9 Avaliação de constituintes inorgânicos (Al, Fe e Na) em sedimento de fundo do rio Murucupi, Barcarena-PA, próximo a uma bacia de sedimentação de bauxita.........................................

4.10 O uso do fitoplâncton como bioindicador da qualidade da água em uma área industrial no Estado do Pará, Brasil.........................

4.11 Caracterização da diversidade molecular de cianobactérias na Região de Abaetetuba e Barcarena, Estado do Pará, Amazônia, Brasil...........................................................................................

4.12 Incidência e prevalência da citomegalovirose em pacientes com câncer do Hospital Ophir Loyola..........................................

Parasitologia e Virologia

5.1 Identificação da fauna anofélica em áreas de assentamento no Município de Goianésia, no Estado do Pará.................................

5.2 Avaliação de antígenos comerciais e produzidos a partir de cepas regionais de Trypanosoma Cruzi para o diagnóstico sorológico da doença de Chagas....................................................................

5.3 Malária por Plasmodium vivax: análise da possível influência da composição corporal na resposta à primaquina...........................

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5.4 Detecção de rotavírus do grupo C em espécimes fecais de crianças menores de três anos hospitalizadas com gastrenterite aguda em Belém, Pará................................................................

5.5 Caracterização molecular de coronavírus associados à infecção respiratória aguda ocorrida em Belém, Pará...............................

5.6 Análise molecular do gene VP1, VP2 E VP3 de rotavírus circulantes em Belém, Pará, Brasil.............................................

5.7 Caracterização molecular de cepas de vírus respiratório sincicial e metapneumovírus humano isoladas de pacientes hospitalizados com infecção respiratória aguda na cidade de Belém, Pará, Brasil....................................................................

5.8 Caracterização morfológica, antigênica e molecular das amostras Be Ar 177325 (Vírus Inhangapi) e Be An 362159 (Vírus Xiburema) isoladas na Região Norte (Estados do Pará e Acre) do Brasil...........................................................................

5.9 Detecção de picobirnavírus associado à gastrenterite em espécimes fecais de crianças menores de três anos hospitalizadas em Belém, Pará...................................................

5.10 Pesquisa de calicivírus entéricos em fezes de suínos durante o pré e pós-desmame no Estado do Pará........................................

5.11 Perfil de resistência do vírus influenza A(H1N1) pandêmico aos antivirais..............................................................................

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APRESENTAÇÃO

SUSTENTABILIDADE E HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE

A necessidade de um mundo com procedimentos sustentáveis, que permitam a sobrevivência da espécie – porque, em última análise, é disso que se trata quando se fala de sustentabilidade - diria que é o pano de fundo sobre o qual se processam todos os esforços da sociedade em busca de melhor qualidade de vida sem continuar a destruição acelerada do meio ambiente, considerando que esse meio ambiente é um espaço geográfico, território, lugar, com distintas escalas de ocupação, dinamizado pelos movimentos geofísicos, biológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos interagindo em um processo histórico e evolutivo, com isso contemplando toda a gama de relacionamentos e atividades do homem. Nesse contexto de melhorar a qualidade de vida humana é que colocamos a proposta de humanizar a medicina.

Qualidade de vida depende de uma infra estrutura comum que atenda bem a sociedade, mas, diria que principalmente, da conquista de satisfações pessoais. A saúde é parte muito importante da qualidade de vida, e segundo Dubos “o binômio saúde /doença pode ser avaliado como o maior ou menor sucesso que o homem venha a ter em suas relações com o meio ambiente”.

A medicina, que nos veio do oriente, considerada inicialmente como curativa, e privilégio de poucos, evoluiu, não só no conhecimento, mas também social e politicamente, já agora se preocupando com a saúde das populações, que é a atual Saúde Pública, e mudando de enfoque, acrescentando a ótica da prevenção: evitar o agravo é tão importante quanto curá-lo.

Ao evoluir, a medicina se aproximou mais do homem, levando conhecimentos, explicações, e, porque não dizer, um pouco de carinho, nesse relacionamento antes tão seco e, às vezes, autoritário, admitindo que o bem estar do paciente é importante para o sucesso preventivo e a conclusão da própria cura, quando é o caso.

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De maneira superficial, nisso consiste a humanização da medicina e da saúde, que para ser conseguida precisou envolver todos os diferentes aspectos da saúde humana e do atendimento nessa área, e contar com profissionais que vão do setor administrativo até o indivíduo, passando por diversas instâncias desse setor complexo e importante que é a saúde, na medicina curativa ou preventiva. Ela é bem mais do que apenas reconhecer os diretos individuais do homem, na busca por melhores condições de vida.

Elisabeth Conceição de Oliveira SantosDiretora do Instituto Evandro Chagas/SVS/MS

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Livro de resumos

PROGRAMAÇÃO

1º DIA: 24 de agosto de 2011

SOLENIDADE DE ABERTURA 8h - 9h

Águida de Cássia Silva Vasconcelos (Mestre de Cerimônia)

Coordenação do PIBIC/IECJoana D'Arc Pereira Mascarenhas

Comitê Externo de AvaliaçãoMaria Iracilda da Cunha Sampaio - Universidade Federal do Pará

Um breve histórico sobre o papel do Instituto Evandro Chagas na AmazôniaDra. Elisabeth Conceição de Oliveira Santos

PALESTRAS

Seminário: Sustentabilidade e Humanização na SaúdeDr. Manoel do Carmo Pereira Soares

Bolsistas PIBIC-CNPq

Moderadora: Suellen Christtine da Costa Sanches

Arbovirologia e Bacteriologia

Ana Luiza Valle EstevesOrientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos“Estudo do georreferenciamento e dos sorotipos circulantes de dengue no Município de Belém-PA, no Período de 2000 a 2009”.

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PROJ/ARB - 01

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Davi Toshio InadaOrientador: Marcio Roberto Teixeira Nunes“Anotação genômica de cepas do vírus Dengue 3 sequenciadas por pirossequenciamento”.

Diego de Vasconcelos MeloOrientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz “Caracterização genética do mosquito Aedes aegypti proveniente da região Região Norte, Brasil”.

Liliane Leal das ChagasOrientadora: Lívia Caricio Martins “Investigação sorológica retrospectiva de infecção pelo vírus do Oropouche em pacientes residentes na área metropolitana de Belém”.

INTERVALO 10h - 10h20min

Moderador: Edivaldo Costa Sousa Júnior

Maura Viana AnjosOrientadora: Sueli Guerreiro Rodrigues “Estudo soroepidemiológico retrospectivo da encefalite de Saint Louis em populações humanas do Estado do Pará, Brasil”.

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PROJ/ARB - 03

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PROJ/ARB - 02

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Livro de resumos

Nábia Rodrigues da Silva LopesOrientadora: Livia Medeiros Neves Casseb“Epidemiologia da raiva rural em bovídeos no Estado do Pará, no período de janeiro de 2002 a junho de 2011”.

Natália Kiss Nogueira da SilvaOrientadora:Pedro Fernando da Costa Vasconcelos “Isolamento de arbovírus e técnicas moleculares para caracterização genética de vírus isolados a partir da demanda de pacientes com quadro febril, com até cinco dias de doença, atendidos no Instituto Evandro Chagas”.

Barbara Regina Silva de SouzaOrientadora: Karla Valéria Batista Lima“Avaliação epidemiológica e genética de Mycobacterium tuberculosis provenientes de casos de tuberculose pulmonar atendidos no Instituto Evandro Chagas”.

Daniela Pinto ReisOrientadora: Daniela Cristiane da Cruz Rocha “Análise molecular de vibrio cholerae 01 sacarose negativa, isolados de processos entéricos humanos e de ambiente no Estado do Amapá”.

Didiana Ferreira Souza Orientador: Joana da Felicidade Ribeiro Favacho“Perfil da infecção por clamídia em grávidas: aspectos diagnóstico e preventivo”.

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PROJ/BAC - 08

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PROJ/ARB - 07

PROJ/ARB - 06

PROJ/BAC - 10

Gláucia Ferreira BarretoOrientador: Maria do Perpétuo Socorro Amador “Avaliação dos níveis de anticorpos anti-Pgl-I (IgA, IgG e IgM) em amostras de soro e saliva entre doentes hansênicos e seus contatos, em área endêmica do Estado do Pará”.

Jeann Ricardo da Costa BahiaOrientador: Ana Roberta Fusco da Costa “Identificação de micobactérias não causadoras de tuberculose em casos de infecções pulmonares e extrapulmonares no Estado do Pará”.

2º DIA: 25 de agosto de 2011

Moderador: Gustavo Moraes Holanda 8:00 às 10:00h

Biotério, Centro Nacional de Primatas, Geoprocessamento, Hepatologia e Meio Ambiente

Alexandra Ariadine Bittencourt GonçalvesOrientadora: Klena Sarges Marruaz da Silva“Perfil hematológico e bioquímico das colônias de roedores produzidos pela Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório do IEC/SVS/MS”.

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PROJ/BAC - 12

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PROJ/BIO - 13

Alyssa Isadora da Fonseca SampaioOrientadora: Paulo Henrique Gomes de Castro“Avaliação do uso do NIM (Azadirachta indica) e MASTRUZ (Chenopodium ambrosioides) no controle endoparasitário de primatas neotropicais (Aotus a. infulatus, Callithrix penicillata, Cebus apella e Saimiri sciureus) mantidos em cativeiro no Centro Nacional de Primatas.”.

Maria Rogéria Menezes da SilvaOrientador: José Augusto Pereira Carneiro Muniz“Estudo morfológico dos ossos da coluna vertebral, intercostais, membro superior e inferior do macaco-prego, Cebus Apella (Linnaeus, 1758)”.

Alcinês da Silva Sousa Júnior Orientador: Nelson Veiga Gonçalves“Análise ecoepidemiológica da distribuição espaço-temporal da malária, na área de influência da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará, no período de 2004 a 2009”.

Adriano da Paixão SoutoOrientador: Nelson Antônio Bailão Ribeiro“Caracterização citogenética em primatas não humanos, da família callitrichidae, mantidos em cativeiro no Centro Nacional de Primatas”.

PROJ/CNP - 14

PROJ/CNP - 15

PROJ/GEO - 16

PROJ/HEP - 17

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Breno Raul Freitas OliveiraOrientador: Nelson Antônio Bailão Ribeiro“Estudos citotaxonômicos em espécies de morcegos e roedores, prováveis reservatórios de agentes patogênicos, capturados na Amazônia Ocidental”.

Kássia do Socorro Moraes BaiaOrientadora: Heloisa Marceliano Nunes “Prevalência das infecções pelos vírus das hepatites e situação vacinal para o vírus da hepatite B em localidades rurais sob a influência de um projeto de mineração, na região oeste do Estado do Pará, Brasil”.

Brenda Natasha Souza CostaOrientadora: Samara Cristina Campelo Pinheiro“Zooplâncton como indicador da qualidade ambiental em uma região portuária no Estado do Pará, Brasil”.

INTERVALO 10h - 10h20min

Moderadora: Alice Louize Nunes Queiroz10:20 - 11:50h

Eliene de Sousa FreitasOrientador: Kelson do Carmo Freitas Faial“Avaliação de constituintes inorgânicos (Al, Fe e Na) em sedimento de fundo do rio Murucupi, Barcarena-PA, próximo a uma bacia de sedimentação de bauxita”.

PROJ/HEP - 18

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PROJ/MAM - 20

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Luciana Reis MaiaOrientadora: Vanessa Bandeira da Costa “O uso do fitoplâncton como bioindicador da qualidade da água em uma área industrial no Estado do Pará, Brasil”.

Rosângela dos Santos SouzaOrientador: Francisco Arimatéia dos Santos Alves “Caracterização da diversidade molecular de cianobactérias na região de Abaetetuba e Barcarena, Estado do Pará, Amazônia, Brasil”.

Ygor Gomes LimaOrientadora: Dorotéa de Fátima Lobato da Silva“Incidência e prevalência da citomegalovirose em pacientes com câncer do Hospital Ophir Loyola”.

3º DIA: 26 de agosto de 2011

Moderadora: Rosyana de Fátima Vieira de Albuquerque.8:00 -10:00h

Parasitologia e Virologia

Crissiane Costa ReisOrientadora: Marinete Marins Povoa“Identificação da fauna anofélica em áreas de assentamento no município de Goianésia, no Estado do Pará”.

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Eunice de Oliveira SousaOrientadora: Vera da Costa Valente “Utilização de um antígeno regional com cepas de Trypanosoma cruzi (Z1 e Z3) em inquéritos sorológicos de doença de Chagas no Estado do Pará.”.

Tiago VieiraOrientadora: Rosana Maria Feio Libonati “Malária por Plasmodium vivax: análise da possível influência da composição corporal na resposta ao tratamento”.

Airton Luiz Moraes da SilvaOrientadora: Joana D’Arc Pereira Mascarenhas“ Detecção de rotavírus do grupo C em espécimes fecais de crianças menores de três anos hospitalizadas com gastrenterite aguda em Belém, Pará”.

Akim Felipe Santos NobreOrientadora: Wyller Alencar de Mello“ Caracterização molecular de coronavírus associados à infecção respiratória aguda ocorrida em Belém, Pará”.

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Cleysiane da Silva FerreiraOrientadora: Luana da Silva Soares “Análise molecular dos genes VP1, VP2 E VP3 de rotavírus circulantes em Belém, Pará, Brasil”.

Deimy Lima FerreiraOrientadora: Mirleide Cordeiro dos Santos “Caracterização molecular de cepas de vírus respiratório sincicial e metapneumovírus humano isoladas de pacientes hospitalizados com infecção respiratória aguda na cidade de Belém, Pará, Brasil”.

INTERVALO 10h - 10h20min

Moderador: José Wilson Rosa Júnior10:20 - 11:50h

Fernando Antônio da Cunha LameiraOrientadora: Ana Lúcia Monteiro Wanzeller“ Caracterização morfológica, antigênica e molecular das amostras Be Ar 177325 (Vírus Inhangapi) e Be An 362159 (Vírus Xiburema) isoladas na Região Norte (Estados do Pará e Acre) do Brasil”.

Francisco Atiê FadullOrientadora: Joana D’Arc Pereira Mascarenhas“Detecção de picobirnavírus associado à gastrenterite em espécimes fecais de crianças menores de três anos hospitalizadas em Belém, Pará”.

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Juliana das Mercês HernandezOrientadora: Yvone Gabbay Mendes “ Pesquisa de calicivírus entéricos em fezes de suínos durante o pré e pós-desmame no Estado do Pará”.

Raimundo Adalberto Pacheco de PinhoOrientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa “Perfil de resistência do vírus influenza A(H1N1) pandêmico aos antivirais”.

ENCERRAMENTO

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Estudo do georreferenciamento e dos sorotipos circulantes

de dengue no Município de Belém-PA, no Período de 2000 a

2009

Bolsista: Ana Luiza Valle EstevesOrientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos

Introdução: O dengue é uma doença febril aguda, infecciosa, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O agente etiológico é vírus do dengue, podendo ser causada por quatro sorotipos virais: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. É importante frisar o aumento drástico da incidência global de dengue nas últimas décadas. Cerca de dois quintos da população mundial está sob o risco de contraí-la, gerando um quadro preocupante por ser um problema de saúde pública mundial. Objetivos: Realizar um levantamento sobre a distribuição espacial e circulação dos sorotipos do vírus dengue em Belém-PA, no período de 2000 a 2009. Material e Métodos: Foi feito um estudo retrospectivo e transversal, em que foram coletados dados a partir do banco de dados de dengue, disponível aos pesquisadores no IEC, com informações referentes a idade, sexo, ano e mês mais incidentes, bairros mais acometidos e sorotipos circulantes. Foram analisados 8456 registros, sendo a análise da localização enfocada nos sete bairros mais incidentes e os demais incluídos em “Outros”. Resultados: A pesquisa revelou maior incidência de dengue de janeiro a março, sendo fevereiro o mês mais incidente ao longo da década; o bairro do Marco registrou maior número de casos, com 12% de todos os casos registrados no período de estudo, seguido em ordem decrescente por Guamá, Pedreira e Marambaia; o sexo feminino foi o mais acometido, com 56% das notificações. Os anos de 2000 e 2001 lideraram em casos e o sorotipo predominante foi DEN-03, com certa paridade em relação ao sexo (48,5% em mulheres e 50,5% em homens). Conclusão: O bairro mais incidente foi o Marco, o sexo feminino foi o mais acometido, o DEN-3 foi o sorotipo mais encontrado, os anos de 2000 e 2001 lideraram em

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casos e o período de maior índice pluviométrico revelou maior incidência.

Palavras-chave: Dengue; Vírus da Dengue; Estudos Retrospectivos; Distribuição Espacial da População; Sorotipagem.

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Anotação genômica de cepas virais de VDEN3 sequenciadas por pirossequenciamento

Bolsista: Davi Toshio Inada Orientador: Marcio Roberto Teixeira Nunes

Introdução: O vírus Dengue (VDEN) é considerado atualmente um dos arbovírus de grande importância epidemiológica e, portanto, para saúde pública. Seu estudo genômico pode contribuir sobremaneira para o desenvolvimento de novas medidas de controle epidemiológico. Objetivos: Realizar a anotação genômica funcional das cepas de VDEN3, estudar sua variabilidade genética, identificar possíveis áreas de mutações no genoma e determinar possíveis vias metabólicas de ação farmacológica. Material e Métodos: Foram analisados 17 genomas do VDEN3 provenientes da coleção viral da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas. As cepas foram sequenciadas pelo método do pirossequenciamento, enquanto a montagem dos genomas foi realizada pelos programas NEWBLER v2.3 e Geneious v4.8, e, posteriormente, o processo de curadoria e anotação funcional. Ressalta-se que a validação das regiões codificantes (CDS) foi realizada com o uso do programa ORF Finder. No estudo da variabilidade genética das cepas do VDEN3, utilizaram-se os softwares Clustalx v2.0.12 e Mega5. Com o auxílio do programa Jemboss v1.5 e do webserver ITASSER, foi prescrita a presença de sítios antigênicos na proteína NS1 para a identificação de possíveis alvos com potencial farmacológico. Resultados: A média do mapeamento genômico foi próxima dos 90% e as CDS de todas as cepas foram completamente montadas, obtendo-se uma alta similaridade genética, com divergência nucleotídica e aminoacídica em torno de 0,8%. Na anotação funcional, todas as poliproteínas e seus respectivos genes codificantes foram prescritos. Ao final da análise da proteína NS1, foram identificados 8 possíveis sítios antigênicos em comum entre o software Jemboss e o webserver I-TASSER para o ligante Cellobiose, que demonstrou ser compatível com o fármaco Allolactose. Conclusão: A anotação genômica permitiu a identificação dos genes e suas respectivas

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divergências, onde mutações ao longo dos segmentos codificantes do genoma foram observadas, o que demonstrou a variabilidade genética intraespécie. Os resultados hipotéticos gerados a respeito do fármaco Allolactose foram importantes para dar início a futuras pesquisas e novos experimentos em nível de biologia molecular.

Palavras-chave: Dengue- transm;Vírus da Dengue; Genoma.

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Caracterização genética do mosquito Aedes aegypti

provenientes da Região Norte, Brasil

Bolsista: Diego de Vasconcelos MeloOrientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz

Introdução: A dengue é um grave problema de saúde pública mundial

sendo que, segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 100

milhões de pessoas são infectadas anualmente, com aproximadamente

250.000 casos de febre hemorrágica da dengue (FHD) e 25.000 óbitos.

No mundo, pessoas residentes em mais de 100 países diferentes

encontram-se sob risco de serem infectadas por um dos quatro sorotipos

do vírus. No Brasil, a dengue, desde sua introdução no país na década de

1980, vem mostrando seu potencial epidêmico refletido no grande

número de casos e nas taxas de mortalidade principalmente em áreas

urbanas com alta densidade populacional e do mosquito Aedes aegypti.

Objetivos: Desenvolver estudos de caracterização do genoma do vetor

(Aedes aegypti). Material e Métodos: Para o trabalho em questão,

foram utilizadas amostras de Aedes aegypti de coletas realizadas nos

Estados de Tocantins, Maranhão e Ceará, que estão armazenadas no

laboratório da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do IEC.

Na extração do DNA total foi utilizado o protocolo desenvolvido por

Collins et al (1987), com algumas modificações. A solução mais

importante neste tampão é a do detergente iônico SDS (Dodecil Sulfato

de Sódio), que tem por função solubilizar lipídeos e desfazer complexos

macromoleculares. A amplificação do gene ND4 foi realizada pelo

método da PCR. Resultados: Devido aos problemas na padronização do

protocolo de PCR e extração de DNA, apenas 5 das 24 amostras de

mosquitos Aedes aegypti extraídas apresentaram resultado positivo para

a amplificação do gene ND4, apresentando bandas de aproximadamente

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400 pb. O sequenciamento de DNA não chegou a ser realizado.

Palavras-chave: Aedes; Dengue; Reação em Cadeia da Polimerase.

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Investigação sorológica retrospectiva de infecção pelo vírus Oropouche em pacientes residentes na área metropolitana de

Belém

Bolsista: Liliane Leal das Chagas Orientadora: Lívia Caricio Martins

Introdução: O vírus Oropouche, VORO (Bunyaviridae, Orthobunyavirus), é um dos mais importantes arbovírus que infectam humanos na Amazônia Brasileira, agente causador da febre do Oropouche. Objetivos: Investigar a ocorrência de infecção pelo VORO em amostras de soro de pacientes residentes na Região Metropolitana de Belém colhidas durante os anos de 2006 a 2010, de suspeitos de dengue, porém com resultados negativos para IgM antidengue. Material e Métodos: Foram analisadas 1177 amostras de soro, sendo 749 oriundas do município de Belém, 179 de Ananindeua, 138 de Marituba, 26 de Benevides e 85 de Santa Bárbara do Pará. As amostras foram submetidas ao teste de Inibição da Hemaglutinação (IH) utilizando um painel de 19 tipos diferentes de arbovírus pertencentes aos seguintes gêneros virais: Alphavirus (EEE, WEE, MAY, MUC), Flavivirus (FA, cepa selvagem e vacinal), ILH, SLE, ROC, DEN-1, 2, 3 e 4) e Orthobunyavirus (Caraparu, Catu, Guaroa, Maguari, VORO e Tacaiúma). As amostras de soro que apresentaram anticorpos inibidores da hemaglutinação para o VORO foram submetidos à pesquisa de anticorpos IgM pelo método MAC-ELISA para o VORO. Resultados: Em 465 amostras de soro testadas por IH, 308 (66,24%) apresentaram anticorpos para alguns dos arbovírus testados e 157 (33,76%) não apresentaram anticorpos. Os vírus Flavivirus foram detectados em 292 amostras (94,81%), Alphavirus em 36 (11,69%) e Orthobunyavirus em 69 (22,40%), e os três gêneros citados foram observados simultaneamente em 11 amostras (3,57%). Das 69 amostras positivas para os Orthobunyavirus, 59 (85,51%) apresentaram anticorpos IH para o VORO e, desses, quatro (6,78%) apresentaram anticorpos IgM-específicos anti-VORO. Dentre os

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pacientes febris IgM-positivos, três residiam no município de Santa Bárbara e o outro paciente residia no município de Belém, pertencendo predominantemente a uma faixa etária entre 20 e 29 anos. Os sintomas mais frequentes relatados foram febre, cefaleia, náuseas, mialgia, artralgia e calafrios. Conclusão: Os resultados demonstram a circulação do VORO de maneira silenciosa na Região Metropolitana de Belém, com infecções recentes que estão sendo clinicamente diagnosticadas como dengue. Essas informações sugerem a necessidade da introdução de testes ELISA-IgM para o VORO em laboratórios de saúde pública para diagnóstico diferencial para dengue.

Palavras-chaves: Testes de Inibição da Hemaglutinação;Bunyaviridae, Infecções por Bunyaviridae; Orthobunyavirus, ELISA.

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Estudo soroepidemiológico retrospectivo da circulação do vírus da encefalite Saint Louis em populações humanas do

Estado do Pará, Brasil

Bolsista: Maura Viana dos Anjos Orientadora: Sueli Guerreiro Rodrigues

Introdução: O vírus da encefalite Saint Louis (VESL, família Flaviviridae, gênero Flavivirus) é um arbovírus amplamente distribuído nas Américas, sendo detectado desde o Canadá até a Argentina. O VESL pode causar infecção inaparente ou aparente em seres humanos; suas manifestações clínicas vão da síndrome febril autolimitada à meningoencefalite fatal. No Brasil, além dos isolamentos de inúmeras cepas do VESL a partir de mosquitos e animais silvestres, o VESL foi obtido de casos de infecção humana, porém sem quadro de encefalite, sendo dois no Pará e um em São Paulo (SP). Além disso, foi detectado por RT-PCR em pacientes com suspeitas clínicas de dengue e meningoencefalite viral em SP. Objetivos: Investigar a circulação de VESL nas mesorregiões do Estado do Pará mediante a pesquisa de anticorpos anti-VESL e analisar a frequência de anticorpos em relação a sexo, faixa etária e procedência dos pacientes, com resultados positivos para VESL. Material e Métodos: Foram analisadas, pela técnica de ELISA para pesquisa de anticorpos IgM anti-VESL, 1562 amostras de soros de pacientes residentes nas mesorregiões do Estado do Pará e com suspeita de infecção pelo vírus dengue ou por arbovírus, referentes ao período de agosto de 2005 a julho de 2010. Resultados: Entre as amostras testadas, 47 (3%) apresentaram anticorpos IgM para VESL. A positividade foi detectada em seis mesorregiões do Pará, em todas as faixas etárias e em ambos os sexos. A frequência do vírus foi maior nas mesorregiões Metropolitana de Belém (4,2%), Nordeste Paraense (3,8%) e Marajó (3,7%), bem como em pacientes do sexo masculino e entre os idosos incluídos no estudo. Dos 47 pacientes com IgM para o VESL, 37 (78%) apresentavam alguma sintomatologia e suspeita clínica de arbovirose, especialmente dengue. Conclusão: A detecção de anticorpos IgM para o VESL evidencia a circulação recente de VESL no

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Estado do Pará. A positividade de anticorpos IgM para o VESL em pacientes sintomáticos e com suspeita de dengue, porém com resultado laboratorial negativo para esse agravo, sugerem a cocirculação desses vírus e a subdetecção de casos de infecção pelo VESL. O diagnóstico recente presuntivo de infecção pelo VESL detectado no presente estudo necessita de confirmação pelo teste de neutralização.

Palavras-chave: Soroepidemiológicos; ELISA.

Vírus da Encefalite de St. Louis; Estudos

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Epidemiologia da raiva rural em bovídeos do Estado do Pará no período de janeiro de 2002 a junho de 2011

Bolsista: Nábia Rodrigues da Silva Lopes Orientadora: Livia Medeiros Neves Casseb

Introdução: A raiva é uma antropozoonose infecciosa aguda causada

por um vírus que compromete o sistema nervoso central (SNC) e que se

caracteriza por um quadro de encefalite. Pode acometer todas as

espécies de mamíferos, incluindo a humana, sendo seu prognóstico

fatal em praticamente todos os casos. Este vírus é transmitido por

solução de continuidade, como arranhaduras e lambeduras nas

mucosas. Objetivos: Descrever a epidemiologia da raiva rural de

bovídeos no período de janeiro de 2002 a junho de 2011 e amplificar o

genoma viral de cepas do RABV utilizando a técnica de RT-PCR.

Material e Métodos: Os dados para a descrição epidemiológica da

raiva de bovídeos no Estado do Pará foram encaminhados pelo Grupo

Técnico de Zoonoses da Secretaria de Saúde do Estado do Pará.

Amostras de tecido nervoso foram separadas para realização da

amplificação por RT-PCR, a fim de confirmar sua positividade; o RNA

foi extraído pelo método do Trizol Ls, diluído a 50% em água livre de

RNAse, desnaturado a 94ºC por 1 min e em seguida submetido à RT-

PCR em dois passos distintos. Resultados: Foram encontrados 227

casos positivos no período. O ano 2005 foi o que mais apresentou

resultados positivos para raiva bovídea, provavelmente relacionados

aos surtos de raiva humana que ocorreram em 2004 e 2005. As

amostras positivas procederam das mesorregiões Nordeste Paraense

(n=137), Sudeste Paraense (n=70), Sudoeste Paraense (n=12),

Metropolitana de Belém (n=4), Baixo Amazonas (n=3) e Marajó

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(n=3). Houve redução gradativa no número de casos, provavelmente

como reflexo da maior atuação dos órgãos competentes visando à

erradicação dessa doença. Foram submetidas à RT-PCR 33 amostras

provenientes da viroteca da SAARB/IEC, sendo todas positivas,

correspondendo a 100% de sensibilidade na detecção do genoma viral.

Conclusão: A raiva possui relevância no cenário paraense, razão pela

qual a vigilância epidemiológica deve ser constante e permanente para

direcionar estratégias de controle efetivas contra esta antropozoonose

na área pesquisada.

Palavras-chave: Vírus da Raiva; Encefalite; Bovinos; Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa.

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Isolamento de arbovírus e técnicas moleculares para

caracterização genética de vírus isolados a partir da

demanda de pacientes com quadro febril, com até cinco dias

de doença, atendidos no Instituto Evandro Chagas

Bolsista: Natalia Kiss Nogueira da Silva Orientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos

Introdução: Por definição, os arbovírus requerem no mínimo dois

hospedeiros, sendo um vertebrado e um artrópode. Geralmente os vírus

produzem viremia nos hospedeiros vertebrados em títulos suficientes

para infectar os artrópodes hematófagos durante o repasto sanguíneo.

Objetivos: Realizar tentativas de isolamento de dengue e técnicas

moleculares para caracterização genética de vírus isolados a partir da

demanda de pacientes com quadro febril, até o quinto dia do surgimento

dos sintomas, atendidos no IEC. Material e Métodos: Foram utilizadas

50 amostras de pacientes recebidas pelo Setor de Atendimento Medico

Unificado (SOAMU) do Instituto Evandro Chagas. As amostras

procederam de pacientes com quadro febril com até cinco dias de

doença. Foram inoculadas amostras biológicas em cultivos celulares

C6/36, seguindo-se da técnica de imunofluorescência indireta (IFI) para

detecção viral; as amostras também foram submetidas à técnica de RT-

PCR para detecção de fragmentos genômicos do envelope do vírus

Dengue. Resultados: Foram examinadas 150 fichas clínicas de

pacientes atendidos no SOAMU/IEC no período de 2010 a 2011, com

quadro clínico sugestivo de dengue. Em 50 fichas avaliadas, o tempo de

doença informado enquadrava-se no critério de inclusão do estudo, todas

com resultado positivo para a técnica de isolamento em cultivo C6/36. A

técnica com RT-PCR revelou que todos confirmaram positividade em

células C6/36. Conclusão: Os achados foram importantes, inclusive

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pela detecção de duas cepas do VDEN-4 em residentes da capital

paraense. Entretanto, os estudos moleculares não foram concluídos por

problemas de ordem técnica. Pelo exposto, este projeto foi submetido à

renovação, para que os estudos de sequenciamento nucleotídico e análise

filogenética sejam realizados em uma próxima etapa.

Palavras-chaves: Arbovirus;Vírus da Dengue; Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa.

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Avaliação epidemiológica e genética de Mycobacterium Tuberculosis provenientes de casos de tuberculose pulmonar

atendidos no Instituto Evandro Chagas

Bolsista: Orientadora: Karla Valéria Batista Lima

Introdução: A tuberculose (TB) é um importante problema de saúde pública no mundo, tendo como principal agente o Mycobacterium tuberculosis (MT). A genotipagem do MT tem se mostrado um bom instrumento para estudos de clonalidade e dispersão de estirpes entre uma população ou grupos populacionais de risco. Vários métodos têm sido testados com esse propósito e entre eles a técnica de Sploligotyping (Spacer Oligonucleotide Typing), que tem trazido vantagens pelo fato de ser mais rápida tanto na identificação quanto nas informações epidemiológicas sobre identidades e transmissão destas estirpes. Objetivos: Avaliar epidemiológica e geneticamente M. tuberculosis provenientes de casos de TB pulmonar atendidos no Instituto Evandro Chagas. Material e Métodos: No período de janeiro a dezembro de 2010, foram isoladas 132 amostras de MT, sendo realizado Spoligotyping para 124 delas. Sete amostras apresentaram contaminação por fungos e uma apresentou problema durante a hibridização na membrana. O DNA micobacteriano foi extraído por lise química e purificado pelo método do fenol-clorofórmio. Para o desenvolvimento do Spoligotyping foi realizada técnica de reação em cadeia da p o l i m e r a s e , e m p r e g a n d o o s p r i m e r s D R a 5 ' -GGTTTTGGGTCTGACGAC-3' (biot ini lado) e DRb 5 '-CCGAGAGGGGACGGAAAC-3', seguindo hibridização na membrana. Os resultados foram analisados utilizando SITVIT, SpolDB4 e SpotClust. Os dados demográficos foram obtidos a partir das fichas epidemiológicas arquivadas. Resultados: As famílias mais frequentes foram LAM, representando 42,8% (n=39) das amostras, Haarlem e T com 15,3% (n=15) de amostras cada, seguidas pelas famílias EAI, representada por 14,3% (n=13) das amostras, e a X que correspondeu a 6,6% (n=6). O gênero masculino correspondeu a 55,7% (n=73) das

Barbara Regina Silva de Sousa

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amostras e o feminino a 44,2% (n=58), predominando homens com idade abaixo de 15 anos. Conclusões: Os números obtidos na presente análise revelam a diversidade de famílias existentes na região durante o estudo, com predominância das famílias LAM, Haarlem e T, as quais também têm sido descritas como as mais frequentes em outras pesquisas. Os resultados chamam a atenção para a proporção da família EAI, com 13 amostras, quase idêntica à das famílias Haarlem e T, indicando possível importação. A família LAM9, espoligotipo SIT 42, foi a que apresentou maior ocorrência: 17% (n=15).

Palavras-chave: Mycobacterium tuberculosis; Tuberculose Pulmonar; Epidemiologia ; Genética.

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Análise molecular de Vibrio cholerae 01 sacarose negativa, isolados de processos entéricos humanos e de ambiente no

Estado do Amapá

Bolsista: Orientadora: Daniela Cristiane da Cruz Rocha

Introdução: Em agosto de 1994, no Estado do Amapá, houve o primeiro registro da ocorrência de uma cepa variante bioquímica de Vibrio cholerae O1 sacarose negativa. No entanto, não se sabe se as amostras isoladas em diferentes períodos compartilham características fenotípicas e moleculares que caracterizem um clone. Assim, uma caracterização genética desta nova variante se faz necessária. Objetivos: Determinar a caracterização molecular de isolados clínicos e ambientais de V. cholerae O1 sacarose negativa e não-O1 obtidos durante a epidemia de cólera nos Estados do Pará, Amapá e Amazonas, ocorrida no período de agosto de 1994 a novembro de 1995, para comparação dos seus perfis moleculares. Material e Métodos: Para a pesquisa do gene de virulência tcpA, foram analisadas 95 amostras clínicas de V. cholerae O1 sacarose negativa e não O1 (NAG), isoladas de processos entéricos humanos, e cinco isolados de ambiente aquático de V. cholerae O1 sacarose negativa e não O1 do Estado do Amapá. Para a análise da variabilidade genética por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), foram testadas 133 amostras clínicas de V. cholerae O1 sacarose negativa e não O1 isoladas de processos entéricos humanos dos Estados do Pará, Amapá e Amazonas e cinco isolados de ambiente aquático do Estado do Amapá. Resultados: Para o gene de virulência tcpA, 93,5% das amostras clínicas de V. cholerae O1 foram positivas. Dois isolados clínicos de NAG apresentaram também resultado positivo. Já entre os isolados ambientais (NAG), apenas um representante do sorogrupo O1 mostrou o gene tcpA amplificado. Os perfis de macrorrestrição geraram de 15 a 18 fragmentos. A análise dos 138 isolados de V. cholerae O1 e não O1 de procedência clínica e ambiental revelou 22 pulsotipos (padrões de PFGE). Estes estão agrupados em dois clusters (A e B): o cluster A com a maioria dos isolados (n=136) abrange todos os V. cholerae O1 e não O1

Daniela Reis Pinto

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de origem clínica e V. cholerae O1 ambiental do Pará, Amapá, Amazonas, de diferentes datas de isolamento, e as cepas de referência de V. cholerae O1 El Tor (N16961 e 121); o cluster B foi constituído apenas de isolados de V. cholerae não O1 de origem ambiental e a cepa de referência de V. cholerae O1 clássico (200). Conclusão: A ausência do gene tcpA em 6,5% dos isolados clínicos O1 pode estar relacionada à perda de parte dos genes do óperon, em função dos seguidos repiques realizados no laboratório. Os isolados de V. cholerae O1 de procedência clínica e ambiental, independente da data, local de isolamento e presença de fatores de virulência, apresentaram clonalidade e estão no grupo A (20 pulsotipos). Este grupo foi caracterizado por conter a amostra de referência N 16961, do biótipo El Tor, sugerindo que essa variante bioquímica foi oriunda da expansão do clone da sétima pandemia asiática.

Palavras-chave: Vibrio cholerae; Eletroforese em Gel de campo Pulsado.

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Perfil da infecção por clamídia em grávidas: aspectos diagnósticos e preventivos

Bolsista: Didiana Ferreira Souza Orientadora: Joana da Felicidade Ribeiro Favacho

Introdução: Em nível mundial, mais de 90 milhões de novas infecções causadas por clamídia são detectadas anualmente. Estas infecções atingem principalmente mulheres jovens e estão relacionadas à infertilidade em um número significativo de mulheres. É a mais frequente doença bacteriana sexualmente transmissível nos Estados Unidos. No Brasil, a sua prevalência é de 1.967.200 casos notificados em população sexualmente ativa, especialmente em adolescentes. Os sintomas, quando presentes, não levam as pessoas infectadas ao atendimento médico, o que facilita sua transmissão. Objetivos: Avaliar a presença da infecção por Chlamydia trachomatis em grávidas atendidas no pré-natal em Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios de Belém (Unidade Municipal de Saúde de Fátima e Unidade de Referência Casa da Mulher) e de Ananindeua (Unidade Municipal de Saúde do Conjunto Júlia Seffer). Material e Métodos: Este estudo foi realizado em gestantes atendidas em três UBS, em 2010. A amostra foi constituída de 30 gestantes na faixa etária de 12 a 26 anos, inscritas no programa de pré-natal de baixo risco. A pesquisa de Chlamydia e outros agentes de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) foram realizadas em espécimes clínicos (secreção vaginal, raspado endocervical e sangue) coletados de cada paciente. A pesquisa de C. trachomatis foi realizada do raspado endocervical pelo método de imunofluorescência direta (IFD); outras DST, pelos métodos de Gram e “a fresco” e testes sorológicos de ELISA (IgG e IgM) para C. trachomatis e VDRL para sífilis. Um questionário foi aplicado visando a obtenção de informações necessárias para a formação de um banco de dados. Foi utilizado os testes G, Binomial e o X². Resultado: Entre as 30 gestantes analisadas, 18 (60%) foram positivas para C. trachomatis (IFD), 16 (53,3%) apresentaram anticorpos IgG e 29 (96,7%) para IgM. A idade média foi de 20,1 anos (± 3,26). Das gestantes com infecção por Chlamydia, 27% estavam

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associadas a outros patógenos bacterianos de interesse em DST. Gestantes de Belém e Ananindeua na faixa etária de 20 anos foram as que apresentaram maior risco (seis vezes) de desenvolver essa infecção. O resultado obtido com diferentes testes imunológicos foi altamente significativo ELISA/IFD (p=0.0003), considerando a IFD como valor de referência. Todas as gestantes apresentaram VDRL não reativo. Conclusão: Estes resultados vêm realçar a importância de investigar a ocorrência de infecção por Chlamydia em gestantes jovens. Ressalta-se a importância de implementar o diagnóstico clínico e laboratorial para Chlamydia nas Unidades de Saúde de atenção a gestantes, nos municípios de Belém e Ananindeua.

Palavras-chave: Infecções por Chlamydia; Gestantes; Chlamydia trachomatis; Doenças Sexualmente Transmissíveis.

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Avaliação dos niveis de anticorpos Anti-PGL-1 (IgA, IgG e IgM) em amostras de soro e saliva entre doentes hansênicos

e seus contatos em área endêmica do Estado do Pará

Bolsista: Gláucia BarretoOrientadora: Maria do Perpétuo Socorro Amador

Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo álcool-ácido resistente que tem tropismo por pele, vias áreas superiores e sistema nervoso periférico. O comprometimento neural na hanseníase pode levar a incapacidade física irreversível e, até o momento, não existem medidas profiláticas capazes de impedir o avanço da doença nos locais onde ela é endêmica. Na década de 80, pesquisadores como Hunter e Brennan utilizaram o teste de enzimaimunoensaio (ELISA) com glicolipídio fenólico – 1 (PGL-1) nativo e, posteriormente, com o advento de novos glicolipídeos sintéticos, estudos da imunidade humoral puderam ser amplamente realizados. Este antígeno espécie-específico do M. leprae pode ser encontrado no soro, urina e nódulos cutâneos de pacientes infectados. Objetivos: Avaliar os níveis de anticorpos anti-PGL-I (IgM) entre doentes hansênicos e seus contatos como instrumento potencial auxiliar ao diagnóstico da hanseníase. Material e Métodos: Utilizou-se a técnica de ELISA para analisar os níveis de IgM contra o PGL-1 em amostras de soro e saliva de doentes MB, contatos e controle como forma de evidenciar a importância dessa análise na vigilância dos contatos doentes. Resultados: No grupo MB, 10 possuíam saliva positiva e 10 possuíam soro positivo para o IgM. Entre os contatos, 18 possuíam saliva positiva e 7 possuíam soro positivo. Entre os controles, apenas um possuía saliva positiva e dois possuíam soro positivo. Os cálculos mostram significância estatística ao comparar a positividade na saliva entre doentes MB e contatos (p = 0.00001; OR = 5.3) e entre MB e controles (p = 0.0007; OR = 10.63), como também no soro (p = 0.0000012; OR= 13.96 e p = 0.025; OR=5.21,, respectivamente). Conclusão: Evidenciou-se que os doentes MB têm uma chance maior que cinco de serem positivos para o IgM, quando comparados com os não doentes.

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Observou-se também a necessidade de se utilizar amostras de soro e saliva simultaneamente para confirmação diagnóstica dos contatos de pacientes hansênicos, principalmente quando tratar-se de área endêmica para hanseníase, onde contatos estão mais susceptíveis, contribuindo desta forma para vigilância epidemiológica de casos dessa endemia secular.

Palavras-chave: Hanseníase – diagnostico; ELISA - métodos.

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Identificação de micobactérias não causadoras de tuberculose em casos de infecções pulmonares e

extrapulmonares no Estado do Pará

Bolsista: Jeann Ricardo da Costa Bahia Orientadora: Ana Roberta Fusco da Costa

Introdução: As micobactérias não causadoras de tuberculose (MNT) estão amplamente distribuídas no meio ambiente e podem causar diversas infecções. Devido à variável patogenicidade e resistência antimicrobiana, a identificação ao nível de espécie tem importância clínica e epidemiológica e sua precoce detecção pode auxiliar nas decisões clínicas e prognóstico. Objetivos: Avaliar a aplicação de diferentes alvos moleculares para identificação de MNT isoladas de indivíduos residentes no Estado do Pará. Material e Métodos: Foram avaliados 13 casos com suspeita clínica de micobacteriose em sítios pulmonares e extrapulmonares detectados em 2010 no Laboratório de Micobactérias do Instituto Evandro Chagas (IEC/MS). Os espécimes foram semeados em meio de cultura Lowenstein-Jensen e o crescimento bacteriano submetido à extração de DNA pelo método de fenol-clorofórmio. A análise genética foi realizada para as sequências do DNAr 16S, ITS1 e hsp65. Resultados: Vinte e oito isolados de MNT foram obtidos de espécimes clínicos pulmonares (n=11) e extrapulmonares (n=2) de 13 indivíduos. Conforme a classificação baseada na sequência do DNAr 16S, quatro agrupamentos filogenéticos foram identificados: M. chelonae-abscessus complex (MCAC), M. avium complex (MAC), M. simiae complex (MSC) e M. fortuitum complex (MFC). Após análise do gene hsp65 e ITS1, 5 diferentes MNT foram caracterizadas entre os casos: M. abscessus (n=2), M. massiliense (n=4), M. avium (n=3), M. intracellulare (n=1) e M. fortuitum (n=1). Cinco isolados de dois indivíduos não foram identificados ao nível de espécie, sendo pertencentes ao MSC. Todos os casos de infecções pulmonares por membros do MCAC ocorreram em mulheres (n=6) com idade média de 57 anos. O M. avium esteve associado à doença pulmonar

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PROJ/BAC - 12

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em pacientes com sorologia positiva para HIV. Todos os casos de MNT pulmonar foram previamente diagnosticados e tratados como tuberculose (TB). Dois casos de infecções relacionadas à assistência a saúde foram identificadas nos indivíduos avaliados. Conclusão: O principal grupo de MNT associado às infecções pulmonares foi o MCAC principalmente entre mulheres; a diversidade nucleotídica dos isolados indicam que mais de um marcador molecular é necessário para identificação, sendo os alvos hsp65 e ITS1 eficientes na identificação das espécies presentes em nossa região; cinco isolados do MSC podem representar um novo taxon; é necessária a confirmação bacteriológica dos casos de falência primaria ao esquema básico da TB, devido à possibilidade de serem MNT.

Palavras-chave: Tuberculose; Pneumopatias Fúngicas; Micobactérias Atípicas.

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Perfil hematológico e bioquímico das colônias de roedores produzidos pela Seção de Criação e Produção de Animais de

Laboratório do IEC/SVS/MS

Bolsista: Alexandra Ariadine Bittencourt GonçalvesOrientadora: Klena Sarges Marruaz da Silva

Introdução: Ratos (Rattus novergicus), camundongos (Mus musculus) e hamsters (Mesocricetus auratus) são roedores extensamente utilizados como modelos animais em pesquisas biomédicas, por possuírem porte pequeno, custo relativamente baixo para criação e alta prolificidade. Um conhecimento detalhado de suas fisiologias é um importante aliado para a utilização destes em pesquisas na orientação da saúde das colônias em biotérios. Objetivos: Estabelecer o perfil bioquímico e hematológico da colônia de camundongos, ratos e hamsters criados e mantidos na Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório do Instituto Evandro Chagas (SACPA/IEC/SVS/MS). Material e Métodos: Foram utilizados roedores criados na SACPA/IEC/SVS/MS sendo: 50 camundongos ♂ e ♀ Swiss Weber; 50 camundongos ♂ e ♀ Balb-C An (desta linhagem, para análise hematológica, só foram utilizados 30 camundongos ♀ e ♂), 10 ratos ♂ e ♀ McCoy, 50 hamsters ♂ e ♀, todos eles com idade variando entre 4 a 5 semanas de vida (camundongos e hamsters) e 60 a 90 dias (ratos). Os animais foram anestesiados com indução anestésica utilizando isofluorano e associação de cloridrato de quetamina (75 mg/kg PV) e cloridrato de xilazina (5 mg/kg) por via intraperitoneal. Amostras de sangue total foram obtidas por punção cardíaca e acondicionadas em tubos com gel separador de soro e tubos com EDTA. Após centrifugação e extração de soro sanguíneo, a bioquímica sérica foi processada através do VITROS® DTSCII / DT60II (Jonhson & Johnson) e o sangue total analisado pelo analisador hematológico POCH-100iV (Roche), realizando-se o hemograma completo. Os resultados foram estatisticamente analisados através de média e desvio-padrão, com valor de significância de P ≤ 0,05. Resultados: Os resultados encontrados referentes a camundongos foram equivalentes aos padrões normais já publicados. Já os valores de

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PROJ/BIO - 13

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parâmetros bioquímicos encontrados em ratos e hamsters apresentaram grandes variações junto aos resultados para estes parâmetros já publicados. Conclusão: O estabelecimento do perfil bioquímico de animais de biotério é importante ferramenta para o controle de qualidade dos animais entregues para pesquisa biomédica.

Palavras-chave: Animais de Laboratório; Roedores; Bioquímica – classificação; Hematologia.

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Avaliação do uso do nim (Azadirachta indica) e mastruz (Chenopodium ambrosioides) no controle endoparasitário de

primatas neotropicais (Aotus A. infulatus, Callithrix penicillata, Cebus apella e Saimiri sciureus) mantidos em

cativeiro no Centro Nacional de Primatas

Bolsista: Alyssa Isadora da Fonseca SampaioOrientador: Paulo Henrique Gomes de Castro

Introdução: A fitoterapia passou a ter notável destaque internacional entre as ciências biológicas e farmacêuticas após o pronunciamento da Organização Mundial da Saúde, quando, em sua reunião de 23 de maio de 1978, reconheceu a importância das plantas medicinais e das preparações galênicas na cura do organismo humano e recomendou a difusão, em nível mundial dos conhecimentos necessários ao seu uso. Objetivos: Avaliar o uso da Azadirachta indica (nim) e Chenopodium ambrosioides (mastruz) no controle endoparasitário em primatas neotropicais em cativeiro do plantel do Centro Nacional de Primatas (CENP-PA). Material e Métodos: Foram utilizados 15 animais de cada uma das seguintes espécie: Aotus infulatus, Callithrix penicillata, Cebus apella e Saimiri sciureus. Todos os animais passaram previamente por uma avaliação clínica: estado de carne, pele, pelagem e mucosas. Adicionalmente, os seguintes exames laboratoriais foram feitos antes da vermifugação dos animais para identificação de possíveis patologias e, após vermifugação, para observar prováveis reações de toxicidade: hemograma completo, dosagem bioquímica (função hepática, função renal, ureia, creatinina e bilirrubina total) e coproparasitológico. Resultados: O exame coproparasitológico prévio ao tratamento revelou a presença dos seguintes parasitas intestinais nos primatas do estudo: Strongylus sp;Trypanoxyuris spp e Giárdia spp. A análise dos hemogramas e demais exames bioquímicos não demonstraram alterações relevantes, sendo que os fitoterápicos (nim e mastruz) eliminaram os endoparasitas de eleição para cada espécie, sem causar danos ao hospedeiro. Conclusão: Os experimentos não demonstraram

PROJ/CENP - 14

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reações adversas ao consumo do suco in natura dos fitoterápicos. Não foi observada rejeição dos fitoterápicos com relação à palatabilidade dos animais, sendo bem aceito pela maioria das espécies propostas ao experimento.

Primatas – classificação; Azadirachta indica; Medicamentos Fitoterápicos; Chenopodium ambrosioidesPalavras-chave:

.

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Estudo morfológico dos ossos da coluna vertebral e intercostais e membro superior e inferior do macaco-prego,

Cebus apella (Linnaeus, 1758)

Bolsista: Maria Rogéria Menezes da Silva Orientador: José Augusto P. Carneiro Muniz

Introdução: O Brasil é o país que possui a maior diversidade de primatas do mundo. Das suas 120 espécies e subespécies, 70% estão na Amazônia, o que confere a esta região um verdadeiro atrativo para estudos da biodiversidade. Objetivos: Descrever morfologicamente os ossos da coluna vertebral, intercostais, membros superiores e inferiores do macaco-prego. Material e Métodos: Os símios utilizados pertencem ao acervo do Centro Nacional de Primatas e passaram pelo processo de maceração, com a utilização de Dermestes maculatus. Retirou-se o excesso de carne dos ossos, após lavados, secos ao sol e colocados em caixa com os insetos, fixados com fio e removidos após seis meses, e lavados em água e imersos em solução aquosa de amônia comercial para desinfecção, depois de lavados, seco e fotografados. Resultados: A clavícula, como nos humanos, possui extremidade acromial mais larga e achatada do que a esternal; a escápula apresenta incisura acentuada diferente do homem e o acrômio nos primatas é mais longo e encurvado; o úmero do Cebus não apresenta tubérculo menor e destaca-se na epífise o epicôndilo medial, que é mais proeminente; a ulna tem incisura troclear bem mais acentuada e o processo estiloide é mais acentuado que no homem; o rádio é igual ao do homem; os ossos carpais, metacarpais e falangens no Cebus são iguais ao do homem; o quadril é formado pelo ílio, ísquio e púbis. O íleo no Cebus é liso, longo e estreito e apresenta acentuada curvatura, ao longo do corpo, semelhante a uma calha; o púbis, a exemplo dos humanos, é o menor dos três ossos da pelve, porém de formação fina, delicada e lisa e, proporcionalmente, mais extenso; o ísquio é igual ao humano, mas não apresenta a crista isquiática; o fêmur é o mais comprido e pesado osso do corpo, como no ser humano; a patela no Cebus tem formato elíptico, enquanto que nos humanos é arredondada; a tíbia tem maléolo medial mais acentuado quando

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comparada à dos humanos; a fíbula é fina e paralela à margem lateral da tíbia, igual à do homem; o ossos tarsais, metatarsais e falangens, apresentam as mesmas estruturas dos humanos; a coluna vertebral é dividida em cinco regiões: cervical, 7 vértebras; torácica, 14; lombar, 5; do osso sacro, 4 fusionadas e a coccígea, 24; o atlas do Cebus não possui tubérculo posterior, como um arco liso; e o áxis é semelhante ao do homem, exceto o dente, que é bem desenvolvido. Conclusão: O estudo em foco nos incentiva a aumentar o número de animais examinados para poder definir o Cebus apella como animal padrão para estudos em primatologia neotropical.

Palavras-chave: Morfologia; Cebus; Coluna Vertebral.

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Análise ecoepidemiológica da distribuição espaço-temporal da malária na área de influência da usina hidrelétrica de

Belo Monte, no Estado do Pará, no período de 2004 a 2009

Bolsista: Orientador:

Introdução:

Alcinês da Silva Souza JuniorNelson Veiga Gonçalves

A Região Amazônica apresenta incidência diferenciada de malária, sendo que no Estado do Pará esta doença está relacionada a fatores de risco, como a forma desordenada de ocupação humana, que pode ser observada na construção de Usinas Hidrelétricas, e suas consequências relacionadas a impactos ambientais e socioeconômicos. Neste contexto, este trabalho apresenta um modelo de análise espaço-temporal da incidência de malária nas localidades de Santo Antonio, Belo Monte, Terra Arroz Cru e Aldeia Paquiçamba, situadas na área de influência direta da futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu, Pará, Brasil. As áreas foram selecionadas devido a suas localizações geográficas e suas diferentes características ecoepidemiológicas. Objetivos: Desenvolver estudos exploratórios sobre o inter-relacionamento de banco de dados entomológicos, ambientais, epidemiológicos, de imagens de satélite e bases cartográficas; gerar bancos de dados georreferenciados da distribuição espacial de pacientes maláricos, criadouros naturais e artificiais de vetores e ecótopos na região; identificar fatores e áreas de risco de transmissão da malária; analisar a evolução espaço-temporal da incidência da doença na área de estudo, entre 2004 e 2009. Material e Métodos: Fontes primárias, como arquivos de registros de relatórios de campo e de georreferenciamento dos dados ecoepidemiológicos; fontes secundárias, como bases de dados cartográficos, de imagens brutas do satélite LandSat do sensor TM-5, na escala 1:250.000, nas órbitas pontos 225/ 062, 225/063, 226/062 e 226/063 e do Sistema de Informação e Vigilância Epidemiológica da Malária; fontes terciárias, como bases de dados de drenagem, ambiental e limite municipais; e recursos computacionais disponíveis no LabGeo/IEC/MS. Resultados: A execução do projeto partiu do desenvolvimento de um modelo de

PROJ/GEO - 16

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integração de dados, que viabilizou a criação dos bancos de dados georrefenciados de imagens digitais, que foram manipulados para expressar visualmente os tipos de vegetação na área, a saber, floresta de terra firme, florestas aluviais, áreas antropizadas e pastagens. Estes dados foram gerados devido aos seus valores diferenciados de intensidade de brilho de pixels em relação à primitiva gráfica cor na imagem classificada. Posteriormente, estes dados foram correlacionados a uma série temporal da incidência dos casos de malária na região. Conclusão: Foram identificados e dimensionados prováveis fatores de risco para a doença, como criadouros da fauna anofelina, devido à futura alteração espacial das coleções hídricas, na bacia do rio Xingu e seus tributários. Foi observado ainda que a vegetação, o clima e a demografia derivada dos fluxos de pessoas para a área vão influenciar a incidência do agravo de forma diferenciada.

Palavras chave: Malária - transmissão; Malária – epidemiologia; Centrais Hidrelétricas (Saúde Ambiental)..

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PROJ/HEP - 17

Caracterização citogenética em primatas não humanos da família Callitrichidae mantidos em cativeiro no Centro

Nacional de Primatas

Bolsista: Adriano da Paixão Souto Orientador: Nelson Antonio Bailão Ribeiro

Introdução: Os estudos de experimentação envolvendo animais de cativeiro utilizam particularmente primatas não humanos. Atualmente, a caracterização genética dos agentes infecciosos está sendo realizada de forma primorosa, no entanto, a caracterização das espécies reservatórias vem sendo relegada a segundo plano. Os estudos citogenéticos vêm contribuindo sobremaneira para a identificação precisa das espécies e podem ser utilizados em centros de criação animal para pesquisas biomédicas, auxiliando a utilização de grupos de animais particulares em projetos futuros. O Centro Nacional de Primatas (CENP) apresenta o maior plantel de primatas não humanos da América Latina. Há, portanto, a necessidade de uma melhor caracterização destes. Objetivos: Identificar e caracterizar cromossomicamente os primatas não humanos da família Callitrichidae, mantidos em cativeiro no CENP. Material e Métodos: Foram estudados 123 exemplares das seguintes espécies: Mico argentatus (01), Callithrix penicillata (47), Callithrix jacchus (18), Saguinus níger (05), Saguinus imperator (01), Saguinus fuscicollis (21), Callithrix geoffroyi (02) e Callimico goeldii (19). Os cromossomos metafásicos foram obtidos pela técnica de cultura de linfócitos com modificações e o material em lâmina foi corado pela técnica de coloração convencional por Giemsa e Bandeamento G. As melhores metáfases foram selecionadas para serem fotomicrografadas, utilizando-se um sistema de captura de imagens do tipo Axiocam. Resultados: A espécie Callimico goeldi apresentou cariótipo com 2n= 48 e NF=72, sendo formado por 11 pares de cromossomos submetacêntricos, dois subtelocêntricos e nove acrocêntricos. As demais espécies apresentaram as mesmas características cariotípicas em termos de tamanho e morfologia dos cromossomos: 2n= 46 e NF=76, com 16 pares cromossômicos submetacêntricos e seis acrocêntricos. Em todas, o

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cromossomo X mostrou-se como um submetacêntrico médio e o Y um acrocêntrico pequeno. Na comparação cariotípica interespecífica evidenciou diferenças envolvendo o tamanho dos pares cromossômicos e padrões de bandas G envolvendo vários pares do complemento cromossômico. Conclusão: Os achados de caracterização cromossômica deste estudo estão de acordo com os já descritos na literatura. Contudo, evidenciam-se diferenças em Callimico goeldi, mostrando que o processo sistemático e evolutivo para as espécies em questão ainda não está bem compreendido.

Palavras-chave: Primatas do Novo Mundo; Callitrichidae; Cariótipo; Evolução cromossômica.

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Estudos citotaxonômicos em espécies de morcegos e roedores, prováveis reservatórios de agentes patogênicos,

capturados na Amazônia Ocidental

Bolsista: Breno Raul Freitas Oliveira Orientador: Nelson Antonio Bailão Ribeiro

Introdução: Na epidemiologia, um fator tão importante quanto o conhecimento do agente infeccioso é conhecer o seu reservatório. As antropozooses associadas a animais silvestres são de grande importância na Região Amazônica, devido ao frequente contato entre o homem e esses animais. Por isso, é necessário conhecer esses animais e saber classificá-los, o que é geralmente feito por meio da sistemática clássica. Porém, surgem algumas confusões nesse tipo de classificação, o que gera a necessidade de dados citogenéticos para a confirmação taxonômica. Objetivos: Identificar e caracterizar cromossomicamente as espécies de pequenos mamíferos silvestres, roedores e morcegos de interesse potencial em saúde pública procedentes da região oeste do Estado do Amazonas. Material e Métodos: As preparações cromossômicas fazem parte do acervo do Laboratório de Hepatologia Animal – SAHEP/IEC. Os cromossomos foram obtidos pelo método direto, sendo realizada a técnica de bandeamento G e coloração convencional para a sua análise. Resultados: Foram analisadas 19 espécies de pequenos mamíferos silvestres, sendo que, dentre elas, 16 pertencem à ordem Chiroptera e três pertencem à ordem Rodentia. Todos os cariótipos foram montados e analisados seus números diplóides e números fundamentais. As espécies analisadas da ordem Chiroptera pertencem a três famílias: Phyllostomidae, Noctilionidae e Molossidae; e as espécies de roedores foram classificadas em duas famílias: Echimyidae e Cricetidae. Apenas oito espécies apresentaram padrões de bandeamentos G, e três espécies de mamíferos (Carollia perspicillata, Noctilio albiventris, Proechymis steerei) apresentaram variações cariotípicas quando comparadas com artigos científicos. Conclusão: A caracterização citotaxonômica das espécies de morcegos e roedores estudadas auxiliou sobremaneira a identificação e classificação desses possíveis reservatórios de agentes

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patogênicos, identificando diferenças cariotípicas que podem estar relacionadas com polimorfismos cromossômicos ou raças cromossômicas.

Palavras-chave: Reservatórios de agentes infecciosos, citogenética, citotaxonomia de mamíferos silvestres.

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Prevalência das infecções pelos vírus das hepatites e situação vacinal para o vírus da hepatite B em localidades rurais sob a influência de um projeto de mineração, na Região Oeste do

Estado do Pará, Brasil

Bolsista: Kássia do Socorro Moraes Baia Orientadora: Heloisa Marceliano Nunes

Introdução: As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, que têm em comum o hepatotropismo primário. Cinco diferentes vírus são reconhecidos como agentes etiológicos das hepatites virais humanas, os vírus das hepatites A (VHA), B (VHB), C (VHC), D (VHD) e E (VHE). Objetivos: Definir a frequência de marcadores das infecções pelos vírus das hepatites A, B, C, D e E em comunidades rurais de Juruti, Pará, Brasil, atualmente sob a influência de um projeto de mineração. Material e Métodos: Entre maio de 2010 e junho de 2010, foram coletadas amostras de sangue de pacientes nas comunidades Nova Galiléia, Jauari e Vila Muirapinima, de Juruti. Foram realizadas técnicas imunoenzimáticas e testes sorológicos para hepatites A (anti-VHA total), B (HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs), C (anti-VHC),

+D (anti-HD total entre os HBsAg ) e E (anti-VHE total). Resultados: Foram incluídos no estudo 463 indivíduos, sendo 9,1% de Jauari, 24,4% de Nova Galiléia e 66,5% de Vila Muirapinima. A prevalência global de hepatite A foi de 87,5% entre estes, 18,8% na faixa etária até 10 anos de idade. Em relação à hepatite B, detectou-se prevalência global de 49,2%,

+com 0,4% de portadores do VHB (HBsAg ); 7,1 % indivíduos com

+ +indicadores de infecção pregressa (anti-HBc /anti-HBs ); 2,8% com indicadores de infecção pregressa ou atual (anti-HBc+ isolado) e 38,9%

+com perfil sorológico vacinal (anti-HBs isolado). Não foram detectadas amostras positivas de infecção pelos vírus das hepatites C e D. Quanto ao

+VHE, verificou-se uma prevalência global de 1,9% (anti-VHE IgG ) nas três comunidades, sendo que a maior soropositividade foi em Vila

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+Muirapinima, com 1,3%. Entre os anti-VHE IgG , 22,2% eram anti-

+VHE IgM , os quais foram submetidos a testes de biologia molecular pela técnica de Nested RT-PCR VHE-RNA, com resultados negativos. Conclusão: Caracterizamos em base laboratorial alta prevalência de infecção pelo vírus da hepatite A; detecção de portadores e de susceptíveis para o VHB; insuficiente cobertura vacinal contra o VHB, principalmente entre crianças e adolescentes; ausência de portadores dos vírus das hepatites C e D; presença de infecção pelo VHE. As comunidades rurais Nova Galiléia, Jauari e Vila Muirapinima são de elevada endemicidade para o VHA, moderada endemicidade para o VHB e baixa endemicidade para os vírus das hepatites C, D e E.

Palavras-chave: Hepatites virais; Amazônia; Prevalência.

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Zooplâncton como indicador da qualidade ambiental em uma região portuária no Estado do Pará, Brasil.

Bolsista: Brenda Natasha Souza Costa Orientadora: Samara Cristina Campelo Pinheiro

Introdução: A urbanização desordenada, aliada às atividades industriais e portuárias no entorno de pequenas e grandes cidades, podem ocasionar graves consequências aos ecossistemas aquáticos, por serem utilizados como receptores dos efluentes domésticos e industriais. Objetivos: Determinar a composição dos organismos zooplanctônicos, avaliando o efeito dos parâmetros hidrológicos sobre a comunidade destes organismos. Material e Métodos: As coletas foram realizadas trimestralmente nos rios Murucupi e Arapiranga, durante os meses de janeiro, abril, julho e outubro de 2009, nas marés enchente e vazante. Os organismos foram obtidos por meio de arrastos horizontais na sub-superfície da coluna d’água, utilizando-se rede de plâncton (64 μm) provida de fluxômetro e filtragem de 200 L de água com o auxílio de um balde graduado (10 L). O material coletado foi acondicionado em recipientes plásticos (250 mL) e posteriormente fixado em formalina (4%). Para a determinação de clorofila a, as amostras foram obtidas através de coleta direta na sub-superfície da água. Resultados: Os parâmetros físico-químicos que mais sofreram variação em ambos os rios estudados foram: O2, TDS e DBO. Por sua vez, a comunidade zooplanctônica esteve representada por 99 gêneros e 59 espécies, sendo as maiores densidades registradas no mês de janeiro de 2009, período de maior precipitação. As espécies Keratella americana, Bosminopsis deitersi, Cyclopoida sp1, além de naúplios de crustáceos foram responsáveis por essas elevadas densidades. Naúplios de crustáceos, Bosminopsis deitersi e Cyclopoida sp1 foram classificados como muito freqüentes (≥ 70%.) em ambos os rios estudados. Os índices de diversidade e equitabilidade apresentaram o mesmo padrão de variação durante todo o período estudado. No entanto, no rio Arapiranga foram registrados os maiores valores de diversidade (3,3 bits.ind-1) e concentrações de clorofila a (11,87mg.m-3) (ponto 08). A comunidade

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zooplanctônica foi constituída principalmente pelos estágios iniciais de naúplios e copepoditos. De acordo com os resultados obtidos, foi possível evidenciar a ocorrência de gêneros, como Keratella, característicos de ambientes impactados. Conclusão: Faz-se necessário o monitoramento mais detalhado desses rios para uma melhor avaliação onde provavelmente a biota aquática está em risco devido às mudanças frequentes impostas por ação antrópica, o que compromete o funcionamento natural deste ecossistema.

Palavras-chave: Variáveis hidrológicas; Bioindicadores; Qualidade Ambiental e Precipitação pluviométrica.

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Avaliação de contituintes inorganicos (Al, Fe e Na) em sedimento de fundo do rio Murucupi Barcarena-Pará,

proximo a uma bacia de sedimentação de bauxita

Bolsista: Eliene de Souza Freitas Orientador: Kelson do Carmo Freitas Faial

Introdução: O município de Barcarena está localizado na Região Metropolitana de Belém. Por ser um importante pólo industrial, com concentração de empresas de grande porte, tem sido um caso particular de urbanização, e, por sua dinâmica de ocupação, gera diversos problemas. O município apresenta problemas bastante variados de poluição, como a contaminação dos rios por esgotos domiciliares e rejeitos provenientes das indústrias. Dentre as fontes poluidoras, destaca-se o rio Murucupi, cuja nascente localiza-se próximo a uma mineradora. Este rio atravessa a cidade de Barcarena e deságua no Furo do Arrozal. Objetivos: Detectar a poluição industrial do rio Murucupi, em Barcarena, através dos metais alumínio, ferro e sódio no sedimento de fundo; 2) Avaliar a distribuição de Al, Fe e Na no sedimento de fundo, verificando possível contaminação industrial; 3) Desenvolver um estudo de caracterização dos metais (total e lixiviado) no sedimento, utilizando como referência o Índice de Geoacumulação (Igeo). Material e Métodos: O estudo foi realizado no município de Barcarena no Estado do Pará num trecho que compreende a área urbana de Vila dos Cabanos e Furo do Arrozal. As coletas foram realizadas na drenagem do rio Murucupi, Barcarena - PA. As amostras de sedimento foram coletadas sob condição de baixa maré, vazante, em sete pontos separados entre si em distancias estimadas em aproximadamente 1000m. No laboratório as amostras de sedimentos passaram por um tratamento prévio para serem feitas as determinações de metais totais e lixiviados para poder serem analisadas no ICPOES. Resultados: Os resultados são referentes às amostragens realizadas nos meses de agosto de 2010, fevereiro e maio de 2011 no rio Murucupi, considerando-se os elementos Al, Fe e Na, na fase lixiviada e total. Como parâmetro de avaliação, foi utilizado o Igeo, este Índice avalia o grau de contaminação no sedimento por metais e varia

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entre: Praticamente não poluído a Muito fortemente poluído (<0,000 à >5,000), respectivamente. Constatou que, os valores do Igeo para o Al, variaram entre 0,0014 a 0,0072 (fração lixiviada) e 0,0357 a 0,5558 (fração total). Para o Fe, a variação foi entre 0,0071 a 0,0408 (lixiviado) e 0,0873 a 0,2295 (total) e para o Na, o Igeo variou entre 0,0001 a 0,0249 (fração lixiviada) e 0,0008 a 0,6561. Conclusão: Todas as amostras do sedimento de fundo analisadas foram classificadas como pouco a moderadamente poluído (0,000 a 1,000), de acordo com a tabela de classificação do Igeo.

Palavras-chave: Sedimento, Lixiviação, Igeo.

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O uso do fitoplancton como bioindicador da qualidade da água em uma área industrial no Estado do Pará, Brasil.

Bolsista: Orientadora: Vanessa Bandeira da Costa

Introdução: Nos sistemas aquáticos, as algas incorporam energia solar em biomassa e produzem o oxigênio que é dissolvido na água e usado pelos demais organismos, representando a base da cadeia alimentar. Tanto a inibição como a estimulação de seu crescimento são indesejáveis, pois causam desequilíbrio no ecossistema. Objetivos: O presente trabalho teve por objetivo verificar as variações espaço-temporais da composição, frequência de ocorrência, diversidade, densidade e biomassa do fitoplâncton no rio Pará. Material e Métodos: As amostragens foram realizadas no período de janeiro a outubro de 2009, nas marés enchentes (ENC) e vazante (VAZ), em três pontos (RPA 03, RPA 07 e RPA 13). O fitoplâncton foi coletado com arrastos horizontais, por meio de rede de plâncton de 20 μm (qualitativo) e em coletas diretas da subsuperfície da água (quantitativo). A identificação dos organismos foi realizada com o auxílio de microscópio ótico e microscópio invertido. Resultados: O levantamento taxonômico realizado da comunidade fitoplanctônica do rio Pará permitiu a identificação de 216 táxons infragenéricos, distribuídos em seis divisões, 10 classes, 26 ordens, 46 famílias e 83 gêneros, representantes das divisões Chlorophyta (104 spp.), Bacillariophyta (82 spp.), Cyanophyta (26 spp.), Dinophyta (1 sp.), Euglenophyta (1sp.) e Xantophyta (1 sp.), Cyanophyta (17 spp.), Dinophyta (1 sp.) e Xanthophyta (1 sp.). As espécies mais frequentes no rio Pará foram Actinoptychus splendens, Aphanocapsa sp., Aulacoseira granulata, Coscinodiscus excentricus, Cyclotella meneghiniana, Haslea sp., Thalassiosira subtilis. A densidade total no período estudado variou de 7,36 104 cel.L-1 (RPA 03 VAZ/Jul) a 62,36 104 cel.L-1 (RPA 07 ENC/JAN), destacando-se a divisão Bacillariophyta como a característica do fitoplâncton local, o qual apresentou média de 60% em relação à densidade total. Conclusão: As clorofíceas e as diatomáceas

Luciana Reis Maia

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caracterizaram o fitoplâncton local em riqueza e densidade, enquanto as cianobactérias, apesar de menos representativas, merecem maior atenção devido à ocorrência de gêneros potencialmente produtores de toxinas.

Palavras-chave: Clorofíceas; Rio Pará; Diatomáceas.

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Caracterização da diversidade molecular de cianobactérias do rio Pará na Região de Abaetetuba e Barcarena, Pará,

Amazônia, Brasil

Bolsista: Rosângela dos Santos Souza Orientador: Francisco Arimatéia dos Santos Alves

Introdução: As cianobactérias estão presentes no fitoplâncton de ambientes de águas doce e marinho podendo formar florações. Algumas espécies podem fixar N , ser tóxicas e causar graves problemas 2

ambientais e socioeconômicos. Objetivos: Caracterizar a diversidade molecular de cianobactérias do rio Pará, localizado no município de Abaetetuba e Barcarena, Estado do Pará, utilizando técnicas moleculares. Material e Métodos: As amostras foram coletadas nos seguintes pontos: P3 (Abaetetuba); P7 (Abaetetuba e Barcarena) e P13 (Barcarena), com redes de plâncton (20, 64, 120 µm). Foram aliquotadas em tubos de 50 mL, congeladas a -70º C e liofilizadas. O DNA metagenômico foi extraído do material liofilizado e sua integridade e qualidade analisados em espectrofotômetro e em gel de agarose. O material foi amplificado por PCR com oligonucleotídeos iniciadores específicos para genes que codificam rRNA 16S e uma região específica para cianobactérias (CYA). A reamplificação do produto de PCR (Nested-PCR) foi feita com primers específicos para cianobactérias (CYA 106F, CYA359F e CYA 781R) de aproximadamente 700 pb do gene para rRNA 16S. Após a reamplificação, foi realizada a clonagem dos amplicons, utilizando-se o kit de clonagem. Resultados: Entre os fragmentos utilizados na clonagem, foram identificados oito clones que apresentaram homologia com cianobactérias. O clone C1359F mostrou 96% de similaridade com o gênero Anabaena sp; os clones C5106F e C8106F, 90 e 97%, respectivamente, de homologia com gênero Calothrix sp; o clone C1PL1_IN apresentou 94% de similaridade com Nodularia spumigena; o clone C2P01_2 mostrou 91% de similaridade com Synechococcus sp; o clone C3P01 obteve 100% de similaridade com Microcoleus chthonoplastes; o clone C6PLA mostrou 100% de similaridade com Cyanothece sp., enquanto o clone C2P02 apresentou

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86% de similaridade com Nodularia spumigena. Conclusão: Nas amostras analisadas, apenas oito dos clones sequenciados foram homólogos para cianobactérias. Dentre estes, sete clones ainda não haviam sido citados em trabalhos realizados na área em estudo, evidenciando a importância do uso de métodos moleculares para a identificação de cianobactérias, uma vez que, permitem uma rápida e precisa análise dos membros de uma população.

Palavras-chave: Cianobactérias; rRNA 16S; CYA; Diversidade Molecular; Metagenômica.

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Incidência e prevalência da citomegalovirose em pacientes com câncer do Hospital Ophir Loyola

Bolsista: Ygor Gomes LimaOrientadora: Dorotéa de Fátima Lobato da Silva

Introdução: O citomegalovírus (CMV) é um membro da família Herpesviridae, subfamília Betaherpesvirinae. É um vírus de DNA e tem como característica importante manter latência no organismo após a primoinfecção, sendo grave em pacientes imunodeficientes por sua elevada morbidade e mortalidade, principalmente em indivíduos neoplásicos sob tratamento intensivo de citorredução por quimioterapia. Objetivos: Estimar a frequência de anticorpos anti-CMV (IgG e IgM) em pacientes com câncer, relacionar a prevalência de anticorpos anti-CMV com dados epidemiológicos e relacionar os dados clínico-epidemiológicos e laboratoriais com os tipos de câncer. Material e Métodos: Foram coletadas 251 amostras de sangue de pacientes de ambos os sexos e diferentes faixas etárias, diagnosticados com neoplasias malignas em tratamento quimioterápico, do Hospital Ophir Loyola. A detecção de anticorpos IgG e IgM anti-CMV foi realizada por método imunoenzimático (ELISA). Resultados: A prevalência de anticorpos IgG foi de 96,8% (n=243) e de anticorpos IgM, de 1,6% (n=4). A maior frequência de anticorpos IgG ocorreu na faixa etária de 1 a 9 anos, com 23,1% (n= 58), e a menor, na faixa de 20 a 29 anos, com 6,8% (n=17). O perfil sorológico mais frequente foi IgG+/IgM- (90%-95,5%) e o de menor frequência, IgG+/IgM+ (0,9%-2,1%), para ambos os sexos. Este último perfil foi observado em uma criança com leucemia linfóide aguda (LLA), duas voluntárias com CA uterino e um voluntário com linfoma de Hodgkin, todos compreendendo um ano de tratamento. Discusão: Acredita-se que a infecção pode ter sido favorecida por imunossupressão causada pela quimioterapia, somada ao caráter oportunista do vírus e/ou às condições de infraestrutura no atendimento hospitalar. Por outro lado, o baixo índice de infecção estaria relacionado à medicação adotada para melhorar a resposta imunológica do paciente. Os dados também sugerem que o tempo de tratamento e a transfusão de

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sangue não foram fatores de risco determinantes para o estabelecimento de infecção pelo CMV nos pacientes neoplásicos. Conclusões: A frequência do perfil sorológico IgG+/IgM- é compatível com a elevada endemicidade do CMV; a baixa taxa de infecção estaria associada ao uso de medicamentos para melhorar a resposta imunológica do paciente; a infecção por CMV pode estar ocorrendo no início do tratamento quimioterápico.

Palavras-chave: Citomegalovírus; Infecção; Neoplasias malignas; Câncer.

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Identificação da fauna anofélica em áreas de assentamento no Município de Goianésia, no Estado do Pará

Bolsista: Crissiane Costa Reis Orientadora: Marinete Marins Póvoa

Introdução: A malária, doença parasitária causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida por mosquitos do gênero Anopheles, tem como principais espécies vetoras no Brasil An. darlingi, An. aquasalis e An. albitarsis. Objetivos: Identificar a fauna anofélica em áreas de assentamento no município de Goianésia do Pará. Material e Métodos: As coletas foram realizadas em 3 localidades (áreas de assentamento) do município Goianésia do Pará (03º50'33" S; 49º05'49" W): Rouxinol, Ararandeua e Santa Paula (SAP). Fêmeas de anofelinos adultos foram coletadas utilizando captura por atração humana protegida, lanterna e capturador de sucção. Foram realizadas coletas de 4 e de 12 horas. Os exemplares coletados foram acondicionados em copos entomológicos telados, identificados por hora e ponto de coleta, onde receberam alimentação até serem identificados no laboratório. Foram utilizadas fichas padronizadas do Ministério da Saúde para registro dos dados climáticos e geográficos no início de cada hora de coleta. A identificação taxonômica dos mosquitos coletados foi realizada em microscópio entomológico, utilizando chaves de identificação. Após a identificação, os mosquitos tiveram a cabeça/tórax separados do abdômen por corte, foram acondicionados em tubos apropriados - individualmente, no caso de An. darlingi ou espécies do complexo albitarsis, e em pool de até cinco espécimes, no caso de outras espécies. Teste ELISA foi realizado para detecção de parasitas causadores de malária humana nos espécimes coletados. Resultados: De agosto de 2010 a junho de 2011, foram capturados 485 anofelinos adultos, pertencentes a 10 diferentes espécies: An. albitarsis.s.l., An. strodei, An. darlingi, An. nuneztovari, An. triannulatus, An. galvaoi, An. oswaldoi, An. brasiliensis, An. peryassui e An. evansae. Na primeira viagem o Índice de Picada Homem Hora (IPHH) foi de 17,89; na segunda, de 2,73; e na terceira, de 1,125. A taxa de infecção foi de 0,7%. Conclusão: Pelo

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presente estudo conclui-se que o Município de Goianésia do Pará possui uma fauna anofélica constituída de dez espécies, sendo duas de grande importância vetorial na transmissão de malária no Brasil: An. darlingi e An. albitarsis s.l.. Assim, existe o risco potencial de transmissão de malária nas áreas de estudo pesquisadas. Contudo, o assentamento SAP deve ser melhor estudado com o fim de entender a dinâmica de transmissão dos casos lá registrados.

Palavras-chave: Anopheles, Goianésia do Pará, Malária.

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Avaliação de antígenos comerciais e produzidos a partir de cepas regionais de Trypanosoma Cruzi para o diagnóstico

sorológico da doença de Chagas

Bolsista: Eunice de Oliveira Sousa Orientadora: Vera da Costa Valente

Introdução: A Amazônia Brasileira é a nova fronteira emergente da doença de Chagas (DC) com ocorrência regular de transmissão vetorial e via oral (VALENTE et al, 2006). Na fase aguda, a DC não apresenta sinais e sintomas específicos, sendo confundida com outras patologias regionais. O diagnóstico precoce é importante na aplicação de medidas curativas imediatas (PINTO et al 2004; VALENTE et al, 2000). Os métodos de diagnóstico disponíveis são os parasitológicos, de baixo custo, porém de baixa sensibilidade. Os testes sorológicos como hemaglutinação indireta (HI), imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA são os preferenciais para o diagnóstico (CAMARGO, 1998). Na Amazônia, qualquer pesquisa sorológica realizada enfrentará dificuldades em função dos antígenos disponíveis no mercado serem preparados com extrato de cepas não regionais. Desta forma, deve-se adotar recomendações da OMS e desenvolver antígenos com cepas regionais e otimizar o diagnóstico sorológico. Objetivos: Verificar a sensibilidade e a especificidade de quatro lotes de antígenos: 1) obtido a partir das linhagens regionais TcI e Z3 e 2) antígeno comercial (AC) com linhagem TcII, todos pela técnica de IFI e 3) pelo teste de produção comercial de HI. Material e Métodos: Foram selecionadas 160 amostras de soros, submetidas a todos os antígenos simultaneamente dentro das duas técnicas sorológicas, empregando kits comerciais para comparação dos testes e com antígeno regional (AgR) liofilizado. As amostras de T. cruzi utilizadas para preparação dos antígenos foram TC1 Can3CL1 e Z3 Esmeraldo CL3. Resultados: A análise estatística dos resultados relacionada à sensibilidade, especificidade e aos valores preditivos positivos e negativos (VPP e VPN) dos antígenos testados nos quatro lotes foram: para a sensibilidade entre 90 e 96%, especificidade de 100% para todos; VPP de 100% para todos; VPN entre 90 e 96%;

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acurácia entre 94 e 98%. Conclusão: Apesar das sensibilidades e especificidades VPP, VPN e acurácia dos três tipos de antígenos serem semelhantes, é visível a intensidade de reação do fluorocromo nos AgR Tc1 e Z3, sendo sempre maior do que aquelas obtidas nos antígenos comerciais, sugerindo que os antígenos regionais apresentariam epítopos mais específicos, portanto hiper-reativos. O AC apresentou, dentro do painel de soros, reatividade que oscilou predominantemente entre as diluições (IgG/IgM) 1/1280;1/1280 e (IgG;IgM) 1/640;1/640.

Palavras-chaves: Trypanosoma cruzi, Antígeno, Doença de Chagas, Amazônia Brasileira.

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Malária por Plasmodium vivax: análise da possível influência da composição corporal na resposta terapêutica à

primaquina

Bolsista: Tiago Vieira Orientadora: Rosana Maria Feio Libonati

A malária por Plasmodium vivax é a mais prevalente no Brasil. O Ministério da Saúde (2010) preconiza a primaquina como hipnozoiticida para evitar a recaída de malária por P. vivax. Estudos realizados analisaram a influência do peso na resposta ao tratamento e observaram que o esquema longo de primaquina 30 mg/dia por 14 dias era mais eficaz que o esquema curto (30 mg/7 dias). Peso, índice de massa corpórea (IMC) e perímetro abdominal apresentaram correlação negativa quanto ao tempo de recaída, o que levou à conclusão de que há influência do IMC na resposta terapêutica. Avaliar a associação da concentração plasmática de primaquina com a composição corporal (massa gorda - MG em Kg e %; IMC) e gordura % pelas pregas e sua influência na ocorrência de recaídas na malária por P. vivax Realizou-se ensaio clínico terapêutico randomizado e não-cego no Programa de Ensaios Clínicos em Malária do IEC em parceria com o Laboratório de Toxicologia da Universidade Federal do Pará. Foram selecionados 22 pacientes com diagnóstico de malária vivax, divididos em 3 grupos: A - primaquina esquema curto (30 mg/dia), de acordo com o Ministério da Saúde (2010), independente do IMC; B - pacientes com IMC superior a 25 kg/m² e que receberam 30 mg de primaquina por 14 dias; e C - pacientes com IMC inferior a 25 kg/m² e que receberam 30 mg de primaquina por 7 dias. Coleta de sangue em D2, D7 e D14 para avaliação da concentração de primaquina, sendo estes níveis correlacionados com a MG Kg e %, avaliados pela bioimpedância elétrica e percentual de gordura pelas pregas (paquímetro), IMC e peso, analisando a influência desses parâmetros na resposta ao tratamento, com tempo de observação de 90 dias. A concentração de primaquina por grupo teve um pico em D2, com queda em D7 e D14, sendo que a média do grupo C superou os demais grupos. Na correlação

Introdução:

Objetivos:

. Material e Métodos:

Resultados:

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primaquina em D2 e MG kg, observou-se resultado significativo (p= 0.0375, rs= -0.666); portanto, quanto maior a MG Kg, menor o nível de primaquina. Na correlação com os demais parâmetros foi obtida correlação negativa, porém não significativa. Dos 22 pacientes, seis completaram o controle ou esquema, 50% recaíram em resposta ao tratamento: grupo A, 50% (N=2), grupo B, 100% (N=1) e grupo C, 33,33% (N=3) Conclui-se que quanto maior a massa gordaMG em kg, menor a concentração de primaquina, principalmente em D2. O grupo C apresentou menor percentual de recaída.

Palavras-chaves: Malária, Primaquina e Massa Corporal.

. Conclusão:

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Detecção de rotavírus do grupo c em espécimes fecais de crianças menores de três anos hospitalizadas com

gastrenterite aguda em Belém, Pará

Bolsista: Airton Luiz Moraes da Silva Orientadora: Joana D’Arc Pereira Mascarenhas

Introdução: Os rotavírus do grupo C (RVs-C) estão associados a surtos de gastrenterite e casos esporádicos, porém pouco se conhece sobre sua associação a crianças hospitalizadas. Somente um estudo voltado especificamente para a detecção e caracterização de RVs-C nessa população, com diagnóstico negativo para rotavírus do grupo A (RVs-A), astrovírus e norovírus nos mostrará a sua real prevalência, já que o RVs-C foi descrito em Belém somente em associação a casos esporádicos e ao aparecimento de surtos, porém ainda não associado a hospitalizações. Objetivos: Estudar a prevalência de rotavírus pertencentes ao grupo C em crianças hospitalizadas com gastrenterite aguda menores de três anos de idade em Belém, Pará. Material e Métodos: Foram analisadas 281 amostras provenientes de uma vigilância intensiva de gastrenterite realizada na Clínica Pediátrica do Pará, foram preparadas suspensões, e realizada a extração de dsRNA, com a utilização de controle positivo (protótipo Cowden) e negativo (água), submetidos então a gel de poliacrilamida (EGPA) visando a detecção de RVs-C, e submetidos a reação em cadeia de polimerase precedida pela transcrição reversa (RT-PCR) para a detecção dos segmentos genômicos codificantes das proteínas VP6 e VP7, respectivamente. Na transcrição reversa foi utilizada uma mistura de iniciadores C1/C4 (VP6) e G8S/G8A (VP7). Os resultados obtidos neste estudo foram organizados em planilhas no programa EXCEL. Resultados: No período de maio de 2008 a abril de 2009 foram testados 281 espécimes fecais por Eletroforese em Gel de Poliacrilamida (EGPA). A RT-PCR foi realizada em 278 amostras (278/281-98,93%), identificando uma positiva (1/281 – 0,35%) para o gene VP6 do RVs-C, sendo utilizado como controles positivos o protótipo Cowden e a amostra do Quilombola QUI-63. O único RVs-C registrado no estudo foi

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detectado em agosto de 2008 em uma criança de 11 meses de idade com gastrenterite aguda. Conclusão: Os RVs-C não representaram uma importante causa de hospitalização em crianças com gastrenterite em Belém (0,35%), sendo o presente estudo comprobatório da baixa incidência de casos no período estudado. Em estudos na comunidade circularam em 2,3% dos casos, já que em períodos anteriores apresentaram-se em maior frequência, porém por conta do aparecimento de um surto.

Palavras-chave: Rotavírus Grupo C, Detecção e caracterização, VP6 e VP7.

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Caracterização molecular de coronavírus associados à infecção respiratória aguda ocorrida em Belém, Pará.

Bolsista: Akim Felipe Santos NobreOrientador: Wyller Alencar de Mello

Introdução: Os coronavírus (CoV) são conhecidos por ocasionar doenças em humanos, outros mamíferos e também em aves. Nos seres humanos, são responsáveis por desencadear doenças entéricas e respiratórias, estando relacionados a complicações e infecções agudas no trato respiratório (IRAs). Conhecidos desde meados da década de 1960, os coronavírus humanos (CoVh) 229E e OC43 eram considerados agentes etiológicos apenas de resfriados comum, porém sua importância clínica tem sido reavaliada após a identificação de duas cepas mais virulentas, NL63 e HKU1, detectadas em pacientes adultos com pneumonia e em crianças com IRA. Objetivos: Identificar a associação dos coronavírus à doença respiratória aguda em pacientes atendidos pela Rede de Vigilância da Influenza no Instituto Evandro Chagas e comprovar a ocorrência de infecções por coronavírus em Belém. Material e Métodos: As amostras utilizadas, coletadas por meio das técnicas de swab combinado e aspirado nasofaríngeo, foram obtidas de janeiro a junho de 2011. Tais amostras foram encaminhadas pela rede pública de saúde da cidade de Belém para o Laboratório de Vírus Respiratórios, da Seção de Virologia do Instituto Evandro Chagas. Os procedimentos para detecção dos vírus foram realizados executando-se 4 etapas principais: a) extração do RNA viral (RNAv); b) síntese de DNA complementar (cDNA) por meio da transcrição reversa c) amplificação do cDNA pela técnica de reação em cadeia mediada pela polimerase (PCR) d) eletroforese em gel de agarose. Resultados: No período estudado, não foram evidenciadas laboratorialmente nenhuma infecção pelos distintos CoVh 229E, OC43, NL63 e HKU1 entre os 70 pacientes com IRA investigados. Conclusão: Esta investigação sugere a necessidade de sua continuidade por um período maior de tempo, objetivando uma análise mais expressiva de pacientes suspeitos de infecção. Vale ressaltar que dados relativos à ocorrência dos CoVh no

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Brasil são escassos e inexistentes na Região Norte do País.

Palavras-chaves: Coronavírus, Infecção Respiratória Aguda, Reação em Cadeia mediada pela Polimerase.

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Análise molecular do gene VP1, VP2 e VP3 de rotavírus circulantes em Belém, Pará, Brasil

Bolsista: Cleysiane da Silva FerreiraOrientadora: Luana da Silva Soares

Introdução: Os rotavírus são agentes virais responsáveis por aproximadamente 36% das hospitalizações de crianças menores de cinco anos, resultando em 527.000 mortes anualmente. Pertencem à família Reoviridae e o capsídeo interno é formado por proteínas VP1, VP2 e VP3, que estão envolvidas nos processos de transcrição, replicação e revestimento do genoma viral. Objetivos: Caracterizar geneticamente os genes que codificam as proteínas estruturais VP1, VP2 e VP3 de rotavírus do tipo G1, G2 G3, G4, G5 e G9 circulantes em Belém, Pará, antes e após a implantação da vacina antirrotavírus (Rotarix®). Material e Metodos: Foram selecionadas 19 amostras procedentes de projetos de pesquisa realizados no Instituto Evandro Chagas. O genoma viral foi extraído a partir das suspensões fecais, precedido por transcrição reversa (RT-PCR) para os genes que codificam as proteínas VP1, VP2 e VP3. Foram realizados sequenciamento genético a partir dos produtos amplificados e análise filogenética utilizando o MEGA3. Resultados: Na análise das sequências do gene VP1, foram encontradas 79% (15/19) das amostras pertencentes ao genótipo R1 e 21% (4/19) ao R2. A análise das sequências de aminoácidos do gene VP1 demonstrou a ocorrência de algumas modificações específicas nas posições 107(I→L) e 198(E→D). Foram verificadas também algumas substituições específicas em diferentes grupos de amostras: 15(V→I), 31(N→D), 40(E→D) e 54(L→M). No gene VP2, todos os 15 espécimes pertencentes ao tipo R1 (gene VP1) agruparam com protótipos pertencentes ao genótipo C1 do gene VP2 e as amostras R2 apresentaram alta similaridade com amostras do tipo C2. Na análise de aminoácidos do gene VP2, foi observada uma grande variação entre as sequências. A análise das sequências do gene VP3

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demonstrou que 79% (14/19) das amostras pertenceram ao tipo M1 e as demais (21%) agruparam com amostras do tipo M2. No alinhamento das sequências de aminoácidos do gene VP3, foram observadas modificações entre elas. A análise filogenética dos três genes demonstrou que três amostras (RN150; HST327; RV101099) apresentaram elevada similaridade com protótipos de origem animal. Todas são oriundas do período pré-vacinal. Conclusão: Houve a predominância (79%) dos genótipos R1, C1, M1 nas proteínas VP1, VP2 e VP3, respectivamente. Este constitui o primeiro relato sobre a caracterização molecular dos genes VP1, VP2 e VP3 de rotavírus em Belém, Pará. Estes estudos são fundamentais para elucidar o processo de evolução dos diferentes genótipos de rotavírus.

Palavras-chaves: Rotavírus, Proteínas estruturais, Diarreia.

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Caracterização molecular de cepas de vírus respiratório sincicial e metapneumovírus humano isolados de pacientes

hospitalizados com infecção respiratória aguda na Cidade de Belem, Pará, Brasil

Bolsista: Deimy Lima FerreiraOrientadora: Mirleide Cordeiro dos Santos

Introdução: As infecções respiratórias agudas (IRAs) são as doenças infecciosas mais frequentes nos seres humanos. As maiores incidências e complicações das IRAs são observadas em crianças e são responsáveis por 30 a 50% das consultas pediátricas e por 20 a 40% das hospitalizações em todo o mundo. O vírus respiratório sincicial (VRS) e o metapneumovirus humano (HMPV), entre outros, têm se destacado como agentes mais frequentes de IRAs virais na infância, representando uma importante causa de morbidade e mortalidade de crianças em todo mundo. Objetivos: Caracterizar cepas dos vírus VRS e HMPV isolados de casos de IRA em pacientes hospitalizados, na cidade de Belém, Estado do Pará. Material e Métodos: Foram analisadas 318 amostras de aspirado nasofaríngeo ou swab combinado de pacientes com até 5 anos de idade, hospitalizados na Região Metropolitana de Belém, com infecção das vias aéreas superiores ou inferiores, provenientes da rede de vigilância influenza, coletadas entre julho de 2009 a julho de 2010 e processadas no laboratório de vírus respiratório do Instituto Evandro Chagas. Os espécimes foram submetidos à extração do RNA viral, RT-PCR e sequenciamento dos genes codificador das proteínas F e G de ambos os vírus. Resultados: Das amostras analisadas, 18% foram positivas para VRS e 16,7% para HMPV. O sequenciamento parcial do gene codificador da proteína G do VRS só foi possível entre as amostras do subgrupo B, o qual evidenciou a circulação exclusiva do genótipo GB3 com inserção de 60 nucleotídeos. Entre as amostras positivas para HMPV verificou-se a circulação dos genótipos 1a1 e 1a2. Para a proteína F do VRS, o índice de similaridade, comparado com a cepa protótipo B1, variou de 97,8-98,2% ao nível de sequência nucleotídica. As transições foram mais frequentes que transversões, destacando-se as transições

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T↔C como as mutações pontuais mais frequentes para a proteína F do HMPV foi observada similaridade de 97-98.8% ao nível de cadeia de nucleotídeos. Conclusão: Houve uma equivalência em número de casos de infecções causadas por VRS e HMPV. Houve cocirculação dos subgrupos A e B de VRS, sendo as cepas do subgrupo B as mais incidentes entre os casos analisados. Com relação às cepas de HMPV, o subtipo A foi o mais frequente. Este estudo consiste no primeiro relato de detecção de VRS e HMPV em crianças hospitalizadas na cidade de Belém, Pará, Brasil.

Palavras-chaves: Infecção respiratória aguda, Vírus Respiratório Sincicial e Metapneumovírus humano.

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Caracterização morfológica, antigênica e molecular das amostras BE AR 177325 (vírus inhangapi) e BE AN 362159 (vírus xiburema) isoladas na Região Norte (Pará e Acre) do

Brasil

Bolsista: Fernando Antonio da Cunha Lameia Orientadora: Ana Lucia Monteiro Wanzeller

Introdução: Dada a incidência de arboviroses no Brasil e na Amazônia, o estudo desse tipo de infecção torna-se de grande importância. Foi feito um modelo experimental de infecção dos vírus Inhangapi e Xiburema para se determinar o tropismo desses agentes no parênquima cerebral de camundongos recém-nascidos; analisar ultraestruturalmente as partículas virais em linhagem contínua Vero e contribuir para a definição taxonômica dos vírus em estudo utilizando métodos moleculares. Objetivos: Contribuir para a expansão da prévia caracterização dos vírus Inhangapi e Xiburema, utilizando-se métodos imunológicos, técnicas de microscopia eletrônica e ensaios moleculares. Material e Métodos: Inocularam-se as amostras em células Vero, que, em seguida, foram processadas e visualizadas em MET. Para imunohistoquímica, camundongos recém-nascidos foram infectados com os vírus Inhangapi e Xiburema, em seguida foram perfundidos e a reação de

™imunohistoquímica foi realizada com o kit VECTOR® M.O.M. , conforme as orientações do fabricante. Os RNAs transcritos foram

®submetidos ao sistema de pirosequenciamento 454 e a análise filogenética foi realizada utilizando os programas Geneious v4.8.3, utilizando como matriz de distancia o modelo Tamura-Nei e o método de construção de árvore Neighbor-Joining com 2000 bootstraps. Resultados: Eletromicrografias de células Vero infectadas com o vírus Xiburema, demonstraram a presença de partículas virais em forma de bala na superfície celular. Os cérebros infectados com o vírus Inhangapi, após imunohistoquímica, apresentaram marcação de antígenos no estriado, hipocampo ventral, tálamo anterior, tronco cerebral, septo e córtex. O vírus Xiburema apresentou marcação semelhante no córtex, hipocampo, meninges, tálamo anterior, estriado e septo O

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sequenciamento nucleotídico realizado gerou sequencias parciais dos genes L entre as posições 10631 a 10734 (104pb), sugerindo uma possível homologia com os vírus Wongabel. Conclusão: Os resultados obtidos foram semelhantes aos de Gomes-Leal et al, (2006) e Diniz et al ,(2008), ao observarem outros arbovírus da região, marcação nas meninges e vasos sanguíneos e também em áreas específicas do parênquima cerebral, além dos padrões ultraestruturais em células de linhagem contínua. A marcação de vasos pode significar uma possível via de infecção vascular. Já a marcação nas outras áreas e o razoável tempo de sobrevida sugere uma via bulbo-olfatória.

Palavras-chaves: Neurotropismo, Imunohistoquímica, Arboviroses, Biologia Molecular.

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Detecção de picobirnavírus associado à gastrenterite em espécimes fecais de crianças menores de três anos

hospitalizadas em Belém, Pará

Bolsista: Francisco Atie FadulOrientadora: Joana D’Arc Pereira Mascarenhas

Introdução: A gastrenterite aguda é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, constituindo um grande problema de saúde pública. Os picobirnavírus (PBVs) foram identificados como patógenos oportunistas, infectando populações imunocomprometidas, sendo detectados tanto em casos diarreicos quanto em casos não diarreicos. Pertencem à família Picobirnaviridae, gênero Picobirnavirus, apresentam de 35 a 41 nm de diâmetro, não envelopados, com material genético de RNA de dupla fita e genoma bissegmentado. Objetivos: Estudar a prevalência de picobirnavírus em crianças hospitalizadas com gastrenterite aguda com menos de três anos de idade em Belém, Pará. Material e Métodos: No período de maio de 2008 a abril de 2009 foram recebidas no Instituto Evandro Chagas 322 amostras fecais de crianças com gastrenterite aguda, provenientes de uma vigilância intensiva realizada em uma clínica pediátrica. Estas foram previamente testadas para os rotavírus do grupo A e C, Astrovírus, Norovírus e Calicivírus, e apresentaram resultados negativos para os testes imunológicos específicos. As amostras foram submetidas à extração do genoma viral para análise do perfil eletroforético por eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA). Foram submetidas à reação em cadeia mediada pela polimerase precedida por transcrição reversa (RT-PCR) para a detecção do gene RdRp dos PBVs, utilizando-se os pares de iniciadores PicoB25/PicoB43 (Genogrupo I) e PicoB23/PicoB24 (Genogrupo II). Resultados: A análise por EGPA revelou duas amostras positivas para RVs-A (0,61%- 2/322), sendo que anteriormente as duas amostras apresentaram resultados negativos para este vírus. Para PBVs foi detectada uma amostra positiva das 322 testadas (0,31%). Dentre as amostras testadas de crianças menores de três anos de idade, a criança acometida pelo PBVs tinha cinco meses de

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idade, era do sexo feminino e apresentou o Genogrupo I na RT-PCR. Conclusão: Estudos moleculares através da utilização de iniciadores específicos para o PBVs são de suma importância para uma melhor detecção desse vírus. Portanto, o achado demonstra que a frequência de PBV, apesar de baixa, é uma realidade em crianças menores de três anos hospitalizadas no município de Belém, Pará.

Palavras-chave: Picobirnavírus, EGPA, RT-PCR, Hospitalizações.

Apoio Financeiro: IEC/SVS/MS.

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Pesquisa de calicivírus entéricos em fezes de suínos durante o pré e pós-desmame no Estado do Pará.

Bolsista: Juliana das Merces Hernandez Orientadora: Yvone Gabbay Mendes

Introdução: A suinocultura é uma das vertentes mais importantes do agronegócio mundial e o Brasil é um respeitado exportador no mercado internacional. As doenças entéricas de suínos têm sido um constante problema identificado na suinocultura industrializada, que causa sérios prejuízos para os produtores. Os calicivírus (CVs), gêneros Norovírus (NoVs) e Sapovírus (SaVs), pertencem à família Caliciviridae e estão relacionados à gastrenterite aguda em leitões. Objetivos: Verificar a presença de CVs entéricos em leitões de cinco granjas suinícolas no Estado do Pará. Material e Métodos: Os espécimes fecais foram obtidos de suínos individuais na fase de maternidade (1 a 28 dias de idade) e creche (28 a 60 dias) no período de janeiro de 2008 a fevereiro de 2009. Um total de 130 amostras (69 maternidade e 61 creche) foi submetida à reação em cadeia da polimerase precedida de transcrição reversa (RT-PCR) utilizando os iniciadores p289/290 para CVs e SwNV e SwNV 1 2

específicos para NoVs suínos. As amostras positivas foram sequenciadas e analisadas no programa BioEdit (v. 7.0.5.3) e as sequências obtidas comparadas com os protótipos existentes no banco de dados (GenBank). Resultados: No total, a positividade encontrada foi de 20% (26/130), sendo 12,3% (16/130) detectada com os iniciadores para os CVs e 7,7% (10/130) pelos específicos para os NoVs. Nenhuma amostra foi positiva para os NoVs com os iniciadores p289/290. As 16 amostras positivas para CVs foram sequenciadas e todas caracterizadas como SaVs, 14 pertencentes ao genogrupo GIII-B, uma ao grupo GVII e uma não foi classificada. Análises das faixas etárias dos animais demonstraram que, dos casos positivos para os SaVs e NoVs, 87,5% (14/16) e 60% (6/10) foram provenientes de maternidade e 12,5% (2/16) e 40% (4/10) de creche, respectivamente. Para ambos os vírus, a fase de maternidade foi a mais acometida. Os SaVs foram detectados em duas (40%) e os NoVs, em quatro (80%) das cinco granjas estudadas. No

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momento de sua preparação, os espécimes também foram classificados em fezes aquosas/pastosas e normais correspondendo a animais com quadro de diarreia e assintomáticos, respectivamente. Dos casos positivos para SaVs, 56,2% (9/16) pertenciam a suínos com diarreia; para os NoVs, este percentual foi de 60% (6/10). Conclusão: Os resultados demonstram a circulação destes patógenos neste tipo de população e são relevantes devido à escassez de informações sobre estes agentes no Brasil e principalmente na Região Norte.

Palavras-chave: Suínos, Gastrenterites, Leitões, Calicivírus, Norovírus, Sapovírus.

Apoio financeiro: PIBIC-CNPq/IEC.

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Perfil de resistência do vírus Influenza A H1N1 pandêmico aos Antivirais

Bolsista: Raimundo Adalberto Pacheco de Pinho Orientadora: Rita Catarina Medeiros Sousa

Introdução: A gripe ou influenza é uma doença respiratória infecto-contagiosa. O vírus Influenza é o agente etiológico da gripe, segundo alguns autores, único na habilidade de causar epidemias anuais e pandemias. Em 2009, o vírus Influenza A (H1N1) pandêmico emergiu no México e nos Estados Unidos, ocasionado a primeira pandemia de gripe do século XXI. Nas infecções, epidemias anuais ou pandemias, os antivirais tornam-se os principais meios para o manejo da patologia, especialmente os inibidores da proteína viral NA (Oseltamivir, Zanamivir e Peramivir). A contínua evolução genética dos vírus Influenza, pode selecionar cepas com substituições aminoacídicas na NA responsáveis por resistência viral aos antineuraminidases, o que implica em sua constante vigilância virológica. Objetivos: Caracterizar geneticamente o gene codificador da proteína neuraminidase do vírus Influenza A (H1N1) pandêmico em casos de gripe ocorridos em cidades das Regiões Norte e Nordeste do Brasil e identificar substituições aminoacídicas na proteína neuraminidase que possam estar relacionadas com a resistência do vírus Influenza A (H1N1) pandêmico aos antivirais. Material e Métodos: Foram analisadas 150 amostras que consistiam em secreção de nasofaringe ou fragmentos de tecidos colhidos de indivíduos com suspeita de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) pandêmico, de acordo com as definições do Ministério da Saúde. Tais espécimes clínicos foram provenientes de Estados das Regiões Norte e Nordeste, para as quais o laboratório de vírus respiratórios do Instituto Evandro Chagas atua como centro de referência regional. Os espécimes com resultado positivo foram submetidos à extração do RNA viral, RT-PCR, Semi-Nested PCR e sequenciamento do gene codificador da NA. Resultados: Foram sequenciadas 64 amostras e, destas, 39 foram analisadas. Não foi encontrada a substituição aminoacídica H275Y. Foram encontradas duas substituições aminoacídicas, V106I e N248D,

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que se relacionam às variantes da glicoproteína de superfície neuraminidase, ambas as substituições apresentam características semelhantes à cepa A/California/04/2009. Conclusão: Apesar de não terem sido encontradas mutações que se relacionem à resistência aos antivirais, o impacto da pandemia de gripe na população mundial em 2009 ressaltou a importância de monitorar os vírus Influenza, para melhor contribuir para as estratégias de combate à gripe.

Palavras-chaves: Influenza, Pandemia, Neuraminidase, Resistência.

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ORIENTADORES E RESPECTIVOS BOLSISTAS

Orientador: Pedro Fernando da Costa VasconcelosBolsista: Ana Luiza Valle Esteves

Natália Kiss Nogueira da Silva

Orientador: Marcio Roberto Teixeira Nunes Bolsista: Davi Toshio Inada

Orientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz Bolsistas: Diego de Vasconcelos Melo

Orientadora: Lívia Caricio MartinsBolsista: Liliane Leal das Chagas

Orientador: Sueli Guerreiro Rodrigues Bolsista: Maura Viana Anjos

Orientador: Livia Medeiros Neves Casseb Bolsista: Nábia Rodrigues da Silva Lopes

Orientadora: Karla Valéria Batista LimaBolsistas: Barbara Regina Silva de Souza

Orientadora: Daniela Cristiane da Cruz Rocha Bolsista: Daniela Pi

Orientadora: Joana da Felicidade Ribeiro FavachoBolsistas: Didiana Ferreira Souza

Orientadora: Maria do Perpétuo Socorro Amador Bolsista: Gláucia Ferreira Barreto

Orientadora: Ana Roberta Fusco da CostaBolsista: Jeann Ricardo da Costa Bahia

Orientadora: Klena Sarges Marruaz da SilvaBolsista: Alexandra Ariadine Bittencourt Gonçalves

nto Reis

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Orientador: Paulo Henrique Gomes de Castro Bolsista: Alyssa Isadora da Fonseca Sampaio

Orientador: José Augusto Pereira Carneiro MunizBolsista: Maria Rogéria Menezes da Silva

Orientador: Nelson Veiga GonçalvesBolsista: Alcinês da Silva Sousa Júnior

Orientador: Nelson Antônio Bailão RibeiroBolsista: Adriano da Paixão Souto

Breno Raul Freitas Oliveira

Orientadora: Heloisa Marceliano NunesBolsista: Kássia do Socorro Moraes Baia

Orientadora: Samara Cristina CampeloBolsista: Brenda Natasha Souza Costa

Orientadora: Kelson do Carmo Freitas Faial Bolsista: Eliene de Sousa Freitas

Orientadora: Vanessa Bandeira da CostaBolsistas: Luciana Reis

Orientador: Francisco Arimatéia dos Santos Alves

Bolsista: Rosângela dos Santos Souza

Orientadora: Dorotéa de Fátima Lobato da Silva Bolsistas: Ygor Gomes Lima

Orientador: Marinete Marins Povoa

Bolsista: Crissiane Costa Reis

Orientadora: Vera da Costa ValenteBolsista: Eunice de Oliveira Sousa

Orientadora: Rosana Maria Feio LibonatiBolsista: Tiago Vieira

Pinheiro

Maia

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Orientadora: Joana D’Arc Pereira MascarenhasBolsista: Airton Luiz Moraes da Silva

Francisco At

Orientador: Wyller Alencar de MelloBolsista: Akim Felipe Santos Nobre

Orientadora: Luana da Silva Soares Bolsista: Cleysiane da Silva Ferreira

Orientadora: Mirleide Cordeiro dos Santos Bolsista: Deimy Lima Ferreira

Orientadora: Ana Lúcia Monteiro WanzellerBolsista: Fernando Antônio da Cunha Lameira

Orientadora: Yvone Gabbay MendesBolsista: Juliana das Mercês

Orientadora: Rita Catarina Medeiros SousaBolsista: Raimundo Adalberto Pacheco de Pinho

iê Fadull

Hernandez

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