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3324 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N. o 134 — 11-6-1999 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Resolução do Conselho de Ministros n. o 52/99 A Assembleia Municipal de Loulé aprovou, em 27 de Março de 1998, o Plano de Urbanização de Vila- moura — 2. a fase: Foi verificada a conformidade formal do Plano de Urbanização de Vilamoura com as disposições legais e regulamentares em vigor, nos termos previstos no n. o 2 do artigo 16. o do Decreto-Lei n. o 69/90, de 2 de Março. O município de Loulé dispõe de Plano Director Muni- cipal, ratificado pela Resolução do Conselho de Minis- tros n. o 81/95, de 27 de Julho, publicada no Diário da República, 1. a série-B, n. o 195, de 24 de Agosto de 1995. Uma vez que o Plano de Urbanização de Vila- moura — 2. a fase introduz alterações àquele instru- mento de planeamento, na medida em que implica modi- ficações ao nível da definição do perímetro urbano e das servidões e restrições de utilidade pública, a sua ratificação compete ao Conselho de Ministros. Importa mencionar que as utilizações não agrícolas de solos integrados na Reserva Agrícola Nacional pre- vistas no n. o 3 do artigo 47. o e na alínea c) do n. o 1 do artigo 48. o do Regulamento do Plano devem obede- cer ao regime jurídico constante do Decreto-Lei n. o 196/89, de 14 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n. o 274/92, de 12 de Dezembro, e pelo Decreto-Lei n. o 278/95, de 25 de Outubro. O município de Loulé encontra-se abrangido pelo Plano Regional de Ordenamento do Território para o Algarve, aprovado pelo Decreto Regulamentar n. o 11/91, de 21 de Março. O empreendimento turístico que está subjacente ao Plano de Urbanização de Vilamoura — 2. a fase, embora não totalmente conforme com o regime de ocupação, uso e transformação do solo estabelecido naquele Plano Regional de Ordenamento do Território, serve a pros- secução dos seus objectivos. Para o efeito, foi reconhecido o interesse público do empreendimento turístico através do despacho conjunto de 27 de Setembro de 1995, publicado no Diário da República, 2. a série, de 28 de Outubro de 1995, pelo que pode ser admitido, ao abrigo do artigo 41. o do Decreto Regulamentar n. o 11/91, de 21 de Março. Com o presente Plano entra em vigor um protocolo celebrado entre a Comissão de Coordenação da Região do Algarve, a Direcção-Geral do Turismo, a Direcção Regional do Ambiente — Algarve, a Câmara Municipal de Loulé e a LUSOTUR — Sociedade Financeira de Turismo, S. A., celebrado nos termos do n. o 3 do artigo 41. o do Decreto Regulamentar n. o 11/91, de 21 de Março, no qual se discriminam, expressa e detalhada- mente, os montantes e o prazo de execução dos inves- timentos a realizar em infra-estruturas na área simul- taneamente abrangida pelo Plano de Urbanização e pelo Plano Regional de Ordenamento do Território. Foi igualmente elaborado o estudo de envolvência a que se refere o n. o 2 do artigo 41. o do Decreto Regu- lamentar n. o 11/91, de 21 de Março. Foi realizado o inquérito público nos termos previstos no artigo 14. o do Decreto-Lei n. o 69/90, de 2 de Março, e emitidos os pareceres a que se refere o artigo 13. o do mesmo diploma legal. Considerando o disposto nos artigos 3. o , n. o 3, e 16. o n. o 1, alínea d), do Decreto-Lei n. o 69/90, de 2 de Março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n. o 211/92, de 8 de Outubro: Assim: Nos termos da alínea g) do artigo 199. o da Cons- tituição, o Conselho de Ministros resolve: Ratificar o Plano de Urbanização de Vilamoura — 2. a fase, no município de Loulé, cujo regulamento e planta de zonamento se publicam em anexo à presente resolução, dela fazendo parte integrante. Presidência do Conselho de Ministros, 25 de Março de 1999. — O Primeiro Ministro, António Manuel de Oli- veira Guterres. REGULAMENTO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DE VILAMOURA — 2. a FASE TÍTULO I Disposições gerais e condicionantes CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1. o Composição 1 — O Plano de Urbanização de Vilamoura — 2. a fase, adiante designado por PU Vilamoura, abrange uma área do território do município de Loulé com os limites identificados na planta de zona- mento e na planta actualizada de condicionantes, elaboradas respec- tivamente à escala de 1:5000 e de 1:10 000, que, com o presente Regu- lamento, constituem os elementos fundamentais do PU Vilamoura. 2 — Os elementos complementares do PU Vilamoura são: a) Relatório, que menciona as principais medidas, indicações e disposições adoptadas; b) Planta de enquadramento, elaborada à escala de 1:25 000, que abrange a zona envolvente, bem como as principais vias que a servem; c) Programa de execução; d) Plano de financiamento. 3 — Os elementos anexos são constituídos pelos seguintes ele- mentos: a) Estudos de caracterização: Caracterização física; Caracterização sócio-económica e demográfica; Caracterização da rede de equipamentos colectivos; Rede viária e transportes; Estudo de acessibilidades; Sistema de abastecimento de água; Drenagem e tratamento de águas residuais domésticas; Estudo de drenagem; Energia eléctrica, telecomunicações e segurança; Resíduos sólidos; Paisagismo; b) Extracto do Regulamento e planta de síntese do PDM de Loulé e do PROT — Algarve; c) Planta da situação existente. Artigo 2. o Hierarquia Todas as acções de intervenção pública ou privada que impliquem alterações à ocupação, uso e transformação do solo a realizar na área de intervenção do PU Vilamoura respeitarão, obrigatoriamente, as disposições do presente Regulamento e da planta de zonamento.

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3324 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 134 — 11-6-1999

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

Resolução do Conselho de Ministros n.o 52/99

A Assembleia Municipal de Loulé aprovou, em 27 deMarço de 1998, o Plano de Urbanização de Vila-moura — 2.a fase:

Foi verificada a conformidade formal do Plano deUrbanização de Vilamoura com as disposições legaise regulamentares em vigor, nos termos previstos no n.o 2do artigo 16.o do Decreto-Lei n.o 69/90, de 2 de Março.

O município de Loulé dispõe de Plano Director Muni-cipal, ratificado pela Resolução do Conselho de Minis-tros n.o 81/95, de 27 de Julho, publicada no Diário daRepública, 1.a série-B, n.o 195, de 24 de Agosto de 1995.

Uma vez que o Plano de Urbanização de Vila-moura — 2.a fase introduz alterações àquele instru-mento de planeamento, na medida em que implica modi-ficações ao nível da definição do perímetro urbano edas servidões e restrições de utilidade pública, a suaratificação compete ao Conselho de Ministros.

Importa mencionar que as utilizações não agrícolasde solos integrados na Reserva Agrícola Nacional pre-vistas no n.o 3 do artigo 47.o e na alínea c) do n.o 1do artigo 48.o do Regulamento do Plano devem obede-cer ao regime jurídico constante do Decreto-Lein.o 196/89, de 14 de Junho, alterado pelo Decreto-Lein.o 274/92, de 12 de Dezembro, e pelo Decreto-Lein.o 278/95, de 25 de Outubro.

O município de Loulé encontra-se abrangido peloPlano Regional de Ordenamento do Território para oAlgarve, aprovado pelo Decreto Regulamentarn.o 11/91, de 21 de Março.

O empreendimento turístico que está subjacente aoPlano de Urbanização de Vilamoura — 2.a fase, emboranão totalmente conforme com o regime de ocupação,uso e transformação do solo estabelecido naquele PlanoRegional de Ordenamento do Território, serve a pros-secução dos seus objectivos.

Para o efeito, foi reconhecido o interesse público doempreendimento turístico através do despacho conjuntode 27 de Setembro de 1995, publicado no Diário daRepública, 2.a série, de 28 de Outubro de 1995, peloque pode ser admitido, ao abrigo do artigo 41.o doDecreto Regulamentar n.o 11/91, de 21 de Março.

Com o presente Plano entra em vigor um protocolocelebrado entre a Comissão de Coordenação da Regiãodo Algarve, a Direcção-Geral do Turismo, a DirecçãoRegional do Ambiente — Algarve, a Câmara Municipalde Loulé e a LUSOTUR — Sociedade Financeira deTurismo, S. A., celebrado nos termos do n.o 3 doartigo 41.o do Decreto Regulamentar n.o 11/91, de 21 deMarço, no qual se discriminam, expressa e detalhada-mente, os montantes e o prazo de execução dos inves-timentos a realizar em infra-estruturas na área simul-taneamente abrangida pelo Plano de Urbanização e peloPlano Regional de Ordenamento do Território.

Foi igualmente elaborado o estudo de envolvênciaa que se refere o n.o 2 do artigo 41.o do Decreto Regu-lamentar n.o 11/91, de 21 de Março.

Foi realizado o inquérito público nos termos previstosno artigo 14.o do Decreto-Lei n.o 69/90, de 2 de Março,e emitidos os pareceres a que se refere o artigo 13.odo mesmo diploma legal.

Considerando o disposto nos artigos 3.o, n.o 3, e 16.on.o 1, alínea d), do Decreto-Lei n.o 69/90, de 2 de Março,com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lein.o 211/92, de 8 de Outubro:

Assim:Nos termos da alínea g) do artigo 199.o da Cons-

tituição, o Conselho de Ministros resolve:Ratificar o Plano de Urbanização de Vilamoura —

2.a fase, no município de Loulé, cujo regulamento eplanta de zonamento se publicam em anexo à presenteresolução, dela fazendo parte integrante.

Presidência do Conselho de Ministros, 25 de Marçode 1999. — O Primeiro Ministro, António Manuel de Oli-veira Guterres.

REGULAMENTO DO PLANO DE URBANIZAÇÃODE VILAMOURA — 2.a FASE

TÍTULO I

Disposições gerais e condicionantes

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1.o

Composição

1 — O Plano de Urbanização de Vilamoura — 2.a fase, adiantedesignado por PU Vilamoura, abrange uma área do território domunicípio de Loulé com os limites identificados na planta de zona-mento e na planta actualizada de condicionantes, elaboradas respec-tivamente à escala de 1:5000 e de 1:10 000, que, com o presente Regu-lamento, constituem os elementos fundamentais do PU Vilamoura.

2 — Os elementos complementares do PU Vilamoura são:

a) Relatório, que menciona as principais medidas, indicaçõese disposições adoptadas;

b) Planta de enquadramento, elaborada à escala de 1:25 000,que abrange a zona envolvente, bem como as principais viasque a servem;

c) Programa de execução;d) Plano de financiamento.

3 — Os elementos anexos são constituídos pelos seguintes ele-mentos:

a) Estudos de caracterização:

Caracterização física;Caracterização sócio-económica e demográfica;Caracterização da rede de equipamentos colectivos;Rede viária e transportes;Estudo de acessibilidades;Sistema de abastecimento de água;Drenagem e tratamento de águas residuais domésticas;Estudo de drenagem;Energia eléctrica, telecomunicações e segurança;Resíduos sólidos;Paisagismo;

b) Extracto do Regulamento e planta de síntese do PDM deLoulé e do PROT — Algarve;

c) Planta da situação existente.

Artigo 2.o

Hierarquia

Todas as acções de intervenção pública ou privada que impliquemalterações à ocupação, uso e transformação do solo a realizar naárea de intervenção do PU Vilamoura respeitarão, obrigatoriamente,

as disposições do presente Regulamento e da planta de zonamento.

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3325N.o 134 — 11-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B

Artigo 3.o

Alteração e revisão

1 — A alteração do PU Vilamoura faz-se em conformidade como artigo 20.o do Decreto-Lei n.o 69/90, de 2 de Março, com a redacçãodada pelo Decreto-Lei n.o 155/97, de 24 de Junho.

2 — A revisão do PU Vilamoura faz-se em conformidade com oartigo 19.o do Decreto-Lei n.o 69/90, de 2 de Março, com a redacçãodada pelo Decreto-Lei n.o 155/97, de 24 de Junho.

Artigo 4.o

Objectivo

1 — É objectivo do PU Vilamoura definir uma organização parao meio urbano e áreas de protecção, estabelecendo, designadamente,o perímetro urbano, a concepção geral da forma urbana, os parâmetrosurbanísticos, o destino das construções, os valores patrimoniais a pro-teger, os locais destinados à instalação de equipamentos, os espaçoslivres e o traçado esquemático da rede viária e das infra-estruturasprincipais.

2 — Constitui igualmente objectivo do PU Vilamoura dar cumpri-mento ao estabelecido no n.o 2 do despacho conjunto de 27 de Setem-bro de 1995, publicado no Diário da República, 2.a série, n.o 250,de 28 de Outubro de 1995, que reconhece o interesse público da2.a fase do empreendimento turístico de Vilamoura.

Artigo 5.o

Complementaridade

1 — Nas matérias do seu âmbito, o Regulamento integra, com-plementa e desenvolve a legislação aplicável na área de intervenção,nomeadamente as disposições constantes no PDM de Loulé e nãoalteradas pelo presente PU Vilamoura.

2 — Os licenciamentos, aprovações e autorizações permitidos nesteRegulamento devem ser entendidos sem prejuízo das atribuições ecompetências concedidas por legislação em vigor às demais entidadesde direito público.

Artigo 6.o

Execução e financiamento

Sem prejuízo dos poderes de autorização, aprovação ou licencia-mento urbanísticos, estabelecidos em lei ou regulamento, fica a cargoda LUSOTUR — Sociedade Financeira de Turismo, S. A., promovera execução e financiamento das infra-estruturas, equipamentos edemais investimentos a realizar no quadro do plano de financiamentoreferido no n.o 2, alínea d), do artigo 1.o e nos termos do protocoloa celebrar ao abrigo do disposto no n.o 3 do artigo 41.o do DecretoRegulamentar n.o 11/91, de 21 de Março.

Artigo 7.o

Utilização

Na aplicação do Regulamento, para efeitos de definição das con-dicionantes à edificabilidade, deverão ser sempre considerados cumu-lativamente os elementos referentes à planta de zonamento e plantaactualizada de condicionantes, prevalecendo os mais restritivos.

Artigo 8.o

Definições

Para efeitos do presente Regulamento, são adoptadas as seguintesdefinições:

1) Parcela — área de terreno, não resultante de operação deloteamento, marginada por via pública e susceptível deconstrução;

2) Lote — área de terreno, marginada por arruamento, desti-nada à construção, resultante de uma operação de loteamento,licenciada nos termos da legislação em vigor;

3) Densidade bruta — quociente entre o número de fogos ouhabitantes e a área total de terreno onde se localizam (ouseja, a área de intervenção), incluindo a rede viária e a áreaafecta a instalações e equipamentos sociais ou públicos;

4) Densidade líquida — quociente entre o número de fogos oude habitantes e a área do terreno respectivo, excluindo aárea afecta a espaço público (rede viária, estacionamento,áreas livres e equipamentos sociais);

5) Área total de construção — para os edifícios construídos oua construir, quaisquer que sejam os fins a que se destinam,é a soma das áreas brutas de todos os pisos (incluindo escadas

e caixas de elevadores), acima e abaixo do solo, comexclusão de:

a) Terraços;b) Garagens e arrecadações em cave;c) Áreas de estacionamento;d) Serviços técnicos instalados nas caves dos edifícios;e) Galerias exteriores públicas;f) Arruamentos ou espaços livres de uso público cobertos

pela edificação;g) Zonas de sótão não habitáveis;

6) Área de implantação — área medida em projecção verticaldas construções, delimitada pelo perímetro dos pisos maissalientes, excluindo varandas e platibandas;

7) Índice de ocupação — quociente da área total de construçãopela área total da parcela ou do lote;

8) Índice de utilização bruta (IUB) — quociente entre a áreatotal de construção e a área total do terreno onde se localizamas construções, incluindo a rede viária e a área afecta a espaçospúblicos e equipamentos sociais;

9) Índice volumétrico (metros cúbicos/metros quadrados) — relaçãoentre o volume de construção acima do solo e a área da parcelaou do lote;

10) Área impermeabilizada — área do terreno ocupada por edi-fícios, vias, passeios, estacionamentos, piscinas e demais obrasque impermeabilizem o terreno;

11) Altura total das construções — dimensão vertical da constru-ção a partir do ponto da cota média do terreno, no alinha-mento desta, até ao ponto mais alto, excluindo acessórios(chaminés, casa das máquinas de ascensores, depósitos deágua, etc.) e elementos decorativos, mas incluindo a cobertura;

12) Cércea — dimensão vertical da construção, contada a partirdo ponto da cota média do terreno no alinhamento da fachadaaté a linha superior do beirado, platibanda ou guarda doterraço;

13) Cota de soleira — demarcação altimétrica do nível do pontomédio do degrau da entrada principal, referida ao arruamentode acesso;

14) Fogo — habitação unifamiliar em edifício isolado ou colec-tivo, que deverá ter como referência, no que se respeita aáreas urbanizáveis ou a preencher, o valor de 2,7 habitantespor fogo;

15) Obras de construção — execução de obras novas, incluindopré-fabricadas e construções amovíveis;

16) Obra de reconstrução — execução de uma construção emlocal ocupado por outra;

17) Obras de alteração — execução de obras que, por qualquerforma, modifiquem o projecto da construção existente;

18) Obras de ampliação — execução de obras para ampliar partesexistentes de uma construção;

19) Perímetro urbano — define o conjunto dos espaços urbanoe urbanizável e do espaço industrial contíguo;

20) Instrumentos de planeamento de pormenor (IPP) — corres-pondem a áreas delimitadas sujeitas a tratamento, que podeassumir a figura de plano de pormenor, loteamento, projectode edificação conjunta, projecto urbano ou plano de alinha-mentos e de cérceas, conforme se mostrar mais conveniente,integrando espaços urbano-turísticos, urbanizáveis, agrícolas,naturais, principais infra-estruturas e espaços-canais;

21) Coeficiente de ocupação do solo (COS) — quociente entrea área total de construção acima do solo e a área de inter-venção incluída no perímetro urbano de cada IPP;

22) Coeficiente de afectação do solo (CAS) — quociente entrea área de implantação das construções e a área de intervençãoincluída no perímetro urbano de cada IPP;

23) Coeficiente de impermeabilização do solo (CIS) — quocienteentre a área total de implantação das construções, incluindoa rede viária, estacionamento e equipamentos sociais, queexijam a impermeabilização do solo e a área de intervençãoincluída no perímetro urbano de cada IPP.

CAPÍTULO II

Servidões administrativas e outras restriçõesde utilidade pública

Artigo 9.o

Âmbito

1 — As servidões administrativas e outras restrições de utilidadepública ao uso do solo regem-se pela legislação aplicável e pelo dis-posto neste capítulo. São as seguintes:

a) Reserva Ecológica Nacional (REN);b) Reserva Agrícola Nacional (RAN);

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3326 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 134 — 11-6-1999

c) Protecção a imóvel de interesse público — ruínas romanasdo Cerro da Vila;

d) Servidão aeronáutica ao Aeroporto de Faro;e) Protecção a furos de captação de águas municipais;f) Protecção a redes de adução e distribuição domiciliária de

água;g) Protecção a redes de drenagem de efluentes;h) Restrições ao uso das áreas do domínio hídrico;i) Servidões rodoviárias;j) Protecção a edifícios escolares.

2 — A demarcação dos solos incluídos no domínio hídrico, cons-tante da planta actualizada de condicionantes, não substitui a deli-mitação efectuada, nos termos legais, pela entidade competente.

Artigo 10.o

Reserva Ecológica Nacional

Aplica-se o disposto no artigo 9.o do Regulamento do Plano Direc-tor Municipal de Loulé.

Artigo 11.o

Reserva Agrícola Nacional

Aplica-se o disposto no artigo 10.o do Regulamento do Plano Direc-tor Municipal de Loulé.

Artigo 12.o

Protecção ao imóvel de interesse público — Ruínasromanas do Cerro da Vila

1 — Aplica-se o disposto no artigo 12.o do Regulamento do PlanoDirector Municipal de Loulé.

2 — O imóvel de interesse público ruínas romanas do Cerro daVila, classificado pelo Decreto n.o 129/77, de 29 de Setembro, temuma zona de protecção que abrange a área envolvente ao imóvelnuma faixa de 50 m, contados a partir dos seus limites.

Artigo 13.o

Servidões dos aeródromos

1 — A servidão do Aeroporto de Faro é a que consta do Decreto-Lein.o 51/80, de 25 de Março, e respectiva actualização.

2 — As servidões dos restantes aeródromos deverão contemplaras orientações definidas nos Decretos-Leis n.os 45 986 e 45 987, de22 de Outubro de 1964.

Artigo 14.o

Protecção a furos de captação de águas municipais

Aplica-se o disposto no artigo 15.o do Regulamento do Plano Direc-tor Municipal de Loulé, nomeadamente no que se refere à delimitaçãodos perímetros de protecção e sua tipologia.

Artigo 15.o

Protecção a redes de aduçãoe distribuição domiciliária de águas

1 — Aplica-se o disposto no artigo 16.o do Regulamento do PlanoDirector Municipal de Loulé.

2 — As redes de adução e distribuição de água e respectivas faixasde protecção ficam sujeitas aos condicionalismos legais aplicáveis, comdestaque para os referentes a edificabilidade e plantação de árvores.

Artigo 16.o

Protecção a redes de drenagem de efluentes

1 — Aplica-se o disposto no artigo 17.o do Regulamento do PlanoDirector Municipal de Loulé.

2 — As redes de drenagem e respectivas faixas de protecção ficamsujeitas aos condicionalismos legais aplicáveis, com destaque para osreferentes a edificabilidade e plantação de árvores.

3 — A área de protecção à ETAR de Vilamoura encontra-se assi-nalada da planta de zonamento e corresponde às áreas envolventesa este equipamento identificadas como verde de protecção e enqua-dramento em área de RAN e verde de protecção e enquadramentoem área de agricultura condicionada II.

Artigo 17.o

Domínio hídrico

1 — Aplica-se o disposto no artigo 21.o do Regulamento do PlanoDirector Municipal de Loulé.

2 — Os condicionamentos respeitantes ao domínio hídrico abran-gem, na área de intervenção do Plano, a linha de água da ribeirade Quarteira e respectivas zonas adjacentes, nos termos do Decre-to-Lei n.o 89/87, de 26 de Fevereiro.

Artigo 18.o

Servidões rodoviárias

Aplica-se o disposto no artigo 14.o do Regulamento do Plano Direc-tor Municipal de Loulé.

Artigo 19.o

Servidão a edifícios escolares

1 — Aplica-se o disposto no artigo 20.o do Regulamento do PlanoDirector Municipal de Loulé.

2 — Os condicionamentos respeitantes à servidão a edifícios esco-lares incidem, nos termos da legislação aplicável, sobre as áreas paratal referenciadas na planta de zonamento, independentemente de asmesmas poderem vir a ser objecto de acerto e redefinição pontualdos seus limites e área.

TÍTULO II

Usos do solo

CAPÍTULO I

Ocupação, uso e transformação do solo

Artigo 20.o

Categorias e subcategorias de espaços

1 — A área de intervenção do PU Vilamoura classifica-se, paraefeitos de ocupação, uso e transformação do solo, nas seguintes cate-gorias e subcategorias de espaços, delimitados na planta de zonamento:

Classe Categoria Subcategoria

Espaço urbano . . . . . . . . . . . . . . . Área urbano-turística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Área urbano-turística com alvará existente:

3.1 — Alvará n.o 8/83.3.3 — Alvará n.o 2/80.3.4 — Alvará n.o 2/80.8.3 — Alvará n.o 4/89.8.8 — Alvará n.o 12/87.

Lagos e canais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . —

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3327N.o 134 — 11-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B

Classe Categoria Subcategoria

Verde urbano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Área de verde urbano equipado.Área de verde urbano de protecção.

Equipamentos propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . E1 — Escola EB 1.E2 — Escola EB 2.3.E3 — Creche/jardim infantil.E4 — Creche/jardim infantil.E5 — Centro de dia da terceira idade.E6 — Igreja.

Espaço urbanizável . . . . . . . . . . . . Espaço urbanizável de expansão . . . . . . . . . . —

Espaço urbanizável de expansão de baixadensidade.

Verde urbano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Área de verde urbano equipado.Área de verde urbano de protecção.

Espaço agrícola . . . . . . . . . . . . . . . Área de RAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Centro de treinamento desportivo.Verde de protecção e enquadramento em área da RAN.Lagos e canais na RAN.

Área de agricultura condicionada II . . . . . . . . Centro de treinamento desportivo.Verde de protecção e enquadramento em área de agricultura

condicionada II.Lagos e canais em área de agricultura condicionada II.

Espaço natural . . . . . . . . . . . . . . . Espaço natural de grau I — REN . . . . . . . . . . Lagos e canais na REN.

Principais infra-estruturas . . . . . . Infra-estruturas existentes . . . . . . . . . . . . . . . . Subestação eléctrica (alvará n.o 4/90).Depósitos de água.ETAR de Vilamoura.

Espaço-canal . . . . . . . . . . . . . . . . . Espaço-canal proposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . —

2 — Para efeitos regulamentares, para cada IPP deverão ser con-siderados os parâmetros urbanísticos do quadro regulamentar res-pectivo, sendo meramente indicativa a morfologia apresentada naplanta de zonamento e nos elementos anexos: plantas de morfologiasurbanas.

CAPÍTULO II

Espaço urbano

Artigo 21.o

Âmbito e usos

1 — Os espaços urbanos são caracterizados pelo elevado nível deinfra-estruturação e concentração de edificações, destinando-se o solopredominantemente à construção.

2 — Os espaços urbanos destinam-se a uma ocupação com finspredominantemente habitacionais, podendo integrar outras funções,como equipamentos, actividades terciárias, indústria e turismo, desdeque, pelas suas características, sejam compatíveis com a função habi-tacional, bem como espaços verdes urbanos, equipados e de protecção.

Artigo 22.o

Categoria de espaço área urbano-turística

Identifica-se na área de intervenção do PU Vilamoura a categoriade espaço área urbano-turística, delimitada na planta de zonamento.

Artigo 23.o

Usos na categoria de espaço área urbano-turística

Nesta categoria de espaço são permitidos os usos de carácter turís-tico e hoteleiro, comerciais, de serviços e equipamentos.

Artigo 24.o

Edificabilidade na categoria de espaço área urbano-turística

1 — Os parâmetros de edificabilidade a verificar nesta categoriade espaço são os constantes do quadro de síntese do capítulo VIII,«Instrumentos de planeamento de pormenor».

2 — Em operações de loteamento aplicam-se as disposições dedimensionamento de espaços verdes e de utilização colectiva e dedimensionamento de infra-estruturas viárias e estacionamento cons-tantes da Portaria n.o 1182/92, de 22 de Dezembro, ou outra quea substitua, salvo quando, pela sua dimensão ou localização, se jus-tifique a afectação de espaços verdes de dimensão similar na zonaem que o loteamento se insere.

3 — Para efeitos de implantação de equipamentos de utilizaçãocolectiva, vigorarão apenas as disposições e propostas do presentePU, nomeadamente as referenciadas em planta de zonamento, ououtras a definir com maior detalhe em planos de pormenor.

Artigo 25.o

Subcategoria de espaço em área urbano-turística

Identifica-se na área de intervenção do PU Vilamoura a subca-tegoria de espaço em área urbano-turística área urbano-turística comalvará existente, delimitada na planta de zonamento.

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3328 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 134 — 11-6-1999

Artigo 26.o

Edificabilidade na subcategoria de espaço área urbano-turísticacom alvará existente

1 — Os parâmetros de edificabilidade a verificar nesta subcategoriade espaço são os constantes do quadro de síntese do capítulo VIII,«Instrumentos de planeamento de pormenor».

2 — Em caso de verificação de não conformidade dos alvarás exis-tentes com os indicadores referidos no n.o 1, serão os mesmos sujeitosa revisão, por forma a cumprir o acima disposto, nos termos da legis-lação aplicável.

Artigo 27.o

Categoria de espaço lagos e canais

1 — Identifica-se na área de intervenção do PU Vilamoura a cate-goria de espaço lagos e canais, delimitada na planta de zonamento.

2 — Localização e áreas:

Localização(IPP)

Área(hectares)

IPP 6 — Colinas do golfe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,80IPP 7 — Canais do golfe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,10IPP 8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,40

3 — Esta categoria de espaço destina-se à regularização das linhasde drenagem natural e armazenagem da água resultante, com finsde valorização ambiental e paisagística dos espaços onde estes seinserem e de suporte a actividades lúdicas complementares.

Artigo 28.o

Categoria de espaço verde urbano

1 — Identifica-se na área de intervenção do PU Vilamoura a cate-goria de espaço verde urbano, delimitada na planta de zonamento.

2 — São áreas que, pela sua natureza e sensibilidade, se destinama equipar e qualificar os espaços urbano-turísticos onde se insereme a facilitar a drenagem natural.

Artigo 29.o

Subcategorias de espaço verde urbano

Identificam-se na área de intervenção do PU Vilamoura as seguin-tes subcategorias em espaço verde urbano, delimitadas na planta dezonamento:

1) Subcategoria de espaço área de verde urbano equipado;2) Subcategoria de espaço área de verde urbano de protecção.

Artigo 30.o

Subcategoria de espaço verde urbano equipado

1 — Localização e áreas propostas:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 3 — Encosta das Oliveiras . . . . . . . . . . . . . . . 17,30IPP 6 — Colinas do golfe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76,60IPP 7 — Canais do golfe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,80

2 — A subcategoria de espaço verde urbano equipado caracteri-za-se pela sua natureza e sensibilidade e destina-se a equipar e qua-

lificar os espaços urbanos em que se insere e facilitar a drenagemnatural e a instalação de equipamentos ou de áreas livres de lazere recreio, nomeadamente para prática desportiva, como campos defutebol relvados e campos de golfe.

3 — São igualmente permitidos os usos do solo, nos termos dalegislação em vigor, nomeadamente a implantação de espaços verdese livres arborizados, áreas de recreio e lazer, zonas de observaçãoda natureza, espelhos de água e lagos, incluindo para prática de des-portos náuticos, percursos pedonais e equestres e todas as demaisfunções compatíveis com o seu estatuto.

Artigo 31.o

Subcategoria de espaço verde urbano de protecção

1 — Localização e área proposta:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 3 — Encosta das Oliveiras . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 — A subcategoria de espaço verde urbano de protecção des-tina-se à instalação de zonas verdes de protecção e enquadramentoaos espaços urbano-turísticos, onde se preconiza a plantação de maci-ços arbóreos de espécies adequadas, por forma a constituírem barreirasnaturais de enquadramento e protecção visual, podendo albergar, com-plementarmente, actividades e equipamentos compatíveis de recreioe desportivos.

3 — São igualmente permitidos os usos do solo, nos termos dalegislação em vigor, nomeadamente a implantação de áreas de recreioe lazer, zonas de observação da natureza, espelhos de água e lagos,incluindo para prática de desportos náuticos, percursos pedonais eequestres e todas as demais funções compatíveis com o seu estatuto.

Artigo 32.o

Categoria de espaço equipamentos propostos

A categoria de espaço equipamentos propostos destina-se à implan-tação de equipamentos colectivos de uso público necessários ao cor-recto ordenamento do território e qualidade de vida das populaçõesabrangidas.

Artigo 33.o

Subcategorias de espaço equipamentos propostos

Identificam-se na categoria de espaço equipamentos propostos asseguintes subcategorias, com os usos respectivos propostos no âmbitodo presente Plano de Urbanização:

1) E1 — Escola EB 1;2) E2 — Escola EB 2.3;3) E3 — Creche/jardim infantil;4) E4 — Creche/jardim infantil;5) E5 — Centro de dia da terceira idade;6) E6 — Igreja.

Artigo 34.o

Usos, afectação e edificabilidade nas subcategoriasde espaço equipamentos propostos

1 — Observar-se-ão nestas subcategorias de espaço as seguintesdisposições quanto à afectação proposta, área de intervenção, áreamáxima de construção, área máxima de implantação e número máximode pisos acima do solo:

Identificação Afectação proposta

Área deintervenção

(metrosquadrados)

Áreamáxima

de construção(metros

quadrados)

Áreamáxima

de implantação(metros

quadrados)

Área máximade impermeabi-lização (metros

quadrados)

Númeromáximode pisos(acima

do solo)

E1 . . . . . . . . . . . . . . . . . Escola EB 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 500 670 670 1 750 1E2 . . . . . . . . . . . . . . . . . Escola EB 2.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 000 4 320 4 320 8 000 1E3 . . . . . . . . . . . . . . . . . Creche/jardim infantil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 560 780 780 1 780 1E4 . . . . . . . . . . . . . . . . . Creche/jardim infantil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 800 600 600 900 1E5 . . . . . . . . . . . . . . . . . Centro de dia da terceira idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 400 400 600 1E6 . . . . . . . . . . . . . . . . . Igreja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 300 800 800 1 150 –

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3329N.o 134 — 11-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B

2 — As implantações de cada equipamento proposto, referenciadasna planta de zonamento, poderão ser objecto de acerto de limitesou localização alternativa na classe de espaço em que se inserem,desde que observados os parâmetros urbanísticos referidos no presenteartigo.

CAPÍTULO III

Espaço urbanizável

Artigo 35.o

Âmbito e usos

O espaço urbanizável caracteriza-se por se destinar a ocupaçãohabitacional e funções compatíveis, podendo vir a adquirir as carac-terísticas de espaço urbano.

Artigo 36.o

Categorias de espaço urbanizável

Identificam-se na área de intervenção do PU Vilamoura três cate-gorias de espaço urbanizável, delimitadas na planta de zonamento:

1) Categoria de espaço urbanizável de expansão;2) Categoria de espaço urbanizável de expansão de baixa

densidade;3) Categoria de espaço verde urbano.

Artigo 37.o

Usos na categoria de espaço urbanizável de expansão

Nesta categoria de espaço são permitidos os usos residenciais, decarácter turístico e hoteleiro, comerciais, de serviços e equipamentos.

Artigo 38.o

Edificabilidade na categoria de espaço urbanizável de expansão

1 — Os parâmetros de edificabilidade a verificar nesta categoriade espaço são os constantes do quadro de síntese do capítulo VIII,«Instrumentos de planeamento de pormenor».

2 — Em operações de loteamento aplicam-se as disposições dedimensionamento de espaços verdes e de utilização colectiva e dedimensionamento de infra-estruturas viárias e estacionamento cons-tantes da Portaria n.o 1182/92, de 22 de Dezembro, ou outra quea substitua, salvo quando, pela sua dimensão ou localização, se jus-tifique a afectação de espaços verdes de dimensão similar na zonaem que o loteamento se insere.

3 — Para efeitos de implantação de equipamentos de utilizaçãocolectiva, vigorarão apenas as disposições e propostas do presentePU, nomeadamente as referenciadas na planta de zonamento, ououtras a definir com maior detalhe em planos de pormenor.

4 — Na zona 1.3, o edifício a construir fica condicionado a umacota altimétrica de implantação não inferior a 15 m.

Artigo 39.o

Usos na categoria de espaço urbanizável de expansãode baixa densidade

Nesta categoria de espaço são permitidos os usos residenciais, decarácter turístico e hoteleiro, comerciais, de serviços e equipamentos.

Artigo 40.o

Edificabilidade na categoria de espaço urbanizável de expansãode baixa densidade

1 — Os parâmetros de edificabilidade a verificar nesta categoriade espaço são os constantes no quadro de síntese do capítulo VIII,«Instrumentos de planeamento de pormenor».

2 — Em operações de loteamento aplicam-se as disposições dedimensionamento de espaços verdes e de utilização colectiva e dedimensionamento de infra-estruturas viárias e estacionamento, cons-tantes da Portaria n.o 1182/92, de 22 de Dezembro, ou outra quea substitua, salvo quando, pela sua dimensão ou localização, se jus-tifique a afectação de espaços verdes de dimensão similar na zonaem que o loteamento se insere.

3 — Para efeitos de implantação de equipamentos de utilizaçãocolectiva, vigorarão apenas as disposições e propostas do presentePU, nomeadamente as referenciadas na planta de zonamento, ououtras a definir com maior detalhe em planos de pormenor.

Artigo 41.o

Categoria de espaço verde urbano

1 — Identifica-se na área de intervenção do PU Vilamoura a cate-goria de espaço verde urbano em espaço urbanizável, delimitada naplanta de zonamento.

2 — São áreas que, pela sua natureza e sensibilidade, se destinama equipar e qualificar os espaços urbanizáveis onde se inserem e afacilitar a drenagem natural.

Artigo 42.o

Subcategorias de espaço verde urbano

Identificam-se na área de intervenção do PU Vilamoura as seguin-tes subcategorias de espaço verde urbano, delimitadas na planta dezonamento:

1) Subcategoria de espaço área de verde urbano equipado;2) Subcategoria de espaço área de verde urbano de protecção.

Artigo 43.o

Subcategoria de espaço verde urbano equipado

1 — Localização e áreas propostas:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15IPP 5 — Fonte do Ulme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,10IPP 8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,50

2 — A subcategoria de espaço verde urbano equipado em espaçourbanizável caracteriza-se pela sua natureza e sensibilidade e des-tina-se a equipar e qualificar os espaços urbanizáveis em que se inseree facilitar a drenagem natural, destinando-se à instalação de equi-pamentos ou de áreas livres de lazer e recreio, nomeadamente paraprática desportiva, como campos de futebol relvados e campos degolfe.

3 — São igualmente permitidos os usos do solo, nomeadamentea implantação de espaços verdes e livres arborizados, áreas de recreioe lazer, zonas de observação da natureza, espelhos de água e lagos,incluindo para prática de desportos náuticos, percursos pedonais eequestres e todas as demais funções compatíveis com o seu estatuto.

Artigo 44.o

Subcategoria de espaço verde urbano de protecção

1 — Localização e área proposta:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 5 — Fonte do Ulme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,20

2 — A subcategoria de espaço verde urbano de protecção des-tina-se à instalação de zonas verdes de protecção e enquadramentoaos espaços urbanizáveis, onde se preconiza a plantação de maciçosarbóreos de espécies adequadas, por froma a constituírem barreirasnaturais de enquadramento e protecção visual, podendo albergar, com-plementarmente, actividades e equipamentos compatíveis de recreioe desportivos.

3 — São igualmente permitidos os usos do solo, nomeadamentea implantação de áreas de recreio e lazer, zonas de observação danatureza, espelhos de água e lagos, incluindo para prática de desportosnáuticos, percursos pedonais e equestres e todas as demais funçõescompatíveis com o seu estatuto.

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3330 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 134 — 11-6-1999

CAPÍTULO IV

Espaço agrícola

Artigo 45.o

Âmbito e usos

1 — Os espaços agrícolas têm como objectivo a preservação dossolos com maior aptidão agrícola, que contribuem para o desenvol-vimento da agricultura e para o equilíbrio biofísico, integrando-sena RAN.

2 — São permitidos os usos não agrícolas dos solos, nomeadamentea implantação de espaços verdes e livres arborizados, áreas de recreioe lazer, golfes, zonas de observação da natureza, espelhos de águae lagos, percursos pedonais e equestres e todas as demais funçõescompatíveis com o regime da RAN e, quando seja o caso, com oregime da REN.

3 — A abertura das vias de acesso às zonas urbanizáveis, ao centrode treinamento desportivo e à ETAR de Vilamoura, nomeadamenteas preconizadas na simulação constante da planta de zonamento, édesde já admitida, sendo a sua implantação definitiva consequentede projecto específico que definirá em rigor a localização e dimen-sionamento da área eventualmente a desafectar ao regime da RAN.

4 — A implantação de imóveis de apoio e construções precárias,decorrentes, nomeadamente, da concretização do centro de treina-mento desportivo, ficará condicionada à verificação da sua compa-tibilidade com o regime da RAN.

5 — O projecto do centro de treinamento desportivo será objectode parecer prévio vinculativo da entidade de tutela, para além doreferenciado no presente artigo.

6 — Neste espaço serão salvaguardadas as zonas de habitat caniçalexistentes ou, caso tal se revele inconveniente, em função de estudosespecíficos a desenvolver, serão adoptadas medidas compensatóriasque permitam a constituição de uma zona de habitat caniçal coma capacidade de suporte e características ecológicas equivalentes àsactualmente existentes.

Artigo 46.o

Categorias de espaço agrícola

Na área do PU Vilamoura identificam-se as seguintes categoriasde espaço agrícola, delimitadas na planta de zonamento:

1) Áreas de RAN — correspondem a áreas ao abrigo do regimeda RAN;

2) Áreas de agricultura condicionada II — correspondem a áreasao abrigo do regime da RAN coincidentes com áreas ao abrigodo regime da REN, estas integradas no ecossistema zonasameaçadas por cheias, prevalecendo, por este facto, o regimeda REN.

Artigo 47.o

Categoria de espaço área de RAN

1 — Na área do PU Vilamoura identificam-se as seguintes áreasincluídas na categoria de espaço área de RAN:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 1 — Aldeia hípica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,70IPP 4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150,10IPP 8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,70

2 — O regime de solos da RAN encontra-se definido em legislaçãoespecífica.

3 — A categoria de espaço área de RAN inclui, no IPP 1 — Aldeiahípica, uma área com 5000 m2, destinada a parqueamento automóvel,de apoio ao centro de treinamento desportivo. Nesta área de esta-cionamento apenas é permitida a sua pavimentação em materiais per-meáveis ou semipermeáveis, preconizando-se, nomeadamente, a ins-

talação de grelhas de relvamento e gravilha nos estacionamentos ezonas de circulação automóvel.

Artigo 48.o

Subcategorias de espaços em áreas de RAN

Identificam-se na área de intervenção do PU Vilamoura as seguin-tes subcategorias de espaço em áreas de RAN, delimitadas na plantade zonamento:

1) Subcategoria de espaço centro de treinamento desportivo:

a) Localização e áreas propostas:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 1 — Aldeia hípica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2IPP 4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

b) A subcategoria de espaço centro de treinamentodesportivo destina-se à prática de actividades des-portivas, de treino ou competição que tenham comoprincípio o seu desenvolvimento ao ar livre e emsolo revestido por material herbáceo, areia, planode água ou terra;

c) São permitidos os usos complementares compatíveiscom o regime da RAN, nomeadamente a instalaçãode apoios provisórios, bancadas desmontáveis eoutros meios que possibilitem o treino e a realizaçãode competições desportivas de âmbito nacional ouinternacional;

2) Subcategoria de espaço verde de protecção e enquadra-mento em área de RAN:

a) Localização e áreas propostas:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,40IPP 5 — Fonte do Ulme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

b) A subcategoria de espaço verde de protecção eenquadramento em área de RAN destina-se à ins-talação de zonas verdes de protecção e enquadra-mento, onde se preconiza a plantação de maciçosarbóreos de espécies adequadas, por forma a cons-tituírem barreiras naturais de enquadramento e pro-tecção visual, podendo albergar, complementar-mente, actividades e equipamentos compatíveis derecreio e desportivos;

3) Subcategoria de espaço lagos e canais em RAN:

a) Localização e área proposta:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,90

b) A subcategoria de espaço lagos e canais em RANdestina-se à regularização das linhas de drenagemnatural e armazenagem da água resultante, em ade-quação com a rede hidrográfica, com fins de valo-rização ambiental e paisagística dos espaços ondeestes se inserem e de suporte a actividades lúdicascomplementares.

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3331N.o 134 — 11-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B

Artigo 49.o

Categoria de espaço área de agricultura condicionada II

1 — Identifica-se na área de intervenção do PU Vilamoura a cate-goria de espaço área de agricultura condicionada II, delimitada naplanta de zonamento:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73,20IPP 8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44,20

2 — Esta categoria de espaço encontra-se abrangida pelos regimesda RAN e da REN.

Artigo 50.o

Subcategorias de espaços em áreas de agricultura condicionada II

Identificam-se na área de intervenção do PU Vilamoura as seguin-tes subcategorias de espaço em áreas de agricultura condicionada II,delimitadas na planta de zonamento:

1) Subcategoria de espaço centro de treinamento desportivo:

a) Localização e área proposta:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

b) A subcategoria de espaço centro de treinamentodesportivo em área de agricultura condicionada des-tina-se à prática de actividades desportivas de treinoou competição que tenham como princípio o seudesenvolvimento ao ar livre e em solo revestido pormaterial herbáceo, areia,plano de água ou terra, compatíveis com os regimesda RAN e da REN;

2) Subcategoria de espaço verde de protecção e enquadra-mento em área de agricultura condicionada II:

a) Localização e áreas propostas:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 1 — Aldeia hípica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,60IPP 4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,50

b) A subcategoria de espaço verde de protecção e enqua-dramento em área de agricultura condicionada II des-tina-se à instalação de zonas verdes de protecção eenquadramento, onde se preconiza a plantação de maci-ços arbóreos de espécies adequadas, por forma a cons-tituírem barreiras naturais de enquadramento e pro-tecção visual, podendo albergar, complementarmente,actividades e equipamentos de recreio e desportivoscompatíveis com os regimes da RAN e da REN;

3) Subcategoria de espaço lagos e canais em área de agriculturacondicionada II:

a) Localização e área proposta:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,50

b) A subcategoria de espaço lagos e canais em área deagricultura condicionada II destina-se à regularizaçãodas linhas de drenagem natural e armazenagem da água

resultante, em adequação com a rede hidrográfica, comfins de valorização ambiental e paisagística dos espaçosonde estes se inserem e de suporte a actividades lúdicascomplementares.

CAPÍTULO V

Espaço natural

Artigo 51.o

Âmbito e usos

1 — Os espaços naturais têm como objectivo a conservação devalores naturais, a promoção do repouso e do recreio ao ar livree a preservação da qualidade ambiental, integrando-se na REN.

2 — São permitidos os usos compatíveis, nos termos da legislaçãoem vigor, nomeadamente a implantação de espaços verdes e livresarborizados, áreas de recreio e lazer, zonas de observação da natureza,espelhos de água e lagos, percursos pedonais e equestres e todasas demais funções compatíveis com o regime da REN, nos termosda legislação aplicável.

3 — A implantação de imóveis de apoio e construções precáriasficará condicionada a parecer vinculativo da entidade competente.

Artigo 52.o

Categoria de espaço natural de grau I — REN

1 — Identifica-se na área de intervenção do PU Vilamoura a cate-goria de espaço natural de grau I — REN, delimitada na planta dezonamento:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,40

2 — São espaços que se integram na REN, estando sujeitos aoregime constante da legislação aplicável.

3 — São permitidos os usos compatíveis, nos termos da legislaçãoaplicável.

4 — A implantação de equipamentos de apoio e construções pre-cárias ficará condicionada a parecer vinculativo da entidade com-petente.

Artigo 53.o

Subcategoria de espaço lagos e canais em REN

1 — Identifica-se na área de intervenção do PU Vilamoura a sub-categoria de espaço lagos e canais em REN, delimitada na plantade zonamento:

a) Localização e área proposta:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,40

b) A subcategoria, de espaço lagos e canais em REN destina-seà regularização das linhas de drenagem natural e armaze-nagem da água resultante, em adequação com a rede hidro-lógica, com fins de valorização ambiental e paisagística dosespaços onde estes se inserem e de suporte a actividadeslúdicas complementares.

CAPÍTULO VI

Principais infra-estruturas

Artigo 54.o

Âmbito e usos

A classe de espaço principais infra-estruturas abrange áreas ondeexistem infra-estruturas básicas estruturantes.

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3332 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 134 — 11-6-1999

Artigo 55.o

Categorias de espaço infra-estruturas existentes

Na área do PU Vilamoura identificam-se as seguintes categoriasde espaço em infra-estruturas existentes, delimitadas na planta dezonamento:

1) Categoria de espaço subestação eléctrica (alvará n.o 4/90):

a) Localização e área:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 2 — Pinhal Velho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,40

b) Esta categoria de espaço destina-se à implantação dasubestação eléctrica de Vilamoura, admitindo-se os usoscompatíveis;

2) Categoria de espaço depósitos de água:

a) A subcategoria de espaço depósitos de água localiza-seno IPP 3 — Encosta das Oliveiras;

b) Esta categoria de espaço destina-se à implantação dosdepósitos de armazenagem e abastecimento de águaao empreendimento, admitindo-se os usos compatíveis;

3) Categoria de espaço ETAR de Vilamoura:

a) Localização e área:

Localização(IPP)

Área proposta(hectares)

IPP 4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,50

b) Esta categoria de espaço destina-se à implantação daestação de tratamento de esgotos de Vilamoura, admi-tindo-se os usos compatíveis.

CAPÍTULO VII

Espaço-canal

Artigo 56.o

Âmbito e usos

Os espaços-canais correspondem a corredores activados por infra--estruturas e que têm efeito de barreira física dos espaços que osmarginam.

Artigo 57.o

Categoria de espaço-canal proposto

É definida a categoria de espaço-canal proposto, destinada àimplantação de uma via proposta de âmbito municipal, cuja área nonaedificandi se encontra referenciada na planta de zonamento.

CAPÍTULO VIII

Instrumentos de planeamento de pormenor

Artigo 58.o

Âmbito

1 — Os instrumentos de planeamento de pormenor (IPP) corres-pondem a áreas de desenvolvimento global ou homogéneo, integrandoespaços urbano-turísticos, urbanizáveis, agrícolas, naturais, de equi-pamentos e grandes infra-estruturas e espaços-canais.

2 — Cada IPP será objecto, na globalidade ou parcelarmente, deplano de pormenor, projectos de loteamento ou projectos de licen-ciamento de empreendimentos turísticos, conforme as suas caracte-rísticas, que desenvolvam as directrizes do presente PU Vilamoura,admitindo-se a sua execução faseada.

Artigo 59.o

Instrumentos de planeamento de pormenor

Identificam-se na área de intervenção do PU Vilamoura os seguin-tes IPP:

1) IPP 1 — Aldeia hípica;2) IPP 2 — Pinhal Velho;3) IPP 3 — Encosta das Oliveiras;4) IPP 4 — Cerro da Vinha;5) IPP 5 — Fonte do Ulme;6) IPP 6 — Colinas do golfe;7) IPP 7 — Canais do golfe;8) IPP 8 — Cidade lacustre.

Artigo 60.o

Parâmetros de edificabilidade nos instrumentosde planeamento de pormenor

1 — Verificar-se-ão para os diversos IPP os parâmetros urbanísticosreferenciados no seguinte quadro de síntese:

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3333N

. o134

—11-6-1999

DIÁ

RIO

DA

RE

BL

ICA

—I

SÉR

IE-B

Parâmetros urbanísticos

Áreas incluídas no perímetro urbano Áreas máximas de ocupação

Construção(simulação)

Implantação(simulação)

Impermeabilização(simulação)

Área afectaa com./serv.

(metrosquadrados)

Área afectaa empreen-

dimentosturísticos(metros

quadrados)

Área afectaa residencial

(metrosquadrados)

Númeromáximode pisos(acima

do solo)

Númeromáximode fogos

(média de100 m2/fogo)

Númeromáximo

de camasturísticas (e)

(30 m2 a40 m2)

Númerototal de

habitantes(2,7 hab./

fogo++númerode camasturísticas)

Instrumentosde planeamento

de pormenorZonas

Áreatotalde

intervenção(hectares)

Intervenção(hectares)

(metrosquadrados) COS (metros

quadrados) CAS (metrosquadrados) CIS

1 — Aldeia hípica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 19,40 46 000 0,23 26 250 0,14 37 260 0,19 7 000 21 300 16 700 167 619 1 070

1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3 12 000 0,40 7 500 0,25 10 500 0,35 2 2 000 5 000 5 000 50 125 2601.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,70 6,70 17 500 0,26 10 000 0,15 13 500 0,20 2 1 000 4 800 11 700 117 144 4601.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,50 0,50 1 500 0,30 1 250 0,25 2 000 0,40 2 – 1 500 – – 50 501.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,50 1,50 14 000 0,93 7 500 0,50 11 250 0,75 3 4 000 10 000 – – 300 300Área de RAN . . . . . . . . . . . (a) 10,70 7,70 – – – – – – – – – – – – –Verde protecção/enqua-

dram. AACII.1,60 – – – – – – – – – – – – – –

2 — Pinhal Velho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 99 45 000 0,06 35 000 0,04 52 500 0,05 5 – – 45 000 90 – 450

Espaço urbanizável exp.baixa dens.

98,60 98,60 45 000 – 35 000 – 52 500 – 2 – – 45 000 (*)90 – (*)450

Subestação eléctrica . . . . . . 0,40 0,40 – – – – – – – – – – – – –

3 — Encosta das Oliveiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 57 150 000 0,26 82 300 0,14 121 800 0,21 – 17 635 – 132 365 1 323 – 3 560

3.1 (alvará n.o 8/83) . . . . . . 4,70 4,70 41 215 0,88 14 300 0,30 21 300 0,45 (***) 3 – – 41 215 412 – 1 1003.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (b) 16,30 16,30 70 150 0,43 40 000 0,25 57 000 0,35 (**) 3 1 000 – 69 150 691 – 1 8603.3 (alvará n.o 2/80) . . . . . . (c) 7,70 7,70 11 315 0,15 8 000 0,10 11 500 0,15 3 11 315 – – – – –3.4 (alvará n.o 2/80) . . . . . . (d) 8 8 27 320 0,34 20 000 0,25 32 000 0,40 3 5 320 – 22 000 220 – 600Verde urbano equipado . . . 17,30 17,30 – – – – – – – – – – – – –Verde urbano de protecção 3 3 – – – – – – – – – – – – –

4 — Cerro da Vinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313 79,80 160 000 0,20 77 000 0,10 116 500 0,15 3 000 22 500 134 500 1 345 612 4 240

4.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,90 11,90 51 300 0,43 24 000 0,20 36 000 0,30 (**) 3 1 000 15 000 35 300 353 427 1 3804.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23,50 23,50 96 200 0,41 46 000 0,20 70 000 0,30 (**) 3 2 000 – 94 200 942 – 2 5404.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,90 6,90 12 500 0,18 7 000 0,10 10 500 0,15 (**) 3 – 7 500 5 000 50 185 320Verde urbano equipado . . . 15 15 – – – – – – – – – – – – –Área de RAN . . . . . . . . . . . (a) 150,10 22,50 – – – – – – – – – – – – –Área de agricultura condi-

cionada.(a) 73,20 – – – – – – – – – – – – – –

Verde protecção/enqua-dram. RAN.

8,40 – – – – – – – – – – – – – –

Verde protecção/enqua-dram. AAC II.

9,50 – – – – – – – – – – – – – –

ETAR de Vilamoura . . . . . 14,50 – – – – – – – – – – – – – –

5 — Fonte do Ulme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 9 15 000 0,17 12 000 0,13 17 300 0,19 – – 15 000 – – 340 340

5.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,90 4,90 12 000 0,24 10 000 0,20 14 500 0,30 2 – 12 000 – – 340 3405.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,80 0,80 3 000 0,38 2 000 0,25 2 800 0,35 2 – 3 000 – – 100 100

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3334D

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A—

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-BN

. o134

—11-6-1999

Áreas incluídas no perímetro urbano Áreas máximas de ocupação

Construção(simulação)

Implantação(simulação)

Impermeabilização(simulação)

Área afectaa com./serv.

(metrosquadrados)

Área afectaa empreen-

dimentosturísticos(metros

quadrados)

Área afectaa residencial

(metrosquadrados)

Númeromáximode pisos(acima

do solo)

Númeromáximode fogos

(média de100 m2/fogo)

Númeromáximo

de camasturísticas (e)

(30 m2 a40 m2)

Númerototal de

habitantes(2,7 hab./

fogo++númerode camasturísticas)

Instrumentosde planeamento

de pormenorZonas

Áreatotalde

intervenção(hectares)

Intervenção(hectares)

(metrosquadrados) COS (metros

quadrados) CAS (metrosquadrados) CIS

Verde urbano equipado . . . 2,10 2,10 – – – – – – – – – – – – –Verde urbano de protecção 1,20 1,20 – – – – – – – – – – – – –Verde protecção/enqua-

dram. RAN.6 – – – – – – – – – – – – – –

6 — Colinas do golfe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 119 130 000 0,11 80 000 0,07 117 000 0,10 – 1 500 33 000 95 500 955 839 3 420

6.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9,50 9,50 36 000 0,38 24 000 0,25 33 000 0,35 (**) 3 – 18 000 18 000 180 464 9506.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,60 13,60 43 000 0,32 27 000 0,20 40 500 0,30 (**) 3 500 – 42 500 425 – 1 1506.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14,50 14,50 51 000 0,35 29 000 0,20 43 500 0,30 (**) 3 1 000 15 000 35 000 350 375 1 320Verde urbano equipado . . . 76,60 76,60 – – – – – – – – – – – – –Lagos e canais em espaço

urbano.4,80 4,80 – – – – – – – – – – – – –

7 — Canais do golfe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26,20 26,20 63 000 0,24 32 600 0,12 48 260 0,18 – 1 000 23 600 38 600 348 740 1 780

7.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,30 2,30 6 500 0,28 3 500 0,15 5 750 0,25 (**) 3 – 6 500 – – 210 2107.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,50 5,50 34 740 0,63 16 700 0,30 25 000 0,45 (**) 3 – 10 000 24 740 247 230 9007.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,50 3,50 21 760 0,62 12 400 0,35 17 500 0,50 (**) 3 1 000 7 000 13 760 137 300 670Verde urbano equipado . . . 13,80 13,80 – – – – – – – – – – – – –Lagos e canais em espaço

urbano.1,10 1,10 – – – – – – – – – – – – –

8 — Cidade lacustre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 97,4 340 000 0,36 137 600 0,14 235 550 0,24 – 14 000 137 500 188 500 1 885 3 687 8 770

8.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,80 6,80 30 000 0,44 13 500 0,20 20 250 0,30 (**) 3 – 30 000 – – 800 8008.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,60 5,80 15 000 0,27 8 500 0,15 11 400 0,20 (**) 3 – – 15 000 150 – 4008.3 (alvará n.o 4/89) . . . . . . 11,30 11,30 85 000 0,75 28 000 0,25 57 000 0,50 (**) 3 5 000 20 000 60 000 600 580 2 2008.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 5 35 000 0,70 12 500 0,25 17 500 0,35 4 – 35 000 – – 1 000 1 0008.5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 21 75 000 0,36 32 500 0,15 43 000 0,20 (**) 3 – 7 500 67 500 675 180 2 0008.6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,80 12,80 69 000 0,54 32 000 0,25 64 000 0,50 (**) 3 5 000 35 000 29 000 290 877 1 6608.7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,30 3,30 30 000 0,91 10 000 0,30 21 500 0,65 (**) 3 3 000 10 000 17 000 170 250 7108.8 (alvará n.o 12/87) . . . . . 0,20 0,20 1 000 0,50 600 0,30 900 0,45 2 1 000 – – – – –Verde urbano equipado . . . 15,50 – – – – – – – – – – – – – –Área de RAN . . . . . . . . . . . 2,70 – – – – – – – – – – – – – –Área de agricultura condi-

cionada II.44,20 – – – – – – – – – – – – – –

Espaço natural de grau I —REN.

6,40 – – – – – – – – – – – – – –

Lagos e canais em espaçourbano.

17,40 17,40 – – – – – – – – – – – – –

Lagos e canais em REN . . . 7,40 5,60 – – – – – – – – – – – – –Lagos e canais em RAN . . . 1,90 1,90 – – – – – – – – – – – – –

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3335N.o 134 — 11-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-BÁ

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2 — Para cada uma das zonas que integram os IPP são admissíveisacertos pontuais aos parâmetros urbanísticos constantes do quadrodo número anterior, desde que não sejam ultrapassados os respectivosquantitativos globais para cada IPP, referenciados no mesmo quadro.

3 — Não são admitidas alterações ao número máximo de pisosindicado em cada uma das zonas que integram os IPP.

TÍTULO III

Disposições complementares

CAPÍTULO I

Cedências

Artigo 61.o

Áreas de cedência ao município

As cedências de parcelas de terreno a integrar no domínio muni-cipal, nomeadamente quanto a espaços verdes e livres, vias automóveis,áreas de estacionamento e áreas de equipamentos públicos, nos termosdo referido no presente Regulamento, regem-se pela legislaçãoaplicável.

Artigo 62.o

Achados arqueológicos

1 — Quando na realização de obras ou movimentos de terras severificar a descoberta de vestígios arqueológicos, as obras deverãoser suspensas e notificada a Câmara Municipal de Loulé e a entidadede tutela, no mais curto período de tempo, por forma a permitira execução de escavações e prospecção de emergência.

2 — Poderá a entidade de tutela suspender ou embargar os tra-balhos, se tal não for cumprido.

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3336 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 134 — 11-6-1999