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SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL - SEDAS GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO Av. Cruz Cabugá, 665 – Santo Amaro – Recife/PE CEP 50.040.00 – FONE: 3183 3045 / 3051 PRESTAÇÃO DE CONTAS TEXTO 1 – PRESTAÇÃO DE CONTAS O Poder Público é o agente do bem comum. Cabe-lhe satisfazer as necessidades coletivas, diretamente ou mediante concessão, permissão ou autorização, notadamente aquelas relativas à educação, saúde, saneamento, energia, transporte coletivo, etc. Para disseminar tais benefícios à população, é indispensável a realização de despesas que implicam na utilização de recursos públicos, arrecadados dessa mesma população para que a ela voltem sob a forma de escolas, hospitais, estradas, iluminação, entre outros. O dinheiro arrecadado pelo Poder Público não lhe pertence e sim ao povo. O Poder Público é apenas o seu administrador, atuando através dos agentes políticos e dos servidores públicos visando o bem comum. As despesas a que nos referimos cobrem também o funcionamento da própria máquina estatal, indispensável para a consecução das políticas públicas, máquina esta que requer não só pessoal para conduzi-la e cujo trabalho é evidentemente remunerado, mas igualmente aparelhamentos materiais; uns perecíveis no dia a dia de suas atividades, ou seja, materiais de consumo, outros duráveis de longa utilização, tais como; imóveis, máquinas, equipamentos. Se ao Poder Público não pertence o dinheiro que ele utiliza e do qual é mero gestor, nasce para os seus titulares o dever de informar ao povo a maneira como os recursos arrecadados foram empregados, durante o exercício para o qual foi legalmente autorizada a sua utilização. INTRODUÇÃO

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PRESTAÇÃO DE CONTAS

TEXTO 1 – PRESTAÇÃO DE CONTAS

O Poder Público é o agente do bem comum. Cabe-lhe satisfazer as

necessidades coletivas, diretamente ou mediante concessão, permissão ou

autorização, notadamente aquelas relativas à educação, saúde, saneamento, energia,

transporte coletivo, etc. Para disseminar tais benefícios à população, é indispensável a

realização de despesas que implicam na utilização de recursos públicos, arrecadados

dessa mesma população para que a ela voltem sob a forma de escolas, hospitais,

estradas, iluminação, entre outros. O dinheiro arrecadado pelo Poder Público não lhe

pertence e sim ao povo. O Poder Público é apenas o seu administrador, atuando

através dos agentes políticos e dos servidores públicos visando o bem comum.

As despesas a que nos referimos cobrem também o funcionamento da própria

máquina estatal, indispensável para a consecução das políticas públicas, máquina esta

que requer não só pessoal para conduzi-la e cujo trabalho é evidentemente

remunerado, mas igualmente aparelhamentos materiais; uns perecíveis no dia a dia de

suas atividades, ou seja, materiais de consumo, outros duráveis de longa utilização,

tais como; imóveis, máquinas, equipamentos.

Se ao Poder Público não pertence o dinheiro que ele utiliza e do qual é mero

gestor, nasce para os seus titulares o dever de informar ao povo a maneira como os

recursos arrecadados foram empregados, durante o exercício para o qual foi

legalmente autorizada a sua utilização.

INTRODUÇÃO

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Ao Poder Executivo cabe a arrecadação da receita e a devida redistribuição e

aplicação mediante formulação de Leis. Ao Poder Legislativo cabe em nome do povo,

autorizar as despesas, mediante discussão e aprovação da lei orçamentária. No

modelo brasileiro, o Poder Legislativo conta para o exercício do controle com o auxílio

de um órgão técnico, que é, conforme o caso, o Tribunal de Contas da União, os

Tribunais de Contas dos Estados, os Tribunais de Contas dos Municípios (os dois únicos

Municípios que os possuem são:; São Paulo e Rio de Janeiro).

Embora o gestor público esteja obrigado a informar como usou o dinheiro do

povo, tal obrigatoriedade não representa, de maneira alguma, uma desconfiança em

relação aos procedimentos por aquele adotados, mas apenas uma oportunidade que

se concede ao povo de conhecer a destinação dada ao seu dinheiro e se esta

destinação se pautou pelos ditames legais pertinentes.

Não podemos esquecer ainda que a Constituição de 1988 trouxe novos

componentes na perspectiva da ampliação do Controle, determinando novos

mecanismo a exemplo dos conselhos de políticas públicas e atribuindo a novos sujeitos

também a responsabilidade de controlar a ação dos agentes públicos, ou seja

formalizando o Controle Social.

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O controle dos gastos públicos se orienta por uma série de princípios. Tendo

em vista as disposições legais que o instituem e o regem, podemos identificar e assim

denominar os princípios orientadores do controle das despesas públicas:

PRINCÍPIOS DO CONTROLE

PRINCÍPIO DA AUTONOMIA

• Não se pode compreender o exercício do controle sem a plena vigência da autonomia, tanto no que tange à sua própria existência, como também em relação ao exercício de suas atividades. Assim é que a Constituição Federal dá aos Tribunais de Contas autonomia administrativa, inclusive quanto à iniciativa de leis que digam respeito a questões de seu interesse, assim como lhes confere autonomia para o pleno exercício do controle, atribuindo-lhe competência para realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas diferentes unidades administrativas dos três Poderes, bem como nas demais entidades das administrações direta, indireta e fundacional.

PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA

• Obriga o controle manter independência em relação a todos os agentes políticos ou servidores públicos, qualquer que seja sua posição na escala hierárquica da administração pública. Sem independência não há controle. Daí a Constituição haver dado aos membros dos Tribunais de Contas os mesmos predicamentos, bem como os mesmos direitos e vantagens conferidos aos membros do Poder Judiciário.

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PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE

• O princípio da universalidade submete ao controle todos os gestores públicos: Presidente da República, Governadores de Estados, Prefeitos Municipais e demais administradores e entidades que atuem como ordenadores de despesas e que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público.

PRINCÍPIO DA TOTALIDADE

• O princípio da totalidade, sujeita ao controle a totalidade do patrimônio público, representado por dinheiros, bens e valores, de acordo com a referência expressa no art. 71, II da Constituição da República.

• “Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

• I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

• II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público”

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

• O princípio da legalidade, por sua vez, obriga que o controle aja com estreita obediência as normas legais que regem a sua atuação, os quais se acham definidos, como já dissemos, a partir da própria Constituição Federal, e na legislação complementar e ordinária, bem como em normas regimentais, de âmbito federal, estadual ou municipal, conforme o caso. O princípio da legalidade impõe ao controle que se sujeite às normas jurídicas.

PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE

• O princípio da imparcialidade, Imprescindível a uma boa atuação do controle é sua submissão, pelo qual deve ele agir sem permitir que se interponha no desenvolvimento de suas atividades questões de ordem política. Isto posto não significa que os agentes do controle não possam professar ideias ou ideologias, o que é proibido é permitir que tais ideias ou ideologias interfiram em seus atos de controle.

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Com a promulgação da Constituição de 1988, inovações significativas foram

introduzidas na dinâmica e no conteúdo do controle dos atos que, mediata ou

imediatamente, geram despesas para os cofres públicos. Podemos identificar os

seguintes tipos de controle, exercitados pelos órgãos encarregados da fiscalização:

ASPECTOS DO CONTROLE

CONTROLE DA LEGALIDADE

• Despesa legal ou regular é a que se submete estritamente aos termos da lei. Para a sua regular efetuação, a despesa deve seguir os sucessivos estágios da autorização, liquidação e pagamento. Se em algum instante, ao efetuar uma despesa, o administrador se afasta da lei, irregular se torna o gasto, sendo a irregularidade tanto mais grave quanto maior é esse afastamento.

CONTROLE DA LEGITIMIDADE

• A despesa, para ser legítima, tem de ser direcionada no sentido da concretização do bem comum. Despesa ilegítima é aquela que se afasta do fim último do Estado, que é o bem coletivo. Vê-se, assim, que uma despesa pode ser legal, efetuada segundo as normas financeiras em vigor, mas se mostrar ilegítima, na medida em que não se dirija àquele fim primordial. A inserção da legitimidade, como aspecto do controle das despesas, representa um avanço, vez que deixa de lado o exame meramente formal da legalidade para exigir também a apreciação de algumas particularidades que cercam as despesas, tais como, oportunidade e prioridade, como exemplo.

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Para o seu eficaz exercício o controle se utiliza de diferentes instrumentos, tais

como, demonstrações contábeis, financeiras, orçamentárias, patrimoniais, bem como

procedimentos de natureza operacional, de modo a lhe dar pleno e variado

conhecimento da gestão da coisa pública. O controle, autorizado pela Constituição,

efetua diferentes tipos de fiscalização, a saber:

A contabilidade é o meio pelo qual a administração procede ao registro,

controle e análise das diferentes operações de caráter orçamentário, financeiro e

patrimonial, levadas a efeito em seu âmbito, durante o exercício. A escrituração

contábil dá ao administrador a possibilidade de medir a sua ação em termos

financeiros, fornece-lhe os elementos para elaboração de sua prestação de contas,

além de dar-lhe as informações indispensáveis à tomada de decisões e ao

aperfeiçoamento da administração. Os registros contábeis são objeto de análise por

CONTROLE DA ECONOMICIDADE

• Preocupa-se com o exame da despesa sob o ponto de vista da obtenção de resultado a custo adequado, não necessariamente ao menor custo possível, pois nem tudo que é de custo reduzido atende bem à coletividade.

CONTROLE DA MORALIDADE

• A Constituição de 1988 explicitou em seu texto, como um dos princípios orientadores da administração pública, o princípio da moralidade. Os atos administrativos devem estar, pois, imbuídos de um substrato ético, cuja realização é objeto, sem dúvida, do controle, como o são a legalidade, a legitimidade e a economicidade.

INSTRUMENTOS DO CONTROLE

CONTROLE CONTÁBIL

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parte dos órgãos de controle, os quais deles se servem para verificação dos

procedimentos no tocante aos aspectos orçamentários, financeiros e patrimoniais da

gestão pública. Aos órgãos de controle não cabe apenas a mera verificação dos

registros contábeis, mas, principalmente a retificação desses registros, quando

errados.

Tal controle se exerce sobre a movimentação financeira realizada no exercício,

desde o primeiro ao último dia deste, a qual se encontra espelhada no balanço

financeiro que engloba a receita e a despesa orçamentárias, bem como os

recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os

saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o

exercício seguinte.

As receitas públicas se acham estimadas e as despesas se encontram

autorizadas na lei orçamentária, mediante a qual o Poder Público arrecada os recursos

de que necessita e efetua os gastos. Toda e qualquer despesa só pode ser validamente

efetuada se estiver legalmente autorizada. O controle orçamentário diz respeito, pois,

à verificação da obediência ao princípio da legalidade, no que refere à realização de

despesas. O balanço orçamentário é que, demonstrando as receitas previstas e as

despesas autorizadas em confronto com as realizadas, faculta ao controle o

conhecimento do modo como se deu a execução da lei orçamentária.

CONTROLE FINANCEIRO

CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

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O controle patrimonial diz respeito ao conhecimento dos elementos que

compõe o patrimônio público e que se acham espelhados no balanço patrimonial.

Além disso, o controle patrimonial abrange o conhecimento dos bens de caráter

permanente pertencentes à entidade pública, bem como os responsáveis por sua

guarda e administração.

A execução das funções públicas passou a ser apreciada também pelo ângulo

operacional, compreendendo a economia, a eficiência e a eficácia. O princípio da

economia direciona a administração no sentido de que ela se conduza com

austeridade e cautela na utilização dos dinheiros públicos, "procurando sempre o

custo mais baixo, sem prejuízo da qualidade dos serviços e aquisições". O princípio da

eficiência leva a administração a extrair os benefícios máximos de qualquer atividade

governamental. Finalmente, o princípio da eficácia projeta sobre a administração a

necessidade da consecução dos objetivos visados. A auditoria operacional tem um

relevante papel na melhoria dos procedimentos administrativos, cabe-lhe "atuar como

instrumento de gerenciamento tendente a detectar imperfeições ou deficiências,

avaliar causas e efeitos decorrentes de distorções, propor soluções ou alternativas,

tudo em referência às funções desenvolvidas pelo Poder Público".

CONTROLE PATRIMONIAL

CONTROLE OPERACIONAL

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Até aqui vimos que o gestor público é responsável pela arrecadação,

administração e gestão dos recursos públicos, como estes são públicos serão usados

em benefício da população. E para tanto as administrações seguem uma série de

normas e procedimentos, seja para implantar ou implementar uma política

diretamente, seja repassando recursos para que um outro realize o serviço.

A Constituição da República estabelece uma redistribuição das rendas auferidas

pela União e pelos Estados de modo a tentar equalizar a relação entre as

competências materiais de cada um deles e os recursos que respectivamente

arrecadam.

No entanto essa lógica não fica restrita apenas aos recursos decorrentes dos

impostos previstos pelo texto constitucional. Normas infraconstitucionais também

estabelecem a obrigatoriedade da União e dos Estados repartirem recursos entre si. Os

entes podem, de forma não obrigatória transferir rendas para serem destinados a

atividades de interesse mútuo e público.

GASTO PÚBLICO - FORMA DE REPASSE

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TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS

• Correspondem às parcelas de recursos arrecadados pelo governo federal e repassados aos demais entes da federação (Estados, Distrito Federal e Municípios). O rateio da receita proveniente da arrecadação de impostos entre os entes federados representa um mecanismo fundamental para amenizar as desigualdades regionais, na busca incessante de promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e Municípios. Dentre as principais transferências da União para os Estados, o DF e os Municípios, previstas na Constituição, destacam-se: o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE); o Fundo de Participação dos Municípios (FPM); o Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados - FPEX; o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb; e o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.

TRANSFERÊNCIAS LEGAIS

• Consistem em repasses de recursos do Governo Federal para Estados, Distrito Federal e Municípios. Essas transferências de recursos são disciplinadas em leis específicas. Essas leis determinam a forma de habilitação, a transferência, a aplicação dos recursos e como deverá ocorrer a respectiva prestação de contas. Dentre as principais transferências da União para os Estados, o DF e os Municípios, previstas em leis, destacam-se: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE), o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), o Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, entre outros.

TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS

• Consistem na entrega de recursos públicos a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal, ou os destinados ao Sistema Único de Saúde (art. 25 Lei de Responsabilidade Fiscal). O Convênio, assim como o contrato de repasse é um instrumento de transferências voluntárias.

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O repasse de recurso da União a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, a

título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, o qual não decorra de

determinação Constitucional ou legal ou se destine ao Sistema Único de Saúde (art. 25

Lei de Responsabilidade Fiscal), é denominado Transferência Voluntária.

A Transferência Voluntária pode ser realizada por meio dos seguintes

instrumentos abaixo:

TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS

Convênio

Contrato de

Repasse

Termo de Parceria

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Ressaltamos que o conteúdo abordado é de fundamental importância para alargar a compreensão do processo de prestação de contas, como um processo que não se encerra em si mesmo, e que por outro lado incorpora dimensões de suma importância e essencial para transformação de um Estado verdadeiramente democrático.

Fonte de pesquisa: http://jus.com.br/revista/texto/335/prestacao-de-contas

Conteudista: Ana Nery

CONVÊNIO

• Convênios são acordos firmados entre órgãos públicos ou entre órgãos públicos e privados para realização de atividades de interesse comum dos participantes. (Instrução Normativa nº 01, de 15 de janeiro de 1997, da Secretaria do Tesouro Nacional)

CONTRATO DE REPASSE

• Encontra-se disciplinado no Decreto nº 1.819, de 16 de fevereiro de 1996, é o instrumento utilizado para transferência de recursos financeiros da União para Estados, Distrito Federal e Municípios, por intermédio de instituição ou agência financeira oficial federal, destinados a execução de programas governamentais. A instituição que mais fortemente vem utilizando essa modalidade é a Caixa Econômica Federal.

TERMO DE PARCERIA

• Instituído pela Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, é o instrumento firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução de atividades consideradas de interesse público, previstas no art. 3º da Lei.