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Ministério da Fazenda Prestação de Contas Ordinárias Anual Relatório de Gestão do exercício de 2011 Março/2012

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Ministério da Fazenda

Prestação de Contas Ordinárias Anual Relatório de Gestão do exercício de 2011

Março/2012

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Prestação de Contas Ordinárias Anual Relatório de Gestão do exercício de 2011

Relatório de Gestão do exercício de 2011 apresentado aos órgãos de controle

interno e externo como prestação de contas ordinárias anual a que esta Unidade

está obrigada nos termos do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de

acordo com as disposições da Instrução Normativa TCU nº 63/2010, da Decisão

Normativa TCU nº 108/2010 e da Portaria TCU nº 123/2011 e das orientações do

órgão de controle interno.

Brasília, DF Março/2012

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MINISTRO DA FAZENDA Guido Mantega SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA Nelson Henrique Barbosa Filho PRESIDENTE DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS Antonio Gustavo Rodrigues SECRETÁRIO-EXECUTIVO Dílson Porfírio Pinheiro Teles DIRETOR DE ANÁLISE E FISCALIZAÇÃO Antonio Carlos Ferreira de Sousa CHEFE DE GABINETE Bernardo Antonio Machado Mota COORDENADOR-GERAL DE ANÁLISE Joaquim da Cunha Neto COORDENADOR-GERAL DE FISCALIZAÇÃO Cesar Almeida de Meneses Silva ASSESSOR DO SECRETÁRIO-EXECUTIVO Responsável pela Área Administrativa Marcelo Silva Pontes

CONSELHEIROS DO COAF EM 31/12/2011:

BANCO CENTRAL DO BRASIL Ricardo Liáo COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS Waldir de Jesus Nobre AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA Ricardo Zonato Esteves SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL José Ildomar Uberti Minuzzi SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS Léo Maranhão de Mello CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO Mário Vinícius Claussen Spinelli PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Iara Antunes Vianna DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL Marcelo de Oliveira Andrade MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Ricardo Andrade Saadi MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Everton Frask Lucero MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Sérgio Djundi Taniguchi

CONVIDADOS:

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO Virgínia Charpinel Junger Cestari CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS – COFECI José Augusto Viana Neto

Permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte. COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras SAUS – Setor de Autarquias Sul - Quadra 1, Lote 3-A, 70070-010 – Brasília – DF Telefone: +55 (61) 2025-4001/ 2025-4002 – Fax: (61) 2025-4000 Correio eletrônico: [email protected] – Internet: www.coaf.fazenda.gov.br

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SUMÁRIO

1.  IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE JURISDICIONADA .................................................. 7 

1.1  INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8 

2.  PLANEJAMENTO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA, OBJETIVOS E METAS DA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA BRASILEIRA ..................... 10 

2.1  RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS ............................................................................. 10 

2.2  ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO FRENTE ÀS RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS .................. 11 

2.2.1  Planejamento Estratégico ..................................................................................................... 12 

2.2.2  Programa de Modernização Institucional do Ministério da Fazenda - PMIMF ................... 16 

2.2.3  Atuação Internacional ........................................................................................................... 16 

2.2.4   Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – ENCCLA ......... 21 

2.2.5   Cooperação Técnica ............................................................................................................. 22 

2.2.6   Difusão da Cultura de PLD/FT ............................................................................................. 22 

2.3  PROGRAMA 1164 – PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO ......................... 23 

2.3.1  Ação 4946 – Inteligência Financeira para a Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo ............................................................................................................. 24 

2.3.1.1  Desempenho Operacional da Inteligência Financeira ................................................................ 26 

2.3.2  Ação 8959 – Regulação para Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo ........................................................................................................................................... 34 

2.3.2.1  Desempenho Operacional da Regulação e Supervisão ............................................................... 37 

2.3.3  Execução Física das Ações Realizadas pelo COAF ............................................................. 39 

2.4  DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO/FINANCEIRO ................................................................... 41 

3.  RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES ................................................ 45 

4.  GESTÃO DE PESSOAS E FORÇA DE TRABALHO .................................................... 46 

4.1  AÇÕES DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO – INDICADORES GERENCIAIS ......................... 50 

5.  DECLARAÇÕES DE BENS E RENDAS .......................................................................... 53 

6.  FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO COAF ........... 53 

7.  GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS ........................................ 53 

8.  GESTÃO DE BENS IMÓVEIS DE USO ESPECIAL ..................................................... 54 

9.  GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ....................................................... 54 

9.1  PLANEJAMENTO DA ÁREA ................................................................................................ 54 

9.2  SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO ......................................................................................... 55 

9.3  DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE SISTEMAS .............................................................. 55 

9.4  CONTRATAÇÃO E GESTÃO DE BENS E SERVIÇOS DE TI ..................................................... 55 

9.5  OUTRAS AÇÕES DE TI ...................................................................................................... 56 

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011  

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LISTA DE SIGLAS

ABIN - Agência Brasileira de Inteligência AGU - Advocacia-Geral da União BCB - Banco Central do Brasil CGU - Controladoria-Geral da União CGRP - Central de Gerenciamento de Riscos e Prioridades CICTE/OEA - Comissão Interamericano contra o Terrorismo CICAD/OEA - Comissão Interamericana de contra o Abuso de Drogas COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras CTC/ONU - Comite de Combate ao Terrorismo CVM - Comissão de Valores Mobiliários DPF - Departamento de Polícia Federal DRCI - Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional da

Secretaria Nacional de Justiça/MJ EGMONT - Grupo de Egmont que congrega Unidades de Inteligência Financeira de mais de

120 países e jurisdições. ENCCLA - Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro GAFI/FATF - Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e Financiamento do

Terrorismo – Financial Action Task Force GAFISUD - Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e

Financiamento do Terrorismo GT - Grupo de Trabalho MPOG - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão PETI - Plano Estratégico de Tecnologia de Informação PDTI - Plano Diretor de Tecnologia de Informação PLD/FT - Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo RIF - Relatório de Inteligência Financeira do COAF SAMF/DF - Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no DF SEAIN - Secretaria de Assuntos Internacionais SEI - Sistema eletrônico de Informação SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados do ministério da Fazenda SIGPlan - Sistema de Informações de Gestão e Planejamento SISCOAF - Sistema de Controle de Atividades Financeiras SNJ - Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça SPOA/MF - Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Min. da Fazenda PREVIC - Superintendência Nacional de Previdência Complementar do Ministério da

Previdência Social SRFB - Secretaria da Receita Federal do Brasil SUSEP - Superintendência de Seguros Privados TCU - Tribunal de Contas da União UIF - Unidade de Inteligência Financeira UNODC - Escritório sobre Drogas e Crime das Nações Unidas

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LISTA DE QUADROS, FIGURAS, GRÁFICOS, TABELAS E ANEXOS

QUADROS

Quadro I – Identificação da UJ no Relatório de Gestão Individual Quadro II – Resultado do Plano Tático-Operacional Quadro III – Comunicações Recebidas por Setor Obrigado/Ano Quadro IV – Intercâmbios com Autoridades Nacionais Quadro V – Execução Física das Ações Realizadas pelo COAF Quadro VI – Despesas do COAF em 2011 Quadro VII – Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa Quadro VIII – Despesas por Modalidade de Contratação dos Créditos Recebidos por Movimentação Quadro IX – Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos Créditos Recebidos por Movimentação Quadro X – Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos Créditos Recebidos por Movimentação Quadro XI – Situação dos Restos a Pagar de Exercícios Anteriores Quadro XII – Composição do Quadro de Recursos Humanos – Situação apurada em 31/12/2011 Quadro XIII – Composição do Quadro de Recursos Humanos por Faixa Etária – Situação apurada em 31/12/2011 Quadro XIV – Composição do Quadro de Recursos Humanos por Nível de Escolaridade – Situação apurada em 31/12/2011 Quadro XV – Composição do Quadro de Estagiários Quadro XVI – Estrutura de Controles Internos do COAF Quadro XVII – Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis Quadro XVIII – Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial de Propriedade da União Quadro XIX – Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial Locados de Terceiros Quadro XX – Gestão de TI do COAF

FIGURAS

Figura I – Gerenciamento de Riscos na Supervisão

GRÁFICOS Gráfico I – Distribuição de Ações por Objetivos Estratégicos Gráfico II – Resultado Geral do Plano Tático Operacional 2009-2011 Gráfico III – Resultado do Plano Tático Operacional 2008-2011 – por Ano/Objetivo Estratégico Gráfico IV – Distribuição de Casos por Faixa de Risco Gráfico V – Comunicações Recebidas por Ano Gráfico VI – Quantidade Anual de Relatórios de Inteligência Produzidos Gráfico VII – Quantidade Anual de Comunicações Utilizadas e Pessoas Envolvidas nos RIF Gráfico VIII – Bloqueios Judiciais por Ano (R$ milhões) Gráfico IX – Quantidade de IPLs Instaurados pelo DPF a Partir de RIF Gráfico X – Averiguações Preliminares Gráfico XI – Processos Administrativos Julgados Gráfico XII – Evolução das principais Naturezas de Despesas do COAF (2009-2011) Gráfico XIII – Evolução percentual das Despesas Orçamentárias do COAF (2009-2011) Gráfico XIV – Pessoal treinado/capacitado em 2011 – por área Gráfico XV – Variação anual e número total de horas de treinamento no período de 2007 a 2011

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TABELAS Tabela I –Memorandos de Entendimento Vigentes Tabela II – Capacitações Oferecidas em 2011 – Inteligência Financeira e Supervisão Tabela III – Descrição do Programa 1164 Tabela IV – Descrição da Ação 4946 Tabela V – Indicador de Desempenho da Inteligência Financeira – PPA 2011 Tabela VI – Distribuição Geográfica dos Bloqueios Judiciais de Recursos Tabela VII – Intercâmbios com UIF (2003-2011) Tabela VIII – Descrição da Ação 8959 Tabela IX – Procedimentos Concluídos Tabela X– Penalidade Aplicadas Tabela XI – Ação 4946 – Resultado Anual PPA 2008-2011 Tabela XII – Estrutura Organizacional do COAF em 2011 Tabela XIII – Capacitações Recebidas em 2011 – Inteligência Financeira e Supervisão Tabela XIV – Capacitações Recebidas em 2011 – Administração / TI

ANEXOS

Anexo 1 - Declaração do Contador responsável pela UG do COAF - Memorando nº 86/2012/SPOA/SE/MF-DF, de 14/02/2012. Anexo 2 - Tabelas e Quadros

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1. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE JURISDICIONADA No Quadro I são relacionados os dados gerais sobre a unidade jurisdicionada.

Quadro I - Identificação da UJ no Relatório de Gestão Individual

Poder e Órgão de Vinculação

Poder: Executivo Órgão de Vinculação: Ministério da Fazenda Código SIORG: 0032061

Identificação da Unidade Jurisdicionada Denominação completa: Conselho de Controle de Atividades Financeiras Denominação abreviada: COAF Código SIORG: 032061 Código LOA: 25101 Código SIAFI: 170401 Situação: ativa Natureza Jurídica: Órgão Público

Principal Atividade: Administração Pública em Geral Código CNAE: 8411-6 Telefones/Fax de contato: (061) 2025-4001 (061) 2025-4000 E-mail: [email protected] Endereço Eletrônico: http://www.coaf.fazenda.gov.br Endereço Postal: SAUS – Setor de Autarquias Sul, Quadra 1 Lote 3-A – Cep: 70.070-010

Normas relacionadas à Unidade Jurisdicionada Lei nº 9.613, de 3/3/1998, publicada no D.O.U. de 4/3/1998, regulamentada pelo Decreto nº 2.799, de 8/10/1998; Decreto nº 5.101, de 8/6/2004, que deu nova redação ao art. 2º do Decreto nº 2.799/98. Outras normas infralegais relacionadas à gestão e estrutura da Unidade Jurisdicionada Decreto nº 7.482, de 16/05/2011 Portaria MF nº 330, de 18/12/1998 Manuais e publicações relacionadas às atividades da Unidade Jurisdicionada RESOLUÇÕES: Resolução nº 1, de 13 de ABRIL de 1999 – REVOGADA; Resolução nº 2, de 13 de ABRIL de 1999 – REVOGADA; Resolução nº 3, de 2 de JUNHO de 1999; Resolução nº 4, de 2 de JUNHO de 1999; Resolução nº 5, de 2 de JULHO de 1999; Resolução nº 6, de 2 de JULHO de 1999; Resolução nº 7, de 15 de SETEMBRO de 1999; Resolução nº 8, de 15 de SETEMBRO de 1999; Resolução nº 9, de 05 de DEZEMBRO de 2000; Resolução nº 10, de 19 de NOVEMBRO de 2001; Resolução nº 11, de 16 de MARÇO de 2005; Resolução nº 12, de 31 de MAIO de 2005 – REVOGADA; Resolução nº 13, de 30 de SETEMBRO de 2005; Resolução nº 14, de 23 de OUTUBRO de 2006; Resolução nº 15, de 28 de MARÇO de 2007; Resolução nº 16, de 28 de MARÇO de 2007; Resolução nº 17, de 13 de MAIO de 2009 – REVOGADA; Resolução nº 18, de 26 de AGOSTO de 2009; e Resolução nº 19, de 16 de FEVEREIRO de 2011. INSTRUÇÕES NORMATIVAS: Instrução Normativa nº 1, de 26 de JULHO de 1999 – REVOGADA; e Instrução Normativa nº 2, de 18 de JULHO de 2005. CARTAS-CIRCULARES: Carta-Circular nº 1/01; Carta-Circular nº 2/01;

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Carta-Circular nº 3/02; Carta-Circular nº 4/02; Carta-Circular nº 5/02; Carta-Circular nº 6/02; Carta-Circular nº 7/03; Carta-Circular nº 8/03; Carta-Circular nº 9/03; Carta-Circular nº 10/04; Carta-Circular nº 11/04; Carta-Circular nº 12/05; Carta-Circular nº 13/05; e Carta-Circular nº 14/06. INSTRUÇÕES NORMATIVAS INTERNAS: Instrução Normativa Interna nº 1, de 15 de MAIO de 2006 (Confidencial); Instrução Normativa Interna nº 2, de 15 de MAIO de 2006 (Confidencial); Instrução Normativa Interna nº 3, de 30 de DEZEMBRO de 2006; Instrução Normativa Interna nº 4, de 15 de AGOSTO de 2007 (Confidencial); Instrução Normativa Interna nº 5, de 15 de AGOSTO de 2007 (Reservada); Instrução Normativa Interna nº 6, de 22 de AGOSTO de 2007 (Reservada); Instrução Normativa Interna nº 7, de 23 de AGOSTO de 2007 (Reservada); Instrução Normativa Interna nº 8, de 18 de NOVEMBRO de 2008 (Reservada) – REVOGADA; Instrução Normativa Interna nº 9, de 30 de JUNHO de 2008 (Reservada) – REVOGADA; Instrução Normativa Interna nº 10, de 24 de JULHO de 2008; Instrução Normativa Interna nº 11, de 6 de NOVEMBRO de 2008 (Reservada); Instrução Normativa Interna nº 12, de 19 de JANEIRO de 2009 (Confidencial); Instrução Normativa Interna nº 13, de 2 de SETEMBRO de 2009 (Reservada); e Instrução Normativa Interna nº 14, de 1 de DEZEMBRO de 2009 (Reservada). Instrução Normativa Interna nº 15, de 8 de AGOSTO de 2011 (Reservada). MANUAIS: Manual de Procedimentos Internos da Diretoria de Análise e Fiscalização; e Manual de Orientação do Sistema Eletrônico de Intercâmbio de Informações – SEI.

Unidades Gestoras relacionadas à Unidade Jurisdicionada Código SIAFI Nome

- - Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada

Código SIAFI Nome - -

Relacionamento entre Unidades Gestoras e Gestões Código SIAFI da Unidade Gestora Código SIAFI da Gestão

- - 1.1 Introdução

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF apresenta seu Relatório de Gestão, ano-base 2011, organizado em capítulos que contextualizam, resumidamente, a atuação deste Conselho nos cenários nacional e internacional e caracterizam as ações de governo sob sua responsabilidade, concluindo com a demonstração do seu desempenho operacional e gestão administrativa. Este Relatório está em conformidade com o disposto na Instrução Normativa TCU nº 63, de 1º de setembro de 2010, com a Decisão Normativa TCU nº 108, de 24 de novembro de 2010 e Portaria TCU nº 123, de 12 de maio de 2011, que orientam tecnicamente a elaboração do processo anual de tomada de contas dos gestores de órgãos e entidades sujeitos ao controle interno do Poder Executivo Federal.

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Inicialmente, convém esclarecer que a execução orçamentária do COAF, bem como a contratação de serviços de terceiros e a aquisição de bens em geral para uso do Órgão, são realizadas pela Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no DF – SAMF/DF, unidade subordinada à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração deste Ministério – SPOA/MF. Desta forma, os itens 3, 6, 7, 13 e 14 da Parte A – Conteúdo Geral, do Anexo II da DN TCU nº 108/2010, por não estarem sob a governabilidade direta do COAF, não constam do presente Relatório.

Dada a inexistência de deliberações ou recomendações dos órgãos de controle, e face à

ausência de unidade de controle interno na estrutura do COAF, os itens 15 e 16 da Parte A – Conteúdo Geral também não foram abordados.

Tampouco foram incluídos os itens 2, 3, 4 e 5 relacionados na Parte B do supramencionado

Anexo II, em face da natureza jurídica de órgão da administração direta do Poder Executivo. É importante salientar que a gestão de recursos humanos praticada pelo COAF não alcança

aspectos relacionados ao pagamento ou à concessão de benefícios a servidores, tampouco à locação de mão de obra mediante contratos de prestação de serviços, estando estes a cargo da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos - COGRL/SPOA/MF (atual SAMF/DF), e aqueles sob responsabilidade da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas - COGEP da SPOA/MF. Por este motivo, os itens 5.b, 5.d e 5.e do Anexo II da DN TCU nº 108/2011 também não se aplicam a este Relatório.

As principais realizações do COAF no ano de 2011 foram: disseminação de 1.471 Relatórios de Inteligência Financeira – RIF, o que representa um

acréscimo de 30,7% em relação a 2010;

realização de 227 intercâmbios de informações entre o COAF e congêneres estrangeiras, com destaque para as Unidades de Inteligência Financeira – UIF da Bolívia (22 intercâmbios), dos Estados Unidos da América (21), de Luxemburgo (14) e Suíça (13);

aperfeiçoamento do intercâmbio de informações sobre PLD/FT decorrente das discussões do Grupo de Trabalho “Melhores Práticas”, integrado pelo COAF, Ministério Público Federal e Departamento de Polícia Federal;

disponibilização para consulta pública de minuta de Resolução aplicável a todos os setores obrigados;

julgamento de quatorze Processos Administrativos envolvendo pessoas de setores obrigados nos termos da Lei nº 9.613/1998;

participação em ações da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – ENCCLA;

assistência técnica às UIF de Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique, Angola e México;

participação no processo de revisão da metodologia de avaliação e das 40+9 Recomendações do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo – GAFI;

implantação de sistema de segurança física em agosto de 2011;

aprovação, pela SPOA/MF, de demandas evolutivas do SISCOAF;

inclusão, no Programa Temático de Segurança Pública do PPA 2012-2015, de iniciativa visando à atualização tecnológica do SISCOAF;

celebração de acordos de cooperação técnica com o Banco Central do Brasil, Banco do Brasil, Departamento Nacional de Registro do Comércio do Ministério do Desenvolvimento,

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Indústria e Comércio Exterior – DNRC/MDIC, Departamento de Polícia Federal – DPF e Polícias Civis dos Estados de Mato Grosso do Sul e Tocantins.

As principais dificuldades encontradas para a realização dos objetivos do COAF foram a

rotatividade e a escassez de pessoal, bem como o contingenciamento do orçamento previsto para desenvolvimento em TI. 2. PLANEJAMENTO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA, OBJETIVOS E METAS DA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA BRASILEIRA

A UIF brasileira, criada pela Lei nº 9.613/1998, tem como missão, definida em seu Planejamento Estratégico de Longo Prazo, “prevenir a utilização dos setores econômicos para a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, promovendo a cooperação e o intercâmbio de informações entre os Setores Público e Privado”.

Foi estabelecida como visão de futuro “ser um órgão de estado moderno, eficiente e eficaz, com pessoal qualificado e bem treinado, utilizando tecnologia de ponta”.

O COAF adota os seguintes valores como princípios básicos de gestão: transparência, ética,

iniciativa, criatividade, sigilo, responsabilidade, credibilidade, acessibilidade e espírito cooperativo. 2.1 Responsabilidades Institucionais

As atribuições do COAF incluem atividades de inteligência financeira e de regulação e supervisão de setores econômicos para fins de PLD/FT.

Em conformidade com as normas relacionadas à criação, estrutura orgânica e regimento interno, o COAF é uma Unidade de Inteligência Financeira – UIF, do tipo administrativo, vinculada ao Ministério da Fazenda, com a finalidade principal de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei nº 9.613/1998 e comunicá-las às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.

Além das funções típicas de uma UIF, o COAF regula os setores obrigados que não contam com órgão supervisor próprio, tais como as empresas de fomento mercantil (factoring), comércio de obras de arte, antiguidades, jóias e metais preciosos, sorteios e cartões de crédito não bancários. Nesses casos, compete-lhe a definição das pessoas abrangidas e dos meios e critérios para envio de comunicações ao COAF, a expedição das instruções para a identificação de clientes e manutenção de registros de transações, assim como a aplicação das sanções previstas no art. 12 da mencionada Lei.

O COAF também coordena a participação do Brasil em organizações internacionais que lidam com o tema PLD/FT, tais como GAFI, GAFISUD e Grupo de Egmont.

Na qualidade de órgão de inteligência, o COAF é membro do Sistema Brasileiro de Inteligência – SISBIN e participa dos seguintes órgãos colegiados: Conselho Consultivo do SISBIN – CONSISBIN;

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Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD;

Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual – CNPC;

Gabinete de Gestão Integrada de Prevenção e Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – GGI-LD;

Grupo de Gestão Integrada sobre Segurança no Estado de São Paulo – GGI-SP; e

Sistema Integrado de Segurança Pública - SISP.

O Planejamento Estratégico de Longo Prazo do COAF contempla os objetivos estratégicos

permanentes listados abaixo:

I. Produzir Inteligência Financeira de modo eficiente e eficaz;

II. Supervisionar e Regular os Segmentos Econômicos de modo eficiente e eficaz;

III. Utilizar Tecnologia da Informação eficiente e eficaz;

IV. Gerir a Instituição de forma impessoal, transparente e desburocratizada;

V. Gerir Pessoas assegurando oportunidade profissional e liberdade de expressão, com respeito e responsabilidade, em um ambiente pluri-institucional e multidisciplinar; e

VI. Desempenhar papel ativo e cooperativo no plano internacional.

2.2 Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais

O Presidente do COAF é nomeado pelo Presidente da República, por indicação do Ministro da Fazenda. Os Conselheiros do COAF são designados em ato do Ministro da Fazenda, e devem ser servidores públicos de reputação ilibada e reconhecida competência, integrantes dos quadros de pessoal efetivos do Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, da Agência Brasileira de Inteligência, do Departamento de Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União, e dos Ministérios das Relações Exteriores, da Justiça e da Previdência Social, nestes seis últimos casos, atendendo a indicação dos respectivos Ministros de Estado.

Participam também das sessões do COAF representantes da Advocacia-Geral da União, que presta assistência jurídica aos Conselheiros, e do Conselho Federal de Corretores de Imóveis - COFECI, responsável pela regulação e supervisão do setor de promoção imobiliária em matéria de PLD/FT desde abril de 2009.

Atuando eminentemente na prevenção, o COAF auxilia as autoridades competentes no

combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Nessa linha, confere ênfase especial à cooperação com entidades envolvidas nos esforços de PLD/FT, sejam elas públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras. A prerrogativa de construção de parcerias pelo COAF, na forma prevista na Lei nº 9.613/1998, permite agregar valor às análises de casos com indícios de lavagem de dinheiro, contribuindo para que seu produto final – o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) – torne-se uma peça de informação ainda mais útil nos procedimentos investigativos conduzidos pelas autoridades de persecução criminal.

O COAF não realiza investigações ou controla a totalidade de operações financeiras realizadas diariamente no Brasil, nem recebe ou analisa contratos e tampouco acessa as movimentações em contas bancárias ou em investimentos de pessoas físicas ou jurídicas. Suas

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análises têm origem em comunicações de operações financeiras recebidas na forma disposta pelos artigos 11 e 14 da Lei nº 9.613/1998.

Os RIF produzidos pelo COAF são protegidos por sigilo, inclusive bancário, e têm como destinatárias as autoridades competentes para investigação. Com foco na proteção ao conhecimento sensível que produz, o COAF incorpora em seus Relatórios mecanismos que desestimulam a disseminação não autorizada.

As competências e atribuições do COAF estão estruturadas em processos de trabalho e são

desenvolvidos por sua Secretaria Executiva e pela Diretoria de Análise e Fiscalização. Seu quadro de profissionais é composto por servidores de diversas carreiras de Estado, entre servidores do próprio MF e servidores cedidos. A multidisciplinaridade de seus recursos humanos favorece o tratamento da diversidade de tipologias de PLD/FT.

A combinação entre processos de trabalho finalísticos bem definidos e um sistema informatizado dedicado, o SISCOAF, permite agilidade e flexibilidade no intercâmbio de informações com autoridades nacionais e estrangeiras. O crescimento do número de registros da base de dados pelo ingresso diário médio de mais de 6.000 comunicações de operações financeiras oriundas dos diversos setores econômicos reflete seus esforços de sensibilização e conscientização dos segmentos da economia obrigados a comunicar e a crescente participação do COAF na produção de informações de inteligência financeira para as autoridades de persecução criminal.

A estratégia de atuação do COAF prevê qualificação constante da equipe de profissionais, cooperação com os demais órgãos de governo nacionais, com UIF de outros países e com organismos internacionais envolvidos na luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, bem como acesso a novas bases de dados para consulta. 2.2.1 Planejamento Estratégico O atual ciclo de Planejamento Estratégico do COAF refere-se ao período de 2008 a 2011. Durante esse período foram aperfeiçoados os indicadores de desempenho, de modo a melhor refletir os esforços do Órgão na consecução de sua missão. Em 2008, procedeu-se à elaboração do Planejamento Estratégico 2009-2011. Neste processo, a definição de metas e objetivos seguiu as seguintes metodologias: análise de stakeholders

definição de cenário (diagnóstico)

mapeamento de competências

análise SWOT

definição da Missão

definição de valores

definição da Visão de Futuro

definição de Macro-objetivos e Objetivos Estratégicos

definição de metas para as áreas internas

estabelecimento de objetivos estratégicos considerando o cenário orçamentário

confecção de mapa de interligação de objetivos estratégicos, metas e ações

revisão dos objetivos estratégicos

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auto-avaliação Institucional

construção dos Indicadores de Desempenho

avaliação de desempenho de servidores e áreas relativamente ao cumprimento de objetivos estratégicos

Além disso, o processo foi concebido considerando-se três dimensões:

Planejamento Institucional (Metas Institucionais);

Planejamento Governamental (Plano Plurianual 2008-2011); e

Benchmark Internacional (Avaliações realizadas pelo GAFI/FATF).

Os principais insumos utilizados na elaboração do Planejamento Estratégico foram:

Relatório de Avaliação Mútua do Brasil pelo Grupo de Ação Financeira Internacional - GAFI/FATF, formalizado em 2004/2005;

Relatório de Auditoria de Natureza Operacional elaborado pelo Tribunal de Contas da União - TCU (TC n. 012.129/2006-6 Ac. 1213/2005);

Relatório de Segurança Orgânica produzido pela Agência Brasileira de Inteligência - ABIN;

O Planejamento Estratégico incorporou e aperfeiçoou o Plano Tático-Operacional existente, que passou a relacionar as ações mais importantes em cada diretriz estratégica no período de 2008 a 2011. O gráfico I mostra a distribuição dessas ações pelos Objetivos Estratégicos:

Gráfico I – Distribuição de Ações por Objetivos Estratégicos

1231%

923%

410%

820%

38%

38%

PRODUZIR INTELIGÊNCIA FINANCEIRA DE MODO EFICIENTE E EFICAZ

SUPERVISIONAR E REGULAR OS SEGMENTOS ECONÔMICOS DE MODO EFICIENTE E EFICAZ

UTILIZAR TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO EFICIENTE E EFICAZ

GERIR A INSTITUIÇÃO DE FORMA IMPESSOAL, TRANSPARENTE E DESBUROCRATIZADA

GERIR PESSOAS ASSEGURANDO OPORTUNIDADE PROFISSIONAL E LIBERDADE DE EXPRESSÃO, COM RESPEITO E RESPONSABILIDADE, 

EM UM AMBIENTE PLURI‐INSTITUCIONAL E MULTIDISCIPLINAR

DESEMPENHAR PAPEL ATIVO E COOPERATIVO NO PLANO INTERNACIONAL

fonte: COAF

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A avaliação do Ciclo 2009-2011 do Planejamento Estratégico do COAF apurou que mais da metade das ações do Plano Tático-Operacional foram concluídas, conforme mostrado no Gráfico II:

Gráfico II – Resultado Geral do Plano Tático Operacional 2009-2011

Ações concluídas

2256%

Ações não concluídas

1744%

fonte: COAF

O resultado retrata as dificuldades encontradas pelo Órgão relacionadas à escassez e

rotatividade de pessoal.

No 2º semestre de 2011, foram realizadas reuniões gerenciais de avaliação anual e de encerramento do Ciclo 2009-2011 do Planejamento Estratégico do COAF, considerando o desenvolvimento das atividades com o espírito cooperativo e participativo do seu corpo funcional. Em reunião geral realizada em 22 de setembro, foram definidos os passos seguintes para conclusão do ciclo vigente e início do próximo, com a discussão e tomada de decisões quanto aos seguintes tópicos:

1) execução das ações constantes do Plano Tático-Operacional;

2) revisão do Planejamento Estratégico com vistas à elaboração do novo Ciclo (2012-2015); e

3) identificação de novas ações estratégicas para inclusão no próximo ciclo.

Os resultados alcançados para cada Objetivo Estratégico, no ano de 2011, estão expressos no

Gráfico III. Verifica-se que, das 22 ações finalizadas, 10 foram concluídas em 2011. Este número corresponde a 45,4% das ações concluídas, e a 25,6% do total de 39 ações.

Em conjunto com o Gráfico III, o Quadro II mostra os quantitativos de ações de cada Objetivo Estratégico e sua situação em relação à conclusão, por exercício. Os números demonstram que mais da metade das ações concluídas – 13 de um total de 22 – guardam estreita correlação com as atribuições finalísticas do COAF.

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Gráfico III – Resultado do Plano Tático Operacional 2008-2011 – por Ano/Objetivo Estratégico

0

2

4

6

8

10

2008 2009 2010 2011

1 1 1

1

2

2

1

2

1

2

1

2

1

4

PRODUZIR INTELIGÊNCIA FINANCEIRA DE MODO EFICIENTE E EFICAZ

SUPERVISIONAR E REGULAR OS SEGMENTOS ECONÔMICOS DE MODO EFICIENTE E EFICAZ

UTILIZAR TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO EFICIENTE E EFICAZ

GERIR A INSTITUIÇÃO DE FORMA IMPESSOAL, TRANSPARENTE E DESBUROCRATIZADA

GERIR PESSOAS ASSEGURANDO OPORTUNIDADE PROFISSIONAL E LIBERDADE DE EXPRESSÃO, COM RESPEITO E RESPONSABILIDADE, EM UM AMBIENTE PLURI‐INSTITUCIONAL E MULTIDISCIPLINAR

DESEMPENHAR PAPEL ATIVO E COOPERATIVO NO PLANO INTERNACIONAL

fonte: COAF Nesse sentido, pode-se observar que o Objetivo Estratégico I – “Produzir Inteligência Financeira de modo eficiente e eficaz” respondeu por 40% das ações concluídas em 2011, ou 18,2% do total de ações finalizadas com êxito. As ações do Objetivo Estratégico II – “Supervisionar e Regular os Segmentos Econômicos de modo eficiente e eficaz” concluídas em 2011 perfizeram 20% das iniciativas finalizadas nesse ano, ou 9,1% das ações concluídas durante todo o ciclo. Estes resultados evidenciam a ênfase dada à Missão do Órgão, consubstanciada em seu Planejamento Estratégico.

Quadro II – Resultado do Plano Tático-Operacional

Objetivos Estratégicos

Ações não concluídas

Ações concluídas (% do total de Ações concluídas) Total

Concluídas 2008 2009 2010 2011

I – Inteligência Financeira

4 23,5% 1 4,5% 2 9,1% 1 4,5% 4 18,2% 8 36,4%

II – Supervisão e Regulação

4 23,5% 2 9,1% - - 1 4,5% 2 9,1% 5 22,7%

III – TI 3 17,6% - 0,0% - - 1 4,5% - 0,0% 1 4,5%

IV – Gestão Institucional

4 23,5% 2 9,1% - - - - 2 9,1% 4 18,2%

V – Gestão de Pessoas

2 11,8% - 0,0% - - - - 1 4,5% 1 4,5%

VI – Atuação Internacional

- - 1 4,5% - - 1 4,5% 1 4,5% 3 13,6%

TOTAIS 17 100% 6 27,3% 2 9,1% 4 18,2% 10 45,4% 22 100,0%

fonte: COAF

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2.2.2 Programa de Modernização Institucional do Ministério da Fazenda - PMIMF

O COAF participa do Programa de Modernização Institucional do Ministério da Fazenda – PMIMF, instituído pela Portaria MF nº 369, de 28 de julho de 2011, que conta com ações voltadas para a solução dos principais problemas organizacionais diagnosticados no MF, relacionados a planejamento estratégico, projetos e processos, tecnologia da informação e gestão de pessoas.

Nas reuniões e oficinas de trabalho realizadas, o COAF contribuiu com o diagnóstico das práticas de gestão de processos e projetos, no delineamento de um modelo de referência para a cadeia de valor dos escritórios de processos e projetos e na elaboração de propostas de missão, desafios estratégicos e diretrizes estratégicas do Ministério da Fazenda. 2.2.3 Atuação Internacional O Brasil é membro pleno dos três principais grupos internacionais que tratam da prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, nomeadamente, desde 1999, do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI/FATF) e do Grupo de Egmont de Unidades de Inteligência Financeira (Grupo de Egmont) e, desde 2000, do Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFISUD).

O ano de 2011 foi importante para que o COAF aprimorasse a coordenação da participação brasileira em foros internacionais de PLD/FT, dentre os quais:

GAFI;

GAFISUD;

GIABA;

CICAD e CICTE da OEA;

Subgrupo de Trabalho n. 4 (SGT-4 Assuntos Financeiros) do MERCOSUL;

Comissões Mistas Bilaterais.

O COAF reforçou seu apoio e colaboração às Unidades de Inteligência Financeiras de outros

países, por meio da oferta de capacitação. Também deu prosseguimento aos trabalhos em conjunto sobre corrupção no setor público com a UIF dos Estados Unidos.

Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do

Terrorismo (GAFI/FATF)

O COAF participou dos debates no âmbito dos Grupos de Trabalho do GAFI, especialmente nos de cooperação internacional, revisão da metodologia de avaliação e financiamento do terrorismo.

Especificamente em relação ao processo de revisão das Recomendações do GAFI, no ano de

2011, foi reavaliada a sua estrutura conceitual e temática. Neste contexto, o COAF contribuiu com as discussões sobre novas regras e metodologias, visando a favorecer a internalização no País de possíveis mudanças nos padrões internacionais.

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Dando continuidade ao processo de coordenação da avaliação mútua do Brasil pelo GAFI iniciado em 2009, o COAF ampliou a articulação com os diversos órgãos envolvidos na matéria com vistas a sanar as deficiências identificadas no Relatório de Avaliação. Este trabalho envolveu revisões normativas, aperfeiçoamento procedimental e a busca por uma atuação mais coordenada no âmbito da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro - ENCCLA.

Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e o

Financiamento do Terrorismo (GAFISUD)

Em 2011, o COAF seguiu coordenando a participação brasileira no GAFISUD, tendo

participado em todas as Reuniões Plenárias, bem como em seus Grupos de Trabalho. O COAF colaborou nas ações abaixo descritas:

Grupo de Trabalho sobre Capacitação e Desenvolvimento (GTCD):

– Continuidade do Plano Estratégico de capacitação, incluindo a cooperação com a União Européia, Alemanha, Espanha, Canadá, Banco Mundial e a Mesa de Coordenação que tinha a participação da CICAD/OEA, CICTE/OEA, CTC/Nações Unidas e UNODC;

– Segunda fase do projeto de fortalecimento do sistema preventivo no setor financeiro não bancário; e

– Apresentação do relatório final do projeto de fortalecimento do sistema preventivo nas atividades e profissões não financeiras designadas (APNFD).

Grupo de Trabalho sobre Avaliações Mútuas (GTAM):

– Intensificação do processo de seguimento de avaliação do GAFISUD;

– Estratégia para os cursos de capacitação de avaliadores do GAFISUD, tendo em conta a nova metodologia de avaliação a ser discutida em 2012; e

– Aprovação do trabalho de autoavaliação a ser implementado antes do início da 4ª Rodada de Avaliações Mútuas do GAFISUD.

Grupo de Trabalho sobre Apoio Operativo (GTAO):

– Aprimoramento da base de dados sobre pessoas politicamente expostas da região, com a inclusão de mais bases nacionais dos países membros na base do GAFISUD;

– Realização de dois eventos coordenados de controle de transporte transfronteiriço de dinheiro e títulos ao portador;

– Revisão das tipologias regionais, com a inclusão de novos casos e novos setores utilizados;

– Apresentação do relatório da rede de contatos para recuperação de ativos do GAFISUD, com ênfase nas estatísticas de utilização da rede, pauta de funcionamento e guia geral para as melhores práticas;

– Aprovação do texto final do Memorando de Entendimento para o Intercâmbio de informações entre os supervisores de instituições financeiras dos países membros, procedimentos para sua assinatura e continuação da tarefa; e

– Atualização dos guias para a cooperação jurídica internacional.

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Grupo de Egmont

Em 2011, o total de membros do Grupo de Egmont chegou a 127 jurisdições. O COAF é membro desde 1999.

O COAF prosseguiu com a tutoria das candidaturas das UIF dos países de língua portuguesa

(Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Angola, Timor Leste e São Tomé e Príncipe) ao ingresso no Grupo de Egmont.

Comissão Interamericana para o Combate ao Abuso de Drogas (CICAD) da Organização dos Estados Americanos (OEA)

No âmbito da CICAD, em 2011 o COAF acompanhou os trabalhos do no Grupo de Peritos

em Lavagem de Dinheiro da Unidade Antilavagem de Dinheiro. O COAF participou ainda do projeto Mesa de Coordenação (MECOOR) que visa à unificação dos programas de capacitação hemisféricos sobre lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Dessa mesa participam o GAFISUD, o CICTE/OEA, a CICAD/OEA, a UNODC e o CTC/Nações Unidas.

Subgrupo de Trabalho Nº 4 (Assuntos Financeiros) do MERCOSUL

Em 2011, o COAF atuou como colaborador do Banco Central, coordenador brasileiro junto ao SGT-4, participando dos trabalhos realizados pela Comissão de Prevenção a Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, de modo especial nos assuntos referentes à atualização de normas e procedimentos aplicados ao tema no âmbito do setor financeiro e intercâmbio de experiências.

G-20

O COAF, ao longo do ano de 2011, apoiou a Secretaria de Assuntos Internacionais (SAIN), representante do Ministério da Fazenda no G-20, no que diz respeito à incorporação de ações de PLD/FT implementadas pelo GAFI na estratégia de participação brasileira naquele Grupo.

Cooperação Bilateral

Em 2011, o COAF assinou Memorando de Entendimento (MoU) com a UIF do Irã e iniciou tratativas para assinar MoU com o Peru. A Tabela I relaciona os Memorandos de Entendimento vigentes entre o COAF e UIF estrangeiras assinados até 2011. Além disso, essa intensificação das relações bilaterais do COAF rendeu frutos importantes como ações em conjunto com outras UIF sobre temas e setores sensíveis a ambos países envolvidos.

Tabela I – Memorandos de Entendimento vigentes

PAÍS ANO PAÍS ANO

Bélgica 1999 Chile 2005

Portugal 2000 México 2005

Espanha 2000 África do Sul 2005

França 2000 Antilhas Holandesas 2006

Rússia 2000 Canadá 2006

Colômbia 2000 Bulgária 2007

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PAÍS ANO PAÍS ANO

Bolívia 2001 Japão 2007

Paraguai 2001 Equador 2007

Panamá 2001 Rússia (MoU revisado) 2008

Guatemala 2002 Polônia 2008

Tailândia 2003 Bahamas 2008

Coréia do Sul 2003 Emirados Árabes Unidos 2009

Argentina 2003 EUA 2010

Portugal (MoU revisado) 2004 Irã 2011

Ucrânia 2004

fonte: Secretaria-Executiva/COAF

Ao longo do ano, o COAF capacitou membros das UIF da Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique, Angola, México, principalmente no que diz respeito ao processo de análise, regulação e avaliação de riscos. Também negociou programa de treinamento com a UIF da Colômbia que deverá ser implementado em 2012.

Memorando de Entendimento sobre controle de narcóticos e aplicação da lei entre Brasil e EUA O Memorando de Entendimento sobre controle de narcóticos e aplicação da lei entre os

Governos brasileiro e norte-americano, com o objetivo apoiar projetos que visem aperfeiçoar e aumentar a capacidade dos órgãos brasileiros federais e estaduais com atribuições relacionadas ao combate ao tráfico de drogas, ao crime organizado, ao contrabando de armas e à lavagem de dinheiro, contemplou o COAF em 2008 com o projeto relativo ao segmento de combate à lavagem de dinheiro.

Para tanto, o COAF formulou projeto específico para aplicação de recursos da ordem de

USD 250 mil. Em 2011, O COAF recebeu os últimos itens negociados: quatro computadores de alto desempenho, uma impressora a laser colorida, software de análise de vínculos e consultoria para sua implantação.

O conjunto de itens demandados pelo COAF contemplou a integral aplicação dos recursos

financeiros disponibilizados pelo governo norte-americano, o que sinaliza o êxito obtido com tal parceria.  

Contribuições a Organismos Internacionais Ao se tornar membro pleno dos três principais grupos internacionais que tratam de PLD/FT,

o Brasil assumiu diversos compromissos políticos, dentre os quais realizar contribuições anuais para cada instituição. Essas contribuições foram pagas rigorosamente em dia desde a entrada do Brasil como membro dos organismos, por meio dos recursos do orçamento destinado ao COAF, que eram repassados ao Ministério das Relações Exteriores.

Entretanto, a partir de 2009, quando o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão -

MPOG passou a ser o responsável pela realização dos pagamentos às organizações internacionais, o país deixou de cumprir tais obrigações contributivas. Com aquela mudança, a Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAIN) do MPOG solicitou ao COAF o encaminhamento de toda a

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documentação disponível que comprovasse a obrigatoriedade do pagamento das contribuições. Adicionalmente, desde 2010, o COAF vem realizando tratativas, com vistas a sanar as dúvidas e possibilitar a realização das contribuições. Por recomendação da SEAIN, o COAF realizou consultas à Consultoria Jurídica do Ministério das Relações Exteriores (CONJUR/MRE).

Como resultado, a SEAIN empenhou os valores constantes nas ações 008F – Contribuição

ao Grupo de Egmont (MF), no valor de R$ 37.439,00 e 0366 – Contribuição ao Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo – GAFISUD (MF), no valor R$ 57.346,00, ambos no Programa 0910 – Gestão da Participação em Organismos Internacionais. No que diz respeito ao GAFI/FATF, foi solicitada a criação de ação específica que, no entanto, não foi aprovada pelo Congresso Nacional, o que impossibilitou o empenho de valores para a ação.

Para 2011, foram alocados valores na Lei Orçamentária Anual – LOA 2011, nas ações já

citadas e na ação 0368 – Contribuição ao Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo – GAFI/FATF (MF), no Programa 0910.

Cabe ressaltar que os pareceres da CONJUR/MRE concluem que nenhum dos grupos em

tela classifica-se formalmente como uma Organização Internacional, sujeito de direito internacional público.

A participação brasileira no Grupo de Egmont não gerou gastos de contribuição para o país

entre 1999 e 2008. Nesse período, o Grupo se custeava com doações de alguns países. Dada a falta de sustentabilidade desse formato, em 2008, por meio de acordo entre as UIF, o Grupo de Egmont foi reorganizado como um fórum informal, conforme disposto no preâmbulo de sua carta constitutiva, demandando contribuições de seus membros. Portanto, por não se tratar de um organismo internacional (stricto sensu), não caberia ao MPOG realizar os pagamentos.

No que concerne ao GAFISUD, a participação brasileira foi formalizada por memorando de

entendimento, firmado pelo Brasil pela então Presidente do COAF por delegação do Senhor Ministro da Fazenda. Não tendo sido seguidos os ritos de um tratado internacional, o GAFISUD não pode ser considerado um organismo internacional stricto sensu, não cabendo ao MPOG realizar os pagamentos.

No caso do GAFI/FATF, a participação brasileira foi formalizada por uma carta do Senhor

Ministro da Fazenda. Da mesma forma, a constituição do grupo foi diversa da de um tratado internacional, não constituindo um organismo internacional stricto sensu. Da mesma forma, não caberia ao MPOG realizar os pagamentos.

Nesse contexto, como o orçamento dos grupos em questão encontra-se sob a gestão do

Ministério da Fazenda e existem valores já empenhados no exercício de 2011, o MPOG recomendou que a alternativa seria a descentralização dos recursos para que o Ministério da Fazenda realizasse as contribuições. Para isto, a realização do orçamento dos valores correspondentes deveria ser feito em ações próprias, a serem administradas pelo órgão competente do Ministério da Fazenda, de maneira que não se configurem ações do tipo Contribuição a Organismo, como as que eram gerenciadas pelo MPOG, no Programa 0910.

Como resultado, de acordo com a Nota Técnica n.º 168 COPAG/COGER/SEAIN/MP, o

MPOG recomenda ao COAF que “... o mais prudente seria a elaboração de um Projeto de Lei, a ser submetido ao Congresso Nacional, para que surja uma Lei permissiva das remessas internacionais, tal como ocorre com a Lei n.º 11.146, de 26 de julho de 2005. O G-24, ao que parece, não possui

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instrumentos próprios de criação, assim a contribuição é viável por meio da Lei citada.” Neste sentido, foi encaminhada à Casa Civil Exposição de Motivos Interministerial sobre a necessidade de aprovação de tal lei. 2.2.4 Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – ENCCLA

O COAF tem contribuído para o cumprimento das ações da Estratégia Nacional de Combate

à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – ENCCLA, seja no apoio às ações institucionais ou na produção de conhecimento de inteligência financeira. Em 2011, o COAF participou nas seguintes ações da ENCCLA:

COAF como coordenador: Aprimorar as normas dos órgãos supervisores do sistema nacional de prevenção e combate à

lavagem de dinheiro, relativamente à exigência de procedimentos de “conheça seu cliente” por parte de seus supervisionados.

COAF como colaborador: Implementar mecanismos de levantamento de dados e estatísticas nos órgãos relacionados

ao combate à corrupção, à improbidade administrativa e à lavagem de dinheiro, inclusive de recuperação de ativos existentes, com vistas à futura integração;

Desenvolver mecanismos para realizar o bloqueio de ativos por financiamento do terrorismo, em cumprimento às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, especialmente as Resoluções 1267, 1373 e 1452;

Acompanhar e analisar, para eventual propositura de substitutivo ou de emendas, a tramitação de Projetos de Lei e Anteprojetos, sem prejuízo de outros projetos definidos pelo GCI;

Atuar junto ao Congresso para aprovação dos seguintes Projetos de Lei:

PL 3433/08 (Nova lei de combate à lavagem de dinheiro)

PL 6578/2009 (Organização Criminosa)

Mapear e divulgar, por intermédio da WICCLA – ferramenta wiki da ENCCLA, as iniciativas de Gerenciamento de Riscos de Corrupção existentes nos órgãos e entidades públicas participantes da ENCCLA.

Aprimorar a supervisão no que tange aos controles internos e auditoria interna dos setores regulados; e

Elaborar estatística integrada das atividades de supervisão dos setores regulares.

A nona edição anual da ENCCLA foi realizada em Bento Gonçalves (RS) entre os dias 22 e

25 de novembro de 2011, em mais um encontro visando definir ações e recomendações que devem ser priorizadas em 2012 na luta contra a criminalidade organizada. As ações nas quais está prevista a participação do COAF são: COAF como coordenador:

Estabelecer requisitos de sistema para formação de cadastro de Pessoas Expostas

Politicamente (PEPs).

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011  

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COAF como colaborador: Aferir a situação da exposição de risco do País à lavagem de dinheiro e ao financiamento do

terrorismo, para detectar áreas, mercados e setores econômicos que necessitem de adequações operacionais, regulamentares ou legislativas, especialmente em decorrência da Copa das Confederações de 2013, Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016;

Identificar e elaborar diagnóstico dos fundos existentes, nos âmbitos federal e estadual, de arrecadação e administração de bens, valores e direitos, oriundos de práticas ilícitas, de forma a verificar a necessidade e viabilidade de instituição de fundo específico para o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro ou de readequação dos já existentes;

Elaborar manuais de atuação conjunta entre os órgãos públicos em investigações de lavagem de dinheiro e corrupção.

O COAF ficou responsável, também, por coordenar, em conjunto com a Controladoria-

Geral da União - CGU, a Ação nº 13, que tem por objetivo “Estabelecer requisitos de sistema para formação de cadastro de Pessoas Expostas Politicamente (PEPs)” . 2.2.5 Cooperação Técnica A ampliação das bases de dados e o intercâmbio de informações entre os diversos componentes do sistema de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo constituem um dos eixos de sustentação da atividade de inteligência financeira. Neste sentido, o COAF celebrou acordos de cooperação técnica com as seguintes instituições:

Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul;

Polícia Civil do Estado de Tocantins;

Banco Central do Brasil;

Banco do Brasil;

Departamento Nacional de Registro Comercial / Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – DNRC/MDIC; e

Departamento de Polícia Federal / Ministério da Justiça – DPF/MJ.

Ao longo de 2011, foram conduzidas negociações com diferentes instituições de governo com

vistas a fomentar o intercâmbio de informações e viabilizar o acesso a bases de dados relevantes: Ministério da Previdência Social – MPS;

Comissão de Valores Mobiliários – CVM;

Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC;

Tribunal Superior Eleitoral – TSE

Fundação Getúlio Vargas; e

Polícias Civis dos Estados do Acre, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia.

2.2.6 Difusão da Cultura de PLD/FT

O COAF ministrou treinamentos sobre PLD/FT, seja por iniciativa própria, seja por meio do Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de

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Dinheiro – PNLD do Ministério da Justiça, da Escola de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência - EsInt/ABIN e da Escola Superior de Guerra do Exército Brasileiro. Foram treinados integrantes do Judiciário, ministérios públicos, polícias judiciárias, órgãos reguladores e instituições financeiras.

Desta forma, o COAF contribuiu para difundir a cultura de prevenção e combate à lavagem de dinheiro por meio da disseminação de técnicas de análise financeira e de supervisão em matéria de PLD/FT.

A Tabela II – Capacitações Oferecidas em 2011 – Inteligência Financeira e Supervisão encontra-se no Anexo 2 deste Relatório. 2.3 Programa 1164 – Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro

O programa 1164 é coordenado pelo Ministério da Justiça e está sob a responsabilidade do

Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional – DRCI, da Secretaria Nacional de Justiça. O DRCI faz a gestão multissetorial do programa junto ao COAF, órgão do Ministério da Fazenda.

Tabela III – Descrição do Programa 1164

Tipo de Programa Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais

Objetivo de Governo Promover um ambiente social pacífico e garantir a integridade dos cidadãos

Objetivo Setorial Fortalecer e integrar as instituições de segurança pública e justiça

Objetivo Geral Cortar o fluxo financeiro que mantém as organizações criminosas

Público-alvo Autoridades públicas de investigação, Ministério Público e Poder Judiciário

Indicadores do Programa

Índice de Bloqueio de Contas no Exterior Fonte: Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional/SNJ

Valor de Ativos Preservados Fonte: Sistema de Alienação Eletrônica (Leilão.ENCCLA.GOV)

fonte: SIGPLAN

O programa visa cortar o fluxo financeiro que mantém as organizações criminosas e impedir a compensação financeira da atividade criminosa organizada, reduzindo o estímulo à formação e manutenção de organizações criminosas, no intuito de diminuir as ocorrências de crimes antecedentes como corrupção, tráfico de drogas e armas, entre outros.

As Ações 4946 e 8959, sob a responsabilidade do COAF, estão inseridas em um programa

do tipo apoio às políticas públicas. Contudo, a referida ação possui características diferenciadas daquelas relacionadas ao suporte da gestão de políticas públicas, ou seja, é possível estabelecer metas físicas que podem ser medidas por unidade de produtos gerados ou de serviços prestados como resultado, de modo que o Órgão vem, desde 2007, construindo indicadores de produção para as ações, refletindo-se no estabelecimento de produtos mensuráveis e compatíveis com a missão institucional.

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2.3.1 Ação 4946 – Inteligência Financeira para a Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo

Tabela IV – Descrição da Ação 4946

Tipo de Ação Ação Orçamentária

Finalidade Aplicar a inteligência financeira na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo nos setores econômicos.

Descrição

Recebimento, registro e processamento das comunicações de operações suspeitas ou de natureza automáticas, realizadas pelas pessoas obrigadas pela Lei nº. 9.613/1998; análise das comunicações recebidas, levando em consideração informações disponíveis com o objetivo de identificar situações que ensejem a elaboração de Relatório de Inteligência Financeira; coordenação e proposta de mecanismos de cooperação técnica e troca de informações que viabilizem a rápida e eficiente análise das comunicações; requisição aos órgãos da Administração Pública das informações necessárias às análises das comunicações; obtenção ou aquisição de informação de entidades privadas que auxiliem na análise das comunicações recebidas; disseminação dos Relatórios de Inteligência Financeira às autoridades competentes, para instauração de procedimentos cabíveis; solicitação às Unidades de Inteligência Financeira estrangeiras informações necessárias à análise das comunicações.

Unidade Responsável Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF

Coordenador da Ação Marcelo Silva Pontes

Área responsável pelo gerenciamento

Secretaria Executiva

Produto Caso examinado

Fórmula de cálculo do Produto

O indicador é composto da soma de dois produtos: (a) a quantidade de casos analisados ex officio (a partir das comunicações de operações recebidas pelo COAF dos diversos segmentos econômicos) ou mediante proposição de autoridade competente; (b) a quantidade de Intercâmbios de Informação analisados a partir do uso, pelas autoridades competentes, do Sistema Eletrônico de Intercâmbio do COAF.

fonte: SIGPLAN Inteligência Financeira

É atribuição da Diretoria de Análise e Fiscalização receber comunicações dos setores obrigados, analisar e, quando for o caso, propor disseminação das informações às autoridades competentes por meio de Relatórios de Inteligência Financeira – RIF.

Dentro da filosofia de melhoramento contínuo das ferramentas e dos processos de trabalho, que sempre norteou a atuação da Diretoria, e sem perder de vista institutos já consolidados, como a gestão baseada no grau de exposição ao risco, a conformidade dos processos, a indispensável integração com os setores obrigados e com as autoridades competentes e a predileção pelo uso da tecnologia, o ano de 2011 se caracterizou pela evolução nos procedimentos de geração de inteligência financeira para utilização no âmbito do intercâmbio de informações, tudo isso com o objetivo precípuo de melhorar qualitativamente e quantitativamente o desempenho operacional do COAF.  

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Para tanto, em 2011 foram adequados processos de trabalho, revisadas normas internas e adequados os relatórios de inteligência às necessidades dos usuários dos conhecimentos produzidos, levando-se em conta o princípio da oportunidade. A constante modernização do Sistema Eletrônico de Intercâmbio – SEI permitiu a troca de informações com as autoridades competentes com tempestividade, agilidade e confiança, preservando as condições de sigilo inerentes à matéria.

As evoluções implementadas, aliadas à gestão institucional e ao esforço operacional da equipe, se traduziu em um incremento quantitativo na produção de RIF em relação ao ano anterior, consolidando a importância da atividade de inteligência financeira para o País, sem perder de vista o indispensável engajamento dos órgãos supervisores e de seus respectivos setores obrigados na melhoria contínua de seus instrumentos de controle e prevenção à lavagem de dinheiro, bem como das autoridades competentes na sua execução.

Gestão de Riscos e Prioridades

O manuseio de grandes volumes de informações, de origens diversas, é característico da produção de inteligência financeira. Neste contexto, merece destacar no processo de trabalho a utilização de ferramentas de gestão de riscos e a definição de prioridades, em conformidade com as recomendações e melhores práticas internacionais.

De acordo com o fluxo de trabalho para priorização de atividade de inteligência financeira, o COAF utiliza-se de um amplo conjunto de instrumentos de gerenciamento de riscos, baseado em critérios e parâmetros objetivamente estabelecidos e constantemente reavaliados, de forma a conferir transparência e dinamicidade ao processo. Este sistema de gestão de riscos e prioridades está composto por:

Central Geral de Riscos e Prioridades – CGRP – instrumento que gerencia o risco de cada

caso e hierarquiza, sistemicamente, por ordem decrescente de grau de exposição, a produção dos Relatórios de Inteligência Financeira, considerando múltiplos atributos de riscos, levando-se em conta aspectos criminais, geográficos, estratégicos, de relação com o setor público, de envolvimento em múltiplas comunicações dos setores obrigados e de prazos. A ferramenta permite, assim, uma melhor gestão dos casos, desde a abertura, com priorização dos casos que envolvam maior risco, até a definição da ordem de distribuição para análise e envio às autoridades competentes.

Análise sistêmica das comunicações – tratamento analítico realizado eletronicamente pelo

SISCOAF, segundo regras predefinidas.

Conformidade - conjunto de ações de controle interno, em que é verificada a aderência dos procedimentos adotados às regras em vigor, com o fim de assegurar padrão mínimo de qualidade.

Conformidade Amostral de Comunicações - instrumento eletrônico que tem como função a

redistribuição mensal, aleatória, de uma amostra das comunicações analisadas de forma sistêmica ou manual, de modo a se aferir a consistência das decisões adotadas.

Regras de Conformidade do Processo de Trabalho da Inteligência Financeira - ações de

conformidade aplicadas, de maneira amostral, por meio da reanálise de comunicações, e também sobre a totalidade dos casos em análise, pelo Comitê de Análise, mediante aferições da consistência formal das análises e dos relatórios produzidos.

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Regime de Alçadas e Delegação de Competências - define as responsabilidades delegadas

para a área de inteligência financeira do COAF, segregando as atividades por função institucional e os limites de responsabilidades dos cargos.

Comitê de Análise - instrumento operacional, de caráter permanente, para o assessoramento

na tomada de decisão em casos tratados pela área de inteligência financeira.

No início de 2008, a CGRP continha 998 casos para serem analisados, destes, 149 considerados de alto risco, enquanto em 2011 havia 203 casos abertos na CGRP, sendo 106 de risco elevado. A mudança no perfil dos casos abertos demonstra a importância da gestão de riscos, que proporciona a abertura de casos com maior qualidade, e conseqüentemente, com melhor aproveitamento dos recursos materiais e pessoais disponíveis para a atividade de inteligência financeira.

Gráfico IV - Distribuição de Casos por Faixa de Risco

448401

149

998

147

1462

8 3592

135

1285 106

203

Baixo Médio  Alto Total

2008 2009 2010 2011

fonte: DIRAF/COAF

2.3.1.1 Desempenho Operacional da Inteligência Financeira

A) INDICADORES

A inteligência financeira do COAF tem como indicador de desempenho, definido no Plano Plurianual – PPA 2008-2011, a quantidade de casos examinados, que é o somatório do número de RIF produzidos e a quantidade de intercâmbios eletrônicos realizados com autoridades competentes. A meta é de crescimento linear de 15% ao ano.

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Tabela V - Indicador de Desempenho da Inteligência Financeira - PPA 2011

Inteligência Financeira

2011 Resultado

Casos Examinados Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Meta %

242 264 288 265 310 358 500 475 398 304 351 261 4.016 5.108 78,62

fonte: SISCOAF 

Em 2011 foram analisados 4.016 casos, atingindo-se 78,62% do indicador estabelecido. O

número de casos analisados superou em 402 o resultado apresentado no ano anterior, representando incremento de 11,11%.

B) COMUNICAÇÕES DOS SETORES ECONÔMICOS OBRIGADOS

Nos termos da Lei nº 9.613/1998 os setores econômicos obrigados possuem, dentre outras, a obrigação de: i) identificar seus clientes e manter cadastros atualizados; ii) manter registro de transações; e iii) comunicar ao COAF, quando forem detectadas situações atípicas. No Brasil, a obrigação também se estende a determinadas operações, não necessariamente atípicas, definidas pelos órgãos supervisores como de comunicação obrigatória (automática).

A base de dados do COAF contém o registro de cerca de 5,6 milhões de comunicações, nas modalidades atípicas e automáticas, recebidas dos setores obrigados, no período de 1998 a 2011 (ver Quadro III). No último ano o COAF recebeu cerca de 1,3 milhão de comunicações, apresentando ligeiro crescimento em relação ao ano anterior (19,5%), crescimento este verificado, em sua maioria, nos segmentos bancários (comunicações de operações realizadas em espécie) e de seguros.

Quadro III – Comunicações Recebidas por Setor Obrigado/Ano

1998-2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

Bingos 2.454 19 7 0 0 0 0 0 0 0 2.480

Cartões de Crédito 101 88 4 3 0 70 96 452 443 558 1.815

Factoring 84 1 27 12.892 7.610 8.828 12.462 15.849 12.628 15.026 85.407

Jóias, Pedras e Metais Preciosos 9 0 1 0 0 4 23 23 14 28 102

Loterias e Sorteios 382 140 84 101 101 197 261 881 148.175 162.128 312.450

Objetos de Arte e Antiguidades 1 1 2 0 0 2 0 2 5 3 16

Remessa Alternativa de Recursos 1 1 0 1 0 1.033 992 1.279 2.283 1.069 6.659

Subtotal 3.032 250 125 12.997 7.711 10.134 13.834 18.486 163.548 178.812 408.929

Sistema Financeiro (Bacen) 12.096 5.405 7.086 12.593 10.942 15.842 17.389 22.042 31.283 37.237 171.915

Seguros (SUSEP) 275 879 1.169 2.505 3.100 112.856 305.498 1.392.597 256.820 332.606 2.408.305

Valores Mobiliários (CVM) 20 13 12 178 192 287 823 1.264 1.475 1.176 5.440

Fundos de Pensão (Previc) 9 2 28 105 201 721 20.989 6.106 5.242 6.076 39.479

Compra Venda de Imóveis (COFECI) 2.287 619 630 750 747 1.736 2.766 3.142 3.112 3.768 19.557

Transporte/Guarda de Valores (DPF) 0 0 0 0 0 0 0 0 5 17 22

Operações em Espécie (Bacen) 0 33.358 76.102 129.489 171.107 193.788 284.486 359.228 577.020 729.395 2.553.973

Subtotal 14.687 40.276 85.027 145.620 186.289 325.230 631.951 1.784.379 874.957 1.110.275 5.198.691

Total Geral 17.719 40.526 85.152 158.617 194.000 335.364 645.785 1.802.865 1.038.505 1.289.087 5.607.620

Setores Regulamentados pelo COAF

COMUNICAÇÕES RECEBIDAS DOS SETORES OBRIGADOS

Setores com órgão regulador próprio

fonte: SISCOAF 

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O aumento de comunicações oriundas do segmento de loterias, verificado nos anos de 2010 e 2011 dizem respeito à nova norma relativa ao setor de loterias e sorteios que passou a vigorar em 2010, a qual ampliou as situações de comunicações automáticas, gerando um incremento substancial nas ocorrências encaminhadas pelo setor.

Exceto pelo incremento de comunicações, em 2009, proveniente do mercado de seguro, previdência aberta e títulos de capitalização, os números gerais apresentam tendência de crescimento na quantidade de comunicações (ver Gráfico V), indicando o contínuo processo de engajamento dos setores obrigados no combate e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo.

 

Gráfico V – Comunicações Recebidas por Ano

17.719 40.52685.152

158.617 194.000

335.364

645.785

1.802.865

1.038.505

1.289.087

Até 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 

fonte: SISCOAF

Cabe ressaltar que, mesmo considerando a redução da quantidade de comunicações oriundas do mercado segurador, o índice de utilização destas em casos analisados pelo COAF continua baixo, da ordem de 0,8%, contra 17% das comunicações atípicas oriundas do setor bancário.

 

C) RELATÓRIOS DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA

O Desempenho do COAF na área de Inteligência Financeira é medido pelo indicador de Casos Examinados, que tem como principal produto o RIF, peça de inteligência produzida com base nas comunicações dos setores obrigados, nos bancos de dados e nas demais fontes disponíveis.

No período compreendido entre os anos de 2003 e 2011, o COAF produziu 10,9 mil RIF, que relacionaram 271,8 mil comunicações e mais de 88,7 mil pessoas. Em 2011, foram produzidos 1.471 RIF, representando um crescimento de 30,7% em relação ao ano de 2010, guardando, porém, simetria com a quantidade produzida nos anos anteriores.

A qualidade técnica e a amplitude das fontes de informações utilizadas na elaboração dos RIF ampliaram sua utilização pelas autoridades competentes, o que tem contribuído objetivamente para exercício de suas funções. Tais relatórios são encaminhados, geralmente, ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público nos Estados e ao Departamento de Polícia Federal, sem prejuízo do envio a outras autoridades competentes e a Unidades de Inteligência Financeira estrangeiras.

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Gráfico VI – Quantidade Anual de Relatórios de Inteligência Produzidos 

fonte: SISCOAF 

 

Gráfico VII – Quantidade Anual de Comunicações Utilizadas e Pessoas Envolvidas nos RIF 

1.3444.001

10.956

27.30523.858

44.817

59.442

51.36348.791

3.2715.223

9.560 11.106 9.83912.210

9.522

14.620 13.435

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

COM ENV

 

fonte: SISCOAF 

D) BLOQUEIO DE RECURSOS

No período entre 2003 e 2011, em decorrência de ações de monitoramento e análises realizadas pelo COAF, as autoridades competentes (Ministério Público e Polícia Federal) bloquearam, com autorização judicial, cerca de R$ 1,95 bilhão em contas-correntes, fundos de investimentos e previdências privadas, pertencentes a pessoas investigadas por crimes de lavagem de dinheiro ou outros crimes conexos, no Brasil e no exterior.

521

843

1.324 1.169

1.5551.431

1.524

1.125

1.471

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

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Tabela VI – Distribuição Geográfica dos Bloqueios Judiciais de Recursos

Localidade Valor (R$)

Rio de Janeiro

Outros Países

São Paulo

Ceará

Bahia

Minas Gerais

Pernambuco

Paraná

Amazonas

Roraima

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

Goiás

Mato Grosso

1.033.745.173,00

792.512.000,00

55.384.398,73

18.000.000,00

13.240.000,00

34.609.923,00

10.000.000,00

10.058.528,30

5.000.000,00

1.408.500,00

1.000.000,00

518.692,90

214.240,00

181.696,94

Total 1.975.872.955,89

fonte: SISCOAF 

 

 

Gráfico VIII – Bloqueios Judiciais por Ano (R$ milhões)

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

1,08 16,22 14,78 7,43 17,62

658,53

1.193,50

6,00 38,71

  

fonte: DIRAF/COAF

Os bloqueios foram desencadeados a partir de comunicações dos setores obrigados, bem como pela atuação de UIF estrangeiras que, no exercício de suas funções de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, identificaram e comunicaram ao COAF movimentações financeiras suspeitas. Após análise, constatou-se fundados indícios que, comunicados às autoridades, permitiram atuação tempestiva e exitosa.  

Os bloqueios efetuados em outros países (R$ 792,5 milhões) representaram 40% do total, o que demonstra sincronismo da atuação do COAF com UIF estrangeiras. Internamente, as

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localidades onde se verificaram os maiores volumes de recursos bloqueados foram Rio de Janeiro (R$ 1,0 bilhão) e São Paulo (R$ 55,3 milhões).

As informações dos setores obrigados e a divulgação de operações das Polícias e Ministério Público são fatores que facilitam a pronta atuação do COAF, permitindo acionar as autoridades competentes em tempo hábil para o requerimento de bloqueio judicial.

O êxito alcançado no bloqueio de recursos expressa a integração entre os diversos elos que compõem o sistema de PLD/FT (setores obrigados, órgãos reguladores, Unidades de Inteligência Financeira, autoridades competentes e judiciário).

O engajamento dos setores obrigados, especialmente do setor bancário, tem contribuído para que as autoridades dedicadas ao combate à lavagem de dinheiro possam agir tempestivamente, consagrando, dessa forma, a diretriz internacional de cooperação entre as instituições na luta contra o crime organizado, privando-o da sua capacidade econômico-financeira, medida essencial para o sucesso da missão.

E) INTERCÂMBIO INTERNACIONAL DE INFORMAÇÕES A lavagem de dinheiro apresenta, em muitos casos, características de crime transnacional, e sua detecção depende, por vezes, da troca de informações entre as UIF de diferentes países. Essa cooperação, quando rápida e eficaz, se mostra um importante instrumento na produção de inteligência financeira, já que prescinde de maiores formalidades.

Cada UIF deve estar autorizada por lei a trocar informações de inteligência financeira com as congêneres estrangeiras. Em particular, deve ter a capacidade de cooperar e trocar informações, por iniciativa própria ou a pedido das autoridades competentes.

As informações obtidas por cooperação internacional têm enriquecido o conteúdo dos relatórios de inteligência do COAF e, por conseqüência, auxiliado autoridades em investigações que envolvam movimentações financeiras efetuadas em países estrangeiros.

O COAF registra, no período de 2003 a 2011, cerca de 1,9 mil intercâmbios de informações com suas congêneres estrangeiras, 227 deles no último ano. Os países que mais intercambiaram informações com o COAF foram Estados Unidos da América, Portugal, Uruguai, Suíça e Luxemburgo, representando, juntos, 42% do total. A Tabela VII - Intercâmbios com UIF (2003-2011) encontra-se no Anexo 2 deste Relatório.

F) INTERCÂMBIO NACIONAL DE INFORMAÇÕES No ambiente interno, a cooperação entre o COAF e outras instituições resultou em mais de 13,9 mil intercâmbios de informações no período entre 2003 e 2011, com destaque para o Ministério Público (5,1 mil), Polícias (5,2 mil), e Poder Judiciário (2,2 mil). Estes intercâmbios foram realizados por meio eletrônico (SEI) ou físico (papel).

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Quadro IV - Intercâmbios com Autoridades Nacionais

% SEI 2011

PAP SEI Total SEI %

Autoridades PoliciaisDepartamento de Polícia Federal 1.614 3.055 4.669 84%

Polícia Civil 191 430 621 76%

Sub-total 1.805 3.485 5.290 80%

Ministério PúblicoMinistério Público Federal 836 746 1.582 76%

Ministério Público Estadual 450 3.068 3.518 92%

Ministério Público Militar/Trabalho 0 9 9 100%

Procuradoria Geral da República 0 7 7 0%

Sub-total 1.286 3.830 5.116 89%

Órgãos do GovernoBanco Central do Brasil 51 184 235 100%

Receita Federal do Brasil - RFB 27 358 385 100%

CGU - Controladoria-Geral da União 4 424 428 100%

CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito 67 0 67 0%

Agência Brasileira de Inteligência 24 42 66 100%

Diversos 81 41 122 50%

Sub-total 254 1.049 1.303 97%

Poder JudiciárioJustiça Federal 1.066 25 1.091 0%

Justiça Estadual 918 3 921 0%

Outros - Poder Judiciário 242 6 248 8%

Sub-total 2.226 34 2.260 1%

Total Tipo 5.571 8.398 13.969 66%

Total de Solicitação ao COAF

fonte: SISCOAF Legenda: Total: total de intercâmbios realizados

SEI: percentual do total de intercâmbios realizados por meio eletrônico no ano de 2011. O desafio de migrar o intercâmbio de informações para o meio eletrônico tem sido cumprido. Em 2011, apenas 34% das solicitações de intercâmbios utilizaram meios físicos para sua consecução, mantendo a tendência de crescimento do uso do intercâmbio eletrônico.

Nos intercâmbios de informações com o Ministério Público e Polícias, que representam maioria na troca de informações, o índice de utilização do SEI chega a 85%. Este nível de adesão ratifica os predicados da ferramenta para fins de intercâmbio entre UIF e autoridades competentes.

Sistema de Prevenção à Lavagem de Dinheiro – Ações Estratégicas e Feedback  

O aperfeiçoamento da prevenção e do combate à lavagem de dinheiro depende do engajamento de todos os integrantes do sistema, desde os setores econômicos obrigados, Unidade de Inteligência Financeira, até as autoridades destinatárias. Nesta mesma linha, é também fundamental a qualidade das informações prestadas, tanto pelos setores obrigados quanto pela UIF. Para avaliar a efetividade das informações prestadas são utilizadas várias técnicas de feedback e de outras ações estratégicas.  

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RELATÓRIOS DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA ENCAMINHADOS – FEEDBACK DPF

Levantamento preliminar efetuado pelo Departamento de Polícia Federal concernente a 2,02 mil Relatórios de Inteligência Financeira encaminhados de ofício pelo COAF àquele Órgão (ou seja, a partir de indícios detectados em análises de comunicações recebidas pelo COAF), no período de 2005 a 2010, indicou que foram gerados 136 inquéritos a partir desses RIF.

Gráfico IX – Quantidade de IPLs Instaurados pelo DPF a Partir de RIF 

65

29

7 5

30

136

2005 2006 2007 2009 2010 Total 

  fonte: DFIN/DPF

 

Embora ainda seja um levantamento preliminar, a quantidade de inquéritos no DPF, onde foram utilizadas informações de inteligência financeira em sua origem, já aponta a relevância do instrumento para as atividades de investigação, demonstrando, ainda, que os recursos e esforços empenhados pelos integrantes do sistema têm trazido retorno objetivo ao Estado no combate à lavagem de dinheiro.

O retorno da informação (feedback) além de ser uma diretriz estabelecida pelo GAFI, facilita a avaliação do sistema de prevenção à lavagem de dinheiro e permite promover as consequentes melhorias, em todas as suas etapas.

GRUPO DE TRABALHO - MELHORES PRÁTICAS

Como forma de buscar o aprimoramento do processo de trabalho da inteligência financeira estabelecido, inclusive no que diz respeito à difusão e ao aproveitamento das informações por parte das autoridades destinatárias, o COAF coordenou, no transcorrer de 2010 e 2011, o Grupo de Trabalho - GT interinstitucional para a consolidação das melhores práticas quanto ao uso da inteligência financeira.

O GT, composto também por representantes do Ministério Público Federal e do Departamento de Polícia Federal, principais instituições destinatárias dos Relatórios de Inteligência Financeira, teve como objetivo diagnosticar, analisar e harmonizar as melhores práticas e identificação de propostas de melhoria de cada instituição.

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Várias foram as implementações operacionais decorrentes das discussões do GT, cabendo destaque para a implementação do RIF eletrônico, desenvolvimento de WebService para troca de informações entre o COAF e Órgãos parceiros, disseminação compartilhada de RIF, melhoria na disposição das informações de inteligência, entre outras, demonstrando a importância do trabalho em grupo para a evolução contínua das atividades de prevenção e combate à lavagem de dinheiro.

Dada a importância e a atualidade da discussão, no que diz respeito à uniformização dos procedimentos a serem adotados, o Departamento de Polícia Federal e Ministério Público Federal os participantes do GT concluíram:  

no Ministério Público Federal – pelo encaminhamento do resultado dos trabalhos à 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF para prosseguimento do debate em foro mais amplo;

no Departamento Polícia Federal - pelo encaminhamento do assunto à Divisão de Repressão a Crime Financeiro – DFIN com a sugestão de que seja elaborada recomendação interna quanto à forma mais adequada de uso do RIF, no sentido de uniformizar procedimentos no âmbito daquela instituição.

Foi sugerida, também, pelos membros do GT, a implementação de treinamentos/

capacitações/workshops no âmbito dos Órgãos participantes. Essas atividades deverão contar com representantes do COAF, delegados de Polícia Federal, membros do Ministério Público Federal e Juízes Federais, para apresentação e discussão de melhores práticas na investigação financeira. 2.3.2 Ação 8959 – Regulação para Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo

Tabela VIII – Descrição da Ação 8959

Tipo de Ação Ação Orçamentária

Finalidade Regular os setores econômicos obrigados para prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

Descrição

Emissão de normas destinadas às pessoas mencionadas no art. 9º da Lei nº. 9.613/1998 para as quais não existam órgãos fiscalizadores ou reguladores próprios em relação a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, compreendendo atualmente os seguintes setores: Pessoas naturais ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos; Entidades que efetuem, direta ou indiretamente, distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis ou imóveis, mediante sorteio ou método assemelhado; Bolsas de mercadorias e corretoras que nelas atuam; Pessoas naturais ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie; Pessoas jurídicas não financeiras prestadoras de serviços de transferência de numerários; Empresas de fomento comercial ou mercantil (factoring); Pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; Emissão de normas para pessoas físicas ou jurídicas reguladas pelo COAF: Relativamente a operações ou propostas de operações com suspeita de ligação com o terrorismo ou seu financiamento; e Relativamente a operações ou propostas de operações realizadas por pessoas politicamente expostas. Monitoramento do cumprimento, pelas pessoas reguladas pelo COAF, de suas obrigações de conformidade, nos termos da Lei nº. 9.613/1998 e normas aplicáveis, ressaltando a inexistência de competência legal para o exercício da atividade de fiscalização.

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Unidade Responsável Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF

Coordenador da Ação Marcelo Silva Pontes

Área responsável pelo gerenciamento

Secretaria Executiva

Produto Procedimento administrativo concluído

Fórmula de cálculo do Produto

O produto expressa o esforço de regulação dos setores obrigados pela Lei nº 9.613/1998 e leva em consideração o somatório das variáveis: (a) Número de Averiguações Preliminares concluídas no exercício; (b) Número de Processos Administrativos julgados no exercício; e (c) Número de Recursos preparados no exercício para decisão do Ministro da Fazenda.

fonte: SIGPLAN

Regulação e Supervisão

Em conformidade com o parágrafo 1º do art. 14 da Lei nº 9.613, de 03 de março de 1998, além de desenvolver a função típica de unidade de inteligência financeira, o COAF também desempenha a atividade de regulação e aplicação de penalidades nos setores obrigados que não estejam sujeitos à regulação e supervisão de órgãos próprios.

Nessa área, a missão do COAF é prevenir a utilização dos aludidos setores por quem deseja

lavar ou ocultar ativos. Porém, o desafio maior é incentivar o compromisso e a participação das entidades que atuam nesses setores, partindo do princípio de que, atuando na ponta do sistema, são elas que lidam diretamente com os clientes e, por isso, devem estar mais atentas a comportamentos que fogem da normalidade. Caso não mantenha controles adequados para detectar esses comportamentos, a pessoa obrigada não apenas coloca em risco a sua reputação, mas também torna vulnerável o ambiente de negócios e a comunidade em que atua.

Destaque-se que a atuação do COAF na Regulação e Supervisão dos setores obrigados é

marcada pela gestão de riscos, governança corporativa e o investimento em pessoas e tecnologia. O desafio de supervisionar milhares de pessoas físicas e jurídicas que atuam nos setores obrigados exige atuação focada na eficiência.

No desempenho da sua função de Regulação, o COAF edita as normas que norteiam os

setores obrigados no cumprimento das obrigações previstas na Lei nº 9.613, de 03 de março de 1998. Atualmente, existe uma resolução específica para cada setor obrigado. Além disso, a Resolução COAF nº 15, que dispõe sobre os procedimentos relativos a operações ou propostas de operações ligadas ao terrorismo ou seu financiamento, e a Resolução COAF nº 16, que dispõe sobre os procedimentos relativos a operações ou propostas de operações realizadas por pessoas politicamente expostas, ambas de 28 de março de 2007, devem ser observadas por todos os setores obrigados regulados pelo COAF.

Regulação e o Processo de Revisão de Normas

Desde 2005, o COAF vem promovendo uma revisão das suas normas, buscando um marco regulatório que, ao mesmo tempo, evidencie às pessoas obrigadas as principais preocupações que

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devem ter na prevenção à LD e ao FT, e contemple a realidade econômico-financeira de cada um dos diversos setores. Assim, a partir da avaliação do risco presente em cada setor, o COAF promoveu mudanças nas normas destinadas aos setores de fomento mercantil (em 2005), de imóveis (2006) e de loterias (2009).

Esse trabalho permanente de aperfeiçoar a orientação às pessoas obrigadas na proteção de

seus negócios culminou, em 2011, com a colocação em consulta pública de minuta de nova Resolução aplicável a todos os setores. A norma proposta estabelece os princípios gerais e as diretrizes que devem orientar as pessoas obrigadas na prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Entre as principais inovações previstas no novo marco regulatório, destaca-se a necessidade

de a empresa analisar os riscos específicos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo no seu negócio e adotar procedimentos que sejam compatíveis com esses níveis de risco. Essa abordagem baseada em risco visa ajudar as empresas – e por consequência todo o sistema de prevenção – a concentrar sua atenção e seus esforços naqueles clientes, produtos e serviços cujos riscos justifiquem.

Outra importante novidade é que, além dos setores do comércio de artes e antiguidades,

jóias, pedras e metais preciosos, do fomento mercantil, da transferência de fundos, e dos jogos e loterias, passam a ser alcançados pela regulamentação do COAF os setores que comercializem bens de luxo ou de alto valor, como o comércio de automóveis, aeronaves e embarcações ou que exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie.

Processo de Trabalho na Supervisão

Assim como na atividade de inteligência financeira, a atuação do COAF na Supervisão dos setores obrigados é marcada pela gestão de riscos, governança corporativa e o investimento em pessoas e tecnologia. A necessidade de supervisionar milhares de pessoas físicas e jurídicas que atuam nos setores obrigados, valendo-se de um quadro técnico reduzido, exige atuação focada na eficiência.

Figura I - Gerenciamento de Riscos na Supervisão

A partir de uma base de dados contendo as pessoas obrigadas que atuam nos setores

regulados pelo COAF, a matriz de riscos indica aquelas pessoas obrigadas sobre as quais uma

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análise mais detalhada é necessária. Os diversos componentes da matriz ajudam a avaliar o risco de que uma eventual desconformidade por parte da pessoa obrigada represente uma fragilidade ao restante do sistema econômico, o que é feito por meio de uma Averiguação Preliminar. Esse importante instrumento deve ajudar a pessoa averiguada no aprimoramento dos seus controles.

No curso da Averiguação Preliminar, sempre com foco na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, a pessoa obrigada é avaliada em relação a:

procedimentos de identificação e conhecimento de clientes;

sistema de registro e controle de operações;

política de seleção e treinamento de funcionários; e governança corporativa.

Além disso, uma amostra das operações realizadas pela empresa ajuda a medir a eficácia dos

procedimentos e controles por ela adotados.

Nos casos em que a desconformidade não infringir obrigação legal ou que a infração não representar grave risco, o COAF expede recomendação à pessoa obrigada para que aprimore seus procedimentos, pactuando com ela um prazo para demonstrar sua conformidade. Em caso de descumprimento grave de obrigação definida na Lei nº 9.613/1998, o COAF instaura Processo Administrativo contra a pessoa averiguada e seus administradores, garantido o direito à ampla defesa e ao contraditório. O processo poderá culminar na aplicação de penalidade – advertência, multa, inabilitação temporária ou cassação da autorização de funcionamento. 2.3.2.1 Desempenho Operacional da Regulação e Supervisão

Os aperfeiçoamentos no processo de trabalho na supervisão refletem-se nos números apresentados por essa atividade. Enquanto em 2010 foram concluídas 30 averiguações preliminares, resultando na instauração de 15 processos administrativos, em 2011, o COAF finalizou 32 averiguações, das quais resultaram 11 processos. Esse resultado mostra-se ainda mais significativo quando se considera que a instituição, em 2011, da figura da recomendação, descrita acima, tornou o procedimento de supervisão substancialmente mais complexo.

O Gráfico X apresenta a evolução na realização de averiguações preliminares pelo COAF, entre 2007 e 2011.

Gráfico X – Averiguações Preliminares

3230

7

21

28

0

5

10

15

20

25

30

35

2007 2008 2009 2010 2011

fonte: COAF/Secretaria Executiva

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Em 2011, o Conselho julgou, em 4 sessões, um total de 14 processos administrativos instaurados contra aquelas pessoas obrigadas que deixaram de cumprir as obrigações estabelecidas pela Lei nº 9.613/98, resultando na aplicação de multas no montante de R$ 397 mil. O número de processos julgados foi também a maior marca anual desde a criação do COAF, conforme se vê no Gráfico XI.

Gráfico XI – Processos Administrativos Julgados

4

1 4

8951 1

0

2

4

6

8

1 0

1 2

1 4

1 6

2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 * 2 0 1 1

* Inclui 4 processos arquivados de ofício

fonte: COAF/Secretaria Executiva

Quanto aos recursos em processos administrativos, em 2011 foram protocolizados e

encaminhados ao Ministro da Fazenda um total de 6 recursos, originários de processos do próprio COAF (3) e de outros órgãos fiscalizadores (3).

A Tabela IX apresenta dados das atividades realizadas pelo COAF, no âmbito da supervisão, comparando 2011 aos anos anteriores.

Tabela IX - Procedimentos Concluídos

Procedimento Quantidade

Até 2010 2011 TOTAL Averiguação Preliminar (concluídas) 94 32 126

Processo Administrativo (julgado) 36 14 50

Processo Administrativo (arquivado de ofício) 4 0 4

Recurso ao Ministro da Fazenda - COAF (encaminhado) 18 3 21

Recurso ao Ministro da Fazenda - Outros órgãos (encaminhado) 58 3 61

TOTAL 210 52 262 fonte: Secretaria Executiva/COAF

A tabela X detalha os 46 Processos Administrativos julgados pelo COAF desde 2006, indicando o volume de multas aplicadas às empresas e a seus sócios, pelo descumprimento das obrigações estabelecidas pela Lei nº 9.613/1998.

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Tabela X – Penalidades Aplicadas

Segmentos Processos

Administrativos julgados

Multas (R$ 1,00)

Factorings 43

Empresas 2.284.691,07

Sócios e/ou

Responsáveis 1.750.167,06

Jóias, pedras e metais preciosos 2 - -

Objetos de arte e antiguidades 1

Empresas 4.972,85

Sócios e/ou

Responsáveis 4.972,85

TOTAL 46 - 4.044.803,83 fonte: Secretaria Executiva/COAF 2.3.3 Execução Física das Ações Realizadas pelo COAF

Quadro V – Execução Física das Ações Realizadas pelo COAF

Função Subfunção Programa Ação Tipo da

Ação

Prioridade

Unidade de Medida

Meta prevista

Meta realizada

Meta a ser

realizada em 2012

04 183 1164 4946 A 3 Caso examinado 5.108 4.016 3.800

04 125 1164 8959 A 3 Procedimento

Administrativo Concluído

73 52 54

fonte: SIGPLAN Ação 4946 – Inteligência:

A inteligência financeira do COAF tem como indicador de desempenho, definido no Plano

Plurianual – PPA 2008-2011, a quantidade de casos examinados, que é o somatório entre o número de relatórios de inteligência financeira produzidos e a quantidade de intercâmbios eletrônicos realizados com autoridades competentes. As metas levaram em conta a média do número de casos analisados de 2005 a 2007, com incremento linear de 15% ao ano.

Ao analisar o resultado final obtido em 2011 (78,62% do esperado), verifica-se o esforço dedicado ao longo do ano na busca da meta estipulada, além dos desafios contínuos de melhoria dos instrumentos de sustentação da atividade de inteligência financeira na prevenção e combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Considerando a composição do indicador e sua forma de ajuste anual, constata-se que a atividade de inteligência financeira tem correspondido adequadamente às expectativas de resultado.

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O resultado final acumulado do PPA 2008-2011 foi de 94% do esperado, o que se deveu especialmente ao comprometimento institucional e dos técnicos dedicados à matéria.

Tabela XI – Ação 4946 - Resultado Anual PPA 2008-2011

Ano Meta Resultado %

2008 3.358 3.537 105,33

2009 3.862 4.599 119,08

2010 4.442 3.612 81,31

2011 5.108 4.016 78,62

Acumulado até 2011 16.770 15.764 94,00

Média Anual 4.193 3.941

fonte: SIGPLAN

Cabe considerar a necessidade de revisão do indicador para o PPA 2012-2015, levando-se em conta que o exponencial incremento das comunicações recebidas dos setores obrigados para análise contrapõe-se à perspectiva de crescimento linear de 15% a.a., especialmente considerando-se a capacidade institucional instalada para a atividade, cujo quadro técnico está composto por apenas 13 pessoas. Vale reforçar que o COAF vem sendo desafiado pelo crescimento no número de comunicações recebidas dos setores obrigados e pelo incremento de solicitações de intercâmbio de informações pelas autoridades competentes, que apontam para uma expectativa acentuada na capacidade de resposta do Órgão, o que pressionará ainda mais sua capacidade produtiva ora estagnada.

Neste contexto, durante a revisão do indicador para o PPA 2012-2015, realizada em julho de

2011, estabeleceu-se a meta para 2012 com base no resultado alcançado de 1.684 casos examinados no primeiro semestre de 2011, que projetava um total de 3.368 casos no ano, indicando uma média anual de 3.779 casos examinados no período de 2008 a 2011. Ao término de 2011, o resultado final de 4.016 elevou ligeiramente a média anual para 3.941. Foi definida, assim, a meta anual de 3.800 casos examinados para o ano de 2012.

Ação 8959 – Regulação: O resultado do indicador da Ação 8959 - Regulação - Procedimento Administrativo

Concluído no exercício de 2011 (71,23% do esperado) reclama os seguintes esclarecimentos:

1. O indicador compõe-se de 3 variáveis, a saber: o número de Averiguações Preliminares concluídas pela Secretaria Executiva do COAF, o número de Processos Administrativos julgados pelo Conselho e o número de Recursos em Processos Administrativos (originários do COAF e de outros órgãos) encaminhados para decisão do Ministro da Fazenda.

2. Averiguações Preliminares: em sua 66ª Sessão, em 08/12/2010, o Conselho ratificou proposta da Secretaria Executiva no sentido de que pequenas falhas verificadas nas empresas fiscalizadas pudessem ser sanadas ainda no curso da ação supervisora, sem necessidade de instauração de processo administrativo. A partir de então, em tais situações, passou-se a expedir às empresas recomendação para que, em prazo estipulado, sanassem as falhas. Na prática, esse procedimento efetivamente duplica o trabalho de análise necessário para a avaliação de

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conformidade da empresa. Essa duplicação, no entanto, comprometeu em apenas 8,6% o alcance da meta dessa variável do indicador. 3. Processos Administrativos julgados pelo Conselho: esta variável foi a que apresentou menor índice de realização (14 julgados, em face de 23 previstos). Isso se deveu à dificuldade de se alcançar quórum para realizar a quantidade de sessões previstas quando do estabelecimento da meta, uma vez que dois dos Conselheiros estavam lotados fora do Distrito Federal, tendo-se dificultado seu comparecimento em razão das restrições orçamentárias surgidas no início do ano,

4. Recursos ao Ministro da Fazenda: assim como em 2010, ao encerramento de 2011, não havia recurso no COAF pendente de encaminhamento ao gabinete do Sr. Ministro da Fazenda, seja de processos originários do próprio órgão, seja de outros órgãos fiscalizadores. Os 3 recursos de cada tipo foram encaminhados tão logo ingressaram na Secretaria Executiva do Conselho. 2.4 Desempenho Orçamentário/Financeiro

Em decorrência da Lei nº 12.381/2011 (LOA 2011), o orçamento do COAF para o exercício

alcançou o valor de R$ 1.845.411,00, assim distribuído: R$ 1.655.678,00 na Ação 4946 - Inteligência Financeira para a Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo, e R$ 189.733,00, na Ação 8959 - Regulação para Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo.

Como resultado das normas referentes a programação orçamentária e financeira expedida pelo Governo Federal em 2011, o limite para empenho do COAF no ano totalizou R$ 1.824.559,35. O corte concentrou-se na rubrica Investimentos, inserida no escopo da Ação 4946: dos R$ 139.011,00 aprovados na LOA 2011, o valor efetivamente disponibilizado foi de R$ 118.159,35. Deste valor, R$ 80.000,00 foram remanejados para Despesas Correntes (Outros Serviços de Terceiros /PJ), para honrar despesas, principalmente com locação de imóvel.

Quadro VI – Despesas do COAF em 2011

Ação 4946 Natureza de Despesa

Limite Orçamentário1

Execução 2011

%2 Saldo

Remanescente%2

Despesas Correntes

Diárias 16.061,86 14.873,90 92,60 1.187,96 7,40

Passagens/Locomoção 20.922,18 20.916,02 99,97 6,16 0,03

Outros Serviços de Terceiros/PJ 1.550.062,96 1.549.545,92 99,97 517,04 0,03

Outros Serviços de Terceiros/PF 8.000,00 6.464,00 80,80 1.536,00 19,20

Material de Expediente 1.620,00 431,35 26,63 1.188,65 73,37

TOTAL DESP. CORRENTES 1.596.667,00 1.592.231,19 99,72 4.435,81 0,28

Despesas de Capital/Investimento

Equipamentos e Materiais Permanentes 38.159,35 37.133,13 97,31 1.026,22 2,69

TOTAL DESP. DE CAPITAL 38.159,35 37.133,13 97,31 1.026,22 2,69

TOTAL INTEL 1.634.826,35 1.629.364,32 99,67 5.462,03 0,33

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Ação 8959 Natureza de Despesa

Limite Orçamentário1

Execução 2011

%2 Saldo

Remanescente%2

Despesas Correntes

Diárias 4.892,05 4.758,41 97,27 133,64 2,73

Passagens/Locomoção 3.535,11 3.484,74 98,58 50,37 1,42

Outros Serviços de Terceiros/PJ 178.776,76 178.525,88 99,86 250,88 0,14

Obrigações Tributárias Contributivas 2.529,08 2.529,08 100,00 0,00 0,00

TOTAL REGULA 189.733,00 189.298,11 99,77 434,89 0,23

TOTAL INTEL + REGULA 1.824.559,35 1.818.662,43 99,68 5.896,92 0,32

fonte: Siafi 1 - Limite Orçamentário definido pela SPOA/SE/MF. 2 - Relação entre o valor executado/limite orçamentário e saldo remanescente/limite orçamentário.

Ao longo do ano de 2011, foram executadas despesas no montante de R$ 1.818.662,43, dos quais R$ 1.629.364,32 oriundos da Ação 4946 e R$ 189.298,11, da Ação 8959. Estes valores representam, respectivamente, 99,7%, 99,7% e 99,8% dos limites autorizados. Os números refletem o fato de o COAF ter assumido mais despesas em comparação com os exercícios anteriores, em decorrência da mudança de sede, cobrindo principalmente os custos de pagamento da locação e demais gastos relativos à conservação do imóvel.

A execução da quase totalidade do orçamento elevou a média do último triênio para R$

1.045.085,30, representando variação de 54% em relação à média de R$ 678.726,00 verificada no período de 2008 a 2010, e de 93% quando comparada com a média anual de execução orçamentária entre 2007 e 2009, de R$ 540.461,00. O Gráfico XII demonstra a evolução dos principais dispêndios do COAF por natureza de despesa nos últimos três anos. Não obstante a forte redução de despesas relacionadas a viagens, verificou-se acentuada elevação dos gastos totais em 2011, da ordem de 124,5%.

Gráfico XII – Evolução das principais Naturezas de Despesas do COAF (2009-2011)

2009

2010

2011

132.259 

128.174 

19.632 

173.365 

143.374 

24.765 

191.509 

520.419 

1.734.536 

0

16.937 37.133 

497.133 

808.904 

1.816.066 

Diárias Passagens e Locomoções Serviços de Terceiros ‐ PJ/PF Equipamentos e Material Permanente Total

fonte: Siafi

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43

Ainda sob o impacto da mudança da sede do COAF, que sinaliza um novo patamar de execução orçamentária para o Órgão em razão dos custos fixos mensais de pagamento da locação e demais gastos relativos à conservação do imóvel, a expressiva elevação na participação dos gastos com serviços de terceiros na despesa total do Órgão alcançou 95,3% em 2011, contra 38,5% em 2009 e 64,3% em 2010. No entanto, ao contrário do ano anterior, tais despesas foram distribuídas ao longo de 2011.

Por outro lado, as despesas com diárias e passagens sofreram considerável redução, passando

de 26,6% e 34,9%, respectivamente, em 2009, e de 15,8% e 17,7% em 2010, para 1,1% e 1,4% em 2011, conforme demonstrado no Gráfico XIII. O rigoroso cumprimento de diretriz governamental no sentido da contenção desse tipo de gasto reduziu sobremaneira o número de viagens de servidores do COAF para reuniões de trabalho e participação em eventos nacionais e internacionais, gerando uma economia da ordem de 83,6% nessas despesas em relação ao exercício anterior.

Gráfico XIII – Evolução Percentual das Despesas Orçamentárias do COAF (2009-2011)

20092010

2011

26,6%

15,8%

1,1%

34,9%

17,7%

1,4%

38,5%

64,3%

95,5%

0,0% 2,1%2,0%

Equipamentos e Material Permanente

Serviços de Terceiros ‐PJ/PF

Passagens e Locomoções

Diárias

    fonte: Siafi

As despesas com diárias e passagens referem-se primordialmente a: I) representação do Brasil em fóruns internacionais de PLD/FT (GAFI, GAFISUD, Grupo de Egmont, Mercosul, ONU, OEA); II) participação em treinamentos; e III) cooperação com forças-tarefa.

Atendendo ao exigido na Parte A, item 2 do Anexo II da DN TCU nº 108, de, 27/10/2010, informamos que o COAF é Unidade Gestora (UG 170401) mas não é Unidade Orçamentária executora, cabendo essa função à UG 170531 (SAMF/DF). Por esta razão, apenas os dados sobre despesas relacionadas a créditos recebidos por movimentação orçamentária constam deste item, conforme os Quadros VII, VIII, IX e X a seguir.

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Quadro VII – Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa

Valores em R$ 1,00

Natureza da Movimentação de Crédito

UG concedente

ou recebedora

Classificação da ação

Despesas Correntes

1 – Pessoal e Encargos

Sociais

2 – Juros e Encargos da Dívida

3 – Outras Despesas Correntes

Movimentação Interna

Concedidos 170013 170013

251010412511648959 251010418311644946

- - 189.733

1.596.667

Recebidos 170531 170006 170531

251010418311644946 251010418311644946 251010412511648959

- - 1.588.667

8.000189.733

Movimentação Externa

Concedidos - - - - -

Recebidos - - - - -

Natureza da Movimentação de Crédito

UG concedente

ou recebedora

Classificação da ação

Despesas de Capital

4 – Investimentos

5 – Inversões

Financeiras

6 – Amortização

da Dívida

Movimentação Interna

Concedidos 170013 251010418311644946 38.159 - -

Recebidos 170531 251010418311644946 38.159 - -

Movimentação Externa

Concedidos - - - - -

Recebidos - - - - -

fonte: Siafi Gerencial

Quadro VIII – Despesas por Modalidade de Contratação dos Créditos Recebidos por Movimentação

Valores em R$ 1,00

Modalidade de Contratação Despesa Liquidada Despesa paga

2011 2010 2011 2010

Licitação Convite - - - -Tomada de Preços - - - -Concorrência 2.655 2.655Pregão 577.568 210.033 576.524 203.257Concurso - - - -Consulta - - - -

Contratações Diretas Dispensa 1.042.958 445.533 1.042.958 445.088Inexigibilidade 46.839 27.361 46.839 27.361

Regime de Execução Especial Suprimento de Fundos - - - -

Pagamento de Pessoal Pagamento em Folha - - - -

Diárias - - - -

Outras 21.8426.464

7.7461.680

130.412

21.842 6.464

7.7461.680

130.412fonte: Siafi Gerencial

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Quadro IX – Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos Créditos Recebidos por Movimentação

Valores em R$ 1,00

Grupos de Despesa Despesa Empenhada Despesa Liquidada

RP não processados

Valores Pagos

2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010

1 – Despesas de Pessoal

- - - - - - - -

2 – Juros e Encargos da Dívida

- - - - - - - -

3- Outras Despesas Correntes

39 1.728.072 712.339 1.645.949 516.958 82.123 195.381 1.644.905 516.958

33 24.401 340.249 18.352 143.374 6.049 196.875 18.352 143.374

14 19.632 128.174 19.632 128.174 0 0 19.632 128.174

30, 36, 47, 92, 93 9.424 18.743 9.105 12.757 319 5.986 9.105 12.727fonte: Siafi Gerencial

Quadro X – Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos Créditos Recebidos por Movimentação

Valores em R$ 1,00

Grupos de Despesa

Despesa Empenhada

Despesa Liquidada

RP não processados

Valores Pagos

2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010

4 - Investimentos

52 37.133 49.158 2.633 24.158 34.500 25.000 2.633 16.937

fonte: Siafi Gerencial

A cópia da Declaração do Contador responsável pela UG deste Conselho, em consonância com a solicitação do item 1 da Parte B da Decisão Normativa TCU Nº 108, de 24 de novembro de 2011, encontra-se no Anexo 1, encaminhada por meio do Memorando nº 86/2012/SPOA/SE/MF-DF, de 14/02/2012.

3. RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

Os recursos orçamentários inscritos em Restos a Pagar - RAP de 2010 referentes ao

exercício de 2009 compreendem uma inscrição inicial de R$ 430.462,67. Desse valor, R$ 226.447,27 foram RAP não processados cancelados. O montante líquido total inscrito e pago efetivamente foi de R$ 115.375,60, restando um saldo a pagar ao longo de 2011 de 88.639,80, conforme dados do Siafi Gerencial.

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Quadro XI – Situação dos Restos a Pagar de Exercícios Anteriores

Restos a Pagar Processados

Ano de Inscrição Montante Inscrito Cancelamentos

acumulados Pagamentos acumulados

Saldo a Pagar em 31/12/2011

2010 7.221,00 0,00 7.221,00 0,00

2009 87,77 -67,77 20,00 0,00

Restos a Pagar não Processados

Ano de Inscrição Montante Inscrito Cancelamentos

acumulados Pagamentos acumulados

Saldo a Pagar em 31/12/2011

2010 423.241,67 - 226.447,27 108.154,60 88.639,80

2009 265.030,71 -251.105,60 13.925,11 0,00

fonte: Siafi Gerencial

4. GESTÃO DE PESSOAS E FORÇA DE TRABALHO

O COAF vem desenvolvendo ações continuadas há mais de cinco anos, conforme Relatórios

de Gestão de exercícios anteriores, voltadas à reorganização de sua estrutura orgânica. No entanto, as mudanças em sua estrutura ainda não haviam sido realizadas até 2011. Nesse período, a estrutura organizacional do COAF era regulamentada pelo Decreto nº 7.482, de 16/05/2011, conforme Tabela XII – Estrutura Organizacional do COAF em 2011. Tal Decreto revogou o de nº 7.386, de 08/12/2010, que teve dentre outras alterações a supressão de um cargo comissionado DAS 102.4, remanejado, juntamente com outros, do Ministério da Fazenda para a Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Tabela XII – Estrutura Organizacional do COAF em 2011

UNIDADE/SUBUNIDADE CARGO/FUNÇÃO

(quantidade) DENOMINAÇÃO CARGO/FUNÇÃO

DAS/FG

CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS

1 Presidente 101.6

1 Assessor Técnico 102.3

1 Assistente 102.2 Gabinete 1 Chefe 101.4

Divisão 2 Chefe 101.2

Serviço 2 Chefe 101.1

Secretaria Executiva 1 Secretário-Executivo 101.5

8 Assessor 102.4

1 Assessor Técnico 102.3

Diretoria de Análise e Fiscalização 1 Diretor 101.5

Coordenação-Geral de Análise 1 Coordenador-Geral 101.4

Coordenação 2 Coordenador 101.3

Coordenação-Geral de Fiscalização 1 Coordenador-Geral 101.4

Coordenação 2 Coordenador 101.3

5 FG-1

1 FG-2 fonte: Secretaria-Executiva/COAF

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O caráter multidisciplinar das competências essenciais necessárias para o exercício das atividades do COAF está refletido em seu quadro de pessoal. Este modelo estimula o pleno exercício das competências individuais em torno dos objetivos institucionais e a busca pelo constante desenvolvimento profissional no intuito de suprir eventuais lacunas.  

Em 31 de dezembro de 2011, a força de trabalho do COAF perfazia 48 pessoas, sendo 38 servidores, 5 empregados de instituições financeiras públicas em programa de capacitação, 4 terceirizados em funções administrativas e um estagiário de nível superior.

O quadro de pessoal do COAF é composto por servidores do próprio Ministério da Fazenda (carreiras de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional – STN, de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil - RFB e do Plano Especial de Cargos do Ministério da Fazenda – PECFAZ) e por servidores oriundos de outros órgãos e entidades públicos, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES, Advocacia-Geral da União – AGU, Banco Central do Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Departamento de Polícia Federal, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Controladoria-Geral da União – CGU, Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

O COAF, continuamente, realiza gestões junto às autoridades competentes visando ampliar seu quadro funcional para viabilizar o adequado tratamento do crescente volume de informações disponibilizadas, ademais da considerável expansão das solicitações de cooperação técnica acolhidas pelo Órgão, tanto de instituições nacionais quanto estrangeiras.

Como resultado das iniciativas para reforço de sua equipe técnica, em 2011, o COAF

recebeu três novos servidores oriundos das carreiras de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, de Analista de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional e de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental.  

Tanto nos setores finalísticos do COAF quanto na área administrativa, encontram-se alocados servidores ocupantes dos cargos de provimento efetivo do PECFAZ, cujo desempenho é aferido com base em parâmetros individuais e institucionais. O COAF definiu seu referencial para apuração do desempenho institucional a partir dos produtos de suas ações finalísticas constantes do Plano Plurianual PPA 2008-2011. Denominado “Índice de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”, o indicador institucional é calculado a partir de duas variáveis validadas institucionalmente: “casos examinados” e “averiguações preliminares concluídas”, obtidas por meio de procedimentos de coleta definidos e monitorados pelas áreas competentes com periodicidade mensal e metas anuais.

O 2º Ciclo de Avaliação de Desempenho para Servidores do PECFAZ compreendeu o período de novembro de 2010 a outubro de 2011. O COAF obteve o resultado de 91% de alcance da meta institucional, evidenciando o comprometimento e o ótimo desempenho da equipe.

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Quadro XII - Composição do Quadro de Recursos Humanos – Situação apurada em 31/12/2011

Tipologias dos Cargos Lotação Ingressos

em 2011 Egressos em

2011 Autorizada Efetiva

1 Provimento de cargo efetivo 1.1 Membros de poder e agentes políticos 1.2 Servidores de Carreira 1.2.1 Servidor de carreira vinculada ao órgão 4 4 2 - 1.2.2 Servidor de carreira em exercício

descentralizado - - - -

1.2.3 Servidor de carreira em exercício provisório - - - - 1.2.4 Servidor requisitado de outros órgãos e esferas 9 (*) 9 (*) 3 (*) 3 (*) 1.3 Servidores com Contratos Temporários 1.4 Servidores Cedidos ou em Licença 1.4.1 Cedidos - - - - 1.4.2 Removidos - - - - 1.4.3 Licença remunerada - - - - 1.4.4 Licença não remunerada - - - - 2 Provimento de cargo em comissão 2.1 Cargos Natureza Especial 2.2 Grupo Direção e Assessoramento superior 2.2.1 Servidor de carreira vinculada ao órgão 5 5 - 1 2.2.2 Servidor de carreira em exercício

descentralizado 3 3 - -

2.2.3 Servidor de outros órgãos e esferas 12 12 - - 2.2.4 Sem vínculo 4 4 - - 2.2.5 Aposentado 1 1 - - 2.3 Funções gratificadas 2.3.1 Servidor de carreira vinculada ao órgão 5 5 - 1 2.3.2 Servidor de carreira em exercício

descentralizado - - - -

2.3.3 Servidor de outros órgãos e esferas - - - - 3 Total 43 43 5 5

fonte: Secretaria Executiva/COAF (*) Inclui funcionários do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal em treinamento no COAF, no âmbito de Convênios de Cooperação.

Quadro XIII - Composição do Quadro de Recursos Humanos por Faixa Etária – Situação apurada em 31/12/2011

Tipologias do Cargo Faixa Etária (anos)

Até 30 De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 Acima de

60 1. Provimento de cargo efetivo

1.1. Membros de poder e agentes políticos - - - - - 1.2. Servidores de Carreira 1 7 2 3 - 1.3. Servidores com Contratos Temporários - - - - - 1.4. Servidores Cedidos ou em Licença - - - - -

2. Provimento de cargo em comissão 2.1. Cargos de Natureza Especial - - - - - 2.2. Grupo Direção e Assessoramento Superior 4 3 13 4 1 2.3. Funções gratificadas - 1 2 2 -

fonte: Secretaria Executiva/COAF

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Quadro XIV - Composição do Quadro de Recursos Humanos por Nível de Escolaridade – Situação apurada em 31/12/2011

Tipologias do Cargo Nível de Escolaridade

1 2 3 4 5 6 7 8 9

1. Provimento de cargo efetivo 1.1. Membros de poder e agentes políticos - - - - - - - - - 1.2. Servidores de Carreira - - - - 2 5 5 - - 1.3. Servidores com Contratos Temporários - - - - - - - - - 1.4. Servidores Cedidos ou em Licença - - - - - - - - -

2. Provimento de cargo em comissão 2.1. Cargos de Natureza Especial - - - - - - - - - 2.2. Grupo Direção e Assessoramento

Superior - - - - 4 5 17 - -

2.3. Funções gratificadas - - - - 4 - 1 - - LEGENDA Nível de Escolaridade 1 - Analfabeto; 2 - Alfabetizado sem cursos regulares; 3 - Primeiro grau incompleto; 4 - Primeiro grau; 5 - Segundo grau ou técnico; 6 - Superior; 7 - Aperfeiçoamento / Especialização / Pós-Graduação; 8 – Mestrado; 9 - Doutorado; 10 - Não Classificada.

fonte: Secretaria Executiva/COAF

Quadro XV - Composição do Quadro de Estagiários

Nível de escolaridade

Quantitativo de contratos de estágio vigentes Custo do exercício

(Valores em R$ 1,00) 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

Nível superior Área Fim 1 1 1 1 6.464 Área Meio - - - - -

Nível Médio Área Fim - - - - - Área Meio - - - - -

fonte: Secretaria Executiva/COAF e Siafi

TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA

O COAF conta com quatro empregados terceirizados na qualidade de Auxiliares, exercendo atividades de apoio administrativo, disponibilizados por meio de empresas que mantêm contrato com a Coordenação-Geral de Recursos Logísticos da SPOA/MF, atual Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no DF – SAMF/DF.

AÇÕES DISCIPLINARES OU CORRECIONAIS

Não houve, no período de janeiro a dezembro de 2011, incidentes que justificassem tais procedimentos.

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COMISSÃO DE ÉTICA A Comissão de Ética do COAF foi constituída em 24/04/2008, por meio da Portaria nº 45,

publicada no Boletim de Pessoal nº 17, do Ministério da Fazenda, em 25/04/2008.

Cumprindo as atribuições dispostas no Parágrafo 3º do Artigo 4º da Portaria/MF nº 39 de 18/02/2008, publicada no DOU de 20/02/2008, a Comissão instaurou, em 21/11/2011, procedimento que se encontrava em curso em 31/12/2011.

4.1 Ações de Capacitação e Treinamento – Indicadores Gerenciais

O COAF prioriza a capacitação de seu quadro de pessoal em temas finalísticos, como

prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, análise e técnicas de inteligência e investigação, regulação de setores, análise de informações, elaboração de normas, dentre outros. As atividades de treinamento visaram agregar habilidades e competências inerentes às atividades específicas do COAF.

Gráfico XIV – Pessoal treinado/capacitado em 2011 – por área

19

23

64

InteligênciaFinanceira

Tecnologia daInformação

Gerencial

Corporativo

fonte: COAF/ Secretaria Executiva Em 2011, 66% da força de trabalho do COAF recebeu algum tipo de capacitação. As

atividades de treinamento envolveram um total de 2.099 homens x hora, valor 13% superior à média dos últimos cinco anos, conforme Gráfico XV.

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Gráfico XV – Variação anual e número total de horas de treinamento (2007-2011)

1.7201.840

2.238

1.887

2.099

7,0%

21,6%

-15,7%

11,3%

-20,0%

-15,0%

-10,0%

-5,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

2007 2008 2009 2010 2011

Nº horas

Nº horas de treinamento Variação anual

fonte: Secretaria-Executiva/COAF

Para a manutenção do nível técnico dos seus Analistas de Inteligência, o COAF vem

investindo fortemente na qualificação desses profissionais. Em 2011, estes servidores participaram de treinamentos no Brasil e no exterior, bem como realizaram visitas técnicas a unidades análogas e organismos internacionais no exterior no sentido de conhecer e assimilar melhores práticas, ampliando, dessa forma, a cooperação técnica entre congêneres, que se traduzem na melhoria da atividade de inteligência financeira.

As capacitações nas áreas de Inteligência Financeira e Supervisão, como indicado na Tabela XIV, envolveram direta ou indiretamente técnicas e ferramentas de análise, contra-inteligência, conhecimento de produtos e atividades associados ao tema de PLD/FT. Os treinamentos realizados de cunho internacional representaram cerca de 25% do total.

Tabela XIII – Capacitações Recebidas em 2011 – Inteligência Financeira e Supervisão

CURSO ENTIDADE

RESPONSÁVEL PERÍODO LOCAL

Nacional

Curso Básico de Inteligência (CBI) ESINT/ABIN 14 a 25/03 Brasília-DF

Curso de Apreciação ESINT/ABIN 15/04 Brasília-DF

Participar no I Seminário para Analistas da Atividade de Inteligência

DINT/DIP 16/06 Brasília-DF

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CURSO ENTIDADE

RESPONSÁVEL PERÍODO LOCAL

Estágio Especial de Inteligência EsIMex 11 a 15/07 Brasília-DF

Estágio Especial de Inteligência EsIMex 18 a 27/10 Brasília-DF

Curso de Noções do Fenômeno Terrorismo

EsIMex 03 a 07/10 Brasília-DF

Curso Básico de Inteligência (CBI) ESINT/ABIN 21/11 a 02/12 Brasília-DF

Curso de Segurança Corporativa ESINT/ABIN 21 a 25/11 Brasília-DF

Internacional

Treinamento operacional no Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN)

FBI - EUA 21/05 a 29/05 Washington DC EUA

Participar do II Workshop Avançado de Avaliadores do Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (GAFISUD)

GAFISUD 14/08 a 20/08 Montevidéu - Uruguai

Participação no Curso Sub-regional sobre Luta contra o Financiamento do Terrorismo: Principais Riscos Atuais

CICTE/OEA 06/09 a 09/09 Montevidéu - Uruguai

fonte: Secretaria-Executiva e DIRAF/COAF

Nas áreas de Administração, Gestão e Tecnologia da Informação, as capacitações tiveram como foco: gestão no setor público, segurança da informação, sistemas corporativos do Executivo Federal e ferramentas de informática, conforme Tabela XIV.

Tabela XIV – Capacitações Recebidas em 2011 – Administração / TI

CURSO ENTIDADE

RESPONSÁVEL PERÍODO LOCAL

Nacional

Participação na Palestra A Gestão do Risco como Fator Critico do Sistema de Governança Corporativa

FGV-Fundação Getúlio Vargas

14/03 Brasília – DF

Curso de Excel Avançado / Intermediário ESAF 16/05 a 20/05 Brasília – DF

Curso de Excel Avançado / Intermediário ESAF 23 a 27/05 Brasília – DF

Curso de Gestão de Riscos nas Organizações Públicas. (Programa de Aperfeiçoamento para Carreiras)

ENAP 08 a 10/06 Brasília – DF

Curso de Gestão Pública ESAF - EAD 13/06 a 15/07 Brasília – DF

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CURSO ENTIDADE

RESPONSÁVEL PERÍODO LOCAL

Nacional

Curso de ComprotDOC ESAF 13 a 17/06 Brasília – DF

Word/2007 - Básico - Presencial ESAF 01 a 05/08 Brasília – DF

Excell 2007 - Avançado - Presencial ESAF 08 a 12/08 Brasília – DF

Access Básico - Presencial ESAF 15 a 19/08 Brasília – DF

SIAFI Gerencial ESAF 16 a 19/08 Brasília – DF

Gestão de Documentos Públicos e Arquivo ESAF 22 a 25/08 Brasília – DF

Curso de Access Avançado ESAF 01/05 a 05/09 Brasília – DF

Planejamento Estratégico nas Instituições Públicas

ENAP 14 a 16/09 Brasília – DF

Curso de Tópicos do RJU e Reforma da Previdência

ESAF 03 a 07/10 Brasília – DF

Gestão da Tecnologia da Informação ESAF/AED 24/10 a 23/12 Brasília – DF

Curso de Analyst's Notebook; TextChart; Ibridge e iXA

Tempo Real 12 a 16/12 Brasília – DF

fonte: Secretaria-Executiva/COAF

5. DECLARAÇÕES DE BENS E RENDAS

A relação dos servidores que entregaram a Declaração de Bens e Valores referente ao ano-

base 2010, exercício 2011 foi enviada à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda por meio do Memorando nº 4914, de 09/05/2011, cumprindo assim as obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730, de 10/11/1993 e Portaria Interministerial MP/CGU nº 298 de 06/09/2007.

6. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO COAF O Quadro XVI – Estrutura de Controles Internos do COAF encontra-se no Anexo 2 deste Relatório. 7. GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS

O Quadro XVII - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis encontra-se no Anexo 2 deste Relatório.

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8. GESTÃO DE BENS IMÓVEIS DE USO ESPECIAL

Quadro XVIII – Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial de Propriedade da União

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

QUANTIDADE DE IMÓVEIS DE PROPRIEDADE DA UNIÃO DE RESPONSABILIDADE DA UJ

EXERCÍCIO 2011 EXERCÍCIO 2010

BRASIL DISTRITO FEDERAL 0 1

BRASÍLIA 0 1 Subtotal Brasil 0 1

EXTERIOR - - - Subtotal Exterior 0 0

Total (Brasil + Exterior) 0 1 fonte: Secretaria Executiva/COAF

Quadro XIX - Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial Locados de Terceiros

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

QUANTIDADE DE IMÓVEIS LOCADOS DE TERCEIROS PELA UJ

EXERCÍCIO 2011 EXERCÍCIO 2010

BRASIL DISTRITO FEDERAL 1 1

BRASÍLIA 1 1 Subtotal Brasil 1 1

EXTERIOR - - - Subtotal Exterior 0 0

Total (Brasil + Exterior) 1 1 fonte: Secretaria Executiva/COAF Com relação aos Quadros XVIII e XIX, cabe ressaltar que em 23 de agosto de 2010 a sede do COAF foi transferida de imóvel de propriedade da União para imóvel locado de terceiros. O contrato de locação do imóvel atualmente ocupado pelo COAF foi firmado pela SPOA/MF. 9. GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

O COAF não possui área de TI em sua estrutura regimental, conforme Decreto Nº 7.482, de

maio de 2011. Inobstante, a Secretaria-Executiva do Conselho acumula a atribuição de realizar a interface com a COGTI/SPOA, área responsável por TI na estrutura do Ministério da Fazenda. 9.1 Planejamento da Área

As demandas do COAF referentes a sistemas e soluções de TI são atendidas por intermédio

da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração – COGTI/SPOA do Ministério da Fazenda.

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Diante desse quadro, o COAF não possui PETI, PDTI ou comitê diretivo de TI próprios,

uma vez que suas necessidades relativas a TI estão formalmente contempladas no PDTI 2011/2013 da COGTI/SPOA/MF.

9.2 Segurança da Informação A estrutura regimental do COAF não prevê área com atribuição específica para a

implementação de política de segurança da informação. A Secretaria-Executiva do COAF acumula a função de zelar pela proteção ao conhecimento sensível produzido pelo Conselho.

A política de segurança da informação do COAF está consubstanciada no documento

“Avaliação do Sistema de Proteção do Conhecimento da Secretaria-Executiva do Conselho de Controle de Atividades Financeiras”, datado de fevereiro de 2007 e classificado como confidencial. Tal documento resultou de estudo analítico desenvolvido entre novembro/2006 e janeiro/2007 pela Agência Brasileira de Inteligência – ABIN a pedido do COAF. O estudo abrange a proteção de áreas, de documentos e materiais, de sistemas de informação e de pessoal do COAF.

Entrou em vigor em 12/08/2011 a Instrução Normativa Interna nº 15, que estabelece

controle de horários de acesso ao SISCOAF. Foi implantado, em agosto de 2011, sistema de segurança física com controle de acesso por

cartão de proximidade e biometria, aliado ao monitoramento ininterrupto de áreas internas e externas ao Órgão por câmeras equipadas com sensores de movimento e barreira perimetral por infravermelho. 9.3 Desenvolvimento e Produção de Sistemas

O desempenho das competências legais do COAF está diretamente atrelado ao adequado funcionamento de seu sistema informatizado, o SISCOAF, desenvolvido e mantido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO, cujo contrato é gerido pela COGTI/SPOA/MF. O acompanhamento e avaliação do SISCOAF são feitos por meio de relatórios de análise de desempenho do sistema, elaborados pelo SERPRO.

A aprovação pela SPOA/MF de demandas por atualização tecnológica do SISCOAF

viabilizou o desenvolvimento de novas funcionalidades que otimizarão o processo de análise de inteligência financeira.

Diante do constante crescimento do volume de informações tratadas pelo COAF, o Plano Plurianual do Governo Federal para 2012-2015 incorporou, no âmbito do Programa Temático de Segurança Pública, iniciativa voltada à atualização tecnológica do SISCOAF. Posteriormente, a Lei Orçamentária Anual – LOA 2012 destacou dotação orçamentária específica para este projeto, que deverá estender-se por mais de um exercício fiscal. 9.4 Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI

Os procedimentos de processos licitatórios para aquisição de bens e serviços de TI

extrapolam as competências do COAF, dado que o Órgão não está habilitado a executar seu

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orçamento, por se tratar de Unidade Gestora Responsável (UG 170401). Quando necessário, o COAF formula demanda à COGTI/SPOA/MF. Processos deste tipo contam ainda com o apoio da área responsável pela contratação de serviços e/ou aquisição de bens, qual seja a Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no Distrito Federal - SAMF/DF, também vinculada à SPOA/MF.

A aquisição, por meio de projeto incluído no Memorando de Entendimento sobre controle

de narcóticos e aplicação da lei entre os Governos brasileiro e norte-americano, de computadores de alto desempenho e softwares dedicados ao tratamento de grandes volumes de dados favoreceu a ampliação da capacidade de análise estratégica de fenômenos e tendências relacionados à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

9.5 Outras Ações de TI Novas Rotinas de Análise Sistêmica de Comunicações de Operações Financeiras

Foram implementadas novas rotinas de análise sistêmica de comunicações de operações financeiras recebidas pelo COAF, o que contribuiu para refinar a análise e otimizar a utilização dos recursos humanos disponíveis. Especialização do Atendimento a Consultas e Demandas Externas

Aprimoramento dos canais de relacionamento com os comunicantes e com as autoridades de persecução criminal e com a sociedade em geral, mediante a evolução do Sistema Eletrônico de Intercâmbio – SEI e da estruturação de área específica para o atendimento de demandas externas, sejam elas feitas por e-mail ([email protected] ou [email protected]), telefone (61-2025-4037) ou via correspondência física. Integração Tecnológica

O COAF aprovou demandas que visam proporcionar agilidade no trato da informação, como a integração com a base da previdência social (Sistema CNIS), com utilização de WebService. Este é um projeto piloto desenvolvido em 2011 pelas duas entidades, homologado em dezembro e com implantação prevista para o início de 2012.

Na mesma esteira, foram aprimoradas novas rotinas para o uso de intercâmbio de

informações com as autoridades competentes. Além da agilidade, segurança e simplicidade no uso das informações, os novos procedimentos proporcionarão o compartilhamento em tempo real do acompanhamento do uso dos relatórios de inteligência por parte das autoridades competentes, com ações atuais, além de feedback das informações.  

O Quadro XX – Gestão de TI do COAF encontra-se no Anexo 2 deste Relatório.

Brasília, 30 de março de 2012

ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES

Presidente

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ANEXO 1

Declaração do Contador responsável pela UG do COAF

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ANEXO 2

Tabelas e Quadros

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Tabela II – Capacitações Oferecidas em 2011 – Inteligência Financeira e Supervisão

CURSO ENTIDADE BENEFICIÁRIA PERÍODO HORAS

AULA CIDADE/UF

Nacional

Treinamento Operacional em Inteligência Financeira BRB 14 a 17/03

21 a 24/03 16 Brasília-DF

Palestra para o Curso e Treinamento no Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro

FEBRABAN 24/03 2 São Paulo-SP

Treinamento Operacional em Inteligência Financeira HSBC 12/04 6 Brasília-DF

A Inteligência Financeira e o Processo de Intercâmbio de Informações SEMEAR 14/04 6 Brasília-DF

Palestra no II Módulo de Capacitação e Treinamento no Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro

FEBRABAN 26 e 27/04 4 São Paulo-SP

Participação no Seminário de Treinamento sobre Supervisão de Mercado de Valores CVM 03/05 2 São Paulo-SP

Treinamento Operacional em Inteligência Financeira FIBRA 06/05 6 Brasília-DF

Palestra sobre Lavagem de Dinheiro CRECI-SP 09 e 10/05 2 São Paulo-SP

Treinamento Operacional em Inteligência Financeira BANCOOB E SICCOB 12/05 6 Brasília-DF

Palestra sobre a Prevenção à Lavagem de Dinheiro no Workshop BRB 26/05 2 Brasília-DF

Capacitação no Combate a Corrupção e a Lavagem de Dinheiro Polícia Civil do Piauí 26 e 27/05 4 Teresina - PI

Atuação do COAF na prevenção da utilização do sistema financeiro em crimes de "lavagem"

SINDIFISCO Nacional 30/05 1 São Paulo-SP

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF ESG 02 e 03/06 2 Rio de Janeiro-RJ

Palestra no I Seminário para Analistas da Atividade de Inteligência

Polícia Federal PNLD-DF 16/06 1 Brasília-DF

Unidade de Inteligência Financeira - Obrigação de Reportar Movimentações Financeiras - PNLD

Polícia Civil do Amazonas 28/06 2 Manaus - AM

Análise e Identificação de Movimentações Financeiras Suspeitas - PNLD Polícia Civil da Paraíba 12/07 2 João Pessoa - PB

Palestra PLD para as Cooperativas no Sistema UNICRED

UNICRED Norte/Nordeste 20 e 21/07 4 Recife - PE

Palestra PLD no Encontro com o Sistema de Intermediações e Instituições de Crédito BACEN 09 a 11/08 4 São Paulo-SP

Palestra sobre a Unidade de Inteligência Financeira e seu Papel na Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Combate ao Financiamento do Terrorismo

Corretoras e Distribuidora de Títulos 14 a 16/08 5 Mato Grosso do Sul

- MS

Análise e Identificação de Movimentações Financeiras Suspeitas - PNLD

MP/CGU/PF/PJ PNLD-PA 10/08 2 Belém/PA

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Tabela II – Capacitações Oferecidas em 2011 – Inteligência Financeira e Supervisão

(cont.)

CURSO ENTIDADE BENEFICIÁRIA PERÍODO HORAS

AULA CIDADE/PAÍS

Nacional

Treinamento sobre Lavagem de Dinheiro no Seminário de Investigação Financeira Promovido pela Embaixada Americana em Goiânia-GO

SRF/MP/JUÍZES/PF PNLD-GO 12 e 13/09 4 Goiânia - GO

Treinamento sobre Lavagem de Dinheiro no Seminário de Investigação Financeira Promovido pela Embaixada Americana no Rio de Janeiro-RJ

SRF/MP/JUÍZES/PF PNLD-RJ 19 a 20/09 4 Rio de Janeiro - RJ

Palestra no 1º Congresso de Combate e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo.

FEBRABAN 26 e 27/09 5 São Paulo-SP

Palestra no I Seminário Internacional de Combate à Pirataria para Magistrados - CNCP/MJ (Atuação do COAF na Prevenção à Lavagem de Dinheiro)

CNPC/AMB 14/10 1 Foz do Iguaçu-PR

Inteligência Financeira (COAF), Quebra de Sigilo Financeiro e quebra de sigilo Fiscal

ESMP-SP 20/10 3 São Paulo-SP

Análise e Identificação de Movimentações Financeiras Suspeitas

Polícia Federal PNLD-SP 20/10 2 São Paulo-SP

Palestra no Ciclo de Estudos - Noções Fundamentais de Contraespionagem ABIN 20/10 1 Brasília-DF

Treinamento Operacional em Inteligência Financeira BRB 28/11 6 Brasília-DF

Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) - Papel e Funcionamento

MP/RS 01/12 8 Porto Alegre - RS

Treinamento Operacional em Inteligência Financeira BRADESCO 13/12 6 Brasília-DF

Palestra sobre o tema "Lavagem de Dinheiro" SUSEP/RJ 02/12 2 Rio de Janeiro-RJ

Palestra sobre o tema "Inteligência Financeira"

ABIN/GSI/PR PNLD-DF 07/12 2 Brasília-DF

Palestra no Seminário sobre Lavagem de Dinheiro no Futebol DRCI 07/12 1 Brasília-DF

Internacional

Treinamento Operacional para Dirigentes e Analistas da UIF do Irã UIF-IRÃ 17 e 18/1 10 Brasília-DF

Treinamento Operacional para Dirigentes e Analistas da UIF de Guiné Bissau UIF-Cabo Verde 24 a 26/1 10 Brasília-DF

Participar do VII Encontro Anual sobre Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo.

UIF-Argentina 11/5 a 13/5 4 Buenos Aires -Argentina

Treinamento Operacional para Dirigentes e Analistas da UIF de Cabo Verde UIF-Cabo Verde 4/7 5 Brasília-DF

Treinamento Operacional sobre as Atividades do COAF UIF-Moçambique 20/9 4 Brasília-DF

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A Atuação do COAF na Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo

UIF-Angola 10/10 2 Brasília-DF

Treinamento Operacional sobre as Atividades do COAF UIF-México 18 a 19/10 10 Brasília-DF

fonte: Secretaria-Executiva/COAF

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Tabela VII - Intercâmbios com UIF (2003-2011)

Unidades de Inteligência Financeira nas Jurisdições Intercâmbios 2003 a 2010 Intercâmbios 2011 Total (2003 a 2011)

Estados Unidos da América 225 21 246

Portugal 204 12 216

Uruguai 113 12 125

Suíça 92 13 105

Luxemburgo 89 14 103

Ilhas Virgens Britânicas 76 6 82

Bélgica 66 5 71

Ilhas Cayman 62 8 70

Itália 50 4 54

Espanha 46 4 50

Argentina 44 7 51

Inglaterra 44 0 44

Bolívia 42 22 64

Bahamas 41 5 46

França 36 4 40

Panamá 33 3 36

Alemanha 25 1 26

Paraguai 25 14 39

Venezuela 22 1 23

Jersey 21 5 26

Colômbia 20 1 21

Holanda 20 3 23

Peru 19 3 22

Liechtenstein 18 4 22

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011

México 14 0 14

Israel 13 1 14

Ilhas Man 12 5 17

Guernsey 11 1 12

África do Sul 10 0 10

Reino Unido 10 6 16

Áustria 9 0 9

Chile 9 3 12

Austrália 8 0 8

Bulgária 8 0 8

Irlanda 8 1 9

Eslováquia 7 1 8

Rússia 7 0 7

Canadá 6 2 8

Croácia 6 2 8

Nova Zelândia 6 0 6

Demais jurisdições* 93 33 126

Total 1670 227 1897

fonte: SISCOAF

*Demais jurisdições: Albânia; Andora; Antígua e Barbuda; Antilhas Holandesas; Arábia Saudita; Bahrein; Belize; Bermuda; Bósnia Herzegovina; Canadá; China; Chipre; Cingapura; Coréia; Costa Rica; Dinamarca; Egito; Emirados Árabes Unidos; Equador; Eslovênia; Finlândia; Geórgia; Gibraltar; Grécia; Guatemala; Hong Kong; Hungria; Ilhas Cook; Ilhas Marshall; Ilhas Niue; Índia; Indonésia; Islândia; Japão; Kazakhstan; Kyrgyzstan; Letônia; Líbano; Lituânia; Macedônia; Malta; Moldávia; Mônaco; Monte Negro; Nigéria; Noruega; Romênia; Saint Vincent; Sérvia; Singapura; Turquia; Ucrânia.

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011

Quadro XVI – Estrutura de Controles Internos do COAF

Aspectos do sistema de controle interno Avaliação Comentários COAF

Ambiente de Controle 1 2 3 4 5 Ambiente de Controle 1. Os altos dirigentes da UJ percebem os controles

internos como essenciais à consecução dos objetivos da unidade e dão suporte adequado ao seu funcionamento.

x

2. Os mecanismos gerais de controle instituídos pela UJ são percebidos por todos os servidores e funcionários nos diversos níveis da estrutura da unidade.

x

3. A comunicação dentro da UJ é adequada e eficiente. x

4. Existe código formalizado de ética ou de conduta.

x

O Plenário do COAF, por meio da Resolução nº 11, de 16/03/2005, aprovou Código de Ética específico para o Órgão.

5. Os procedimentos e as instruções operacionais são padronizados e estão postos em documentos formais.

x Há manuais operacionais em processo de validação.

6. Há mecanismos que garantem ou incentivam a participação dos funcionários e servidores dos diversos níveis da estrutura da UJ na elaboração dos procedimentos, das instruções operacionais ou código de ética ou conduta.

x

O COAF estimula a gestão participativa.

7. As delegações de autoridade e competência são acompanhadas de definições claras das responsabilidades.

x

8. Existe adequada segregação de funções nos processos da competência da UJ. x

9. Os controles internos adotados contribuem para a consecução dos resultados planejados pela UJ.

x

Os controles internos ao mesmo tempo em que ampliam a segurança, transparência e qualidade dos processos, também afetam o produto final no que se refere à quantidade.

Avaliação de Risco 1 2 3 4 5 Avaliação de Risco 10. Os objetivos e metas da unidade jurisdicionada

estão formalizados. x

O COAF tem aprovados missão, visão e valores. Suas metas estão consignadas em duas ações finalísticas no PPA.

11. Há clara identificação dos processos críticos para a consecução dos objetivos e metas da unidade. x A noção de processos críticos é

empírica. 12. É prática da unidade o diagnóstico dos riscos (de

origem interna ou externa) envolvidos nos seus processos estratégicos, bem como a identificação da probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-los.

x

O COAF aplica a análise de risco com maior ênfase em seus processos finalísticos.

13. É prática da unidade a definição de níveis de riscos operacionais, de informações e de conformidade que podem ser assumidos pelos diversos níveis da gestão.

x

14. A avaliação de riscos é feita de forma contínua, de modo a identificar mudanças no perfil de risco da UJ, ocasionadas por transformações nos ambientes interno e externo.

x

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011

Quadro XVI – Estrutura de Controles Internos do COAF

(cont.)

Aspectos do sistema de controle interno Avaliação Comentários COAF

Ambiente de Controle 1 2 3 4 5 Ambiente de Controle 15. Os riscos identificados são mensurados e

classificados de modo a serem tratados em uma escala de prioridades e a gerar informações úteis à tomada de decisão.

x

16. Existe histórico de fraudes e perdas decorrentes de fragilidades nos processos internos da unidade. - - - - -

Os controles internos em vigor demonstram-se suficientes para mitigar a ocorrência de fraudes ou perdas.

17. Na ocorrência de fraudes e desvios, é prática da unidade instaurar sindicância para apurar responsabilidades e exigir eventuais ressarcimentos.

- - - - -

Não houve ocorrências dessa natureza no COAF.

18. Há norma ou regulamento para as atividades de guarda, estoque e inventário de bens e valores de responsabilidade da unidade.

x

As normas sobre essa matéria e sua operacionalização estão a cargo da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Fazenda – SPOA/MF, por meio da Superintendência de Administração do MF no Distrito Federal – SAMF/DF.

Procedimentos de Controle 1 2 3 4 5 Procedimentos de Controle 19. Existem políticas e ações, de natureza preventiva

ou de detecção, para diminuir os riscos e alcançar os objetivos da UJ, claramente estabelecidas.

x

20. As atividades de controle adotadas pela UJ são apropriadas e funcionam consistentemente de acordo com um plano de longo prazo.

x

21. As atividades de controle adotadas pela UJ possuem custo apropriado ao nível de benefícios que possam derivar de sua aplicação.

x

22. As atividades de controle adotadas pela UJ são abrangentes e razoáveis e estão diretamente relacionados com os objetivos de controle.

x

Informação e Comunicação 1 2 3 4 5 Informação e Comunicação 23. A informação relevante para UJ é devidamente

identificada, documentada, armazenada e comunicada tempestivamente às pessoas adequadas.

x

O COAF é uma UJ de pequenas dimensões e de funcionamento centralizado, o que facilita a comunicação interna. O fluxo interno de documentos dá-se em meio digital com registro dos diversos níveis hierárquicos nele envolvidos.

24. As informações consideradas relevantes pela UJ são dotadas de qualidade suficiente para permitir ao gestor tomar as decisões apropriadas.

x

25. A informação disponível à UJ é apropriada, tempestiva, atual, precisa e acessível. x

26. A Informação divulgada internamente atende às expectativas dos diversos grupos e indivíduos da UJ, contribuindo para a execução das responsabilidades de forma eficaz.

x

27. A comunicação das informações perpassa todos os níveis hierárquicos da UJ, em todas as direções, por todos os seus componentes e por toda a sua estrutura.

x

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011

Quadro XVI – Estrutura de Controles Internos do COAF

(cont.)

Aspectos do sistema de controle interno Avaliação Comentários COAF

Monitoramento 1 2 3 4 5 Monitoramento

28. O sistema de controle interno da UJ é constantemente monitorado para avaliar sua validade e qualidade ao longo do tempo.

x O monitoramento é realizado com maior ênfase nas áreas finalísticas.

29. O sistema de controle interno da UJ tem sido considerado adequado e efetivo pelas avaliações sofridas. x

O Relatório final do processo de Avaliação Mútua do Brasil levado a cabo pelo GAFI em 2009 e 2010 não apresentou ressalvas no que tange aos controles internos do COAF.

30. O sistema de controle interno da UJ tem contribuído para a melhoria de seu desempenho. x

Considerações gerais: O Planejamento Estratégico do COAF para o Ciclo 2012-2015 prevê a reavaliação do Órgão pelo Programa Nacional de Proteção ao Conhecimento – PNPC, sob responsabilidade da Agência Brasileira de Inteligência – ABIN. Neste estudo, a ABIN deverá avaliar vulnerabilidades eventualmente existentes e propor recomendações de aperfeiçoamento nos segmentos de proteção de áreas, documentos e materiais, pessoal e sistemas de informação.

Níveis de Avaliação: LEGENDA

(1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da UJ. (2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. (4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válido: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ.

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011

Quadro XVII - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis

Aspectos sobre a gestão ambiental Avaliação Comentários COAF

Licitações Sustentáveis 1 2 3 4 5 Licitações Sustentáveis

1. A UJ tem incluído critérios de sustentabilidade ambiental em suas licitações que levem em consideração os processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias primas.

• Se houver concordância com a afirmação acima, quais critérios de sustentabilidade ambiental foram aplicados?

- - - - -

As contratações e licitações do COAF são efetuadas pela SAMF-DF/SPOA/MF.

Em 28/12/2011, por meio do Memorando nº 5270-COAF/MF, foi formalizada solicitação à SAMF-DF/SPOA/MF de que o COAF seja incluído em ações de coleta e retirada de resíduos recicláveis descartados e campanhas de economia de água e energia elétrica do Ministério.

2. Em uma análise das aquisições dos últimos cinco anos, os produtos atualmente adquiridos pela unidade são produzidos com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo reciclável.

- - - - -

3. A aquisição de produtos pela unidade é feita dando-se preferência àqueles fabricados por fonte não poluidora bem como por materiais que não prejudicam a natureza (ex. produtos de limpeza biodegradáveis).

- - - - -

4. Nos procedimentos licitatórios realizados pela unidade, tem sido considerada a existência de certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério avaliativo ou mesmo condição na aquisição de produtos e serviços.

• Se houver concordância com a afirmação acima, qual certificação ambiental tem sido considerada nesses procedimentos?

- - - - -

5. No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos que colaboram para o menor consumo de energia e/ou água (ex: torneiras automáticas, lâmpadas econômicas).

• Se houver concordância com a afirmação acima, qual o impacto da aquisição desses produtos sobre o consumo de água e energia?

- - - - -

6. No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos reciclados (ex: papel reciclado).

• Se houver concordância com a afirmação acima, quais foram os produtos adquiridos?

- - - - -

7. No último exercício, a instituição adquiriu veículos automotores mais eficientes e menos poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos.

• Se houver concordância com a afirmação acima, este critério específico utilizado foi incluído no procedimento licitatório?

- - - - -

8. Existe uma preferência pela aquisição de bens/produtos passíveis de reutilização, reciclagem ou reabastecimento (refil e/ou recarga).

• Se houver concordância com a afirmação acima, como essa preferência tem sido manifestada nos procedimentos licitatórios?

- - - - -

9. Para a aquisição de bens/produtos é levada em conta os aspectos de durabilidade e qualidade de tais bens/produtos. - - - - -

10. Os projetos básicos ou executivos, na contratação de obras e serviços de engenharia, possuem exigências que levem à economia da manutenção e operacionalização da edificação, à redução do consumo de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental.

- - - - -

11. Na unidade ocorre separação dos resíduos recicláveis descartados, bem como sua destinação, como referido no Decreto nº 5.940/2006.

x

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011

Quadro XVII - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis (cont.)

Aspectos sobre a gestão ambiental Avaliação Comentários COAF

Licitações Sustentáveis 1 2 3 4 5 Licitações Sustentáveis

12. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas entre os servidores visando a diminuir o consumo de água e energia elétrica.

• Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)?

- - - - -

As contratações e licitações do COAF são efetuadas pela SAMF-DF/SPOA/MF. Em 28/12/2011, por meio do Memorando nº 5270-COAF/MF, foi formalizada solicitação à SAMF-DF/SPOA/MF de que o COAF seja incluído em ações de coleta e retirada de resíduos recicláveis descartados e campanhas de economia de água e energia elétrica do Ministério.

13. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas de conscientização da necessidade de proteção do meio ambiente e preservação de recursos naturais voltadas para os seus servidores.

• Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)?

- - - - -

Considerações Gerais: As contratações e licitações do COAF são efetuadas pela SPOA/MF, por meio de sua Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no Distrito Federal – SAMF-DF.

Níveis de Avaliação: LEGENDA

(1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da UJ. (2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. (4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ.

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COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2011

Quadro XX – Gestão de TI do COAF

Quesitos a serem avaliados Avaliação

Comentários COAF 1 2 3 4 5

Planejamento Planejamento 1. Há planejamento institucional em vigor ou existe área que faz o planejamento da UJ como um todo. x

O planejamento estratégico do COAF é coordenado por sua Secretaria-Executiva com a participação de todas as áreas do Órgão.

2. Há Planejamento Estratégico para a área de TI em vigor. x

O planejamento de TI do COAF está inserido no PDTI da SPOA/MF.

3. Há comitê que decida sobre a priorização das ações e investimentos de TI para a UJ.

x

Não há um comitê formalmente constituído. As decisões sobre investimentos são tomadas em reuniões com a participação dos dirigentes máximos do COAF, Presidente, Secretário-Executivo e Diretor.

Recursos Humanos de TI 1 2 3 4 5 Recursos Humanos de TI 4. Quantitativo de servidores e de terceirizados atuando na área de TI. Informar

quantitativos

1 (um) servidor responsável pela interlocução técnica com o SERPRO e COGTI/SPOA/MF.

5. Há carreiras específicas para a área de TI no plano de cargos do Órgão/Entidade. x

No âmbito da Secretaria do Tesouro Nacional do MF, há a carreira de Analista de Finanças e Controle – AFC, que inclui servidores para áreas de TI.

Segurança da Informação 1 2 3 4 5 Segurança da Informação 6. Existe uma área específica, com responsabilidades definidas, para lidar estrategicamente com segurança da informação.

x A segurança da informação permeia as áreas e sistemas de T.I. do COAF.

7. Existe Política de Segurança da Informação (PSI) em vigor que tenha sido instituída mediante documento específico.

x

Não há documento específico, embora a PSI esteja refletida nas normas e procedimentos internos.

Desenvolvimento e Produção de Sistemas 1 2 3 4 5 Desenvolvimento e Produção de Sistemas 8. É efetuada avaliação para verificar se os recursos de TI são compatíveis com as necessidades da UJ. x

Em maio/2011, o SERPRO realizou avaliação de desempenho do Sistema de Controle de Atividades Financeiras. Anteriormente a essa avaliação, outra havia sido feita em abril/2008.

9. O desenvolvimento de sistemas quando feito na UJ segue metodologia definida.

x

Há desenvolvimento residual com base em ferramentas como Excel e Access com o intuito de suprir necessidades mais imediatas.

10. É efetuada a gestão de acordos de níveis de serviço das soluções de TI do Órgão/Entidade oferecidas aos seus clientes.

- - - - - O COAF não gere Acordos de Nível de Serviço.

11. Nos contratos celebrados pela UJ é exigido acordo de nível de serviço.

- - - - - A celebração de contratos de TI é realizada exclusivamente pela SPOA/MF.

Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI 1 2 3 4 5

Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI

12. Nível de participação de terceirização de bens e serviços de TI em relação ao desenvolvimento interno da própria UJ.

Informar o percentual de participação

Não há desenvolvimento interno.

13. Na elaboração do projeto básico das contratações de TI são explicitados os benefícios da contratação em termos de resultado para UJ e não somente em termos de TI.

x

Embora a contratação seja realizada pela COGTI/SPOA, as demandas do COAF são encaminhadas acompanhadas de descrição dos benefícios esperados.

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Quadro XX – Gestão de TI do COAF

(cont.)

Quesitos a serem avaliados Avaliação

Comentários COAF 1 2 3 4 5

Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI 1 2 3 4 5

Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI

14. O Órgão/Entidade adota processo de trabalho formalizado ou possui área específica de gestão de contratos de bens e serviços de TI.

- - - - - A gestão de contratos de TI está a cargo da SPOA/MF, por meio da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação – COGTI. A prestação de serviços de TI é realizada pelo SERPRO.

15. Há transferência de conhecimento para servidores do Órgão/Entidade referente a produtos e serviços de TI terceirizados?

- - - - -

O COAF concentra todo seu desenvolvimento de TI no SERPRO. O conhecimento técnico produzido, portanto, permanece em entidade da Administração Pública Federal indireta, em que pese não haver sua transferência formal ao COAF. Não obstante, o COAF, com o apoio técnico do SERPRO, detém experiência na transferência de conhecimento em TI a outros órgãos públicos.

Considerações Gerais: O COAF concentra todo seu desenvolvimento de TI no SERPRO/MF sob a supervisão da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação – COGTI da SPOA/MF. O COAF não conta com uma área de TI conformada. LEGENDA

(1) Totalmente inválida: Significa que a afirmativa é integralmente NÃO aplicada ao contexto da UJ. Níveis de avaliação:

(2) Parcialmente inválida: Significa que a afirmativa é parcialmente aplicada ao contexto da UJ, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. (4) Parcialmente válida: Significa que a afirmativa é parcialmente aplicada ao contexto da UJ, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válida: Significa que a afirmativa é integralmente aplicada ao contexto da UJ.