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0 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PUC GO & INSTITUTO PHARMACOLÓGICA PREVALÊNCIA BACTERIANA NAS HEMOCULTURAS DO HOSPITAL DE URGÊNCIA DA REGIÃO SUDOESTE (HURSO) - GO Daiane Martins Leão Braz Goiânia 2013

PREVALÊNCIA BACTERIANA NAS HEMOCULTURAS DO HOSPITAL DE ... E BIOLOGICAS... · meio de busca ativa. A identificação das bactérias multirresistentes foi realizada pelo Laboratório

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC – GO

&

INSTITUTO PHARMACOLÓGICA

PREVALÊNCIA BACTERIANA NAS HEMOCULTURAS DO

HOSPITAL DE URGÊNCIA DA REGIÃO SUDOESTE (HURSO) - GO

Daiane Martins Leão Braz

Goiânia – 2013

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC – GO

&

INSTITUTO PHARMACOLÓGICA

PREVALÊNCIA BACTERIANA NAS HEMOCULTURAS DO

HOSPITAL DE URGÊNCIA DA REGIÃO SUDOESTE (HURSO) - GO

Daiane Martins Leão Braz

Goiânia - 2013

Monografia apresentada à Pontifícia Universidade Católica de

Goiás - PUC, como requisito parcial para a obtenção do título de

Especialista em Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica.

Orientador: Prof°. Espc. Edson Negreiros dos Santos.

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC – GO

&

INSTITUTO PHARMACOLÓGICA

Pós-graduação Latu Sensu

Curso de Especialização em Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica

PREVALÊNCIA BACTERIANA NAS HEMOCULTURAS DO

HOSPITAL DE URGÊNCIA DA REGIÃO SUDOESTE (HURSO) - GO

Daiane Martins Leão Braz

Professores Responsáveis

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Goiânia, agosto de 2013.

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Dedico este trabalho a minha mãe Delva, por

todo amor, apoio e dedicação em todos os dias

da minha vida, que sempre me fez acreditar

nos meus sonhos e trabalhou muito para que

eu pudesse realiza-los.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado forças e iluminado meu caminho para que pudesse concluir

mais uma etapa da minha vida;

Aos meus pais, Valter e Delva por todo o amor e dedicação que sempre tiveram comigo. Em

especial à minha mãe, meu agradecimento pelas horas em que ficou ao meu lado não

deixando desistir e me mostrando que sou capaz, sem dúvida foi quem me deu maior

incentivo de concluir este trabalho.

A minha vó Ninfa, por estar sempre rezando e torcendo para que meus objetivos sejam

alcançados.

Ao meu irmão Diogo, pelo carinho e palavras de incentivo.

Ao meu marido, pelo apoio e compreensão nos momentos em que me ausentei.

Aos meus colegas de trabalho do Laboratório, pelo incentivo a busca de novos

conhecimentos.

A todos os meus professores do curso de Especialização em Farmácia Clínica e Atenção

Farmacêutica, pelos ensinamentos disponibilizados nas aulas, principalmente ao Prof. Edson

Negreiros que muito contribuiu para a minha formação profissional.

Por fim, agradeço a todos os meus amigos e familiares que direta ou indiretamente

contribuíram para que este trabalho fosse realizado.

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“Tenho a impressão de ter sido uma criança

brincando à beira-mar, divertindo-me em

descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma

concha mais bonita que as outras, enquanto o

imenso oceano da verdade continua misterioso

diante de meus olhos.”

Isaac Newton

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RESUMO

As bactérias se tornam nocivas quando invadem um organismo imunologicamente

comprometido, começam a se multiplicar ou penetram na corrente sanguínea, tornando

amplamente disseminadas, podendo infectar outros órgãos que não são o seu de origem. Além

disso, as bactérias podem se tornar resistentes aos antimicrobianos. Um importante recurso

diagnóstico para a detecção de patógenos microbianos é a realização da hemocultura, que

possibilita identificar a terapêutica correta, possibilitando ao paciente um tratamento

direcionado e eficaz, diminuindo assim o tempo de internação e consequentemente a redução

de custos ao hospital. Assim, realizou-se este estudo retrospectivo nas hemoculturas no

Hospital de Urgências da Região Sudoeste (HURSO) – GO, no período de setembro de 2012

a junho de 2013, com o objetivo de identificar a prevalência de bactérias em hemoculturas e

fazer a verificação da sensibilidade e resistência dos isolados. Foram coletados os dados

através de documentos fornecidos pelo hospital citado. Identificou-se na pesquisa a maior

prevalência para as bactérias gram-positivas (88%), sendo Staphylococcus coagulase negativa

(74%) e Staphylococcus aureus (14%), seguidos pelas bactérias gram-negativas (12%), sendo

Klebsiela pneumoniae (7%) e Escherichia coli (5%). Essas bactérias apresentam maior perfil

de sensibilidade à gentamicina e maior resistência a ampicilina. A detecção precoce destas

bactérias multirresistentes é de suma importância para se instaurar o tratamento adequado e as

medidas de prevenção e controle, necessária para se evitar a disseminação destes patógenos.

Palavras chave: bactérias, hemocultura, antimicrobianos, prevalência.

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ABSTRACT

The bacteria become harmful when they invade an organism immunologically

compromised, begin to multiply and enter the bloodstream, making widespread and can infect

other organs that are not your home. In addition, the bacteria may become resistant to

antibiotics. An important diagnostic tool for the detection of microbial pathogens from blood

culture is the realization, allowing to identify the correct treatment, allowing the patient a

targeted and effective treatment, thereby reducing the length of stay and therefore cost savings

to the hospital. Thus, we carried out this retrospective study in blood cultures in the

Emergency Hospital in the Southwest Region - HURSO from September 2012 to June 2013

with the aim of identifying the incidence of bacteria in blood cultures and make verification

of sensitivity and resistance of isolates . Data were collected through documents provided by

the hospital said. Was identified in the search for a higher prevalence gram-positive bacteria

(88%) and coagulase negative staphylococci (74%) and Staphylococcus aureus (14%),

followed by gram-negative bacteria (12%), and Klebsiela pneumoniae (7%) and Escherichia

coli (5%). These bacteria have a higher profile and greater sensitivity to gentamicin resistance

to ampicillin. Early detection of these multi-resistant bacteria is of paramount importance to

establish the appropriate treatment and prevention and control necessary to prevent the spread

of these pathogens.

Keywords: bacteria, blood culture, antimicrobial, prevalence.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Porcentual de amostras de sangue positivas e negativas coletadas no Hospital de

Urgência da Região Sudoeste (HURSO).................................................................

16

Gráfico 2 Prevalência das amostras positivas em relação às bactérias gram positivas e

gram negativas.........................................................................................................

17

Gráfico 3 Bactérias isoladas de hemoculturas de maior percentual no período de setembro

de 2012 a junho de 2013..........................................................................................

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SUMÁRIO

1 Introdução....................................................................................................................

10

2 Metodologia.................................................................................................................

11

2.1 Caracterização da área de estudo.................................................................................

11

3 A História da Resistência............................................................................................

12

4 Hemocultura................................................................................................................

12

5 Antimicrobianos..........................................................................................................

15

6 Resultados e Discussão................................................................................................

16

7 Conclusão....................................................................................................................

20

8 Referências..................................................................................................................

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1. INTRODUCÃO

O sangue é um liquido isento de microrganismos, normalmente estéril, mas

frequentemente é invadida por diferentes espécies bacterianas, situação chamada bacteriemia.

Na maioria das vezes, a bactéria invasora é destruída pelas defesas do próprio organismo.

Entretanto quando o organismo apresenta-se imunologicamente comprometido, a invasão de

microrganismos determina o aparecimento de manifestações clínicas e a detecção do agente

infeccioso ocorre através de uma cultura de sangue, a hemocultura. A identificação de

bactérias em amostras de sangue representa importante recurso diagnóstico em doenças

infecciosas, o que torna a hemocultura um exame crítico e de grande importância. A

bacteriemia pode indicar a disseminação de infecção, cuja expressão clínica pode variar desde

quadros leves e autolimitados até o óbito (TORTORA et al., 2006).

Nas unidades hospitalares, a solicitação de sangue para hemocultura é muito

frequente e de suma importância, pois o seu resultado implica na identificação do etiológico e,

sobretudo, na determinação da sua conduta terapêutica (GIR et al.,1998).

A hemocultura é um dos mais relevantes recursos em suspeitas clínicas de

bacteriemias de causa infecciosa, para o esclarecimento de febres de origem indeterminadas

(JAWETZEL et al., 1991). Para realização da hemocultura, com o objetivo de detectar a

bacteriemia, são utilizadas técnicas e metodologias especiais, que possibilitam um resultado

preciso, devendo tomar todas as precauções para minimizar o número de hemoculturas

contaminadas (KONEMAN et al., 2001).

As altas taxas de morbilidade e mortalidade que estão associadas às infecções da

corrente sanguínea e exige a implantação de um processo de vigilância diária dos resultados

de hemocultura. O uso correto de antimicrobianos é o principal responsável pela diminuição

da mortalidade (SILVA et al.,2006)

Sendo assim, existe a necessidade de melhores critérios na prescrição, dispensação e

uso desses antibióticos para não correr o risco, em alguns anos, não haver medicamentos

eficazes no controle e combate as estas infecções (FIOL et al., 2006).

O presente trabalho tem por objetivo identificar a incidência de bactérias em

hemoculturas e fazer a verificação da sensibilidade e resistência dos isolados no Hospital de

Urgência da Região Sudoeste (HURSO) - GO através de dados fornecidos pelo mesmo.

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2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, de natureza clínica, baseado na

avaliação das culturas clínicas positivas para microrganismos, realizadas em Unidade de

Terapia Intensiva (UTI) adulto e infantil, Cínica Cirúrgica Médica e Clínica Cirúrgica

Ortopédica do Hospital de Urgência da Região Sudoeste - GO. Os dados foram coletados de

planilhas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) no período de setembro de

2012 a junho de 2013, mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os pacientes

incluídos no estudo foram todos que tiveram suspeita de infecção e fizeram o exame de

hemocultura. Vale mencionar que o referido hospital tem comissão de controle de infecção

hospitalar (CCIH) atuante e que realiza a vigilância epidemiológica dos casos de infecção por

meio de busca ativa. A identificação das bactérias multirresistentes foi realizada pelo

Laboratório de Microbiologia, através de provas bioquímicas e enzimáticas. Empregou-se o

método de difusão-de-disco, a partir do disco colocado na superfície de Agar para testar in

vitro a sensibilidade das bactérias isoladas.

Desta forma o trabalho foi desenvolvido utilizando os dados acima descritos

juntamente com o embasamento teórico da plataforma Scielo.

2.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (HURSO)

foi inaugurado no dia 29 de dezembro de 2010 e entrou em efetivo funcionamento no dia 2 de

julho de 2011. O nome do hospital, aprovado pela Assembleia Legislativa em lei de 2007, é

uma homenagem in memorian ao médico Albanir Faleiros Machado, um dos pioneiros da

medicina na região. O hospital está localizado no município de Santa Helena de Goiás, no

sudoeste do Estado de Goiás, a 200 km de Goiânia. Possui 122 leitos, dos quais 89 são de

internação e os outros de retaguarda. Seu perfil de atendimento é direcionado à urgência, com

foco em traumatologia, ortopedia, cirurgia geral e neurocirurgia. O modelo hospitalar da

Unidade é o de Organização Social (OS), gerido pela Pró-Saúde Beneficente de Assistência

Social e Hospitalar.

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3. A HISTÓRIA DA RESISTÊNCIA

Há anos a humanidade vem lutando para derrotar esses microrganismos de, em

média, 0,001 milímetros, que cada vez estão mais resistentes. Desde a década de 50, os

infectologistas vêm enfrentando as primeiras bactérias indiferentes à ação dos remédios. Essas

bactérias foram se tornando resistentes ao primeiro antibiótico, a penicilina, descoberta pelo

bacteriologista escocês Alexander Fleming (LOPES, 2013).

A resistência bacteriana é uma das situações mais emblemáticas da medicina

moderna. O novo cenário da saúde pública mundial apresenta um imenso avanço científico e

tecnológico ao mesmo tempo em que existe um reconhecimento cada vez maior de novos

agentes infecciosos e o ressurgimento de inúmeras infecções. Os hospitais representam um

habitat que abriga bactérias que podem tornar-se resistentes aos antimicrobianos. Portanto, é

um desafio para os multiprofissionais da saúde que precisam estar atentos a prescrição intra-

hospitalar. O uso apropriado ou não de antibióticos afeta inevitavelmente a ecologia

bacteriana exercendo força seletiva, que pode conduzir ao surgimento de resistência em

paralelo ao crescimento de drogas antimicrobianas. Apesar dos cuidados e de todas as

preocupações no sentido da racionalização do uso de antimicrobianos, quase a metade dos que

buscam estas drogas, as usam sem diagnóstico ou sem um critério definido (SOUZA et al.,

2008).

O fato é que a resistência de bactérias aos antibióticos disponíveis clinicamente se

tornou um problema de saúde pública em todo mundo. Toda esta situação pode gerar

insucesso terapêutico e a recidiva de infecções, aumentando assim os custos financeiros,

onerando cada vez mais os sistemas públicos de saúde. O homem por atitude inconsequente

ou por falta de informações corretas é o grande responsável pela disseminação dos genes da

resistência e, por conseguinte dos microrganismos resistentes, ocorrendo ainda o aumento do

uso irracional de antimicrobianos (FIOL et al., 2010).

4. HEMOCULTURA

A Hemocultura é um exame de suma importância em suspeitas clínicas de

bacteriemia, pois o seu resultado possibilita a identificação do agente etiológico e, sobretudo

contribui para a determinação da conduta terapêutica específica (GIR et al., 1998).

O sangue é um líquido isento de microrganismos, mas diante de algumas doenças

infecciosas pode haver o processo chamado de bacteriemia que é aparecimento de

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microrganismos na corrente sanguínea. No entanto quando esses agentes infecciosos além de

promoverem a invasão da corrente circulatória passam a se multiplicar, ocorre o que se dá o

nome de septicemia, que é o termo clínico utilizado para designar uma bacteriemia com

manifestações clínicas mais acentuadas como calafrios, febre, taquicardia e choque. As altas

taxas de morbilidade e mortalidade estão associadas às infecções da corrente sanguínea e

exigem a implantação de um processo de vigilância diária dos resultados de hemocultura

(SILVA et al., 2006).

Hemoculturas na estufa

Para realização da hemocultura, a fim de detectar a bacteriemia, são utilizadas

técnicas e metodologias especiais, que possibilitam um resultado preciso, devendo tomar

todas as precauções para minimizar o número de hemoculturas contaminadas (KONEMAN et

al., 2001). É imprescindível que os profissionais responsáveis pela coleta de sangue estejam

cientes da finalidade da hemocultura, vários fatores indesejáveis podem permear a coleta de

sangue e que de forma direta ou indireta interferem no resultado do exame. Para que não seja

alterado o resultado da hemocultura por fatores indesejáveis, os profissionais responsáveis

devem ser capacitados quanto à técnica de coleta de sangue, pois a aplicação de noções

teórico-práticas corretas contribuirá para a obtenção de resultados fidedignos e para a

indicação precisa de antibioticoterapia, facilitando o diagnóstico médico e a recuperação do

paciente (GIR et al., 1998).

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A realização da coleta de uma hemocultura deve seguir rigorosamente as técnicas de

antissepsia evitando a contaminação do material e um falso resultado. O isolamento dos

microrganismos em hemocultura é um método diagnóstico essencial, por isso é necessário

rigor ao realizar esse exame. Todo resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é

consequência da qualidade da amostra recebida. O material coletado deve ser representativo

do processo infeccioso investigado, devendo ser escolhido o melhor sítio da lesão, evitando

contaminação com as áreas adjacentes. O volume ideal corresponde a 10% do volume total do

frasco de coleta. Quanto maior o volume de sangue inoculado no meio de cultura, por

amostra, melhor recuperação do microrganismo, respeitando-se a proporção sangue/meio

citada, pois o sangue em desproporção com o meio pode inibir o crescimento de

microrganismos. Frascos que possibilitem uma coleta de até 10 ml são os mais indicados

(BRASIL, 2009).

Amostras coletadas sem antissepsia adequada podem levar ao isolamento de

microrganismos contaminantes, não relacionada ao processo infeccioso. Normalmente no

paciente adulto, a coleta de duas ou no máximo três hemoculturas é suficiente para isolar a

grande maioria dos agentes causais de bacteriemias em mais de 95% dos episódios, além de

auxiliar na interpretação do resultado. A coleta deve ser realizada de preferência antes da

antibioticoterapia. Caso o paciente esteja em uso de antimicrobiano, coletar antes da

administração do medicamento. Em pacientes febris, alguns trabalhos mostram não haver

diferenças significativas entre os índices de positividade das hemoculturas coletadas antes,

durante ou após o pico febril (OPLUSTIL et al., 2010).

Frasco de Hemocultura

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5. ANTIMICROBIANOS

Os antimicrobianos são produtos naturais de fungos e bactérias ou sintéticos

produzidos em laboratórios. Estes fármacos estão entre os mais notáveis avanços da medicina

moderna e sua administração dá-se com a finalidade de eliminar ou impedir o crescimento de

um agente infeccioso sem danos ao hospedeiro (JUNIOR et al., 2004). Essa execução pode

ocorrer pela interferência na síntese da parede celular do microrganismo, comprometendo os

peptidoglicanos estruturais, comprometimento na síntese de proteínas bacterianas ou inibição

da síntese de ácidos nucléicos (SMITH e ARONSON, 2004).

A utilização de antimicrobianos é uma das principais preocupações quanto ao uso de

medicamentos. A progressão da resistência bacteriana a vários agentes antimicrobianos gera

dificuldades no controle das infecções e um acréscimo dos custos dos hospitais e do sistema

de saúde (CASTRO et al., 2002).

Muitas doenças infecciosas que eram consideradas incuráveis e letais, atualmente,

são passíveis de tratamento e em alguns casos, apenas com uma pequena dosagem, verifica-se

resultados positivos. A ação poderosa e específica dos fármacos antimicrobianos decorre de

sua seletividade para seu alvo (KATZUNG, 2006).

O êxito da terapia antimicrobiana de determinada infecção depende da concentração,

que deve ser suficiente para inibir o crescimento do microrganismo agressor. O efeito

inibitório mínimo pode ser suficiente quando as defesas do hospedeiro estiverem intactas e

ativas. Caso haja comprometimento das defesas do hospedeiro, pode ser necessária a

destruição do microrganismo mediada por antibiótico (GOODMAN, 2006).

O uso correto de antimicrobianos é o principal responsável pela diminuição da

mortalidade. Sendo assim, existe a necessidade de melhores critérios na prescrição,

dispensação e uso desses antibióticos para não correr o risco, em alguns anos, não haver

medicamentos eficazes no controle e combate a estas infecções (SILVA et al.; 2006).

O uso descontrolado de antibióticos sem uma cautelosa avaliação das suas

indicações apropriadas pode levar ao crescimento de cepas resistentes, ou seja, ocasionar uma

mutação seletiva. O paciente deve ter instrução sobre a duração do tratamento e o intervalo

entre as administrações, certificando que haja adesão completa ao tratamento, para que não

haja perda da concentração plasmática, ineficácia do fármaco ou surgimento de resistência

bacteriana. Para a correta utilização de um antibiótico no tratamento de uma infecção, é

fundamental que o médico procure estabelecer um diagnóstico microbiológico correto, com

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base nas manifestações clínicas e em dados laboratoriais. O diagnóstico pode ser mascarado

se a terapia for iniciada e não forem obtidas culturas apropriadas (NICOLINI et al., 2006).

O antibiograma é uma importante ferramenta na orientação da terapêutica, e a

adequação de suas metodologias, bem como o conhecimento de sua interpretação,

proporciona ao profissional que trata as infecções bacterianas elementos críticos na escolha do

antibiótico mais adequado (ROSSI e ANDREAZZI, 2005).

Cada laboratório de patologia clínica deve escolher os agentes antimicrobianos mais

apropriados para realizar o teste, em conjunto com os especialistas em doenças infecciosas e o

farmacêutico, assim como os comitês de farmácia, terapêutico e controle de infecção

hospitalar (NCCLS, 2003).

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa realizada possibilitou o conhecimento da situação bacteriana no Hospital

de Urgência da Região Sudoeste - GO, o número de casos ocorridos, as bactérias mais

prevalentes, perfil de sensibilidade aos antimicrobianos testados, contribuindo assim para

ação preventiva e corretiva da equipe de controle de infecção hospitalar.

De acordo com o gráfico 01, foram analisadas 714 amostras de hemoculturas durante

os meses de setembro de 2012 a junho de 2013; destas 94 foram positivas, o equivalente a

13% e 620 (87%) foram negativas.

Gráfico 01 – Porcentual de amostras de sangue positivas e negativas coletadas no Hospital de

Urgência da Região Sudoeste – HURSO.

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Destacam-se entre os microrganismos gram-positivos: Staphylococcus aures,

Staphylococcus coagulase negativa, Enterococcus spp. e Streptococcus spp. Já entre os gram-

negativos podemos destacar: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter spp.,

Pseudomonas aeruginosa, Salmonella spp., Enterobacter spp.

Nas hemoculturas positivas ocorreu uma prevalência maior de bactérias Gram-

positivas em relação a bactérias Gram-negativas.

Gráfico 02 – Prevalência das amostras positivas em relação às bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.

Entre os microrganismos identificados nas culturas positivas, Staphylococcus

coagulase negativa foi registrado em 74% dos casos, seguido de Staphylococcus aureus

(14%), Klebsiella pneumoniae (7%) e Escherichia coli (5%).

Hemoculturas positivas para Staphylococcus coagulase negativa vêm sendo uma

grande dúvida para os profissionais da área da saúde, pois ao mesmo tempo em que este é

considerado um importante patógeno, também é conhecido como colonizante da pele. Tais

microrganismos são bactérias Gram-positivas, comumente encontradas como habitantes da

pele, da cabeça, dos membros, dos ouvido e das axilas (SILBERT et al., 1997).

Apesar de frequentemente encontrados nas hemoculturas, os Staphylococcus

coagulase negativa, são considerados contaminantes por fazerem parte da microbiota da pela

e por sua baixa virulência (LEÃO et al., 2007).

Entre 1990 a 1996 o Staphylococcus aureus foi o maior causador das infecções

hospitalares nos Estados Unidos, sendo o líder das pneumonias hospitalares e das infecções

cirúrgicas e a segunda causa de bacteriemias hospitalares (SANTOS, 2002).

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Um problema comum em hospitais é a infecção de cortes cirúrgicos por

Staphylococcus aureus, e sua habilidade de desenvolver resistência rapidamente aos

antibióticos como penicilina contribui para sua alta patogenicidade em pacientes

hospitalizados. Estes produz a toxina responsável pela síndrome do choque tóxico, uma

infecção grave caracterizada por febre alta e vômitos, podendo ocasionar a morte (TORTORA

et al., 2006).

O tratamento de infecções causadas por cepas de Klebsiella pneumoniae e

Escherichia coli tem se tornado difícil pela existência de cepas carregando plasmídeos, que

codificam enzimas conhecidas como betalactamases, conferindo resistência a drogas

betalactâmicas; incidências maiores têm sido observadas em surtos epidêmicos hospitalares

(FRENCH et al., 1996). Klebsiella pneumoniae é conhecida por muitos médicos como causa

de pneumonia comunitária, ocorrendo principalmente em pacientes imunocomprometidos

(PODSCHUN, 1998).

Gráfico 03 - Bactérias isoladas de hemoculturas de maior percentual no período de setembro de 2012 a junho de

setembro de 2013.

Quanto ao perfil de sensibilidade (Tabela 01) das culturas positivas de maior

prevalência, pode-se verificar que as gram-positivas (S. aures e S. coagulase negativa) foram

resistentes à ampicilina e penicilina, tal fato pode ser explicado pela produção de B-lactamase

por parte dos estafilococos. Sulfa-trimetropim e gentamicina apresentaram melhor resultado.

Dos isolados gram-negativos mais encontrados, Klebsiela pneumonia apresentou

resistência à ampicilina e sensibilidade à gentamicina. Escherichia coli foi mais resistente a

ampicilina e cefalotina, sendo sensível para a gentaminina, imipenem e meropenem.

74%

14%

7% 5%

Staphylococcus coagulasenegativa

Staphylococcus aureus

klebsiela pneumoniae

Escherichia coli

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Microrganismo

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S. aureus NT NT R NT NT NT NT S S NT S NT S NT NT S R S NT NT

Escherichia

coli R R R R R R S S S S R

Escherichia

coli R R S R S S S S S S S

Escherichia

coli S NT R R R R NT R NT NT S S R S NT NT NT R NT NT

Escherichia

coli S NT R R R R NT R NT NT S S R S NT NT NT R NT NT

Tabela 01: Perfil de resistência e sensibilidade das hemoculturas positivas de maior prevalência realizadas no

período de setembro de 2012 a junho de 2013.

Legenda: S = sensível/ R = resistente / NT = não testado.

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7. CONCLUSÃO

O estudo evidenciou que a detecção de patógenos bacterianos através da

hemocultura, é um recurso diagnóstico de suma importância e que a avaliação da resistência e

da sensibilidade desses isolados fornecem dados relevantes para a racionalização da terapia

antimicrobiana e redução das taxas de mortalidade. Os antimicrobianos são medicamentos

específicos e, portanto, eficazes apenas para determinados agentes infecciosos. A inexistência

ou a não utilização de protocolos terapêuticos têm resultado em grande diferença nos padrões

de prescrição, levando ao insucesso terapêutico e recidivas de infecções.

Sendo assim, é preciso que todos os multiprofissionais da área da saúde e também a

população em geral conscientizem do grave problema que enfrenta a saúde pública e

especificamente deste assunto que tratamos nesta monografia sobre incidência bacteriana em

hemocultura onde a sua identificação se faz necessária na contenção da resistência

microbiana.

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