43
Magdala Leticia Andrioni de Almeida PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC Monografia apresentada como requisito parcial para obtem;;ao do titulo de Especialista no curso de P6s-Graduaf:;ao em Higiene e Inspe~ao de Produtos de Origem Animal da Faculdade de Ciencias Biologicas e da Saude, Universidade Tuiuti do Parana. Orientador: Prof. Joao Ari Gualberto Hill Curitiba 2005

PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

  • Upload
    buikhue

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

Magdala Leticia Andrioni de Almeida

PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC

Monografia apresentada como requisitoparcial para obtem;;ao do titulo deEspecialista no curso de P6s-Graduaf:;ao emHigiene e Inspe~ao de Produtos de OrigemAnimal da Faculdade de Ciencias Biologicase da Saude, Universidade Tuiuti do Parana.

Orientador: Prof. Joao Ari Gualberto Hill

Curitiba

2005

Page 2: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

AGRADECIMENTOS

Agrade90 esle Irabalho primeiramenle a Deus, por me dar for9a e delermina98o.

Aos meus pais Lucir e Severino pelo apoio e pela confianr;a que depositaram em

mim.

Ao meu marido Tiago pela compreensao.

Ao Eduardo Tone/a, medico veterinario que me forneceu 0 material para que esle

estudo pudesse ser realizado.

Ao meu amigo Gleison, pela for9a na fase final desle Irabalho.

Ao professor J080 Ari e a professora Lucimeris, por me aco/herem.

Page 3: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

SUMARIO

LlSTA DE ILUSTRACOES.

RESUMO.

1 INTRODUCAO.

2 HISTORICO DO MUNiCiPIO DE CAPINZAL .

3 REVISAO BIBLIOGRAFICA .

3.1 HISTORICO DA TENiASE I CISTICERCOSE ...

3.2 0 QUE E TENiASE .

3.3 0 QUE E CISTICERCOSE .

3.3.1 Cisticercose Intraocular Bilateral .

3.4 MORFOLOGIA.

3.5 CICLO BIOLOGICO DA CISTICERCOSE . .. .

3.5.1 0 Cicio de Vida da Cisticercose .

3.5.2 Cicio Biol6gico da Solita ria no Porco.

3.5.3 Cicio Biologico da Solita ria no Homem .

3.6 SINTOMAS.

3.6.1 Sintomas da Teniase .

3.6.2 Tempo ate as Primeiros Sintomas

3.6.3 Riscos.

3.6.4 Sintomas da Cisticercose Intraocular Bilateral .

3.6.5 Sintomas da Neurocisticercose .

3.7 TRANSMISSAo.

3.7.1 Teniase.

3.8 EPIDEMIOLOGIA.

3.9 IMUNOLOGIA ...

3.10 DIAGNOSTICO.

3.10.1 Diagnostico em Neurocisticercose .

3.10.2 Cisticercose Intraocular .

3.11 TRATAMENTO.

3.11.1 Como se Trata .

3.11.2 Neurocisticercose.

iii

vi

1

2

4

4

5

6

6

8

8

9

10

11

11

11

12

12

12

13

13

14

15

15

15

16

18

18

18

Page 4: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

3.12 CONTROLE E PROFILAXIA ..

3.12.1 Profilaxia.

4 METODOLOGIA ..

4.1 LEVANTAMENTO DOS DAD OS .

19

19

21

21

21

23

26

27

29

4.2 INSPE<;:AO DA CISTICERCOSE .

5 RESULTADOS E DISCUSSOES ..

6 CONCLUSAO.

REFERENCIAS .

ANEXOS ..

iv

Page 5: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

LlSTA DE ILUSTRAC;:OES

FIGURA 1 - MAPA GEOGRAFICO DE CAPINZALISC ..

FIGURA 2 - CICLO DA CISTICERCOSE ..

FIGURA 3 - CISTICERCO INTRA-OCULAR ..

TABELA 1 - NUMERO DOS ANIMAlS ABATIDOS NO ABATEDOURO,

MOSTRANDO A PREVALENCIA DA CISTICERCOSE ENTRE OS

ANOS DE 2001 A 2004 ..

GRAFICO 1 - RESULTADO EM PORCENTAGENS DA PREVALENCIA DE

CISTICERCOSE DOS ANIMAlS ABATIDOS EM CAPINZALISC

NO PERloDO DE 2001-2004 .

3

8

17

23

24

Page 6: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

RESUMO

A cisticercose e uma doen9a causada pela larva da Taenia, tanto a T.saginata quanta a T. solium esta amplamente distribuida pelo mundo, devido ascondic;oes sanitarias serem deficientes. A cisticercose causa prejuizos nas criac;oes,pois a carne infectada torna-S8 impropria para consuma. Para 0 diagnostico dacisticercose sao realizados 0 exame de lingua in vivo, e a exame pas-mortem(necropsia). Na necropsia sao examinados os pontcs de maior predilec;ao doscisticercos que sao: a lingua, 0 coraryao, 0 diafragma e museu los mastigadorescomo 0 masseteres e pterigoide. Portanto nos abatedouros do municipio deCapinzal-SC, constatou-se que a prevalencia de cisticercose est'; dentro dospara metros norma is do Brasil e que sua incidencia diminuiu nos ultimos 2 anos 50%.Devido ao trabalho competente do medico veterinario, juntamente com a prefeituramunicipal.

Palavras-chave: Taenia solium

Taenia saginata

Inspe\,ao

vi

Page 7: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

INTRODU<;:AO

A cisticercose e uma zoo nose que ah~m de acarretar prejuizos economicos ell

pecuiuia, e tambem de grande importancia sob 0 ponto de vista para a saude

publica.

o alto consumo de carne suina e bovina na regiao suI fez com que surgisse

o interesse de saber sabre a qualidade da carne em rela980 a cisticercose.

Os matadouros constituem uma importante fonte para a estudo desta

doen9a, pois podem nos mostrar a preval€!Ocia que ela esta tendo nesta regiao. A

regiao escolhida e 0 Municipio de Capinzal, situ ado no meio Oeste do Estado de

Santa Catarina.

o objetivo deste trabalho e descobrir S8 a prevalencia da cisticercose

verificada na lnspery80 pas-mortem dos animais abatidos nos matadouro desta

regiao esta dentro dos niveis normais em rela9210 a outros estudos realizados em

outras regioes do Brasil.

Page 8: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

2 HISTORICO DO MUNiCiPIO DE CAPINZAL

Area: 334,9 Km'

Popula,ao: 21.884 (Resolu,ao IBGE - PR 02 - Estimativa 2003)

Densidade demogrilfica: 74,36 hab/km'

Comunidades: 35

Distritos: 01 - Alto Alegre

Altitude: 480m

Latitude (s): 27'20'37"

Longitude (w): 51' 36' 43"

Clima: mesotermico umido

Temperatura media em 2000: 19'C

Precipita,ao pluviometrica media em 2000: 1.600 mm

Corrente Eletrica: 220 V

C6digo DOD: 49

indice de abastecimento de agua: 98%

Rede de esgoto: domiciliar nao existe, apenas 0 pluviometrico

Coleta de lixo: de empresa terceirizada peJa Prefeitura

Datas comemorativas: Oia 17 de fevereiro - aniversario do municipio e

dia 25 de janeiro - Padroeiro do Municipio (Feriados Municipais).

Renda Per Capta R$ 263,41

PIB: 0,703

indice de Desenvolvimento Humano (I.D.H): 0,814

Origem da popula,ao predominante: Italiana

Atra90es Turisticas: Igreja Matriz Sao Paulo Ap6stolo, Ponte Pensil, Area

de Lazer Dr. Arnalda Favorito, Centro Educacional Prefeito Municipal

Celso Farina, Museu Municipal, Cascatas, Pesque e Pague e Pousadas.

Principais atividades: Comercio, Industria, Agroindustria, Agricultura e

Pecuaria.

Page 9: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

• Base da Economia: Agroindustria.

legenda: 1 " Alto Bela Vista; 2 • Linha Galdina; 3 • Barra do Leao; 4· Floraoda Serra; 5 - Linha Santa Cruz; 6 - Linha Campinas; 7 - Linha Cristo Rei; 8-Linha Pocinhos; 9 - Linha Residencia; 10 - Rio Pardo; 11 - Sao Roque; 12 -Fazenda Sao Pedro; 13 - Ricardopolis; 14 - Vila Anchieta; 15 - Centro; 16 -Barra do Pinheiro; 17 - Capitel Santo Antonio; 18 - Lindemberg; 19 - Oi5t.Alto Alegre; 20 - Linha Lauro Muller; 21 - Linha Oficina; 22 - Linha Divisa;23 - Vidal Ramos; 24 - Vila Uniao; 25 - Engenho Novo; 26 - EmpresaVelha; 27 - Linha Gramado; 28 - Linha Pelizzaro; 29 - Fazenda dasPalmeiras; 30 - Fazenda Santo Antonio; 31 - Duas Pontes; 32 - NovaBeleza; 33 - Barro Preto; 34 - Barro Branco.

FIGURA 1 - MAPA GEOGRAFICO DE CAPINZAUSCFonte:Capinzal,2005

Page 10: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

REVISAO BIBLIOGRAFICA

3.1 HIST6RICO DA TENiASE / CISTICERCOSE

o Complexo Teniase/Cisticercose esta diretamente relacionado a habitos

alimentares e de higiene, a eduCa9aodas populavoes e ao saneamento.

Conforme RIO GRANDE DO SUL, 2005, na America Latina, sua ocorrencia

e especialmente importante no Mexico, Peru, Colombia, Chile e Brasil.

o Brasil, segundo a OMS, e urn pais endemico para 0 Complexo

Teniase/Cisticercose. Mas, estes agravos ainda nao S8 tornaram de notifica98o

obrigatoria a nivel nacional.A OPS/OMS (OPS-1994), com base em trabalhos

cientificos, tambem considerou 0 agravo no Brasil com alta taxa de prevalencia e

disseminado.Trabalhos de carater Regional indicaram que as tres Estados do Sui:

Parana, Santa Catarina e Rio Grande do Sui sao de alto risco para estes agravos.

Conforme HOOFT, 2005 estudos indicam que a incidencia da cisticercose ebastante alarmante, especialmente da Cisticercosis celufosa, que deriva dos porcos.

Essa doen9a afeta, em graus variados, em quase vinte paises da America Latina,

sendo de grande importancia em pelo menos 15 deles. Em algumas regi6es, entre

15 e 60% dos porcos criados no sistema tradicional tern anticorpos contra 0 parasita,

o que indica que estiveram em contato com ele durante sua vida. Outros estudos

assinalaram que cerca de 30% dos porcos tem n6dulos de cisticerco em suas

linguas. Na Bolfvia, entre 1,4 e 2% da popularyao das zonas rurais tem 0 parasita

Taenia soHum em seus intestinos; e a OMS considera 0 problema como serio quando

a nivel de infecvao ultrapassa 1% da populavao.

Em algumas regi6es da Africa, cerca de 80% das carcayas destinadas a

consumo da populayao humana sao parasitadas por cisticercos.

Page 11: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

3.2 0 QUE Eo TENiASE

Teniase e cisticercose sao doen<;:as causadas par tenias, em fases

diferentes do cielo de vida desses cest6deos.

Conforme MEDICINAL, 2005, a teniase e resultado da presenya da forma

adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata no intestine delgacto do homem. Euma parasitose intestinal. Quando 0 parasita permanece no intestina, 0 parasitismo

pade ser considerado benigno. Excepcionalmente, requer interven<;:ao cirurgica par

haver penetrac;ao do parasita em locais como 0 apEmdice cecal (parte do intestino

que CQstuma ser operada quando ha "apendicite"), coledoco (ducto que drena

secre<;:ao do fig ado para 0 intestin~), ducto pancreatico (ducto que drena secregao

do pancreas para 0 intestine) devido ao crescimento exagerado do parasita nestes

locais, 0 que pade ocasionar obstruc;:<3o. Em alguns casas, pade provocar retardo no

crescimento e no desenvolvimento das crianyas e baixa produtividade no adulto. A

infestayao pode ser percebida pela eliminayao espontanea de proglotes (parte do

corpo do verme que contem ovos) nas fezes.

3.3 0 QUE Eo CISTICERCOSE

Conforme MEDICINAL, 2005, a cisticercose e causada pela larva da Taenia

solium nos tecidos humanos. As manifestayoes clinicas dependem da localizayao e

do numero de larvas que infectaram 0 individuo, da fase de desenvolvimento dos

cisticercos e da res posta imunol6gica do hospedeiro (e assim que costumam serem

chamas as pessoas que "hospedam" 0 verme). As formas graves estao localizadas

no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuro-psiquicos (convulsoes,

disturbio de comportamento, hipertensao intracraniana) e oculares.

Page 12: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

3.3.1 Cisticercose Intraocular Bi[ateral

Em 1829, Scholl e Soemmering descreveram urn cisticerco vivo na camara

anterior do olho; re[atou-se um cisticerco de [ocalizagao sub-conjuntival; 0 primeiro

caso de cisticerco intra-vitreo foi descrito por Von Graefe em 1866. Daquele tempo

ate nossos dias, muito mudou, mas permanece uma observaC;ao de LECH JR

(1949): "Abandonar 0 olho portador de cisticercose a sua pr6pria sorte e abandona-

[0 a cegueira, se nao a sua perda tota[".

"Estatisticamente, a presenga de teniase e cisticercose no mesmo individuo

e rara" segundo LECH JR (25 casos em 111).

3.4 MORFOLOGIA

Faz parte do filo platelmintos, especificamente na classe dos cest6deos,

que, comparados aos nernatelmintos apresentam um grau de organizagao mais

simples, pois ne[es 0 sistema digestiv~ e incomp[eto (com ausencia de anus) ou nao

existe.

Vermes Adultos: a T. salium eaT. saginata sao divididas moriologicamente

em esc61ex au cabega, colo ou pescogo e estr6bilo ou corpo.

Esc6lex: 6rgao adaptado para a fixagao do cestoda na mucosa do intestino

de[gado; apresenta quatro ventosas formadas de tecido muscular, arredondadas e

proeminentes, presentes na Taenia solium, e rna is de cern vezes menor que a

solita ria inteira, porem 0 seu poder de fixagao e extremamente eficiente, nao

falhando nem mesmo quando 0 intestino se contoree em colieas violentas

provocadas por vermifugos. Nessas oeasi6es a cadeia geralmente S8 parte e uma

grande porgao do verme e evacuada. Mas, permanecendo 0 individuo fixado e °pescogo, toda a cadeia se torna a reconstituir por reprodugao assexuada.

Page 13: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

~., ~~Colo: esta abaixo do esc6lex, nao tem segmentayao ill! '" s celulas estao

em constante atividade reprodutora, dando origem as proglotes jovens. E conhecido

como zona de crescimento ou de formayao das proglotes.

Estr6bilo: e 0 corpo do helm into, formado pela uniao de proglotes.

Dvos: e impossivel diferenciar os ovos das duas Taenias, sao constituidos

por uma casca protetora denominada embri6foro, que e formado por blocos

piramidais de quitina, unidos entre si por uma substancia proteica.

Cisticerco: e constituido de esc61ex com quatro ventosas, estas larvas

podem atingir ate doze miHmetros de comprimento, ap6s quatro meses de infecyao.

Dados extraidos de NUCLEAR, 2005.

Tendo 0 corpo em forma de fita, as solitarias receberam dos cientistas 0

nome de Taenia, uma palavra de origem grega que se pode traduzir por "fita

achatada". A solitaria do porco e a Taenia soHum e a que vive no intestino do boi e a

Taenia saginata. A solitaria adulta poderia ser talvez mais propriamente considerada

nao como um s6 individuo, mas como uma cadeia linear de individuos ligados uns

aos outros e com funyoes especificas. Ela e hermafrodita e pode autofecundar-se.

Formado por centenas de aneis au proglotes, 0 corpo de uma solitaria e fino,

mas pode atingir ate 15 m de comprimento. Dependendo de sua distancia a cabe<;a

da solita ria, os aneis ou proglotes pod em ser jovens, maduros e gravidas. Os aneis

gravidos sao os da parte final do corpo e desprendem dos restantes, sen do

eliminados juntamente com as fezes de quem esteja com solitaria. Uma tenia pode

eliminar cerca de doze aneis diariamente, a que representa a eliminayao de mais ou

menos 72.000 ovos por dial

A solita ria e um animal que apresenta adaptayoes muito especializadas para

a vida parasitaria, ela temausencia total de intestino para ter maior espayo para avos

eo alimento e absorvido atraves da parede do corpo.

A Solitaria (Taenia) e a causadora de Cisticercose

Page 14: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

3.5 CICLO BIOLOGICO DA CISTICERCOSE

3.5.1 0 Cicio de Vida da Cisticercose

o h6spede primeiro do parasita e 0 ser humano, A pessoa geralmente naDesta consciente de ter a solitaria, a naD ser pelas pequenas manchas brancas (as

proglotes que se soltaram) em suas fezes. Os proglotes estao cheios de avos que

podem infectar a animal que coma as fezes. A solitaria que pode infectar as porcos

chama-s8 Taenia solium; a que pode infectar 0 gada bovina - que e bern maior,

chegando a 12 metros - chama-se Taenia saginata.

Quando as porcos consomem as fezes humanas, 05 quistos da parasita

intermediario, chamado Cisticerco ceJuloso, S8 formam na carne e em Qutras partes

do porco. Esses quistos sao transparentes au brancos, e medem entre 0,5 e 1 cm de

diametro. S6 em casa de infecc;ao intensa os quistos aparecem na lingua. as quistos

raras vezes resultam em outras anormalidades visfveis no animal vivo. Entao,

quando alguem come a carne com quistos e insuficientemente cazida, e infectada, e

uma nova solita ria Taenia solium se desenvolve em seus intestinos. Esse cicio de

vida da solita ria e similar nos bovinos, porem e muito mais perigoso nos porcos par

que se produz um cicio paralelo.

ova

FIGURA 2 - CICLO DA CISTICERCOSE

Fonte: INVENT A BRASIL, 2005

Page 15: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

3.5.2 Cicio Biologico da Solitaria no Porco

Segundo RIO GRANDE DO SUL, 2005, urna das raz5es da confusao sobre a

cisticercose e que 0 cicio de vida desse parasita e muito complicado. A cisticercose

se produz tanto nos porcos como no gado bovino e representa urn problema para os

seres humanos. No caso dos porcos, 0 cicio de vida inciui por exemplo aspectos de

higiene pessoal, uso de aguas residuais e de latrinas, contrale da carne, habitos

culinarios e a maneira de criar os porcos.

Conforrne ETILCORP, 2005, a cisticercose suina e urna doen,a ocasionada

pelas formas larvais da Taenia solium, denominadas de cisticercos (pipoca) que

pod em localizar-se nos musculos, coragao, pulm6es, olhos, ouvidos e cerebro.

Se as pessoas estiverem com solitaria, suas fezes podem conter milhares de

ovos desses vermes.

Os porcos sao mamiferos que fazem parte do grupo dos ungulados. Esse

grupo e dividido em varias ordens de acordo com 0 numero de dedos de cad a

animal 0 porco faz parte da ordem dos artiodactilos, por possuir quatro dedos. Eles

sao contaminados pela solitaria quando estao a procura de com ida em locais

contaminados, podendo ingerir embri6es de Taenia solium que estao no interior de

uma casquinha. Esses embri6es se originam dos milhares de ovos da salitaria.

Oepois de atravessar a parede do intestino do porco, os embri6es das

solitarias invadem os musculos dele e ate mesrno 0 coragao. Nesses locais ficam

dentro de uma casquinha que parece uma bolha: e 0 cisticerco.

A carne de porco que esta contarninada podera ser utilizada para fazer

IingOiga e ate ser com ida diretamente. Comendo carne contaminada pelos

cisticercos, 0 homem adquire a solitaria e sera mais urn a propaga-Ia por meio de

suas fezes. Neste casa, 0 hospedeiro intermediario passa a ser 0 propria homem.

Os ovos se evoluem, entao, para cisticercos que irao se instalar na musculatura e,

ate mesmo, no cerebra. Por isso, a cisticercose no homem torna-se muita grave.

Page 16: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

]0

A teniase, apresenta-se no homem sob duas formas:

a) uma infeq:ao intestinal causada pela forma adulta da Taenia da carne de

boi au de porco, produzindo irritabilidade, insonia, emagrecimento, dares

abdominais e disturbios digestivos;

b) uma doenc;a grave, a cisticercose,que S8 da quando 0 homem ingere os

DVOS da Taenia da carne de porco, que VaG S8 desenvolvendo sob a

forma de cisticercos em vfuias partes do corpo como: museu los, cerebro,

corag<3o, globe ocular, pedendo sobrevir conseqOemcias graves (Ioucura,

cegueira).

3.5.3 Cicio Biol6gico da Solita ria no Homem

A Teniase e uma doenc;a que acamete 0 homem apenas", as Taenias S8

tornam adultos no intestino delgado humano apenas, ap6s serem ingeridos, na fase

de larvas (cisticercose animal, popularmente chamada de "pipoca"), solre a,ao do

sueD gastrico, evagina-se e fixa-se atraves do esc6lex, na mucosa do intestino

delgado, onde transforma-se em uma tenia adulta, que pode atingir ate oito metros

em alguns meses. Tres meses ap6s a ingestao da larva, inicia-se a elimina9ao de

proglotes gravidas.

o homem parasitado elimina as proglotes gravidas cheias de ovos para 0

meio exterior. Em alguns casos, a proglote pode se romper dentro do intestino e os

ovos serem eliminados nas fezes.

Page 17: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

II

3.6 SINTOMAS

3.6.1 Sintomas da Teniase

Os sintomas da Teniase sao: dares e aumento de tamanho da barriga,

diarreias, enjoos, v6mitos, tonturas, perda de peso, alergias, palidez, desanimo,

anemia, apetite exagerado e sonolen cia.

as sintomas sao variados dependendo da localiza9ao do cisticerco. Se

localizado no cora<;8o, pade causar palpita90es, ruidos anormais; nos olhos, pade

causar disturbios na visao au cegueira; nos musculos, pade causar reag80 local de

dar, fadiga, caibras e formar uma membrana fibrosa no sistema nervoso central, S8

locaJizado no encIMalo pede causar les6es, com dar de cabega, com au sem vernita,

convuls6es, ataques epilepticos, hidrocefalia e desordens psiquicas (deliria,

depressao, prostra«8o, alucina90es, agressividade). Se localizado na medula

espinhal pode causar desordern rnotora ou sensorial. A Cisticercose tern tratamento

mas pode deixar sequelas para sempre.

Ao contrario do que se imagina comurnente, 0 que se observa, sao pessoas

infectadas com rna is de uma tenia da mesma especie. Devido ao longo periodo em

que parasita 0 homem, ela pode provocar hemorragia, atraves da fixa9030 na

mucosa, causar fen6menos t6xicos alergicos, atraves de substancias excretadas.

Pode tambem, produzir inflama9ao com infiltrado celular com hipo ou hipersecre9ao

de muco.

a problema mais grave e a cisticercose e, suas rnanifesta90es clfnicas

causadas, depend em nao somente da localiza9ao, bem como 0 numero de parasitas

e de seu estagio de desenvolvimento e da caracteristica organica do paciente.

3.6.2 Tempo ate os Primeiros Sintomas

Segundo MEDICINAL, 2005, 0 tempo para 0 aparecimento da cisticercose

humana varia de 15 dias a anos ap6s a infec9ao. Para a teniase, cerca de tres

Page 18: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

12

meses apos a ingestao da larva, 0 parasita adulto ja pode ser encontrado no

intestine delgado humano.

o doente deve if ao medico e fazer exame parasitol6gico de fezes, no

minima, uma vez ao ano.

3.6.3 Riscos

Relativos a teniase: obstrU\;:ao de apendice, coledoco ou ducto pancreatico;

Relativos a cisticercose: problemas visuals e neurol6gicos.

3.6.4 Sintomas da Cisticercose Intraocular Bilateral

Conforme GARCIA e CONDE, 2005, a hemorragia vitrea, retinite pigmentar

extensa e vesicula esbranquityada livre no vitreo. No olho esquerdo, coriorretinite

temporal intensa, fibrose glial em foco temporal inferior, levantando suspeita de

passivel cisticerco sub-retiniano.

3.6.5 Sintomas da Neurocisticercose

Quando a cisticercose atinge 0 cerebra, 0 que era no primeiro momento urn

simples parasita provoca a neurocisticercose, completando 0 cicio da doen\=a.

Quando 0 sistema nervoso central e afetado, 0 paciente pode apresentar

sintomas graves, como a meningite, e pode desenvolver epilepsia, 0 sintoma mais

freqGente, disturbios menta is e psiquicos, cefaleia e hipertensao intracraniana.

Conforme INVENTA BRASIL, 2005, 0 reagente purificado e obtido por

metodos imunoquimicos. 0 parasita, em extrato bruto, pass a por dois processos: a

cromatografia de afinidade com lectinas e a eletroforese em gel de acrilamida. No

fim, obtem~sefra\=oes purificadas e especificas do cisticerco. Com elas, fica aberto 0

caminho para 0 teste imunoenzimatico, urn kit composto por reagentes, soluyoes e

Page 19: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

13

pelo antigeno especifico para cisticercose humana. Pretende comegar a produzir 0

kit em escala comercial. lS50 devera ocorrer ainda dentro de um ana.

3.7 TRANSMISsAo

3.7.1 Teniase

De acordo com INVENTA BRASIL, 2005, a teniase e adquirida atraves da

ingestao de carne de boi ou de porco mal cazida, que contem as larvas. Quando 0

homem ingere as DVOS da Taenia solium, provenientes de verduras e legumes mal

lavados au higiene inadequada, adquire a cisticercos8.

A situalf80 S8 torna muito perigosa nos lugares onde 0 excremento humane

que contenha os avos da Taenia solium infecte as aguas residuais, ja que essas

podem ser logo utilizadas para Gultivar vegetais e Qutros produtos de consumo

humano. Se uma pessoa bebe essa agua ou consome vegetais crus (par ex. alface)

ou frutas que nao sao descascadas (por ex. morangos), pode ingerir os ovos da

Taenia solium. Nesse caso 0 cicio que normalmente se produz no porco, comega

agora diretamente no corpo humano. Os quistos formam-se em diferentes partes do

corpo. Nesse ultimo caso, a enfermidade e chamada neurocisticercose, e as

sintomas sao severos, similares aos de urn tumor cerebral ou da epilepsia. Na

Bolivia muitos dos casos diagnosticados como epilepsia sao, na verdade,

neurocisticercose. Nao existe cura para esse mal, uma vez que se tenham formado

as quistos, e a impacto no paciente e em sua familia e enorme.

o problema da infecgao com 0 quisto por consumo de carne de porco esta

estreitarnente relacionado com a maneira de criar esses animais. Isso nao ocorre

com a criagao intensiva de porcos, on de os animais sao criados em locais fechados.

o problema surge quando os porcos sao criados em sistemas extensivos de

pequena escala, onde 0 contato entre animais e hurnanos e muito mais freqOente.

Os porcos que vagueiam livremente, junto com a ausEmcia de latrinas e de

saneamento, sao as principais raz6es pelas quais os seres humanos sao infectados

pela solita ria.

Page 20: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

14

Essas condi90es ocorrem com maior freqUemcia nas zonas rurais marginais,

porem 0 problema naG esta limitado ao campo.

Os porcos, OU sua carne infectada, pod em ser transportados e consumidos

nas zonas urbanas. As pessoas com solitaria em seu organismo migram das zonas

rurais para as urbanas e podem contaminar as aguas residuais.

A possibilidade de S8 consumir agua ou algum produto contaminado com

excremento humano infectado e muito maior nas zonas urbanas do que nas rurais.

Par isso e necessaria realizar atividades tanto nos estabelecimentos urbanos como

nos rurais para S8 poder controlar esses parasitas .

• Auto-Infec~ao Externa: 0 homem elimina proglotes e as avos de sua

propria tenia sao [evados a boca pelas maDS contaminadas ou pela

cropofagia.

• Auto-Infeccao Interna: durante vomitos ou movimentos retroperistalticos

do intestina, as proglotes da T. solium poderiam ir ate a estomago e

depois voltariam aD intestine delgado, liberando as oncosferas.

Heteroinfee;ao: a homem ingere, juntamente com as alimentos

contaminados, os ovos da T. solium de outro hospedeiro.

Existem duas especies de tenias humanas: a Taenia solium (transmitida pela

carne de porco) e a Taenia saginata (transmitida pela carne bovina).

A Teniase tambem pade ser transmitida pelas carnes de java lis au bufalos

mal assadas au mal cozidas.

3.8 EPIDEMIOLOGIA

As teniases podem ser mais comuns ou raras. Assim, a Taenia saginata erara entre os hindus, que nao com em carne de bovina e a Taenia solium, entre os

judeus, par naD comerem carne de sui no.

No Brasil, ha falta de dados recentes sobre a incidelncia da doenc;:anos

animais; tem uma larga distribuic;:aoem nosso pais, devido as precarias condic;:oes

Page 21: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

15

de higiene de nosso pova, metoda de criagao extensiva dos animais e 0 mau habito

de S8 comer carne de porco mal cazida ou assada.

Quanto a contaminagao humana por avos, 0 mecanisme mais comum e a

heteroinfecyao, na qual 0 homem ingere os ovos.

3.9 IMUNOLOGIA

Os estudos sabre as respostas imunol6gicas de pacientes com cisticercose

sao bastante inconclusivos. A resposta imunol6gica esta relacionada com a

quantidade e a viabilidade dos cisticercos, localiz8<;ao nos 6rg805, OU na

musculatura ou com a reatividade imunol6gica do hospedeiro.

3.10 DIAGNOSTICO

3.10.1 Diagnostico em Neurocisticercose

Quando as larvas S8 alojam no Sistema Nervoso Central (cerebra e medula

espinhal) causam a neurocisticercos8.

Canlarme MEDICINAL, 2005, a diagnostica da teniase geralmente e leita

atraves da abserva,ao de proglates (partes do verme) nas lezes au pela presen,a

de avos no exame de fezes. 0 diagnostico da neurocisticercose S8 faz atraves de

exames de imagem (Raia X, tomografia computadorizada e ressonancia nuclear

magnetica de cisticercos calcificados).

Canlarme INVENTA BRASIL NET, 2005, uma das doen,as mais trai,aeiras

do sistema nervoso central e a neurocisticercose. Oificil de ser diagnosticada, 56 edescoberta por urn teste importado, muito caro, au par metodos como a tomografia e

a pun9ao de liquido cefalorraquiano, complexos e de difieil aces so a pessoas de

baixa renda. E sao justamente essas pessoas as mais atingidas pela doenga. No

Brasil, estima-se que cerca de 140 mil pessaas salrem dessa daen,a, que pade

causar les6es cerebrais graves e a marte. E passivel que 0 numero de vitimas seja

Page 22: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

16

ate maior. Como 0 contra Ie e precario e os sintomas demoram para aparecer, muitas

pessoas pod em ter neurocisticercose sem saber.

o grupo da USP (Universidade do Estado de Sao Paulo), junto ao

Laboratorio Biolab-Merieux desenvolveu 0 teste, do tipo ELISA (Enzyme-Linked

Immuno Sorbent Assay). 0 teste esta em fase de aperfei90amento. Dentro de urn

ana, devera estar em fase de produto comercial. 0 objetivo era desenvolver urn teste

que pudesse ser aplicado no sore, a parte do sangue cnde estao os anticorpos,

como uma alternativa a coleta de liquido cefalorraquiano, retirado par pun980

lombar.

A grande vantagem do teste e que ele pade ser feito na cHnica geral, na rede

publica de atendimento, antes de 0 paciente ser encaminhado a urn neurologista

Com isso, 0 diagn6stico sera mais precoce e pade-s8 conhecer a reat situac;ao da

doenc;a no pais. A neurocisticercose e a forma mais grave da cisticercose,

3.10.2 Cisticercose Intraocular

De acordo com GARCIA e CONDE, 2005, 0 diagnostico e clinico, baseado

na anamnese, biomicroscopia , transiluminac;ao, oftalmoscopia direta e indireta.

Quando 0 cisto esta vivo e intra-ocular, 0 diagnostico clinico de cisticercose pode ser

feito pela observac;ao oftalmosc6pica, notando-se movimento caracteristico do

esc6lex.

Os exames complementares incluem parasitol6gico de fezes, leucograma,

que pode demonstrar eosinofilia, radiografia de cranio, reac;ao de fixac;ao de

complemento de Weinberg que apresenta positividade em 73,2% nos casos oculares

isolados1. A hemaglutina,ao indireta e a imunofluorescencia indireta (Elisa),

anUgenos CC (Cysticercus cel/ulosae) , ESP (anUgeno proteico do escolex) e suas

fra,oes ESP3, ESP4 e ESP? com indice superior a 1/128, sao outros exames

empregados.

o exame anatomo-patol6gico demonstra uma cavidade cistica com reac;ao

inflamat6ria na parede, tipo granulomatosa, organizada com linf6citos

polimorfonucleares e infiltragao plasmatica celular com discreta presenc;a de

Page 23: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

17

eosin6filos. a corpo da larva e caracterizado pelo seu lumen tortUQSO,ventosas e

ganchos.

FIGURA 3 - CISTICERCO INTRA-OCULAR

Fonte: GARCIA E CONDE (2005)

as metodos do diagnostico na cisticersose intra-ocular:

• PARASITOLOGICO - e feito pela pesquisa de proglotes e mais raramente

de avos de tenias nas fazes palos metodos rotineiros au pelo metoda dafita gomada.

• eUNICO - 0 diagnostico clinieD da cisticercose e praticamente impasslvelde ser feito em pacientes assintomaticos, enquanto nos pacientes

sintomaticos esta sempre associado as altera~6espatol6gicas causadaspel os cisticercos. 0 diagnostico radiol6gico pode auxiliar 0 clfnieD mas, a

tomografia computadorizada e um metodo novo e que est'; sendo usado

com grande sucesso.

• IMUNOLOGICO - os metodos mais usados sao, a rea<;ao de fixa<;ao do

complemento (rea<;ao de Weimberg), hemaglutina<;ao indireta, rea<;ao

imunoenzimatica. Para 0 imunodiagnostico segura de neurocisticercosehumana, recomendamos a utilizac;8.ode pelo menos duas das tecnicasacima citadas.

Page 24: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

18

3.11 TRATAMENTO

Os tratamentos mais usados sao:

• Praziquantel (Cestox), pade causar efeitos colaterais como cefaleia, dar

de estomago, nauseas e tonteiras;

• Cisticid, utilizado contra a cisticercose;

• A interveny:ao cirurgica e recomenditvel dependendo da localiza<;:c3o e

numero de cisticercose.

3.11.1 Como se trata

E importante tiear bern claro que as medica<;:oes utilizadas devem ser

receitadas par urn medico que acompanhe 0 paciente. 0 habito de tamar remedios

para vermes par conta pr6pria nao e adequado. Como todos as remedios essas

medica90es nao sao isentas de efeitos colaterais, 0 que pade trazer serios

problemas a saude. Com a acompanhamento, a medico podera receitar a droga

mais indicada para 0 case e acompanhar as possiveis efeitos colaterais.

3.11.2 Neurocisticercose

a praziquantel vern sendo utilizado no tratamento clinico da

neurocisticercose. Tal droga atua positivamente como larvicida para a Cysticercus

cellulosae e est;; indicada, sobretudo, em pacientes portadores de multiplos

cisticercos no parenquima cerebral. Assim I como larvicida, a droga nao representa

recurso terapeutico para cisticercose intra-ocular 0 principal objetivo e justa mente

remover do interior do globo ocular a parasito vivo e cirurgia.

o tratamento e cirurgico e devera ser realizado imediatamente apos a seu

diagnostico. 0 sucesso estara na depend emcia da localiza~ao do parasita, bem

como da intensidade das rea~6es inflamat6rias existentes. Entretanto, a verdadeira

arma para com bater esta doen~a e sua profilaxia.

Page 25: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

19

3.12 CONTROLE E PROFILAXIA

3.12.1 Profilaxia

• Impedir a acesso do suino e do bovina as fezes humanas;

• tratamento em massa dos casas humanos positiv~s;

• orientar a popularyao para nao ingerir carne crua ou mal cozida;

• fiscalizar 0 sistema de criaryc30de animais;

• congelar a carne suina au bovina a temperatura abaixo de -5 graus

centigrados par no minima 4 dias a tim de que as cisticercos sejam

destruidos;

• submeter a inspec;ao das carc8C;8s nos abatedouros, destinando-se

conforme os niveis de contaminaC;8o, condena<;ao total, parcial,

congelamento, irradiaC;8o ou envio para as industrias de

reprocessamento;

• informar a autoridade sanitaria local;

lavar as maos antes das refei<;oes e ap6s ir ao banheiro;

• cDzimento correto da carne suina e bovina;

• lavar bern os legumes e as verduras Nao despejar fezes humanas em

valas, riachos ou terrenos;

• construir fossas e sumidouros;

• nao comer carne de porco ou de boi criados nas ruas;

• havendo suspeita de contaminac;:ao, procurar assistencia medica para 0

tratamento adequado.

Conforme ANTONIACOMI (2004), a destinayao adequada das carcayas e

6rgaos contaminados depende do grau de infestac;:ao dos mesmos. 0 criteria pra

esta infestac;:ao bern como as tipos de infestac;:ao previstos na legislac;:ao, variam de

acordo com cad a pais.

Conforme MEDICINAL, 2005, sugerir simplesmente que as porcos sejam

confinados nao e a soluc;:ao. Ainda que a cielo de vida do parasita possa ser

interrompido satisfatoriamente quando se elimina a contato dos porcos com os

Page 26: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

20

excrementos human OS, essa nao e uma tarefa tao facil de S8 realizar. A criagao

extensiva de porcos tern sido, par muitos anos, parte das estrategias de

sobrevivencia da populagao rural e tude indica que continuar<3 sendo assim. Enecessaria criar urn enfoque interdisciplinar que envolva as granjeiros, os

representantes da area medica e veterinaria/zQotecnica, bern como os habitantes

tanto das zonas rurais como das urbanas.

Os metodos de controle mencionados com mais freqOencia na literatura

sabre esse tema sao os seguintes:

para a publico em geral: e fundamental a educ8ty80 e a difusao de

conhecimentos sabre essa 200nose: impedir que 0 excremento seja

depositado em lugares ande os porcos possam ter acesso a ele; utilizar

latrinas e medidas de saneamento basico e de higiene em geral,

especialmente relacionadas com lavar as maos; cozinhar ou fritar toda

carne de porco antes de consumi-Ia; empregar um tratamento

antihelmfntico cada vez que forem observadas manchas brancas nas

fezes. Tratar os vegetais crus e as frutas que nao se descasquem com

iodo ou outro desinfetante sempre que houver duvidas sobre sua

procedemcia;

para os criadores de porcos: educayao e conhecimento sobre como os

porcos participam do cicio de vida do parasita; manter os porcos em urn

lugar separado; nao utilizar os porcos como limpadores dos dejetos

humanos e nem deixar que eles se alimentem com fezes.

Para as municipalidades: as metodos tradicionais de controle nos mercados

nao sao suficientes, deveriam ser complementados e fortalecidos; introduzir medidas

rigorosas relacionadas com 0 controle da carne, especialmente nos abatedouros de

animais nas granjas familia res. Maior controle do uso das aguas residuais.

o esgotamento do parasita no homem, seguido de educayao sanitaria

levaria a interrupyao da cadeia de transmissao e de que com a tecnologia atual, 0

agravo e passivel de ser erradicado, e interessante que os profissionais da area de

saude, tenham informay6es do nivel de conhecimento do publico envolvido em

relayao a doenya e controle, facilitando assim a sua atuayao.

Page 27: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

21

4 METODOLOGIA

4.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS

Foi solicitado a Prefeitura Municipal de Capinzal, "as demonstrativos de

abate" (ANEXO 1) que sao documentos preenchidos pelo Medico Veterinario que

levarn a informac;:ao do Departamento de Vigilancia Sanitaria sobre as doenc;as

encontradas e animais condenados.

Nestes documentos fornecidos constam 0 hist6rico de abate desde 0 ana de

2001 ate 0 ana de 2004 (ANEXO 2).

Para que a Medico Veterinario pudesse documentar as informa90es foi

necessaria fazer a Inspecyao desses animais urn a urn.

As formas de inspec;ao serao descritas posteriormente.

4.2 INSPEC;;AO DA CISTICERCOSE

Conforme SOARES (2003). "0 exame de inspeC;ao pos mortem e baseada

em sitios de predilec;ao dos cisticercos. Par isso sao analisados em retina de

inspec;ao sanitaria, 0 corac;ao, a lingua, a diafragma e musculos mastigadores

(masseteres e prerigoide)".

Na cabega e realizada a incisao sagitalmente dos masseteres externos e

internos (musculo da face). praticando um corte duplo extenso e profundo tambem

nos musculos pterig6ides, no musculo masseter e 0 local mais comum onde se

encontra os cistos da cisticercose.

o coravao e cortado em folha para ser visualizado e palpado. E visualizado 0

ventriculo esquerdo e direito. A cisticercose deve ser observada tanto internamente

quanto externamente.

Page 28: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

22

De acordo com ANTONIACOMI (2004), "pratica-se largas incisoes no

cora<;80, tanto numerosa quanta possivel, desde que ja tenha sido verificada a

presenya de cisticercose na cabeya ou na lingua"

Segue abaixo 0 criterio de julgamento do destin~ das carcayas, segundo

ANTONIACOMI (2004):

Infesta~ao intensa - urn ou mais cistos em incis6es praticadas em varias

partes da musculatura; destino: condena<;80total (graxaria).

Infesta~ao discreta - no maximo de dois a tres cistos em varias incis6es:;

destino: salga (charque).

Infesta~ao acentuada - nao atingindo a generalizac;:ao - dois a tres cistos;

destino: conserva (enlatados) ate cinco cistos.

Carca~as com ate dais cistos vivos - destino: tratamento pelo frio (-15°C

a - 25°C par 10 dias), liberar para salsicharia ou salga por 21 dias.

Urn cisto calcificado - na carcac;:a, visceras ou cabec;:a, destino: liberac;:ao

da carcac;:a.

Page 29: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

23

5 RESULTADOS E DISCUSSOES

Segue abaixo Tabela 1 que S8 refere a freqOencia de cistos de cisticercose

vivos au calcificados em bovinos e sufnos abatidos no municipio de Capinzal - SC

no periodo de 2001 a 2004.

TABELA 1 - NUMERO DOS ANIMAlS ABATIDOS NO ABATEDOURO,MOSTRANDO A PREVALENCIA DA CISTICERCOSE ENTRE OSANOS DE 2001 A 2004.

Ano%

2001

2002 2.536 1.422

2003 2.438 1.601

2004 2084 2.226

3.958

4.039

4.310

00

01

00

64

50

36

1,44

1,61

1,23

0,8

Observa-se que no ana de 2001, foram abatidos 4302 animais entre bovinos

e suinos, onde 1,44% foram positiv~s para cisticercose. No ana seguinte, em 2002

foram abatidos 3958 animais (bovinos e suinos) e houve 1,61 % de condenagc3o. Ja

no ana de 2003 foram abatidos 4039 animais e condenou-se destes 1,26%, em 2004

abateu-se 4310 animais e 0,8% destes foram positiv~s para a cisticercose. Os

resultados nos registros da Vigilemcia sanitaria de Capinzal, demonstraram que a

freqO€mcia de vesiculas de cisticercose em bovinos e sui nos foi em media de

1,32%, num total de 16609 animais abatidos entre 2001 e 2004.

Os resultados encontrados neste trabalho estao de acordo com os trabalhos

realizados por autores como:

FERNANDES & BUZEnl (2001), que em trabalho realizado de 1990 a 2000

na regiao de AraIYatuba - SP, encontraram urn indice de condena9ao por

cisticercose viva de 4,12%.

REIS et al (1996), estudando a ocorrencia de cisticercose bovina em animais

em Uberlandia - MG, no periodo de 1979 a 1993, encontraram uma prevalencia de

cisticercose variando de 0,35% a 4,07%.

Page 30: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

24

CARMO et al (1997), estudando a prevalencia de cisticercose no estado do

Mato Grosso do Sui, mostrou 1,04% de cisticercose bovina, assim como ZAMPINI

(1994) encontrou 0 valor de 2,79% de prevalencia de cisticercose bovina no Estado

do Parana entre os anos de 1982 a 1988.

RIBAS (2004), apresenta resultado de 0,07% de prevalencia de cisticercose

bovina, realizado no municipio de Gurupi - TO, entre 0 periodo de 2001 a 2004.

SCHENK & SCHENK (1982), mostra que no periodo de 1974 a 1979 os

resultados anuais da regiao de Mato Grosso do Sui teve prevalencia de 1,00% de

cisticercose bovina.

A prevalencia da cisticercose bovina foi estudada em diversos estados

brasileiros, sendo a porcentagem bastante variavel (0,57 a 510,%).

GRAFICO 1 - RESULTADO EM PORCENTAGEM DA PREVALENCIA DECISTICERCOSE DOS ANIMAlS ABATIDOS EM CAPINZAUSC NOPERioDO DE 2001-2004

2

~~ 1,5 ....-.~;;;(3rn'0

:~ 0,5

Irn 0'0

'" 2001 2002 2003 2004

Periodo (2001-2004)

Este grafico nos mostra que do ana de 2001 ao ano de 2002 houve um

aumento da prevalencia da cisticercose de 1,44% para 1,61%, poram, desde 0 ana

de 2002 a prevalencia de cisticercose bovina vem baixando.

Page 31: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

25

Comparando os valores em 2002 havia urn resultado de 1,61 % enquanto

que em 2004 houve uma redugao de mais de 50%, ou seja para 0,8%. 0 que reflete

o trabalho de conscientiza<;c3o das tecnicas de higiene realizadas perc Medico

VeteriniHio (responsavel pela InspegElo) para com as produtores de bovinos de corte

e claro a colaborayEio dos produtores.

Page 32: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

26

6 CONCLUsAo

A atua,ao do Medico Veterinario no Brasil ainda e muito precaria quando se

fala em problemas de saude publica, como este. Deveria ter mais medicos

veterinarios no campo para alertar e conseqOentemente prevenir a saude dos

brasileiros. A cisticercose ocorre em maior prevait§ncia em parses men os

desenvolvidos, embora seja relativamente frequente em parses de civilizaCYEio mais

evoluida. Este trabalho demonstra que a prevalencia da cisticercose no municipio de

Capinzal - SC, esta dentro dos parametros normais do nosso pais.

No municipio de Capinzal-SC, urn dado me surpreendeu, foi que no intervalo

dos anos de 2002 a 2004 teve redu,ao de aproximadamente 50% dos niveis de

prevalencia da cisticercose. IS50 56 foi passive I gravas ao trabalho de

conscientizac;:c3o sabre as formas de contrale e profilaxia desta doenya, com a

sabedoria, competencia e acompanhamento do Medico veterinario juntamente com a

prefeitura municipal e tambem pela colaboragao dos produtores de animais de corte,

que entenderam a gravidade do problema e 0 quanta e importante para a saude

publica, como tambem para a saude de seus animais que assim podem obter uma

margem de lucro maior se seus animais nao forem condenados por causa da

cisticercose.

Com isto fica a esperanga de que a prevalencia de cisticercose deste

municipio, venha a atingir numeros cad a vez men ores nos estudos que possarn vir a

ser feitos, ja que Capinzal tern como base principal da economia a agricultura e a

pecuaria.

Page 33: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

27

REFERENCIAS

ANTONIACOMI, Jean Carlo. Trabalho de Conclusao de Curso - TCC. Curitiba:Universidade Tuiuti do Parana, 2004. (TCC - Curso Medicina Veterinaria).

CAPINZAL Disponivel em: www.capinzal.sc.gov.br. Acesso em: 07/03/2005.

CARMO, T. G. et al. Prevalemcia da Cisticercose Bovina no Estado de Mato Grossodo SuI. Revista Higiene Alimentar, v. 11, n. 50, p. 45, 1997.

ET@LLPCORP. Ooen~as Causadas por Vermes. Disponivel em: [email protected] em: 07/03/2005.

FERNANDES, J. O. M.; BUZETTI, W. A S. Prevalencia da Cisticercose Bovina emAnimais Abatidos em Frigorfficos sob Inspegao Federal da 9a regia.o administrativade Ara,atuba, Sao Paulo. Revista Higiene Alimentar, v. 15, n. 87, p. 30-37, 2001.

GARCIA, Eduardo Alonso; CONDE, Constantino Kader. Cisticercose intraocularbilateral. Revista Acta Medica Misericordiae. Disponivel em: www.scms.com.br.Acesso em: 23/02/2005.

HOOFT, Katrien Van't. 0 contra Ie da cisticercose em areas rurais e urbanas.Revista de Agricultura Urbana, n. 2. Disponivel em: www.agriculturaurbana.org.br.Acesso em: 20102/2005.

INVENTA BRASIL Oiagnostico da Neurocisticercose. Disponivel em:www.inventabrasilneU5.neuris.htm. Acesso em: 20102/2005.

LECH JR. Cisticercose ocular. Arq. Penido. Beervir. 8:13-64.1949.

MEDICINAL. Teniase e Cisticercose. Disponivel em:www.medicinal/temasemsaude.htm. Acesso em: 23/02/2005.

NUCLEAR. Patogenos e Ooen~as do Trato Gastrointestinal. Disponivel em:www.nuclear.radiologia.com.br. Acesso em: 20102/2005.

REIS, D. O. et al. Cisticercose Bovina: 15 anos de ocorrencia em animais abatidosem Uberlandia, Minas Gerais, Brasil. 1979-1993. Revista Higiene Alimentar, v. 43,n. 10, p. 33-5,1996.

RIBAS, Cristina Mota. Trabalho de Conclusao de Curso - TCC. Curitiba:Universidade Tuiuti do Parana, 2004. (TCC - Curso Medicina Veterinaria).

Page 34: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

28

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Saude. Complexo Teniase x Cisticercose.Disponivel em: www.secretariadasaude-riograndedosul htm. Acesso em:20/02/2005.

SCHENK, Maria Aparecida Moreira; SCHENK, Jose Antonio Paim Schenk.Comunicado Tecnico. EMBRAPA, Gada de Corte. Disponivel em:www.cnpge·.embrapa.br. Acesso em: 15/02/2005.

SOARES, E. F. Uveite Anterior Parasitaria: relat6rio de urn casa de cisticerco naCamara Anterior Ocular, 1972; 31:97-102.

Page 35: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

29

ANEXOS

Page 36: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

30

ANEXO 1 - DEMONSTRATIVOS DE ABATE

Page 37: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1
Page 38: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

ANEXO 2 - HISTORICO DE ABATE DE 2001 A 2004

31

Page 39: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

Estatlu tie Sallta Catarblll

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPINZALFUNDO MUNICIPAL DE SAUVE

Relat6rio Anual de Animais Abatidos/Inspecionados

Ano:2001Abatcdouros Bovinos Suinos Ovinos BubalinosBearzi I 04 04Boaretto 592 26Bordin 25 06Dagostini 97 156Dorini I 466 290 01Filippin I 1.026 316 77 01Juvenal 99 45Machado 19 18Osmar 11 22Ribas 91 29Savaris - Baiano 192 116 06Teixeira 60 290Particulares 41 30Amalcaburio 85 146

Total por Especies 2.808 1.494 83 02Total de Animais Abatidos 4.387

Alliwais COlldellut/os 69

Eduardo ToneloCRMV-2392

d,.,i1m~;~ . ' :cJ,:,

~~ ••:..IlII"'"ORfiANllAC,fOfTRABAIHO

Rua Carmeio Z6colli, 155 - Fone (Oxx49) 555-2222 - Fax (Oxx49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Capinzal- SC

Page 40: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

I ;;;:;;~~~::~maPA' DECANNZA'~ FUNDOMUNICIPALD/!'SAUDE

Relat6rio Ailual de Anil11ais Abatidos/lnspecionados

Ano: 2002Abatcdollros Bovinos Suinos Ovinos BllbalinosBoaretto 671 27 03 23 I

Dagostini 38 224 03 01Dorini 447 304 28 14Filippin 976 309 143 04luvenal 71 42Machado 07 28Osmar l4 13Ribas 57 33Auousto I-loch 154 114 08Francisco Fraron 16Amalcaburio 91 309Particulares 10 03Total por Especies 7536 1422 185 42Total de Animais Abatidos 4185

Al1imais COil dell ados 64

Eduardo ToneloCRMV-2392

~9~'~ ..~~

NOVOS7rMPOSI01lCANllAfAOll1lABAIII<J

Rua Carmela Zocolli, 155 - Fane (Oxx49) 555-2222 - Fax (0<x49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Capinzal- SC

Page 41: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

E!JftU/Of/eSllIlla Catari1lll

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPINZALFL'tYDO MUNICIP.-lL DE SAUDE

Relatorio Anual de Animais Abatidos/lnspecionados

Ano: 2003Abatcdouros Bovinos Suinos Ovinos BubalinosBoaretla 795 25 10Daoostini 102 726Dorini 495 338 05 14FiliQjJin 682 317 67 02Juvenal 115 35Machado 03 14Osmar 24 22Auousto Hoeh 121 87 07Francisco Fraron 09Amalcaburio 101 303Romani 225 05Total por Espeeies 2.438 1.601 84 26Total de Animais Abatidos 4.149

AllilJl([i.'i COlldellatios 51

Eduardo ToneloCRMV-2392

~;:.~~:.

Ai.':"l...ORGANI1ApfOEfRABAlHC

Rua Carmela Z6colll, 155 - Fane (Oxx49) 555-2222 - Fax (Oxx49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Caplnzai- SC

Page 42: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

Estm/o (IeSanta Catadnll •,.j~ •.;:..A.

NOVOSTfMPOSIOI/r:"NllIiCAO c IRA~""'O

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPINZALFUNDO MUNIC/PAL DE SAUDI::

CONTROLE DE ABATE DE ANlMAIS

RELATORIO ANUAL DO NUMEIW DE ANIMAlS ABATIDOS E INSI'ECIONADOS

ANO: 2004

I AllATEDOUROS IllOVINOS ISUINOS I OVINOS IAVES I BUllALlNOS I

01 BOARETO 863 27 02 XXXX 1202 D'AGOSTINI 53 47 0203 DDRINI 681 331 II XXXX 0304 JUVENAL 44 21 XXXX05 OSMAR VARGAS 05 0306 AMALCABURIO 77 278 XXXX07 ROMANI xxxxxx 1.480 4,800 XXXXXXXX08 FILIPPIN 361 99 31 XXXX09 IVAR AMALCAULJR10 XXX XXX XXXXX XXXXX 479 XXXXXXXX

TOTAL ARATIOO POR[SI'ECIE

TOTAL DE ANINAIS CONDENADOS 36

EDUARDO TONLLOCRMV -2392

Rua Carmela Z6cal1i. 155 - Fane (Oxx49) 555-2222 - Fax (0<x49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Capinzal- SC

Page 43: PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC · sumario llsta de ilustracoes. resumo. 1 introducao. 2 historico do municipio de capinzal . 3 revisao bibliografica . 3.1

I:;suulo (Ie 5m1la Cawri"a

~::.~~:.

~ ..~i...NOVO!IlMPO!1

01/;C~NIl~yIjOC r1lA.~IHO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPINZALFUNDO MUNICIPAL DE SAUDE

I Ooenc;as de notificac;ao obrigatoria e destino Ano 2001de condenas

ICisticercosebovina 69 animaisTraumatismos ( condena parcial) 02 animaisiSarna suina ( condena parcial) 05 animais

~ IL --

I Doen~as de notifica~ao obrigatoria e destino i Ano 2002de condenas

Cisticercosebovina -!-64 animaisFrmatismos e les5es ( condena ~ ___ 05 animais

na suina ( condena parcial) +05 animais

~ I

fDOen~as de notifica~ao obrigatoria e destino Ano 2003de condenas ---

~.~.!:cose bovina __ -- -- !29-animais - --Sarna suina ( condena parcial) 08 animaisContamina<;ao no abate ( condena parcial) 03 animais~aumatismos e les5~cond~parc@l)_ -- 01 animais - --Cisticercosesuina 01 animais---- --iDoe--nc;as de notificac;ao obrigatoria e destrnD

-Ano 2004

-

de condenasercose bovina 36 animaisa suina ( condena parcial) 05 animaisamina,ao no abate ( condena parcial) 07 animaiservacao inadeauada ( condena parcial) 10 animais

Eduardo ToneloCRMV-2392

Rua Carmeio 26colli. 155 - Fane (Oxx49) 555-2222 - Fax (Oxx49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Capinzal- SC