Prevalência da Asma em Portugal - uepid.wdfiles.comuepid.wdfiles.com/local--files/projectos-aire-p/Apresentação... · Prevalência da Asma em Portugal 09-12-2014 1. Introdução

Prevalência da Asma em Portugal:

Ana Virgolino

Unidade de Epidemiologia

Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública

Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

09-12-2014

Análise nacional, regional e comparação internacional

Prevalência da Asma em Portugal 09-12-2014

Sumário

1. Introdução 2. Objetivos 3. Métodos 4. Resultados 5. Discussão 6. Conclusão


1. Introdução

A asma é um problema de saúde pública que afeta, em todo o mundo, pessoas de todas as faixas etárias (Bateman et al., 2008)

Doença inflamatória crónica das vias aéreas (GINA,2012)

Aumento da incidência e prevalência da asma nos últimos anos (Rabe, 2004)

Em Portugal, tem verificado uma grande disparidade nas estimativas da prevalência da asma: entre 3,13% e 39,5% (de Sousa et

al, 2011; Sá-Sousa et al, 2012)


2. Objetivos

Estimar a prevalência de asma e de asma ativa, de forma representativa, em Portugal e…

Avaliar a sua distribuição de acordo com a idade, sexo e região de residência, em adultos e crianças, utilizando uma metodologia que permita a comparação internacional


3. Métodos

Prevalência da Asma em Portugal

Projeto AIRE-P: Prevalência Nacional e Controlo da Asma

• Premiado pelo Programa de Apoio à Investigação da Fundação AstraZeneca – 2009 • Financiado pela Direção Geral da Saúde – 2009


3. Métodos

Estudo transversal analítico de amostragem nacional aleatória Recolha de dados feita através de questionários telefónicos estruturados, baseado na metodologia do inquérito internacional AIRE (‘Asthma Insights and Reality in Europe’) Entrevistas telefónicas decorreram entre Março de 2011 e Março de 2012. Foram realizadas por entrevistadores profissionais da área da saúde, especialmente treinados para este estudo


3. Métodos

Variáveis

Dados sociodemográficos

• Sexo • Idade • Número de elementos residentes no agregado familiar • Código postal • Freguesia • Localidade

Existência de um diagnóstico médico de asma

Realização de medicação para a asma nos últimos 12 meses

Presença de sintomatologia de asma

• Pieira, acordar devido a falta de ar, ataque de asma


Sim

Tem ou já teve asma?

Não

É um caso de asma

Toma algum medicamento para a asma?

Teve algum ataque de asma ou sintomas de

asma nos últimos 12 meses?

Não é um caso de

asma

Sim

É um caso de asma

ativa

Sim

3. Métodos

FIGURA 1. PASSOS PARA A IDENTIFICAÇÃO, OU EXCLUSÃO, DE ASMA E ASMA ATIVA.


3. Métodos

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foram constituídos 2 grupos: o grupo das crianças (< 16 anos) e o grupo dos adultos ( 16 anos)

Através do código postal da residência efetuaram-se análises estratificadas por região

Para comparar variáveis quantitativas entre 2 grupos, foram utilizados testes t de Student ou testes não-paramétricos Mann-Whitney. Para comparação entre mais de 2 grupos, foram utilizados testes ANOVA ou Kruskal-Wallis (não-paramétrico). Para fazer a comparação entre grupos de variáveis categóricas, foi utilizado o teste de Qui-Quadrado


4. Resultados

FIGURA 2.

FLUXOGRAMA DA

CONSTITUIÇÃO DA

AMOSTRA.


REPRESENTATIVIDADE NACIONAL E REGIONAL DA AMOSTRA

Os dados da amostra em estudo foram comparados com o Census de 2011

Verificou-se a ausência de diferenças significativas no que respeita à proporção total de indivíduos e na distribuição por sexo entre a amostra em estudo e a população portuguesa ao nível nacional e em cada uma das regiões

No que diz respeito à proporção de crianças (< 16 anos), verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre a amostra e a população portuguesa nas regiões de Lisboa e Alentejo

4. Resultados


REGIÃO N (%) Sexo Feminino,

% (IC 95%)

Crianças, % (IC

95%)

Dimensão agregados,

média±dp

Fator de

Correção

LISBOA

AMOSTRA 4 096

(26,4)

52,4

(50,8-53,9)

14,3

(13,2-15,4) 2,8±1,2

1,13 POP1

2 821 699

(26,7) 52,7 15,5 2,4

P* 0,44 0,69 0,03 <0,01

NORTE

AMOSTRA 5 478

(35,4)

51,0

(49,7-52,3)

14,9

(14,0-15,9) 3,2±1,2

1,31 POP1

3 689 609

(34,9)

52,1

(52,0-52,2)

15,1

(15,1-15,1) 2,7

P* 0,27 0,11 0,74 <0,01

CENTRO

AMOSTRA 3 393

(21,9)

51,1

(49,4-52,8)

14,3

(13,1-15,5) 3,0±1,2

1,25 POP1

2 327 580

(22,0)

52,2

(52,1-52,3)

13,7

(13,7-13,8) 2,5

P* 0,69 0,20 0,34 <0,01

ALENTEJO

AMOSTRA 1 078

(7,0)

51,2

(48,2-54,2)

15,8

(13,7-18,1) 3,0±1,2

1,09 POP1

757 190

(7,2)

51,6

(51,5-51,7)

13,6

(13,5-13,6) 2,4

P* 0,32 0,84 0,04 <0,01

4. Resultados

TABELA 1. COMPARAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS NACIONAIS E REGIONAIS DA AMOSTRA E

DA POPULAÇÃO PORTUGUESA.


REGIÃO N (%) Sexo Feminino,

% (IC 95%)

Crianças, %

(IC 95%)


média±dp

Fator de

Correção

LISBOA

AMOSTRA 4 096

(26,4)

52,4

(50,8-53,9)

14,3

(13,2-15,4) 2,8±1,2

1,13 POP1

2 821 699

(26,7) 52,7 15,5 2,4

P* 0,44 0,69 0,03 <0,01

NORTE

AMOSTRA 5 478

(35,4)

51,0

(49,7-52,3)

14,9

(14,0-15,9) 3,2±1,2

1,31 POP1

3 689 609

(34,9)

52,1

(52,0-52,2)

15,1

(15,1-15,1) 2,7

P* 0,27 0,11 0,74 <0,01

CENTRO

AMOSTRA 3 393

(21,9)

51,1

(49,4-52,8)

14,3

(13,1-15,5) 3,0±1,2

1,25 POP1

2 327 580

(22,0)

52,2

(52,1-52,3)

13,7

(13,7-13,8) 2,5

P* 0,69 0,20 0,34 <0,01

ALENTEJO

AMOSTRA 1 078

(7,0)

51,2

(48,2-54,2)

15,8

(13,7-18,1) 3,0±1,2

1,09 POP1

757 190

(7,2)

51,6

(51,5-51,7)

13,6

(13,5-13,6) 2,4

P* 0,32 0,84 0,04 <0,01

4. Resultados



A dimensão média dos agregados rastreados é significativamente superior em relação à da população portuguesa para cada uma das regiões

No sentido de se obter uma amostra representativa a nível regional, introduziu-se uma correção dos valores da prevalência, multiplicando-se a prevalência por um fator de correção calculado para cada uma das regiões


REGIÃO N (%) Sexo Feminino, %

(IC 95%)

Crianças, %

(IC 95%)


média±dp

Fator de

Correção

ALGARVE

AMOSTRA 683

(4,4)

48,0

(44,2-51,8)

15,5

(12,9-18,5) 3,0±1,3

1,18 POP1

451 005

(4,3)

51,2

(51,1-51,3)

14,8

(14,7-15,0) 2,4

P* 0,40 0,10 0,66 <0,01

AÇORES

AMOSTRA 392

(2,5)

47,7

(42,7-52,8)

15,6

(12,2-19,6) 3,3±1,6

1,53 POP1

246 746

(2,3)

50,7

(50,5-50,9)

17,9

(17,8-18,1) 3,0

P* 0,12 0,25 0,25 <0,01

MADEIRA

AMOSTRA 372

(2,4)

53,3

(48,0-58,4)

15,3

(11,9-19,5) 3,4 ± 1,5

1,18 POP1

267 785

(2,6)

52,9

(52,7-53,1)

16,4

(16,3-16,6) 2,8

P* 0.30 0,93 0,61 <0,01

PORTUGAL

AMOSTRA 15 932

(100)

51,2

(50,4-52,0)

15,9

(15,3-16,5) 3,0 ± 1,3

1,21 POP1

10 561 614

(100)

52,2

(52,2-52,2)

14,9

(14,9-14,9) 2,6

P* - 0,01 <0,01 <0,01


DA POPULAÇÃO PORTUGUESA. (CONT.)

4. Resultados

* p-value de comparação entre a amostra e os dados do Censos de 2011 1Dados Censos de 2011 – INE


4. Resultados



CRIANÇAS ADULTOS TOTAL

N, (%) 2 533 (15,9)

13 399 (84,1)

15 932 (100,0)

Sexo feminino, n (% - IC 95%) 1 220

48,2 – (46,2-50,1) 6 945

51,8 – (50,9-52,6) 8 165

51,2 – (50,4-52,0)

Idade, média±dp (anos) 8,3 ± 4,5 43,5 ± 17,2 37,9 ± 20,5

Indivíduos com asma,n 172 803 975

Frequência de história de asma, % (IC 95%) 8,2

(7,1-9,6) 7,3

(6,8-7,7) 7,4

(6,9-7,9)

Indivíduos com asma ativa, n 120 437 557

Indivíduos asmáticos medicados ,% (IC 95%)

90,0 (82,8-94,5)

90,4 (87,1-92,9)

90,3 (87,5-92,6)

Indivíduos asmáticos com sintomas de asma nos últimos 12 meses,% (IC 95%)

70,0 (60,8-77,8)

67,7 (63,1-72,1)

68,2 (64,1-72,0)

Prevalência asma ativa* % (IC 95%) 5,7

(4,8-6,9) 3,9

(3,6-4,4) 4,2

(3,9-4,6)

dp, desvio padrão. IC, intervalo de confiança.* Valor com fator de correção.


4. Resultados



CRIANÇAS ADULTOS TOTAL

N, (%) 2 533 (15,9)

13 399 (84,1)

15 932 (100,0)

Sexo feminino, n (% - IC 95%) 1 220

48,2 – (46,2-50,1) 6 945

51,8 – (50,9-52,6) 8 165

51,2 – (50,4-52,0)

Idade, média±dp (anos) 8,3 ± 4,5 43,5 ± 17,2 37,9 ± 20,5

Indivíduos com asma,n 172 803 975

Frequência de história de asma, % (IC 95%) 8,2

(7,1-9,6) 7,3

(6,8-7,7) 7,4

(6,9-7,9)

Indivíduos com asma ativa, n 120 437 557

Indivíduos asmáticos medicados ,% (IC 95%)

90,0 (82,8-94,5)

90,4 (87,1-92,9)

90,3 (87,5-92,6)

Indivíduos asmáticos com sintomas de asma nos últimos 12 meses,% (IC 95%)

70,0 (60,8-77,8)

67,7 (63,1-72,1)

68,2 (64,1-72,0)

Prevalência asma ativa* % (IC 95%) 5,7

(4,8-6,9) 3,9

(3,6-4,4) 4,2

(3,9-4,6)

dp, desvio padrão. IC, intervalo de confiança.* Valor com fator de correção.

• Média de idades de 37,9 ± 20,5 anos

• 51,2% Sexo feminino


4. Resultados

LISBOA NORTE CENTRO ALENTEJO ALGARVE AÇORES MADEIRA PORTUGAL

Total

N 4 096 5 478 3 393 1 078 683 392 372 15 932

N Asma Ativa 168 156 104 39 19 20 15 557

Prevalência Asma ativa, % (IC 95%)

4,6Ϯ

(3,9-5,4)

3,9

(3,4-4,6)

4,1

(3,4-4,9)

4,2

(3,0-5,8)

3,3

(2,0-5,2)

7,8Ϯ

(4,9-12,1)

4,7

(2,8-7,9)

4,2

(3,9-4,6)

TABELA 3. COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA, DE ACORDO COM A REGIÃO DE

RESIDÊNCIA.

Ϯp< 0,05 é significativo para a comparação entre a amostra e a restante população

PREVALÊNCIA DA ASMA ATIVA POR REGIÃO


4. Resultados


Total

N 4 096 5 478 3 393 1 078 683 392 372 15 932

N Asma Ativa 168 156 104 39 19 20 15 557

Prevalência Asma ativa, % (IC 95%)

4,6Ϯ

(3,9-5,4)

3,9

(3,4-4,6)

4,1

(3,4-4,9)

4,2

(3,0-5,8)

3,3

(2,0-5,2)

7,8Ϯ

(4,9-12,1)

4,7

(2,8-7,9)

4,2

(3,9-4,6)


RESIDÊNCIA.


Encontradas diferenças significativas na comparação de cada

região com as restantes, nomeadamente na região dos Açores e

Lisboa, ambas com valores acima da média nacional



4. Resultados


Crianças

N, (%) 643

(15,7) 885 (16,1) 525 (15,5)

185

(17,2)

115

(16,8)

66

(16,8)

63

(16,9)

2 533

(15,9)

Sexo Feminino, n (%) 318

(49,4) 440 (49,7) 241 (45,9) 89 (48,1) 52 (45,2) 28 (42,4) 35 (55,6)

1 220 (48,2)

Idade (média±dp)

(anos)

8,1 ±

4,5 8,4 ± 4,5 8,2 ± 4,6 8,2 ± 4,5 7,9 ± 4,7 8,5 ± 4,5 8,8 ± 4,3 8,3 ± 4,5

N Asma Ativa 30 39 27 14 3 3 2 120

Prevalência Asma Ativa

% (IC 95%)

5,3

(3,6-

7,6)

5,8

(4,2-7,9)

6,4

(4,4-9,4)

8,3

(4,8-13,7)

3,1

(0,8-9,4)

6,9

(1,8-20,8)

3,8

(0,6-14,2)

5,7

(4,8-6,9)

Indivíduos Medicados

% (IC 95%)

83,3

(64,5-

93,7)

89,7

(74,8-

96,7)

92,6

(74,2-

98,7)

92,9

(64,2-99,6)

100,0

(31,0-100,0)

100,0

(31,0-

100,0)

100,0

(19,8-

100,0)

90,0

(82,8-94,5)

Indivíduos com sintomas

% (IC 95%)

63,3

(43,9-

79,4)

71,8

(54,9-

84,4)

77,8

(57,3-

90,6)

71,4

(42,0-90,4)

100,0

(31,0-100,0)

0,0Ϯ

(0,0-69,0)

50,0

(9,4-90,5)

70,0

(60,8-77,8)


RESIDÊNCIA. (CONT.)




4. Resultados


Crianças

N, (%) 643

(15,7) 885 (16,1) 525 (15,5)

185

(17,2)

115

(16,8)

66

(16,8)

63

(16,9)

2 533

(15,9)

Sexo Feminino, n (%) 318

(49,4) 440 (49,7) 241 (45,9) 89 (48,1) 52 (45,2) 28 (42,4) 35 (55,6)

1 220 (48,2)

Idade (média±dp)

(anos)

8,1 ±

4,5 8,4 ± 4,5 8,2 ± 4,6 8,2 ± 4,5 7,9 ± 4,7 8,5 ± 4,5 8,8 ± 4,3 8,3 ± 4,5

N Asma Ativa 30 39 27 14 3 3 2 120


% (IC 95%)

5,3

(3,6-

7,6)

5,8

(4,2-7,9)

6,4

(4,4-9,4)

8,3

(4,8-13,7)

3,1

(0,8-9,4)

6,9

(1,8-20,8)

3,8

(0,6-14,2)

5,7

(4,8-6,9)


% (IC 95%)

83,3

(64,5-

93,7)

89,7

(74,8-

96,7)

92,6

(74,2-

98,7)

92,9

(64,2-99,6)

100,0

(31,0-100,0)

100,0

(31,0-

100,0)

100,0

(19,8-

100,0)

90,0

(82,8-94,5)

Indivíduos com sintomas

% (IC 95%)

63,3

(43,9-

79,4)

71,8

(54,9-

84,4)

77,8

(57,3-

90,6)

71,4

(42,0-90,4)

100,0

(31,0-100,0)

0,0Ϯ

(0,0-69,0)

50,0

(9,4-90,5)

70,0

(60,8-77,8)






4. Resultados




Adultos

N, (%) 3 453

(84,3)

4 593

(83,8)

2 868

(84,5) 893 (82,8) 568 (83,2) 326 (83,2) 309 (83,1)

13 399

(84,1)

Sexo Feminino, n (%) 1 825

(52,9)

2 357

(51,3)

1 495

(52,1) 463 (51,8) 276 (48,6) 159 (48,8) 163 (52,8) 6 945 (51,8)

Idade (média±dp)

(anos)

44,0 ±

17,3Ϯ 43,1 ± 17,0 43,4 ± 17,2 44,0 ±17,7 43,2 ± 17,1

40,4 ±

16,0Ϯ 40,8 ±16,2Ϯ 43,5 ± 17,2

N Asma Activa 138 125 84 28 16 17 13 437


% (IC 95%)

4,5Ϯ

(3,8-5,3)

3,5

(3,0-4,2)

3,6

(2,9-4,5)

3,4

(2,3-4,9)

3,4

(2,0-5,4)

8,0Ϯ

(4,9-12,8)

5,0

(2,7-8,6)

4,0

(3,6-4,4)


% (IC 95%)

88,4

(81,6-93,0)

92,9

(86,4-96,4)

88,1

(78,7-93,8)

92,9

(75,0-98,7)

75,0Ϯ

(47,4-91,7)

100,0

(77,1-

100,0)

92,3

(62,1-99,6)

90,4

(87,1-92,9)

Indivíduos com Sintomas

% (IC 95%)

67,4

(58,8-75,0)

65,6

(56,5-73,7)

64,3

(53,0-74,2)

71,4

(51,1-86,0)

81,2

(53,7-95,0)

70,6

(44,0-88,6)

76,9

(46,0-93,8)

67,7

(63,1-72,1)

ϮP< 0,05 é significativo para a comparação entre a amostra e a restante população



5. Discussão

Prevalência de asma na população portuguesa foi de 7,4%, sendo a prevalência de asma ativa de 4,2%

Os resultados são consistentes com os encontrados noutros estudos em Portugal (Branco e colaboradores, em 2005, apontam para prevalência de 8,6% e Sá-Sousa e colaboradores, em 2012, para 6,8%)

Neste estudo, tivemos particular atenção no processo de amostragem e na verificação da representatividade da amostra através da comparação com as características do Census 2011, bem como na adoção de uma metodologia de identificação de asmáticos utilizada internacionalmente


5. Discussão

Verificou-se uma prevalência da asma e da asma ativa superior no grupo das crianças.

Na asma ativa, observou-se nas crianças do sexo masculino uma prevalência superior à do sexo feminino, uma tendência contrária à do grupo dos adultos

Foram encontradas diferenças significativas na prevalência da asma ativa nas regiões dos Açores e Lisboa, no total da amostra e no grupo dos adultos, por comparação com as restantes regiões

5. Discussão

Portugal França Alemanha Itália Holanda Espanha Suécia Reino Unido

Contactos a

agregados

familiares

elegíveis

5 242 8 537 21 823 11 688 9 429 12 329 6 628 3 446

Prevalência Asma

por agregado

familiar

(agregados) %

9,3 3,6 – 5,8 2,4 3,6 – 5,8 3,6 – 5,8 3,6 – 5,8 3,6 – 5,8 14,8

Baseámo-nos na metodologia do inquérito internacional AIRE, de forma a estabelecer uma base uniforme que permitisse comparações entre diferentes países


5. Discussão

Foi utilizado um método que possibilitou o contato com números de telefone fixos e/ou móveis, listados e não listados

A taxa de participação foi de 74,0%

Definição de asma: Neste estudo, foram considerados com asma ativa os indivíduos que reportaram um diagnóstico médico desta patologia e que estivessem na altura a fazer medicação para a asma e/ou que tivessem tido um ataque de asma/sintomas de asma nos 12 meses precedentes ao contato


6. Conclusão

A elevada prevalência da asma, que reflete a magnitude do problema, vem sublinhar a necessidade de se empreender um maior investimento no controlo desta doença

O desenvolvimento de estudos sobre a prevalência da asma pode ser

útil na deteção de necessidades, nomeadamente no planeamento da prestação de cuidados de saúde

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