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Cultura Digital na Escola Habilidades, experiências e novas práticas Alex Sandro Gomes Pasqueline Dantas Scaico Lays Rosiene Alves da Silva Ivson Henrique Bezerra dos Santos Construindo cenários de aprendizagem

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O livro possibilita a reflexão, por parte dos educadores, possíveis leitores, sobre o uso da tecnologia digital na prática pedagógica e a entender melhor o que subjaz a essas tecnologias e os possíveis sentimentos que suscitam no docente com esse uso, principalmente sobre os sentimentos negativos que levam a resistência e ao abandono dessas ferramentas no fazer pedagógico. http://www.pipacomunica.com.br/professorcriativo/

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Cultura Digital na EscolaHabilidades, experiências e novas práticas

alex sandro GomesPasqueline dantas scaicolays rosiene alves da silvaivson Henrique Bezerra dos santos

Construindo cenários de aprendizagem

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volume 1

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Pipa ComunicaçãoRecife, 2015

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CopyRight 2015 © Alex SAndRo gomeS, pASqueline dAntAS SCAiCo, lAyS

RoSiene AlveS dA SilvA e ivSon henRique BezeRRA doS SAntoS. Reservados todos os direitos desta edição. É proibida a reprodução total ou parcial dos textos e projeto gráfico desta obra sem autorização expressa dos autores, organizadores e editores.

Capa e projeto GráfiCo Karla Vidal

DiaGraMaçÃo Augusto Noronha e Karla Vidal

revisÃo Os organizadores

eDiçÃo Pipa Comunicação - http://www.pipacomunica.com.br

CAtAlogAção nA puBliCAção (Cip)Ficha catalográfica produzida pelo editor executivo

G6331

Gomes, A. S. et al. Cultura digital na escola: habilidades, experiências e novas práticas / Alex Sandro Gomes; Pasqueline Dantas Scaico; Lays Rosiene Alves da Silva; Ivson Henrique Bezerra dos Santos - Recife: Pipa Comunicação, 2015. 192p. : Il., Fig., Quadros.. (Série professor criativo: construindo cenários de aprendizagem) Inclui bibliografia. 1ª ed. ISBN 978-85-66530-35-3

1. Educação. 2. Tecnologias. 3. Cenários de Aprendizagem. 4. Escola. 5. Cultura Digital. 6. Professor. I. Título.

370 CDD 37 CDU

c.pc:01/15ajns

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Comissão Editorial

editores executivosAugusto Noronha e Karla Vidal

Conselho editorialAlex Sandro Gomes

Angela Paiva DionisioAntonio Carlos Xavier

Carmi Ferraz SantosCláudio Clécio Vidal Eufrausino

Cláudio PedrosaLeonardo Pinheiro Mozdzenski

Clecio dos Santos Bunzen JúniorPedro Francisco Guedes do Nascimento

Regina Lúcia Péret Dell’IsolaUbirajara de Lucena Pereira

Wagner Rodrigues Silva

Prefixo Editorial: 66530

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10 prefácio

18 apresentação 23 parte 1 – Habilidades

24 Habilidades com tecnologia

27 Complexidade do uso de tecnologias

30 Motivos da resistência ao uso: emoções

36 Formação do professor para uso de tecnologia

40 Conclusão

42 Referências

45 parte 2 – experiências

47 Origem

50 Rádio

57 Televisão e vídeo

61 Computadores e laboratórios de

informática

sumário

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67 Multimídia

69 Software educativo

73 Jogos digitais

79 Projetores e slides

83 Internet e Web

90 Objetos de aprendizagem

94 Fórum e chat

97 Blog

100 Redes Sociais e aprendizado colaborativo

104 Dispositivos e aprendizado móveis

109 Conclusão

111 Referências

121 Parte 3 – Novas práticas 123 Desenvolvimento de competências

126 A nova cultura de aprendizagem

132 Papel da escola no século XXI

136 Prática docente e aprendizagem mediada por

tecnologia

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144 Cenários educacionais

150 Cenário #01. Sala de aula para o ensino de

multiplicação

152 Cenário #02. Sala de Aula, Rede Social,

Projeto e Apresentação de Seminários

156 Cenário #03. Sala de Aula, TV, Vídeo, RPG e

Internet

161 Cenário #04. Sala de Aula + Computador +

Internet para Busca

167 Cenário #05. Sala de Aula + Computador e

Projetor em Sala + Rede Social Educativa +

Celular

172 Cenário #06. Aprendizado Baseado em Game

177 Conclusão

182 Referências

185 Conclusões

188 sobre os autores

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Prefácio

“Quando eu estava na escola, o computador

era uma coisa muito assustadora. as pessoas

falavam em desafiar aquela máquina do mal

que estava sempre fazendo contas que não

pareciam corretas. E ninguém pensou naquilo

como uma ferramenta poderosa.”

Bill Gates em palestra na Universidade de Illinois,

nos Estados Unidos, em 2004

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Cultura Digital na Escola: habilidades, experiências e novas práticas

Ana Cristina B. da Silva

Será que realmente nos encontramos numa mudança de pa-

radigma na educação formal com o advento da tecnologia digital?

Desde o final do século XX fala-se e anuncia-se mudança de paradig-

ma na sociedade e, consequentemente, na educação quando novas

concepções de ensino e de aprendizagem surgem, quando novos

aspectos são tomados para reflexão pelos estudiosos da educação,

defendendo-se novas ideias e tomando-se novas variáveis como

condição para um melhor processo educativo nas instituições de

ensino. Tem-se, portanto, a mudança do paradigma conservador

para o paradigma inovador. Essa mudança não ocorreu de maneira

rápida e tranquila, mas aos poucos e conflituosamente.

O paradigma conservador preconizava a reprodução de co-

nhecimento, cujas práticas pedagógicas consistiam em repetição,

acolhendo uma visão mecanicista de ensino, sendo a escola repro-

dutora de modelos e o único local de transmissão de conteúdos e

apropriação do saber.

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Cultura Digital na Escola

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No novo paradigma, o inovador, exige-se a produção do co-

nhecimento por parte dos aprendizes, demanda surgida a partir do

advento da sociedade do conhecimento e da evolução da informa-

ção. Nesta perspectiva, o estudante participa ativamente no processo

educativo com atitudes de reflexão, de curiosidade, de crítica, de

questionamento, de pesquisa. O estudante é o sujeito produtor do

seu conhecimento, agindo autonomamente e usando esses conhe-

cimentos em novas situações. Além do mais, o aluno aprende a partir

de discussões coletivas com seus pares e seus professores.

Neste sentido, o papel do docente é ser o mediador da pro-

dução do conhecimento pelos aprendizes, promovendo um ensino

contextualizado com a realidade dos estudantes, a partir de estudos

sistematizados, coletivos e investigações orientadas, variando sua

prática pedagógica e os instrumentos para tal prática. Desta forma,

os docentes precisam inserir em suas práticas as tecnologias digitais

como recurso pedagógico e como atendimento às demandas sociais,

uma vez que o acesso e a utilização dessas tecnologias é um direito

dos indivíduos para a sua formação cidadã.

A mudança de paradigma na educação que se vem falando

aqui contempla, portanto, a utilização das tecnologias digitais na

sala de aula e fora dela para um melhor trabalho pedagógico e para

a construção de conhecimentos pelos aprendizes, dinamizando as

aulas e permitindo a formação esperada dos indivíduos para atuar

na sociedade contemporânea.

Enfocando alguns dos benefícios que o uso dessas tecnologias

pode proporcionar, pode-se mencionar a possibilidade de ambientes

colaborativos, plataformas colaborativas, onde a cooperação está

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Habilidades, experiências e novas práticas

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presente, contemplando o trabalho coletivo a partir de exposição de

ponto de vista, de debates, de reflexão, de resolução de problemas.

Essa colaboração pode acontecer entre professores, entre alunos

de uma mesma turma ou de outras turmas.

Esses ambientes colaborativos digitais também possibilitam

a modalidade mista de ensino, ou seja, as atividades na sala de aula

podem ser iniciadas ou continuadas fora da sala, podendo ser sín-

crona ou assíncrona. Esse tipo de ensino é chamado de blended, que

significa a combinação de aulas presenciais com aulas a distância.

Outra maneira de se trabalhar com as tecnologias digitais

para a construção de conhecimentos pelos estudantes é o ensino

baseado em dispositivos móveis, aprendizagem móvel ou mobile

learning. A aprendizagem móvel pode ser através de smartphones

e de tablets, possibilitando uma alta flexibilidade no processo de

ensino e aprendizagem.

O uso das tecnologias digitais para a produção de conheci-

mento pelos aprendizes é uma necessidade atual da sociedade e

os educadores precisam aderir a essa prática. Mas ainda é incipiente

tal uso pelos docentes brasileiros, por isso a grande importância de

abordagem sobre essa temática.

A oferta de tecnologias no processo de ensino e aprendizagem

da educação formal e a resistência dos educadores de utilizar essas

tecnologias é o tema que perpassa por toda esta obra, uma vez que

se trata de uma abordagem muito importante para a sociedade

contemporânea.

Na obra, é mostrado que, apesar de os professores apre-

sentarem habilidades relacionadas a algumas funções e ao uso de

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Cultura Digital na Escola

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algumas ferramentas do computador, conforme pesquisas men-

cionadas na Parte I – habilidades, os docentes sentem dificuldades

em utilizar outras ferramentas que não têm tanto domínio. Além do

mais, não conseguem inserir o uso do computador no processo de

ensino e aprendizagem. Alguns dos motivos são elencados, tais

como: a complexidade do uso, uma vez que envolve diversas ações

não relacionadas apenas à mediação do processo de aprendizagem;

a emoção do profissional da educação, incluindo sentimentos de

fracasso ou êxito no uso da tecnologia digital. Muitas experiências

desagradáveis com o uso da tecnologia levam o docente a acreditar

na sua inabilidade e à recusa em utilizá-la na sala de aula. No entanto,

a falha pode ser do próprio programa a ser utilizado, o qual provoca

complicações no seu uso e não do docente. Pode ocorrer também

do docente ter domínio da tecnologia e não ter habilidade de usá-la

para o ensino, bem como saber do seu valor no uso pedagógico,

mas não ter o domínio; a formação docente que não potencializa os

futuros educadores no uso do computador, impossibilitando-os de

adquirir habilidades necessárias ao uso na sala de aula. O máximo

que se faz é solicitar algum trabalho que requeira a utilização de

algumas ferramentas mais simples.

Ao abordar sobre essas questões, o livro possibilita a refle-

xão, por parte dos educadores, possíveis leitores, sobre o uso da

tecnologia digital na prática pedagógica e a entender melhor o que

subjaz a essas tecnologias e os possíveis sentimentos que suscitam

no docente com esse uso, principalmente sobre os sentimentos ne-

gativos que levam a resistência e ao abandono dessas ferramentas

no fazer pedagógico. Além do mais, esse capítulo permite compre-

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Habilidades, experiências e novas práticas

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ender que a possível falta de habilidade do docente para lidar com

tais tecnologias na profissão é proveniente de sua formação que não

deu conta dessa demanda, cabendo ao docente em exercício ir em

busca de adquirir tais habilidade por iniciativa própria ou a partir de

formação continuada promovida pelas instituições nas quais exercem

sua profissão.

Na Parte II – Experiências, há a ratificação de que sempre

houve o uso de tecnologias variadas na educação formal, porém

o que não significa dizer que todas foram eficazes no processo de

ensino e aprendizagem, tampouco as que proporcionaram melhores

resultados surtiram efeito em qualquer momento e situação didática.

Para se alcançar os objetivos desejados com o uso das tecnologias, é

preciso planejar cenários educacionais, adequando cada tecnologia

às situações de uso, podendo utilizar mais de uma delas em cada

situação. No entanto, a prática pedagógica deve se adequar a cada

tecnologia ou às combinações de tecnologias. Dentre as tecnologias

utilizadas no século XX, destacam-se: o rádio, que rompeu o muro

das escolas; televisão e vídeo, por obter um espaço significativo no

cotidiano das pessoas, sendo a mídia de preferência de 98% dos

entrevistados. Quando ao vídeo, as escolas foram equipadas para

receber programas educativos, computadores e laboratórios de in-

formática que, apesar dos investimentos para se equipar as escolas

públicas, as ferramentas utilizadas pelos docentes não são intuitivas e

simples, além de contemplar uma avaliação da aprendizagem numa

perspectiva somativa; multimídia, técnicas utilizadas nos ambientes

digitas que encantam a partir dos recursos utilizados e do design;

software educativo elaborado para alcançar objetivos pedagógicos,

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Cultura Digital na Escola

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servindo de apoio; games digitais; projetores e slides; Internet e web;

objetos de aprendizagem; fórum e chat; blog; redes sociais e apren-

dizado colaborativo; dispositivo e aprendizado móveis.

Esta parte da obra leva os leitores a compreenderem que a

imersão das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem não

é recente, tampouco se restringe às tecnologias atuais e digitais.

Outra questão é que o planejamento das aulas contemplando as

tecnologias digitais deve se adequar aos objetivos pedagógicos, bem

como às especificidades das ferramentas a ser utilizadas do ambiente

digital nas atividades. Com as exposições sobre os ambientes que

podem ser utilizados na prática pedagógica, o leitor apodera-se

das informações necessárias sobre os dispositivos, os ambientes,

as características principais para o desenvolvimento de atividades

pedagógicas, podendo, assim, elaborar suas atividades conforme as

informações adquiridas.

Na parte III – Novas Práticas, após abordar sobre as habilidades

necessárias e as experiências com as tecnologias na educação for-

mal, a obra passa a se preocupar com a prática didático-pedagógica

do docente, enfocando no planejamento de aulas e na descrição

de cenários educacionais. O planejamento permite esboçar o que

se pretende executar na sala de aula, mesmo que o que se projete

seja relativamente flexível. Desta forma, alguns modelos de ensino

foram esboçados contemplando a modalidade mista de ensino

com as tecnologias, considerando o que se exige como função das

instituições de ensino da educação básica e da superior. O processo

de ensino e aprendizagem requer do docente novos paradigmas en-

volvendo as tecnologias digitais para suprir as necessidades sociais

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Habilidades, experiências e novas práticas

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dos egressos das instituições de ensino. Essas necessidades estão

relacionadas, de acordo com a UNESCO, com as competências es-

peradas para os cidadãos do século XXI que é aprender a conhecer,

ser, conviver e fazer.

Neste capítulo, os autores propõem sugestões de trabalhos

com as tecnologias digitais partindo do planejamento e de sistema-

tização de cenários educacionais. Isto possibilita aos docentes ter

ideias de como elaborar suas aulas, seguindo, reinventando, criando

seus próprios cenários. Por conseguinte, leva os docentes a refle-

tirem sobre as potencialidades das tecnologias disponibilizadas na

sua realidade de sala de aula, bem como aproveitar os recursos que

antes pensava-se incapazes de ser utilizado para fins pedagógicos.

Prezado(a) leitor(a), com a leitura desta obra, muitas ideias irão

surgir para que você contemple o uso das tecnologias digitais na

sua prática pedagógica. Acredito que você aproveitará as sugestões

de atividades disponibilizadas no livro, aplicando-as, recriando-as e

elaborando outras. Boa leitura!

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Construindo cenários de aprendizagem

“A professora ou o professor criativo é aquele

cuja atuação renova a própria defi nição de sua

prática e as de outros professores. Ela, ou ele,

não se limita a modelos e formatos e propõe no-

vas formas de educar. Ao construir novos cená-

rios, usa e é capaz de desenvolver uma ampla

gama de situações com recursos e dinâmicas”

— Alex Sandro Gomes