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Priapismo é uma condição médica geralmente dolorosa e potencialmente danosa na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido, apesar da ausência de estimulação física e psicológica.
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PriapismoAntonio Fernandes Neto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PRIAPISMO
Se denomina priapismo uma ereção prolongada e dolorosa do pênis. Seu nome deriva de Príapo (visto nas imagens)
A esquerda fonte priápica romana
A direita pintura ponpeyana (século I)
PRIAPISMO - FISIPOPATOLOGIA
2.DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS
• Esclerose múltipla. • Tabes dorsal. • Hérnia discal. • Mielite transversa. • Rotura de aneurisma intracraneal. • Traumatismo cerebral o medular. • Enfermidade urológicas (fimose,
condiloma acuminado, ureterite, prostatite).
5. ENFERMIDADESINFECCIOSAS • Tularemia. • Hidrofobia. • Parotidite. • Ricketsiosis.
4. CAUSAS LOCAIS • Traumatismos
perineal e/ou
peniano. • Neoplasias. • Inflamações
urogenitais.
IDIOPÁTICO SECUNDARIO
1.ALTERAÇÕESHEMATOLÓGICAS • Anemia
falciforme. • Leucemia. • Trombocitopenia. • Trombocitemia. • Outras (mieloma
múltiplo, talasemia, policitemia, anemia hemolítica congênita não esferocítica).
3.MEDICAMENTOSE DROGAS• Injeção intracavernosa de fármacos vasoactivos.• Psicofármacos: fenotiacinas, trazodona, clorazepam.• Antihipertensivos: prazosina, guanetidina, hidralazina. • Anticoagulantes. • Anestésicos. • Miscelânea: labetalol, tolbutamida, andrógenos, HCG, corticoides, álcool
marihuana.
6.TRASTORNOS METABÓLICOS • Enfermidade de Fabri. • Amiloidosis. • Diabetes tipo I. • Alimentação parenteral.
ETIOLOGIA DO PRIAPISMO
VENOCLUSIVO
DISFUNÇÕES
NEUROLÓGICA 3% dos casos
DISFUNÇÕES
NEUROLÓGICA 3% dos casos
NEOPLASIAS 3 – 8% dos casos
NEOPLASIAS 3 – 8% dos casos
LEUCEMIA3,6 a 6% casos em adultos
15% em crianças
LEUCEMIA3,6 a 6% casos em adultos
15% em crianças
DIABETESJUVENIL
5,7% dos casos
DIABETESJUVENIL
5,7% dos casos
ANEMIA FALCIFORME10 – 30% casos
ANEMIA FALCIFORME10 – 30% casos
OUTRAS CAUSAS
ETIOLOGIADO
PRIAPISMOVENOCLUSIVO
IDIOPÁTICO30 A 50% DOS CASOS
FÁRMACOS ICC 20% DOS CASOS
PRIAPISMO – EXAMES
1- HEMOGRAMA Leucemia, Anemia Falciforme2- Eletroforese de Hemoglobina Anemia Falciforme - Hb S presente Hemoglobina Anômola – B ou C3- Urina I e Urocultura Infecção Urinária4- Glicemia Diabetes4- RX de Tórax Câncer Metastático5- Eco - Doppler
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO (ECO – DOPPLER)
Priapismo arterial
Eco-doppler com aumento do fluxo
Priapismo Venoclusivo Eco-doppler sem aumento do fluxo
PRIAPISMO DE ALTO FLUXO: NOTA-SE À PALPAÇÃO UMA TUMESCÊNCIA MODERADA DOS CORPOS CAVERNOSOS
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSOEreção com >3 – 4 horas
História clínica + Exame Físico
Outras causas
Tratamento específico
Resolução
ICC de fármacos vasoativos
Exercício físico por 30 minutos
Resolução
Sedação, analgesia e hidratação
Punção aspiração de 20 a 70 ml com butterfly 19
Colheita de gasometria NãoResolução
Não Resolução
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO
GASOMETRIA
Gasometria acidóticapH < 7,35, pO2 < 40 mm Hg e pCO2 > 45 mm Hg
Gasometria normalpH >7,35, pO2 > 80 mm Hg e pCO2 < 45 mm Hg
Priapismo arterial Alto Fluxo
Priapismo Venoclusivo Baixo fluxo
Ereção dolorosa
Ereção presente por horas a dias
Ereção completa
Sangue escuro na punção
Com isquemia do tecido erétil
Tratamento de urgência
Pouca dor
O início pode ser demorado
Ereção incompleta
Sangue vivo na punção
Sem isquemia do tecido erétil
Tratamento eletivo
PRIAPISMO DE ALTO FLUXO
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO
Sedação Analgesia HidrataçãoAlfa adrenégicos ICCAplicação de gelo
Resolução
Arteriografia comembolização seletiva
Ligadura arterial
Resolução
Cateter na A. hipogastrica Hiperfluxo na A. pudendaCateterismo superseletivo da artéria com hiperfluxo
Pós embolização
Não Resolução
Resolução
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO
PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO
Hipoxenico pO2 < 40 mmHg
Sangue escuro
Não HipoxenicopO2 > 40 mmHg
Sangue vivo
Alfa adrenégicos ICC
Anestesia epidural ou espinhal
Resolução
Resolução
Na presença de anoxia severa o musculo liso não responde a vasoconstritores
Não Resolução
Não Resolução
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
Não resoluçãoPaciente anestesiado
Punção-aspiração bilateral com agulha 19 ou 14Lavagem com 20-70 ml de soro fisiológico Aspiração com compressão do pênisSe houver detumescencia espera 15-20 minutos
Resolução
Resolução
Tratamento cirúrgico
HipoxenicopO2 < 40 mmHg
Não HipoxenicopO2 > 40 mmHg
Alfa adrenégicos ICC
NÃO RESOLUÇÃO
Não Resolução
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
Tratamento Cirúrgico
Derivação 1-Caverno-esponjosa transbalánica TRANSBALÁNICA
Técnica de Winter
Técnica de Ebbehoj
Técnica de El-Ghorab
Derivação 2- Na base do pênis
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
Tratamento Cirúrgico
NA BASE DO PENIS
Derivação1- Safeno-cavernosa (Grayhack)
2- Veia dorsal superficial
Não Resolução
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSOANEMIA FALCIFORME
Analgesia, Oxigenação, Hidratação Transfusões de sangue (diminuir Hg S a 30 – 40%) Medicamentos 1-) Vasodilatodores – Pentoxifilina (Trental) 2-) Imipramina - (Anafranil) 3-) Ácido acetil salicílico
Resolução
Não Resolução Alfa adrenégicos ICC
Resolução
Derivação Caverno-esponjosa
(Após 24 a 48 horas)
ResoluçãoNão Resolução
Finasterida 5 mg de 12/12 horas para manutenção ?
Derivação Safeno-cavernosa
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSOANEMIA FALCIFORME
Analgesia, Oxigenação, Hidratação (diluir sangue) e alcalinização para diminuir a acidose
Transfusões de sangue (diminuir Hg S a 30 – 40%) Medicamentos 1-) Vasodilatodores – Pentoxifilina (Trental) 2-) Imipramina - (Anafranil) 3-) Ácido acetil salicílico 4-) Em quadros agudos pode ser usado o dietilestibestrol
(destilbenol) dietilestilbestrol por via oral iniciando com 5 mg/dia por 5 dias seguido de 2,5 mg/dia por mais 7 a 10 dias ou até o desaparecimento das crises.
Resolução
Não Resolução Alfa adrenégicos ICC
Resolução
Derivação Caverno-esponjosa
(Após 24 a 48 horas)
ResoluçãoNão Resolução
Finasterida 5 mg de 12/12 horas para manutenção ?
Derivação Safeno-cavernosa
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSOANEMIA FALCIFORME
Analgesia, Oxigenação, Hidratação (diluir sangue) e alcalinização para diminuir a acidose
Transfusões de sangue (diminuir Hg S a 30 – 40%) Medicamentos 1-) Vasodilatodores – Pentoxifilina (Trental) 2-) Imipramina - (Anafranil) 3-) Ácido acetil salicílico 4-) Em quadros agudos pode ser usado o dietilestibestrol
(destilbenol) dietilestilbestrol por via oral iniciando com 5 mg/dia por 5 dias seguido de 2,5 mg/dia por mais 7 a 10 dias ou até odesaparecimento das crises.
TRANSFUSÂOA transfusão de hemácias e, particularmente, a eritrocitaférese possibilita diminuir a concentração da hemoglobina S e manter valores da hemoglobina e do hematócrito mais elevados (cerca de 10 g/dl e 30%, respectivamente). Esse tipo de tratamento está indicado nos quadros mais graves e prolongados que não obtiveram resposta satisfatória às medidas iniciais.
Eritrocitaférese. A eritrocitaférese pode ser definida como a remoção dos eritrócitos (hemácias) qualitativamente ou quantitativamente anormais de um paciente, com concomitante substituição por concentrado de hemácias homólogas ou por solução salina. Algumas indicações estão listadas abaixo:
Eritrocitaférese. A eritrocitaférese pode ser definida como a remoção dos eritrócitos (hemácias) qualitativamente ou quantitativamente anormais de um paciente, com concomitante substituição por concentrado de hemácias homólogas ou por solução salina. Algumas indicações estão listadas abaixo:
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSOANEMIA FALCIFORME
A vasodilatação promovida pelo sidenafil (VIAGRA) pode melhorar a hipoxia das hemácias e assim fazer regredir os episódios de priapismo
PRIAPISMO RECORRENTE IDIOPÁTICO
1-) Injeção intracavernosas de agonistas adrenérgicos.
2-) Análogos da LH - Releasing Hormone Terbutalina 1 a 2 cp de 2,5 mg/3x por dia (Bricanyl) Digoxina oral (0,25-0,5 mg/dia de digoxina diminui a frequência e a rigidez das erecções
nocturnas, sem efeitos adversos
assinaláveis)Digoxina
Inibe a bomba Na+-K+-ATPase da membrana celular do músculo liso, prevenindo o
efluxo do cálcio intracelular. Os níveis elevados de cálcio intracelular promovem a
contracção da célula muscular, facilitando desta forma a detumescência peniana.
PRIAPISMO RECORRENTE IDIOPÁTICO ou DA ANEMIA FALCIFORME
Long Term oral phosphodiesterase 5 inhibidor therapy alliviates recurrent priapism.
Este não é um tratamento intuitivo. Dar 50 mmg/dia.
Priapismo recorrente causa: efeitos isquemicos, fibrose e disfunção sexual.
Causas de priapismo: Antigamente.
Viscosidade e veno oclusão.
Causas de priapismo: Atualmente.
Disturbio dos mediadores da ereção. Falta de PDS 5 (fosfodiasterase) e excesso de cGMP.
Ao ser dado os inibidores da PDS 5 (viagra) restaura a expressão normal da PDS 5.
Este tratamento também póde ser usado em paciente com anemia falciforme.
PRIAPISMO COMPLICAÇÕES Venoclusivo prolongado - Fibrose e Impotência Início do tratamento não deve ultrapassar 4 horas
Após 24 horas
A possibilidade de reverter diminui pela necrose
Após 48 horas- Perda do endotélio, coagulos intracavernosos, necrose dos vasos nervos e musculatura lisa.- Possibilidade de manter uma boa ereção nos casos
mais satisfatórios é < 50%
ALFA-ADRENÉGICO INTRACAVERNOSODISPONÍVEL NO BRASIL
1) Adrenalina .................................Ampola de 1 ml (1mg)Dissolver 1 ampola em 100 ml de SF e aplicar 1 -2 ml (10 - 20 mcg)Repetir após 5 min se não surtir efeitoDose máxima de 100 mcg de adrenalina Nome comercial = Adrenalina Geyer ou Ariston adrenalina
2) Metaraminol Bitartarato.........Ampola de 1 ml (10 mg)Dissolver 1 ampola em 10 ml de SF e aplicar 2 - 4 ml (2 - 4 mg)Repetir após 5 min se não surtir efeitoDose máxima de 10 mgNome comercial = Aramin (Cristália)
Monitorar freqüência cardíaca e pressão arterial (Hipertenão, bradicardia reflexa e midríase)
Se ocorrer hipertesão nifedipina 10 mg sublingual
ALFA-ADRENÉGICO INTRACAVERNOSO NÃO DISPONÍVEL NO BRASIL1-)Metoxamina Ampola com 20 mg Diluir em 5 ml soro fisiológico Injeta 1-2 ml (4-8 mg de metoxamina). A dose total não deve ultrapassar 30 mg
2-) Fenilefrina (agonsita puro dos receptores alfa – 1, ação rápida, semi-vida curta, não age nos receptores beta, pelo que seus efeitos cardiovasculares são mínimos. 1mg de fenilefrina para cada ml de soro fisiológico 0,2-03 ml (200-300 mcg) por aplicação Pode ser repetida varia vezes de 5/5 minutos Não exeder a dose de 1-1,5 mg
3-) Fenilefrina para irrigação 10 mg de finelefrina em 1 litro de soro fisiológico (10 mcg por ml) 20- 30 ml (200-300 mcg)
CRISE ALFA-ADRENÉRGICA Hipertensao Bradicardia (reflexa) Midríase Cefaléia Hemorragia intracraniana Arritmias ventriculares Convulsões Infarto do miocárdio
Casos leves e assintomáticos
Apenas observaçao clínica Monitorizaçao de sinais vitais é suficiente
CRISE ALFA-ADRENÉRGICA Quando a pressao diastólica permanece acima de 120 mmHg. Diminuir cuidadosamente a pressao diastólica para 100 mmHg.
• Nitroprussiato de Sódio Vasodilator direto generalizado. Dose: Inicie infusao EV contínua com 0.5 µg/kg/min. Aumentar gotejamento progressivamente até a dose máxima de 10 µg/kg/min, conforme pressao arterial. Administrar mediante observaçao rigorosa, de preferência com monitorizacao contínua da pressao arterial. Soluçao e equipo devem estar cobertos para evitar a fotodegradaçao.
• Fentolamina Bloqueador competitivo de alfa-adrenoreceptor. Dose: 2.5 - 5 mg (0.05 - 0.1 mg/kg) EV a cada 5 minutos até obtençao do efeito desejado, seguido de infusao contínua de 25 a 100 mg/12 horas com monitorizaçao da pressao arterial.
• Atençao: Atropina e beta bloqueadores sao contra-indicados.
http://www.guideline.gov/summary/pdf.aspx?doc_id=3741&stat=1&string=
http://www.bjui.org/90/2/article/bju_2825.asp#h12
http://www.ordemdosmedicos.pt/ie/institucional/publicacoes/ACTA/6-2003/2200%20Priapismo.pdf
http://www.bloodjournal.org/cgi/content/full/95/1/78
http://www.brazjurol.com.br/september_october_2003/DerHorst_ing_391_400.pdf
http://www.uninet.edu/tratado/c070502.html
http://healthcommunities.com/mdonly/pdf/priapism.pdf
http://www.interna.fk.ui.ac.id/referensi/lapkas/005LK.htm
BIBLIOGRAFIA