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PRIMEIRA IMPRESSÃO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ANO I - Nº 1 DIRETOR - ALAN QUEIROZ 22 DE MARÇO / 2014 PRIMEIRA IMPRESSÃO - PÁG 8 UM EXEMPLO DE HISTÓRIA Antônio Bordignon Divulgação Um dos homens mais ricos e poderosos do Paraná tem uma rotina simples e tranquila. Transformou seu nome em sinônimo de qualidade e hoje, ao lado da esposa Amália Zanini, observa na sombra sua rede de loja de materiais de construção ser administrada pelos filhos. PÁG.5 PARTO PEDRO LUPION Lei em defesa do idoso é sancionada no Paraná PÁG. 8 Lei do deputado Pedro Lupion em defesa do idoso é sancionada no Paraná Sandro Nascimento É considerada violência contra o idoso “qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico” Assessoria A Lei que cita nor- mas de proteção e defesa da pessoa idosa contra atos dis- criminatórios, de violência ou maus-tratos praticados foi sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB). De acor- do com o Estatuto do Idoso, entende-se como idosa a pes- soa com idade igual ou supe- rior a 60 anos. Da autoria do deputado estadual Pe- dro Lupion (Demo- cratas), a Lei recebeu o número 17858/2013 e visa inibir qualquer tipo de violência, dano ou sofrimento, seja físico ou psicológico, ao idoso. O deputado Pedro Lu- pion explica que tem obser- vado a constante divulgação, pela mídia, do aumento da violência às pessoas idosas e isso o motivou a apresentar a proposta de lei. “Nosso proje- to visa garantir a integridade e o respeito devido a esse públi- co, que cresce em ritmo célere a cada ano em decorrência da maior longevidade da população”, afirma. De acordo a proposta, a prática dos atos dessa lei acarretará ao infrator a multa de 3 mil reais. “Acredito que a nossa proposta tem também um importante papel cultural, no sentido de divulgar e acele- rar o respeito aos direitos das pessoas idosas e de elimi- nar e reduzir as atitudes preconceituosas que são dirigidas contra elas”, ar- gumenta. Pela Lei, a noti- ficação será emitida por um médico e encaminha- da à delegacia, ao Minis- tério Público do Paraná e à Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado para que sejam tomadas as providências cabíveis. A integridade deve ser garantida a esse públicoServiços de saúde deverão notificar as autoridades em casos de suspeita ou confirmação de violência praticada O JORNAL DA FAMÍLIA QUATIGUAENSE Médicos ainda fazem procedimentos desnecessários PÁG. 7 Anuncie a sua empresa com a gente. AFINAL, O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O HOSPITAL? WWW.MPDIARIO.COM.BR CPI está apurando denúncias de irregularidades na administração da casa de saúde. A filha do prefei- to, médicos e empresas estão envolvidos PÁG.3 Um lixão irregular dentro de Quatiguá PÁG. 6

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PRIMEIRA IMPRESSÃODISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ANO I - Nº 1DIRETOR - ALAN QUEIROZ 22 DE MARÇO / 2014

PRIMEIRA IMPRESSÃO - PÁG 8

UM EXEMPLO DE HISTÓRIAAntônio Bordignon

Div

ulga

ção

Um dos homens mais ricos e poderosos do Paraná tem uma rotina simples e tranquila. Transformou seu nome em sinônimo de qualidade e hoje, ao lado da esposa Amália Zanini, observa na sombra sua rede de loja de materiais de construção ser administrada pelos filhos. PÁG.5

PARTOPEDRO LUPIONLei em defesa do

idoso é sancionada no Paraná PÁG. 8

Lei do deputado Pedro Lupion em defesa do idoso é sancionada no Paraná

Sand

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to

É considerada violência contra o idoso “qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico”

Assessoria

A Lei que cita nor-mas de proteção e defesa da pessoa idosa contra atos dis-criminatórios, de violência ou maus-tratos praticados foi sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB). De acor-do com o Estatuto do Idoso, entende-se como idosa a pes-soa com idade igual ou supe-rior a 60 anos.

Da autoria do deputado estadual Pe-dro Lupion (Demo-cratas), a Lei recebeu o número 17858/2013 e visa inibir qualquer tipo de violência, dano ou sofrimento, seja físico ou psicológico, ao idoso. O deputado Pedro Lu-pion explica que tem obser-vado a constante divulgação, pela mídia, do aumento da

violência às pessoas idosas e isso o motivou a apresentar a proposta de lei. “Nosso proje-to visa garantir a integridade e o respeito devido a esse públi-co, que cresce em ritmo célere

a cada ano em decorrência da maior longevidade da população”, afi rma. De acordo a proposta, a prática dos atos dessa lei acarretará ao infrator a multa de 3 mil reais. “Acredito que a nossa

proposta tem também um importante papel cultural, no sentido de divulgar e acele-rar o respeito aos direitos das pessoas idosas e de elimi-

nar e reduzir as atitudes preconceituosas que são dirigidas contra elas”, ar-gumenta. Pela Lei, a noti-fi cação será emitida por um médico e encaminha-da à delegacia, ao Minis-tério Público do Paraná e à Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado para que sejam tomadas as providências cabíveis.

“A integridade deve ser garantida a

esse público”

Serviços de saúde deverão notifi car as autoridades em casos de suspeita ou confi rmação de violência praticada

O JORNAL DA FAMÍLIA QUATIGUAENSE

Médicos ainda fazem procedimentos desnecessários PÁG. 7

Anunciea sua empresa com a gente.

AFINAL, O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O HOSPITAL?

no Paraná PÁG. 8

WWW.MPDIARIO.COM.BR

CPI está apurando denúncias de irregularidades na administração da casa de saúde. A filha do prefei-to, médicos e empresas estão envolvidos PÁG.3

Um lixão irregular dentro de Quatiguá

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PRIMEIRA IMPRESSÃO - PÁG 2 PRIMEIRA IMPRESSÃO - PÁG 7

EDITORIAL EDITORIAL

Expediente

PRIMEIRA IMPRESSÃOCNPJ - 19.895.966/0001-62

Diretor Responsável e Diagramação: Alan Junior de QueirozAvenida Drº João Pessoa, nº 1544, centro

Quatiguá (Paraná)Telefone- (43) 9915-3240

Tiragem: 4.000 exemplaresCirculação: Quatiguá, Joaquim Távora, Guapirama e Siqueira Campos

“ A divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas” - (Código de Éti ca dos Jornalistas Brasileiros)

“Não existe uma segunda chance para cau-sar uma primeira boa im-pressão”. O autor dessa frase é desconhecido, mas tinha total convicção – e razão – sobre o que falava. Nós criamos con-ceitos sobre as pessoas através das atitudes delas no cotidiano. Se você, por exemplo, conhece uma pessoa que, na ocasião, es-teja agindo de uma manei-ra que você não concorde, difi cilmente essa impres-são negativa do primeiro contato poderá ser reverti-da. Com um veículo de co-municação não é diferente. O jornal “Primeira Impressão” nasce com o objetivo de levar conheci-mento, entretenimento e, o mais importante, represen-tar e dar voz à comunida-de quatiguaense. Estamos determinados a mostrar o melhor e o que ainda preci-sa mudar em nossa cidade.

Queremos um lugar que seja um sinônimo de orgulho. A criação, a realiza-ção e a execução desse ta-bloide é sinal de comprome-timento com a comunidade quatiguaense. O propósito é manter uma linha editorial sem interferências políticas e empresariais ou pontos de interrogação, sempre pau-tada pela ética jornalística e pelo compromisso social. O conteúdo dessa primeira edição já denota algumas características des-te veículo de comunicação. Mas estamos preparados para evoluirmos. A cada edição, novidades e adapta-ções necessárias para trans-mitir informações com cla-reza, qualidade e seriedade. O “Primeira Impres-são”, a princípio, será um jornal quinzenal e as pautas locais serão prioridades em cada edição. Contaremos histórias de pessoas que ajudaram a constrir a histó-

ria da cidade e abordaremos assuntos que afetam toda a população, além de noti-cias da região e do Brasil. Hoje, nossa Quati-guá tem uma Saúde Públi-ca doente, uma Educação analfabeta e uma população trabalhadora carente de go-vernantes, e políticos sem atitudes. Precisamos reagir e mudar essa triste realida-de. O “Primeira Impressão” está aqui pra colaborar. Todo o trabalho é para que, com o tempo, o “Primeira Impressão” se torne um material de referência, conquistando prestígio da comunidade. Esta edição que você está em mãos é a primei-ra desse jornal que espera contar com o apoio da po-pulação para melhorarmos cada dia mais nossa cidade.

Vida longa ao “Pri-meira Impressão”, o jornal da família quatiguaense.

A PRIMEIRA EDIÇÃO

Prefeitura de Quati guá.....................3564 1381Hospital São Vicente de Paulo.........3564 1276Posto de Saúde................................3564 1814Delegacia de Polícia.........................3564 1272Biblioteca Pública............................9978-1374Rodoviária.......................................3564 1254APAE................................................3564 1176Correio.............................................3564 1655Lotérica............................................3564 1714Cisnorpi............................................3511 1800

www.mpdiario.com.br

CHARGECHARGE

TELEFONES PÚBLICOSTELEFONES PÚBLICOS

PIADA Um homem dirigindo no trânsito, pára, e re-pentinamente, alguém bate no vidro do carro dele. Ele abaixa o vidro e pergunta o que o outro homem quer. O outro homem diz: “O prefeito da cidade foi sequestrado e o resgate é 50 milhões de reais. Se o resgate não for pago, o sequestrador irá jogar gasoli-na e atear fogo nele. Nós estamos arrecadando con-tribuições. Tu gostarias de participar?” O homem no carro pergunta: “Na média quan-to o pessoal está doando?” O outro homem responde: “Em torno de 5 a 10 litros de gasolina”.

NOTAS

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse, em en-trevista a um jornal, que a Copa do Mundo no Brasil já é um sucesso, citando os mais de nove milhões de pedidos de ingressos feitos. Disse, ainda, que acredi-ta que os prováveis protestos durante o Mundial não devem afetar a segurança da competição e disse que a expressão “padrão Fifa”, levada às ruas pelos manifes-tantes para exigir hospitais e escolas, entre outros, é só o reconhecimento da excelência da entidade.

PADRÃO FIFA

PERIGO NO PARTOQuase 20 anos depois de a Organização Mundial de Saú-de recomendar o fi m de procedimentos desnecessários durante o parto, algumas técnicas ainda são usadas no Brasil. Segundo a OMS, o uso abusivo de ocitocina, fór-ceps e a pressão na barriga passaram a ser considerados abusivos. Os especialistas no assunto alertam que esses médotos podem causar nas mulheres comportamentos semelhantes aos das vítimas de abuso sexual

Dirigentes de PSB e Rede acertaram para esse mês de março o lançamento da chapa presidencial encabeçada por Eduardo Campos, com Marina Silva como vice. A ideia é criar um fato político forte para iniciar o ano pós-Carnaval. A dupla também estrelará os programas do PSB em abril. Diante do cenário em que Marina ainda aparece mais bem posicionada que Campos no Datafolha, a ordem é intensifi car aparições conjuntas para forçar a transferência dos votos.

EDUARDO-MARINA PARA PRESIDÊNCIA

+Informativo

+Notícias

+Moderno

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O novo portal de notícias da região!

www.mpdiario.com.br

CRIANÇASNúmero de crianças matriculadas em creches no Brasil aumenta 7,5%. Os dados são do Censo da Educação Bá-sica. A comparação é entre os anos de 2012 e 2013. Ao todo, 7,590 milhões de matrículas foram realizadas na educação infantil em 2013.

A cada 14 segundos, um consumidor brasileiro teve o RG usado por criminosos em janeiro. Os dados foram divulgados pelo Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude. Ainda de acordo com o estudo, perder docu-mentos como o RG ou o CPF dobra a possibilidade da pessoa ser vítima de golpistas.

CADÊ O SEU RG?

SECA NO BRASILUm relatório do Operador Nacional do Sistema Elétri-co (ONS) aponta que o nível dos reservatórios das hi-drelétricas do Sudeste e Centro-Oeste deve permanecer abaixo da média em março. O governo decidiu acionar as usinas térmicas, de custo mais alto por causa do pro-blema. Segundo o ONS, o país atravessa uma das piores secas dos últimos 80 anos e o risco de faltar energia é de 5,7%, um índice considerado alto para especialistas.

Entrou no ar o novo e mais completo site de notícias da região, o portal Movimento Popular (MP) Diário . Infor-mações sobre tudo que acon-tece em Quatiguá, na região, no Brasil e no mundo em um único lugar. O endereço do novo portal é www.mpdiario.com.br. Com uma linguagem atual e construído dentro do princípio do jornalismo, o MP Diário trás uma platafor-

ma moderna, dinâmica e clara que permite maior facilidade na visualização das notícias. Além disso, estão disponíveis aos internautas as opções de enviar seus comentários, de-núncias e sugestões de pautas. E as novidades não param por aí: mural de fotos e recados-também farão parte dos des-taques da página principal do MP Diário. O portal de fácil na-vegação facilita aos visitantes

localizar o que procura. Há notícias de interesse geral e informações para todos os internautas, com a qualidade e responsabilidade que uma verdadeira notícia exige. O MP Diário é coir-mão do jornal Primeira Im-pressão e juntos serão duas novas opções para a Quati-guá e região se informarem. Acesse agora e fi que por den-tro de tudo que acontece na sua cidade.

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Novo portal de notícias de Quatiguá e região

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PRIMEIRA IMPRESSÃO - PÁG 6 PRIMEIRA IMPRESSÃO - PÁG 3

HOSPITAL OU LAVANDERIA? OPINIÃO ESPECIAL

Ninguém tem dúvidas que a má admi-nistração do Hospital São Vicente de Paulo, de Quatiguá, é um proble-ma crônico e hereditário. Direitos trabalhistas não cumpridos com o INSS, por exemplo, foram res-ponsáveis pela perda de status de entidade fi -lantrópica e impediu a obtenção da Certidão Negativa, documento que comprova que a en-tidade está em dia com contribuições previden-ciárias. Sendo assim, a prefeitura fi cou impedi-da de repassar qualquer quantia ao Hospital. Mas, no fi nal de 2012, uma liminar da Justiça permitiu que a prefeitura continuasse re-passando, por mês, cerca de 75 mil reais em sub-venção a casa de saúde. Com essa determinação, o Hospital continuou atendendo a população e o valor repassado em 2013 não foi usado para quitar valores em aberto com o INSS. A Justiça já está cuidando desse caso. Segundo denún-cias recebidas pelos ve-readores dos próprios funcionários do Hospi-tal, o dinheiro da sub-venção de 2013 não teria sido bem administrado. Os vereadores confi rmam a desconexão das denúncias de 2013 com gestões anteriores. Àquela liminar de 2012, obtida pelo próprio

prefeito Fernando Dolenz (PSDB), 54, dividiu as contas e os problemas do Hospital entre gestão passada e atual. O Primeira Impressão teve acesso ao Requerimento de Criação da Comissão Par-lamentar de Inquérito (CPI), solicitada pelo vereador Pedro Toledo (PMDB), 63, e apro-vado no dia 24 de fevereiro por unanimidade pela Câmara de Vereadores. “Não fui que pedi essa CPI, foi a popula-ção”, declarou. Segun-do o documen-to, a fi lha do pre-feito, Isabella Dolenz, aparece como perso-nagem principal do esquema de desvio de verba; que deve-ria ter sido usado para com-prar utensílios, medicamentos e pagamento dos funcionários. Só em dezembro, Isabella te-ria retirado da conta do Hos-pital R$ 70 mil reais sem dar justifi cativa. Por enquanto, o paradeiro do dinheiro é des-conhecido. Por enquanto. Funcionários ouvi-dos pela reportagem denun-

ciam salários atrasados e a falta de produtos básicos e excênciais para prestarem atendimento à população. A vereadora Leila Sal-vi (PSDB), 34, Josué de Pá-dua Melo (PMDB), 40, e Jú-lio Cezar Zanlorenzi (PSDB), 42, serão os encarregados em apurar as denúncias recebi-das. Na primeira quinzena de junho, a comunidade qua-

tiguaense vai receber o rela-tório fi nal das investigações. A Comissão já está analisan-do documentos e começará a ouvir depoi-

mentos dos funcionários e ex-funcionários do Hospital. No dia 17, duran-te uma reunião na Câmara de Vereadores, a Comis-são divulgou as primeiras informações sobre o caso. A vereadora Leila Salvi fez a leitura de um relató-rio de duas páginas assi-nado pela contadora do Hospital Cristiane Dargel. Segundo o documen-to, durante o primeiro ano

da gestão do prefeito Fer-nando Dolenz, um esque-ma de lavagem de dinheiro teria drenado o dinheiro da subvenção da prefeitura ao Hospital. Isabella Dolenz, médicos e empresas teriam superfaturado notas fi scais. Em 2013, segundo o relatório, O Hospital teria comprado alimentos que não fazem parte do cardápio, por exemplo, a compra inusita-da de 100 quilos de bananas, de uma só vez. Médicos te-riam recebido por serviços não realizados. Além do uso irregular de cheques, saques suspeitos e diferenças entre os salários pagos aos médicos que trabalharam no plantão. Procurados pelo Pri-meira Impressão, a direção do Hospital e Isabella Dolenz não quiseram falar sobre o assunto. “Precisamos de pes-soas preparadas trabalhando lá dentro. Que sejam apura-dos os fatos”, alfi netou Anit-ta. “E que a sociedade ajude dando apoio aos membros dessa CPI, para que a verda-de venha à tona e que não fi -que sendo apenas acusações”, fi nalizou Josué de Pádua.

Alan Junior de Queiroz

Relatórios preliminares apontam participação de médicos e empresas no esquema de desvio de verba

Em crise: diante de acusações graves a direção se cala.

JOSUÉ DE PÁDUA:“Hoje falta tudo no Hospital: médico, remédio, comida e pa-gamento dos funcionários. Não lembro que na gestão passada precisou de liminar da Justi-ça para pagar funcionário.”

LEILA SALVI: “Eu creio que os trabalhos se encerrem antes do prazo. Que-remos saber o destino do dinhei-ro da subvenção. Um auditor vai analisar a documentação.”

HIDERALDO ESTEVAM: “Não podemos julgar antecipa-damente. Precisamos trabalhar com algo concreto. Essa CPI é um trabalho independente de oposição. Mas se houve alguma irregularidade que seja punido.”

PEDRO TOLEDO: “Não foi prestado conta de 2013 até agora. Torcemos para que as denúncias não sejam verdadeiras. Tiveram 1 ano pra pedir CPI de ges-tão passada e agora querem fazer junto. Não concordo.”

ANITA CAMILO: “Sou a favor da CPI de 2013. Não acredito em desvios, e sim em má administração. Houve muitos pedidos de CPI para apurar os últimos 5 anos. Foi a gestão passada que deixou o Hospital perder a fi lantropia.”

CHRYSRIAN COSER: “Todo mundo é inocente até que prove o contrário. O povo está clamando por respos-tas. Nenhum vereador fez uma emenda pedindo CPI de 5 anos no dia 24. Agora querem ti-rar o foco das investigações”

ISRAEL MARQUES:“A Comissão está justa, pois tem integrantes dos dois lados. A princípio será só 2013. Se for preciso, uma CPI da gestão passada também será feita”

E essa bomba na sua mão prefeito?Charge desenhada pelo artista quatiguaense Alan Godinho a pedido

do Primeira Impressão.

O vereador Júlio Zanlorenzi optou por não falar sobre o caso.

“A fi lha do prefei-to, Isabella Dolenz, médicos e empresas teriam superfatura-

do notas fi scais”

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Terreno particular vira depósito irregular de lixo da prefeitura

Eduardo Molina

A prefeitura de Quati-guá vem causando sérios trans-tornos e crimes ambientais na cidade e, colocando seus funcio-nários em risco de penalidades.Hoje, a antigo loteamento Ca-milo, em frente à garagem mu-nicipal, pertence à Associação dos Trabalhadores Sem Teto de Quatiguá. A prefeitura tem joga-do caminhões de lixo nesse ter-reno particular e deixa evidente a incompetência da gestão do pre-feito Fernando Dolenz - e des-respeito a lei federal No 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, que diz no artigo 54: “causar polui-ção de qualquer natureza em ní-veis tais que resultem ou possam resultar em danos a saúde huma-na, ou que provoquem a mortan-dade de animais ou a destruição signifi cativa da fl ora. Pena - re-clusão, de um a quatro anos, e multa”. Registramos em fotos o caminhão da prefeitura fazendo o depósito criminoso no local. Lembrando: antes da atual gestão o terreno estava limpo. Após várias reclama-ções, o prefeito se comprome-

Lixão no meio da cidade???

teu comigo, Pastor Eduardo, que através do vereador Júlio Zanlorenzi, iria providenciar a limpeza e a recuperação do terreno, mas até agora nada. Providências judiciais serão to-madas para solucionar esse uso irregular do terreno – e o mais grave – o uso do local como de-pósito de lixo no meio da cidade. Apesar de sua aplicação à tutela ambiental já estar indis-cutivelmente fi rmada em nosso ordenamento jurídico legal, a discussão doutrinária a respei-to de sua utilidade prossegue. A princípio, a denún-cia, no caso da pessoa jurídica, deve obedecer ao estipulado no parágrafo único do artigo 3º da Lei 9.605/98. Segundo tal dispo-sitivo, a peça inicial acusatória deve especifi car como parte no pólo passivo da ação, não ape-nas a pessoa jurídica infratora, mas, também, as pessoas físicas que contribuíram para o delito ambiental. Todavia, na situação em que não for possível a apu-ração dessas pessoas naturais, esta circunstância deve ser ex-planada na peça inicial acusa-

tória, sob pena da mesma ser considerada inepta. No caso dos cri-mes de menor potencial ofensivo, estes são regu-lados pela Lei dos Crimes Ambientais em seus ar-tigos 27 e 28 e, também, pela Lei 9.099/95. O artigo 27 esta-belece a possibilidade da aplicação imediata da pena de multa - ou restritiva de direitos - sempre quando houver a prévia reparação do dano ambiental. De acor-do com o artigo 28, poderá ocorrer, inclusive, a decla-ração de extinção de pu-nibilidade, desde que haja laudo de constatação de re-paração do dano ambiental. A pena de multa poderá ser fi xada de 1 a 360 salários mínimos, po-dendo, ainda, ser aumen-tada em até três vezes no caso de estar se demons-trando inefi caz, desde que observada a situação. Para ter mais dignidade, va-mos limpar nossa cidade.

IGREJA INTERNACIONAL DE DEUSMINISTERIO MONTE SINAI

CULTOS: SEGUNDA AS 19:00 ORAÇÃO

TERÇA AS 19:00 CAUSAS IMPOSSIVEIS QUARTA AS 19:00 hs PROSPERIDADE

QUINTA AS 19:00 hs ORAÇÃOSEXTA AS 19:00 hs LIBERTAÇÃO

SABADO AS 18:00 hs PROSPERIDADEDOMINGO AS 09:00 hs SANTA CEIA DO SENHOR

IGREJA ADVENTISTA 7º DIACULTOS:

QUARTA AS 19:45 hsSABADOS AS 09:00 hsDOMINGO AS 19:45 hs

TV NOVO TEMPO CANAL 58

O vereador Ariovaldo Robles não foi encontrado pela reportagem

para falar sobre o assunto.

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Empresário transformou nome em marca e em sinônimo de qualidadePRIMEIRA IMPRESSÃO - PÁG 5

Aos 18 anos um ra-paz deixou a fazenda onde viveu com os pais e mais três irmãos para tentar a vida na cidade. Ficou para trás o trabalho pesado da roça e tornou-se aprendiz de me-cânico. Com um olhar am-pliado, enxergou a oportu-nidade em abrir sua própria empresa. Ele se tornou um empresário bem sucedido, transformou seu nome em uma marca e ficou milio-nário. Essa é a trajetória de Antônio Bordignon que nes-te ano completará 82 anos. Filho de fazendeiro, Antônio foi forçado a tra-balhar desde criança. “Não g o s t a v a da roça, mas se eu não fos-se, apa-n h a v a ” , recorda. A preco-ce inicia-ção no trabalho fez com que aban-donasse na 4ª série do funda-mental a escola rural. Desde então não voltou à sala de aula. “O estudo dele foi à vida, que lhe ensinou muita coisa” diz a mulher Amália Zanini Bordignon, 73 anos. As histórias dos em-preendedores são, comu-mente, construídas com mui-to trabalho. Com Bordignon não foi diferente, construiu sua marca pessoal poderosa à base de madeira, tijolos, areia, cimento e tudo o que aparece numa lista de mate-

riais para construção. Dono da rede de lojas Construca-sa Bordignon, hoje observa na sombra todas elas serem administradas pelos filhos. A veia empreende-dora revelou- se em 1957 quando resolveu abrir uma cerealista. No inicio compra-va e vendia cereais e laranjas com um caminhão que havia ganhado do pai. “Meu come-ço de vida foi difícil”, rela-ta. Em 1975 a cerealista se transformou em madeireira. Antônio aproveitou a opor-tunidade para ampliar os ne-gócios depois de ver a difi-culdade que os moradores de Quatiguá tinham para erguer construções. Sem concorrên-cia, o negócio deslanchou.

Sua mulher Amália lem-bra que no começo o maior pro-blema foi a inadim-plência dos c l i e n t e s . Apesar dis-

so, a empresa cresceu, ga-nhou filiais e fechou parce-rias com as melhores marcas do ramo e fornecedores. Em 2005 receberam uma pro-posta e venderam as duas lo-jas de Londrina para o grupo multinacional francês Saint Gobain. Hoje a Construcasa Bordignon têm cerca de 400 empregados e uma frota de, aproximadamente, 50 cami-nhões. Antônio diz que pas-sou o controle das lojas para os filhos, mas na prática, nun-ca se afastou do negócio que é considerado líder do varejo

da construção em toda re-gião do Norte do Paraná. “O nosso diferencial é o mix de produtos oferecidos, preços e formas de pagamento”, diz Roberto Zanini Bordignon,

filho responsável pelo grupo. As pessoas mais próximas descrevem Antô-nio como um homem aten-cioso, honesto, econômico e, exigente com horários e

prazos. Família e saúde são suas prioridades. “Está sem-pre pronto para ajudar quem o procura. É como um pai

pra mim” declara Roseme-re Rouiller, funcionária há mais de duas décadas. Para trabalhar na empresa esfor-

Antônio Bordignon

Alan Junior de Queiroz

PERFIL

Casal Bordignon rodeado pelos filhosço é uma característica in-dispensável; a compensação vem como bônus no salário. O empresário tem um estilo de vida e uma rotina tranquila, passa maior parte

do dia em casa. De manhã, lê os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de Londrina. Apesar de a leitura ser um dos lazeres preferido, ne-nhum livro de ficção con-

seguiu prendê-lo até o fim. Em contrapartida, afirma já ter lido a bíblia três vezes. Aos 24 anos, conhe-ceu a senhora Bordignon durante um baile. A mineira

havia pedido para que segu-rasse a blusa enquanto dan-çava. Rolou uma química e logo engataram um namoro. “Ele foi meu único namora-do”, garante Amália. Durou nove meses até se casarem, a pedido do pai dela. “Ele é um homem perfeito pra mim”, declara. O casamento perdura há 57 anos e teve como frutos sete filhos - dois de criação. “São uma benção, as coisas mais preciosas para nós”. Antônio, assim como qualquer pessoa na sua idade, tem limitações físicas e psi-cológicas, mas afirma não ter medo da morte. Diagnostica-do, em 2012, com problemas renais e talassemia - doença que afeta o sangue, procurou médicos do Hospital Israe-lita Albert Einstein, em São Paulo, para se tratar. Antônio já chegou a ter acompanha-mento 24 horas de três enfer-meiros que se revezavam e o ajudavam. “Ele não queria, mas a família decidiu que era melhor”, diz a mulher. Hoje Antônio está rico, muito rico, embora pre-fira não falar sobre o assunto. “Mas garanto que comecei do zero”. E revela os alicerces de uma boa administração de bens, família e empresa: pla-nejamento, economia e ho-nestidade. “Muitas pessoas que começaram comigo não foram para frente, gastaram dinheiro à toa”, compara. Biográfias de empre-sário do quilate de Antonio Bordignon inspira e encoraja novos empreendedores que procuram além de construir uma carreira de sucesso, uma forma de mudar a realidade.

“Nossos filhos são uma benção. As

coisas mais preciosas para nós”

(Amália Zanini)

Arq

uivo

Pes

soal