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1.1 NOTA INTRODUTÓRIA
PRINCIPAIS ENTIDADES QUE PARTICIPAM DO PROCESSO DE PPP
1.2 CONSELHO GESTOR – CGP - do Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas
Composição do Conselho Gestor (proposição)
• SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E/OU SAÚDE
• SECRETÁRIO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, ENERGIA,
INDÚSTRIA E SERVIÇOS
• SECRETÁRIO DE FINANÇAS
• SECRETÁRIO MUNICIPAL DE OBRAS
• SECRETÁRIO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
• PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO
1.3 UNIDADE DE PARCERIAS PÚLICO- PRIVADAS - UPPP
Da estrutura e das atribuições da Unidade PPP
Prevista no artigo XX da Lei Municipal nº XX.XXXX, de YYYY, a Unidade de Parcerias
Público-Privadas (Unidade PPP) está situada no âmbito da – (órgão municipal).
Dentre suas principais atribuições encontra-se a execução de atividades operacionais e de
coordenação de parcerias público-privadas, bem como o assessoramento do Conselho Gestor
de Parcerias Público-Privadas (CGP), destacando as seguintes atividades:
- prestar assessoramento técnico aos órgãos e entidades da Administração Direita e Indireta
do Município, inclusive na elaboração de projetos, modelos de negócio e contratos;
- prover suporte técnico ao CGP, inclusive quanto à análise e recomendação de projetos, à
elaboração e acompanhamento da execução do Plano Municipal de Parcerias Público-
Privadas (quando existente);
- disseminar a metodologia própria dos contratos de PPP;
- apoio os órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Município na gestão e
regulação de contratos de PPP;
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- promover articulação com unidades congêneres em âmbito nacional e internacional;
- gerenciar a rede de Parcerias Público-Privadas no âmbito da Administração Direta e Indireta
do Poder Executivo.
“OM” - ÓRGÃO MUNICIPAL o É a entidade municipal que precisa e
tem interesse em realizar o processo de PPP.
PPP – (TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS)
CONDIÇÕES LEGAIS ( verificar as questões abaixo.)
1) A Lei Orgânica do Município permite PPP?
2) O PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico) já está aprovado na Câmara
Municipal?
3) O PMSB contempla PPP ou outro mecanismo de delegação pública?
4) Existe LEI que autoriza PPP?
5) Existe algum Termo de Ajuste de Conduta com o MP sobre Resíduos Sólidos?
1.4 AÇÕES (caso não exista as previsões legais acima)
1) É preciso instituir Lei Específica para a execução do processo de PPP no âmbito
do Saneamento Básico? (CONSULTAR O PROCURADOR DO MUNICÍPIO)
Exemplo:
LEI Nº XXX/2015 Institui o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas e dá outras providências.
A CÂMARA MUNICIPAL DE ___________________ aprova e o PREFEITO
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MUNICIPAL, usando das atribuições legais que lhe são conferidas pelo artigo XX, inciso YY da Lei Orgânica do Município, sanciona, promulga e manda publicar a seguinte Lei
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Fica instituído o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas, destinado a promover, fomentar, coordenar, regular e fiscalizar arealização de parcerias público-privadas no âmbito da Administração PúblicaMunicipal Direta e Indireta.
2) É necessário fazer Decreto Específico para execução do processo de PPP para
Tratamento de Resíduos Sólidos? (CONSULTAR O PROCURADOR DO
MUNICÍPIO)
Exemplo
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº , DE 2015
Institui no Município de ____________________, a Política Municipal de Resíduos Sólidos, aprova o Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos e Autoriza
o Poder Executivo Municipal a contratar em conjunto ou isoladamente Parceria
Público-Privada para a prestação dos serviços de limpeza urbana, coleta seletiva,
manejo e destinação final de resíduos sólidos do Município de _________________.
O PREFEITO MUNICIPAL DE ______________, faço saber que a Câmara Municipal de ______________decreta e eu sanciono a seguinte lei:
TITULO I
DA INSTITUIÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
“Art. XX Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a contratar Parceria Público-Privada, na modalidade de concessão administrativa, nos termos da Lei Federal n° 11.079, de 30 de dezembro de 2004 e da Lei Municipal n° XXXXX, de
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YYYYYYYYYYY de 2015, para a prestação das atividades dos serviços públicos de de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no Município de _________________.
Parágrafo único. Consideram-se serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos aqueles definidos pela Lei Federal n° 11.445, de 05 de janeiro de 2007.
Art. XX A concessão administrativa abrangerá toda a extensão territorial do Município de XXXX e seu prazo e eventuais prorrogações atenderão ao disposto na Lei Federal n° 11.079, de 30 de dezembro de 2004.
Art. XX Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a celebrar, com vistas a viabilizar e implementar a parceria público-privada de que trata esta Lei, os convênios termos de parcerias e outros assemelhados que se façam necessários.
Art. XX Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos resíduos sólidos, além do disposto nesta Lei, no que cabe ao Município legislar, os dispositivos constantes de Leis de âmbito Estadual e Federal, revogando-se as disposições em contrário.
PARTE I: INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS PÚBLICO – PRIVADAS
1 O QUE SÃO PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS – PPP´s?
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.2 CONSELHO GESTOR DE PARCERIAS PÚBLICO- PRIVADAS - CGP
1.3 FUNDO GARANTIDOR DE PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS – FGP
2 DIFERENCIAÇÃO ENTRE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS,
CONCESSÃO TRADICIONAL E TERCEIRIZAÇÃO
3 MODELOS DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS 4 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
5 APLICAÇÕES DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
6 CICLO DE UMA PPP
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PARTE II : FASE DE PRÉ-ENQUADRAMENTO
7 OBJETIVO
8 INÍCIO DO PROCESSO
9 ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PRELIMINAR
9.1 Descrição do Problema
9.2 Objetivos e Metas a Serem Alcançados
9.3 Modalidade de PPP
9.4 Prazo
9.5 Valor
9.6 Interesse Público
9.7 Vantagens Operacionais e Econômicas
9.8 Aderência a Planos de Governo
9.9 Órgão Implementador
9.10 Aspecto Jurídico
10 ENCAMINHAMENTO AO CGP
11 PARECER DA UPPP
12 PRÉ-ENQUADRAMENTO
PARTE III: FASE DE ENQUARAMENTO NO PLANO MUNICIPAL DE
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
13 ELABORAÇÃO DO ESTUDO TÉCNICO
13.1 Preliminares
13.2 Análise da Demanda
13.3 Dimensionamento da Oferta
13.4 Pré-Modelagem da PPP
13.5 Projeto Básico de Engenharia
13.6 Requisitos de Prestação de Serviço
13.7 Indicadores de Desempenho
13.8 Elaboração da Matriz de Risco
13.9 Avaliação Financeira
13.9.1 Fluxo de Caixa
13.9.2 Figuras de Mérito
13.9.3 Valor dos Aportes de Recursos Públicos
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13.9.4 Impacto dos Aportes de Recursos Públicos
13.10 Avaliação Econômica
13.10.2 Fluxo de Caixa
13.10.3 Figuras de Mérito
13.10.3 Análise de Sensibilidade
13.11 Elaboração de Estudo e de Relatório de Impacto Ambiental – EIA /
RIMA
13,11,3 PPP com Baixo Impacto Ambiental
13.11.2 PPP com Elevado Impacto Ambiental
13.11.3 Minuta do Edital de Licitação
14 CONSULTA PÚBLICA
15 PARECERES DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS E DO PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO
15.1 Parecer do OM
15.2 Parecer da SEFAZ
15.3 Parecer da SEPLAG
15.4 Parecer da PGE
15.5 Consolidação dos Pareceres
15.6.1 ENQUADRAMENTO NO PLANO MUNICIPAL DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
15.6.2 Parecer da UPPP
15.6.3 Parecer do CGP
15.6.4 Promulgação do Decreto
PARTE IV: FASE DO PROCESSO DE LICITAÇÃO
16 AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
17 INSTITUIÇÃO DE COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO.
18 MODALIDADE DE LICITAÇÃO
19 TIPOS DE LICITAÇÃO
20 ABERTURA DO PROCESSO LICITATÓRIO
21 ATO CONVOCATÓRIO
22 PROCEDIMENTOS DE LICITAÇÃO – FASE EXTERNA
23 PRÉ-QUALIFICAÇÃO
PARTE V: FASE DE GESTÃO DO CONTRATO
24 ACOMPANHAMENTO E CONTROLE
25 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
26 GESTÃO DE RISCO
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27 GESTÃO DE DESEMPENHO
28 GESTÃO DE ATIVOS
29 GESTÃO DE RELACIONAMENTO
30 GESTÃO DE PAGAMENTO
ANEXO 1 - SIGLÁRIO E GLOSSÁRIO
ANEXO 2 - MATRIZ DE RISCO
ANEXO 3 - EDITAL DE LICITAÇÃO DA PPP ......EXEMPLO 1
ANEXO 4 - EDITAL DE LICITAÇÃO DA PPP.......EXEMPLO 2
ANEXO 5 - FLUXOGRAMA
(Esse compêndio é baseado na legislação federal, no que respeita à Estados e Municípios.
1.4.1 LEGISLAÇÃO APLICÁVEIS A PPP
• Lei Federal n.º 11.079/04 - Lei da PPP;
• Lei Complementar Federal n.º 101/00;
• Lei Federal n.º 8.987/95;
• Lei Federal n.º 9.074/95;
• Lei Federal nº 8.666/93.
LEGISLAÇÃO GERAL
As principais legislações federais são as seguintes:
http://www4.planalto.gov.br/legislacao
LEGISLAÇÃO EM GERAL
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007
LEI DO SANEAMENTO BASICO
Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências.
Lei nº 10.308, de 20 de novembro de 2001
Dispõe sobre a seleção de locais, a construção, o licenciamento, a operação, a fiscalização, os custos, a
indenização, a responsabilidade civil e as garantias referentes aos depósitos de rejeitos radioativos.
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Lei nº 9.795, de 25 de abril de 1999
Política Nacional de Educação Ambiental.
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998
Lei de Crimes Ambientais.
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981
Política Nacional do Meio Ambiente.
Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010
Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o
Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos
Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.
Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006
Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública
federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de
materiais recicláveis.
DECRETO Nº 7.405, 2010
Institui o Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos
Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis o Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de
Residuos sólidos criado pelo Decreto de 11 de setembro de 2003, dispõe sobre sua organização e
funcionamento, e dá outras providências.
LEI Nº 12.375
Alterações na Legislação Tributária para indústria que comparem materia prima diretamente das cooperativas
de catadores.
O principal objetivo desse trabalho é o de propiciar uma uniformização
do conhecimento, em relação aos órgãos e entidades municipais acerca
das parcerias público-privadas, e dos requisitos necessários à sua
implementação, estes últimos traduzidos através de um detalhado
passo-a-passo, como adiante mostrado. Subdividido em cinco partes,
sendo:
Parte I: Introdução às Parcerias Público Privadas;
Parte II: Fase de Pré-enquadramento;
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Parte III: Fase de Enquadramento no Plano Municipal de Parcerias Público
Privadas - PPP;
Parte IV: Fase de Processo de Licitação;
Parte V: Fase de Gestão do Contrato.
PARTE I: INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
A Parte I fornece um breve resumo conceitual a respeito de Parcerias Público-Privadas - PPP, aí incluídos
Conselho Gestor e Fundo Gestor. A diferenciação entre parcerias público-privadas, concessão tradicional e
terceirização, além de descritos modelos aplicáveis a essa modalidade de concessão. Por fim, são mostradas
as vantagens, desvantagens e aplicações de uma PPP, além de seu ciclo evolutivo.
1.4.1.1 1 O QUE SÃO PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS – PPP´S
1.4.1.1.1 1.1 Considerações Iniciais
As PPP´s são associações entre os setores público e privado, em que as partes trabalham em conjunto para
benefício mútuo, segundo regras previamente estabelecidas. As PPP´s são, em realidade, uma nova
modalidade de concessão de serviços públicos, em que há obrigatoriedade de aporte de recursos do parceiro
público ao parceiro privado, já que o retorno financeiro dos investimentos e gastos operacionais por este
último não seria suficiente apenas com receitas próprias.
Além disso, as PPP´s podem ser também consideradas como um novo mecanismo de financiamento ao setor
público, já que caberá ao parceiro privado arcar com os custos de implantação e operação do serviço público
concedido, estando os aportes de verbas públicas condicionados ao efetivo início da prestação do serviço.
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A legislação brasileira criou duas modalidades de contrato de PPP: a Concessão Patrocinada e a Concessão
Administrativa.
A concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei de
Concessões nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos
usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. A concessão administrativa é o
contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que
envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Verifica-se, dessa maneira, que na
Concessão Administrativa toda a remuneração advém do parceiro público, enquanto que na Concessão
Patrocinada, a remuneração do parceiro privado é composta de um mix de recursos públicos e de receitas
próprias.
Projetos com as seguintes características contratuais são elegíveis para PPP:
• valor superior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
• prazo de vigência não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo
eventual prorrogação;
• remuneração pelo parceiro público ao parceiro privado somente após a disponibilização do
serviço;
• remuneração variável pelo parceiro público ao parceiro privado vinculada ao seu desempenho;
• compartilhamento de risco entre o parceiro público e o parceiro privado;
• adimplência das obrigações financeiras do parceiro público relativamente ao parceiro privado
asseguradas através de fundo garantidor.
A presença destas características nem sempre significa que a PPP é uma opção viável. No entanto, quando
elas estão presentes, a possibilidade do projeto ser implementado na modalidade PPP deve ser devidamente
considerada.
As Parcerias Público-Privadas são destinadas a disciplinar e promover a realização desse tipo de parceria no
âmbito da Administração Pública, poderá ser aplicado em diversas áreas, tais como, saúde, educação,
transportes, saneamento, segurança pública, habitação, energia, esporte e lazer, dentre outras.
Toda a empresa responsável em implementar e gerir uma PPP deve ser, a priori, constituída sob a forma de
Sociedade de Propósito Específico (SPE). Esta pode assumir forma de capital aberto, adotar padrões de
governança corporativa e demonstrações financeiras padronizadas. Entretanto, é proibido à Administração
Pública ser titular da maioria do capital votante, exceto se por instituição financeira controlada pelo Poder
Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento.
A transferência do controle da SPE estará condicionada à autorização expressa da Administração Pública.
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1.4.1.1.2 1.2 Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas – CGP
Organismo criado por Lei , a quem caberá, fundamentalmente:
• aprovar projetos de PPP´s, os editais de licitação, os contratos, seus aditamentos e prorrogações e autorizar a abertura do procedimento licitatório;
• apreciar os relatórios gerenciais dos contratos de PPP´s elaborados pela UPPP;
• autorizar a utilização dos recursos do FGP como garantia das obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de PPP;
• propor a incorporação de bens imóveis dominicais ao patrimônio do FGP;
• dar publicidade a seus atos, além de remeter à Camara dos Vereadores, quando Municipal, e ao
Tribunal de Contas do Estado, com periodicidade semestral, os relatórios gerenciais dos contratos de PPP;
• estabelecer modelos de editais de licitação e de contratos de PPP, bem como os requisitos técnicos
mínimos para sua aprovação.
O CGP é constituído, geralmente no âmbito Municipal, pelos seguintes membros: Secretário
Municipal de Meio Ambiente, Secretário de Municipal de Planejamento e Gestão, Secretário de Municipal de
Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Secretário de Municipal de Fazenda, Secretário
Municipal de Obras e o Procurador–Geral do Município, adaptando-se sua constituição de acordo com a
constituição administrativa de cada município. Mas não necessário a participação de todos acima
mencionados, nem numero mínimo de participantes.
1.4.1.1.3 1.3 Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas – FGP
O FGP tem por finalidade prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos
parceiros públicos em virtude das parcerias, mediante autorização do CGP e manifestação da Secretaria
Municipal de Finanças.
O patrimônio do FGP será formado pelo aporte de bens e direitos realizado pelos cotistas, por meio da
integralização de cotas e pelos rendimentos obtidos com sua administração. A integralização das cotas
poderá ser realizada através de dotações orçamentárias, inclusive com recursos de fundos municipais, títulos
da dívida pública, bens imóveis dominicais, bens móveis, inclusive ações de sociedade de economia mista
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excedentes ao necessário para a manutenção de seu controle pelo Município, ou outros direitos com valor
patrimonial.
A utilização de recursos de fundos estaduais e ou municipais para integralização do FGP deverá ser feita de
sorte a observar correlação com natureza do respectivo fundo. Os fundos elegíveis para financiamento de
projetos de PPP poderão ser os relacionados a seguir:
• Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico;
• Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social -FUNDES;
• Fundo Especial da Secretaria de Segurança Pública;
• Fundo Especial do Corpo de Bombeiros;
• Fundo Especial Penitenciário ;
• Fundo Estadual e ou Municipal de Assistência Social;
• Fundo Estadual e ou Municipal de Conservação Ambiental ;
• Fundo Estadual e ou Municipal de Recursos Hídricos;
• Fundo Estadual e ou Municipal de Saúde;
• Fundo para a Infância e a Adolescência;
• Outros Fundos Estaduais e ou Municipais , observadas as disposições da Lei.
Os recursos do FGP serão depositados em conta especial junto à instituição financeira selecionada. Caberá à
instituição financeira zelar pela manutenção da rentabilidade e liquidez do FGP e à Secretaria Municipal de
Fazenda, como órgão gestor, deliberar sobre a gestão e alienação de bens e direitos do FGP, bem como se
manifestar sobre a utilização do Fundo para garantir o pagamento de obrigações pecuniárias assumidas
pelos parceiros públicos.
1.4.1.2 2 DIFERENCIAÇÃO ENTRE PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS, CONCESSÃO TRADICIONAL E TERCEIRIZAÇÃO
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Para realizar suas funções, a Administração Pública recorre frequentemente à colaboração de terceiros,
valendo-se dos serviços e dos bens de particulares ou agentes privados para melhor cumprir suas
finalidades. O recurso da Administração às atividades e aos bens privados manifestase sob modalidades
diversas de contratos administrativos. A concessão patrocinada e a concessão administrativa, introduzidas
pela Lei das PPP´s, vêm se somar a duas das modalidades correlatas que já existiam: concessão tradicional e
terceirização.
Ressalte-se que uma PPP está essencialmente vinculada à prestação de serviço pelo parceiro privado.
Portanto, o simples fornecimento de uma infra-estrutura ou ativo (rodovia, ponte, presídio, hospital etc.) não
é caracterizável como PPP. Será necessário que o parceiro privado, além do fornecimento do ativo, promova
a sua operacionalidade.
No que tange às modalidades de PPP´s citadas, é importante ressaltar as diferenças que ocorrem entre elas.
A seguir, são apresentadas duas tabelas: diferenciação entre PPP patrocinada e concessão tradicional (tabela
1) e entre PPP administrativa e terceirização (tabela 2).
PPP Patrocinada Concessão Tradicional
Valor Mínimo de R$ 20 milhões Não estabelecido
Prazo Entre 5 (cinco) e 35 (trinta
e cinco) anos Não estabelecido
Fundo Garantidor Necessário Não aplicável
Contraprestação do Setor Público
Necessária Aplicável apenas em situações excepcionais
(art. 26 da Lei
Complementar 101/00)
Risco de Demanda Compartilhado entre
parceiro privado e público Assumido unicamente pelo
concessionário (art. 2º da Lei 8.987/95)
1.4.1.2.1 Tabela 1: Diferenciação entre PPP Patrocinada e Concessão Tradicional
Concessão – PPP
Administrativa Terceirização
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Valor Mínimo de R$ 20 milhões Não estabelecido.
Prazo Entre 5 (cinco) e 35 (trinta e
cinco) anos 5 (cinco) anos (Lei 8.666/93)
Fundo Garantidor Necessário Não aplicável
Contraprestação do Setor
Público Necessária Necessária
Risco de Demanda Compartilhado entre parceiro privado e público
Não aplicável
Tabela 2: Diferenciação entre PPP Administrativa e Terceirização
1.4.1.3 3 MODELOS DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
Há muitos modelos de parcerias entre entes públicos e privados, incluindo joint-ventures, parcerias
estratégicas, convênios, acordos e franquias . No Brasil, o modelo introdutório das PPP´s, no espírito da Lei
Federal 11.079/04, é o da garantia de juros, largamente utilizado no Segundo Reinado para alavancar a
construção de estradas de ferro. Nesse sentido, pode-se afirmar que “a PPP no Brasil é um novo nome para
um velho tema”.
Um dos pontos importantes de uma PPP é a questão da reversão de ativos ao poder concedente, ao final do
contrato de prestação de serviço público. Isso inclusive é também uma diferenciação clara entre a parceria
público-privada e a privatização. A tabela 3 apresenta situações básicas de concessões no que respeita à
constituição dos ativos e sua reversibilidade, tendo como divisores projetos greenfield e brownfield.
Ativo Greenfield Brownfield
Constituição Concessionário Ativos públicos
préexistentes Concessionário, no
período pós-outorga
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Reversão Reversão ao poder concedente ao final do
prazo de concessão, segundo
regras estabelecidas
no contrato.
Devolução ao poder concedente ao final do prazo de concessão, segundo
regras estabelecidas
no contrato.
Reversão ao poder concedente ao final do prazo de concessão, segundo
regras estabelecidas
no contrato.
1.4.1.3.1 Tabela 3: Constituição e reversão dos ativos
No que tange às PPP´s conceituadas na Lei Federal 11.079/04, as modalidades de parcerias mais comumente
empregadas são as seguintes:
• Modelo DBFOT - Projetar, Construir, Financiar, Operar e Transferir. O modelo envolve a
integração das quatro funções ao parceiro privado e, ao final do prazo de concessão, os ativos
são transferidos ao poder concedente. Neste modelo, o parceiro público especifica o serviço a ser ofertado e uma SPE irá incumbir-se da elaboração do projeto de engenharia, construção, financiamento, operação e transferência de ativos ao poder concedente. Neste modelo o risco
do projeto é compartilhado entre os parceiros público e privado;
• Modelo BFOT - Construir, Financiar, Operar e Transferir. Neste modelo o parceiro público, além
de especificar o serviço, irá desenvolver o respectivo projeto de engenharia, e, a partir daí, competirá ao parceiro privado financiar, construir e operar o serviço associado. Ao final do prazo
de concessão, os ativos da PPP retornarão ao poder público. Neste modelo o risco do projeto é do setor público.
•
Além desses modelos, convém que a Administração Municipal esteja aberta a qualquer outra nova variação
de modelo PPP, que venha a ser proposta pelo setor privado, obedecidos os preceitos legais aplicáveis.
1.4.1.4 4 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS - PPP
O objetivo geral das parceiras público-privadas é canalizar para os serviços públicos a habilidade gerencial e
os capitais privados, estruturando o relacionamento entre as partes, de forma a que o termo parceria
abranja partilha de riscos e de ganhos financeiros. Deste modo, para se trabalhar com sucesso com o setor
privado, setor público necessita clarificar os princípios e objetivos fundamentais por trás das parcerias.
A avaliação da experiência internacional tem demonstrado que as PPP´s são uma solução ganha para o setor
público, setor privado e sociedade, possuindo diversas vantagens a seguir mostradas.
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Para o setor público, a PPP permite a obtenção de um melhor uso do recurso público (value for money),
quando da oferta de serviços públicos, ao lhes conferir eficiência, eficácia e efetividade, particularmente
através das seguintes fontes:
• Inovação. A PPP permite a transferência da capacidade inovadora do setor privado para a área pública. Uma das maiores fontes de ganho a esse respeito advém do fato do Governo não necessitar de fornecer pormenores de como um ativo deva ser projetado e construído, mas sim
de estabelecer os condicionantes básicos de como o serviço público deverá ser ofertado pelo parceiro privado (modelo DBFOT);
• Otimização do custo e da vida útil. Num modelo DBFOT, o empreendedor estará numa ótima
posição para aprimorar técnicas de projeto e construção, que minimizem os custos de implantação e operação e aumentem a vida útil dos ativos, algo que dificilmente seria possível no esquema tradicional de gestão pública, em que as diversas fases do modelo antes citado são de responsabilidade de diferentes atores;
• Compartilhamento de infraestruturas. Existem vários casos em que facilidades governamentais
implementadas através de PPPs são compartilhadas com terceiros, minimizando gastos operacionais do parceiro público, num movimento impulsionado pela experiência do parceiro
privado em gestão de ativos;
• Divisão ótima de responsabilidades. No caso mais freqüente, o parceiro público define as condições de oferta de determinado serviço público, e o parceiro privado projeta, constrói e
opera os ativos para tal. Nessas circunstâncias, costuma ocorrer uma divisão de responsabilidades mais clara e consistente, já que cada um dos parceiros estará exercendo suas
atividades finalísticas.
Para o setor privado, a PPP representa um novo e amplo leque de oportunidades de negócios, muitas
delas restritas anteriormente à governança pública.
Para a sociedade, as PPP´s representam uma oportunidade de se desfrutar de serviços públicos mais
bem estruturados e coordenados, sobretudo pelo fato que indicadores de desempenho estarão
monitorando todo o processo de concessões.
Os aspectos negativos de projetos firmados sob a forma de PPP encontrados nas experiências internacionais estão relacionados sobremaneira ao mau uso da palavra “parceria”, que muitas vezes é confundida com uma “benesse” do setor público à iniciativa privada. Do mesmo modo das vantagens, são em seguida listadas as principais desvantagens das PPPs:
• Tempo de maturação. As PPP´s exigem modelagens, editais de licitação e arranjos comerciais privados complexos, que denotam prazos de implementação;
• Taxa de juro (custo de transação financeira) – TIR DO PROJETO. A PPP, como dito anteriormente, é um mecanismo de financiamento ao setor público. Diante dos riscos incorridos pelo projeto e
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pela freqüente inexistência de ativos pertencentes ao parceiro privado capazes de assegurar-lhe
garantias creditícias (modelo project finance), as taxas de juros incorridas pelo parceiro privado e
repassadas ao parceiro público costumam ser significativamente superiores às taxas que seriam cobradas ao setor público por bancos de fomento econômico;
• Conflito de interesses. Como as PPPs são arranjos complexos, que envolvem diversos
participantes, a busca de um consenso entre todos os envolvidos, necessitam de um cronograma bem estruturado de atividades e prazos;
• Ajuste contratual no tempo. Embora uma concessão tradicional também requeira ajuste
contratuais ao longo de muitos anos (as denominadas revisões qüinqüenais), uma concessão via PPP demanda muito mais deveres e obrigações das partes (sobretudo as pecuniárias) sendo seu ajuste temporal mais elaborado.
1.4.1.5
1.4.1.6 5 APLICAÇÕES DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
As primeiras aplicações do conceito mais estrito de PPP foram no Reino Unido, no início da década de 90
(séc. XX). Nesse país foi implantado um amplo programa de parcerias, que recebem o nome de public
finance initiative (PFI).
Equivalentes às concessões administrativas brasileiras, e de public-private partnership (PPP), quando se trata
de concessões patrocinadas. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), PPPs e PFIs correspondem at
ualmente por 15% do investimento público britânico.
Outros países que desenvolveram importantes programas de PPP são Austrália (em particular o Estado de Victoria) e Irlanda. Na União Européia, Finlândia, Alemanha, Grécia, Itália, Holanda, Portugal e Espanha são os de maior envolvimento. Complementam o panorama europeu de PPPs, República Tcheca, Hungria e Polônia. Canadá (província de Quebec) e Japão iniciaram movimentos concessionais nesse modelo. Na América Latina, o pioneirismo está a cargo de México e Chile. No Extremo Oriente, Coréia do Sul e Singapura registram alguns avanços, enquanto que no continente africano a liderança está com a África do Sul. INGLATERRA
A avaliação da experiência inglesa tem como base os projetos desenvolvidos sob um instrumento
denominado Iniciativa para o Investimento Privado (em inglês, PFI de Private Finance Initiative). Nessa
modalidade de associação público-privada, o setor público mantém a responsabilidade pela provisão de
parte dos serviços.
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O conceito de PFI foi introduzido no Reino Unido em 1992, com o propósito de aumentar os investimentos
em áreas sociais, como saúde. Esses objetivos se viram inicialmente frustrados por fatores como falta de
coordenação inicial e priorização insuficiente, com muitos projetos sendo tocados ao mesmo tempo e de
forma muito rápida. A correção de rumos incluiu a formação de uma força-tarefa do Tesouro para coordenar
os projetos, a definição de prioridades, a remoção de obstáculos técnicos e uma abordagem flexível que
permitiu que as PPPs admitissem outros modelos além do típico conceber, construir, financiar e operar.
Segundo informações obtidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto ao International Financial
Services de Londres, no período de pouco mais de 10 anos desde a introdução do instrumento, o governo
britânico assinou mais de 500 projetos de PFI, que ultrapassam os U$ 70 bilhões em investimento. Mais de
um terço do valor total dos contratos refere-se a investimentos na área de transportes, especialmente nos
serviços de recuperação e manutenção do Metrô de Londres, considerado a maior PPP do mundo. Também
significativos foram os investimentos na área de saúde, defesa, educação, trabalho e previdência, presídios e
meio ambiente.
Os contratos de PFI são regularmente avaliados e auditados pelo National Audit Office (NÃO), instituição
independente do Governo ligada ao Parlamento (o equivalente ao TCU no Brasil). Uma das principais
conclusões dessas avaliações é que as PFIs se mostraram superiores às formas convencionais de contrato no
que diz respeito ao prazo de conclusão do projeto, ao cumprimento do orçamento previsto e à relação preço-
qualidade dos serviços prestados.
Segundo o NAO, o aumento da relação preço-qualidade é atribuído a um conjunto de característicaschave dos
contratos de PPP, tais como:
a) a transferência para o setor privado dos riscos que ele está mais apto a administrar
(riscos operacionais, obsolescência tecnológica e outros);
b) remuneração do setor privado apenas contra a prestação do serviço claramente especificado (nenhum pagamento é feito durante a fase de construção);
c) o longo prazo de vigência dos contratos (tempo suficiente para a recuperação do
investimento);
d) a concorrência na licitação.
Apesar do sucesso obtido, o setor privado ainda se ressente de alguns aspectos das PPP´s, dentre os quais se
destacam os altos custos da licitação e a dificuldade que as empresas menores encontram para participar dos
contratos devido ao porte dos projetos, à falta de qualificação adequada e à falta de credibilidade no
mercado.
A experiência inglesa evidencia ainda que o marco das PPP´s precisa ser continuamente desenvolvido e
aperfeiçoado. Um exemplo são os mecanismos de solução de conflitos (arbitragem): mesmo estabelecidos
aprioristicamente, provam-se freqüentemente insuficientes diante dos conflitos reais.
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