38
RaymOnd a. SeRway JOhn w. Jewett, JR. Tradução da 5 a edição norTe-americana 3 volume eleTromagneTismo

Princípios de Física – Volume 3: Eletromagnetismo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Este livro, o último volume de uma série de quatro, apresenta de forma clara e lógica os conceitos e os princípios básicos da Física, facilitando sua compreensão por meio de vários exemplos práticos que demonstram seu papel em outras disciplinas, bem como sua aplicação a situações do mundo real. Nesta edição, os autores continuam a privilegiar o enfoque contextual para motivar o aluno, procuram evitar concepções errôneas e utilizam a estratégia de resolução de problemas focada em modelos, evitando as dificuldades corriqueiras quando se ministra um curso de física introdutório baseado no cálculo. Neste volume: Forças elétricas e campos elétricos, Potencial elétrico e capacitância, Corrente e circuitos de corrente contínua, Forças e campos magnéticos, Lei de Faraday e indutância.

Citation preview

Outras Obras

RaymOnd a. SeRway JOhn w. Jewett, JR.

Tradução da 5a ediçãonorTe-americana

3volumeeleTromagneTismo

Tradução da 5a edição

norTe- -americana

3volume

Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br

eleTromagneTismo

RaymOnd a. SeRway JOhn w. Jewett, JR.

Tradução da 5a ediçãonorTe-americana

Trilha é uma solução digital, com plataforma de acesso em português, que disponibiliza ferramentas multimídia para uma nova estratégia de ensino e aprendizagem.

3volume

isbn 13 978-85-221-1638-6isbn 10 85-221-1638-5

7 8 8 5 2 2 1 1 6 3 8 69

Este livro, o terceiro volume de uma série de quatro, apresenta de forma clara e lógica os conceitos e os princípios básicos da Física, facilitando sua compreensão por meio de vários exemplos práticos que demonstram seu papel em outras disciplinas, bem como sua aplicação a situações do mundo real.

Nesta edição, os autores continuam a privilegiar o enfoque contextua l para motivar o aluno, procuram evitar concepções errôneas e utilizam a estratégia de resolução de problemas focada em modelos, evitando as dificuldades corriqueiras quando se ministra um curso de física in-trodutório baseado no cálculo.

neste volume: Forças elétricas e campos elétricos, Potencial elétrico e capacitância, Corrente e circuitos de corrente contínua, Forças e campos magnéticos, Lei de Faraday e indutância.

aplicações: Destina-se a disciplinas como Física Geral, Mecânica e Eletromagnetismo, dos cursos de Engenharia, Física, Matemática, Medicina e Biologia, entre outros.

pRincípiOS de fíSica – mecânica clássica e relatividade – Volume 1Tradução da 5a edição norte-americanaRaymond A. Serway e John W. Jewett, Jr.

pRincípiOS de fíSica – Oscilações, ondas e termodinâmica – Volume 2Tradução da 5a edição norte-americanaRaymond A. Serway e John W. Jewett, Jr.

pRincípiOS de fíSica – Óptica e física moderna – Volume 4Tradução da 5a edição norte-americanaRaymond A. Serway e John W. Jewett, Jr.

fíSica paRa cientiStaS e enGenheiROS – Volume 3 eletricidade e magnetismoTradução da 8a edição norte-americanaJohn W. Jewett, Jr. e Raymond A. Serway

RaymOnd a. SeRw

ay JOhn w

. Jewett, JR.

eleTrom

ag

neTism

o

cpa_PRINCIPdeFISICA_v03 16mm.indd 1 6/4/14 5:29 PM

Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos

Princípiosde física

Volume III

Eletromagnetismo

Raymond A. SerwayJames Madison University

John W. Jewett, Jr.California State Polytechnic University, Pomona

Tradução:

Foco Traduções

Revisão técnica:

Keli Fabiana SeidelProfessora adjunta da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR

tradução da 5a edição norte-americana

Princ Fisica vol III.indb iiiPrinc Fisica vol III.indb iii 03/06/2014 13:45:1503/06/2014 13:45:15

Sobre os autores xii

Prefácio ix

Ao aluno xxiii

Contexto 6 | Relâmpagos 1

19 Forças elétricas e campos elétricos 319.1 Visão histórica 419.2 Propriedades de cargas elétricas 419.3 Isolantes e condutores 619.4 Lei de Coulomb 819.5 Campos elétricos 1119.6 Linhas de campos elétricos 1819.7 Movimento de partículas carregadas em um campo

elétrico uniforme 2019.8 Fluxo elétrico 2219.9 Lei de Gauss 2419.10 Aplicação da lei de Gauss para vários

distribuidores de cargas 2719.11 Condutores em equilíbrio eletrostático 3019.12 Conteúdo em contexto: o campo elétrico atmosférico 32

20 Potencial elétrico e capacitância 4520.1 Potencial elétrico e diferença de potencial 4620.2 Diferença de potencial em um campo elétrico

uniforme 4720.3 Potencial elétrico e energia potencial gerados por cargas

pontuais 5020.4 Obtenção o valor do campo elétrico com base no potencial

elétrico 5320.5 Potencial elétrico gerado por distribuições de cargas

contínuas 5520.6 Potencial elétrico gerado por um condutor carregado 5820.7 Capacitância 6120.8 Combinações de capacitores 6420.9 Energia armazenada em um capacitor carregado 6820.10 Capacitores com dielétricos 7120.11 Conteúdo em contexto: a atmosfera como capacitor 75

21 Corrente e circuitos de

corrente contínua 8921.1 Corrente elétrica 9021.2 Resistência e Lei de Ohm 9321.3 Supercondutores 9921.4 Um modelo de condução elétrica 10021.5 Energia e potência nos circuitos elétricos 103

Sumário

21.6 Fontes de FEM 10621.7 Resistores em série e em paralelo 10821.8 Leis de Kirchhoff 11421.9 Circuitos RC 11721.10 Conteúdo em contexto: a atmosfera como um

condutor 123

Contexto 6 | CONCLUSÃO Determinando o número de raios 135

Contexto 7 | Magnetismo na medicina 137

22 Forças magnéticas e campos

magnéticos 13922.1 Síntese histórica 14022.2 O campo magnético 14022.3 Movimento de uma partícula carregada em um campo

magnético uniforme 14422.4 Aplicações envolvendo partículas carregadas em

movimento em um campo magnético 14822.5 Força magnética em um condutor transportando

corrente 15022.6 Torque em uma espira percorrida por corrente em um

campo magnético uniforme 15322.7 Lei de Biot–Savart 15622.8 A força magnética entre dois condutores paralelos 15922.9 Lei de Ampère 16022.10 Campo magnético de um solenoide 16422.11 Magnetismo na matéria 16622.12 Conteúdo em contexto: navegação magnética remota para

procedimentos de ablação por cateter 167

23 Lei de Faraday e indutância 18123.1 Lei da indução de Faraday 18123.2 FEM de movimento 18623.3 Lei de Lenz 19123.4 Forças eletromotrizes induzidas e campos elétricos 19423.5 Indutância 19623.6 Circuitos RL 19823.7 Energia armazenada em um campo magnético 20223.8 Conteúdo em contexto: o uso da estimulação magnética

transcraniana na depressão 205

Contexto 7 | CONCLUSÃO Ressonância magnética e ressonância magnética nuclear 219

Apêndices A-1

Respostas dos testes rápidos e problemas ímpares R-1

Índice remissivo I-1

v

Princ Fisica vol III.indb vPrinc Fisica vol III.indb v 03/06/2014 13:45:1603/06/2014 13:45:16

Sobre os autores

Raymond A. Serway recebeu seu doutorado no Illinois Institute of Technology e é Professor Emérito na James Madison University. Em 2011, foi premiado com um grau honorífico de doutorado pela sua alma mater, Utica College. Em 1990, recebeu o prêmio Madison Scholar Award na James Madison University, onde lecionou por 17 anos. Dr. Serway começou sua carreira de professor na Clark-son University, onde conduziu pesquisas e lecionou de 1967 a 1980. Recebeu o prêmio Distinguished Teaching Award na Clarkson University em 1977 e o Alumni Achievement Award da Utica College em 1985. Como Cientista Convi-dado no IBM Research Laboratory em Zurique, Suíça, trabalhou com K. Alex Müller, que recebeu o Prêmio Nobel em 1987. Serway também foi cientista visitante no Argonne National Laboratory, onde colaborou com seu mentor e amigo, o falecido Dr. Sam Marshall. Serway é coautor de College Physics, nona edição; Physiscs for Scientists and Engineers, oitava edição; Essentials of College Phy-sics; Modern Physics; terceira edição; e o livro-texto “Physics” para ensino médio, publicado por Holt McDougal. Adicionalmente, Dr. Serway publicou mais de 40 trabalhos de pesquisa no campo de Física da Matéria condensada e minis-trou mais de 60 palestras em encontros profissionais. Dr. Serway e sua esposa, Elizabeth, gostam de viajar, jogar golfe, pescar, cuidar do jardim, cantar no coro da igreja e, especialmente, de passar um tempo precioso com seus quatro filhos e nove netos e, recentemente, um bisneto.

John W. Jewett, Jr. concluiu a graduação em Física na Drexel University e o doutorado na Ohio State University, especializando-se nas propriedades ópti-cas e magnéticas da matéria condensada. Dr. Jewett começou sua carreira aca-dêmica na Richard Stockton College of New Jersey, onde lecionou de 1974 a 1984. Atualmente, Professor Emérito de Física da California State Polytechnic University, em Pomona. Durante sua carreira técnica de ensino, o Dr. Jewett foi ativo em promover a educação efetiva da física. Além de receber quatro prêmios National Science Foundation, ajudou a fundar e dirigir o Southern California Area Modern Physics Institute (SCAMPI) e o Science IMPACT (Insti-tute for Modern Pedagogy and Creative Teaching). As honrarias do Dr. Jewett incluem o Stockton Merit Award na Richard Stockton College em 1980, foi sele-cionado como professor de destaque na California State Polytechnic Univer-sity em 1991-1992 e recebeu o prêmio de excelência no Ensino de Física Uni-versitário da American Association of Physics Teachers (AAPT) em 1998. Em 2010, recebeu o “Alumni Achievement Award” da Universidade de Drexel em reconhecimento às suas contribuições no ensino de Física. Já apresentou mais de 100 palestras, tanto nos EUA como no exterior, incluindo múltiplas apre-sentações nos encontros nacionais da AAPT. Dr. Jewett é autor de The World of Physics: Mysteries, Magic, and Myth, que apresenta muitas conexões entre a Física e várias experiências do dia a dia. Além de seu trabalho como coautor de Física para Cientistas e Engenheiros, ele é também coautor de Princípios da Física, bem como de Global Issues, um conjunto de quatro volumes de manuais de instrução em ciência integrada para o ensino médio. Dr. Jewett gosta de tocar teclado com sua banda formada somente por físicos, gosta de viagens, fotografia suba-quática, aprender idiomas estrangeiros e colecionar aparelhos médicos antigos que podem ser utilizados como aparatos em suas aulas. O mais importante, ele adora passar o tempo com sua esposa, Lisa, e seus filhos e netos.

vii

Princ Fisica vol III.indb viiPrinc Fisica vol III.indb vii 03/06/2014 13:45:1603/06/2014 13:45:16

Prefácio

Princípios de Física foi criado como um curso introdutório de Física de um ano baseado em cálculo para alunos de engenharia e ciência e para alunos de pré-medicina fazendo cursos rigorosos de física. Esta edição traz muitas características pedagógicas novas, notadamente um sistema de aprendizagem web integrado, uma estratégia estru-turada para resolução de problemas que use uma abordagem de modelagem. Baseado em comentários de usuários da edição anterior e sugestões de revisores, um esforço foi realizado para melhorar a organização, clareza de apre-sentação, precisão da linguagem e acima de tudo exatidão.

Este livro-texto foi inicialmente concebido em função dos problemas mais conhecidos no ensino do curso intro-dutório de Física baseada em cálculo. O conteúdo do curso (e portanto o tamanho dos livros didáticos) continua a crescer, enquanto o número das horas de contato com os alunos ou diminuiu ou permaneceu inalterado. Além disso, um curso tradicional de um ano aborda um pouco de toda a Física além do século XIX.

Ao preparar este livro-texto, fomos motivados pelo interesse disseminado de reformar o ensino e aprendizado da Física por meio de uma pesquisa de educação em Física (PER). Um esforço nessa direção foi o Projeto Introdu-tório da Universidade de Física (IUPP), patrocinado pela Associação Norte-Americana de Professores de Física e o Instituto Norte- Americano de Física. Os objetivos principais e diretrizes deste projeto são:

• Conteúdo do curso reduzido seguindo o tema “menos pode ser mais”;• Incorporar naturalmente Física contemporânea no curso;• Organizar o curso no contexto de uma ou mais “linhas de história”;• Tratar igualmente a todos os alunos.

Ao reconhecer há vários anos a necessidade de um livro didático que pudesse alcançar essas diretrizes, estu-damos os diversos modelos IUPP propostos e os diversos relatórios dos comitês IUPP. Eventualmente, um de nós (Serway) esteve envolvido ativamente na revisão e planejamento de um modelo específico, inicialmente desenvol-vido na Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, intitulado “A Particles Approach to Introductory Physics”. Uma visita prolongada à Academia foi realizada com o Coronel James Head e o Tenente Coronel Rolf Enger, os principais autores do modelo de partículas, e outros membros desse departamento. Esta colaboração tão útil foi o ponto inicial deste projeto.

O outro autor (Jewett) envolveu-se com o modelo IUPP chamado “Physics in Context”, desenvolvido por John Rigden (American Institute of Physics), David Griffths (Universidade Estadual de Oregon) e Lawrence Coleman (University of Arkansas em Little Rock). Este envolvimento levou a Fundação Nacional de Ciência (NSF) a conceder apoio para o desenvolvimento de novas abordagens contextuais e, eventualmente, à sobreposição contextual usada neste livro e descrita com detalhes posteriormente no prefácio.

O enfoque combinado no IUPP deste livro tem as seguintes características:

• É uma abordagem evolucionária (em vez de uma abordagem revolucionária), que deve reunir as demandas atuais da comunidade da Física.

• Ela exclui diversos tópicos da Física clássica (como circuitos de corrente alternada e instrumentos ópticos) e coloca menos ênfase no movimento de objetos rígidos, óptica e termodinâmica.

• Alguns tópicos na Física contemporânea, como forças fundamentais, relatividade especial, quantização de energia e modelo do átomo de hidrogênio de Bohr, são introduzidos no início deste livro.

• Uma tentativa deliberada é feita ao mostrar a unidade da Física e a natureza geral dos princípios da Física.• Como ferramenta motivacional, o livro conecta aplicações dos princípios físicos a situações biomédicas inte-

ressantes, questões sociais, fenômenos naturais e avanços tecnológicos.

Outros esforços para incorporar os resultados da pesquisa em educação em Física tem levado a várias das caracte-rísticas deste livro descritas a seguir. Isto inclui Testes Rápidos, Perguntas Objetivas, Prevenção de Armadilhas, E Se?, recursos nos exemplos de trabalho, o uso de gráficos de barra de energia, a abordagem da modelagem para solucionar problemas e a abordagem geral de energia introduzida no Capítulo 7.

ix

Princ Fisica vol III.indb ixPrinc Fisica vol III.indb ix 03/06/2014 13:45:1603/06/2014 13:45:16

x | Princípios de física

| Objetivos

Este livro didático de Física introdutória tem dois objetivos principais: fornecer ao aluno uma apresentação clara e lógica dos conceitos e princípios básicos da Física e fortalecer a compreensão dos conceitos e princípios por meio de uma ampla gama de aplicações interessantes para o mundo real. Para alcançar esses objetivos, enfatizamos argu-mentos físicos razoáveis e a metodologia de resolução de problemas. Ao mesmo tempo, tentamos motivar o aluno por meio de exemplos práticos que demonstram o papel da Física em outras disciplinas, entre elas, engenharia, química e medicina.

| Alterações para esta edição

Inúmeras alterações e melhorias foram feitas nesta edição. Muitas delas são em resposta a descobertas recentes na pesquisa em educação de Física e a comentários e sugestões proporcionadas pelos revisores do manuscrito e pro-fessores que utilizaram as primeiras quatro edições. A seguir são representadas as maiores mudanças nesta quinta edição:

Novos contextos. O contexto que cobre a abordagem é descrito em “Organização”. Esta edição introduz dois novos Contextos: para o Capítulo 15 (no volume 2 desta coleção), “Ataque cardíaco”, e para os Capítulos 22-23 (volume 3), “Magnetismo e Medicina”. Ambos os novos Contextos têm como objetivo a aplicação dos princípios físicos no campo da biomedicina.

No Contexto “Ataque cardíaco”, estudamos o fluxo de fluidos através de um tubo, como analogia ao fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos no corpo humano. Vários detalhes do fluxo sanguíneo são relacionados aos perigos de doenças cardiovasculares. Além disso, discutimos novos desenvolvimentos no estudo do fluxo sanguíneo e ataques cardíacos usando nanopartículas e imagem computadorizada.

O contexto de “Magnetismo em Medicina” explora a aplicação dos princípios do eletromagnetismo para diag-nóstico e procedimentos terapêuticos em medicina. Começamos focando em usos históricos para o magnetismo, incluindo vários dispositivos médicos questionáveis. Mais aplicações modernas incluem procedimentos de navega-ção magnética remota em ablação de catéter cardíaco para fibrilação atrial, simulação magnética transcraniana para tratamento de depressão e imagem de ressonância magnética como ferramenta de diagnóstico.

Exemplos trabalhados. Todos os exemplos trabalhados no texto foram reformulados e agora são apresentados em um formato de duas colunas para reforçar os conceitos da Física. A coluna da esquerda mostra informações textuais que descrevem as etapas para a resolução do problema. A coluna da direita mostra as manipulações matemáticas e os resultados dessas etapas. Esse layout facilita a correspondência do conceito com sua execução matemática e ajuda os alunos a organizarem seu trabalho. Os exemplos seguem rigorosamente a Estratégia Geral de Resolução de Pro-blemas apresentada no Capítulo 1 para reforçar hábitos eficazes de resolução de problemas. Na maioria dos casos, os exemplos são resolvidos simbolicamente até o final, em que valores numéricos são substituídos pelos resultados simbólicos finais. Este procedimento permite ao aluno analisar o resultado simbólico para ver como o resultado depende dos parâmetros do problema, ou para tomar limites para testar o resultado final e correções. A maioria dos exemplos trabalhados no texto pode ser atribuída à tarefa de casa no Enhanced WebAssign. Uma amostra de um exemplo trabalhado encontra-se na próxima página.

Revisão linha a linha do conjunto de perguntas e problemas. Para esta edição, os autores revisaram cada pergunta e cada problema e incorporaram revisões destinadas a melhorar tanto a legibilidade como a transmissibilidade. Para tornar os problemas mais claros para alunos e professores, este amplo processo envolveu edição de problemas para melhorar a clareza, adicionando figuras, quando apropriado, e introduzindo uma melhor arquitetura de problema, ao quebrá-lo em partes claramente definidas.

Dados do Enhanced WebAssign utilizados para melhorar perguntas e problemas. Como parte da análise e revisão completa do conjunto de perguntas e problemas, os autores utilizaram diversos dados de usuários coletados pelo WebAssign, tanto de professores quanto de alunos que trabalharam nos problemas das edições anteriores do Prin-cípios de Física. Esses dados ajudaram tremendamente, indicando quando a frase nos problemas poderia ser mais clara, fornecendo, desse modo, uma orientação sobre como revisar problemas de maneira que seja mais facilmente compreendida pelos alunos e mais facilmente transmitida pelos professores no WebAssign. Por último, os dados foram utilizados para garantir que os problemas transmitidos com mais frequência fossem mantidos nesta nova

Princ Fisica vol III.indb xPrinc Fisica vol III.indb x 03/06/2014 13:45:1603/06/2014 13:45:16

edição. No conjunto de problemas de cada capítulo, o quartil superior dos problemas no WebAssign tem números sombreados para fácil identificação, permitindo que professores encontrem mais rápido e facilmente os problemas mais populares do WebAssign.

Para ter uma ideia dos tipos das melhorias que foram feitas, eis um problemas da quarta edição, seguido pelo problema como aparece nesta edição, com explicações de como eles foram aprimorados.

E se? Afirmações aparecem em cerca de 1/3 dos exemplos trabalhados e oferecem uma va-riação da situação colocada no texto de exemplo. Por exemplo, esse recurso pode explo-rar os efeitos da alteração das condições da situação, determinar o que acontece quando uma quantidade é levada para um valor limite particular, ou perguntar se a informação adicional pode ser determinada com a situação problema. Este recurso incentiva os alu-nos a pensar sobre os resultados do exemplo e auxilia na compreensão conceitual dos princípios.

O resultado final são símbolos; va-lores numéricos são substituídos no resultado final.

Cada solução foi escrita para acompanhar de perto a Estratégia Geral de Solução de Problemas, descrita no Capítulo 1, de modo que reforce os bons hábitos de resolução de problemas.

Cada passo da so-lução encontra-se detalhada em um formato de duas colunas. A coluna da esquerda fornece uma explicação para cada etapa mate-mática da coluna da direita, para melhor reforçar os conceitos físicos.

Mais exemplos também estão disponíveis para serem atribuídos como interativos no sistema de gestão de lição de casa avançada WebAssign.

Prefácio | xi

Exemplo 6.6 | Um bloco empurrado sobre uma superfície sem atrito

Um bloco de 6.0 kg inicialmente em repouso é puxado para a direita ao longo de uma superfície horizontal sem atrito por uma força horizontal constante de 12 N. Encontre a velocidade escalar do bloco após ele ter se movido 3,0 m.

SOLUÇÃO

Conceitualização A Figura 6.14 ilustra essa situação. Imagine puxar um carro de brinquedo por uma mesa horizontal com um elástico amarrado na frente do car-rinho. A força é mantida constante ao se certificar que o elástico esticado tenha sempre o mesmo comprimento.

Categorização Poderíamos aplicar as equações da cinemática para determinar a resposta, mas vamos praticar a abordagem de energia. O bloco é o sistema e três forças externas agem sobre ele. A força normal equilibra a força gravitacional no bloco e nenhuma dessas forças que agem verticalmente realizam trabalho sobre o bloco, pois seus pontos de aplicação são deslocados horizontalmente.

Análise A força externa resultante que age sobre o bloco é a força horizontal de 12 N.

Use o teorema do trabalho-energia cinética para o bloco, 2 21 1ext 2 20f i f fW K K mv mv

observando que sua energia cinética inicial é zero:

Resolva para encontrar vf e use a Equação 6.1 para o ext2 2f

W F xv

m mtrabalho realizado sobre o bloco por F:

Substitua os valores numéricos: 2(12N)(3,0m)

3,5 m/s6,0 kgfv

Finalização Seria útil para você resolver esse problema novamente considerando o bloco como uma partícula sob uma força resultante para encontrar sua aceleração e depois como uma partícula sob aceleração constante para encontrar sua velocidade final.

E se? Suponha que o módulo da força nesse exemplo seja dobrada para F 2F. O bloco de 6,0 kg acelera a 3,5 m/s em razão dessa força aplicada enquanto se move por um deslocamento x . Como o deslocamento x se compara com o deslocamento original x?

Resposta Se puxar forte, o bloco deve acelerar a uma determinada velocidade escalar em uma distância mais curta, portanto, esperamos que x x. Em ambos os casos, o bloco sofre a mesma mudança na energia cinética K. Matematicamente, pelo teorema do trabalho-energia cinética, descobrimos que

ext

122

W F x K F xF F

x x x xF F

e a distância é menor que a sugerida por nosso argumento conceitual.

x�

fvS

FS

mgS

nS

Figura 6.14 (Exemplo 6.6) Um bloco é puxado para a direita sobre uma superfície sem atrito por uma força horizontal constante.

Cap 06 Vol 1.indd 177 23/01/2014 08:22:16

Princ Fisica vol III.indb xiPrinc Fisica vol III.indb xi 03/06/2014 13:45:1603/06/2014 13:45:16

xii | Princípios de física

Organização de perguntas revisadas. Reorganizamos os conjuntos de perguntas de final do capítulo para esta nova edição. A seção de Perguntas da edição anterior está agora dividida em duas seções: Perguntas Objetivas e Pergun-tas Conceituais.

Perguntas objetivas são de múltipla escolha, verdadeiro/falso, classificação, ou outros tipos de perguntas de múlti-plas suposições. Algumas requerem cálculos projetados para facilitar a familiaridade dos alunos com as equações, as variáveis utilizadas, os conceitos que as variáveis representam e as relações entre os conceitos. Outras são de natureza mais conceitual e são elaboradas para encorajar o pensamento conceitual. As perguntas objetivas também são escritas tendo em mente o usuário do sistema de respostas pessoais e a maioria das perguntas poderia ser facil-mente utilizada nesses sistemas.

Perguntas conceituais são mais tradicionais, com respostas curtas e do tipo dissertativo, exigindo que os alunos pen-sem conceitualmente sobre uma situação física.

Problemas. Os problemas do final de capítulo são mais numerosos nesta edição e mais variados (no total, mais de 2 200 problemas são dados durante toda a coleção). Para conveniência tanto do aluno como do professor, cerca de dois terços dos problemas são ligados a seções específicas do capítulo, incluindo a seção Conteúdo em contexto. Os problemas restantes, chamados “Problemas Adicionais”, não se referem a seções específicas. O ícone identifica problemas que lidam com aplicações reais na ciência e medicina. As respostas dos problemas ímpares são forne-cidas no final do livro. Para identificação facilitada, os números dos problemas simples estão impressos em preto; os números de problemas de nível intermediário estão impressos em cinza; e os de problemas desafiadores estão impressos em cinza sublinhado.

Novos tipos de problemas. Apresentamos quatro novos tipos de problemas nesta edição:

Problemas quantitativos e conceituais contêm partes que fazem com que os alunos pensem tanto quantitativa quanto conceitualmente. Um exemplo de problema Quantitativo e Conceitual aparece aqui:

A figura foi revisada e as dimensões foram acrescentadas.

É fornecido um enredo para o problema.

A quantidade solici-tada é requerida de forma mais pessoal, perguntando o trabalho realizado pelos homens, em vez de perguntar a energia potencial gravitacional.

A expressão para a energia potencial gravitacional é for-necida, enquanto no original era solicitado que esta fosse provada. Isso permite que o problema funcione melhor no Enhanced WebAssign.

Problemas da quarta edição... ... Após a revisão para a quinta edição:

35. (a) Considere um objeto extenso cujas diferentes porções têm diversas elevações. Suponha que a aceleração da gra-vidade seja uniforme sobre o objeto. Prove que a energia potencial gravitacional do sistema Terra-corpo é dada por U MgyCM, em que M é a massa total do corpo e yCM é a posição de seu centro de massa acima do nível de referência escolhido. (b) Calcule a energia potencial gra-vitacional associada a uma rampa construída no nível do solo com pedra de densidade 3 800 kg/m2 e largura uni-forme de 3,60 m (Figura P8.35). Em uma visão lateral, a rampa aparece como um triângulo retângulo com altura de 15,7 m na extremidade superior e base de 64,8 m.

Figura P8.35

37. Exploradores da floresta encontram um monumento antigo na forma de um grande triângulo isóceles, como mostrado na Figura P8.37. O monumento é feito de dezenas de milhares de pequenos blocos de pedra de densidade 3 800 kg/m3. Ele tem 15,7 m de altura e 64,8 m de largura em sua base, com espessura de 3,60 m em todas as partes ao longo do momento. Antes de o monu-mento ser construído muitos anos atrás, todos os blocos de pedra foram colocados no solo. Quanto trabalho os construtores tiveram para colocar os blocos na posição durante a construção do monumento todo? Observação: A energia potencial gravitacional de um sistema corpo--Terra é definida por Ug MgyCM, onde M é a massa total do corpo e yCM é a elevação de seu centro de massa acima do nível de referência escolhido.

3,60 m64,8 m

15,7 m

Figura P8.37

Iniciais 2.indd 1 11/02/2014 09:17:36

Princ Fisica vol III.indb xiiPrinc Fisica vol III.indb xii 03/06/2014 13:45:1803/06/2014 13:45:18

Problemas simbólicos pedem que os alunos os resolvam utilizando apenas manipulação simbólica. A maioria dos entrevistados na pesquisa pediu especificamente um aumento no número de problemas simbólicos encontrados no livro, pois isso reflete melhor a maneira como os professores querem que os alunos pensem quando resolvem problemas de Física. Um exemplo de problema simbólico aparece aqui:

Prefácio | xiii

A resposta do problema é puramente simbólica.

57. Revisão. Uma tábua uniforme de comprimento L está deslizando ao longo de um plano horizontal suave e sem atrito, como mostrado na Figura P7.57a. A tábua então desliza através da fronteira com superfície hori-zontal áspera. O coeficiente de atrito cinético entre a tábua e a segunda superfície é k. (a) Encontre a acele-ração da tábua no momento em que sua parte dianteira tenha viajado uma distância x além da divisa. (b) A tábua para no instante em que sua traseira atinge a divisa, como mostrado na Figura P7.57b. Encontre a velocidade inicial v da tábua.

FronteiravS

a

b

L

v � 0

Figura P7.57

A figura mostra apenas quantidades simbólicas.

O problema é identifi-cado por um ícone .

Nenhum número aparece no enunciado do problema.

As partes (a) – (c) do pro-blema pedem cálculos quantitativos.

O problema é identificado com um ícone .

A parte (d) faz uma pergunta conceitual sobre a situação.

55. Uma mola horizontal presa a uma parede tem constante de força k 850 N/m. Um bloco de massa m 1,00 kg é preso na mola e repousa sobre uma superfí-cie horizontal sem atrito, como mostrado na Figura P7.55. (a) O bloco é puxado até uma posição xi 6,00 cm do equilíbrio e liberado. Encontre a energia potencial elástica armazenada na mola quando o bloco está a 6,00 cm do equilíbrio e quando ele passa pelo equilíbrio. (b) Encon-tre a velocidade do bloco quando ele passa pelo ponto de equilíbrio. (c) Qual a velocidade do bloco quando está a uma posição xi/2 3,00 cm? (d) Por que a resposta à parte (c) não é a metade da resposta à parte (b)?

x � xix � xi/2

km

x � 0

Figura P7.55

Cap 07 Vol 1.indd 235 23/01/2014 14:35:02

57. (a) –mkgx/L (b) (mkgL)1/2

PD Problemas dirigidos ajudam os alunos a decompor os problemas em etapas. Um típico problema de Física pede uma quantidade física em um determinado contexto. Entretanto, frequentemente, diversos conceitos devem ser utili-zados e inúmeros cálculos são necessários para obter essa resposta final. Muitos alunos não estão acostumados a esse nível de complexidade e frequentemente não sabem por onde começar. Um problema dirigido divide um problema--padrão em passos menores, o que permite que os alunos apreendam todos os conceitos e estratégias necessários para chegar à solução correta. Diferentemente dos problemas de Física padrão, a orientação é frequentemente

Princ Fisica vol III.indb xiiiPrinc Fisica vol III.indb xiii 03/06/2014 13:45:1903/06/2014 13:45:19

xiv | Princípios de física

incorporada no enunciado do problema. Os problemas dirigidos são lembretes de como um aluno pode interagir com um professor em seu escritório. Esses problemas (há um em cada capítulo do livro) ajudam a treinar os alunos a decompor problemas complexos em uma série de problemas mais simples, uma habilidade essencial para a reso-lução de problemas. Um exemplo de problema dirigido aparece acima.

Problemas de impossibilidade. A pesquisa educacional em Física enfatiza pesadamente as habilidades dos alunos para resolução de problemas. Embora a maioria dos problemas deste livro esteja estruturada de maneira a fornecer dados e pedir um resultado de cálculo, dois problemas em cada capítulo, em média, são estruturados como proble-mas de impossibilidade. Eles começam com a frase Por que a seguinte situação é impossível? Ela é seguida pela descrição de uma situação. O aspecto impactante desses problemas é que não é feita nenhuma pergunta aos alunos a não ser o que está em itálico inicial. O aluno deve determinar quais perguntas devem ser feitas e quais cálculos devem ser efe-tuados. Com base nos resultados desses cálculos, o aluno deve determinar por que a situação descrita não é possível. Essa determinação pode requerer informações de experiência pessoal, senso comum, pesquisa na Internet ou em impresso, medição, habilidades matemáticas, conhecimento das normas humanas ou pensamento científico.

Esses problemas podem ser designados para criar habilidades de pensamento crítico nos alunos. Eles são tam-bém engraçados, tendo o aspecto de “mistérios” da física para serem resolvidos pelos alunos individualmente ou em grupos. Um exemplo de problema de impossibilidade aparece aqui:

28. PD Uma viga uniforme repousando em dois pinos tem comprimento L 6,00 m e massa M 90,0 kg. O pino à esquerda exerce uma força normal n1 sobre a viga, e o outro, localizado a uma distância 4,00 m da extremidade esquerda, exerce uma força normal n2. Uma mulher de massa m 55,0 kg pisa na extremidade esquerda da viga e começa a caminhar para a direita, como na Figura P10.28. O objetivo é encontrar a posição da mulher quando a viga começa a inclinar. (a) Qual é o modelo de análise apropriado para a viga antes de come-çar a inclinar? (b) Esboce um diagrama de força para a viga, rotulando as forças gravitacionais e normais agindo sobre ela e posicionando a mulher a uma distância x à direita do primeiro pino, que é a origem. (c) Onde está a mulher quando a força normal n1 é maior? (d) Qual é n1 quando a viga está prestes a inclinar? (e) Use a Equação 10.27 para encontrar o valor de n2 quando a viga está prestes a inclinar. (f) Usando o resultado da parte (d) e a Equação 10.28, com torques calculados em torno do segundo pino, encontre a posição x da mulher quando a viga está prestes a inclinar. (g) Verifique a resposta para a parte (e) calculando os torques em torno do ponto do primeiro pino.

L

xm

M

Figura P10.28

Cap 10 Vol 1.indd 360 11/02/2014 09:25:43

O objetivo do problema é identificado.

A análise começa com a identificação do modelo de análise apropriado.

São fornecidas sugestões de passos para resolver o problema.

O problema é identifi-cado com um ícone PD .

O cálculo associado ao objetivo é solicitado.

51. Por que a seguinte situação é impossível?Albert Pujols acerta um home run de maneira que a bola ultrapassa a fileira superior da arquibancada, a 24,0 m de altura, localizada a 130 m da base principal. A bola foi batida a 41,7 m/s em um ângulo de 35,0° com a horizontal e a resistência do ar é desprezível.

A fase inicial em itálico sinaliza um problema de impossibilidade.

Uma situação é descrita

Nenhuma pergunta é feita. O estudante deve determinar o que deve ser calculado e porque a situação é impossível.

Princ Fisica vol III.indb xivPrinc Fisica vol III.indb xiv 03/06/2014 13:45:2003/06/2014 13:45:20

Maior número de problemas emparelhados. Com base no parecer positivo que recebemos em uma pesquisa de mercado, aumentamos o número de problemas emparelhados nesta edição. Esses problemas são de outro modo idênticos, um pedindo uma solução numérica e o outro, uma derivação simbólica. Existem agora três pares desses problemas na maioria dos capítulos, indicados pelo sombreado mais escuro no conjunto de problemas do final de capítulo.

Revisão minuciosa das ilustrações. Cada ilustração desta edição foi revisada com um estilo novo e moderno, aju-dando a expressar os princípios da Física de maneira clara e precisa. Cada ilustração também foi revisada para garantir que as situações físicas apresentadas correspondam exatamente à proposição do texto sendo discutido.

Também foi acrescentada nesta edição uma nova característica: “indicadores de foco”, que indicam aspectos importantes de uma figura ou guiam os alunos por um processo ilustrado pela arte ou foto. Esse formato ajuda os alunos que aprendem mais facilmente utilizando o sentido da visão. Exemplos de figuras com indicadores de foco aparecem a seguir.

O

y

x

���r1→ r2

→ r3→

Direção de v em � →

��

��

Como o ponto final se aproxima de �, ∆ t se aproxima de zero e a direção de ∆r aproxima-se da linha cinza tangente à curva em �.

À medida que o ponto final da trajetória é movido de � para �′ e para �′′, os respectivos deslocamentos e intervalos de tempo correspon-dentes se tornam cada vez menores.

Figura 3.2 Como uma partícula se move entre dois pontos, sua velocidade média é na direção do vetor deslocamento r. Por definição, a velocidade instantânea em � é direcionada ao longo da linha tangente à curva em �.

Cap 03 Vol 1.indd 72 23/01/2014 15:16:53

Expansão da abordagem do modelo de análise. Os alunos são expostos a centenas de problemas durante seus cursos de Física. Os professores têm consciência de que um número relativamente pequeno de princípios fundamentais formam a base desses problemas. Quando está diante de um problema novo, um físico forma um modelo que pode ser resolvido de maneira simples, identificando os princípios fundamentais aplicáveis ao problema. Por exemplo, muitos problemas envolvem a conservação da energia, a segunda lei de Newton ou equações cinemáticas. Como o físico já estudou esses princípios extensamente e entende as aplicações associadas, ele pode aplicar o conhecimento como um modelo para resolução de um problema novo.

Embora fosse ideal que os alunos seguissem o mesmo processo, a maioria deles tem dificuldade em se familia-rizar com toda a gama de princípios fundamentais disponíveis. É mais fácil para os alunos identificar uma situação do que um princípio fundamental. A abordagem de Modelo de Análise que enfocamos nesta revisão mostra um conjunto de situações que aparecem na maioria dos problemas de Física. Essas situações baseiam-se na “entidade” e um dos quatro modelos de simplificação: partícula, sistema, objeto rígido e onda.

Prefácio | xv

Hen

ry L

eap

and

Jim

Leh

man

Uma fonte de luz no centro de um cilindro rolando e outro em um ponto da borda ilustram as diferentes trajetórias que estes dois pontos descrevem.

O ponto na borda se move em uma trajetória chamada cicloide (linha curva mais escura).

O centro se move em uma linha clara.

Figura 10.28 Dois pontos em um cilindro rolando tomam trajetórias diferentes através do espaço.

Cap 10 Vol 1.indd 349 11/02/2014 09:31:15

Princ Fisica vol III.indb xvPrinc Fisica vol III.indb xv 03/06/2014 13:45:2103/06/2014 13:45:21

xvi | Princípios de física

Uma vez identificado o modelo de simplificação, o aluno pensa no que a “entidade” está fazendo ou em como ela interage com seu ambiente, o que leva o aluno a identificar um modelo de análise em particular para o problema. Por exemplo, se o objeto estiver caindo, ele é modelado como uma partícula. Ele está em aceleração constante por causa da gravidade. O aluno aprendeu que essa situação é descrita pelo modelo de análise de uma partícula sob aceleração constante. Além disso, esse modelo tem um número pequeno de equações associadas para serem usadas na resolução dos problemas, as equações cinemáticas no Capítulo 2. Por essa razão, uma compreensão da situação levou a um modelo de análise, que identifica um número muito pequeno de equações para solucionar o problema em vez da grande quantidade de equações que os alunos veem no capítulo. Desse modo, a utilização de modelos de análise leva o aluno ao princípio fundamental que o físico identificaria. Conforme o aluno ganha mais experiência, ele dependerá menos da abordagem de modelo de análise e começará a identificar os princípios fundamentais diretamente, como o físico faz. Essa abordagem também é reforçada no resumo do final de capítulo sob o título Modelo de Análise para Resolução de Problemas.

Mudanças de conteúdo. O conteúdo e a organização do livro didático são essencialmente os mesmos da quarta edi-ção. Diversas seções em vários capítulos foram dinamizadas, excluídas ou combinadas com outras seções para per-mitir uma apresentação mais equilibrada. Os Capítulos 6 e 7 foram completamente reorganizados para preparar alunos para uma abordagem unificada para a energia que é usada ao logo do texto. Atualizações foram acrescen-tadas para refletir o estado atual de várias áreas de pesquisa e aplicação da Física, incluindo uma nova seção sobre a matéria escura e informações sobre descobertas de novos objetos do cinto de Kuiper, comparação de teorias de concorrentes de percepção de campo em humanos, progresso na utilização de válvulas de grade de luz (GLV) para aplicações ópticas, novos experimentos para procurar a radiação de fundo cósmico, desenvolvimentos na procura de evidências do plasma quark-gluon, e o status do Acelerador de Partículas (LHC).

| Organização

Temos incorporado um esquema de “sobreposição de contexto” no livro didático, em resposta à abordagem “Física em Contexto” na IUPP. Esta característica adiciona aplicações interessantes do material em usos reais. Temos desen-volvido esta característica flexível; é uma “sobreposição” no sentido que o professor que não quer seguir a aborda-gem contextual possa simplesmente ignorar as características contextuais adicionais sem sacrificar completamente a cobertura do material existente. Acreditamos, no entanto, que muitos alunos serão beneficiados com esta abordagem.

A organização de sobreposição de contexto divide toda a coleção (31 capítulos no total, divididos em quatro volumes) em nove seções, ou “Contextos”, após o Capítulo 1, conforme a seguir:

Número do contexto Contexto Tópicos de Física Capítulos

1 Veículos de combustível alternativo Mecânica clássica 2-72 Missão para Marte Mecânica clássica 8-113 Terremotos Vibrações e ondas 12-144 Ataques cardíacos Fluidos 155 Aquecimento global Termodinâmica 16-186 Raios Eletricidade 19-217 Magnetismo na medicina Magnetismo 22-238 Lasers Óptica 24-279 A conexão cósmica Física moderna 28-31

Cada Contexto começa com uma seção introdutória que proporciona uma base histórica ou faz uma conexão entre o tópico do Contexto e questões sociais associadas. A seção introdutória termina com uma “pergunta central” que motiva o estudo dentro do Contexto. A seção final de cada capítulo é uma “Conexão com o contexto”, que dis-cute como o material específico no capítulo se relaciona com o Contexto e com a pergunta central. O capítulo final em cada Contexto é seguido por uma “Conclusão do Contexto”. Cada conclusão aplica uma combinação dos prin-cípios aprendidos nos diversos capítulos do Contexto para responder de forma completa a pergunta central. Cada capítulo e suas respectivas Conclusões incluem problemas relacionados ao material de contexto.

Princ Fisica vol III.indb xviPrinc Fisica vol III.indb xvi 03/06/2014 13:45:2203/06/2014 13:45:22

| Características do texto

A maioria dos professores acredita que o livro didático selecionado para um curso deve ser o guia principal do aluno para a compreensão e aprendizagem do tema. Além disso, o livro didático deve ser facilmente acessível e deve ser estilizado e escrito para facilitar a instrução e a aprendizagem. Com esses pontos em mente, incluímos muitos recur-sos pedagógicos, relacionados abaixo, que visam melhorar sua utilidade tanto para alunos quanto para professores.

Resolução de problemas e compreensão conceitual

Estratégia geral de resolução de problemas. A estratégia geral descrita no final do Capítulo 1 oferece aos alunos um processo estruturado para a resolução de problemas. Em todos os outros capítulos, a estratégia é empregada em cada exemplo de maneira que os alunos possam aprender como ela é aplicada. Os alunos são encorajados a seguir essa estratégia ao trabalhar nos problemas de final de capítulo.

Na maioria dos capítulos, as estratégias e sugestões mais específicas estão incluídas para solucionar os tipos de problemas caracterizados nos problemas de final de capítulo. Esta característica ajuda aos alunos a identificar as etapas essenciais para solucionar problemas e aumenta suas habilidades como solucionadores de problemas.

Pensando em Física. Temos incluído vários exemplos de Pensando em Física ao longo de cada capítulo. Essas per-guntas relacionam os conceitos físicos a experiências comuns ou estendem os conceitos além do que é discutido no material textual. Imediatamente após cada uma dessas perguntas há uma seção “Raciocínio” que responde à pergunta. Preferencialmente, o aluno usará estas características para melhorar o entendimento dos conceitos físicos antes de começar a apresentação de exemplos quantitativos e problemas para solucionar em casa.

Figuras ativas. Muitos diagramas do texto foram animados para se tornarem Figura Ativas (identificadas na legenda da figura), parte do sistema de tarefas de casa on-line Enhanced WebAssign. Vendo animações de fenô-menos de processos que não podem ser representados completamente numa página estática, os alunos aumentam muito o seu entendimento conceitual. Além disso, com as animações de figuras, os alunos podem ver o resultado da mudança de variáveis, explorações de conduta sugeridas dos princípios envolvidos na figura e receber o feedback em testes relacionados à figura.

Testes rápidos. Os alunos têm a oportunidade de testar sua compreensão dos conceitos da Física apresentados por meio de Testes Rápidos. As perguntas pedem que os alunos tomem decisões com base no raciocínio sólido, e algu-mas delas foram elaboradas para ajudá-los a superar conceitos errôneos. Os Testes Rápidos foram moldados em um formato objetivo, incluindo testes de múltipla escolha, falso e verdadeiro e de classificação. As respostas de todas as perguntas no Teste Rápido encontram-se no final do texto. Muitos professores preferem utilizar tais perguntas em um estilo de “interação com colega” ou com a utilização do sistema de respostas pessoais por meio de clickers, mas elas também podem ser usadas no formato padrão de quiz. Um exemplo de Teste Rápido é apresentado a seguir.

TESTE RÁPIDO 6.5 Um dardo é inserido em uma pistola de dardos de mola, empurrando a mola por uma distância x. Na próxima carga, a mola é comprimida a uma distância 2x. Quão mais rápido o segundo dardo sai da arma em com-paração com o primeiro? (a) quatro vezes mais (b) duas vezes mais (c) o mesmo (d) metade (e) um quarto

Prevenção de armadilhas. Mais de 150 Prevenções de Armadilhas (tais como a que se encontra à direita) são fornecidas para ajudar os alunos a evitar erros e equívocos comuns. Esses recursos, que são colocados nas margens do texto, tra-tam tanto dos conceitos errôneos mais comuns dos alunos quanto de situações nas quais eles frequentemente seguem caminhos que não são produtivos.

Resumos. Cada capítulo contém um resumo que revisa os conceitos e equações importantes vistos no capítulo. Nova na quinta edição é a seção do Resumo Modelo de Análise para solução de problemas, que ressalta os modelos de aná-lise relevantes apresentados num dado capítulo.

Perguntas. Como mencionado nas edições anteriores, a seção de perguntas da edição anterior agora está dividida em duas: Perguntas Objetivas e Perguntas Conceituais. O professor pode sele-cionar itens para atribuir como tarefa de casa ou utilizar em sala de aula, possivelmente com métodos de “instrução

Prevenção de Armadilhas | 1.1

Valores sensatos

Gerar intuição sobre valores normais de quantidades ao resolver problemas é importante porque se deve pensar no resultado final e determinar se ele parece sensato. Por exemplo, se esti-ver calculando a massa de uma mosca e chegar a um valor de 100 kg, essa resposta é insensata e há um erro em algum lugar.

Prefácio | xvii

Princ Fisica vol III.indb xviiPrinc Fisica vol III.indb xvii 03/06/2014 13:45:2203/06/2014 13:45:22

xviii | Princípios de física

de grupo” e com sistemas de resposta pessoal. Mais de setecentas Perguntas Objetivas e Conceituais foram incluídas nesta edição.

Problemas. Um conjunto extenso de problemas foi incluído no final de cada capítulo; no total, esta edição contém mais de 2 200 problemas. As respostas dos problemas ímpares são fornecidas no final do livro.

Além dos novos tipos de problemas mencionados anteriormente, há vários outros tipos de problemas caracteri-zados no texto:

• Problemas Biomédicos. Acrescentamos vários problemas relacionados a situações biomédicas nesta edição (cada um relacionado a um ícone ), para destacar a relevância dos princípios da Física aos alunos que seguem este curso e vão se formar em uma das ciências humanas.

• Problemas Emparelhados. Como ajuda para o aprendizado dos alunos em solucionar problemas simbolica-mente, problemas numericamente emparelhados e problemas simbólicos são incluídos em todos os capítulos do livro. Os problemas emparelhados são identificados por um fundo comum.

• Problemas de revisão. Muitos capítulos incluem problemas de revisão que pedem que o aluno combine con-ceitos vistos no capítulo atual com os discutidos nos capítulos anteriores. Esses problemas (marcados como Revisão) refletem a natureza coesa dos princípios no texto e garantem que a Física não é um conjunto espa-lhado de ideias. Ao enfrentar problemas do mundo real, como o aquecimento global e as armas nucleares, pode ser necessário contar com ideias da Física de várias partes de um livro didático como este.

• “Problemas de Fermi”. Um ou mais problemas na maioria dos capítulos pedem que o aluno raciocine em termos de ordem de grandeza.

• Problemas de projeto. Vários capítulos contêm problemas que pedem que o aluno determine parâmetros de projeto para um dispositivo prático de maneira que ele possa funcionar conforme necessário.

• Problemas com base em cálculo. A maioria dos capítulos contém pelo menos um problema que aplica ideias e métodos de cálculo diferencial e um problema que utiliza cálculo integral.

Representações alternativas. Enfatizamos representações alternativas de informação, incluindo representações men-tais, pictóricas, gráficas, tabulares e matemáticas. Muitos problemas são mais fáceis de resolver quando a informação é apresentada de forma alternativa, alcançando os vários métodos diferentes que os alunos utilizam para aprender.

Apêndice de matemática. O anexo de matemática (Anexo B), uma ferramenta valiosa para os alunos, mostra as ferramentas matemáticas em um contexto físico. Este recurso é ideal para alunos que necessitam de uma revisão rápida de tópicos, tais como álgebra, trigonometria e cálculo.

Aspectos úteis

Estilo. Para facilitar a rápida compreensão, escrevemos o livro em um estilo claro, lógico e atrativo. Escolhemos um estilo de escrita que é um pouco informal e descontraído, e os alunos encontrarão um texto atraente e agradável de ler. Os termos novos são cuidadosamente definidos, evitando a utilização de jargões.

Definições e equações importantes. As definições mais importantes estão em negrito ou fora do parágrafo em texto centralizado para adicionar ênfase e facilidade na revisão. De maneira similar, as equações importantes são destaca-das com uma tela de fundo para facilitar a localização.

Notas de margem. Comentários e notas que aparecem na margem com um ícone podem ser utilizados para loca-lizar afirmações, equações e conceitos importantes no texto.

Nível matemático. Introduzimos cálculo gradualmente, lembrando que os alunos com frequência fazem cursos introdutórios de Cálculo e Física ao mesmo tempo. A maioria das etapas é mostrada quando equações básicas são desenvolvidas e frequentemente se faz referência aos anexos de matemática do final do livro didático. Embora os vetores sejam abordados em detalhe no Capítulo 1, produtos de vetores são apresentados mais adiante no texto, em

Princ Fisica vol III.indb xviiiPrinc Fisica vol III.indb xviii 03/06/2014 13:45:2203/06/2014 13:45:22

que são necessários para aplicações da Física. O produto escalar é apresentado no Capítulo 6, que trata da energia de um sistema; o produto vetorial é apresentado no Capítulo 10, que aborda o momento angular.

Figuras significativas. Tanto nos exemplos trabalhados quanto nos problemas do final de capítulo, os algarismos significativos foram manipulados com cuidado. A maioria dos exemplos numéricos é trabalhada com dois ou três algarismos significativos, dependendo da precisão dos dados fornecidos. Os problemas do final de capítulo regu-larmente exprimem dados e respostas com três dígitos de precisão. Ao realizar cálculos estimados, normalmente trabalharemos com um único algarismo significativo. (Mais discussão sobre algarismos significativos encontra-se no Capítulo 1.)

Unidades. O sistema internacional de unidades (SI) é utilizado em todo o texto. O sistema comum de unidades nos Estados Unidos só é utilizado em quantidade limitada nos capítulos de mecânica e termodinâmica.

Apêndices e páginas finais. Diversos anexos são fornecidos no fim do livro. A maioria do material anexo representa uma revisão dos conceitos de matemática e técnicas utilizadas no texto, incluindo notação científica, álgebra, geo-metria, trigonometria, cálculo diferencial e cálculo integral. A referência a esses anexos é feita em todo o texto. A maioria das seções de revisão de matemática nos anexos inclui exemplos trabalhados e exercícios com respostas. Além das revisões de matemática, os anexos contêm tabela de dados físicos, fatores de conversão e unidades SI de quantidades físicas, além de uma tabela periódica dos elementos. Outras informações úteis – dados físicos e cons-tantes fundamentais, uma lista de prefixos padrão, símbolos matemáticos, alfabeto grego e abreviações padrão de unidades de medida – aparecem nas páginas finais.

| Soluções de curso que se ajustarão às suas metas de ensino e às necessidades de aprendizagem dos alunos

Avanços recentes na tecnologia educacional tornaram os sistemas de gestão de tarefas para casa e os sistemas de resposta ferramentas poderosas e acessíveis para melhorar a maneira como os cursos são ministrados. Não importa se você oferece um curso mais tradicional com base em texto, se está interessado em utilizar ou se atualmente utiliza um sistema de gestão de tarefas para casa, como o Enhanced WebAssign. Para mais informações sobre como adqui-rir o cartão de acesso a esta ferramenta, contate: [email protected]. Recurso em inglês.

Sistemas de gestão de tarefas para casa

Enhanced WebAssign para Princípios de Física, tradução da 5a edição norte-americana (Princi-

ples of physics, 5th edition). Exclusivo da Cengage Learning, o Enhanced WebAssign oferece um programa on-line extenso de Física para encorajar a prática que é tão fundamental para o domínio do conceito. A pedagogia e exercícios meticulosamente trabalhada nos nossos textos comprovados se tornaram ainda mais eficazes no Enhanced WebAssign. O Enhanced WebAssign inclui o Cengage YouBook, um livro interativo altamente personalizável. O WebAssign inclui:

• Todos os problemas quantitativos de final de capítulo.• Problemas selecionados aprimorados com feedbacks direcionados. Um exemplo de feedback direcionado apa-

rece a seguir:• Tutoriais Master It (indicados no texto por um ícone ), para ajudar os alunos a trabalharem no problema

um passo de cada vez. Um exemplo de tutorial Master It aparece na próxima página.• Vídeos de resolução Watch It (indicados no texto por um ícone )que explicam estratégias fundamentais de

resolução de problemas para ajudar os alunos a passarem pelas etapas do problema. Além disso, os professo-res podem escolher incluir sugestões de estratégias de resolução de problemas.

• Verificações de conceitos• Tutoriais de simulação de Figuras Ativas• Simulações PhET • A maioria dos exemplos trabalhados, melhorados com sugestões e feedback, para ajudar a reforçar as habilida-

des de resolução de problemas dos alunos

Prefácio | xix

Princ Fisica vol III.indb xixPrinc Fisica vol III.indb xix 03/06/2014 13:45:2203/06/2014 13:45:22

xx | Princípios de física

Os tutoriais Master It ajudam os estu-dantes a organizar o que necessitam para resolver um problema com as seções de concei-tualização e cate-gorização antes de trabalhar em cada etapa. (em inglês)

Tutoriais Master It ajudam os estu-dantes a trabalhar em cada passo do problema. (em inglês)

Problemas selecionados incluem feedback para tratar dos erros mais comuns que os estudantes come-tem. Esse feedback foi desenvol-vido por professores com vários anos de experiência em sala de aula. (em inglês)

Os vídeos de resolução Watch It ajudam os estudantes a visualizar os passos necessários para resolver um problema. (em inglês)

Princ Fisica vol III.indb xxPrinc Fisica vol III.indb xx 03/06/2014 13:45:2203/06/2014 13:45:22

• Cada Teste Rápido oferece aos alunos uma grande oportunidade de testar sua compreensão conceitual• O Cengage YouBook

O WebAssign tem um eBook personalizável e interativo, o Cengage YouBook, que direciona o livro-texto para se encaixar no seu curso e conectar você com os seus alunos. Você pode remover ou reorganizar capítulos no índice e direcionar leituras designadas que combinem exatamente com o seu programa. Ferramentas poderosas de edição permitem a você fazer mudanças do jeito desejado – ou deixar tudo do jeito original. Você pode destacar trechos principais ou adicionar notas adesivas nas páginas para comentar um conceito na leitura, e depois compartilhar qualquer uma dessas notas individuais e trechos marcados com os seus alunos, ou mantê-los para si. Você também pode editar o conteúdo narrativo no livro de texto adicionando uma caixa de texto ou eliminando texto. Com uma ferramenta de link útil, você pode entrar num ícone em qualquer ponto do eBook que lhe permite fazer links com as suas próprias notas de leitura, resumos de áudio, vídeo-palestras, ou outros arquivos em um site pessoal ou em qual-quer outro lugar da web. Um simples widget do YouTube permite que você encontre e inclua vídeos do YouTube de maneira fácil diretamente nas páginas do eBook. Existe um quadro claro de discussão que permite aos alunos e professores que encontrem outras pessoas da sua classe e comecem uma sessão de chat. O Cengage YouBook ajuda os alunos a irem além da simples leitura do livro didático. Os alunos também podem destacar o texto, adicionar as suas próprias notas e marcar o livro. As animações são reproduzidas direto na página no ponto de aprendizagem, de modo que não sejam solavancos, mas sim verdadeiros aprimoramentos na leitura. Para mais informações sobre como adquirir o cartão de acesso a esta ferramenta, contate: [email protected]. Recurso em inglês.

• Oferecido exclusivamente no WebAssign, o Quick Prep para Física é um suprimento de álgebra matemática de trigonometria dentro do contexto de aplicações e princípios físicos. O Quick Prep ajuda os alunos a serem bem-sucedidos usando narrativas ilustradas com exemplos em vídeo. O tutorial para problemas Master It permite que os alunos tenham acesso e sintonizem novamente o seu entendimento do material. Os Proble-mas Práticos que acompanham cada tutorial permitem que tanto o aluno como o professor testem o entendi-mento do aluno sobre o material.

O Quick Prep inclui os seguintes recursos:

• 67 tutoriais interativos• 67 problemas práticos adicionais• Visão geral de cada tópico que inclui exemplos de vídeo• Pode ser feito antes do começo do semestre ou durante as primeiras semanas do curso• Pode ser também atribuído junto de cada capítulo na forma just in time

Os tópicos incluem: unidades, notação científica e figuras significativas; o movimento de objetos em uma reta; funções; aproximação e gráficos; probabilidade e erro; vetores, deslocamento e velocidade; esferas; força e pro-jeção de vetores.

| Agradecimentos

Antecedente ao nosso trabalho nesta revisão, conduzimos duas pesquisas separadas de professores para fazer uma escala das suas necessidades em livros-texto do mercado sobre Física introdutória com base em cálculo. Ficamos espantados não apenas pelo número de professores que queriam participar da pesquisa, mas também pelos seus comentários perspicazes. O seu feedback e sugestões ajudaram a moldar a revisão desta edição; nós os agradecemos. Também agradecemos às seguintes pessoas por suas sugestões e assistência durante a preparação das edições ante-riores deste livro:

Prefácio | xxi

Edward Adelson, Ohio State University; Anthony Aguirre, University of California em Santa Cruz; Yildi-rim M. Aktas, University of North Carolina–Charlotte; Alfonso M. Albano, Bryn Mawr College; Royal Albridge, Vanderbilt University; Subash Antani, Edgewood Col-lege; Michael Bass, University of Central Florida; Harry Bingham, University of California, Berkeley; Billy E. Bonner, Rice University; Anthony Buffa, California

Polytechnic State University, San Luis Obispo; Richard Cardenas, St. Mary’s University; James Carolan, Univer-sity of British Columbia; Kapila Clara Castoldi, Oakland University; Ralph V. Chamberlin, Arizona State Univer-sity; Christopher R. Church, Miami University (Ohio); Gary G. DeLeo, Lehigh University; Michael Dennin, University of California, Irvine; Alan J. DeWeerd, Crei-ghton University; Madi Dogariu, University of Central

Princ Fisica vol III.indb xxiPrinc Fisica vol III.indb xxi 03/06/2014 13:45:2303/06/2014 13:45:23

xxii | Princípios de física

Florida; Gordon Emslie, University of Alabama em Huntsville; Donald Erbsloe, United States Air Force Academy; William Fairbank, Colorado State University; Marco Fatuzzo, University of Arizona; Philip Fraundorf, University of Missouri-St. Louis; Patrick Gleeson, Dela-ware State University; Christopher M. Gould, University of Southern California; James D. Gruber, Harrisburg Area Community College; John B. Gruber, San Jose State University; Todd Hann, United States Military Academy; Gail Hanson, Indiana University; Gerald Hart, Moorhead State University; Dieter H. Hartmann, Clemson University; Richard W. Henry, Bucknell Uni-versity; Athula Herat, Northern Kentucky University; Laurent Hodges, Iowa State University; Michael J. Hones, Villanova University; Huan Z. Huang, University of California em Los Angeles; Joey Huston, Michigan State University; George Igo, University of California em Los Angeles; Herb Jaeger, Miami University; David Judd, Broward Community College; Thomas H. Keil, Worcester Polytechnic Institute; V. Gordon Lind, Utah State University; Edwin Lo; Michael J. Longo, Univer-sity of Michigan; Rafael Lopez-Mobilia, University of Texas em San Antonio; Roger M. Mabe, United States Naval Academy; David Markowitz, University of Con-necticut; Thomas P. Marvin, Southern Oregon Univer-sity; Bruce Mason, University of Oklahoma em Norman; Martin S. Mason, College of the Desert; Wesley N. Mathews, Jr., Georgetown University; Ian S. McLean, University of California em Los Angeles; John W. McClory, United States Military Academy; L. C. McIn-

tyre, Jr., University of Arizona; Alan S. Meltzer, Rensse-laer Polytechnic Institute; Ken Mendelson, Marquette University; Roy Middleton, University of Pennsylvania; Allen Miller, Syracuse University; Clement J. Moses, Utica College of Syracuse University; John W. Norbury, University of Wisconsin–Milwaukee; Anthony Novaco, Lafayette College; Romulo Ochoa, The College of New Jersey; Melvyn Oremland, Pace University; Desmond Penny, Southern Utah University; Steven J. Pollock, University of Colorado-Boulder; Prabha Ramakrishnan, North Carolina State University; Rex D. Ramsier, The University of Akron; Ralf Rapp, Texas A&M University; Rogers Redding, University of North Texas; Charles R. Rhyner, University of Wisconsin-Green Bay; Perry Rice, Miami University; Dennis Rioux, University of Wisconsin – Oshkosh; Richard Rolleigh, Hendrix Col-lege; Janet E. Seger, Creighton University; Gregory D. Severn, University of San Diego; Satinder S. Sidhu, Washington College; Antony Simpson, Dalhousie University; Harold Slusher, University of Texas em El Paso; J. Clinton Sprott, University of Wisconsin em Madison; Shirvel Stanislaus, Valparaiso University; Randall Tagg, University of Colorado em Denver; Cecil Thompson, University of Texas em Arlington; Harry W. K. Tom, University of California em Riverside; Chris Vuille, Embry – Riddle Aeronautical University; Fiona Waterhouse, University of California em Berkeley; Robert Watkins, University of Virginia; James Whit-more, Pennsylvania State University

Princípios de Física, quinta edição, teve sua precisão cuidadosamente verificada por Grant Hart (Brigham Young University), James E. Rutledge (University of California at Irvine) e Som Tyagi (Drexel University).

Estamos em débito com os desenvolvedores dos modelos IUPP “A Particles Approach to Introductory Physics” e “Physics in Context”, sob os quais boa parte da abordagem pedagógica deste livro didático foi fundamentada.

Vahe Peroomian escreveu o projeto inicial do novo contexto em Ataques Cardíacos, e estamos muito agradeci-dos por seu esforço. Ele ajudou revisando os primeiros rascunhos dos problemas.

Agradecemos a John R. Gordon e Vahe Peroomian por ajudar no material, e a Vahe Peroomian por preparar um excelente Manual de Soluções. Durante o desenvolvimento deste texto, os autores foram beneficiados por várias discussões úteis com colegas e outros professores de Física, incluindo Robert Bauman, William Beston, Don Cho-drow, Jerry Faughn, John R. Gordon, Kevin Giovanetti, Dick Jacobs, Harvey Leff, John Mallinckrodt, Clem Moses, Dorn Peterson, Joseph Rudmin e Gerald Taylor.

Agradecimentos especiais e reconhecimento aos profissionais da Brooks/Cole Publishing Company – em parti-cular, Charles Hartford, Ed Dodd, Brandi Kirksey, Rebecca Berardy Schwartz, Jack Cooney, Cathy Brooks, Cate Barr e Brendan Killion – pelo seu ótimo trabalho durante o desenvolvimento e produção deste livro-texto. Reco-nhecemos o serviço competente da produção proporcionado por Jill Traut e os funcionários do Macmillan Solu-tions e o esforço dedicado na pesquisa de fotos de Josh Garvin do Grupo Bill Smith.

Por fim, estamos profundamente em débito com nossas esposas e filhos, por seu amor, apoio e sacrifícios de longo prazo.

Raymond A. SerwaySt. Petersburg, Flórida

John W. Jewett, Jr.Anaheim, Califórnia

Princ Fisica vol III.indb xxiiPrinc Fisica vol III.indb xxii 03/06/2014 13:45:2303/06/2014 13:45:23

Ao aluno

É apropriado oferecer algumas palavras de conselho que sejam úteis para você, aluno. Antes de fazê-lo, supo-mos que tenha lido o Prefácio, que descreve as várias características do livro didático e dos materiais de apoio que o ajudarão durante o curso.

| Como estudar

Frequentemente, pergunta-se aos professores, “Como eu deveria estudar Física e me preparar para as provas?” Não há resposta simples para essa pergunta, mas podemos oferecer algumas sugestões com base em nossas experiências de aprendizagem e ensino durante anos.

Antes de tudo, mantenha uma atitude positiva em relação ao assunto, tendo em mente que a Física é a mais fundamental de todas as ciências naturais. Outros cursos de ciência que vêm a seguir usarão os mesmos princípios físicos; assim, é importante que você entenda e seja capaz de aplicar os vários conceitos e teorias discutidos no texto.

| Conceitos e princípios

É essencial que você entenda os conceitos e princípios básicos antes de tentar resolver os problemas solicitados. Você poderá alcançar essa meta com a leitura cuidadosa do livro didático antes de assistir à aula sobre o material tratado. Ao ler o texto, anote os pontos que não estão claros para você. Certifique-se, também, de tentar responder às perguntas dos Testes Rápidos ao chegar a eles durante a leitura. Trabalhamos muito para preparar perguntas que possam ajudar você a avaliar sua compreensão do material. Estude cuidadosamente os recursos E Se? que aparecem em muitos dos exemplos trabalhados. Eles ajudarão a estender sua compreensão além do simples ato de chegar a um resultado numérico. As Prevenções de Armadilhas também ajudarão a mantê-lo longe dos erros mais comuns na Física. Durante a aula, tome notas atentamente e faça perguntas sobre as ideias que não entender com clareza. Tenha em mente que poucas pessoas são capazes de absorver todo o significado de um material científico após uma única leitura; várias leituras do texto, juntamente com suas anotações, podem ser necessárias. As aulas e o trabalho em laboratório suplementam o livro didático e devem esclarecer parte do material mais difícil. Evite a simples memorização do material. A memorização bem-sucedida de passagens do texto, equações e derivações não indica necessariamente que entendeu o material. A compreensão do material será melhor por meio de uma combinação de hábitos de estudo eficientes, discussões com outros alunos e com professores, e sua capacidade de resolver os problemas apresentados no livro didático. Faça perguntas sempre que acreditar que o esclarecimento de um conceito é necessário.

| Horário de estudo

É importante definir um horário regular de estudo, de preferência, diariamente. Leia o programa do curso e cum-pra o cronograma estabelecido pelo professor. As aulas farão muito mais sentido se ler o material correspondente à aula antes de assisti-la. Como regra geral, seria bom dedicar duas horas de tempo de estudo para cada hora de aula. Caso tenha algum problema com o curso, peça a ajuda do professor ou de outros alunos que fizeram o curso. Pode também achar necessário buscar mais instrução de alunos experientes. Com muita frequência, os professores ofe-recem aulas de revisão além dos períodos de aula regulares. Evite a prática de deixar o estudo para um dia ou dois antes da prova. Muito frequentemente, essa prática tem resultados desastrosos. Em vez de gastar uma noite toda de estudo antes de uma prova, revise brevemente os conceitos e equações básicos e tenha uma boa noite de descanso.

| Uso de recursos

Faça uso dos vários recursos do livro, discutidos no Prefácio. Por exemplo, as notas de margem são úteis para loca-lizar e descrever equações e conceitos importantes e o negrito indica definições importantes. Muitas tabelas úteis

xxiii

Princ Fisica vol III.indb xxiiiPrinc Fisica vol III.indb xxiii 03/06/2014 13:45:2303/06/2014 13:45:23

xxiv | Princípios de física

estão contidas nos anexos, mas a maioria é incorporada ao texto em que elas são mencionadas com mais frequência. O Anexo B é uma revisão conveniente das ferramentas matemáticas utilizadas no texto.

Depois de ler um capítulo, você deve ser capaz de definir quaisquer grandezas novas apresentadas nesse capítulo e discutir os princípios e suposições que foram utilizados para chegar a certas relações-chave. Os resumos do capítulo podem ajudar nisso. Em alguns casos, você pode achar necessário consultar o índice remissivo do livro didático para localizar certos tópicos. Você deve ser capaz de associar a cada quantidade física o símbolo correto utilizado para representar a quantidade e a unidade na qual ela é especificada. Além disso, deve ser capaz de expressar cada equação importante de maneira concisa e precisa.

| Solucionando problemas

R.P. Feynman, prêmio Nobel de Física, uma vez disse: “Você não sabe nada até que tenha praticado”. Concordando com essa afirmação, aconselhamos que você desenvolva as habilidades necessárias para resolver uma vasta gama de problemas. Sua habilidade em resolver problemas será um dos principais testes de seu conhecimento em Física; portanto, você deve tentar resolver tantos problemas quanto possível. É essencial entender os conceitos e princípios básicos antes de tentar resolver os problemas. Uma boa prática consiste em tentar encontrar soluções alternativas para o mesmo problema. Por exemplo, você pode resolver problemas em mecânica usando as leis de Newton, mas muito frequentemente um método alternativo que utilize considerações sobre energia é mais direto. Você não deve se enganar pensando que entende um problema meramente porque acompanhou a resolução dele na aula. Deve ser capaz de resolver o problema e outros problemas similares sozinho.

O enfoque de resolução de problemas deve ser cuidadosamente planejado. Um plano sistemático é especial-mente importante quando um problema envolve vários conceitos. Primeiro, leia o problema várias vezes até que esteja confiante de que entendeu o que ele está perguntando. Procure quaisquer palavras-chave que ajudarão a interpretar o problema e talvez permitir que sejam feitas algumas suposições. Sua capacidade de interpretar uma pergunta adequadamente é parte integrante da resolução do problema. Em segundo lugar, você deve adquirir o hábito de anotar a informação dada num problema e aquelas grandezas que precisam ser encontradas; por exem-plo, você pode construir uma tabela listando tanto as grandezas dadas quanto as que são procuradas. Este procedi-mento é utilizado algumas vezes nos exemplos trabalhados do livro. Finalmente, depois que decidiu o método que acredita ser apropriado para um determinado problema, prossiga com sua solução. A Estratégia Geral de Resolu-ção de Problemas orientará nos problemas complexos. Se seguir os passos desse procedimento (Conceitualização, Categorização, Análise, Finalização), você facilmente chegará a uma solução e terá mais proveito de seus esforços. Essa estratégia, localizada no final do Capítulo 1, é utilizada em todos os exemplos trabalhados nos capítulos restan-tes de maneira que você poderá aprender a aplicá-lo. Estratégias específicas de resolução de problemas para certos tipos de situações estão incluídas no livro e aparecem com um título especial. Essas estratégias específicas seguem a essência da Estratégia Geral de Resolução de Problemas.

Frequentemente, os alunos falham em reconhecer as limitações de certas equações ou de certas leis físicas numa situação particular. É muito importante entender e lembrar as suposições que fundamentam uma teoria ou forma-lismo em particular. Por exemplo, certas equações da cinemática aplicam-se apenas a uma partícula que se move com aceleração constante. Essas equações não são válidas para descrever o movimento cuja aceleração não é cons-tante, tal como o movimento de um objeto conectado a uma mola ou o movimento de um objeto através de um fluido. Estude cuidadosamente o Modelo de Análise para Resolução de Problemas nos resumos do capítulo para saber como cada modelo pode ser aplicado a uma situação específica. Os modelos de análise fornecem uma estru-tura lógica para resolver problemas e ajudam a desenvolver suas habilidades de pensar para que fiquem mais pare-cidas com as de um físico. Utilize a abordagem de modelo de análise para economizar tempo buscando a equação correta e resolva o problema com maior rapidez e eficiência.

| Experimentos

A Física é uma ciência baseada em observações experimentais. Portanto, recomendamos que tente suplementar o texto realizando vários tipos de experiências práticas, seja em casa ou no laboratório. Essas experiências podem ser utilizadas para testar as ideias e modelos discutidos em aula ou no livro didático. Por exemplo, o brinquedo comum “slinky” é excelente para estudar propagação de ondas, uma bola balançando no final de uma longa corda pode ser utilizada para investigar o movimento de pêndulo, várias massas presas no final de uma mola vertical ou elástico podem ser utilizadas para determinar sua natureza elástica, um velho par de óculos de sol polarizado e algumas lentes descartadas e uma lente de aumento são componentes de várias experiências de óptica, e uma medida apro-

Princ Fisica vol III.indb xxivPrinc Fisica vol III.indb xxiv 03/06/2014 13:45:2303/06/2014 13:45:23

ximada da aceleração em queda livre pode ser determinada simplesmente pela medição com um cronômetro do intervalo de tempo necessário para uma bola cair de uma altura conhecida. A lista dessas experiências é infinita. Quando os modelos físicos não estão disponíveis, seja imaginativo e tente desenvolver seus próprios modelos.

| Novos meios

Se disponível, incentivamos muito a utilização do produto Enhanced WebAssign. É bem mais fácil entender Física se você a vê em ação e os materiais disponíveis no Enhanced WebAssign permitirão que você se torne parte dessa ação. Para mais informações sobre como adquirir o cartão de acesso a esta ferramenta, contate: [email protected]. Recurso em inglês.

Esperamos sinceramente que você considere a Física uma experiência excitante e agradável e que se beneficie dessa experiência independentemente da profissão escolhida. Bem-vindo ao excitante mundo da Física!

O cientista não estuda a natureza porque é útil; ele a estuda porque se realiza fazendo isso e tem prazer porque ela é bela. Se a natureza não fosse bela, não seria suficientemente conhecida, e se não fosse suficientemente conhecida, a vida não vale-ria a pena.

— Henri Poincaré

Ao aluno | xxv

Princ Fisica vol III.indb xxvPrinc Fisica vol III.indb xxv 03/06/2014 13:45:2303/06/2014 13:45:23

Os alunos pediram, nós atendemos!

• Manual de soluções, glossário e mais!

Plataforma de acesso e conteúdo em português

Acesse: http://cursosonline.cengage.com.br

As ferramentas de aprendizagem utilizadas até alguns anos atrás já não atraem os alunos de hoje, que

dominam novas tecnologias, mas dispõem de pouco tempo para o estudo. Na realidade, muitos buscam

uma nova abordagem. A Trilha está abrindo caminho para uma nova estratégia de aprendizagem e

tudo teve início com alguns professores e alunos. Determinados a nos conectar verdadeiramente com

os alunos, conduzimos pesquisas e entrevistas. Conversamos com eles para descobrir como aprendem,

quando e onde estudam, e por quê. Conversamos, em seguida, com professores para obter suas opiniões.

A resposta a essa solução inovadora de ensino e aprendizagem tem sido excelente.

Trilha é uma solução de ensino e aprendizagem diferente de todas as demais!

Princ Fisica vol III.indb xxviPrinc Fisica vol III.indb xxvi 03/06/2014 13:45:2303/06/2014 13:45:23

Relâmpagos

Contexto 6

Os relâmpagos ocorrem em todo o mundo, mas são mais frequentes em certos lugares do que em

outros. Na Flórida, por exemplo, tempestades elétri-cas ocorrem frequentemente, mas estas são raras no sul da Califórnia. Começamos este contexto exami-nando os detalhes de um relâmpago de modo qualita-tivo. Conforme avançamos, retornaremos a esta des-crição para elaborá-la em uma estrutura quantitativa.

De modo geral, consideramos um relâmpago como sendo uma descarga elétrica que ocorre entre uma nuvem carregada e o solo ou, em outras palavras, trata--se de uma grande faísca. O relâmpago, entretanto, pode ocorrer em qualquer situação na qual uma grande carga elétrica (discutida no Capítulo 19) pode resultar em uma ruptura elétrica do ar, incluindo nevascas, tem-pestades de areia e erupções vulcânicas. Se considerar-mos os relâmpagos como estando associados às nuvens, podemos observar descargas da nuvem para o solo, de uma nuvem para outra, de um ponto da nuvem para outro ponto da mesma e da nuvem para o ar. Neste Contexto, consideraremos apenas a descarga mais comumente descrita, a descarga da nuvem para o solo.

Descargas internas em uma nuvem, na verdade, ocor-rem mais frequentemente do que descargas da nuvem para o solo, mas não é o tipo de relâmpago que obser-vamos regularmente.

Como o relâmpago ocorre durante um intervalo de tempo extremamente curto, a estrutura do processo está oculta da observação humana convencional. Um relâmpago consiste de várias descargas de eletricidade individuais, separados por dezenas de milissegundos. O número típico desses raios varia de 3 a 4, mas até 26 raios (durante um intervalo total de 2 s) já foram obser-vados em um relâmpago.

Apesar de essas descargas poderem parecer um evento único e súbito, há vários passos envolvidos no processo. Ele começa com a ruptura elétrica do ar ao redor da nuvem, o que resulta em uma coluna de carga negativa, chamada de canal precursor, movendo-se em direção ao solo com uma velocidade típica de 105 m/s. O canal precursor avança em etapas de aproximada-mente 50 m de comprimento, com intervalos de apro-ximadamente 50 μs antes da próxima etapa. Uma etapa ocorre quando o ar torna-se aleatoriamente ionizado com elétrons livres suficientes em um curto espaço para que o ar conduza eletricidade. O canal é pouco lumi-

1

Figura 1 Um relâmpago conecta eletricamente uma nuvem ao solo. Neste capítulo, aprenderemos mais sobre os detalhes acerca de um relâmpago e descobriremos quantos relâmpagos ocorrem na Terra em um dia comum.

Paul

and

Lin

daM

arie

Am

bros

e/Ta

xi/G

etty

Imag

es

Figura 2 Durante a erupção do Monte Sakurajima, no Japão, os relâmpagos foram predominantes na atmosfera carregada acima do vulcão. Apesar de o fenômeno ser possível nesta e em muitas outras situações, neste capítulo estudaremos o relâmpago que ocorre em tempestades elétricas.

Mar

k N

ewm

an/P

hoto

Res

earc

hers

, Inc

.

Princ Fisica vol III.indb 1Princ Fisica vol III.indb 1 03/06/2014 13:45:2303/06/2014 13:45:23

2 | Princípios de física

noso e não é o clarão luminoso que geralmente consi-deramos como sendo o relâmpago.

À medida que o canal precursor aproxima-se do solo, ele pode iniciar a ruptura elétrica do ar localizado próximo ao solo, geralmente na ponta de um objeto pontiagudo. As cargas negativas no solo são repelidas pela ponta da coluna de cargas negativas no canal pre-cursor. Como resultado, a ruptura elétrica resulta em uma coluna de carga positiva movendo-se para cima a partir do solo. (Os elétrons se movem para baixo nessa coluna, o que é equivalente às cargas positivas movendo-se para cima.) Esse processo é o começo da descarga de retorno. Em uma altura de 20 a 100 metros acima do solo, a descarga de retorno encontra o canal precursor, produzindo um curto circuito entra a nuvem e o solo. Os elétrons fluem para o solo movendo-se a altas velocidades, resultando em uma grande corrente elétrica movendo-se pelo canal de raio medido em cen-tímetros. Essa corrente rapidamente aumenta a tem-peratura do ar, ionizando os átomos e criando o clarão de luz que associamos ao relâmpago. Os espectros de emissão de um relâmpago mostram diversas linhas de espectro de oxigênio e nitrogênio, os principais consti-tuintes do ar.

Após a descarga de retorno, o canal condutor man-tém sua condutividade por um curto período de tempo (medido em dezenas de milissegundos). Se houverem mais cargas negativas na nuvem, elas podem descer e criar uma nova descarga. Nesse caso, como o canal condutor está “aberto”, ele não se move em etapas, mas sim fluida e rapidamente. Novamente, a medida que o canal aproxima-se do solo, é iniciada uma descarga de retorno e há um clarão luminoso.

Imediatamente após a passagem da corrente pelo canal condutor, o ar torna-se plasma em uma tempe-ratura de aproximadamente 30 000 K. Como resultado, há um súbito aumento de pressão, o que causa uma rápida expansão do plasma e a geração de uma onda de choque no gás ao seu redor. Essa onda de choque é a origem do trovão associado ao relâmpago.

Tendo tomado este primeiro passo qualitativo para o entendimento dos relâmpagos, vamos agora buscar mais detalhes. Após investigar a física envolvida nos relâmpagos, responderemos nossa pergunta central:

Como podemos determinar o número de relâmpagos

na Terra em um dia comum?

Figura 3 Essa fotografia mostra um relâmpago e seus componen-tes individuais. O canal brilhante representa uma descarga em progresso, logo após o canal precursor e a descarga de retorno encontrarem-se e o canal tornar-se condutor. Vários canais precur-sores podem ser vistos no topo da imagem, ramificando-se do canal brilhante. Eles são menos luminosos do que o canal principal pois não conectaram-se com descargas de retorno.

John

ny A

uter

y

Princ Fisica vol III.indb 2Princ Fisica vol III.indb 2 03/06/2014 13:45:2503/06/2014 13:45:25

Sumário

19.1 Visão histórica

19.2 Propriedades das cargas elétricas

19.3 Isolantes e condutores

19.4 Lei de Coulomb

19.5 Campos elétricos

19.6 Linhas de campos elétricos

19.7 Movimento de partículas carregadas em um campo elétrico uniforme

19.8 Fluxo elétrico

19.9 Lei de Gauss

19.10 Aplicação da Lei de Gauss a vários distribuidores de cargas

19.11 Condutores em equilíbrio eletrostático

19.12 Conteúdo em contexto: o campo elé-trico atmosférico

Forças elétricas e campos elétricos

Este capítulo é o primeiro de três sobre eletricidade. Você provavelmente

está familiarizado com os efeitos elétricos, como a estática entre peças

de roupa retiradas da secadora. Você também pode estar familiarizado com

a faísca que sai de seu dedo para uma maçaneta após ter caminhado sobre

um tapete. Grande parte da sua experiência diária envolve o trabalho com

dispositivos que operam em energia recebida por meio de transmissão de energia elé-

trica fornecida pela companhia de energia elétrica. Até mesmo o seu próprio corpo é

uma máquina eletroquímica que usa eletricidade extensivamente. Nervos transportam

impulsos de sinais elétricos, e as forças elétricas estão envolvidas no fluxo de materiais

através das membranas celulares.

Este capítulo começa com uma avaliação de algumas das propriedades básicas da

força eletrostática, que foi introduzida no Capítulo 5, bem como algumas das proprieda-

des do campo elétrico associado com partículas carregadas estacionárias. O nosso estudo

3

Corte

sia

de R

eson

ance

Res

earc

h Co

rpor

atio

n

Mãe e filha estão curtindo os efeitos de carregar eletricamente seus corpos. Cada fio de cabelo em suas cabeças fica carregado e exerce uma força repulsiva sobre os outros cabelos, resultando nos penteados “arrepiados” que você vê aqui.

Capítulo 19

N. E. A Coleção Princípios de Física está dividida em quatro volumes: Volume 1 (capítulos 1 ao 11), Volume 2 (capítulos 12 a 18), Volume 3 (capítulos 19 ao 23) e volume 4 (Capítulos 24 ao 31).

Princ Fisica vol III.indb 3Princ Fisica vol III.indb 3 03/06/2014 13:45:2503/06/2014 13:45:25

4 | Princípios de física

sobre a eletrostática, em seguida, continua com o conceito de um campo elétrico, que está associada a uma distribuição de

carga contínua e os efeitos deste campo em outras partículas carregadas. Uma vez que entendemos a força elétrica exercida

sobre uma partícula, poderemos incluir essa força na partícula em um modelo de força resultante em situações apropriadas.

19.1 | Visão históricaAs leis da eletricidade e do magnetismo desempenham um papel central no funcionamento de dispositivos como telefones celulares, televisores, motores elétricos, computadores, aceleradores de partículas com alta energia e uma série de dispositivos eletrônicos usados na medicina. Contudo, mais fundamental que isso é o fato de que as forças interatômicas e intermoleculares responsáveis pela formação de sólidos e líquidos são originalmente elétricas. Além disso, forças como as que empurram e puxam objetos em contato e a força elástica em uma mola surgem de forças elétricas a um nível atômico.

Documentos chineses sugerem que o magnetismo já havia sido reconhecido por volta de 2000 aC. Os anti-gos gregos observaram fenômenos elétricos e magnéticos, possivelmente já em 700 aC. Eles descobriram que um pedaço de âmbar, quando friccionado, atraía pedaços de palha ou penas. A existência de forças magnéticas foi conhecida a partir de observações de pedaços naturais de uma pedra chamada magnetita (Fe3O4), quando eles foram atraídos para o ferro. (A palavra elétrica vem da palavra grega para âmbar, elektron. A palavra magnética vem de Magnésia, uma cidade na costa da Turquia, onde a magnetita foi encontrada.)

Em 1600, o inglês William Gilbert descobriu que a eletrificação não era limitada ao âmbar, mas sim era um fenô-meno geral. Os cientistas passaram a eletrificar uma variedade de objetos, incluindo pessoas!

Foi no início do século XIX que os cientistas estabeleceram que a eletricidade e o magnetismo eram fenômenos relacionados. Em 1820, Hans Oersted descobriu que uma agulha de bússola, que é magnética, é desviada quando colocada perto de uma corrente elétrica. Em 1831, Michael Faraday na Inglaterra e, quase simultaneamente, Joseph Henry nos Estados Unidos mostraram que, quando uma espira de fio metálico é movida para perto de um ímã (ou, equivalentemente, quando um ímã é movido para perto de uma espira de fio metálico), uma corrente elétrica é obser-vada no fio. Em 1873, James Clerk Maxwell usou essas observações e outros fatos experimentais como base para a for-mulação das leis do eletromagnetismo como as conhecemos hoje. Pouco tempo depois (em torno de 1888), Heinrich Hertz verificou as previsões de Maxwell ao produzir ondas eletromagnéticas em laboratório. Essa conquista foi seguida por tais desenvolvimentos práticos como o rádio, a televisão, sistemas de telefonia celular, Bluetooth™ e Wi-Fi.

As contribuições de Maxwell para a ciência do eletromagnetismo foram especialmente significativas porque as leis por ele formuladas são básicas para todos os tipos de fenômenos eletromagnéticos. Sua obra tem uma importân-cia comparável à descoberta das leis da dinâmica e a teoria da gravidade de Newton.

19.2 | Propriedades de cargas elétricas

Uma série de experiências simples demonstra a existência de for-ças eletrostáticas. Por exemplo, após passar um pente através de seu cabelo, você vai descobrir que o pente atrai pedaços de papel. A força eletrostática atrativa pode ser forte o suficiente para suspender os pedaços. O mesmo efeito ocorre esfregando outros materiais, tais como vidro ou borracha.

Outro experimento simples é esfregar um balão inflado em lã ou no seu cabelo (Fig. 19.1). Em um dia seco, o balão esfregado vai grudar numa parede, muitas vezes por horas. Quando os materiais se comportam desta forma, é dito que se tornam eletricamente car-regados. Você pode dar a seu corpo uma carga elétrica por cami-nhar sobre um tapete de lã ou deslizar em um assento de carro. Você pode, então, sentir e remover a carga em seu corpo tocando levemente outra pessoa ou objeto. Sob as condições corretas, uma centelha pode ser vista quando você toca e um leve formigamento é sentido por ambas as partes. (Tal experimento funciona melhor em um dia seco, pois a umidade excessiva no ar pode fornecer um caminho para a carga sair do objeto carregado.)

Experimentos demonstram também que existem dois tipos de carga elétrica, nomeadas por Benjamin Franklin (1706-1790) de positiva e negativa. A Figura 19.2 ilustra as interações entre os dois tipos de carga. Uma haste dura

Figura 19.1 Esfregando um balão contra o seu cabelo em um dia seco faz com que o balão e seu cabelo se tornem eletricamente carregados.

Ceng

age

Lear

ning

/Cha

rles

D. W

inte

rs

Princ Fisica vol III.indb 4Princ Fisica vol III.indb 4 03/06/2014 13:45:2503/06/2014 13:45:25

Capítulo 19 – Forças elétricas e campos elétricos | 5

de borracha (ou plástico) que foi friccionada em pelo (de certos animais ou um material acrílico) está sus-pensa por um pedaço de corda. Quando um bastão de vidro que foi esfregado com seda é trazido para perto da haste de borracha, a haste de borracha é atraída para o bastão de vidro (Fig. 19.2a). Se duas hastes de bor-racha carregadas (ou dois bastões de vidro carregados) são trazidas para perto uma da outra, como na Figura 19.2b, a força entre elas é repulsiva. Esta observação demonstra que a borracha e o vidro têm diferentes tipos de carga. Usamos a convenção sugerida por Franklin; a carga elétrica na vareta de vidro é dita positiva e a carga na haste de borracha é dita negativa. Com base nessas observações, podemos concluir que cargas com o mesmo sinal se repelem e cargas com sinais opostos se atraem.

Sabemos que apenas dois tipos de carga elétrica existem porque qualquer carga desconhecida encon-trada experimentalmente que para ser atraída por uma carga positiva também é repelida por uma carga nega-tiva. Ninguém jamais observou um objeto carregado que é repelido por ambas as cargas, positiva e negativa, ou que é atraído por ambas.

Forças elétricas atrativas são responsáveis pelo comportamento de uma grande varie-dade de produtos comerciais. Por exemplo, o plástico em muitas lentes de contato, eta-filcon, é composto por moléculas que eletricamente atraem as moléculas de proteína em lágrimas humanas. Estas moléculas de proteína são absorvidas e atraídas pelo plástico de modo que a lente acaba sendo composta principal-mente pelas lágrimas de quem as utiliza. Portanto, a lente não se comporta como um corpo estranho ao olho do utilizador e pode ser utilizada confortavelmente. Muitos cosméticos também tiram proveito destas forças elétricas através da incorporação de materiais que são eletricamente atraídos pela pele ou cabelo, fazendo com que os pig-mentos ou outros produtos químicos se fixem uma vez que são aplicados.

Outra característica importante da carga elétrica é que a carga total em um sistema isolado é sempre conser-vada. Isso representa a versão da carga elétrica do modelo de sistema isolado. Introduzimos pela primeira vez modelos de sistemas isolados no Capítulo 7, quando discutimos a conservação de energia; vemos agora um princípio de conservação da carga elétrica para um sistema isolado. Quando dois objetos inicialmente neutros são carregados ao serem friccionados, a carga não é criada no processo. Os objetos se tornam carregados porque os elétrons são transferidos de um objeto para o outro. Um objeto ganha certa quantidade de carga negativa dos elétrons para ele trans-feridos, enquanto o outro perde uma quantidade igual de carga negativa e, portanto, fica com uma carga positiva. Para o sistema isolado de dois objetos, nenhuma transferência de carga ocorre através do limite do sistema. Por exem-plo, quando o bastão de vidro é friccionado em seda, como na Figura 19.3, a seda obtém uma carga negativa que é igual em módulo à carga positiva sobre o bastão de vidro conforme elétrons de carga negativa são transferidos a partir do vidro para a seda. Da mesma forma, quando a borracha é friccionada em pelo, os elétrons são transferidos do pelo para a borracha. Um objeto não carregado contém um grande número de elétrons (aproximadamente 1023). No entanto, para cada elétron negativo, um próton com carga positiva também está pre-sente, de modo que um objeto não carregado não tem carga total líquida de qualquer sinal.

Outra propriedade da carga elétrica é que a carga total em um objeto é quantificada como múltiplos inteiros da carga elementar e. Vimos pela primeira vez esta carga e = 1,60 ´ 10–19 C no Capítulo 5. A quantização ocorre porque a carga de um objeto deve ser devida a um número inteiro de um excesso ou uma deficiência de um número inteiro de elétrons.

a b

Borracha (–) Borracha (–)

Borracha (–)–– – ––

– –– – –––

++ + +++

Vidro (+)+

–– – ––

Uma haste de borracha car-regada negativamente sus-pensa por uma corda é atraí-da por um bastão de vidro positivamente carregado.

Uma haste de borracha car-regada negativamente é re-pelida por outra haste de bor-racha com carga negativa.

FS

FS

FS F

S

Figura 19.2 A força elétrica entre (a) objetos com cargas opostas e (b) objetos com a mesma carga.

Atração elétrica das lentes de contato

Quando um bastão de vidro é friccionada em seda, os elétrons são transferidos do vidro para a seda

��

��

��

��

��

��

Figura 19.3 Quando um bastão de vidro é friccionado em seda, os elé-trons são transferidos do vidro para a seda. Além disso, como as cargas são transferidas em quantidades dis-cretas, as cargas sobre os dois objetos são e ou 2e ou 3e, e assim por diante.

Princ Fisica vol III.indb 5Princ Fisica vol III.indb 5 03/06/2014 13:45:2603/06/2014 13:45:26

6 | Princípios de física

TESTE RÁPIDO 19.1 Três objetos são trazidos para perto um do outro, dois de cada vez. Quando os objetos A e B são reunidos, eles se repelem. Quando os objetos B e C são reunidos, eles também se repelem. Qual das seguintes afirmações é verdadeira? (a) Objetos A e C possuem cargas de mesmo sinal. (b) Objetos A e C possuem cargas de sinal oposto. (c) Todos os três objetos possuem cargas de mesmo sinal. (d) Um objeto é neutro. (e) Experimentos adicionais devem ser realizados para determinar os sinais das cargas.

19.3 | Isolantes e condutores

Nós discutimos a transferência de carga de um objeto para outro. Também é pos-sível que as cargas elétricas se desloquem de um local para outro dentro de um objeto; tal movimento de carga é chamado de condução elétrica. É conveniente classificar substâncias em termos da capacidade das cargas de se moverem dentro da substância:

Condutores elétricos são materiais em que alguns dos elétrons são elétrons livres1 que não estão ligados aos átomos e podem se mover de forma relativamente livre através de material; isolantes elétricos são materiais em que todos os elétrons estão ligados aos átomos e não podem se mover livremente através do material.

Materiais como vidro, borracha e madeira seca são isolantes. Quando tais materiais são carregados pelo atrito, apenas a área que foi esfregada torna-se carregada. A carga não tende a mover-se para outras áreas do material. Em con-traste, os materiais como cobre, alumínio e prata são bons condutores, e quando tais materiais são carregados em alguma região pequena, a carga prontamente distribui-se ao longo de toda a superfície do material. Se você segurar uma haste de cobre em sua mão e esfregá-lo em lã ou pelo, ela não vai atrair um pedaço de papel, o que pode sugerir que o metal não pode ser carregado. Se você segurar a haste de cobre por uma alça de isolamento e, em seguida, esfregá-la, a haste per-manece carregada e atrai o pedaço de papel. No primeiro caso, as cargas elétricas produzidas por fricção facilmente se movem do cobre através do seu corpo, que é um condutor, e finalmente para a Terra. No segundo caso, o isolamento barra o fluxo de carga para sua mão.

Os semicondutores são uma terceira classe de materiais e suas propriedades elé-tricas estão em algum lugar entre as de isolantes e as dos condutores. Cargas podem se mover um pouco mais livremente em um semicondutor, mas muito menos cargas estão se movendo através de um semicondutor do que em um con-dutor. Silício e germânio são exemplos bem conhecidos de semicondutores que são amplamente utilizados na fabricação de uma variedade de dispositivos ele-trônicos. As propriedades elétricas dos semicondutores podem ser alteradas por muitas ordens de grandeza pela adição de quantidades controladas de certos áto-mos de outros elementos nos materiais.

Carregamento por Indução

Quando um condutor é ligado à Terra por meio de um fio ou tubo condutor, diz-se que ele está aterrado. Para efeitos deste capítulo, a Terra pode representar

1 Um átomo de metal contém um ou mais elétrons exteriores, que estão fracamente ligadas ao núcleo. Quando muitos átomos se combinam para formar um metal, os elétrons livres são estes elétrons exteriores, que não estão vinculados a nenhum átomo. Estes elétrons movem-se pelo metal de uma maneira semelhante à de moléculas de gás que se deslocam em um recipiente.

Figura 19.4 Carregando um objeto metálico por indução. (a) Uma esfera metálica neutra. (b) Uma haste de borracha carregada é colocada perto da esfera. (c) A esfera é aterrada. (d) A ligação a terra é removida. (e) A haste é retirada.

Elétrons se redistribuindo quando uma haste carregada é aproximada.

A carga positiva em excesso é distribuída aleatoriamente.

Alguns elétrons deixam a esfera aterrada através do fio terra.

A esfera neutra tem um número igual de cargas positivas e negativas.

Os elétrons restantes se redistribuem uniformemente, havendo assim uma distribuição líquida uniforme de carga positiva sobre a esfera.

b

c

d

e

a

��

��

��

��

��

� � �

� � �

� � �

� �

��

��

��

��

�� �

��

��

��

� �

Princ Fisica vol III.indb 6Princ Fisica vol III.indb 6 03/06/2014 13:45:2703/06/2014 13:45:27

Capítulo 19 – Forças elétricas e campos elétricos | 7

um reservatório infinito para os elétrons, o que significa que ele pode receber ou fornecer um número ilimitado de elétrons. Neste contexto, a Terra tem um propósito semelhante aos nossos reservatórios de energia, introduzi-dos no Capítulo 17. Com isso em mente, podemos entender como carregar um condutor através de um processo conhecido como carregamento por indução.

Para entender como carregar um condutor por indução, considere uma esfera metálica neutra (sem carga) iso-lada do solo, como mostrado na Figura 19.4a. Há um número igual de elétrons e prótons na esfera se a carga sobre a esfera é exatamente zero. Quando uma haste de borracha carregada negativamente é aproximada da esfera, elétrons na região mais próxima da haste sofrem uma força de repulsão e migram para o lado oposto da esfera. Esta migra-ção sai do lado da esfera perto da haste com uma carga positiva efetiva devido à diminuição do número de elétrons mostrado na Figura 19.4b. (O lado esquerdo da esfera na Figura 19.4b é carregado positivamente, como se as cargas positivas se mudassem para esta região, mas em um metal apenas elétrons são livres para se movimentar.) Essa migração ocorre mesmo se a haste nunca realmente toca a esfera. Se a mesma experiência é realizada com um fio condutor conectado a partir da esfera para a Terra (Fig. 19.4c), alguns dos elétrons do condutor são repelidos com tanta força pela presença de carga negativa na haste, que se movem para fora da esfera através do fio e para a Terra. O símbolo na extremidade do fio na Figura 19.4c indica que o fio está aterrado, o que significa que ele está conectado a um reservatório, tal como a Terra. Se o fio para a terra é então removido (Fig. 19.4d), a esfera condutora contém um excesso de carga positiva induzida porque tem menos elétrons do que precisa para cance-lar a carga positiva dos prótons. Quando a haste de borracha é afastada da esfera (Fig. 19.4e), esta carga positiva induzida permanece na esfera sem ligação com a terra. Note que a haste de borracha não perde nada da sua carga negativa durante este processo.

Carregar um objeto por indução não requer contato com o objeto indutor. Este comportamento está em con-traste com o carregamento de um objeto por fricção, que exige o contato entre os dois objetos.

Um processo semelhante ao do primeiro passo de carregamento por indução em condutores ocorre em iso-lantes. Na maior parte dos átomos e moléculas neutros, a posição média da carga positiva coincide com a posição média da carga negativa. Contudo, na presença de um objeto carregado, as posições podem se deslocar ligeira-mente devido às forças atrativas e repulsivas provenientes deste objeto carregado, resultando em mais carga posi-tiva de um dos lados da molécula do que no outro. Este efeito é conhecido como polarização. A polarização de moléculas individuais produz uma camada de carga na superfície do isolante, como mostrado na Figura 19.5a, na qual um balão carregado no lado esquerdo é colocado contra uma parede do lado direito. Na figura, a camada de carga negativa na parede está mais próxima do balão carregado positivamente do que as cargas positivas das outras extremidades das moléculas. Portanto, a força atrativa entre as cargas positivas e negativas é maior que a força de repulsão entre as cargas positivas. O resultado é uma força atrativa total entre o balão carregado e o isolante neutro. Seu conhecimento sobre indução em isolantes deve ajudar a explicar por que uma haste carregada atrai pedaços de papel eletricamente neutro (Fig. 19.5b) ou por que um balão que foi esfregado contra o seu cabelo pode ficar grudado em uma parede neutra.

Parede

Balão carregado

Separação de carga induzida

��

��

��

��

��

O balão carregado induz uma separação de cargas na superfície da parede devido ao realinhamento das cargas nas moléculas da parede.

a

A haste carregada atrai o papel porque uma separação de carga é induzida nas moléculas do papel.

b

Ceng

age

Lear

ning

/Cha

rles

D. W

inte

rs

Figura 19.5 (a) Um balão carregado é trazido perto de uma parede solante. (b) Uma haste carregada é trazida perto de pedaços de papel.

Princ Fisica vol III.indb 7Princ Fisica vol III.indb 7 03/06/2014 13:45:2703/06/2014 13:45:27

8 | Princípios de física

TESTE RÁPIDO 19.2 Três objetos são trazidos para perto um do outro, dois de cada vez. Quando os objetos A e B são aproximados, eles se atraem. Quando os objetos B e C são aproximados, eles se repelem. Qual das seguintes afirmações é verdadeira? (a) Os objetos A e C possuem cargas de mesmo sinal. (b) Os objetos A e C possuem cargas de sinal oposto. (c) Todos os três objetos possuem cargas de mesmo sinal. (d) Um objeto é neutro. (e) Experimentos adicionais devem ser realizados para determinar informações sobre as cargas nos objetos.

19.4 | Lei de Coulomb

Forças elétricas entre objetos carregados foram medidas quantitativamente por Charles Coulomb usando a balança de torção, que ele mesmo inventou (Fig. 19.6). Coulomb confirmou que a força elétrica entre duas pequenas esferas carregadas é proporcional ao inverso do quadrado da distância de separação r, ou seja, Fe µ 1/r2. O princípio de funcionamento da balança de torção é o mesmo que o do apa-rato usado por Sir Henry Cavendish para medir a densidade da Terra (Seção 11.1), com as esferas eletricamente neutras substituídas por carregadas. A força elétrica entre as esferas carregadas A e B na Figura 19.6 faz com que as esferas tanto se atraiam ou se repilam, e o movimento resultante faz com que a fibra suspensa se torça. Como o torque resultante da fibra torcida é proporcional ao ângulo pelo qual ela gira, uma medição deste ângulo proporciona uma medida quantitativa da força elétrica de atração ou repulsão. Uma vez que as esferas são carregadas por fricção, a força elétrica entre elas é muito grande comparada com a atração gravitacional, e assim a força da gravidade pode ser ignorada.

No Capítulo 5, apresentamos a lei de Coulomb, que descreve o módulo da força eletrostática entre duas partí-culas carregadas com cargas q1 e q2 e separadas por uma distância r:

1 22e e

q qF k

r= 19.1

onde ke (= 8,987 6 ´ 109 N ⋅ m2/C2) é a constante de Coulomb e a força é dada em newtons se as cargas são dadas em coulombs e se a distância de separação é dada em metros. A constante ke também é escrita como

0

14ek

pe=

onde a constante: e0 (letra grega épsilon), conhecida como a permissividade do vácuo, tem o valor de

e0 = 8,854 2 ´ 10–12 C2/N ⋅ m2

Note que a Equação 19.1 dá apenas o módulo da força. A direção da força sobre uma dada partícula deve ser encontrada considerando-se onde estas partículas estão localizadas em relação umas às outras e o sinal de cada carga. Portanto, uma representação gráfica de um problema em eletrostática é muito importante na análise do problema.

A carga de um elétron é q = – e = –1,60 ´ 10–19 C, e o próton tem a carga q = +e = 1,60 ´ 10–19 C; portanto, 1 C de carga é igual ao módulo da carga de (1,60 ´ 10–19 C)–1 = 6,25 ´ 1018 elétrons. (A carga elementar e foi introduzida na Seção 5.5.) Note que 1 C é uma quantidade substancial de carga. Em experimen-tos eletrostáticos típicos, onde uma haste de borracha ou de vidro é carregada por fricção, uma carga total na ordem de 10–6 C (= 1 mC) é obtida. Em outras palavras, apenas uma fração muito pequena do total de elétrons disponíveis (na ordem de 1023 em uma amostra de 1 cm3) é transferida entre a haste e o material de fricção.

Figura 19.6 Balança de torção de Coulomb, que foi usada para estabelecer a lei do inverso do quadrado da força eletrostática entre duas cargas.

Fibra

B

A

Cabeça de suspensão

Charles CoulombFísico francês (1736-1806)

As maiores contribuições de Coulomb para a ciência foram nas áreas de eletros-tática e magnetismo. Durante sua vida, ele também investigou as forças de mate-riais e determinou as forças que afetam os objetos em vigas, contribuindo assim para o campo da mecânica estrutural. No campo da ergonomia, sua pesquisa pro-porcionou uma compreensão fundamen-tal das maneiras como as pessoas e os animais podem realizar melhor o trabalho.

INTE

RFO

TO/A

lam

y

Princ Fisica vol III.indb 8Princ Fisica vol III.indb 8 03/06/2014 13:45:2803/06/2014 13:45:28

Capítulo 19 – Forças elétricas e campos elétricos | 9

Os valores medidos experimentalmente das cargas e massas dos elétrons, prótons e dos nêutrons são apresentados na Tabela 19.1.

Ao lidar com a lei de Coulomb, lembre-se de que a força é uma grandeza veto-rial e deve ser tratada como tal. Além disso, a lei de Coulomb se aplica exatamente e somente em partículas.2 A força eletrostática exercida por q1 sobre q2, chamada F12, pode ser expressada em forma de vetor como3

1 212 122

ˆ

eq q

kr

=F r 19.2

onde r12 é um vetor unitário dirigido a partir de q1 para q2 como na Figura Ativa 19.7a. A Equação 19.2 pode ser usada para encontrar a direção da força no espaço, embora uma representação gráfica cuidadosamente desenhada seja necessária para identificar claramente a direção de r12. Da terceira lei de Newton, vemos que a força elétrica exercida por q2 sobre q1 é igual em módulo à força exercida por q1 sobre q2 e em direção oposta; ou seja,

F21 = –

F12. Da Equação 19.2, vemos que,

se q1 e q2 têm o mesmo sinal, o produto q1q2 é positivo e a força é repulsiva, como mostrado na Figura Ativa 19.7a. A força sobre q2 está na mesma direção que r12 e é direcionada para longe de q1. Se q1 e q2 são de sinal contrário, como na Figura Ativa 19.7b, o produto q1q2 é negativo e a força é atrativa. Neste caso, a força em q2 está no sentido oposto ao r12, direcionada para q1.

Quando mais de duas partículas carregadas estão presentes, a força entre qual-quer par é dada pela Equação 19.2. Portanto, a força resultante sobre qualquer uma das partículas é igual à soma vetorial das forças individuais devido a todas as outras partículas. Este princípio de superposição aplicado a forças eletrostáticas é um fato observado experimentalmente e simplesmente representa a tradicional soma vetorial de forças introdu-zidas no Capítulo 4. Como um exemplo, se quatro partículas carregadas estão presentes, a força resultante sobre a partícula 1 com relação às partículas 2, 3 e 4 é dada pela soma vetorial

1 21 31 41

= + +F F F F

TESTE RÁPIDO 19.3 O objeto A tem a carga de +2 mC, e o objeto B tem a carga de +6 mC. Qual afirmação é verda-deira sobre as forças elétricas nos objetos? (a)

FAB = –3

FBA (b)

FAB = –

FBA (c) 3

FAB = –

FBA (d)

FAB = 3

FBA (e)

FAB =

FBA

(f) 3FAB =

FBA

Exemplo 19.1 | Onde a força total é zero?

Três cargas pontuais se encontram ao longo do eixo x, como mostrado na Figura 19.8. A carga positiva q1 = 15,0 mC está em x = 2,00 m, a carga positiva q2 = 6,00 mC está na origem, e a força resultante agindo em q3 é zero. Qual é a coordenada x de q3?

continua

2 A lei de Coulomb também pode ser utilizada para objetos de maiores dimensões para quais o modelo de partículas pode ser aplicado.3 Note que usamos “ q2” como notação abreviada para “partícula com carga q2”. Esse uso é comum quando falamos de partículas carregadas, semelhante ao uso em mecânica de “ m2” para “partícula de massa m2. O contexto da questão vai lhe dizer se o símbolo representa uma quantidade de carga ou uma partícula com a carga.

TABELA 19.1 | Carga e massa de elétrons, prótons e nêutrons

Partícula Carga (C) Massa (kg)

Elétron (e) –1,602 176 5 ´ 10–19 9,109 4 ´ 10–31

Próton (p) +1,602 176 5 ´ 10–19 1,672 62 ´ 10–27

Nêutron (n) 0 1,674 93 ´ 10–27

r

q1

q2

r12ˆ

Quando as cargas são do mesmo sinal, a força é repulsiva.

a

b

F12S

F21S

q1

q2

Quando as cargas são de sinais opostos, a força é atrativa.

F12S

F21S

Figura Ativa 19.7 Duas cargas pon-tuais separadas por uma distância r exercem uma força uma sobre a outra, dada pela lei de Coulomb. Note que a força exercida

F 21 por q2

sobre q1 é igual em módulo e oposta em direção à força

F 12 exercida por

q1 sobre q2.

Princ Fisica vol III.indb 9Princ Fisica vol III.indb 9 03/06/2014 13:45:2803/06/2014 13:45:28

10 | Princípios de física

19.1 cont.

SOLUÇÃO

Conceitualização Como q3 está perto de duas outras cargas, ele experimenta duas forças elétricas. As for-ças se encontram ao longo da mesma linha, como mostra a Figura 19.8. Como q3 é negativo e q1 e q2 são positivos, as forças

F13 e

F23 são ambas atrativas.

Categorização Como a força resultante sobre q3 é zero, definimos a carga pontual como uma partícula em equilíbrio.

Análise Escreva uma expressão para a força resultante 2 3 1 33 23 13 2 2

ˆ ˆ 0(2,00 )

e e

q q q qk k

x x= + = - + =

-F F F i i

sobre a carga q3 quando a mesma está em equilíbrio:

Mova o segundo termo para o lado direito da equação 2 3 1 32 2(2,00 )e e

q q q qk k

x x=

-e iguale os coeficientes do vetor unitário i:

Elimine ke e ½q3½ e reorganize a equação: 2 22 1

2 6 2 6

(2,00 )

(4,00 4,00 )(6,00 10 C) (15,0 10 C)

x q x q

x x- -

- =

- + ´ = ´

Reduza a equação quadrática para uma forma mais simples: 23,00 8,00 8,00 0x x+ - =

Resolva a equação quadrática para a raiz positiva: 0,775mx =

Finalização A segunda raiz para a equação quadrática é x = –3,44 m. Esse é outro local onde os módulos das forças sobre q3 são iguais, mas ambas as forças estão na mesma direção, de modo que elas não se cancelam.

Exemplo 19.2 | O átomo de hidrogênio

Os elétrons e prótons de um átomo de hidrogênio são separados (em média) por uma distância aproximada de 5,3 ´ 10–11 m. Encontre os módulos da força elétrica e a força gravitacional entre as duas partículas.

SOLUÇÃO

Conceitualização Pense nas duas partículas separadas pela pequena distância dada no enunciado do problema. No Capítulo 5, mencionamos que a força gravitacional entre um elétron e um próton é muito pequena em comparação com a força elétrica entre eles, então esperamos que seja o caso com os resultados deste exemplo.

Categorização As forças elétricas e gravitacionais são avaliadas pelas leis da força universal, de modo que categoriza-mos este exemplo como um problema de substituição.

Use a lei de Coulomb para encontrar o módulo 19 2

9 2 22 11 2

8

(1,60 10 C)(8,99 10 N m / C )

(5,3 10 m)

8,2 10 N

e ee e

F kr

-

-

-

- ´= = ´ ⋅

´

= ´da força elétrica:

Use a lei da gravitação universal de Newton e a 2

31 2711 2 2

11 2

47

(9,11 10 kg)(1,67 10 kg)(6,67 10 N m / )

(5,3 10 m)

3,6 10 N

e pg

m mF G

r

kg- -

--

-

=

´ ´= ´ ⋅

´

= ´

Tabela 19.1 (para as massas das partículas) para encontrar o módulo de força gravitacional:

A relação Fe/Fg » 2 ´ 1039. Portanto, a força gravitacional entre as partículas atômicas carregadas é insignificante quando comparada com a força elétrica. Observe as formas similares da lei da gravitação universal de Newton e da lei de forças elétricas de Coulomb. Além do módulo das forças entre partículas primárias, qual é a diferença fundamen-tal entre as duas forças?

Figura 19.8 (Exemplo 19.1) Três cargas pontuais são colo-cadas ao longo do eixo x. Se a força resultante atuando em q3 é zero, a força

F 13 exercida por

q1 sobre q3 deve ser de módulo igual e direção oposta à força

F

23 exercida por q2 sobre q3.

2,00 m

x

q1

x

y

q3q2

2,00 � x

�� �

F13S

F23S

Princ Fisica vol III.indb 10Princ Fisica vol III.indb 10 03/06/2014 13:45:3003/06/2014 13:45:30

Capítulo 19 – Forças elétricas e campos elétricos | 11

Exemplo 19.3 | Encontre a carga nas esferas

Duas pequenas esferas idênticas carregadas, cada uma com massa de 3,00 ´ 10–2 kg, penduradas em equilí-brio, como mostrado na Figura 19.9a. O comprimento L de cada corda é 0,150 m, e o ângulo q é 5,00º. Encontre o módulo da carga em cada esfera.

SOLUÇÃO

Conceitualização A Figura 19.9a nos ajuda a conceitua-lizar este exemplo. As duas esferas exercem forças repul-sivas uma sobre a outra. Se elas são mantidas próximas uma da outra e então soltas, elas se movem para fora a partir do centro até se adaptarem à configuração na Figura 19.9a após as oscilações desaparecerem devido à resistência do ar.

Categorização A expressão-chave “em equilíbrio” nos ajuda a modelar cada esfera como uma partícula em equilí-brio. Este exemplo é semelhante a uma partícula nos problemas sobre equilíbrio no Capítulo 4, com a característica adicional de que uma das forças na esfera é uma força elétrica.

Análise O diagrama de força para a esfera do lado esquerdo é mostrado na Figura 19.9b. A esfera está em equilíbrio sob a aplicação da força

T da corda, da força elétrica

Fe da outra esfera, e da força gravitacional m

g.

Escreva a segunda lei de Newton para a esfera do (1) sen 0 sen

(2) cos 0 cosx e e

y

F T F T F

F T mg T mg

q q

q q

= - = =

= - = =åålado esquerdo em forma de componente:

Divida a Equação (1) pela Equação (2) para encontrar Fe: tg tgee

FF mg

mgq q= =

Use a geometria do triângulo retângulo na Figura 19.9a sen sena

a LL

q q= =para encontrar uma relação entre a, L e q:

Resolva a lei de Coulomb (Eq. 19.1) para a carga ½q½ em 22 2 tg (2 sen )(2 )e e

e e e

mg LF r F aq

k k kq q

= = =cada esfera:

Substitua os valores numéricos: 2 2 2

9 2 2

8

(3,00 10 kg)(9,80 m/s ) tg (5,00º) [2(0,150 m) sen (5,00º)]8,99 10 N m /C

4,42 10 C

q-

-

´=

´ ⋅

= ´

Finalização Se o sinal das cargas não fosse dado na Figura 19.9, não seria possível determiná-los. Na verdade, o sinal da carga não é importante. A situação é a mesma, quer ambas as esferas estejam carregadas positivamente, quer negativamente.

19.5 | Campos elétricos

Na Seção 4.1, discutimos as diferenças entre as forças de contato e as forças de campo. Duas forças de campo – a força gravitacional no Capítulo 11 e a força elétrica aqui – foram introduzidas em nossas discussões até o momento. Como foi apontado anteriormente, as forças de campo podem agir através do espaço, produzindo um efeito mesmo quando não ocorre contato físico na interação entre os objetos. O campo gravitacional

g em um ponto no espaço

devido a uma partícula de origem foi definido na Seção 11.1 como sendo igual à força gravitacional Fg agindo

sobre uma partícula teste de massa m dividida pela massa: g º

Fg/m. O conceito de campo foi desenvolvido por

Michael Faraday (1791-1867) no contexto das forças elétricas e é de tal valor prático que devemos dedicar muita

Figura 19.9 (Exemplo 19.3) (a) Duas esferas idênticas, ambas com a mesma carga q, sus-pensas em equilíbrio. (b) Diagrama das forças agindo sobre a esfera na parte esquerda de (a).

mg

T cos

T sen u

u

�FeS

TS

a b

u

u

LL

qa

q��

uu

Princ Fisica vol III.indb 11Princ Fisica vol III.indb 11 03/06/2014 13:45:3103/06/2014 13:45:31

12 | Princípios de física

atenção a ela nos próximos capítulos. Nesta abordagem, diz-se que um campo elé-trico existe na região de espaço em torno de um objeto carregado, a carga fonte. Quando outro objeto carregado – a carga teste – entra neste campo elétrico, uma força elétrica atua sobre ele. Como exemplo, considere a Figura 19.10, que mostra uma pequena carga teste positiva q0 colocada próxima a um segundo objeto que leva uma carga positiva muito maior Q. Nós definimos o campo elétrico devido à carga fonte no local da carga teste como sendo a força elétrica sobre a carga teste por unidade de carga, ou, mais especificamente, o vetor campo elétrico

E num

ponto no espaço é definido como força elétrica Fe agindo sobre uma carga teste

positiva q0 colocada nesse ponto dividida pela carga teste:4

0

e

FE 19.3

O vetor E tem unidades no SI de newtons por coulomb (N/C). A direção de

E como

mostrado na Figura 19.10 é a direção da força que uma carga teste positiva expe-rimenta quando colocada no campo. Note que

E é o campo produzido por alguma

carga ou distribuição de carga separada da carga teste, não é o campo produzido pela própria carga teste. Observe também que a existência de um campo elétrico é uma propriedade de sua fonte; a presença da carga teste não é necessária para o campo existir. A carga teste funciona como um detector do campo elétrico: um campo elétrico existe em um ponto se uma carga teste nesse momento experimenta uma força elétrica.

Uma vez que o campo elétrico é conhecido em algum momento, a força sobre qualquer partícula com carga q colocada nesse ponto pode ser calculada a partir de um rearranjo da Equação 19.3:

e q=F E 19.4

Uma vez que a força elétrica sobre uma partícula é avaliada, o seu movimento pode ser determinado a partir do modelo de partícula sob força resultante ou o modelo da partícula em equilíbrio (a força elétrica pode ter que ser combinada com as outras forças que atuam sobre a partícula), e as técnicas de capítulos anteriores podem ser usadas para encontrar o movimento da partícula.

Considere uma carga pontual5 q localizada a uma distância r de uma partí-cula de teste com carga q0. De acordo com a lei de Coulomb, a força exercida sobre a partícula de teste pela carga q é

0

2ˆe e

qqk

r=

F r

onde r é um vetor unitário dirigido de q para q0. Esta força na Figura Ativa 19.11a é direcionada para longe da carga fonte q. Como o campo elétrico no ponto P, a posição da carga teste, é definido por e

E =

Fe/q0, descobrimos

que em P, o campo elétrico criado por q é

e

qk

r=E r 19.5

Se a carga q é positiva, a Figura Ativa 19.11b mostra a situação com a carga teste remo-vida; a carga cria um campo elétrico no ponto P, direcionado para longe de q. Se q é negativo, como na Figura Ativa 19.11c, a força exercida sobre a carga teste é no sentido da carga, de modo que o campo elétrico em P é diri-gido para a carga fonte como na Figura Ativa 19.11d.

Para calcular o campo elétrico em um ponto P devido a um grupo de cargas pontuais, primeiro calculamos os vetores de campo elétrico em P individualmente usando a Equação 19.5, para em seguida somá-los vetorialmente.

4 Quando usamos a Equação 19.3, temos que assumir que a carga teste q0 é pequena o suficiente para que não perturbe a distribuição de carga responsável pelo campo elétrico. Se a carga teste é suficientemente grande, a carga sobre a esfera metálica é redistribuída e o campo elétrico que se define é diferente do campo que se define na presença de uma carga teste muito menor.5 Temos usado a frase “partícula carregada” até agora. A expressão “carga pontual” é um pouco enganadora porque carga é uma propriedade de uma partícula, e não uma entidade física. Essa situação é semelhante a algumas expressões enganosas em mecânica, como “uma massa m é colocada...” (a qual temos evitado) em vez de “uma partícula de massa m é colocada...”. No entanto, essa frase é tão enraizada na Física, que vamos usá-la e esperamos que esta nota de rodapé seja suficiente para esclarecer a sua utilização.

Prevenção de Armadilhas | 19.1

Somente partículas

A Equação 19.4 é válida apenas para uma partícula de carga q, ou seja, um objeto de tamanho zero. Para um objeto carregado de tamanho finito em um campo elétrico, o campo pode variar em módulo e direção ao longo da dimensão do objeto, de modo que a equação da força correspondente pode ser mais complicada.

Q

PCarga teste

Carga fonte

q0

� �

� �

� �

� ��

� �

� ES

Figura 19.10 Uma pequena carga teste positiva q0 colocada no ponto P próximo de um objeto contendo uma carga positiva muito maior Q experimenta um campo elétrico

no ponto P estabelecido pela carga de origem Q. Vamos sem-pre supor que a carga teste é tão pequena que o campo da carga de origem não é afetado por sua presença.

Definição do campo elétrico

Campo elétrico devido a uma carga pontual

Princ Fisica vol III.indb 12Princ Fisica vol III.indb 12 03/06/2014 13:45:3203/06/2014 13:45:32

Capítulo 19 – Forças elétricas e campos elétricos | 13

Em outras palavras, o campo elétrico total em um ponto no espaço, devido a um grupo de partículas carregadas igual à soma vetorial dos campos elétricos naquele ponto devido a todas as partículas. Este princípio da superpo-sição aplicado a campos decorre diretamente da propriedade de adição de vetores de forças. Portanto, o campo elétrico no ponto P de um grupo de cargas fonte pode ser expresso como

i

e ii i

qk

r= åE r 19.6

Campo elétrico devido a um número finito de cargas pontuais

onde ri é a distância a partir da i-ésima carga qi para o ponto P (a posição na qual o campo será avaliado) e r i é um vetor unitário direcionado de qi para P.

TESTE RÁPIDO 19.4 Uma carga teste de +3 mC está em um ponto P onde um campo elétrico externo é direcio-nado para a direita e tem um módulo de 4 ´ 106 N/C. Se a carga teste é substituída por outra carga de –3 mC, o que acontece com o campo elétrico externo em P? (a) Não é afetado. (b) Ele inverte a direção. (c) Muda de uma forma que não pode ser determinada.

Exemplo 19.4 | Campo elétrico de um dipolo

Um dipolo elétrico é constituído por uma carga pontual q e uma carga pontual –q separadas por uma distância de 2a como na Figura 19.12. Como veremos nos próximos capítulos, átomos neutros e moléculas se comportam como dipolos quando coloca-dos em um campo elétrico externo. Além disso, várias moléculas, tais como HCl, são dipolos permanentes. (HCl pode ser eficaz-mente modelado como um íon H+ combinado com um íon Cl–.) O efeito de tais dipolos sobre o comportamento de materiais submetidos a campos elétricos será discutido no Capítulo 20.

(A) Encontre o campo elétrico E gerado pelo dipolo ao longo

do eixo y no ponto P, que está a uma distância y da origem.

SOLUÇÃO

Conceitualização No Exemplo 19.1, adicionamos forças veto-riais para encontrar a força resultante sobre uma partícula. Aqui, acrescentamos vetores de campo elétrico para encon-trar o campo elétrico em um ponto no espaço.

continua

q

P

r

q

q0

rP

r

P

q

q0

P

r

q

r

FeS

FeS

ES

ES

Se q é negativo, a força na carga teste q0 é dire-cionada para q.

Para uma carga fonte negativa, o campo elétrico no ponto P aponta radialmente para dentro na direção de q.

Se q é positivo, a força na carga teste q0 é dirigida para longe de q.

Para uma carga fonte positiva, o campo elétrico no ponto P aponta radialmente para fora a partir de q.

a

b

c

d

Figura Ativa 19.11 (a), (c) Quando uma carga teste q0 é colocada perto de uma carga de origem q, a carga teste sofre uma força. (b), (d) Em um ponto P próximo à carga de origem q, existe um campo elétrico.

Figura 19.12 (Exemplo 19.4) O campo elétrico total

E em P devido a duas

cargas de mesmo módulo e sinal oposto (um dipolo elétrico) é igual à soma vetorial

E1 +

E2.

O campo E1 é devido à

carga positiva q e E2 é

o campo devido à carga negativa –q.

P

y

r

aq

a–q

x

u

u

u u

� �

ES

E2S

E1S

Princ Fisica vol III.indb 13Princ Fisica vol III.indb 13 03/06/2014 13:45:3303/06/2014 13:45:33

14 | Princípios de física

19.4 cont.

Categorização Temos duas cargas e queremos encontrar o campo elétrico total, por isso categorizamos este exemplo como um em que podemos usar o princípio da superposição representado pela Equação 19.6.

Análise Em P, os campos E1 e

E2 das duas partículas são iguais em módulo, já que P é equidistante das duas cargas.

O campo total em P é E =

E1 +

E2.

Encontre os módulos dos campos em P: 1 2 2 2 2e eq q

E E k kr y a

= = =+

Os componentes y de E1 e

E2 são iguais em módulo e opostos em sinal, de modo que se anulam. Os componentes x

são iguais e se somam, porque eles têm o mesmo sinal. O campo total E é, portanto, paralelo ao eixo x.

Encontre uma expressão para o módulo do campo 2 2(1) 2 coseq

E ky a

q=+elétrico em P:

A partir da geometria na Figura 19.12, vemos que 2 2 2 2 1/2

2 2 3 /2

2( ) ( )

2(2)

( )

e

e

q aE k

y a y aqa

E ky a

=+ +

=+

q = a/r = a/(y2 + a2)1/2. Substitua este resultado na Equação (1):

(B) Encontre o campo elétrico para pontos y a longe do dipolo.

SOLUÇÃO

A Equação (2) dá o valor do campo elétrico no eixo y 32

(3) eqa

E ky

»para todos os valores de y. Para os pontos distantes do dipolo, nos quais y a, despreze a2 no denominador e escreva a expressão para E, neste caso:

Finalização Dessa maneira, vemos que ao longo do eixo y o campo de um dipolo em um ponto distante varia propor-cionalmente a 1/r3, ao passo que o campo mais lentamente variável de uma carga pontual varia proporcionalmente a 1/r2. (Observação: Na geometria deste exemplo, r = y). Em pontos distantes, os campos das duas cargas no dipolo quase se anulam mutuamente. A variação 1/r3 em E para o dipolo também é obtida para um ponto distante ao longo do eixo x (veja o Problema 20) e para um ponto distante geral.

Campo elétrico devido à distribuição de carga contínuaNa maioria dos casos práticos (por exemplo, um objeto carregado por fricção), a média de separação entre as cargas de origem é pequena em comparação com as distâncias a partir do ponto em que o campo será avaliado. Nesses casos, o sistema de carga de origem pode ser modelado como contínuo. Ou seja, nós imaginamos que o sistema de aproximação discreta das cargas equivale a uma carga total que é distribuída de forma contínua através de algum volume ou sobre alguma superfície.

Para avaliar o campo elétrico de uma distribuição de carga contínua, o seguinte procedimento é utilizado. Em primeiro lugar, dividimos a carga de distribuição em pequenos elementos, cada um dos quais contém uma pequena quantidade de carga Dq como na Figura 19.13. Em seguida, modelando o elemento como uma carga pontual, usamos a Equação de 19.5 para calcular o campo elétrico D

E no ponto P,

devido a um destes elementos. Finalmente, avaliamos o campo total em P devido à distribuição de carga através da realização de uma soma vetorial das contribuições de todos os elementos da carga (isto é, por aplicação do princípio da superposição).

O campo elétrico em P na Figura 19.13 devido a um elemento de carga Dq é dado por

i

i e ii

qk

r

DD =E r

r1r2 r3

ˆ

P

r1

r2

r3

�q1

�E1

�E3�E2

S

S S

�q2

�q3

Figura 19.13 O campo elétrico E em P devido a uma distribui-ção contínua de carga é a soma vetorial dos campos D

E devido

a todos os elementos Dqi, da dis-tribuição de carga. Três elemen-tos da amostra são apresentados.

Princ Fisica vol III.indb 14Princ Fisica vol III.indb 14 03/06/2014 13:45:3303/06/2014 13:45:33

Capítulo 19 – Forças elétricas e campos elétricos | 15

onde o índice i refere-se ao i-ésimo elemento da distribuição, ri é a distância a partir do elemento para o ponto P, e ri é um vetor unitário dirigido a partir do elemento para P. O total do campo elétrico

E no ponto P, devido a todos

os elementos da distribuição de carga, é aproximadamente

i

e ii i

qk

r

D» åE r

Agora, aplicamos o modelo no qual a distribuição de carga é contínua, e fazemos com que os elementos de carga tornem-se infinitesimalmente pequenos. Com este modelo, o campo total em P no limite Dqi 0 torna-se

2 20

ˆ ˆlimi

ie i eq i i

q dqk k

r rD

D= =å ò

E r r 19.7

onde dq é uma quantidade infinitesimal de carga e a integração é sobre toda a carga, criando o campo elétrico. A integração é uma operação vetorial e deve ser tratada com cautela. Ela pode ser avaliada em termos de componen-tes individuais ou, talvez, os argumentos de simetria possam ser usados para reduzi-la a uma integral escalar. Vamos ilustrar este tipo de cálculo com vários exemplos em que presumimos que a carga é distribuída uniformemente em um plano ou uma superfície ou em todo um volume. Ao realizar estes cálculos, é conveniente utilizar o conceito de uma densidade de carga, juntamente com as seguintes anotações:

• Se uma carga total Q é uniformemente distribuída ao longo de um volume V, a densidade de carga volumétrica r é definida por

QV

r º 19.8 Densidade de carga volumétrica

onde r tem unidades de coulombs por metro cúbico.• Se Q é uniformemente distribuída sobre uma superfície de área A, a densidade de carga superficial s é definida

por

QA

s º 19.9 Densidade de carga superficial

onde s tem unidades de coulombs por metro quadrado.• Se Q é distribuída uniformemente ao longo de uma linha de comprimento , a densidade de carga linear l é

definida por

Q

l º 19.10 Densidade de carga linear

onde l tem unidades de coulombs por metro.

ESTRATÉGIA PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: Cálculo do campo elétrico

O procedimento a seguir é recomendado para a resolução de problemas que envolvem a determinação de um campo elétrico devido a cargas individuais ou a uma distribuição de carga.

1. Conceitualização Estabeleça uma representação mental do problema: pense cuidadosamente sobre as car-gas individuais ou sobre a distribuição de carga e imagine que tipo de campo elétrico poderia ser criado. Apele para qualquer simetria na disposição das cargas para ajudar a visualizar o campo elétrico.

2. Categorização Você está analisando um grupo de cargas individuais ou uma distribuição de carga contí-nua? A resposta a esta questão lhe diz como proceder na etapa seguinte.

3. Análise

(a) Se você está analisando um grupo de cargas individuais, use o princípio da superposição: quando estão presentes várias cargas pontuais, o campo resultante em um ponto no espaço é a soma vetorial dos campos individuais devido às cargas individuais (Eq. 19.6). Tenha muito cuidado na manipulação de quantidades vetoriais. Pode ser útil analisar o material sobre adição de vetores no Capítulo 1. O Exem-plo 19.4 demonstra este procedimento.

Princ Fisica vol III.indb 15Princ Fisica vol III.indb 15 03/06/2014 13:45:3403/06/2014 13:45:34

Outras Obras

RaymOnd a. SeRway JOhn w. Jewett, JR.

Tradução da 5a ediçãonorTe-americana

3volume

eleTromagneTismo

Tradução da 5a edição

norTe- -americana

3volume

Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br

eleTromagneTismo

RaymOnd a. SeRway JOhn w. Jewett, JR.

Tradução da 5a ediçãonorTe-americana

Trilha é uma solução digital, com plataforma de acesso em português, que disponibiliza ferramentas multimídia para uma nova estratégia de ensino e aprendizagem.

3volume

isbn 13 978-85-221-1638-6isbn 10 85-221-1638-5

7 8 8 5 2 2 1 1 6 3 8 69

Este livro, o terceiro volume de uma série de quatro, apresenta de forma clara e lógica os conceitos e os princípios básicos da Física, facilitando sua compreensão por meio de vários exemplos práticos que demonstram seu papel em outras disciplinas, bem como sua aplicação a situações do mundo real.

Nesta edição, os autores continuam a privilegiar o enfoque contextua l para motivar o aluno, procuram evitar concepções errôneas e utilizam a estratégia de resolução de problemas focada em modelos, evitando as dificuldades corriqueiras quando se ministra um curso de física in-trodutório baseado no cálculo.

neste volume: Forças elétricas e campos elétricos, Potencial elétrico e capacitância, Corrente e circuitos de corrente contínua, Forças e campos magnéticos, Lei de Faraday e indutância.

aplicações: Destina-se a disciplinas como Física Geral, Mecânica e Eletromagnetismo, dos cursos de Engenharia, Física, Matemática, Medicina e Biologia, entre outros.

pRincípiOS de fíSica – mecânica clássica e relatividade – Volume 1Tradução da 5a edição norte-americanaRaymond A. Serway e John W. Jewett, Jr.

pRincípiOS de fíSica – Oscilações, ondas e termodinâmica – Volume 2Tradução da 5a edição norte-americanaRaymond A. Serway e John W. Jewett, Jr.

pRincípiOS de fíSica – Óptica e física moderna – Volume 4Tradução da 5a edição norte-americanaRaymond A. Serway e John W. Jewett, Jr.

fíSica paRa cientiStaS e enGenheiROS – Volume 3 eletricidade e magnetismoTradução da 8a edição norte-americanaJohn W. Jewett, Jr. e Raymond A. Serway

RaymOnd a. SeRw

ay JOhn w

. Jewett, JR.

eleTrom

ag

neTism

o

cpa_PRINCIPdeFISICA_v03 16mm.indd 1 6/4/14 5:29 PM