24
PRINCÍPIOS DE REOLOGIA A separação de partículas no beneficiamento gravimétrico é influenciada pelas idd fí i d í l d fl id d ã propriedades sicas das partículas e do fluido de separação. Além da densidade, a separação é significativamente influenciada pelas t í ti ló i d fl id características reogicas do fluido.

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PRINCÍPIOS DE REOLOGIA

A separação de partículas no beneficiamento gravimétrico é influenciada pelas i d d fí i d í l d fl id d ãpropriedades físicas das partículas e do fluido de separação.

Além da densidade, a separação é significativamente influenciada pelas t í ti ló i d fl idcaracterísticas reológicas do fluido.

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FLUIDOS NEWTONIANOS

F

FLUIDOS NEWTONIANOS

ÁreaA

Velocidadeu

ForçaF

z Fluido

FzAuF µ=

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o de Bingham

udoplástico uF µ=

ante

- τ Plástico de

ano

Pseudop

µ aτ o dAdF /=τ dzd /uS =

zAµ

ão c

isal

ha

e

Newtoniano

µµ a Sτ µ=

Tens

ã

Dilatan

teFLUIDOS NEWTONIANOS:A VISCOSIDADE INDEPENDE DA

µ aFLUIDOS NÃO-NEWTONIANOS:A VISCOSIDADE DEPENDE DATAXA DE CISALHAMENTO

TAXA DE CISALHAMENTO

Taxa de cisalhamento - STAXA DE CISALHAMENTO

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INTRODUÇÃO

Processo originalmente desenvolvido para o beneficiamento de carvões g pminerais de difícil lavabilidade

Instalação pioneira na Staatsmijnen da HolandaInstalação pioneira na Staatsmijnen da Holanda(Dutch State Mines)

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Requisitos necessários para materiais formadores de i dmeios-densos:

· Resistência à degradação por abrasão· Baixa abrasividade

R i tê i à ã· Resistência à corrosão· Elevada densidade· Facilidade de recuperação· Baixo custo· Baixo custo

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Materiais utilizados na preparação de meios-densos

Densidade do material 3

Densidade máxima 3

Granulometria Material puro (g/cm3) utilizada (g/cm3) típica utilizada

Ferrosilício(14-16% Si)

6,7 3,8 -210 µm( )Galena (PbS) 7,6 3,3 -210 µm

Magnetita (Fe3O4) 5,2 2,4 -45 µmg ( 3 4) , , µ

Pirita (FeS2) 5,2 2,4 -

Barita (BaSO ) 4 7 2 0 75 µmBarita (BaSO4) 4,7 2,0 -75 µm

Quartzo (areia) 2,6 1,4 425 x 150 µm

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Distribuições granulométricas de amostras de ferrosilício comercial

Tamanho (µm)

Atomizado Moído

Grosso Fino Ciclone Ciclone 48D 65D 100D 150D 270DGrossoEspecial

FinoEspecial

Ciclone 60

Ciclone 40

48D 65D 100D 150D 270D

+212 2–4 1–3 0 0 0–2 0–1 0–1 0–1 0

212+149 5–9 3–7 0–1 0 4–8 0–3 0–1 0–1 0

149+106 11–15 8–12 0–3 0 12–18 4–8 1–4 0–2 0–1

106+75 15–21 13–17 2–4 1–3 19–27 9–17 5–10 2–6 0–3

75+45 20–26 19–25 20–24 10–14 20–28 24–32 20–28 13–21 7–11

-45 32–42 42–50 60–78 82–90 27–35 47–55 61–69 73–81 85–89

-20 9–19 15–25 32–42 47–75 5–15 15–25 25–35 40–50 52–62

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A densidade do meio-denso formado é determinada pelas equações a seguir:equações a seguir:

ρ =100

C C+ ( )100( )

ρ

ρ

mm

sm

CC

=+ −

⎣⎢

⎦⎥100 ρ

ρm

v s vC C=

+ −( )100100

Onde:ρm é a densidade do meio-densoρs é a densidade dos sólidosCm e Cv são as percentagens de sólidos em massa e volume no meio-denso

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Estabilidade e reologia de meios-densosg

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3.0

3.5Pa

)

42 6% - 3,43 g/cm3

2.0

2.5

ham

ento

(P 42,6%

40% - 3,28 g/cm3

/cm3

1 0

1.5

ão d

e ci

salh

36% - 3,08 g/cm

30,3% - 2,73 g/cm3

2 41 g/cm3

0.5

1.0

Tens

ã 324,8% - 2,41 g

18,5% - 2,05 g/cm3

Efeito da concentração volumétrica de ferrosilício moído no

20 50 80 110 140 170Taxa de cisalhamento (s-1)

0.0

Efeito da concentração volumétrica de ferrosilício moído no comportamento reológico do meio-denso

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3.0

3.5a) 25% - 1,95 g/cm3

2.0

2.5

ham

ento

(Pa 2

22,5% - 1,86 g/cm3

/cm3

1.0

1.5

ão d

e ci

salh

20% - 1,76 g/cm

15% - 1,57 g/cm3

0 0

0.5Tens

ã

10% - 1,38 g/cm3

Efeito da concentração volumétrica de magnetita no comportamento

0 50 100 150 200 250 300Taxa de cisalhamento (s-1)

0.0

Efeito da concentração volumétrica de magnetita no comportamento reológico do meio-denso

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60)

40pare

nte

(cP

)

aFerr

osilí

cio

Mag

netit

a

Qua

rtzo

20scos

idad

e ap

Gal

enaF

0

Vis

Equação 4.9

1 2 3 4 5Densidade específica do meio-denso (g/cm3)

Efeito da densidade da polpa na viscosidade do meio-densoEfeito da densidade da polpa na viscosidade do meio-denso

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12cm

/min

)

Método de Concha-Almendra(4.4.4)

8

men

taçã

o (c

Galena4e

de s

edim

Quartz Ma

Ferrosilício

a

0Velo

cida

de

zo

Magnetita

1 2 3 4 5Densidade do meio-denso (g/cm3)

0V

Efeito da densidade da suspensão na velocidade de sedimentação doEfeito da densidade da suspensão na velocidade de sedimentação do meio-denso

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16

m/m

in)

100D

65D

48D

12

men

taçã

o (c

m

150D D

8

de d

e se

dim

270D

150D

4

Velo

cida

0D

1.7 2.0 2.3 2.6 2.9 3.2 3.5Densidade específica do meio-denso (g/cm3)

0

Influência da granulometria do ferrosilício na estabilidadeInfluência da granulometria do ferrosilício na estabilidade do meio-denso

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tipoi

se)

90 cio

cio

aren

te (c

en

60

90

Qua

rtzo

angu

lar

Qua

rtzo

esfé

rico

Ferr

osilí

cno

vo

Ferr

osilí

cga

sto

sida

de a

pa

30

1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5íf

Visc

os

Densidade específica do meio-denso

Efeito da forma da partícula na viscosidade do meio-denso

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pois

e) 50

1 2 3 41 - Ferrosilício esférico + 10% finos de minério de manganês2 - Ferrosilício esférico + 5% caolinita3 - Ferrosilício esférico + 5% finos

aren

te (c

enti

30

40 de minério de manganês

4 - Ferrosilício esférico

cosi

dade

apa

20

1 0 2 0 3 0 4 0 5 0

Visc 10

1,0 2,0 3,0 4,0 5,0Densidade específica da polpa

Efeito da presença de contaminantes na viscosidade de meios-densos

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6

7

m/m

in

1 1 - Ferrosilício esférico2 - Ferrosilício esférico + 0,1% bentonita3 - Ferrosilício esférico + 5% finos minério manganês4 - Ferrosilício esférico + 5% caolinita

4

5m

enta

ção,

cm

2

2

3

dade

de

sedi

m

1

0

Velo

cid

3

4

1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0Densidade específica da polpa

Ef it d d t i t t bilid d d i dEfeito da presença de contaminantes na estabilidade de meios-densos

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Influência da reologia no processo de separaçãoInfluência da reologia no processo de separação

P d i i 3 f i d ã dPodem existir 3 fatores que impedem a separação demateriais em processos a meio-denso:

•Inexistência de um Tensão Mínima de Cisalhamento quefaça a partícula movimentar-se em fluídos não-newtonianos;newtonianos;•Tempo Insuficiente para a separação das partículas;•Ação de Correntes Dispersivas, causando remisturas.ç p ,

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Influência da reologia no processo de separação

100

14,8 cP6,9 cP

60

80pa

rtiç

ão (%

)

29,5 cP

40

efic

ient

e de

p

0

20Coe

Efeito da viscosidade na separação de carvão 50x6 mm em

1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2

Densidade relativa

0

Efeito da viscosidade na separação de carvão 50x6 mm em separador estático a meio-denso.

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Etapas do processo de separação em meio-denso

Os circuitos normalmente apresentam as seguintes etapas:

•Preparação da alimentação;

•Separação dos produtos flutuado e afundado no equipamento a meio-denso;

•Recuperação do material formador do meio-denso dos produtos separados;

•Regeneração da polpa de meio-denso.

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Preparação da alimentação(classificação granulométrica) Meio denso(classificação granulométrica) Meio-denso

FlutuadoAfundado Separação no equipamento

Separação do meio-densodo produto afundado(recuperação do meio-denso)

Separação do meio-densodo produto flutuado(recuperação do meio-denso)

Água de lavagem

Meio-denso

Lavagem do flutuadoLavagem do afundado

Produto final(afundado)

Produto final(flutuado)

Regulagemmeio-denso

Água de lavagem Meio-densoRegeneração do meio-denso

Rejeito finoÁgua nova

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Limpeza Produtos

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Separadores Magnéticos

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Regulagem da densidade do meio-denso

Método da diferença de pressões

Método Radiométrico

Pressão de ar

pressõesMeio-denso

Radiométrico

∆p Fonte de raios gama

Meio-denso

Bolhas de ar

Detector de raios gama

Detector de raios gama

raios gama

∆h

Diferença do sinal