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1º CICLO PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO CURRICULAR DAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)

Princípios Orientadores AEC

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1º CICLO

PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO CURRICULAR DAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO

CURRICULAR (AEC)

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

Índice

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 1. FINALIDADES ............................................................................................. 3

2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES ................................................................... 3

2.1 COMPONENTE PEDAGÓGICA ........................................................................... 4

2.2 ACTIVIDADES ................................................................................................. 4

2.3 ESTRATÉGIAS DE ACTIVIDADES ...................................................................... 4

2.4 ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA E CURRICULAR .................................................... 4

2.5 SUPERVISÃO PEDAGÓGICA ............................................................................ 5

2.6 REGISTO DEINFORMAÇÃO ............................................................................. 6

2.7 RECURSOS FISÍCOS E MATERIAIS ..................................................................... 7

2.8 DISTRIBUIÇÃO DOS TEMPOSLECTIVOS E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO ............ 7

3. ORIENTAÇÕES PROGRAMÁTICAS DO AGRUPAMENTO ....................... 8

3.1 ACTIVIDADE DE APOIO AO ESTUDO ................................................................... 9

3.2 ACTIVIDADE FÍSICA E DESPORTIVA ................................................................. 11

3.3 ENSINO DO INGLÊS ...................................................................................... 14

3.4 EXPRESSÃO DRAMÁTICA ............................................................................. 16

3.5 EXPRESSÃO MUSICAL ................................................................................... 22

3.6 EXPRESSÃO PLÁSTICA ................................................................................. 25

4. AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS AEC ........................................ 31

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INTRODUÇÃO

Considerando a importância do desenvolvimento de actividades de

enriquecimento curricular no 1.º ciclo do ensino básico para o desenvolvimento

das crianças e consequentemente para o sucesso escolar, o presente

documento estabelece os princípios orientadores da organização e gestão

curricular das referidas actividades no Agrupamento.

1. FINALIDADES

As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) pretendem cumprir o duplo

objectivo de garantir a todos os alunos do 1º Ciclo de forma gratuita, a oferta de

um conjunto de aprendizagens enriquecedoras do currículo, ao mesmo tempo

que se concretiza a prioridade enunciada pelo Governo de promover a

articulação entre o funcionamento da Escola e a organização de respostas

sociais no domínio do apoio às famílias.

2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES

De acordo com o despacho n.º 14460/2008 de 26 de Maio de 2008, para a

implementação do conceito de escola a tempo inteiro, cabe ao Agrupamento a

definição de um plano de AEC, seleccionadas de acordo com os objectivos

enunciados no Projecto Educativo e operacionalizadas no Plano Anual e

Plurianual de Actividades1. As AEC são programadas em parceria com a

entidade promotora, Câmara Municipal de Valongo. A oferta das AEC do

Agrupamento é a seguinte:

• Actividade de Apoio ao Estudo;

• Actividade Física e Desportiva;

• Ensino de Inglês;

                                                            1 Disponível para consulta em http://www.avvl.pt/4643/index.html

 

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• Expressão Dramática;

• Expressão Musical;

• Expressão Plástica.

2.1 COMPONENTE PEDAGÓGICA

A componente pedagógica dos professores das AEC desenvolve-se tendo em

conta o conhecimento e uso das orientações programáticas, de estratégias,

actividades, experiências de aprendizagem e instrumentos de observação tendo

por base os documentos de referência do Agrupamento.

2.2 ACTIVIDADES

As actividades das AEC têm um carácter lúdico/didáctico, são planificadas em

articulação com os professores titulares de turma, tendo por base o Projecto

Curricular de Turma.

Compete ao professor de AEC, em articulação com o professor titular de turma,

planificar2 e explicitar de que modo a operacionalização, observação e registo3

da evolução dos alunos, nas actividades, se concretiza e desenvolve em cada

campo específico do saber e para cada contexto de aprendizagem do aluno.

2.3 ESTRATÉGIAS DE ACTIVIDADES

No desenvolvimento das actividades as estratégias a privilegiar, no que diz

respeito à interacção professor/aluno, aluno/professor e aluno/aluno, devem

conduzir à criação de um ambiente favorável à aprendizagem. As actividades

lúdicas/didácticas devem levar os alunos ao desenvolvimento da autonomia, de

hábitos de trabalho no sentido da construção do saber e à motivação perante a

aprendizagem.

                                                            2 Anexo 1: Modelos grelhas de planificação das AEC

3 Anexo 2: Modelos de grelhas de registo de observação das AEC

 

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2.4 ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA E CURRICULAR

A articulação das AEC com as actividades curriculares de carácter obrigatório é

essencial quer a um nível horizontal (com o professor titular de turma e

Coordenador de 1º Ciclo) quer a um nível vertical (com os departamentos

curriculares dos 2º e 3º ciclos) na medida em que estas actividades constituem

uma componente significativa do Projecto Educativo e Curricular do

Agrupamento e devem contribuir de forma sequencial e equilibrada para o

desenvolvimento de competências essenciais dos alunos.

No sentido de operacionalizar a articulação pedagógica e curricular das AEC o

Agrupamento definiu os princípios orientadores de trabalho com os professores

titulares de turma, os Departamentos, e os professores das AEC. Assim, os

professores titulares de turma e os professores das AEC realizam reuniões

periódicas para procederem à programação conjunta. Para garantir uma maior

integração vertical dos professores das AEC nos Departamentos, estes

participam periodicamente em reuniões do seu grupo de especialidade.

2.5 SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

De acordo com o constante do ponto 31 e 32 do Despacho nº 14460/2008 de 26

de Maio, compete ao professor titular de turma zelar pela supervisão pedagógica

das AEC. O desenvolvimento desta competência passa por diversas formas de

articulação curricular e organizacional com os professores responsáveis pelas

AEC, bem como por mecanismos de acompanhamento e monitorização,

nomeadamente:

• A partilha de informação sobre os alunos realizando um trabalho prévio de

natureza pedagógica com os professores das AEC, no sentido de os

informar de todas as questões pertinentes relativas aos alunos (contexto

familiar; necessidades educativas especiais; estilos de aprendizagem;

relação pedagógica);

• A programação de actividades promovendo a articulação com os

professores das AEC para que se atinjam os objectivos que estas

actividades devem alcançar: enriquecer o currículo dos alunos tanto ao

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nível dos conteúdos como, essencialmente, ao nível do desenvolvimento

de competências transversais, criando homogeneidade entre as rotinas

do professor titular e do professor de AEC, propiciando atitudes favoráveis

à aprendizagem, consolidando estratégias de promoção de

comportamentos adequados e planificando em conjunto;

• A supervisão pedagógica, com evidências de registo, pressupõe:

• Planificação das actividades;

• Partilha de experiências;

• Reflexão conjunta sobre possibilidades concretas de

enriquecimento curricular;

• Melhoria de competências dos alunos.

• A sensibilização dos encarregados de educação para as AEC e o seu

contributo para o reforço do currículo;

• A ligação entre os pais/encarregados de educação e o professores das

AEC, nomeadamente ao nível das informações sobre o desempenho e

progressão nas actividades.

2.6 REGISTO DE INFORMAÇÃO

O registo de informação dos alunos que frequentam as AEC é definido de

acordo com as competências transversais enunciadas nos critérios gerais de

avaliação do Agrupamento4. Tratando-se de actividades de carácter facultativo,

os resultados do aluno nas AEC não têm repercussões directas na avaliação das

aprendizagens inerentes à componente lectiva obrigatória. No entanto, numa

perspectiva formativa, definiu-se o processo de observação e registo de

informação das competências desenvolvidas pelo aluno, com recurso a

instrumentos adequados, permitindo, assim, que os encarregados de educação

e os professores titulares de turma tomem conhecimento do crescimento global

do aluno.

                                                            4 Disponível para consulta em http://www.avvl.pt/criterios-eb23v.pdf

 

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A divulgação aos encarregados de educação, do processo observação das

competências desenvolvidas pelos alunos, traduz-se numa ficha de registo de

informação das AEC, realiza-se no final de cada período lectivo, através dos

professores titulares de turma, no registo de avaliação do aluno5. O referido

registo de informação tem um carácter formativo descritivo, devendo o professor

de AEC fornecer informações ao nível do desempenho e progressão nas

actividades, tendo por referência o ponto de partida do aluno. Para além disso,

importa reforçar a importância e quase exclusividade do carácter formativo, e

não certificador, em todo o processo.

2.7 RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS

No que respeita aos recursos materiais utilizados, estes divergem bastante e

consoante a actividade de AEC. O Agrupamento acompanha o processo de

aquisição materiais com vista à sua adequação e optimização tendo sido criadas

condições, em parceria com a Câmara Municipal de Valongo, que permitem

continuar o apetrechamento das escolas no que respeita aos equipamentos e

materiais adequados à realização das AEC. Ao nível dos espaços físicos as AEC

funcionam em salas de aula, espaços exteriores e polivalentes dos

estabelecimentos de ensino/Agrupamento.

2.8 DISTRIBUIÇÃO DOS TEMPOS LECTIVOS E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

A elaboração de horários das AEC obedece às regras expressas no Despacho

nº 14460/2008 de 26 de Maio, nomeadamente, no que diz respeito à

possibilidade de flexibilização do horário lectivo, ao tempo diário de interrupção

das actividades e de recreio e, ainda, aos critérios gerais estabelecidos pelo

Conselho Pedagógico em matéria de elaboração de horários. Assim, foi

estabelecida uma estreita colaboração entre os órgãos do Agrupamento e a

Câmara Municipal de Valongo para a elaboração dos horários e organização das

AEC. Os resultados do planeamento de horários são comunicados às famílias.

                                                            5 Anexo 3: Modelo do registo de avaliação do aluno adoptada no Agrupamento

 

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Para os alunos dos 1.º e 2.º anos, a duração semanal do ensino do Inglês é de

90 minutos, para os alunos dos 3.º e 4.º anos esse tempo é de 135 minutos

semanais.

A actividade de apoio ao estudo, com uma duração semanal de 90 minutos,

destina-se à realização de trabalhos de casa e de consolidação das

aprendizagens, devendo os alunos beneficiar dos recursos didácticos existentes

na Escola, bem como de apoio e acompanhamento por parte dos professores

titulares de turma.

Além das duas actividades obrigatórias, o plano inclui outras actividades de

enriquecimento curricular, actividade física e desportiva, expressão dramática,

expressão musical e expressão plástica 6.

A frequência das actividades de enriquecimento curricular não tem um carácter

obrigatório, depende da inscrição dos alunos por parte dos encarregados de

educação, que assumem o compromisso de os seus educandos frequentarem

as actividades até ao final do ano lectivo.

3. ORIENTAÇÕES PROGRAMÁTICAS DO AGRUPAMENTO

As Orientações Programáticas publicadas pelo Ministério da Educação7, o

Projecto Educativo e o Plano Anual e Plurianual de Actividades do Agrupamento

são os documentos de referência para a organização das actividades dos

professores das AEC. A utilização das TIC deve ser incentivada, no sentido da

sua presença generalizada nas AEC.

As orientações programáticas das AEC, definidas para o Agrupamento, em

parceria com a Câmara Municipal de Valongo, constituem-se como instrumentos

de mediação entre as Orientações Programáticas do Ministério da Educação e a

organização das actividades.

Assim, pretende-se que a planificação das actividades de AEC se concretize na

realização de actividades lúdico/didácticas activas, significativas, diversificadas e

socializadoras, numa perspectiva construtivista e interdisciplinar, de modo a

                                                            6 Anexo 4: Tabela 1.

7 Disponível para consulta em http://www.min-edu.pt/np3/43.

 

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estimular o desenvolvimento das competências inerentes ao estádio de

desenvolvimento em que as crianças se encontram, garantindo uma estratégia

global de intervenção que privilegie:

• Um ambiente pedagógico caracterizado pela descoberta, com a utilização

de estratégias próprias da infância e com uma forte componente lúdica e

criativa.

• A diferenciação das AEC das do ensino formal, incluindo mais

aprendizagem fora da sala de aula. (É aconselhável que algumas

actividades das AEC sejam mais flexíveis, ajustando-se às necessidades

das crianças mais novas em particular, proporcionando, por exemplo,

mais diversão e jogos ao ar livre);

• A diferenciação do ensino de acordo com as características e interesses

de cada aluno;

• A diversificação das formas sociais de trabalho privilegiando o trabalho de

par ou de grupo.

3.1 ACTIVIDADE DE APOIO AO ESTUDO

ENQUADRAMENTO

O Apoio ao estudo irá funcionar semanalmente em dois blocos de 45 minutos,

de acordo com os horários distribuídos.

FINALIDADES

Deverá permitir ao aluno:

• Consolidar as aprendizagens efectuadas nas áreas curriculares, através

da realização de exercícios práticos de aplicação / treino dos

conhecimentos / conteúdos estudados.

• Exercitar as suas competências no domínio das linguagens básicas –

leitura / escrita; matemática e das tecnologias da informação e

comunicação.

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• Desenvolver métodos e hábitos de estudo autónomo e responsável, como

recurso a estratégias diversificadas e personalizadas.

• Apoio aos alunos com mais dificuldades, através de trabalhos adequados

à superação das mesmas.

PROPOSTAS DE ACTIVIDADES:

• Organização do local de estudo;

• Organização dos cadernos diários;

• Organização e utilização dos manuais escolares;

• Expressão de dúvidas e dificuldades;

• Consulta de: um livro, um dicionário, uma revista…;

• Treino da leitura e da interpretação de textos;

• Treino da leitura em voz alta, silenciosa, em grupo, em diálogo;

• Realização de fichas / exercícios de aplicação e treino dos conteúdos

desenvolvidos nas aulas;

• Execução de esquemas;

• Aprendizagem por processos lúdicos, nomeadamente: Jogo do

SuperTmatik;

• Jogos com o tangram;

• Resolução de situações problemáticas no âmbito do Programa da

Matemática II;

• Utilização do computador no processamento de texto; produção de

desenhos / exploração de jogos didácticos/ pesquisa na Internet/ pesquisa

em suportes digitais;

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A selecção e execução das actividades aqui propostas é da responsabilidade

dos Docentes Titulares de Turma, tendo em consideração as características dos

alunos e da turma.

3.2 ACTIVIDADE FÍSICA E DESPORTIVA

ENQUADRAMENTO

A Actividade Física e Desportiva (AFD) irá funcionar semanalmente em três

blocos de 45 minutos, apenas para turmas do 4ºano de escolaridade.

A oferta da AFD, unicamente para este ano de escolaridade, fundamentou-se no

facto dos espaços físicos destinados à sua operacionalização não garantirem as

melhores condições de utilização. No entanto, pensamos que com a

requalificação das escolas existentes e a construção de novas escolas, este

constrangimento vai ser superado e no próximo ano lectivo e todos os anos de

escolaridade do 1º ciclo poderão vir a usufruir desta actividade de

enriquecimento curricular.

O plano curricular foi definido tendo por base as Orientações Programáticas

publicadas pelo Ministério da Educação incide sobre a Actividade Desportiva,

área de intervenção a desenvolver no 3º e 4º ano. A implementação da AFD

deve oferecer aos alunos um conjunto de experiências diversificadas que lhes

permitam enriquecer o seu repertório motor, sem que daí resulte a existência de

práticas que estimulem a especialização precoce.

FINALIDADES

A AFD deverá permitir ao aluno:

• Desenvolver o nível funcional das capacidades motoras;

• Melhorar a realização das habilidades motoras nos diferentes tipos de

actividades, conjugando as suas iniciativas com a acção dos colegas e

aplicando correctamente as regras;

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• Promover o seu desenvolvimento integral, numa perspectiva

interdisciplinar, de modo a favorecer o reforço de oferta educativa;

• Fomentar a aquisição de hábitos e comportamentos de estilos de vida

saudáveis que se mantenham na idade adulta, contribuindo para o

aumento dos índices de prática desportiva da população portuguesa;

• Fomentar o espírito desportivo e do fair-play, no respeito pelas regras das

actividades e por todos os intervenientes.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Os conteúdos programáticos estão focalizados nas Actividades Desportivas.

Estas são uma parte da actividade física e, para além da realização do exercício

físico, decorrem em ambiente competitivo, regendo-se por normas e regras

específicas e universais com um maior grau de exigência. Fundamentam-se na

perspectiva do confronto com um elemento definido: a distância, o tempo, o

adversário, ou contra si próprio.

• Jogos Pré-Desportivos

Os Jogos Pré-Desportivos possibilitam adquirir um conjunto de competências

fundamentais que permitem potenciar a aprendizagem dos Jogos Desportivos

Colectivos e aplicar a capacidade criativa numa perspectiva interdisciplinar.

Os jogos a desenvolver podem utilizar ou não a bola e devem apelar à

cooperação entre os elementos de uma mesma equipa para vencer a oposição

dos elementos da equipa adversária (noção de equipa) e à inteligência para

elaborar e operar respostas adequadas aos problemas colocados pelas

situações imprevistas que ocorrem no jogo (noção de adaptabilidade).

Actividades sugeridas: Jogos de Perseguição, Jogo do Mata, Jogo da Bola ao

Capitão, Jogo dos Passes, etc.

• Jogos Desportivos Colectivos: Andebol, Basquetebol, Futebol e

Voleibol

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Estes Jogos permitem realizar um conjunto de habilidades motoras de grande

complexidade para as quais não existe um modelo de execução fixo, devido a

ocorrerem em situações de envolvimento imprevisível e cumprir as regras e

objectivo do jogo em equipa.

Actividades sugeridas: Formas simplificadas de jogo com redução do espaço de

jogo e do número de jogadores, balizas e bolas mais pequenas e regras

adaptadas. Situações de exercitação de habilidades motoras em contextos

variáveis. Jogo reduzido e condicionado.

• Atletismo

As diversas especialidades do Atletismo permitem apelar aos padrões básicos e

naturais do movimento humano (correr, saltar e lançar) e à intervenção das

principais capacidades motoras e mentais.

Actividades sugeridas: Corridas, saltos e lançamentos sob a forma jogada.

METODOLOGIA

Todas as sessões devem privilegiar:

• O bom funcionamento do grupo, para que cada aluno possa usufruir de

mais tempo na tarefa, aumentando, desta maneira, o tempo disponível

para a prática;

• A progressão e a continuidade, de modo a que os novos conteúdos não

se encontrem desligados dos conteúdos já leccionados;

• Uma forte componente lúdica no desenvolvimento das actividades

previstas.

Para além do referido nas sessões de Jogos Desportivos Colectivos é

fundamental:

• Preservar a autenticidade do jogo;

• Contemplar os elementos essenciais idênticos à situação de jogo

(finalização/contrariar finalização, criação de oportunidades de

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finalização/impedir a criação de oportunidades de finalização e construção

do ataque/dificultar a construção do ataque);

• Ter sempre presente as situações de cooperação/oposição;

• Estabelecer uma dinâmica em que o fluxo entre as fases de

ataque/defesa sejam naturais;

• Não condicionar a execução dos alunos a situações de resposta fechada.

Devido à complexidade do jogo, dado que o praticante tem que a um tempo

referenciar vários elementos: bola, posição no terreno, alvo, colegas e

adversários, impõe-se que a aprendizagem seja faseada e progressiva: do

conhecido para o desconhecido, do fácil para o difícil, do menos para o mais

complexo, devendo atender-se a diferentes etapas de referência que

correspondem a diversos níveis de relação: eu-bola, eu-bola-alvo, eu-bola-

adversário, eu-bola-colega-adversário, eu-bola-colegas-adversários e eu-bola-

equipa-adversários.

No caso do Atletismo a demonstração dos comportamentos e gestos técnicos

será realizada pelo professor, podendo este, numa ou noutra ocasião recorrer a

um aluno com um nível técnico aceitável para realizar a demonstração.

3.3 ENSINO DO INGLÊS

ENQUADRAMENTO

O Inglês irá funcionar semanalmente em dois blocos de 45 minutos, para turmas

do 1º e 2º ano e em três blocos de 45 minutos, para turmas de 3º e 4º ano de

escolaridade.

O referencial curricular deve corresponder aos interesses dos alunos, apelar às

suas emoções, estimular o seu envolvimento activo, a sua imaginação e

criatividade. Na selecção de actividades dever-se-á ter em consideração as

necessidades dos alunos, os seus níveis de desenvolvimento e estilos de

aprendizagem.

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FINALIDADES

São finalidades do Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico:

• Sensibilizar para a diversidade linguística e cultural;

• Promover o desenvolvimento da consciência da identidade linguística

cultural através do confronto com a língua estrangeira e a(s) cultura(s) por

ela veiculada(s);

• Fomentar uma relação positiva com a aprendizagem da língua;

• Fazer apreciar a língua enquanto veículo de interpretação e comunicação

do/com o mundo que nos rodeia;

• Promover a educação para a comunicação, motivando para valores como

o respeito pelo outro, a ajuda mútua, a solidariedade e a cidadania;

• Contribuir para o desenvolvimento equilibrado de capacidades cognitivas

sócias afectivas, culturais e psicomotoras da criança;

• Proporcionar experiências de aprendizagem significativas, diversificadas,

integradoras e socializadoras;

• Favorecer atitudes de auto-confiança e de empenhamento no saber -

fazer;

• Estimular a capacidade de concentração e de memorização;

• Promover o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem;

• Fomentar outras aprendizagens.

PROPOSTAS DE OPERACIONALIZAÇÃO CURRICULAR

Propõe-se que a operacionalização curricular:

• dê ênfase à audição e à oralidade, especialmente na fase inicial. No

entanto, a leitura e a escrita podem desempenhar um papel de apoio

crítico e não devem ser negligenciadas; 15 

 

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• inclua a discriminação e imitação de sons, entoações e ritmos em

realizações linguísticas significativas;

• promova a memorização apoiada em suportes visuais, auditivos e

gestuais;

• conduza ao reconhecimento de diferentes tipos de enunciados;

• privilegie a reprodução de enunciados curtos em situações de

comunicação;

• explore, com frequência, a produção oral;

• incremente a reprodução escrita de enunciados orais sempre que se

julgar pertinente fazê-lo;

• utilize todos os padrões organizacionais possíveis, tais como o trabalho

individual, de pares, ou em pequenos grupos, associados ao trabalho com

o grupo-turma;

• ajude os alunos a, gradualmente e de forma natural, reflectir sobre as

diferentes estratégias de aprendizagem utilizadas, em utilização ou a

utilizar, numa perspectiva metacognitiva da aprendizagem.” (cf.

orientações do ME)

3.4 EXPRESSÃO DRAMÁTICA

ENQUADRAMENTO

A Expressão Dramática irá funcionar semanalmente em dois blocos de 45

minutos, em 2 turmas do 3º e 4º ano e num bloco de 45 minutos para as

crianças da UAEM da EB1/JI de Susão.

A expressão dramática promove o desenvolvimento da criança na sua

totalidade, favorecendo, através de actividades lúdicas, a aprendizagem global

(cognitiva, afectiva, sensorial, motora e por fim estética). É uma das áreas

artísticas que abrange quase todos os aspectos importantes do desenvolvimento 16 

 

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da criança. A grande diversificação de formas que pode tomar tornam-na, por

excelência, num importante instrumento de trabalho, uma vez que visa

processos de experimentação que ampliam o potencial cognitivo, fazendo com

que a criança seja capaz de expressar, com autonomia, uma visão crítica do

mundo.

É objectivo final da actividade de expressão dramática a realização de um

espectáculo, a sua preparação, todo o trabalho de imaginação, concepção, de

entreajuda, cooperação, de criatividade colectiva, formando um espaço onde a

criança poderá desenvolver, individual e colectivamente, não só as suas

capacidades psicossomáticas mas também toda a sua personalidade e

interacção social.

FINALIDADES

No âmbito da actividade de expressão dramática pretende-se que a criança

desenvolva a sua auto-estima, criatividade e imaginação, num pensamento

humanista contemporâneo, que define essas valências como parte integrante do

sonho e do estar desperto para o Mundo.

Pretende-se assim dotar as crianças duma disponibilidade mental para que

possam desenvolver competências físicas, pessoais, relacionais, cognitivas,

estéticas e técnicas, para que sejam, sozinhas ou em grupo, capazes de

inventar e de transformar aquilo que as rodeia, com sentido crítico e positivo.

A oficina de expressão dramática, em consonância com as suas finalidades, vai

em cada sessão, fazer com que cada criança possa:

• Adquirir e desenvolver capacidades no domínio da expressão vocal

(produzir e criar sons, noções de ritmo);

• Explorar a dimensão da palavra na sua vertente escrita, lida, falada e

cantada;

• Desenvolver noções de espaço físico (espaço interpessoal);

• Compreender jogos de comunicação verbal e não verbal;

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• Fazer uso da sua criatividade e de exploração de recursos (ser capaz de

criar personagens, histórias ou jogos de imaginação);

• Dominar progressivamente a expressividade do corpo e da voz;

• Trabalhar a concentração e atenção;

• Estimular o relacionamento interpessoal;

• Ampliar referências através da assistência a espectáculos;

• Implementar hábitos de fruição teatral e outras manifestações artísticas;

• Fomentar vivências diferenciadas que permitam o aprofundamento da

criação dramática;

• Aplicar vocabulário específico (o que é a “plateia”, “palco”,“boca de cena”,

“bastidores”, etc.).

ACTIVIDADES A DESENVOLVER

• Exercícios de expressão corporal (equilíbrio, leveza, exactidão, rapidez

dos reflexos, senso de ritmo, mobilidade/imobilidade);

• Exercícios de conhecimento da voz (como respirar, projectar a voz,

timbres de voz, percepção da extensão vocal);

• Leitura expressiva, em voz alta;

• Exercícios de coordenação de formas (improvisação através de

linguagem gestual e corporal);

• Jogo Dramático (interpretação) – dramatização individual e colectiva.

METODOLOGIA

As actividades são orientadas de modo a serem desenvolvidas por todos os

alunos, evitando-se, ao máximo, comportamentos passivos ou desinteressados,

ou seja, ausência de colaboração nas actividades, falta de atenção, entre outros,

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ou comportamentos que coloquem em causa o bom funcionamento da sessão,

nomeadamente, a perturbação.

A metodologia desenvolvida não é centrada em ensinamentos, exposições orais,

mas em experiências práticas e vivências através de actividades lúdicas

artísticas, ou seja, jogos expressivos e criativos. O jogo é privilegiado nas aulas

de modo a fortalecer o processo de conhecimento e de expressão.

TIPOS DE JOGOS:

• Jogos livres, que têm por objectivo funcionarem como abordagem

imediata para a motivação e predisposição para a integração e para o

trabalho de grupo;

• Jogos dirigidos, como meio de superar carências individuais (inibição,

timidez, receio…), e do grupo;

• Jogos de improvisação: mediante o estímulo à improvisação, as crianças

são conduzidas a explorar a imaginação, procurando uma resposta

espontânea perante o inesperado e a desenvolver a “habilidade” para

obter soluções.

No final de cada sessão, tenta-se promover pequenos momentos de reflexão do

grupo a respeito dos jogos feitos, dos problemas surgidos e das oportunidades

de melhoria.

Dar espaço e incentivar a afirmação das capacidades de cada aluno.

PARÊNTESIS PARA A EXPRESSÃO DRAMÁTICA COM OS ALUNOS DA UAEM (Unidade de Apoio Especializado à Multideficiência) 8

A Expressão Dramática ao ser usada em sala de alunos com NEE e

problemáticas tão variadas e comprometedores nos seus desempenhos, aborda

todos os pressupostos falados anteriormente, mas adequa o nível de exigência

aos interesses e nível de funcionamento de cada um e ao grupo no seu todo.

19 

                                                            8 A articulação, supervisão e reuniões com os professores titulares de turma, previstas neste documento, efectuar‐se‐ão com as docentes de Educação Especial da UAEM 

 

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

Após um período de avaliação, poderemos orientar (trabalhando em estreita

colaboração com as Docentes de Educação Especial e Auxiliares) o trabalho

para as necessidades dos alunos, seja física ou intelectual.

Após essa avaliação partiremos para a adaptação dos exercícios de Expressão

Dramática.

A Expressão Dramática apresenta-se como um instrumento privilegiado de

afirmação e descoberta das capacidades individuais, enquanto prática criativa

que permite abordar e interiorizar o sentido do estético. Pretendemos assim abrir

espaços de circulação entre os vários saberes e disciplinas, por exemplo passar

informações de higiene pessoal ou conhecimentos do próprio corpo, através de

exercícios dramáticos. Pretendemos criar pontes entre a escola e o meio e de

ligar a arte ao conhecimento básico.

Dentro das finalidades acima enunciadas acrescentamos:

• Estabelecer um clima de bom relacionamento interpessoal;

• Tomar consciência do seu próprio corpo e do corpo dos outros: criar

confiança e cumplicidade;

• Aperceber-se da importância de ouvir, olhar, dar atenção ao outro;

• Descobrir que só a repetição e a persistência permitem tocar elementos de si

que não se manifestam numa primeira provocação.

Outro elemento que diferencia os alunos com NEE é a não existência do

objectivo final da realização de um espectáculo. Porém essa possibilidade não é

excluída à partida. Após uma avaliação das vontades dos intervenientes

(manifestação ou não da vontade de expressão através do teatro) tomaremos

posição sobre este assunto. Achamos importante que os alunos compreendam o

mecanismo de teatro, mas sem forçar a uma exposição desnecessária ou

contrariada. Compreendemos no entanto que todos os objectivos propostos para

uma apresentação prática poderão ser cumpridos com exercícios dramáticos em

Sala de aula. 20 

 

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

Dentro das actividades referenciadas anteriormente acrescentamos os

estímulos sensório-motores, e a não partida da leitura alfabética mas da

pictográfica.

3.5 EXPRESSÃO MÚSICAL9

ENQUADRAMENTO

A Expressão Musical irá funcionar semanalmente em três blocos de 45 minutos,

para turmas do 1º, 2º e em dois blocos de 45 minutos para o 3º e 4º ano de

escolaridade.

Embora estejam estabelecidas Orientações Programáticas pelo Ministério da

Educação, definiu-se o plano curricular que irá orientar o desenvolvimento das

actividades de Expressão Musical, respeitando o desenvolvimento da criança, as

suas capacidades e valorizando os seus saberes.

As actividades a desenvolver devem visar as vivências musicais, o gosto pela

música, o sentido crítico e as práticas culturais diversas relacionadas com a

música.

FINALIDADES

O desenvolvimento das actividades nas propostas de trabalho deverá permitir ao

aluno:

• Fomentar a curiosidade, a tomada de consciência e a responsabilidade pelo

universo sonoro;

• Potenciar a expressão e a criatividade;

• Fazer com que a criança avalie as suas próprias actividades e criações como

fonte de riqueza e realização;

21 

                                                            9 Tal como foram definidos princípios a ter em conta, na Expressão Dramática, relativamente às especificidades dos alunos da UAEM, também a Expressão Musical, nessa Unidade, se regerá pela adequação do que está definido na generalidade, neste documento, às particularidades dos alunos em causa. 

 

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

• Educar a sensibilidade e o interesse pela música e pelo universo sonoro;

• Educar o gosto e critério estético;

• Praticar os procedimentos próprios da música como sejam a audição e a

interpretação;

• Contactar com diferentes culturas musicais;

• Explorar diferentes processos de produção sonora e de criação musical;

• Produzir e realizar espectáculos diversificados;

• Assistir a diferentes tipos de espectáculos;

• Utilizar as tecnologias da informação e comunicação;

• Contactar com o património artístico musical;

• Realizar intercâmbios entre escolas e instituições;

• Explorar as conexões com outras artes e áreas do conhecimento;

• Desenvolver projectos de investigação.

ORIENTAÇÕES METODOLOGICAS

Voz

• Sendo um modo natural de expressão e comunicação na criança, será um

recurso primordial nas actividades de expressão musical.

• Visa-se a capacidade de inventar e reproduzir melodias, com e sem texto,

a aquisição de um repertório de canções, rimas, lengalengas, e o domínio

das potencialidades expressivas da voz.

Corpo

22  

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

• O desenvolvimento físico-motor através, por exemplo, do movimento,

danças e dramatizações é essencial para a aprendizagem e interpretação

musical.

• A vivência e a reacção da criança a diferentes estilos e culturas musicais

através do movimento contribuem para a aquisição de conceitos, a

assimilação de padrões e estruturas e o desenvolvimento da memória

musical, a consciencialização da pulsação, do ritmo e do carácter das

peças musicais.

Instrumentos

• O objectivo principal é a utilização sonora directa de materiais e objectos

e a construção de fontes sonoras elementares, que poderá ser

complementada pela construção de instrumentos musicais. É

recomendada a utilização na escola dos instrumentos e brinquedos

musicais disponíveis.

Audição

• A audição é um dos aspectos centrais na aprendizagem musical. Contudo

a criança necessita de orientação e de pontos de apoio para ouvir de uma

forma discriminada e para ir centrando a sua audição em diferentes tipos

de música, estruturas, fontes sonoras e instrumentos, podendo reagira os

diferentes parâmetros musicais de modo espontâneo e livre assim como

através de actividades mais direccionadas de acordo com os conceitos

que se pretende que as crianças adquiram e apliquem.

Expressão e Criação

• As actividades musicais a desenvolver devem atender à necessidade de a

criança participar em projectos que façam apelo às suas capacidades

expressivas e criativas. Pretende-se também que a criança seja capaz,

por si só ou em grupo, de desenvolver projectos próprios, contando com a

ajuda do professor na escolha e domínio dos meios utilizados.

Representação do som

23 

• Pretende-se desenvolver a capacidade de expressar e comunicar

livremente, por gestos e sinais, variáveis musicais e aceder gradualmente

 

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

a um conjunto de sinais e símbolos gráficos, facilitadores das actividades

musicais realizadas.

Música Movimento e Drama

• Esta actividade centra-se no desenvolvimento de competências no campo

da audição, interpretação e criação de obras musicais que interliguem

música, movimento, drama, arte plásticas e literatura. Ao longo desta

actividade a criança aprende a interligar diferentes formas de arte, a

produzir e a realizar e interpretar um espectáculo músico-teatral. O

trabalho final pode resultar da criação de material original composto e

interpretado pela turma e/ou escola, pela colaboração com compositores

ou pela interpretação de uma obra pré-existente em parceria com outras

instituições.

3.6 EXPRESSÃO PLÁSTICA

ENQUADRAMENTO

A Expressão Plástica irá funcionar semanalmente em três blocos de 45 minutos,

para turmas do 1º, 2º e 3º ano de escolaridade.

Embora não estejam ainda estabelecidas Orientações Programáticas pelo

Ministério da Educação, definiu-se o plano curricular que irá orientar o

desenvolvimento das actividades de Expressão Plástica, respeitando o

desenvolvimento da criança, as suas capacidades e valorizando os seus

saberes.

FINALIDADES

Pretende-se que os alunos desenvolvam o pensamento crítico e

simultaneamente o prazer de experimentar para descobrir. As experiencias de

aprendizagens devem incidir na manipulação de materiais, formas e cores, estas

permitem que, a partir de descobertas sensoriais, as crianças desenvolvam

formas pessoais de expressar o seu mundo interior e de representar a realidade.

24  

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

O vasto conteúdo a desenvolver na Expressão Plástica não pressupõe uma

abordagem sequencial de acordo com um programa rígido e organizado. Podem

ser implementadas dinâmicas pedagógicas de acordo com a realidade da

comunidade em que se inserem e com as características dos alunos,

privilegiando-se uma abordagem transdisciplinar.

No desenvolvimento das actividades as propostas de trabalho devem ser

estruturadas segundo o definido nos eixos fundamentais considerados:

• Saberes específicos das Artes Visuais;

• Os suportes, materiais e técnicas que permitem a realização de

projectos;

• As áreas temáticas onde as propostas se devem inserir, incluindo

as aprendizagens e as produções em processos de reflexão e

intervenção.

LINGUAGENS A UTILIZAR NA EXPRESSÃO PLÁSTICA

BLOCO 1

ORGANIZAÇÃO PROGRESSIVA DE SUPERFÍCIES

• DESENHO

O desenho é uma actividade espontânea da criança. O prazer proporcionado

pelo desenrolar do traço é um jogo pessoal que suscita a representação de

sensações, experiências e vivências. Deve ocorrer com bastante frequência e de

uma forma livre, permitindo que a criação desenvolva a sua marca expressiva.

Os suportes a utilizar para as actividades sugeridas, não deverão ser inferiores a

A4 e devem ser as crianças a escolher os materiais e cores que melhor se

adeqúem à sua sensibilidade.

• DESENHO DE EXPRESSÃO LIVRE

• Desenhar no chão do recreio;

• Desenhar no quadro da Sala;

• Desenvolver as possibilidades técnicas de vários materiais e

matérias tais como: Paus, giz, dedos, lápis de cor, lápis de grafite,

carvão, lápis de cera, feltros, tintas e pincéis; 25 

 

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

• Utilizar suportes de diferentes tamanhos, diferentes espessuras,

diferentes texturas e diferentes cores.

• GRAFISMOS SUGERIDOS

• Ilustrar de forma pessoal;

• Criar frisos de cores preenchendo quadrículas;

• Contornar objectos;

• Formas e pessoas;

• Desenhar sobre um suporte previamente preparado com anilinas,

tinta etc.

• PINTURA

Este ”métier”exige um clima de disponibilidade e de liberdade, devendo o

professor observar sem interferir nos aspectos expressivos, como as crianças

utilizam o espaço da pintura.

• Os suportes a utilizar para as actividades sugeridas, não deverão

ser de dimensão inferior a A3, devendo variar-se o tamanho, a

espessura, a textura;

• À medida que as crianças vão demonstrando mais iniciativa, o

professor pode, então sugerir outras experiências que permitirão

aprofundar a capacidade dos alunos se exprimirem, de forma

pessoal, através da pintura;

• A organização, conservação e partilha do material de pintura

contribuem ainda para as aprendizagens básicas da vida na

comunidade.

• PINTURA DE EXPRESSÃO LIVRE, SUGERIDA

• Pintar livremente em suportes neutros;

• Explorar as possibilidades técnicas das: Mãos, esponja, trinchas,

pincéis, rolos, com pigmentos naturais, guache, aguarela, anilina,

tinta de água...

BLOCO 2

26  

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                                              ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC)                                                      

ORGANIZAÇÃO PROGRESSIVA DE VOLUMES

• MODELAGEM

• As actividades de manuseamento e experimentação de materiais

diversos moldáveis deverão ser praticadas, com frequência pelo

público do 1º ciclo;

• Manusear, separar, alisar, alongar, proporcionam explorações

sensoriais importantes, a libertação de tensões e o

desenvolvimento da motricidade fina;

• O encanto de ir dominando a plasticidade e a resistência dos

materiais leva, progressivamente, os alunos a utilizá-los de forma

pessoal e desenvolvendo enormes momentos de criatividade;

• Por exemplo explorar e tirar partido da resistência e plasticidade;

• Barro, massa modeladora, pasta de madeira, pasta de papel;

• Modelar usando apenas as mãos;

• Modelar usando apenas alguns teques básicos.

• CONSTRUÇÕES

É necessário que as crianças explorem sensorialmente diferentes materiais e

objectos, que procurem também livremente maneiras de os agrupar, ligar,

sobrepor....

É neste contexto experimental que a tridimensionalidade surge associada à

destreza manual, constituindo um desafio à capacidade de transformação e

criação de novos objectos.

O professor irá estimulando lentamente a realização de projectos que poderão

ter uma finalidade prática como por ex:

• Fazer e desmanchar construções;

• Desmontar e montar objectos;

• Inventar novos objectos utilizando materiais ou objectos

recuperados;

27  

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• Fazer construções a partir de representação no plano (Aldeias e

Maquetas).

BLOCO 3

• TÉCNICAS DIVERSAS DE EXPRESSÕES

Neste ciclo deverão as crianças as suas capacidades expressivas através do

recurso a diferentes materiais e técnicas, alargando o campo de experiências ao

domínio de outras linguagens plásticas.

Salvaguardando sempre o interesse das crianças, estas actividades poderão

partir das solicitações dos alunos ou de propostas do professor e estarão

normalmente associados à concretização de projectos individuais ou de grupo e

ligados e trabalhos desenvolvidos noutras áreas.

• RECORTE / COLAGEM / DOBRAGEM

• Explorar as possibilidades de diferentes materiais:

• Elementos naturais, lãs, cortiça, tecidos, objectos recuperados,

jornal, papel colorido, ilustrações.... rasgando, separando,

recortando, modelando, dobrando....

• Procurando formas, cores, texturas, espessuras...

• Fazer composições colando:

• Diferentes materiais rasgados, fragmentados;

• Diferentes materiais cortados;

• Fazer dobragens.

• IMPRESSÃO/ ESTAMPAGEM

• Estampar a mão e o pé;

• Estampar elementos naturais;

• Estampar utilizando moldes - positivo e negativo - feitos em cartão,

plástico...

• TECELAGEM E COSTURA

28  

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• Utilizar em tapeçarias, diferentes materiais:

• Tecidos, tiras de pano, lãs, botões, cordas, elementos naturais.

• Desfazer diferentes texturas:

• Tecidos, malhas, cordas, elementos naturais,...

• Entrançar;

• Colaborar em tapeçarias de elementos cosidos, elaborados a partir

de desenhos criados pelas crianças.

• FOTOGRAFIA E AUDIOVISUAL/CARTAZES10

• Utilizar a máquina fotográfica para recolha de imagens

• Imprimir e trabalhar as fotos, fazendo composições:

• Recortando e colando os elementos

• Usando a imagem, a palavra

• Desenhando e escrevendo

• Imprimindo e estampando

METODOLOGIA

As aulas serão realizadas em regime de oficina de expressão com actividades

lúdico/didácticas, de acordo com as técnicas de expressão plástica previstas no

programa.

Estas sessões serão constituídas por demonstrações práticas das técnicas de

expressão plástica, seguidas de experimentação, exploração e concretização de

composições plásticas pelos alunos, num ambiente de cooperação e

colaboração entre todos os intervenientes.

4. AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS AEC

O processo de avaliação é parte integrante da implementação das AEC com um

acompanhamento contínuo e uma avaliação permanente, de carácter formativo,

                                                            10 Se as escolas tiverem equipamento, ou se as crianças tiverem acesso a este equipamento, o mesmo pode ser trazido e utilizado na escola.

29  

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quer do processo quer dos resultados que vão emergindo do mesmo, no sentido

de promover a qualidade do ensino e de melhorar a sua acção educativa.

No que respeita ao acompanhamento do processo de avaliação, será formada

uma equipa de trabalho que acompanhará de forma sistemática e continuada a

implementação das AEC e será responsável pela recolha de informação,

nomeadamente quanto à concretização, à pertinência e à eficácia das

actividades desenvolvidas, avaliando o seu impacto na melhoria da oferta

educativa e organização do Agrupamento. No final do ano lectivo será elaborado

um relatório onde se analisarão os contextos e os processos, englobará também

as recomendações e orientações do trabalho futuro. Este relatório será

apresentado pela equipa de trabalho e analisado e aprovado pelo Conselho

Pedagógico. 

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Anexo 1

Modelos grelhas de planificação das AEC

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INGLÊS

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Anexo 2

Modelos grelhas de registo de observação das AEC

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Anexo 3

Modelo de registo de informação de final do período

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Anexo 4

Tabela 1

Distribuição das turmas pelas AEC

Ano Lectivo 2009/2010

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