8
7/21/2019 Prisão http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 1/8 Prisão Conceito: em sentido jurídico é a privação da liberdade de locomoção, ou seja, do direito de ir e vir, por motivo ilícito ou por ordem legal. No direito penal brasileiro pode significar pena privativa de liberdade, o ato da captura e a custódia (recolhimento da pessoa ao crcere!. Espécies de prisão: Prisão"pena (penal! e a prisão sem pena (processual penal, civil, administrativa e disciplinar!. Prisão penal# de finalidade repressiva, é a $ue ocorre após o tr%nsito em julgado da sentença condenatória em $ue se imp&s pena privativa de liberdade. Prisão processual ou provisória # é a prisão cautelar, em sentido amplo, incluindo a prisão em flagrante, preventiva, resultante da pron'ncia, resultante de sentença penal condenatória e a prisão temporria. Prisão civil # decretada em casos de devedor de alimentos e de depositrio infiel. Prisão administrativa: após a ) ** só pode ser decretada pela autoridade judici ria (artigo +-, do PP!. Prisão disciplinar: para transgress/es e crimes militares. Prisão em decorrência de sentença condenatória # a prisão é um dos efeitos da sentença penal condenatória, inclusiva se a mesma não houver transitado em julgado, de acordo com o inciso do artigo +-+ do código de processo penal. 0 fato de uma infração ser afiançvel ou não é $ue define se é possível $ue o réu continue preso de conformidade com os artigos +1+ e +12 do ódigo de Processo Penal. A prisão em flagrante )lagrante é uma $ualidade do delito, é o delito $ue est sendo cometido, praticado. 3 possibilidade de se prender alguém em flagrante é um sistema de autodefesa da sociedade, derivada da necessidade social de fa4er cessar a pr tica criminosa e a perturbação da ordem jurídica. 5rata"se de ato administrativo e medida cautelar de nature4a processual $ue dispensa ordem escrita e é prevista e6pressamente pela onstituição )ederal (artigo 78, 9:!, de modo a torn"la possível mesmo contrapondo"se ao princípio constitucional do estado de inoc;ncia.

Prisão

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Trata do estudo da prisão provisória no direito processual penal brasileiro. Analisa institutos como a prisão em flagrante, prisão preventiva, prisão temporária de acordo com a Lei 12.403/2011.

Citation preview

Page 1: Prisão

7/21/2019 Prisão

http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 1/8

Prisão

Conceito: em sentido jurídico é a privação da liberdade de locomoção, ou seja, do direitode ir e vir, por motivo ilícito ou por ordem legal. No direito penal brasileiro pode significar pena privativa de liberdade, o ato da captura e a custódia (recolhimento da pessoa aoc rcere!.

Espécies de prisão:

Prisão"pena (penal! e a prisão sem pena (processual penal, civil, administrativa edisciplinar!.

Prisão penal# de finalidade repressiva, é a $ue ocorre após o tr%nsito em julgado dasentença condenatória em $ue se imp&s pena privativa de liberdade.

Prisão processual ou provisória# é a prisão cautelar, em sentido amplo, incluindo a prisãoem flagrante, preventiva, resultante da pron'ncia, resultante de sentença penal condenatóriae a prisão tempor ria.

Prisão civil# decretada em casos de devedor de alimentos e de deposit rio infiel.

Prisão administrativa: após a ) ** só pode ser decretada pela autoridade judici ria(artigo + -, do PP!.

Prisão disciplinar: para transgress/es e crimes militares.

Prisão em decorrência de sentença condenatória# a prisão é um dos efeitos da sentença penal condenatória, inclusiva se a mesma não houver transitado em julgado, de acordo como inciso do artigo +-+ do código de processo penal.

0 fato de uma infração ser afianç vel ou não é $ue define se é possível $ue o réu continue preso de conformidade com os artigos +1+ e +12 do ódigo de Processo Penal.

A prisão em flagrante

)lagrante é uma $ualidade do delito, é o delito $ue est sendo cometido, praticado.3 possibilidade de se prender alguém em flagrante é um sistema de autodefesa da

sociedade, derivada da necessidade social de fa4er cessar a pr tica criminosa e a perturbação da ordem jurídica.

5rata"se de ato administrativo e medida cautelar de nature4a processual $uedispensa ordem escrita e é prevista e6pressamente pela onstituição )ederal (artigo 78,9: !, de modo a torn "la possível mesmo contrapondo"se ao princípio constitucional doestado de inoc;ncia.

Page 2: Prisão

7/21/2019 Prisão

http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 2/8

Flagrante próprio # também denominado de flagrante próprio ou flagrante propriamentedito# $uando o agente est cometendo o ilícito ou $uando acaba de praticar a infração. (arts.+<1, e !. 3 lei e$uiparou duas situaç/es diversas em dispositivos diversos# a de $uem surpreendido no ato de e6ecução do crime e a de $uem j esgotou os atos de e6ecução,causando o resultado jurídico de dano ou de perigo.

Flagrante impróprio ou quase-flagrante # prisão da$uele $ue é perseguido em situação$ue faça presumir ser o autor da infração. (art. +<1, !. 0 te6to legal tra4 a e6pressão=logo após> tornando apenas uma crença o pra4o de 12 (vinte e $uatro! horas $ue se acha possível para efetuar a prisão. ?ncetada a perseguição logo após o crime, sendo elaincessante nos termos legais, não importa o tempo decorrido entre o momento do crime e a prisão do seu autor. 5em"se admitido pacificamente $ue esse tempo pode ser de v rias horasou mesmo de dias. 3contrario sensu , se não houve perseguição logo após o ilícito, não élegal a prisão em flagrante efetuada depois de v rios dias, no dia seguinte, ou mesmoalgumas horas após o crime.

Flagrante presumido ou ficto# $uando o autuado é encontrado, logo depois da infração,com instrumentos, armas, objetos ou papéis $ue façam presumir ser ele o autor da infração.(art. +<1, @!. Não é necess rio $ue haja perseguição, mas sim $ue a pessoa seja encontradlogo depois da pr tica do ilícito com coisas $ue tradu4am um veemente indício da autoriaou participação no crime, a pessoa pode até ser encontrada por acaso. onsiderando"se ointeresse na repressão dos crimes, h maior margem na discricionariedade da apreciação doelemento cronológico $uando o agente é encontrado com objetos indicativos do crime, o$ue permite estender o pra4o a v rias horas, ou considerando"se o problema da repousonoturno, até o dia seguinte.

Nos termos da lei, o flagrante impróprio é também hipótese de presunção.

No caso da ação penal p'blica incondicionada, se houver anotitia criminis eestando presentes os pressupostos legais, a autoridade policial est obrigada A lavratura docompetente auto de prisão. Be for condicionada a lavratura do auto depende dere$uerimento escrito ou oral da vítima ou seu representante legal, o $ue também deverocorrer $uando se tratar de ação privada, este re$uerimento deve ser efetivado dentro do pra4o para a e6pedição da nota de culpa, ou seja, 12 (vinte e $uatro! horas.

Flagrante em crime permanente e crime a!itual # de acordo com o artigo +<+, entende"se em flagrante delito en$uanto não cessar a perman;ncia. ?videntemente, tratando"se de prisão em flagrante, mesmo nas hipóteses em $ue se deva invadir casa alheia, não se e6igemandado judicial. No caso do crime habitual se torna mais difícil, pois a prisão emflagrante e6igiria a prova da reiteração de atos $ue tradu4am o comportamento criminoso,ou seja, a habitualidade.

Flagrante em crime continuado# e6istem v rias aç/es independentes, sobre as $uaisincide, isoladamente, a possibilidade de se efetuar a prisão em flagrante.

Flagrante preparado ou provocado # 3 B'mula 27 do B5) tem decidido $ue não hcrime $uando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. 0

Page 3: Prisão

7/21/2019 Prisão

http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 3/8

agente de crime provocado não pode ser autuado em flagrante, pois foi indu4ido A pr ticade um crime pela polícia ou terceiro, $ue é chamado de agente provocador. 5rata"se de umamodalidade de crime impossível, pois embora o meio empregado e o material sejamid&neos, h um conjunto de circunst%ncias previamente preparadas $ue eliminamtotalmente a possibilidade da produção do resultado.

Flagrante esperado# não se confunde com o flagrante preparado, pois a$ui a atividade policial é apenas de alerta, sem $ue instigue, onde aguarda o cometimento do crime sem$ual$uer indu4imento ou instigação. C admitido pela jurisprud;ncia.

Flagrante prorrogado ou retardado # previsto no artigo 18, inciso da 9ei n8 -.<+2D-7(9ei do rime 0rgani4ado!. 0 agente policial detém a discricionariedade para dei6ar deefetuar a prisão em flagrante no momento em $ue presencia a infração penal, podendoaguardar um momento mais importante do ponto de vista da investigação criminal ou dacolheita de prova. ?sta espécie de flagrante só é permitida $uando da ocorr;ncia de crimeorgani4ado.

Flagrante for"ado# também chamado de ma$uinado, fabricado ou urdido. 0s policiais ou particulares criam provas de um crime ine6istente, colocando, por e6emplo, no interior deum veículo subst%ncia entorpecente.

Flagrante compulsório ou o!rigatório # por$ue o agente é obrigado a efetuar a prisão emflagrante, não tendo discricionariedade sobre a conveni;ncia ou não de efetiv "la. Previstono artigo +< do ódigo de Processo Penal e di4 respeito A autoridade policial e seusagentes.

Flagrante facultativo# consiste na faculdade de efetuar ou não o flagrante, de acordo comcritérios de conveni;ncia e oportunidade, referindo"se As pessoas comuns do povo.

#$%E&'(# )( F*A+,A 'E

#u"eito ativo# é a pessoa $ue efetua a prisão. No caso do particular surge um caso especialde e6ercício de função p'blica pelo particular.

#u"eito passivo# é o sujeito detido em situação de flagr%ncia. Pode ser $ual$uer pessoa,e6ceto#

. Eenores de * anos, $ue são inimput veisF1. 0s diplomatas estrangeiros, em decorr;ncia de tratados e convenç/es internacionaisF+. 0 Presidente da Gep'blicaF2. 0 agente $ue socorre a vítima de acidente de tr%nsito (artigo +< do ódigo de

5r%nsito!7. 5odo a$uele $ue se apresentar A autoridade, após o cometimento do delito,

independentemente do folclórico pra4o de vinte e $uatro horas, uma ve4 $ue nãoe6iste flagrante por apresentação (B5), G5 H HD2<<!, no entanto, por ocasião daapresentação nada impede $ue seja decretada a prisão preventiva, desde $ue presentes os re$uisitos.

Page 4: Prisão

7/21/2019 Prisão

http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 4/8

Podem ser autuados em flagrante, mas apenas nos crimes inafianç veis#

. 0s membros do ongresso Nacional ( ), art. 7+, I 8!F1. 0s Jeputados ?staduais ( ?, art. 1K, I 8!F+. 0s magistrados (art. ++, da 90EN!F

2. 0s membros do Einistério P'blico (art. 2<, da 90NEP!F7. 0 advogado (9ei *.<H-D-2, art. K8, I +8!.

Autoridade competente# em regra é a autoridade policial, no e6ercício de uma das funç/es primordiais da polícia judici ria, $ue não e6clui a compet;ncia de outra autoridadeadministrativa a $uem, por lei, é cometida a mesma função.

Je acordo com o artigo 1-<, compete a lavratura do flagrante A autoridade dacircunscrição onde foi efetuada a prisão, e não a do local do crime. Não havendo autoridadeno lugar em $ue se tiver efetuado a prisão, o capturado ser logo apresentado A do lugarmais pró6imo.

3 polícia não e6erce ato algum de jurisdição, ine6iste ra4ão para falar"se emincompet;nciaratione loci , sendo v lido o ato lavrado por autoridade diversa da$uelamencionada na lei.

Pra.o para a lavratura do auto # a lei não e6plicita o pra4o, no entanto, o artigo +<Hdetermina o pra4o de 12 (vinte e $uatro! horas para $ue seja entregue ao preso a nota deculpa, tem"se concluído, ser este o pra4o m 6imo.

A$'( )E P,&#/( E0 F*A+,A 'E

3 autuação em flagrante delito pressup/e a certe4a absoluta da materialidade decrime e indícios mínimos de autoria.

Jeve ser comunicada a família do preso ou pessoa por ele indicada. (artigo 78,9: !.

3rtigo +<2# primeira pessoa a ser ouvida, condutor L agente de autoridade, ofendido ou particular $ue condu4iu o preso até a autoridade. Não h e6ig;ncia alguma de $ue ocondutor tenha sido testemunha da pr tica do ilícito ou de alguma circunst%ncia ligada aeste ou mesmo $ue tenha presenciado a prisão.

5estemunhas# no mínimo duas. Be não houver testemunhas $ue hajam presenciado ainfração o auto pode ser assinado por testemunhas instrumentais, $ue hajam testemunhadoa apresentação do preso A autoridade.

Na autuação em flagrante não é admissível a contradita.

nterrogatório do acusado# artigo +<2.

Page 5: Prisão

7/21/2019 Prisão

http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 5/8

Be o acusado se recusar a assinar, ou não souber ou não puder fa4;"lo, o auto serassinado por duas testemunhas $ue lhe tenham ouvido a leitura, na presença do acusado(artigo +<2, I +8!. Bão testemunhas instrument rias da instrução (artigo +<2, I +8!.

3pós a lavratura do auto deve a autoridade comunicar ao jui4 competente $ue tem

poder para anul "lo, rela6ar a prisão e se entender, decretar a prisão preventiva.Prisão pela autoridade: ocorre em ra4ão de delito praticado contra autoridade, comodesacato, desobedi;ncia, etc. Neste caso a autoridade figura na posição de condutor, não pode acumular as posiç/es de testemunha e presidente do auto de flagrante. @ale ressaltar $ue não tem autoridade para determinar a prisão e autuação em flagrante delito o Presidentede omissão Parlamentar de n$uérito.

3rtigo +<2, I 8 " após o encerramento do auto de prisão em flagrante dever ser ocondu4ido imediatamente custodiado, caso não haja circunst%ncias $ue permitam a sualiberação.

ota de culpa L a entrega da nota de culpa é formalidade essencial referente A liberdade da pessoa, comunicação $ue é, sob responsabilidade da autoridade, do motivo da prisão proporcionando ao capturado ampla defesa, $ue é garantia constitucional. 3 sua omissãoenseja o rela6amento da prisão em flagrante.

P,&#/( P,E1E '&1A

?m sentido amplo serve para designar a custódia verificada antes do tr%nsito em julgado da sentença. C a prisão processual, cautelar.

?m sentido restrito, é uma medida cautelar, constituída da privação de liberdade doautor do crime e decretada pelo jui4 durante o in$uérito ou instrução criminal em face dae6ist;ncia de pressupostos legais, para resguardar os interesses sociais de segurança.

omo se trata de prisão cautelar, reveste"se do car ter da e6cepcionalidade, namedia em $ue somente poder ser decretada $uando necess ria, isto é, se ficar demonstradoo periculum in mora .

?m relação ao princípio do estado de inoc;ncia, a B'mula - do B5M disp/eclaramente $ue este tipo de constrição de liberdade não ofende este princípioconstitucional.

0 artigo + 1 do ódigo de Processo Penal tra4 os pressupostos da prisão preventiva,$ue en$uanto medida cautelar representa o fumus bonis juris . Bão a prova da e6ist;ncia docrime, $ue representa a materialidade delitiva e os indícios suficientes da autoria, ou seja,deve se demonstrar uma probabilidade de $ue o réu tenha sido o autor de um fato típico eilícito.

Page 6: Prisão

7/21/2019 Prisão

http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 6/8

M a segunda parte do artigo + 1 tra4 os fundamentos $ue representam o periculumin mora .

+arantia da ordem p2!lica # é decretada com a finalidade de impedir $ue o agente, solto,continue a delin$ ir, ou de acautelar o meio social, garantindo a credibilidade da justiça, em

crimes $ue provo$uem grande clamor popular. Na primeira hipótese, decorrente dos maus antecedentes ou da reincid;ncia do

acusado, deve ocorrer a prisão para evitar $ue o sujeito cometa in'meros outros delitos atéa sentença condenatória transitada em julgado, ocorrendo um perigo social em virtude dademora.

M a segunda, ocorre em decorr;ncia da brutalidade do delito e $ue provocacomoção no meio social, gerando sensação de impunidade e descrédito em virtude dademora da prestação jurisdicional.

Conveniência da instrução criminal: visa impedir $ue o agente perturbe ou impeça a produção de provas, ameaçando testemunhas, apagando vestígios do crime, destruindodocumentos, etc. ?vidente a$ui o periculum in mora, pois não se chegar A verdade real seo réu permanecer solto até o final do processo, diante da sua evasão.

+arantia de aplicação da lei penal # impede o desaparecimento do autor da infração $ue pretenda se subtrair aos efeitos penais da eventual condenação. 3 fuga ou escusa ematender o chamamento judicial, dificultando o andamento do processo, retarda e tornaincerta a aplicação da lei penal.

+arantia da ordem econ3mica # acrescentado pelo artigo *H da 9ei n8 *.**2D-2, a 9ei3ntitruste. 5rata"se de uma repetição do re$uisito garantia da ordem p'blica.

3 apresentação espont%nea, a primariedade, os bons antecedentes, resid;ncia fi6a edefinida, instrução superior, família, etc. Nenhum destes argumentos são suficientes paraelidir a prisão preventiva.

Jepende, principalmente das condiç/es pessoais do réu, não podendo haver igualdade de tratamento entre os co"réus em caso de concurso de pessoas, sendo admissívela medida com relação a um e não a outro co"réu.

Condiç4es de admissi!ilidade da prisão preventiva:

onforme o artigo + + do código de processo penal, só se permite em crimesdolosos punidos com reclusãoF nos crimes punidos com detenção nas hipóteses do réuvadio ou $ue frustra a sua identificaçãoF e nos crimes punidos com $ual$uer pena privativade liberdade $uando se tratar de criminoso $ue ser considerado reincidente em crimedoloso se condenado. Não se impede a decretação da prisão em caso de crime afianç vel.

Não se permite prisão preventiva em caso de contravenção. ?mbora não sejae6presso não se permite a custódia nos casos em $ue o réu se livra solto,

Page 7: Prisão

7/21/2019 Prisão

http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 7/8

independentemente de fiança, j $ue nesse caso nem mesmo se permite o recolhimento emcaso de prisão em flagrante. ? o jui4 também não poder decretar a prisão preventiva nostermos do artigo + 2, se ocorrer $ual$uer uma das causas de e6clusão da ilicitude.

)ecretação:

Pode ser decretada em $ual$uer fase do in$uérito policial ou da instrução criminal,inclusive se ainda não houver in$uérito policial.

Be o Einistério P'blico pede o retorno do in$uérito para reali4ação de dilig;nciasnão pode re$uerer a prisão preventiva, pois demonstra não haver suficientes indícios deautoria, no caso do in$uérito haver sido concluído. aso não haja a conclusão do in$uérito pode ser decretada a prisão preventiva, devendo ser obedecidos os pra4os legais.

?m caso de réu pronunciado a $uem se concedeu a liberdade provisória, a prisão só pode ser decretada em decorr;ncia de fatos supervenientes A pron'ncia. 0 mesmo se digacom relação a prisão após a sentença recorrível em $ue se concedeu o mesmo benefício.

3rtigo + L legitimidade para re$uerer a prisão preventiva. 0 assistente de acusação nãoest legitimado a re$uer;"la.

3 prisão preventiva é incompatível com $ual$uer tipo de liberdade provisória,estando presentes os seus pressupostos e permanecendo v lido o seu fundamento, não se pode conceder a liberdade provisória.

3 decisão $ue decreta a prisão preventiva é irrecorrível, podendo ser impetradohabeas corpus . Be for decisão denegatória cabe recurso em sentido estrito.

Je acordo com o artigo 1+H do código eleitoral, a prisão preventiva não pode ser e6ecutada desde <7 (cinco! dias antes até 2* ($uarenta e oito! horas depois do encerramentoda eleição.

Fundamentação: o artigo + 7 do ódigo de Processo Penal, baseado no princípioconstitucional da motivação das decis/es judiciais, define $ue o despacho $ue decretar oudenegar a prisão preventiva deve ser fundamentado, devendo haver uma e6posição fundadaem dados concretos, fatos $ue legitimem a mencionada decretação.

,evogação: segundo o artigo + H do ódigo de Processo Penal, o jui4 poder revogar a prisão preventiva se, no decorrer do processo, verificar a falta de motivo para $ue subsista.3 revogação deve"se calcar, e indicar com e6plicitude, no desaparecimento das ra4/es $ue,originalmente, determinaram a custódia provisória, sem desgarrar dos par%metros traçados pelo artigo + H.

Pela sua nature4a e finalidade, nada impede $ue seja novamente decretada, desde$ue presentes os pressupostos e fundamentos.

Page 8: Prisão

7/21/2019 Prisão

http://slidepdf.com/reader/full/prisao-56d98f5f7b82a 8/8

Ja decisão $ue revoga a prisão preventiva cabe recurso em sentido estrito. aso sejainterposto o recurso em sentido estrito o EP pode impetrar mandado de segurança visandoobter efeito suspensivo, caso o fato do acusado permanecer em liberdade venha a colocar em risco a ordem p'blica. 0 indeferimento do pedido de revogação ou a redecretação não possuem recurso, devendo"se impetrarhabeas corpus .

Apresentação espont5nea# nos termos do artigo + K do PP esta apresentação não impedea decretação da prisão preventiva, no entanto, deve"se considerar $ue a apresentaçãoespont%nea para ser preso, aliada A primariedade e outras condiç/es pessoais pode indicar aconveni;ncia da revogação da custódia j decretada.

Artigo 678 L benefício para o acusado $ue se apresentar espontaneamente nos casoscitados neste artigo. 3 não concessão de efeito suspensivo em sentença condenatória.