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Problemas ambientais e sociais causados pela produção de energia Comparação da fonte de energia brasileira com outros países Proinfa incentiva fontes alternativas de energia O consumo crescente e o impacto ambiental e social causados pelas fontes de energias tradicionais levam governo e sociedade a pensar em novas alternativas para geração de energia elétrica. Segundo dados do Balanço Energético Nacional, mais de 40% da matriz energética do Brasil é renovável, enquanto a média mundial não chega a 14%. No entanto, 90% da energia elétrica do país é gerada em grandes usinas hidrelétricas, o que provoca grande impacto ambiental, tais como o alagamento dessas áreas e a conseqüente perda da biodiversidade local. Os problemas sociais não são menores com a remoção de famílias das áreas. Quase um milhão de pessoas já foram expulsas de suas terras. Avaliar impacto “Não existe geração de energia sem impacto ambiental. Esse impacto só será reduzido, se diminuirmos o consumo”, ressalta o pesquisador da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Gilberto Januzzi. Exatamente por isto, considera necessário avaliar os impactos para escolher melhor as fontes alternativas. Fonte: http://www.comciencia.br/reportagens/2004/12/12.shtml Usina Termoelétrica ou Usina Termelétrica Como vários tipos de geração de energia, a termeletricidade também causa impactos ambientais. Contribuem para o aquecimento global através do efeito estufa e da chuva ácida. A queima de gás natural lança na atmosfera grandes quantidades de poluentes, além de ser um combustível fóssil que não se recupera.

Problemas ambientais e sociais causados pela produção de energia

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Problemas ambientais e sociais causados pela produção de energia

Comparação da fonte de energia brasileira com outros países

Proinfa incentiva fontes alternativas de energia

O consumo crescente e o impacto ambiental e social causados pelas fontes de energias tradicionais levam governo e sociedade a pensar em novas alternativas para geração de energia elétrica. Segundo dados do Balanço Energético Nacional, mais de 40% da matriz energética do Brasil é renovável, enquanto a média mundial não chega a 14%. No entanto, 90% da energia elétrica do país é gerada em grandes usinas hidrelétricas, o que provoca grande impacto ambiental, tais como o alagamento dessas áreas e a conseqüente perda da biodiversidade local. Os problemas sociais não são menores com a remoção de famílias das áreas. Quase um milhão de pessoas já foram expulsas de suas terras.

Avaliar impacto

“Não existe geração de energia sem impacto ambiental. Esse impacto só será reduzido, se diminuirmos o consumo”, ressalta o pesquisador da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Gilberto Januzzi. Exatamente por isto, considera necessário avaliar os impactos para escolher melhor as fontes alternativas.

Fonte: http://www.comciencia.br/reportagens/2004/12/12.shtml

Usina Termoelétrica ou Usina Termelétrica

Como vários tipos de geração de energia, a termeletricidade também causa impactos ambientais. Contribuem para o aquecimento global através do efeito estufa e da chuva ácida. A queima de gás natural lança na atmosfera grandes quantidades de poluentes, além de ser um combustível fóssil que não se recupera.

O Brasil lança por ano 4,5 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, com o incremento na construção de usinas termelétricas esse indicador chegará a 16 milhões.

As termoelétricas apresentam um alto custo de operação, em virtude do dinheiro utilizado na compra de combustíveis.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ar/termeletrica.php

Energia a partir do carvão mineral

É possível diminuir seu grau de poluição?

Algumas tecnologias permitem a redução dessa emissão. Uma delas é a lavagem de carvão, que mistura o carvão triturado a um líquido, separando as impurezas. Em outras técnicas, o dióxido de enxofre, uma das maiores causas da chuva ácida, é retirado.

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Também já é possível a redução de óxidos de nitrogênio, uma das causas do ozônio no nível do chão. Outras tecnologias permitem o bombeamento do gás carbônico para o subsolo pelas usinas termelétricas. Há três alternativas: o lançamento do gás em minas de carvão, expulsando o gás metano (que, por sua vez, pode ser usado como combustível pela usina); em minas de água salgada imprópria para consumo humano ou para reservas de petróleo, facilitando na extração do combustível.

Fonte: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/carvao-mineral/poluicao-energia-combustiveis-fosseis-eletricidade.shtml#topo

Biocombustíveis

Para consolidar-se como líder neste segmento, o Brasil terá que enfrentar com maestria os impactos sociais que esse aumento de produção da energia derivada da cana-deaçúcar – na ordem de 17,1% de 2006 para 2007 (EPE, 2008) – principalmente nas principais questões que são atualmente relacionadas aos biocombustíveis: trabalho escravo nas lavouras; desenvolvimento local com manutenção da agricultura familiar; e segurança alimentar devido ao desvio da finalidade da produção de grãos que servem tanto para produção de alimentos quanto para produção de biocombustível. Com o intuito de que esses impactos sejam minimizados, tanto Governo quanto setor privado, sociedade civil organizada e a comunidade em geral têm contribuído para tornar mais transparente, responsável e sustentável essa retomada da produção em larga escala do etanol no país.

INSEGURANÇA ALIMENTAR

A grande questão da recente escalada de investimentos para a produção de biocombustível reside no debate alimento X combustível. De acordo com relatório publicado pelo Banco Mundial, com 240 quilos de milho são produzidos 100 litros de etanol. No entanto, essa mesma quantidade de milho seria suficiente para alimentar uma pessoa por um ano (WORLD BANK, 2008). Outro relatório escrito em abril de 2008 por Donald Mitchell(MITCHELL, 2008), do Banco Mundial, ainda no formato de “rascunho”, foi divulgado com exclusividade pelo Jornal The Gardian, de Londres. Ele afirma que o índice de preço do alimento cresceu 140% entre janeiro de 2002 e fevereiro de 2008 (Figura 4) e que esse aumento foi causado por uma confluência de fatores, porém a mais importante foi o grande aumento da produção de biocombustíveis nos EUA e na Comunidade Européia. Se não fosse pela pressão dos biocombustíveis, os estoques globais do trigo e do milho não teriam declinado consideravelmente e o aumento dos preços por outros fatores teria sido moderado.

Conclusão

Podemos concluir que os biocombustíveis poderão tornar-se uma excelente alternativa ao combustível fossil, porém deverá ser implementado de maneira responsável e sustentável, através de uma análise de todos os impactos sociais que eles poderão causar e, principalmente, da criação de em um plano de ação que realmente contemple a minimização desses impactos. Para que isso aconteça, todos os atores sociais envolvidos, seja empresa privada, Governo, sociedade civil organizada e comunidades deverão “fazer a sua parte”, dentro de suas competências e objetivos.

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Fonte: http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg5/anais/T8_0151_0798.pdf

Geração de energia elétrica e meio ambienteA necessidade de energia, por efeito do crescimento populacional e do progresso industrial, aumenta a cada dia. Nos países em desenvolvimento, um crescimento populacional total de aproximadamente 2% por ano é responsável por 50% do crescimento anual do consumo global de energia.Portanto é urgente construir usinas e viabilizar processos alternativos para ampliar a produção de energia elétrica.Qualquer processo de geração e utilização de energia é, de alguma forma, nocivo à manutenção das condições ambientais. Para o bom exercício da cidadania, é importante conhecermos alguns efeitos dos principais mecanismos de geração, transmissão e distribuição.

Tipos de usinas e impactosConvencionais_ Usina hidrelétrica: provoca o alagamento de grandes regiões, com conseqüente modificação da fauna e da flora, e a inundação de cidades, ocasionando o deslocamento de populações. Acresce-se a isso o eventual mau uso da água, que é um bem de múltipla utilização, e a possibilidade de emissão de gás metano, pela decomposição orgânica gerada pelos alagamentos._ Usina termelétrica: a queima de combustíveis fósseis na geração de energia elétrica produz CO2, agravando o efeito estufa e o aquecimento global. Também provoca a contaminação da atmosfera, do solo e da água pelas cinzas arrastadas pelo fluxo de gás. Além disso, os óxidos de nitrogênio e enxofre agravam enfermidades pulmonares, cardiovasculares e renais das populações residentes nas imediações._ Usina termonuclear: além de envolver as questões vitais da segurança e do tratamento de resíduos nucleares, tem como importantes fatores negativos a emissão de CO2 e o aumento da temperatura dos cursos d’água empregados na refrigeração, prejudicando a biodiversidade local.Alternativas_ Eólica: produz nível elevado de poluição sonora, podendo provocar alterações auditivas na população das proximidades._ Oceânica: a construção de barragens pode mudar as cadeias alimentares locais, prejudicando a fauna e a flora.De todos os efeitos nocivos citados, o que parece mais grave é o da emissão de CO2 nas termelétricas, considerando-se que elas são responsáveis por 64% da matriz energética mundial.Podemos ter uma idéia da intensidade com que a produção de energia agrava o efeito estufa pelo gráfico abaixo (Goldemberg, 1998).

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Fonte: http://www.agracadaquimica.com.br/quimica/arealegal/outros/198.pdf

Impactos ambientaisA essa categoria estão agregadas percepções relacionadas a: risco de acidentes e

derramamento de óleo; vazamentos; catástrofes; desastre ecológico; poluição ambiental; degradação ambiental; desmatamento; impacto sobre ecossistemas marinhos e terrestres; potencial poluidor de praias, de costões rochosos, de manguezais, de águas oceânicas, das águas, dos rios; poluição do ar; estresse ambiental; alteração dos ecossistemas vizinhos; mudanças no ecossistema marinho/ costeiro; super exploração de recursos naturais; impactos na colocação de dutos; pesquisas sísmicas; riscos de vida; introdução de espécies exóticas; extinção de espécies; destruição da fauna aquática em caso de derramamento de óleo; esgotamento de jazidas; consumo e captação desordenada de água; lançamento de resíduos; aumento do esgoto; mananciais aterrados; pressão sobre o ambiente natural e sobre outros recursos naturais.

Daremos especial destaque à poluição, palavra citada em nove dos treze municípios. Durante as atividades está quase sempre relacionada às atividades de exploração de petróleo, principalmente associada a vazamentos de óleo e alteração em ecossistemas marinhos, costeiros e terrestres. Todavia, aparece também fazendo menção aos impactos do processo de adensamento urbano, como lançamento de esgotos e alterações na qualidade do ar. Poluição é definida pela entrada de substâncias ou energia no ambiente, sempre pela ação humana, que podem causar danos à saúde, à estrutura e ao funcionamento dos organismos e dos ecossistemas, ou a interferência do ambiente pelo uso (Holdgate, 1979).

Segundo Rios (1995), os principais tipos de poluição são causados diretamente pelo uso, em grande escala, da energia exossomática, como, por exemplo, o petróleo. De acordo com o autor, os ecossistemas tendem ao aumento de diversidade e à redução da taxa de renovação, ou seja, tendem a funcionar da forma mais lenta possível. O homem, ao tomar posse de uma enorme quantidade de energia e ao fazer uso desta em larga escala – lembrando que o petróleo é a fonte de energia mais utilizada no mundo – força os ecossistemas a inverter sua tendência natural, acelerando suas taxas de renovação. Ao acelerar o funcionamento desses sistemas se provoca, inevitavelmente, a destruição da diversidade, aumentando a entropia e alterando em alta velocidade os ciclos biogeoquímicos de vida no planeta (Margalef, 1993).

Para entendermos efeitos ecológicos à luz de sistemas urbanos, os processos socioeconômicos são tão importantes à análise quanto os processos estudados pelas ciências biológicas e ciências da terra (Pickett et al, 2004). Se forças externas regulam potencialmente a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas, as atividades humanas, precisam ser consideradas importantes direcionadoras dessas mudanças (Pickett & McDonnell, 1993). As sociedades humanas e suas diferentes formas de vida têm mostrado exercer um considerável papel na dinâmica dos ecossistemas. Freqüentemente

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a influência deixa marcas persistentes nos solos, na vegetação ou em outros componentes dos sistemas ecológicos. Às vezes são indiretas, fazendo-se sentir em lugares diferentes do local da atividade, como quando a poluição é transportada pela água ou pelo ar até áreas distantes, outras são de influência direta como pastagens, agricultura, mineração e urbanização. (Pickett et al, op. cit.)Esses impactos ambientais são gerados pelo processo de industrialização e urbanização decorrente dessa forma de vida em sociedade, sendo, portanto, indissociáveis do contexto socioeconômico e das decisões políticas da sociedade. Um empreendimento como os de exploração e produção de petróleo e gás natural gera, principalmente no espaço geográfico imediato em que se instala, impactos tanto no ambiente construído, como no meio natural não-construído.Fonte: http://www.anppas.org.br/encontro4/cd/ARQUIVOS/GT4-809-870 20080518190501.pdf

HidrelétricasSegundo Sousa (2000), para avaliar os impactos de implantação de hidrelétricas sobre a fauna da região é necessário conhecimento sobre espécies e costumes, rotas migratórias e reprodutivas, identificação das áreas de maior produtividade pesqueira, entre outros. Para avaliar os impactos sobre a cobertura vegetal e uso do solo na bacia são necessários mapeamentos das fitoformações naturais da bacia com auxílio de sensoriamento remoto e outros recursos cartográficos. Para avaliar os impactos sobre o ecossistema é necessária sua caracterização, avaliando-se espécies importantes na manutenção da diversidade biológica ou em extinção, e a capacidade da área para manter espécies da fauna e o nível geral de insularização da cobertura vegetal nativa.

Alguns indicadores podem ser citados:Hierarquia Fluvial: Ordem observada na área de drenagem do reservatório / Ordem máxima observada na sub-área;Perda de Lagoas Marginais: Área das lagoas marginais impactadas pelo aproveitamento / Área total de lagoas marginais;Comprometimento de Rotas Migratórias – Número de rotas migratórias impactadas pela construção do barramento / Número total de possíveis rotas de migração;Espécies Exclusivas – extensão dos ambientes de elevada energia hidrodinâmica / extensão total destes ambientes;Alteração da Vegetação – extensão da vegetação marginal perdida / extensão total de vegetação marginal;Qualidade da Água – valor resultante da aplicação de um modelo simplificado de prospecção de qualidade da água dos futuros reservatórios;Perda de Vegetação Marginal – extensão de vegetação marginal perdida / Extensão total da vegetação marginal;Taxa de Cobertura Vegetal – superfície florestada afetada / superfície florestada total;Relevância da Fauna – número de espécies ameaçadas de extinção dos taxones utilizados como indicadores ocorrentes / número total de espécies dos grupos considerados;Exclusividade Fisionômica - Superfície de fisionomias exclusivas afetada / superfície total de fisionomias exclusivas. (Sousa, 2000).Outras formas podem ser utilizadas para avaliação, tais como:Hectares inundados/kWh gerado;Toneladas emitidas de metano/volume de água;Dólares de dano ao Meio Ambiente/ Alagamento de terras;

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Dentre outros (Baitello, 2005).

Energia EólicaA quantificação dos impactos provenientes de energia eólica em parte pode ser

avaliada pela quantidade de CO2 não emitido na atmosfera. Por exemplo, uma turbina de 600KW, dependendo do regime de vento e do fator de capacidade, pode evitar a emissão de entre 20.000 e 36.000 toneladas de CO2 equivalentes à geração convencional, durante sua vida útil estimada em 20 anos (Tolmasquim, 2004).

A emissão de ruídos é quantificada em decibéis, considerando a distância das fazendas eólicas à áreas habitadas, e velocidade do vento. Seu nível de aceitação depende de regulamentações locais (EUREC Agency, 2002)

Impactos sobre o uso de terras é quantificado pela área ocupada, sendo que em geral ocupam 0,06 a 0,08 km²/MW (12-16MW/km²), podendo a área ser utilizada para outros propósitos tais como agricultura (EUREC Agency, 2002).

Impacto sobre a fauna pode ser quantificado através de estudos sobre rotas migratórias de aves, e comportamento da fauna da região.

Impactos visuais podem ser previstos e evitados através de um estudo de implantação cuidadoso, evitando efeitos de sombras, que podem incomodar mais do que os efeitos acústicos (EUREC Agency, 2002).

Fonte: http://seeds.usp.br/portal/uploads/INATOMI_TAHI_IMPACTOS_AMBIENTAIS.pdf

Os maiores impactos sociais

Os grandes empreendimentos de infra-estrutura do setor elétrico – construídos, em boa parte, em ambientes rurais – têm deflagrado transformações bruscas e desestruturantes na vida da população local, seja pelos impactos negativos decorrentes de interações com recursos naturais, ameaçados por estes empreendimentos, seja pelas ações impactantes de tais obras, que, a depender do modo de vida local, podem ocasionar desagregação cultural por perda de referências básicas, pauperização por ruptura abrupta da estrutura social e da organização econômica local, como ocorre nos processos desapropriatórios.

Fonte: http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/783673.PDF

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