34
www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeira

Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

  • Upload
    others

  • View
    6

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br

Geografia

Problemas Ambientais

Professor Luciano Teixeira

Page 2: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira
Page 3: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 3

Geografia

PROBLEMAS AMBIENTAIS

Poluição e degradação do solo e o lixo

Na definição da Política Nacional de Meio ambiente, poluição é "a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem–estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energias em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos". São principais causas da poluição do solo o uso indiscriminado de pesticidas, herbicidas e fertilizantes nas lavouras, em conjunto denominados agrotóxicos, e nas regiões urbanizadas, o mau manejo do lixo e outros resíduos. Também são fatores relevantes os resíduos produzidos nas minerações, e, embora pontuais, os acidentes envolvendo descargas de substâncias poluentes, os quais, não obstante sua origem circunscrita, podem gerar danos em larga escala.

Agrotóxicos e a poluição no campo

O uso intensivo dos químicos na lavoura foi um resultado da modernização da agricultura, um processo acompanhado pela crescente mecanização. Essas substâncias não atuam somente sobre os fins para os quais são produzidas, mas são efetivamente venenos que contaminam o ambiente e os alimentos e, por consequência, os seres humanos que os consomem. Segundo Milaré, “a utilização dos agrotóxicos na agricultura tem determinado a poluição de praticamente todo o meio ambiente natural”.

Movimentos sociais e organizações ambientalistas promovem marcha e ato público em Brasília para lançar a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida e protestar contra alteração do Código Florestal, 2011.

Os agrotóxicos têm causado uma enorme série de problemas, extensamente documentados, tanto para o solo e o ambiente em geral quanto para a saúde humana, dentre os quais ressaltam o declínio da biodiversidade, incluindo de espécies úteis às próprias lavouras, como os polinizadores e a fauna microbial do solo; indução ao aparecimento de resistência biológica nas espécies-alvo dos pesticidas e herbicidas, que enseja o aparecimento de superpragas; eutrofização das águas pelo excesso de fertilizantes, envenenamento de alimentos e intoxicações no homem. Essas substâncias afetam todos os sistemas corporais,

Page 4: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br4

produzindo doenças como câncer, teratogêneses, catarata, morte fetal, insuficiência hepática, encefalopatia, distonia vascular, esclerose cerebral, enfisema pulmonar, esterilidade, alterações neuro-comportamentais, perturbações motoras, asma, alergias, duodenite, úlcera gástrica e muitas outras. Já foram identificadas mais de 500 dessas substâncias nocivas presentes no corpo humano que não estavam lá na população que vivia antes de 1920.

Esse problema tem gerado muitos protestos de entidades ambientalistas e da população, mas parece estar longe de ser solucionado, pois há fortes interesses políticos e econômicos em jogo e surgem constantemente denúncias de corrupção nas instâncias oficiais, desvirtuando a legislação, facilitando a liberação de produtos proibidos em outros países, minimizando exigências de fiscalização e dificultando o registro de casos de contaminação. Sérias deficiências na estrutura de licenciamento e de fiscalização também agravam o problema. Em 2012 havia apenas 90 fiscais do governo federal para cobrir todo o território brasileiro. Em 2015 a chefe de toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ana Maria Vekic, admitiu que “não conseguimos acompanhar. Não temos o pessoal ou os recursos para o volume e a variedade de produtos que os fazendeiros querem usar”.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IBDC), grande parte dos alimentos cultivados no Brasil viola as regulamentações nacionais. Desde 2008 o país é o campeão mundial de uso de agrotóxicos. Um relatório da Anvisa de 2010 indicou que o produto mais contaminado era o pimentão, com 90% das amostras comprometidas. Outros produtos que indicaram elevados índices foram o morango (63% das amostras), o pepino (58%), alface (55%) e cenoura (50%). Beterraba, abacaxi, couve e mamão estavam contaminadas em 30% das amostras. Além disso, a pesquisa indicou que muitos deles apresentavam contaminação por substâncias não autorizadas pelo governo. Ainda segundo o IBDC, "desde 2007, quando o Ministério da Saúde do Brasil começou a manter uma série de registros mais recentes, o número de casos relatados de intoxicação humana causada por agrotóxicos mais que dobrou – de 2.178 naquele ano passou para 4.537 em 2013. O número anual de mortes ligadas ao envenenamento por esses produtos subiu de 132 para 206. Especialistas em saúde pública dizem que as cifras reais são maiores, porque o acompanhamento continua sendo incompleto".

A contaminação do solo regularmente acaba contaminando os mananciais hídricos por infiltração até o lençol freático e por carregamento pela chuva até os rios e lagos, continuando ali a exercer seus impactos perniciosos à saúde humana à biodiversidade. De acordo com Fabiano dos Santos, "tal contaminação, além da danosidade que representa ao meio ambiente, constitui um evento de difícil reparação, pois, dependendo da extensão do dano, sua descontaminação ensejaria um processo de reconstituição complexo e muito dispendioso".[11] [12] Alguns tipos de fertilizantes também emitem gases poluentes, como o óxido nitroso, que contribuem para exacerbar o fenômeno do aquecimento global.

Degradação do solo

A poluição é um dos fatores determinantes de um processo paralelo, a degradação do solo, que é definida como a redução de sua qualidade ou produtividade, embora não seja o único. Outros são a erosão, principalmente derivada do desmatamento, que expõe o solo ao excesso de insolação e ao vento, ressecando-o, e às chuvas, que o dissolvem e carregam para os leitos d'água, assoreando-os; as queimadas, que destroem muito da biodiversidade superficial; a

Page 5: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 5

construção de obras de infra-estrutura, como estradas e urbanização; o pastejo excessivo na pecuária, e o manejo inadequado, especialmente no caso da irrigação, que pode provocar a salinização da terra. Esses fatores, atuando em separado ou em combinação, causam grandes perdas na biodiversidade do solo, incluindo a biodiversidade microscópica, grande responsável pela produção e fixação de nutrientes necessários à sua fertilidade, gerando sérios prejuízos às agricultura e à pecuária. Solos por natureza frágeis ou rasos são particularmente sujeitos à degradação. A degradação do solo pode levar também a alterações nos sistemas hídricos e à desertificação, outro problema que já preocupa várias regiões do Brasil, em especial no Nordeste, e que em 2012 colocava 1,3 milhão de quilômetros quadrados sob ameaça, representando cerca de 15% do território brasileiro.[26] Faltam dados exatos sobre a situação nacional, mas na América do Sul calcula-se que 244 milhões de hectares de solo estejam degradados, 41% devido ao desmatamento, 27,9% ao superpastejo, 26,2% a atividades agrícolas, 4,9% à exploração excessiva da vegetação.[27]

Lixo

O lixo é uma das principais formas de poluição do solo, tendo efeitos também sobre a qualidade das águas e do ar. Desde o surgimento dos primeiros centros urbanos, a produção de lixo se apresenta como um problema de difícil solução. A partir da Revolução Industrial, com a intensificação da migração dos trabalhadores do campo para a cidade, aumentaram a produção e as dificuldades no manejo dos resíduos sólidos. Algumas características da sociedade contemporânea, como seu amor ao novo, o costume de usar produtos descartáveis em vez de recicláveis, o sistema de produção que prevê a obsolescência programada de inúmeros itens de consumo, tornando-os inúteis em pouco tempo e necessitando reposição, as grandes taxas de desperdícios de materiais e recursos naturais, contribuem para que hoje haja enorme produção de lixo de várias naturezas. As principais fontes do lixo, na definição do portal Ambiente Brasil, transcrita integralmente, são:

"Lixo doméstico: é aquele produzido nos domicílios residenciais. Compreende papel, jornais velhos, embalagens de plástico e papelão, vidros, latas e resíduos orgânicos, como restos de alimentos, trapos, folhas de plantas ornamentais e outros.

"Lixo comercial e industrial: é aquele produzido em estabelecimentos comerciais e industriais, variando de acordo com a natureza da atividade. Restaurantes e hotéis produzem, principalmente, restos de comida, enquanto supermercados e lojas produzem embalagens. Os escritórios produzem, sobretudo, grandes quantidades de papel. O lixo das indústrias apresenta uma fração que é praticamente comum aos demais: o lixo dos escritórios e os resíduos de limpeza de pátios e jardins; a parte principal, no entanto, compreende aparas de fabricação, rejeitos, resíduos de processamentos e outros que variam para cada tipo de indústria. Há os resíduos industriais especiais, como explosivos, inflamáveis e outros que são tóxicos e perigosos à saúde, mas estes constituem uma categoria à parte.

"Lixo público: são os resíduos de varrição, capina, raspagem, entre outros, provenientes dos logradouros públicos (ruas e praças), bem como móveis velhos, galhos grandes, aparelhos de cerâmica, entulhos de obras e outros materiais inúteis, deixados pela população, indevidamente, nas ruas ou retirados das residências através de serviço de remoção especial.

Page 6: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br6

"Lixo de fontes especiais: é aquele que, em função de determinadas características peculiares que apresenta, passa a merecer cuidados especiais em seu acondicionamento, manipulação e disposição final, como é o caso de alguns resíduos industriais antes mencionados, do lixo hospitalar e do radioativo".

O problema do lixo é global, afetando tanto a terra como as águas internas e o mar. No Brasil apresenta-se um grande desafio. De acordo com o estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, publicado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais em 2013, neste ano o país produziu 76.387.200 de toneladas de resíduos derivados de indústrias, construção civil, residências, hospitais, atividades agropecuárias e outras origens, significando um aumento em 4,1% em relação ao ano anterior, numa taxa que superou o crescimento populacional brasileiro, que foi de 3,7%.

O Brasil já tem um bom sistema de coleta, que é capaz de captar 90,4% do total, mas os sistemas de disposição são mais precários. Somente cerca de 60% do total de lixo produzido recebe destinação adequada. Cerca de 62% dos municípios têm algum sistema de coleta seletiva e/ou reciclagem, mas nem sempre ele cobre toda a população das cidades, e em geral tem baixo nível de eficiência. Mesmo o lixo que recebe "destinação adequada", isto é, é coletado e depositado em locais controlados, 44% acaba sendo incinerado,[30] gerando poluição atmosférica.[31] O restante, que não recebe "destinação adequada", acaba em lixões a céu aberto, em rios, lagos e no mar. Sendo lavado pelas chuvas e liberando substâncias tóxicas em seu processo de decomposição, entre elas metais pesados, ácidos e chorume, tais substâncias infiltram-se para o subsolo atingindo os mananciais subterrâneos de água, contaminando-os de várias maneiras, ou são liberadas para a atmosfera na forma de gases. O lixo também gera problemas de saúde humana como câncer, intoxicações, infecções, anomalias congênitas, baixo peso ao nascer, abortos e mortes neonatais; contribui expressivamente para o aquecimento global (principalmente pela geração de metano), além de provocar modificações físicas na paisagem pelo seu acúmulo. Os impactos sobre a biodiversidade também são grandes e variados. Tudo isso gera um alto custo econômico, ambiental e social. Em 2014 o país aprovou uma nova legislação obrigando a destinação adequada de todo o lixo produzido, mas ela está longe de ser implementada integralmente. O referido estudo acrescentou:

Resíduos às margens do Lago Guaíba, em Porto Alegre. Durante as cheias, este lixo acaba parando nas águas, degradando sua qualidade e afetando animais e plantas.

"O sistema de gestão de resíduos de um país constitui-se num dos principais componentes de garantia de proteção ambiental e preservação de recursos naturais que, como já sabido, não são infinitos. A partir da leitura das informações publicadas no Panorama 2013, constata-se que a gestão de resíduos sólidos tem trazido prejuízos ambientais e econômicos para o Brasil, pois ainda é deficitária e não tem avançado de maneira uniforme nas diversas regiões do país. O setor, apesar de ser sensível e de contar com crescentes atenções, ainda carece de estruturação, gerenciamento e, principalmente recursos, para viabilizar os processos completos para implementação de medidas e procedimentos de gerenciamento ambientalmente adequado de resíduos sólidos. [...]

"Os dados do Panorama 2013 revelam um cenário geral bastante similar àquele publicado na edição anterior, demonstrando apenas uma tímida evolução na gestão de resíduos e apresentando consideráveis desafios para cumprimento das determinações legais. [...] Mesmo em regiões que apresentam uma situação mais aceitável, nota-se que os recursos financeiros aplicados pelos municípios são insuficientes para fazer frente às necessidades impostas em

Page 7: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 7

um sistema de gestão universalizada, integrada, sustentável, e qualitativamente adequada dos resíduos sólidos. [...]

"É preciso buscar uma resposta efetiva ao grande desafio do momento: garantir uma gestão e um destino adequado aos materiais descartados pela sociedade. As soluções já são amplamente conhecidas, sendo as principais: a eliminação de 'lixões'; a implantação de aterros sanitários; a efetivação de sistemas de coleta seletiva; o estabelecimento de sistemas de logística reversa, com responsabilidade dos produtores; e a viabilização de plantas de recuperação e aproveitamento de resíduos".[30]

Poluição da água

A poluição hídrica consiste em modificações de origem humana nas propriedades físicas e químicas da água capazes de provocar dano aos seres humanos e ou à vida selvagem, incluindo-se aqui tanto rios e lagos como os mananciais subterrâneos e o mar. Suas causas principais derivam do lixo e esgotos urbanos e de substâncias usadas na agricultura e indústria, que são lançados diretamente nas águas ou lá acabam parando levados pelas chuvas ou por infiltrações.[32] Acidentes com despejos de substâncias nocivas em geral têm um impacto limitado, mas às vezes desencadeiam efeitos de grandes proporções com reflexos em vários ambientes associados. É um exemplo o derramamento de lama tóxica ocorrido em 2015 no rio Doce pelo rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, que provocou pelo menos 17 mortes e prejudicou severamente a biologia de todo o rio abaixo do ponto do acidente, além de destruir uma vila, gerar grandes prejuízos econômicos e sociais e contaminar uma grande área de oceano e praias além da sua foz, sendo considerado o maior desastre ambiental da história do país. Também são consideradas formas de poluição a contaminação salina e a mineralização dos mananciais.[35] O crescimento acelerado da população humana, com o aumento na demanda de água para consumo e outras atividades, reduz os estoques disponíveis, aumentando o problema porque menores quantidades de líquido são menos capazes de diluir os contaminantes.

Esses materiais podem simplesmente envenenar a água com substâncias tóxicas, como os pesticidas usados nas lavouras, e efluentes industriais que contenham por exemplo metais pesados ou fármacos, ou podem estimular o crescimento de populações microscópicas que desequilibram o ambiente aquático consumindo grandes quantidades de oxigênio e emitindo outras substâncias tóxicas como subproduto do seu metabolismo, prejudicando as outras formas de vida. Neste caso se incluem os esgotos e fertilizantes agrícolas, que representam para algas, fungos e bactérias um grande aporte de nutrientes, fazendo com que suas populações se multipliquem explosivamente, num processo chamado eutrofização. No Brasil poucas atividades produtivas têm controle eficiente de seus efluentes líquidos e resíduos sólidos, e os sistemas de tratamento são ainda mais precários. Isso vale especialmente para os esgotos urbanos, que no caso brasileiro são os poluentes mais importantes, sendo raras as cidades com coleta e tratamento dentro de níveis aceitáveis.[35] [36] Existem vários marcos legais que protegem especificamente as águas, nascentes e mananciais, bem como a natureza em geral, mas tipicamente eles ou são desconhecidos ou têm baixa adesão da população. A impunidade, mais a notória lentidão e a frequente inconsistência dos processos de licenciamento ambiental são agravantes do problema. Um relatório da Defensoria da Água em parceria com a Caritas e

Page 8: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br8

a UFRJ indicou que entre 1994 e 2004 os níveis de poluição hídrica no Brasil aumentaram em cinco vezes.

Em junho de 2015 chamou a atenção nacional um episódio de grande produção de espuma no rio Tietê, um dos mais poluídos do Brasil. A imagem mostra a ponte sobre o rio na cidade de Pirapora de Bom Jesus, na região metropolitana de São Paulo. As espumas ultrapassaram a altura da ponte e invadiram casas e ruas na beira do rio. Já havia ocorrido episódio semelhante em fevereiro do mesmo ano e, de acordo com a Prefeitura de Pirapora, o problema se repete periodicamente há trinta anos. Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, o fenômeno se deve ao despejo de esgoto doméstico não tratado contendo grandes quantidades de detergente não biodegradável, e piora no período de estiagem devido à baixa vazão da água, que não é suficiente para dissolver os poluentes.

As consequências da poluição hídrica são vastas, sendo um dos mais graves desafios ambientais contemporâneos. A água é o ambiente de vida para muitos seres vivos e o desequilíbrio em suas condições necessariamente os afeta de variadas maneiras. Quando não causa morte imediata, pode provocar distúrbios de crescimento, de comportamento, alterar os ciclos de alimentação e reprodução, e produzir malformações congênitas e mutações genéticas. Ao mesmo tempo, uma água de má qualidade representa ameaça direta para o homem, que dela depende para viver, e para todos os outros animais que dela fazem uso. Isso gera repercussões negativas em amplíssima escala, que podem estar muito distantes de suas origens primeiras. Com o impacto negativo sobre a biodiversidade aquática — peixes, crustáceos, moluscos, vegetação, além de répteis, mamíferos, aves e outras formas de vida que ali florescem —, o homem é prejudicado de outras formas, pois dos rios, lagos e do mar a sociedade obtém alimentos que estão na dieta de grande parte da população. Águas poluídas muitas vezes são veículos de doenças, como o cólera, a febre tifóide, shingelose, amebíase e outras parasitoses. Criações de gado, aves e outras, servidas com águas contaminadas, são prejudicadas diretamente e transmitem muitas vezes a contaminação para o homem quando este as transforma em alimento. A poluição hídrica também prejudica o turismo, os esportes aquáticos, o lazer, a higiene humana e os usos industriais, demonstrando-se assim a enormidade do problema. Ele é piorado com o desmatamento das matas ciliares, que causam erosão das margens e assoreamento dos leitos, complicando a navegação, alterando habitats de muitas espécies e aumentando o risco de enchentes.

Os impactos econômicos negativos derivados desse acúmulo de agravantes ambientais, produtivos e sanitários são proporcionalmente grandes, mas ainda há poucos estudos sobre este aspecto, e o custo final não foi bem quantificado. Em parte isso deriva da dificuldade que muitas vezes existe em se traçar com precisão a fonte dos poluentes, que podem ter origens múltiplas e difusas, o que também dificulta o estabelecimento de normas eficazes de controle e a atribuição de responsabilidades. Outro obstáculo à determinação dos custos está na imprecisão de termos como "custo ambiental" ou "custo social", o que está ligado à inconsistência da valoração intrínseca da natureza pela sociedade e dos serviços ambientais que ela fornece. Porém, servem como exemplo dois estudos de caso. O primeiro abordou a situação do Distrito Federal, concluindo que os custos sociais da degradação hídrica atingiram a totalidade dos consumidores de água do sistema de abastecimento público. "Na categoria popular (baixa renda), o custo social foi estimado em 7 milhões de reais por ano, o que representa 8,9% da despesa total de água dos consumidores dessa categoria, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2008. Na categoria normal (de renda média a alta) o custo social foi estimado em 12,9 milhões por ano, o equivalente 6,8% da despesa total de água dos

Page 9: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 9

consumidores no período estudado".O outro estudo analisou a poluição industrial da bacia do rio Paraíba do Sul, que cobre uma área que responde sozinha por 10% do PIB nacional, onde foi demonstrado que o tratamento das águas pode ter o elevado custo de 0,32 a 1,26 real por metro cúbico de água poluída, e que as taxas cobradas pelo governo para o abastecimento da população estão longe de serem suficientes para financiar a solução do problema. Além disso, é um consenso entre os estudiosos que os custos de prevenção dos impactos ambientais — e por consequência, sociais — são sempre mais baixos do que os de recuperação depois de o dano ambiental estar instalado. Mas o costumeiro tratamento das águas não beneficia o ambiente, pois uma vez poluídas as águas assim continuam nos mananciais, afetando imediatamente as espécies selvagens e os ecossistemas, enquanto que a água purificada chegará somente ao consumidor humano.

Poluição do ar

A poluição do ar é um problema principalmente urbano, e divide-se em duas categorias principais, a do material particulado (poeiras ou aerossois), e a dos gases/vapores tóxicos. O material particulado, termo que designa material de origem diversificada dividido em pequenas partículas, é um dos poluentes clássicos na definição da Organização Mundial de Saúde (OMS).[ É originado de processos industriais e produtivos, como a cinza e a fumaça geradas pela combustão de madeira e carvão nos lares e em siderúrgicas e metalúrgicas, obras de engenharia que usam cimento ou movimentam grandes quantidades de terra, a poeira gerada na exploração e transporte de minérios, e a poeira de rua levantada pelo vento, que pode conter substâncias tóxicas e metais pesados. Estas partículas existem em vários tamanhos, todos muito pequenos, medindo até 100 mícrons de diâmetro. As mais perigosas para o homem medem até 10 mícrons, e sendo inaláveis, causam problemas no aparelho respiratório.[49] Conforme sua composição, algumas partículas têm a capacidade de carregar substâncias tóxicas para dentro do organismo. Também o afetam pelo acúmulo físico, causando males derivados de obstrução das vias aéreas.[51]

Gases

Há notícias desde a Antiguidade assinalando os efeitos nocivos de fumaças sobre a saúde das pessoas, mas somente a partir da Revolução Industrial, iniciada em meados do século XVIII, a qualidade do ar passou a chamar a atenção, uma vez que as indústrias passaram a fazer uso sistemático e intensivo do carvão mineral, um combustível fóssil cuja queima lança grande quantidade de fumaça e poluentes variados na atmosfera. No século XIX o petróleo iniciou sua trajetória rapidamente ascendente como fonte de energia, e ele, assim como o carvão mineral, é um combustível fóssil, e outro grande emissor de poluentes. No século XX o uso desses combustíveis se tornou massivo. Eles, junto com outros processos industriais, agrícolas e produtivos, além da decomposição de lixo orgânico, emitem uma variada pletora de gases nocivos direta ou indiretamente à saúde humana e à biodiversidade, como os compostos clorados, fluorados, sulfurados, nitrogenados, aldeídos, hidrocarbonetos, ácidos e outros.

Page 10: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br10

"O dióxido de enxofre encontra-se mais freqüentemente associado a mortes totais e internações por doenças cardiovasculares. O monóxido de carbono está associado a intoxicações. Os estudos experimentais acerca deste toxicante têm focalizado seus efeitos principalmente sobre o coração. Na literatura, encontramos o CO associado a admissões hospitalares por parada cardíaca, mortes e internações por doenças cardiovasculares. Apesar do escasso substrato fisiopatológico, diversos autores têm encontrado associação entre incremento de doenças do aparelho respiratório e níveis de CO. Este achado provavelmente reflete a alta correlação entre material particulado e monóxido de carbono. O ozônio é conhecido como um potente oxidante e bactericida. Estudos de exposição em humanos demonstram três tipos de resposta pulmonar a este poluente: tosse e dor retroesternal à inspiração; decréscimo da capacidade ventilatória forçada e volume expiratório forçado do primeiro minuto e reação inflamatória das vias aéreas. Grande parte dos estudos acerca dos efeitos do 03 na saúde, referem-se à exploração da função pulmonar.

No Brasil a poluição urbana é composta geralmente de uma mistura de partículas e gases. As principais fontes são os veículos automotores, mas a composição da atmosfera varia conforme a proximidade de outras fontes poluidoras, como as indústrias e depósitos de lixo, o regime de ventos e chuvas, que podem dispersar os contaminantes atmosféricos, e outros fatores, e essa composição pode variar com rapidez. Numa mesma cidade pode haver grande diferença na qualidade do ar entre seus vários bairros. Ao longo do ano a poluição do ar no país tende a piorar no inverno, mas ela está presente o ano inteiro. A tendência contemporânea de concentração da população nos centros urbanos expõe mais pessoas a esses poluentes, cujos níveis, nas capitais e cidades grandes, frequentemente estão acima dos níveis recomendados como seguros. Porém, pesquisas indicam que mesmo dentro desses níveis efeitos daninhos ocorrem. Há legislação reguladora, mas o controle tipicamente é difícil. As classes baixas sofrem os impactos mais pesadamente.[49] [51] [52] Todos os impactos dessa poluição variada são reforçados quando se forma a condição da inversão térmica, que concentra os poluentes junto à superfície impedindo que se dispersem pelo ar.

Em 2015 o Instituto Saúde e Cidadania calculou que a poluição atmosférica causará 250 mil mortes em todo o Brasil nos próximos quinze anos, sendo que 25% delas ocorrerão somente na cidade de São Paulo, além de provocar um milhão de hospitalizações e gastos públicos em saúde da ordem de 1,5 bilhão de reais.[53] Um estudo liderado por Nelson Gouveia, professor da Universidade de São Paulo, indicou que em uma amostra de mais de 300 mil recém-nascidos nesta cidade no período de 1998 a 2000, 4,6% dos bebês tinham baixo peso, uma proporção anormalmente elevada em relação a cidades menos poluídas, apontando uma correlação entre o peso ao nascer e a quantidade de monóxido de carbono, material particulado e dióxido de enxofre no ar durante o primeiro trimestre da gravidez. Já Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP, referiu que o efeito da poluição do ar na cidade sobre cada habitante equivale a fumar três cigarros por dia. Ele continua, dizendo que "no Instituto do Coração, a cada 100 consultas ao pronto-socorro, 12 estão associadas a problemas resultantes da poluição do ar. De 5% a 6% das mortes 'naturais' de idosos são aceleradas pela poluição, o que é considerado um índice alto pelos médicos. A relação entre poluição atmosférica e o desenvolvimento de tumores também é conhecida. O risco de ser vítima de câncer de pulmão morando em uma cidade como São Paulo é 10% maior do que em outros locais. Em termos gerais, de 5% a 10% das mortes supostamente naturais na cidade estão associadas à poluição, e como morrem por dia 110 pessoas, temos dez falecimentos diários ocasionados pelos poluentes do ar".[54] Segundo Evangelina Vormittag, presidente do Instituto

Page 11: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 11

Saúde e Sustentabilidade, em todo o estado de São Paulo as mortes pela poluição do ar chegam a 15 mil por ano, matando mais pessoas que os acidentes de trânsito.[55]

Apesar da má fama da região metropolitana de São Paulo no quesito da qualidade do ar, segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2011 ela ficava atrás da região metropolitana do Rio de Janeiro, de Cubatão e da região metropolitana de Campinas, e era seguida pela região metropolitana de Curitiba, estando todas entre as 300 regiões mais poluídas do mundo, mas de acordo com a metodologia usada esta ordenação poderia mudar.

Desastre ambiental de Mariana

Quem chega em Gesteira, distrito rural no município de Barra Longa, MG, nunca vai imaginar que antes passava um córrego com água cristalina e havia um campo verde amplo na frente, onde bois e cavalos pastavam. Porque quem chegar hoje em Gesteira não verá um pasto, nem um animal ou um riacho. Verá apenas uma gigantesca lagoa de barro escuro onde antes era um vale. Os moradores descrevem para mim, entre o luto e a saudade, a paisagem onde cresceram e que, provavelmente, nunca mais verão na vida.

“Antes esta paisagem daqui era tudo verdinho com uma pastagem e tinha um rio com água clarinha. Acabou tudo.” — diz Claudiano da Costa, morador de Gesteira.

Mais de dez dias após a queda das barragens da mineradora Samarco, ainda se desconhece todas as extensões do impacto ecológico liberado na forma de 62 milhões de litros de lama residual da mineração. O barro de rejeitos saiu de Bento Rodrigues, na cidade histórica de Mariana, em Minas, e ainda percorrerá mais de 850 km até chegar ao mar, deixando um rastro de destruição à fauna, à flora e às comunidades que estiverem em seu caminho. Só é preciso observar a área destruída — seja do leito do rio, seja do espaço — para compreender que é um dos maiores desastres ambientais na história do Brasil.

No entanto, ainda há muitas perguntas buscando entender como este tsunami de lama afetou todo um ecossistema. Aqui está um panorama do que já sabemos.

Lama Tóxica?

Para ter compreensão do impacto é preciso primeiro entender qual é o conteúdo da enxurrada de lama que vêm das minas. Segundo a mineradora Samarco, as barragens apenas continham rejeitos de minério de ferro e manganês, misturados basicamente com água e areia. A empresa insiste que o material é inerte, não causando danos ao ambiente ou à saúde. No entanto, análises do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guandu, ES, mostram a presença de diversos metais pesados na água do Rio Doce, como arsênio, mercúrio e chumbo.

Estes elementos são extremamente tóxicos ao ambiente e à saúde humana, sendo absorvidos nos corpos dos diferentes organismos e dificilmente eliminados. Normalmente, eles acumulam nos tecidos de seres vivos e, com o tempo, na própria cadeia alimentar. Ao ingerir a carne ou folhas contaminadas, o metal pesado não é processado, envenenando o bicho ou pessoa que consumiu a comida intoxicada. Com o tempo, os metais pesados podem gerar problemas sérios à saúde, como câncer, úlceras e danos neurológicos.

Page 12: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br12

Na tarde de sábado, 14/11, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, apresentou um laudo da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) negando a existência de metais pesados na água e contrariando os laudos de Baixo Guandu. Nesta quinta-feira, 12/11, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também foi coletar amostras da lama e da água no Rio Doce para apurar o grau da devastação e verificar, entre outros aspectos, a presença de metais pesados. Ainda resta esperar os resultados da investigação dos cientistas mineiros, que devem chegar no decorrer da semana

O Fim da Vegetação

No entanto, mesmo sem arsênio e mercúrio e ao contrário do que a mineradora sugere, a lama está longe de ser inofensiva. Apesar da presença do ferro e manganês não significar um perigo à saúde, estes elementos causam consequências profundas à terra.

“O ferro (e o manganês) tem uma facilidade muito grande de reação, sendo um ligante por sua própria natureza. No caso, essa lama vai formar uma capa muito dura devido à presença do ferro. A tendência é fazer uma ligação muito forte e ficar sobre a superfície formando uma crosta” — diz a professora do Instituto de Geociências da UFMG e especialista em geologia ambiental, Leila Menegasse. Segundo ela, esta cobertura poderá impedir a infiltração da água e também cobrirá a própria vegetação, tornando o ambiente estéril.

“As raízes ficam soterradas, desaparece a possibilidade da fotossíntese porque a água fica muito turva e as folhas ficam todas fechadas pela deposição de materiais. As plantas que entrarem em contato com essa lama certamente irão morrer” acrescenta o professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, Francisco Barbosa.

Rio Doce Morto

Quem se aproximar do Rio Doce, seja em Minas seja no Espírito Santo, verá ele amarronzado, escuro e com diversos detritos boiando. Essa imagem não é apenas feia e desagradável, ela também é extremamente danosa à vida aquática. Esse barro, mesmo diluído, torna á água turva e barra a passagem de raios solares, escurecendo o rio e impedindo que algas façam fotossíntese. O baixo nível de oxigênio na água é insustentável para os animais, fazendo com que, em um ato de desespero, muitos peixes simplesmente pulem fora d’água.

Se em cima cadáveres boiam, embaixo o rio encolhe. “Toda essa área que recebeu uma carga de segmentos irá sofrer um processo de deposição de material no fundo do rio. Isto vai aumentar a altura da calha e, a grosso modo, vai entupir o rio” explica o coordenador do Centro de Pesquisas Hidráulicas, Carlos Barreira Martinez. O processo é intensificado pela destruição da mata auxiliar, ainda existindo a possibilidade de a lama cobrir as nascentes, diminuindo consideravelmente o volume da água. Este perda não significa apenas menos água, mas compromete sua qualidade e a torna imprópria para o uso.

Os mananciais oriundos do Rio Doce são usados para abastecer diversas comunidades rurais, seja para o uso pessoal, seja para irrigação de plantações ou consumo pelo gado. Essas comunidades rurais serão profundamente afetadas e não poderão recorrer ao rio mais. Mesmo considerando apenas a população urbana, a enxurrada de lama passa por, no mínimo, 23

Page 13: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 13

cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, o que representa meio milhão de pessoas com a torneira seca.

Milhares de pessoas sem água

A cidade mais afetada pelos rejeitos da Samarco é também a maior da bacia do Rio Doce: Governador Valadares, MG, com 280 mil habitantes. Mesmo a 300 km de Mariana, sua SAAE, em laudo preliminar da água, encontrou um nível de turbidez oitenta vezes maior do que o tolerável, além de níveis de ferro que chegaram a superar treze mil vezes o tratável. Esta condição insalubre do rio fez com que o abastecimento de água fosse cortado no domingo, 08/11. Dois dias após a interrupção, a prefeita Elisa Costa declarou estado de calamidade pública.

“Todo o dia esse caos. Todo dia gente transportando água. Todo mundo carregando água como pode”, descreve de Marcos Renato, habitante da cidade. Em longas filas, a população gasta horas em pontos de distribuição de água, sofrendo, além da seca e da sede, das altas temperaturas. “Estamos atendendo normalmente nas unidades de saúde e nos preparando para possíveis doenças que venham a surgir pela falta de água e pelo uso da água contaminada. Enfim, a situação aqui não está nada fácil” comenta Flávia França, médica local e membro da Rede de Médicas e Médicos Populares.

Segundo a prefeitura do município, as companhias Samarco e Vale fizeram pouco ou mal esforços para ajudar a população. Na sexta-feira, 13/11, em nota ela comunicou que a mineradora só tinha aceitado pagar os caminhões pipa. Mais tarde do dia, a primeira remessa de água, com 280 mil litros, estava contaminada com querosene, não servindo para consumo. A situação só começou a melhorar no sábado, quando o governador de Minas, Fernando Pimentel, anunciou o uso de um coagulante que permitirá o tratamento da água. A substância facilita a separação da lama e da água, permitindo assim que ela seja filtrada e volte a ser potável. Um Oceano Inteiro Afetado

É importante lembrar que o rio não é só água em movimento, mas também funciona como transporte de nutrientes para o mar, que acabam sustentando diversos organismos. Coincidentemente, na foz do Rio Doce, ocorre também o encontro de correntes marinhas do Sul e do Norte, formando um “rodamoinho” de água de cerca de setenta quilômetros de diâmetro. Esta área é rica em nutrientes e também reúne espécies marinhas de todo o mundo. Por isso, segundo o diretor da Estação de Biologia Marinha Augusto Ruschi, o biólogo e ecólogo André Ruschi, a foz do Rio Doce se torna uma dos maiores pontos de desova de peixes marinhos do mundo.

“É o maior criadouro do Oceano Atlântico. Todos os grandes peixes do Oceano, do hemisfério sul e norte, vêm para lá se reproduzir, sendo um fenômeno impar. É uma das regiões marinhas mais importantes do planeta e, da costa brasileira, é a mais sensível de todas”. A chegada de diversos rejeitos da mineração significa um risco para todo o ecossistema do oceano. Como ainda resta a chance da presença de metais pesados na lama, há a possibilidade de contaminação da imensa biodiversidade do local. Todos os seres vivos, desde o minúsculo plâncton ao gigante marlim, podem acabar envenenados por estes elementos.

Page 14: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br14

Recuperação?

Restam ainda muitas dúvidas em relação a como e quanto o ambiente será afetado pela lama da Samarco. Mas uma merece destaque: é possível recuperar o estrago? Ainda é muito cedo para afirmar com certeza, porém se estipula que o volume de água do rio talvez será o primeiro a normalizar.

“A natureza é muito mais forte do que podemos imaginar. Com o passar do tempo e muito lentamente os rios vão se recuperando. A vida dos tributários vai voltar a ocupar o rio e ele, em uma ou duas décadas, vai se recuperar. O que é muito tempo.” afirma o coordenador do Centro de Pesquisas Hidráulicas, Carlos Barreira Martinez. No entanto, para que isto ocorra é necessário que a lama se dilua e escorra para outras áreas, o que só é possível com a ação da chuva. A estiagem que a região sudeste enfrenta é um agravador deste cenário, atrasando muito uma possível revitalização do Rio Doce.

Obviamente, a biodiversidade animal e vegetal da região não pode esperar décadas para ver o rio novamente. “O conjunto de seres vivos vai estar todo ameaçado e vários desses organismos vão desaparecer, ainda que, vamos esperar, seja localmente. Eventualmente alguns desses organismos podem ter a chance de voltarem a colonizar essas áreas. Para que isso aconteça, vai precisar de tempo. No entanto, outros organismos não vão ter a chance de colonizar porque requer um tempo muito mais longo para que as cadeias alimentares se restabeleçam”explica o professor do ICB da UFMG, Francisco Barbosa. Ele estima que o começo dessa recuperação só irá acontecer em um futuro distante, precisando de 20 a 30 anos para a maioria dos diversos processos se sucederem.

Mas, se este prazo já é muito grande no continente, no oceano, ele é ainda maior. O especialista em biologia e ecologia marinha, André Ruschi lembra que a chegada de nutrientes ao oceano depende dos ciclos da maré, definidos pelos movimentos dos astros, como a lua e o sol: “A cada onze anos, com as enchentes, as cheias carregam grandes quantidades do material do rio para o mar”.

Como a região também é onde ocorre a confluência de espécies e correntes de todo o Oceano Atlântico, sendo uma das áreas de maior biodiversidade no mundo, o impacto, segundo o cientista, representará um atraso de séculos ao ecossistema.

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/11/mariana-as-consequencias-do-maior-desastre-ambiental-do-brasil.html

See more at: http://www.problemasambientais.com.br/lista-problemas-ambientais/principais-problemas-ambientais-do-brasil/#sthash.HdRQfr2C.dpuf

Page 15: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 15

O Brasil vem crescendo e se desenvolvendo a cada dia. Isso traz benefícios, especialmente economicamente. Mas também há a parte ruim nisso, ambientalmente falando, pois com maior desenvolvimento econômico, também há uma maior devastação ambiental.

Ambientalmente, o Brasil já vem tendo vários problemas ambientais há muito tempo, iniciando-se com o desmatamento intensivo dos colonizadores portugueses, passando mais tarde à mineração devastadora de muitas regiões do país (o que acabou esgotando os recursos de grande parte das áreas mineiradas), e, com o desenvolvimento de algumas substâncias químicas, ferramentas, maquinário e outras tecnologias, mais situações alarmantes com maiores danos foram emergindo no país.

As maiores preocupações ambientais no Brasil hoje em dia são:

• Desmatamento e queimadas;

• Poluição de corpos hídricos em geral (rios, lagos, mares);

• Danos permanentes ao solo pelo uso de pesticidas e outras substâncias danosas;

• Poluição atmosférica, causada por indústrias e automóveis;

• Chuva ácida, pelos mesmos motivos da poluição atmosférica;

Se não houver controle desses problemas, o desenvolvimento econômico e tecnológico, que parecia ótimo para o país, pode vir a tornar-se um verdadeiro caos no quesito ambiental, e continuar causando tragédias, vistas todo ano devido às chuvas devastadoras em alguns lugares e grandes secas em outros, influenciadas diretamente por problemas no meio ambiente.

Page 16: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br16

As políticas ambientais deveriam ser mais rígidas, deveria haver mais fiscalização para tentar minimizar essas situações e a educação ambiental (que é a conscientização do povo em relação aos problemas encontrados) é essencial, pois os problemas atuais podem chegar a um estágio irreversível no futuro.

Um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório. Madeireiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja).

Estes dois problemas preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a floresta.

Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucrando com isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar, futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do nosso território.

Mata Atlântica:

A destruição da Mata Atlântica começou no início da colonização européia, com a extração do pau-brasil (Caesalpinia echinata) e continua até os dias atuais, principalmente pela pressão urbana.

A Mata Atlântica originalmente ocupava 16% do território brasileiro, distribuída por 17 Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, e Piauí. Atualmente este ecossistema está reduzido a menos de 7% de sua extensão original, dispostos de forma fragmentada ao longo da costa brasileira, no interior das regiões Sul e Sudeste, além de trechos nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e no interior dos estados nordestinos.Do que se perdeu, pouco se sabe, milhares, ou talvez milhões, de espécies não puderam ser conhecidas.

Page 17: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 17

Das espécies vegetais, muitas correm risco de extinção por terem seu ecossistema reduzido, por serem retiradas da mata para comercialização ilegal ou por serem extraídas de forma irracional como ocorreu com o pau-brasil e atualmente ocorre com o palmito juçara (Euterpe edulis), entre muitas outras espécies.

Para a fauna, observa-se um número elevado de espécies ameaçadas de extinção, sendo a fragmentação deste ecossistema, uma das principais causas. A fragmentação do habitat de algumas espécies, principalmente de mamíferos de médio e grande porte, faz com que as populações remanescentes, em geral, estejam subdivididas e representadas por um número consideravelmente pequeno de indivíduos.

Apesar de toda a destruição que o ecossistema vem sofrendo, aproximadamente 100 milhões de brasileiros dependem desta floresta para a produção de água, manutenção do equilíbrio climático e controle da erosão e enchentes.

Pantanal:

No Pantanal, os principais impactos ambientais podem ser enumerados a partir dos seguintes fatores:

Pecuária extensiva – Emulação com a fauna nativa.

Pesca predatória e caça ao jacaré – redução das reservas pesqueiras e possibilidade de extinção de algumas espécies de animais.

Garimpo de ouro e pedras preciosas – Processo de erosão, contaminação dos rios.

Turismo e migração desordenada e predatória – Fogos na região, causando a morte das aves.

Aproveitamento dos cerrados – A má administração das lavouras causa grandes erosões no solo e a utilização de biocidas e fertilizantes contamina os rios.

Plantio de cana-de-açúcar – Provoca dano à preservação ambiental, trazendo grandes perigos para a contaminação de rios.

Cerrado:

O cerrado é o ecossistema brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.

Caatinga:

Na Caatinga, vegetação nativa e solos agricultáveis estão em franco desaparecimento. A pecuária e o reflorestamento, sobretudo com Algaroba (Prosopis sp.) e sua exploração como

Page 18: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br18

lenha e carvão vegetal, tem sido a única alternativa econômica do sertanejo. Em seu conjunto, a região semi-árida está inserida num contexto onde a ação antrófica tem contribuído para o avanço sobre remanescentes florestais que, em determinados casos, é substituído ou seletivamente explorado, causando uma degeneração da composição das matas nativas da região. Por outro lado, no vale do São Francisco, onde existe elevado potencial para irrigação, já desponta uma agricultura moderna, com elevada produtividade, e boa parte da produção direcionada para o mercado externo. Devido aos elevados índices de aridez que caracteriza a maior parte da região, o uso da terra está diretamente ligado à disponibilidade de água nos solos. As terras agrícolas estão localizadas em áreas de baixadas, tabuleiros e terraços aluviais de solos profundos, com boa retenção de umidade. Nestes solos alcançam-se elevadas produtividades, o que compensa as perdas nos anos de maior déficit hídrico. Assim, a agricultura irrigada, que já ocupa uma área superior a 640 mil hectares, é uma atividade econômica de grande significado para a região nordestina. Incentivou o surgimento de diversas agroindústrias, propiciando a verticalização da produção. Todavia, a má drenagem tem provocado um sério problema de salinização.

De resto, tende a se tornar mais grave o problema da desertificação. Estudo recente do Núcleo Desert da Universidade Federal do Piauí constatou que em 71 microregiões o empobrecimento generalizado dos recursos da terra já atinge mais de 52 mil hectares.

Mata de Araucária:

Possuindo muitas madeiras de grande valor econômico – o próprio pinheiro-do-Paraná serve para construção bem como fonte de celulose – esta formação vegetal foi muito devastada pelo homem nos últimos anos, correndo agora o risco de desaparecer. O solo descoberto, deixado no lugar da antiga mata, sofre erosão e carregamento pela chuva; provocando assoreamento nos rios e grandes enchentes, como a que atingiu Santa Catarina em 1983.

Mesmo os incentivos ao reflorestamento, fornecidos pelo governo, não obtiveram os efeitos desejados, já que utilizam-se, para isso, de espécies exóticas (estrangeiras) de rápido crescimento e maior produtividade, como o pinus e o eucalipto. Com isso descaracteriza-se tremendamente a comunidade desse ecossistema, eliminando a possibilidade de existência dos animais que dependem dos pinhões.

Pampas:

Nos Pampas, a agropecuária tem bastante força, o que vem provocando problemas ambientais, como a erosão do solo. Cerca de 50% deste, é ocupado por áreas rurais: valor relativamente pequeno, se comparado aos outros biomas. Entretanto, os Pampas é o que possui menor porcentagem territorial destinada à conservação e um dos menos estudados.

See more at: http://www.problemasambientais.com.br/lista-problemas-ambientais/principais-problemas-ambientais-do-brasil/#sthash.HdRQfr2C.dpuf

Page 19: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 19

Slides – Problemas Ambientais

Pegada Ecológica• O uso abusivo de recursos naturais, a degradação ambiental, o consumo exagerado

e a quantidade de resíduos resultantes são os rastros que deixamos na natureza enão percebemos. A pegada ecológica, outra denominação recebida pela Pegada deCarbono, é apenas uma estimativa e nos mostra até que ponto o nosso estilo devida está adequado ao que o planeta pode nos fornecer.

• A Pegada de Carbono da indústria da moda é muito grande, é a segunda indústriamais poluente do mundo, perdendo apenas para a automobilística. A situação é tãocrítica que algumas marcas e estilistas estão se conscientizando para calcular essedano e tentar reduzi-lo ao máximo. Já que, qualquer um dos processos realizadospela indústria têxtil - tais como a fiação, o beneficiamento, o tecimento, a limpeza, otingimento, a estamparia, os acabamentos e até a administração da empresa -causa algum tipo de impacto, seja no solo, no ar, na água ou à população.

Page 20: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br20

Histórico...Em 24 de fevereiro de 1984, umfalha em dutos subterrâneos daPetrobras espalhou 700 mil litros degasolina nos arredores da Vila Socó,em Cubatão (SP). Duas horas após ovazamento, houve a explosão eincêndio que destruíram parte dafavela.

Histórico...Um grave episódio de contaminaçãopor radioatividade teve início em 13de setembro de 1987, quando umaparelho utilizado em radioterapiasfoi furtado por dois sucateiros dehospital abandonado em Goiânia(GO). 60 pessoas mortas.

Page 21: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 21

Histórico...Um vazamento de resíduos químicosdo reservatório da IndústriaCataguases de Papel e Celulose, naregião da Zona da Mata mineira,ocorrido no dia 29 de março de 2003,atingiu os rios Pomba e Paraíba doSul, originando prejuízos aoecossistema e à população ribeirinha,que teve o abastecimento de águainterrompido.

Histórico...Um vazamento ocorrido na Bacia deCampos, no Rio de Janeiro, pode setransformar em um dos maioresdesastres ecológicos do país. Umagrande quantidade de petróleo vazoude uma plataforma da companhianorte-americana Chevron. Segundoinformações da Petrobras e da ANP(Agência Nacional de Petróleo)

Page 22: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br22

Page 23: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 23

Pré-Sal

Page 24: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br24

Custos• Para atingir as camadas pré-sal, entre 5000 e 7000

metros de profundidade, a Petrobras desenvolveu novos projetos de perfuração: mais de 2000 metros de sal foram atravessados. O primeiro poço demorou mais de um ano e custou US$ 240 milhões. Hoje, a Petrobras perfura um poço equivalente em 60 dias, a um custo de US$ 60 milhões.

ACIDENTES

Page 25: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 25

Desflorestamento

Page 26: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br26

Agricultura

Page 27: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 27

Page 28: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br28

Extrativismo MineralLuciano Teixeira

Page 29: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 29

Page 30: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br30

Projeto Carajás• O Projeto Carajás, oficialmente conhecido como Programa

Grande Carajás (PGC), é um projeto de exploração mineral,iniciado em 1980, na mais rica área mineral do planeta, pelaVale (antiga CVRD). Estende-se por 900 mil km², numa áreaque corresponde a um décimo do território brasileiro, e queé cortada pelos rios Xingu, Tocantins e Araguaia, e englobaterras do sudeste do Pará, norte de Tocantins e sudoeste doMaranhão. Foi criado pela empresa estatal brasileiraCompanhia Vale do Rio Doce, durante o governo Figueiredo.

Page 31: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 31

Page 32: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br32

Page 33: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br 33

Page 34: Problemas Ambientais Professor Luciano Teixeirao.estudaquepassa.com.br/aula/6441/8048-problemas... · 2016. 7. 14. · Geografia – Problemas Ambientais – Prof. Luciano Teixeira

www.acasadoconcurseiro.com.br34