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AMBIGUIDADE – COMENTÁRIOS E EXERCÍCIOS – NÍVEL SUPERIOR WWW.PROFJORGE.COM.BR

Problemas na construção do texto jurídico

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Material perfeito para alunos de graduação e pós-graduação em Direito. É importante ainda para os alunos que estão se preparando para concorrer a uma vaga pública.

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AMBIGUIDADE – COMENTÁRIOS E EXERCÍCIOS – NÍVEL SUPERIOR

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COMENTÁRIOS DE PROPOSIÇÕES

EMPREGO INADEQUADO DE PRONOMES

1. A reclamada não pagou corretamente ao reclamante o repouso semanal remunerado, todo período trabalhado; 1. Alega ser improcedente o pedido de FGTS + 40% de todo contrato de trabalho uma vez que a verba fundiária foi recolhida corretamente (...) COMENTÁRIO - O enunciador ignora a diferença semântica entre todo (= qualquer) e todo o (= total, inteiro) - forma adequada ao caso. 2. (...) pleiteia o pagamento das verbas e diferenças abaixo, cujo o quantum deverá ser apurado por execução de sentença (...) 2. (...) sendo-lhe facultado fazer-se substituir por qualquer preposto, credenciado, que tenha conhecimento dos fatos e cujo as declarações obrigarão o proponente COMENTÁRIO - O emprego dos pronomes relativos é um dos mais desrespeitados na produção de documentos, sobretudo cujo, cuja, cujos, cujas. A intromissão de um artigo entre o citado pronome e o substantivo a que se refere cataforicamente (nos exemplos 2a e 2b) é um erro crasso, inadmissível na redação de um graduado. 3 – Como se inicia e qual é o objetivo do Processo Administrativo Fiscal (PAF)? R: O Processo Administrativo Fiscal se inicia quando o contribuinte autuado decide exercer o seu direito constitucional à ampla defesa, discutindo o mérito da exigência constante do auto de infração, em conformidade com o rito do contraditório administrativo que está previsto no artigo 56 da Lei 11.580/1996. COMENTÁRIO – Nessa resposta a uma questão de prova o aluno cometeu um erro de colocação pronominal. Definimos a colocação pronominal como PRÓCLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE. Respectivamente pronome antes, no meio e depois do verbo. No caso que analisamos acima, o correto deveria ser a utilização uma próclise, visto que, pela regra gramatical, além de outras palavras, advérbios, palavras negativas, pronomes relativos e indefinidos pedem próclise. EMPREGO INCORRETO DA PREPOSIÇÃO

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3. Certifico que revendo os presentes autos, verifiquei ser patrono do autor, (...), sendo de conhecimento do Serviço de Distribuição do impedimento deste Juízo em presidir feitos patrocinados pelo aludido advogado. COMENTÁRIO - O trecho grifado apresenta uma reiteração da preposição de que resulta em ambiguidade na compreensão do texto: a) na leitura especializada, espera-se seja uma alegação de conhecimento do impedimento do Juiz; b) na leitura leiga emergente do texto 3 tem-se que o Serviço de que se fala realiza a distribuição do impedimento deste Juízo; 4. O Processo Administrativo Fiscal inicia-se quando o contribuinte autuado decide exercer o seu direito constitucional a ampla defesa No texto 4, não se utilizou a preposição que deveria ser marcada pelo acento grave indicando o fenômeno de crase. 5. O autor cujo crime me referi, não deverá ser absolvido. COMENTÁRIO – O verbo referir, pela regência, pede a preposição a (quem se refere, se refere a alguém ou a alguma coisa). Essa marcação não ocorreu no enunciado 5. 6. Pela Constituição Federal, “a administração pública direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e, além de outros, de publicidade.” 7 – Segundo o Artigo 152 da Constituição Federal, “é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro. Assim, a União não pode preferir, por exemplo, o Estado do Distrito Federal ou o Município do que os dois anteriores. COMENTÁRIO – O autor do texto acima comete um erro de regência quando cita a Constituição Federal. A citação é um belo recurso argumentativo, porém essa argumentação perde peso quando o produtor do texto comente um erro de regência. O verbo obedecer pede preposição a, assim, quem obedece, obedece a alguém. Os brasileiros devem obedecer às leis do seu país. 8 – É importante lembrar de que o Artigo 5 da Constituição Federal diz que “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza.” COMENTÁRIO – O erro de regência ocorre em relação ao verbo lembrar que se estiver acompanhado de preposição, será obrigatoriamente pronominal. Caso não haja a preposição, o verbo lembrar e seus similares (esquecer, relembrar...) podem aparecer sem o pronome que gramaticalmente deve ser classificado como parte integrante do verbo. Assim: É importante lembrar-se de que... ou: É importante lembrar que...

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9 – Segundo o Artigo 228 da Constituição Federal, “Os pais tem o dever de criar, educar e assistir aos filhos menores, e aos filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. COMENTÁRIO – Novamente um erro de concordância. Neste caso, o verbo assistir não vem acompanhado de preposição. Segundo Celso Cunha, “o verbo assistir possui quatro formas de regência e consequentemente quatros acepções: Assistir a algo – estar presente, observar algo; assistir alguém – prestar assistência a alguém; assistir em algum lugar – neste caso o verbo é intransitivo, isto é, não pede complemento e significa fixar moradia; Esta é uma informação que não lhe assiste – o verbo é transitivo indireto, pede complemento com preposição e tem significado de pertence ser cabível.

ERROS DE CONCORDÂNCIA 10. O Repouso Semanal Remunerado (...) foram corretamente pagos, não tendo razão ao pleito contido na letra “d” do pedido. 11. Aduz ser incabível honorários advocatícios, por não preenchidos os requisitos da lei 5584/70. COMENTÁRIO - A concordância pela regra geral - sujeito e forma verbal no mesmo número e pessoa - é infringida nesses exemplos, sem qualquer álibi estilístico para uma silepse de número. No segundo caso, encontramos o problema de concordância em decorrência da voz passiva. Podemos encontrar esses mesmos erros em redações argumentativas de prova de seleção para vários concursos públicos. 1 – “A intolerância em relação às diversas culturas e religiões hoje ultrapassam o limite de um convívio pacífico.” Acima, percebemos um clássico problema de concordância verbal. A regra de concordância diz que devemos concordar o verbo com o sujeito em número, porém muitos alunos confundem o que é sujeito na oração; neste caso, o aluno, no lugar de concordar o verbo ULTRAPASSAR com o sujeito intolerância, concordou com os núcleos do complemento nominal CULTURA e RELIGIÕES. 2 - “A Síria é composta por vários grupos étnicos que tem culturas muito opostas.” Este também é um caso clássico de concordância: os verbos vir e ter devem receber acento circunflexo quando o sujeito estiver flexionado no plural. Assim, a redação deveria ficar: “... VÁRIOS GRUPOS QUE TÊM CULTURAS MUITO OPOSTAS.”

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3 - “… é fácil perceber a diferença de todos quando utiliza-se as tecnologias para alimentar o ódio…” Aqui temos alguns problemas graves que devem ser analisados. Fatalmente, este candidato teria uma boa pontuação extraída de sua contagem pelos seguintes aspectos: 1 – CONCORDÂNCIA VERBAL – O verbo UTILIZA-se deveria estar flexionado no plural devido à partícula SE que neste caso é uma partícula apassivadora; o sujeito é TECNOLOGIAS e por estar no plural, o verbo também deveria estar. Lembre que se a partícula SE acompanhar um verbo transitivo direto (verbo que pede complemento sem preposição) o verbo deverá concordar em número com o sujeito que vem logo após. 2 – COLOCAÇÃO PRONOMINAL – O pronome SE deveria estar antes do verbo UTILIZA. A regra gramatical de colocação pronominal sugere neste caso a próclise, pois as conjunções subordinativas, pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos; expressões negativas e conjunção alternativa são expressões que atraem o pronome oblíquo átono.1 5 – O privilégio da acomodação e o interesse único, leva a intolerância. Ela, na maioria dos casos causada pela descriminação das pessoas. Acima, temos um trecho de um parágrafo introdutório. Percebemos que o aluno utilizou uma afirmação simples, porém mesmo sendo simples, temos uma incorreção gramatical. O redator deveria colocar um acento grave na expressão À INTOLERÂNCIA, pois a regência do verbo LEVAR pede preposição e a palavra INTOLERÂNCIA é um substantivo feminino e por isso é acompanhado pelo artigo feminino (a), assim temos a junção do a-preposição com o a-artigo. Além disso, o pronome de referência do segundo enunciado é um pronome do caso reto; procure usar o caso reto para fazer referência a pessoas, em outros casos, use pronomes demonstrativos. Um terceiro erro é percebido na confusão de palavras: a paronímia é um grande problema na vida de quem se propõe a escrever; no segundo enunciado, o aluno pretendia usar a palavra DISCRIMINAÇÃO – que significa segregação, separação e usou o parônimo DESCRIMINAÇÃO – que significa tirar crime de alguém (atente-se ao prefixo des-).2 6 – Os brasileiros desobedecem os sinais de trânsito. No caso acima, temos um problema de regência. Pela regra, o verbo obedecer e seus similares devem ser acompanhados pela preposição A, assim o enunciado deveria ser escrito da seguinte forma: Os brasileiros desobedecem aos sinais de trânsito.3 7 – Assim, se a sociedade se conscientizar, haverão muitos jovens educados e com consciência crítica no futuro No trecho acima, percebemos mais um clássico problema de concordância verbal. Nunca se esqueça de que o verbo HAVER no sentido de existir é impessoal e por isso fica invariável. O enunciado reescrito deveria ficar assim: ... HAVERÁ MUITOS JOVENS... 8 – Na sociedade contemporânea, tem muitos jovens que não foram alfabetizados. O trecho acima é parte de um parágrafo argumentativo. O problema gramatical que o mesmo apresenta é o fato de colocar um verbo pessoal sem sujeito. O correto seria trocar o verbo TER (pessoal) pelo verbo HAVER (impessoal) e o enunciado ficaria: NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA, HÁ MUITOS JOVENS... 1 - Estude colocação pronominal e fique por dentro da regra completa de colocação. 2 - Estude relação semântica: homônimos, sinônimos, antônimos, parônimos.... 3 - Estude a parte gramatical que fala sobre regência.

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9 – Esta empresa se preocupa com economia de energia muito antes que você se preocupasse com isso. A propaganda retirada da revista veja apresenta um erro muito cometido por redatores tanto da imprensa midiática quanto de concursos públicos em geral. Ocorre um problema de disposição temporal dos verbos; o verbo PREOCUPA deveria estar flexionado no pretérito imperfeito do indicativo (PREOCUPAVA) para concordar com o verbo PREOCUPASSE, que se encontra flexionado no pretérito do subjuntivo. Assim, a redação deveria ficar: ESTA EMPRESA SE PREOCUPAVA COM ECONOMIA DE ENERGIA MUITO ANTES ANTES QUE VOCÊ SE PREOCUPASSE COM ISSO. Lembre sempre que verbos no pretérito pedem verbos no pretério, verbos no presente pedem verbos no presente e verbos no futuro pedem verbos no futuro. ATENÇÃO AOS EXEMPLO: O paciente tomou o remédio que o medico receitara. (pretérito perfeito do indicativo) (pretérito mais-que-perfeito do indicativo) Quando eu souber a pergunta te darei a resposta (Futuro do subjuntivo) (Futuro do indicativo) Se eu quisesse estaria presente em seu aniversário. (Pretérito do subjuntivo) (Futuro do pretérito do indicativo) 10 – Apesar de haverem pessoas bem intencionadas, dispostas a trabalhar, elas não são bem assistidas. Os direitos que deveriam possuir, não lhes são garantidos. No trecho do parágrafo argumentativo acima, o aluno cometeu o erro clássico de concordância do verbo HAVER e o ponto depois da palavra ASSISTIDAS foi colocado de maneira inadequada. O ideal seria colocar uma virgula acompanhada de um conectivos explicativo, pois o trecho iniciado por OS DIERITOS... é continuidade do enunciado anterior: O Período deveria ficar assim: ...DISPOSTAS A TRABALHAR, ELAS NÃO SÃO BEM ASSISTIDAS, POIS OS DIREITOS...

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Problemas de produção no campo do paralelismo que tiveram como consequência a dupla possibilidade de

interpretação ou a ausência total de compreensão: 1. A inexistência, destacada pela sentença, de acordo estrito que autorizasse a compensação de jornada não serve, no caso, ao acolhimento do pedido de horas extras. A uma porque o fator sequer foi pelo autor aventado. A duas por que a CF, em seu art. 7; inciso XIII, não estabelece que acordo deva necessariamente ser escrito e, como se sabe, onde a lei não distingue não cabe ao intérprete fazê-lo. COMENTÁRIO - Paralelismo extravagante: diante da riqueza expressional do estilo formal da língua portuguesa, não cabe ao profissional do Direito usos estilísticos particularizantes que possam resultar em ruído na comunicação. O paralelismo da construção acima, apoiado nos elementos grifados, pode gerar leitura equívoca, especialmente por estar empregado após a expressão horas-extras, que aceita determinação como: por um lado/por outro; em primeiro

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lugar/em segundo lugar; primeiro/depois; etc. Destarte, a forma eleita, além de dispensável, é de baixa freqüência e estilisticamente desagradável aos olhos e, sobretudo, aos ouvidos. 2. É bem diferente a situação daqueles que, por motivos de nobreza discutíveis, optam por uma outra nacionalidade, daqueles fatos que determinam a aquisição da nacionalidade X pelo requerente. COMENTÁRIO - Falso paralelismo + deslocamento dos termos (ordem inversa) O falso paralelismo sugerido pelo uso reiterado do pronome grifado gera truncamento do trecho. Seria adequada a rearrumação do período em benefício de sua legibilidade. Por exemplo: A situação daqueles que optam por uma outra nacionalidade por motivos de nobreza discutíveis é bem diferente da dos que o fazem pelos motivos que determinaram a aquisição da nacionalidade X pelo requerente. Observe-se que, neste exemplo, optamos pela ordem direta (ou lógica) enquanto garantia do fluxo do raciocínio de forma comparativa entre duas situações distintas; a) aquisição de nacionalidade por motivo discutível; b) aquisição de nacionalidade por motivo de força maior. 3 - Flagrante a inconstitucionalidade da extradição, eivada do mesmo vício a prisão preventiva que visa a assegurar a execução da medida vedada pela lei Maior. COMENTÁRIO - A vírgula colocada entre os termos extradição e eivada faz com que o período se torne incompleto, pois sugere um encadeamento de orações que se conclui no segundo termo da série. A NGB estabelece o uso do e nestes casos. Contudo, seguindo o raciocínio da exposição de motivos do Processo em análise, percebe-se que seria o ponto final o diacrítico adequado à expressão da idéia, porque são manifestadas duas idéias em que a segunda ratifica a primeira com maior ênfase que esta. A forma adequada do enunciado seria: Flagrante a inconstitucionalidade da extradição. Eivada do mesmo vício a prisão preventiva que visa a assegurar a execução da medida vedada pela lei Maior. Observe-se que, na forma original, a entonação produzida resulta num período incompleto, pois este é interrompido em ritmo ascensional inconcluso. Na forma sugerida em, o primeiro período passa a ser constituído por frase nominal que compõe paralelismo semântico com a primeira oração do período seguinte, isto é: em ambas é alegada a inconstitucionalidade: no primeiro período, a extradição é inconstitucional; no segundo, a prisão é que o é. A vírgula posta antes da oração introduzida pelo relativo que é obrigatória por tratar-se de oração explicativa.

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É importante analisarmos esses problemas em textos argumentativos:

4 – “… separar e excluir indivíduos que a sociedade julga como uma parcela diferenciada. Sendo dessa forma necessário que sejam feitas analises em relação a esse fato.” No enunciado acima, percebemos que o segundo período foi iniciado por um verbo-nominal gerúndio; o problema é que se trata de um verbo sem sujeito e o período fica sem continuidade. Dessa forma, ocorre completa incoerência na relação de sentido entre um período e outro. Fatalmente, o cálculo deste candidato ficaria bem abaixo. Note ainda que a palavra ANÁLISE não foi acentuada; nesse caso, vale a pena lembrar que a falta do acento pode ser além de um problema gramatical, um problema de coerência.

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5 – Os produtos lançados no mercado estão sendo substituídos rapidamente. Pois a exigência do consumidor por mais tecnologia e conforto está cada vez maior. Ocorre acima um erro de pontuação. O ideal seria colocar uma virgula depois da palavra RAPIDAMENTE e o conectivo explicativo POIS. Escrito do jeito que está o segundo Período fica incompleto. Se eu quisesse estaria presente em seu aniversário. (Pretérito do subjuntivo) (Futuro do pretérito do indicativo)

PRÁTICA.......................................................... PROCURE RESOLVER OS PROBLEMAS DE AMBIGUIDADE A SEGUIR A – Os relatórios dos funcionários, que precisavam ser cadastrados, continham informações importantes a respeito da negociação. B – As secretárias das repartições que foram informadas enviaram os documentos necessários. C - O vendedor disse ao cliente que seu preço estava incorreto. D - Cresce o consumo de suco feito de soja e iogurte. E - Carlos pediu a José para assinar o contrato. F - Prédio da Unilever será implodido em Valinhos. G - Os representantes ficam à espera de clientes para ser contatados. H - Testemunhas viram o homem passar pela janela. I - Torcedores botaram fogo no depósito que abalou as estruturas do estádio. J - Papa abençoa fiéis do hospital.

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RESPOSTAS A - Os funcionários, cujos relatórios precisavam ser cadastrados, continham informações importantes. Os relatórios dos funcionários, estes que precisavam ser cadastrados, continham informações importantes. B - As repartições cujas secretárias foram informadas enviaram os documentos necessários. As secretárias das repartições essas que foram informadas enviaram os documentos necessários. C - O vendedor disse que o preço dado ao cliente estava incorreto. O vendedor disse estar incorreto o preço que deu cliente. Ou…. O cliente disse que o preço por ele recebido estava incorreto. O cliente disse estar incorreto o preço que recebeu. D - Cresce o consumo de iogurte e de suco feito de soja. E - A frase dá margem a duas interpretações diferentes: 1) Carlos pediu que José assinasse o contrato; 2) Carlos pediu que José o deixasse assinar o contrato. Percebeu a diferença? Afinal, não se sabe quem assina o contrato! Duas redações alternativas para essa frase seriam: Carlos pediu a José que assinasse o contrato ou Carlos pediu para assinar o contrato a José. F – O sentido da frase aqui só não é ambíguo por causa do contexto. Ninguém imaginaria que o prédio da Unilever seria transportado até Valinhos e lá implodido, mas é isso que a frase está dizendo: que a implosão do prédio será em Valinhos. Uma redação correta para esse texto é: Prédio da Unilever em Valinhos será implodido. G – A construção da frase é confusa e deixa o leitor com a seguinte dúvida: a quem se refere a expressão “ser contatados”, aos representantes ou aos clientes? Para não dar margem a dupla interpretação, das duas uma: Os representantes ficam à espera de clientes para contatar ou Os representantes ficam à espera de ser contatados por clientes. H – O que se quis dizer com essa frase não é nada do que você entendeu. Não foi o homem que passou pela janela, mas as testemunhas que viram, pela janela, o homem passar. Uma redação mais clara seria: Pela janela, testemunhas viram o homem passar. I – Não foi o depósito que abalou as estruturas do estádio, mas o fato de terem colocado fogo nele. O certo é: Torcedores botaram fogo no depósito, o que abalou as estruturas do estádio. J – O que se entende é que o papa abençoou os fiéis que estavam no hospital. Mas o que aconteceu foi que, do hospital, ele deu sua bênção aos fiéis. O certo, então, seria: Do hospital, papa abençoa fiéis .

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DESAFIOS:

A - A mulher que eu comi um frango assado na casa dela, me convidou para saborear outro prato.

B – Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro também era o pai do bezerro. RESPOSTAS

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A - A redundância no enunciado pode causar um certo desconforto nas pessoas envolvidas, por isso, o ideal seria escrever dessa forma: A MULHER, CUJO FRANGO ASSADO COMI EM SUA CASA, ME CONVIDOU PARA SABOREAR OUTRO PRATO. B - Este é um exemplo de como a virgula é importante para manter a unidade de sentido do texto. Neste caso, a simples colocação de uma vírgula depois da palavra “mãe” já traria sentido pleno para o enunciado. Assim: UM FAZENDEIRO TINHA UM BEZERRO E AMÃE, DO FAZENDEIRO TAMBÉM ERA O PAI DO BEZERRO. Logo o fazendeiro é o dono da família inteira.

PRÁTICA................................................................. A partir do caso concreto a seguir, redija uma motivação sentencial que embase sua decisão sobre o caso, utilizando a linguagem em conformidade com a norma culta vernácula. João P. Silva é herdeiro de um imóvel deixado por seu tio materno, sob testamento com cláusula condicionada, impedindo sua alienação temporária até que o herdeiro complete 25 anos e tenha concluído curso superior. Ressalte-se que João P. Silva ainda não atingiu a idade condição, pois está com 21 anos completos e cursa ainda Economia. O referido imóvel, apartamento de dois quartos em prédio de escadas, está situado em cercanias identificadas como região de constante e crescente criminalidade e periculosidade, causa de acelerada depreciação. Devidamente provado nos autos, não apenas com seqüência de fotos, mas também por avaliação técnica sobre a região em que se localiza o imóvel, postulou o agravante que deseja a venda do bem, em face da desvalorização decorrente, devendo a importância ser depositada em banco para liberação, até que se efetivem as condições testamentárias estabelecidas. A pretensão do agravante foi indeferida pelo julgador de primeiro grau.