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7/24/2019 proc civ recuso
http://slidepdf.com/reader/full/proc-civ-recuso 1/6
AGRAVO INTERNO
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao
processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
A ideia de Tribunal de que as decis!es se"am tomadas por um órgão colegiado #$, %, & membros'
(as )á algumas )ipóteses #na apela*ão, no agravo e em outros recursos' em que poss+vel que o relator
"ulgue soin)o #"ulgamento liminar monocrático' por uma questão de celeridade e economia.Cabimento: contra decis!es monocráticas proferidas por relatores em tribunais.
Objetivo: for*ar a manifesta*ão do órgão colegiado.
-./ -m um "ulgamento monocrático, eu entendo que o relator deu uma aplica*ão incorreta a um
determinado artigo. Como corrigir isso
or meio do agravo interno.
34/ 5ão seria poss+vel propor um recurso especial ao 4T6 porque eu ten)o que esgotar primeiro a via do
agravo interno.
4ó que, no CC7&$, só cabia agravo interno em 8 )ipóteses legais. 9ora dessas )ipóteses, a op*ão que se
tin)a era o agravo regimental, disciplinado no regimento interno de cada Tribunal.
Prazo: 1% dias para agravar e 1% dias para recorrer.
Art. 100$: %o -cetuados os embargos de declara*ão, o prao para interpor os recursos e para responder;l)es de 1% #quine'
dias.
Recurso adesivo: não cab+vel no caso de agravo interno.
4ó cabe na apela*ão, no recurso especial e no etraordinário.
Preparo: enquanto no sistema do CC7&$, cabia ao regimento interno de cada Tribunal que criou o agravoregimental determinar se ele teria custas ou não, no sistema do CC7201%, tendo em vista que a lei não
clara nesse ponto, teremos que esperar para ver se continuará sendo como no sistema anterior #Tribunal
determina' ou se o 4T6 se pronunciará sobre as custas.
Efeito suspensivo: a lei não clara< 4T6 terá que se manifestar apontando se )averá ou não efeito
suspensivo no agravo interno.
34/ apela*ão = art. 1012/ em regra, será recebida em duplo efeito #devolutivo e suspensivo'<
agravo de instrumento = não dotado de efeito suspensivoProcedimento:
: 1o 5a peti*ão de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
: 2o agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar;se sobre o recurso no prao de 1% #quine' dias, ao
final do qual, não )avendo retrata*ão, o relator levá;lo;á a "ulgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
: $o > vedado ao relator limitar;se ? reprodu*ão dos fundamentos da decisão agravada para "ulgar improcedente o agravo interno.
; peti*ão direcionada, no prao de 1% dias, ao relator que proferiu a decisão<
; intima*ão do agravado para responder em 1% dias, caso queira<
; independentemente de o agravado responder ou não, eiste a possibilidade de o relator eercer um "u+o deretrata*ão = ele cassa a própria decisão de "ulgamento liminar monocrático.
; caso contrário, relator incluirá o recurso em pauta para "ulgamento pelo Colegiado
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34/ agravo interno não admite "ulgamento liminar monocrático, ve que seu ob"etivo "ustamente
provocar o Colegiado< senão poderia )aver um ciclo vicioso
u!ta: se o agravo interno for considerado manifestamente inadmiss+vel pelo Colegiado, ou se"a, na prática,
)á problemas quanto ? tempestividade ou preparo #deser*ão' ou, no mrito, )á entendimento un@nime no
sentido de que a decisão do relator foi correta, será aplicada multa de 1 a % sobre o valor da causa.: 8o Buando o agravo interno for declarado manifestamente inadmiss+vel ou improcedente em vota*ão un@nime, o órgão
colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fiada entre um e cinco por cento do valor
atualiado da causa.
: %o A interposi*ão de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prvio do valor da multa prevista no : 8 o, ? ece*ão
da 9aenda blica e do beneficiário de gratuidade da "usti*a, que farão o pagamento ao final.
C5CDE4F/ antes de se faer um agravo interno, preciso con)ecer muito bem o posicionamento
daquela C@mara sobre o assunto< do contrário, poderá acabar sofrendo multa.
(otivo da aplica*ão dessa multa/ for*ar o aumento da utilia*ão do "ulgamento liminar monocráticoNecess"ria an"!ise dos re#imentos internos dos tribunais: o agravo interno tem uma regulamenta*ão bem
pequena no CC< boa parte fica por conta do regimento interno de cada Tribunal
; as normas do agravo regimental não serão automaticamente aplicáveis ao agravo interno. -ntão, com o
novo CC, será necessário aguardar a reformula*ão do regimento interno de cada Tribunal do 3rasil e7ou
uma poss+vel manifesta*ão do 4T6.
E$ARGO% &E &EC'ARA()O
Giferentemente dos outros, a ideia dos -GHs não transformar algum em vencedor ou menos vencido. A
ideia transformar uma decisão que não pass+vel de compreensão completa em algo intelig+vel.
Cabimento
Art. 1.022. Cabem embargos de declara*ão contra qualquer decisão "udicial para/
I ; esclarecer obscuridade ou eliminar contradi*ão<
II ; suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o "ui de of+cio ou a requerimento<
III ; corrigir erro material.
Cabe -G em qualquer tipo de decisão "udicial em que )ouver/
*+ omissão/ silJncio do órgão "ulgador< não )á manifesta*ão sobre algum ponto relevante do "ulgamento da
causa, ou se"a, a decisão citra ou infra petita
-./ decis!es "udiciais que não se manifestam sobre quest!es de ordem pblica< o magistrado obrigado a se
pronunciar sobre essas matrias
Art. 1022 . nico. Considera;se omissa a decisão que/
I ; deie de se manifestar sobre tese firmada em "ulgamento de casos repetitivos ou em incidente de assun*ão de competJncia
aplicável ao caso sob "ulgamento<
II ; incorra em qualquer das condutas descritas no art. 8KL, : 1o, a saber/
: 1o 5ão se considera fundamentada qualquer decisão "udicial, se"a ela interlocutória, senten*a ou acórdão, que/
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I ; se limitar ? indica*ão, ? reprodu*ão ou ? paráfrase de ato normativo, sem eplicar sua rela*ão com a causa ou a questão
decidida<
II ; empregar conceitos "ur+dicos indeterminados, sem eplicar o motivo concreto de sua incidJncia no caso<
III ; invocar motivos que se prestariam a "ustificar qualquer outra decisão<
IM ; não enfrentar todos os argumentos deduidos no processo capaes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo "ulgador<
M ; se limitar a invocar precedente ou enunciado de smula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que
o caso sob "ulgamento se a"usta ?queles fundamentos<MI ; deiar de seguir enunciado de smula, "urisprudJncia ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a eistJncia de
distin*ão no caso em "ulgamento ou a supera*ão do entendimento.
,+ obscuridade/ impossibilidade de compreensão. A doutrina divide as )ipóteses de obscuridade em 2
grupos/
; obscuridade ideológica = poss+vel acessar todas as informa*!es, mas não poss+vel entendJ;las.
(uito comum quando o "ui usa inadequadamente as seguintes epress!es para se referir ?s partes/ esse,
este, daquele, o mesmo, cu"o.
; obscuridade material = aquela em que não se consegue nem ler o teto da decisão
e./ decisão escrita ? mão, problemas na impressão.
$. contradi*ão/ incompatibilidade entre proposi*!es
A contradi*ão tão sria que, se não for resolvida em sede de embargos, motivo para a*ão rescisória #após
o tr@nsito em "ulgado da decisão'
8. corre*ão de erros materiais/ novidade do CC7201%
e./ erro na data, troca de sobrenome
5a prática, bastaria uma simples peti*ão e o "ui poderia corrigir esses erros de of+cio.
E-ce./o ao princ0pio da unirrecorribi!idade #singularidade'
-G uma ece*ão ? regra, de que para cada tipo de decisão, cabe 1 tipo de recurso.
e./ a senten*a condenou o ru. -le entra com um -G e depois apela. E 4-6A, pra uma mesma decisão
"udicial, )ouve 2 recursos.
(as, observe que o ob"etivo do -G completamente diferente do ob"etivo do recurso principal. ob"etivo
do -G não mudar o mrito da decisão, mas isso pode acabar acontecendo de forma acidental.E-+: 9ernando prop!e uma a*ão pedindo a condena*ão da Camila ao ressarcimento de um dano material e
um dano moral. A senten*a "ulga parcialmente procedente o pedido condenando Camila ao ressarcimento do
dano material causado, todavia entende que não eiste dano moral.
Giante disso, Camila quer apelar para não ter que pagar o dano material. 9ernando, por sua ve, quer apelar
para receber tambm o dano moral.
4endo o prao de apela*ão de 1% dias, no 2N dia desse prao, 9ernando apela. Camila, ao invs de apelar,
entra com um -G. "ui concorda com a Camila e muda uma parte do teto de sua decisão. que acontece,ve que 9ernando "á apelou e, em princ+pio, ato praticado ato consumado
9ernando terá prao para faer uma complementa*ão, nos eatos limites da modifica*ão.
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Art. 1028 : 8o Caso o acol)imento dos embargos de declara*ão implique modifica*ão da decisão embargada, o embargado que "á
tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas ra!es, nos eatos limites
da modifica*ão, no prao de 1% dias, contado da intima*ão da decisão dos embargos de declara*ão.
C5CDE4F/ interessante que se aguarde o escoamento do prao de -G #% dias' para que se apele.
34/ se )á urgJncia, se resolve com tutela provisória e não com recurso
; 5ão )á impedimento para que se propon)a -G da decisão que "ulgou o -G. cuidado que tem que se
tomado, para que não fique parecendo que )á interesse protelatório.
34/ embargo de declara*ão Ocom efeito modificativoP Q Ocom efeito infringenteP
1un#ibi!idade recursa! e-pressa
Art. 1028 : $o órgão "ulgador con)ecerá dos embargos de declara*ão como agravo interno se entender ser este o recurso cab+vel,
desde que determine previamente a intima*ão do recorrente para, no prao de % dias, complementar as ra!es recursais, de modo a
a"ustá;las ?s eigJncias do art. 1.021, : 1o, a saber/ 5a peti*ão de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os
fundamentos da decisão agravada.
-./ relator profere decisão monocrática. Caberia agravo interno, só que a parte entende que a decisão
tambm está omissa em certo ponto e prop!e -G. que acontecerá
or uma questão de celeridade e economia, o próprio relator con)ecerá do -G como agravo interno.
colegiado será invocado e "ulgará o mrito.
Tempestividade: prao diferente dos demais recursos do CC, a saber, % dias.
Art. 1.02$. s embargos serão opostos, no prao de % dias, em peti*ão dirigida ao "ui, com indica*ão do erro, obscuridade,
contradi*ão ou omissão, e não se su"eitam a preparo.
102$: 1o Aplica;se aos embargos de declara*ão o art. 22L, a saber/
Art. 22L. s litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão praos contados em
dobro para todas as suas manifesta*!es, em qualquer "u+o ou tribunal, independentemente de requerimento.
: 1o Cessa a contagem do prao em dobro se, )avendo apenas 2 rus, oferecida defesa por apenas um deles.
: 2o 5ão se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrRnicos.
Preparo: ineiste
Art. 1.02$. s embargos serão opostos, no prao de % dias, em peti*ão dirigida ao "ui, com indica*ão do erro, obscuridade,contradi*ão ou omissão, e não se su"eitam a preparo.
Gisso decorre que não )á possibilidade de deser*ão.
Efeito suspensivo: ineiste
Art. 1.02S. s embargos de declara*ão não possuem efeito suspensivo e interrompem o prao para a interposi*ão de recurso.
: 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo "ui ou relator se demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamenta*ão, se )ouver risco de dano grave ou de dif+cil
repara*ão. recurso principal que eventualmente pode ter efeito suspensivo.
Efeito interruptivo: sempre
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Art. 1.02S. s embargos de declara*ão não possuem efeito suspensivo e interrompem o prao para a interposi*ão de recurso.
4endo con)ecido o -G, interrompe;se o prao do recurso principal. Convm mencionar que a nica fal)a
capa de faer com que o -G não se"a con)ecido, ou se"a, não ten)a efeito interruptivo, a intempestividade
At se os -GHs forem protelatórios, embora )a"a puni*ão, )averá interrup*ão do prao do recurso principal.
34/ prao interrompido ; volta a fluir pela integralidade< ignora;se o prao que "á ten)a flu+do<
prao suspenso ; volta a fluir pelo que faltava.; art. 10S% altera a lei dos 6uiados -speciais. Antes do CC7201%, os -GHs nos 6uiados só suspendiam os
praos< não interrompiam os praos.
Art. 10S%. s embargos de declara*ão interrompem o prao para a interposi*ão de recurso.
34/ os demais recursos no processo civil não tem efeito interruptivo.
Procedimento: )á 2 sistemas diferenciados.
-m caso de "ulgamento singular #órgão unipessoal'/
; embargos em % dias
; o "ulgador da decisão embargada "ulga os embargos em % dias
; em princ+pio, não )á abertura de prao de resposta para a parte contrária
-m caso de "ulgamento colegiado #órgão pluripessoal'/
; embargos são "ulgados em mesa, ou se"a, apresentados os -GHs, eles são "untados aos autos e os autos são
encamin)ados para a 1 sessão de "ulgamento subsequente< não será marcada data de "ulgamento, nem serão
intimadas as partes.
Art. 1.028. : 1o 5os tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não )avendo
"ulgamento nessa sessão, será o recurso inclu+do em pauta automaticamente.
: 2o Buando os embargos de declara*ão forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal,
o órgão prolator da decisão embargada decidi;los;á monocraticamente.
Poss0ve! modifica./o do ju!#ado
; em regra, não )á oitiva da parte contrária< a discussão acaba sendo entre o embargante e o relator da
decisão porque se quer modificar algo no teto e não no mrito da decisão.
; eventualmente, a parte contrária será intimada para responder aos embargos. Buando isso acontece,
porque o relator "á tem em mente conceder efeito modificativo aos embargos e quer evitar que a parte
contrária diga que não )ouve contraditório.
Art. 102$ : 2o "ui intimará o embargado para, querendo, manifestar;se, no prao de % dias, sobre os embargos opostos, caso seu
eventual acol)imento implique a modifica*ão da decisão embargada.
ERRO2 Advogado propor O-mbargo de Geclara*ão com -feito (odificativoPU
4enten*a/ OCon)e*o dos embargos de declara*ão, todavia, no mrito, nego provimento porque os embargos
de declara*ão não são via apta para modificar o contedo do "ulgado, apenas esclarecer.PU (esmo que se"a caso de efeito modificativo, o pedido de modifica*ão não pode ser epl+cito< só se pode
deiar nas entrelin)as do embargo que o que se quer a modifica*ão.
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Embar#os de dec!ara./o prote!at3rios
4erá aplicada multa de at 2 sobre o valor atualiado da causa.
(as, se )ouver reitera*ão, a multa pode subir para at 10 sobre o valor da causa ou da condena*ão
#depende do caso concreto'.
não recol)imento do valor da multa impede o con)ecimento do recurso principal. -ntão, na )ora de faer
o preparo do recurso principal, preciso incluir o valor da multa.Alm disso, )avendo um embargo protelatório, outro embargo protelatório, não poss+vel faer um $N
embargo.
Art. 102S : 2o Buando manifestamente protelatórios os embargos de declara*ão, o "ui ou o tribunal, em decisão fundamentada,
condenará o embargante a pagar ao embargado multa não ecedente a dois por cento sobre o valor atualiado da causa.
Art. 102S : $o 5a reitera*ão de embargos de declara*ão manifestamente protelatórios, a multa será elevada a at de por cento
sobre o valor atualiado da causa, e a interposi*ão de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prvio do valor da multa, ?
ece*ão da 9aenda blica e do beneficiário de gratuidade da "usti*a, que a recol)erão ao final.
(esmo que o embargo se"a protelatório, )averá interrup*ão do prao.