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PROCESSAMENTO DA PASTA ELETROLÍTICA DE PILHAS USADAS Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) Grupo de Trabalho – revisão da resolução CONAMA 257/99 Brasília/DF Março/2004

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PROCESSAMENTO DA PASTA ELETROLÍTICA DE PILHAS USADAS

Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA)

Grupo de Trabalho – revisão da resolução CONAMA 257/99

Brasília/DFMarço/2004

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Júlio Carlos Afonso, D. ScDepartamento de Química Analítica

Instituto de QuímicaUniversidade Federal do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia – Bloco A – sala A-510Caixa Postal 68563

21949-900 Rio de Janeiro-RJTel. 2562-7538 FAX: 2562-7262

E-mail: [email protected]

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Pilhas alcalinas e de zinco/manganês após seis mesesenterradas no solo a uma profundidade média de 40 cm

(outubro 2001 a abril 2002)

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Não existem baterias ou pilhas seguras para o meio ambiente.

Cedo ou tarde o material químico que existe dentro delas acaba vazando.

Por isso, lugar de pilha velha não é no lixo comum.

Não se trata de um material que possa ser descartado sem tratamento especial.

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Pilhas falsificadas vinda da China não são somente um problema de Alfândega. É também um caso de saúde pública e um risco sério para o meio ambiente.

As pilhas fabricadas na China contém elementos tóxicos como o cádmio, mercúrio e chumbo, em elevados teores, o que contraria a resolução CONAMA 257/99.

E elas não duram muito. Muitas vazaram até dois anos antes do prazo de validade.

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Os processos de reciclagem de pilhas e baterias podem seguir três linhas distintas:

baseada em tratamento de minérios, hidrometalúrgica,pirometalúrgica.

Algumas vezes, estes processos são específicos para a reciclagem de pilhas, outras vezes, elas são recicladas juntamente com outros tipos de materiais

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Os tratamentos propostos são, na sua grande maioria, consumidores de energia e apresentam elevada corrosividade.

Há também uma forte menção ao uso de meios alcalinos (fusão alcalina, solução amoniacal, solução de base forte).

Isto parece ser devido à maior facilidade de recuperação do manganês e do zinco neste meio.

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OBJETIVOS

Tratar separadamente os componentes de uma pilha comum

Estabelecer processo que gere resíduos finais atóxicos

Conscientizar os pesquisadores do problema ambiental que é a pilha usada

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PARTE EXPERIMENTAL - Matérias-primas

Foram utilizadas pilhas Zn/MnO2 e alcalinas do tipo “AA”,

fabricadas entre 1999 e 2001, de quatro diferentes fornecedores.

Inicialmente foi feito o desmonte manual das pilhas, visando a separação de seus componentes:

o invólucro externo (papelão e plástico, blindagem e copo de zinco), a pasta eletrolítica e o catodo.

3 experimentos realizados para cada pilha com cada agente fundente

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O desmonte manual permite separar os componentes básicos das pilhas:

o invólucro externo (papelão e plástico), a blindagem de aço, o copo de zinco, o catodo e a pasta eletrolítica.

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Tratamento da pasta eletrolítica por fusão com NaOH

Em média, 1.6g de NaOH/g de pasta eletrolítica.

600°C por 5 h.

 

1/2O2 + MnO2 + 2NaOH Na2MnO4 + H2O↑

ZnO + 2NaOH Na2ZnO2 + H2O

Após a fusão, dissolveram-se os sólidos em água destilada, à temperatura ambiente, mantendo o pH em torno de 14

(cerca de 600 mL de água para cada pasta eletrolítica tratada).

Na2ZnO2 + 2H2O Na2[Zn(OH)4]

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Procedeu-se à filtração (cadinho filtrante de vidro sinterizado sob sucção) para a separação do resíduo insolúvel, que foi lavado com NaOH (6 mol.L-1) até eliminação de zinco e manganês.

No filtrado adicionou-se, gota a gota, um agente redutor, o SO2, (solução aquosa a 6% p/p) ou Na2S2O5 (0,1 mol.L-1), até o descoramento total da solução, à temperatura ambiente com agitação ocasional.

Na2MnO4 + SO2 MnO2↓ + Na2SO4

H2O + 2Na2MnO4 + Na2S2O5 2Na2SO4 + 2MnO2↓ + 2NaOH

O precipitado de MnO2, após lavagem abundante com NaOH (até eliminação do zinco), seguido de água (até pH neutro e ausência de Na+), foi seco em estufa a 150°C por 1 h.

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O zinco em solução e nas águas de lavagem do MnO2, foi precipitado na forma de hidróxido de zinco, ajustando o pH até 7-8 com H2SO4.

O precipitado de Zn(OH)2 foi filtrado e lavado com água até que os líquidos de lavagem não apresentassem mais íons Na+ e SO4

2-, sendo a seguir seco em estufa a 150ºC por 1 h, e depois pesado como ZnO.

O efluente final foi neutralizado com H2SO4, obtendo-se um líquido incolor e sem precipitado.

O resíduo insolúvel da fusão foi totalmente dissolvido em HCl concentrado a 60oC. Na solução após resfriamento identificou-se ferro, mercúrio, níquel e chumbo.

Este resíduo corresponde, em média, a 4% p/p da massa inicial da pasta eletrolítica utilizada.

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Tratamento da pasta eletrolítica por fusão com KHSO4

4g de KHSO4/g de pasta eletrolítica.

600°C por 5 h.

O processamento da pasta eletrolítica de pilhas Zn/MnO2 exige um

comentário adicional: devido à presença do carbono, há tendência de ocorrer uma redução parcial de sulfato a sulfeto à temperatura de fusão, o que levaria à formação dos sulfetos ZnS e MnS, insolúveis em água.

Para contornar essa dificuldade, foi necessário admitir um contínuo acesso de ar a fim de reoxidar o sulfeto eventualmente formado.

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Após a fusão, dissolveram-se os sólidos em água destilada a 80oC, até a dissolução da massa fundida

(400 mL de água para cada pasta eletrolítica processada).

MnO2 + 4KHSO4 + C MnSO4 + CO2 + 2K2SO4 + 2H2O

ZnO + 2KHSO4 ZnSO4 + K2SO4 + H2O

Procedeu-se à filtração do resíduo (em papel de filtro comum), e à lavagem do mesmo até resultado negativo para manganês e zinco nas águas de lavagem.

O filtrado (mais as águas de lavagem), incolor, tinha pH na faixa de 4-5, compatível com soluções de ZnSO4 e de MnSO4.

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Esta solução foi lentamente vertida para um béquer contendo NaOH de modo que, após a mistura, o pH se mantivesse em torno de 14:

4 NaOH + ZnSO4 Na2[Zn(OH)4] + Na2SO4

MnSO4 + 2 NaOH Mn(OH)2 + Na2SO4 Mn(OH)2 + ½ O2 MnO(OH)2

O zinco foi precipitado na forma de hidróxido, por ajuste do pH até 7-8 com H2SO4.

Os precipitados obtidos sofreram os mesmos tratamentos aplicados ao procedimento da fusão com NaOH.

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O efluente final foi neutralizado com H2SO4, obtendo-se um

líquido incolor e sem precipitado.

O resíduo insolúvel da fusão foi quantitativamente dissolvido em HCl concentrado a 60oC.

Na solução após resfriamento identificou-se ferro, mercúrio, níquel e chumbo.

Este resíduo corresponde, em média, a 3% p/p da massa inicial da pasta eletrolítica utilizada.

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DADOS DE COMPOSÇÃO

A pasta eletrolítica representa, na média, cerca da metade do peso total para as pilhas Zn/MnO2,

Fato que não acontece nas pilhas alcalinas, principalmente devido à maior quantidade de invólucro externo (blindagem) nestes casos.

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PUREZA MÉDIA DO MnO2 ISOLADO APÓS AS FUSÕES DAS PASTAS

ELETROLÍTICAS

Pilha Agente fundente

Massa total de MnO2 (g)

% p/p de Mn

% p/p de Zn

Zn/MnO2

I

NaOH 5,3 99,7 0,3

  KHSO4 5,5 > 99,9 < 0,1

Zn/MnO2

II

NaOH 4,1 98,7 1,3

  KHSO4 3,9 99,7 0,3

Alcalina III

NaOH 13,6 98,9 1,1

  KHSO4 13,2 99,0 1,0

Alcalina IV

NaOH 11,6 99,7 0,3

  KHSO4 11,9 99,5 0,5 

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PUREZA MÉDIA DO ZnO ISOLADO APÓS AS FUSÕES DAS PASTAS ELETROLÍTICAS

Pilha Agente fundente

Massa total de ZnO (g)

% p/p de Zn

% p/p de Mn

Zn/MnO2

I

NaOH 1,5 99,0 1,0

  KHSO4 1,5 99,5 0,5

Zn/MnO2

II

NaOH 1,1 99,8 0,2

  KHSO4 1,0 99,8 0,2

Alcalina III

NaOH 3,0 99,1 0,9

  KHSO4 3,2 99,6 0,4

Alcalina IV

NaOH 2,8 99,4 0,6

  KHSO4 3,0 99,6 0,4

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PRESENÇA DE MANGANÊS E DE ZINCO NO RESÍDUO FINAL TOTAL NEUTRALIZADO

Pilha Agente fundente

Volume total (mL)

Zn total em solução

(mg)

Mn total em solução

(mg)Zn/MnO

INaOH 885 0,4 0,1

  KHSO4 600 1,9 < 0,1

Zn/MnO II

NaOH 910 2,9 0,4

  KHSO4 590 1,9 0,1

Alcalina III

NaOH 785 8,5 0,7

  KHSO4 625 1,5 0,2

Alcalina IV

NaOH 795 4,5 0,1

  KHSO4 595 2,5 < 0,1

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Pilhas antes da desmontagem

(acima)

Frascoscom os produtos

resultantes do processamento da pasta eletreolítica

(abaixo)

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A incineração ou aquecimento a altas temperaturas de pilhas ou baterias contendo mercúrio é desaconselhada porque podem ocorrer reações de oxi-redução que levam, pelo menos, parte do mercúrio a metal.

Mesmo com a condensação dos efluentes gasosos de saída, a pressão de vapor de mercúrio à temperatura ambiente (0,005 mg.m-3) é superior ao valor limite máximo de exposição tolerável ao ser humano.

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Por este motivo, as fusões das pastas eletrolíticas foram feitas em mufla isolada do meio laboratorial com amplo acesso de circulação externa de ar.

A concentração de mercúrio na solução ácida após tratamento do resíduo insolúvel chegou a teores médios de 460 ppm (zinco/MnO2) e 750 ppm

(alcalina).

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Os procedimentos de fusão só devem ser aplicados a pilhas sem mercúrio ou com níveis que permitem uma manipulação segura da pasta eletrolítica,

Situação esta que se espera ocorrer nas pilhas mais recentes.

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O processamento de pilhas e de baterias usadas com vistas à reciclagem de componentes é uma tarefa muito complexa do ponto de vista experimental.

O primeiro problema que se coloca é o desmonte desses materiais.

O que se tem de concreto é o desmonte mecânico por trituração e posterior separação mecânica da pasta eletrolítica ou o processamento dela como um todo.

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Embora o manganês e o zinco sejam os metais ativos principais no funcionamento das pilhas, outros metais pesados foram encontrados em pequenas quantidades;

Isso reforça a necessidade de reciclagem das pilhas ou de um tratamento ambientalmente correto;

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O tratamento de fusão permitiu o processamento diferenciado dos componentes principais da pasta eletrolítica: o manganês e o zinco.

Seus inconvenientes: - a possibilidade de liberação parcial do mercúrio no momento da fusão a alta temperatura;- a corrosividade do meio obtido após a dissolução da massa fundida;

- a exaustiva etapa de lavagem dos precipitados de MnO2 e ZnO; - o processamento da borra residual contendo os demais elementos.

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A reciclagem eficiente de pilhas ainda está longe de ser uma realidade no Brasil, onde praticamente não se tem processos em escala industrial;

O processo de reciclagem, em pelo menos uma etapa consome grande quantidade de energia e de água.

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Este fato, associado à dificuldade de desmonte e implementação de uma coleta seletiva eficaz dificulta, na atualidade, a reciclagem das pilhas e de baterias como um processo economicamente viável.

O descarte em aterros, mesmo os apropriados para a classe I (perigosos), nada mais é do que adiar o problema ambiental que representam para o futuro.

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O desenvolvimento de técnicas de reciclagem será pouco eficaz se não houver um trabalho paralelo de conscientização.

A separação das pilhas no lixo comum é um processo insalubre e faltam informações à população para que esse problema seja evitado.

Estados como o Rio de Janeiro possuem leis que garantem a coleta seletiva de pilhas e baterias, mas, infelizmente, a quantidade recuperada ainda é pequena por falta de esclarecimento da população.

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A pilha é um típico exemplo de produto tecnológico desenvolvido para proporcionar conforto e bem-estar à nossa civilização, mas que não levou em conta o período após seu consumo, isto é, o que fazer com ela a partir deste momento.

Assim, por falta de uma conscientização coletiva ambiental e ignorando os riscos inerentes, as pilhas foram, ao longo de décadas, descartadas no meio ambiente como um lixo qualquer.

Agora que existe uma clara preocupação ambiental é de se esperar que não somente se faça uma coleta seletiva e um destino final seguro, mas principalmente, se desenvolvam novas tecnologias de pilhas que sejam compatíveis com um meio ambiente mais saudável para a humanidade.

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AGRADECIMENTOS

Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro(FAPERJ) bolsas do programa Jovens Talentos Para a Ciênciabolsa de Mestrado

CAPES concessão de bolsa de Mestrado.

Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB) CNPq auxílio financeiro.