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Agência Nacional de Vigilância Sanitária GINFS/GGTES Processamento de Produtos para Saúde Luiz Carlos da Fonseca e Silva

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária

GINFS/GGTES

Processamento de Produtos para Saúde

Luiz Carlos da Fonseca e Silva

2

3

Saint Marys Hospital / Mayo Clinic Rochester, Minnesota

4

Fonte: HDR Architecture, Inc.Omaha, Nebraska, USA

5

Processo de limpeza e desinfecção ou esterilização a

ser aplicado a produto médico, que garanta a

segurança na sua utilização, incluindo controle da

qualidade em todas as suas etapas.

PROCESSAMENTO DEPRODUTOS MÉDICOS

6

Reprocessamento

Indicação

RiscosCusto

benefício

Impactos

Ambientais

7

Reprocessamento

Indicação

RiscosCusto

benefício

Impactos

Ambientais

Aspectos

técnicos

Aspectos

éticos

8

Reprocessamento

Indicação

RiscosCusto

benefício

Impactos

Ambientais

Aspectos

técnicos

Aspectos

éticos

Ocupacionais

Usuário

9

Reprocessamento

Indicação

RiscosCusto

benefício

Impactos

Ambientais

Aspectos

técnicos

Aspectos

éticos

Ocupacionais

UsuárioValor reposição

Custo processo

Capacitação

10

Reprocessamento

Indicação

RiscosCusto

benefício

Impactos

Ambientais

Aspectos

técnicos

Aspectos

éticos

Ocupacionais

UsuárioValor reposição

Custo processo

Capacitação

Matéria prima

ResíduosDanos

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SEGURANÇA DO PACIENTE

SEGURANÇA DOS PROCESSOS

FACTIBILIDADE

CUSTOS

PrincípiosPROCESSAMENTO DEARTIGOS MÉDICO-HOSPITALARES

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AORN 2006

NÃO PROCESSAR

Se o artigo não pode ser limpo;

Se a esterilidade do produto pós processamento não

pode ser demonstrada;

Se a integridade e funcionalidade do artigo não pode ser

demonstrada e a segurança para o paciente documentada;

Artigos abertos devem ser submetidos a

descontaminação antes de serem processados.

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Diferentes materiais exigem diferentes técnicas de limpeza

Alguns materiais exigem estrutura mais complexa das CME’s

para a realização do processo

PROCESSAMENTO DEARTIGOS MÉDICO-HOSPITALARES

14

Processamento

Que critérios devem ser utilizados ?

Que metodologias devem ser aceitas para cada tipo de

artigo?

Como avaliar a funcionalidade do artigo processado?

Qual o número seguro de processamentos para cada

artigo?

As CMEs e Empresas processadoras possuem estrutura

físico-funcional compatível com o processo a ser realizado?

Qual o limiar de custo que o justifica?

Custo médio 50% de um artigo novo (USA)

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Variável FAZ NÃO FAZ TOTAL

Nº % Nº % Nº %

Imersão imediata

em água/água

destilada;

detergente neutro

46 53 41 47 87 100

Limpeza Manual

dos Lúmens com

escova própria49 56 38 44 87 100

Limpeza

Automatizada 26 30 61 70 87 100

Avaliação da Limpeza dos Instrumentais e óticas após procedimento cirúrgico em CME e Bloco

Cirúrgico .

Serviços de Saúde que apresentaram casos de infecção por micobactérias, Brasil , 2008

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Variável FAZ NÃO FAZ TOTAL

Nº % Nº % Nº %

Instrumentais são

desmontadosantes da imersão no

esterilizante

23 26 64 74 87 100

Lúmens são preenchidos com auxílio de seringa

26 30 61 70 87 100

Avaliação da Limpeza dos Instrumentais e óticas após procedimento cirúrgico em CME e Bloco

Cirúrgico .

Serviços de Saúde que apresentaram casos de infecção por micobactérias, Brasil , 2008

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A N V I S A

Órgão regulamentador do sistema de

saúde, no desempenho da ação fiscalizadora,

quanto a adequação das condições do

ambiente onde se processa a atividade e a

existência de instalações e equipamentos,

indispensáveis e condizentes com as suas

finalidades, baseada no controle dos riscos

associados.

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BASE NORMATIVA ATUAL

RDC/ANVISA nº 156, de 11 de agosto de 2006

Dispõe sobre o registro, rotulagem e reprocessamento de

produtos médicos, e dá outras providências;

RE/ANVISA nº2605, de 11 de agosto de 2006

Estabelece a lista de produtos médicos enquadrados como de

uso único proibidos de ser reprocessados;

RE/ANVISA nº 2606, de 11 de agosto de 2006

Dispõe sobre as diretrizes para elaboração, validação e

implantação de protocolos de reprocessamento de produtos

médicos e dá outras providências.

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Enquadramento pela Anvisa (Registro):

I. Produtos com Reprocessamento Proibido e

II. Produtos Passíveis de Reprocessamento

Tipo I “Proibido Reprocessar”

Tipo II facultado o termo “O fabricante recomenda Uso

Único”

Protocolos segundo RE

Terceirização: auditoria da contratada

Proibição da comercialização de produtos reprocessados

Prazo: 365 dias

RDC ANVISA nº 156, de 11 de agosto de 2006

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Estabelece a lista de produtos médicos enquadrados como

de uso único proibidos de ser reprocessados.

Bisturi para laparoscopia com fonte geradora

de energia, para corte ou coagulação com

aspiração e irrigação;

Lâmina de Shaver com diâmetro interno menor

que 3mm;

Trocarte não desmontável com válvula de

qualquer diâmetro;

RE ANVISA nº 2605, de 11 de agosto de 2006

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I. Análise e pré-seleção dos produtos a serem processados;

II. Elaboração de protocolo teste para cada marca e tipo de

produto selecionado;

III. Avaliação dos resultados da aplicação do protocolo teste;

IV. Elaboração do protocolo de processamento;

V. Capacitação da equipe para implantação do protocolo;

VI. Monitoramento da implantação do protocolo de

processamento;

VII. Monitoramento dos eventos adversos associados ao uso do

produto processado;

VIII. Monitoramento do descarte do produto processado; e

IX. Revisão do protocolo de processamento.

RE ANVISA nº 2606, de 11 de agosto de 2006

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Sonda de Dormia Fio Guia de Angioplastia

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Fio guia teflonado Introdutor

26

Cautério Otorrino Introdutor

27

28

Fissuras

Latex

Latex com Biofilme

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Nova Proposta

Regulatória

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

GINFS/GGTES

Consulta Pública nº 34 de 4 de junho de 2009

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Abrangência

Art. 3º. Este Regulamento se aplica aos Centros de Material e

Esterilização - CME dos serviços de saúde públicos e privados,

civis e militares e às empresas processadoras, envolvidos direta

ou indiretamente no processamento de produtos para saúde.

Parágrafo único: Excluem-se do escopo desse regulamento o

processamento de produtos para saúde realizados em

consultórios odontológicos, consultórios individualizados e não

vinculados a serviços de saúde, unidades de processamento de

endoscópios e serviços de assistência veterinária. Os três

primeiros serão objeto de regulamentação específica.

Consulta Pública 34/2009

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Objetivo

Art. 2º. Este Regulamento tem o objetivo de estabelecer os

requisitos para funcionamento dos serviços que realizam o

processamento de produtos para a saúde, incluindo instrumental

cirúrgico, visando à segurança do paciente e dos profissionais

envolvidos.

Consulta Pública 34/2009

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Responsabilidades

Art. 6º. A responsabilidade pelo processamento dos produtos para

saúde, dentro de um serviço de saúde é do Responsável Técnico

do serviço ou autoridade equivalente.

Art. 7º. O serviço de saúde com CME classe II deve formar um

Comitê de Processamento de Produtos para Saúde - CPPS,

composto minimamente da seguinte representação: diretoria do

serviço de saúde, responsável pelo CME, serviço de enfermagem,

equipe médica, setor de compras e da CCIH (Comissão de

Controle de Infecção Hospitalar).

Consulta Pública 34/2009

34

Responsabilidades

Art. 18. O processamento dos produtos para saúde pode ser

realizado por empresa processadora desde que esta esteja

regularizada junto aos órgãos sanitários, conforme dispõe o art.

146 desta Resolução.

1º A terceirização do processamento dos produtos para saúde

do serviço de saúde deve ser firmado mediante contrato formal de

prestação de serviço.

2º Os produtos para saúde só podem ser encaminhados para

processamento pela empresa processadora após pré-limpeza no

serviço de saúde.

Consulta Pública 34/2009

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Responsabilidades

Art. 19. O Serviço de Saúde é co-responsável pela segurança do

processamento dos produtos para saúde, realizado por empresa

processadora por ele contratada.

Parágrafo único. O serviço de saúde é responsável solidário por

eventuais danos causados pela empresa processadora contratada no que

pertine às atividades relacionadas ao processamento dos produtos para

saúde.

Art. 20. É proibido o processamento de produtos para saúde fora do CME

e de suas unidades satélites, exceto quando realizado em empresas

processadoras, e de acordo com o Art. 18..

Consulta Pública 34/2009

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Responsabilidades

Art. 22. Todos os produtos para saúde que necessitem de processamento

antes da sua utilização e que não pertençam ao serviço de saúde, no qual

serão utilizados, devem ser encaminhados previamente ao CME desse

serviço para processamento, obedecendo ao prazo definido por este

setor.

Art. 23. Cada etapa do processamento do instrumental cirúrgico e dos

produtos para saúde deve seguir Procedimento Operacional Padrão -

POP, elaborado com base em referencial científico atualizado. Este

documento deve ser amplamente divulgado no CME e estar disponível

para consulta.

Consulta Pública 34/2009

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Teoria de Sistemas: Donabedian

Estrutura Processos de

Trabalho

RESULTADOS

Área Física Equipamentos Insumos Recursos Humanos

Procedimentos e

tecnologia aplicados

corretamente

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Estrutura

Área física compatível com o volume de processamento

da unidade

Equipamentos adequados às características dos

produtos processados

Plano de Gerenciamento dos equipamentos

Insumos : água, detergentes, instrumentos de limpeza

Profissionais capacitados e treinados para a função

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Aspectos gerais da Infra-Estrutura

Art. 52. O CME classe II deve possuir os seguintes ambientes:

I. - Sala de recepção e limpeza;

II. - Sala de preparo e esterilização;

III. - Sala de desinfecção química, quando aplicável;

IV. - Área de monitoramento do processo de esterilização;

V. - Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados

Art. 53. Para o CME classe II, é obrigatória a separação física da área de

recepção e limpeza dos produtos para saúde das demais áreas do

CME.

Consulta Pública 34/2009

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Recursos Humanos

Art. 28. O CME deve possuir, obrigatoriamente, na constituição da sua

equipe: enfermeiro e técnicos ou auxiliares de enfermagem.

Art. 29. Todas as etapas do processamento de produtos para saúde

devem ser realizadas, exclusivamente, por profissionais para os quais

estas atividades estejam regulamentadas pelos seus conselhos de

classe.

Consulta Pública 34/2009

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Recursos Humanos

Art. 30. O CME deve possuir um Profissional Responsável para a

coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de

produtos para a saúde, de acordo com competências profissionais

definidas na legislação vigente.

1º O responsável pelo CME deve ser um profissional de nível superior,

legalmente habilitado, cuja formação acadêmica, contemple disciplinas

relacionadas ao processamento de produtos para a saúde. Este

profissional deve ser preferencialmente enfermeiro, com registro ativo

junto a seu conselho de classe.

2º A atuação do responsável do CME classe II deve ser exclusiva nesta

unidade durante toda sua jornada de trabalho no serviço de saúde.

Consulta Pública 34/2009

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Recursos Humanos

Art. 31. Todas as atividades de processamento realizadas no CME devem

ser executadas por profissional capacitado e sob supervisão do

enfermeiro do CME.

Art. 32. Durante todo o período de funcionamento do CME classe II deve

haver um enfermeiro presente nesta unidade.

Consulta Pública 34/2009

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Processos de Trabalho

Relação de Produtos a serem processados

Procedimento Operacional Padrão

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Processos Operacionais

Recepção dos produtos para saúde

Limpeza

Inspeção, Preparo e Acondicionamento

Desinfecção Química

Esterilização

Monitoramento do Processo de Esterilização

Armazenamento e Distribuição

Estrutura, Conforto Térmico, Equipamentos, EPI, Processos de trabalho

Consulta Pública 34/2009

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Processos Operacionais

Transporte e Distribuição

Gerenciamento de Resíduos

Empresas Processadoras

Consulta Pública 34/2009

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Empresas Processadoras

Art. 146. A empresa processadora, para funcionar, deve requerer

Autorização de Funcionamento de Empresa junto à Anvisa e estar

regularizada perante a autoridade sanitária municipal ou estadual.

Art. 151. A empresa processadora só poderá receber para processamento

produtos regularizados na Anvisa.

Art. 153. Os produtos para saúde passíveis de processamento

encaminhados para a empresa processadora ficam sob a

responsabilidade conjunta do solicitante e do executante do serviço.

Consulta Pública 34/2009

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Empresas Processadoras

Art. 156. A empresa processadora deve firmar contrato formal de

prestação de serviço com os serviços de saúde que atende, onde

conste obrigatoriamente:

I. A relação de produtos para saúde que serão objeto do contrato;

II. A obrigatoriedade do serviço de saúde contratante em proceder a

limpeza de todos os produtos para saúde antes de encaminhá-los à

empresa.

III. A obrigatoriedade da empresa processadora de realizar todas as fases

do processamento: limpeza, inspeção, preparo e acondicionamento,

esterilização, armazenamento e devolução.

Consulta Pública 34/2009

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Agência Nacional

de Vigilância Sanitária

www.anvisa.gov.br

[email protected]

(61) 3462-4257