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8/21/2019 Processo Civil III - Eduardo Sodré - 2011.2 http://slidepdf.com/reader/full/processo-civil-iii-eduardo-sodre-20112 1/205 Direito Processual Civil III Dos Recursos Parte 1 - Teoria geral dos recursos 1. Do duplo grau de jurisdição. 2. Justificativa para existência de recursos. . !onceito. ". Princ#pio da voluntariedade. $. %inalidades dos recursos. &. Recursos vs. 'ç(es aut)no*as de i*pugnação. +. Reexa*e necess,rio. . !lassificação. . 'tos sujeitos a recursos. 1/. Ju#0o de ad*issiilidade vs. Ju#0o de *rito. 11. Pressupostos de ad*issiilidade. 12. Recurso adesivo. 1. 3feitos dos recursos. 1". 3xtensão sujetiva dos efeitos dos recursos. 1$. Desistência do recurso. 14 aula 5 1&6/62/11 1. Do duplo grau de jurisdição. 7 *uito co*u* 8ue se justifi8ue a existência dos recursos9 levando e* consideração u*a suposta exigência constitucional9 do duplo grau de jurisdição. :uitas  pessoas di0e* 8ue existe* recursos por8ue a !onstituição assegura u* duplo grau de  jurisdição. 3ssa assertiva9 e*ora esteja posta na doutrina *ajorit,ria *erece algu*as reflex(es. 3* verdade9 e* *o*ento algu* a !onstituição estaelece u* regra de exigência asoluta do duplo grau de jurisdição. ; art. $< da !%9 =>9 di0 o seguinte? @aos litigantes e* processo judicial ou ad*inistrativo9 e aos acusados e* geral9 serão assegurados o contraditArio e a*pla defesa co* os *eios e recursos a ela inerentesB. !ontraditArio e a*pla defesa são corol,rios do princ#pio do devido processo legal. 3 o art. $9 => garante a todos o contraditArio. 3ntão pode-se di0er 8ue essa garantia de contraditArio não est, excepcionada de algu*a for*a pelo texto constitucional. :as a !%9 al* de garantir o contraditArio garante ta** a a*pla defesa. Defesa a*pla não sin)ni*o de defesa irrestrita. 3xiste* então li*ites ao exerc#cio do direito de defesa. 3sse direito de defesa ser, exercido então de for*a a*pla *as oservado os li*ites existentes nas nor*as infraconstitucionais. 3sses li*ites são os *eios e recursos a ela9 a*pla defesa9 inerentes. Pode existir li*itaç(es ao exerc#cio da defesaC 3vidente*ente 8ue si*. 3x.? e* ação de desapropriação sA se pode discutir e* sede de defesa v#cio do edital9 do ato expropriatArio ou preço. sso não i*plica violação E a*pla defesa. Fos Jui0ados 3speciais !#veis não ca#vel prova  pericial e* sentido tradicional Gfor*alH. 3ssas li*itaç(es não são inconstitucionais. Da *es*a for*a 8ue você pode ter li*itaç(es 8uanto aos *eios de defesa9 você  pode ter li*itaç(es nos 8ue se refere aos recursos9 então veja9 a direito a contraditArio e a*pla defesa co* os *eios e os recursos a ela inerentes. 3ntão longe est, a !% de garantir para toda decisão o recurso. ; 8ue a !% garante 8ue você ter, direito a contraditArio e a a*pla defesa e essa a*pla defesa estar, satisfeita se for facultada a utili0ação dos *eios e o *anejo dos recursos inerentes a esta defesa. Da# se poder 1

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Direito Processual Civil III

Dos Recursos

Parte 1 - Teoria geral dos recursos

1. Do duplo grau de jurisdição. 2. Justificativa para existência de recursos. .!onceito. ". Princ#pio da voluntariedade. $. %inalidades dos recursos. &. Recursos vs.

'ç(es aut)no*as de i*pugnação. +. Reexa*e necess,rio. . !lassificação. . 'tossujeitos a recursos. 1/. Ju#0o de ad*issiilidade vs. Ju#0o de *rito. 11. Pressupostosde ad*issiilidade. 12. Recurso adesivo. 1. 3feitos dos recursos. 1". 3xtensãosujetiva dos efeitos dos recursos. 1$. Desistência do recurso.

14 aula 5 1&6/62/11

1. Do duplo grau de jurisdição.

7 *uito co*u* 8ue se justifi8ue a existência dos recursos9 levando e*consideração u*a suposta exigência constitucional9 do duplo grau de jurisdição. :uitas

 pessoas di0e* 8ue existe* recursos por8ue a !onstituição assegura u* duplo grau de jurisdição. 3ssa assertiva9 e*ora esteja posta na doutrina *ajorit,ria *erece algu*asreflex(es. 3* verdade9 e* *o*ento algu* a !onstituição estaelece u* regra deexigência asoluta do duplo grau de jurisdição.

; art. $< da !%9 =>9 di0 o seguinte? @aos litigantes e* processo judicial ouad*inistrativo9 e aos acusados e* geral9 serão assegurados o contraditArio e a*pla

defesa co* os *eios e recursos a ela inerentesB. !ontraditArio e a*pla defesa sãocorol,rios do princ#pio do devido processo legal. 3 o art. $9 => garante a todos ocontraditArio. 3ntão pode-se di0er 8ue essa garantia de contraditArio não est,excepcionada de algu*a for*a pelo texto constitucional. :as a !%9 al* de garantir ocontraditArio garante ta** a a*pla defesa.

Defesa a*pla não sin)ni*o de defesa irrestrita. 3xiste* então li*ites aoexerc#cio do direito de defesa. 3sse direito de defesa ser, exercido então de for*aa*pla *as oservado os li*ites existentes nas nor*as infraconstitucionais. 3ssesli*ites são os *eios e recursos a ela9 a*pla defesa9 inerentes. Pode existir li*itaç(es ao

exerc#cio da defesaC 3vidente*ente 8ue si*. 3x.? e* ação de desapropriação sA se podediscutir e* sede de defesa v#cio do edital9 do ato expropriatArio ou preço. sso nãoi*plica violação E a*pla defesa. Fos Jui0ados 3speciais !#veis não ca#vel prova

 pericial e* sentido tradicional Gfor*alH. 3ssas li*itaç(es não são inconstitucionais.

Da *es*a for*a 8ue você pode ter li*itaç(es 8uanto aos *eios de defesa9 você pode ter li*itaç(es nos 8ue se refere aos recursos9 então veja9 a direito a contraditArio ea*pla defesa co* os *eios e os recursos a ela inerentes. 3ntão longe est, a !% degarantir para toda decisão o recurso. ; 8ue a !% garante 8ue você ter, direito acontraditArio e a a*pla defesa e essa a*pla defesa estar, satisfeita se for facultada autili0ação dos *eios e o *anejo dos recursos inerentes a esta defesa. Da# se poder

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afir*ar 8ue não existe u* princ#pio constitucional do duplo grau de jurisdição e 8ue9 portanto9 poderão existir situaç(es e* 8ue se ter, u* decisão se* 8ue se tenIa9contudo9 a possiilidade de recorrer.

; recurso u*a regra geral 8ue ser, aplic,vel a *ais de $ das situaç(es e*

8ue proferida u*a decisão9 origin,ria9 se possa i*pugnar essa decisão para oter do poder Judici,rio u*a outra *anifestação9 8ue se dar, no julga*ento de u* recurso. :asessa regra geral não asoluta. ' prApria !% j, tra0 situação e* 8ue não I,

 possiilidade de recurso. ' !% prevê a existência do KT% e prevê de*andas deco*petência origin,ria do KT%. Ke eu tenIo u* processo cuja co*petência do

 plen,rio do KT%9 esse processo vai ser julgado e* pri*eira oportunidade pelo conjuntode *inistros 8ue co*p(e* o KT%. Por exe*plo9 o :K contra ato do presidente darepLlica. Dessa decisão do pleno do KT% não caer, recurso.

' !%9 então9 j, nos tra0 u*a IipAtese e* 8ue não I, o duplo grau de jurisdição.Ke Iouvesse no art. $<9 nor*a 8ue autori0asse a conclusão e* torno da existência doduplo grau de jurisdição constitucional9 se esse art. $<9 => da !% autori0asse a condiçãode existência de u* princ#pio constitucional do duplo grau de jurisdição9 nAsteria*osinconstitucionalidade de prAprias nor*as constitucionais9 por8ue não poss#vel 8ue notexto constitucional se tenIa contrariedade a cl,usulas ptreas.

' regra 8ue se tenIa possiilidade de utili0ação do recurso. 3ssa u*a regrageral 8ue poder, sofrer exceç(es. ' !% pode excepcionar a si *es*o e dentro da !%existe* graus Iier,r8uicos de nor*as.

M*a situação interessante est, na lei de execuç(es fiscais G=ei &/6/H. 3ssa lei9no art. "9 di0 8ue nas execuç(es fiscais de valor at $/ ;TFs não cae recurso parainstNncia superior9 o Triunal de Justiça ou TR%. $/ ;TFs Ioje e8uivale* aaproxi*ada*ente $// reais. Ko*ente os e*argos infringentes seria* ca#veis nessecaso9 para o prAprio jui0 da causa e esse jui0 da causa julga a execução9 julga o recursocontra sua prApria execução. Fesse caso não Iouve duplo grau por8ue 8ue* julgou est,ta** apreciando o recurso. Fa dcada de / o KT% foi cIa*ado a se posicionaracerca da constitucionalidade desse art. " e declarou 8ue ele era constitucional.

' pri*eira pre*issa 8ue te*os 8ue estaelecer 8ue não I, essa garantiaconstitucional do duplo grau de jurisdição. Oue não direito asoluto de ningu*se*pre poder ascender a instNncia superior para discutir *atria j, enfrentada peloPoder Judici,rio. Ta** não direito de ningu* ter a sua pretensão exa*inada9 pelo*enos9 e* duas instNncias.

3ssa conclusão se reveste de i*portNncia i*par por dois aspectos? 1<H ningu* pode sustentar violação E !% pelo fato de não existir recurso no ordena*ento jur#dico9 por8ue o 8ue a !% assegura u*a defesa a*pla e não u*a defesa irrestrita. 3ssa defesa a*pla *as co*o tudo 8ue deli*itado9 ela vai encontrar seus exauri*entos e esse

exauri*ento da defesa est, exata*ente nos *eios e nos recursos previstos na legislação.' co*preensão ta** da inexistência do duplo grau de jurisdição vai nos per*itir a

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Direito Processual Civil III

superação de u* posiciona*ento 8ue vigorava de for*a relativa*ente tran8ila a 2/9/ anos atr,s. Processos extintos se* exa*e do *rito pode* ser julgadosoriginal*ente por triunal se co*porta* esse julga*ento. 3x.? você prop(e u*a açãode despejo. ; processo te* todas as suas fases oservadas *as o jui0 o extingue se*

exa*e do *rito. >ocê apela. Fa apelação se pode refor*ar essa sentença e conceder odespejo. ; jui0 de 1< grau não falou acerca da pretensão de despejo e o triunal vaideter*inar ou não o despejo. ; exa*e do *rito sA foi feito e* u* grau. Ke euentendesse 8ue I, u* duplo grau de jurisdição por força da !%9 o triunal9 afastando acausa de extinção do processo9 teria 8ue *andar os autos aixare*9 para 8ue a *atriafosse julgada e* u* pri*eiro grau9 novos recursos fosse* interpostos e o processoascendesse. ' 8uestão do duplo grau de jurisdição9 então9 não u*a 8uestão *era*enteacadê*ica.

Te*os 8ue estaelecer 8ue não existe u* duplo grau de jurisdição co*o princ#pio

constitucional9 *as apenas u*a regra geral e e* ci*a desse entendi*ento 8ue nAsva*os traalIar deter*inadas regras do !P! e va*os entender acerca de suaconstitucionalidade.

' doutrina *ajorit,ria não ca*inIa nessa linIa. 'lguns autores entende* 8ue u* princ#pio constitucional asoluto. ;utros autores entende* 8ue esse u* princ#pioconstitucional *as 8ue existe* outros princ#pios constitucionais9 e você teria u*a

 ponderação de valores e* deter*inadas situaç(es G%redie segue essa linIaH.

De 8ual8uer *aneira9 ou entendendo pela inexistência desse princ#pio ou

entendendo pela sua existência9 vai ser necess,rio 8ue se visuali0e nele a necessidade de*itigação dentro desse racioc#nio de ponderação de valores.

2. Justificativa para existência de recurso.

 Fão existe i*posição constitucional para o duplo grau de jurisdição *or*enteu*a i*posição de caracter#sticas asolutas. :as eu disse a vocês 8ue os recursoscorresponde* a u*a regra dentro da nossa orde* jur#dica e a pergunta 8ue ve*natural*ente a seguinte? se a !% não i*p(e a origatoriedade desse recursoQ se a !%não garante esse acesso a u*a instNncia superior9 por8ue a regra geral 8ue se tenIa

recursoC Por8ue nu*a pri*eira an,lise se vislu*ra* clara*ente efeitos negativosdesses recursos Gele tra0 consigo a *,cula do retarda*ento da decisão finalH. Ke fala*uito Ioje na necessidade de celeridade *as esses recursos acaa* funcionando co*o*ecanis*os de retarda*ento da solução final para o processo. 'inda si*9 o legisladorvai arir *ão dessa celeridade exata*ente para viaili0ar a utili0ação de recursos. Por8ue 9 então 8ue se prevêe* esses recursosC 3u diria a vocês 8ue nAs te*os "

 justificativas ,sicas para a existência de recursos?

' pri*eira di0 respeito E faliilidade Iu*ana. ; jui0 vai julgar *as ainda 8ueinvestido da jurisdição9 en8uanto representante do 3stado9 ele conserva suas

caracter#sticas de ser Iu*ano. 3 u*a das principais caracter#scticas do Io*e* aexistência de li*itaç(es 8ue lIe são prAprias. 3sse ser Iu*ano9 *es*o investido na

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função de jui09 pode errar co*o todo ser Iu*ano pode errar. 3ntão9 o legisladorreconIece a possiilidade de erro do jui0 e se I, essa possiilidade de erro9 deve Iaveru* *ecanis*o para viaili0ar a correção ou supressão dos erros. 3ntão9 a faliilidadeIu*ana a pri*eira ra0ão para justificar a existência de recursos. 'lgu* pode di0er

8ue esse u* argu*ento falIo9 por8ue9 da *es*a for*a 8ue u* jui0 pode errar9en8uanto ser Iu*ano9 ele pode ter acertado e 8ue* pode ter errado foi 8ue* julgou orecurso. sso verdade. :as a estrutura judici,ria nossa pensada de u*a *aneira tal8ue ao *enos e* tese9 a8ueles sujeitos 8ue julga* o recurso te* *enores condiç(es deerrar.

' segunda ra0ão para a existência de recursos a viaili0ação de u* segundo julga*ento por u* Argão colegiado9 co*posto por *agistrados *ais experientes e9 ao*enos e* tese9 *elIor preparados. 'gora9 8uando do segundo julga*ento9 a lide não apreciada por u* sujeito apenas9 *as por u* Argão colegiado. >ocês Ião de convir 8ue

a possiilidade de erro co*etido por u* conjunto de pessoas *enor do 8ue a possiilidade de u* erro ser co*etido por u* sujeito isolada*ente. ;sdese*argadores 8ue estão no triunal9 necessaria*ente9 detê* *ais experiência do8ue o jui0 de 1<grau9 e e* linIa de princ#pio eles estaria* e* *elIores condiç(es de

 julgar por8ue teria* u*a avaliação da sua atividade profissional9 Iaja vista as pro*oç(es a 8ue se su*eteu Gantiguidade e *ereci*ento alternada*enteH.

' terceira ra0ão para a existência de recursos o apri*ora*ento da prestação jurisdicional. ; jui0 de 1< grau est, Iierar8uica*ente vinculado ao triunal. Kua prArpiaevolução na carreira depende das avaliaç(es 8ue o triunal fa0. Kaendo o jui0 8ue a

decisão co*porta i*pugnação recursal9 e 8ue9 Iavendo essa i*pugnação9 o triunal ir,revê-la9 do ponto de vista sujetivo9 ele parte para a reali0ação de u* traalIo de*elIor 8ualidade. M*a coisa você sentenciar saendo 8ue a parte vencida

 potencial*ente ir, recorrer9 e 8ue o triunal ir, analisar a sua sentençaQ outra coisa você sentenciar saendo 8ue a8uilo ali acaa e o processo ir, para o ar8uivo.

' 8uarta ra0ão para a existência de recurso Ge talve0 essa seja sua finalidade *aisi*portanteH a de atender u*a caracter#stica prApria do ser Iu*ano9 8ue airresignação. 'travs da jurisdição se vai uscar a pacificação social. :as ineg,vel8ue 8uando o jui0 julga9 ele vai desagradar pelo *enos u* dos litigantes. 7 natural doser Iu*ano u* senti*ento de irresignação9 de insatisfação9 co* a8ueles provi*entos8ue são contr,rios aos seus interesses. :uitas ve0es o indiv#duo precisa continuar adiscutir a *atria at 8ue ele se convença do acerto da decisão. 3x.? dois vi0inIos estão

 rigando. M* deles resolve edificar u*a cIurras8ueira no *uro li*#trofe das duas propriedades. ; outro vi0inIo prop(e u*a ação de e*argos da ora e o jui0 profereu* provi*ento judicial deter*inando o e*argo da ora9 ou o desfa0i*ento da ora.3sse indiv#duo9 dificil*ente9 e* ra0ão da sentença do jui09 vai enxergar 8ue ele est,errado. 3le vai pensar logo 8ue o jui0 despreparado9 8ue ele não prestou atenção aosargu*entos 8ue ele trouxe9 8ue o jui0 não exa*inou de *aneira detida e ade8uada as

 provas9 etc. 3nfi*9 ele recorre ao triunal e a# nAs te*os o julga*ento feito por dese*argadores e a sentença *antida. J, fica *ais dif#cil ele sustentar essas ra0(es.

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3le9 então9 interp(e novos recursos e a *atria julgada no KTJ9 8ue *ante* asentençaQ depois os autos ascende* ao KT% e I, confir*ação da8uele provi*ento de 1<grau. Depois de i*pugnar e ouvir outros posiciona*entos9 natural 8ue ele v, seconvencendo 8ue algu*a coisa errada I, e 8ue não poss#vel 8ue o *undo esteja

conspirando contra ele e 8ue a8uele sua pretensão seja *es*o contr,ria ao ordena*ento jur#dico. 3ntão9 dentro do processo9 atravs dos recursos9 se te* o exerc#cio dessairresignação. Ke ela não fosse exercida dentro do processo Gendoprocessual*enteH eletransordaria para o ca*po da vida e a# nAs ter#a*os a lide extravasando o li*ite do

 processo e não alcançar#a*os a pacificação social.

3* 8ue pese* os recursos tere* o efeito negativo9 indesejado de retarda*ento daentrega da prestação jurisdicional9 eles existe* e* nossa orde* jur#dica co*o regrageral e as justificativas são essas a# apresentadas.

3. Conceito de recurso

M*a definição *uito co*u* nos livros a definição de arosa :oreira.Kegundo arosa :oreira9 @recurso o re*dio volunt,rio9 id)neo a ensejar no

 processo a refor*a9 a invalidação9 o esclareci*ento ou a integração de decisão judicial8ue se i*pugnaB.

  3sse conceito *uito utili0ado por8uanto ele consiga reunir aspectos 8uecaracteri0a* o recurso9 8uais seja*9 a voluntariedade9 a finalidade dos recursos e acaracteri0ação dos recursos co*o u* instru*ento endoprocessual9 do 8ue adv* a

diferença entre recursos e aç(es aut)no*as de i*pugnação.4. Princípio da voluntariedade.

7 o 8ue se cIa*a de voluntariedade recursal. De acordo co* o princ#pio davoluntariedade9 ningu* origado a recorrer. ' opção pelo *anejo ou não do recursofica ao talante GE vontadeQ E desejoH da parte.

Ouando se fala e* voluntariedade recursal9 se deve analisar a *atria so u* pris*a duplo? pri*eiro9 na opção 8ue a parte te* de interpor ou não o recursoQ esegundo9 se ela optar por interpor o recurso9 ela *es*o GparteH 8ue dar, li*ites ao seu

recurso. 3ntão percea*9 a parte prop)s u*a ação e pediu a condenação do ru ao paga*ento de indeni0ação por danos *ateriais ou danos *orais. ;s dois pedidos 8uefora* cu*ulativa*ente feitos fora* julgados i*procedentes. 3ssa parte pode optar pornão recorrerQ ela pode optar e* recorrer e* relação aos dois pedidosQ *as ela ta**

 pode optar por discutir apenas u* dos pedidos na via recursal.

Ouando se te* u* recurso dito instru*ento volunt,rio9 se 8uer di0er 8ue a parterecorre se 8uiser G ela 8ue* decide se vai recorrerHQ e9 optando por recorrer9 ela vaideli*itar o N*ito da irresignação recursal.

'gora9 se certo 8ue o recurso u* re*dio volunt,rio9 ta** certo 8ue esserecurso u* )nus. Por 8ue u* )nusC Por8ue a parte recorre se 8uiser. 'gora9 optando

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 por não recorrer9 ela vai arcar co* conse8ências 8ue lIe são favor,veis9 8uais seja* aconsolidação da decisão judicial 8ue foi proferida e* contrariedade aos seus interesses.Recorro se eu 8uiser. Ke eu optar por não recorrer vou ter então essa conse8ênciadesfavor,vel. ;ptei por recorrer apenas parcial*ente. >ou suportar9 então9 u*a

conse8ência 8ue *e desfavor,vel9 8ue a consolidação do provi*ento judicial9na8uilo 8ue não foi atendido pelo *eu recurso.

M*a situação 8ue constante*ente le*radas9 a seguinte? ora9 não existe*casos de recursos origatAriosC Fão existe* situaç(es e* 8ue necessaria*ente os autosascende* ao triunalC 3xiste*. 3ssas IipAteses são conIecidas co*o reexa*enecess,rio. 3 exata*ente por8ue nelas não existe a voluntariedade nAs não estare*osdiante de recurso. >ere*os *ais adiante essa *atria. '# nAs tratare*os das distinç(esdesse reexa*e necess,rio9 8ue est, no art. "+$ do !P!9 e os recursos.

. !inalidades do recurso.

Por definição9 o recurso u* re*dio volunt,rio9 id)neo a ensejar no processo arefor*a9 a invalidação9 o esclareci*ento ou a integração de decisão judicial 8ue sei*pugna. FAs te*os9 na definição9 8uatro finalidades sendo indicadas? H refor*aQ HinvalidaçãoQ H esclareci*entoQ >H integração.

Ke costu*a di0er 8ue as finalidades dos recursos se classifica* e* t#pica eat#picas. %inalidades at#picas seria* de esclareci*ento e de integração. 3las são ditasat#picas por8ue são prAprias de u* recurso espec#fico cIa*ado de e*argos de

declaração. Todos os de*ais recursos te* pA ojetivo a refor*a ou a invalidação do provi*ento judicial. Todos. ; rol de recursos est, no art. "& do !P!. 3xiste u*recurso espec#fico9 8ue contrariando o 8ue ocorre e* relação a todos os de*ais9 ele nãose presta E otenção ne* de refor*a9 ne* de invalidação. Kão os e*argos dedeclaração. ;s e*argos de declaração te* lugar 8uando se te* no provi*ento judicialo*issão9 oscuridade ou contradição. Ouando se usca o sanea*ento de u*a o*issão9nAs va*os ter u*a finalidade de integração Gco*ple*entaçãoHQ 8uando se usca osanea*ento de u*a oscuridade ou de u*a contradição nAs va*os ter u*esclareci*ento.

3ntão9 8uando se fala e* esclareci*ento e integração se est, falando e*finalidades prAprias e espec#ficas de u* Lnico recurso9 os e*argos de declaração9 da#se classificar essas finalidades co*o at#picas.

!o*o todos os de*ais recursos te* por finalidade a otenção de refor*a ou deinvalidação9 estas a# seria* finalidades t#picas.

=e*rar o prof de tratar co* vcs u* assunto i*portant#ssi*o9 ainda relacionado ,finalidade dos recursos9 8ue a indicação das situaç(es e* 8ue ocorre* refor*a ouinvalidação do provi*ento judicial. Por8ue *uito f,cil de entender as IipAteses de

esclareci*ento e de integração. Percea*9 eu tenIo u*a decisão o*issa9 eu vou fa0er ouso de e*argos de declaração e vou oter u*a finalidade at#pica 8ue a de integração.

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Direito Processual Civil III

3u tenIo u* provi*ento judicial oscuro ou contraditArio. 3u vou fa0er o uso de u*recurso espec#fico9 8ue o recurso de e*argos de declaração e vou oter oesclareci*ento 8ue consect,rio lAgico da superação dessa contradição ou dessaoscuridade.

'gora9 preciso 8ue se defina *elIor e* 8ue consiste a refor*a de u* provi*ento judicial. 7 preciso 8ue se defina *elIor e* 8ue consiste a invalidação do provi*ento judicial. 3 eu antecipo9 de logo9 8ue se certo 8ue a integração est,relacionada E o*issãoQ 8ue a oscuridade ou a contradição gera* u* esclareci*ento98uando você usca a invalidação Gou anulaçãoH9 você est, sustentando a existência9 no

 provi*ento judicial9 do 8ue se cIa*a de error in procedendo.

Pode ser 8ue não Iaja error in procedendo. Pode ser 8ue Iaja error in judicando

GiudicandoH. Ouando I, error in judicando a coisa *uda de figura e o recorrente j, não

*ais pede a anulação ou invalidaçãoQ ele usca a refor*a do provi*ento judicial.; error in procedendo9 co*o d, a entender o prAprio no*e9 não di0 respeito E

atividade de julga*ento. 3le di0 respeito E8uilo 8ue antecede o julga*ento. 3u costu*odividir esse error in procedendo e* erro no procedi*ento e erro de procedi*ento.

; erro no procedi*ento a8uele 8ue ocorre 8uando o procedi*ento não foioservadoQ o conjunto de atos processuais. KuponIa* 8ue o jui0 de deter*inado

 processo deter*ine a produção de prova pericial. ' prova pericial produ0ida. ; jui0não are vista Es partes das provas e profere u*a sentença. ; procedi*ento não foioservado. ; sujeito vai recorrer. 3le vai pedir a anulação ou a invalidação do

 julga*ento. 3le no recurso dele9 não vai precisar passar pela discussão do julga*ento.3le vai di0er *ais ou *enos assi*? @doutor9 eu não 8uero ne* discutir co*o o senIor

 julgou. ; fato 8ue eu tenIo o direito de *e *anifestar sore a prova. ; senIor não per*itiu essa *anifestação e co* isso violou o direito do contraditArio. Keu julga*entote* 8ue ser desconstitu#doB. ; prole*a no erro no procedi*ento est, no conjunto deatos processuais 8ue não foi oservado. Percea* 8ue no recurso interposto não se est,

 partindo para a an,lise do silogis*o judicial da atividade de julgar9 e* si *es*o. >ocêrecorre a# se* ne* olIar para a sentença9 se for o caso. Fesse cão ele vai pedir ainvalidação da sentença para 8ue os autos volte* ao pri*eiro grau e se tenIa a

 possiilidade dele se *anifestar acerca da per#cia.

; erro de procedi*ento não di0 respeito E inoservNncia do conjunto de atos processuais necess,rios ao julga*ento da causa. ; erro de procedi*ento di0 respeito Efor*a 8ue o ato deveria ser praticado. KuponIa* u*a ação de corança. ; oficial de

 justiça vai citar o ru. Fão encontra o ru *as encontra a esposa do ru. 3le entregacApia da petição inicial e certifica 8ue procedeu E citação não locali0ando o citandoentregando a petição inicial E sua esposa 8ue se co*pro*eteu a fa0er cIegar a contrafe o *andado ao seu esposo. Devolve o *andado aos autos e o escrivão certifica otranscurso do pra0o in albis de defesa. ; jui0 ve* e sentencia. ;ra9 se não Iouve defesa

o ato processual suse8ente9 e* se tratando de IipAtese presente no art. 1 do !P!Gda presunção de veracidadeH o ato seguinte j, seria o de sentenciar. ; procedi*ento9

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Direito Processual Civil III

e* tese foi oservado9 *as se o procedi*ento para tra*itação foi oservado9 o *es*onão se pode di0er e* relação ao procedi*ento prAprio para a pr,tica de u* ato

 processual9 8ue foi a citação. Fesse caso9 o ru revel 8ue ve* a recorrer não vai estardiscutindo a sentença. 3le vai discutir u* ato processual 8ue foi praticado anterior*ente

E sentença. De igual *aneira ele vai pedir a anulação ou invalidação do provi*ento. Fesse caso ele vai pedir a anulação da sentença para 8ue a citação seja renovada.

; 8ue I, de co*u* entre erro no procedi*ento e erro de procedi*ento 8ue nãose discute o julga*ento9 e9 portanto9 se não se discute o julga*ento não se pode pediru* rejulga*entoQ u*a refor*a.

; pedido de refor*a prAprio das IipAteses e* 8ue se i*puta ao provi*ento judicial o error in judicando. O error in judicando9 co*o d, a entender o prAprio no*e9 o erro na atividade de julgar.

; error in procedendo se d, e* relação a deter*inado ou deter*inados atos processuais ou at decorre da inoservNncia do conjunto de atos processuais. Oue*alega u* error in procedendo não est, discutindo o julga*ento9 *as si* E8uilo 8ueantecedeu o julga*ento ou at *es*o a8uilo 8ue ocorreu 8uando do prAprio

 julga*ento. 7 error in procedendo9 por exe*plo9 no N*ito de triunal9 não se per*itirao advogado a sustentação oral. ; erro aconteceu no julga*ento *as não se discute oconteLdo do julga*ento. 7 diferente do 8ue ocorre no error in judicando9 8uando sediscute exata*ente a essência desse julga*ento. Da# então por8ue eu voltei E8ueleconceito de silogis*o judicial9 ainda 8ue para alguns eles esteja* superados.

; error in judicando I, 8uando se verifica u*a dessas situaç(es?

1H 8uando I, *, deli*itação dos fatos. ; jui0 deli*itou indevida*ente os fatos.; jui0 entendeu 8ue ocorreu o fato ' ou o fato 9 8uando e* verdade esses fatos nãoocorrera*9 e o 8ue se verificou foi o fato !. sso por si sA j, leva E existência de u*error in judicando. 3u vou discutir o 8ue est, dito l, na sentença ou na decisãoQ

2H 8uando o *agistrado escolIe9 no ordena*ento jur#dico9 a nor*a inaplic,vel Eespcie. 3le deveria julgar co* ase no !!9 *as julgou co* ase no !D!. sso podelevar E existência de error in judicandoQ

H 8uando escolIendo ade8uada*ente a nor*a9 e e* deli*itando os fatos9 o jui0extrai u*a conclusão indevida. 'o aplicar a nor*a aos fatos9 ele interpreta *al o direitoe co*ete o e8u#voco. 3x.? o jui0 deli*ita e* os fatos nu*a ação de repetição deindito9 escolIe ade8uada*ente a nor*a e ao aplicar a nor*a aos fatos ele extrai aconclusão de 8ue a prescrição 8in8enal9 8uando na verdade ela seria decenal.

; error in judicando u* erro 8ue vai ser apontado dentro do julga*ento. ; jui0erra in judicando 8uando ele deli*ita de for*a inade8uada os fatos9 8uando ele escolIeindevida*ente a nor*a Gse ele julga co* ase e* direito inaplic,vel E espcie ele vai

 julgar erradoH9 ou 8uando ele9 ao fa0er a susunção do fato E nor*a9 extrai conclusãoindevida.

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Direito Processual Civil III

Para concluir esse ite* $ do es8ue*a eu concluo? as finalidades do recurso?refor*a9 esclareci*ento9 esclareci*ento9 integração do provi*ento judicial. 's 2Llti*as são finalidades at#picas9 pois são prAprias dos e*argos de declaração.ntegração 8uando I, o*issãoQ esclareci*ento 8uando I, contradição ou oscuridade.

%inalidades t#picas? refor*a e invalidação Gou anulaçãoH. ; pedido de invalidaçãodecorre da existência de error in procedendo. 'o passo e* 8ue o pedido de refor*adecorre da existência de error in judicando.

7 i*portant#ssi*o diferenciar o 8ue error in procedendo do 8ue error in judicando por8ue co* ase nisso 8ue se for*ula o pedido recursal. Da *es*a for*a8ue inepta a petição inicial9 8uando o pedido não decorre logica*ente da causa de

 pedir o recurso não ser, ad*itido 8uando o pedido feito não decorre logica*ente dacausa de pedir recursal9 se você sustenta a existência de u* error in procedendo e pederefor*a do provi*ento9 seu recurso não vai ser exa*inado 8uanto ao *perito. Ke você

sustenta u* error in judicando *as pede a anulação ou invalidação evidente 8ue seurecurso ta** não ser, apreciado. Posso at apresentar error e judicando e error in

 procedendo e pedir invalidação no 8ue se refere aos errors in procedendo e refor*a no8ue se refere aos errors in judicando9 j, 8ue os pedidos recursais pode* ser cu*uladosta**9 e* car,ter eventual.

24 aula 5 216/62/11

%oi perguntado se toda ve0 8ue a discussão for processual o error in procedendo e toda ve0 8ue se esteja discutindo direito *aterial o error in judicandoC '

resposta negativa9 pois pode ter error in judicando tratando de *atria processual. 3x.?suponIa u*a sentença 8ue tenIa extinto o processo se* exa*e do *rito porreconIecer carência de ação. >ocê vai recorrer e no seu recurso você vai procurarde*onstrar a presença das condiç(es da ação9 *as esse erro u* error in judicando9 eveja* 8ue esta*os tratando de u*a sentença ter*inativa e 8ue o *rito do recurso u*a *atria processual. Fesse caso espec#fico9 o 8ue se est, discutindo o prApriosilogis*o judicial. 3* algu* *o*ento9 no ato de julgar9 o *agistrado errou ereconIeceu a carência de ação.

 Fu*a sentença 8ue exa*inou o *rito e rejeitou u*a preli*inar de carência de

ação9 o sujeito recorre para de*onstrar u*a legiti*idade passiva. 3sse pedido deleta** u* pedido de refor*a. 3le vai pedir a refor*a da8uela sentença definitiva

 para 8ue se conIeça a carência de ação e se extinga o processo se* exa*e do *rito.

3ntão não I, correlação entre direito processual e error in procedendoQ direito*aterial e error in judicando.

". #ecursos vs. $ç%es aut&no'as de i'pugnação.

3xiste* aç(es judiciais cujo ojetivo exata*ente a i*pugnação de decis(es

 judiciais. 3x.? ação rescisAria. 3ssa ação rescisAria se direciona a provi*ento judicial j, passado e* julgadoQ *andado de segurança contra ato judicialQ Iaeas corpus contra ato

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Direito Processual Civil III

 judicial. Ke você pega u*a ação rescisAria e vai fa0er u* parN*etro co* u* recursovocê nota se*elIanças entre eles. ;s dois pontos a8ui j, estudados se asse*elIa*. ;recurso o re*dio volunt,rio *as a ação aut)no*a de i*pugnação9 exe*plo da 8ual arescisAria se encaixa9 ta** u* re*dio volunt,rio. ; recurso se presta a refor*a

ou a invalidação do provi*ento judicial9 *as na ação rescisAria se usca adesconstituição da coisa julgada9 8ue u*a finalidade *uito prAxi*a de u*a anulaçãoGinvalidaçãoH ou a desconstituição da coisa julgada e u* novo julga*ento da *atria98ue u*a finalidade 8ue se asse*elIa sore*aneira E refor*a.

Oual a diferença entre u*a ação rescisAria9 *andado de segurança contra ato judicial e Iaeas corpus contra ato judicial Gdiga-se u*a ação aut)no*a de i*pugnaçãoHe u* recursoC

' diferença 8ue o recurso se*pre u* re*dio endoprocessual. ; recurso9

necessaria*ente9 vai ser interposto9 processado e julgado na *es*a relação jur#dica processual e* 8ue proferida a decisão recorrida.

Kão essas as caracter#sticas dos recursos? H recurso co*o re*dio volunt,rioQH recurso co*o tendo finalidade t#pica a de refor*a ou invalidação do provi*ento

 judicial9 e a at#pica9 de esclareci*ento ou integraçãoQ H recurso se*pre co*o re*dioendoprocessual.

(. #eexa'e necess)rio.

3xiste* situaç(es e* 8ue a decisão judicial ser, proferida e ela não transitar,

e* julgado se* 8ue Iaja a revisão da *atria pelo triunal9 ainda 8ue as partes nãotenIa* recorrido. 3ssa situação na 8ual I, este reexa*e pelo triunal9 o 8ue se cIa*ade reexa*e necess,rio9 ou reexa*e origatArio. 'lguns autores *ais antigos cIa*a* derecurso ex officio ou recurso origatArio. FAs va*os ver 8ue não I, a nature0a recursalnesse reexa*e. 3xata*ente9 e principal*ente9 por8ue carece ele da voluntariedade9

 prApria dos recursos.

' regra 8ue proferida a decisão judicial9 não Iavendo a interposição derecurso9 essa decisão judicial se consolide. ' regra 8ue se* a interposição de recurso acoisa julgada se for*a. 3ntretanto o legislador vai destacar9 e* car,ter excepcional9situaç(es nas 8uais ele entende 8ue I, u* especial interesse pLlico. 3 nessas situaç(esele vai condicionar a for*ação da coisa julgada9 a co*ple*entação da jurisdição9 Erevisão da sentença pelo triunal.

3ntão9 a regra 8ue pulicada a decisão judicial9 não Iavendo interposição derecurso9 ela transite e* julgado. 3* situaç(es espec#ficas o legislador pode estaelecera origatoriedade de reexa*e pela *atria pelo triunal9 ainda 8ue não exista recurso.3stas IipAteses são cIa*adas de reexa*e necess,rio.

's IipAteses de reexa*e necess,rio estão restritas Es situaç(es e* 8ue a %a0endaPLlica sucu*eQ e* 8ue a %a0enda pLlica tenIa sido vencida no processo. Fe*

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Direito Processual Civil III

se*pre foi assi*. 't a refor*a de 2//29 por exe*plo9 a sentença 8ue anulavacasa*ento estava sujeita a reexa*e necess,rio. !o* a refor*a de 2//2 essa IipAtese foisupri*ida.

's IipAteses de reexa*e necess,rio estão elencadas no art. "+$9 caput9 incs. e

do !P!?

Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, ão produ!ido e"eito seão depois de #o"ir$ada pelo

tri%ual, a seteça& '(edação dada pela )ei * 10.352, de 26.12.2001+

- pro"erida #otra a ião, o Estado, o /istrito ederal, o ui#pio, e as respe#tias autaruias e "udaçes

de direito p%li#o '(edação dada pela )ei * 10.352, de 26.12.2001+

- ue julgar pro#edetes, o todo ou e$ parte, os e$%argos ee#ução de dida atia da a!eda :%li#a

'art. 585, ;+. '(edação dada pela )ei * 10.352, de 26.12.2001+

< 1o =os #asos preistos este artigo, o jui! ordeará a re$essa dos autos ao tri%ual, >aja ou ão apelação

ão o "a!edo, deerá o presidete do tri%ual ao#á-los. '#ludo pela )ei * 10.352, de 26.12.2001+

< 2o =ão se apli#a o disposto este artigo se$pre ue a #odeação, ou o direito #otroertido, "or de alor

#erto ão e#edete a 60 'sesseta+ salários $i$os, %e$ #o$o o #aso de pro#ed?#ia dos e$%argos do deedor

a ee#ução de dida atia do $es$o alor. '#ludo pela )ei * 10.352, de 26.12.2001+

< 3o @a$%$ ão se apli#a o disposto este artigo uado a seteça estier "udada e$ jurisprud?#ia do

pleário do Bupre$o @ri%ual ederal ou e$ s$ula deste @ri%ual ou do tri%ual superior #o$petete. '#ludo

pela )ei * 10.352, de 26.12.2001+

;eja$ ue estas >ipCteses pode$ ser siteti!adas da seguite $aeira& seteças

pro"eridas #otra a a!eda :%li#a. Bituaçes as uais a a!eda :%li#a e#ida, as uais

ela su#u$%ete.

Eu gostaria de "a!er algu$as o%seraçes uato s >ipCteses de reea$e. Dolo#a$os

aui o seguite uadro& e#ida a a!eda :%li#a, de regra, >á a eig?#ia do reea$e

e#essário. $a uestão ue pode ser tra!ida a seguite& ora, ual a utilidade práti#a do i#.

do art. 475 =ão estaria ele a%ragido pelo i#. E$ #i$a do i#. a doutria e a

 jurisprud?#ia "or$ara$ etedi$eto de sC >á reea$e e#essário e$ e$%argos ee#ução

"is#al. Fu seja, se a a!eda :%li#a "oi e#ida e$ e$%argos ee#ução de outra ature!a ão

>aerá o reea$e e#essário. :or ee$plo, o#? ajui!ou u$a ee#ução #otra a a!eda

:%li#a. A a!eda :%li#a e$%argou a sua ee#ução. Be esses e$%argos "ore$ rejeitados ão

>á reea$e e#essário.

:er#e%e$, se >á u$ i#iso espe#"i#o #uidado do reea$e e#essário e$ sede de

e$%argos, >á de se eteder ue essa or$a espe#i"i#a o regra$eto da $atria uato a

e$%argos. =ão >á iutilidade o i#iso do art. 475. E$ erdade o i#iso do art. 475 te$

alor por auilo ue ele ão di!. Be ele di! ue e$%argos ee#ução "is#al os uais restare$

e#ida a a!eda, >á reea$e, a #otrário seso, as de$ais >ipCteses de e$%argos

ee#ução, se a a!eda "or e#ida, ão >á o reea$e.

A #ir#ustG#ia da seteça estar sujeita a reea$e e#essário ão sigi"i#a ue a

a!eda ão possa ou ão dea re#orrer. Be o #otedo da de#isão AHIHD, a a!eda podere#orrer e$ relação a todo proi$eto judi#ial. Etão ão >á espaço para o reea$e

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Direito Processual Civil III

e#essário. Be o re#urso da a!eda "or iad$itido aida assi$ todo o #otedo da seteça

será ea$iado, agora por "orça do reea$e e#essário. Be a a!eda re#orre dos potos AHI

o reea$e e#essário i#ide so%re D. $agie a >ipCtese e$ ue a a!eda te>a sido

#odeada ao paga$eto de (J 200 $il. Ela re#orre de tudo $eos do #aptulo ue #uidou

dos >oorários ado#at#ios, ue "ora$ "iados e$ 20K. :ode ser ue o tri%ual #o>eça do

re#urso da a!eda e l>e egue proi$eto e$ sua totalidade, $as aida si$ re"or$e a

seteça para redu!ir os >oorários a 10K.

Etão, o reea$e e#essário ai per$itir ao tri%ual ree"retar todos os potos do

proi$eto judi#ial da seteça ue são des"aoráeis a!eda :%li#a. Be a a!eda :%li#a

tee u$ re#urso total e esse re#urso "oi total$ete #o>e#ido, ão "i#ou espaço para o

reea$e. as re o re#urso ão "oi #o>e#ido o reea$e l>e supre a "alta, e se o re#urso "oi

par#ial, auilo ue ão "oi o%jeto de deolutiidade ao tri%ual por "orça do re#urso, ai ser

ea$iado pelo tri%ual por "orça do reea$e.

=ada i$pede ue a legislação etraagate >aja outras >ipCteses de reea$ee#essário. :or ee$plo, e$ sede de $adado de seguraça >á reea$e e#essário toda e!

ue te>a sido #o#edida a seguraça. :er#e%a$, se a seguraça está sedo #o#edida ue

está sedo e#ida a a!eda :%li#a. =a ação popular >á u$a >ipCtese iteressate de

reea$e e#essário toda e! ue a ação popular julgada i$pro#edete ou etita se$

ea$e de $rito. Be algu$ aju!a u$a ação popular, ao $eos e$ tese esse sujeito está

%us#ado preserar o iteresse p%li#o. Be a ação popular i$pro#edete se a ação popular

etita se$ ea$e do $rito, pode ser ue auela seteça esteja #otrariado o iteresse

p%li#o. /a porue o legislador esta%ele#e u$ reea$e e#essário ao ierso.

Bo$ete está sujeito a reea$e e#essário seteça. F #aput do art 475 #laro& LArt.

475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, ão produ!ido e"eito seão depois de

#o"ir$ada pelo tri%ual, a seteça&M...NO

:ode ser ue o#? te>a proi$etos judi#iais outros pro"eridos e$ des"aor da a!eda

:%li#a, e$ situaçes tão ou $ais graosas. @odaia, isso a ão lea a reea$e. E.& supo>a

u$ $adado de seguraça i$petrado #otra ato do goerador do Estado. Esse $adado de

seguraça de #o$pet?#ia origiária do pleário do @ri%ual de Pustiça. Ele ai ser julgado

por $eio de u$ a#Crdão. Esse a#Crdão pode ser pro"erido e$ desatedi$eto tese tra!ida

pela a!eda :%li#a. A a!eda :%li#a, etão, esse ee$plo >ipotti#o restou su#u$%ete.

Aida ue este a#Crdão "aça as e!es de u$ seteça, já ue a pri$eira $ai"estação do

Estado a#er#a dauela lide, ão >aerá reea$e e#essário. Ao logo do pro#esso pode$ ser

pro"eridas diersas de#ises iterlo#utCrias e e$ u$a dessas de#ises iterlo#utCrias i#lusie,

pode selar a sorte da a!eda :%li#a o pro#esso. Aida assi$ ão >aerá reea$e

e#essário. Qaerá se$pre a possi%ilidade do re#urso olutário $as do reea$e e#essário,

ão. E.Qá u$a seteça ue julgou pro#edete os pedidos A e I e julgou D i$pro#edete. F

parti#ular re#orre do julga$eto do pedido D e o tri%ual re"or$a a seteça e agora julga

pro#edete o pedido D. =ão >aerá reea$e e#essário e$ relação e esse julga$eto do

tri%ual poruato esse julga$eto está se dado e$ sede de a#Crdão ou e$ de#isão

$oo#ráti#a do tri%ual, ue, a literalidade da lei, ão #orrespode$ a seteça.

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Direito Processual Civil III

Bo$ete seteças estão sujeitas ao reea$e e#essário. :er#e%a$ ue o reea$e

e#essário e#eção, e #o$o e#eção, a sua i#id?#ia dee ser iterpretada e$ #aráter

restritio.

Do$ a re"or$a de 2002, duas situaçes "ora$ $itigadas, e$ $atria de reea$e

e#essário. =essas 2 situaçes e$ ue a a!eda :%li#a "oi e#ida ão >aerá reea$e, sãoelas& 1+ uado a epressão e#oR$i#a da derrota eperi$etada pela a!eda :%li#a ão "or

sigi"i#atia 2+ uado >ouer redu!ida pro%a%ilidade de re"or$a do proi$eto judi#ial.

Essa pri$eira >ipCtese está preista o <2* do art. 475, i er%is&

< 2o =ão se apli#a o disposto este artigo se$pre ue a #odeação, ou o direito #otroertido, for de valor

certo  não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos , %e$ #o$o o #aso de pro#ed?#ia dos e$%argos do

deedor a ee#ução de dida atia do $es$o alor. '#ludo pela )ei * 10.352, de 26.12.2001+

Esse <2* tra! 3 situaçes espe#"i#as& a+ #odeação i$posta a!eda e$ alor ão

superior a 60 salários $i$os. A a!eda ai a ju!o e reuer u$a idei!ação da ião oalor de 100 $il. Be a ião "or #odeada ao paga$eto de 100 $il, >aerá o reea$e

e#essário. Be esse pedido "or julgado par#ial$ete pro#edete e a ião "or #odeada ao

paga$eto de 20 $il, ão >aerá o reea$e %+ lide de alor e#oR$i#o #erto, ão e#edete

a 60 salários $i$os. Aui ão se "ala $ais e$ #odeação. Be "ala da >ipCtese e$ ue

possel deli$itar o #otedo e#oR$i#o da lide e a"ir$ar ue esse #otedo e#oR$i#o ão

e#ede a 60 salários $i$os. $agie algu$ ue te>a ajui!ado u$a ação aulatCria de u$

auto de i"ração "is#al, e o alor dauele auto de i"ração "is#al seja de 25 $il e esta ação

aulatCria julgada pro#edete. :er#e%a$ ue >á a u$ alor #erto e u$a su#u$%?#ia da

a!eda :%li#a, se$ ue, #otudo, te>a >aido ualuer #odeação. =esse #aso ta$%$

ão >aerá reea$e e#essário #+ a pro#ed?#ia do e$%argo ee#ução "is#al uado o alor

do ee#utio "is#al ão e#ede a 60 salários $i$os. Fra, se o e$%argo pro#edete, o todo

ou e$ parte, $as o alor da ee#ução ão supera a 60 salários $i$os, por #oseS?#ia, o

#otedo e#oR$i#o da derrota ta$%$ ão ultrapassa os 60 salários.

Essas >ipCteses preistas o <2* do art. 475 pode$ ser assi$ siteti!adas& #asos e$

ue o #otedo e#oR$i#o da su#u$%?#ia ão supere a 60 salários $i$os.

/etro desta li>a, os PEs os Pui!ados Espe#iais de a!eda :%li#a ão >á reea$e

e#essário, porue esses jui!ados sC >á #ausas de alor at 60 salários $i$os. sto está o

art. 13 da )ei 10.259T2001.

A seguda >ipCtese de su#u$%?#ia da a!eda :%li#a se$ ue >aja reea$e

e#essário di! respeito s situaçes as uais se reela i$proáel a re"or$a da seteça.

Uuado ue se reela i$proáel a re"or$a da seteça Uuado essa seteça pro"erida

e$ #osoG#ia a jurisprud?#ia dos tri%uais superiores 'art. 475, <3*+

< 3o @a$%$ ão se apli#a o disposto este artigo uado a seteça estier "udada e$ jurisprud?#ia

do pleário do Bupre$o @ri%ual ederal ou e$ s$ula deste @ri%ual ou do tri%ual superior #o$petete.

@a$%$ ão terá reea$e e#essário uado a seteça estier lastreada e$ s$ula

do B@, e$ s$ula do tri%ual superior #o$petete 'o osso #aso do pro#esso #iil, o B@P+, oue$ jurisprud?#ia do pleário do B@.

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Direito Processual Civil III

:or $aior ue seja o alor da #ausa, se a seteça está #au#ada e$ s$ula do B@, do

B@P ou e$ jurisprud?#ia do pleário do B@, ão >aerá reea$e e#essário, porue se parte

da pre$issa ue auele etedi$eto do tri%ual superior irá de ser $atido.

D>a$o a ateção de o#?s para dois aspe#tos, aida& 1*+ pode ser ue a seteça

te>a de#idido ários potos, e, e$ u$ desses potos eista lastro su$ulado. E.& a situação>ipotti#a ue o pedido 1 "oi julgado #o$ %ase e$ s$ula #otra a a!eda :%li#a. F

reea$e #otiua >aedo e ele ai se operar e$ relação ao pedido 2 2*+ o "ato de se supri$ir

o reea$e e#essário ão sigi"i#a ue a a!eda :%li#a ão possa "a!er uso de re#urso

olutário. =ão >á o reea$e o%rigatCrio $as a "a!eda p%li#a pode laçar $ão do re#urso

olutário #a%el.

F reea$e e#essário ão re#urso. F reea$e e#essário ão re#urso pois l>e "alta

a olutariedade, ue #ara#tersti#a dos re#ursos. =o reea$e e#essário essa

olutariedade ão se eri"i#a ela ão se opera.

:oder-se-ia uestioar o seguite& ual a ature!a jurdi#a do reea$e e#essário Eu

diria a o#?s ue o reea$e e#essário u$ #o$ple$eto de jurisdição. F reea$e

e#essário u$a #odição e#essária "or$ação da #oisa julgada. BC está per"eita a prestação

 jurisdi#ioal uado >á o reea$e as >ipCteses de reea$e. BC >á "or$ação de #oisa julgada,

os #asos para os uais a lei pre? o reea$e, uado este reea$e "or "eito. @ato assi$,

ue a $atria de reea$e e#essário está des#ri$iado a seção atiete #oisa julgada. Be a

$atria "osse atiete a re#urso ela estaria o liro prCprio de re#ursos.

$a epressão ue pode ser e#otrada e$ liros, e ue euio#ada, ue o

reea$e e#essário seria u$a #odição de e"i#á#ia do proi$eto judi#ial. Esta assertia searri$a u$ ea$e si$plista do #aput do art.475, ue di!& LEstá sujeita ao duplo grau de

 jurisdição, ão produ!ido e"eito seão depois de #o"ir$ada pelo tri%ual, a seteça&O

Esse ra#io#io "also, pois >á #asos e$ ue >á reea$e e a seteça produ! e"eitos,

%asta ue o re#urso olutário ão tiesse e"eito suspesio. V o #aso do $adado de

seguraça, por ee$plo. :ro"erida u$a seteça #o#essia de seguraça, ela se e#otra

sujeita a u$ reea$e $as, euato esse reea$e ão "or "eito auela seteça ai ser

#u$prida.

*. Classificação dos recursos.

 FAs te*os diversas classificaç(es de recursos e eu vou procurar tratar co* vocêsda8uelas 8ue são *ais co*uns.

' pri*eira delas 8uando E extensão. Ouanto E extensão os recursos sãoclassificados e* recursos totais Gou plenosH e recursos parciais.

; recurso total Gou plenoH a8uele no 8ual a parte i*pugna tudo 8ue poderia serojeto de recurso.

; recurso parcial a8uele no 8ual a parte i*pugna apenas parcela do 8ue poderia i*pugnar.

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Direito Processual Civil III

' aju#0a contra u*a ação indeni0atAria por danos *orais. Pede 1// *il. ; jui0condena ao paga*ento dos 1// *il. recorre 8uerendo 8ue a sentença seja julgadai*procedente. 3sse recurso total. Ke ele recorresse para redu0ir de 1// *il para 2/ *ilseria u* recurso parcial.

; recurso total não a8uele 8ue direcionado contra todo o provi*ento judicial.7 a8uele 8ue direcionado contra tudo a8uilo do provi*ento judicial 8ue poderia serojeto de i*pugnação.

' segunda classificação 8uanto E finalidade. ; recurso pode ter a finalidadet#pica9 8uando uscar a refor*a ou invalidação do provi*ento judicialQ ou at#pica9 assi*entendida co*o sendo de esclareci*ento ou integração.

' terceira classificação 8uanto E funda*entação. Ouanto E funda*entação orecurso pode ser livre ou vinculado.

; recurso de funda*entação vinculada a8uele no 8ual as *atrias pass#veis desere* suscitadas estão restritasQ estão li*itadas. 3x.? o 8ue 8ue se alega e* sede derecurso extraordin,rioC >iolação a nor*a constitucional. 3sse u* recurso defunda*entação vinculada. ; 8ue 8ue se alega e* sede de recurso especialC!ontrariedade ou negativa de vigência a lei federal. 3*argos de declaração?oscuridade9 o*issão9 contradição do provi*ento judicial. 3ntão o recurso defunda*entação vinculada a8uele cujas *atrias a sere* dedu0idas estão restritas ao8uanto especificado e* lei.

 Fo recurso de funda*entação livre a parte pode alegar 8ual8uer 8uestão 8ue noseu entendi*ento possa vir a contriuir ao atendi*ento do pedido recursal. Fu*aapelação9 por exe*plo você pode pretender discutir o reexa*e das provas9 8ual diretoaplicado E espcie9 8ual a interpretação da nor*a9 a injustiça da decisão9 8uest(esfilosAficas9 ou sociolAgicasQ pouco i*porta. ; fato 8ue a funda*entação estar, livrede 8ual8uer vinculação ou 8ual8uer deli*itação.

' regra 8ue o recurso contenIa funda*entação livre9 ressalvadas as IipAtesesexcepcionadas e* lei.

' 8uarta classificação 8uanto ao Argão julgador. Ouanto ao Argão julgador9 orecurso pode ser devolutivo prAprio9 devolutivo i*prAprio9 ou devolutivo *isto.

;s.? alguns livros vão falar e* classificação dos recursos 8uanto Edevolutividade9 ao se referire* a esse te*a.

' expressão devolutividade re*onta ao per#odo ro*ano. ;s ro*anos j, di0ia*?tantu* devolutu* 8uantu* apelatu*. Tudo a8uilo 8ue se reexa*ina est, restrito aosli*ites da8uilo 8ue foi ojeto do recurso. Fa Ro*a antiga as decis(es era* to*adas

 pelos pretores9 e se Iouvesse recurso o reexa*e seria feito pelo i*perador. ; 8ue 8ue

se tinIa? a devolutividade da8uilo 8ue j, foi decidido9 a u* Argão para exa*e.

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Direito Processual Civil III

Ouando de di0 8ue a devolutividade prApria9 se 8uer di0er 8ue o julga*ento dorecurso vai ser feito por Argão distinto da8uele 8ue proferiu a decisão recorrida. Fadevolutividade prApria o reexa*e feito por Argão distinto da8uele 8ue proferiu adecisão recorrida.

 Fa devolutividade i*prApria o prAprio Argão 8ue proferiu a decisão recorrida8ue vai apreciar o recurso. 3x.? os e*argos de declaração.

; efeito devolutivo *isto se verifica 8uando o reexa*e de d, tanto pelo *es*oArgão9 8uanto por Argão distinto. 3x.? proferida u*a sentença de i*procedência pri*afacie Gart. 2$-'H. nterposto recurso de apelação cae retratação. Ke não Iouverretratação re*ete*-se os autos ao triunal. 3sse efeito devolutivo *isto por8ue

 pri*eiro exa*ina o recurso o *es*o Argão 8ue proferiu a decisão recorridaQ nase8uência9 se per*anece ainda o ojeto para o recurso o reexa*e vai ser feito por Argão

distinto.;s.? a tur*a recursal corresponde a u* outro Argão9 e*ora co*posto por

 ju#0es de 1< grau.

' 8uinta classificação 8uanto ao ojeto. Ouanto ao ojeto o recurso pode serclassificado e* recurso ordin,rio9 e recurso extraordin,rio.

Recurso extraordin,rio a8uele no 8ual so*ente se discute o direito. Fo recursoextraordin,rio não I, espaço para o reexa*e de fatos. ; siste*a jur#dico pro#e9 e*deter*inados recursos9 8ue se tenIa a discussão e* torno dos fatos9 ou o reexa*e de

 provas.

; recurso extraordin,rio e* sentido estrito o t#pico exe*plo de recursoextraordin,rio. Fele sA se discute nor*a constitucional9 partindo-se da pre*issa de 8ueos fatos fixados na orige* ocorrera*. ; recurso especial ta** segue a *es*a linIa.

; recurso ordin,rio a8uele 8ue per*ite a discussão tanto dos fatos9 co*o dodireito.

' regra 8ue o recurso seja ordin,rio.

' sexta classificação 8uanto E relação rec#proca. Ouanto E relação rec#proca osrecursos pode* ser independentes ou adesivos.

' regra 8ue proferida a decisão judicial9 se tenIa de logo a possiilidade dea*as as partes recorrere*9 se for o caso. Recursos9 independentes.

3x.? pedido 1 e pedido 2 fora* julgados procedentes. ; pedido foi julgadoi*procedente. ; autor pode recorrer do pedido . ; ru pode recorrer e* relação ao

 pedido 1 e 2. Ke pulicada a sentença9 cada u* deles apresenta o seu recurso9 nAs te*os2 recursos independentes.

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Direito Processual Civil III

; ordena*ento jur#dico usca desesti*ular a utili0ação precipitada de recursos.; art. $// do !P! cuida de recurso adesivo. Pode ser 8ue para u* litigante a decisão

 judicial seja aceit,vel9 desde 8ue ela se consolide. Fo exe*plo supra9 o autor j, teveacolIidos os pedidos 1 e 2. 3le te* interesse 8ue o pedido fosse julgado confor*e

seus interesses. :as9 na caeça dele9 se o autor não recorrer do pedido 1 e do pedido 29seria aceit,vel o desfecIo da lide. ; legislador per*ite nas situaçãoes e* 8ue I,sucu*ência rec#proca na lide 8ue o litigante não recorra. Ke o outro ta** nãorecorrer9 passou e* julgado. 3le não recorreu por8ue se o outro não recorresse9 odesfecIo seria aceit,vel. 3ntão9 não se te* do 8ue recla*ar e tere*os o desfecIo do

 processo de for*a *ais r,pida. :as se ele não recorreu na expectativa de o outro nãorecorrer9 *as o outro recorreu9 o ordena*ento jur#dico lIe per*ite a utili0ação dorecurso adesivo.

 Fos casos de sucu*ência rec#proca9 desde 8ue Iaja per*issivo do recurso

adesivo9 8uando da resposta ao recurso interposto pela outra parte9 o sujeito pode tra0erta** o seu recurso e esse recurso cIa*a-se recurso adesivo.

; recurso adesivo a8uele 8ue interposto e* situação de sucu*ênciarec#proca9 pela parte 8ue não recorreu9 diante do recurso da outra parte9 no pra0o pararesponder.

3sse recurso adesivo cIa*ado de recurso dependente pelo fato de 8ue o *ritodele sA ser, exa*inado se o *rito do recurso principal ta** for. Ke o outro desistirdo recurso9 o recurso adesivo ta** alcançado. Ke o recurso do outro for tipo por

inte*pestivo ou deserto Ge portanto não for conIecidoH9 o recurso adesivo ta** vaiser alcançado pelo não conIeci*ento.

3ntão9 o recurso independente a8uele cujo exa*e do *rito independe daad*issiilidade de outro recurso. ; recurso adesivo a8uele cujo exa*e de *ritodepende do reconIeci*ento do exa*e do *rito do recurso principal.

+. $tos sujeitos a recurso.

nicial*ente deve*os analisar os atos de serventu,rio da justiça. ;s atos deserventu,rio da justiça co*porta* i*pugnação recursal. KuponIa* 8ue %rancisco taxista e utili0a esse t,xi para prover a susistência dele. S, u*a ação de execução e ooficial de justiça recee o *andado para penIorar tantos ens o 8uanto aste* Esatisfação do crdito. PenIora-se o t,xi e no*eia-se o exe8ente co*o deposit,rio ere*ove esse t,xi9 entregando-o ao exe8ente. ; serventu,rio da justiça praticou u* atono processo e esse ato foi lesivo aos interesses de %rancisco. !ae recurso contra esseato Gde serventu,rio da justiçaHC Fão. Fão I, recurso por8ue o ato do serventu,rio da

 justiça se*pre sujeito a revisão por parte do jui0. !ae a %rancisco não recorrer contrao ato do serventu,rio da justiça. 3le vai peticionar na execução. >ai adu0ir o por8ue deu*a eventual i*penIorailidade9 se for o caso9 o por8uê da inconveniência do ve#culo

ser re*ovido9 etc. ; Jui09 então9 vai decidir. Ouando o jui0 decidir a# si* cae*recursos.

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Direito Processual Civil III

3ntão9 os atos de serventu,rio da justiça são se*pre irrecorr#veis9 por8ue elesestarão sujeitos a u* exa*e judicial9 diante de provocação feita pelo interessado. 'pAsesse exa*e9 a# si*9 se are a via recursal.

'# parti*os para os atos judiciais.

;s despacIos são recorr#veisC ; despacIo se caracteri0a pela aixa cargavalorativa. Fão I, conteLdo decisArio significativo e* u* despacIo9 ra0ão pela 8ualnão cae recuso contra despacIo. 7 Avio 8ue a gente não vai atriuir o cai*ento derecurso pelo t#tulo dado pelo jui0. 3x.? se ele intitula despacIo *as profere ju#0o devalor nAs esta*os diante de u*a decisão interlocutAria9 e co*o tal ela deve ser tratada.

Decis(es interlocutArias j, co*eça* a ter carga valorativa. J, co*eça a ter nadecisão interlocutAria u* conteLdo decisArio. 's decis(es interlocutArias co*porta*i*pugnação recursal. Dois são os recursos ca#veis contra decis(es interlocutArias? o

agravo retido9 co*o regra9 e o agravo de instru*ento9 e* situaç(es excepcionais9consignadas no art. $22 do !P!.

3stas previs(es estão no art. $22 do !P!. ; pra0o para agravo retido e paraagravo de instru*ento de 1/ dias.

's sentenças desafia* recursos. ; recurso de regra9 ca#vel contra u*a sentença a apelação. ' regra 8ue se tenIa o recurso de apelação. ; cai*ento desse recursoest, previsto no art. $1 do !P!9 e o pra0o de 1$ dias. S,9 todavia9 outros recursosca#veis contra sentença9 tais co*o recurso ino*inado Gart. "2 da lei ./6$H. ; pra0o

do recurso ino*inado de 1/ dias. S, ainda u*a situação espec#fica e* 8ue se te*u*a sentença *as9 e* situação excepcional eu tenIo u* recurso 8ue julgado pelo

 prAprio jui0 8ue proferiu a sentença. FAs fala*os na execução fiscal de pe8ueno valor.Kão os e*argos infringentes. 3sses e*argos infringentes estão previstos no art. " dalei &/6/. ; pra0o de utili0ação desses e*argos de 1/ dias.

s ve0es a *es*a expressão utili0ada para designar *ais de u*a coisa. >ocête* u* ato judicial ta** acArdão. S, a possiilidade se u* acArdão ser produ0ido

 por *aioria e refor*ar u*a sentença de *rito. !ontra esse acArdão vai caer ta**u* recurso cIa*ado de e*argos infringentes. :as esses e*argos infringentes9

ca#veis contra acArdãos9 vão estar previstos no art. $/ do !P! e o pra0o deinterposição de 1$ dias. 3ntão você te* 2 e*argos infringentes dentro doordena*ento jur#dico? u* 8ue estrito e espec#fico Es IipAteses de execuç(es fiscaisaplicadas ao caso de execuç(es fiscais de pe8ueno valorQ e os e*argos infringentes doart. $/.

'inda contra sentença I, u* recurso 8ue pode ser interposto. ; e*argo dedeclaração u* recurso at#pico. 3le se presta ao esclareci*ento de o*issão9oscuridade ou contradição. Todo provi*ento judicial pode ser o*isso9 oscuro ou

contraditArio9 inclusive o despacIo. Da# por8ue todo e 8ual8uer provi*ento judicialdesafia e*argos de declaração.

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Direito Processual Civil III

;s e*argos de declaração estão previstos no art. $$ do !P! e o pra0o de $dias.

'inda I, u*a IipAtese de recurso contra sentença 8ue foi estudada e* direito!onstitucional? o recurso ordin,rio9 previsto no art. $9 9 do !P!9 co* pra0o de $

dias. '8uela sentença proferida e* processo no 8ual litiga de u* lado estadoestrangeiro ou organis*o internacional9 e do outro lado :unic#pio ou pessoado*iciliada no rasil. Fesse caso a co*petência de jui0 federal de 1< grau. Todavia orecurso ca#vel contra sentença de jui0 federal de 1< grau não apelação *as si* orecurso ordin,rio constitucional9 8ue ser, julgado pelo KTJ.

;s.?' recla*ação constitucional não recurso pois ela não te* a caracter#sticaendoprocessual dos recursos. 3la leva E for*ação de u*a nova relação jur#dica. 7 u*aação aut)no*a de i*pugnação.

;s recursos ca#veis contra acArdão9 al* dos e*argos infringentes contraacArdãos não unNni*es nas IipAteses do art. $/ do !P!9 são? aH recurso extraordin,rio9se Iouver violação a nor*a constitucional Gart. 1/2 9 da !%H. Pra0o de 1$ diasQ Hse Iouver violação a lei federal9 cae o recurso especial9 previsto no art. 1/$9 da !%.Pra0o de 1$ diasQ cH recurso ordin,rio9 8uando se te* u* processo de co*petênciaorigin,ria do triunal e se te* u*a denegação da segurança Gart. $9 e 9a do !P!HPra0o de 1$ diasQ dH e*argos de divergência9 no N*ito de triunais superiores98uando se te* a necessidade de unifor*i0ação do entendi*ento9 8uando I, decis(es deArgãos fracionados do triunal Gtur*as do KT%9 por exe*ploH e* sentido divergente.

Gart. $"& do !P!H. Pra0o de 1$ dias.

' decisão *onocr,tica a8uela 8ue proferida isolada*ente por *e*ro detriunal. ; recurso ca#vel contra decisão *onocr,tica o agravo interno. 3sse agravointerno cIa*ado ta** de agravinIo9 agravo si*ples9 agravo regi*ental. ' previsãoestar, espalIada na legislação. ; !P! cuida das IipAteses e* 8ue poss#vel o

 proferi*ento dessa decisão *onocr,tica. 3 cuidando da IipAtese9 ele vai di0er se caeou não cae o agravo interno. Ouando cae9 o pra0o de $ dias.

S, u*a IipAtese espec#fica na 8ual se te*9 contra decisão *onocr,tica9 a

 possiilidade de utili0ação de agravo de instru*ento. 7 a decisão da presidência ouvice-presidência do triunal 8ue nega provi*ento a recurso especial ou recursoextraordin,rio. 3ssa IipAtese est, no art. $"". ; pra0o de 1/ dias.

 Fos casos e* 8ue I, possiilidade de recurso9 esses são os recursos ca#veis eos pra0os deter*in,veis. Oue fi8ue claro 8ue sA I, recurso co* previsão legal. KA se

 pode lançar *ão de recurso se I, previsão e* lei para a utili0ação desse recurso.

4 aula 5 26/62/11

,-. Juío de ad'issi/ilidade vs. Juío de '0rito.

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Direito Processual Civil III

Todo ato de postulação feito no processo se encontra sujeito a ju#0o dead*issiilidade9 8ue prvio9 e9 so*ente se positivo for o ju#0o de ad*issiilidade 8ue se te* o ju#0o de *rito. Da# se di0er 8ue o ju#0o de ad*issiilidade prejudicial ao

 ju#0o de *rito. FAs j, cuida*os e* outras oportunidades desse ju#0o de

ad*issiilidade e* outras oportunidades9 talve0 não de for*a direta. Ouando estuda*osa petição inicial verifica*os 8ue essa petição inicial te* alguns re8uisitos9 e a ausênciade atendi*ento a esses re8uisitos leva ao indeferi*ento da petição inicial. ;indeferi*ento da petição inicial nada *ais do 8ue u* ju#0o negativo dead*issiilidade da petição inicial. Ke esse ju#0o de ad*issiilidade negativo nAstere*os o indeferi*ento da petição inicial e o *rito da petição inicial não ser, ojetode exa*e.

M*a contestação inte*pestiva vai ser desentranIada. ; reconIeci*ento dainte*pestividade da contestação corresponde a u* ju#0o negativo de ad*issiilidade da

contestação. Ke algu* 8ue não parte no processo atravessa u*a petição no processofa0endo re8ueri*entos9 e* linIa de princ#pio esse re8ueri*ento não ser, apreciado. ;

 ju#0o de ad*issiilidade est, sendo negativo. ' parte postula e* ju#0o se* assistênciade u* advogado. Kalvadas as IipAteses legais9 esse re8ueri*ento não ser, apreciado.

 FAs te*os *ais u*a ve0 u* ju#0o negativo de ad*issiilidade.

Todo ato de postulação passa por esse ju#0o de ad*issiilidade9 invariavel*ente.Ke o ju#0o de ad*issiilidade negativo9 nAs va*os ter o não exa*e do *rito da

 postulação. Ke esse ju#0o de ad*issiilidade for positivo9 a# si* o *rito ser,exa*inado. sso acontece ta** e* relação aos recursos. Todavia9 nos recursos nAs

te*os diversos pressupostos de ad*issiilidades. ' ad*issiilidade recursal *uito*ais co*pleta do 8ue ocorre e* relação aos de*ais atos processuais. Da# a necessidadede u* estudo espec#fico desses pressupostos de ad*issiilidade recursal. De logo9 eudevo di0er a vocês 8ue express(es de inad*issiilidade recursal são de todo conIecidas.; recurso @est, sendo inad*itidoBQ @nego segui*ento ao recursoBQ @nego

 processa*ento ao recursoB. Kão express(es 8ue tradu0e* u* ju#0o negativo dead*issiilidade recursal.

Ke se te* u* ju#0o positivo de ad*issiilidade recursal9 passa-se a analisar o*rito do *es*o. Da# pode-se ter o provi*ento ou i*provi*ento do recurso.

Kão pressupostos de ad*issiilidade. 7 preciso 8ue Iaja o preencIi*entodesses pressupostos. ' ausência de u* pressuposto de ad*issiilidade j, suficiente

 para 8ue o recurso não tenIa exa*e de *rito.

; ju#0o de ad*issiilidade recursal preli*inar e* relação ao ju#0o de *rito. Fão u*a prejudicial por8ue o julga*ento do ju#0o de ad*issiilidade não condicionaGvinculaH o julga*ento do ju#0o de *rito.

Ouanto aos pressupostos de ad*issiilidade9 te*os os seguintes?

Pressupostos de ad*issiilidade intr#nsecos?

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Direito Processual Civil III

Kão cIa*ados de pressupostos intr#nsecos por8ue eles são vistos na prApriarelação jur#dico-processual.

a+ !ai*ento

; cai*ento e ade8uação são tratados por *uitos autores de for*a conjunta. FAs esta*os a8ui diferenciando u*a coisa de outra. s ve0es so o t#tulo de ade8uação9nor*al*ente so o t#tulo de cai*ento. 3ssa expressão cai*ento pode ter o alcance*ais ou *enos a*plo. 3u prefiro tratar o cai*ento de for*a restrita9 sudividindo9então9 o cai*ento e* sentido lato9 no prAprio cai*ento e na ade8uação.

; recurso ca#vel 8uando o ato recorrido co*porta i*pugnação recursal. 'verificação do cai*ento nesse sentido restrito astante si*ples. 3sse ato recorr#velCKe esse ato irrecorr#vel9 o recurso inca#vel. Fa aula passada nAs fi0e*os u*aan,lise dos atos processuais e da possiilidade ou não de interposição de recursos e*

relação a esses atos.

KuponIa 8ue u* oficial de justiça penIora u* ve#culo9 no*eia o exe8entedeposit,rio e re*ove esse ve#culo. 7 u* ato processual praticado por oficial de justiça eesse ato causa grava*e E parte executada. Todavia9 nAs pondera*os na aula passada 8ueesse ato irrecorr#vel. 7 irrecorr#vel por8ue a parte dever, se insurgir perante o jui0 dacausa e a decisão adotada pelo jui0 8ue co*portar, i*pugnação recursal. *agine 8uealgu* interponIa agravo de instru*ento contra o ato do oficial de justiça 8ue no*eouo exe8ente deposit,rio. 3sse agravo de instru*ento não vai ser ad*itido por8uantofalte cai*entoQ por8uanto Iaja a irrecorriilidade do provi*ento judicial.

' an,lise do cai*ento relativa*ente si*ples. !ae recurso contra a8uele atoCKe a resposta positiva9 o recurso vai ser ca#vel. Ke a resposta negativa9 isso j, suficiente para a inad*issiilidade recursal. ; cai*ento9 então9 visto nesse sentidoestrito9 est, relacionado Lnica e exclusiva*ente E recorriilidade.

%+ 'de8uação

 Fa ade8uação nAs va*os ter a necessidade de utili0ação do recurso previsto e*lei para a IipAtese. Fão asta 8ue o ato co*porte i*pugnação via recurso. 7 preciso 8ue

a parte9 podendo recorrer9 faça uso do recurso ade8uado. Oual o recurso ade8uadoC ;recurso ade8uado a8uele para a IipAtese.

3xiste9 e* relação aos recursos9 o princ#pio da taxatividade. De acordo co* o princ#pio da taxatividade o recurso ade8uado a8uele previsto e* lei. Fão foi por outrara0ão 8ue na aula passada eu procurei elencar todos os atos pass#veis de sere*

 praticados no processo indicando a possiilidade ou a i*possiilidade de recurso e9 nocaso e* 8ue I, possiilidade de recurso9 o recurso9 e* astrato ca#vel. 3u tenIo 8uefa0er uso do recurso ade8uado e o recurso ade8uado a8uele taxativa*ente previsto e*lei. Ke eu tenIo u*a sentença e lanço *ão de u* agravo retido contra essa sentença9 o

agravo retido recurso ca#velC !a#vel . 3le inade8uado. !ai*ento di0 respeito E

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Direito Processual Civil III

recorriilidade. ' possiilidade de fa0er uso do recurso. ' ade8uação di0 respeito Eutili0ação do recurso correto.; recurso correto a8uele previsto e* lei.

Toda ade8uação vista E lu0 do princ#pio da taxatividade. Ke não I, per*issivolegal autori0ando a utili0ação de recurso por8ue esse recurso não poss#velQ por8ue

esse recurso não ade8uado. 3ssa regra da taxatividade sofre apenas u*a exceção 8uedi0 respeito aos e*argos de declaração. 'fora a exceção dos e*argos de declaração9sA ser, ade8uado o recurso se Iouver previsão e* lei para sua utili0ação.

Art. 535. Da%e$ e$%argos de de#laração uado& '(edação dada pela )ei * 8.950, de

13.12.1994+

- >ouer, a seteça ou o a#Crdão, o%s#uridade ou #otradição '(edação dada pela

)ei * 8.950, de 13.12.1994+

- "or o$itido poto so%re o ual deia prou#iar-se o jui! ou tri%ual. '(edação

dada pela )ei * 8.950, de 13.12.1994+

F art. 535 di! ue os e$%argos de de#laração são #a%eis #otra seteças e #otra

a#Crdãos. =Cs sa%e$os ue, do poto de ista jurisprude#ial, os e$%argos de de#laração

pode$ ser usados ta$%$ #otra de#ises iterlo#utCrias, pode$ ser utili!ados ta$%$

#otra de#ises $oo#ráti#as, pode$ at, eetual$ete, sere$ utili!ados #otra despa#>os.

:er#e%a$ ue a utili!ação dos e$%argos de de#laração ai para al$ das >ipCteses legal$ete

preistas o ue i$pli#a e#eção ao pri#pio da taatiidade. Fra, porue ue a regra de

taatiidade #ede espaço e$ relação aos e$%argos de de#laração :ela ature!a atpi#a dos

e$%argos de#laratCrios. Fs de$ais re#ursos sepresta$ o%teção de re"or$a ou ialidação

do proi$eto judi#ial dado e$ des"aor do iteresse da parte. E$ todos os de$ais re#ursos a"ialidade pri$eira o atedi$eto do iteresses do litigate. sso ão a#ote#e #o$ os

e$%argos de de#laração. =os e$%argos de de#laração o ue se %us#a u$ es#lare#i$eto,

u$a itegração. E$ lti$a aálise, os e$%argos de de#laração isa$ ao aper"eiçoa$eto da

prestação jurisdi#ioal ue "oi etregue. :er#e%a$ ue o iteresse da parte pode ser atigido.

Qá iteresse p%li#o e$ ue se te>a o aper"eiçoa$eto da etrega da jurisdição. Al$ desse

argu$eto, de se le$%rar ue a D garate ao litigate e$ pro#esso judi#ial ou

ad$iistratio, de#ises "uda$etadas. =ão se pode "alar o atedi$eto pleo dessa

garatia se a "uda$etação "osse laçada de "or$a #otraditCria, o$issa, ou o%s#ura.

A regra ue o re#urso adeuado auele preisto e$ lei para a >ipCtese. Esta regrade#orre do pri#pio da taatiidade re#ursal. Essa regra ai e#otrar "lei%ili!ação os

e$%argos de de#laração, leado e$ #osideração essas "ialidades atpi#as dos e$%argos de

de#laração. Fs e$%argos, de#laratCrios, etão, são #a%eis #otra ualuer proi$eto

 judi#ial.

A eig?#ia de adeuação, ue ai será a"erida #o$ %ase o pri#pio da taatiidade,

será ta$%$ relatii!ada por "orça do pri#pio da "ugi%ilidade re#ursal.

Be #erto ue o orte para eri"i#ação está o pri#pio da taatiidade, esta

adeuação so"re $itigação uado se apli#a o pri#pio da "ugi%ilidade re#ursal.

F pri#pio da "ugi%ilidade re#ursal ão e#otra preisão o D:D de 73. E#otraa

preisão o D:D de 39, o art. 810.

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Direito Processual Civil III

A "ugi%ilidade re#ursal per$ite o re#e%i$eto do re#urso iadeuado #o$o se o

re#urso adeuado "osse. Be se utili!a u$ re#urso iadeuado, a regra ue esse re#urso seja

iad$itido. @odaia, presetes os pressupostos para i#id?#ia do pri#pio da "ui%ilidade

re#ursal, esse re#urso iadeuado, ue seria iad$itido, será re#e%ido #o$o se o re#urso

adeuado "osse.

A regra uado se o%sera, ou uado se io%sera a adeuação a iad$issi%ilidade.

BC e$ situaçes e#ep#ioais ue Cs te$os a "ugi%ilidade.

A doutria apreseta os seguites reuisitos para i#id?#ia da "ugi%ilidade re#ursal&

+ #o$pati%ilidade pra!al. Ates de ualuer #oisa, eu sC posso re#e%er o re#urso

iadeuado #o$o se o adeuado "osse se ele W re#urso iadeuado W >oouer sido iterposto

o pra!o reserado ao re#urso adeuado. E.& o re#urso #a%el seria agrao e o agrao dee

ser iterposto o pra!o de de! dias. as a parte, de $aeira iadertida, iterpe u$a

apelação. F pra!o de apelação de 15 dias. Be ele iterpe a apelação o 12* dia do pra!o, já

se iia%ili!a a "ugi%ilidade re#ursal. as se ele iterpe essa apelação at o 10* dia do pra!o,

esse pri$eiro reuisito está atedido. F erro ão pode %ee"i#iar a parte #o$ a outorga de u$pra!o $aior do ue auele ue se teria para re#orrer #o$ o re#urso adeuado

+ aus?#ia de erro grosseiro 'erro es#usáel+. V e#essário ue se peruira o seguite&

>á algu$a justi"i#atia para esse erro F re#urso ideido "oi utili!ado porue F parG$etro

para eri"i#ação do erro ser ou ão es#usáel está a eist?#ia de dida o%jetia.

+ eist?#ia de dida o%jetia. F ue dida o%jetia $a situação tal a ual

>aja "udada dierg?#ia a doutria e a jurisprud?#ia, a#er#a de ual re#urso #a%el a

esp#ie. =ão %asta ue se te>a a utili!ação do re#urso i#orreto o pra!o do re#urso #orreto.

V pre#iso ta$%$ ue >aja dis#ussão a doutria a#er#a de ual re#urso #a%el a esp#ie, de

sorte ao erro ser justi"i#ado.E$ erdade, a eist?#ia de dida o%jetia #ritrio para o erro ser ou ão es#usáel.

E$, erdade a eist?#ia de dida o%jetia ão propria$ete u$ reuisito $as si$ o

ele$eto e#essário para eri"i#ação do atedi$eto da aus?#ia de erro grosseiro.

V $uito di"#il a apli#ação da "ugi%ilidade re#ursal >odiera$ete, porue o siste$a

re#ursal do D:D de 73 "oi etre$a$ete si$pli"i#ado, uado #o$parado ao D:D de 39. E ão

#o$u$ o#? e#otrar dida ou dis#ussão a#er#a de ual re#urso a ser #a%el a esp#ie,

at $es$o porue >á u$a regra de taatiidade. Qaja ista essa taatiidade re#ursal, a

apli#ação da "ugi%ilidade re#ursal se redu! %astate, porue, >aedo u$a taatiidade, "i#a

di"#il ue se te>a o ordea$eto jurdi#o essa dida o%jetia, e#essária a"erição do

re#urso iadeuado #o$o se adeuado "osse.

Es. de "ugi%ilidade re#ursal. F pri$eiro está a lei da assist?#ia judi#iária gratuita.

Be >ouer i$pugação assist?#ia judi#iária gratuita esta i$pugação autuada e$ apeso.

E essa i$pugação, ue #orrespode a u$ i#idete pro#essual, ai ser julgada por $eio de

de#isão iterlo#utCria. Be eu te>o u$a de#isão iterlo#utCria, e$ tese, o re#urso #a%el seria

agrao. F art. 17 da )ei 1.060T50 di! ue essa de#isão desa"ia re#urso de apelação.

Art. 17. Da%erá apelação das de#ises pro"eridas e$ #oseu?#ia da apli#ação desta

lei a apelação será re#e%ida so$ete o e"eito deolutio uado a seteça #o#eder o

pedido. '(edação dada pela )ei * 6.014, de 1973+

:ode-se alegar a taatiidade re#ursal para di!er ue o re#urso #a%el apelação,#o"or$e o art. supra. as >á dierg?#ia porue a lei 1060 de 1950. Uuado ela di! ue

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Direito Processual Civil III

apelação ela está se aledo das %ali!as do D:D de 1939, e o siste$a re#ursal $udo #o$ o D:D

de 73. Qá ue$ diga ue a $udaça da siste$áti#a do #Cdigo lea, de "or$a re"lea,

$udaça da dis#iplia uato a esse re#urso, e para ue >aja adeuação siste$áti#a re#ursal

oa esse re#urso de apelação ão $ais seria #a%el e deer-se-ia utili!ar o re#urso de agrao.

Futros de"ede$ ue essa alteração o siste$a or$atio do geral ão al#aça a or$a

espe#"i#a. E >á, aida, "udadas dis#usses e$ toro de ual re#urso #a%el, se agrao ou

apelação. Essa u$a tpi#a >ipCtese e$ ue >á dida o%jetia. Etão, laçado $ão de u$

agrao, ele pode ser tido #o$o apelação,ou laçado $ão de u$a apelação, se assi$ eteder

o Crgão judi#ate,ele pode ser re#o>e#ido #o$o agrao. Iasta apeas ue a #o$pati%ilidade

pra!al.

F segudo ee$plo, $uito #o$u$ o G$%ito de tri%ual superior, o#? ter de#ises

$oo#ráti#a e o sujeito e$%argar de de#laração e o e$%argo de de#laração está dire#ioado a

redis#utir a de#isão e ão de o%ter pura e si$ples$ete o saea$eto de o$issão,

#otradição ou o%s#uridade. Esses tri%uais t?$ re#e%ido os e$%argos de de#laração #o$o

agrao itero e já julga esse agrao, adiatado o pro#esso. Be auilo ali está ititulado #o$oe$%argos de de#laração $as se presta a dis#utir a de#isão, re#e%e-se etão os e$%argos de

de#laração #o$o sedo agrao itero.

#+ Kingularidade Gprinc#pio da unicidade recursalH

3la decorre do 8ue se cIa*a de princ#pio da unicidade recursal. ' singularidadeestaelece 8ue cada ato judicial desafia u* Lnico recurso. 3* outros ter*os9 osrecursos deve* ser utili0ados de for*a sucessiva e não de for*a si*ultNnea. 3u vouinterpor o recurso '9 8uando ele for julgado eu vou interpor o recurso . u*ainterposição sucessiva. 3u não posso ter u*a decisão judicial e interpor o recurso ' e orecurso contra essa decisão judicial. Ke eu tenIo a interposição de *ais de u* recursocontra a *es*a decisão9 eu vou ter a inad*issiilidade da8uele 8ue foi interposto e**o*ento suse8ente9 posterior. Para cada decisão u* recurso. Julgado esse recurso9 seo ordena*ento jur#dico per*itir9 outros serão interpostos.

S, u*a Lnica exceção a essa regra da singularidade e di0 respeito E utili0ação derecurso especial e recurso extraordin,rio. Ke o acArdão viola tanto preceitoconstitucional9 8uanto nor*a federal Iaver, a interposição si*ultNnea de recurso

especial e recurso extraordin,rio. 3ssa previsão est, no art. $"1 do !P!?Art. 541. F re#urso etraordiário e o re#urso espe#ial, os #asos preistos a

Dostituição ederal, serão iterpostos perate o presidete ou o i#e-presidete do tri%ual

re#orrido, e$ petiçes distitas, ue #oterão& '(eigorado e #o$ redação dada pela )ei *

8.950, de 13.12.1994+

- a eposição do "ato e do direito '#ludo pela )ei * 8.950, de 13.12.1994+

l - a de$ostração do #a%i$eto do re#urso iterposto '#ludo pela )ei * 8.950, de

13.12.1994+

- as ra!es do pedido de re"or$a da de#isão re#orrida. '#ludo pela )ei * 8.950, de

13.12.1994+

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Direito Processual Civil III

(essalada essa >ipCtese, #ada proi$eto judi#ial desa"ia u$ re#urso, e sedo

 julgado, pode ia%ili!ar, atras do proi$eto de outra de#isão a iterposição de outro

re#urso e assi$ su#essia$ete.

d+ =egiti*idade recursal

' legiti*idade est, posta no art. " do !P!.

Art. 499. F re#urso pode ser iterposto pela parte e#ida, pelo ter#eiro prejudi#ado e

pelo iistrio :%li#o.

< 1o Du$pre ao ter#eiro de$ostrar o eo de iterdeped?#ia etre o seu iteresse

de iterir e a relação jurdi#a su%$etida apre#iação judi#ial.

< 2o F iistrio :%li#o te$ legiti$idade para re#orrer assi$ o pro#esso e$ ue

parte, #o$o aueles e$ ue o"i#iou #o$o "is#al da lei.

F re#urso pode ser iterposto pela parte e#ida, pelo ter#eiro prejudi#ado e pelo

iistrio :%li#o. Eis os sujeitos ue det$ legiti$idade para re#orrer.

A parte, o%ia$ete pode re#orrer. F #o#eito de parte, para apreesão da

legiti$idade dee ser isto de "or$a a$pla. :arte ão ai ser so$ete autor e ru. :arte ai

ser todo auele ue postula e$ ju!o. Etão ta$%$ parte, al$ de autor e ru, ter#eiros

itereietes. A partir do $o$eto e$ ue >á itereção de ter#eiro, esse, #o$ a

itereção se troou parte. :arte, etão, para "is de legiti$idade re#ursal, autor, ru e

ter#eiros itereietes.

:ode re#orrer ta$%$ o iistrio :%li#o. F : atua #o$o parte ou #o$o #ustuslegis. Be eu te>o re"er?#ia o art. 499 do : ao lado da parte, idis#utel ue o legislador

uer a"ir$ar ue o :, aida ue atue #o$o #ustus legis, te$ legiti$idade re#ursal. F

legislador aida a"ir$a o < 2* ue o : pode re#orrer uado atue #o$o "is#al da lei. A

legiti$idade re#ursal do : a$pla. Atuado #o$o "is#al da lei, o : pode re#orrer $es$o

ue as partes ão o "aça$. E.& F : está atuado e$ #ausa a ual >á iteresse de $eor e o

$eor ão re#orre. =ada i$pede ue o : re#orra. =esse setido a s$ula 99 do B@P&

B$ula 99 do B@P& F iistrio :%li#o te$ legiti$idade para re#orrer o pro#esso e$

ue o"i#iou #o$o "is#al da lei, aida ue ão >aja re#urso da parte.

F ter#eiro algu$ ue ão "igura o pro#esso. Be o sujeito já itegra a relação

pro#essual ele ja$ais será #osiderado ter#eiro. F ter#eiro ue te$ legiti$idade para re#orrer

o ter#eiro prejudi#ado. F preju!o da parte pode se dar das $ais diersas "or$as. :ode ser

u$ preju!o $oral, e#oR$i#o, a"etio. F preju!o ue autori!a o re#urso o preju!o jurdi#o.

E.& A #o$pra u$a passage$ para :orto Beguro e se progra$a para passar o reillo o s>oX

#o$ /ural )ellis. (esera >otel, #o$pra a passage$, et#. F : prope u$a ação #iil p%li#a

e o jui! #o#ede u$a li$iar i$pedido a reali!ação desse s>oX e$ :orto Beguro. A de#isão

 judi#ial prejudi#a A Bi$. Ele ter#eiro V. Ele pode re#orrer #otra essa de#isão judi#ial =ão.

=ão pode re#orre porue o preju!o ão jurdi#o.

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Direito Processual Civil III

Qá preju!o jurdi#o, so$ete uado o ter#eiro titular de relação jurdi#a ue e$ a

ser atigida pela de#isão judi#ial. :ara re#orrer o sujeito te$ ue idi#ar a relação jurdi#a da

ual ele titular, e te$ ue $ostrar ue essa relação jurdi#a da ual ele titular, "oi atigida

pela de#isão judi#ial, #otra a ual ele se isurge. E.& A lo#a u$ i$Cel a I. I su%lo#a o i$Cel

a D. u$a eetual ação de despejo, "igura #o$o autor A e #o$o ru I. Bupo>a$ ue, por

seteça, o despejo e>a a ser #o#edido. /e#lara-se a res#isão do #otrato de lo#ação. Do$o

#ose#tário lCgi#o da etição do #otrato pri#ipal 'lo#ação+ ai estar etito o #otrato

a#essCrio 'su%lo#ação+. D ão parte a ação de despejo $as ele titular de u$a relação

 jurdi#a 'relação jurdi#a su%lo#at#ia+ ue "oi atigida pelo proi$eto judi#ial.

Etão, ão %asta #o$proar ue o iteresse da parte "oi #otrariado. =ão %asta ue se

$ostre ue a de#isão judi#ial tra! preju!o e#oR$i#o. =ão %asta ue o ter#eiro esteja

isatis"eito #o$ o #otedo da de#isão judi#ial. V pre#iso ue esse ter#eiro, uado re#orra,

idiue a relação jurdi#a da ual ele titular, e $ostre ue essa relação jurdi#a "oi atigida

pelo proi$eto judi#ial pro"erido e$ pro#esso do ual ele ão parte. Esse #o#eito de

preju!o jurdi#o e$ tudo #oi#ide #o$ o #o#eito de iteresse jurdi#o ue autori!a a

assist?#ia euato itereção de ter#eiro.

F re#urso de ter#eiro prejudi#ado , ada $ais ada $eos do ue u$a assist?#ia

ue estás sedo eer#ida o $o$eto de iterposição do re#urso. F ter#eiro prejudi#ado ue

re#orre, ada $ais do ue u$ assistete ue re#orre, e o regra$eto da assist?#ia a ele ai

se apli#ar o ue #ou%er.

e+ nteresse recursal

; interesse deve ser analisado por duplo pris*a? o pris*a da utilidade e o pris*a da necessidade. 3sse u* pressuposto 8ue visto e* *uitos livros de *aneirasi*plAria. Fão pode ser visto dessa *aneira.

; interesse utilidade se tradu0 na potencialidade do recurso tra0er enef#cio E parte no ca*po da vida. Saver, interesse utilidade toda ve0 8ue o recurso tenIa potencialidade de tra0er algu* enef#cio E parte no ca*po da vida.

'lguns autores di0e* 8ue Iaver, interesse utilidade toda ve0 8ue a parte forvencida9 ainda 8ue e* grau #nfi*o. Oual o racioc#nio? ora9 se eu fui vencedor e* tudo9

o recurso não vai *e tra0er nenIu*a utilidade no ca*po da vida por8ue eu j, tenIotudo 8ue eu 8ueria. :as se eu fui vencido9 ainda 8ue e* parcela #nfi*a9 a# eu possorecorrer9 por8ue o *eu recurso te* potencialidade de fa0er co* 8ue eu reste vencedorna8uela parcela #nfi*a e* 8ue eu fui vencido. 7 u* racioc#nio 8ue est, correto e*grande parte dos casos *as ele co*porta exceç(es. >ão existir casos e* 8ue a parte

 plena*ente vencedora *as ela te* interesse recursal. 3x.? i*agine u*a ação civil pLlica. 3la julgada i*procedente por falta de provas. Fão I, for*ação de coisa julgada. 3ra u*a ação civil pLlica 8ue 8uestionava a poluição causada por u*ae*presa. ; jui0 *andou produ0ir prova pericial. %ora* produ0idas provas e* per#cias8ue atestara* 8ue a referida e*presa não polu#a. 3ssa e*presa te* interesse de recorrer

 para alterar o funda*ento da sentença e oter u*a i*procedência e* ra0ão da

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Direito Processual Civil III

inexistência da atividade poluenteC Ki*. S, o interesse utilidade para a parte e*recorrer9 *es*o vencedora9 para alterar a sentença co* o funda*ento de inexistênciade atividade poluidora9 por8ue Iaver, a for*ação de coisa julgada e* seu favor.

Oue* total*ente vencedor pode ser 8ue tenIa interesse utilidade par afins de

recurso. S, casos e* 8ue o sujeito vencido e faltar, interesse utilidade. 3x.? sL*ula2 do KT%?

KL*ula 2 do KT%? @7 inad*iss#vel o recurso extraordin,rio9 8uando a decisãorecorrida assenta e* *ais de u* funda*ento suficiente e o recurso não arange todoselesB.

;s.? a sL*ula 2 não cuida de u* aspecto espec#fico do recursoextraordin,rio. 3la est, cuidando de *atria prApria E teoria geral dos recursos 3u

 peguei a sL*ula para *ostrar a vocês 8ue isso tão pac#fico 8ue est, su*ulado 8uanto

ao recurso extraordin,rio. :as isso se aplica a u*a apelação9 a u* agravo.

KuponIa u*a sentença 8ue tenIa sido proferida co* ase e* funda*entosaut)no*os '9 e !. ; jui0 diria? olIe9 o pedido j, procedente so*ente pelo *otivo'. :as te* o *otivo 9 e esse *otivo j, seria apto a propiciar u* julga*ento de

 procedência. 3 ainda I, o *otivo !9 e esse *otivo ! j, autori0aria a condenação do ru.; ru foi vencido e a# o ru vai recorrer. 3le ataca o funda*ento '9o 9 *as nada di0e* relação ao funda*ento !. 3sse recurso ad*iss#velC Fão. ; recurso do ru sedirige contra a decisão judicial. >a*os supor 8ue ele consiga afastar o funda*ento '9afastar o funda*ento . KA 8ue a decisão judicial 8ue lIe condenou continua sesustentando. Oual a utilidade de u* recurso 8ue não aarca todos os funda*entosaut)no*os da decisão recorridaC FenIu*a. 3ntão se você te* u*a decisão co* *aisde u* funda*ento9 e o recurso não aarca todos eles9 falta interesse recursal.

;utra situação 8ue falta interesse recursal est, posta na sL*ula 12& do KTJ?

KL*ula 12& do KTJ? @7 inad*iss#vel recurso especial9 8uando o acArdãorecorrido assenta e* funda*ento constitucional e infraconstitucional9 8ual8uer delessuficientes9 por si sA9 para *antê-lo9 e a parte vencida não *anifesta recursoextraordin,rioB.

3u tenIo u* acArdão e esse acArdão tra0 u* funda*ento constitucional e outroinfraconstitucional. Oual8uer deles9 de for*a aut)no*a9 j, seria suficiente para

 justificar a conclusão do acArdão. ' parte ve* e interp(e recurso especial para discutir ofunda*ento infraconstitucional. :as ela não interp)s recurso extraordin,rio paradiscutir o funda*ento constitucional. 3sse recurso especial não vai ser ad*itido. 'inda8ue a parte esteja coerta de ra0ão e* relação ao funda*ento infraconstitucional9 veja*8ue ainda existia u* funda*ento constitucional aut)no*o. 'inda 8ue Iaja provi*entodo recurso para afastar esse provi*ento infraconstitucional9 a decisão persiste e*

relação ao outro argu*ento.

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Direito Processual Civil III

Percea* então 8ue essa 8uestão do interesse utilidade não tão si*ples.ndependente*ente de ser vencedor ou vencido9 deve-se per8uerir a potencialidade deter enef#cios no provi*ento do recurso. Ko*ente se a resposta for positiva 8ue eu

 posso falar e* interesse na *odalidade utilidade.

3ssa IipAtese u*a IipAtese de exceção da singularidade. 3ntão ele tinIa 8ueter interposto os dois recursos si*ultanea*ente. Pulicado o acArdão9 ele deveria terinterposto os dois recursos na for*a do art. $"1. ' sL*ula di0 8ue I, 2 funda*entos.>ocê sA interp)s u* recurso você sA est, i*pugnando u* funda*ento. 'inda 8ue9 e*tese9 esse recurso seja ad*itido o acArdão vai ser *antido. Saver, preclusão parai*pugnação do funda*ento constitucional.

KuponIa 8ue o autor apresente os funda*entos '9 e !. >a*os supor 8ue eledeseje anular u*a asse*lia de condo*#nio e ele alega irregularidades na convocação9

falta de 8uoru*9 8ue I, irregularidades na condução dos traalIos. ; jui09 ao proferir asentença di0 8ue não I, irregularidades na convocação9 8ue não I, falta de 8uoru*9 edeclara nula a asse*lia por8ue entende 8ue I, irregularidades na condução dostraalIos. ; autor te* interesse para recorrerC Fão. Por8ue o e* da vida j, lIe foientregue.

 Fão asta 8ue o recurso seja Ltil. 7 necess,rio 8ue ele seja ta** necess,rio.Oue* recorre dedu0 pretensão no recurso. Ke essa pretensão 8ue est, sendo dedu0ida

 pode ser alcançada por outro *eio9 nAs esta*os diante de u* recurso inad*itido.

' ação *onitAria funciona *ais ou *enos assi*? algu* te* prova escrita deu* v#nculo origacional. 'jui0a u*a ação e o jui09 logo na pri*eira *anifestação9 seentender 8ue a8uela prova id)nea expede contra o ru u*a orde* de paga*ento da8uantia recla*ada pelo autor. ' expedição e* desfavor do ru de u*a orde* de

 paga*ento contr,ria aos interesses do ru9 e* teseC Ki*. ; 8ue 8ue esse ru pensariaC 3* recorrerC ; 8ue 8ue o ru pediria nesse recursoC Oue suspendesse aorde* en8uanto o recurso fosse julgado9 e9 8uando o recurso fosse julgado9 a orde*fosse desconstitu#da.

; procedi*ento *onitArio di0 8ue citado na ação *onitAria9 to*ando

conIeci*ento da expedição dessa orde* de paga*ento9 o ru pode e*argar a ação*onitAria no pra0o de 1$ dias. Para e*argar ele não paga nada. KA asta apresentar a petição. 3*argando a ação *onitAria9 os efeitos da orde* fica* suspensos9 e se ose*argos fore* tidos co*o procedentes9 a orde* desconstitu#da. S, u*a decisãointerlocutAria 8ue ordenou a expedição dessa orde* de paga*ento e* desfavor do ru.!o*o decisão interlocutAria 8ue 9 e* tese ela desafiaria recurso de agravo. ; ru te*interesse para justificar a interposição desse agravoC Fão. Por8ue existe noordena*ento jur#dico outro *eio 8ue não o recurso9 I,il a viaili0ar o alcance desta

 pretensão 8ue seria dedu0ida e* sede de recurso. %alta interesse necessidade.

Ke o interesse utilidade corresponde E potencialidade do recurso no ca*po davida tra0er algu* enef#cio E parte9 o interesse necessidade sA estar, presente 8uando o

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recurso for i*prescind#vel ao alcance da pretensão nele veiculada. Ke I, outro *eio no processo GendoprocessualH9 8ue não o recurso9 para viaili0ar o alcance da pretensão da parte9 esse recursão não ser, ad*itido.

"+ 'usência de causa i*peditiva ou extintiva do direito de recorrer 

' causa i*peditiva antecede a decisão judicialQ a extintiva se*pre suse8enteE decisão. 3u sA posso extinguir o direito de recorrer se esse direito e* dado *o*entosurgiu9 e ele sA vai surgir se a decisão for proferida.

Ouando 8ue I, causa i*peditiva do direito de recorrerC Ouando a parte d,causa , decisão judicial. ' decisão judicial conse8ência lAgica e direta de u*co*porta*ento adotado pela parte. 3la9 parte9 deu ensejo E8uela decisão judicial9 não

 poder, i*pugn,-la9 via recurso. Keria at u*a espcie de venire contra factu* prAprioGco*porta*ento contraditArioH. 3x.? o ru não foi citado ainda. ; autor peticiona

desistindo. ; jui0 Io*ologa a desistência e extingue o processo se* exa*e do *rito.Ke o autor desistiu9 ele não pode recorrer da sentença 8ue Io*ologou a desistência.'utor e ru apresenta* docu*ento de transação e o jui0 Io*ologa essa transação nosexatos *oldes 8ue lIe foi apresentada a transação. FenIu* deles pode recorrer. 3lesdera* causa E8uela decisão judicial. 7 preciso 8ue inexista causa i*peditiva do direitode recorrer9 sendo certo 8ue Iaver, causa i*peditiva do direito de recorrer toda ve0 e*8ue a decisão seja produto lAgico e direto de u* co*porta*ento da parte.

7 preciso ta** a ausência de causa extintiva. ' causa extintiva pressup(e 8uea decisão j, tenIa sido proferida. Savia do direito de recorrer e ele deixa de existir. Kãoduas IipAteses de causa extintiva? a renLncia ao direito de recorrer e a aceitação dadecisão judicial. ' renLncia ao direito de recorrer encontra regra*ento no art.$/2 do!P!.

'rt. $/2. @' renLncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parteB.

>ide a voluntariedade. !ae ao litigante9 então9 decidir se ir, ou não recorrer. 3ele pode si*ples*ente arir *ão desse direito9 renunciando esse direito. Ke ele renunciaa esse direito de recorrer9 posterior*ente ele não poder, fa0ê-lo. 3ssa renLnciaindepende de aceitação do outro litigante.

' aceitação da decisão judicial est, posta no art. $/ do !P!9 e ela pode serexpressa ou t,cita.

LArt. 503. A parte, ue a#eitar epressa ou ta#ita$ete a seteça ou a de#isão, ão

poderá re#orrer.

:arágra"o i#o. Dosidera-se a#eitação tá#ita a práti#a, se$ resera algu$a, de u$

ato i#o$patel #o$ a otade de re#orrer.O

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Direito Processual Civil III

A#eitação epressa auela a ual o ididuo de#lia e$ ter$os ieuo#os ue

a#eita os ter$os da de#isão judi#ial. :or ualuer ra!ão ele assi$ o "a!. A tá#ita uado, ão

a"ir$ado ue a#eita a de#isão judi#ial, ele prati#a ato i#o$patel #o$ a otade de re#orrer.

sto se$ "a!er ualuer ressala. F ru #odeado e a ele assia u$ do#u$eto de

par#ela$eto da dida #o$ o autor. Ele a#eitou ta#ita$ete a de#isão judi#ial. F re#urso ão

pode ser ad$itido.

A #ausa etitia pode #orrespoder re#ia ao direito de re#orrer 'art. 502+ ou

a#eitação epressa ou tá#ita da de#isão judi#ial 'art. 503+.

"4 aula 5 26/62/11

Pressupostos de ad*issiilidade extr#nsecos?

Kão cIa*ados de extr#nsecos por8ue são vistos independente*ente dos

ele*entos da relação jur#dico-processual.;s GdLvidas dos colegasH.? u*a decisão interlocutAria 8ue extingue parte do

 processo. Reexa*e necess,rio privilgio criado e* prol da %a0enda PLlica. Todanor*a 8ue estaelece privilgio interpretado restritiva*ente. 3sse pri*eiro aspecto.; segundo aspecto 8ue reexa*e necess,rio exceção. ' regra o trNnsito e* julgadodiante da ausência de i*pugnação da parte. Toda regra de exceção ta** se interpretarestritiva*ente. ' linIa de pensa*ento *ajorit,ria entende 8ue se o texto fala e*sentença9 so*ente as sentenças estaria* sujeitas ao reexa*e. >ocê vai encontrar

 posiciona*entos divergentes. S, 8ue* diga 8ue esses provi*entos judiciais 8ue trata*

do *rito e* cognição exauriente Gdecis(es interlocutArias aut)no*as no processoHestaria* sujeitas ta** ao reexa*e necess,rio. Ke você defender essa tese o Lnicoaspecto 8ue eu devo ponderar 8ue o reexa*e vai ter 8ue ser postergado9 por8ue não sevai ter co*o9 diante dessa interlocutAria9 *andar os autos ao triunal e i*pedir odesenvolvi*ento do processo. >ocê esperaria o sentencia*ento e o exa*e alcançarianão sA o 8ue est, nessa sentença co*o o 8ue est, na decisão interlocutAria.

S, 8ue* entenda 8ue decis(es interlocutAria9 i*pugnadas via agravo retido9 poderia* ser revistas no reexa*e9 ainda 8ue o agravo retido não tenIa sido ojeto dereiteração. Ke você te* u*a decisão interlocutAria no processo9 so pena de preclusão9

você teria 8ue fa0er u* agravo retido9 e 8uando você apela9 você teria 8ue reiterar esseagravo retido9 so pena dele não ser conIecido. ' exigência de reiteração est, no U 1< doart. $2 do !P!. !onsiderando 8ue %a0enda PLlica9 I, 8ue* defende 8ue se Iouve oagravo *as não Iouve a reiteração isso seria ojeto de reexa*e via agravo retido9 viareexa*e necess,rio. Fão parece a Kodr o posiciona*ento ade8uado9 pelas regras deIer*enêutica indicadas e ta** por u*a tendência legislativa de li*itar cada ve0*ais o reexa*e necess,rio.

g+ Te*pestividade

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Direito Processual Civil III

3xiste* pra0os para a interposição de recurso. Ke o recurso não for interpostodentro do pra0o9 previsto e* lei9 opera-se a preclusão. ' preclusão gera9 co*oconse8ência9 o não conIeci*ento do recurso.

' contage* dos pra0os recursais se opera da *es*a *aneira 8ue se conta* os

 pra0os e* geral.

3stes pra0os recursais9 nas IipAteses previstas e* lei9 pode* eventual*entesofrer suspensão9 ou interrupção. Pode ser 8ue9 Iavendo previsão legal9 o pra0o seinterro*pa. Ouando o pra0o interro*pido9 a sua contage*9 cessada a causa deinterrupção9 reto*ada pelo todo. Ke Iouver previsão legal9 pode Iaver suspensão de

 pra0o recursal. Savendo a suspensão nAs va*os ter a reto*ada da contage* de ondeessas suspensão se operou. 3* s#ntese9 não I, nenIu*a peculiaridade no 8ue se refera ,contage* de pra0o recursais.

'penas9 a t#tulo de especificidades9 poder-se-ia di0er o seguinte? aH a %a0endaPLlica te* pra0o e* doro para recorrer e pra0o e* 8u,druplo para contestar Gart.1H. 3sta dora ta** eneficia o Argão do :P9 ta** por força do art. 1.

;s.? esse privilgio da %a0enda PLlica e do :P9 8ue est, consignado do art.1 do !P!9 aplic,vel tão so*ente E utili0ação do recurso. Fão utili0ado para finsde resposta do recurso. ;u seja9 a dora sA existe no pra0o para recorrer. ; pra0o paraofereci*ento de contra-ra0(es recursais u* pra0o si*ples. ' interpretação a8ui restritiva9 j, 8ue trata de privilgio.

;s2.? nenIu*a regra de privilgio pra0al se aplica aos Jui0ados 3speciais. ' leidos J3%s Glei 1/.2$62//1H cuida disso e* seu art. <.

;s.? os litisconsortes co* procuradores distintos tê* e* doro todos os pra0os processuais Gart. 11 do !P!H. Ke eles tê* e* doro todos os pra0os processuais9 natural*ente eles tê* e* doro o pra0o para recorrer. ' dora do pra0orecursal so*ente te* lugar 8uando a*os os litisconsortes tê* interesse recursal. 3x.?algu* prop(e u*a ação indeni0atAria contra u* Iospital e contra u* *dico. ;Iospital constitui o advogado x e o *dico constitui o advogado V. '*os sãocondenados solidaria*ente ao paga*ento da 8uantia de / *il. ; pra0o para recurso

dorado9 pois I, interesse recursal do *dico e I, interesse recursal do Iospital. 'gora9suponIa* 8ue a ação tenIa sido julgada procedente e* face do Iospital9 *asi*procedente e* face do *dico. Kão rus co* procuradores distintos *as sA I,interesse recursal do Iospital. Fesse caso não se aplica a dora do art. 11. Fessester*os a sL*ula &"1 do KT%?

KL*ula &"1 do KT%? @Fão se conta e* doro o pra0o para recorrer9 8uando sAu* dos litisconsortes Iaja sucu*ido.B

sso por8ue o ato vai ser praticado por apenas u* dos litigantes.

>+ Regularidade for*al

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Direito Processual Civil III

Todo ato te* u*a for*a9 ainda 8ue est, for*a não seja *inuciosa ou não sejaextre*ada. Ouanto aos recursos9 a lei ta** estaelece for*as. Ke a for*aestaelecida para a utili0ação do recurso não for oservada9 esse recurso não ser,ad*itido.

S, regularidade for*al 8uando oservada a for*a exigida e* lei. 3x.?

Art. 525. A petição de agrao de istru$eto será istruda& '(edação dada pela )ei *

9.139, de 30.11.1995+

- o%rigatoria$ete, #o$ #Cpias da de#isão agraada, da #ertidão da respe#tia

iti$ação e das pro#uraçes outorgadas aos adogados do agraate e do agraado '(edação

dada pela )ei * 9.139, de 30.11.1995+

- "a#ultatia$ete, #o$ outras peças ue o agraate eteder teis. '(edação dada

pela )ei * 9.139, de 30.11.1995+

F art. 525 #uida do agrao. #u$%e uele ue utili!a o re#urso do agrao de

istru$eto, tra!er #o$ a petição re#ursal, o $i$o, as peças ele#adas o art. 525, . Be

essas peças preistas o art. 525, ão "ore$ tra!idas juto #o$ o re#urso, este re#urso será

iad$itido por irregularidade "or$al.

Futro ee$plo se re"ere ao re#urso etraordiário. /i! o <2* do art. 543-A, ao tratar da

reper#ussão geral, ue o re#orrete deerá de$ostrar e$ preli$iar de re#urso, para

apre#iação e#lusia do B@, a eist?#ia da reper#ussão geral. Aui ta di!edo ue o re#urso

etraordiário dee ter u$ tCpi#o preli$iar, ates do re#urso, para de$ostratio da

eist?#ia de reper#ussão geral. :or $ais eidete ue seja a reper#ussão geral, se o re#urso

ão #otier essa preli$iar, ele será iad$itido por irregularidade "or$al.

i+ Preparo.

; recurso deve ser preparado. 3sse preparo corresponde a u* gênero 8ue vaiaarcar as custas recursais e as despesas de re*essa e retorno dos autos.

' nature0a jur#dica do preparo de triuto. !orresponde a u*a taxa. >eja* 8ue u* serviço prestado9 e para usufruir desse serviço preciso 8ue você recolIa valores.

Ke a nature0a jur#dica do preparo de triuto9 I, a exigência de lei prevendo esse preparo. Ke não I, nenIu*a previsão9 o preparo não exig#vel. Ke I, previsão so*entede custas recursais9 o preparo se li*itas apenas Es custas recursais. Ke I, previsãoso*ente das despesas de re*essa e retorno9 o preparo se li*ita a estas. :as se I,

 previsão de a*as9 a*as serão exig#veis.

S, casos e* 8ue não se te* a necessidade de preparo. Ouando não I, anecessidade de preparo9 nAs esta*os diante de dispensa ojetiva e dispensa sujetiva de

 preparo. ' dispensa ojetiva de preparo ocorre E vista do recurso a ser interposto.Deter*inados recursos dispensa* preparo. Ouando a dispensa de preparo decorre da

*odalidade recursal eleita nAs te*os u*a dispensa ojetiva. 3x.? o art. $229 U Lnico di08ue o agravo retido independe de preparoQ o art. $&9 parte final di0 8ue os e*argos de

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Direito Processual Civil III

declaração não estão sujeitos a preparoQ o agravo de instru*ento para destrancar recursoespecial e extraordin,rio9 di0 o U2< do art. $""9 não depende do paga*ento de custas edespesas postais.

's dispensas sujetivas são a8uelas situaç(es e* 8ue I, a isenção do preparo

decorrente do sujeito 8ue est, recorrendo. 3x.? U1< do art. $11?

U 1o Kão dispensados de preparo os recursos interpostos pelo :inistrio PLlico9 pela Mnião9 pelos 3stados e :unic#pios e respectivas autar8uias9 e pelos 8ue go0a* deisenção legal.

' %a0enda PLlica est, dispensada de preparo. '8ui se fala na Mnião9 3stado e:unic#pios9 e das respectivas autar8uias. ' este rol acresça-se o Distrito %ederal. ;Distrito %ederal u* ente I#rido9 co* caracter#sticas prAprias de :unic#pios e outrascaracter#sticas prAprias de 3stados. Ke a*os estão isentos de preparo9 logica*ente9 o

Distrito federal ta** estar,. Ke fala a8ui e* autar8uia pLlica *as essa expressãodeve ser entendida e* sentido lato9 alcançando ta** as fundaç(es pLlicas Gat

 por8ue as fundaç(es pLlicas tê* nature0a aut,r8uicaH. Ke fala a8ui da8ueles 8uego0a* de isenção legal. 7 o caso9 por exe*plo9 do enefici,rio da assistência judici,riagratuita.

; preparo u* gênero 8ue9 e* astrato9 envolve custas recursais e despesas dere*essa e retorno. Pode ser 8ue o preparo não seja exig#vel Gdispensas ojetivas esujetivasH. ; preparo te* nature0a triut,ria. S, casos e* 8ue o preparo sAco*preende custas recursais. 3x.? a lei de judici,ria do 3stado da aIia estaelece 8ueos recursos de apelação e de agravo de instru*ento9 relativos a processos oriundos da!o*arca da capital estão dispensadas das despesas de re*essa e retorno9 por8ue otriunal est, sediado na *es*a co*arca 8ue as varas da capital estão.

>ocê pode encontrar recursos para os 8uais não exista* custas *as exista*despesas de re*essa e de retorno dos autos. 7 preciso analisar a legislação para saer seI, a exigiilidade de preparo e Iavendo est, exigiilidade9 deve-se oservar se ele seli*ita Es custas9 Es despesas de re*essa e retorno ou se se refere a a*os. ; preparodeve ser co*provado no *o*ento da interposição do recurso9 confor*e prevê o art. $11

do !P!?'rt. $11. Fo ato de interposição do recurso9 o recorrente co*provar,9 8uando

exigido pela legislação pertinente9 o respectivo preparo9 inclusive porte de re*essa e deretorno9 so pena de deserção.

Ke você não co*prova o preparo9 no *o*ento da interposição do recurso9 esserecurso ser, inad*itido. ' inad*issão do recurso por falta de preparo cIa*ada dedeserção. ; recurso tido por deserto. ' falta de preparo v#cio 8ue não co*portasanea*ento.

Pode ser9 entretanto9 8ue o preparo tenIa sido feito de for*a insuficiente. 3x.?era* exig#veis custas e despesas de re*essa e retorno e o sujeito sA recolIeu as

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Direito Processual Civil III

despesas de re*essa e retorno9 ou sA as custas9 ou recolIeu a *enor. Fos casos e* 8ueI, preparo insuficiente o jui0 vai inti*ar o recorrente para 8ue9 no pra0o de $ dias9co*ple*ente o preparo. 3sta a siste*,tica do !P!.

 Fos Jui0ados 3speciais9 nAs te*os a possiilidade de co*provação do preparo

nas " Ioras suse8entes E interposição do recurso. Ke eu tenIo essa flexiili0ação9nos Jui0ados9 no 8ue se refere E co*provação do preparo9 nos Jui0ados não se poder,co*ple*entar o preparo. ;u se paga o preparo integral nas " Ioras suse8entes Einterposição do recurso9 ou o recurso ser, inad*itido9 ainda 8ue Iaja preparo parcial.

 Fas IipAteses e* 8ue for co*provada a i*possiilidade de feitura do preparo9 o jui0 vai devolver E parte9 esta possiilidade. sso est, previsto no art. $1?

Art. 519. :roado o apelate 'eteda-se re#orrete+ justo i$pedi$eto, o jui!

releará a pea de deserção, "iado-l>e pra!o para e"etuar o preparo. '(edação dada pela )ei

* 8.950, de 13.12.1994+

:arágra"o i#o. A de#isão re"erida este artigo será irre#orrel, #a%edo ao tri%ual

apre#iar-l>e a legiti$idade.

Essa or$a está posta o re#urso de apelação, $as ela se apli#a a todos os re#ursos.

Etede-se ue o re#urso de apelação o regra$eto geral, etesel, o ue #ou%er, aos

de$ais re#ursos.. F ee$plo $ais #o$u$ de justo $otio, do art. 519, são as grees de

%a#os.

12. Recurso adesivo.F re#urso adesio ão u$a $odalidade de re#urso ão u$ tipo de re#urso. Eu

diria a o#?s ue o re#urso adesio u$a "or$a de iterposição de re#urso.

Fs re#ursos t?$ pra!os para iterposição. E$ li>a de pri#pio, eles dee$ ser

iterpostos esses pra!os esta%ele#idos.

F legislador %us#a, detro do possel, desesti$ular a iterposição pre#ipitada de

re#ursos. $a dessas "or$as o re#urso adesio. F re#urso adesio so$ete te$ lugar

uado >á su#u$%?#ia re#pro#a.

Bupo>a ue A te>a aduirido u$a passage$ area para Bão :aulo. F Ro estaa

$ar#ado para as 14 >oras e o Ro sC saiu s 18 >oras. A so"reu u$ atraso de 4 >oras. A ai a

 ju!o e pede u$a idei!ação de 30 $il, a ttulo de daos $orais. F jui! #odea a #o$pa>ia

area o paga$eto de u$a idei!ação o alor de 5 $il. F jui! está julgado i$pro#edete

o pedido, o ue se re"ere a u$a parte '25 $il+ e pro#edete o ue se re"ere a outra parte do

pedido '5 $il+. :ode ser ue 5 $il esteja satis"atCrio para A. :ode ser ue 5 $il esteja

satis"atCrio para a #o$pa>ia area. Etão, aparete$ete, a seteça satis"a! a$%as as

partes. A pesa o seguite& se eu ão re#orrer ão passa de 5 $il. Agora, a #o$pa>ia area

pode re#orrer e eu ou ter a $es$a dor de #a%eça ue eu teria se eu re#orresse. Etão, diate

da pote#ialidade de re#urso da parte #otrária, e da possi%ilidade de pre#lusão do $eu direitode re#orrer, eu laço $ão do re#urso aida ue auela de#isão $e serisse. A #o$pa>ia

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Direito Processual Civil III

area, por sua e!, pesa da seguite $aeira& eu ão iria re#orrer para poder ão ter os

#ustos desse re#urso. as os #ustos de u$ re#urso iterposto são si$ilares aos #ustos de u$

re#urso respodido. Etão essa idia $i>a de ão re#orrer porue os #ustos ão #o$pesa$

ão se justi"i#a, >aja ista ue a parte autora pode re#orrer. Etão, A re#orre tão so$ete #o$

re#eio da #o$pa>ia area re#orrer. E a #o$pa>ia area ta$%$ re#orre #o$ re#eio de A

re#orrer.

=essa situação, o legislador pre? o re#urso adesio. Be a outra parte ão re#orrer,

o#? ão re#orreu, trasitou e$ julgado. Be o#? ão re#orrer e a outra parte re#orrer, o

pra!o para #otra-ra!es per$itido o re#urso.

F re#urso adesio auele re#urso ue utili!ado pelo litigate ue ão re#orreu o

$o$eto reserado ao re#urso pri#ipal, e$ #aso de su#u$%?#ia re#pro#a, poruato, a

>ipCtese da outra parte ão re#orrer, l>e era iteressate a "or$ação da #oisa julgada. A partir

do $o$eto ue a outra parte re#orreu, se deole a esse sujeito a possi%ilidade de $aejo

do re#urso.

F re#urso adesio "u#ioa #o$o u$ desest$ulo ao $aejo do re#urso.

:ressupostos para ue se te>a o re#urso adesio.

:ri$eiro, u$a seteça e$ ue te>a >aido su#u$%?#ia re#pro#a. BC pode >aer

re#urso adesio, e$ tese se >á su#u$%?#ia re#pro#a.

Begudo, ue u$ dos litigates te>a laçado $ão do re#urso. :orue se e>u$ dos

dois re#orreu >aerá "or$ação de #oisa julgada ão >aerá re#urso pri#ipal ao ual o adesio

e>a a se i#ular.

A dis#iplia do re#urso adesio está o art. 500 do D:D&

Art. 500. Dada parte iterporá o re#urso, idepedete$ete, o pra!o e o%seradas

as eig?#ias legais. Bedo, por$, e#idos autor e ru, ao re#urso iterposto por ualuer

deles poderá aderir a outra parte. F re#urso adesio "i#a su%ordiado ao re#urso pri#ipal e se

rege pelas disposiçes seguites&

- será iterposto perate a autoridade #o$petete para ad$itir o re#urso pri#ipal,

o pra!o de ue a parte dispe para respoder

- será ad$issel a apelação, os e$%argos i"rigetes, o re#urso etraordiário e

o re#urso espe#ial

- ão será #o>e#ido, se >ouer desist?#ia do re#urso pri#ipal, ou se "or ele

de#larado iad$issel ou deserto.

:arágra"o i#o. Ao re#urso adesio se apli#a$ as $es$as regras do re#urso

idepedete, uato s #odiçes de ad$issi%ilidade, preparo e julga$eto o tri%ual

superior.

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Direito Processual Civil III

A regra ue #ada u$ utili!e seu re#urso idepedete, o pra!o a tato reserado. Be

>ouer su#u$%?#ia re#pro#a, o re#urso de u$a das partes a outra poderá aderir.

Uuato aos re#ursos adesios, o%ede#er-se-á as seguites regras& + será iterposto o

pra!o para #otra-ra!es. F etedi$eto $ais a#ertado ue dee ser iterposto

#ojuta$ete #o$ as #otra-ra!es, porue, u$a e! apresetadas as #otra-ra!es, aidaão seja o lti$o dia, o pra!o se e#erra por pre#lusão #osu$atia + o legislador ão

per$ite o re#urso adesio de "or$a idis#ri$iada. F i#. pre? os #asos e$ ue ele será

#a%el. =ão se ad$ite re#urso adesio, por ee$plo, e$ agrao de istru$eto ão #a%e

re#urso adesio e$ agrao retido ão #a%e re#urso adesio e$ e$%argos de dierg?#ia.

F i#o adedo ue eu "aça a o#?s ue se te$ a#eito o re#urso adesio, ta$%$,

o ue se re"ere ao re#urso ordiário #ostitu#ioal, porue o re#urso ordiário, #ostitu#ioal

está dis#ipliado os arts. 539 e 540 do D:D. F art. 540, di! ue se apli#a ao re#urso ordiário

#ostitu#ioal as $es$as regras da apelação. Etão, já ue >á essa re"er?#ia, e a apelação

Cs te$os a possi%ilidade de re#urso adesio, se de"ede, do poto de ista $ajoritário, o#a%i$eto do re#urso adesio ta$%$ e$ relação ao re#urso ordiário #ostitu#ioal.

Este re#urso adesio ta$%$, di! o i#iso do art. 500, ão será #o>e#ido se >ouer

desist?#ia do re#urso pri#ipal ou se ele "or de#larado iad$issel ou deserto. F re#urso

adesio, para ser #o>e#ido, te$ ue ateder todos os pressupostos de ad$issi%ilidade

re#ursal. =ão %asta para o #o>e#i$eto do adesio, ue ele ateda todos os pressupostos de

ad$issi%ilidade. V pre#iso ue, #u$ulatia$ete, o re#urso pri#ipal seja ad$itido. Be, por

ualuer ra!ão, o re#urso pri#ipal ão "or ad$itido, o adesio #ai, aida ue te>a atedido

todos os pressupostos de ad$issi%ilidade, i#lusie de eist?#ia.

A parte ão pre#isa #otra-ra!oar o re#urso pri#ipal para apresetar o re#urso

adesio. =o etato, se apresetar o re#urso adesio se$ as #otra-ra!es, ão poderá #otra-

ra!oar.

F re#urso adesio sC pode ser utili!ado por autor ou ru. @er#eiros itereietes ':,

uado ão atua #o$o parte, por ee$plo+ e ter#eiros prejudi#ados ão pode$ laçar $ão de

re#urso adesio. V o ue se depreede do #aput, do art. 500 do D:D&

LArt. 500. Dada parte iterporá o re#urso, idepedete$ete, o pra!o e o%seradas

as eig?#ias legais. Bedo, por$, e#idos autor e ru, ao re#urso iterposto por ualuer

deles poderá aderir a outra parte. F re#urso adesio "i#a su%ordiado ao re#urso pri#ipal e se

rege pelas disposiçes seguites&O

F re#urso adesio u$a e#eção. Etão, sua iterpretação dee ser restritia. Assi$,

so$ete autor e ru pode$ iterpor re#urso adesio. Ao re#urso do autor pode aderir o ru

ao re#urso do ru pode aderir o autor.

13. Efeitos dos recursos.

F pri$eiro e"eito do re#urso a o%sta#ulari!ação da "or$ação da #oisa julgada. Be, por

de"iição, a #oisa julgada pressupe a ão iterposição de re#urso ou o eauri$eto das ias

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re#ursais, o pri$eiro e"eito do re#urso i$pedir, euato ele 're#urso+ ão te>a sido

 julgado, a "or$ação da res iudi#ata. Esse i$pedi$eto perdura at o seu julga$eto.

F segudo e"eito do re#urso o e"eito deolutio. F Pudi#iário o%rigado a julgar, $as

u$a e! julgado, o Pudi#iário, e$ tese, teria #u$prido o seu papel. Uuado se re#orre, se está

ia%ili!ado ue o Pudi#iário reea$ie $atria por ele $es$o de#idida. Essa ia%ili!ação doreea$e da $atria o ue se #>a$a de e"eito deolutio. Be o re#urso total, a

deolutiidade se re"ere a toda par#ela do pedido ue "oi julgada #otra a pretesão do

re#orrete. F e"eito deolutio ai propi#iar o reea$e de $atria de#idida pelo prCprio :oder

Pudi#iário. Este e"eito deolutio te$ u$ papel i$portatssi$o porue ele ue ai deli$itar

a #ogição do Crgão julgador do re#urso. Fs ro$aos já di!ia$& tatu$ deolutu$ uatu$

apelatu$ 'so$ete se deole auilo ue o%jeto de i$pugação+.

A deolutiidade está restrita uilo ue "oi o%jeto do re#urso. E. a parte apresetou

os pedidos 1, 2 e 3. Fs 3 pedidos "ora$ julgados i$pro#edetes e a parte re#orreu e$ relação

ao pedido 1, so$ete. F tri%ual ai aalisar se o pedido 1 ou ão pro#edete aireea$iar o pedido 1. A deolutiidade está restrita a ele. F dese$%argador pode a#>ar ue

o pedido 2 eidete$ete pro#edete $as se o re#urso ão tratou do pedido 2 ele ão pode

alterar a seteça o ue se re"ere ao pedido 2. F tri%ual sC pode ea$iar as uestes ue

gira$ e$ toro do o%jeto da deolutiidade. Be o tri%ual aalisar o pedido 2 ou o pedido 3

ele estará iestido #otra a #oisa julgada. :orue passou e$ julgado o pedido 2 e o pedido 3

a partir do $o$eto e$ ue o re#urso ersou so$ete so%re o pedido 1.

$a uestão ue uado se #olo#a e$ proa u$ desastre $ais ou $eos assi$&

o#? pega u$ ee$plo práti#o e di! ue algu$ "oi a ju!o e pediu daos $orais e daos

$ateriais. A$%os os pedidos são julgados pro#edetes. F ru re#orre so$ete sua

#odeação ao paga$eto de idei!ação por daos $orais. F tri%ual ai julgar a $atria e

per#e%e ue esse ju!o ue apre#iou o pedido por daos $orais e daos $ateriais

a%soluta$ete i#o$petete e aula a seteça por iteiro, já ue a i#o$pet?#ia a%soluta

$atria de orde$ p%li#a e dee ser #o>e#ida de o"#io. Agiu #orreta$ete o tri%ual =ão. A

deolutiidade está restrita aos daos $orais, por $ais grae ue seja o #io eistete. Ele

pode aular a seteça e$ relação aos daos $orais. Uuato aos daos $ateriais >á #oisa

 julgada "or$ada e se >á i#o$pet?#ia a%soluta, a >ipCtese de ação res#isCria.

E.& >oue u$a #odeação por daos $ateriais e esse pedido "oi julgado pro#edete

o todo. Qoue u$ pedido de dao $oral de 50 $il e o jui! de 1* grau julgou pro#edete o

ue se re"ere a 10 $il e i$pro#edete o ue se re"ere a 40 $il. F autor re#orre. Ele uer

au$etar os daos $orais de 10 para 50 $il. F o%jeto de i$pugação "oi a par#ela ue julgou

i$pro#edete os 40 $il. F tri%ual ão pode di$iuir os 10 $il. Ele sC pode au$etar o alor

at atigir os 50 $il.

V proi%ido, o julga$eto do re#urso, a re"or$a par "is de prejudi#ar o re#orrete.

Esse o pri#pio da proi%ição da re"or$atio i pejus. Esse pri#pio de#orrete dos li$ites

traçados pela deolutiidade, já ue eu sC posso re#orrer dauilo ue "oi #otrário aos $eus

iteresses. :or #oseS?#ia, a deolutiidade do $eu re#urso está restrita uilo ue $e

#otrariou, de sorte ue $eu re#urso ão poderá deoler ao tri%ual $atria da ual eu

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Direito Processual Civil III

te>a sido e#edor, at porue "altaria iteresse re#ursal para ue o autor re#orresse e$

relação a essas par#elas ue $e %ee"i#iara$.

F pri#ipio da proi%ição da re"or$atio i pejus de#orre dos li$ites #ogitios i$postos

pelo e"eito deolutio. A $i>a situação ão pode ser agraado o julga$eto do $eu

re#urso. Be o autor re#orrer e$ relação aos 40 $il e o ru ão re#orreu e$ relação aos 10 $il,ão >á #o$o esse alor ser redu!ido. Ele pode ser au$etado. =o etato, se o ru re#orrer

e$ relação aos 10 $il o alor pode ser "iados e$ ualuer alor, etre 0 e 50 $il. A redução

de#orre pela deolutiidade do re#urso do ru, esse #aso.

Be a parte pede de "or$a geri#a, uado da seteça, o#? pode dis#utir os

parG$etros da "iação. F pedido geri#o ão i$pede o re#urso para $ajoração da

#odeação #o$ %ase os ele$etos #ostates os autos. A uestão do dao $oral u$a

uestão de ao$alia.

F e"eito deolutio se #lassi"i#a e$ e"eito deolutio prCprio, i$prCprio e $isto.

Be di! ue o e"eito deolutio prCprio uado o julga$eto do re#urso "eito por

Crgão distito dauele ue pro"eriu a de#isão re#orrida.

=o e"eito deolutio i$prCprio o reea$e da $atria ai ser "eito pelo $es$o Crgão

ue pro"eriu a de#isão re#orrida. E.& e$%argos de de#laração.

=o e"eito deolutio $isto >á a deolutiidade tato para o $es$o Crgão, uato para

Crgão distito. V o #aso da apelação de i$pro#ed?#ia pri$a "a#ie. =o pri$eiro $o$eto se

ia%ili!a o ju!o de retratação, $as se esse ju!o de retratação ão o#orre a ai ser julgado pelo

tri%ual.

$4 aula 5 26/62/11GnoiteH

:arte 2 W (e#ursos e$ esp#ie

Daptulo 1 - Apelação

1. Dosideraçes gerais. 2. (euisitos. 3. terposição. 4. :ro#essa$eto. 5. E"eito

suspesio. 6. B$ula i$peditia de re#urso. 7. Baea$eto de ulidades. 8.

Pulga$eto origiário de $rito. 9. oaçes "áti#as e jurdi#as.

M...N

Ela se justi"i#aa o siste$a da (o$a atiga, a partir do $o$eto e$ ue o#? ti>a

as de#ises por parte do preator e essas de#ises poderia$ ser leadas ao i$perador ia

apelatio, já a "ase "ial do i$prio. Esta apelação u$ re#urso alta$ete di"udido e ela

eiste tato os pases de tradição ro$ao-ger$Gi#a, #o$o o #aso do Irasil, #o$o ta$%$

os pases #o$ i"lu?#ia do direito aglo-saão. Be$pre >á a preisão de apelação. V di"#il

o#? e#otrar u$ ordea$eto jurdi#o o#idetal ue ão te>a u$ euialete jurdi#o

apelação. Begudo (ui :ortaoa so$ete a @uruia ão >aeria.

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Direito Processual Civil III

V atural ue eiste u$ re#urso #o$o a apelação e ue ele seja tão di"udido etre os

pases, ditos $oderos, pelo "ato de ue a de#isão por e#el?#ia a seteça. Be eu ão

isuali!o u$ re#urso #otra a seteça, ão >aeria setido #otra os outros proi$etos

 judi#iais /a, porue, uado se "ala e$ proi$eto judi#ial se pesa u$a seteça. :or

e#el?#ia, uado se "ala e$ u$ re#urso se pesa a apelação.

F art. 514 do D:D tra! os reuisitos da apelação, $as esses reuisitos do 514, ue

estão dis#ipliados #o$o sedo da apelação, se apli#a$ a todos os re#ursos. Esse u$

daueles dispositios de apli#a%ilidade geri#a.

Art. 514. A apelação, iterposta por petição dirigida ao jui!, #oterá&

- os o$es e a uali"i#ação das partes

- os "uda$etos de "ato e de direito

- o pedido de oa de#isão.

Fs o$es e a uali"i#ação das partes são e#otradas $uito, da seguite $aeira&

Lulao de tal, já uali"i#ado esses autos, e$ iterpor re#urso de apelação #otra seteça

de "ls. @aisM...NO.

Esses 3 ele$etos le$%ra$ os ele$etos da ação. F paralelo per"eito porue o

re#urso o#? #otiua postulado. =ão >á #o$o postular se$ idi#ar ue$ postula e e$ "a#e

de ue$ a postulação "eita ão >á #o$o postular se$ tra!er u$ pedido e todo pedido

pressupe u$a #ausa de pedir.

:artes& re#orrete e re#orrido. (e#orrete auele ue está irresigado #o$ o

proi$eto judi#ial 'seteça+ o re#orrido auele ue "oi %ee"i#iado pela seteça.

Fs pedidos re#ursais são a re"or$a ou a ialidação da seteça.

A #ausa de pedir re#ursal depede do pedido. Be o#? pede a re"or$a da seteça, a

#ausa de pedir a eist?#ia de error i judi#ado se o#? pede a ialidação da seteça a

#ausa de pedir a eist?#ia de error i pro#ededo.

Esse ra#io#io se estede a todo e ualuer re#urso. @odo re#urso te$ ue ter u$

re#orrete e u$ re#orrido u$ pedido e, ressalado os e$%argos de de#laração, esse pedidoai ser de re"or$a ou ialidação todo re#urso te$ ue #oter u$a #ausa de pedir re#ursal e,

ressalados os e$%argos de de#laração, essa #ausa de pedir u$ error i judi#ado, para o

pedido de re"or$a, ou u$ error i pro#ededo, para o pedido de ialidação.

(e#urso se$ pedido re#urso iad$issel. alta regularidade "or$al. (e#urso se$

#ausa de pedir re#ursal re#urso iad$issel. alta regularidade "or$al. (e#urso o ual o

pedido ão de#orre logi#a$ete da #ausa de pedir re#urso iad$issel, poruato

logi#a$ete iepto.

=o re#urso pode >aer #u$ulação de pedidos, de "or$a eetual, ou #u$ulação de

#ausas de pedir. =ada i$pede ue eu traga o $eu re#urso u$ pedido de re"or$a $as eu

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Direito Processual Civil III

apote 4 errors i judi#ado di"eretes ada i$pede ue eu traga e$ $eu re#urso u$ pedido

de ialidação e eu idiue 2 errors i pro#ededo di"eretes. =ada i$pede ue eu peça a

re"or$a e$ $eu re#urso e idiue 5 #ausas de pedir, ou 5 errors i judi#ado, ou 5

"uda$etos di"eretes para a re"or$a E, para o #aso de o tri%ual eteder ue ão dee

o#orrer a re"or$a, por io#orr?#ia desses errors i judi#ado ue estou apotado, eu posso

pedir a ialidação. ;eja a a apresetação su%sidiária de pedidos. E a eu ou ter as #ausas de

pedir para a ialidação. F ue ão se pode pedir os 2 ao $es$o te$po 're"or$a e

ialidação+.

terposição e pro#essa$eto do re#urso de apelação

Be eu te>o u$a apelação porue eu te>o u$a seteça, e$ li>a de pri#pio. A

parte será iti$ada dos ter$os da seteça. ti$ada da seteça, a parte ai ter o pra!o de

15 dias para iterpor o re#urso de apelação.

Do$o isto o #aput do art. 514 a apelação iterposta #o$ dire#ioa$eto ao jui! de1* grau, por $eio de petição es#rita. Essa apelação, ta$%$, dee ter o seu preparo

#o$proado o $o$eto da iterposição.

A apelação ai ser iterposta perate o jui! de 1* grau $as ai ser julgada pelo tri%ual.

A apelação #ostu$a ter "ol>a de rosto e ra!es re#ursais. A "ol>a de rosto dire#ioada ao jui!

da #ausa. =essa "ol>a de rosto o apelate pede o re#e%i$eto e o pro#essa$eto da apelação

e o e#a$i>a$eto dos autos ao tri%ual. :resa a essa "ol>a de rosto e$ as ra!es e os

pedidos re#ursais. As ra!es re#ursais são dirigidas ao tri%ual.

terposta a apelação os autos são #o#lusos para de#isão. F jui! ai #uidar da

ad$issi%ilidade do re#urso essa de#isão. A pri$eira #oisa ue ele "a! eri"i#ar aueles 9

pressupostos de ad$issi%ilidade já estudados. Be "altar ualuer u$ o re#urso ão ai ser

ad$itido. A de#isão ue iad$ite apelação desa"ia re#urso de agrao de istru$eto para o

tri%ual 'art. 522 do D:D+.

Be o ju!o de ad$issi%ilidade positio o jui! ai tratar dos e"eitos do re#e%i$eto. Ele

ai di!er se a apelação ai ser re#e%ida #o$ ou se$ e"eito suspesio. (e#e%edo a apelação e

deter$iado os e"eitos #o$ ue a re#e%e o jui! ai deter$iar a iti$ação da parte #otrária

para #otrarra!es.

A outra parte te$ o pra!o de 15 dias para o"ere#i$eto das #otrarra!es. Be ai >aer

re#urso adesio, #o#o$itate$ete #o$ as #otrarra!es, e$ peça apartada, $as

apresetada si$ultaea$ete, Cs a$os ter a iterposição do re#urso adesio.

:A. E"eito deolutio, e"eito traslatio, e"eito su%stitutio de#orr?#ia do julga$eto

do re#urso.;ai #a%er ao tri%ual, uado julgar, apli#ar esses pre#eitos. Uuado se "ala aui e$

e"eitos, o e"eito da iterposição. Esse si$ #a%e ao jui! de 1* grau. Esse e"eito o suspesio.

/ee-se aalisar se te$ ou se ão te$ e a#a%ou. F ue ta sedo deolido, se ta sedo

trasladada deter$iada dis#ussão, isso $atria ue o tri%ual ai apre#iar uado "or

 julgar.

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Direito Processual Civil III

A ão apresetação de #otrarra!es ão gera presução de era#idade de ada. V

rui$ para a parte pois ela perdeu a oportuidade de tra!er alegaçes e$ toro da e#essidade

de $auteção da seteça ou da i$perti?#ia dos argu$etos re#ursais.

Apresetadas as #otrarra!es Cs a$os ter outra #o#lusão para de#isão. ;ai ser

possel "a!er retratação uato ad$issi%ilidade. '<2* do art. 518+. F jui! ão pode se retratare$ relação ao #otedo da seteça. F ue o jui! pode "a!er se retratar e$ relação a u$

 ju!o de ad$issi%ilidade ue >ouera sido positio e agora, lu! de u$ #otraditCrio re#ursal,

ele já islu$%ra #o$o egatio. A ele se retrata. Be ele se retrata ele ai estar #osiderado

auele re#urso, ue ele tee por ad$issel, agora #o$o iadi$issel. Esta de#isão de

retratação desa"ia agrao de istru$eto.

A seteça "oi pro"erida, as partes "ora$ iti$adas, auele ue estee irresigado ai

laçar apelação, o pra!o de 15 dias, por $eio de petição es#rita e dire#ioada ao jui! da

#ausa, #o$proado o preparo. Fs autos são #o#lusos para ue se "aça o ju!o de

ad$issi%ilidade. Be a ad$issi%ilidade "or egatia, se está di!edo ue o re#urso ão ais serpro#essado. A de#isão para o re#urso egatio de ad$issi%ilidade desa"ia agrao de

istru$eto. Be positia, pre#iso de#larar se te$ ou ão te$ e"eito suspesio o re#urso e

se deter$iar a iti$ação da parte #otrária para #otrarra!es. As #otrarra!es são

apresetadas o pra!o de 15 dias, por $eio de petição es#rita, dire#ioada ao jui! da #ausa e

ra!es e#a$i>adas ao tri%ual. /epois das #otrarra!es Cs a$os ter u$ de#isão uato o

 ju!o de ad$issi%ilidade se o re#orrido de$ostre a iad$issi%ilidade da apelação. F jui! pode

se retratar e$ relação a essa de#isão ue tee por ad$issel o re#urso. Essa de#isão desa"ia

agrao de istru$eto. Be ele ão se retrata os autos serão re$etidos ao tri%ual.

/epois de pro#essada a apelação o pro#esso #>aga #o$pleto o tri%ual para ue

seja$ aalisadas as uestes etiladas a ia re#ursal.

=o tri%ual, se a >ipCtese de itereção do :, >á ue se dar istas ao : para ue

este o"ereça opiatio. F : o"ere#eu pare#er ou ão >ipCtese de itereção do :. rise-

se ue logo ue o pro#esso #>ega ao tri%ual sorteado u$ relator para ele. F relator, depois

do pare#er do :, ai aalisar se a >ipCtese #o$porta julga$eto $oo#ráti#o. A regra ue a

apelação seja julgada pelo Crgão #olegiado& #G$ara ou tur$a. as >á #asos e$ ue possel

o julga$eto $oo#ráti#o. F julga$eto $oo#ráti#o se dá as situaçes de eid?#ia. =as

situaçãoes e$ ue eidete$ete o re#urso apreseta #ara#tersti#as tais ue l>e per$ite$

u$ julga$eto isolado. As >ipCteses de julga$eto $oo#ráti#o estão o art. 557, #aput e

<1*-A do D:D. F #aput tra! as >ipCteses de julga$eto $oo#ráti#o #otrárias ao re#orrete.

Art. 557. F relator egará segui$eto a re#urso $ai"esta$ete iad$issel,

i$pro#edete, prejudi#ado ou e$ #o"roto #o$ s$ula ou #o$ jurisprud?#ia do$iate do

respe#tio tri%ual, do Bupre$o @ri%ual ederal, ou de @ri%ual Buperior.

:or partes, o pro#esso #>egou o tri%ual, sorteou-se o relator. F relator a%riu ista ao

:, se "or esta a >ipCtese, a seu?#ia os autos olta$ ao relator ue ai julgar se #a%e

 julga$eto $oo#ráti#o.

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Direito Processual Civil III

Atete$ ue >á 4 situaçes de julga$eto $oo#ráti#o. @odas elas #otrárias ao

re#orrete. as ao #otrário do uato #osigado este dispositio ão são 4 situaçes de

egatia de segui$eto. Bão 2 de egatia de segui$eto e 2 de i$proi$eto. A epressão

egatia de segui$eto di! respeito a re#urso iad$issel.

A pri$eira >ipCtese de egatia de segui$eto o re#urso $ai"esta$eteiad$issel. F jui! de 1* grau "e! o ju!o de ad$issi%ilidade. Aida assi$, pode ser ue o

pro#esso te>a su%ido e o re#urso $es$o assi$ seja $ai"esta$ete iad$issel. =o ju!o de

1* grau a ju!o de ad$issi%ilidade "eito de "or$a $uito super"i#ial. F jui! de 2* grau, ai

etão egar segui$eto ao re#urso $ai"esta$ete iad$issel. =ão ualuer

iad$issi%ilidade ue pode ser de#larada $oo#rati#a$ete. V a iad$issi%ilidade $ai"esta,

eidete, auela e$ toro da ual ão se ad$ite$ $aiores dis#usses. Be se ad$ite $aiores

dis#usses, o jui! terá ue lear ao Crgão #olegiado.

A seguda >ipCtese di! respeito ao re#urso $ai"esta$ete prejudi#ado. (e#urso

$ai"esta$ete prejudi#ado auele ue perdeu o o%jeto. uitas e!es o re#urso iterposto e$ deter$iado $o$eto $as os "atos da ida a#ote#e$, esse re#urso de$ora a

ser julgado e ele se tora prejudi#ado pois o o%jeto já se esaiu. Etão atetado para o #a$po

da ida e per#e%edo ue auela prestação jurisdi#ioal ão te$ $ais utilidade, o tri%ual

pode de#larar ue esse re#urso está prejudi#ado. F re#urso dito prejudi#ado uado ele

perdeu o seu o%jeto, uado so%ree$ a "alta de iteresse-utilidade. :er#e%a$ ue a >ipCtese

de re#urso $ai"esta$ete prejudi#ado u$a esp#ie de re#urso $ai"esta$ete

iad$issel, pois u$ re#urso ue deiou de ter iteresse re#ursal a sua esp#ie iteresse-

utilidade.

Bão >ipCteses de eid?#ia. As >ipCteses de eid?#ia são a de re#urso

$ai"esta$ete iad$issel e a de re#urso $ai"esta$ete prejudi#ado.

As outras duas >ipCteses são de i$proi$eto $oo#ráti#o do re#urso. Bão os #asos

de re#ursos $ai"esta$ete i$pro#edete. Aui ão #ausa repetitia. V u$a #ausa e$ ue

o#? ol>a e eri"i#a ue ão >á e>u$ setido lCgi#o-jurdi#o. =ão >á setido ue se lee

auela #ausa apre#iação do #olegiado. Uuado i$pertiete da tese re#ursal eidete.

E.& pro#esso ue Bodr assu$iu e esse pro#esso de ietário, o ietariate etrou #o$

u$a ação de usu#apião e$ relação "a!eda do espClio, di!edo ue ele eer#eu a posse. A

ação "oi julgada i$pro#edete. F sujeito e$ e apela tra!edo a $es$a tese. Esse re#urso

$ai"esta$ete i$pertiete porue eidete ue ue$ eer#eu a posse do %e$ e$ o$e

do espClio ão pode uerer se aler dessa posse para "is de usu#apir e$ o$e prCprio o ue

do espClio. $ re#urso desse pode ser julgado $oo#rati#a$ete. Berá u$ re#urso de

$rito para ser julgado i$pro#edete. Berá i$proido o seu $rito.

A uarta >ipCtese de ea$e do $rito do re#urso auele re#urso ue $aejado e$

#otrariedade a s$ula ou a jurisprud?#ia do$iate do prCprio tri%ual, do B@, ou do B@P.

as >á ta$%$ a possi%ilidade de julga$eto $oo#ráti#o e$ "aor do re#orrete. V

o ue trata o <1*-A do art. 557 do D:D&

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Direito Processual Civil III

< 1o-A Be a de#isão re#orrida estier e$ $ai"esto #o"roto #o$ s$ula ou #o$

 jurisprud?#ia do$iate do Bupre$o @ri%ual ederal, ou de @ri%ual Buperior, o relator

poderá dar proi$eto ao re#urso.

Qá apeas u$a situação sC. A de#isão apelada está e$ #otrariedade a s$ula ou a

 jurisprud?#ia do$iate do B@, ou do B@P. Etão o jui! de 1* grau ai julgar$oo#rati#a$ete para dar proi$eto a esse re#urso. =esse #aso, ão se lea e$ #ota

s$ula ou jurisprud?#ia do prCprio tri%ual. BC as do B@ ou do B@P.

BC pode >aer julga$eto $oo#ráti#o as >ipCteses do art. 557, #aput e 557 <1*-A do

D:D.

Beguido, o julga$eto $oo#ráti#o "eito. Uual , etão, o re#urso #a%el #otra

 julga$eto $oo#ráti#o <1* do art. 557 do D:D&

< 1o /a de#isão #a%erá agrao, o pra!o de #i#o dias, ao Crgão #o$petete para o

 julga$eto do re#urso, e, se ão >ouer retratação, o relator apresetará o pro#esso e$ $esa,

pro"erido oto proido o agrao, o re#urso terá segui$eto.

Be o julga$eto $oo#ráti#o "eito e igu$ re#orre, o pra!o de 5 dias, trasitou

e$ julgado e a#a%ou o pro#esso. Be >á re#urso, o pra!o de 5 dias, será iterposto o agrao

itero, ta$%$ #o>e#ido #o$o agrao regi$etal ou agrao si$ples ou agrai>o. Esse

agrao ão te$ #otrarra!es. terposto esse agrao itero, #otra o julga$eto

$oo#ráti#o, de duas u$a& i+ ou o dese$%argador se retrata. Be ele se retratar ele ai

des#ostituir o julga$eto $oo#ráti#o e ai oportua$ete lear o pro#esso a julga$eto

pelo Crgão #olegiado ii+ ou ele etede ue a de#isão está #orreta. A ele irá lear o pro#esso

para julga$eto e$ $esa. Pulga$eto e$ $esa o julga$eto a sessão,

idepedete$ete de pauta. Be os julgadores #o#orda$, Cs tere$os u$ a#Crdão

$atedo a de#isão $oo#ráti#a se a $aioria dis#orda Cs te$os u$ a#Crdão re"or$ado a

de#isão $oo#ráti#a.

Uuado >á julga$eto $oo#ráti#o, de proi$eto ou i$proi$eto, ele irá su%stituir

a seteça. Be de egatia de segui$eto ão se terá o e"eito su%stitutio. Uuado se te$ o

agrao itero iterposto #otra de#isão $oo#ráti#a a tur$a ou sessão irá julgar. Be >á u$

a#Crdão #o"ir$ado o julga$eto $oo#ráti#o de proi$eto ou i$proi$eto ele irá

su%stituir essa de#isão. Be >á u$ a#Crdão #o"ir$ado o julga$eto ue egou segui$eto

aui ão ai >aer e"eito su%stitutio e #otiuará aledo a seteça de 1* grau.

Be >á julga$eto $oo#ráti#o, a parte laça $ão de agrao itero, e esse agrao

itero $ai"esta$ete i$pro#edete, ela ar#a #o$ $ulta 'art. 557, <2*+&

< 2o Uuado $ai"esta$ete iad$issel ou i"udado o agrao, o tri%ual

#odeará o agraate a pagar ao agraado $ulta etre u$ e de! por #eto do alor #orrigido

da #ausa, "i#ado a iterposição de ualuer outro re#urso #odi#ioada ao depCsito do

respe#tio alor.

A regra ue ão se te>a a #o"iguração das >ipCteses de julga$eto $oo#ráti#odo art. 557. F or$al ue a apelação ai ser julgada pelo Crgão #olegiado.

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Direito Processual Civil III

/ee-se a%rir espaço para $ai"estação do :, se ele aida ão se $ai"estou. A o

relator ai preparar o relatCrio. F relatCrio u$a stese, u$ resu$o do ue >á o pro#esso.

Be aproi$a e$ $uito o relatCrio de u$a seteça. Ela%orado o relatCrio, o relator

e#a$i>a os autos ao reisor. F reisor outro dese$%argador #o$poete da tur$a.

Uuado se sorteia o relator auto$ati#a$ete já se te$ a desigação do reisor. F reisor ai,

etão, #o"erir o relatCrio para er se ele e"etia$ete tradu! auilo ue está os autos. Be

te$ a reisão porue ai >aer u$ ter#eiro julgador ue ão ai ter re#e%ido os autos e ele ai

 julgar e#lusia$ete #o$ %ase auilo ue se te$ o relatCrio. F reisor ai #o"erir o

relatCrio pode editá-lo, a#res#etado o ue uiser. sso "eito, ele pede data para julga$eto.

Da%e se#retaria da #G$ara ou tur$a, "a!er pu%li#ar a i$presa o"i#ial a data de julga$eto

do re#urso. Qá a e#essidade de pu%li#ação dessa data para ue os adogados, ueredo,

#o$pareça$ ao dia da sessão e, eetual$ete, "aça$ sustetação oral.

=o dia da sessão será o%serada a orde$ da pauta, ressalados os pedidos de

pre"er?#ia. =o dia do julga$eto, será #>a$ado o pro#esso. eito o a#io do pro#esso, ele

etra e$ julga$eto. Da%erá ao relator "a!er a leitura do relatCrio. eita a leitura do relatCrio,

o#? te$ a possi%ilidade do adogado do apelate "a!er a sustetação oral, o pra!o $ái$o

de 15 $iutos, da tri%ua. ApCs o adogado apresetar sustetação, "ala o adogado do

apelado, ta$%$ pelo pra!o de 15 $i, ueredo "a!?-lo. Be o : uiser se $ai"estar, o "ará

ta$%$ pelo pra!o $ái$o de 15 $i, apCs a sustetação do apelado. A, o relator pro"ere o

oto. /epois o reisor pro"ere o oto dele e o ter#eiro julgador pro"ere o seu oto. Be o reisor

ou o ter#eiro julgador ão se setire$ e$ #odiçes de pro"erir o oto, eles pode$ pedir istas

do pro#esso. A a sessão será suspesa e se #otiua a sessão su%seSete.

&4 aula 5 /6/62/11 Fão se constitui a inad*issiilidade recursalQ se declara a inad*issiilidade

recursal. 3 toda declaração retroage ao *o*ento do ato ou fato declarado. 3ntão9 se te*o efeito retroativo 8ue pode Iaver *itigaç(es9 co*o acontece na contage* do pra0o deação rescisAria co* ase na sL*ula "/1 do KTJ.

. 1feito suspensivo.

' apelação9 de regra9 te* efeito suspensivo. ' regra no sentido de 8ueinterposto o recurso de apelação9 a sentença recorrida não produ0 efeitos at o

 julga*ento do recurso. 3ssa regra geral9 8ue est, consignada no art. $2/9 co*portaexceç(es. 3* casos expressa*ente previstos e* lei9 nAs va*os ter a supressão do efeitosuspensivo. '# se di0 8ue a apelação vai ser receida no efeito *era*ente devolutivo.3ssas IipAteses excepcionais deve* estar previstas e* lei. Fos incisos do art. $2/ nAste*os algu*as situaç(es e* 8ue a apelação não ter, efeito suspensivo9 todavia9 se certo 8ue para 8ue não exista efeito suspensivo preciso expressa previsão legal9 poroutro lado9 não *enos certo 8ue essas express(es legais não se exaure* no art. $2/. 'legislação extravagante tra0 outras situaç(es. 3x.? no *andado de segurança Glei12./1&6/H9 nas aç(es locat#cias Gart. $ da lei .2"$61H.

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Direito Processual Civil III

Art. 520. A apelação será re#e%ida e$ seu e"eito deolutio e suspesio. Berá, o

etato, re#e%ida sC o e"eito deolutio, uado iterposta de seteça ue&

- >o$ologar a diisão ou a de$ar#ação

- #odear prestação de ali$etos

- julgar a liuidação de seteça '(edação dada pela )ei * 5.925, de 1*.10.1973+ 

'(eogado pela )ei * 11.232, de 2005+

; - de#idir o pro#esso #autelar

; - rejeitar li$iar$ete e$%argos ee#ução ou julgá-los i$pro#edetes

; - julgar pro#edete o pedido de istituição de ar%itrage$.

; - #o"ir$ar a ate#ipação dos e"eitos da tutela

A epressão apelação re#e%ida o duplo e"eito sigi"i#a ue ela ai ser re#e%ida os

e"eitos deolutio e suspesio.

A pri$eira >ipCtese e$ ue a apelação será re#e%ida apeas #o$ e"eito deolutio

uado >o$ologa a diisão ou de$ar#ação de terras. Esse pro#edi$eto de diisão ou

de$ar#ação de terras ai ser o%jeto de estudo esse se$estre aida. Esse pro#edi$eto

%i"ási#o. Be algu$ ai a ju!o ueredo de$ar#ar ou diidir terras o jui! ai aalisar se >á o

direito de de$ar#ar ou diidir, e >aedo, ual seria a li>a de$ar#atCria ou a li>a diisCria.

Etão o jui! ai pro"erir u$a pri$eira seteça. =essa 1Y seteça ele pode julgar

i$pro#edete o pedido, di!edo ue ão >á o direito de diidir o de$ar#ar. Fu pode julgarpro#edete, #aso e$ ue ele ai #erti"i#ar o direito de diidir ou de$ar#ar e esta%ele#er as

li>as diisCrias e de$ar#atCrias. @rasitada e$ julgado essa seteça, ii#ia-se u$a seguda

"ase o pro#edi$eto ue o ue se #>a$a de "ase de tra%al>o de #a$po, a ual o jui! ai

o$ear peritos agri$esores para, #o$ %ase o uato deter$iado a #oisa julgada, eles ão

a #a$po e ão "i#ar os $ar#os. E#errado o tra%al>o de #a$po, o jui! ai pro"erir u$a outra

seteça, ue a seteça ue >o$ologa a diisão ou de$ar#ação.

A pri$eira seteça desa"ia re#urso de apelação a ser re#e%ido o duplo e"eito. Esta

seguda seteça, desa"ia apelação a ser re#e%ida apeas o e"eito deolutio. :or isso a lei

"ala e$ seteça ue >o$ologa a diisão ou de$ar#ação de terras. :ara ue ão se #o"uda#o$ a pri$eira seteça desse pro#edi$eto %i"ási#o.

A aus?#ia de e"eito suspesio essa >ipCtese de#orre da prCpria lCgi#a das #oisas.

:er#e%a$. /urate a seguda "ase, o perito ai #olo#ar $ar#os o #a$po e o jui! >o$ologa

essa de$ar#ação. Be a apelação tiesse e"eito suspesio os $ar#os teria$ ue ser retirado e

a ão se teria o al#a#e pretedido.

=o #aso do i#iso , será re#e%ido o re#urso, apeas o e"eito deolutio, e$ relação a

seteça ue #odear prestação de ali$etos. Fs ali$etos eiste$ para ia%ili!ar a

prCpria su%sist?#ia do ali$etado. Etão, se a seteça #odea ao paga$eto deali$etos, a apelação ão poderá ter e"eitos suspesios, pois o ali$etado pre#isará

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Direito Processual Civil III

re#e%er, de logo, esse ali$etos, so% pea de ser iia%ili!ada a sua prCpria su%sist?#ia.

Etão, esses ali$etos serão de logo eigeis, aida ue >aja iterposição de re#ursão. F

etedi$eto $ajoritário de ue esses ali$etos do i#iso #orrespode$ so$ete aos

ali$etos legais. Fs ali$etos legais são aueles de#orretes apeas do direito de "a$lia.

Eiste$ outras "otes para o surgi$eto da o%rigação de #aráter ali$etar. E.& a práti#a de ato

il#ito pode gerar o paga$eto de ali$etos egC#ios jurdi#os pode$ o%rigar algu$ ao

paga$eto de ali$etos, $as esses ali$etos a ue se re"ere$ o i#iso são os ali$etos do

direito de "a$lia. =essas >ipCteses, o re#urso de apelação ão terá e"eito suspesio.

F%s.& ão toda seteça ue ersa $atria de ali$etos ue a apelação ão terá

e"eito suspesio. Bo$ete ão terá e"eito suspesio auela seteça ue #odee ao

paga$eto de ali$etos. E.& as açes reisioais de ali$etos ão se está tedo a

#odeação de ali$etos. Be está tedo a reisão de ali$etos. =as açes eoeratCrias

ta$%$. =esses #asos, o e"eito suspesio dee ser #o#edido apelação.

F i#iso "oi reogado.

F i#iso ; di! ue ão terá e"eito suspesio a apelação #otra seteça ue de#ide

o pro#esso #autelar. ;o#?s já sa%e$ ue o proi$eto #autelar será #o#edido uado >á a

#oerg?#ia de dois reuisitos& o "u$us %oi iuris e o peri#ulo i $ora. :ara ue >aja

proid?#ia #autelar pre#iso ue >aja u$a situação tal ue o ris#o do tras#urso do te$po

#oloue e$ #>eue a utilidade da prestação jurisdi#ioal. Be >á peri#ulo i $ora >á urg?#ia

a adoção da deter$iação judi#ial. Eata$ete por isso se supri$e o e"eito suspesio da

apelação.

F i#iso ; di! ue ão terá e"eito suspesio a apelação #otra seteça ue rejeitarli$iar$ete e$%argos ee#ução ou julgá-los i$pro#edetes. Fs e$%argos ee#ução,

atual$ete e$ #aráter e#ep#ioal, pode$ ter e"eito suspesio. Etão, o#? te$ u$a

ee#ução ii#iada. Be >á e$%argos e aos e$%argos são atri%udos e"eitos suspesios, a

ee#ução para. Uuado se rejeita os e$%argos, se a apelação iterposta tier e"eito

suspesio, a ee#ução #otiuará parada. Etão, o ra#io#io do legislador atual ue a regra

ue os e$%argos ão te>a$ e"eito suspesio e iterpostos os e$%argos, a ee#ução

#otiue. Qá #asos e#ep#ioais e$ ue os e$%argos t?$ "eitos suspesios e esses #asos,

#o$o #ose#tário lCgi#o a ee#ução ai parar. as, rejeitados os e$%argos pela seteça de 1*

grau a ee#ução dee seguir. F $e#ais$o utili!ado pelo legislador para garatir ue essa

ee#ução prossiga a"astar o e"eito suspesio. F art. 739-A, <1* do D:D trata das >ipCteses

e$ ue será atri%udo e"eito suspesio a esses e$%argos ee#ução.

F i#iso ; di! ue ão terá e"eito suspesio a apelação #otra seteça ue julgar

pro#edete o pedido de istituição de ar%itrage$. F sujeito pode ter #ele%rado #o$ algu$

u$ #otrato ue te>a u$a #láusula ar%itral. Burge a lide e u$ desses #otratates ão uer

"ir$ar o #o$pro$isso ar%itral, iia%ili!ado a solução parti#ular ue "oi eleita pelas partes.

Etão, u$ dos #otratate poderá ajui!ar u$a ação judi#ial para #o$pelir o outro #otratate

a #ele%rar o #o$pro$isso ar%itral. F jui! ai pro"erir u$a seteça i$podo, uele

#otratate relutate e$ ia%ili!ar a solução ar%itral, o%rigação de "a!er #osistete a

#ele%ração do #o$pro$isso ar%itral. =ão >á setido e$ di!er ue auele #o$ado ue lea

istituição do ju!o ar%itral sC eigel apCs o julga$eto do re#urso de apelação. Be o jui! de

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Direito Processual Civil III

1* grau #odeou u$ dos #otratates a se su%$eter ao ju!o ar%itral, idepedete$ete da

iterposição de apelação, euato essa apelação e de$ais re#ursos estiere$ tra$itado, o

 jui! ar%itral será #ostitudo e o pro#esso ar%itral se deseolerá.

F i#iso ; di! ue ão terá e"eito suspesio a apelação #otra a seteça ue

#o"ir$ar a ate#ipação dos e"eitos da tutela. Esse i#iso pre#isa ser iterpretado para $ais doue está es#rito a.

=u$a eegese literal, a$os pesar u$ pro#esso judi#ial. /eter$iado sujeito pade#e

de #erta $olstia e etra #o$ ação judi#ial para ue o :oder :%li#o l>e "oreça o

$edi#a$eto. F Estado #o$pelido, por $eio de ate#ipação dos e"eitos da tutela, a etregar

o $edi#a$eto. Be o Estado o%rigado, por $eio de u$a ate#ipação dos e"eitos da tutela, a

etregar o $edi#a$eto, a partir desse $o$eto o Estado ai ter etregar o $edi#a$eto. V

u$ proi$eto e$ #ogição su$ária. E$ dado $o$eto, o jui! pro"ere u$a seteça. A

seteça u$ proi$eto e$ #ogição eauriete. F ue ue a#ote#e #o$ o proi$eto

de #ogição su$ária Ele su%stitudo. Eu te>o o pro"eri$eto de u$a seteça ue#o"ir$a a ate#ipação da tutela. Essa seteça desa"ia re#urso de apelação. Be a apelação "or

re#e%ida #o$ e"eito suspesio o autor ão ai poder #otiuar re#e%edo os $edi#a$etos,

euato o re#urso estier e$ tra$itação. @e$ lCgi#a ue para u$ proi$eto de #ogição

su$ária ele re#e%a o $edi#a$eto, e agora ue se #o"ir$ou ue ele te$ o direito ao

$edi#a$eto, por $eio de #ogição eauriete, o "ore#i$eto do $edi#a$eto #esse

=e>u$a. Etão, este tipo de seteça desa"ia re#urso de apelação se$ e"eito suspesio.

Be$ e"eito suspesio so$ete o ue #o"ir$a a ate#ipação de tutela. :orue essa seteça

pode #oter #aptulos outros. E.& supo>a, por ee$plo, ue esta seteça #odee o ru a

"ore#er o $edi#a$eto, #odee o ru ao paga$eto de idei!ação por daos $orais,

#odee o ru ao paga$eto de idei!ação por daos $ateriais. A apelação ão te$ e"eito

suspesio o ue se re"ere etrega de $edi#a$etos porue e$ relação a esse #aptulo >á

a #o"ir$ação dos e"eitos da ate#ipação da tutela. Uuato aos dois outros #aptulos o e"eito

suspesio se opera.

Esse dispositio dee ser iterpretado de "or$a etesia. ;a$os supor ue esse

sujeito ue está pre#isado do $edi#a$eto, ão logrou a o%teção de ate#ipação dos

e"eitos da tutela o #urso do pro#esso. Agora, a seteça, o jui! julga pro#edete e, a

prCpria seteça, #o#ede a ate#ipação de tutela. Be eu re#e%er a apelação #otra essa

seteça ue #o#ede a ate#ipação dos e"eitos da tutela #o$ e"eito suspesio, eu ou estardado #o$ u$a $ão e tirado #o$ a outra. A atri%uição de e"eito suspesio seteça ue

#o#ede a ate#ipação de tutela, i$pli#aria a prCpria egatia dessa ate#ipação de tutela. A

seteça ue #o#ede a ate#ipação de tutela ta$%$ desa"ia re#urso de apelação se$ e"eito

suspesio, o ue #o#edida a ate#ipação de tutela. Be te$ $atria outra ue ão "oi

a%ar#ada pela ate#ipação de tutela, uato a essas $atrias outras, Cs a$os ter o e"eito

suspesio se operado.

A seteça ue reoga a ate#ipação de tutela. F jui! #o#ede a ate#ipação de tutela

$as a seteça ele reoga a ate#ipação de tutela. F jui! poderia reogar a ualuer te$po

os e"eitos da tutela e a partir desse $o$eto ela deiaria de produ!ir seus e"eitosi$ediata$ete. @e$ setido essa reogação ão produ!ir e"eitos i$ediatos e u$a reogação

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Direito Processual Civil III

ue poderia ser "eita aterior$ete produ!ire$ seus e"eitos i$ediata$ete =ão. Etão, a

apelação #otra seteça ue reoga a ate#ipação de tutela re#e%ida se$ e"eito suspesio.

6. !mula im"editiva de recursos.

Essa uestão está positiada o <1* do art. 518 do D:D&

Art. 518. terposta a apelação, o jui!, de#larado os e"eitos e$ ue a re#e%e, $adará

dar ista ao apelado para respoder.

< 1o F jui! ão re#e%erá o re#urso de apelação uado a seteça estier e$

#o"or$idade #o$ s$ula do Buperior @ri%ual de Pustiça ou do Bupre$o @ri%ual ederal.

/e a#ordo #o$ essa or$a, se >á lastro su$ulado a seteça o re#urso de apelação

ão será ad$itido.

sso a ão te$ ada a er #o$ a s$ula i#ulate porue a s$ula i#ulate o%rigaa julgar de u$ ou outro setido. Qá u$ egessa$eto das de#ises #o$ a s$ula i#ulate.

Be o jui! julgou #o$ %ase e$ u$a s$ula o re#urso de apelação ão será ad$itido. Assi$,

para superar o etedi$eto ue te>a sido su$ulado, a parte dee #oe#er o jui! a julgar

#otra a s$ula. A os re#ursos so%e$.

Be o jui! julga #o$ %ase e$ s$ula, o re#urso de apelação ão so%e. Algu$as

#osideraçes dee$ ser "eitas e$ relação a isso. :ri$eiro, isso #orrespode alori!ação do

pre#edete judi#ial. Begudo, isso euiale a u$ pressuposto de ad$issi%ilidade espe#"i#o da

apelação.

As regras postas para a apelação, e$ grade parte, se estede$ aos de$ais re#ursos, e

essa or$a ela ão te$ apli#a%ilidade restrita apelação. Ela se apli#a a todo e ualuer

re#urso sujeito duplo ju!o de ad$issi%ilidade ' auele ue te$ a sua ad$issi%ilidade "eita

a orige$ e depois reista o tri%ual+. @oda e! ue >á esse duplo ju!o de ad$issi%ilidade

i#ide o <1* do art. 518. Essa #ausa de iad$issi%ilidade do re#urso ai ser apli#ada ta$%$,

por ee$plo, ao re#urso io$iado dos Pui!ados apli#ado ta$%$ ao re#urso ordiário

#ostitu#ioal.

Esta or$a ai se >ar$oi!ar #o$ o art. 557. F art. 557 #uida das >ipCteses e$ ue o

relator, a apelação, pode julgar $oo#rati#a$ete o re#urso. /etre auelas >ipCteses te$auela ue di! da apelação ue #otraria s$ula ou jurisprud?#ia do B@, do B@P ou do

prCprio tri%ual.

E$ ue pese tudo isso, esse <1* do art. 518 te$ u$a apli#a%ilidade $uito restrita a

práti#a. Ela te$ u$a apli#a%ilidade $uito restrita porue i+ para ue >aja a iad$issi%ilidade

do re#urso e#essário ue a $atria i#a tratada o re#urso diga respeito ao te$a e$ ue

>á #otrariedade a s$ula ou a #aptulo da seteça lastreado e$ s$ula. V $uito di"#il ue

o#? te>a u$a seteça toda ela lastreada e$ s$ula. E.& eu te>o u$ $adado de

seguraça julgado. =esse $adado eu te>o árias uestes dis#utidas. Uuato a u$ dos

pedidos >á s$ula. Uuato aos outros 2 ão >á s$ula. Be o re#orrete so$ete dis#utir o#aptulo da seteça lastreado e$ s$ula o re#urso dele ão so%e. as se ele dis#utir algu$

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Direito Processual Civil III

#aptulo, ele i$proael$ete iria dis#utir o lastreado e$ s$ula. F or$al ue ele dis#uta

tudo. ii+ aida ue a seteça te>a u$ i#o #aptulo lastreado e$ s$ula, ão %asta ue

>aja "uda$eto su$ular para ue o re#urso ão seja ad$itido. F ue lea ao "ato de o

re#urso ão ser ad$itido ão o "ato da seteça estar "udada e$ s$ula, $as o "ato do

apelate preteder dis#utir o seu re#urso u$ etedi$eto su$ulado e $ais o "ato do

re#urso iterposto isar e#lusia$ete dis#utir o "uda$eto su$ulado. uitas e!es as

dis#usses ão girar e$ toro de outros aspe#tos ue ão o etedi$eto su$ulado. E.& a

s$ula 130 do B@P di! ue o esta%ele#i$eto #o$er#ial respode pelo "urto de e#ulos

o#orrido e$ seu esta#ioa$eto. A o#? para seu #arro auela área prCi$a ao guate$i

i$agiado ue auela área "a! parte do esta#ioa$eto do guate$i. F jui! #odea o

guate$i a ressar#ir os preju!os. Be o guate$i apela di!edo ue ão deer dele respoder

pelos daos #ausados por "urto de e#ulos #ausados e$ seus esta#ioa$etos, essa apelação

ão ai ser #o>e#ida. V $ais proáel ue o guate$i dis#uta ue auele lo#al e$ ue o #arro

estaa ão seu esta#ioa$eto ou ue >oue #ulpa e#lusia, o ue ro$peria o eo #ausal.

#. aneamento de nulidades (no $m%ito do "r&"rio tri%unal).

A $atria está o <4* do art. 515&

Art. 515. A apelação deolerá ao tri%ual o #o>e#i$eto da $atria i$pugada.

< 4o Dostatado a o#orr?#ia de ulidade saáel, o tri%ual poderá deter$iar a

reali!ação ou reoação do ato pro#essual, iti$adas as partes #u$prida a dilig?#ia, se$pre

ue possel prosseguirá o julga$eto da apelação.

Essa outra or$a ue se apli#a a todos os re#ursos e ão sC ao de apelação

=ão raro o pro#esso as#ede ao tri%ual >aedo #io. F #io saáel e o tri%ual

teria #o$o #orrigir esse #io $as o tri%ual, e$ e! de #orrigir o #io, $ada %aiare$ os

autos orige$ para ue o #io seja suprido lá. BC depois ue o pro#esso olta a su%ir. F art.

515 per$ite ue o prCprio tri%ual #oserte o #io saáel. V u$a de#orr?#ia lCgi#a dos

pri#pios da #eleridade e da e#oo$ia pro#essual. E.& a parte e#ida apela. F jui! re#e%e a

apelação. ;ai iti$ar a parte e#edora para prestar #otrarra!es. A parte apreseta e os

autos so%e$ ao tri%ual. ;a$os supor ue a pu%li#ação para apresetar #otrarra!es deiou

de #oter o o$e do adogado. :or #oseS?#ia o re#orrido ão to$ou #o>e#i$eto e ão

apresetou #otrarra!es. Fs autos so%e$ se$ #otrarra!es. Essa or$a per$ite ue oprCprio tri%ual #oserte o #io.

'. ulamento oriinário de m*rito.

Essa $atria está posta o <3* do art. 515 do D:D&

Art. 515. A apelação deolerá ao tri%ual o #o>e#i$eto da $atria i$pugada.

< 3o =os #asos de etição do pro#esso se$ julga$eto do $rito 'art. 267+, o tri%ual

pode julgar desde logo a lide, se a #ausa ersar uestão e#lusia$ete de direito e estier e$

#odiçes de i$ediato julga$eto.

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Direito Processual Civil III

V apli#ada a todo re#urso ue te$ e"eito deolutio ou $isto ou prCprio.

Qá u$ pro#esso. Esse pro#esso julgado e etito se$ ea$e do $rito. Essa

seteça ue etiguiu o pro#esso se$ ea$e do $rito desa"ia re#urso de apelação. F

tri%ual, se presetes os reuisitos a postos, está autori!ado, a"astado a #ausa de etição do

pro#esso se$ ea$e do $rito, a pro#eder ao julga$eto do prCprio $rito. sso altera asiste$áti#a ue i>a sedo apli#ada at 2002. E.& o#? ti>a a etição do pro#esso se$

ea$e do $rito por seteça. Qaia apelação. Be o tri%ual etedesse ue a ilegiti$idade

passia ue esejou essa etição ão estaa #o"igurada, ele re"or$aa a seteça para

a"astar a ilegiti$idade passia e %aiaa os autos ao jui! de 1* grau para ue ele julgasse o

$rito. Be di!ia ue ão poderia o tri%ual apre#iar origial$ete o $rito pois estaria

>aedo supressão de istG#ia. F tri%ual estaria de#idido se$ ue, e$ pri$eiro grau, a

de#isão o#orresse. Este ra#io#io sC justi"i#áel se eu passo da pre$issa ue o ea$e a

orige$ o%rigatCrio e para partir da pre$issa de ue o ea$e a orige$ o%rigatCrio eu teria

ue adotar o pri#pio do duplo grau de jurisdição #o$o pri#pio a%soluto.

A or$a per$ite ue o $rito seja ea$iado origial$ete o tri%ual uado >á

u$a apelação de seteça ue etiguiu o pro#esso se$ ea$e do $rito e o tri%ual

etedeu ue ão era a >ipCtese de etição do pro#esso se$ ea$e do $rito. Ela dá u$

ga>o $uito grade e$ e#oo$ia pro#essual e e$ #eleridade.

Ele se apli#a a todo re#urso ue te$ esse e"eito deolutio prCprio ou $isto.

(euisitos e#essários para a apli#ação do art. 515, <3* do D:D.

a+ Uuestão e#lusia$ete de direito. Uuado o legislador usa essa lo#ução ele uer

"a!er $eção a u$a dessas 3 >ipCteses& i+ $atria de "ato e de direito a ual os "atos são

i#otroersos ii+ $atria de "ato e de direito a ual >á #otrorsia uato aos "atos $as já

reside os autos a proa desses "ato 'a proa já "oi produ!ida+ iii+ $atria de "ato e de direito,

a ual as proas ão "ora$ produ!idas $as já se deu s partes a oportuidade de "a!?-lo.

%+ Dodição de i$ediato julga$eto. Be o#? tier dida a#er#a da preseça desse 1*

reuisito, "aça o seguite ra#io#io& re"or$ei a seteça ue etiguiu o pro#esso se$ ea$e

do $rito e, apli#ado a siste$áti#a aterior eu $ado os autos %aiare$ orige$. F ue

ue o jui! ai "aria se re#e%esse os autos Be a resposta "or sete#iar, sigi"i#a di!er ue o#?

está e$ #odiçes de julgar o $rito origial$ete. Be a resposta "or algo do tipo a%rir ista

parte para produ!ir per#ia, reali!ar ispeção judi#ial. sso sigi"i#a ue o pro#esso ão está e$

#odição de julga$eto origiário.

=ão se etededo o pri#pio do duplo grau de jurisdição #o$o u$ pri#pio

a%soluto, #ostitu#ioal a or$a do <3* do art. 515 do D:D.

:ara ue >aja o julga$eto origiário de $rito pre#iso ue a parte reueira F

te$a #o$porta dis#ussão. Uue$ di! ue si$, a"ir$a ue estaria >aedo o"esa ao pri#pio

do positio. =ão pare#e ra!oáel para Bodr porue a regra do positio di! ue o pro#esso se

istaura por ii#iatia da parte e se deseole por i$pulso o"i#ial. =ão se teria, portato,

istauração do pro#esso e si$ deseoli$eto do pro#esso. Qá ue$ diga ue pode >aer

re"or$atio i pejus. =a erdade a proi%ição da re"or$atio i pejus de#orre da e#essidade de

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Direito Processual Civil III

o%serG#ia do e"eito deolutio. =ão >á e>u$a iolação i$posta pelo e"eito deolutio se

o $rito está sedo ea$iado. A ra!ão de ser desse ea$e de $rito reali!ar os pri#pios

de #eleridade pro#essual e e#oo$ia pro#essual. Qá iteresse p%li#o o al#a#e desses

pri#pios, ra!ão pela ual ão >á #o$o o Crgão julgador se "urtar apli#ação da or$a.

E$ stese, e$ ue pese esses etedi$etos diergetes, Bodr a#redita ue aapli#a%ilidade do art. 515, <3* 'para o julga$eto origiário de $rito+ idepede de

reueri$eto espe#"i#o da parte.

Esta or$a te$ u$a srie de e"eitos idiretos positios se o itrprete sou%er apli#ar

%e$ a or$a.

Beteça ue #ot$ erro i pro#ededo. /e a#ordo #o$ a @eoria Zeral do pro#esso,

se >á erro i pro#ededo dee-se pro#eder ialidação. E.& se >á "alta de "uda$etação,

te$-se a u$ erro i pro#ededo. Be o jui! re#o>e#e a eist?#ia desse erro e ele pode julgar

origial$ete a #ausa, porue ele ão poderia aditar a seteça para suprir os potos o$issosda "uda$etação Be ele pode o $ais porue ão poderia o $eos Futro ee$plo o da

seteça #itra petita. ;o#? te$ u$a seteça ue ão ea$iou ada. ;o#? e$ e apela. F

art. 515, <3* per$ite ue o#? ea$ie tudo. Eu te>o u$a seteça ue julgou 4 pedidos e

ão julgou 1 pedido 'seteça #itra petita+. :or ue eu ão posso ter o julga$eto origiário

desse pedido o tri%ual Uue$ pode o $ais pode o $eos.

Futro ee$plo ue Bodr #ita o #aso de ate#ipação de tutela. F jui! di! ue se

resera a apre#iar a ate#ipação de tutela depois da oitia da ru. Qá a u$ #aráter de#isCrio.

Be >á u$ agrao e o dese$%argador re#o>e#e ue a $atria urgete e te$ ue ser julgada

de logo, ele 'dese$%argador+ pode já de#idir ta$%$ se de"ere ou ão a ate#ipatCria. Bepode o julga$eto origiário de $rito do proi$eto "ial 'seteça+ porue ão poderia de

u$a de#isão iterlo#utCria Bodr a#>a ue pode.

+. nova-es fáticas e /urídicas.

F art. 517 trata da $atria.

Art. 517. As uestes de "ato, ão propostas o ju!o i"erior, poderão ser sus#itadas a

apelação, se a parte proar ue deiou de "a!?-lo por $otio de "orça $aior.

F ue ue eu posso tra!er #o$o ioação e o ue ue eu ão posso tra!er #o$oioação. Está dito ue eu ão posso tra!er "ato oo.

:ri$eiro, pre#iso sa%er se esse "ato #osiste e$ u$a #ausa de pedir autRo$a ou

ão. V auela dis#ussão etre "ato jurdi#o e "ato si$ples. Be o "ato jurdi#o ele #orrespode a

u$a #ausa de pedir autRo$a. A, pou#o i$porta a eist?#ia ou ieist?#ia de "orça $aior,

porue o#? ão pode tra!er esse "ato oo, porue seria iserir oa #ausa de pedir o

pro#esso, $uito depois do saea$eto. F "ato oo, tra!ido e$ #aráter e#ep#ioal ão pode

i$pli#ar e$ iserção de #ausa de pedir oa o pro#esso. F "ato oo ue pode ser tra!ido,

portato, o "ato si$ples e ão o "ato jurdi#o.

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Direito Processual Civil III

Begudo, ão todo e ualuer "ato si$ples ue pode ser tra!ido e$ sede de

apelação. Bo$ete auele "ato si$ples ue ão pode ser alegado e$ 1* grau, e$ ra!ão de

"orça $aior. A >ipCtese $ais #o$u$ de "ato supereiete seteça. V a apli#ação da regra

do art. 462 do D:D. Be ão >á "orça $aior, e$ o "ato si$ples pode ser tra!ido ao pro#esso.

Alegado o "ato si$ples, dee-se proá-lo. =o etedi$eto de Bodr, essa proa dee ser

do#u$etal porue ão se ai rea%rir a istrução pro#essual e$ sede de tri%ual. sso es#apa

dos li$ites estreitos do pro#essa$eto do re#urso. Qá ue$ diga ue o tri%ual pode rea%rir a

istrução pro#essual. redie u$ deles.

Uuato ioação do direito ão >á e>u$. A alegação de oas ra!es jurdi#as a

i#idire$ so%re auele "ato ue já são o%jeto de istrução o pro#esso ão >á e>u$

pro%le$a.

+4 aula 5 /"6/"62/11

Daptulo 2 - Agraos1. Dosideraçes gerais. 2. odalidades. 2.1. (etido. 2.2. tero 'regi$etal+. 2.3.

/e stru$eto. 2.3.1. or$ação. 2.3.2. terposição. 2.3.3. :ro#essa$eto.

1. onsidera-es erais.

Esses re#ursos de agrao se presta$ i$pugação de dois proi$etos judi#iais

distitos& de#ises iterlo#utCrias e de#ises $oo#ráti#as. F pri$eiro passo idi#ar as

>ipCteses de utili!ação desse agrao.

A de#isão iterlo#utCria desa"ia, de regra, agrao retido. as, e$ situaçes

e#ep#ioais, Cs a$os ter a o%rigatoriedade de utili!ação de agrao de istru$eto #otra

de#isão iterlo#utCria. F art. 522 #uida de 3 situaçes e$ ue o agrao será de istru$eto,

o #aso de de#ises iterlo#utCrias.

Art. 522. /as de#ises iterlo#utCrias #a%erá agrao, o pra!o de 10 'de!+ dias, a

"or$a retida, salo uado se tratar de de#isão sus#etel de #ausar parte lesão grae e de

di"#il reparação, %e$ #o$o os #asos de iad$issão da apelação e os relatios aos e"eitos

e$ ue a apelação re#e%ida, uado será ad$itida a sua iterposição por istru$eto.

Ao logo do pro#esso pode$ ser pro"eridas de#ises iterlo#utCrias. As partes ãosedo iti$adas do teor dessas de#ises iterlo#utCrias. Be ão >á a iterposição de re#urso

Cs a$os ter a pre#lusão se operado e$ relação $atria de#idida. F legislador %us#a, #o$

o agrao retido, eitar a "or$ação dessa pre#lusão.

F agrao #>a$ado retido porue ele ai a"astar a possi%ilidade de pre#lusão $as ele

ão possi%ilita o ea$e i$ediato da irresigação. terposto o agrao retido, ou o jui! se

retrata ou etão uado pro"eria a seteça e o pro#esso á ao tri%ual, por "orça de re#urso

de apelação, os agraos retidos ão ser reiterados, so% pea de se presu$ir a desist?#ia. F

agrao ai "i#ar os autos. Ao "ial, >aerá o julga$eto da #ausa e se a parte ue agrao de

"or$a retida desejar aida dis#utir a $atria, ela ai reiterar esse agrao retido, e$ sede deapelação, ou de #otrarra!es.

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Direito Processual Civil III

F ue #ara#teri!a o agrao retido ue ele a"asta a possi%ilidade de pre#lusão $as ele

ão ai possi%ilitar u$a redis#ussão i$ediata da $atria de#idida. Esta dis#ussão "i#a

postergada para o $o$eto de dis#ussão da apelação.

Qá u$a ted?#ia legislatia e$ $ai$i!ar a utili!ação do agrao retido e redu!ir as

>ipCteses de utili!ação do agrao de istru$eto. A ra!ão ue a parte possa ter iterpostou$ agrao retido, $as ao "ial te>a sido itoriosa a sua ação. Etão, ela,e$ li>a de

pri#pio, ão ai ter $ais iteresse de reiterar a dis#ussão dessa $atria. Etão, eitou-se o

ea$e de u$ re#urso pelo tri%ual o ue ão o#orreria se tiesse sido iterposto u$ agrao

de istru$eto.

Do$ a re"or$a de 2005, eu posso a"ir$ar a o#?s ue as >ipCteses de utili!ação dos

agraos de istru$etos são taatias. F art. 522 ai esta%ele#er essas >ipCteses. F legislador

sC #olo#a #o$ >ipCteses de utili!ação do agrao de istru$eto as situação e$ ue a utili!ação

do agrao retido ão seria re#urso idReo.

Art. 522. /as de#ises iterlo#utCrias #a%erá agrao, o pra!o de 10 'de!+ dias, a

"or$a retida, salo uado se tratar de de#isão sus#etel de #ausar parte lesão grae e de

di"#il reparação, %e$ #o$o os #asos de iad$issão da apelação e os relatios aos e"eitos

e$ ue a apelação re#e%ida, uado será ad$itida a sua iterposição por istru$eto.

A pri$eira >ipCtese trata de de#isão iterlo#utCria ue iad$ite o re#urso de apelação.

V u$a situação e$iete$ete o%jetia. F agrao retido reiterado #o$o preli$iar de

apelação ou #o$o #otrarra!es. Ele julgado por o#asião de julga$eto da apelação. Be o jui!

iad$ite a apelação, ele ai re$eter essa apelação ao tri%ual =ão. Etão, o#?s per#e%e$

ue o agrao retido iidReo para i$pugar a de#isão iterlo#utCria ue iad$ite aapelação. Be o jui! iad$ite a apelação ele ai deter$iar a re$essa dos autos ao aruio.

Etão, ão >á #o$o o agrao retido #>egar ao tri%ual se a i$pugação de dá e$ "a#e de u$a

iterlo#utCria ue iad$ite a apelação. F agrao retido iidReo para "is de ia%ili!ação do

ea$e da irresigação da parte.

A seguda >ipCtese a da de#isão iterlo#utCria ue de#lara os e"eitos e$ ue a

apelação re#e%ida. Uuado se "ala e$ de#larar os e"eitos e$ ue a apelação re#e%ida

estar-se-á a "alar os e"eito suspesio. A >á duas situaçes e$ ue #a%erá agrao de

istru$eto& i+ de ão ter sido atri%udo o e"eito suspesio uado esse e"eito ti>a lugar ii+

do e"eito suspesio ter sido atri%udo uado ão deeria t?-lo sido.

F e"eito suspesio retira a ee#utoriedade do proi$eto judi#ial. F e"eito suspesio

#o$eça a se produ!ir a partir do $o$eto e$ ue o re#urso iterposto. Ele se produ! at o

 julga$eto do re#urso. Uuado ue eu ou ter o julga$eto do agrao retido F agrao

retido julgado #ojuta$ete #o$ a apelação. Uuado eu julgar o agrao retido, e esses

agraos retidos dis#ute$ os e"eitos da apelação, aida per$ae#e o o%jeto dele =ão. Eu

estou dis#utido u$ e"eito suspesio ue deeria ter se operado da iterposição do re#urso

at o julga$eto do re#urso. Uuado se julga o agrao retido e#essaria$ete se perdeu o

o%jeto. Eu estou dis#utido u$ e"eito ue sC se produ!iria at auele $o$eto. Assi$,

iidReo o agrao retido para i$pugar de#ises iterlo#utCrias ue #uide$ do e"eitosuspesio atri%udo ou ão apelação. Qá u$a iidoeidade do agrao retido para

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Direito Processual Civil III

i$pugação de de#ises iterlo#utCrias ue te>a$ de#larado os e"eitos de re#e%i$eto de

apelação.

As >ipCteses de iterposição de agrao de istru$eto te$ lugar as situaçes e$ ue

a iterposição do agrao retido seria iidReo para se dis#utir a $atria ue se pretede

dis#utir a ia re#ursal. Beria u$ re#urso iC#uo o agrao retido.

A ter#eira >ipCtese ão guarda u$ grau de o%jetiidade si$ilar s outras 2 já

estudadas. A ter#eira >ipCtese auela #otra de#isão #apa! de #ausar parte lesão grae,

irreparáel ou de di"#il reparação. A de#isão grae, #apa! de #ausar parte lesão grae,

irreparáel ou de di"#il reparação asso#iada a situaçes de urg?#ia. F agrao retido "i#a os

autos e sC será julgado $uito te$po depois apCs o pro"eri$eto da de#isão iterlo#utCria. Qá

#asos o #a$po da ida e$ ue a parte ão pode esperar. E.& algu$ ue pre#ise da

autori!ação da operadora de plao de sade para "a!er u$ trata$eto $di#o. F jui! de 1*

grau ide"ere a ate#ipação dos e"eitos da tutela. Be essa parte te$ urg?#ia a itereção

$di#a, ela ão pode agraar a "or$a retida. Algu$ ue está #o$ o o$e is#rito o B:D ouBerasa.

@odo #aso e$ ue se alega urg?#ia, >ipCtese de utili!ação do agrao de

istru$eto. V i#orreto ue essa >ipCtese de utili!ação de agrao de istru$eto se su%su$a

ao #aso de urg?#ia. @odo #aso de urg?#ia >ipCtese de utili!ação do agrao de istru$eto

#o$ %ase essa situação espe#"i#a. Etretato, eiste$ situaçes outras e$ ue ão >á

urg?#ia o #a$po da ida $as a de#isão iterlo#utCria desa"ia agrao de istru$eto. sso

porue a lesão grae, irreparáel ou de di"#il reparação de#orre do prCprio pro#essa$eto do

agrao retido. A Cs te$os ue ter u$ pou#o de %o$ seso. E.& supo>a u$a ação de

ee#ução. =u$a ação de ee#ução pe>orado e aaliado o i$Cel do ee#utado $as o

ee#utado o$eado depositário do %e$ e #otiua $orado a sua #asa. terpe-se o

agrao de istru$eto #otra de#isão iterlo#utCria ue deter$iou a pe>ora desse %e$ de

"a$lia. Qá urg?#ia "áti#a essa situação espe#"i#a =ão. Agora,a$os i$agiar ue ele

iterpo>a u$ agrao retido #otra a de#isão ue deter$iou a pe>ora do %e$. Qá a

aaliação do %e$ "oi "eita. ;ai ser iterposta a i$pugação, ue a "or$a de de"esa do

ee#utado a ee#ução. A i$pugação tra$ite e rejeitada. F jui! ai $adar o %e$ >asta

p%li#a. F %e$ ai ser edido e$ praça. F %e$ ai ser edido e$ praça, algu$ ai

arre$atar, ai #o$prar e #o$ a assiatura do auto de arre$atação a eda se tora per"eita e

a#a%ada, ão podedo ser des"eita. Essa pessoa perdeu o i$Cel reside#ial dela. =ão >aiaurg?#ia ue justi"i#asse a iterposição do agrao de istru$eto, $as o dao grae,

irreparáel ou de di"#il reparação se opera e$ ra!ão das pe#uliaridades do pro#essa$eto do

agrao retido.

Futro ee$plo o da de#isão iterlo#utCria ue rejeita a arguição de i#o$pet?#ia

a%soluta. A argSição iterposta e o jui! a#eita a sua i#o$pet?#ia a%soulta. $agie ue o

autor agrae retido. Esse pro#esso ai ter toda u$a tra$itação e$ 1* grau, ai ter todo o

pro#essa$eto da apelação para aos depois, uado essa apelação seja julgada, se te>a o

re#o>e#i$eto de ue, e"etia$ete, o ju!o origiário era i#o$petete. V ra!oáel, diate

de u$a dis#ussão e$ troo de u$a i#o$pet?#ia a%soluta, ue gera ulidade os atosde#isCrios, se postergar o julga$eto do re#urso por aos =ão ra!oáel.

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Direito Processual Civil III

Uuado se "ala da utili!ação do agrao de istru$eto se está di!edo ue ele ai ser

 julgado e$ situaçes taatias, preistas e$ lei. Be está a"ir$ado ue ele e#ep#ioal. Be

está a"ir$ado ue a regra o agrao retido.

Essa ter#eira >ipCtese de ad$issão do agrao de istru$eto já tra! #o#eitos jurdi#os

$ais a%ertos. =ão >á dida ue e$ u$a situação e$ ue >á urg?#ia o #a$po da ida a>ipCtese será de agrao de istru$eto. Etretato, e$ se$pre as pessoas irão #oergir

a#er#a do etedi$eto e$ toro da eist?#ia ou ieist?#ia de u$a situação urgete. F

ue u$a situação urgete sso passa $uito por %o$ seso. A, pode$ >aer dis#ussão

a#er#a do #a%i$eto ou ão do agrao de istru$eto esse tipo de situação.

Uuado se "ala e$ de#isão #apa! de #ausar a parte lesão grae, irreparáel ou de di"#il

reparação, se$ ue >aja urg?#ia o #a$po da ida, a se a%re u$ #a$po $uito $aior para

dis#ussão e$ toro da ad$issi%ilidade ou iad$issi%ilidade do agrao de istru$eto. F

dese$%argador, uado ea$iar a ad$issi%ilidade do agrao de istru$eto, dee aalisar

ão so$ete se >á urg?#ia o #a$po da ida $as se o pro#essa$eto dauele agrao a"or$a retida, ai #ausar preju!o grae á parte, ou se ra!oáel a i$posição desse preju!o

parte. Qá $uitas >ipCtese de #oersão de agrao de istru$eto e$ agrao retido se$ ue

>aja e"etia$ete a #ir#ustG#ia ue autori!asse essa #oersão. Qá #asos e$ ue são

eidetes.

@oda de#isão ue de"ere ou ide"ere ate#ipação de tutela de#isão ue dee desa"iar

agrao de istru$eto. :orue uado o#? ate#ipa a tutela ela produ! seus e"eitos at o

pro"eri$eto da seteça. F agrao retido será julgado #o$o preli$iar de apelação.

Uualuer #oersão de agrao de istru$eto e$ agrao retido, se a iterlo#utCria #uida de

ate#ipação de tutela, ou de proi$eto li$iar ou #autelar, u$a #oersão ue lea perda

do o%jeto do re#urso. E.& toda iterlo#utCria pro"erida e$ pro#esso de ee#ução desa"ia

agrao de istru$eto e ão agrao retido. sso porue a ee#ução sC sete#iada, o

$rito, uado se de#lara etita a o%rigação. /e ue ue adiata ao ee#utado dis#utir u$a

iterlo#utCria pro"erida a ee#ução uado ele já tee o seu patri$Rio, o%jeto de

apropriação 'ue pressuposto lCgi#o da satis"ação do #rdito do eeSedo a epropriação

do patri$Rio do ee#utado+ =ão te$ setido.

Uuado se %us#a essa eri"i#ação se o agrao de istru$eto ou retido o ue te$

ue se "a!er eri"i#ar, se #oertido e$ retido o agrao de istru$eto, aida per$ae#e

o%jeto re#ursal. Be re$aes#edo o%jeto re#ursal, ra!oáel i$por ao ee#utado este

graa$e.

Aida >á situaçes e$ ue Cs te$os a utili!ação do agrao de istru$eto #otra

seteças. Bão situaçes e#ep#ioais. =a "al?#ia >á duas "ases. Uuado se reuer a "al?#ia,

pre#iso se deter$iar se a >ipCtese ou ão de de#retação da ue%ra. Be >ipCtese de

de#retação da ue%ra, Cs te$os u$a >ipCtese de seteça, pois e#erra u$a "ase& a "ase

#ogitia do pro#esso "ali$etar. V a partir dessa seteça ue se ii#ia a ee#ução #oletia, a

"al?#ia. (euião dos %es do "alido, #oersão desses %es e$ di>eiro para paga$eto dos

#redores, de a#ordo #o$ a orde$ de pre"er?#ia. Essa seteça ue de#lara a ue%ra u$a

seteça ue desa"ia agrao de istru$eto. A ue ão de#lara a "al?#ia desa"ia apelação.

sso está a lei 11.101.

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Direito Processual Civil III

F art. 475-Q tra! u$a >ipCtese de seteça ue desa"ia agrao de istru$eto. V a

seteça ue julga a liuidação. Be a seteça do pro#esso de liuidação iluida Cs te$os

u$ pro#esso posterior de liuidação. =esse pro#esso de liuidação se ai uati"i#ar a

liuidação. E uado se te$ a uati"i#ação dessa liuidação, se e#erra u$a "ase do pro#esso

de liuidação e portato u$a seteça. as o art. 475-Q esta%ele#e a utili!ação do agrao de

istru$eto do agrao de istru$eto.

V #orreta a assertia ue di! ue as >ipCteses de utili!ação do agrao de istru$eto

são >ipCteses taatia$ete preistas e$ lei, $as essas >ipCteses ão se resu$e$ uelas

idi#adas a parte "ial do art. 522 do D:D.

Agrao itero 'regi$etal+

/e#ises $oo#ráti#as ta$%$ desa"ia$ agrao. A de#isão $oo#ráti#a pode, ou ão,

#o$portar i$pugação re#ursal. Do$portado i$pugação re#ursal, o re#urso #a%el o

agrao itero. Qá a e#essidade de possi%ilidade de re#urso #otra de#isão $oo#ráti#a. BC>á possi%ilidade de i$pugar, ia re#urso, de#isão $oo#ráti#a se a lei pro#essual pre? essa

possi%ilidade de i$pugação. :ri#pio da taatiidade re#ursal. Qaedo possi%ilidade de

iterposição de re#urso #otra de#isão iterlo#utCria a se terá, de regra a possi%ilidade de

utili!ação do agrao itero.

As >ipCteses de utili!ação do agrao itero estão espal>adas pelo #Cdigo. [ $edida

ue o D:D ai #uidado da possi%ilidade de pro"eri$eto de de#ises $oo#ráti#a ele ai

#uidado da possi%ilidade de iterposição de agrao itero #otra essa de#isão.

A de#isão do art. 557 desa"ia agrao itero.

Qá u$a de#isão $oo#ráti#a, espe#"i#a, ue ão desa"ia agrao itero, $as si$ o

agrao de istru$eto. Esse agrao de istru$eto está preisto o art. 544 do D:D. /a as

pessoas "alare$ do agrao de istru$eto do art. 525 e o agrao de istru$eto do art. 544. F

agrao de istru$eto do art. 544 deiou at de ser de istru$eto #o$ a re"or$a o#orrida de

2010.

A epressão agrao de istru$eto sigi"i#a ue #a%e ao re#orrete, uado

iterpo>a o re#urso, tra!er peças do pro#esso ue ão "or$ar u$ istru$eto prCprio.

Etão, essa >ipCtese do art. 544, #o$ a re"or$a de 2010, ão $ais, propria$ete u$agrao de istru$eto. Esse agrao do art. 544 te$ por o%jeto destra#ar re#urso espe#ial ou

re#urso etraordiário. Da%e presid?#ia ou i#e-presid?#ia dos tri%uais '@Ps ou @(s+

"a!ere$ o ju!o de ad$issi%ilidade do re#urso espe#ial ou do re#urso etraordiário. Be esse

 ju!o de ad$issi%ilidade egatio o re#orrete pode laçar $ão desse agrao do art. 544 para

destra#ar o espe#ial ou etraordiário.

2. odalidades de aravo.

2.1. Retido.

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Direito Processual Civil III

F agrao retido #a%el e$ "a#e de de#isão iterlo#utCria. A regra ue, #otra

de#isão iterlo#utCria, #ai%a o agrao retido, a ser iterposto o pra!o de 10 dias. Ele

iterposto por petição dire#ioada ao jui! de 1* grau. F agrao retido idepede da eig?#ia

de preparo ': do art. 522 do D:D+.

terposto o agrao retido, os autos são #o#lusos para o jui!, ue ai deter$iar aiti$ação para #otrarra!es. F re#orrido ai ter o pra!o de 10 dias para, ueredo, apresetar

#otrarra!es. Apresetas as #otrarra!es, ou tras#orrido o pra!o para tato, Cs a$os ter

oa #o#lusão e se "a#ulta ao $agistrado, etão, o ju!o de retratação e$ relação á de#isão

iterlo#utCria, o%jeto do agrao retido. Be ele se retrata, ele está dado proi$eto ao agrao

retido. Ele está oltado atrás. :ode ser ue a retratação á #otra os iteresses da parte ue

ates era a re#orrida. Assi$, #otra a retratação do jui! ai #a%er, ta$%$ agrao retido.

A regra, etretato, ue ão >aja essa retratação. Be ele ega a retratação, o agrao

"i#a retido os autos e o pro#esso segue. ;ai #>egar ao $o$eto, o "ial, e$ ue se terá u$a

seteça. Essa seteça desa"ia re#urso de apelação para o tri%ual. A ai #a%er parte uelaçou $ão do agrao retido, reiterar esse agrao retido #o$o preli$iar de apelação ou de

#otrarra!es. Be ão >á a reiteração presu$e-se a desist?#ia e$ relação ao re#urso. '<1* do

art. 523+&

Art. 523. =a $odalidade de agrao retido o agraate reuererá ue o tri%ual dele

#o>eça, preli$iar$ete, por o#asião do julga$eto da apelação.

< 1o =ão se #o>e#erá do agrao se a parte ão reuerer epressa$ete, as ra!es

ou a resposta da apelação, sua apre#iação pelo @ri%ual.

F agrao retido te$ de ter idi#ação da partes, #ausa de pedir e pedido re#ursal. As

#otrarra!es ta$%$ já "ora$ apresetadas. @e#i#a$ete, %astaria pedir a apelação pela

aálise o agrao retido. =a práti#a, uado o sujeito reitera, $uitas e!es ele tras#ree a

apelação auilo ue ele já disse o agrao retido, ou at deseole $ais os argu$etos do

agrao retido. =ão >á preju!o. F ue ele ão pode a#res#er pedidos. F ue ele ão pode

a#res#er oos "uda$etos. as ele poderá deseoler auele argu$eto ue "oi

deseolido lá atrás.

F agrao retido u$ re#urso de e"eito deolutio $isto. Etão, se "alta ele$eto

atiete ad$issi%ilidade, ela já pode ser de#larada e$ 1* grau $es$o.

=a práti#a, $uitas e!es, o jui! ão iti$a a parte #otrária para #otrarra!es. (e#e%e

o agrao retido e $at$ a de#isão agraada. =ão >á ulidade isso. Zera at e#oo$ia

pro#essual e #eleridade pro#essual. Be ão >oue retratação porue ai se perder te$po para

ue a outra parte o"ereça #otrarra!es. Be "or reiterada depois da seteça a a parte

re#orrida pode apresetar as #otrarra!es do agrao retido #o$o preli$iar de #otrarra!es

da apelação. =ão >á ulidade se$ preju!o, ra!ão pela ual a ão iti$ação do re#orrido, para

o"ere#i$eto de #otrarra!es ao agrao retido, ão gera ulidade se ão >á ju!o de

retratação.

A regra ue a reiteração se d? #o$o preli$iar de apelação ou de #otrarra!es, so%

pea de ão ad$issão do re#urso. Qá autores ue de"ede$ ue o agrao retido iterposto

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Direito Processual Civil III

pela a!edo p%li#a ão pre#isa ser reiterado. :ara Bodr esse ra#io#io pare#e ser "also

"al>o, pois todo priilgio dee ser iterpretado restritia$ete. A regra do art. 523, <1* u$a

regra se$ e#eção. =ão >á a e#lusão. Qá a e#essidade de reiteração, ode o legislador ão

distigue, ão dado ao iterprete distiguir, $or$ete #riado priilgio ão preisto e$ lei.

redie susteta essa posição, sustetado ue o agrao retido da a!eda :%li#a ão pre#isaria

de reiteração, #o$o sedo a etesão de reea$e e#essário. Bodr ta$%$ dis#orda desse

posi#ioa$eto porue reea$e e#essário está restrito s seteças e ão ás de#ises

iterlo#utCrias. :ara ele, te$ ue >aer a reiteração, so% pea de iad$issão do re#urso.

BC >á u$ #aso e$ ue se dispesa a reiteração. Be dispesa a reiteração por uestes

de orde$ práti#a e at $es$o pela i$possi%ilidade desta reiteração ter lugar. V o #aso e$ ue

os autos so%e$, so$ete por reea$e e#essário. Be igu$ re#orre os autos so%e$ por

reea$e e#essário, uado a a!eda :%li#a. Etão, ão >á espaço para ter essa

reiteração. F e#edor, ue ão a a!eda :%li#a, ão te$ ode reiterar o seu agrao.

:or ue ue o sujeito ai reiterar o agrao retido sC e$ #otrarra!es F agraoretido reiterado e$ sede de #otrarra!es por uestes de eetualidade. Za>ei. =ão te>o

ra!ão para re#orrer. A outra parte apelou. Etão, para a >ipCtese do apelo da parte #otrária

ser proido, eu estou reiterado $eu agrao retido. Bu#ede ue a seteça eio "aoráel.

A#ote#e ue se a parte #otrária apela, essa apelação pode ser proida. Etão, #o$o

preli$iar, ates de se aalisar o $rito da apelação o agraate reuer ue se ea$ie o

o%jeto do agrao. Be a apelação ão "or proida, $eu agrao retido ão ai ser ea$iado. Be a

apelação da parte #otrária a#ol>ida a si$ se ea$ia$ as #otrarra!es. A regra ue se

 julgue pri$eiro o agrao e depois a apelação, $as >á #asos e$ ue >á prejudi#ialidade etre

esses julga$etos. Be o agrao retido #odi#ioal para a >ipCtese de re"or$a da seteça,

pri$eiro te$ ue er se re"or$a ou ão a seteça.

A regra, at a lti$a re"or$a, ue o agrao retido seja iterposto a "or$a es#rita e

seja pro#essado os $olde a idi#ados. A#ote#e ue a re"or$a troue u$a >ipCtese e$ ue

o agrao retido ai ser o%rigatoria$ete oral. 'art. 523, <3*+&

< 3o  /as de#ises iterlo#utCrias pro"eridas a audi?#ia de istrução e julga$eto

#a%erá agrao a "or$a retida, deedo ser iterposto oral e i$ediata$ete, %e$ #o$o

#ostar do respe#tio ter$o 'art. 457+, ele epostas su#ita$ete as ra!es do agraate.

Be a de#isão iterlo#utCria "or pro"erida e$ audi?#ia de istrução e julga$eto oagrao será o%rigatoria$ete oral e será iterposto i$ediata$ete. Ius#a gerar e#oo$ia

pro#essual e #eleridade pro#essual.

F jui!, a $esa de audi?#ia pro"ere a de#isão. A parte apreseta, de "or$a oral, o

agrao retido. =a prCpria $esa o jui! deter$ia a iti$ação para #otrarra!es. As

#otrarra!es são apresetadas e$ $esa e e$ $esa o jui! "a! u$ eetual ju!o de retratação.

F agrao oral $as te$ ue ter o pedido de re"or$a ou de ialidação e te$ ue >aer a

idi#ação da respe#tia #ausa de pedir. @udo isso ai "i#ar #osigado e$ ata. Be, apCs o

pro"eri$eto da de#isão, a parte ão pediu a palara para iterpor o agrao, >oue pre#lusão.

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Direito Processual Civil III

uitos autores a"ir$a$ ue ualuer de#isão iterlo#utCria, pro"erida e$ ualuer

audi?#ia, desa"iaria agrao oral e i$ediato. E$ ue pese o ideal "osse esse, ão o ue está

a lei. Be a lei restrige eu ão posso partir para essa iterpretação a$pla. :or #autela, dee-se

"a!er o agrao oral e i$ediato #otra a de#isão pro"erida e$ $esa de audi?#ia, pois a"asta

ualuer dis#ussão uato ad$issi%ilidade do re#urso. Bodr etede ue sC #a%e agrao

oral e i$ediato para as iterlo#utCrias pro"eridas e$ audi?#ia de istrução e julga$eto, e

ão para todas as audi?#ias.

V C%io ue, a >ipCtese ser sus#etel de #ausar parte lesão grae, irreparáel ou de

di"#il reparação, o agrao ai ser de istru$eto. Eu a#osel>o o#?s ue peça palara para

di!er ue ai re#orrer e ue o "ará a "or$a de istru$eto, e$ ra!ão da i#id?#ia da parte

"ial do art. 522.

2.2 nterno.

F agrao itero u$ istru$eto re#ursal %astate si$ples. E$ erdade, jáestuda$os o pro#essa$eto desse agrao uado #uida$os do julga$eto $oo#ráti#o da

apelação.

F agrao itero #a%el #otra de#isão $oo#ráti#a, e$ ue pese eistire$ algu$as

de#ises $oo#ráti#as ue são irre#orreis.

Be >á u$a de#isão $oo#ráti#a, eu ou aalisar se ela desa"ia re#urso. Be ela desa"ia

re#urso este re#urso será o agrao itero, ressalada a iad$issi%ilidade de re#urso espe#ial

ou re#urso etraordiário. Esse agrao itero iterposto o pra!o de 5 dias,

idepedete$ete de preparo. Berá iterposto por $eio de petição es#rita dire#ioada aoprolator da de#isão $oo#ráti#a. =o agrao itero ão >á #otrarra!es. Fu o prolator da

de#isão olta atrás ele se retrata da de#isão. Be ele ão se retrata, ele ai lear o pro#esso para

ser julgado e$ $esa.

4 aula 5 /&6/"62/11

F tri%ual pode atri%uir o e"eito suspesio, aida ue a lei ão preeja 'art. 558 do

D:D+&

Art. 558. F relator poderá, a reueri$eto do agraate, os #asos de prisão #iil,

adjudi#ação, re$ição de %es, leata$eto de di>eiro se$ #aução idRea e e$ outros #asosdos uais possa resultar lesão grae e de di"#il reparação, sedo releate a "uda$etação,

suspeder o #u$pri$eto da de#isão at o prou#ia$eto de"iitio da tur$a ou #G$ara.

F relator, e$ ualuer situação, pode dar e"eito suspesio a u$ re#urso, aida ue

esse re#urso ão te>a legal$ete para ele preisão do e"eito suspesio. =essas >ipCteses >á

a #ojugação do ris#o de dao grae para parte e releG#ia da "uda$etação re#ursal.

2.3. ravo de instrumento.

2.3.1. orma-ão.

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Direito Processual Civil III

Esse re#urso de agrao de istru$eto se #ara#teri!a, uado #otejado ao agrao

retido, por per$itir u$ reea$e i$ediato da $atria. Euato o agrao retido "i#a os autos

do pro#esso e sC ai ser julgado uado do julga$eto da apelação, euato uestão

preli$iar, o agrao de istru$eto iterposto direta$ete o tri%ual.

=o re#urso de agrao de istru$eto >á u$a pe#uliaridade e$ relação aos outrosre#ursos aui já estudados. =o agrao de istru$eto se %us#a o ea$e i$ediato da de#isão

agraada 'do re#urso+ $as o pro#esso aida está tra$itato. Eu ão te>o #o$o pegar esse

pro#esso ue aida está tra$itado e $adar para o tri%ual para ue seja julgado o agrao de

istru$eto, porue seão eu iria paralisar o ada$eto do "eito e$ 1* grau. /a a

e#essidade de ue$ utili!a o agrao de istru$eto ão sC apresetar o seu re#urso, $as

ta$%$ apresetar ao tri%ual as peças e#essárias ao julga$eto desse re#urso. Etão,

uado >á a iterposição de u$ agrao de istru$eto e#essário ue >aja a "or$ação do

istru$eto.

Uue$ iterpe o agrao de istru$eto ão ai apresetar so$ete a petiçãore#ursal ai apresetar ta$%$ as peças e#essárias ao julga$eto do agrao. A epressão

Listru$etoO sigi"i#a autos prCprios. or$a$-se autos prCprios. Essa dis#iplia está o art.

525 do D:D&

Art. 525. A petição de agrao de istru$eto será istruda&

- o%rigatoria$ete, #o$ #Cpias da de#isão agraada, da #ertidão da respe#tia

iti$ação e das pro#uraçes outorgadas aos adogados do agraate e do agraado

- "a#ultatia$ete, #o$ outras peças ue o agraate eteder teis.

< 1o A#o$pa>ará a petição o #o$proate do paga$eto das respe#tias #ustas e do

porte de retoro, uado deidos, #o"or$e ta%ela ue será pu%li#ada pelos tri%uais.

< 2o =o pra!o do re#urso, a petição será proto#olada o tri%ual, ou postada o

#orreio so% registro #o$ aiso de re#e%i$eto, ou, aida, iterposta por outra "or$a preista

a lei lo#al.

F agrao de istru$eto será istrudo, o%rigatoria$ete, #o$ #Cpia da de#isão

agraada, #o$ #ertidão da respe#tia iti$ação e #o$ #Cpias das pro#uraçes outorgadas ao

adogado do agraate e ao adogado do agraado. a#ultatia$ete, #o$ as peças ue oagraate eteder teis.

Be o agrao de istru$eto ão estier istrudo #o$ as peças o%rigatCrias o

 julga$eto do re#urso "i#a iia%ili!ado. Uue$ laça $ão do agrao de istru$eto te$ ue

tra!?-las. Be "alta ualuer u$a das peças do art. 525, o agrao de istru$eto ão será

ad$itido, porue "alta a regularidade "or$al.

F ue "a#ultatio ão pre#isa ser apresetado. =ão >á e>u$ preju!o e$ ão se

tra!er peças ue são "a#ultatias. as será ue sC #o$ as peças o%rigatCrias o julga$eto do

agrao "i#a ia%ili!ado E$ geral, essas peças o%rigatCrias são idispesáeis, $as e$ #ada

#aso #o#reto pode$ surgir outras peças ue são idispesáeis. F legislador ão te$ #o$o

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Direito Processual Civil III

preer #aso a #aso essas peças idispesáeis. E.& a de#isão iterlo#utCria a"astou u$a

alegação de ulidade de #itação e a ulidade de #itação está sedo dis#utida e$ toro da

io%serG#ia de reuisito "or$al da #itação. :ara eu sa%er se a #itação álida ou ão

pre#iso ter ista do $adado de #itação da #ertidão do o"i#ial de justiça. Essa peça ai ser

posta #o$o o%rigatCria, esse #aso espe#"i#o.

/a porue Cs ão pode$os tra%al>ar apeas #o$ esses #o#eitos de peças

o%rigatCrias e peças "a#ultatias. E$ erdade, Cs dee$os pesar e$ peças o%rigatCrias,

peças e#essárias e peças "a#ultatias.

As peças o%rigatCrias são auelas ue estão preistas a%strata$ete e$ lei. Bão

auelas ue dee$ estar presetes e$ todos os agraos de istru$eto. Bão as peças

re"eridas o art. 525, do D:D. A aálise das peças o%rigatCrias se dá e$ a%strato. Be "alta

ualuer das peças o%rigatCrias o agrao ão será ad$itido por irregularidade "or$al.

As peças e#essárias são auelas se$ as uais o julga$eto do re#urso "i#aiia%ili!ado. A aálise de peças e#essárias se dá e$ #o#reto. Be "alta ualuer das peças

e#essárias o agrao ão será ad$itido por irregularidade "or$al.

=o passado, se eigia ue essas peças ue #o$pe$ o istru$eto "osse$

auteti#adas. Qoje, essa eig?#ia já ão $ais te$ lugar. Qoje já se "a#ulta ao adogado do

agraate de#larar a auteti#idade dessas peças. Be o#? pega u$ dese$%argador $ais

"or$alista, ele pode iad$itir o re#urso se o#? ão tra! essas peças auteti#adas ou ão

de#lara a auteti#idade delas. Essa de#laração de auteti#idade ai ser "eita #o$ lastro o art.

365, ; do D:D&

Art. 365. a!e$ a $es$a proa ue os origiais&

; - as #Cpias reprográ"i#as de peças do prCprio pro#esso judi#ial de#laradas aut?ti#as

pelo prCprio adogado so% sua resposa%ilidade pessoal, se ão l>es "or i$pugada a

auteti#idade.

=ão pre#isa auteti#ar as peças ue irão a #o$por o agrao de istru$eto $as

pre#iso ue o adogado de#lare essa auteti#idade, so% pea de iad$issão do agrao.

V e#essário ue se traga a #ertidão de iti$ação. Uuado a pu%li#ação da iti$ação o

es#rião #erti"i#a os autos ue a iti$ação "oi "eita. Qá u$a di"ereça etre #ertidão depu%li#ação e #ertidão de iti$ação. F "ato de a pu%li#ação ter sido pu%li#ada ão sigi"i#a ue

a iti$ação se deu o $es$o dia. Ioa parte dos dese$%argadores eige a #ertidão de

iti$ação e ão #ertidão de pu%li#ação. Etão, o#? te$ ue ir ao #artCrio pedir ao es#rião

u$a #ertidão de iti$ação e ele ai #erti"i#ar a data ue o#? "oi iti$ado, aida ue essa

iti$ação te>a sido pela i$presa o"i#ial.

DCpia das pro#uraçes outorgadas aos adogados. Be o agraado ão tier adogado

aida te$-se ue pegar u$a #ertidão #o$ o es#rião i"or$ado isso ue a parte aida ão

#ostituiu adogado para auele pro#esso.

F agrao de istru$eto u$ re#urso de e"eito deolutio $isto.

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2.3.2. nter"osi-ão.

A iterposição do agrao de istru$eto "eito de $aeira tal ue ele dire#ioado

ao tri%ual. /i!e$ o << 1* e o 2* do art. 525.

< 1o A#o$pa>ará a petição o #o$proate do paga$eto das respe#tias #ustas e doporte de retoro, uado deidos, #o"or$e ta%ela ue será pu%li#ada pelos tri%uais.

< 2o =o pra!o do re#urso, a petição será proto#olada o tri%ual, ou postada o

#orreio so% registro #o$ aiso de re#e%i$eto, ou, aida, iterposta por outra "or$a preista

a lei lo#al.

;ou iterpor u$ agrao de istru$eto. ;ou reuir as peças o%rigatCrias, as peças

e#essárias, ou ela%orar $eu re#urso, ue será "eito e$ petição es#rita, dire#ioada ao

tri%ual e es#oltada por essas peças i$pres#ideis ao re#urso. Eu ou pagar as #ustas do

agrao e despesas de retoro dos autos e ou iterpor o agrao de istru$eto. Qá 3 "or$asde iterpor o agrao de istru$eto& i+ ou eu ou lá o tri%ual $es$o e apreseto a petição

de agrao #o$ #o$proate de preparo e #Cpia das peças e#essárias "or$ação do

istru$eto ii+ ou eu posso por o #orreio e a data do #ari$%o postal ue ai deter$iar o

proto#olo. A iterposição se reputa "eita uado >á a postage$ iii+ ou eu iterpo>o esse

agrao a "or$a ue $e per$itida pela legislação lo#al. =esse #aso o tri%ual pode #riar

proto#olos des#etrali!ados. E.& >á u$ proto#olo des#etrali!ado o @(-BPIA.

F ato de iterposição do agrao u$ ato #o$pleo porue ele ão a#a%a uado o#?

proto#ola o tri%ual o seu agrao #o$ a #o$proação do preparo e #o$ as peças e#essárias

"or$ação do istru$eto. V pre#iso ue os 3 dias seguites iterposição do agrao, o#?#o$uiue ao ju!o de 1* grau a iterposição do re#urso, so% pea de ão #o>e#i$eto

'iad$issi%ilidade+ desse re#urso ': do art. 526 do D:D+&

Art. 526. F agraate, o pra!o de 3 'tr?s+ dias, reuererá jutada, aos autos do

pro#esso de #Cpia da petição do agrao de istru$eto e do #o$proate de sua iterposição,

assi$ #o$o a relação dos do#u$etos ue istrura$ o re#urso.

:arágra"o i#o. F ão #u$pri$eto do disposto este artigo, desde ue argSido e

proado pelo agraado, i$porta iad$issi%ilidade do agrao.

F pra!o do agrao de 10 dias. F pra!o para #o$proação da iterposição do agrao de 3 dias. Esse pra!o de #o$proação da iterposição do agrao #otado a partir do

$o$eto da iterposição.

Uuado eu #o$proo a iterposição eu o "aço por $eio de petição dire#ioada ao jui!

de 1* grau #o$ui#ado ue iterpus o re#urso e ue as ra!es re#ursais segue$ aeas, e

uais peças "or$ara$ o istru$eto.

Essa #o$ui#ação dee ser "eita por 2 $otios& i+ para ia%ili!ar eetual pedido de

retratação 'o jui!, diate das ra!es do agrao, pode oltar atrás o ue se re"ere $atria

de#idida a de#isão agraada+ ii+ para ue o agraado te>a a possi%ilidade de i"or$ar-se das

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Direito Processual Civil III

ra!es do re#urso e as peças ue #o$pusera$ o istru$eto. Assi$, o agraado pode "a!er as

#otrarra!es do agrao a #o$ar#a de 1* grau $es$o, se$ pre#isar se deslo#ar para a #apital.

F : do 526 di! ue a "alta de #o$ui#ação lea ao ão #o>e#i$eto do re#urso,

desde ue argSida pelo agraado e$ suas #otrarra!es. :arte da doutria de"ede ue a

iad$issi%ilidade do re#urso pressupe, e#essaria$ete, essa #o$ui#ação "eita peloagraado. :arte-se da pre$issa ue se ão >ouer a #o$ui#ação do agraate e$ a argSição

pelo agraado, e$ #otrarra!es, a aus?#ia da #o$ui#ação ão lea iad$issi%ilidade do

re#urso. Essa a posição de redie. Bodr dis#orda desse posi#ioa$eto, a u$a porue a

$atria de iad$issi%ilidade de re#urso $atria de orde$ p%li#a, e a "alta de

ad$issi%ilidade pode ser #o>e#ida de o"#io a duas porue >á iteresse p%li#o a

#o$proação da iterposição do re#urso porue, #o$proada a iterposição do re#urso, se

ia%ili!a a #>a#e de retratação. F posi#ioa$eto adotado por Bodr o setido de ue ão

>aedo a #o$ui#ação te$pestia o re#urso dee ser iad$itido, podedo a ot#ia de

aus?#ia de #o$proação #>egar ao tri%ual por $eio de ualuer ia, ão estado esta ia,

portato, restrita argSição pelo apelado e$ sede de #otrarra!es do re#urso.

2.3.3. :ro#essa$eto.

F pro#essa$eto do agrao de istru$eto está todo dis#ipliado o art. 527 do D:D.

Está lá passo a passo o pro#essa$eto do re#urso.

Art. 527. (e#e%ido o agrao de istru$eto o tri%ual, e distri%udo i#otieti, o

relator&

- egar-l>e-á segui$eto, li$iar$ete, os #asos do art. 557

uitas das situaçes ue eseja$ agrao de istru$eto são de urg?#ia. Etão ele

dee ser de logo distri%udo. /istri%ui-se, sorteia-se o relator e os autos são de logo

e#a$i>ados ao relator.

F relator re#e%e os autos e, se o #aso per$issioa o julga$eto $oo#ráti#o ele será

"eito. Fs #asos de julga$eto $oo#ráti#o estão o art. 557, já estudados. Bão 5 as >ipCteses.

4 delas são #otrárias ao iteresse do agraate. Bão elas& i+ re#urso $ai"esta$ete

iad$issel ii+ $ai"esta$ete prejudi#ado iii+ $ai"esta$ete i$pro#edete i+ e$

#otrariedade a s$ula ou jurisprud?#ia do B@, B@P ou do respe#tio tri%ual. $a >ipCtese

>ipCtese de proi$eto $oo#ráti#o, uado a de#isão re#orrida está e$ #o"roto #o$

s$ula ou jurisprud?#ia do$iate do B@ ou B@P.

E$ erdade o i#iso do art. 527 #ot$ u$a i$pre#isão ter$iolCgi#a, pois ão se

deeria di!er ue se egará segui$eto os #asos do art. 557. /eeria ser dito ue se "ará o

 julga$eto $oo#ráti#o as >ipCteses do art. 557, porue o art. 557 guarda 2 >ipCteses de

egatia de segui$eto, $as guarda ta$%$ 2 >ipCteses de i$proi$eto $oo#ráti#o e 1

>ipCtese de proi$eto $oo#ráti#o. Be ele julga $oo#rati#a$ete #a%e agrao itero, a

"or$a já estudada.

Be a >ipCtese ão "or de julga$eto $oo#ráti#o ai-se seguir para o i#iso do art.527&

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Direito Processual Civil III

- #oerterá o agrao de istru$eto e$ agrao retido, salo uado se tratar de

de#isão sus#etel de #ausar parte lesão grae e de di"#il reparação, %e$ #o$o os #asos de

iad$issão da apelação e os relatios aos e"eitos e$ ue a apelação re#e%ida, $adado

re$eter os autos ao jui! da #ausa

A regra ue o agrao #otra iterlo#utCria seja retido. F agrao de istru$eto e#ep#ioal. Be a >ipCtese ão "or de agrao de istru$eto, o relator, e$ de#isão

$oo#ráti#a, ai #oerter o agrao de istru$eto e$ agrao retido, $adado %aiar os

autos desse agrao orige$. Essa de#isão irre#orrel, #o"or$e o : do art. 527&

:arágra"o i#o. A de#isão li$iar, pro"erida os #asos dos i#isos e do #aput deste

artigo, so$ete passel de re"or$a o $o$eto do julga$eto do agrao, salo se o

prCprio relator a re#osiderar.

=a >ipCtese do i#iso o $ái$o ue pode a#ote#er u$a re#osideração. Be

#oerteu e$ retido ai %aiar para a orige$ e ai ser pro#essado #o$o retido.

Be ão >ipCtese de julga$eto $oo#ráti#o, e$ >ipCtese de #oersão do agrao

de istru$eto e$ agrao retido. A parte-se para o i#iso &

- poderá atri%uir e"eito suspesio ao re#urso 'art. 558+, ou de"erir, e$ ate#ipação

de tutela, total ou par#ial$ete, a pretesão re#ursal, #o$ui#ado ao jui! sua de#isão

F agrao #o$porta u$ pedido li$iar. Etão, se ão #aso de julga$eto $oo#ráti#o

e$ de #oersão, esse pedido li$iar ai ser aalisado, $ediate de#isão $oo#ráti#a, pelo

relator. F pedido li$iar pode ser de atri%uição de e"eito suspesio de#isão agraada ou de

ate#ipação da tutela re#ursal. F e"eito suspesio #osiste a supressão da ee#utoriedade doproi$eto judi#ial.

/e#ises ue te$ e"eito positio, se ata#adas por agrao de istru$eto, poderão ter

seus e"eitos sustados $ediate esse e"eito suspesio ue pedido li$iar$ete o agrao.

Qá de#isão ue ão te$ e"eito positio. =esse #aso, a >ipCtese de ate#ipação dos e"eitos da

tutela re#ursal. E"eito suspesio atio siRi$o ate#ipação dos e"eitos da tutela re#ursal.

A de#isão ue #uida da atri%uição dos e"eitos suspesios ou da ate#ipação dos

e"eitos da tutela ta$%$ irre#orrel ': do art. 527+.

Be ão "or o #aso de ateder o i#iso , parte-se para a aálise dos i#isos ; e ;, do

art. 527&

; - poderá reuisitar i"or$açes ao jui! da #ausa, ue as prestará o pra!o de 10

'de!+ dias

; - $adará iti$ar o agraado, a $es$a oportuidade, por o"#io dirigido ao seu

adogado, so% registro e #o$ aiso de re#e%i$eto, para ue respoda o pra!o de 10 'de!+

dias 'art. 525, < 2o+, "a#ultado-l>e jutar a do#u$etação ue eteder #oeiete, sedo

ue, as #o$ar#as sede de tri%ual e auelas e$ ue o epediete "orese "or diulgado o

diário o"i#ial, a iti$ação "ar-se-á $ediate pu%li#ação o Crgão o"i#ial

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Direito Processual Civil III

F dese$%argador ai $adar oti"i#ar o jui! da #ausa para ue ele preste i"or$açes

e ele ai $adar iti$ar o agraado para ue ele apresete as #otrarra!es o tri%ual. Essa

iti$ação do agraado o%rigatCria pois atras dela ue se ai ia%ili!ar a "or$ação do

#otraditCrio re#ursal. F B@P te$ at de#ises di!edo ue essa iti$ação dispesáel as

>ipCteses e$ ue o agraado ão "oi #itado. A"ora essa situação, a iti$ação i$posição legal.

As i"ro$açes ao jui! da #ausa poderão, ou ão, ser soli#itadas. Da%e ao

dese$%argador pedir as i"or$açes se #osiderá-las e#essárias, i#lusie idi#ado a#er#a

de ue aspe#tos ele uer i"or$açes.

Agora, parte-se ao i#iso ;.

; - ulti$adas as proid?#ias re"eridas os i#isos a ; do #aput deste artigo,

$adará ouir o iistrio :%li#o, se "or o #aso, para ue se prou#ie o pra!o de 10 'de!+

dias.

=a >ipCtese de itereção do :, a%re-se istas ao :. A%erta as istas ou

dese#essária a a%ertura de istas, "e#>ou a tra$itação do agrao.

F relator ai pedir data para julga$eto. =ão >á o agrao de istru$eto a "igura do

reisor. Etão, ulti$ou o pro#essa$eto o relator pede data para julga$eto. As partes serão

iti$adas da data para julga$eto. =o agrao ão >á sustetação oral. A parte pode at ir

sessão assistir o julga$eto, $as ão >aerá sustetação oral. F relator irá ler o relatCrio e

pro"erirá o seu oto. Fs 2 outros julgadores irão pro"eri seus otos e a o agrao estará julgado.

4 aula 5 116/"62/11

Daptulo 3 W E$%argos de de#laração

1. Da%i$eto. 2. QipCteses legais. 2.1. Dotradição. 2.2. F%s#uridade. 2.3. F$issão.

3. E"eitos. 4. :ro#essa$eto. 5. Aálise da s$ula 418 do B@P.

1. a%imento.

Be trata de u$ re#urso i$prCprio, leado e$ #osideração as suas "ialidades. =Cs já

podera$os aui ue o istru$eto re#ursal, de regra, se presta re"or$a ou ialidação do

proi$eto judi#ial, $as os e$%argos de de#laração te$ por o%jetio o es#lare#i$eto ou aitegração do proi$eto. Fs e$%argos de de#laração são re#ursos. F art. 496 ele#a os

re#ursos e o rol do art. 496 Cs a$os e#otrar re"er?#ia aos e$%argos de de#laração. =o

etato, se trata de u$ re#urso #o$ "ialidades espe#"i#as. /a se di!er ue u$ re#urso

i$prCprio.

Essa "ialidade espe#"i#a "a! #o$ ue se a"aste, e$ relação aos e$%argos de

de#laração, o pri#pio da taatiidade re#ursal. :er#e%a$ ue os re#ursos, e$ geral, eiste$

para ia%ili!ar o atedi$eto da irresigação da parte. Be a de#isão des"aoráel para a

parte, essa parte, ia re#urso, %us#a re"or$á-la, de sorte ue esse proi$eto judi#ial ue l>e

#otrário possa ser alterado, ia%ili!ado-se assi$ o atedi$eto de sua pretesão. Fu etão aparte %us#a, ia re#urso, ialidar ou aular a de#isão judi#ial, retirado do $udo jurdi#o

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Direito Processual Civil III

auele proi$eto ue l>e "oi des"aoráel. F atedi$eto da irresigação da parte, e$

lti$a aálise, o "i$ propi#iado pelos re#ursos prCprios. =os e$%argos de de#laração o ue

se %us#a, todaia, a supressão de o$issão, #otradição ou o%s#uridade. A regra ue os

e$%argos de de#laração ão se preste alteração do proi$eto judi#ial, de sorte ue se pode

aui a"ir$ar ue ele te$ #o$o "ialidade pre#pua o aper"eiçoa$eto da prestação

 jurisdi#ioal ue "oi etregue. Assi$, ao $eos e$ tese, eiste iteresse p%li#o o julga$eto

desse tipo de irresigação. /a porue os e$%argos de de#laração t?$ sido a#eitos #otra todo

e ualuer proi$eto judi#ial e ão apeas e$ "a#e de seteças e a#Crdãos, #o$o seria a

#o#lusão etrada do art. 535 do D:D.

2. 4i"&teses leais.

Fs e$%argos de de#laração t?$ lugar uado a de#isão judi#ial #otraditCria,

o%s#ura ou o$issa. Uue$ laça $ão dos e$%argos de de#laração %us#a o es#lare#i$eto da

de#isão judi#ial ue pe#a por o%s#uridade ou por #otradição, ou a itegração dessa de#isão

 judi#ial, uado ela o$issa.

2.1. ontradi-ão.

F proi$eto judi#ial #otraditCrio toda e! ue ele #ot$, e$ seu %ojo, assertias

ue são logi#a$ete i#o#iliáeis. Esta #otradição e#essaria$ete dee ser itera

'itrse#a+. Eu ão posso sustetar #otradição porue o jui! de#idiu de u$a "or$a e$ u$

pro#esso e u$ pro#esso ue trataa de $atria aáloga ele de#idiu de "or$a distita. Eu ão

posso sustetar ue >á u$a #otradição porue a de#isão do jui!, a $eu er, #otraria a proa

residete os autos. @odas essas supostas #otradiçes são etrse#as. :ara a >ipCtese de

e$%argos de de#laração a #otradição dee ser itrse#a, ou seja, o $es$o proi$eto

 judi#ial. =o $es$o proi$eto judi#ial dee$ eistir assertias logi#a$ete i#o#iliáeis.

:ou#o i$porta ode as assertias esteja$.

2.2. 5%scuridade.

F proi$eto judi#ial o%s#uro auele ue ão per$ite a sua #o$preesão. $

proi$eto judi#ial ue ão te$ a deli$itação eata do seu #o$ado, e, portato, dá esejo

iterpretaçes diergetes u$ proi$eto judi#ial ue ão tra! #o$ #lare!a as ra!es da

de#isão u$ proi$eto judi#ial "eito $ão e a #aligra"ia ão legel. Eis a algus ee$plos.

A o%s#uridade di! respeito iteligi%ilidade do proi$eto judi#ial. Ele di! respeito ao

etedi$eto do proi$eto judi#ial.

2.3. 5missão.

F proi$eto judi#ial o$isso auele ue deia de ea$iar uestes ue deeria$

ser e"retadas. A seteça #itra petita uado se deia de ea$iar uestão ue

e#essaria$ete deeria ser a%ordada. Uuado >á pedidos, todos eles dee$ ser

e#essaria$ete ea$iados, seja para de"eri$eto, seja para ide"eri$eto, seja para ão

#o>e#i$eto. $ proi$eto ue deia de ea$iar pedidos u$ proi$eto judi#ial

o$isso. $ proi$eto judi#ial o$isso uado& i+ ele deia de ea$iar pedido ii+ ele deia

de ea$iar pedido "eito por algu$ ou e$ "a#e de algu$. E.& ação #o$ 2 autores ou 2 rus.

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Direito Processual Civil III

Eu ea$iei os pedidos "eitos pelo autor A e ão ea$iei os pedidos "eitos pelo autor I. iii+

ão "or aalisada #ausa de pedir ou tese de"esia ue prejudi#ial #o#lusão ue está

sedo al#açada.

At a re"or$a de 94 >aia u$a 4Y >ipCtese para a utili!ação dos e$%argos de

de#laração& a dida. Da%ia e$%argos de de#laração uado >ouesse dida. A re"or$a de 94a"astou a utili!ação de e$%argos de de#laração "udados e$ dida, pois dida algo

e$iete$ete su%jetio. =ão >á #o$o se sa%er se e"etia$ete o sujeito te$ ou ão te$ a

dida. Ba%er se >á u$a #otradição, u$a o%s#uridade ou u$a o$issão aalisar o ele$eto

su%jetio da de#isão. /ida u$ ele$eto su%jetio da parte. Uuado se ti>a a

possi%ilidade de e$%argos de de#laração "udados e$ dida, se ti>a a possi%ilidade de

retarda$eto ou de pro#rastiação alegação dela, se$ ue o judi#iário pudesse a"erir se

dida eiste ou ão. /a porue se a"astou a >ipCtese de e$%argos de de#laração "udados

e$ dida. A lei dos Pui!ados Espe#iais #otiua tra!edo a dida #o$o >ipCtese de e$%argos

de de#laração. sso porue, $algrado essa lei seja de 1995 o seu projeto "oi aterior re"or$a

de 94. Ioa parte da doutria etede ue essa >ipCtese de e$%argos de de#laração "udada

e$ dida os PEs estaria prejudi#ada e$ ra!ão da alteração da siste$áti#a geral do D:D.

3. Efeitos.

 F pri$eiro e"eito o deolutio i$prCprio. F e$%argo de de#laração te$ u$ e"eito

deolutio i$prCprio, pois ele julgado pelo $es$o Crgão ue pro"eriu a de#isão e$%argada.

=ão >á e#essidade do $es$o jui! julgar os e$%argos. F $es$o Crgão dee julgar. E.& o ju!o

da 6Y ara #el.

F segudo e"eito o iterruptio e$ relação aos pra!os. terposto o e$%argo dede#laração, "i#a iterro$pido o pra!o para iterposição de outros re#ursos. oi pu%li#ada a

seteça. F re#urso #a%el, e$ tese, a apelação. =o 4* dia do pra!o para apelação "ora$

iterpostos os e$%argos de de#laração. Fs e$%argos "or$a$ julgados e esse pra!o de 15 dias

#o$eça a "luir do seu i#io apCs a iti$ação do julga$eto dos e$%argos. =os jui!ados

espe#iais, se os e$%argos "ore$ opostos #otra a seteça o e"eito ão será iterruptio e si$

suspesio do pra!o. Fu seja, julgados os e$%argos, o pra!o #o$eça a "luir de ode a

#otage$ parou 'art. 50 da lei 9.099T95+. =o G$%ito do jui!ado esse e"eito suspesio

so$ete a >ipCtese e$ ue os e$%argos são iterpostos #otra a seteça. =as de$ais

>ipCteses, apli#a-se a regra geral, o e"eito iterruptio, o ue se re"ere aos pra!os.

=o ue se re"ere ee#utoriedade do proi$eto judi#ial, os e$%argos de de#laração

terão o $es$o e"eito do re#urso ue desa"iaria auele proi$eto. E.& u$a seteça desa"ia

apelação. /e regra a apelação dee ser re#e%ido #o$ e"eito suspesio. Etão, os e$%argos

iterpostos #otra a seteça terão e"eito suspesio o ue se re"ere ee#utoriedade do

proi$eto judi#ial.

(e#urso espe#ial e re#urso etraordiário ão te$ e"eito suspesio, de regra. Be eu

iterpo>o e$%argos de de#laração #otra u$ a#Crdão, ue desa"ia re#urso espe#ial ou

etraordiário, esses e$%argos de de#laração ão ão ter e"eito suspesio.

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Direito Processual Civil III

Fs e$%argos de de#laração pode$ ter e"eitos i"rigetes ou $odi"i#atios, ue são

siRi$os. F e"eito i"rigete ou $odi"i#atio a pote#ialidade de alteração da de#isão

 judi#ial. Esses e"eitos são se$pre e"eitos i$prCprios e idiretos. F e$%argo de de#laração se

presta supressão de #otradição, o%s#uridade ou o$issão. F ru te$ o pedido julgado

pro#edete e$ seu des"aor. as o jui!, ao julgar pro#edete esse pedido deiou de aalisar

u$a preli$iar de ilegiti$idade de parte ue esse ru >ouera leatado. F ru, etão, laça

$ão dos e$%argos de de#laração. F jui! ai ter ue ea$iar a preli$iar de ilegiti$idade

passia e se essa preli$iar pro#ede, ão se te$ #o$o $ater a #o#lusão da seteça, de

pro#ed?#ia do pedido. E.& a "uda$etação está toda posta o setido de ue o tri%uto

i#ostitu#ioal $as o jui! lá o dispositio julgou i$pro#edete o pedido de repetição do

id%ito e a parte e$%arga de de#laração alegado #otradição. Be o jui!, ao aalisar os

e$%argos e re#o>e#er ue o tri%uto $es$o i#ostitu#ioal e ue ele se atrapal>ou a

>ora de redigir o dispositio, ele ão ai $ater a #o#lusão da seteça de repetição de

id%ito. '29&00+

A)A /E :(FDEBBF D;) 13T04T2011

Em%aros infrinentes (não cai)

:ulei se o#?s uisere$ olto depois e tras#reo.

Recurso 5rdinário onstitucional (não cai)

:ulei se o#?s uisere$ olto depois e tras#reo.

RER5 E78R5R9:R5 E E:895 ;85

Eiste$ $uitas su$ulas a#er#a do te$a.

1. Dosideraçes gerais

F re#urso ordiario eiste para atedi$eto da irresiga#ao da parte, o ue se %us#a

ue a parte isatis"eita #o$ a de#isão judi#ial possa dis#uti-la. sso di"ere#ia o re#ursoordiario do etraordiário, pois este ulti$o eiste para ia%ili!ar a ui"or$i!ação de

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Direito Processual Civil III

etedi$eto a#er#a de oas #otig?#ias e$ todo territCrio a#ioal ' ui"or$i!ação de

 jurisprud?#ia+. =ele ão se %us#a, #o$o "ialidade pre#pua, o atedi$eto da irresiga#ao

da parte. /a porue os re#ursos etraordiários ão se ad$ite redis#ussão de "ato, sC se

dis#utido o direito.

Fs re#ursos etraordiários são 3 & o espe#ial julgado pelo B@P o etraordiário e$setido estrito julgado pelo B@ e os e$%argos de dierg?#ia ue #orrespode$ a u$ re#urso

itero e pode$ ser julgados o B@ ou o B@P.

Fs re#ursos etraordiários surge$ o Irasil e$ 1891 atras do /e#. 848. F $o$eto

de surgi$eto de tais re#ursos o ordea$eto %rasileiro $uito prCi$o da pro#la$ação da

repu%li#a. F re#urso etraordiário u$a de$ada do siste$a repu%li#ao e, pri#ipal$ete,

do siste$a "ederatio. F regi$e polti#o aterior era #etrali!ado 'siste$a i$perial+ e o

$prio eistia$ apeas as pro#ias. @i>a u$ @ri%ual Zeral da Dorte ue julgaa as #ausas

e$ ulti$a ista#ia. Bo%re$, etão, a (epu%li#a e as pro#ias passa$ a se #>a$ar Estados

e Cs passa$os para o regi$e "ederatio. /eido a autoo$ia dada aos etes pelo siste$a"ederatio passa$ a eistir @ri%uais Estaduais. Estes tri%uais ão se $ai"estar a#er#a de

or$as ue possue$ ig?#ia e$ todo territCrio a#ioal, podedo origiar iterpretaçes

diersas e at $es$o #otraditCrias e$ todo o pas. A partir do $o$eto e$ ue se >á a

possi%ilidade dos @ri%uais Estaduais de#idire$ de $aeira dis"or$e pre#iso ue se #rie u$

$e#ais$o de ui"or$i!ação. Etão surge o #>a$ado re#urso Etraordiário julgado pelo B@

e e$ sede de re#urso etraodiario o Bupre$o eer#ia o papel de ui"or$i!ação do

etedi$eto e$ toro a Dostituição da (epu%li#a e de leis "ederais. =ão eistia a orige$

re#urso espe#ial e$ B@P. =auela po#a, assi$, o re#urso etraordiário podia tra!er o seu

%ojo dis#usses #ostitu#ioais e i"ra-#ostitu#ioais relatias ao direito "ederal.

E$ 1988 o legislador #ostituite resoleu #riar o B@P e o re#. Espe#ial. F legislador

#ostituite etedeu ue u$ tri%ual #o$o o Bupre$o ue te$ apeas 11 iistros ão te$

#odição de julgar todas as uestes e$ toro da #ostituição e legislação "ederal. Do$ a

#riação do B@P as $atrias #ostitu#ioais #otiuara$ sedo julgadas pelo Bupre$o e$ sede

de re#urso etraordiario, $as as $atrias de direito "ederal ão ser o%jeto de re#urso espe#ial

 julgado pelo B@P. F re#urso espe#ial ada $ais do ue o des$e$%ra$eto do atigo re#urso

etraordiário, por #oseS?#ia, a grade $aioria dos aspe#tos relatios a dis#iplia do

espe#ial se apli#a$ ao etraordiário e i#e ersa.

2. RER5 E<E;

F #a%i$eto do re#urso espe#ial está posto o art. 105, da DT88.

“Art. 105 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

...

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Direito Processual Civil III

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância,

 pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do istrito

Federal e Territ!rios, "uando a decis#o recorrida:

a) contrariar tratado ou lei $ederal, ou negar-l%es &ig'ncia(

 b)  julgar &)lida lei ou ato de go&erno local contestado em $ace de lei $ederal( c)

der a lei $ederal interpretaç#o di&ergente da "ue l%e %aja atribu*do outro tribunal+ 

F proi$eto judi#ial ue desa"ia re#urso espe#ial a#Crdão pro"erido e$ ulti$a ou

i#a ista#ia por @ri%ual de Pustiça ou @ri%ual (egioal ederal, uado das >ipCteses das

aleas.

BC #a%el re#urso espe#ial, a ee$plo do ue a#ote#e o etraordiário, uado

"ore$ eauridas as ista#ias ordiárias, ou seja sC possel laçar $ão de tal re#urso seaterior$ete se "e! uso de todos os re#ursos ordiários. Ex.:  recurso cab*&el contra

sentença . a apelaç#o( se a apelaç#o $or julgada monocraticamente cabe agra&o interno( o

agra&o interno re$ormou por maioria a sentença de m.rito, o recurso cab*&el a* . o embargo

in$ringente( julgado o embargo n#o mais e/istem recursos ordin)rios sendo cab*&el, ent#o, o

recurso e/traordin)rio 0sentido estrito e o especial1+

A su$ula 207 do B@P uato ao assuto a"ir$a & L iad$issel re#urso espe#ial

uado #a%eis e$%argos i"rigetes #otra o a#Crdão pro"erido o tri%ual de orige$.O

Ex.:  %) um ac!rd#o pro$erido em situaç#o de compet'ncia originaria do TJ "uedenegou a segurança de um 2S    n#o se pode lançar m3o dos recursos e/traordin)rios

0sentido amplo1, primeiro de&e-se utili4ar o recurso ordinario constitucional+

:or outro lado, ão %asta ue se te>a u$a de#isão judi#ial de ulti$a ou i#a

ista#ia, pre#iso ta$%$ ue essa de#isão seja oriuda de u$ @P ou @(. Eiste$ de#ises

ue são de i#a ou ulti$a ista#ia $as ão desa"ia$ re#urso espe#ial #o$o o #aso de

açes de ee#uçes "is#ais de peueo alor ue ão são passieis de apelação, e si$ de

e$%argos i"rigetes julgados pelo prCprio jui! da ee#ução e apCs tal julga$eto ão te$

$ais pra ode ir. Essa de#isão de i#a ista#ia, o pro#esso #o$eçou a ara de ee#ução

"is#al e lá $es$o ter$iou. /essa "or$a, ão possel esses #asos usar o re#urso espe#ialpois a de#isão ão e$ dos #itados tri%uais. =os jui!ados as seteças pro"eridas desa"ia$

re#ursos io$iados ue são julgados por @ur$as (e#ursais. A tur$a re#ursal ai pro"erir u$

a#Crdão e$ julga$eto de ulti$a ista#ia, $as ão se pode iterpor ta$%$ re#urso

espe#ial #otra esse a#Crdão.

 

A su$ula 203 do B@P deia #laro& L=ão #a%e re#urso espe#ial #otra de#isão pro"erida

por Crgão de segudo grau dos Pui!ados Espe#iais.O

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Direito Processual Civil III

:ou#o i$porta se o a#Crdão tratou ou ão do $rito, pou#o i$porta se >á dis#ussão

e$ toro de or$a pro#essual ou de direito $aterial, se eige apeas ue o a#Crdão seja de

i#a ou ulti$a ista#ia pro"erido pelo @P ou @(.

Aula 18T04T2011 'aula etra+

(e#urso etraordiário

1. Dosideraçes gerais

2. (e#urso espe#ial

2.1. Da%i$eto

2.2. QipCteses legais

2.2.1. Art. 105, , LaO da D

2.2.2. Art. 105, , L%O da D

2.2.3. Art. 105, , L#O da D

2.3. B$ulas 05 e 07 do B@P

2.4. Ea$e de #o#eitos jurdi#os agos

2.5. (e#urso espe#ial e$ reea$e e#essário

2.6. (e#urso espe#ial e$ proi$etos de urg?#ia

2.7. B$ulas 126 do B@P e 283 do B@

2.8. :ro#essa$eto re#ursal

2.9. Agrao de istru$eto 'art. 544+

2.10. (e#urso o%rigatoria$ete retido

2.11. Ee#ução proisCria \ e"eito suspesio

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Direito Processual Civil III

2.12. (e#ursos repetitios

3. :reuestioa$eto

2.8. :ro#essa$eto re#ursal

F pro#esso se istaura #o$ a petição ii#ial. Ele segue at ue se te>a o

pro"eri$eto de u$a seteça. Essa seteça ai desa"iar re#urso de apelação. A apelação "a!

#o$ ue os autos #>egue$ ao tri%ual. Essa de#isão pode ser julgada por u$ a#Crdão ou at

por u$a de#isão $oo#ráti#a.

;a$os i$agiar ue se te>a u$a de#isão $oo#ráti#a ue julga o re#urso de

apelação. F re#urso #a%el #otra essa $oo#ráti#a o de agrao itero. Esse agrao itero

ai ser julgado atras do pro"eri$eto de u$ a#Crdão. A regra ue este a#Crdão seja

pro"erido e$ i#a ou lti$a istG#ia. as pode ser ue esse a#Crdão desa"ie u$ re#urso.Eetual$ete, este a#Crdão ue está julgado u$ agrao itero iterposto #otra u$a

$oo#ráti#a, pro"erido o julga$eto de u$a apelação pode estar se "or$ado por $aioria

u$a seteça de $rito. :ode ser ue a istG#ia ordiária ão a#a%e aui. :ode ser ue se

te>a >ipCtese de utili!ação de e$%argos i"rigetes e o julga$eto desses e$%argos

i"rigetes, Cs te$os o pro"eri$eto de u$ outro a#Crdão. Agora si$, este a#Crdão o

proi$eto judi#ial de lti$a ou i#a istG#ia.

:odia ser ue a apelação ão >ouesse sido julgada $oo#rati#a$ete e já tiesse de

#ara u$ a#Crdão e esse a#Crdão ão desa"iasse e$%argos i"rigetes. as, e$ tese, eu posso

ter todos aueles desdo%ra$etos at iterposição de re#urso espe#ial ou de re#ursoetraordiário.

F a#Crdão ue julga e$%argos i"rigetes , se$ so$%ra de didas, u$

proi$eto judi#ial de lti$a ou i#a istG#ia. Eu posso ter u$ proi$eto de lti$a ou

i#a istG#ia ates disso. F "ato ue julgados os e$%argos i"rigetes, se #a%eis estes

"osse$, eu #>ego ao "ial das istG#ias ordiárias.

F a#Crdão de lti$a istG#ia desa"ia re#urso espe#ial e re#urso etraordiário, se

poretura Cs esta$os diate de alegação de iolação a or$a "ederal, e alegação de

iolação a or$a #ostitu#ioal. :ode ser ue a alegação seja so$ete de iolação D, eetão tere$os a iterposição de re#urso etraordiário pode ser ue o a#Crdão iole tão

so$ete or$a "ederal, i"ra#ostitu#ioal, e Cs tere$os so$ete o re#urso espe#ial pode

ser ue >aja a alegação de dupla iolação e os 2 re#ursos serão iterpostos si$ultaea$ete,

#o"or$e #osigado o #aput do art. 541 do D:D.

Art. 541. F re#urso etraordiário e o re#urso espe#ial, os #asos preistos a

Dostituição ederal, serão iterpostos perate o presidete ou o i#e-presidete do tri%ual

re#orrido, e$ petiçes distitas, ue #oterão&

- a eposição do "ato e do direito

l - a de$ostração do #a%i$eto do re#urso iterposto - as ra!es do pedido de re"or$a da de#isão re#orrida.

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Direito Processual Civil III

=o pra!o de 15 dias, serão iterpostos re#urso espe#ial eTou re#urso etrordiário. A

petição dire#ioada presid?#ia ou i#e-presid?#ia do tri%ual re#orrido, #o"or$e

regi$eto. $a e! iterpostos esses re#ursos, >aerá o e#a$i>a$eto dos autos

presid?#ia do tri%ual. F regi$eto pode esta%ele#er a #o$pet?#ia da i#e-presid?#ia. =o

@PTIA a #o$pet?#ia da 2Y i#e-presid?#ia. /ee-se ter u$a petição para o re#urso espe#ial

e u$a petição para o re#urso etraordiário. As 2 te$ ue ser apresetadas si$ultaea$ete.

Qá a e#essidade de preparo, ue #o$preede as despesas de re$essa e retoro e as #ustas

re#ursais.

terpostos os re#ursos, ou, iterposto u$ desses re#ursos, os autos serão

e#a$i>ados presid?#ia do tri%ual. A presid?#ia do tri%ual ai, etão, deter$iar a

iti$ação do re#orrido, para, ueredo, apresetar #otrarra!es 'art. 542+.

Art. 542. (e#e%ida a petição pela se#retaria do tri%ual, será iti$ado o re#orrido,

a%rido-se-l>e ista, para apresetar #otra-ra!es.

F re#orrido te$ 15 dias para apresetar #otrarra!es. Be re#urso espe#ial, ele aiapresetar #otrarra!es ao re#urso espe#ial se o re#urso etraordiário, ele ai apresetar

#otrarra!es ao re#urso etraordiário se a$%os, ele ai apresetar #otrarra!es a a$%os,

u$a peça de #otrarra!es para #ada u$ dos re#ursos 'art. 542+.

F%s.& o a#Crdão re#orrido "oi pro"erido o tri%ual. Qá u$a petição do re#ursos,

dire#ioados ao Crgão #o$petete para a ad$issi%ilidade. Etão, o re#urso espe#ial e o reurso

etraordiário já são dire#ioados presid?#ia 'a depeder do regi$eto+. Fs autos são

re$etidos presid?#ia.

A presid?#ia, uado re#e%e os autos, ão "a! ju!o de ad$issi%ilidade ii#ial$ete.

:ri$eiro ela iti$a o re#orrido para apresetar #otrarra!es.

terpostas as #otrarra!es, ou tras#orrido o pra!o para tato, Cs a$os ter a

"eitura do ju!o de ad$issi%ilidade e$ relação ao re#urso espe#ial e ao re#urso etraordiário

'art. 542, <1*+.

< 1o ido esse pra!o, serão os autos #o#lusos para ad$issão ou ão do re#urso, o

pra!o de 15 'ui!e+ dias, e$ de#isão "uda$etada.

Da%e presid?#ia "a!er o ju!o de ad$issi%ilidade do re#urso espe#ial, "a!er o ju!o

de ad$issi%ilidade do re#urso etraordiário. F ju!o de ad$issi%ilidade ai ser positio ouegatio.

Do$ o ju!o de ad$issi%ilidade positio, e u$ re#urso espe#ial, >aerá o

e#a$i>a$eto desse (Esp para o B@P. Be o ju!o de ad$issi%ilidade do etraordiário,

>aerá o e#a$i>a$eto desse re#urso para o B@. :ode ser ue eu te>a o ju!o de

ad$issi%ilidade positio de a$%os. A surge u$ pro%le$a, porue os autos são u$ sC e eu

te>o u$ re#urso para o B@P e outro para o B@. Do$o "a!er A regra ue pri$eiro o pro#esso

á para o B@P e lá se julgue o (Esp. :ersistido iteresse re#ursal, a, a seu?#ia, os autos

#o$ o (E ão para o B@. Do$o assi$, persistido o iteresse re#ursal, se o sujeito ele está

laçado $ão dos 2 re#ursos :ode ser ue, #o$ o julga$eto do (Esp, se reerta toda asu#u$%?#ia do re#orrete. =ão >aerá, este #aso, iteresse para ue seja julgado o (E. Qá a

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Direito Processual Civil III

u$a >ipCtese de perda supereiete do iteresse re#ursal. Etão, o #aso de iterposição

si$ultGea de (E e (Esp, o pro#esso e#a$i>ado pri$eiro ao B@P, para julga$eto do (Esp.

Pulgado o (Esp, dee-se uestioar se persiste o iteresse re#ursal. :ersistido o iteresse

re#ursal, a os autos so%e$ para o B@ 'art. 543+.

Art. 543. Ad$itidos a$%os os re#ursos, os autos serão re$etidos ao Buperior @ri%ualde Pustiça.

< 1o Do#ludo o julga$eto do re#urso espe#ial, serão os autos re$etidos ao

Bupre$o @ri%ual ederal, para apre#iação do re#urso etraordiário, se este ão estier

prejudi#ado.

:ode ser, etretato, ue eista relação de prejudi#ialidade etre o (E e o (Esp. :ode

ser ue o julga$eto do (Esp te>a por pressuposto o prio julga$eto do (E. V u$ #aso e$

ue >á prejudi#ialidade. E.& supo>a ue algu$ iterpo>a u$ (E, se isurgido #otra

deter$iado a#Crdão. Qá alegação ue deter$iado dispositio da lei de i$presa

i#ostitu#ioal. as iterpo>a o (Esp para a >ipCtese dauela or$a ser tida por

#ostitu#ioal, a iterpretação adeuada desta ão auela ue o tri%ual re#orrido deu. Eute>o #o$o deli$itar o al#a#e dessa or$a "ederal se$ ates de"iir se ela ou ão

i#ostitu#ioal =ão. Esse u$ tpi#o ee$plo e$ ue o (E prejudi#ial ao (Esp. esses

#asos e#ep#ioais ai >aer pri$eiro o julga$eto do (E para depois, se "or o #aso, >aer o

 julga$eto do (Esp. Etão, ão i#ide esta >ipCtese o <1* do art. 543, ue $ada julgar

pri$eiro o (Esp e depois, se "or o #aso o (E. a!-se o ierso, #o"or$e deter$iação dos <<

2* e 3* do art. 543.

< 2o =a >ipCtese do relator do re#urso espe#ial #osiderar ue o re#urso

etraordiário prejudi#ial uele, e$ de#isão irre#orrel so%restará o seu julga$eto e

re$eterá os autos ao Bupre$o @ri%ual ederal, para o julga$eto do re#urso etraordiário.< 3o =o #aso do parágra"o aterior, se o relator do re#urso etraordiário, e$ de#isão

irre#orrel, ão o #osiderar prejudi#ial, deolerá os autos ao Buperior @ri%ual de Pustiça,

para o julga$eto do re#urso espe#ial.

=ão #a%e presid?#ia do tri%ual a uo "a!er ualuer ju!o uato eist?#ia ou

ão de prejudi#ialidade. Be$pre a presid?#ia do tri%ual a uo $ada os autos ao B@P, se >á

re#urso espe#ial ad$itido. D>egado lá o B@P, a regra ai ser ue se julgue pri$eiro o (Esp e,

se persistir o iteresse re#ursal, se pro#eda ao julga$eto do (E. Be o $iistro do B@P, todaia,

eteder ue >á prejudi#ialidade etre o (Esp e o (E, ele deter$ia a re$essa dos autos ao

B@, para ue o B@ julgue o (E e a seu?#ia, se "or o #aso, os autos %aie$ ao B@P para

 julga$eto do (Esp. =atural$ete isso iria a#ote#er, >aja ista a prejudi#ialidade já idi#ada.

Do$o ue o B@P $ada ue o $iistro do B@ julgue pri$eiro o (E, já ue >á u$a

>ieraruia etre os tri%uais, e o B@ a $ais alta #orte do pas A resposta para isso está o

<3* do art. 523.

< 3o =o #aso do parágra"o aterior, se o relator do re#urso etraordiário, e$ de#isão

irre#orrel, ão o #osiderar prejudi#ial, deolerá os autos ao Buperior @ri%ual de Pustiça,

para o julga$eto do re#urso espe#ial.

Be >á (E e (Esp, se$pre a re$essa ai se dar ao B@P. Pulga-se o (Esp e, se persiste o

iteresse, julga-se o (E. D>egado o B@P, o relator pode eteder ue >á prejudi#ialidade. Ele

ai so%restar o julga$eto do (Esp e $ada os autos ao B@. Be o $iistro do B@ #o#ordar#o$ essa prejudi#ialidade ele julga o (E para depois os autos %aiare$ para julga$eto do

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(Esp. Be o $iistro do B@ eteder ue ão >á essa prejudi#ialidade ele $ada %aiar os

autos e ordea ao $iistro do B@P ue julgue o (Esp.

Pulga$eto do (e#urso Espe#ial e do (e#urso Etraordiário

Da%e o julga$eto do (Esp e do (E $oo#ráti#o. F art. 557 apli#áel ao julga$eto

do (E e do (Esp. :ode ser, as >ipCteses do art. 557, ue se te>a o julga$eto $oo#ráti#odo (E e do (Esp. Esta de#isão $oo#ráti#a desa"ia agrao itero, o pra!o de 5 dias.

F B@P ou B@, uado julga$ o (Esp ou o (E, poderão "a!?-lo por $eio de Crgão

#olegiado, produ!ido a u$ a#Crdão, #o$o ta$%$ poderão "a!?-lo por $eio de de#isão

$oo#ráti#a, ue desa"ia agrao itero, apli#ado-se esp#ie o art. 557 do D:D.

2.9. Agrao de istru$eto 'art. 544+

Esse pro#essa$eto estudado parte da pre$issa de ue o (E eTou o (Esp "oi'ra$+

ad$itido's+.

;a$os i$agiar ue a ad$issi%ilidade te>a sido egatia. F a#Crdão "oi pro"erido,

"ora$ iterpostos (Esp eTou (e. Fs autos "ora$ presid?#ia a presid?#ia "a#ultou o

o"ere#i$eto de #otrarra!es e a so%ree$ a de#isão da presid?#ia ue se posi#ioa pela

iad$issão do re#urso. F ue "a!er =esta >ipCtese #a%e agrao. $ agrao ue at 2010era

#>a$ado de agrao de istru$eto $as, de rigor, ele já ão $ais pode ser #lassi"i#ado #o$o

tal.

Art. 544. =ão ad$itido o re#urso etraordiário ou o re#urso espe#ial, #a%erá agrao

os prCprios autos, o pra!o de 10 'de!+ dias.

< 1o F agraate deerá iterpor u$ agrao para #ada re#urso ão ad$itido.

< 2o A petição de agrao será dirigida presid?#ia do tri%ual de orige$, ão

depededo do paga$eto de #ustas e despesas postais. F agraado será iti$ado, de

i$ediato, para o pra!o de 10 'de!+ dias o"ere#er resposta, podedo istru-la #o$ #Cpias das

peças ue eteder #oeiete. E$ seguida, su%irá o agrao ao tri%ual superior, ode será

pro#essado a "or$a regi$etal.

$a de#isão egatia de ad$issi%ilidade do (Esp e do (E. /eerá se ter u$ agrao

para destra#ar o (Esp e u$ outro agrao para destra#ar o (E. Esses re#ursos são iterpostos

#otra essa de#isão $oo#ráti#a da presid?#ia ue egou segui$eto ao (E e ao (Esp. Esses

re#ursos de agrao são iterpostos o pra!o de 10 dias, dire#ioado presid?#ia do tri%ual a

uo e idepede$ de preparo.V u$a de#isão apeas. as para dis#utir a iad$issi%ilidade do (Esp se te$ ue

iterpor u$ agrao. :ara dis#utir a iad$issi%ilidade do (E se te$ ue ter outro agrao. F

pra!o de 10 dias e o agrao dire#ioado ao $es$o Crgão ue iad$itiu o (Esp e o (E. Este

agrao, at o ao passado era iterposto atras de u$ istru$eto. Be eigia a apresetação

de u$a srie de peças e se leaa a u$a autuação e$ apeso. E$ agosto de 2010 "oi editada

u$a lei ue tras"or$ou esse agrao e$ u$ agrao itero. sso porue, >oje já est$os u$a

era do pro#esso digital. =o B@P os pro#essos são digitais. =ão ti>a $ais setido a "or$ação dos

istru$etos. A "or$ação dos istru$etos atiga$ete o#orria para ue se pudesse pegar

u$ dos istru$etos e $adar para o B@P e $adar outro istru$eto para o B@. Qoje, se

tras"or$a tudo e$ $eio $agti#o e $ada ia iteret para o B@ e B@P.

Etão, já ão >á $ais o art. 544 u$ agrao de istru$eto e si$ u$ agrao.

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Direito Processual Civil III

< 3o F agraado será iti$ado, de i$ediato, para o pra!o de 10 'de!+ dias o"ere#er

resposta. E$ seguida, os autos serão re$etidos superior istG#ia, o%serado-se o disposto

o art. 543 deste DCdigo e, o ue #ou%er, a )ei o 11.672, de 8 de $aio de 2008.

A presid?#ia so$ete ai ser depositária do re#urso de agrao do art. 544. /iate

deste's+ agrao's+, destiado's+ ao destra#a$eto do (E eTou do (Esp ai iti$ar o agraadopara ue apresete #otrarra!es ao's+ agrao's+. $a e! #otrarra!oados, eu te>o a

re$essa do agrao de istru$eto para destra#ar (Esp, para o B@P e te>o a re$essa do

agrao de istru$eto para destra#ar (E, para o B@.

B$ula 727 do B@& =ão pode o $agistrado deiar de e#a$i>ar ao Bupre$o

@ri%ual ederal o agrao de istru$eto iterposto da de#isão ue ão ad$ite re#urso

etraordiário, aida ue re"erete a #ausa istaurada o G$%ito dos Pui!ados Espe#iais.

Etão, ão >á ad$issi%ilidade do agrao ue iterposto para destra#ar o (E ou o

(Esp. F agrao iterposto, o agraado iti$ado para apresetar #otrarra!es e, e$

seguida os autos as#ede$ ao tri%ual superior. =ão teria setido ue se "i!esse o ju!o de

ad$issi%ilidade desse agrao já ue "oi auele Crgão ue "oi o resposáel pela egatia dea#esso da parte ao tri%ual superior.

< 4o =o Bupre$o @ri%ual ederal e o Buperior @ri%ual de Pustiça, o julga$eto do

agrao o%ede#erá ao disposto o respe#tio regi$eto itero, podedo o relator&

- ão #o>e#er do agrao $ai"esta$ete iad$issel ou ue ão te>a ata#ado

espe#i"i#a$ete os "uda$etos da de#isão agraada

- #o>e#er do agrao para&

a+ egar-l>e proi$eto, se #orreta a de#isão ue ão ad$itiu o re#urso

%+ egar segui$eto ao re#urso $ai"esta$ete iad$issel, prejudi#ado ou e$

#o"roto #o$ s$ula ou jurisprud?#ia do$iate o tri%ual#+ dar proi$eto ao re#urso, se o a#Crdão re#orrido estier e$ #o"roto #o$

s$ula ou jurisprud?#ia do$iate o tri%ual.

Este agrao o%jetia i$pugar a de#isão ue iad$itiu o (Esp ou o (E. Ele será

e#a$i>ado a u$ relator. F relator poderá ão #o>e#er do agrao $ai"esta$ete

iad$issel ou ue ão te>a ata#ado espe#i"i#a$ete os "uda$etos da de#isão agraada.

:ode ser ue esse agrao seja $ai"esta$ete iad$issel. =este #aso, ele ão será

#o>e#ido. A iad$issi%ilidade do prCprio re#urso de agrao. sso será "eito por u$a de#isão

$oo#ráti#a. /a $es$a "or$a se pro#ederá se o agrao ão i$pugar espe#i"i#a$ete os

"uda$etos da de#isão agraada. A de#isão agraada a $oo#ráti#a da presid?#ia do

tri%ual. A >ipCtese do i#iso de iad$issão do agrao atras de de#isão $oo#ráti#a.

Art. 545. /a de#isão do relator ue ão #o>e#er do agrao, egar-l>e proi$eto

ou de#idir, desde logo, o re#urso ão ad$itido a orige$, #a%erá agrao, o pra!o de 5 '#i#o+

dias, ao Crgão #o$petete, o%serado o disposto os << 1o e 2o do art. 557.

F i#iso do <4* do art. 544 trata de julga$eto $oo#ráti#o para re#o>e#er a

iad$issi%ilidade do agrao do art. 544. Essa de#isão ue iad$ite o agrao do art. 544 desa"ia

o agrao do art. 557, #o"or$e disposto o art. 545.

F i#iso do <4* do art. 544 "ala da >ipCtese do relator #o>e#er do agrao. Be o

relator #o>e#e do agrao ele ai aalisar o $rito do agrao 'a ad$issi%ilidade ou

iad$issi%ilidade do (Esp ou (E+.

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Direito Processual Civil III

F relator pode #o>e#er do agrao para egar-l>e segui$eto, se eteder #orreta a

de#isão ue ão ad$itiu o re#urso. Etão o relator #o>e#e do agrao para egar-l>e

proi$eto. Etão, ele #o>e#e do agrao para #o"ir$ar a de#isão agraada, e, se ele

#o"ir$a a de#isão agraada, ele está #o"ir$ado a iad$issi%ilidade do (Esp ou do (E. V

u$a de#isão $oo#ráti#a ue, a "or$a do art. 545, desa"ia agrao itero. Be se ega

proi$eto ao agrao ue tra#ou o (Esp ou o (E, se está #o"ir$ado a iad$issi%ilidade

desse (Esp eTou desse (E.

=o #aso do i#iso do <4* do art. 544 ue ega proi$eto ao agrao do art. 544

#a%erá o agrao do art. 557, #o"or$e disposto o art. 545.

F relator poderá ta$%$ #o>e#er do agrao para egar segui$eto ao re#urso

$ai"esta$ete iad$issel, prejudi#ado ou e$ #o"roto #o$ s$ula ou jurisprud?#ia

do$iate o tri%ual 'art. 544, <4*, , L%O+.

F relator pode #o>e#er do agrao para, dado-l>e proi$eto, destra#ar o (Esp ou

o (E e julgar esse prCprio (E ou esse prCprio (Esp, seja para egar-l>e segui$eto e $ater o

a#Crdão re#orrido, seja para dar-l>e proi$eto e re"or$a o a#Crdão re#orrido. Assi$, asaleas L%O e L#O do art. 544, <4*, do D:D trata$ da >ipCtese e$ ue o relator #o>e#e do

agrao ue destra#ou o (E ou (Esp e l>e deu proi$eto. =este #aso, o tri%ual superior já

pro#ederá ao julga$eto do prCprio (E eTou (Esp. Assi$ &

- #o>e#er do agrao para&

%+ egar segui$eto ao re#urso $ai"esta$ete iad$issel, prejudi#ado ou e$

#o"roto #o$ s$ula ou jurisprud?#ia do$iate o tri%ual

#+ dar proi$eto ao re#urso, se o a#Crdão re#orrido estier e$ #o"roto #o$

s$ula ou jurisprud?#ia do$iate o tri%ual.

 =o art. 544 >á 4 situaçes ue pode$ o#orrer. 1+ a iad$issão do prCprio agrao 2+a ad$issão do agrao para se ter a egatia de proi$eto a esse agrao e $auteção da

de#isão ue tra#ou o (Esp eTou (E 3+ a ad$issão do agrao, o proi$eto desse agrao para

reerter o ju!o egatio e, o $rito, o i$proi$eto do (Esp eTou do (E 4+ #o>e#i$eto

do agrao, para, proer o agrao e re"or$ar a de#isão ue tra#ou o (Esp ou o (e, passado o

 ju!o a ser positio, e, ao julgar o (Esp ou o (E, dar proi$eto ao (Esp ou (E para re"or$ar o

a#Crdão. @odas essas de#ises são de julga$eto $oo#ráti#o e pode$ ser ata#adas ia agrao

itero. =o etato, o relator pode, ta$%$, lear o agrao para julga$eto a tur$a do

tri%ual. =o #aso de julga$eto da tur$a os $es$os 4 eetos pode$ o#orrer, sC ue agora

e$ julga$eto #olegiado.

2.10. Ee#ução proisCria \ e"eito supesio

(Esp e (E ão possue$ e"eito suspesio 'art. 497+

Art. 497. F re#urso etraordiário e o re#urso espe#ial ão i$pede$ a ee#ução da

seteça a iterposição do agrao de istru$eto ão o%sta o ada$eto do pro#esso,

ressalado o disposto o art. 558 desta )ei.

Be a iterposição de (E e (Esp ão i$pede$ a ee#ução da seteça, eu estou

di!edo ue esses re#ursos ão possue$ e"eito suspesio.

F a#Crdão já eigel. :ode-se já ii#iar a ee#ução proisCria do a#Crdão re#orrido.

;o#? ai tirar #Cpias de do#u$etos, ai pegar u$a #ertidão o setido de ue já >oue o

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Direito Processual Civil III

 julga$eto e ue está pedete o trGsito e$ julgado so$ete do (Esp e do (E, ai "or$ar u$

istru$eto #o$ as peças idi#adas o art. 475-F do D:D e ai reuerer ao jui! de 1* grau a

ee#ução proisCria. Etão, a ped?#ia de (Esp ou de (E e dos outros istru$etos re#ursais

ue l>es su#ede$ o pro#esso, ão i$pede a ee#utoriedade do a#Crdão, e o ue "oi de#idido

este a#Crdão ai ser proisoria$ete #u$prido.

E$ situaçes e#ep#ioais o#? pode %us#ar a atri%uição de e"eito suspesio ao

(Esp e ao (E, e$ situaçes e$ ue a parte está a i$i?#ia de so"rer dao grae, irreparáel

ou de di"#il reparação e eista "u$us %oi iuris. A regra ue eles ão te>a$ e"eito

suspesio. E$ situaçes e#ep#ioais o e"eito suspesio pode ser atri%udo. Esse e"eito

suspesio ai ser %us#ado ia ação #autelar.

As s$ulas 634 e 635 do B@ #uida$ da #o$pet?#ia para julga$eto desta $edida

#autelar.

B$ula 634 do B@& =ão #o$pete ao Bupre$o @ri%ual ederal #o#eder $edida

#autelar para dar e"eito suspesio a re#urso etraordiário ue aida ão "oi o%jeto de ju!o

de ad$issi%ilidade a orige$.

B$ula 635 do B@& Da%e ao :residete do tri%ual de orige$ de#idir o pedido de

$edida #autelar e$ re#urso etraordiário aida pedete o seu ju!o de ad$issi%ilidade.

(Esp e (E ão te$ e"eito suspesio. Assi$, possel ue se %usue a ee#ução

proisCria desse a#Crdão re#orrido. E$ situaçes e#ep#ioais o#? pode preteder a

atri%uição de e"eitos suspesios a esses re#urso. :ara isso, deerá ser ajui!ada u$a ação

prCpria, ue u$a ação #autelar. A #autelar dee ser proposta perate o tri%ual de orige$.

Uue$ ai julgar essa #autelar, ates de "a!er o ju!o de ad$issi%ilidade a presid?#ia do

tri%ual a uo.

Be a #autelar proposta uado o ju!o de ad$issi%ilidade já "oi "eito, a a#o$pet?#ia do julga$eto da #autelar do B@P, uado o e"eito suspesio para o (Esp e

uado a atri%uição de e"eito suspesio para (E, a #o$pet?#ia origiária do B@.

A #o#essão de proi$eto #autelar te$ por pressuposto e#essário a preseça

#u$ulatia do "u$us %oi iuris 'plausi%ilidade da pretesão io#ada a apar?#ia do direito+ e

do peri#ulu$ i $ora 'ris#o de dao grae, irreparáel ou de di"#il reparação+.

2.11. (e#urso o%rigatoria$ete retido

Esta u$a $atria ue "oi dis#ipliada pela re"or$a de 98. A partir de 98 passa$os ater situaçes e$ ue o (Esp e o (E, o%rigatoria$ete, "i#a$ retidos os autos. A dis#iplia a

do <3* do art. 542 do D:D.

< 3o F re#urso etraordiário, ou o re#urso espe#ial, uado iterpostos #otra

de#isão iterlo#utCria e$ pro#esso de #o>e#i$eto, #autelar, ou e$%argos ee#ução "i#ará

retido os autos e so$ete será pro#essado se o reiterar a parte, o pra!o para a iterposição

do re#urso #otra a de#isão "ial, ou para as #otra-ra!es.

F (Esp ou o (E iterposto #otra de#isão iterlo#utCria, #autelar ou e$%argos

ee#ução serão o%rigatoria$ete retidos.

Eu posso ter (Esp ou (E #otra de#isão iterlo#utCria A de#isão iterlo#utCria

desa"ia agrao. Etão eu ão posso iterpor u$ (E ou u$ (Esp #otra de#isão iterlo#utCria

porue essa de#isão desa"ia agrao. Etão, ela ão u#a u$a de#isão de lti$a ou i#a

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Direito Processual Civil III

istG#ia. Be eu te>o u$ agrao esse agrao, de regra, o agrao retido. Be ele agrao

retido, ele ai "i#ar retido os autos e ai ser reiterado uado da apelação ou #otrarra!es. A

ai ser julgado por $oo#ráti#a ou por a#Crdão. Etão, atural$ete, ão o (E ou o (Esp

iterposto #otra de#isão iterlo#utCria, poruato ão seja de#isão de i#a ou lti$a

istG#ia. :or outro lado, ta$%$ ão o proi$eto judi#ial ue julga o agrao retido,

porue o agrao retido julgado juta$ete ou preli$iar$ete apelação e o siste$a

re#ursal seria o siste$a re#ursal or$al.

Etão, o ue está tratado o <3* do art. 542 do a#Crdão pro"erido pelo @PT@(, ue

 julga agrao de istru$eto.

Be >á u$a de#isão iterlo#utCria, essa ja$ais poderá ser i$pugada pela ia do (Esp

ou do (E. Fu ela desa"ia agrao retido e esse agrao ai "i#ar os autos para ser julgado #o$o

preli$iar de apelação, e o siste$a re#ursal ais ser o or$al ou esta iterlo#utCria desa"ia

agrao de istru$eto.

Qaedo u$a de#isão iterlo#utCria, pode ser ue essa de#isão iterlo#utCria desa"ie

agrao de istru$eto. /esa"iado agrao de istru$eto, esse pode ser julgado$oo#rati#a$ete. Be ele julgado $oo#rati#a$ete, ele desa"ia u$ agrao itero at ser

pro"erido u$ a#Crdão. Fu, esse agrao de istru$eto pode ser julgado de plao pelo Crgão

#olegiado, por $eio de a#Crdão. Este a#Crdão, ue julga o agrao de istru$eto, e$ li>a de

pri#pio, u$ a#Crdão do @P ou do @(, e$ lti$a istG#ia. F esse a#Crdão pro"erido e$

u$a ação #autelar, ou e$ u$a ação de #o>e#i$eto, ou e$ u$a ação de ee#ução. Be "or

u$a #autelar, se "or e$ u$a ação de #o>e#i$eto ou se "or e$ u$ e$%argo ee#ução,

ue ação de #o>e#i$eto, a Cs a$os ter a reteção o%rigatCria.

As >ipCteses do agrao retido são as de ação #autelar e de ação de #o>e#i$eto

'e$%argos ee#ução etra #o$o ação de #o>e#i$eto+. A reteção ão se opera uadoCs esta$os diate de u$a iterlo#utCria pro$oida diate de u$a ação de ee#ução.

F (Esp ou o (E iterposto #otra a#Crdão ue julgou agrao de istru$eto, #otra

de#isão iterlo#utCria pro"erida e$ ação #autelar, ação de #o>e#i$eto e e$%argos

ee#ução, "i#ará'ao+ retido's+. Be essa iterlo#utCria desa"iou agrao de istru$eto, tedo

sido pro"erida e$ pro#esso de ee#ução, o a#Crdão, pro"erido o julga$eto deste agrao,

desa"ia (E ou (Esp, se$ ue >aja a reteção.

Be >ouer a iterlo#utCria a ee#ução, todo o pro#essa$eto do (E e do (Esp ai

ser apli#ado, porue ão >aerá reteção os autos do (Esp eTou do (E.

Be essa iterlo#utCria desa"iou agrao e "oi pro"erido a#Crdão de lti$a ou i#a

istG#ia, tedo ela sido oriuda de ação #autelar, ação de #o>e#i$eto ou e$%argos

ee#ução, o re#urso será iterposto, os autos ão presid?#ia, a presid?#ia, re#o>e#edo a

i#id?#ia do < 3* do art. 542, deter$ia ue esse re#urso %aie orige$. Ele "i#ará retido, e

ao "ial >aerá u$a seteça. Qaerão todos os re#ursos, at ue #>egue o $o$eto de

iterposição de (E, (Esp ou do o"ere#i$eto das respe#tias #otrarra!es. =esse $o$eto,

e$ ue a parte poderá a#essar a ia etraordiária, a ue ele ai reiterar o seu (E ou (Esp

retido. Ele ão reitera a apelação. =a apelação ele pode reiterar u$ eetual agrao retido,

iterposto #otra de#isão de 1* grau. A reiteração do (Esp ou do (E ai ser "eita ao "ial da ia

ordiária, uado >ouer a possi%ilidade de a#esso ia etraordiária, por $eio do (Esp ou

do (E, ou da apresetação das respe#tias #otrarra!es.

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Direito Processual Civil III

A ad$issi%ilidade do (Esp ou do (E retido será "eita uado reiterados o $o$eto

oportuo.

E$ resu$o&

Esta$os "alado de u$ pro#esso o ual >oue u$a de#isão iterlo#utCria. A

iterpretação do <3* do art. 542 ão literal. =ão #a%e (E ou (Esp #otra a de#isãoiterlo#utCria, e$ si. Esse julga$eto, ou desa"ia agrao retido 'a ão >á porue estudar

reteção o%rigatCria, já ue o julga$eto do agrao retido ai se dar pelas ias or$ais de (E e

(Esp+ ou se iterpe agrao de istru$eto. F agrao de istru$eto pode ser julgado

$oo#rati#a$ete '#a%e agrao itero, ia%ili!ado o pro"eri$eto de u$ a#Crdão+ ou pode

ser julgado de logo, por a#Crdão. terpe-se o (E ou (Esp. Be esta iterlo#utCria, ue desa"iou

agrao "oi pro"erida e$ pro#esso de ee#ução ela se pro#essa or$al$ete, a "or$a

estudada o i#io desta aula. Be esta de#isão iterlo#utCria "oi pro"erida e$ ação #autelar ou

ação de #o>e#i$eto, #o#eito o ual se euadra$ os e$%argos ee#ução, si$ples$ete

os autos do (E eTou (Esp "i#a$ retidos. =ão >á ad$issi%ilidade, ão >á #otrarra!es. Iaia$-

se os autos orige$ e a reiteração se dará ao "ial, o $o$eto e$ ue tier o proi$eto delti$a ou i#a istG#ia.

F ue ue a#ote#e se >ouer reteção ideida F #aso ão de reteção e a

presid?#ia $adou reter. :or ee$plo, era #aso de ee#ução e ão deeria >aer reteção.

F ue ue a#ote#e as >ipCteses e$ ue se te$ a e#essidade de pro#essa$eto

i$ediato do re#urso :ode ser ue u$ proi$eto dado e$ ação #autelar ou ação de

#o>e#i$eto e a reteção te>a possi%ilidade de #ausar dao grae, irreparáel, ou de di"#il

reparação. =esse #aso o %o$ seso i$pe ue ão se rete>a$ os autos, aida ue seja #aso

de reteção o%rigatCria.

F B@P te$ sido %astate "leel o ue se re"ere aos $eios de ia%ili!ação aos $eiosde destra#a$eto desta reteção ideida, a ee$plo das situaçes a#i$a. F B@P e o B@ t?$

a#eito $edida #autelar, de #o$pet?#ia origiária do B@ ou do B@P, a depeder do #aso, $as

ta$%$ te$ a#eito o pedido de destra#a$eto da reteção por $eio de re#la$ação

#ostitu#ioal ou at $es$o por $eio de petição si$ples. F a"asta$eto te$ lugar& 1+ uado

a reteção deter$iada e$ des#o"or$idade dauilo ue di! a lei, u$a iterpretação

literal 2+ uado se apli#a de "or$a #ega a lei e esta apli#ação ai #ausar u$ preju!o

ia#eitáel para a parte.

4. :reuestioa$eto

F preuestioa$eto u$ pressuposto de ad$issi%ilidade espe#"i#o do (Esp e do

(E. /ee-se eri"i#ar a preseça do preuestioa$eto. Be está presete, e os de$ais

pressupostos ta$%$, o (Esp ou o (E será ad$itido. Be ão estier presete ão se ea$iará

o $rito do (Esp ou do (E.

Esse o posi#ioa$eto $ais tradi#ioal e $ais #o$u$. ;o#? e#otra autores $ais

$oderos di!edo ue a aálise do preuestioa$eto u$a etapa do julga$eto do (Esp

ou do (E, de sorte ue, >aedo o preuestioa$eto, se passa ao ea$e do $rito, e ão

>aedo o preuestioa$eto, ão se pode adetrar o ea$e do $rito. :ara Bodr, di!er

#o$ outras palaras ue o preuestioa$eto u$ pressuposto de ad$issi%ilidade 'redieetede ue u$a etapa de julga$eto do (Esp e do (E+.

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Direito Processual Civil III

/o poto de ista prag$áti#o, ou o dispositio #uja iolação o#? alega está

preuestioado e o seu re#urso ai ter o $rito ea$iado, ou ão >á o preuestioa$eto

do dispositio e o $rito do re#urso ão ai ser ea$iado.

F ue e#essário para ue se te>a o preuestioa$eto 3 #orretes já eistira$

e$ relação deli$itação do preuestioa$eto. Pá >oue ue$ de"edesse o passado, ue>aeria preuestioa$eto, pura e si$ples$ete, uado a parte >ouesse dedu!ido a

pretesão #o$ %ase e$ #erto dispositio. E.& eu sustetei ao logo do pro#esso ue teria

direito e$ ra!ão da i#id?#ia do art. 1320 do DD, ue di! ue o #o$pa>eiro pode eigir a

ualuer te$po a diisão da #oisa #o$u$. F si$ples "ato de eu estar dedu!ido a pretesão

#o$ %ase esse dispositio, já learia #o#lusão deste dispositio estar preuestioado.

Esta 1Y #orrete já está total$ete superada.

A 2Y #orrete etede ue para ue >aja preuestioa$eto, %astaria ue o a#Crdão

re#orrido te>a e"retado a $atria o%jeto do dispositio. :ou#o i$porta se eu dedu!i ou ão

dedu!i pretesão #o$ %ase e$ #erto dispositio. Be, o julga$eto, se trata da $atria

dis#ipliada o dispositio, eu teria o preuestioa$eto.

Essa u$a #orrete ue aida te$ algu$a represetatiidade. as ela "a#a$ete

$ioritária.

A 3Y #orrete $istura esses 2 posi#ioa$etos ateriores. :ri$eiro, a parte, as

ist?#ias ordiárias, te>a io#ado o dispositio legal, ou te>a tratado da $atria

dis#ipliada o dispositio legal. E, #u$ulatia$ete, o a#Crdão re#orrido te>a tratado o

te$a o%jeto desta $atria.

:ara ue >aja o preuestioa$eto, segudo o posi#ioa$eto prealete, pre#iso

ue >aja, #u$ulatia$ete, 2 ele$etos& 1+ as istG#ias ordiárias eu te>a dedu!ido

pretesão #o$ %ase auele dispositio, ão e#essaria$ete #itado o dispositio, $as #o$%ase ele 2+ ue o proi$eto judi#ial re#orrido te>a e"retado a $atria. V pre#iso ue ao

logo do pro#esso, pou#o i$porta e$ ual $o$eto, eu te>a tratado dauele dispositio ou

da or$ati!ação ou da $atria so%re a ual i#ide a or$ati!ação e, #u$ulatia$ete, ue o

a#Crdão re#orrido 'te$ ue ser o a#Crdão re#orrido+ te>a e"retado esta $atria

or$ati!ada pelo dispositio.

Be$ ue >aja a #u$ulação dessas 2 #ir#ustG#ias ão se pode "alar e$

preuestioa$eto. Be eu ão posso "alar e$ preuestioa$eto, o (Esp e o (E serão

iad$itidos.

A eig?#ia de preuestioa$eto está as s$ulas 282 e 356 do B@.

B$ula 282 do B@& V iad$issel o re#urso etraordiário, uado ão etilada, a

de#isão re#orrida, a uestão "ederal sus#itada.

B$ula 356 do B@& F poto o$isso da de#isão, so%re o ual ão "ore$ opostos

e$%argos de#laratCrios, ão pode ser o%jeto de re#urso etraordiário, por "altar o reuisito

do preuestioa$eto.

Be a de#isão "oi o$issa uato auela $atria io#ada pela parte ao logo das

istG#ias ordiárias, ela ão pode propor (E, e$ setido lato, porue ão >á o reuisito do

preuestioa$eto.

Uuato ao aspe#to de ter sido o%jeto de e"reta$eto o a#Crdão re#orrido

i$portate registrar ue o ea$e da $atria e$ oto e#ido ão ia%ili!a o

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Direito Processual Civil III

preuestioa$eto. F oto e#ido ão o oto re#orrido. F a#Crdão re#orrido auele ue

$ateriali!a o #ojuto dos otos e#edores 's$ula 320 do B@P+.

B$ula 320 do B@P& A uestão "ederal so$ete etilada o oto e#ido ão atede

ao reuisito do preuestioa$eto.

F preuestioa$eto se #lassi"i#a e$ epl#ito e i$pl#ito. F preuestioa$etoepl#ito auele o ual o a#Crdão "a! re"er?#ia epressa ao dispositio legal. Bupo>a$ ue

o a#Crdão re#orrido te>a posto os seguites ter$os& Lão se olida ue o art. 1320 do DD,

assegura ao #o$u>eiro eigir a ualuer te$po a diisão da #oisa #o$u$, todaia a or$a

ão dee ser iterpretada e$ #aráter a%soluto, >aja ista ueM...NO Está preuestioado o art.

1320 do DD, de "or$a epl#ita.

Agora, supo>a ue o a#Crdão diga o seguite& La pretesão dedu!ida pelo apelate

o setido de er diidida a "a!eda @al. F direito de #o$u>eiro de er diidida a #oisa

#o$u$ ão a%soluto, sedo #erto ue o ordea$eto jurdi#o eiste$ u$a srie de

relatii!açes, detre as uais se euadra a >ipCtese \M...N. =esse #aso >oue o

preuestioa$eto i$pl#ito, porue ão >oue re"er?#ia ao dispositio legal. as >oue o julga$eto da #ausa a lu! de u$a iterpretação e de u$a de#isão e$ toro da $atria o%jeto

de or$ati!ação pelo art. 1320 do DD.

E se o a#Crdão re#orrido ão trata do dispositio 's$ula 356 do B@+ F poto

o$isso ue ão "oi o%jeto de e$%argos de de#laração ão pode ser o%jeto de (E porue ão

>á o preuestioa$eto. Aida ue o#? te>a sus#itado essa $atria as ias ordiárias, se

ão >oue o e"reta$eto o#? ão pode laçar $ão do (Esp ou do (E.

A s$ula "ala se ão "ore$ opostos e$%argos de de#laração. Esta a ia para "orçar

o preuestioa$eto. ;o#? tratou da $atria ao logo das istG#ias ordiárias $as o a#Crdão

tage#ia o e"reta$eto dessa $atria. ;o#? e$%arga de de#laração e "orça a $ai"estação.A o#? passa a ter u$ preuestioa$eto epl#ito ou i$pl#ito, uado do julga$eto dos

e$%argos de de#laração.

Agora, se eu e$%argo de de#laração e ele trata da $atria, está preuestioado.

E se eu e$%argo de de#laração o ele ão trata da $atria =este aspe#to, o

posi#ioa$eto de B@ e do B@P são di"eretes. F B@ a#eita o ue se #>a$a de

preuestioa$eto "i#to. ;o#? e$%arga di!edo ue está e$%argado para "is de

preuestioar. Be o a#Crdão tratou ou ão da $atria, para o B@, o dispositio está

preuestioado. Ele presu$e o preuestioa$eto, at porue ão se pode eigir ue o

tri%ual se $ai"este a#er#a de deter$iado poto. F si$ples "ato de opor os e$%argos de

de#laração #o$ o ituito de preuestioar 'preuestioa$eto "i#to+ já su"i#iete para ue

o#orra o preuestioa$eto aida ue a o$issão persista, segudo o B@.

F preuestioa$eto "i#to auele ue ão >oue $as ue se presu$e o

pro#esso, pelo "ato de tere$ sido iterpostos e$%argos de de#laração para "orçar esse

preuestioa$eto. F B@ a#eita o preuestioa$eto "i#to.

F B@P ão a#eita o preuestioa$eto "i#to 's$ula 211 do B@P+.

B$ula 211 do B@P& ad$issel re#urso espe#ial uato uestão ue, a despeito da

oposição de e$%argos de de#laratCrios, ão "oi apre#iada pelo tri%ual a uo.

Etão, eu e>o sus#itado a $i>a pretesão #o$ %ase e$ #erto dispositio legal,

ao logo das istG#ias ordiárias. F a#Crdão de lti$a istG#ia pro"erido e ão ea$ia a$atria, iia%ili!ado o preuestioa$eto real. Eu e$%argo de de#laração e ele #otiua

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Direito Processual Civil III

tage#iado a $atria iia%ili!ado o preuestioa$eto real. Ao #otrário do ue a#ote#e

#o$ o (E, eu ão posso presu$ir a eist?#ia do preuestioa$eto, #o$ o julga$eto dos

$eus e$%argos, iterpostos #o$ tal "ialidade. Be eu isistir a iterposição direta do (Esp,

para alegar iolação desse dispositio #ujo preuestioa$eto eu de"edia, o $eu (Esp ão

ai ser ad$itido. E a F ue "a!er Eu ou ter ue etrar #o$ u$ (Esp, já ão $ais para

dis#utir auele dispositio #ujo preuestioa$eto eu pretedia #o$ os e$%argos de

de#laração. Eu ou ter ue sus#itar a o"esa ao art. 535 do D:D. Uuado eu e$%argo de

de#laração e peço ue ele ea$ie a $atria e ele #otiua tage#iado essa $atria, ele

está iolado o art. 535 o ue se re"ere a o$issão.

Art. 535. Da%e$ e$%argos de de#laração uado&

- "or o$itido poto so%re o ual deia prou#iar-se o jui! ou tri%ual.

:ro"udidade do e"eito deolutio o ue se re"ere ao (Esp e (E.

:reuestioa$eto pressuposto de ad$issi%ilidade do (Esp e do (E. Uue$ $aeja

(Esp e (E ai alegar iolação a u$ pre#eito #ostitu#ioal ou dispositio legal. Esse dispositio

#uja iolação se alega te$ ue estar preuestioado. Be ele ão está preuestioado o re#urso

ão ai ser ad$itido. Be ele está preuestioado e os outros pressupostos de ad$issi%ilidade

estão presetes, o B@P ou o B@ ão julgar o re#urso so$ete #o$ %ase auele dispositio #uja

iolação "oi alegada e o preuestioa$eto se e#otra #o"igurado =ão.

B$ula 456 do B@& F Bupre$o @ri%ual ederal, #o>e#edo do re#urso

etraordiário, julgará a #ausa, apli#ado o direito esp#ie.

:ara #o>e#er do re#urso o#? te$ ue $e di!er ual ou uais dispositios estão

sedo iolados. ;o#? ai $e di!er uais os dispositios estão sedo iolados e para ue eu

#o>eça do re#urso ue pelo $eos u$ desses dispositios te>a sido preuestioado. Apartir do $o$eto ue o re#urso "oi #o>e#ido porue te$ preuestioa$eto do dispositio

#uja iolação o#? alega, eu ou julgar a #ausa por iteiro detro do G$%ito da deolutiidade.

Etão eu ão ou "i#ar adstrito iterpretação do dispositio ue está preuestioado. Eu ou

 julgar o seu re#urso detro do o%jeto de deolutiidade, apli#ado o direito á esp#ie.

=ão te$ preuestioa$eto, ão se #o>e#e do (E ou do (Esp. Be te$ o

preuestioa$eto, #o>e#e-se o re#urso e se "ará o julga$eto apli#ado o direito á esp#ie.

Eu posso, por ee$plo, e$ sede de (Esp ue se alegaa iolação ao art. 1320 do DD, eteder

ue o ju!o de 1* grau era i#o$petete e aular tudo :ode. Uuado >á o

preuestioa$eto, detro do o%jeto de deolutiidade dauele re#urso Cs a$os ter o

 julga$eto #o$ apli#ação de ualuer or$a do ordea$eto jurdi#o #o$o u$ todo, seão,

o ue eu ia ter e$ julga$eto de (Esp e (E, o $ais da e!es, seria$ julga$etos distor#idos.

F "ato do re#urso ser #o>e#ido ai ia%ili!ar o julga$eto do o%jeto da

deolutiidade se$ ue a $ai"estação do tri%ual superior esteja adstrita ao dispositio legal,

#uja iolação se alega.

A)A /E :(FDEBBF D;) W 20T04T2011

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Direito Processual Civil III

/uidas&

E$ dado $o$eto o#orre o julga$eto do tri%ual a "uo e tr?s pedidos são julgados

i$pro#edetes. A parte autora laça $o do re#urso espe#ial e por $eio deste ela aii$pugar par#ela do julgado a lu! de iolação do art. \ e i$puga outra par#ela alegado

iolação aos arts. ] e ^. Bupo>a ue essa situação >ipotti#a te>a o#orrido. A partir do

$o$eto ue o sujeito sC re#orre e$ relação ao ide"eri$eto do ue #>a$are$os de pedido

A e pedido I, trasita e$ julgado o pedido D. Bupo>a ue o @P uado "a#a a ad$issi%ilidade

desse re#urso espe#ial eteda ue ão estão preuestioados os arts. ] e ^ e uato a esse

poto ão #o>eça o re#urso espe#ial, $as eteda ue >á preuestioa$eto do art. \ e

estão presetes os de$ais pressupostos de ad$issi%ilidade etão ele #o>e#e do re#urso

espe#ial por iolação ao art. \. :erguta-se, o julga$eto o G$%ito do B@P ai lear e$

#osideração ual pedido F pedido A, ue etão será o%jeto da deolutiidade.

F @ri%ual a uo ad$itiu so$ete e$ rela#ao ao pedido A, ao >oue re#urso e$

rela#ao ao pedido D e o pedido I ao "oi ad$itido e ao >oue iterposi#ao do agrao do art.

544 do D:D. F B@P te$ deolido a si so$ete o ea$e do pedido A. Be o B@P #o>e#eu o

re#urso espe#ial por iolação ao art. \ o ue se re"ere ao pedido A ele ai julgar etão a

$atria, ão "i#ado adstrito ao ea$e do art. \. Ele pode apli#ar ualuer or$a i#idete

so%re a esp#ie '#ostitu#ioal, estadual, "ederal, uestão pro#essual de orde$ pu%li#a et#+.

Bupo>a ue o B@P eteda ue e$ relação ao art. \ ão >á o preuestioa$eto,

portato ele ão re#o>e#e o re#urso e$ relação a essa $atria, $as e$ relação ao pedido I,

$algrado ão >aja preuestioa$eto de tal pedido >á preuestioa$eto do art. ]. =ão

>aerá deolutiidade e$ relação ao pedido A e o D. F art. ] estaa preuestioado ia%ili!ou-

se #o$ isso o #o>e#i$eto do espe#ial o ue se re"ere ao pedido I.Ao julgar a pro#ed?#ia

ou i$pro#ed?#ia do pedido I, o B@P ai aalisar a iterpretação do art. ], $as ta$%$ leara

e$ #osideração as de$ais or$as ue dis#iplia$ a $atria.

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Direito Processual Civil III

e o recurso * con=ecido se /ula a mat*ria a"licando o direito a es"*cie.

Bu$. 528 do B@& L Be a de#isão #otier partes autRo$as , a ad$issão par#ial, pelo

presidete do tri%ual a uo, de re#urso etraordiário ue so%re ualuer delas se

$ai"estar, ão li$itará a apre#iação de todas pelo B@, idepedete$ete de iterposição

de agrao de istru$eto.O Be a >ipCtese >aia alegação de iolação aos arts. ] e ^ ,#o>e#ido o re#urso e$ relação ao ]. as isso ai estado detro do $es$o o%jeto de

deolutiidade, ai se ter o ea$e da $atria desde o pedido I leado e$ #osideração o

direito apli#ado a esp#ie. Essa su$ula ão se iterpreta literal$ete. =atural$ete a

iterpretação aui a seguite & detro do o%jeto de deolutiidade a ad$issão par#ial do

re#urso , ou seja, porue se etedeu ue "oi iolado so$ete o dispositio A ou I e outros

ão teria$ sido ão i$pede ue esses outros ue ão esteja$ preuestioados seja$

ea$iados. @oda e! ue se etrapola o G$%ito da deolutiidade se está iestido #otra a

#oisa julgada.

Uuado se "ala e$ partes autRo$as se está "alado e$ alegaçes de iolação aor$as diersas.

RER5 E78R5R9:R5

 

Uuato a >ipCtese de ad$issi%ilidade atete-se para o art.102, .

rt. 102 - Do$pete ao Bupre$o @ri%ual ederal, pre#ipua$ete, a guarda da Dostituição,

#a%edo- l>e&

...

  - julgar, $ediate re#urso etraordiário, as #ausas de#ididas e$ i#a ou lti$a

istG#ia, uado a de#isão re#orrida&

 a) #otrariar dispositio desta Dostituição

 %) de#larar a i#ostitu#ioalidade de tratado ou lei "ederal

c) julgar álida lei ou ato de goero lo#al #otestado e$ "a#e desta Dostituição

d+ julgar álida lei lo#al #otestada e$ "a#e de lei "ederal.

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Direito Processual Civil III

:ra "is de iterposição de re#urso espe#ial pre#iso de a#Crdão pro"erido e$ i#a ou

ulti$a ista#ia por @P ou @(. =o ue se re"ere ao etraordiário a #ostituição di! ue ele

#a%el #otra proi$eto judi#ial i#a ou ulti$a ista#ia tão so$ete. =ão >á e#essidade

ue esse proi$eto seja u$ a#Crdão, p. e. as ee#uçes "is#ais de peueo alor te$

pro"eri$eto de seteça sedo #a%el #otra ela e$%argos i"rigetes do art. 34 da )ei de

Ee#ução is#al, e$%argos esses julgados pelo prCprio $agistrado de pri$eiro grau #a%eria

re#urso etraordiário. Da%e re#urso etraordiário uato a de#isão de tur$a re#ursal, essa

idia e#otra-se #osolidada a su$. 640 do B@&

Sumula 567+ 8 cab*&el recurso e/traordin)rio contra decis#o pro$erida por jui4 de

 primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de jui4ado especial c*&el e criminal+

A >ipCtese de #a%i$eto do etraordiário $ais a$pla.

As >ipCteses de ad$issi%ilidade se e#otra$ as aleas do art. 102, . A alea LaO

"ala e$ #otrariar dispositio da Dostituição. Dotrariedade #orrespode a ualuer

iterpretação ue ão seja a $ais adeuada. F #o#eito de #otrariedade $ais a$plo do ue

o #o#eito de egatia de ig?#ia, e e$ ra!ão disso a su$. 400 do B@ está prejudi#ada.

Uuado a Dostituição "oi editada se "ir$ou o etedi$eto de ue a partir do $o$eto e$

ue >á a epressão desta ão seria possel apos a ig?#ia da DT88 alegar iolação a

dispositios das Dostituiçes pretritas, aida ue a Dostituição pretrita i#idisse o

 julga$eto da #ausa. Qoje e$ dia, tras#orridos $ais de 20 aos da etrada e$ igor da DT88

pare#e ue u$a dis#ussão ue ão te$ $ais setido. A epressão dispositio desta

Dostituição dee ser iterpretada e$ setido lato. ala-se do teto origiário e das e$edas#ostitu#ioais. E o teto ue ão $ais está e$ igor pode ser dis#utido e$ re#urso

etraordiario se era ele ue deeria ser leado e$ #osideração uado do julga$eto da

#ausa. /uas o%seraçes pre#isa$ ser "eitas&

1. pode ser ue tratado itera#ioal seja re#ep#ioado e$ ossa orde$ jurdi#a#o$o or$a #ostitu#ioal ou #o$o e$eda #ostitu#ioal 'art. 5*, < 3* daDT88+. =esse #aso se o tratado "or iolado o re#urso #a%el oetraordiário.

2. Bo$ete se a#eita re#urso etraordiário se >á iolação /(E@A da or$a#ostitu#ioal, ão sedo ad$itida a #>a$ada iolação re"lea. A su$ula 636

do B@ di! L =ão #a%e re#urso etraordiário por #otrariedade ao pri#ipio#ostitu#ioal da legalidade, uado a sua eri"i#ação pressupo>a reer aiterpretação dada a or$as i"ra#ostitu#ioais pela de#isão re#orridaO. Asu$ula tra! u$ ra#io#io $ais restritio $as os pode$osgeerali!ar.Eteda-se, ao alegar iolação ao pri#ipio da legalidade e#essário ea$iar a or$a #uja iolação se está sustetado para deduçãoda assertia de o"esa a legalidade. Alega-se iolação ao deido pro#essolegal, para eri"i#ar se >oue ou ão iolação o #a$po judi#ial dee se oltarpara a aalise das or$as pro#essuais #iis. Fra, estas >ipCteses são deiolação re"lea. A iolação re"lea se dá uado o ea$e de o"esa aDostituição pressupe a iterpretação e a deli$itação do al#a#e de or$as

i"ra#ostitu#ioais.

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Direito Processual Civil III

A >ipCtese da alea L%O di! respeito a de#isão ue de#larou i#ostitu#ioalidade de

tratado ou lei "ederal. V possel ue u$a de#isão ue ão seja do Bupre$o de#lare a

i#ostitu#ioalidade de lei ou tratado itera#ioal, desde ue essa i#ostitu#ioalidade

te>a sido re#o>e#ida de $aeira i#idetal. E/+: o TRF da 9 regi#o n#o pode declarar

inconstitucional o art+; de determinada lei, mas pode recon%ecendo a inconstitucionalidade

deste art+ entender "ue o tributo . inconstitucional e por conse"<'ncia determinar a repetiç#o

do ind.bito+ F%sere-se ue a de#laração de#orre de #otrole di"uso e ão #o#etrado.

As aleas L#O e LdO tra!e$ ao todo tr?s >ipCteses. A lei lo#al ou ato dee$ ser julgados

alidos e$ "a#e #ostituição. Be "ore$ julgados ialidos ão >á ris#o de o"esa a D etão o

re#urso ão #a%el. /a $es$a "or$a a lei lo#al dee ser julgada alida e$ "a#e de lei "ederal.

As >ipCteses da alea L#O são passieis de re#urso etraordiário porue >á pote#ialidade

direta de iolação ao teto da D. A >ipCtese da alea LdO poruato o ea$e da alegação de

ue a lei lo#al iola ou o"ede a lei "ederal pressupe e#essaria$ete o estudo de

#o$pet?#ia legislatia ue se e#otra a #ostituição.

Re"ercussão eral  W "oi iserida euato pressuposto para a ad$issi%ilidade de

re#urso etraordiário desde a ED-45. A dis#iplia da reper#ussão geral se e#otra o < 3* do

art. 102 da DT88.

=>?+@ Ao recurso e/traordin)rio o recorrente de&era demonstrar a repercuss#o geral

das "uestBes constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a $im de "ue o

Tribunal e/amine a admiss#o do recurso, somente podendo recus)-lo pela

mani$estaç#o de dois terços de seus membros+ 

F dispositio #ostitu#ioal ão auto-apli#áel. ala-se e$ reper#ussão geral os

ter$os da lei, logo era pre#iso ue se edita-se lei a#er#a do te$a. algrado o dispositio ão

seja auto-apli#áel ele já tra! as diretri!es para o legislador i"ra#ostitu#ioal. A pri$eira

diretri! di! respeito a e#essidade de idi#ação da reper#ussão pelo re#orrete. F ea$e da

eist?#ia ou ieist?#ia de reper#ussão geral ão #a%e ao tri%ual a uo. =os estuda$os ue

a ad$issi%ilidade "eita tato pelo tri%ual a uo uato pelo Bupre$o, >á u$a dupla

ad$issi%ilidade. as di!er se >á ou ão a reper#ussão es#apa a #o$pet?#ia do tri%ual a uo.

A eri"i#ação de reper#ussão #a%e e#lusia$ete ao B@ e pre#iso dois terços dos otos do

tri%ual '8 otos+ para re#usar o re#urso.

F regra$eto da reper#ussão geral "eito pelo art. 543-A do D:D. Be eige

reper#ussão geral porue o re#urso etraordiário algo ue deeria ser de "ato etraordiário

ão deedo o B@ "u#ioar #o$o 3Y ista#ia 'a prati#a isso o#orre+. V pre#iso "a!er u$

#otrole do ue so%e para o B@. A reper#ussão geral ão lea e$ #osideração o alor

eolidoTreleG#ia e#oR$i#a 'o :ro". ão #o#orda #o$ isso+.

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Direito Processual Civil III

F #o#eito de reper#ussão geral está os <<1_ e 3_ do 543-A. A reper#ussão geral será

eri"i#ada uado eistire$ uestes ue ultrapasse$ os iteresses su%jetios da #ausa ou

seja o ju!o de alor da uestão te$ aptidão para i"luir a ida de sujeitos diersos daueles

ue estão eolidos a lide. E.& u$a #ostrutora dis#ute a o%ra do $etrR e$ Balador, u$a

#ausa de (J 200.000.000,00. A dis#ussão gira e$ toro da li#itação do $etrR. Bo% o poto

e#oR$i#o essa #ausa se$ duidas possui reper#ussão geral, $as di! respeito tão so$ete ao

poder pu%li#o e a #ostrutora. E.2& deter$iado aposetado re#e%e u$ %ee"i#io de (J

545,00 $as ele etede ue o %ee"i#io $i$o deeria ser de (J546,00. V u$a #ausa de

(J1,00,o etato te$ reper#ussão geral porue se se a#eitar ue o piso te$ alor di"erete

isso reper#ute a ida de todos ue ga>a$ o %ee"i#io '$il>es de pessoas+.

Ao se aalisar a reper#ussão geral dee-se lear e$ #ota a pote#ialidade ue

auele pre#edete te$ de iter"erir a ida de outros ididuos, a%adoado-se o aspe#to

e#oR$i#o.

F <3_ tra! u$a >ipCtese de presução de reper#ussão geral.

F #o#eito de reper#ussão geral $uito a$plo.

@odo re#urso etraordiário dee ter e$ seu %ojo u$ poto espe#i"i#o o ual se

alegue a eist?#ia de reper#ussão geral. Be ada "ala so%re a reper#ussão o re#urso ão será

#o>e#ido. =ão #a%e ao @ri%ual de orige$ aalisar se >á ou ão reper#ussão $as #a%e a ele

eri"i#ar a regularidade "or$al do re#urso. es$o ue seja eidete a reper#ussão geral se ela

ão "or idi#ada o re#urso ão será #o>e#ido. Be a reper#ussão geral e$ si "or ea$iada a

orige$ #a%e re#urso.

F B@ te$ u$ Crgão ue o pleário #o$posto por todos os $iistros. F B@,

todaia, possui duas tur$as. Essas tur$as são #o$postas #ada u$a por 5 iistros. Uue$

 julga re#urso etraordiário a tur$a. A tur$a ão pode di!er ue ão >á reper#ussão geral

pois ão >aeria o uoru$ para a"astá-la. as a tur$a pode di!er ue >á reper#ussão se 4 dos

5 assi$ etedere$.

=egada a eist?#ia de reper#ussão geral essa de#isão ale pra todos os outros #asos

so%re $atria id?ti#a. F regi$eto itero do supre$o o art. 324 "ala so%re tal

pro#edi$eto. Assi$, as decises do "lenário >ue neam a exist?ncia de re"ercussão tem

caráter vinculativo.

F relator a aalise da reper#ussão geral poderá ad$itir a $ai"estação de ter#eiros

su%s#rita por pro#urador >a%ilitado os ter$os do regi$eto itero do B@. A partir do

$o$eto ue se te$ u$a #ausa id?ti#a a ue está posta e$ julga$eto pode-se peti#ioar

o pro#esso e tra!er $ai"estação.

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Direito Processual Civil III

Aula 02T05T2011

-ão Rescis&ria

1. Dosideraçes gerais

A i$pugação de de#ises judi#iais se dá, de regra, atras da utili!ação dos re#ursos.

F re#urso o $eio edopro#essual ue ia%ili!a a re"or$a, a ialidação o es#lare#i$eto ou a

itegração da de#isão judi#ial.

Ao lado de istru$etos edopro#essuais, ue Cs #>a$a$os de re#ursos, eiste$

istru$etos etrapro#essuais para i$pugação de de#ises judi#iais. Esses istru$etos

etrapro#essuais de i$pugação são #>a$ados de açes autRo$as de i$pugação.

@ato o re#urso uato as açes autRo$as de i$pugação se presta$ dis#ussão

de de#ises judi#iais. A di"ereça ue o re#urso iterposto, pro#essado e julgado a $es$a

relação jurdi#a e$ ue pro"erida a de#isão i$pugada, ao passo e$ ue, as açes

autRo$as de i$pugação, #o$o dá a eteder o prCprio o$e, Cs te$os a istauração de

u$a oa relação jurdi#o-pro#essual para dis#ussão do proi$eto judi#ial.

A ação res#isCria , por e#el?#ia, u$a ação autRo$a de i$pugação. A uerela

ulitatis ta$%$ u$a ação autRo$a de i$pugação. Eetual$ete, o $adado de

seguraça o >a%eas #orpus pode$ ser utili!ados #o$o $eio de i$pugação de de#isão judi#ial.

Essas açes autRo$as se #lassi"i#a$ e$ açes autRo$as tpi#as 'são auelas ue

se presta$ so$ete i$pugação de atos judi#iais, #o$o o #aso da res#isCria e da uerela

ulitatis+ e açes autRo$as de i$pugação atpi#as 'são auelas ue se presta$ a

i$pugação de de#ises judi#iais $as ta$%$ pode$ ser utili!adas para outras "ialidades

#o$o o #aso do $adado de seguraça e do >a%eas #orpus+.

As açes autRo$as de i$pugação se #ara#teri!a$ por lear #riação de u$a oa

relação jurdi#o-pro#essual. A ação res#isCria u$a ação autRo$a de i$pugação tpi#a

porue so$ete se presta i$pugação de de#ises judi#iais, a ee$plo do ue o#orre #o$ a

uerela ulitatis.

A ação res#isCria te$ por o%jetio a des#ostituição da #oisa julgada e o eetual re-

 julga$eto da $atria. A ação res#isCria se presta ão apeas para ia%ili!ar a des#ostituição

da #oisa julgada $as ta$%$ para ia%ili!ar u$ oo julga$eto da #ausa 'art. 488 do D:D+&

Art. 488. A petição ii#ial será ela%orada #o$ o%serG#ia dos reuisitos esse#iais do art.

282, deedo o autor&

- #u$ular ao pedido de res#isão, se "or o #aso, o de oo julga$eto da #ausa

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Direito Processual Civil III

- depositar a i$portG#ia de 5K '#i#o por #eto+ so%re o alor da #ausa, a ttulo de

$ulta, #aso a ação seja, por uai$idade de otos, de#larada iad$issel, ou i$pro#edete.

:arágra"o i#o. =ão se apli#a o disposto o o ião, ao Estado, ao ui#pio e ao

iistrio :%li#o.

A ação res#isCria te$ se$pre u$ pedido o%rigatCrio. @oda ação res#isCria dee ter u$

pedido de des#ostituição da #oisa julgada. V o ue se #>a$a de iudi#iu$ res#ides. Be$pre

ue possel, o%rigatoria$ete, deerá ser apresetado, de "or$a #u$ulatia, o pedido de re-

 julga$eto da #ausa 'iudi#iu$ res#isoriu$+. A #u$ulação o%rigatCria uado possel,

porue eiste$ #asos e$ ue essa #u$ulação ão te$ lugar. E.& i$agie$ u$a ação

res#isCria ue proposta e$ ra!ão de o"esa a e"eito egatio da #oisa julgada. Qoue u$

pro#esso essa ação "oi julgada. algrado isto, u$a outra ação "oi proposta,#o$ as $es$as

partes, #o$ a $es$a #ausa de pedir e #o$ o $es$o pedido. @eria setidodes#ostituir a #oisa

 julgada da seguda ação e ia%ili!ar u$ oo julga$eto =ão. Eu estaria res#idido a

#oduta ue iolar a #oisa julgada a pri$eira ação.

A regra ue a ação re#isCria se traga u$ pedido de res#isão do julgado, e se$pre ue

possel, se apresete u$ pedido de re-julga$eto. A aus?#ia do pedido de re-julga$eto,

uado ele poderia ter lugar, lea etição da res#isCria se$ ea$e do $rito.

=Cs te$os u$ pedido ue #o$u$ a toda ação res#isCria& o iudi#iu$ res#ides. =ão >á

ação res#isCria se$ o pedido de des#ostituição da #oisa julgada. Be$pre ue possel, deerá

ser tra!ido, e$ #u$ulação, o%rigatoria$ete, so% pea de ide"eri$eto da petição ii#ial, o

iudi#iu$ res#isoriu$.

F iudi#iu$ res#ides o pedido de des#ostituição da #oisa julgada. F iudi#iu$

res#isoriu$ o pedido de re-julga$eto da #ausa. E$ situaçes e#ep#ioais ão #a%erá o

pedido de re-julga$eto, #o$o o ee$plo dado. =esses #asos, o pedido será so$ete o

iudi#ui$ res#ides. Be iáel, e$ tese o iudi#u$ res#isoriu$, ele dee ser ta$%$

postulado, e#essaria$ete.

Atras da ação res#isCria o ue se %us#a a des#ostituição da #oisa julgada e o

eetual re-julga$eto da #ausa.

)egiti$idade atia

A legiti$idade para a ação res#isCria está o art. 487 do D:D.

Art. 487. @e$ legiti$idade para propor a ação&

- ue$ "oi parte o pro#esso ou o seu su#essor a ttulo uiersal ou sigular

- o ter#eiro juridi#a$ete iteressado

- o iistrio :%li#o&

a+ se ão "oi ouido o pro#esso, e$ ue >e era o%rigatCria a itereção

%+ uado a seteça o e"eito de #olusão das partes, a "i$ de "raudar a lei.

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Direito Processual Civil III

As partes. @odos aueles ue "igurara$ #o$o parte a relação jurdi#a e$ ue pro"erida a

seteça res#ideda pode$ propor a ação res#isCria. F #o#eito de parte dee ser etedido

e$ setido a$plo. :arte o autor, parte o ru e parte ta$%$ o ter#eiro itereiete 'o

assistete, o opoete, o litisdeu#iado,o #>a$ado ao pro#esso, o o$eado autoria+.

@a$%$ det$ legiti$idade o su#essor de parte o pro#esso. Beja a ttulo oero, seja attulo sigular, seja a ttulo uiersal. F >erdeiro 'su#essor a ttulo uiersal+ pode propor A(.

Algu$ ue aduiriu deter$iado %e$ 'su#essor a ttulo sigular+ pode propor a A(.

F art. 487 "ala ta$%$ e$ legiti$idade do ter#eiro prejudi#ado, ou o ter#eiro

 juridi#a$ete iteressado. Esse #o#eito de ter#eiro juridi#a$ete iteressado está

rela#ioado uele sujeito ue era titular de u$a relação jurdi#a ue poderia ir a ser atigida

pelo proi$eto judi#ial. F ter#eiro iteressado, para "is de propositura de A( algu$ ue

ão "igurou o pro#esso e$ ue pro"erida a seteça res#ideda $as titular de u$a relação

 jurdi#a ue "oi al#açada pelo proi$eto judi#ial ue se pro#ura res#idir. Be Cs pesar$os

o ee$plo da lo#ação e da su%lo#ação, ue já "oi dado& A #ele%ra #o$ ( u$ #otrato delo#ação e ( #ele%ra #o$ I u$ #otrato de su%lo#ação, Cs pode$os islu$%rar 3 situaçes& A

prope u$a ação de despejo e$ "a#e de (. F despejo está e$ #urso e I pode igressar #o$o

assistete. I ter#eiro iteressado 'su%lo#atário+ e etrará #o$o assistete adesio. Be, por

etura, "or pro"erida a seteça de despejo, ada i$pede ue, #o$ %asse o art. 499, I, ue

poderia ter sido assistete, la#e $ão de re#urso de apelação #o$o ter#eiro prejudi#ado. Be

essa seteça, pro"erida a ação de despejo, trasitar e$ julgado, e$ tese, I pode propor a

A(.

Etão, esse ter#eiro iteressado, legiti$ado propositura de A(, algu$ ue ão

"igurou a relação jurdi#o-pro#essual e$ ue pro"erida a seteça res#ideda, $as titular

de relação jurdi#a ue "oi por ela, seteça res#ideda, atigida.

:or "i$, se "ala e$ legiti$ação do :. F : pode ter "igurado #o$o parte o pro#esso.

@edo "igurado #o$o parte o pro#esso, esta #odição 'de parte+ ele deterá legiti$idade para

propor a A(. =o etato, ão tedo "igurado #o$o parte o pro#esso, o : pode propor a A(

e$ 2 situaçes& 1*+ os #asos e$ ue ele deeria ter o"i#iado #o$o #ustos legis $as ão

iti$ado para tato. A >ipCtese era de itereção do : $as ele ão "oi iti$ado e o

pro#esso seguiu se$ a parti#ipação do : e se "or$ou, ao "ial, a #oisa julgada. Assi$, o :

pode ajui!ar a A( 2*+ os #asos de #olusão etre as partes. Dolusão uado as partes

utili!a$ do pro#esso para a o%teção de "ialidade il#ita ou ilegal. Dolusão o #oluio. Essa

>ipCtese está o i#iso do art. 485 1. :ode ser ue as partes te>a$ "eito uso do pro#esso

para "is de "raudar a lei 'essa u$a >ipCtese de #olusão+. E.& o >o$e$ #asado ue ão pode

doar %es a$ate e si$ula o pro#esso reiidi#atCrio o ual a #o#u%ia prope a

reiidi#ação e ele se deia e#er essa ação reiidi#atCria eata$ete para ia%ili!ar a

1 Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão

entre as partes, a im de raudar a lei!

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Direito Processual Civil III

tras"er?#ia do %e$ para o patri$Rio da a$ate. Futro ee$plo o de algus >erdeiros e$

#oluio ue aju!a$ u$a ação judi#ial #otra o espClio justa$ete para retirar do espClio

deter$iados %es e ão re#ol>er o i$posto de tras$issão. =esse #aso ão >á lide. Eles

#ria$ u$a situação tal e susteta$ ue auele %e$ já >ouera sido tras"erido a eles pelo

"ale#ido e$ ida e %us#a$ etão o%ter a #erti"i#ação da propriedade desse %e$. Atras desse

pro#esso si$ulado esse %e$ retirado da $assa e ão re#ol>ido o i$posto de tras$issão.

A #olusão o #oluio dos ididuos ue "igura$ #o$o parte o pro#esso. =ão >á lide

$as $es$o assi$ eles si$ula$ essa lide para al#açar u$ resultado "rauduleto 'ilegal+.

A uestão da lide si$ulada #o$porta u$a dis#ussão $aior. :ara Bodr auilo ue se

#>a$a de lide si$ulada a área tra%al>ista ão te$ ada de ilegal. F ue se te$ a lide

si$ulada tra%al>ista o seguite& o e$pregador uer "a!er u$ a#ordo #o$ o e$pregado. Esse

a#ordo, pela legislação tra%al>ista, ão te$ alor e>u$, se ão "or "eito e$ ju!o, etão eles

lea$ a ju!o esse a#ordo para o jui! >o$ologar. Do$o o jui! ão uer >o$ologar esse tipo de

a#ordo, eles etão espera$ a 1Y audi?#ia, #o$o se pro#esso eistisse, para o%ter a>o$ologação. :ara Bodr, essa si$ulação ão >á ue se "alar e$ o%jeto il#ito, da porue

ão se poderia "alar e$ A(. Futros a#>a$ ue >aeria "raude esse tipo de #o$porta$eto. V

garatia do ididuo a seguraça jurdi#a. =igu$ ai #ele%rar u$ a#ordo se ão te$ a

garatia de ue auele a#ordo ai aler. Agora o ra#io#io da justiça do tra%al>o u$ pou#o

di"erete, o ue #ria situaçes $uitas e!es rid#ulas& o e$pregado uer re#e%er, o

e$pregador uer pagar $as eles ão a ju!o. Do$o o jui! ão >o$ologa o a#ordo a eles "a!e$

o a#ordo e$ audi?#ia, de "or$a #o$%iada.

=o #aso da #olusão >á u$a e#eção, a ual o sujeito pode ir ju!o alegar a prCpria

torpe!a. =a >ipCtese de #olusão, ualuer das partes pode ajui!ar, #o$o ta$%$ o :.

(e#apitulado o ue já "oi dito&

F $eio de i$pugação de de#ises judi#iais, de regra, edopro#essual, o ue se #>a$a

de re#urso, e os re#ursos t?$ lugar ates da "or$ação da #oisa julgada. A i$pugação de

de#ises judi#iais pode se dar ta$%$ atras de açes autRo$as. As açes autRo$as ão

são regra e, o%ia$ete, ão se pode laçar $ão de ação autRo$a se se te$ re#urso. altaria

iteresse de agir para a ação autRo$a. Agora, e$ situaçes e#ep#ioais, se te$ a a

possi%ilidade dessas açes autRo$as. Essas açes autRo$as se #lassi"i#a$ e$ tpi#as e

atpi#as. @pi#as são auelas #uja "ialidade i#a a i$pugação de de#ises judi#iais. Atpi#asauelas ue, al$ da i$pugação de de#ises judi#iais, presta$ para outros "is. A A( u$a

ação autRo$a de i$pugação tpi#a. A A( se presta des#ostituição da #oisa julgada,

ia%ili!ado-se u$ eetual re-julga$eto da #ausa. /a se di!er ue a A( se te$ dois

pedidos& o iudi#iu$ res#ides e o iudi#iu$ res#isoriu$. F iudi#iu$ res#ides o pedido de

des#ostituição da #oisa julgada, e se$pre deerá #ostar e$ A(. F iudi#iu$ res#isoriu$ o

pedido de re-julga$eto da #ausa. Fra, a partir do $o$eto e$ ue eu estou res#idido o

 julga$eto aterior o litgio olta a eistir, da a e#essidade de ele ser #o$posto. :oruato

ão >á iteresse p%li#o a $auteção e$ a%erto da lide, esse pedido de re-julga$eto

'iudi#iu$ res#isoriu$+ se$pre deerá ser "or$ulado uado, e$ tese, #a%el. A aus?#ia de

"or$ulação do iudi#iu$ res#isoriu$ as >ipCteses e$ ue ele te$Tteria lugar lea ip#ia da

petição ii#ial. /et$ legiti$idade atia para a A( as partes, aueles ue "igurara$ a relação

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Direito Processual Civil III

 jurdi#o-pro#essual e$ ue pro"erido o proi$eto judi#ial res#idedo. F #o#eito de parte

a$plo, al#açado o autor, ru e ter#eiro itereiete. /et$ legiti$idade ta$%$ o ter#eiro

iteressado ue ada $ais do ue algu$ ue ão "igurou a relação jurdi#o-pro#essual

$as titular de relação jurdi#a ue "oi atigida pelo proi$eto judi#ial res#idedo. Qá aida

a legiti$idade atia do :. F : pode propor ação res#isCria os #asos e$ ue atuou #o$o

parte, e os #asos e$ ue, ão tedo atuado #o$o parte, as >ipCteses e$ ue deeria ter

atuado #o$o #ustos legis e para tato a "oi iti$ado, e aida essa >ipCtese de #olusão etre

as partes do pro#esso.

)egiti$idade passia

)egiti$ado passio todo auele sujeito ue "igurou, e$ li>a de pri#pio, a relação

 jurdi#o-pro#essual res#ideda. igurara$ o pro#esso autor e ru. Be o ru prope a A( a

legiti$idade passia do autor. Be o autor prope a A( a legiti$idade passia do ru.

Qoue u$a deu#iação da lide. A A( proposta por A. /ee$ "igurar o pro#esso, opClo passio, ( e B. Qaia u$ assistete. A A( "oi proposta por A. E$ li>a de pri#pio, dee$

ser #itados \, ( e B. @odos aueles sujeitos ue "igurara$ a relação jurdi#o-pro#essual e$

ue pro"erida a seteça ou o proi$eto judi#ial res#idedo dee$ "igurar o pClo passio

da A(, desde ue ão "igure$ o pClo atio. V C%io, porue pode ser ue a A( te>a sido

proposta e$ litis#osCr#io etre 2 dos ue "igurara$ a relação jurdi#o-pro#essual. E.& se A e

\ prope$ a A(, os legiti$ados passios serão ( e B.

Uuato legiti$idade para a A( >á u$a uestão iteressate. :er#e%a$ u$ pro#esso

eoledo A e (. ;a$os supor ue >aja u$a ação de #o%raça e essa ação de #o%raça "oi

 julgada pro#edete e ( "oi #odeado a pagar a A o alor de 100 $il. =esse pro#esso se tee ai$posição a ( ta$%$ do paga$eto de >oorários su#u$%e#iais oalor de 15K do alor

da #odeação. Be ( prope a A( A ue ai "igurar #o$o ru da res#isCria. Be a A( julgada

pro#edete e se julga i$pro#edete o pedido se te$ ta$%$ o a"asta$eto do a#essCrio 'os

>oorários+. Uue$ titular desses >oorários F adogado. :or isso, >á ue$ de"eda ue a

A(, o adogado titulares da er%a su#u$%e#ial deeria$ "igurar #o$o parte. =ão pare#e a

Bodr ue esse seja o posi#ioa$eto $ais adeuado, porue o pro#esso de #o>e#i$eto,

A "u#ioou #o$o su%stituto pro#essual do seu adogado. E$ o$e prCprio ele pediu direito

al>eio. =a $es$a li>a de ra#io#io, ele su%stituto pro#essual do adogado. F adogado at

pode igressar a A( #o$o assistete. Eteder ue o adogado ai ser ru e$ toda A(

di"i#ultar o prCprio pro#essa$eto da A(, $or$ete porue a grade $aioria dos #asos o#?

ão te$ u$ adogado atuado o#? te$ ários adogados atuado, #ojuta$ete, ou

su#essia$ete, o ue iia%ili!aria o pro#essa$eto dessa A(.

Do$pet?#ia par a A(

A #o$pet?#ia para a A( e#essaria$ete de #o$pet?#ia do tri%ual. @oda A( ai ser

 julgada por tri%ual. Aos tri%uais de justiça #o$pete$ o julga$eto das A(s dos seus

a#Crdãos e dos julga$etos "eitos pelos ju!es a ele i#ulados. Be o#? aju!a u$a A( #otra

u$a seteça pro"erida por u$ jui! de direito de u$ jui! daui da Ia>ia, a #o$pet?#ia do

@PTIA. Fs @(s julga$ as A( dos seus prCprios julgados e das seteças pro"eridas pelos ju!es"ederais a ele i#ulados.

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Direito Processual Civil III

$ le$%rete ue dee ser "eito uato #o$pet?#ia do @( para julga$eto da A(,

ue >á #asos de delegação de #o$pet?#ia "ederal para ju!es estaduais 'art. 109, <3* da D+.

=esse #aso o jui! estadual atua #o$o se jui! "ederal "osse. /a ue a #o$pet?#ia para a A(

ão do @P $as si$ do @(. E.& u$ jui! de direito julga u$a ação preide#iária, o eer##io

de #o$pet?#ia "ederal delegada. Be >ouer A( esta A( ai ser julgada pelo @( respe#tio.

F B@P ai julgar as A( dos seus julgados 'art. 105, , LeO da D+. F B@ ai julgar as A(s dos

seus julgados 'art. 102, , LjO da D+.

:ara a deter$iação de #o$pet?#ia a A( pre#iso aalisar o e"eito su%stitutio dos

re#ursos. E.& se o#? te$ u$a seteça pro"erida pelo jui! de Do#os aui a Ia>ia e >á u$a

apelação ue #o>e#ida e proida,ou #o>e#ida e i$proida, operou-se o e"eito su%stitutio.

/eiou de >aer a seteça de jui! de Do#os e passou a >aer o a#Crdão do @P. Be >á u$

re#urso espe#ial e ele #o>e#ido e i$proido ou proido, deiou de >aer o a#Crdão do @PTIa

e passou a >aer o a#Crdão do B@P. A A( #otra esse a#Crdão de #o$pet?#ia do B@P. Agora,

se esse re#urso espe#ial ão "oi ad$itido, aida ue te>a sido ad$itido a orige$ $asiad$itido lá o G$%ito do B@P, $algrado se te>a os autos u$a #Cpia pro"erida o B@P, esse

 julga$eto res#idedo do @PTIa. =ão se operou o e"eito su%stitutio porue o re#urso ão

"oi #o>e#ido. /a porue a A( dee ser proposta o @PTIA. A #o$preesão do e"eito

su%stitutio do re#urso de "uda$etal i$portG#ia para ue se possa deli$itar a

#o$pet?#ia para a A(.

QipCteses legais de utili!ação da A(.

F art. 485 do D:D tra! as >ipCteses legais de utili!ação da A(&

Art. 485. A seteça de $rito, trasitada e$ julgado, pode ser res#idida uado&

- se eri"i#ar ue "oi dada por preari#ação, #o#ussão ou #orrupção do jui!

- pro"erida por jui! i$pedido ou a%soluta$ete i#o$petete

- resultar de dolo da parte e#edora e$ detri$eto da parte e#ida, ou de #olusão

etre as partes, a "i$ de "raudar a lei

; - o"eder a #oisa julgada

; - iolar literal disposição de lei

;l - se "udar e$ proa, #uja "alsidade te>a sido apurada e$ pro#esso #ri$ial ou seja

proada a prCpria ação res#isCria

;ll - depois da seteça, o autor o%tier do#u$eto oo, #uja eist?#ia igoraa, ou de

ue ão pRde "a!er uso, #apa!, por si sC, de >e assegurar prou#ia$eto "aoráel

; - >ouer "uda$eto para ialidar #o"issão, desist?#ia ou trasação, e$ ue se

%aseou a seteça

\ - "udada e$ erro de "ato, resultate de atos ou de do#u$etos da #ausa

< 1o Qá erro, uado a seteça ad$itir u$ "ato ieistete, ou uado #osiderar

ieistete u$ "ato e"etia$ete o#orrido.

< 2o V idispesáel, u$ #o$o outro #aso, ue ão te>a >aido #otrorsia, e$

prou#ia$eto judi#ial so%re o "ato.

Uuais são os pressupostos e#essários para ue se te>a a A(

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Direito Processual Civil III

F pri$eiro deles di! respeito aos ele$etos e#essários ad$issi%ilidade de toda e

ualuer postulação. A ad$issão de toda e ualuer postulação pressupe a preseça dos

pressupostos pro#essuais e das #odiçes da ação. =a A(, u$ pri$eiro $o$eto, eu ou ter

ue eri"i#ar se estão presetes os pressupostos pro#essuais e as #odiçes da ação.

F segudo deles di! respeito a eist?#ia de u$ proi$eto judi#ial trasitado e$ julgado, ue ea$ie o $rito e$ #ogição eauriete. F proi$eto judi#ial ue ea$ia

$rito e$ #ogição eauriete, or$al$ete u$a seteça. =o etato, >á outros

proi$etos judi#iais ue ea$ia$ $rito e$ #ogição eauriete 'a ee$plo de de#isão

$oo#ráti#a, a#Crdão, de#ises iterlo#utCrias, et#.+. Assi$, para ue se te>a u$a A( ão

e#essário ue se te>a u$a seteça passada e$ julgado. F ue se te$ ue ter u$

proi$eto judi#ial ue ea$iou o $rito e$ #ogição eauriete e trasitou e$ julgado.

F ter#eiro dos pressupostos di! respeito ão o%rigatoriedade do eauri$eto das ias

re#ursais para ue se possa ter a utili!ação da A(.

:ara ue eu use a A( pre#iso o eauri$eto dos re#ursos =ão. A s$ula 514 do B@

#uida do te$a&

B$ula 514 do B@& Ad$ite-se ação res#isCria #otra seteça trasitada e$ julgado,

aida ue #otra ela ão se te>a$ esgotado todos os re#ursos.

Eu te>o ue ter u$ proi$eto judi#ial trasitado e$ julgado. =ão >á e#essidade,

todaia, ue a "or$ação da #oisa julgada te>a sido pre#edida pelo eauri$eto das ias

re#ursais, #o"or$e idi#a a s$ula 514 do B@.

F uarto pressuposto di! respeito i$possi%ilidade de utili!ação de A( o G$%ito dosPui!ados Espe#iais. =o G$%ito dos Pui!ados Espe#iais ão #a%e A(. F art. 59 da )ei 9.099

pere$ptCrio&

Art 59 da lei 9.099& =ão se ad$itirá ação res#isCria as #ausas sujeitas ao pro#edi$eto

istitudo por esta )ei.

Etão, os Pui!ados espe#iais, "eito o julga$eto de $rito e eaurida a ia re#ursal,

e>u$a dis#ussão $ais possel, aida ue eista u$a situação ue, e$ tese autori!aria a

utili!ação de A(.

=ão %asta, etretato ue se te>a o atedi$eto desses pressupostos. V pre#iso ue se

te>a ta$%$ o euadra$eto da situação u$a das >ipCteses legais. BC #a%e A( u$a das

>ipCteses do art. 485 do D:D. ora das >ipCteses 485 do D:D ão #a%e A(. Estas >ipCteses,

poruato tradu!a$ situaçes e#ep#ioais, e$ ue se a#eita$ dis#usses da #oisa julgada,

elas dee$ ser iterpretadas taatia e, e$ li>a de pri#pio, restritia$ete.

A regra ue a #oisa julgada se "or$e, se tore i$utáel e idis#utel. =as situaçes

taatia$ete preistas o art. 485 >á a possi%ilidade de redis#ussão da #oisa julgada. as

pre#iso ue se euadre a situação e$ pelo $eos u$ dos tipos do art. 485. Be ão >á este

euadra$eto, ão se pode laçar $ão da A(.

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Direito Processual Civil III

A $aioria das A( ieitosa porue ão se te$ o atedi$eto da >ipCtese legal. =ão se

des#arta, todaia, a possi%ilidade de #u$ulação de #ausas de pedir. F sujeito pode ajui!ar u$a

Ar, por ee$plo, sustetado ue >oue proa "alsa e iolação literal de lei, ou ue >oue

proa "alsa, iolação literal de lei e erro de "ato. =ada i$pede a #u$ulação de #ausas de pedir.

$ #ausa de pedir sC já seria su"i#iete para propi#iar o iudi#iu$ res#ides e, eetual$ete

o iudi#iu$ res#isoriu$. =o etato, ada i$pede ue, por eetualidade, o sujeito traga $ais

de u$a #ausa de pedir. Agora, o #o>e#i$eto da A( pressupe ue esta >ipCtese legal$ete

preista esteja #o#reti!ada o #a$po da ida.

:reari#ação, #o#ussão ou #orrupção do jui!

Art. 485. A seteça de $rito, trasitada e$ julgado, pode ser res#idida uado&

- se eri"i#ar ue "oi dada por preari#ação, #o#ussão ou #orrupção do jui!

Essas epresses, preari#ação, #o#ussão ou #orrupção "ora$ tiradas do D: 'arts. 316,

317 e 319 do D:+. As 3 #odutas estão preistas o D:. A 1Y dis#ussão '1* poto+ a seguite&>á e#essidade do eato pree#>i$eto do tipo para ue a A( te>a lugar A doutria dierge

e$ relação a este aspe#to. F ue eu deo di!er ue se "e! re"er?#ia a u$ tipo peal e as

>ipCteses de A( são iterpretadas restritia$ete. Eu ão ou di!er a o#?s ue >á a

e#essidade do atedi$eto de todos os ele$etos e#essários #o"iguração do tipo. as

pre#iso ue a #oduta prati#ada pelo $agistrado esteja, e$ sua su%stG#ia, a%ar#ada pelo tipo.

Qá ue$ de"eda a e#essidade do eato pree#>i$eto do tipo 'redie, por ee$plo, u$

deles+. Eu diria a o#?s,todaia, ue se o tipo ão "oi pree#>ido por uestes de te#i#is$o

do /ireito :eal, aida si$ a A( possel. Agora, se o tipo ão "oi pree#>ido porue

e"etia$ete a #oduta, e$ sua ess?#ia, ão se a$olda preisão peal, a, e"etia$ete,

ão #a%e A(. Bodr ão ai ao rigor de di!er ue pre#iso o pree#>i$eto do tipo os eatos

ter$os e#essários para u$a #odeação peal. as pre#iso ue a #oduta prati#ada pelo

$agistrado, #orrespoda, e$ su%stG#ia, #oduta tpi#a. Be #o$eça a >aer sigi"i#atia

distição ou ele$eto su%sta#ial ão presete a ão #a%eria A(. /ee >aer #orrespod?#ia

etre as #odutas.

2* poto& =ão >á e#essidade de pria "or$ação da #oisa julgada peal. Be assi$ "osse,

a A( u#a seria proposta essas situaçes. ;eja$ ue o pra!o de A( de 2 aos e $uito

di"i#il$ete a ação peal iria passar e$ julgado esse te$po. Etão, ada i$pede ue a

#oduta do $agistrado e>a a ser #o$proada os autos da prCpria A(.

F%s.& o e"eito da #odeação #ri$ial pode al#açar o #el o ue esse e"eito se

produ!a. V di"#il ter esse e"eito porue as partes do pro#esso #ri$ial são distitas da do

pro#esso #el.

3* poto& =a A( o jui! ão ouido. F ue se %us#a #o$ a A( a des#ostituição de u$

 julga$eto. =u$ eetual re#o>e#i$eto esse pro#esso de #oduta irregular do $agistrado

ão produ!irá e"eito e>u$ e$ relação a ele. F pedido aui ue ai trasitar e$ julgado de

des#ostituição da res judi#ata e de re-julga$eto

4* poto& Be a A( "udada o art. 485, do D:D, a A( ão se pode, para "is de re- julga$eto, aproeitar a istrução do pro#esso. Be o jui! estaa e$ preari#ação, #o#ussão,

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Direito Processual Civil III

ou e$ #orrupção, a #oduta dele $a#ula ão sC o julga$eto ue ele "e! $as ta$%$ toda

istrução do pro#esso. Etão, para ia%ili!ar o iudi#iu$ res#isoriu$, essa >ipCtese do i#iso ,

e#essário ue >aja oa istrução do pro#esso, ia%ili!ado-se u$ julga$eto justo.

5* poto& :ode ser ue o jui! ue atua e$ #orrupção, #o#ussão ou preari#ação te>a

 judi#ado e$ Crgão #olegiado. =este #aso, #a%e a A( $agie u$ Crgão #olegiado #o$ 3$e$%ros otado. /etre os 3 so$ete 1 está #o$ a #oduta i#iada. Qá ue$ eteda ue

$es$o ue esse oto seja oto e#ido, #a%eria A(. sso porue o oto e#ido "i#a o

pro#esso e ele pode i"lue#iar julga$eto "uturo. Bodr a#>a ue esse ão o

posi#ioa$eto $ais adeuado. :ara ele, a A( te$ lugar toda e! e$ ue o oto pro"erido

pelo jui! e$ #o#ussão, preari#ação, ou #orrupção te>a sido e#edor, idepedete$ete

dele ser i$pres#idel itCria. E.& i$agie$ u$ Crgão #o$ 5 julgadores. 4 a 1 o julga$eto

e u$ dos 4 otos dado por u$ jui! e$ #orrupção. =esse #aso #a%e A( pois ão >á #o$o

garatir ue e>u$ dos outros 3 otou seguido o oto i#iado. Aida ue o oto te>a sido

e#ido, se por algu$a ra!ão esse oto iter"ere pro#essual$ete de algu$a $aeira, #a%e

A(. :or ee$plo, esse #aso #itado agora, se "or u$a apelação o oto e#ido autori!a a

iterposição de e$%argos i"rigetes. [ $aioria re"or$ou-se a seteça de $rito. ter"eriu

pro#essual$ete o oto e#ido. Assi$, #a%e A(.

E$ resu$o& e$ Crgão #olegiado se o oto i#iado oto e#edor, e#essaria$ete

#a%erá A(. Be o oto, de algu$a $aeira, i"lue#iou o deserolar do pro#esso, aida ue

te>a sido oto e#ido, #a%e A(. F "ato da de#isão ter sido #o"ir$ada pela istG#ia superior

ão a"asta a A(. =esse #aso, #a%erá A( porue o oto i#iado pode ter i"lue#iado o oto do

re#urso.

:or "i$, #a%e A( de A(. Be o julga$eto de u$a A( eistia u$ jui! e$ situação de

#o#ussão, #orrupção, ou preari#ação, #a%erá A( de A(.

Art. 485. A seteça de $rito, trasitada e$ julgado, pode ser res#idida uado&

- pro"erida por jui! i$pedido ou a%soluta$ete i#o$petete

As >ipCteses de suspeição ão autori!a$ a A(, at porue o #io de suspeição se

#oalida se ão "or argSido. F ue autori!a a A( são as >ipCteses de i$pedi$eto. As

>ipCteses de i$pedi$eto estão os arts. 134 e 136 do D:D.

:ou#o i$porta se >oue e#eção de i$pedi$eto o pro#esso ue pro"eriu o proi$eto

res#idedo. Be os autos da A( se #o$proa o i$pedi$eto o tato uato %asta para ue

se te>a a des#ostituição da #oisa julgada.

@udo o ue "oi dito e$ relação a oto e#ido se apli#a aui ta$%$. Be o jui! i$pedido

pro"eriu o oto e#edor, aida ue ele ão seja i$pres#idel para a eri"i#ação da itCria, a

A( te$ lugar. Be o oto e#ido, so$ete se, de algu$a "or$a, esse oto i"lue#ia o

 julga$eto. Be o jui! era i$pedido ai ser e#essário ta$%$ ue se te>a u$a oa

istrução. A #oduta desse jui! #ota$ia ão sC o julga$eto #o$o o pro#essa$eto da

#ausa #o$o u$ todo. :or isso será e#essário u$a oa istrução.

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Direito Processual Civil III

:or "i$, o "ato da seteça pro"erida pelo jui! i$pedido ou o a#Crdão ser pro"erido por

 jui! i$pedido ser #o"ir$ado por istG#ia superior ão a"asta a possi%ilidade de A(.

Uuato a i#o$pet?#ia

A i#o$pet?#ia ue autori!a a A( a i#o$pet?#ia a%soluta. A i#o$pet?#ia relatia #io ue se #oalida. /e igual $aeira, se esta de#isão pro"erida por jui! a%soluta$ete

i#o$petete, #o"ir$ada pela istG#ia superior, aida si$ #a%e a A(. :or "i$, a >ipCtese

de A( "udada e$ i#o$pet?#ia a%soluta, se$pre >aerá o iudi#iu$ res#ides $as sC

>aerá o iudi#iu$ res#isoriu$ se o tri%ual te$ #o$pet?#ia para o julga$eto. E.& a $atria

deeria ser julgada pelo jui! de registro p%li#o $as "oi julgada pelo jui! #el. Da%e A(. F @P

res#ide o julga$eto e ele pode "a!er o re-julga$eto. Agora, a $atria deeria ser julgada

por u$ jui! "ederal, $as "oi julgada pelo jui! estadual. F @P, a A(, pro#ede ao iudi#iu$

res#ides. =o etato, ele ão pode "a!er o re-julga$eto, pois a #o$pet?#ia "ederal e ele

estaria rei#idido o erro ue leou ao ajui!a$eto da A( se re-julgasse a A(.

Be a i#o$pet?#ia a%soluta os atos istrutCrios são álidos. =esse #aso a proa

produ!ida álida.

A`F (EBDBb(A

QipCteses de utili!ação da ação res#isCria&

#iso ; do art. 485 do D:D& Beteça de $rito trasitada e$ julgado pode ser res#idida

uado se "udar e$ proa #uja "alsidade te>a sido apurada e$ pro#esso #ri$ial ou seja

proada a prCpria ação res#isCria. V a >ipCtese de ação res#isCria proposta alegação de "alsa

proa. A "alsidade da proa pode ser tato $aterial uado ideolCgi#a. A "alsidade $aterial di!respeito a proa #ostituda "rauduleta$ete. =a ideolCgi#a o pro%le$a está ão a "or$a ou

a #oisa, $as si$ o #otedo, pou#o i$porta se a "alsidade $aterial ou ideologia. @ato e$

u$ #o$o e$ outro #aso, e$ tese #a%el ação res#isCria. A "alsidade da proa pode ser

proada tato e$ ação #ri$ial #o$o os autos da prCpria res#isCria. F $ais #o$u$ ue a

"alsidade de proa seja proada a prCpria ação res#isCria, at porue pC pra!o da propositura

da res#isCria de#ade#ial, de dois aos, e, di"i#il$ete, se terá o desela#e do pro#esso

#ri$ial e$ tão #urto perodo. Esse pra!o para ação res#isCria #orre do trGsito e$ julgado da

ação #el, e ão do trGsito e$ julgado da ação #ri$ial, #o$o já se de"edeu. F pra!o

de#ade#ial, etão a ped?#ia de dis#ussão da $atria o G$%ito #ri$ial ão i$pede a

"lu?#ia de e#erra$eto desse pra!o o #a$po #el. :or "i$, o ele$eto $ais i$portate

e$ relação a essa >ipCtese de ação res#isCria di! respeito e#essidade da proa #uja

"alsidade se alega ter sido o lastro i#o para o pro"eri$eto da seteça ou do a#Crdão

res#idedo. Uuado o $agistrado julga, ele lea e$ #ota o a#ero pro%atCrio eistete. Be

eistira$ pou#as proas u$ $es$o setido, e essas proas "ora$ io#adas pelo $agistrado,

a eetual i$putação de "alsidade seja $aterial ou ideolCgi#a a u$a das proas ão te$ o

#odão de ia%ili!ar a i#id?#ia da ação res#isCria. Epli#o, a$os supor ue u$ jui! te>a

 julgado pro#edete o pedido, poruato o "ato %ási#o ou o "ato #otroertido te>a sido

proado por $eio de per#ia, te>a sido proado por $eio de teste$u>o e te>a sido

proado por $eio de do#u$eto. F $es$o "ato "oi proado, de a#ordo #o$ a seteça, poressas tr?s ias. =ão iáel o a"ora$eto de ação res#isCria alegação de ue o do#u$eto

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Direito Processual Civil III

"also e a ra!ão %astate si$ples& $es$o ue o#? a"aste auela proa, o etedi$eto ii#ial

#otiuaria o $es$o, #al#ado agora, e$ duas %ases, uais seja$ a proa teste$u>al e aproa

peri#ial. Etão e#essário ue a proa #uja "alsidade se alega seja a i#a a ia%ili!ar a

#o#lusão judi#ial e$ relação a eist?#ia ou ieist?#ia do "ato #otroertido. :or outro lado

ta$%$, e#essário ue a alteração do etedi$eto e$ relação o#orr?#ia ou

io#orr?#ia desse "ato te>a o #odão de ia%ili!ar a alteração da #o#lusão, porue pode ser

ue o jui! ue te>a julgado a pro#ed?#ia do pedido, por ee$plo, lu! do argu$eto A,

autRo$o, e lu! do argu$eto I, e esta proa, #uja "alsidade se alega, ia%ili!ou a utili!ação

do argu$eto A, $as ão do argu$eto I. Aida ue te>a sido a"astado o argu$eto A, a

#o#lusão do dispositio, portato, #otiuaria a $es$a, agora #al#ada o argu$eto I.

Etão, e$ stese, o ele$eto $ais i$portate e$ relação a essa >ipCtese de res#isCria di!

respeito eist?#ia do eo de #ausalidade etre o julga$eto e a proa #uja "alsidade se

alega. Be a #o#lusão #otiua a $es$a #o$ o a"asta$eto da proa, a ação res#isCria

iiáel e i$pro#edete.

F i#iso ; do art. 485 do D:D "ala de do#u$eto oo. V possel o ajui!a$eto de ação

res#isCria #o$ %ase e$ do#u$eto oo. F dispositio di! ue #a%el a ação res#isCria se,

depois da seteça, o autor o%tier do#u$eto oo, #uja eist?#ia igoraa, ou de ue ão

pRde "a!er o uso, #apa!, por si sC, de l>e assegurar u$ prou#ia$eto judi#ial "aoráel. Aui,

algu$as o%seraçes dee$ ser "eitas. F dito do#u$eto oo, ão do#u$eto

supereiete seteça, ou supereiete #oisa julgada. :ela prCpria di#ção do dispositio

legal, o do#u$eto oo , e#essaria$ete, u$ do#u$eto preeistete, ue já eistia

po#a do pro#esso, $as a parte igoraa a eist?#ia desse do#u$eto, ou, sa%edo da

eist?#ia do do#u$eto, ão podia utili!á-lo por uestes uaisuer. F i#iso ; do art. 485

utili!a a epressão autor W depois da seteça o autor o%tier u$ do#u$eto oo Weidete$ete o autor da ação res#isCria. @ato o autor #o$o o ru do pro#esso e$ ue "oi

pro"erida a seteça res#ideda pode$ ajui!ar a res#isCria #o$ %ase o i#iso ; do art. 485.

:ortato, uado se "ala e$ res#isCria #o$ %ase e$ do#u$eto oo, se está, pri$eiro,

diate, e#essaria$ete, de u$ do#u$eto preeistete e o do#u$eto pode ser tra!ido,

tato pelo autor, #o$o pelo ru do pro#esso e$ ue pro"erida a seteça res#ideda. :or

"i$, pre#iso ue esse do#u$eto oo guarde pote#ialidade de ia%ili!ar a alteração do

#otedo do julga$eto, o ue a#a%a sedo $uito di"#il. Etão, uado se aalisa u$a ação

res#isCria, ão se lea e$ #osideração, so$ete, se esse do#u$eto era ou ão era eistete

po#a dos "atos e se ão "oi apresetado e"etia$ete por uestes de "orça $aior. ;ai-se

lear e$ #osideração, ta$%$, se auele do#u$eto, por si sC, te$ a pote#ialidade de

ia%ili!ar o julga$eto e$ setido distito, o ue ta$%$ $uito di"#il, já ue o

#oe#i$eto judi#ial a#a%a se pautado e$ u$a srie de ele$etos ue "ora$ #ol>idos

durate a "ase pro%atCria, e ão #orriueiro esse etedi$eto ue de#orre de u$a aálise

de ele$etos de proa ue alterasse, e$ setido dia$etral$ete oposto, lu! de

deter$iado do#u$eto. Uuado se prope a ação res#isCria, se ão "eito o euadra$eto

e$ e>u$a das >ipCteses do art. 485, >á iad$issi%ilidade da res#isCria, #o$ etição se$

ea$e do $rito. Be o do#u$eto oo, $as ão se euadra o setido do art. 485, a

res#isCria será iad$itida. A pro#ed?#ia ou i$pro#ed?#ia da res#isCria ai depeder se esse

do#u$eto oo te$ aptidão ou ão para $odi"i#ar o julga$eto.

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Direito Processual Civil III

F i#iso ; do art. 485 trata de u$a >ipCtese de ação res#isCria $uito #otroertida. E$%ora

ão seja #o$u$ a res#isCria #o$ %ase este i#iso, se$ so%ra de didas, detre os i#isos,

o ue #o$porta $aior dis#ussão a doutria. Fs autores, e$ geral, apreseta$ #o#luses

distitas e$ relação a esse dispositio legal. V uado >ouer "uda$eto para ialidar

#o"issão, trasação ou desist?#ia. Be >á u$a desist?#ia, o pro#esso será etito se$ ea$e

do $rito. :erguta-se& #o$o a ialidação de desist?#ia autori!a o ajui!a$eto da res#isCria,

se a res#isCria sC #a%el para seteças ue te>a$ ea$iado o $rito, ue te>a$

trasitado e$ julgado. Esta >ipCtese etrada do D:D portugu?s. A epressão desist?#ia,

#o$o utili!a$os aui, #o$o desist?#ia da ação, lá utili!ada o setido de desist?#ia da

de$ada, e desist?#ia da de$ada, o direito portugu?s, euiale re#ia ao direito so%re

o ual se "uda a ação. A epressão #o"issão, utili!ada por eles, ta$%$ utili!ada de "or$a

asse$el>ada ao re#o>e#i$eto da pro#ed?#ia do pedido. F ue o legislador uer di!er

este i#iso 'posi#ioa$eto doutriário prealete+ ue #a%e ação res#isCria uado

>ouer $otio para ialidar o re#o>e#i$eto da pro#ed?#ia do pedido, a re#ia ao

direito so%re o ual se "uda a ação, e a trasação. Beteças ue >o$ologa$ ore#o>e#i$eto da pro#ed?#ia do pedido, trasação ou re#ia do direito são seteças de

$rito, e, sedo seteças de $rito, elas t?$ aptidão para "or$ar #oisa julgada $aterial. F

etedi$eto prealete o setido de ue essas seteças seria$ res#ideis. As uestes

ão são tão si$ples lu! do teto do art. 486 do D:D LFs atos ii#iais ue ão depede$ de

seteça, e aueles atos e$ ue a seteça $era$ete >o$ologatCria eles ão são

res#ideis, $as auláeis, a "or$a da legislação #iil.O Qá ue$ diga ue >aeria etre

seteça $era$ete >o$ologatCria, ue seria auela pro"erida e$ pro#esso judi#ial ue se

istaura se$ a eist?#ia de lide etre as partes, as uais >á u$a auto-#o$posição pelas

partes, asse$el>adas essas situaçes jurisdição olutária ' possel ter u$ diCr#io

litigioso, as partes ii#ia$ o pro#esso litigado, e lá adiate elas #ele%ra$ u$a trasação

possel ter ta$%$ u$ diCr#io e$ ue as partes, desde logo, apreseta$ u$ pedido para

"is de >o$ologação+ e seteça >o$ologatCria, auela ue >o$ologa u$a auto-#o$posição

ue al#açada o #urso do pro#esso ue se istaurou de "or$a litigiosa. V u$a distição

doutriária. /o poto de ista otolCgi#o, uestioa-se se >aeria algu$a di"ereça etre a

seteça ue >o$ologa u$a trasação ou u$a auto-#o$posição preeistete e auela ue

>o$ologa u$a auto-#o$posição supereiete istauração da relação jurdi#o-pro#essual

E$%ora o ra#io#io seja e#essário para a"astar o #o"lito aparete de or$as etre o art.

485, ; e o art. 486, de se eri"i#ar ue ão >á $uita lCgi#a essa di"ere#iação, da porue

$uitos autores re#>aça$ esse posi#ioa$eto. Qá os ue de"eda$ ue essa seteça$era$ete >o$ologatCria, e#essaria$ete, seria seteça pro"erida "ora das >ipCteses do

art. 269, se$ aptidão "or$ação de #oisa julgada $aterial. $ ee$plo '20&30+

F pro#esso de ietário ai para a a!eda :%li#a, ue di! ue os %es ão ale$ o uato

alegado, se #>ega a u$ #oseso so%re o alor dos %es e se prepara o es%oço de #ál#ulo do

i$posto, ai a!eda esse #ál#ulo, a a!eda #o#orda, o ietariate ta$%$ #o#orda

#o$ os #ál#ulos e #o$ o alor do i$Cel. F jui!, portato, >o$ologa, por seteça, esses

#ál#ulos. V i$propria$ete u$a seteça, $as o ue se #>a$aria de seteça $era$ete

>o$ologatCria. Bão os atos judi#iais ue #osidera$ per"eitos deter$iados atos do pro#esso,

se$ ue, #otudo, se te>a aptidão para "or$ação de #oisa julgada $aterial. Futra uestãoiteressate de di"ere#iação etre o art. 485, i#iso ; e o art. 486 a seguite& se a

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Direito Processual Civil III

trasação, a re#ia ou o re#o>e#i$eto da pro#ed?#ia do pedido "ore$ e"etiados, $as

ão "ore$, aida, >o$ologados judi#ial$ete, #a%e ação aulatCria. /epois da >o$ologação

 judi#ial, #a%e a ação res#isCria. Fs atos pro#essuais, ressalada a desist?#ia, a "or$a do art.

158, produ!e$ e"eitos i$ediatos. Etão, se eu e>o a trasigir, reu#iar ou re#o>e#er a

pro#ed?#ia do pedido, esse egC#io jurdi#o produ! pleos e"eitos. as, #o$ a >o$ologação

 judi#ial, ue >á a pote#ialidade de "or$ação de #oisa julgada. F $es$o o#orre e$ relação

#o"issão e$ setido estrito W se >ouer ra!ão a justi"i#ar a ialidação de #o"issão 'art. 352+.

Ates do sete#ia$eto, #a%e ação aulatCria da #o"issão. $a e! sete#iado o pro#esso,

se >á #o"issão #o$o i#o "uda$eto 'se >ouer outros "uda$etos, ão >á eo #ausal+,

a #a%e ação res#isCria. F i#iso ; do art. 485 "ala e$ aulação de desist?#ia, #o"issão ou

trasação, e tais epresses dee$ ser re#o>e#idas #o$o re#ia ao direito so%re o ual se

"uda a ação, trasação e re#o>e#i$eto da pro#ed?#ia do pedido.Qá e#essidade de se

al#açar iterpretação ue >ar$oi!e ou a"aste o aparete #o"lito etre o re"erido i#iso e o

art. 486. (egistre-se o posi#ioa$eto doutriário ue distigue seteça >o$ologatCria da

$era$ete >o$ologatCria, leado-se e$ #osideração se o pro#esso se istaurou de "or$a#ote#iosa ou olutária. :odera-se ue ao lado desse posi#ioa$eto, >á ue$ eteda

ue todas as >ipCteses de trasação, re#o>e#i$eto da pro#ed?#ia do pedido e re#ia

lea$ ao ajui!a$eto de ação res#isCria. A aulação, a "or$a do art. 486, se opera so$ete

uado ão >á "or$ação de #oisa julgada 'atos pro#essuais ue ão se a$olde$ s >ipCteses

do art. 269 do D:D+. =oa$ete, o ee$plo dado, a >o$ologação dos #ál#ulos do

ietário, o jui! está di!edo ue o alor deido e$ ra!ão da trasição de patri$Rio

de#orrete da a%ertura de su#essão auele, e o >o$ologou por seteça. Be igu$

re#orreu dessa LseteçaO, >o$ologatCria, se a"ir$a ue o alor deido auele. Be o #ál#ulo

estier errado porue, por ee$plo, o "u#ioário atuou dolosa$ete uado "e! as #otas, ou

etão, uado a parte #o#ordou #o$ a #ota, o "e! e$ ra!ão do dolo da parte #otrária, ou

etão, si$ples$ete >oue erro a ela%oração dos #ál#ulos, #a%eria u$a ação aulatCria. A

ação aulatCria de pro#edi$eto ordiário, o ue a di"ere#ia da res#isCria ue a

#o$pet?#ia dela de pri$eiro grau. A res#isCria tra$ita o tri%ual. A aulatCria e$ tudo se

asse$el>a s açes ue se prope$ e$ ra!ão de erro, dolo, a ação pauliaa '"raude #otra

#redores ra!ão para aulação de egC#io jurdi#o+, e a por diate. A #oisa julgada

#orrespode de#isão de $rito, a ual #o$pe a lide. Uuado se >o$ologa #ál#ulos, ão >á

#o$posição de lide.

F i#iso \ do art. 485 do D:D #uida da lti$a >ipCtese de ação res#isCria, a ual %astate

#riti#ada a doutria, poruato ão te$ $uita justi"i#atia do poto de ista do iteresse

p%li#o. Ela gira $uito $ais e$ toro de iteresse parti#ular. Algus di!e$ ue >ipCtese a

ual se %us#a dis#utir a ijustiça a #oisa julgada, e isso ão seria adeuado. A seteça

"udada e$ erro de "ato, resultate de do#u$etos ou de atos da #ausa. Erro de "ato W o

 julga$eto se$pre "eito leado-se e$ #osideração o art. 144. Be >á o erro de "ato,

#o$ete-se o Lerror in iudicandoO, "a!edo u$a $á aloração da proa. Da%e ação res#isCria

uado o jui! alora $al a proa. sto, portato, a%riria u$a aeida eor$e para redis#ussão

de #oisa julgada, poruato a irresigação da parte, o $ais das e!es, gira e$ toro da $á

aloração da proa. /a porue o legislador tee a preo#upação de de"iir o ue erro de "ato

o <1* do art. 485, para restrigir %astate a possi%ilidade de utili!ação da ação res#isCria#al#ada esta >ipCtese. =o < 2* está o "iltro para ue se a#eite a res#isCria "udada e$ erro de

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Direito Processual Civil III

"ato, pre#iso, pri$eiro, ue ão te>a >aido #otrorsias e$ toro do "ato. Be u$a parte

troue u$a ersão para auele "ato, e a outra parte re"utou essa ersão, a res#isCria se tora

iiáel. Uualuer posi#ioa$eto ue o jui! e>a a adotar, se presu$e #o$o sedo o

produto da aálise da aloração #o$paratia das peças tra!idas. =ão %asta isso, al$ de ser

e#essária a aus?#ia de #otrorsia e$ toro do "ato, e#essário, ta$%$, ue o jui! ão

te>a se $ai"estado so%re o "ato, a#er#a da sua eist?#ia ou ieist?#ia, a seteça.

Uuado se tra! para os reuisitos #u$ulatios do <2*, prati#a$ete se iia%ili!a a ação

res#isCria #o$ %ase e$ erro de "ato. Be a#ote#er u$a ou outra #oisa, o tato uato %asta

para ue se a"aste a possi%ilidade de ajui!a$eto da ação res#isCria.

F%seração& A #ausa de pedir da ação res#isCria u$a #ausa de pedir i#ulada. Be a parte

prope u$a ação res#isCria se$ idi#ar u$a dessas >ipCteses, "alta u$ pressuposto

pro#essual de alidade e a ação ão será #o>e#ida 'etição se$ ea$e do $rito+. Be a parte

alega a >ipCtese, a aálise da sua preseça ou ão, o #aso #o#reto, já "a! parte de aálise do

$rito.

Uuado se alega a literal iolação a dispositio de lei, dee-se idi#ar o dispositio iolado. Be

>oue ou ão a iolação, a $rito. Be a parte alega a iolação ao art. \, o tri%ual ão pode

ea$iar a res#isCria alegação de iolação ao art. ], ressalada a >ipCtese de erro $aterial

'de#orrete de euo#o ou distração+.

:ra!os

V pre#iso ue se "ale do pra!o para ajui!a$eto da ação res#isCria. Ela dee ser proposta o

pra!o de dois aos, #otados do trGsito e$ julgado da de#isão. Art. 495. Be a res#isCria ão

"or proposta esse perodo, >á a iia%ili!ação de res#isão da #oisa julgada. Este pra!o#o$porta, e$ toro de si, u$a srie de dis#usses. /uas delas se $ostra$ $ais presetes. A

pri$eira di! respeito ao $o$eto e$ ue se #osidera "or$ada a #oisa julgada '>á u$a

seteça, e ela ão ata#ada por e>u$ re#urso, trasitado e$ julgado tras#orridos os 15

dias da iti$ação das partes. Essa seteça o%jeto de re#urso de apelação, ue #>ega ao

tri%ual e #o>e#ida e proida ou i$proida, se operado o trasito e$ julgado desse

pro#esso e$ 15 dias do #o>e#i$eto e iti$ação das partes do a#Crdão. as uado a

apelação #>ega ao tri%ual e ão ad$itida, a ature!a jurdi#a do re#urso ue ão ad$itido

ieistete. A sua iad$issi%ilidade de#larada. A seteça "oi pro"erida e as partes "ora$

iti$adas do seu teor e$ 20T04T08. F sujeito iterpe a apelação e$ 10T05T08. Essa apelação

#>ega ao @P e, por a#Crdão e$ 09T05T11 se te$ a iad$issão do apelo e$ ra!ão da

ite$pestiidade. Bedo assi$, a seteça trasitaria e$ julgado e$ 05T05T08 'por olta

disso+. F pra!o de res#isCria se #otaria a partir da. sso gera algus pro%le$as, pois o

apelate poderia argSir ue, ates de o @ri%ual de#larar a iad$issi%ilidade da res#isCria, ele

ão poderia propor a ação res#isCria. as uado o @ri%ual de#lara a iad$issi%ilidade já ão

>á $ais pra!o para ajui!ar a ação. =o /ireito Irasileiro igora o pri#ipio da a#tio ata, ou seja,

a pres#rição sC #orre a partir do $o$eto e$ ue a ação já poderia ser proposta. V pre#iso

o%serar o #o>e#i$eto t#i#o dos istitutos, $as ta$%$ dee-se lear e$ #osideração o

%o$ seso. =o #aso e$ uestão, eidete a iad$issi%ilidade da apelação e $ai"esta a

desdia do apelate. as e$ outros #asos ão >á essa #lare!a, #o$o a (eper#ussão Zeral ouo :reuestioa$eto dos re#ursos Espe#ial e Etraordiário. /ee-e adotar u$

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Direito Processual Civil III

posi#ioa$eto, seja pri$ado a t#i#a, ou a seguraça jurdi#a. F B@P, a s$ula 401, #olo#a

ue o pra!o da res#isCria so$ete se ii#ial uado ão "or #a%el ualuer re#urso do lti$o

prou#ia$eto judi#ial, a"astado-se de u$ posi#ioa$eto te#i#ista, partido da pre$issa

de ue, euato o re#urso está pedete de apre#iação, a parte aida ão te$ #i?#ia ou

#os#i?#ia de ue deeria laçar $ão da res#isCria, e e$ poderia "a!?-lo, pois ão >á

res#isCria #odi#ioal. Bo$ete a partir do tras#urso do pra!o para iterposição de re#urso

#otra o lti$o proi$eto judi#ial ue se pode "alar e$ i#io de "lu?#ia do pra!o para a

res#isCria+. A seguda uestão di! respeito "or$ação "ra#ioada de #oisa julgada, por

#aptulos. uitas e!es a #oisa julgada ão se "or$a e$ u$ i#o $o$eto 'e& u$a seteça

ue "oi pro"erida e$ 21T03T06 e >aia tr?s pedidos. Fs pedidos "ora$ julgados pro#edetes.

Bo%re$, e$ relação a essa seteça, a iterposição de apelação, $as o ru so$ete

i$puga o pedido 1 e o pedido 2, ão dis#utido a pro#ed?#ia do pedido 3. =o julga$eto da

apelação pro"ere-se u$ a#Crdão e$ 30T03T09, e este a#Crdão ea$ia o pedido 1 e 2,

etededo pela sua pro#ed?#ia. A parte iterpe re#urso espe#ial, tratado apeas do

pedido 1, e e$ 09T05T11 >á pro"eri$eto de a#Crdão o BP ue #osidera o pedido 1pro#edete. F pedido 3 trasitou e$ julgado 15 dias depois de 21T03T06 o pedido 2 trasitou

e$ julgado 15 dias depois de 30T03T09 já o pedido 1 trasitou e$ julgado 15 dias apCs

09T05T11. A #oisa julgada se "or$ou de $aeira "ra#ioada. A seteça #ot$ #aptulos e a

#oisa julgada "oi se "or$ado ao logo do te$po. /is#ute-se se >aeria pra!os isolados ou

espe#"i#os para propositura da ação res#isCria, ou se o pra!o de ação res#isCria #orreria e$

relação a todos os pedidos a partir de 09T05T11. A ted?#ia do B@P #osiderar o pra!o i#o,

ue o pra!o #o$eçou a "luir, e$ relação a todos os pedidos, a partir do trasito e$ julgado do

a#Crdão pro"erido e$ 09T05T11. F pro"essor dis#orda desse etedi$eto, porue eidete

ue a #oisa julgada já eio se "or$ado e$ $o$eto ate#edete e$ relação aos outros

pedidos. Ba%e-se, ta$%$ ue a ação res#isCria e$ relação aos pedidos 3 e 2, de

#o$pet?#ia do @ri%ual de Pustiça. Pá a res#isCria do pedido 1 de #o$pet?#ia do B@P. as,

a li>a de pesa$eto do B@P, o pra!o seria i#o, e, se "osse dis#utir todos os pedidos por ia

de ação res#isCria, esse pesa$eto, todos os pedidos seria$ apre#iados pelo B@P

'#o$pet?#ia atrada pelo "oro priilegiado+.

:ro#edi$eto

A ação res#isCria se ii#ia atras de u$a petição ii#ial, ue deerá ser apresetada detro do

%i?io. Ela será ide"erida as >ipCteses do art. 295 do D:D. =os #asos prCprios de

ide"eri$eto da ii#ial, se te$ o ide"eri$eto da ii#ial da res#isCria, i#lusie, setras#orrido esse %i?io, a res#isCria terá o seu ide"eri$eto e$ ra!ão de de#ad?#ia. Qá,

etretato, u$a >ipCtese espe#"i#a de ide"eri$eto de petição ii#ial de ação res#isCria W a

ação res#isCria #a%e ao autor pro#eder ao depCsito de 5K do alor da #ausa, segudo o art.

488 #aput e i#iso . Uue$ aju!a u$a ação res#isCria deerá apresetar u$a petição ii#ial

ue ateda a todos os reuisitos dos arts. 282 e 283. A parte autora da res#isCria ai atri%uir

u$ alor #ausa, ue deera #orrespoder ao $otate ee#utado, se já >á ee#ução e$

#urso do proi$eto judi#ial res#idedo, ou, se aida ão >á ee#ução, dee #orrespoder ao

alor da ação e$ ue pro"erido o proi$eto res#idedo. Apresetada a petição ii#ial, o

ididuo, al$ de re#ol>er as #ustas da ação res#isCria, dee re#ol>er ta$%$ essa uatia

#orrespodete a 5K, os uais serão reertidos e$ "aor do ru da res#isCria se >ouer

de#isão uGi$e a li>a da iad$issi%ilidade da res#isCria, ou o setido dela ser

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Direito Processual Civil III

i$pro#edete. Este depCsito será dispesado as >ipCteses e$ ue se te>a assist?#ia

 judi#iária gratuita 'etedi$eto de#orrete da eegese da lei 1.060T50+, e ta$%$ as

>ipCteses e$ ue "igurar #o$o autor a ião, o Estado, o ui#pio ou o iistrio :%li#o

'i#ide o < i#o do art. 488+. F alor será se$pre depositado. Be o julga$eto "or de

pro#ed?#ia, deole o di>eiro ao autor. Be "or de i$pro#ed?#ia ou de etição se$ ea$e

do $rito #o$ dierg?#ia, deole-se o di>eiro ao autor. as se "or iad$issel ou

i$pro#edete uai$idade, esse alor se #oerte e$ "aor do ru da res#isCria.

Apresetada a petição ii#ial, se >ouer #io isaáel, a >ipCtese de ide"eri$eto. Be >á

#io saáel, #a%e e$eda, i#idido o art. 284. Be a petição ii#ial estier regular, ai-se

ordear a "eitura da #itação dos rus, os uais deerão o"ere#er de"esa. F pra!o de ação

res#isCria ariáel. F dese$%argador, uado $ada #itar, ele ai "iar o pra!o de de"esa,

detro de u$ $i$o de 15 dias, e u$ $ái$o de 30 dias. sso será "eito atras da aálise

da #o$pleidade da $atria. A resposta do ru, a res#isCria, a$pla. ;ai #a%er a #otestação,

o pra!o de resposta, e ão #a%er, ta$%$, as e#eçes de suspeição, i$pedi$eto,

i$pugação assist?#ia judi#iária gratuita e i$pugação ao alor da #ausa. =atural$ete,ão #a%e e#eção de i#o$pet?#ia, pois a #o$pet?#ia dos @ri%uais "u#ioal e a%soluta.

Da%e re#oeção e$ ação res#isCria. Be a seteça e$ pri$eiro grau "oi julgada e >oue

su#u$%?#ia re#pro#a e$ relação ao proi$eto res#idedo, ada i$pede ue se te>a a

re#oeção. =a res#isCria pode >aer reelia, $as o e"eito de presução de era#idade ão se

opera, pois >á iteresse p%li#o a preseração da #oisa julgada. ;ia%ili!ada a resposta do ru,

pode ser ue >aja espaço para rpli#a, as $es$as >ipCteses e$ ue seria possel o

pro#edi$eto #o$u$. ;ia%ili!ada a apresetação de rpli#a, se a >ipCtese "or de rpli#a,

deerá eri"i#ar se >á ou ão e#essidade de istrução. =a $aioria das e!es a res#isCria

dispesa istrução, etão se ia%ili!a o julga$eto ate#ipado da lide. Be "or e#essária,

todaia, a istrução, o dese$%argador irá delegar essa istrução a u$ jui! de pri$eiro grau

'arts. 491 W #uida dos atos ii#iais da res#isCria W e 492+. /eter$ia-se a #itação do ru, se ele

ão se de"ede, ão >á o e"eito de reelia e ão >á presução de era#idade de alegaçes. Be

ele se de"ede, poderá >aer rpli#a as >ipCteses e$ ue a rpli#a te$ lugar. E$ seguida, ou

se pro#ede ao julga$eto ate#ipado da lide, ou se te$ a istrução, a ual será delegada ao

$agistrado de pri$eiro grau. Be >ouer e#eção, suspede-se o julga$eto da res#isCria at o

 julga$eto da e#eção pelo tri%ual. V pa#i"i#ado o etedi$eto de ue o iistrio :%li#o,

iariael$ete, dee atuar e$ ação res#isCria #o$o "is#al da lei, aida ue ão te>a tido

iteresse a ação origiária.

Ate#ipação de @utela

E$ res#isCria, e$ #aráter e#ep#ioal, #a%e $edida #autelar ou ate#ipação de tutela para

supri$ir a ee#utoriedade do pro#edi$eto res#idedo. Art. 489 do D:D W a $aeira #o$o o

dispositio está posto %e$ elu#idatia W a propositura de ação res#isCria ão i$pede a

ee#ução do proi$eto judi#ial res#idedo. A regra ue, proposta a res#isCria, #otiua

sedo ee#utado o proi$eto judi#ial res#idedo. Etretato, pode ser ue a res#isCria se

#o#eda u$a proid?#ia #autelar, ou u$a $edida ate#ipatCria dos e"eitos da tutela. E ai, por

"orça destes proi$etos, a ee#ução da seteça res#ideda para, ação do seu

so%resta$eto. Eiste u$a presução de legiti$idade e de a#erto e$ relação ao proi$eto

 judi#ial passado e$ julgado. Etão para ue se eteda ue >á erossi$il>aça de alegação de

proa ieuo#a e$ ação res#isCria, ou para ue se eteda ue >á o "u$us %oi iuris a

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Direito Processual Civil III

 justi"i#ar a $edida #autelar e$ ação res#isCria, ou os ele$etos da ate#ipação de tutela, os

ele$etos postos dee$ estar ideti"i#ados de tal $aeira para ue se possa a"ir$ar ue

esses ele$etos a"asta$ a presução de a#erto eistete e$ toro da res iudi#ata. sso porue

a práti#a #o$u$ ue as pessoas aju!e$ ação res#isCria e já peça$ $edidas #autelares e

ate#ipação dos e"eitos da tutela. F eeSete, ue o ru da ação res#isCria já esperou aos

para ue se ii#iasse a ee#ução dauele a#Crdão ou dauela seteça. Ates da "or$ação da

#oisa julgada dis#utida já se "a#ultou auele sujeito ue autor da res#isCria a dis#ussão e$

diersas istG#ias e$ toro dos seus argu$etos. F "u$us %oi iuris e#essário á #o#essão

de $edida #autelar e$ ação res#isCria, ia%ili!ado #o$ isso a suspesão da ee#ução, ele

dee ser de tal "or$a ro%usto a a"astar essa presução de a#erto a#er#a da #oisa julgada 'a

ual te$ proteção #ostitu#ioal+. :roa ieuo#a e erossi$il>aça de alegação - o rigor da

eri"i#ação dee ser o $es$o, pois se esta #olo#ado e$ dis#ussão u$a #oisa julgada ue se

"or$ou e$ pro#esso, e$ li>a de pri#pio, regular. Etão, para ue sua alegação seja tida

#o$o eross$il, pre#iso ue e"etia$ete >aja u$a #lara isão de ue a #oisa julgada se

"or$ou de $aeira euio#ada. F $es$o ra#io#io se dee tra!er ao ris#o de dao grae,irreparáel ou de di"#il reparação, ue ta$%$ eigido e$ sede de ação res#isCria. Fs

ele$etos ue or$al$ete são alegados ão t?$ aptidão para suspeder a ee#ução, pois

toda ee#ução te$ por pressuposto atos de #ostrição, e eles ão pode ser etedidos, de

"or$a pura e si$ples, #o$o su"i#ietes a ia%ili!ar a i#id?#ia de dao grae, irreparáel ou

de di"#il reparação, a regra ão seria a #otiuidade da ee#ução, #o$o está a parte ii#ial do

art. 489, $as si$ a suspesão dessa ee#ução. Uuado se aalisa o peri#ulu$ i $ora ta$%$

se dee ter isso e$ $ete. F legislador sa%e ue toda ee#ução iasia ao patri$Rio do

deedor, $as $es$o assi$ ele optou, #o$o regra, por ão suspeder a ee#ução. F ris#o de

dao grae, irreparáel ou de di"#il reparação dee ultrapassar o or$al de u$a ee#ução. BC

>á esta possi%ilidade de #o#essão de $edida #autelar ou ate#ipatCria de tutela se esta

e#ep#ioalidade a"lora o #aso #o#reto.

UE(E))A =)@A@B

Fs pressupostos pro#essuais são de eist?#ia ou de alidade. E a aus?#ia desses

pressupostos pode lear a u$a situação de ialidação da relação jurdi#o-pro#essual ou de

prCpria isu%sist?#ia jurdi#a desta relação. Fs pressupostos pro#essuais são su%jetios

'relatios ao jui! W iestidura, ue de eist?#ia #o$pet?#ia, ue de alidade

i$par#ialidade, ue de alidade W ou s partes W #apa#idade pro#essual, ue de alidade

#apa#idade de ser parte, ue de eist?#ia #apa#idade postulatCria, para a ual preale#eposi#ioa$eto de ue pressuposto de eist?#ia+. Fs pressupostos o%jetios são

etrse#osTegatios e itrse#osTpositios. Fs pressupostos pro#essuais etrse#os são a

aus?#ia de #oisa julgada, aus?#ia de litisped?#ia, aus?#ia de pere$pção, aus?#ia de

#oeção de ar%itrage$, aus?#ia de #ustas e despesas de pro#essos pretritos, sedo todos

pressupostos de alidade. Pá os pressupostos o%jetios itrse#os são a de$ada 'uato

sua $aterialidade, pressuposto de eist?#ia uato o%serG#ia dos reuisitos legais

sua regularidade, pressuposto de alidade+, a #itação 'a #itação álida u$ pressuposto de

eist?#ia para ue o pro#esso produ!a e"eitos e$ des"aor do ru+ e a regularidade "or$al '

pressuposto de alidade+ eist?#ia do istru$eto de $adato ' pressuposto de eist?#ia,

#o"or$e o art. 37, i#iso +. Uuado "alta pressuposto pro#essual de eist?#ia,

 juridi#a$ete o pro#esso ão eiste, ão sedo possel, portato, se "alar e$ #oisa julgada. Be

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Direito Processual Civil III

ão eiste #oisa julgada, ão >á ue se "alar e$ ação res#isCria. F B@P, durate $uitos aos,

a#eitou a utili!ação de uerella ulitatis ou de ação res#isCria uado ausete pressuposto de

eist?#ia. A i#liação da jurisprud?#ia atual já e$ setido #otrário. Be a parte aju!a u$a

ação res#isCria #o$ %ase a "alta de u$ pressuposto de eist?#ia, esta res#isCria será etita

se$ ea$e do $rito. =ão >á #o$o res#idir u$a #oisa julgada ue ão se "or$ou. :or isso

ue se dee ter e$ $ete essa diisão etre pressupostos de eist?#ia e de alidade.

Uuado ão #a%el a ação res#isCria, a >ipCtese de uerella ulitatis. V u$a ação

de#laratCria de ieist?#ia jurdi#a de deter$iado proi$eto. Esta uerella ulitatis deerá

o%serar o rito ordiário, e se dis#ute se ela se$pre de #o$pet?#ia do pri$eiro grau, ou se

pode ser de #o$pet?#ia origiária do @ri%ual. :ara o pro"essor, se a seteça de pri$eiro

grau, a uerella ulitatis tra$ita e$ pri$eiro grau, $as ele ta$%$ a#>a ue o jui! de

pri$eiro grau ão poderia, logi#a$ete, de#larar a ieist?#ia jurdi#a de u$ a#Crdão do

Bupre$o. =or$al$ete >á u$ pesa$eto si$plista de ue a uerella ulitatis ação de rito

ordiário a ser proposta e$ ju!o de pri$eiro grau. =ão >á duidas so%re o rito ordiário, $as

a #o$pet?#ia depede do o%jeto da de#laração, se se %us#a de#laração de ieist?#ia de

seteça de proi$eto de pri$eiro grau, e"etia$ete dele será a #o$pet?#ia. as se %us#a

de#laração de ieist?#ia jurdi#a de u$ proi$eto do tri%ual, #a%e ao prCprio tri%ual o

 julga$eto da uerella ulitatis. ial$ete, o G$%ito do jui!ados, o art. 57 da lei 9.099T95

eda a ação res#isCria, $as ão >á e>u$a edação uerella ulitatis. Etão os

proi$etos ieistetes juridi#a$ete, pro"eridos o G$%ito dos jui!ados espe#iais, eles

pode$ ser des#ostitudos ia uerella ulitatis.

A)A :(FDEBBF D;) W 04T05T11

:ergutas de (osa

F ue deli$ita a #ogição do @ri%ual o e"eito deolutio. F e"eito deolutio se

operou so$ete e$ ralação ao o%jeto da i$pugação, etão, de rigor o @ri%ual ão pode

seuer #ogitar ualuer outro aspe#to e$ relação auilo ue ão "oi o%jeto de deolutiidade,

a >ipCtese a ão e$ de pre#lusao, de "or$ação de #oisa julgada 0"uanto ao "ue n#o $oi

impugnado1+

F e"eito traslatio está restrito ao e"eito da deolutiidade.

DF=@=ADAF ADAF (EBDBF(A

Eiste$ outros $eios de i$pugar açes judi#iais ue ão propria$ete os re#ursos. E

esses $eios lea$ a istauração de oa relação jurdi#o-pro#essual.

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Direito Processual Civil III

As açes autRo$as de i$pugação se diide$ e$ tpi#as e atpi#as. As tpi#as são

auelas #uja "ialidade i#a a i$pugação de de#isão judi#ial. Atpi#as auelas ue ale$ de

outras "ialidades sere$ a i$pugação do proi$eto judi#ial.

FIPE@F

A ação res#isCria se$pre ai ter o pedido de des#ostituição da #oisa julgada, o ue

se #>a$a de iudicium rescindes+ Ela deera ter ta$%$, se$pre ue possel, u$ pedido de

rejulga$eto da #ausa, o #>a$ado iudicium rescisorium+ Be o iudi#iu$ res#isoriu$ uado

e#essário ão "or "or$ulado >aerá ip#ia da ii#ial.

DF:E@E=DA ' situação e#ep#ioal+

E$ #ausas ue eola$ de u$ lado Estado estrageiro ou Frgais$o itera#ioal e

de outro lado ui#pio ou pessoa do$i#iliada o Irasil a #o$pet?#ia origiaria da Pustiça

ederal de pri$eiro grau, e uato a seteça deste pro#esso #a%e re#urso ordiário#ostitu#ioal ue ai ser julgado pelo B@P. A res#isCria desta seteça pro"erida pelo jui!

"ederal de pri$eiro grau e$ #aráter e#ep#ioal ão julgada pelo @(, mas sim "elo 8. sso

porue o jui! "ederal uado julga esse pro#esso esta i#ulado direta$ete ao B@P pra "is

re#ursais.

)EZ@/A/E

 Art. 487 - Tem legitimidade para propor a aç#o:

- "uem $oi parte no processo ou o seu sucessor a t*tulo uni&ersal ou singular(

- o terceiro juridicamente interessado(

- o 2inist.rio Dúblico:

a1 se n#o $oi ou&ido no processo, em "ue %e era obrigat!ria a inter&enç#o(

b1 "uando a sentença . o e$eito de colus#o das partes, a $im de $raudar a lei+

)egiti$idade passia& todos aueles ue estiera$ a rela#ao juridi#o pro#essual e$

ue "oi pro"erido o proi$eto res#idedo dee$ itegrar a rela#ao pro#essual da a#ao

res#isoria.

Q:F@EBEB )EZAB '#otiua#ao+

 Art. 485 - sentença de m.rito, transitada em julgado, pode ser rescindida "uando:

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Direito Processual Civil III

- se &eri$icar "ue $oi dada por pre&aricaç#o, concuss#o ou corrupç#o do jui4(

  - pro$erida por jui4 impedido ou absolutamente incompetente(

- resultar de dolo da parte &encedora em detrimento da parte &encida, ou de colus#o entre

as partes, a $im de $raudar a lei(

- o$ender a coisa julgada(

  - &iolar literal disposiç#o de lei(

l - se $undar em pro&a, cuja $alsidade ten%a sido apurada em processo criminal ou seja

 pro&ada na pr!pria aç#o rescis!ria(

ll - depois da sentença, o autor obti&er documento no&o, cuja e/ist'ncia ignora&a, ou de "ue

n#o pGde $a4er uso, capa4, por si s!, de %e assegurar pronunciamento $a&or)&el(

- %ou&er $undamento para in&alidar con$iss#o, desist'ncia ou transaç#o, em "ue se baseou

a sentença(

; - $undada em erro de $ato, resultante de atos ou de documentos da causa(

> 9o - H) erro, "uando a sentença admitir um $ato ine/istente, ou "uando considerar

ine/istente um $ato e$eti&amente ocorrido+

> Io - 8 indispens)&el, num como noutro caso, "ue n#o ten%a %a&ido contro&.rsia, nem

 pronunciamento judicial sobre o $ato+

. Uuado o $agistrado atuar e$ #odição de preari#ação, #o#ussão ou #orrupção.

A #oisa julgada o #ri$e ão pode produ!ir e"eitos o #el, pois iolaria o direito ao

deido pro#esso legal. as u$ argu$eto "orte a ser leado e$ #osideração e $uito

proael$ete ele ai i"lue#iar o julga$eto da #ausa.

. Uuado o jui! estier i$pedido ou a%soluta$ete i#o$petete.

. Uuado >ouer dolo ou #olusão etre as partes.

F dolo ada $ais do ue a #oduta de u$ litigate ue lea o outro , e$ estado deerro, a prati#ar deter$iada #oduta.

E.& u$ litigate $ali#iosa$ete "a#a o outro i$agiar ue ão >á #otrorsia so%re

"atos e e$ ra!ão disso e>a esse sujeito a pedir o julga$eto ate#ipado da lide. Be a

seteça de i$pro#ed?#ia por "alta de proas ela de#orre, e$ ulti$a aalise, de dolo

da parte e#edora e$ detri$eto da parte e#ida.

=as >ipCteses e$ ue >á dolo, pou#o i$porta se o dolo propria$ete da parte ou do

seu adogado, já ue o adogado $adatário da parte.

F sujeito ão o%rigado a produ!ir proa #otraria aos seus iteresses. Assi$, o si$ples

"ato da parte sa%er ue deter$iada proa poderia lear a apuração de u$ "ato

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Direito Processual Civil III

des"aoráel a ela e ão reuerer esta proa ão #o"igura dolo. F ue #o"igura o dolo

o #o$porta$eto de u$ litigate positio ou egatio o setido de lear o outro a

prati#a de deter$iado ato pro#essual ue sC esta prati#ado porue, e$ ra!ão do atuar

da parte #otraria, u$a isão distor#ida dauilo ue está a#ote#edo.

V e#essária a eist?#ia de #ausalidade etre o julga$eto e o #o$porta$eto doloso.

Fu seja, a res#isCria sC pro#edete se "i#ar #o$proado ue se$ auele

#o$porta$eto doloso ão se teria prati#ado #erto ato e por #oseS?#ia a seteça

ão teria auele teor. A ação res#isCria por dolo ão u$a >ipCtese $uito #o$u$.

A colusão  etre as partes o #oluio. =a #olusão os sujeitos ão gerar daos a

ter#eiros ou "raudar a lei. Uuado >á #olusão ão eiste litgio, >á a si$ulação de u$

litgio para etrair u$ resultado o#io aos iteresses de outre$.

E.1& A deedor apesar de ão ter sido #itado e$ açes judi#iais. A resole tras"erir seu

patri$Rio a ter#eiros para se torar isolete o ue #o"iguraria "raude #otra #redores.

:ra di"i#ultar o re#o>e#i$eto da "raude A si$ula u$a lide e algu$ prope e$ des"aor

dele u$a ação eigido o paga$eto de #erta uatia ou reiidi#ado #erto %e$ i$Cel.

E.2& os %es do ietario serão partil>ados etre os >erdeiros, e isso ai gerar

re#ol>i$eto de tri%uto. Eis ue surge u$ >erdeiro "il>o "ora do #asa$eto. Fs "il>os do

#asa$eto etra$ e$ #oluio e prope$ u$a ação #otra o espolio di!edo ue e$ ida

deter$iado %e$ >ouera sido tras"erido a u$a tia deles e essa tia eio propor ação

 judi#ial. =ão >á lide, o o%jetio da ação proposta pela tia su%trair o %e$ do #ojuto do

espolio e #o$ isso "a!er #o$ ue ão >aja re#ol>i$eto do i$posto de tras$issão

lesado o iteresse da a!eda :u%li#a e por outro lado eita-se ue o %e$ seja

partil>ado #o$ o outro "il>o.

=esse #aso a legiti$idade para propor ação res#isCria do : e do ter#eiro

prejudi#ado. Aui, ressalte-se, se per$ite ue as prCprias partes ue parti#ipara$ do

#oluio e>a$ a propor a res#isCria. V u$a e#eção auela regra de ue igu$ pode ir

a ju!o alegado a prCpria torpe!a.

=essa >ipCtese de ação res#isCria so$ete >aerá o iudicium rescides . :or o%io ão

pode >aer o iudi#iu$ res#isoriu$ já ue ão >aedo lide ão >aeria seuer o%jeto

para o prCprio julga$eto.

;. Uuado o"eder a #oisa julgada

A #oisa julgada protegida #ostitu#ioal$ete. Qaedo a sua iolação possel

des#ostituir a seguda #oisa julgada. A $atria dee ser aalisada a lu! dos e"eitos

egatios e positios da #oisa julgada. =or$al$ete a doutria #uida do e"eito

egatio ' >ipCtese $eos "reSete o dia a dia+. sso uer di!er Eiste u$a ação#o$ as $es$as partes a $es$a #ausa de pedir e #o$ $es$o pedido. Essa ação

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Direito Processual Civil III

 julgada e depois se te$ a reoação da ação. Ai deeria ser etita a seguda ação

se$ ea$e de $rito e$ ra!ão de res judicata, e"eito egatio da #oisa julgada.

@odaia ão se alega a #oisa julgada e o#orre o sete#ia$eto do segudo pro#esso.

:er#e%edo-se depois ue >aia u$a #oisa julgada aterior, o %i?io de ação

res#isCria essa seguda ação res#isCria pode ser des#ostituda. Essa >ipCtese ão

#o$u$ $as a#ote#e e$ relação a deter$iados litigates >a%ituais ue ão te$

#otrole do u$ero de pro#essos. :or ee$plo, se propoe u$a ação #otra a ião

para se dis#utir u$ tri%uto a seção judi#iária da Ia>ia. A ação julgada i$pro#edete

e trasita e$ julgado, apos o trasito $odi"i#ou-se o etedi$eto o G$%ito do B@.

Etão #otrata-se u$ adogado para propor a $es$a ação e$ Iraslia. A ião ao

te$ #otrole disso. Assi$ a seguda ação ai trasitar, #a%edo ação res#isCria.

=os #asos e$ ue >a u$a seguda #oisa julgada iolado o e"eito egatio da #oisa

 julgada origiaria e o %i?io tras#orre o ue a#ote#e :ara o :ro". :are#e ue será

alido so$ete o segudo julga$eto. sso porue se "osse aler o pri$eiro ão>aeria ra!ão de se preer res#isCria pra res#isão do segudo. Ba%e-se ue seteça

or$a espe#i"i#a e #o#reta. A or$a su%seSete a"asta a or$a ate#edete,

etão, a #oisa julgada posterior, de regra, preale#e.

V $ais #o$u$ o "oro ação res#isCria a ual se dis#ute e"eito positio da #oisa

 julgada. Qaedo a "or$ação de #oisa julgada e$ deter$iado pro#esso pode ser ue

esta de#isão #odi#ioe e i#ule o posi#ioa$eto judi#ial e$ pro#esso su%seSete.

E.& Be u$a ação de re#o>e#i$eto de pateridade e a pateridade "oi de#larada,

$ais pra "rete os ali$etos ão pode$ ser julgados i$pro#edetes por

etedi$eto de ue ão >á i#ulo paretal. Fu a ação de petição de >eraça ãopode ser julgada i$pro#edete ao argu$eto de ue o sujeito ão "il>o. Be esse

ee$plo >a a i$pro#ed?#ia dos ali$etos #o$ %ase aueles argu$etos ue ão

são alidos, >aerá iolação da #oisa julgada do pro#esso aterior 'de#laração de

pateridade+.

Be a res#isCria "udada e$ iolação a e"eito egatio ão >a iudi#iu$ res#isoriu$.

as se >a iolação a e"eito positio >aerá o iudi#iu$ res#isoriu$.

;. Uuado iolar literal disposição de lei.

V a >ipCtese $ais "reSete de ação res#isCria. )ei para "is de ação res#isCria toda e

ualuer or$a, o ue i#lui or$as e e$edas #ostitu#ioais leis #o$ple$etares,

leis delegadas, leis ordiárias, or$as de >ieraruia i"erior a leis #o$o de#retos,

direito estadual, "ederal, $ui#ipal, estrageiro uado apli#ado a esp#ie. A #o#eito

de iolação a$plo e pode ter lugar e$ ra!ão de erro i judi#ado e erro i

pro#ededo. A iolação pode se dar de "or$a epressaTepli#ita ou i$pl#ita. Fu seja

iola-se a lei uado se etrai dela etedi$eto ão autori!ado pelas or$as de

>er$e?uti#a e ta$%$ uado se deia de apli#a-la. Uuado o legislador "ala e$

iolar )@E(A) disposição ele uer di!er ue a iterpretação dada a lei te$ de ser

iterpretação iad$issel, ia#eitáel. sso "i#a #laro uado se aalisa a su$ula 343do B@&

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Direito Processual Civil III

L ão #a%e ação res#isCria por o"esa literal e#lusia de lei uado a de#isão

res#ideda se tier %aseado e$ teto legal de iterpretação #otroertida ...O

Assi$ ão #a%e ação res#isCria uado a or$a legal tier iterpretação #otroertida

os tri%uais. Pá se "iou etedi$eto de ue ão #a%e ação res#isCria se a po#a de

prolação do proi$eto judi#ial res#idedo >aia #otrorsia jurisprude#ial so%re

o assuto.

Esta sum. 3@3 de acordo com /uris"rud?ncia consolidada no su"remo não se

a"lica a mat*ria constitucional.

Be euipara a or$a os pri#pios tatos os #ostitu#ioais uato os

i"ra#ostitu#ioais. /e sorte ue se a#eita res#isCria a alegação de iolação a

pri#ipio.

Be a alegação de iolação a or$a de#orre de apli#ação de regra de >ieraruiaor$atia o%ia$ete ão >a iolação.

Uuado se aju!a ação res#isCria #o$ %ase o i#. ; i$pres#idel ue se diga ual

dispositio legal "oi iolado, pois isso #o$pe a #ausa de pedir da ação.

=as res#isCrias "udadas esse i#iso ão se ad$ite redis#ussão do "ato. Fs "atos são

aueles ue "ora$ esta%ele#idos o julga$eto res#idedo.

F pra!o da res#isCria de 2 aos i#lusie para a "a!eda pu%li#a.

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Direito Processual Civil III

@EF(A ZE(A) /FB :(FDE/E=@FB

:(FDE/E=@F Bc(F

1. DF=B/E(A`EB ZE(AB

2. FI(ZA@F(E/A/E /F (@F

3. Q:b@EBEB /E DAIE=@F

3.1 ;A)F( /A DABA

3.2 A@V(A

4. :(FDE/E=@F

4.1 A@FB =DAB

4.2 A/=DA :(E)=A(

4.3 =B@(`F :(FDEBBA)

4.4 BE=@E=`A E (ED(BFB

4.5 UEB@EB =AB

A)A 04 W 16T05T2011

@EF(A ZE(A) /FB :(FDE/E=@FB

Ateção para as di"ereças etre ação, jurisdição, pro#esso e pro#edi$eto.

Ação - V o direito ue te$ o #idadão de eigir do Estado a #o$posição da lide, a etrega da

prestação jurisdi#ioal.

A ação o direito p%li#o su%jetio, a%strato e i#odi#ioado de eigir, de se o%ter do Estado

a #o$posição da lide.

Purisdição - V o poder-deer do Estado de e"etiar a #o$posição das lides, $ediate a apli#ação

do direito o%jetio ao #aso #o#reto.

A jurisdição o $oopClio estatal.

F #idadão pode eigir do Estado a etrega da prestação jurisdi#ioal, e o "ará pela ia da ação.

:ro#esso - :ara etregar a jurisdição, o Estado istaura u$a relação jurdi#a ue se #>a$a de

pro#esso.

F pro#esso a relação jurdi#a triagular, eoledo o Estado 'represetado pelo jui!+ e as

partes, a ual se ia%ili!a a etrega da prestação jurisdi#ioal. (elação jurdi#a esta ue

istaura atras do eer##io da ação.

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Direito Processual Civil III

A relação jurdi#a estáti#a. Agora, ao logo desta relação jurdi#a irão ser prati#ados atos de

"or$a #o#ateada.

:ro#edi$eto - F #ojuto destes atos ue prati#ado ao logo da relação jurdi#a pro#essual

o ue se #>a$a de pro#edi$eto.

=ão #o"uda$ o #o#eito de ação, #o$ o de pro#esso, #o$ o de pro#edi$eto.

F pro#edi$eto o #ojuto de atos prati#ados o pro#esso. E o pro#esso se istaura e$

ra!ão do eer##io do direito de ação.

E$ stese apertada& eer#ida a ação se está eigido do Estado a etrega da jurisdição, o

Estado para ia%ili!ar a etrega da jurisdi#ação, istaura o pro#esso, e o pro#esso se deseole

atras de u$ pro#edi$eto.

E$ erdade, o ue >á u$ pro#edi$eto su$ário, u$ pro#edi$eto de usu#apião, u$

pro#edi$eto #osigatCrio, u$ pro#edi$eto de ietário e partil>a.

V te#i#a$ete i#orreta a epressão Lação de usu#apiãoO, Lação de $adado de seguraçaO,

Lação de depCsitoO, porue ação se$pre o direito su%jetio de eigir do Estado a etrega da

prestação jurisdi#ioal. @oda ação guarda as $es$as #ara#tersti#as. Eer#ida, todaia, a ação

a si$ o Estado istaura o pro#esso e ai reali!ar #erto pro#edi$eto.

A utili!ação destes ter$os de "or$a iadeuada $uitro #o$u$ o "oro. Ee$plo. D:D, art.

890, pri$eiro artigo do )iro ;

L/os :ro#edi$etos Espe#iaisO, @tulo L/os :ro#edi$etos Espe#iais de Pusrisdição

Dote#iosaO, Daptulo L/a Ação de Dosigação e$ :aga$etoO. /o poto de ista

ter$iolCgi#o, a palara LaçãoO o #aso iadeuada, e$ erdade o #orreto seria L/o

pro#edi$eto de Dosigação e$ :aga$etoO.=Cs te$os a #lassi"i#ação dos pro#edi$etos e$ pro#edi$eto #o$u$ e pro#edi$eto

espe#ial. Este )iro ; do D:D #uida dos pro#edi$etos espe#iais.

F pro#edi$eto #o$u$, por sua e!, se su%diide e$ 3 esp#ies& pro#edi$eto #o$u$

ordiário 'uado #o$eça$os o #urso de :ro#esso Diil , Cs #o$eça$os a tratar do

pro#edi$eto ordiário e at $eados deste se$estre estaa$os tratado do pro#edi$eto

ordiário+, pro#edi$eto #o$u$ su$ário '#ujo estudo a$os #o$eçar >oje+ e pro#edi$eto

#o$u$ su$arssi$o 'pro#edi$eto dos Pu!ados Espe#iais Deis. ederais e de a!eda

:%li#a, e$ ue pese este lti$o a Ia>ia aida ão te>a sido istalado+.

Ao lado do pro#edi$eto #o$u$ >á o pro#edi$eto espe#ial. Estes pro#edi$etos espe#iaispode$ ser #lassi"i#ados e$ pro#edi$eto espe#ial #odi"i#ado 'preistos o D:D+ e

pro#edi$eto espe#ial etraagate 'postos e$ leis esparsas ateriores ou posteriores ao

D:D+.

Fs pro#edi$etos espe#iais ta$%$ se #lassi"i#a$ e$ #otesiosos ou de jurisdição

olutária. F )iro ; do D:D te$ dois ttulos& pro#edi$etos de jurisdição #ote#iosa e

pro#edi$etos de jurisdição olutária.

;RDFWR;

KM:WR;

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Direito Processual Civil III

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EB:EDA)

Algu$ poderia pergutar& :or ue tato pro#edi$eto :or ue ão dá trata$eto a todas as

de$adas atras do rito ordiário E$ erdade, o ue Cs dee$os #o$preeder ue

eiste$ relaçes jurdi#as de direito $aterial ue tra!e$ espe#i"i#idades. Espe#i"i#idades ue

ão ia%ili!aria$ a etrega da prestação jurisdi#ioal #o$ o grau desejado de #eleridade,

adeuação e e"etiidade ue o pro#edi$eto ordiário possi%ilita.

F ue o legislador "a! o seguite& ora, a regra o pro#edi$eto #o$u$. Etretato, eu,legislador, re#o>eço ue este pro#edi$eto #o$u$ ão ai ia%ili!ar a solução de todas as

lides de $aeira desejada, adeuada, #lere et#. Etão, uado eu islu$%rar a relação

 jurdi#a #ote#iosa #ara#tersti#as espe#"i#as ue re#o$eda$ pro#edi$etos espe#"i#os, ai

eu #rio pro#edi$etos espe#iais.

Ee$plo. su#apião. Uuado algu$ aju!a u$a ação de usu#apião está pretededo de#larar

ou o%ter a de#laração de u$a propriedade. A propriedade de #ara#teri!a pela sua

opoi%ilidade erga omnes. $agie u$a ação de usu#apião tra$itado pelo pro#edi$eto

#o$u$ ordiário. F autor ia propor a ação e di!er ue era proprietário de #erto terreo. a

pedir a #itação dauele e$ o$e de ue$ o terreo está registrado e o jui! esta lide iria

 julgar eetual$ete pro#edete o pedido di!edo ue A proprietário dauele i$Cel. Fra,

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Direito Processual Civil III

o%serado-se o pro#edi$eto ordiário, "igurara$ este pro#esso A e I. A #oisa julgada

al#aça A e I. V e"i#a! u$ proi$eto judi#ial ue re#o>e#e a propriedade e$ "aor de A,

$as propriedade esta ue sC pode ser opoel a I =ão, u$ #otraseso.

Assi$, o legislador di! ue este direito de propriedade para ser re#o>e#ido te$ ue ser #o$

e"i#á#ia erga omnes. Eu te>o ue ia%ili!ar u$a "or$ação de #oisa julgada erga omnes. Fra,se assi$ eu pre#iso de u$ pro#edi$eto prCprio o ual >aja a "or$ação da #oisa julgada

erga omnes. Este pro#edi$eto, etão, te$ ue ia%ili!ar o #>a$a$eto de toda a

so#iedade. F legislador deter$ia, o pro#edi$eto de usu#apião, a e#essidade de #itação

pessoal dauele e$ o$e de ue$ o i$Cel ue está registrado e do #Rjuge. Ditação pessoal

de todos os proprietários li$tro"es e dos respe#tios #Rjuges. Ditação dos possuidores atuais

e respe#tios #Rjuges. ti$ação postal da a!eda Estadual, ui#ipal e ederal. E a #itação

por edital de ter#eiros iteressados.

Be$pre o pro#edi$eto espe#ial o legislador ai estar ateto a pe#uliaridades eistetes a

relação jurdi#a de direito $aterial.

BC >á pro#edi$etos espe#iais os #asos esta%ele#idos e$ lei.

Uuado a lei ão pre? o pro#edi$eto espe#ial 'ieiste espe#i"i#idade o #a$po da ida+,

te$os o pro#edi$eto #o$u$ 'padrão+.

A utili!ação do pro#edi$eto #o$u$ residual.

F pro#edi$eto #o$u$ se su%diide, #o$o dito a#i$a, e$ pro#edi$eto #o$u$ ordiário,

su$ário e su$arssi$o.

:ode-se uestioar& ora, justi"i#ou-se a eist?#ia de pro#edi$eto espe#ial e$

espe#i"i#idades da relação jurdi#a de direito $aterial. Be ão te$ preisão de pro#edi$eto

espe#ial porue ão >á essa espe#i"i#idade. Etão, se #ai a ala o pro#edi$eto #o$u$.

Be ão >á espe#i"i#idade, porue ue esse pro#edi$eto #o$u$ ai se su%diidir e$ordiário, su$ário e su$arssi$o Io$, a uestão aui ão ira e$ toro da espe#i"i#idade

da relação jurdi#a de direito $aterial, $as si$ da #oei?#ia ou ão de i$pri$ir u$ rito

$ais #lere.

Qá u$ idi#atio ue o pro#edi$eto su$ário, pela prCpria o$e#latura, u$ pro#edi$eto

$ais #lere do ue o ordiário. =a $es$a li>a, o su$arssi$o $ais #lere do ue o

su$ário e do ue o ordiário.

Uuado se "ala e$ su$ari!ação dos pro#edi$etos a uestão ira e$ toro de #eleridade. A

su$ari!ação ia%ili!a $aior #eleridade.

Aida algu$ poderia di!er& ora, #eleridade %o$. Etão, por ue ão pro#essa$os tudo pelo

pro#edi$eto su$arssi$o, já ue ele $ais rápido

A #eleridade tra!, ta$%$, i#oeietes, a ee$plo da possi%ilidade de erro de julga$eto.

@ale! o $aior dile$a ue o pro#essualista $odero te$ a uestão atiete ao #o"lito

e#essidade de #eleridade e #oseu?#ias disto 'iseguraça jurdi#a+.

:ara ue eu te>a #eleridade os Pu!ados, por ee$plo, eu ou ter os atos e$ audi?#ia, eu

perdo deter$iadas proas 'e& per#ia "or$al+, eu li$ito o siste$a re#ursal, eu delego a

atiidade a ju!es leigos, supri$o a possi%ilidade de ação res#isCria. @udo isto "a! #o$ ue o

pro#esso ga>e e$ #eleridade, $as >á u$ preço a pagar, ue a iseguraça jurdi#a.

Be eu uero $aior seguraça jurdi#a, eu ou ter ue a%rir $ão da #eleridade.

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Direito Processual Civil III

F legislador estas situaçes de pro#edi$eto #o$u$ ai re$eter ao rito ordiário, su$ário

ou su$arssi$o leado-se e$ #osideração a possi%ilidade $aior ou $eor de a%rir $ão da

seguraça jurdi#a.

Uuais são ao #asos e$ ue o legislador a%re $ão de seguraça jurdi#a Uue #ritrios ele

utili!a ;alor da #ausa e $atria.As #ausas do pro#edi$eto su$ário são de"iidas leado-se e$ #ota o alor da #ausa e a

$atria. Assi$ ta$%$ o#orre #o$ as #ausas ue tra$ita$ o pro#edi$eto su$arssi$o.

:or ue ue os #ritrios a sere$ o%serados o alor da #ausa e a $atria Be eu te>o

$aior #eleridade e #oseuete perda de seguraça jurdi#a, eu au$eto a possi%ilidade de

erro judi#iário. Fra, o erro judi#ial u$a de$ada de peueo alor o#io a so#iedade, gera

des#rdito para a justiça, $as as #oseu?#ias so#iais são a#eitáeis. V a#eitáel o erro judi#ial

u$a ação de #o%raça de (J 500, por ee$plo. sso ateta #otra o direito de algu$, $as

algo ue ão tra! $aior tu$ulto so#ial. Agora, a dissolução de u$a so#iedade aRi$a de

#apital a%erto, ue eole iesti$eto de $il>ares de pessoas algo ue dee ser isto #o$

$uito $ais #autela.

Etão, se a#eita o ris#o do erro judi#iário as #ausas de peueo alor. =as açes de $eor

alor, para ue se te>a #eleridade, se pode a%rir $ão de seguraça jurdi#a. sto ão o#orre,

e$ li>a de pri#pio, as açes de $aior alor, ode a seguraça jurdi#a $ais #ara ao

legislador.

sso ão o#orre so$ete #o$ o legislador, $as #o$ a gete ta$%$. =o #aso de o#? ir

#o$prar u$a #ereja, por ee$plo, por e!es o#? já a%re e #o$eçar a to$ar essa #ereja

ates $es$o de pagar. =ão %o$ ue a #ereja esteja uete, $as se assi$ ela estier o#?

proael$ete irá to$á-la de ualuer jeito. ;o#? ão "a! u$ ju!o de alor apro"udado

uado se #o$pra apeas u$a #ereja. Uuestão diersa o#orre uado o#? #o$pra u$ #arro.Qá u$a aálise detida, #o$para-se o alor e as "a#ilidades propor#ioadas pelas diersas

#o#essioárias. sso ta$%$ uado o#? uer #o$prar u$ aparta$eto. ;o#? "a! u$a srie

de iestigaçes. @odas são id?ti#as operaçes de #o$pra e eda, agora, uato $aior o

alor eolido, $aior a e#essidade de seguraça, aida ue esta seguraça gere perda de

#eleridade.

$ outro aspe#to a #o$pleidade da $atria. Eiste$ deter$iadas lides ue são de

%aissi$a #o$pleidade. =estes #asos, a possi%ilidade de erro judi#iário di$iuta aida ue

se ade de "or$a #lere. sto a#ote#e ta$%$ o #a$po da ida. Be eu pergutar uato 2

H 3 todo $udo respode de plao ue 5. Be eu pergutar uato 7.522 diidido por 421,

todo $udo sa%e a resposta, $as ai parar para "a!er u$a #oti>a o papel. A pri$eira

resposta pode ser dada rapida$ete, porue a #eleridade diate da si$pli#idade ão #ausa

de erro, di"erete do ue o#orre o segudo #aso ' pre#iso sopesar u$ pou#o $ais+.

F legislador es#ol>e ta$%$ #ausas de $eor #o$pleidade, as uais adota o pro#edi$eto

su$ário ou su$arssi$o.

Ee$plo tpi#o de #ausa de %aia #o$pleidade ue leada ao pro#edi$eto su$ário ou

su$arssi$o& #o%raça de taa de #odo$io. F #odo$io ai a ju!o, juta a #oeção,

 juta o do#u$eto #o$pro%atCrio de ue o ru proprietário de u$a uidade e juta ata a

ual se esta%ele#eu o alor da #otri%uição #odo$iial. F ru #itado. F ue ele poderá

alegar e$ sua de"esa E$ tese, ue pagou. V u$a #ausa etre$a$ete si$ples. F jui! pode"a!er u$a audi?#ia deste pro#esso se$ pre#isar ue as partes sete$ a $esa. e! o pregão,

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Direito Processual Civil III

o ru etrou e ele perguta& Lo sr. te$ re#i%o @e$ #o$o proar ue pagouO. /epois #o$eça

logo a sete#iar. =ão >á $uito para ode ir.

Ee$plo 2. A#idete de e#ulo. A#idete de e#ulo u$a #ausa tão si$ples ue o prCprio

leigo sa%e ue$ o #ulpado. Be >ouer u$ a#idete e o#? pergutar ao traseute o ue

a#ote#eu, ele arra o ue a#ote#eu. Be o#? pergutar ue$ o #ulpado, $uitoproael$ete ele sa%e ue$ . Ele ão "e! a a#uldade de /ireito $as sa%e, etededo os

"atos, ue$ dee ar#ar #o$ a reparação.

As $atrias de etre$a si$pli#idade #o$porta$ u$ pro#essa$eto $ais #lere, porue a

perda da seguraça jurdi#a ão $ilitará para u$a $aior pro%a%ilidade de erro judi#iário.

@e$os ue eteder ue eiste$ pro#edi$etos #o$us e pro#edi$etos espe#iais. Esses

lti$os eiste$ e$ ra!ão de espe#i"i#idades da relação jurdi#a de direito $aterial litigiosa.

@odo pro#edi$eto espe#ial terá epressa preisão e$ lei. =ão >aedo esta epressa

preisão e$ lei, a >ipCtese de pro#edi$eto #o$u$.

Fs pro#edi$etos #o$us são residuais e pode$ ser ordiários, su$ários ou su$arssi$os.

As >ipCteses dos pro#edi$etos su$arssi$os estão preistas taatia$ete e$ lei 'o #asos

dos Pu!ados Espe#iais Deis, art. 3* da )ei . 9.099T95 para os Pu!ados Espe#iais ederais, art.

3* da )ei . 10.259T01 para os Pu!ados Espe#iais de a!eda :%li#a, a preisão está o art. 2*

da )ei . 12. 153T09+. F pro#edi$eto su$ário está preisto o art. 275 do D:D. F art. 275 ão

tra! o rol taatio, já ue #a%e o pro#edi$eto su$ário as de$ais >ipCteses preistas e$ lei.

Be o pro#edi$eto #o$u$ já residual, o pro#edi$eto #o$u$ ordiário $ais residual

aida. =ão >á preisão de pro#edi$eto espe#ial, opta-se pelo pro#edi$eto #o$u$. Be o

pro#edi$eto #o$u$ ão su$ário ou su$arssi$o ele será ordiário.

Fs pro#edi$etos espe#iais se su%diide$ e$ de jurisdição #otesiosa e de jurisdição

olutária.(egistre-se, aida, ue eiste$ pro#edi$etos espe#iais #odi"i#ados 'preisto o D:D+ e

etraagates 'posto "ora do D:D+. Algu$ poderia pergutar por ue ão se #olo#a$ todos os

pro#edi$etos o D:D, por ue eiste$ pro#edi$etos espe#iais etraagates sto o#orre

deido a diG$i#a das relaçes so#iais. E$ erdade, a #odi"i#ação te$ atages e

desatages. A $aior atage$ da #odi"i#ação ue ela ai propi#iar u$a $aior #oesão das

or$as, "a! #o$ ue as or$as se tore$ $ais #o>e#idas e siste$ati!adas. :or$ a

#odi"i#ação tra! u$ e"eito #olateral. =or$as #odi"i#adas são se$pre de di"#il alteração. ;o#?

uer alterar a )ei de /espejo, #o$o se alterou o ao passado, si$ples, o#? $ada u$a lei

para o #ogresso, essa lei tra$ita e e$ dado $o$eto >á a $odi"i#ação. :ara a re"or$a do

D:D de$ora-se aos. /is#ute-se a $uito te$po, se$ preisão #o#reta, para a i$ple$etação

do oo D:D.

A or$a #odi"i#ada, a práti#a, tra! $aiores di"i#uldades de alteração. :or tal $otio, o

legislador uado opta e$ #odi"i#ar ou ão lea e$ #ota a $aior ou $eor e#essidade de

o "uturo de alterar as or$as.

Ee$plo. As açes possessCrias etão o D:D de 73 e era$ preistas desde o DDT1916 'ue "oi

redigido e$ 1899+. Be o#? #o$parar o ateprojeto de Ieiláua do DCdigo e #o$parar #o$ o

DDT02, e#otra pouussi$as alteraçes. sto o#orre pois detro da siste$áti#a #apitalista a

propriedade o %e$ $aior ue te$ ue ser protegida, ão >aedo setido e$ se alterar a

siste$ati#a da proteção da propriedade se ela está %e$ posta. Be Cs "osse$os para o regi$eso#ialista, de#erto seria e#essário de#epar esta parte do D:D.

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Direito Processual Civil III

Ee$plo 02. )o#açes e açes lo#at#ias estão dis#ipliadas e$ leis etraagates, porue

uado se tra%al>a #o$ lo#ação >á aspe#tos e#oR$i#os a sere$ #osiderados. Be o#? uer

tirar di>eiro de #ir#ulação e i#etiar a #otrução de i$Ceis pre#iso de u$ siste$a

lo#at#io e$ ue >aja proteção ao lo#ador, porue lo#ação u$ iesti$eto seguro. Etão o

sujeito #o$pra o i$Cel e ai o%ter reda #o$ este i$Cel. as se o#? uiser ue o di>eiro

#ir#ule e$ outro lugar sC o#? tirar a garatia da lo#ação. =ão >á garatia desde egC#io,

assi$ eu ou eder este i$Cel, "aturar di>eiro e ou a%rir u$ egC#io prCprio. )o#açes

algo ue olta e $eio se altera. A pou#o te$po >oue $udaças a )ei de )o#açes

eata$ete para dar $aio seguraça a lo#ador e i#etiar a #o$praT iesti$eto e$

i$Ceis e retirar di>eiro da e#oo$ia para eitar a e#oo$ia i"la#ioária.

Ee$plo 03. Qá us #i#o aos atrás >oue u$a alteração o siste$a de %us#a e apreesão de

%es $Ceis, regulado pelo /e#reto 911T69. Be #riou u$a srie de garatias para as

istituiçes "ia#eiras detro da %us#a e apreesão, porue se o egC#io se tora $ais

seguro, di$iuiu o ris#o e portato possel #o%rar juros $ais %aios, tedo $ais gete

#o$prado de "or$a "ia#iada, #o$ a $oi$etação da e#oo$ia e$ espe#ial o setor deidstria e auto$Ceis.

Uuado o legislador #odi"i#a ou ão #odi"i#a ele ai i$pri$ir a atage$ da siste$ati!ação de

u$ DCdigo, $as ai ta$%$ teder a estrati"i#ação ue a #odi"i#ação opera. /este esejo ele

de#idirá por #odi"i#ar ou ão. A ted?#ia ue o oo D:D te>a pou#os pro#edi$etos

espe#iais, $eos aida do ue o atual.

:ode-se eu$erar os pro#edi$etos ue estão o D:D& #osigação, depCsito, usu#apião, ação

possessCria, ietário, partil>a, aulação de ttulo ao portador, prestaçes de #otas.

FIB& A uestão do "ator te$po teori#a$ete passa pelo tipo de rito adotado. =a práti#a, ão

o%state, >á aspe#tos outros. Be pegar$os u$a ação de rito su$ário e largar o "Cru$ elade$orará e$ $dia 02 aos, salo se o jui! "or !eloso. Be o#? pegar u$a pro#edi$eto

ordiário #o$ u$ %o$ jui! e o#? "i#ar e$ #i$a, a ação pode ter$iar e$ seis $eses. Qá u$a

#>a#e de ter$iar $ais rápido o su$ário 'te$ $eos atos, >á u$a #o$pa#tação do

pro#edi$eto+, $as isso ai depeder da situação #o#reta. Aida >á a uestão de árias e!es

o#? ter re#ursos e, e$ ue pese a prioridade de julga$eto dos re#ursos do pro#edi$eto

su$ário, $uitas e!es os @ri%uais de$ora$ aos para julgar.

Assi$, a uestão de de$orar $ais ou $eos passa $uito $ais pela estrutura ue se te$, pela

%oa otade do ue e"etia$ete pelo rito ue o%serado.

:(FDE/E=@F Bc(F

1. DF=B/E(A`EB ZE(AB

:or ue ue o pro#edi$eto su$ário $ais rápido e$ "a#e do pro#edi$eto ordiário

:orue o pro#edi$eto ordiário #ade#iado, u$ pro#edi$eto ue te$ "ases ue l>es

são prCprias 'o#? #uida de u$a "ase, e#erra a "ase e passa para outra+. Be te$ o rito

ordiário u$a "ase postulatCria, "ase de saea$eto 'proid?#ias preli$iares, audi?#ia de

tetatia de #o#iliação+, istrução e ter$iado a istrução os autos "i#a$ #o#lusos para

seteça '"ase de julga$eto+e depois do julga$eto >á aida a "ase re#ursal.

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Direito Processual Civil III

F pro#esso de rito ordiário te$ "ases %e$ de"iidas. F pro#edi$eto ordiário

e$iete$ete #ade#iado e isso "a! #o$ ue ele se tore leto.

F pro#edi$eto su$ário, por sua e!, te$ #o$o #ara#tersti#a a #o#etração dos atos

pro#essuais.

Ee$plo. F jui! uado despa#>a a ii#ial do pro#edi$eto su$ário já $ar#a u$a audi?#ia. F

ru #itado para #o$pare#er a audi?#ia e se ão trasige, essa audi?#ia iaugural ele

#otesta e o autor e$ $esa repli#a. Be ão >á e#essidade de proa diersa da do#u$etal, a

$es$a audi?#ia já >á a seteça. Be o jui! $ar#ar esta audi?#ia para 30 dias da data e$ ue

ele despa#>ou a ii#ial e se ele despa#>ou a ii#ial e$ 10 dias, >ipoteti#a$ete, o#? te$ u$

pro#esso sedo julgado e$ 40 dias. =u#a poderá se e#otrar isto o pro#edi$eto

ordiário.

=o #aso do su$ário, #aso >aja a e#essidade de outra proa, a ii#ial já te$ o rol de

teste$u>as e idi#a-se assistetes t#i#os para a per#ia e $es$o ai a#ote#er a#otestação, ou seja, e$ $esa. F jui! etão apre#ia os reueri$etos pro%atCrios e $ar#a a

audi?#ia de istrução. /epois, te$os o ter$o "ial do pro#esso e a seteça pro"erida.

;eja$ #o$o >á u$a #o#etração de atos. Uuado eu postulo, eu já to idi#ado proa.

Uuado eu te>o audi?#ia, re#e%e-se a #otestação 'postulação+ e já pro#ede ao

saea$eto. Be possel, aida, já >á o julga$eto.

=ão >á o pro#edi$eto su$ário, #o$o ta$%$ ão >á o su$arssi$o, as "ases %e$

de"iidas. A aus?#ia das "ases %e$ de"iidas ai ia%ili!ar a #eleridade.

F pro#edi$eto ordiário te$ 4 #ara#tersti#as %ási#as&

+ /es#o#etração de "ases

As "ases são %e$ de"iidas e deli$itadas.

+ Apego ao alor seguraça jurdi#a

A preo#upação $aior do legislador a seguraça jurdi#a.

+ A%stra#iois$o

:ou#o i$porta a $atria ou o alor da #ausa, o rito o $es$o para tudo.

;+ Apli#ação su%sidiária de suas or$as aos de$ais pro#edi$etos

  rt+ II+ procedimento comum . ordin)rio ou sum)rio+

Dar)gra$o único+ procedimento especial e o procedimento

sum)rio regem-se pelas disposiçBes "ue l%es s#o pr!prias, aplicando-

se-l%es, subsidiariamente, as disposiçBes gerais do procedimento

ordin)rio+ 

Apli#a$-se as regras do pro#edi$eto ordiário a todos os de$ais pro#edi$etos e$ #arátersu%sidiário.

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Direito Processual Civil III

@oda e! e$ ue >aja o$issão o regra$eto do pro#edi$eto su$ário ou o regra$eto dos

pro#edi$etos espe#iais i#ide$, su%sidiaria$ete, as regras do pro#edi$eto #o$u$

ordiário.

=o pro#edi$eto su$ário te$-se o oposto&

+ Do#etração de "ases

+ Apego a #eleridade

+ Do#retis$o

=o pro#edi$eto su$ário >á u$a aálise $ais #o#reta e$ relação a lide. Qá u$a

espe#i"i#idade a o%serar.

;+ Do#ia%ilidade

A doutria #ostu$a idi#ar ta$%$, #o$o #ara#tersti#a do pro#edi$eto su$ário, a

#o#ia%ilidade. Esta #o#ia%ilidade ão propria$ete u$a #ara#tersti#a do pro#edi$eto

su$ário, e si$ u$a #ara#tersti#a geral. Qá ue se eteder o >istCri#o para #o$preeder

porue se i$puta esta #o#ia%ilidade #o$o #ara#tersti#a do pro#edi$eto su$ário.

F pro#edi$eto #o$u$ ordiário, at 1994, ão ti>a a audi?#ia preli$iarT #o#iliação. F

su$ário se$pre tee esta audi?#ia preli$iar. Etão se di!ia ue o pro#edi$eto su$ário

>aia esse setido de #o#ia%ilidade, já ue >aia o pro#esso u$ $o$eto deter$iado para

a tetatia de #o$posição, i#lusie preedo a lei a possi%ilidade de atuação dos

#o#iliadores. :or isso ue se a"ir$aa eistir a #o#ia%ilidade o pro#edi$eto su$ário.

Qoje a %us#a da #o#iliação u$ alor itrse#o ao pro#esso #iil. Qá esta ia%ilidade e$todos os pro#edi$etos.

2. FI(ZA@F(E/A/E /F (@F

;istas as #ara#tersti#as do pro#edi$eto ordiário e$ #o"roto #o$ o pro#edi$eto su$ário

o uestioa$eto ue dee ser "eito o seguite& eu posso "a!er uso de u$ pro#edi$eto

espe#ial se$ ue >aja preisão e$ lei para este pro#edi$eto espe#ial

Do%raça u$a ação de pro#edi$eto #o$u$ ordiário. Eu posso propor u$a #o%raça pelo

rito de aulação de ttulo ao portador =ão.

Agora, eu te>o pro#edi$eto #o$u$ toda e! ue ão >á preisão para pro#edi$eto

espe#ial. Be a >ipCtese está o art. 275 do D:D o pro#edi$eto su$ário. Be$ ue a >ipCtese

se a$olde ao art. 275 eu posso propor a ação pelo rito su$ário =ão.

V #erto ue eu ão posso propor u$a ação o Pui!ado Espe#ial se esta ação ão está preista

#o$o de pro#edi$eto dos Pui!ados a )ei . 9.099 'Pui!ado Estadual+, )ei . 12.153 'Pui!ado

de a!eda :%li#a+ )ei . 10.259 'Pui!ado ederal+. as eu posso a%rir $ão do pro#edi$eto

dos Pui!ados e ir ao "Cru$ propor a ação pelo rito su$ário ou ordiário

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Direito Processual Civil III

V o%io ue se a >ipCtese ão se a$olda ao art. 275 eu ão posso ir ao pro#edi$eto su$ário,

$as #aso se a$olde eu posso a%rir $ão do pro#edi$eto su$ário e ir ao pro#edi$eto

ordiário

=o ue se re"ere aos Pui!ados, a lei #uidou da $atria. A )ei . 12.153 di! ue a #o$pet?#ia

dos Pui!ados a%soluta. A lei está di!edo ue os #asos e$ ue a ação dee ser proposta osPui!ados de a!eda :%li#a =F possel propor a de$ada perate a Pustiça Estadual

Do$u$.

Pui!ados Espe#iais ederais. A lei pere$ptCria. F < 3*, art. 3* da )ei . 10.259 esta%ele#e u$a

#o$pet?#ia a%soluta, se sorte ue os #asos e$ ue a ação dea ser proposta perate o

Pui!ado Espe#ial ederal e#essaria$ete ela será proposta perate o Pui!ado ederal.

Be >á #o$pet?#ia do Pui!ado de a!eda :%li#a e do Pui!ado ederal ão >á #o$o reu#iar

ao pro#edi$eto dos jui!ados e ir a Pustiça #o$u$. Eiste or$a esta%ele#edo a ature!a

a%soluta desta #o$pet?#ia. Este ra#io#io, etretato, =F se apli#a aos Pui!ados Espe#iaisDeis.

Pui!ados Espe#iais Deis, aueles regula$etados pela )ei . 9.099 ão tra!e$ idi#atio de

#o$pet?#ia a%soluta, da ter se pa#i"i#ado e$ doutria e jurisprud?#ia ue "a#ultatia a

propositura de açes os Pui!ados Espe#iais Deis.

=este setido o eu#iado 1* do F=APE 'Cru$ =a#ioal dos Pui!ados Espe#iais+.

Enunciado 9 - e/erc*cio do direito de aç#o do Jui4ado Especial C*&el

. $acultati&o para o autor+

A propositura de açes os Pui!ados Espe#iais Deis u$a opção do autor.

=ão >á di"i#uldade o ue se re"ere a $atria os Pui!ados Espe#iais. =os Pui!ados de a!eda

:%li#a ou os Pui!ados ederais o%rigatoria$ete a propositura da de$ada dar-se-á o

 jui!ado se$ ue >aja espaço para es#ol>a. Be o jui!ado, todaia, o Pui!ado Espe#ial Del o

ididuo te$ direito a es#ol>a, podedo a%rir $ão do pro#edi$eto do jui!ado e propor a

ação o pro#edi$eto ordiário ou o su$ário.

A uestão relatia a dispoi%ilidade do pro#edi$eto su$ário ão e#otra %ase legal. =ão se

e#otra a lei e>u$a or$a ou idi#atio a#er#a de ser ou ão possel a%rir $ão do rito.

A doutria $ajoritária o setido de ue ão seria possel a opção pelo rito. Fu seja, ão

seria possel diate de u$a >ipCtese do art. 275 a%rir $ão do pro#edi$eto su$ário e propor

esta ação o pro#edi$eto ordiário. Este o posi#ioa$eto $ajoritário 'Iar%osa oreira,

Dal$o de :assos, Qu$%erto @eodoro Pr.+. E$ ue pese ser este o posi#ioa$eto $ajoritário,

ão pare#e ue seja a Bodr o #orreto, o $ais adeuado. Eiste ue$ de"eda a opção pelo

pro#edi$eto su$ário 'Poel /ias igueira Pr. %e$ trata disto+. A opção pelo rito su$ário dee

ser eer#ida pelos autores pois&

a+ F iteressado $aior a #eleridade o autor

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Direito Processual Civil III

Aueles ue di!e$ ue ão eite$ opção pelo rito a"ir$a$ ue a #eleridade u$a uestão

de orde$ p%li#a, $as se Cs parar$os para aalisar o te$a ere$os ue o $aior iteressado

pela #eleridade o autor. ... pode ser ue ele ão ueira a%rir $ão da seguraça jurdi#a.

Etão, se a #eleridade dada pelo ordea$eto jurdi#o ao autor pode ser ue ão ueira

pagar o preço ue esta #eleridade eige.

%+ Be o autor optar pelo pro#edi$eto ordiário e$ detri$eto do su$ário e>u$

preju!o >aerá ao ru, ao #otrário, o ru terá a possi%ilidade de eer#er o seu direito

de de"esa de "or$a $ais a$pla.

F ru ai poder laçar $ão de istitutos, #o$o a itereção de ter#eiros 'ue so$ete e$

situaçes espe#"i#as são posseis o pro#edi$eto su$ário, $as o ordiário a$pla+. F ru

ai ter u$ pro#edi$eto $ais #ade#iado, o ual l>e será $ais "á#il a produção de proas. F

ru poderá laçar $ão de re#oeção ou ação de#latatCria i#idetal, o ue ão poderia "a!er

o pro#edi$eto su$ário et#.

:er#e%a$ ue a opção do autor pelo pro#edi$eto ordiário, e$ detri$eto do su$ário ão

tra! e>u$ preju!o para o ru. E este autor pode ter $aior iteresse a seguraça jurdi#a do

ue a #eleridade.

Be aalisar$os o D:D #o$ #uidado ere$os ue a siste$áti#a do D:D autori!a esta opção por

parte do autor 'opção pelo pro#edi$eto ordiário+.

 rt+ IKI > Io Luando, para cada pedido, corresponder tipo di&erso de

 procedimento, admitir-se-) a cumulaç#o, se o autor empregar o

 procedimento ordin)rio+

Está dito o artigo ue uado para #ada tipo de pedido #ou%er pro#edi$eto distito se

ad$itirá a #u$ulação de pedidos, desde ue se o%sere o pro#edi$eto ordiário.

=o pro#edi$eto ordiário eu te>o a possi%ilidade de tra$itação do pro#edi$eto su$ário

ou de açes de alor at 60 salários $i$os.

Be eu ou "a!er u$a #o%raça de (J 25.000 eu posso #o%rar este alor pelo pro#edi$eto

su$ário :osso.

Be eu "or pedir a etrega de u$ #arro e este #arro #usto (J 50.000 eu posso de$adar o rupelo pro#edi$eto su$ário =ão. F pro#edi$eto aui o ordiário.

Be eu uiser propor #otra u$ $es$o ru u$a ação o%rigado este ru a etregar o #arro e a

pagar (J 25.000 eu #u$ulo os pedidos. :osso #u$ular Bi$, o%serado o rito ordiário.

Fra, se >ouesse o iteresse p%li#o, #o$o se a"ir$a, a tra$itação do pedido #orrespodete

a pri$eira situação isolada pelo pro#edi$eto su$ário, essa #u$ulação pelo rito ordiário

seria a#eita =ão.

Etão, uado o legislador di! ue eu posso #u$ular pedidos a%di#ado do pro#edi$eto

su$ário e "a!edo tra$itar o "eito pelo rito ordiário, e$ outras palaras ele está di!edo ue

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Direito Processual Civil III

ão >á iteresse p%li#o a o%serG#ia do pro#edi$eto su$ário. Be eu posso, pela $i>a

$era #oei?#ia, #u$ular pedidos e utili!ar o rito ordiário, eidete$ete ue esta u$a

"a#uldade $i>a e ilCgi#o ue o#? sustete ue eu possa optar pelo ordiário se #u$ular

pedidos e ão possa "a!?-lo se$ a #u$ulação, $or$ete lu! dos outros arug$etos ue já

"ora$ aui leatados.

A)A 05 W 23T05T2011

3. Q:b@EBEB /E DAIE=@F

Art. 275 do D:D.

=os dois i#isos do art. 275 estão os #ritrios ue serão usados para a deter$iação do

pro#edi$eto su$ário& #ritrio alor e #ritrio $atria.

3.1 ;A)F( /A DABA

 rt+ IM+ bser&ar-se-) o procedimento sum)rio:

- nas causas cujo &alor n#o e/ceda a 57 0sessenta1 &e4es o &alor do

sal)rio m*nimo(

A pri$eira >ipCtese de utili!ação do pro#edi$eto su$ário pelo e$ #ota o alor da #ausa e o

li$ite de alçada esta%ele#ido de 60 salários $i$os 'algo e$ toro de trita e pou#os $il

reais+.

Be o alor da #ausa igual ou superior a 60 salários $i$os poderá ser utili!ado o

pro#edi$eto su$ário.Algu$as o%seraçes dee$ ser "eitas e$ relação a este ele$etoT #ritrio alor&

1Y+ )ea-se e$ #ota o salário $i$o igete po#a da propositura da ação.

2Y+ )ea-se de #osideração o euialete e#oR$i#o do pedido o $o$eto da propositura

da ação.

F alor do salário $i$o so%re ariaçes ao logo do te$po e o prCprio alor ue pode ser

atri%udo a deter$iado %e$ da ida ta$%$ so"re alteração ao logo do te$po. as, a

#o$pet?#ia deter$ia-se o $o$eto de propositura da ação 'art. 87 do D:D+, sedo

irreelates as alteraçes de "ato e de direito o#orridas posterior$ete, e$ li>a de pri#pio.

Be proposta u$a ação e o alor da #ausa (J 40.000 e ela a#o$pa>a o rito su$ário, pou#o

i$porta ue daui a dois aos 60 salários $i$os ultrapasse$ (J 40.000. A utili!ação do

pro#edi$eto ão pode ser #oalidada.

Etão, eu te>o ue sa%er o alor do salário $i$o po#a da propositura da ação e ão o

alor do salário $i$o o $o$eto e$ ue eu estou a"erido a #orreção ou i#orreção da

utili!ação do rito. F $es$o a#ote#e #o$ a prCpria deter$iação do alor da #ausa. $

arro%a de #a#au #usta >oje (J 100. F sujeito ai a ju!o e pede a #odeação da parte #otrária

etrega de 300 arro%as de #a#au. F alor da #ausa (J 30.000. A ação proposta pelo

pro#edi$eto su$ário. /aui a dois $eses, a o #a#au #>ega a (J 150 a arro%a. sto ãoi$pede ue a ação #otiue tra$itado pelo pro#edi$eto su$ário.

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Direito Processual Civil III

F art. 87 do D:D "ala e$ #o$pet?#ia. Dotudo, a $atria aui ersada pro#edi$eto, $as a

or$a do art. 87 ai ser aui apli#ada aalogi#a$ete, de sorte ue se lea e$ #ota o alor

da #ausa e o alor do salário-$i$o o $o$eto da propositura da ação.

Be a #ausa te$ alor at 60 salários $i$os poderá se utili!ar o pro#edi$eto su$ário.

$ uestioa$eto ue s e!es apare#e o seguite& a utili!ação do salário $i$o #o$o

#ritrio de deter$iação de pro#edi$eto ão seria i#ostitu#ioal A Dostituição ão

proi%e o salário $i$o sedo utili!ado #o$o ideador F ue a Dostituição proi%e ue se

utili!e o salário $i$o #o$o parG$etro de #orreção $oetária ou ideador de preços ou

ideador de alores dados e$ egC#ios jurdi#os.

Eu ão posso e$prestar a algu$ o alor #orrespodete a 10 salários $i$os >oje e "iar

#otratual$ete a o%rigação dele $e pagar o alor de 10 salários $i$os o dia do

e#i$eto. =este #aso eu estaria utili!ado o salário $i$o #o$o ideador, #o$o di#e de

#orreção.

=a >ipCtese ue Cs esta$os tratado, o salário $i$o utili!ado #o$o %ase para a "iação

de pro#edi$eto. sto plea$ete possel.

$a perguta ue pode ser "eita aida a seguite& toda e! ue eu te>a u$a #ausa de alor

at 60 salários $i$os, eu posso "a!er uso do pro#edi$eto su$ário A resposta egatia.

/uas e#eçes pre#isa$ ser idi#adas&

E#eçes 'parágra"o i#o do art. 275+&

a+ Açes de estado e #apa#idade de pessoas

F pro#edi$eto su$ário ão será o%serado as açes relatias a estado e #apa#idade de

pessoas, aida ue te>a$ alor i"erior a 60 salários $i$os.

Ee$plo de ação de estado de pessoa W ação de diCr#io.

Ee$plo de ação de #apa#idade de pessoa W ação de iterdição.

As açes eoledo estado e #apa#idade de pessoas ão tra$ita$ pelo pro#edi$eto

su$ário, porue eole$ direitos persoalssi$os e, estes #asos, o legislador etede ue

ão se dee a%rir $ão da seguraça jurdi#a e$ prol de #eleridade.

%+ Açes ue estão sujeitas a pro#edi$eto espe#ial e #uja espe#ialidade do

pro#edi$eto ão #o$porta re#ia, ão pode$ tra$itar pelo pro#edi$eto

su$ário.

V e#lusão ue de#orre da prCpria @eoria Zeral dos :ro#edi$etos.

Eiste$ pro#edi$etos espe#iais e pro#edi$etos #o$us. F su$ário u$a esp#ie de

pro#edi$eto #o$u$.

Uuado o legislador esta%ele#e pro#edi$etos espe#iais, ele o "a! para ia%ili!ar algu$a

atage$ pro#essual ao autor, ou ele esta%ele#e o pro#edi$eto espe#ial e$ ra!ão de

iteresse de orde$ p%li#a. =a pri$eira >ipCtese possel a re#ia ao pro#edi$eto

espe#ial e a propositura da ação pelo pro#edi$eto #o$u$ e, se o alor da #ausa ão "or

superior a 60 salários $i$os, pode-se ajui!ar pelo pro#edi$eto #o$u$ su$ário. =aseguda >ipCtese 'iteresse p%li#o a o%serG#ia do pro#edi$eto espe#ial+, o $es$o

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Direito Processual Civil III

ra#io#io ão se apli#a. F pro#edi$eto espe#ial >á de ser e#essaria$ete o%serado e,

portato, ão poderá se propor a de$ada pelo pro#edi$eto #o$u$ su$ário.

Ee$pli"i#ado "i#a $ais "á#il.

Ee$plo. adado de seguraça u$ pro#edi$eto espe#ial. F $adado de seguraça u$

pro#edi$eto $ais #lere, $ais rápido. :ode-se i$petrar B para dis#utir a laratura de u$

auto de i"ração, se isto "or #osiderado ato ilegal e a%usio. F B pode ser usado para o%ter a

aulação ou a de#retação de ulidade deste auto de i"ração. :or$, posso propor u$a ação

ordiária de#laratCria de ulidade para dis#utir o $es$o auto de i"ração '$es$a #ausa de

pedir e $es$o pedido+. F B u$ pro#edi$eto #olo#ado pela Dostituição a disposição do

#idadão, $as o #idadão pode a%rir $ão, se l>e "or $ais #oeiete, do $adado de

seguraça e propor ação pelo pro#edi$eto #o$u$. Etão, ão >á iteresse p%li#o a

o%serG#ia do pro#edi$eto, e si$ apeas a dispoi%ili!ação do rito ue outorga diersas

garatias ao jurisdi#ioado.

Ee$plo 2. Ação $oitCria u$ pro#edi$eto espe#ial para a eigi%ilidade de #u$pri$etode o%rigaçes. V pre#iso ue o sujeito te>a proa es#rita do #ulo o%riga#ioal. Atete$ ue

a pessoa te$ este pro#edi$eto algo ue l>e $ais "aoráel, já ue epede-se orde$ de

paga$eto e ão $adado de #itação. :or$, o ididuo pode a%rir $ão do pro#edi$eto

$oitCrio e utili!ar o pro#edi$eto #o$u$ para propor a #o%raça.

Esse dois ee$plos são de pro#edi$etos espe#iais ue ão dee$ ser o%serados

e#essaria$ete. :ro#edi$etos espe#iais #riados e$ prol de iteresse dos parti#ulares e ão

do iteresse p%li#o. V di"erete, por ee$plo, do ue o#orre #o$ o pro#edi$eto de

usu#apião '>á iteresse p%li#o a "or$ação de u$a #oisa julgada erga o$es, at $es$o

para ia%ili!ar a tras$issão da seteça o registro i$o%iliário+, ode e#essária ao%serG#ia do pro#edi$eto espe#ial. F $es$o se digo o ietário de partil>a, a

de$ar#ação de terras, a diisão de terras.

Fs pro#edi$etos espe#iais pode$ ou ão ser opção do autor. =os #asos e$ ue >á espaço

para esta opção, ele pode reu#iar ao pro#edi$eto espe#ial e propor a ação o

pro#edi$eto #o$u$ e, se a #ausa te$ alor at 60 salários $i$os, pelo pro#edi$eto

#o$u$ su$ário. Fde ão >á espaço para esta re#ia, #ouato eistete o iteresse

p%li#o, ai e#essaria$ete será utili!ado o pro#edi$eto espe#ial. /a porue a #ausa pode

ter alor i"erior ou igual a 60 salários, $as aida assi$ a guia do pro#edi$eto su$ário ão

será per$itida ao de$adate.:ode-se uestioar #o$o ue se sa%erá se o pro#edi$eto #o$porta ou ão #o$porta

re#ia por parte do autor. A, Cs a$os ter ue estudar #ada u$ dos pro#edi$etos

espe#iais. =o $o$eto do estudo de #ada u$ deles, a$os "a!edo esta di"ere#iação.

A solução teCri#a, etão, já "i#a de logo #osigada.

A pri$eira >ipCtese de utili!ação do pro#edi$eto su$ário di! respeito ao alor. Dausas de ate

60 salários $i$os. )ea-se e$ #osideração o alor do salário $i$o e o alor do %e$ da

ida o $o$eto da propositura da ação. Este parG$etro #ostitu#ioal. E, eiste$ #ausas

#ujo alor i"erior ou igual a 60 salários ue ão pode$ tra$itar pelo pro#edi$eto su$ário,

uais seja$, as ue ersa$ so%re a #ausas de estado e #apa#idade de pessoas e auelas para

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Direito Processual Civil III

ual a preisão de utili!ação de pro#edi$eto espe#ial e este pro#edi$eto espe#ial ão

passel de re#ia pelo de$adate.

Be uado a parte propos a ação o alor era i"erior a 60 salários, a ação tra$ita pelo

pro#edi$eto su$ário, aida ue o %e$ da ida perseguido ao logo do pro#esso passe a ter

u$ euialete e#oR$i#o de $il salários. sto pou#o i$porta. F ue i$porta o alor do %e$da ida e, #oseuete$ete, o alor da #ausa, o $o$eto da propositura da ação.

Ee$plo. ;o#? prope u$a ação e ai #o%rar (J 32.000, o ue está detro do alor de alçada.

Uuado se #olo#a #orreção $oetária, juros, a#essCrios, >oorarios su#u$%e#iais, >oorários

do adogado e aida passel de #ustas, a ee#ução o#? e#otrará u$ alor superior a 60

salários $i$os.

3.2 A@V(A

Ao lado do #ritrio alor, te$os aida o parG$etroT #ritrio $atria.

Bão >ipCteses e$ ue o pro#edi$eto de"iido ão #o$ %ase o #ritrio alor, $as por #ota

apeas da $atria.

F #ritrio , e#lusia$ete, $atria. F i#iso do art. 275 #laro, pere$ptCrio.

A #ausa pode ter alor superior a 60 salários, pode ter alor #orrespodete a u$ $il>ão de

reais. :ou#o i$porta. F pro#edi$eto su$ário tão so$ete e$ ra!ão da $atria.

F%sera-se-á o pro#edi$eto su$ário as #ausas, ualuer ue seja o alor&

a+ #ausas de arreda$eto rural e de par#eria agr#ola

Bão #otratos agrários. @ato e$ u$, uato e$ outro, >á algu$ ue proprietário da terra e

#ede esta terra para a utili!ação de outre$, seja para atiidade agr#ola, seja para atiidade

pe#uária e$ setido lato. A di"ereça está a "or$a esta%ele#ida para #ál#ulo da

#otraprestação. E$ a$%os os #asos o #otrato oeroso, $as se esta%ele#ido u$ alor "io

#o$o #otraprestação, esta$os diate de u$ arreda$eto rural.

Ee$plo. F sujeito te$ u$a "a!eda de #a#au #o$ 100 >e#tares. Ele "e! u$ #otrato #o$

algu$ ue ai eplorar a "a!eda de #au#a, e pagará a ele $esal$ete o #orrespodete a

(J 15.000. Este #otrato de arreda$eto rural. V u$a #otraprestação "ia, pou#o

i$portado se a "a!eda dá lu#ro ou preju!o.

=a par#eria rural, te$os u$ #ritrio de #oparti#ipação dos resultados e#oR$i#os, seja$ eles

luidos ou %rutos. V o #aso $ais "reuete. V $uito #o$u$ a região sul do estado, e$ ra!ão

da di"i#uldade da laoura #a#aueira, a eploração pelo siste$a de $eação. F sujeito

proprietário e ão te$ #o$o eplorar a "a!eda por $eio de e$pregados 'pou#o poderauisitio+, etão ele diide a "a!eda e$ pedaços e etrega u$ * de #a#aueiros a #ada

ididuo par#eiro e "i#a #o$ a $etade do #a#au #ol>ido. Auele sujeito $uitas e!es era u$

agregado da "a!eda, ou poderia ser ou #>egou at a ser o passado u$ e$pregado da

propriedade, ele ai eplorar auela área e$ regi$e de par#eria. ;ai #ol>er o #a#au, ai se#ar o

grão de #a#au e $etade disto ele leará para o proprietário da terra, "i#ado #o$ a outra

$etade para ele. V u$ #otrato de par#eria. =ão u$a #otraprestação aleatCria, porue

sa%e-se ue ao "ial do $?s o direito re#airá so%re $etade da produção.

Be a lide gira e$ toro de arreda$eto ou par#eria rural, o pro#edi$eto a ser o%serado

poderá ser o pro#edi$eto su$ário.

Bodr etede ue o pro#edi$eto "a#ultatio, $as esta u$a posição $ioritária.

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Direito Processual Civil III

%+ #ausas de #o%raça ao #odR$io de uaisuer uatias deidas ao #odo$io

A lei eige ue o pClo atio esteja u$ #odo$io e o pClo passio esteja o #odR$io. A lei

ão espe#i"i#a o tipo de #odo$io. Assi$, pou#o i$porta se u$ #odo$io >ori!otal

'#asas+ ou erti#al 'prdios+. :ou#o i$porta se o #odo$io #o$er#ial ou reside#ial. F

#o#eito de #odo$io dee ser a$plo. B>oppig #eter, por ee$plo, u$a "or$a de#otrato $isto o ual i#ide restriçes prCprias do #otrato de #odo$io. B>oppig #eter

pode #o%rar alores dos lojistas pelo pro#edi$eto su$ário, já ue estes lojistas são

#odR$ios.

A utili!ação da epressão Luaisuer uatiasO ai deiar #lara a iteção do legislador de

geerali!ação. A uatia $ais #o$u$ ue o #odo$io #o%ra do #odR$io são as

#otri%uiçes ordiárias. =o etato, as #otri%uiçes etraordiárias '$ultas, taas etras,

daos ue o #odR$io e$ ra!ão de #oduta il#ita te>a #ausado ao #odo$io+ pode$ ser

#o%radas pelo pro#edi$eto su$ário.

=o #a$po dos s>oppigs #eteres, taa de pu%li#idade, e$ ra!ão de pro$oção e propagada,

pode$ ser #o%radas pelo pro#edi$eto su$ário.

A lei eige ue "igure #o$o autor u$ #odo$io, ue "igure #o$o ru o #odR$io e ue a

ação seja de #o%raça.

Be o#? te$ u$ #odo$io propodo u$a ação de #o%raça e$ "a#e do #odR$io, pou#o

i$porta o tipo de #odo$io ou a #ausa petedi, o pro#edi$eto poderá ser o su$ário.

A i#a o%seração ue eu "aço ue deter$iados #rditos do #odo$io e$ "a#e do

#odR$io pode$ #o$portar ee#ução direta. Be isto a#ote#e, o%ia$ete, ue a ia

ee#utia ta$%$ iáel ao #odo$io, $as se$ preju!o de utili!ação do pro#edi$eto

su$ário.

#+ #ausas de ressar#i$eto por daos e$ prdio ur%ao ou rsti#oA epressão Lur%ao ou rust#oO uer di!er ur%ao ou rural. A epressão rsti#o está sedo

utili!ada #o$o siRi$o de rural.

A epressão prdio utili!ada e$ setido a$plo. :rdio #orrespode a i$Cel, e ão apeas

#ostrução de $ultiplas uidades, or$al$ete, erti#ali!ada.

Uualuer ação a ual se %usue a reparação de daos #ausados a i$Ceis rurais ou ur%aos

#o$porta o pro#edi$eto su$ário, idepedete$ete do alor.

Ee$plo. Dolisão de e#ulo #o$ u$a #asa, derru%ado a parede da #asa, etraçãoT a%ate de

árores ue #ausa preju!o ao prdio, re$oção de terras ue #ausa preju!o ao proprietário.

Be a ação te$ ature!a idei!atCria e o preju!o #ausado ao autor de#orre de dado a i$Celde sua propriedade, pou#o i$portado se este i$Cel ur%ao ou rural, pou#o i$portado a

$ota deste preju!o, o pro#edi$eto a ser o%serado o su$ário.

d+ #ausas de ressar#i$eto por daos #ausados e$ a#idete de e#ulo de ia terrestre

As açes eoledo a#idetes de e#ulo terrestre, idepedete do alor, tra$itarão pelo

pro#edi$eto su$ário. E#lue$-se as e$%ar#açes e as aeroaes. i#a$ so$ete os e#ulos

terrestres '#arro, #a$i>ão, %i#i#leta, $oto, #aalo, #>arrete+.

A i#a dis#ussão ue se te$ a doutria di! respeito ao a#idete "erroiário.

Poa#ir A$aral Batos pro#ura e#luir o a#idete "erroiário ao argu$eto de ue o a#idete

"erroiário seria se$pre u$ a#idete de grades proporçes e ue ão seria #oeiete a

o%serG#ia do rito su$ário. V, o etato, u$a posição $ioritária.

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Direito Processual Civil III

A lei ão distigue e>u$a $odalidade de e#ulo terrestre. Etão, ão >á porue se e#luir

o a#idete "erroiário. =este setido estão Qu$%erto @>eodoro Pr., eireles dos Batos.

A pre$issa de ue parte Poa#ir A$aral "al>aT euio#ada, já ue or$al$ete o a#idete

"erroiário de peueas proporçes, eoledo u$ ou dois ididuos, o $ái$o 'atropelo

a li>a "rrea+. Bodr a"ir$a isso por já adogar a 9 aos para a rede "erroiária.Eige-se, todaia, ue o a#idete te>a de#orrido da atiidade de lo#o$oção do e#ulo.

Ee$plo. /e u$ prdio #aiu u$ %lo#o so%re u$ auto$Cel. Qoue dao ao e#ulo, $as a

#ausa ão está rela#ioada a atiidade lo#o$otia do #arro.

V pre#iso ue u$ e#ulo pelo $eos esteja se lo#o$oedo e ue disto de#orra o a#idete.

Ee$plo. /ois #arros e$ $oi$eto se #>o#a$, #arro parado e outro auto$Cel e$ e #olide

#o$ ele, atropelo. =estes #asos o pro#edi$eto será su$ário.

Iasta ue o e#ulo seja terrestre e o a#idete de#orra da atiidade de lo#o$oção. :ree#>idos

esses dois reuisitos, o pro#edi$eto será o su$ário.

=os ju!ados espe#iais de trGsito se te$ u$ pro#edi$eto su$arssi$o. F sujeito poderá

optar pela propostura da ação os ju!ados 'pro#edi$eto su$arssi$o+ ou pelo pro#edi$eto

#o$u$ su$ário 'Pustiça estadual #o$u$+. V a situação de a#idete eoledo dois e#ulos,

sedo o dao #auso a u$ parti#ular. Qá #asos, #otudo, e$ ue ão >á espaço para esta opção

'e& dao #ausado a u$ $eor. F $eor ão pode ser autor o pro#edi$eto dos ju!ados. Ele

e#essaria$ete ai utili!ar o pro#edi$eto su$ário, o "Cru$+.

e+ #ausas de #o%raça de seguro, relatia$ete aos daos #ausados e$ a#idete de

e#ulo, ressalados os #asos de pro#esso de ee#ução

Esta >ipCtese u$a tpi#a situação e$ ue o segurado de$ada a seguradora.

=a alea aterior se "alaa e$ e#ulo terrestre. Aui ão >á essa li$itação. ala-se so$ete

e$ e#ulo.Etão, o sujeito te$ u$ #arro, u$a la#>a, u$ aião e segurou o e#ulo. F#orreu o siistro e

por ualuer ra!ão a seguradora ão deseja ou se ope ao paga$eto, ele irá #o%rar e$ ju!o

essas uatias. Ao #o%rar e$ ju!o essas uatias, ele poderá "a!?-lo pelo pro#edi$eto

su$ário.

A lei di! Lressalados os #asos de utili!ação do pro#esso de ee#uçãoO. V e#essário ter ateção.

Art. 585 do D:D.

 rt+ MNM+ S#o t*tulos e/ecuti&os e/trajudiciais:

0+++1

- os contratos garantidos por %ipoteca, pen%or, anticrese ecauç#o, bem como os de seguro de &ida(

F seguro de ida ttulo ee#utio etrajudi#ial.

Etão, algu$ #ele%ra u$ #otrato de seguro e ida e elege o %ee"i#iário. Esse ididuo e$

a "ale#er. F %ee"i#iário pode pegar a #ertidão de C%ito e a apCli#e do seguro e propor u$a

ação de ee#ução. Ee#ução de ttulo etrajudi#ial.

$ par?teses dee ser a%erto. Be eu te>o u$ ttulo ee#utio etrajudi#ial, eu te>o

iteresse para propor u$a ação de #o>e#i$eto V u$a dis#ussão ue já se tee.

A ação de #o>e#i$eto te$ por o%jetio a "or$ação do ttulo. Pá >oue ue$ de"edesse, eu

$es$o $e posi#ioaa esta li>a, ue se o#? já te$ o ttulo ão >á ra!ão a justi"i#ar a

propositura da ação #ogitia #ujo o%jetio a "or$ação deste ttulo. altaria iteresse de agir.F B@P, o etato, #osolidou posi#ioa$eto de ue ue$ te$ ttulo ee#utio etrajudi#ial

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Direito Processual Civil III

ão "ale#e de iteresse de agir para propositura de ação de #o>e#i$eto. Begudo o B@P, a

ação de #o>e#i$eto ai ser produ!ido u$ ttulo ee#utio judi#ial, euato ue auele

ididuo te$ u$ ttulo ee#utio etrajudi#ial. Etão, aida ue redu!ido este iteresse,

poruato ele já te>a ttulo, ão se pode #ogitar e$ "alta de iteresse, porue o ttulo

etrajudi#ial estaria sedo #oertido e$ ttulo judi#ial. F B@P etede ue possel optar

pela ia da ee#ução ou pela ia do pro#esso de #o>e#i$eto uado se te$ u$ ttulo

ee#utio etrajudi#ial.

/eter$iado #rdito ue o #odo$io te$ e$ "a#e do #odR$io pode$ ser ee#utados,

$as ta$%$ pode$ ser #o%rados pelo pro#edi$eto su$ário. Eu disse isso a o#?s porue o

B@P se posi#ioa o setido de ue as >ipCteses de >aer o ttulo etrajudi#ial ão >á "alta ou

aus?#ia de iteresse de agir. Qá aida iteresse de agir a justi"i#ar a propositura da ação de

#o>e#i$eto.

=o #aso, todaia, da #o%raça de seguro esse ra#io#io teCri#o do B@P ão se apli#a, porue a

prCpria or$a, lei o e#ep#ioa, o a"asta. ;eja o ue está es#rito esta alea& Lpoderá ser

proposta pelo pro#edi$eto su$ário, ressalada a >ipCtese de utili!ação do pro#esso deee#uçãoO. Etão, a prCpria or$a ue autori!a a utili!ação do pro#edi$eto su$ário, ue

a"ir$a ue se a ee#ução possel, a ia do pro#edi$eto su$ário se "e#>a. Ele pode at

propor a ação de #o>e#i$eto, $as lá o pro#edi$eto #o$u$ ordiário.

F dao #ausado a ter#eiro dee ser o%jeto de de$ada por este ter#eiro. =igu$, de regra,

pode de$adar e$ o$e prCprio direito al>eio. Esse ter#eiro ão te$ relação jurdi#a #o$ a

seguradora, assi$ ai de$adar do #ausador do a#idete. F #ausador do a#idete ou deu#ia

a lide a seguradora ou, sedo #odeado, a#ioa atuará regressia$ete e$ $o$eto

prCprio.

"+ #ausas de #o%raça de >oorários dos pro"issioais li%erais, ressalado o disposto e$legislação espe#ial

F ue o pro"issioal li%eral V auele ue eer#e u$a pro"issão regula$etada por lei.

Ee$plo& /etista, $di#o, adogado, aruiteto.

F pro"issioal li%eral pode #o%rar os seus >oorários pelo pro#edi$eto su$ário

idepedete$ete do alor destes >oorários.

F adogado pode ter >oorários de (J 200.000,00. Be ele te$ #otrato ele ai ee#utá-lo, se

ão te$ #otrato #o%rará atráes de pro#edi$eto su$ário.

F aruiteto #oe#ioou (J 50.000,00 #o$o sua re$ueração. Be ão "oi pago esse alor, ele

poderá #o%rar e essa #o%raça dar-se-á pelo pro#edi$eto su$ário.

Do$ a ED 45 dis#utiu-se se essas açes propostas por pro"issioais li%erais seria$ de

#o$pet?#ia da Pustiça tra%al>ista ou da #o$u$.

F B@P já #osolidou etedi$eto de ue a >ipCtese de #o$pet?#ia da justiça #o$u$.

STJ Súmula nº 363 - Compete 3 Justiça estadual processar e julgar a

aç#o de cobrança ajui4ada por pro$issional liberal contra cliente+

A ação para >aer >oorários pode ser proposta por pro"issioal li%eral pessoa "si#a ou por

so#iedade uipro"issioal 'so#iedades #o$postas e#lusia$ete por pro"issioais li%erais. E&

so#iedade de adogados+.

g+ #ausas ue erse$ so%re reogação de doação

Eiste$ a lei #iil as >ipCteses de reogação de doação.

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Direito Processual Civil III

Be deter$ia o pro#edi$eto leado-se e$ #osideração o o%jeto da de$ada, o pedido. Be

o pedido de reogação de doação, o pro#edi$eto su$ário.

>+ os de$ais #asos preistos e$ lei.

BC tra$ita pelo pro#edi$eto su$ário a de$ada para ual a lei atri%ui este pro#edi$eto,

$as o rol de açes ue tra$ita$ pelo pro#edi$eto su$ário ão se eaure o i#iso do art.275.

:ode-se ter preisão a legislação etraagate.

Ee$plos. )ei 6.969T81 'esta%ele#e a utili!ação do pro#edi$eto su$ário para a ação de

usu#apião espe#ial rural+ )ei 10.257 'esta%ele#e a utili!ação do pro#edi$eto su$ário para as

açes de usu#apião espe#ial ur%ao+ /e#reto-lei 57T1937 'esta%ele#e o pro#edi$eto su$ário

para a ação de adjudi#ação #o$pulsCria+ )ei 4.886T65 'tra$ita$ pelo pro#edi$eto su$ário

as açes propostas pelo represetate #o$er#ial e$ "a#e do represetado+.

4. :(FDE/E=@F

4.1 A@FB =DAB

Do$o se deseole o pro#esso pelo pro#edi$eto su$ário

Do$o toda de$ada, se istaura $ediate a apresetação de u$a petição ii#ial. A petição

ii#ial o pro#edi$eto su$ário o%sera os reuisitos do art. 282 e 283. Bão os $es$os

reuisitos de u$a petição ii#ial #o$u$.

F art. 276 tra! algu$as espe#i"i#idades. Etão, al$ dos reuisitos dos arts. 282 e 283, a

petição ii#ial do rito su$ário dee o%serar as eig?#ias do art. 276, uais seja$&

a+ Be pretede a parte autora a produção de proa teste$u>al, já a petição ii#ial, so%

pea de pre#lusão, dee arrolar as teste$u>as.

Be a ii#ial o autor ão idi#a rol de teste$u>as, ele ão poderá produ!ir este tipo de proa.

%+ Be o autor deseja a produção de proa peri#ial, já a ii#ial dee tra!er, ta$%$ so%

pea de pre#lusão, a relação dos uesitos e a idi#ação de assistetes t#i#os.

#+ F autor ão ai pedir a #itação do ru para ueredo o"ere#er de"esa, $as si$ a

#itação do ru para ueredo #o$pare#er audi?#ia preli$iar.

Be a petição ii#ial #ot$ #io isaáel ela ai ser ide"erida li$iar$ete, a "or$a do art.

295. Be tier i#o saáel, dee ser possi%ilitada a e$eda, apli#ado-se, etão,

su%sidiaria$ete, o art. 284 do D:D.

Be a petição ii#ial estier regular o jui! a despa#>a, desigado data para a audi?#ia

preli$iar.

4.2 A/=DA :(E)=A(

A audi?#ia preli$iar dee ser desigada para pra!o ão superior a 30 dias do despa#>o

#itatCrio.

Esta%ele#e a lei ue despa#>ada a ii#ial >oje '23T05+, esta audi?#ia preli$iar te$ ue ser

$ar#ada at 23T06.

Be o ru "or a a!eda :%li#a >á a possi%ilidade de $ar#ação de audi?#ia para at 60 dias.

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Direito Processual Civil III

F autor está assitido por adogado, etão uado o despa#>o "or pu%li#ado ele to$a

#o>e#i$eto da data e$ ue a audi?#ia preli$iar irá a#ote#er.

F ru te$ ue ser #itado. /eter$ia a lei ue a #itação seja "eita #o$ ate#ed?#ia $i$a de

10 dias. Etre a data da #itação e a data da audi?#ia dee >aer u$ iteralo $i$o de 10

dias. Be "or ru a a!eda :%li#a, este iteralo deerá ser o $i$o de 20 dias.

V o ue di! o art. 277.

 rt+ I+ jui4 designar) a audi'ncia de conciliaç#o a ser reali4ada

no pra4o de trinta dias, citando-se o r.u com a anteced'ncia m*nima

de de4 dias e sob ad&ert'ncia pre&ista no > IO deste artigo,

determinando o comparecimento das partes+ Sendo r. a Fa4enda

Dública, os pra4os contar-se-#o em dobro+

Etão, se a ii#ial #ot$ #io isaáel será ide"erida. Be o #io saáel, a%re pra!o para

e$eda. Be ão >á #io, desiga-se audi?#ia de #o#iliação para o pra!o ão superior a 30dias, deedo o ru ser #itado #itado #o$ ate#ed?#ia de 10 dias. Be esse ru "or a a!eda

:%li#a, o pra!o ão superior a 60 dias, deedo o ru ser #itado #o$ ate#ed?#ia de 20.

Be eige esta ate#ed?#ia de 10 ou de 20 dias, porue esta audi?#ia, se ão >ouer a#ordo,

a$os ter e$ $esa o o"ere#i$eto de de"esa. V pre#iso ue eista$ pra!os $i$os etre a

#itação e a data da audi?#ia para ue o ididuo #ostitua adogado e ela%ore a sua de"esa.

:ara o parti#ular se etede ue 10 dias seria$ o su"i#iete. :ara a a!eda :%li#a 20 dias.

F pra!o da a!eda, o #aso, ão e$ uádruplo e si$ e$ do%ro.

Este pra!o pesado para "is de ia%ili!ação da ela%oração de de"esa. sto sigi"i#a di!er ue

ão sedo este pra!o o%serado ada i$pede ue o ru #o$pareça e #oteste se$ apresetar

ualuer ressala, >ipCtese a ual o #io estará #oalidado.

Ee$plo. F ru pode ser #itado a 7 dias da audi?#ia, $as se #ostituir adogado e

#o$pare#er e #otestar, o #io está saado.

=o pro#edi$eto su$ário eige-se o #o$pare#i$eto pessoal das partes audi?#ia.

F autor ai ter ue #o$pare#er pessoal$ete a essa audi?#ia, ão pode se "a!er represetar

por adogado, aida ue o adogado te>a poderes espe#iais para trasigir. V di"erete do ue

a#ote#e o rito ordiário. Be o autor ão #o$pare#e pessoal$ete, a >ipCtese de etição

do pro#esso se$ ea$e do $rito.

F ru ta$%$ dee #o$pare#er pessoal$ete. Be o ru ão #o$pare#e pessoal$ete, a

>ipCtese de de#reto de reelia.

:essoas jurdi#as e "ir$as idiiduais pode$ se "a!er represetar por preposto. A pessoa "si#a

te$ ue #o$pare#er pessoal$ete.

 rt+ I > ?O s partes comparecer#o pessoalmente 3 audi'ncia,

 podendo $a4er-se representar por preposto com poderes para

transigir+

Fra, se o#? etede ue pessoa "si#a e pessoa jurdi#a pode$ se "a!er represetar porpreposto "i#a se$ setido a parte ii#ial do parágra"o. E$ erdade o teto jurdi#o uer di!er

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Direito Processual Civil III

ue as pessoas "si#as dee$ #o$pare#er pessoal$ete, as pessoas jurdi#as e as "ir$as

idiiduais poderão #o$pere#er represetadas por preposto.

Uue$ o preposto F preposto o $adatário, algu$ ue o$eado pela pessoa jurdi#a

ou pela "ir$a idiidual para represetá-la o pro#esso. =o #a$po tra%al>ista eiste u$

posi#ioa$eto prealete de ue o preposto e#essaria$ete dee ser o e$pregado. Essera#io##io ão se apli#a ao #a$po #el.

F preposto u$ $adatário. V algu$ ue dee ter #o>e#i$eto dos "atos e ue dee ter

autoo$ia para de#idir, e$ espe#ial ao ue se re"ere a #ele%ração de trasação. :or$, este

sujeito, ão pre#isa e#essaria$ete ser e$pregado.

Uualuer pessoa #apa! pode ser preposto e a o$eação do preposto de dá atras de

do#u$eto #>a$ado de #arta de preposição.

F "ato de >aer a #arta de preposição já tora itrse#o ue a pessoa te$ poderes para

prati#ar todos os atos ue a parte poderia prati#ar.

Qá de ser registrado, aida, ue o adogado, por or$a do DCdigo de Vti#a, ão pode #u$ular

as "uçes de adogado e de preposto u$ $es$o pro#esso 'art. 23 do DCdigo de Vti#a e

/is#iplia da FAI+.

F adogado ou adogado ou preposto.

Io$, o #o$pare#i$eto pessoal. Be "alta o autor pro#esso etito se$ ea$e do $rito,

se "alta o ru de#reta-se a reelia.

Be a$%os 'autor e ru+ #o$pare#e$, o pri$eiro $o$eto, se tetará a #o#iliação. A

audi?#ia iaugural, i#lusie, pode ser #odu!ida por u$ #o#iliador.

 rt+ I > 9O conciliaç#o ser) redu4ida a termo e %omologada por

sentença, podendo o jui4 ser au/iliado por conciliador 

Be o a#ordo o%tido, ele redu!ido a ter$o e >o$ologado por seteça. E$ >ipCtese

#otrária 'tetada a #o#iliação e ão tedo ela sido o%tida+, e$ $esa >aerá a resposta do

ru. A resposta se dá pela ia de #otestação e esta #otestação poderá ser oral ou es#rita.

 rt+ IN+ A#o obtida a conciliaç#o, o$erecer) o r.u, na pr!pria

audi'ncia, resposta escrita ou oral, acompan%ada de documentos e

rol de testemun%as e, se re"uerer per*cia, $ormular) seus "uesitos

desde logo, podendo indicar assistente t.cnico+

Fs do#u$etos ue o ru deseja jutar dee$ es#oltar a #otestação.

=esta #otestação, se o ru deseja produ!ir proa teste$u>al, ele dee tra!er o rol de

teste$u>as, so% pea de pre#lusão.

Be Cs te$os por parte do ru o iteresse e$ produ!ir pora peri#ial, a prCpria #otestação

a$os ter a "or$ulação de uesitos e apresetação de assistetes t#i#os.

=ão #a%e o pro#edi$eto su$ário a re#oeção ou ação de#laratCria i#idetal. A edação

da de#laratCria i#idetal está o art. 280. Be eda-se o $eos 9Y de#laração i#idetal+, #o$

$uito $ais ra!ão eda-se o $ais 'a re#oeção+. Da%e, todaia, pedido dpli#e 'auele

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Direito Processual Civil III

pedido "or$ulado a #otestação #o$ %ase os $es$o "atos ue dera$ esejo a propositura

da ação+.

 rt+ IN > 9O 8 l*cito ao r.u, na contestaç#o, $ormular pedido em seu

 $a&or, desde "ue $undado nos mesmos $atos re$eridos na inicial+

as resposta do ru ão se resu$e a #otestação e eetual re#oeção. @e$os ta$%$ as

e#eçes istru$etais. F ru pode alegar i$pedi$eto ou suspeição do jui! e deerá "a!?-lo

uado o"ere#e resposta e$ $esa e a "or$a a $es$a do pro#edi$eto #o$u$ ordiário

'petição prCpria+. A e#eção de i#o$pet?#ia ta$%$ dee ser apresetada e$ $esa por

petiçao seperada, a ee$plo do ue o#orre #o$ a i$pugação assist?#ia judi#iária.

Qá dis#ussão o ue tage a i$pugação ao alor da #ausa. Qá ue$ de"eda ue a $atria

dee ser preli$iar de #otestação, porue alterado o alor da #ausa pode-se ter a prCpria

i$possi%ilidade de prossegui$eto pelo rito su$ário. Futros, #o$o Dal$o de :assos,

etede$ ue a i$pugação ao alor da #uasa dee ser "eita da $es$a "or$a e$ ue o

sus#itada o pro#edi$eto #o$u$ ordiário.

E$ stese, e#eçes istru$etais são apresetadas e$ $esa a "or$a e $ediate as regras

do pro#edi$eto #o$u$ ordiário. Qá #a$po de dis#ussão so$ete o ue se re"ere a

i$pugação ao alor da #ausa.

F"ere#ida a #otestação, pode ser ue o jui! eteda ue a #ausa eole #o$pleidade. Be ele

eteder ue a #ausa #o$plea, ele poderá #oerter o pro#edi$eto su$ário e$ ordiário.

A #o$pleidade se$pre pro%atCria, ja$ais jurdi#a. F jui! ão pode o%star o pro#edi$eto

su$ário poruato a dis#ussão jurdi#a seja u$a dis#ussão di"#il, ou o te$a #otroertido.

F ue o < do art. 277 per$ite ue se >ouer e#essidade de produção pro%atCria #o$plea,

de$orada, $iu#iosa, se "aça a #oersão do rito.

F jui! suspede, dará ao ru u$ pra!o para rpli#a, já >oue audi?#ia preli$iar 'tetatia de

#o#iliação+ e ele ai seguir pelo rito ordiário.

A #oersão do pro#edi$eto su$ário e$ ordiário $edida e#ep#ioal e so$ete se

 justi"i#a por $eio de de#isão "uda$etada idi#atia da #o$pleidade da lide, #o$pleidade

eer#ida se$pre o #a$po pro%atCrio.

=o #aso de #oersão, o re#urso e$ tese #a%el o agrao de istru$eto. =ão te$ setido o

agrao retido, porue uado ele "or julgado o rito já terá sido o%serado.

=ão sedo >ipotese de #oersão do rito, te$os ta$%$ e$ $esa o o"ere#i$eto da rpli#a,

a ual será e#essaria$ete oral.

A rpli#a será apresetada a prCpria audi?#ia, uado o autor ai "alar dos do#u$etos,

so%re o $rito e preli$iares pro#essuais.

Be ão >á e#essidade de outras proas, a $atria era e#lusia$ete de direito ou ão >á

proa outra ue ão a #otida os autos, aui $es$o e$ audi?#ia o jui! pro"ere a seteça.

V u$ pro#esso pesado para ter$iar e$ at 30 dias e se a a!eda :%li#a r, e$ tese

deeria ter$iar e$ at 60 dias.

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Direito Processual Civil III

ão >aedo e#essidade de proa peri#ial, ispeção judi#ial ou proa oral, te$os a prCpria

audi?#ia preli$iar o sete#ia$eto do "eito.

4.3 =B@(`F :(FDEBBA)

Be >ouer e#essidade de proas, iside o parágra"o 2* do art. 278.

 rt+ IN > IO Ha&endo necessidade de produç#o de pro&a oral e n#o

ocorrendo "ual"uer das %ip!teses pre&istas nos arts+ ?IK e ??7, e ,

ser) designada audi'ncia de instruç#o e julgamento para data

 pr!/ima, n#o e/cedente de trinta dias, sal&o se %ou&er determinaç#o

de per*cia+

Be pre#iso produção de proa oral o jui! ai desigar audi?#ia de istrução.

Etre audi?#ia preli$iar e audi?#ia de istrução ão dee$ tras#orrer $ais do ue 30 dias

'preo#upação do legislador #o$ a #eleridade+, salo a e#essidade de proa peri#ial. =essa

audi?#ia de istrução, serão #ol>idos depoi$etos pessoais e serão ouidas as teste$u>as.@udo e$ $esa. F%sera$-se, etão, as or$as do pro#edi$eto #o$u$ ordiário para a

#ol>eita de proa oral.

=o ue se re"ere ao pra!o etre a audi?#ia preli$iar e a de itrução, o legislador di! ue ele

ão dee superar 30 dias, salo a e#essidade de proa peri#ial.

E$ #aso de proa peri#ial o jui! deerá esta%ele#er u$ pra!o $aior para ue >aja te$po do

perito produ!ir a proa, o laudo apresetado e as partes to$e$ #o>e#i$eto deste laudo

ates da audi?#ia de istrução. F pra!o de 30 dias será e#essaria$ete dilatado se, al$ de

ser idispesáel a proa oral, >ouer e#essidade de produção de proa peri#ial. :ode >aer

e#essidade de ispeção judi#ial, #o$o ela istataea, ão >á ra!ão a justi"i#ar a dilação

deste pra!o de 30 dias.

Este pra!o de 30 dias etre a audi?#ia de #o#iliação e a de istrução se apli#a a todos,

i#lusie a a!eda :%li#a 'a pre#isão de do%ra o#orre e$ $o$eto aterior, e justi"i#a-se o

argu$eto da a!eda pre#isar de pra!o $aior para a ela%oração de de"esa+.

Fs pra!os são, #otudo i$prCprios. Bão pra!os ideais. =Cs sa%e$os ue o a#$ulo da

atiidade "orese ai i$pedir, e$ $uitos #asos, ue o jui! o%sere estes pra!os. uitas e!es

u$ pra!o ue seria de 30 dias a#a%a sedo de 90, o pra!o etre u$a audi?#ia e outra ue

seria de 30 dias a#a%a sedo de 4 $eses.

F pesa$eto teCri#o do legislador terá ue se a$oldar as possi%ilidades práti#as da ida.

4.4 BE=@E=`A E (ED(BFB

Dol>ida a proa oral, a$os ter os de%ates orais e apCs o pro"eri$eto de seteça.

As ra!es "iais serão se$pre orais.

A seteça, pre"ere#ial$ete, deerá ser pro"erida e$ $esa. Be assi$ ão o "or, deerá ser

pro"erida o pra!o $ái$o de 10 dias, de a#ordo #o$ a lei 'e$ #aráter e#ep#ioal, pode "a!er

os autos #o#lusos para o sete#ia$eto e$ 10 dias+.

 rt+ IN9 - Findos a instruç#o e os debates orais, o jui4 pro$erir)sentença na pr!pria audi'ncia ou no pra4o de de4 dias+

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Direito Processual Civil III

A seteça, se "or oral, #ostará a ata da audi?#ia, será ditada pelo jui!.

4.5 UEB@EB =AB

a+ tereção de ter#eiros o pro#edi$eto su$ário

Da%e itereção de ter#eiros o pro#edi$eto su$ário Art. 280 do D:D.A regra ão, $as eiste$ e#eçes.

 rt+ IN7+ Ao procedimento sum)rio n#o s#o admiss*&eis a aç#o

declarat!ria incidental e a inter&enç#o de terceiros, sal&o a

assist'ncia, o recurso de terceiro prejudicado e a inter&enç#o $undada

em contrato de seguro+

A regra ue ão seja #a%el a itereção de ter#eiros.

Be per$ite, todaia, a assist?#ia '$odalidade iteretia preista o art. 50 do D:D+, o

re#urso do ter#eiro prejudi#ado 'ue ada $ais do ue u$a $odalidade de assit?#ia+ e as

$odalidades iteretias "udadas e$ #otrato de seguro.

Be a ra!ão de ser da itereção de ter#eiros u$ #otrato de seguro, a a itereção de

ter#eiros será possel.

A deu#iação da lide será possel se "or "udada e$ #otrato de seguro. Ee$plo. Ação

idei!atCria por dao #ausado ao e#ulo. A"ora isso, para o#? ter deu#iação da lide dee

>aer #oersão do rito su$ário e$ ordiário. Be a$%as as partes estão de a#ordo ão te$

porue o jui! ão autori!ar a #oersão.

%+ tereção do iistrio :%li#o o pro#edi$eto su$ário

BC >aerá as >ipCteses de itereção do :.

:elo si$ples "ato do pro#edi$eto ser su$ário ão >á itereção do iistrio :%li#o.

:or$, esta itereção pode se torar e#essária se presete u$a das >ipCteses do art. 82.

teresse de $eor, por ee$plo.

#+ Ate#ipação de tutela

:ode ter lugar o pro#edi$eto su$ário, or$al$ete.

A ate#ipação de tutela u$ istituto geri#o, ada i$pedido ue propodo a ação pelo

rito su$ário ualuer das partes postule a ate#ipação dos e"eitos da tutela.

Aula 24T05T2011 'aula etra+

andado de euran-a

1. Dosideraçes gerais

2. /o i$petrate

3. Autoridade #oatora

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Direito Processual Civil III

4. :arte r

5. )iuide! e #erte!a do direito

6. Dasusti#a

7. :ra!o de#ade#ial

8. :ro#edi$eto

9. E#eção

Ii%liogra"ia para $adado de seguraça, ação #iil p%li#a e ação popular& Açes

#ostitu#ioais. Doordeado por redie /idier. Ed. Pus :odi$.

1. Dosideraçes gerais

F $adado de seguraça u$ pro#edi$eto espe#ial #el de ature!a #ote#iosa.Ele te$ preisão #ostitu#ioal. V u$ dos raros pro#edi$etos espe#iais ue te$ preisão

#ostitu#ioal. Essa preisão está o art. 5*, )\\ da D.

Art. 5*, )\\ da D& #o#eder-se-á $adado de seguraça para proteger direito

luido e #erto, ão a$parado por >a%eas #orpus ou >a%eas data, uado o resposáel pela

ilegalidade ou a%uso de poder "or autoridade p%li#a ou agete de pessoa jurdi#a o eer##io

de atri%uiçes do :oder :%li#o.

/o teto #ostitu#ioal Cs pode$os etrair algu$as #o#luses&

A pri$eira ue esse $adado de seguraça ão se presta tutela de ualuer

direito, $as a direito luido e #erto.

A seguda ue esse istru$eto '$adado de seguraça+ dire#ioado a ato

prati#ado por autoridade p%li#a ou ue$ l>e "aça as e!es. Etão, o $adado de seguraça,

a pretesão do i$petrate dire#ioada Ad$iistração :%li#a. /a se di!er ue o $adado

de seguraça u$a das "or$as de #otrole da Ad$iistração :%li#a. Be a Ad$iistração

:%li#a prati#a ou está a i$i?#ia de prati#ar algu$ ato ilegal ou a%usio, a "or$a de eitar a

práti#a do ato o $adado de seguraça preetio. A "or$a de des"a!er o ato, a"astado a

ilegalidade, o $adado de seguraça repressio.

F $adado de seguraça u$ pro#edi$eto espe#ial #el, te$ ature!a

#ote#iosa, tutela u$ direito espe#"i#o 'direito luido e #erto+. A pretesão do i$petrate

u$a pretesão ue será dire#ioada Ad$iistração p%li#a. :orue ue o legislador #olo#a

o $adado de seguraça a D Do$o u$ direito e garatia "uda$etal F ue o legislador

#ostituite etede ue se dee dar $eios e"etios ao ad$iistrado para de"eder os seus

iteresses e$ "a#e de ato ilegal prati#ada pela Ad$iistração :%li#a. /a a preo#upação do

legislador e$ garatir u$ pro#edi$eto e"etio.

F "ato do $adado de seguraça estar preista a #ostituição tra! duas

#oseS?#ias prati#as& 1+ as >ipCteses de utili!ação do B dee$ ser iterpretadas de "or$aetesia. Essa u$a t#i#a de >er$e?uti#a #ostitu#ioal. /ireitos e garatias

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Direito Processual Civil III

"uda$etais dee$ ser se$pre iterpretados etesia$ete. V $el>or ue o#? esteja

eer#edo u$ direito "uda$etal para al$ dos seus li$ites, do ue o#? esteja tol>edo o

eer##io de u$ direito "uda$etal. @odo e ualuer direito "uda$etal dee ser

iterpretado de "or$a etesia. /iate desse uadro poderão surgir, a práti#a, didas

a#er#a do #a%i$eto ou ão do B. A orietação $el>or a ser adotada o posi#ioa$eto,

essas >ipCteses, pela ad$issi%ilidade. Be u$ direito e garatia "uda$etal pre"erel

iterpretá-lo de "or$a etesia do ue tol>er u$ direito "uda$etal.

2+ di! respeito s restriçes i$postas o ordea$eto jurdi#o. F B te$ u$a

preisão #ostitu#ioal e o legislador #ostituite a#a%ou por idi#ar os ele$etos e#essários

para a utili!ação do B. Ele te$ lugar para proteger direito luido e #erto, #otra ato da Ad$

:%li#a. :ode ser usado ta$%$ #otra ato de parti#ular ue "aça as e!es do Ad$iistrador

p%li#o. Be o teto #ostitu#ioal tra! os ele$etos e#essários utili!ação do B, l#ito ue

por or$a i"ra#ostitu#ioal esse istituto te>a a sua a$plitude restrigida E$ li>a de

pri#pio, e u$ #a$po e$iete$ete teCri#o, a resposta seria egatia. A lei

i"ra#ostitu#ioal, e$ tese, ão pode li$itar o eer##io de garatias "uda$etais uado os

li$ites para o eer##io dessas garatias estão postas a Darta :olti#a. Etretato, seria

irresposa%ilidade $i>a di!er algo do tipo& toda e ualuer restrição a B, posta e$ or$as

i"ra#ostitu#ioais ão dee$ ser o%seradas, poruato i#ostitu#ioais. Eu digo isso

porue, $algrado essa seja a #o#lusão de#orrete da apli#ação de u$a teoria pura do direito,

e$ erdade Cs sa%e$os ue a lti$a #oisa ue se "a! o Bupre$o, apli#ar o direito de

"or$a pura. F direito apli#ado ao sa%or dos iteresses polti#os. /a porue o B@ já

#osolidou a #ostitu#ioalidade de u$a srie de restriçes utili!ação do B. E.& o B dee

ser i$petrado o pra!o de 120 dias #otados da #i?#ia do ato apotado #oator. A

 jurisprud?#ia já "ir$ou etedi$eto ue ão #a%e li$iar e$ B para #o$pesação de#rditos tri%utários. sso ão está a D. @odaia a$%as as restriçes estão su$uladas,

i#lusie. Uuato ao pra!o, s$ula 632 do B@, uato i$possi%ilidade de #o$pesação de

tri%utos ia li$iar, s$ula 212 do B@P. =ão á possel, ista da realidade, a"ir$ar ue toda

restrição de utili!ação do B i#ostitu#ioal. Be a or$a i"erior esta%ele#e restrição,

dee$os uestioar a #ostitu#ioalidade dessa restrição. F pri$eiro passo eri"i#ar se já >á

etedi$eto jurisprude#ial so%re a $atria. Be >á, a$os os ali>ar e$ relação a essa

 jurisprud?#ia do poto de ista práti#o, $algrado dea e possa ser ela #riti#ada. Be ão >á,

pre#iso ue se "aça u$ re"leão para ue se #>egue a u$a #o#lusão.

F B u$ pro#edi$eto espe#ial #el, de ature!a #ote#iosa, e, portato, sepresta tutela de direito luido e #erto. $ pro#edi$eto espe#ial #el o ual a pretesão

do i$petrate dire#ioada Ad$. :%li#a. $ pro#edi$eto espe#ial #el ue, e$ li>a de

pri#pio, se ia%ili!a u$ #otrole etero da Ad$ :%li#a pelo ad$iistrado, ou pelo #idadão.

$ pro#edi$eto espe#ial #el ue te$ preisão #ostitu#ioal, e dessa preisão

#ostitu#ioal, posta #o$o direito "uda$etal, de#orre$ essas 2 #oseu?#ias práti#as& a

e#essidade de u$a iterpretação etesia e$ relação >ipCteses de utili!ação do B 'a

dida, pro i$petrate, o ue se re"ere ad$issi%ilidade do pro#edi$eto+, e a e#essidade

de u$a aálise #rti#a e$ toro de or$as i"eriores ue, de ualuer $aeira, e>a$ a

restrigir a utili!ação do B.

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Direito Processual Civil III

2. /o i$petrate

F i$petrate o autor. V o sujeito ue aju!a o B. :ode$ "igurar #o$o autores o

pro#esso #iil a pessoa "si#a, ue det$ a #apa#idade de ser parte, pessoas jurdi#as. E$

relação s pessoas jurdi#as já >oue u$a dis#ussão o passado se elas poderia$ i$petrar B.

Qoje já ão >á $ais dida. :essoas jurdi#as pode$ i$petrar B. Fs etes "or$ais'despersoali!ados+ '#odo$io, espClio, $assa "alida+ te$ #apa#idade de ser parte. @e$

ta$%$ #apa#idade de ser parte o as#ituro. F as#ituro pode "igurar #o$o parte o pro#esso

 judi#ial. Esses são os ue pode$ ser parte o pro#esso #iil e$ geral. Aui já >á u$a

pe#uliaridade do B. =o B, al$ dessas pessoas pode$ ta$%$ ser i$petrate os Crgãos

despersoali!ados da ad$iistração p%li#a. sso ão a#ote#e e$ relação aos de$ais

pro#edi$etos. E.& i$agie$ u$a iatura do 19* %atal>ão de i"ataria ue se eole e$

u$ a#idete, #uja #ulpa "oi do parti#ular. V pre#iso propor u$a ação idei!atCria para

re#o$por o patri$Rio p%li#o. Uue$ ai "igurar #o$o autor essa ação a ião. :orue

so$ete ue te$ persoalidade jurdi#a pode propor a ação judi#ial. Etão, per#e%e-se ue

Crgãos despersoali!ados da Ad$ p%li#a ão pode$ "igurar #o$o parte os pro#esso

 judi#iais. Esse ra#io#io ão se apli#a ao B.

F B pode ser i$petrado por pessoa "si#a, por pessoa jurdi#a, por ete "or$al, por

as#ituro e ta$%$ por Crgão despersoali!ados da Ad$ :%li#a. =este lti$o #aso, %asta

apeas ue a i$petração te>a por o%jetio a de"esa de prerrogatias istitu#ioais do Crgão.

E.& a $esa do Beado i$petrou B #otra ato do B@ a DG$ara de ereadores de BBA

i$petrou B #otra ato do pre"eito. =esse #aso o B utili!ado #o$o u$ $eio de #otrole

itero da prCpria Ad$ :%li#a. A prCpria ad$ p%li#a %us#ado !elar pelo #u$pri$eto da

lei. sso se dá, ieuio#a$ete, uado se "ala a i$petração do B por Crgãos

despersoali!ados da Ad$.

=o ue se re"ere ao pClo atio, Cs te$os u$ #o#eito $ais a$plo daueles ue

pode$ ele "igurar, do ue auele ue Cs e#otra$os o pro#esso #iil, e$ geral.

3. Autoridade #oatora

Be$pre, e$ B, Cs tera$os u$a autoridade #oatora. A autoridade #oatora

autoridade p%li#a.

Autoridade todo auele ue te$ poder de de#isão releate e$ "a#e de ter#eiro.

@oda pessoa ue te$ poder de de#isão e$ "a#e de ter#eiro autoriadade. =e$ toda

autoridade p%li#a. E.& o ár%itro de "ute%ol u$a autoridade euato o jogo está se

deseoledo. BC ue ele ão autoridade p%li#a.

Autoridade p%li#a auele agete ue eer#e esse poder de de#isão e$ o$e da

ad$ p%li#a. F #leo da ad$ p%li#a a ad$ direta. @odo auele agete ue atua e$ o$e

da ião, Estados, ui#pios e /, ue te$ poder de de#isão releate e$ "a#e de ter#eiro,

e$ tese, autoridade p%li#a e pode ter os seus atos #otrolados pela ia do B. Zoerador,

:residete, /elegado da (e#eita ederal, u$ se#retário $ui#ipal são ee$plos de autoridades

p%li#as.

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Direito Processual Civil III

@odo auele ue atua e$ o$e da ad$ direta autoridade p%li#a, e$ tese, para

"is de B.

BC ue a iterpretação dee ser etesia. /ee-se a$pliar o #o#eito de ad$ p%li#a

ultrapassado os li$ites da ad$ direta. ltrapassado esse li$ite Cs te$os a ad$ idireta

'autaruias, "udaçes p%li#as+. Bão pessoas jurdi#as de direito p%li#o. Assi$, ue$ atuae$ o$e de autaruia ou de "udação p%li#a autoridade #oatora para "is de B. Assi$,

o#? pode i$petrar B #otra ato do #oordeador do #urso de graduação da /IA, e$ "a#e

de ato do superitedete do =BB daui de BBA, e$ "a#e de ato do diretor da udação Darlos

D>agas 'ue u$a "udação p%li#a "ederal+. Etão, autaruias e "udaçes p%li#as são

pessoas jurdi#as de direito p%li#o. /a porue as de#ises to$adas por seus agetes são

de#ises passeis de #otrole ia B.

Be "or$os a$pliar aida $ais esse uadro, a$os e#otrar #o$o ad$ p%li#a as

e$presas p%li#as e as so#iedades de e#oo$ia $ista. =a so#iedade de e#oo$ia $ista $ais

da $etade do #apital so#ial de titularidade do poder p%li#o. =as e$presas p%li#as atotalidade do #apital so#ial de titularidade do poder p%li#o. E$presas p%li#as e so#iedades

de e#oo$ia $ista são pessoas jurdi#as de direito p%li#o ou de direito priado As duas são

pessoas jurdi#as de direito priado. Agora, e$presas p%li#as e so#iedades de e#oo$ia

$istas estão sujeitas a u$ regi$e jurdi#o >%rido 'algus potos de direito p%li#o e outros de

direito priado+. E.& se a e$presa p%li#a ou a so#iedade de e#oo$ia $ista ai #otratar

"u#ioário ela te$ ue "a!er #o#urso se ai #o$prar isu$os, ai ter ue li#itar. as o

regra$eto, o ue se re"ere atiidade eer#ida, o $es$o regra$eto do parti#ular de

direito priado. A #aia e#oR$i#a "ederal u$a istituição "ia#eira. As $es$as regras ue

#uida$ de juros são apli#adas DE.

Do$o de"iir a distição de i#id?#ia do direito p%li#o e do direito priado =a

atiidade $eio a i#id?#ia de direito p%li#o. =a atiidade "i$, eteda-se atiidade

e#oR$i#a, a i#id?#ia do direito priado. Eu ão poderia ter or$a de direito p%li#o

i#idido so%re atiidade e#oR$i#a de e$presas p%li#as e so#iedades de e#oo$ia $ista

pois seão se iria iia%ili!ar a lire #o#orr?#ia. Da%e $adado de seguraça #otra ato de

gestor de e$presa p%li#a e so#iedade de e#oo$ia $ista /epede. =o #a$po de i#id?#ia

do direito priado ão. Atos ue di!e$ respeito a atiidade e#oR$i#a 'atiidade "i$+ ão

#a%e. =o #a$po do direito p%li#o #a%e 'atiidade $eio+.

V ilustratio o teto do < 2* do art. 1* da lei 12.016T2009.

Art. 1*, < 2*& =ão #a%e $adado de seguraça #otra os atos de gestão #o$er#ial

prati#ados pelos ad$iistradores de e$presas p%li#as, de so#iedades de e#oo$ia $ista e de

#o#essioárias de seriço p%li#o.

=ão #a%e B #otra os atos de gestão #o$er#ial. Ele ão disse ue ão #a%e B. BC

ão #a%e #otra os atos de gestão #o$er#ial. Fs atos de gestão #o$er#ial são #ara#teri!ados

pela i#id?#ia da dis#iplia do direito priado. A #otrário sesu, se >á a i#id?#ia da

dis#iplia do direito p%li#o, #a%e B.

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Direito Processual Civil III

B$ula 333 do B@P& Da%e $adado de seguraça #otra ato prati#ado e$ li#itação

pro$oida por so#iedade de e#oo$ia $ista ou e$presa p%li#a.

F #a$po de i#id?#ia desta s$ula já ão do direito priado, #o$o ato de gestão

#o$er#ial. F #a$po de i#id?#ia a do direito p%li#o.

Ba%er se #a%e B #otra ato prati#ado por gestor de e$presa p%li#a e de so#iedade

de e#oo$ia $ista, pressupe, ates de ualuer #oisa, idagar ual o tipo de or$a ue

regula$eta auele ato. Be auele ato regula$etado pelo direito priado, portato

atiidade-"i$, ão #a%e B. Be esse ato regido pelo direito p%li#o 'atiidade-$eio+, o B

#a%el. E.& se A ai a DE e pede para o gerete au$etar o li$ite do #>eue espe#ial dele, e

o gerete di! ue ão ai au$etar, ão #a%e B #otra esse ato. =o etato, se A aproado

e$ 1* lugar o #o#urso p%li#o e a DE, ao is de #oo#á-lo, #oo#a o 2* lugar, ele pode

i$petrar u$ B #otra esse ato.

F #o#eito de autoridade p%li#a aida pode ser a$pliado. At $es$o por "orça doteto da D. F i#iso )\\ do art. 5* da D ão li$ita o #o#eito de autoridade p%li#a ao agete

p%li#o. Esse i#iso "ala ta$%$ e$ represetates de pessoas jurdi#as o eer##io de

atiidades p%li#as. F parti#ular pode ter seus atos ata#ados por B se a atiidade eer#ida

por ele "or u$a atiidade p%li#a delegada.

B$ula 510 do B@& :rati#ado o ato por autoridade, o eer##io de #o$pet?#ia

delegada, #otra ela #a%e o $adado de seguraça ou a $edida judi#ial.

Eiste$ deter$iadas atiidades ue i#u%e$ ad$ p%li#a $as a ad$ p%li#a ão

as eer#e direta$ete. A ad$ as delega, e $uitas e!es essa delegação "eita a parti#ulares

'e.& "a#uldades parti#ulares age$ por delegação+. Esse parti#ular está eer#edo u$a "ução

p%li#a e #otra ele #a%e B.

=ão todo o ato do parti#ular ue desa"ia B. V pre#iso ue o parti#ular atue e$

o$e de u$a pessoa jurdi#a ue eer#e "ução p%li#a delegada e ue, #u$ulatia$ete,

auele ato diga respeito ao o%jeto da delegação. E.& egatia de $atr#ula e egatia de

#olação de grau são ee$plos de atos ue di!e$ respeito ao o%jeto da delegação. Agora, a

egatia de par#ela$eto de u$a dida do aluo para #o$ a "a#uldade ão ato ue está

ligado ao o%jeto da delegação 'esio superior+, e por isso ão desa"ia B.

A depeder da ature!a da delegação ai-se ter i"lu?#ia a #o$pet?#ia para

 julga$eto do B. B$ula 15 do etito @( '@ri%ual ederal de (e#ursos+.

B$ula 15 do @(& Do$pete Pustiça ederal julgar o $adado de seguraça #otra

ato ue diga respeito ao esio superior, prati#ado por dirigete de esta%ele#i$eto

#o$er#ial.

Esse B de #o$pet?#ia da Pustiça ederal porue a delegação de #o$pet?#ia

"ederal.

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Direito Processual Civil III

B$ula 60 do @(& #o$pete Pustiça ederal de#idir da ad$issi%ilidade do $adado

de seguraça i$petrado #otra ato de pessoas jurdi#as priadas ao argu$eto de estare$

agido por delegação do poder p%li#o.

Aui se #ria u$a situação iteressate& a depeder da ia pro#essual es#ol>ida, o#?

ai ter a #o$pet?#ia da justiça "ederal ou da justiça estadual. $agie$ ue u$ aluo daDBA) te>a sido puido #o$ u$a pea de suspesão. Be esse aluo i$petra u$ B, a

#o$pet?#ia da Pustiça ederal. =o etato, se esse aluo ajui!ar u$a ação ordiária ou u$a

ação #autelar, para %us#ar u$a orde$ ue eite o #u$pri$eto da pea, a a #o$pet?#ia ai

ser da justiça estadual porue estas regras das s$ulas estão restritas ao $adado de

seguraça.

F%s.& o #aso da =EI si$ilar da DBA).

/i"ereça etre atiidade delegada e atiidade autori!ada.

/elegada auela atiidade ue i#u$%iria ao poder p%li#o. =o G$%ito da

delegação, o B possel. A atiidade autori!ada '"is#ali!ada+ auela ue autori!ada pelo

poder p%li#o. Elas sC "u#ioa$ #o$ essa autori!ação e "is#ali!ação '%a#os, plaos de sade,

seguradoras+. As atiidades "is#ali!adas ão são de #o$pet?#ia do Estado. =o #a$po das

atiidades autori!adas ão #a%e B.

A lei 12.016 a$pliou aida $ais esse #o#eito de autoridade p%li#a '< 3* do art. 1*+

Art. 1*, < 1* da lei 12.016& Euipara$-se s autoridades, para os e"eitos desta lei, os

represetates ou Crgãos de partidos polti#os e os ad$iistradores de etidades autárui#as,

%e$ #o$o os dirigetes de pessoas jurdi#as ou as pessoas aturais o eer##io de atri%uiçesdo poder p%li#o, so$ete o ue disser respeito a essas atri%uiçes.

:artido polti#o pessoa jurdi#a de direito priado. algrado isso, a lei 12.016

ioou para eteder ue os atos prati#ados por represetates de Crgãos de partidos

polti#os pode$ ser i$pugados pela ia do B.

Em tese, "ode ser autoridade coatora, "ara fins de , "essoas com "oder de

decisão e o exercem em nome da adm direta, de autar>uias e funda-es "!%licas, de

em"resas "!%licas e sociedades de economia mista, no $m%ito de incid?ncia do direito

"!%lico, os "articulares >ue exercem atividade deleada e &rãos ou re"resentantes de"artidos "olíticos.

=a práti#a, pre#iso ideti"i#ar ue$ a autoridade #oatora. Uue$ ue dee

"igurar #o$o autoridade i$petrada /eter$iado #a$i>ão trasita por estrada estadual. $

agete de tri%uto para o #a$i>ão e pede ota "is#al do DB. F agete "is#al dee autuar o

$otorista e li%erá-lo. BC ue a práti#a ele prede o #a$i>ão, prede o $otorista, et#. Esse

agete de tri%uto ue predeu ilegal$ete a #arga e o #a$i>ão a autoridade #oatora Ele

de#ide ue$ apreede e ue$ ão apreede Ele #u$pre ordes. Qá u$a di"ereça etre o

$ero ee#utor do ato e a autoridade #oatora. =o $adado de seguraça o#? dee ideti"i#ar

ue$ a autoridade ue te$ poder de de#isão, e ão o $ero ee#utor da orde$.

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Direito Processual Civil III

Qelf )opes eirelles di! ue autoridade #oatora ue$ te$ o poder de prati#ar o

ato uado a ra!ão de ser da i$petração a aus?#ia de práti#a desse ato, e te$ o poder de

des"a!er o ato, uado o ato já "oi prati#ado.

Do$o ue eu ou sa%er ue$ ue te$ o poder para prati#ar ou para des"a!er o

ato ad$ Está a lei. =a ad$ p%li#a ige o pri#pio da legalidade. @odas as #o$pet?#iasestão postas e$ or$as. As #o$pet?#ias das autoridades estão as or$as. Be essa

autoridade prati#a u$ ato ue tras%orda de sua #o$pet?#ia, #a%e o B, e$ tese.

Ba%er ue$ pode e ue$ ão pode prati#ar o ato pressupe sa%er as or$as ue

regula$ a ad$ p%li#a. =o #a$po do direito ad$, toda #o$pet?#ia de#orre de or$a. Etão,

eri"i#ar a autoridade #oatora pressupe o estudo dessas or$as.

brgãos #olegiados. uitas e!es o#? te$ atos prati#ados por Crgãos #olegiados.

=esse #aso, a autoridade i$petrada o prCprio #olgio. Agora, o #olgio ai ser represetado

a "or$a ue deter$ia o seu regi$eto, estatutos, e or$al$ete a represetação dopresidete. V euio#ado se di!er ue o presidete ai se$pre represetar o #aso de Crgãos

#olegiados.

Ato ad$iistratio #o$pleo. F ato ad$iistratio #o$pleo auele e$ ue $ais

de u$a otade e#essária para #o"iguração do ato. Ato se tora per"eito #o$ a

#oerg?#ia de otade de 2 ou $ais agete p%li#o. =e>u$ dos agetes so!i>o pode

prati#ar o ato. as se o#? te$ a otade de 2 ou $ais agetes, a o ato se tora per"eito. @oda

e! ue o ato ad$ "or #o$pleo, a i$petração do B deerá ser dire#ioada uelas

autoridades #ujas otades leara$ #osu$ação do ato. Be são 2, as 2 dee$ ser as

autoridade #oatoras e assi$ por diate.

4. :arte r

$petra-se B #otra o ato de autoridade p%li#a. F i$petrado ão ru o B.

;a$os supor ue deter$iada e$presa i$petra u$ B #otra ato do delegado da (e#eita

ederal de BBA. Essa e$presa susteta ue deter$iado tri%uto i#ostitu#ioal e ue ela

te$ re#eio de, parado de re#ol>er o tri%uto, o delegado da re#eita "ederal a autue. Ela etão

i$petra u$ B preetio, #otra ato da re#eita "ederal. V possel "alar e$ delegado da

re#eita "ederal #o$o ru desse pro#esso Uue$ parte legiti$a para "igurar a relação

 jurdi#a pro#essual As partes legiti$adas para "igurar a relação jurdi#o-pro#essual, e$ tese,

são auelas ue "igura$ #o$o partes a relação de direito $aterial litigiosa. A e$presa

preteso sujeito passio da relação-jurdi#o tri%utária e a uião o preteso sujeito atio,

esse #aso. F #ulo de direito $aterial etre a ião e a e$presa. V a ião ue ai "igurar

#o$o r o B.

A autoridade p%li#a "igura o pro#esso #o$o agete #oator '#o$o autoridade

i$petrada+. Agora, ão >á relação jurdi#a de direito $aterial etre o i$petrate e a

autoridade i$petrada. E$ erdade, a relação jurdi#a de direito $aterial etre o i$petrate e

a pessoa jurdi#a ual está i#ulada a autoridade i$petrada. /a se di!er ue a autoridade

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Direito Processual Civil III

i$petrada ão ru o B. ( o B a pessoa jurdi#a ual está i#ulada a autoridade

i$petrada. 'art. 7*, e da lei 12.016+

Art. 7* Ao despa#>ar a ii#ial, o jui! ordeará&

-ue se oti"iue o #oator do #otedo da petição ii#ial, eiado-l>e a seguda iaapresetada #o$ as #Cpias dos do#u$etos, a "i$ de ue, o pra!o de 10 'de!+ dias, preste as

i"or$açes

-ue se d? #i?#ia do "eito ao Crgão de represetação judi#ial da pessoa jurdi#a

iteressada, eiado-l>e #Cpia da ii#ial se$ do#u$etos, para ue, ueredo, igresse o

"eito

F B se$pre i$petrado #otra ato de autoridade. algrado se idiue a

autoridade ue prati#ou o ato ou está a i$i?#ia de prati#á-lo, ue$ "igura #o$o ru a

pessoa jurdi#a ual ela 'autoridade+ está i#ulado. Essa pessoa jurdi#a ai ser D@A/A, para,

ueredo, o"ere#er de"esa.

Art. 6* da lei 12.016& A petição ii#ial, ue deerá pree#>er os reuisitos

esta%ele#idos pela lei pro#essual, será apresetada e$ duas ias #o$ os do#u$etos ue

istrure$ a pri$eira reprodu!idos a seguda e idi#ará, al$ da autoridade #oatora, a

pessoa jurdi#a ue esta itegra, ual se a#>a i#ulada ou da ual eer#e atri%uiçes.

F papel da autoridade #oatora di!er se prati#ou ou ão prati#ou o ato porue

prati#ou ou ão prati#ou. A de"esa #a%e ao ru.

=ão >á litis#osCr#io etre a autoridade #oatora e a pessoa jurdi#a ual estái#ulada porue a autoridade #oatora ão parte. Ela ão "igura a relação de direito

$aterial litigiosa.

A autoridade #oatora ão parte e, e$ tese, ão te$ o direito de re#orrer. =o

etato a lei do B per$ite a ela 'autoridade #oatora+ o direito de re#orrer 'art. 14,<2*+.

Art. 14, <2*& Estede-se autoridade #oatora o direito de re#orrer.

Be a autoridade #oatora "osse parte ou litis#osorte ão >aeria porue se ter esse

<2* do art. 14. A lei estede esse direito a ele 'autoridade #oatora+ porue ele agete p%li#o

e pode ir a ser resposa%ili!ado regressia$ete. /a e$erge o iteresse jurdi#o ueautori!aria o seu iteresse jurdi#o #o$o ter#eiro eetual$ete prejudi#ado.

Doseu?#ias jurdi#as da errRea de"iição das partes o B. Be >á u$ erro a

idi#ação da parte, >aerá a ilegiti$idade passia, >aerá #ar?#ia de ação e se etiguirá o

pro#esso se$ ea$e do $rito.

Agora, se a autoridade #oatora "osse parte, a resposta seria a de ilegiti$idade passia

e proto. BC ue a autoridade #oatora ão parte.

A errRea idi#ação da autoridade #oatora pode ão tra!er #oseS?#ia e>u$a

para o pro#esso se "or possel apli#ar a teoria da e#a$pação. A teoria da e#a$pação surge

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Direito Processual Civil III

o G$%ito do B@. Ela parte da pre$issa de ue, i$petrado o B, #otra autoridade

>ierarui#a$ete superior uela ue prati#ou o ato, se esta autoridade >ierarui#a$ete

superior prestar as i"or$açes, o pro#esso segue #otra ela, porue essa autoridade superior

estaria e#a$pado o ato. E.& o diretor da /IA prati#a deter$iado ato. Ele ti>a poder

para prati#ar o ato. A e$ algu$ e i$petra u$ B #otra ato da reitora da IA. A reitora

e$ ao pro#esso e presta as i"or$açes justi"i#ado a práti#a do ato ou epli#ado e$ ue

#oteto o ato "oi prati#ado. A jurisprud?#ia etede ue a reitora a autoridade

>ierarui#a$ete superior e ela pode "alar pelo represetate de u$a uidade e ela eer#eu o

papel ue se esperaa desse #>e"e de uidade. Ela, etão, e#a$pou o ato e o B agora segue

#otra ela.

=a teoria da e#a$pação Cs te$os a idi#ação euio#ada da autoridade

i$petrada. Esta autoridade i$petrada ue idi#ada erroea$ete superiora >ierárui#a

dauela autoridade ue deeria ser idi#ada #o$o autoridade i$petrada. =essa #odição de

autoridade superior >ierárui#a ela presta as i"or$açes. Assi$, o B segue #o$ essa

autoridade >ierarui#a$ete superior.

:ara ue >aja a teoria da e#a$pação e#essário ue a autoridade erroea$ete

idi#ada seja >ierarui#a$ete superior uela ue deeria ser apotada, e ue,

#u$ulatia$ete, te>a prestado as i"or$açes.

A autoridade >ierarui#a$ete i"erior ue deeria ser idi#ada pode atuar #o$o

assistete o B, uado a autoridade >ierarui#a$ete superior a ela e#a$par o ato.

Qá situaçes e$ ue ão se pode apli#ar a teoria da e#a$pação. :ode ser ue ão

>aja o #ulo de >ieraruia etre as autoridades, e pode ser ue >aedo, a ideida$eteidi#ada ão te>a prestado as i"or$açes ou te>a de#liado o des#a%i$eto de

i"or$açes l>e sere$ eigidas. E.& Algu$ te$ u$ pro%le$a #o$ a dis#iplia pro#esso do

tra%al>o. A a pessoa ai e #otrata u$ adogado ue i$petra u$ B #otra ato do #>e"e de

departa$eto de direito p%li#o. F #>e"e de departa$eto di! ue a IA a $atria

pro#esso do tra%al>o está i#ulada ao departa$eto de direito priado e di! ue ada te$ a

prestar de i"or$açes. =esse #aso, ão será possel apli#ar a teoria da e#a$pação.

=esse #aso, uado ele i$petra o B #otra o #>e"e do departa$eto de direito

p%li#o ele está de$adado a IA. Be ele i$petrasse #erto o B e idi#asse o #>e"e do

departa$eto de direito priado ele ta$%$ estaria de$adado a IA #o$o ru. Eu posso"alar e$ ra!ão do erro da autoridade i$petrada e$ ilegiti$idade passia =ão.

Etão, uado >á a idi#ação errRea da autoridade i$petrada, $as a$%as as

autoridades 'auela ue "oi ideida$ete idi#ada e auela ue deeria ser o$eada+ estão

i#uladas $es$a pessoa jurdi#a, eu ão te>o ilegiti$idade passia. =esses #asos, o jui!

poderá, i#lusie de o"#io, deter$iar a e#lusão dauela autoridade ue "oi ideida$ete

idi#ada e a oti"i#ação da autoridade #orreta. =esse #aso ão >á ilegiti$idade de parte. Qá

u$a $era irregularidade a idi#ação da autoridade #oatora.

F sujeito i$petra u$ B #otra u$a autoridade uado o #orreto seria i$petrar o

B #otra outra autoridade e as autoridades estão i#uladas a pessoas jurdi#as distitas. Ele

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Direito Processual Civil III

uer dis#utir a ieigi%ilidade de #erta #otri%uição preide#iária. $petra o B, #otra ato do

Buperitedete do =BB a Ia>ia. as o #orreto seria #otra o delegado da (e#eita ederal,

e$ irtude das or$as da super re#eita. Da%e ao delegado da re#eita "ederal o re#ol>i$eto e

"is#ali!ação de todo e ualuer tri%uto, aida ue de ature!a preide#iária. /eedo

i$petrar B #otra ato do delegado da re#eita "ederal e, portato, de$adar a ião, esse

ididuo, uado i$petra B #otra ato do Buperitedete do =BB a Ia>ia está

de$adado o =BB. =esse #aso >á ilegiti$idade de parte. Esse #io isaáel. A si$, se

terá a etição do pro#esso se$ ea$e do $rito.

=ão sedo possel o prossegui$eto do B e$ ra!ão de apli#ação da teoria da

e#a$pação, a 2 #a$i>os ão ser posseis& ou as autoridades estão i#uladas $es$a

pessoa jurdi#a, #aso e$ ue o jui!, aida ue de o"#io, deter$iará a #orreção da autoridade,

ou elas estão i#uladas a pessoas jurdi#as distitas, >ipCtese e$ ue irá a"lorar a

ilegiti$idade de parte.

5. )iuide! e #erte!a do direito

=ão ualuer direito ue se tutela pela ia do B, $as so$ete auele direito

luido e #erto. F ue seria u$ direito luido e #erto A pri$eira deli$itação ue se deu a

esse #o#eito era a de ue direito luido e #erto seria auele direito e$ toro do ual ão

eistiria$ $aiores dis#usses. Qelf )opes eirelles, es#reedo os aos 60, #>egou a de"iir

o direito luido e #erto #o$o auele direito isel ou a"erel pelo jurista $dio. =ão >aedo

$aiores idagaçes e$ toro da eist?#ia do direito ão eistido #otrorsias

sigi"i#atias, o direito seria luido e #erto.

F pro%le$a desta #o#eituação de direito luido e #erto di! respeito ao "ato de ue

o direito se$pre se presu$e #o>e#ido do jui! 'iuris oit #uria+. E se o direito se$pre

#o>e#ido do jui! #o$o ue ele poderia se "urtar ao pro#essa$eto do B, $or$ete sedo

este B u$a garatia #ostitu#ioal, ao argu$eto de ue ão #osegue eergar #o$ #lare!a

o eetual direito. V u$ #otrasseso. Be$ #otar ue esta deli$itação de liuide! e #erte!a

"eita so% esses parG$etros te$ u$a #arga de su%jetiidade. :orue eergar #o$ $aior ou

$eor isi%ilidade o direito, algo ue passa pelo grau e área de "or$ação do jui!.

Eteder o direito luido e #erto #o$o sedo u$ direito isel algo ue ão se

#oadua #o$ o $el>or direito. Ao logo do te$po essa idia "oi sedo a"astada, e >oje Cs

ão te$os $ais essa idia de direito luido e #erto #o$o direito de eid?#ia, $algrado o

leigo aida utili!e a epressão luido e #erto para idi#ar u$ direito ue l>e pare#e eidete

ou i#otestáel.

F B@ já a"astou essa #o#eituação #o$o sedo direito eidete, ao editar a s$ula

625.

B$ula 625 do B@& Dotrorsia so%re $atria de direito ão i$pede #o#essão de

$adado de seguraça.

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Direito Processual Civil III

Etão, se #otrorsia so%re $atria de direito ão i$pede #o#essão de $adado

de seguraça, porue o direito luido e #erto ão , e#essaria$ete, auele direito

eidete.

F direito luido e #erto >oje e$ dia auela situação a ual os "atos apresetados

#o$o #ausa de pedir estão #o$proados de plao, do#u$etal$ete. )iuide! e #erte!a u$#o#eito pro%atCrio. Qaerá direito luido e #erto uado os "atos apresetados pelo

i$petrate, #o$o #ausa de pedir, já são, do#u$etal$ete, #o$proados #o$ a petição

ii#ial. Qaedo direito luido e #erto o pedido pode ser julgado pro#edete ou i$pro#edete.

=ão >aedo direito luido e #erto, o pro#esso ai ser etito se$ ea$e do $rito.

A a"erição de liuide! e #erte!a do direito algo ue passa e#lusia$ete pela

aálise de proa. @oda de$ada te$ #ausa de pedir. Be os "atos ue #o$pe$ esta #ausa de

pedir estão #o$proados do#u$etal$ete, Cs te$os a liuide! e #erte!a do direito. Be esses

"atos ão estão #o$proados do#u$etal$ete, Cs ão te$os direito luido e #erto. F

i$petrate, uado aju!a o B, ai apresetar u$a #ausa de pedir, ue #orrespode,e#essaria$ete a "atos. Be ele proa esses "atos, eu pro#esso o B. Eu re#o>eço a liuide! e

#erte!a do direito, e$ ue pese ele possa ter ou ão o direito. sso $atria de $rito.

(eputa-se, etão, luido e #erto o direito, para "is de B, uado os "atos

apresetados pelo i$petrate, #o$o #ausa de pedir, se e#otra$ do#u$etal$ete

#o$proados #o$ a petição ii#ial. Be "alta direito luido e #erto, a >ipCtese de etição do

pro#esso se$ ea$e do $rito.

B$ula 304 do B@& /e#isão deegatCria de $adado de seguraça, ão "a!edo

#oisa julgada #otra o i$petrate, ão i$pede o uso da ação prCpria.

Essa s$ula uer di!er ue a de#isão ue ão ad$ite o pro#essa$eto do B 'por

ee$plo, a ue "alta direito luido e #erto+ ão "a! #oisa julgada, e, portato ão i$pede o

ajui!a$eto da ação prCpria 'o #aso u$a ação ordiária, e$ li>a de pri#pio+.

:ara ue >aja direito luido e #erto pre#iso ue >aja proa pr-#ostituda dos

"atos alegados pelo i$petrate. A eig?#ia, todaia, dessa proa pr-#ostituda, ão

a%soluta. Fu o i$petrate tra! #o$ a petição ii#ial, do#u$etos ue #o$proa$ todos os

"atos ue ele alega, ou, e$ petição ii#ial ele pode alegar ue essa do#u$etação se e#otra

e$ poder da ad$ p%li#a, ou da autoridade i$petrada e ue >oue egatia de "ore#i$eto.

=este #aso o jui! pro#essa o B e ai deter$iar autoridade p%li#a ou autoridade

i$petrada ue traga os do#u$etos. 'art. 6*, <<1* e 2* da lei 12.016+.

< 1o =o #aso e$ ue o do#u$eto e#essário proa do alegado se a#>e e$

repartição ou esta%ele#i$eto p%li#o ou e$ poder de autoridade ue se re#use a "ore#?-lo

por #ertidão ou de ter#eiro, o jui! ordeará, preli$iar$ete, por o"#io, a ei%ição desse

do#u$eto e$ origial ou e$ #Cpia aut?ti#a e $ar#ará, para o #u$pri$eto da orde$, o

pra!o de 10 'de!+ dias. F es#rião etrairá #Cpias do do#u$eto para jutá-las seguda ia da

petição.

< 2o Be a autoridade ue tier pro#edido dessa $aeira "or a prCpria #oatora, a

orde$ "ar-se-á o prCprio istru$eto da oti"i#ação.

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Direito Processual Civil III

A eig?#ia do direito luido e #erto ão a%soluta. Alegado o i$petrate ue o

do#u$eto ão ei%ido porue se e#otra e$ poder da autoridade i$petrada ou da ad$

p%li#a, e >á re#usa de apresetação, este #aso o jui! pro#essará o B, deter$iado a

ei%ição desses do#u$etos, a "or$a dos <<1* e 2* do art. 6* da lei 12.016.

=ão todo direito luido e #erto ue ai ser tutelado por B. Bo$ete o direitoluido e #erto ão a$parado por >a%eas #orpus e >a%eas data. @ato o >a%eas #orpus, uato

o >a%eas data, uato o B se presta$ tutela de direitos luidos e #ertos. F >a%eas #orpus

ao direito luido e #erto de ir e ir. F >a%eas data ao direito luido e #erto de ter a#esso s

i"or$açes #ostates e$ %a#os de dados e o%ter as reti"i#açes dessas i"or$açes. F B

a tutela de todo e ualuer direito luido e #erto. V C%io ue se eu te>o u$a ia espe#"i#a

para proteção de direitos luidos e #ertos espe#"i#os, eu ão posso $e aler da ia geri#a.

A eist?#ia de u$ pro#edi$eto espe#ial ou espe#"i#o para #erta situação e#lui a

possi%ilidade de utili!ação da ia geri#a. /a a prCpria D di!er ue são tuteláeis ia B

direitos luidos e #ertos ão a$parados por >a%eas #orpus e >a%eas data. F B ão eige

urg?#ia. F de"eri$eto de li$iar e$ B pressupe urg?#ia. as >á #asos e$ ue ão >á

urg?#ia e>u$a.

6. Dasusti#a

Bão situaçes ue $ere#e$ ser aalisadas, porue são situaçes e$ toro das uais

eiste$ deter$iadas dis#usses e se "a! #erta #o"usão.

A pri$eira delas di! respeito utili!ação do B #otra lei e$ tese ou ato or$atio.

Essa $atria está re"erida a s$ula 266 do B@.

B$ula 266 do B@& =ão #a%e $adado de seguraça #otra lei e$ tese.

As pessoas #ostu$a$ "a!er algu$a #o"usão uado l?e$ esta s$ula. Dostu$a$

l?-la assi$& e$ tese, ão #a%e $adado de seguraça #otra lei.

E$ erdade a epressão Le$ teseO utili!ada para de"iir o tipo or$atio. A or$a,

ou te$ #aráter a%strato ou ela te$ e"eitos #o#retos. =or$al$ete a or$a te$ e"eito

a%strato 'o#? te$ a preisão de u$ #o$porta$eto, a #oseS?#ia para auele

#o$porta$eto. Qaedo o #o$porta$eto o#? ai "a!er i#idir a #oseS?#ia+.

Eata$ete porue a or$a te$ e"eitos a%stratos, se te$ a i$possi%ilidade do B #otra o

ato #osistete a edição da or$a. Esta or$a de e"eitos a%stratos o ue se #>a$a de lei

e$ tese. E.& supo>a$ ue se edite o G$%ito "ederal u$a lei ue esta%eleça ue todo

seridor p%li#o $eor de 35 aos ai pagar #otri%uição preide#iária do%rada. Essa lei

u$a lei e$ tese. V u$a or$a a%strata. ;o#? ai ter algu$ ue ai dar apli#a%ilidade a esta

lei. ;ai ter algu$ ue ai eri"i#ar ue$ te$ $ais e ue$ te$ $eos do ue 35 aos e ai

"a!er as reteçes preide#iárias de a#ordo #o$ a or$a. :orue a lei preide#iária e$ tese

ão pode ser ata#ada por B :orue a edi-ão da lei não causa lesão. 5 >ue causa lesão * o

cum"rimento do comando normativo "elo destinatário deste comando.   Etão, se eu sou

"u#ioário da IA e te>o $eos de 35 aos, eu ou ter a possi%ilidade do des#oto ser

"eito e$ do%ro e$ $eu paga$eto e eu i$petrar u$ B repressio, ou, etão, diante da

edi-ão da lei e o surimento de um fundado receio de >ue o desconto "revidenciário se/a

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Direito Processual Civil III

do%rado, e, "ortanto, eu im"etro um "reventivo. Eu ão posso i$petrar u$ B #otra u$ 

ato #osistete a edição da or$a, porue a or$a, por si sC, ão #ausa lesão. Eu ou ter ue

dire#ioar a i$petração #otra auele agete ue deu #u$pri$eto or$a 'se o B

repressio+ ou pretedido e$ "a#e do $es$o agete uado ele assi$ ão pro#eda.

V di"erete da or$a de e"eitos #o#retos. $agie ue o goerador pu%liue u$de#reto eoerado o "u#ioário \. F de#reto or$a. as u$a or$a de e"eitos

#o#retos. :u%li#ou a$a>ã e ele já está eoerado. =ão pre#isa e>u$ agete para apli#ar a

or$a ao #aso #o#reto. =esse #aso, o prCprio ato #osistete a edição da or$a pode ser

i$pugado ia B.

@ato e$ relação s or$as de e"eito #o#reto, uato e$ relação s or$as de

e"eito a%strato, #a%e B. @udo ai depeder do dire#ioa$eto da i$petração.

A seguda situação di! respeito a B #otra atos ad$iistratios sujeitos a re#urso.

'art. 5*, da lei 12.016+.

Art. 5o =ão se #o#ederá $adado de seguraça uado se tratar&

- de ato do ual #ai%a re#urso ad$iistratio #o$ e"eito suspesio,

idepedete$ete de #aução

:ela D igete eu posso i$pedir algu$ de ir ia judi#ial, poruato esse sujeito

dea ates, preia$ete, eaurir a ia ad$iistratia =ão. Eu te>o o direito de ação e a

li%erdade de eer##io desse direito de ação. A or$a di! ue ão possel a utili!ação do B

se eu te>o re#urso, esse re#urso te$ e"eito suspesio e a sua iterposição idepede de

#aução. BC possel eteder esse artigo, etededo >istori#a$ete a ra!ão dele. @etoid?ti#o estaa a lei 1533 de 51, ue era a lei atiga do B. @odas as #ostituiçes

#odi#ioaa$ a utili!ação da ia judi#ial ao eauri$eto da ia ad$iistratia. Etão, at a

ig?#ia da D de 88 a iterpretação era literal $es$o. Do$ a D de 88 Cs te$os ue %us#ar a

iterpretação #o"or$e. F ato ad$ #o$porta re#urso. F re#urso te$ e"eito suspesio e

idepede de #aução. Eu posso ão "a!er uso do re#urso ad$ e i$petrar o B :osso. Agora,

eu posso, laçar $ão do re#urso ad$, ue te$ e"eito suspesio e idepede de #aução, e

%us#ar a $es$a #oisa ue eu %us#o ia re#urso, #o$ o B =ão. altará iteresse de agir. A

iterpretação #orreta essa. Eu posso ou ão optar pelo re#urso ad$. Fptado pela ia

 judi#ial se$ utili!ar o re#urso ad$, o $eu B ai ser pro#essado trauila$ete. F ue eu ão

posso re#orrer ad$iistratia$ete e %us#ar, ia B, o atedi$eto da $es$a pretesão

ue eu %us#o o re#urso ad$. altaria iteresse de agir, a su%-esp#ie e#essidade. Agora,

pode ser ue eu te>a re#urso ad$, e esse re#urso ão te>a e"eito suspesio. Eu uso o

re#urso ad$. Eu posso i$petrar B para %us#ar o $es$o "i$ ue eu %us#o o re#urso =ão.

alta ta$%$ iteresse de agir. F ue eu posso i$petrar u$ B para o%ter o e"eito

suspesio ue o re#urso ão te$. A $es$a #oisa o #au#ioa$eto. Eu posso i$petrar o B

para garatir o pro#essa$eto do re#urso, idepedete$ete de #aução.

Etão, são 3 as situaçes ue eu posso ter&

- eu te>o o re#urso ad$ #o$ e"eito suspesio, idepedete$ete de #aução, ão

uso do re#urso e ou para a ia judi#ial o B

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Direito Processual Civil III

- eu uso o re#urso ue te$ e"eito suspesio e idepede de #aução. Eu ão posso

i$petrar o B euato o re#urso ão seja julgado, porue $e "altará o iteresse de agir

- eu te>o o re#urso e utili!o o re#urso, $as esse re#urso ão te$ e"eito

suspesio. Eu ão posso %us#ar o B a re"or$a da de#isão ad$, porue isso eu estou

%us#ado o re#urso. as eu posso, ia B, %us#ar a atri%uição de e"eito suspesio aore#urso. F $es$o ra#io#io a uestão do #au#ioa$eto. Eu te>o u$ re#urso ad$ ue

depede de #aução. Eu posso iterpor o re#urso e i$petrar o B para possi%ilitar o

pro#essa$eto do re#urso idepedete$ete desse #aução.

A ter#eira situação ue dee ser aalisada di! respeito ao ato ad$iistratio

dis#ipliar. =esse aspe#to, Cs tie$os u$a eolução a lei 12.016, e$ relação sua

ate#edete, a lei 1.533. A lei 1.533T51, o art. 5*, , esta%ele#ia ue ão #a%e B para

dis#utir ato ad$iistratio dis#ipliar, salo as >ipCteses de i#o$pet?#ia do agete p%li#o,

e io%serG#ia de "or$a 'pro#edi$eto+. Esse dispositio passou a ser dura$ete #riti#ado ,

e$ espe#ial apCs 88, porue, e>u$a lesão ou a$eaça a direito poderá ser supri$ida apre#iação do poder Pudi#iário. Do$o ue eu ou di!er ue o Pudi#iário ão ai poder

#otrolar o $rito de u$ ato dis#ipliar se "or eidete a despropor#ioalidade ou a

desarra!oa%ilidade da puição.

A lei 12.016 supri$iu esta proi%ição. Qoje, o #otrole do ato dis#ipliar possel, ia

B, ta$%$ o ue se re"ere ao seu $rito. Eu posso esteder isso para o ato ad$iistratio

dis#ri#ioário. =ão ue o Pudi#iário á su%stituir o ad$iistrador a aálise de #oei?#ia e

oportuidade, o ue se re"ere práti#a do ato. as >á #asos e$ ue eidete ue o ato,

so% a justi"i#atia de u$a dis#ri#ioariedade, está sedo prati#ado de "or$a ar%itrária,

disso#iado, portato, do iteresse p%li#o ue o $odo de todo ato ad$iistratio. =esses

#asos e$ ue eidete a desarra!oa%ilidade, a despropor#ioalidade, a $ai"esta aus?#ia

de satis"ação do iteresse p%li#o, ue está sedo preterido e$ prol do parti#ular, o Pudi#iário

pode iterir, seja ia B, seja por $eio de ualuer outra ia.

:or "i$, #o#luido esta uestão de #asusti#a, a uarta situação di! respeito ao

$adado de seguraça #otra ato judi#ial. F B pode ser i$petrado #otra ato judi#ial. F jui!

autoridade. V autoridade p%li#a porue ele atua e$ o$e do Estado ou e$ o$e da ião.

F jui! e"etia$ete autoridade p%li#a e, portato, os seus atos pode$ ser i$pugados pela

ia do B. At porue esse ato pode ser ilegal e a%usio, de sorte a estare$ pree#>idos todos

os reuisitos postos o teto #ostitu#ioal.

Be por u$ lado #erto ue #a%e B #otra ato judi#ial, por outro lado, ão $eos

#erto ue, deter$iados reuisitos dee$ ser o%serados. 3 são os reuisitos e#essários

ia%ili!ar a utili!ação do B #otra ato judi#ial.

F pri$eiro reuisito di! respeito aus?#ia de re#urso idReo. F ato judi#ial, de

regra, #o$porta i$pugação re#ursal. :or ue ue >aedo re#urso idReo eu ão posso

laçar $ão do B :orue "altará iteresse de agir 's$ula 267 do B@+.

B$ula 267 do B@& =ão #a%e $adado de seguraça #otra ato judi#ial passel de

re#urso ou #orreição.

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Direito Processual Civil III

Be eu te>o #o$o o%ter a re"or$a ou a ialidação do proi$eto judi#ial atras da

utili!ação do re#urso, eu ão te>o iteresse de agir, do poto de ista da e#essidade, a

 justi"i#ar a i$petração do B. Atete$ para o "ato de ue ão a aus?#ia de re#urso ue

i$pede o B. V a aus?#ia de re#urso idReo. :orue $uitas e!es eu te>o o re#urso, $as

esse re#urso ão idReo "ialidade pretedida. E.& As de#ises iterlo#utCrias os Pui!ados

Espe#iais Deis #o$porta$ i$pugação re#ursal ao "ial 'apCs a seteça+. Do$ a seteça,

poder-se-á dis#utir a prCpria seteça e as de#ises iterlo#utCrias ue "ora$ pro"eridas ao

logo do pro#esso. Assi$, as de#ises iterlo#utCrias os Pui!ados Espe#iais são re#orreis. F

pro%le$a ue o re#urso io$iado ão u$ re#urso idReo as situaçes e$ ue >á

urg?#ia.

F segudo reuisito está a s$ula 268 do B@. /i! respeito aus?#ia de #oisa

 julgada. Be já se "or$ou a #oisa julgada, eiste u$a ia prCpria para a des#ostituição dessa

#oisa julgada, ue a ação res#isCria. Etão, se eu te>o u$ $eio espe#"i#o, eu ão posso

"a!er uso do $eio geri#o.

B$ula 268 do B@& =ão #a%e $adado de seguraça #otra de#isão judi#ial #o$

trGsito e$ julgado.

F ter#eiro reuisito auele ue or$al$ete está ausete. Ele di! respeito

eist?#ia de teratologia. V pre#iso ue >aja teratologia. V pre#iso ue a de#isão judi#ial seja

teratolCgi#a. A de#isão judi#ial teratolCgi#a uado ela eidete$ete des#a%ida a%surda.

A %ase para esse reuisito da teratologia #ostitu#ioal. F si$ples "ato de o jui! de#idir

#otrário parte ão #ara#teri!a e$ ilegalidade, e$ a%usiidade. Uuado o jui! de#ide,

eiste u$ #erto #a$po de dis#ri#ioariedade para a de#isão. F "ato pode ser iterpretado da

"or$a A ou da "or$a I. Bo% deter$iada or$a eiste$ algu$as #orretes iterpretatias.

Aida ue o jui! de#ida de a#ordo #o$ a teoria $ioritária, aida ue o jui! iterprete os "atos

de $aeira ue pareça, $aioria, ue ão seja a $ais adeuada aida ue o jui! utili!e u$a

t#i#a iterpretatia ue ão a $ais apropriada, ele está eer#edo essa dis#ri#ioariedade

prCpria do julga$eto. Eu ão posso di!er ue, sC porue a de#isão do jui! ão auela ue

$e pare#e a a#ertada, ue ele está prati#ado u$ ato ilegal e a%usio. A de#isão teratolCgi#a

auela ue etraasa o G$%ito de dis#ri#ioariedade prCpria ao julga$eto, aultado ela

eidete a ilegalidade e a a%usiidade. V raro e#otrar u$a de#isão judi#ial teratolCgi#a.

$ ee$plo de de#isão teratolCgi#a& >á u$a de#isão de 1* grau ue de"ere ou

ide"ere u$a li$iar 'ate#ipação de tutela+. A e$ o agrao. F dese$%argador #oerte o

agrao de istru$eto e$ agrao retido. Qá a u$a teratologia. ;o#? ão pode #oerter u$

agrao de istru$eto, iterposto #otra u$a de#isão, ue de"ere ou ide"ere u$a

ate#ipação de tutela, e$ agrao retido, porue, e$ lti$a aálise, o#? está egado o

direito de re#orrer e$ "a#e dauela iterlo#utCria. @eratolCgi#o o a%surdo V auilo ue

eidete$ete des#a%ido. V algo ue isustetáel lCgi#a ou juridi#a$ete.

A)A 10 W 30T05T2011 'Aula Etra =oite W :arte 01+

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Direito Processual Civil III

A`F D;) :I)DA

)egiti$idade :assia

- F agete ue está prati#ado a #oduta ue lesa ao direito pu%li#o, direito #oletio ou

idiidual >o$og?eo "igurará #o$o legiti$ado passio a ação #iil p%li#a, ou auele ue

está a e$i?#ia de prati#ar a #oduta os #asos e$ ue a ação #iil p%li#a det?$ o #aráter

preetio.

- :ode #o"igurar #o$o parti#ipe a ação #iil p%li#a tato a pessoa "si#a, #o$o a pessoa

 jurdi#a ou o sujeito de direito p%li#o. E.& uião, autaruia, "udação.

- F i$portate esse $o$eto islu$%ra ao $eos a pote#ialidade de #ausa do dao.

- E.1& a Daia E#oR$i#a ederal #o$e#e a au#iar ue ai #otratar "aieiros e $ada ueas pessoas $ade$ #urr#ulos para o pree#>i$eto das agas, "i#a #laro ue este ato irá

iolar a $oralidade pu%li#a.

- E.2& e$presa ue #o$eça a eu#iar u$a eda #asada, a atuação pode ser iteretia

para eitar ue a #oduta lesia ao #osu$idor se #o#reti!e. =ão se pode partir de $era

espe#ulação, dee$ eistir ele$etos ue #o$proe$ ue o ato ai ser prati#ado.

Do$pet?#ia

- =o ue se re"ere ação #iil p%li#a, a #o$pet?#ia do lo#al e$ ue te>a o#orrido o dao.

- Esta #osiderada u$a #o$pet?#ia absoluta.

- Art.2* da )ei 7.347T1985&

Art. 2* As açes preistas esta )ei serão propostas o "oro do lo#al

ode o#orrer o dao, #ujo ju!o terá #o$pet?#ia "u#ioal para

pro#essar e julgar a #ausa.

:arágra"o i#o A propositura da ação preeirá a jurisdição do ju!o

para todas as açes posterior$ete itetadas ue possua$ a

$es$a #ausa de pedir ou o $es$o o%jeto.

- V #o$petete o "oro do lo#al ode o#orrido o dao, ou o lo#al ode o dao esteja a

e$i?#ia de o#orrer.

- F art.2* di! ue essa #o$pet?#ia "u#ioal, $as será ue essa #o$pet?#ia $es$o

"u#ioal Fu legislador usou essa epressão para de$ostrar ue a #o$pet?#ia a%soluta Be

eu digo o artigo ue a #o$pet?#ia do lo#al eu ão estou atri%uido #o$pet?#ia #o$o

sedo "ução do $agistrado, $as estou esta%ele#edo u$a #o$pet?#ia territorial, $as

de$ostrado ue esse #aso u$a #o$pet?#ia a%soluta. E$ erdade esta$os diate de

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Direito Processual Civil III

u$a #o$pet?#ia territorial a%soluta, o ue ta$%$ o#orre as açes "ali$etares, açes

possessCrias e et#.

- Be o dao o#orre e$ $ais de u$a #o$ar#a, será #o$petete ualuer u$a delas. Essa u$a

apli#ação aalCgi#a do art.107 do D:D&

Art. 107- Be o i$Cel se a#>ar situado e$ $ais de u$ Estado ou#o$ar#a, deter$iar-se-á o "oro pela preeção, estededo-se a#o$pet?#ia so%re a totalidade do i$Cel

- A deter$iação da #o$pet?#ia a%soluta do territCrio do dao para julgar a ação #iil p%li#a

utili!a-se de justi"i#atias&

1* - Ao di!er ue o ju!o #o$petete auele e$ ue o#orreu o dao, esta$os "a#ilitado a

istrução pro%atCria. Be o dao o#orre ou está e$ e$i?#ia de a#ote#er, a #o$ar#a e$ ue

o pro#edi$eto ajui!ado "i#a $ais "á#il a #ol>eita das proas.

2* - a#ilita-se o #u$pri$eto das de#ises judi#iais. /o ju!o e$aa$ deter$iaçes, o

#u$pri$eto destas o G$%ito de #o$pet?#ia adstrito ao jui! trará $aior "a#ilidade e

#eleridade ao pro#esso.

3* - Aspe#to psi#olCgi#o& F jui! do lo#al do dao te$ $aior ideti"i#ação #o$ o pro%le$a, ele

ie#ia esse pro%le$a ele ? a reação da #o$uidade o $es$o, pois esta iserido o

#oteto so#ial. E.& o erão a pre"eitura #ogitou retirar das praias as %aiaas de a#araj, isso

#>egou a ser ei#ulado pela BDF= e pre"eitura. F jui! do /istrito ederal irá eteder ue a

%aiaa de a#araj u$a a$%ulate ualuer, $as o jui! daui sa%erá o #oteto #ultura ue a

eole, sedo $ais #apa! de julgar a #ausa.

- Be os daos o#orre$ e$ $ais de u$a #o$ar#a o ju!o #o$petete irá ser ualuer destes ju!os, aalisado-se as regras gerais de preeção preistas o D:D. :or$, i$portate "risar

ue de "or$a at#i#a a )ei 7347T85 esta%ele#e u$ #ritrio di"erete de preeção. F #ritrio

or$al ue seria utili!ado seria ue$ #itou e$ pri$eiro lugar, $as para a lei de ação #iil

pu%li#a a distri%uição de ação 'parágra"o i#o do art.2* da )ei de Ação Diil :%li#a+, este

u$ #ritrio espe#i"i#o&

:arágra"o i#o A propositura da ação preeirá a jurisdição do ju!o

para todas as açes posterior$ete itetadas ue possua$ a

$es$a #ausa de pedir ou o $es$o o%jeto.

- Pá se de"edeu a tese de ue a #o$pet?#ia do lo#al do dao para julgar a ação #iil p%li#a

seria ão apeas de ature!a a%soluta, $as ta$%$ u$a #ir#usta#ia ue poderia lear a

delegação de #o$pet?#ia do ju!o "ederal para o ju!o estadual. Be a ação #iil pu%li#a gerar

u$ dao e$ Balador ela será proposta a #o$ar#a de salador, e o G$%ito "ederal a sessão

 judi#iária da #apital, $as já se de"edeu ue se o dao o#orresse a #idade de )auro de reitas,

a ação seria iterposta o ju!o estadual de )auro de reitas, e já ue )auro de reitas ão

sede de ara "ederal, esse ju!o estadual estaria atuado e$ delegação "ederal, ou seja, o

parágra"o 3* do art.109 da D teria apli#a%ilidade a ação #iil pu%li#a&

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Direito Processual Civil III

Art. 109. Aos ju!es "ederais #o$pete pro#essar e julgar&

< 3* - Berão pro#essadas e julgadas a justiça estadual, o "oro dodo$i#lio dos segurados ou %ee"i#iários, as #ausas e$ ue "ore$parte istituição de preid?#ia so#ial e segurado, se$pre ue a#o$ar#a ão seja sede de ara do ju!o "ederal, e, se eri"i#ada essa#odição, a lei poderá per$itir ue outras #ausas seja$ ta$%$pro#essadas e julgadas pela justiça estadual.

- Bedo a ação #iil pu%li#a de #o$pet?#ia "ederal e o lo#al ão eistir u$a ara "ederal, o

 jui! estadual atua o pro#esso #o$o delegação "ederal. Essa #orrete já "oi "orte, e leou

edição da B$ula 183 do B@P&

B$ula 183 do B@P& Do$pete ao Pui! Estadual, as Do$ar#as ue ão seja$ sede de

ara da Pustiça ederal, pro#essar e julgar ação #iil p%li#a, aida ue a ião "igure

o pro#esso.- Essa B$ula "oi #a#elada e$ de!e$%ro de 2000, e desde etão o B@P a"astou a possi%ilidade

dessa delegação de #o$pet?#ia.

:ro#edi$eto

- A ação #iil pu%li#a te$ o rito ordiari!ado, e$ li>a de pri#ipio o pro#edi$eto a ser

utili!ado o pro#edi$eto ordiário #o$ algu$as adaptaçes.

- =os a$os e#otrar a ação #iil pu%li#a algu$as espe#i"i#idades&

•  :ossi%ilidade da Do#essão de :edido )i$iar& e$ todo pro#edi$eto possel a

li$iar a titulo de $edida #autelar ou ate#ipação da tutela, $as a ação #iil p%li#a

ela ão ai ser #o#edida leado-se e$ #osideração os reuisitos presete o

art.273 do D:D, e si$ o L $umus bom iurisO e o L periculum in moraO. A"asta-se a

i#id?#ia da or$a geral para a utili!ação de reuisitos espe#"i#os. Essa de#isão

iterlo#utCria desa"ia agrao de istru$eto.

- Estuda$os a#er#a das or$as ue trata$ da suspesão da li$iar e$ sede de adado de

Beguraça, essas se apli#a$ ação #iil pu%li#a ta$%$. =a lei da Ação #iil pu%li#a eiste

epressa$ete a possi%ilidade de outorga dessa suspesão e$ seu art.12&

Art. 12. :oderá o jui! #o#eder $adado li$iar, #o$ ou se$

 justi"i#ação pria, e$ de#isão sujeita a agrao.

- @odo o pro#edi$eto estudado o adado de Beguraça e preisto o art.15 da )ei de B

se apli#a a ação #iil p%li#a. Esse pedido de suspesão está des#rito o art.15 da )ei de B e

e$ #o$ a dis#iplia geri#a o art.3* 8437T92&

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Direito Processual Civil III

rt. 3A F re#urso olutário ou e o""i#io, iterposto #otra seteçae$ pro#esso #autelar, pro"erida #otra pessoa jurdi#a de direitop%li#o ou seus agetes, ue i$porte e$ outorga ou adição dee#i$etos ou de re#lassi"i#ação "u#ioal, terá e"eito suspesio

- =as açes #oletias #otra o poder pu%li#o eiste u$a or$a restritia da #o#essão de

proi$eto li$iar ue está des#rita o art. 2* da lei 8.437T92&

rt. 2A =o $adado de seguraça #oletio e a ação #iil p%li#a, ali$iar será #o#edida, uado #a%el, apCs a audi?#ia dorepresetate judi#ial da pessoa jurdi#a de direito p%li#o, uedeerá se prou#iar o pra!o de seteta e duas >oras

- Esse u$ pre#eito or$atio ue será apli#ado a ação #iil pu%li#a, a ação popular e o$adato de seguraça #oletio. =o adado de Beguraça #oletio e a ação #iil p%li#a, se

"or r a pessoa jurdi#a de direito pu%li#o, o jui! dee iti$ar a pessoa jurdi#a para ue ela se

$ai"estasse a #er#a do pedido li$iar detro de 3 dias, e sC depois disso a li$iar será

 julgada. )i$iar u$a de#isão pro"erida o $o$eto ii#ial do pro#esso, se oue-se algu$

para apre#iar u$a tutela de urg?#ia essa tutela deiou de ter #aráter de urg?#ia. F pri$eiro

uestioa$eto so%re essa or$a a#er#a de sua #ostitu#ioalidade& o B@ etedeu ue >á

u$ >ar$oi!ação or$a #ostitu#ioal, podedo esta se relar i#ostitu#ioal o #aso

#o#reto. E$ li>a de pri#ipio, direito do ete pu%li#o ser ouido preia$ete e se

$ai"estar, $as se o #aso #o#reto essa oitia lear a perda do o%jeto de tutela o jui! irá

eteder ue essa or$a i#ostitu#ioal. V pre#iso eri"i#ar se essa situação de

i$possi%ilidade de oitia do ete p%li#o ão u$a situação #riada pelo autor da ação #iil

pu%li#a, e se "oi #riada isso deerá ser leado e$ #osideração.

- A partir da apre#iação do pedido li$iar o rito a ser o%serado ordiário, eiste u$a

ordiari!ação do pro#edi$eto, #orredo o pro#edi$eto or$al$ete.

• Dustas e Qoorários& a ação #iil pu%li#a será proposta por u$ dos legiti$ados e

iteção o ue se re"ere s #ustas, segudo o art.18&

Art. 18. =as açes de ue trata esta lei, ão >aerá adiata$eto de#ustas, e$olu$etos, >oorários peri#iais e uaisuer outrasdespesas, e$ #odeação da asso#iação autora, salo #o$proada$á-", e$ >oorários de adogado, #ustas e despesas pro#essuais

- Essa or$a iseta ao autor o paga$eto das #ustas e e$olu$etos , isso o#orre para

esti$ular o ajui!a$eto da ação #iil pu%li#a, $as se "or #o$proada a $á-", ele deerá ar#ar

#o$ as #ustas. As despesas e e#argos do pro#esso ão são pagos pelo autor e$ regra, $as

segudo o art.17&

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Direito Processual Civil III

Art. 17. E$ #aso de litigG#ia de $á-", a asso#iação autora e osdiretores resposáeis pela propositura da ação serão solidaria$ete#odeados e$ >oorários ado#at#ios e ao d#uplo das #ustas, se$preju!o da resposa%ilidade por perdas e daos

- F legislador da u$ $e#ais$o de a#esso justiça, $as eiste$ ta$%$ $e#ais$os de

resposa%ili!ação uado o#orre a $á-" pro#essual.

- ;eri"i#a$os ue ão >á #odeação do autor ao paga$eto de >oorários ado#at#ios, $as

>aerá #odeação dos rus ao paga$eto de despesas e >oorários se a ação "or pro#edete.

Do$ a ressala de ue o : ão pode ser %ee"i#iário da #odeação o #aso de >oorários

ado#at#ios, este u$ pre#eito #ostitu#ioal, logo uado a ação #iil pu%li#a "or ajui!ada

pelo : e a ação "or pro#edete o ru ão pagará >oorários ado#at#ios. sso está disposto

o art. 128, , LaO da D.

Art. 128. F iistrio :%li#o a%rage&

- as seguites edaçes&

a+ re#e%er, a ualuer ttulo e so% ualuer preteto, >oorários,

per#etages ou #ustas pro#essuais

- F : se ão "or autor da ação #iil pu%li#a atuará o pro#esso #o$o L#ustus legisO.

@rasação e$ sede da ação #iil p%li#a- A aálise euio#ada desse assuto #>egaria #o#lusão de ue a trasação ão possel

e$ sede da ação #iil p%li#a.

- Do$o eu posso ter trasação e$ direito idispoel Esse ra#io#io está euio#ado, pois se

: pode trasigir e$ toro desse direito etrajudi#ial$ete $ediate a #ele%ração de @AD

'ter$o de ajuste de #oduta+, se$ a superisão do poder judi#iário, poderá ta$%$ "a!?-lo

 judi#ial$ete.

- =a ação #iil p%li#a ualuer legiti$ado poderá trasigir, $as para o : o "aça sãoe#essários os $es$os reuisitos para a #ele%ração do @AD&

1- :reisão de reparação itegral do dao

2- Esta%ele#i$eto de açes deter$iadas para a parte #otrária

3- iação de $ulta.

- Uuato aos de$ais legiti$ados ue ão seja o :, sC poderão trasa#ioar se estiere$

presetes os tr?s reuisitos a#i$a, al$ da #o#ordG#ia do :, ue esse #aso atuará #o$o

"is#al da lei.

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Direito Processual Civil III

Doisa julgada e$ ação #iil pu%li#a

- =os já estuda$os o i#io da #oisa julgada as açes #oletias e idiiduais, e ão >á ada a

ser a#res#etado.

- F art.103 do D/D esta%ele#e u$a siste$áti#a ue regula$eta a #oisa julgada&

Art. 103. =as açes #oletias de ue trata este #Cdigo, a seteça "ará

#oisa julgada&

- erga o$es, e#eto se o pedido "or julgado i$pro#edete por

isu"i#i?#ia de proas, >ipCtese e$ ue ualuer legiti$ado poderá

itetar outra ação, #o$ id?ti#o "uda$eto aledo-se de oa

proa, a >ipCtese do i#iso do parágra"o i#o do art. 81

- ultra partes, $as li$itada$ete ao grupo, #ategoria ou #lasse,salo i$pro#ed?#ia por isu"i#i?#ia de proas, os ter$os do i#iso

aterior, uado se tratar da >ipCtese preista o i#iso do

parágra"o i#o do art. 81

- erga o$es, apeas o #aso de pro#ed?#ia do pedido, para

%ee"i#iar todas as ti$as e seus su#essores, a >ipCtese do i#iso

do parágra"o i#o do art. 81.

< 1h Fs e"eitos da #oisa julgada preistos os i#isos e ão

prejudi#arão iteresses e direitos idiiduais dos itegrates da

#oletiidade, do grupo, #ategoria ou #lasse.

< 2h =a >ipCtese preista o i#iso , e$ #aso de i$pro#ed?#ia do

pedido, os iteressados ue ão tiere$ iterido o pro#esso

#o$o litis#osortes poderão propor ação de idei!ação a ttulo

idiidual.

< 3h Fs e"eitos da #oisa julgada de ue #uida o art. 16, #o$%iado

#o$ o  art. 13 da )ei h 7.347, de 24 de jul>o de 1985,   ão

prejudi#arão as açes de idei!ação por daos pessoal$ete

so"ridos, propostas idiidual$ete ou a "or$a preista este

#Cdigo, $as, se pro#edete o pedido, %ee"i#iarão as ti$as e seus

su#essores, ue poderão pro#eder liuidação e ee#ução, oster$os dos arts. 96 a 99.

- Be ação #oletia tere$os #oisa julgada Lerga o$esO o #aso de pro#ed?#ia, e o #aso de

i$pro#ed?#ia, ressalada a i$pro#ed?#ia de#orrete pela "alta de proas, >ipCtese a ual

ão >aerá "or$ação da #oisa julgada.

- F art.81, parágra"o i#o, i#iso , do D/D ue trata dos direitos di"usos, e e$ se tratado de

direitos di"usos >aerá #oisa julgada se$pre Lerga o$esO, salo o #aso de i$pro#ed?#ia por

"alta de proas.

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Direito Processual Civil III

- F art.81, parágra"o i#o, i#iso do D/D ue trata dos direitos #oletios e$ setido estrito,

esse #aso a #ausa julgada Lultra partesO, ressalada a >ipCteses de i$pro#ed?#ia por "alta

de proas.

- F art.81, parágra"o i#o, i#iso do D/D ue trata dos direitos idiiduais >o$og?eos,

>aerá #oisa julgada as >ipCteses de pro#ed?#ia e ão >aerá #oisa julgada e$ #aso dei$pro#ed?#ia.

- As ação #iil p%li#a tpi#a ação #oletia, e os li$ites su%jetios da #oisa julgada des#ritos o

D/ se apli#a$ itegral$ete a elas.

- Art.16 da )ei 7347T85 esta%ele#e li$itação territorial para a #oisa julgada e esse u$

dispositio legal $uito #riti#ado&

Art. 16. A seteça #iil "ará #oisa julgada erga o$es, os li$ites da

#o$pet?#ia territorial do Crgão prolator, e#eto se o pedido "or julgado i$pro#edete por isu"i#i?#ia de proas, >ipCtese e$ ue

ualuer legiti$ado poderá itetar outra ação #o$ id?ti#o

"uda$eto, aledo-se de oa proa

- A #oisa julgada produ!irá e"eitos so$ete o G$%ito territorial do ju!o prolator, por$ a

idia da ação #oletia al#açar o $ái$o de ididuos ue estão eolidos a uestão

apre#iada pela ação #iil p%li#a, e ualuer $e#ais$o restritio a#a%a por i$pedir a

"ialidade da ação #oletia. Apeas por isso essa or$a passel de duras #riti#as, ale$ de

ue i$possel li$itar os e"eitos territoriais de u$a região, ão te$ lCgi#a. V u$ ra#io#iodesarra!oado, e dee$os eteder pela i#ostitu#ioalidade desse dispositio, pois está

restrigido o eer##io de u$ direito #ostitu#ioal, e ta$%$ porue essa or$a ão

so%reie uado #o"rotada #o$ o pri#pio da ra!oa%ilidade.

- E.& ação #iil pu%li#a ajui!ada pela FAI da #apital ue isa prerrogatias para os adogados,

ode te$ terão a#esso aos autos de ualuer pro#esso se$ pro#uração. Eu ão ou poder

eer#er esse direito a #o$ar#a de )auro de reitas A FAI dee ajui!ar ação #iil e$ todas as

#idades da Ia>ia sso ão iáel.

A)A 11 W 30T05T2011 'Aula Etra =oite :arte 02+

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Direito Processual Civil III

BC5 <5<;R

1. DF=B/E(A`EB ZE(AB

A ação popular "oi a pri$eira das açes #oletias.

A dis#iplia da ação popular está a )ei . 4.717T65. V u$a lei etre$a$ete li%eral editada a

ig?#ia do regi$e $ilitar, i#io do regi$e $ilitar, aida so%re a presid?#ia de Dastelo

Ira#o.

A lei de ação popular #otiua e$ igor e, atural$ete, se apli#a a ela, e$ #aráter su%sidiário,

ta$%$ o regra$eto geral do D:D. Do$o já isto aterior$ete o D:D te$ u$ #aráter

geri#o o ue se re"ere a açes #oletias.

A ação popular ta$%$ e#otra regra$eto da D, a ee$plo da ação #iil p%li#a. A ação

popular do poto de ista #ostitu#ioal está preista o art. 5*, )\\.

 rt+ MO, P;; - "ual"uer cidad#o . parte leg*tima para propor aç#o

 popular "ue &ise a anular ato lesi&o ao patrimGnio público ou de

entidade de "ue o Estado participe, 3 moralidade administrati&a, ao

meio ambiente e ao patrimGnio %ist!rico e cultural, $icando o autor,

sal&o compro&ada m)-$., isento de custas judiciais e do Gnus da

sucumb'ncia(

A ação popular, por de"iição, u$a ação #uja legiti$idade outorgada a ualuer #idadão.Uualuer #idadão pode "igurar #o$o autor u$a ação popular.

Didadão todo o sujeito ue está o eer##io de seus direitos polti#os. Ei%ido o ttulo de

eleitor e #o$proate de otação o lti$o su"rágio, o ididuo de$ostra a legiti$idade

para a propositura da ação popular.

Aida por de"iição #ostitu#ioal, a$os e#otrar a ação popular #o$o sedo u$

pro#edi$eto ue te$ por o%jetio a tutela de direitos di"usos espe#"i#os. A Dostituição "ala

e$ uatro $odalidades de direitos di"usos&

a+ :atri$Rio p%li#o

%+ oralidade p%li#a

#+ eio a$%iete

d+ :atri$Rio artsti#o, >istCri#o ou #ultural

Be Cs oltar$os os ol>os para a Dostituição, a$os e#otrar #o$o o%jeto da ação popular a

de"esa apeas de direitos di"usos, $as ão todo e ualuer direito di"uso ue #o$porta

tutela pela ia da ação popular. /ireito do #osu$idor, por ee$plo, está e#ludo.

/ireitos di"usos ue são passeis de tutela ia ação popular di!e$ respeito ao erário p%li#oTpatri$Rio p%li#o. /ee-se eteder o patri$Rio p%li#o ão apeas o patri$Rio da

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Direito Processual Civil III

ad$iistração p%li#a direta, $as o patri$Rio ta$%$ de autaruias, "udaçes p%li#as,

so#iedade de e#oo$ia $ista e e$presa p%li#a. :atri$Rio p%li#o etedi$eto e$ setido

lato.

A $oralidade p%li#a ta$%$ o%jeto de tutela ia ação popular. A $oralidade p%li#a pode

ser iolada, eetual$ete, se$ ue >aja o dao ao erário. =o $ais das e!es eiste re"leopatri$oial, agora e$ se$pre a$os e#otrar este tipo de re"leo.

A $oralidade p%li#a ou a $oralidade u$ #o#eito juridi#a$ete ideter$iado. :or$,

e$%ora o #o#eito seja a%erto, iegáel ue #aso a #aso ele pode ser a"erido leado-se e$

#osideração o seso #o$u$, o seso $dio.

F pre"eito, por ee$plo, ão pode dar a rua ou propor ou $adar "iar e$ deter$iado

logradouro p%li#o o o$e do seu geitor, se auele geitor e>u$a #otri%uição te>a

dado uela $ui#ipalidade. sso ateta #otra a $oralidade p%li#a. E eja$ ue isto a"rota

a $oralidade p%li#a se$ ue eista ualuer preju!o patri$oial direto.

E$ ue pese o #o#eito de $oralidade ser u$ #o#eito jurdi#o ideter$iado, ele passel

de tutela ia ação #iil p%li#a e passel de tutela ta$%$ ia ação popular.

F ter#eiro iteresse di"uso o $eio a$%iete. F $eio a$%iete ão se restrige ao $eio

a$%iete atural. Ele al#aça ta$%$ o $eio a$%iete arti"i#ial 'ele$etos #riados pelo

>o$e$+.

A D os "ala da possi%ilidade de propositura da ação popular para a proteção do patri$Rio

>istCri#o, artsti#o e #ultural. Qá deter$iados ele$etos ue "a!e$ parte da #ultura e >istCria

lo#al, $ere#edo proteção.

Ee$plos. ;o#? ão te$ #o$o proi%ir ue se jogue #apoeira o er#ado odelo, porue isso

"a! parte da prCpria #ultura popular. =ão se pode i$pedir ue as ruas da #idade se %ote

ta%uleiros de %aiaas do a#araj, o#? pode at dis#ipliar esta #olo#ação, $as ão proi%i-la,

ão se pode ir de e#otro a u$ aspe#to e$iete$ete #ultural. Assi$ ta$%$ ão se pode

proi%ir o #araal, sedo pre#iso, #otudo, dis#ipliá-lo.

F o%jeto da ação popular #orrespode se$pre e iariael$ete a direitos di"usos, $as ão

são todos eles. Qá li$ites. A ação popular salaguarda apeas os direitos di"usos #osistetes

ao erário p%li#o 'patri$Rio+, $oralidade p%li#a, $eio a$%iete e patri$Rio >istCri#o,artsti#o e #ultural.

A ação popular, por epressa disposição #ostitu#ioal, gera iseção de #ustas e de >oorários

para o autor 'de$adate+. V u$a or$a ue isa esti$ular a propositura da ação popular.

F $eor de 18 aos ue te>a a prerrogatia de otar pode "igurar #o$o autor da ação

popular, desde ue assistido por ue$ de direito.

Uualuer #idadão pode propor a ação popular, $as e#essário ue ele esteja assistido por

adogado, o%ia$ete.

2. (EUB@FB :A(A :(FDE/=DA

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Direito Processual Civil III

:ara ue a ação popular seja julgada pro#edete e#essário ue se te>a a #oerg?#ia de

dois ele$etos&

A+ Ato ata#ado ia ação popular dee ser ilegal ')D@/E+

I+ )EB;/A/E

A ação popular será julgada pro#edete se >á u$ ato il#ito e lesio a erário, $oralidade

p%li#a, $eio a$%iete e patri$Rio >istCri#o ou #ultural.

F legislador tra! o art. 2* da )ei . 4.717T65 u$ rol de ili#itudes e pro#ura este artigo 2*

de"iir estas ili#itudes. V u$ artigo iteressate do poto de ista #o#eitual, porue tra!

deter$iados #o#eitos relatios a /ireito Ad$iistratio.

 rt+ IO S#o nulos os atos lesi&os ao patrimGnio das entidades

mencionadas no artigo anterior, nos casos de:

a1 incompet'ncia(b1 &*cio de $orma(

c1 ilegalidade do objeto(

d1 ine/ist'ncia dos moti&os(

e1 des&io de $inalidade+

Dar)gra$o único+ Dara a conceituaç#o dos casos de nulidade obser&ar-

se-#o as seguintes normas:

a1 a incompet'ncia $ica caracteri4ada "uando o ato n#o se incluir nas

atribuiçBes legais do agente "ue o praticou(

b1 o &*cio de $orma consiste na omiss#o ou na obser&ância incompletaou irregular de $ormalidades indispens)&eis 3 e/ist'ncia ou seriedade

do ato(

c1 a ilegalidade do objeto ocorre "uando o resultado do ato importa

em &iolaç#o de lei, regulamento ou outro ato normati&o(

d1 a ine/ist'ncia dos moti&os se &eri$ica "uando a mat.ria de $ato ou

de direito, em "ue se $undamenta o ato, . materialmente ine/istente

ou juridicamente inade"uada ao resultado obtido(

e1 o des&io de $inalidade se &eri$ica "uando o agente pratica o ato

&isando a $im di&erso da"uele pre&isto, e/pl*cita ou implicitamente,

na regra de compet'ncia+

F pri$eiro reuisito para a pro#ed?#ia da ação popular ue se te>a u$ ato ilegal. F art. 2*

da )ei . 4.717T65 tra! #i#o >ipCteses e$ ue o ato prati#ado será ilegal 'agete

i#o$petete, io%serG#ia a "or$a pres#rita e$ lei, ilegalidade do o%jeto, ieist?#ia dos

$otios e desio de "ialidade+.

Eidete$ete, o rol do art. 2* ão taatio. :ode$os e#otrar u$a srie de outras

#ir#ustG#ias e$ ue >aerá a ili#itude. :or ee$plo, aui se "ala e$ desio de "ialidade,

$as ão se "ala e$ desio de pro#edi$eto. Qá desio de pro#edi$eto uado a autoridade

p%li#a atras do $eio ideido pro#ura al#açar u$a "ialidade e$ teoria l#ita. Qá

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Direito Processual Civil III

ilegalidade do ato, ta$%$, uado os $otios idi#ados são ieistetes, $as >á%eis a

ia%ili!ar a práti#a do ato.

A pri$eira #odição para ue se te>a a pro#ed?#ia da ação popular ue o ato ata#ado seja

ato ilegal. F art. 2* tra!, ee$pli"i#a$ete, >ipCteses de ilegalidade, sedo o%io ue o

#a$po da ida outras ilegalidades pode$ ser apotadas e t?$ lugar.

Ao lado da ilegalidade, se te$ a eig?#ia de lesiidade.

A lesiidade será apurada #aso a #aso. =o art. 4* da )ei . 4.717T65 tere$os situaçes e$ ue

a lesiidade presu$ida.

Ee$plo. :resu$e-se a lesiidade uado >á a ad$issão ao seriço p%li#o re$uerado, #o$

deso%edi?#ia, uato s #odiçes de >a%ilitação, das or$as legais, regula$etares ou

#ostates de istruçes gerais.

:ode ser ue o pro"essor arioe esie aui a iersidade ederal da Ia>ia. A#otratação dele ão pode ter lugar se$ ue >aja #o#urso p%li#o. Fra, $as eidete ue

ele está >a%ilitado a le#ioar e$ ra!ão de sua produção literária, eperi?#ia a#ad?$i#a... sto

pou#o i$porta, tedo ele ue se su%$eter a #o#urso p%li#o. Aida ue a $el>or opção seja,

se$ didas, a sua #otratação, presu$e-se ue esta #otratação será lesia.

F $es$o a#ote#e e$ todas as de$ais >ipCteses do art. 4* da )ei . 4.717T65.

A ação popular ai ser proposta por ualuer #idadão, te$ por o%jetio a de"esa de iteresses

di"usos espe#"i#os 'erário, $oralidade p%li#a, $eio a$%iete e patri$Rio >istCri#o ou

#ultural+. :ara ue a ação popular seja julgada pro#edete e#essária a #oerg?#ia de doisele$etos& a ili#itude do ato i$pugado e a lesiidade deste ato, de#erto ue o rol do art. 2*

da )ei . 4.717T65 ão taatio, %e$ assi$ as >ipCteses de lesiidade ão se eaure$ o art.

4* da $es$a lei, sedo #erto, todaia, ue esta lesiidade presu$ida as >ipCteses ali

idi#adas.

A presução de lesiidade aui a%soluta.

3. )EZ@A`F :ABB;A

Uue$ o legiti$ado passio a ação popular

 rt+ 5O aç#o ser) proposta contra as pessoas públicas ou pri&adas eas entidades re$eridas no art+ 9O, contra as autoridades, $uncion)riosou administradores "ue %ou&erem autori4ado, apro&ado, rati$icadoou praticado o ato impugnado, ou "ue, por omissas, ti&erem dadooportunidade 3 les#o, e contra os bene$ici)rios diretos do mesmo+

A lei esta%ele#e a e#essidade de "or$ação de u$ litis#osCr#io passio e#essário. /ee$

"igurar #o$o ru a ação popular&

A+ A pessoa jurdi#a de direito p%li#o ou de direito priado e$ o$e da ual o ato te>a

sido prati#ado.

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Direito Processual Civil III

)e$%re$ ue ta$%$ se presera o patri$Rio de e$presas p%li#as e so#iedades de

e#oo$ia $ista. A de"esa da $oralidade ad$iistratia pode ter lugar o ue se re"ere a

e$presas p%li#as e so#iedades de e#oo$ia $ista.

Etão, se$pre >aerá a práti#a de u$ ato e$ o$e de u$a pessoa jurdi#a de direito p%li#o

ou de direito priado. Essa pessoa jurdi#a de direito p%li#o ou de direito priado e$ o$e daual o ato >ouer sido prati#ado dee e#essaria$ete "igurar #o$o r a ação popular, at

porue eu ão te>o #o$o des#ostituir o ato se$ tra!?-la relação jurdi#o-pro#essual.

I+ u#ioário, ad$iistrador ou agete resposáel pela prati#a do ato ou ue por

o$issão te>a$ dado esejo a práti#a deste ato.

V e#essário ia%ili!ar a re#o$posição do dao, para ue eles 'resposáeis pessoas "si#as

pelo ato+ seja$ #odeados a idei!ar pre#iso ue eles itegre$ o pro#esso.

D+ Iee"i#iários do ato.

Eiste$ pessoas ue se %ee"i#ia$ #o$ a práti#a do ato. @er#eiros. Estes ta$%$ deerão ser

#>a$ados a ação popular.

Ee$plo. F se#retário de edu#ação do $ui#pio \ e$ #oluio #o$ o pre"eito resole #otratar

o "ore#i$eto de $ereda es#olar se$ li#itação e a preço super"aturado. F $ui#pio \ ru

da ação popular e$ litis#osCr#io passio e#essário #o$ a pessoa "si#a do pre"eito, #o$ a

pessoa "si#a do se#retário de edu#ação e #o$ a e$presa ue está "ore#edo a $ereda

es#olar.

Este litis#osCr#io passio e#essário e este litis#osCr#io passio e#essário deerá a%rager

pessoa jurdi#a e$ o$e da ual o ato "oi prati#ado, os ad$iistradores resposáeis pela

práti#a do ato, i#lusie a >ipCtese de tere$ atuado de "or$a o$issia, e, "ial$ete, os

%ee"i#iários 'pessoas %ee"i#iadas #o$ a práti#a deste ato+.

F dito litis#osCr#io passio e#essário ão será se$pre uitário.

A )ei da Ação :opular ioa ao tra!er u$a or$a 'art. 7*, + ue #uida ou apli#áel ao

litis#osCr#io $ultitudiário. V u$a or$a ue ão pode ser iterpretada literal$ete, $as

dee ser iterpretada e$ #o"or$idade #o$ o direito a #otraditCria e a a$pla de"esa.

 rt+ O aç#o obedecer) ao procedimento ordin)rio, pre&isto noC!digo de Drocesso Ci&il, obser&adas as seguintes normasmodi$icati&as:

0+++1

  - Luando o autor o pre$erir, a citaç#o dos bene$ici)rios $ar-se-) por

edital com o pra4o de ?7 0trinta1 dias, a$i/ado na sede do ju*4o e

 publicado tr's &e4es no jornal o$icial do istrito Federal, ou da Capital

do Estado ou Territ!rio em "ue seja ajui4ada a aç#o+ publicaç#o

ser) gratuita e de&er) iniciar-se no m)/imo ? 0tr's1 dias ap!s a

entrega, na repartiç#o competente, sob protocolo, de uma &ia

autenticada do mandado+

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8/21/2019 Processo Civil III - Eduardo Sodré - 2011.2

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Direito Processual Civil III

 A or$a autori!a a #itação por edital dos %ee"i#iários do ato. ;eja$ ue esta or$a está o

plural 'L%ee"i#iáriosO+. Eidete ue se o %ee"i#iário "or u$, dois ou tr?s ue pode$ ser

#itados pessoal$ete ão >á ra!ão para ue se te>a a #itação edital#ia. Agora, se >á u$

litis#osCr#io $ultitudiário, a solução ai ser essa #itação por edital.

Ee$plo. $agie ue a DE te>a #otratado e$ todo o Irasil 3.000 seretes se$ #o#ursop%li#o. $a ação popular para des#ostituir estas #otrataçes se "osse eigida dela a #itação

pessoal dos 3.000 #otratados ela u#a iria ter$iar. Be te$ o #aso a possi%ilidade de

#itação edital#ia.

Etão, o litis#osCr#io e#essário etre aueles sujeitos re"eridos o caput  do art. 6* e os

%ee"i#iários pode$ ser #itados por edital, o%ia$ete a #itação edital#ia dos %ee"i#iários

ão será "eita por $ero pra!er ou #apri#>o da parte autora. A #itação edital#ia dos

%ee"i#iários so$ete terá lugar as >ipCteses de litis#osCr#io $ultitudiário.

$a outra uestão iteressate o #o$porta$eto ue pode ser adotado pela ad$iistraçãop%li#a a ação popular. F < 3* do art. 6* dá u$a prerrogatia a pessoa jurdi#a e$ o$e da

ual o ato "oi prati#ado. A regra ue a pessoa jurdi#a e>a e #oteste, $as a ação popular

dado a pessoa jurdi#a ão #otestar ou, $ais do ue isso, pedir para igressar o pClo atio.

Fra, o #aso a#i$a, o $ui#pio #itado e o gestor $ui#ipal per#e%e ue e"etia$ete o ato

i$pugado u$ ato lesio ao erário p%li#o. :ara a proteção do iteresse p%li#o

re#o$edáel ue ele e>a a itegrar o pClo atio e ta$%$ postule a des#ostituição do

ato.

 rt+ 5O, > ?O s pessoas jur*dica de direito público ou de direito

 pri&ado, cujo ato seja objeto de impugnaç#o, poder) abster-se de

contestar o pedido, ou poder) atuar ao lado do autor, desde "ue isso

se a$igure útil ao interesse público, a ju*4o do respecti&o

representante legal ou dirigente+

igura$ #o$o ru aueles resposáeis pela práti#a do ato. igura$ #o$o ru o %ee"i#iário

do ato. Eles serão #odeados a re#o$por o patri$Rio p%li#o. F outro legiti$ado passio

a prCpria pessoa jurdi#a de direito p%li#o ou priado e$ o$e da ual o ato "oi prati#ado e

ue, a grade $aioria dos #asos, a#a%a sedo prejudi#ada #o$ a práti#a do ato. Etão, esta

pessoa jurdi#a, u$a e! #itada, pode es#ol>er o#upar o pClo atio e di!er ue e"etia$ete

auele ato "oi ilegal, lesio e dee ser des#ostituido e ue os agetes ou "u#ioários p%li#os

ue dera$ esejo práti#a do ato e os %ee"i#iários dee$ ser #odeados a re#o$por o

erário.

Agora te$ >aido o >á%ito de ue a ação popular, espe#ial$ete o iterior, utili!ada $uito

#o$o $eio para al#açar "ialidades polti#as. Este u$ #uidado práti#o ue se dee ter. =a

teoria está per"eito. ;eja$ sC, eu sou o gestor p%li#o e ão te>o #o$o ter #otrole de tudo o

ue a#ote#e a ad$iistração p%li#a, at porue eiste u$a srie de outros agetes. D>ega

ao $eu #o>e#i$eto u$ #otrato ue "oi "eito de "or$a super"aturada e$ relação a u$a

so#iedade de e#oo$ia $ista da ual o $ui#pio ue eu sou gestor #otrolador eu serei o

pri$eiro iteressado e$ des#ostituir este #otrato e %us#ar a re#o$posição do erário p%li#o.

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Direito Processual Civil III

E$ #odiçes deste tipo, teori#a$ete, o dispositio álido. as, da $es$a "or$a e$ ue o

dispositio utili!ado de u$a $aeira adeuada, $uitas e!es ele utili!ado #o$ o "i$

e$iete$ete polti#o.

Ee$plo. /lso pre"eito de u$a #o$ar#a do iterior e te$ a ad$iistração e o se#retariado

dele e$ tal $ui#pio. Eu sou oposição. /lso está prati#ado u$a srie de atos. Be eu'oposição+ "or eleito eu posso pesar L/ilso saiu e eu agora estou a gestão. @e$ u$ #otrato

de "ore#i$eto de água $ieral "ir$ado #o$ @>as, ue do $es$o grupo polti#o de /ilso.

Eu pre#iso tirar @>as do "ore#i$eto de água para #olo#ar algu$ do $eu grupo para

"ore#er esta águaO. $a "or$a a ação popular. Arru$a-se u$ laraja para ue propo>a a

ação popular. Uuado a ação popular proposta, eu #olo#o e$ #>eue a ad$iistração

aterior 'de /ilso+ e #rio u$ pro%le$a pessoal para /ilso, #ouato ele ru a ação

popular. Drio u$ pro%le$a pessoal para @>as, ue do grupo #otrário, já ue ela ta$%$

r. Drio a possi%ilidade de #odeação deles e reparação ao erário p%li#o. Drio u$a situação

tal de des#rdito e$ relação a a$%os perate a #o$uidade e de la$%uja eu aida posso ter

re#ursos deles igressado os #o"res p%li#os para ue eu te>a a ger?#ia destes re#ursos

ue eles "ora$ #odeados e e>a$ a pagar e aida #o$ a des#ostituição deste #otrato

#ele%rado #o$ @>as eu poderei #otratar #o$ outra pessoa.

uitas e!es o jui! ieperiete se i$pressioa #o$ este tipo de situação. Fra, a ação "oi

proposta, o $ui#pio eio ao pClo atio >á idi#atio de ue e"etia$ete o #otrato lesio,

porue se ão o "osse ue $Cel teria o $ui#pio para di!er ue ão te$ e>u$a

i$pugação e $ais, ue deseja ue a ação seja julgada pro#edete uitas e!es u$a

$ao%ra pura$ete polti#a, ão >á e>u$a ilegalidade o #otato #ele%rado.

Etão, da $es$a "or$a ue esta or$a '< 3* do art. 6*+ produ! e"eitos positios, ela ta$%$

produ! e"eitos egatios. Be %e$ utili!ada Cti$o. Be $al utili!ada a$os e#otrar as

#oseS?#ias supra$e#ioadas. /a a e#essidade de "i#ar %e$ ateto a isto e eri"i#ar se

este pedido do ete p%li#o para igressar o pClo atio e"etia$ete está sedo "eito e$ prol

do iteresse p%li#o ou se está sedo "eito e$ prol de iteresse polti#o ou $es$o iteresse

pessoal.

A o$issão puel pela ação popular auela passel de #ulpa.

Ee$plo. =ão se pode eigir ue o pre"eito de Balador sai%a a destiação ue está sedo dada

por #ada diretor de es#ola para os re#ursos ue ele re#e%eu. A>... $as ele "oi o$isso porueão "is#ali!ou e a teleisão ue "oi e#a$i>ada para a es#ola iu ue o ue está sedo

utili!ado a es#ola utili!ado ta$%$ a #asa do diretor. Esta o$issão ão puel. V pre#iso

eri"i#ar at ue poto eigel de #ada agete a práti#a de #ada ato.

Be, o etato, ele #ostituiu #o$ sua o$issão, de "or$a i#otestáel e deter$iate ou pelo

$eos #o#orrete #o$ a práti#a deste ato ele deerá ser resposa%ili!ado.

=a ação popular ualuer #idadão pode, a ualuer te$po, reuerer o seu igresso o pClo

atio da de$ada.

 rt+ 5O, > MO 8 $acultado a "ual"uer cidad#o %abilitar-se comolitisconsorte ou assistente do autor da aç#o popular+

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Direito Processual Civil III

V possel a ualuer #idadão >a%ilitar-se #o$o assistete litis#osor#ial a ação popular. Fra,

se ualuer #idadão #o-legiti$ado eidete ue ualuer #idadão pode reuerer o seu

igresso #o$o assistete litis#osor#ial.

:or outro lado, o : pode e dee iterir o pro#esso. A itereção do : o%rigatCria.

:ara a ação popular, o : ão te$ legiti$idade origiária 'sC ue$ pode propor o #idadão+.

F :, todaia, será iti$ado de todos os atos do pro#esso.

A or$a do < 4*, art. 6* dee ser iterpretada e$ #o"or$idade #o$ a D.

 rt+ 5O, > 6O 2inist.rio Dúblico acompan%ar) a aç#o, cabendo-l%e

apressar a produç#o da pro&a e promo&er a responsabilidade, ci&il ou

criminal, dos "ue nela incidirem, sendo-l%e &edado, em "ual"uer

%ip!tese, assumir a de$esa do ato impugnado ou dos seus autores+

 A or$a ão su%siste estes ter$os postos a lu! da DT88. F : te$ a$pla autoo$ia para a"or$ação do seu #oe#i$eto. F : atua #o$o "is#al da lei e poderá prati#ar todos os atos

do pro#esso e ai apresetar seu opiatio de a#ordo #o$ suas #oi#çes, i#lusie podedo

re#orrer, se "or o #aso, as >ipCteses de i$pro#ed?#ia ou pro#ed?#ia do pedido, aida ue

os legiti$ados ão o "aça$.

A parte "ial do < 4*, art. 6* ão "oi re#ep#ioada pela DT88. F : atua #o$o "is#al da lei e, ao

#otrário da AD:, ele ão det$ legiti$idade para a propositura da ação popular. Agora, ão

tedo legiti$idade origiária, o : pode aduiri-la o #urso do pro#esso, porue se >ouer

desist?#ia da ação popular se dee pu%li#ar editais, a tetatia de ideti"i#ar se ualuer

#idadão deseja assu$ir o pClo atio. Be igu$ ier assu$ir o pClo atio, o : estálegiti$ado a, ueredo, "a!?-lo.

 rt+ KO Se o autor desistir da aç#o ou der moti&a 3 absol&iç#o dainstância, ser#o publicados editais nos pra4os e condiçBes pre&istosno art+ O, inciso , $icando assegurado a "ual"uer cidad#o, bemcomo ao representante do 2inist.rio Dúblico, dentro do pra4o de K70no&enta1 dias da última publicaç#o $eita, promo&er o

 prosseguimento da aç#o+

A%solição de istG#ia epressão ue o DCdigo de 19 utili!aa para o a%adoo.

Etão, se >ouer a%adoo do pro#esso ou desist?#ia, o jui! ão irá si$ples$ete etiguir o

pro#esso se$ o ea$e do $rito ou >o$ologar a desist?#ia. Ele ai $adar pu%li#ar editais,

"a#ultado a ualuer #idadão assu$ir o pClo atio, podedo ta$%$ o pClo atio ser

assu$ido pelo :. /a a assertia o setido de ue o : ão te$ legiti$idade atia

origiária, $as ele, eetual$ete, seguido os dita$es do art. 9*, poderá "igurar #o$o autor.

F : pode propor o re#urso #o$o "is#al da lei, a "or$a da s$ula 99 do B@P #o$iada #o$

art. 499, < 2* do D:D.

4. DF:E@=DA

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Direito Processual Civil III

A #o$pet?#ia será "ederal uado >ouer iteresse da ião ou dos de$ais etes re"eridos

o art. 109 da D. Berá, todaia, da justiça estadual os de$ais #asos.

V o%io ue se >á iteresse de etidades "ederais e$ #ojuto #o$ outras etidades

"ederatias, a #o$pet?#ia "ederal ai preale#er, poruato te>a sede #ostitu#ioal.

Be >á iteresse do Estado-$e$%ro, a #apital do Estado "ederado será o ju!o #o$petete

'justiça #o$u$+.

Be tratar-se de iteresse de $ui#pio será #o$petete a prCpria #o$ar#a.

A #o$pet?#ia para ação popular os #asos e$ ue "igura #o$o r a ião ou etidade a ela

i#ulada da justiça "ederal, apli#ado-se as regras de #o$pet?#ia territorial preistas a D.

Be o estado ru, será #o$petete o jui! de direito da #apital. Be $ui#pio, o jui! de direito

da #o$ar#a.

=a ação popular, o ue di! respeito a #o$pet?#ia, eiste$ dois aspe#tos iteressates&

a+ =ão >aerá para ação popular e>u$a regra de priilgio de "oro

;eja$ ue o agete p%li#o deerá "igurar #o$o ru. as se este agete p%li#o ue ru a

ação popular o presidete da repu%li#a, ele respoderá perate a justiça "ederal do 1* grau.

Be o goerador do estado, ele ai respoder perate o jui! de direito do 1* grau.

=a ação popular ão se te$ prerrogatia ou priilgio de "oro, #o$o o#orre, por ee$plo, e$

relação ao $adado de seguraça.

%+ A ação popular terá u$ ju!o i#o

=or$a do < 3*, art. 5*.

 rt+ MO, > ?O propositura da aç#o pre&enir) a jurisdiç#o do ju*4o

 para todas as açBes, "ue $orem posteriormente intentadas contra as

mesmas partes e sob os mesmos $undamentos+

Qaerá u$a preeção ta$%$ de#orrete da propositura da ação, #o$o o#orre a AD:.

5. :(FDE/E=@F

F pro#edi$eto da ação popular u$ pro#edi$eto ordiari!ado, a ee$plo da AD:.

V pro#edi$eto ue se aproi$a e$ $uito do rito ordiário.

A ii#ial da ação popular ai o%serar os reuisitos dos arts. 282 e 283 do D:D. Bão os $es$os

reuisitos da petição ii#ial #o$u$. =atural$ete ue #o$o a legiti$idade restrita ao

#idadão, #o$ a petição ii#ial se dee #o$proar esta #odição 'apresetação do ttulo de

eleitor e a #o$proação da parti#ipação as lti$as eleiçes, o lti$o su"rágio+.

As or$as atietes a e$eda 'art. 284+ e ide"eri$eto 'art. 295+ da petição ii#ial ta$%$

se apli#a$ trauila$ete a ação popular.

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Direito Processual Civil III

=a ação popular ta$%$ se terá possi%ilidade de "or$ulação de pedido li$iar 'ature!a

ate#ipatCria ou #autelar+, o ual te$ #o$o reuisitos o  $umus boni iuris e periculum in mora.

:ode ter aui, ade$ais, a iterposição de agrao de istru$eto ou o pedido da suspesão da

li$iar. Este pedido de suspesão da li$iar está re"erido o < 4* do art. 4* da )ei . 4.717. :or

outro lado ele etesio aos e"eitos da seteça e, #o$o já i$os, este pro#edi$eto está

regulari!ado atual$ete a )ei . 8.437T92 '$es$a or$a ue "i!e$os re"er?#ia uado

trata$os da AD:+.

A ii#ial "oi proposta. Be ela #ot$ #io isaáel será ide"erida. Be #ot$ #io saáel

#a%erá e$eda. Be ela está regular a$os ter a apre#iação do pedido li$iar, #ujos reuisitos

para a #o#essão são o $umus boni iuris e periculum in mora+

A de#isão iterlo#utCria ue se de"ere ou ide"ere a li$iar 'ate#ipatCria #autelar+ desa"ia

agrao de istru$eto 'o ual se pro#essa da "or$a preista para os re#ursos e$ geral+ ou

pode ter aida u$ pedido de suspesão de seguraça, a "or$a da )ei . 8.437T92.

Apre#iada a li$iar 'de"erida ou ide"erida+ a$os ter #itação dos rus '>á u$ litis#osCr#io

passio e#essário+. F pra!o para a #itação te$ espe#i"i#idades&

a+ F pra!o #o$eça a "luir da jutada do lti$o $adado.

%+ F pra!o de de"esa de 20 dias prorrogáeis por outros 20 $ediate reueri$eto da

parte e de"eri$eto judi#ial.

#+ =ão >á, poruato ue ieista a legislação or$a espe#"i#a, o a"asta$eto do

priilgio de pra!o preisto o art. 188 e 191 'pra!o e$ do%ro para rus #o$

pro#uradores distitos e o pra!o e$ uádruplo para a a!eda :%li#a+. A$%os ospriilgios i#ide$ a esp#ie. /a porue, já se tedo pra!o eteso e, $uito

proael$ete, tedo os rus pro#uradores distitos ão ser #o$u$ o de"eri$eto

desta a$pliação pra!al, $algrado, e$ tese, ela esteja autori!ada pelo i#iso ; do art.

7*.

 rt+ O, - pra4o de contestaç#o . de I7 0&inte1 dias, prorrog)&eis por mais I7 0&inte1, a re"uerimento do interessado, se particularmente di$*cil a produç#o de pro&a documental, e ser)comum a todos os interessados, correndo da entrega em cart!rio domandado cumprido, ou, "uando $or o caso, do decurso do pra4o

assinado em edital+

ApCs o tras#urso do pra!o de de"esa e eetual o"ere#i$eto dela o rito a ser o%serado o

ordiário.

A espe#i"i#idade do pro#edi$eto ai at o o"ere#i$eto da #otestação.

6. BE=@E=`A E (ED(BFB

A seteça a ação popular se de i$pro#ed?#ia $era$ete de#laratCria. Be a seteça de

i$pro#ed?#ia e$ lti$a aálise se está #erti"i#ado a ieist?#ia da pretesão ou o

des#a%i$eto ou a i$perti?#ia da pretesão posta e$ sede de petição ii#ial.

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Direito Processual Civil III

Be a seteça pro#edete os pedidos aturais são de des#ostituição do ato ilegal e lesio e

de #odeação do ad$iistradorT"u#ioário p%li#o e %ee"i#iário do ato a re#o$por o

erário. Esta resposa%ilidade, portato de#orrete de ato il#ito, solidária.

Etão, se pro#edete a ação popular serão #odeados solidaria$ete os resposáeis pela

práti#a do ato 'agetes p%li#os ou pessoa jurdi#a de direito priado e o %ee"i#iário do ato+.

F autor, por "orça de or$a #ostitu#ioal, ão será #odeado ao paga$eto de >oorários

ado#at#ios se a ação, #laro, "or julgada i$pro#edete. as se >ouer pro#ed?#ia, os rus

serão #odeados ao paga$eto dos >oorários do adogado. A iseção para autores e ão

para rus.

=atural$ete, ão #a%e e$ sede de ação popular ualuer i$putação de sação #ri$ial. Be

isso a#ote#e, o art. 15 da )ei . 4.717 deter$ia a #o$ui#ação ao : para ue adote as

proid?#ias ue eteda pertietes.

Esta seteça está sujeita a pedido de suspesão ue ai ser dire#ioado a :resid?#ia do

@ri%ual.

A seteça desa"ia ta$%$ re#urso de apelação. F re#urso apelação e o : legiti$ado a

apelar aida ue ele ão seja parte a ação popular 'legiti$idade origiária+. F : atua #o$o

custus legis, e #o$o tal a s$ula 99 do B@P o autori!a a re#orrer.

Qá a etesão do direito de re#orrer a ualuer #idadão.

Ee$plo. Be a prope u$a ação popular e ela etita se$ ea$e do $rito ou julgada

i$pro#edete ele 'a+ pode re#orrer. Ele o autor e#ido. :or$, ada i$pede ue (a"aelare#orra. Ela ão "igurou o pro#esso, ão se apresetou #o$o assistete litis#osor#ial, $as

poderá iterpor re#urso.

Aida uato a esta seteça Cs te$os o reea$e e#essário. Agora, este reea$e

e#essário de #erta "or$a iertido. Uual a lCgi#a do reea$e e#essário Uuado o :oder

:%li#o tier sido e#ido >á o reea$e e#essário. =a ação popular a >ipCtese di"erete. F

autor o #idadão e, e$ li>a de pri#pio, a ad$iistração p%li#a r. F reea$e e#essário,

por "orça do art. 19, caput   te$ lugar uado a ação julgada i$pro#edete ou etita se$

ea$e do $rito. E$%ora se ierta a orde$ or$al, a situação or$al, a lCgi#a a $es$a. F

autor prope a ação para preserar o iteresse p%li#o. Be a ação etita se$ ea$e do$rito ou julgada i$pro#edete pode ser ue esta seteça #otrarie o iteresse p%li#o. Be

o ierso 'seteça julgada pro#edete+ a >á #otrariedade ao iteresse p%li#o.

F reea$e a ação popular se opera apeas as >ipCteses de i$pro#ed?#ia ou etição se$

ea$e do $rito.

 rt+ 9K+ sentença "ue concluir pela car'ncia ou pela improced'nciada aç#o est) sujeita ao duplo grau de jurisdiç#o, n#o produ4indoe$eito sen#o depois de con$irmada pelo tribunal( da "ue julgar a aç#o

 procedente caber) apelaç#o, com e$eito suspensi&o+

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Direito Processual Civil III

F etedi$eto do B@P, ates $es$o da lei atual do adado de Beguraça, do setido de

ue auelas relatii!açes ao reea$e e#essário postas os << 2* e 3* do art. 475 ão se

apli#a$ aos pro#edi$etos espe#iais os uais o reea$e preisto, porue a alteração da

or$a geral ão al#açaria a or$a espe#ial.

7. DFBA P)ZA/A

 rt+ 9N+ sentença ter) e$ic)cia de coisa julgada opon*&el Qerga

omnesQ, e/ceto no caso de %a&er sido a aç#o julgada improcedente

 por de$ici'ncia de pro&a( neste caso, "ual"uer cidad#o poder)

intentar outra aç#o com id'ntico $undamento, &alendo-se de no&a

 pro&a+

F art. 18 tra! eata$ete a dis#iplia geral do D/D. A #oisa julgada será erga o$es, salo a

i$pro#ed?#ia por "alta de proas, uado a #oisa julgada ão se opera.

8. E\ED`F

Fs legiti$ados para a ee#ução estão o caput do art. 17 da )ei . 4.717.

 rt+ 9+ 8 sempre permitida 3s pessoas ou entidades re$eridas no art+

9O, ainda "ue %ajam contestado a aç#o, promo&er, em "ual"uer

tempo, e no "ue as bene$iciar a e/ecuç#o da sentença contra os

demais r.us+

A legiti$idade para a ee#ução ai ser&

a+ /o autor

Bujeito ue propRs a ação de #o>e#i$eto poderá reuerer o #u$pri$eto da seteça ue

te>a trasitado e$ julgado.

%+ Uualuer outro #idadão

Uualuer outro #idadão ta$%$ titular do direito ue estão preistos a seteça. Ele #o-

legiti$ado.

#+ :essoa jurdi#a ue te>a "igurado #o$o r, aida ue esta pessoa jurdi#a te>a

#otestado a ação.

Be e>u$ desses legiti$ados 'autor, ualuer outro #idadão ou a pessoa jurdi#a+ so%re$

para "is de ee#ução u$a legiti$idade su%sidiária do :.

 rt+ 95+ Caso decorridos 57 0sessenta1 dias da publicaç#o da sentença

condenat!ria de segunda instância, sem "ue o autor ou terceiro

 promo&a a respecti&a e/ecuç#o+ o representante do 2inist.rio

Dúblico a promo&er) nos ?7 0trinta1 dias seguintes, sob pena de $alta

gra&e+

A)A W 13T06T2011

BDA:F

169

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Direito Processual Civil III

1. DF=B/E(A`EB ZE(AB

su#apião u$a "or$a origiária de auisição de propriedade. Atras da usu#apião, se

ia%ili!a a auisição da propriedade por auele ue eer#eu a posse durate #erto lapso

te$poral, e$ atedi$eto a deter$iados reuisitos eigidos e$ lei. Qá duas justi"i#atias

%ási#as para o usu#apião&

a+ =e#essidade de se dar juridi#idade a u$a situação de "ato já #osolidada, 'a posse lea

a auisição da propriedade+.

%+ =e#essidade de a propriedade ter u$a "ução so#ial.

=ão se pode a"ir$ar ue todo auele ue possuidor dá a propriedade u$a "ução so#ial.

:ortato, atras da usu#apião, $ai$i!a-se a possi%ilidade da propriedade ter u$a "ução

so#ial.

F /ireito Irasileiro #o>e#e uatro $odalidades de usu#apião& o ordiário, etraordiário,

ur%ao e rural. A usu#apião rural surge #o$ a )ei . 6969. A usu#apião espe#ial ur%ao, por sua

e!, te$ u$a $odalidade #oletia. Assi$, a usu#apião espe#ial ur%ao pode ser idiidual ou

#oletio.

2. F/A)/A/EB

2.1 F(/=c(F

:reisto o art. 1.242 do DD.

 rt+ 9+I6I+ d"uire tamb.m a propriedade do im!&el a"uele "ue, cont*nua e

incontestadamente, com justo t*tulo e boa-$., o possuir por de4 anos+Dar)gra$o único+ Ser) de cinco anos o pra4o pre&isto neste artigo se o im!&el %ou&er sido

ad"uirido, onerosamente, com base no registro constante do respecti&o cart!rio, cancelada

 posteriormente, desde "ue os possuidores nele ti&erem estabelecido a sua moradia, ou

reali4ado in&estimentos de interesse social e econGmico+

(euisitos&

1*+ :osse #otua e i#oteste pelo perodo de 10 aos.

A posse #otua auele ue ão so"re iterrupção, ão so"re des#otiuidade.

A posse i#oteste auele ue ão o%jeto de i$pugação. =ão >á ato de isurg?#ia

por ue$ uer ue seja. =ão so"re #otestação. Be >á #otestação, ou i#otiuidade, o pra4o

 para contagem se interrompe.

Esta posse a ue o DDT16 #>a$aa de posse $asa e pa#"i#a. Ela pode ser o%jeto de

so$a de perodos eer#idos por pessoas distitas. =ão >á e#essidade ue auele ue

preteda usu#apir te>a eer#ido a posse por si sC.

8 poss*&el somar a posse dos antecessores. sto se apli#a a todas as modalidades da

usucapi#o. =ão >á e#essidade ue auele ue deseje usu#apir, te>a eer#ido posse por si sC.

Be >á essa possi%ilidade de so$a de perodos de posse pretritos.

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Direito Processual Civil III

 rt+ 9+I6?+ possuidor pode, para o $im de contar o tempo e/igido pelos artigos antecedentes,

acrescentar 3 sua posse a dos seus antecessores 0art+ 9+I71, contanto "ue todas sejam

cont*nuas, pac*$icas e, nos casos do art+ 9+I6I, com justo t*tulo e de boa-$.+ 0 Essa soma de

 posse se aplica a todas as modalidades de usucapi#o+.

E/: Se eu compro a t*tulo oneroso- um im!&el de algu.m "ue e/erceu a posse por M

anos, "ue comprou de outro "ue te&e posse por mais ? anos, "ue %erdou de outrem "ue tin%a

e/ercido a posse por 6 anos+ Ten%o, portanto, uma posse superior aos de4 anos, podendo

 pleitear o usucapi#o+

  Al$ de 10 aos de posse #otua e i#oteste, pre#iso ue se te>a justo ttulo e

%oa-".

2*+ Pusto ttulo

F justo ttulo u$ do#u$eto ue, se e$aado do real proprietário, teria o #odão de

tras"erir a propriedade. '@al do#u$eto a es#ritura p%li#a+. Be algu$ te$ a es#ritura

p%li#a, este algu$ o proprietário. =atural$ete, ue$ ão possui este do#u$eto e

tras"ere o %e$ i$Cel, ão o proprietário, portato, tras"ere o ue ão possui.

A jurisprud?#ia te$ relatii!ado o #o#eito de justo-ttulo, #o#eituado-o de a#ordo

#o$ o grau de dis#eri$eto dauele ue pretede usu#apir o %e$, aledo-se da assertia

de ue, para auela pessoa, o do#u$eto ue l>e "ora etregue, teria o #odão de l>e

tras$itir a propriedade. 'At $es$o re#i%os de tras"er?#ia de posse, ou aida, re#i%os de

paga$eto+.

3*+ Ioa-"

A %oa " ada $ais do ue& o des#o>e#i$eto do #io ue $a#ula este do#u$eto

'ou a posse+ - justo ttulo.

E/: Se eu recebo a propriedade &ia escritura pública, de "uem eu sei "ue n#o . propriet)rio,

naturalmente, eu n#o ten%o a boa $.+

A %oa " ão se presu$e, Rus de ue$ alega o reuisito, deedo este tra!er a

proa de ue o ididuo ue pretede usu#apir, real$ete #o>e#ia do #io ue $a#ulaa o justo ttulo.

QipCtese de redução do pra!o te$poral para usu#apir&

A $odalidade de usu#apião ordiário pode ter seu pra!o redu!ido $etade, se

estiere$ presetes os reuisitos do parágra"o i#o do art. 1.242, DDT02.

Ele$etos&

1*+ A auisição te>a se dado a ttulo oeroso&

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Direito Processual Civil III

2*+ A auisição te>a se dado atras de registro, ue posterior$ete te>a sido

aulado.

3*+ Auele ue pretede usu#apir, te>a esta%ele#ido o i$Cel a sua $oradia ou

te>a reali!ado iesti$etos ue tradu!a$ o iteresse so#ial ou e#oR$i#o. Esta lti$a

>ipCtese auela a ual o sujeito to$ou todas as #autelas e#essárias o $o$eto da#o$pra do i$Cel.

E;: Se &oc' &ai ad"uirir um im!&el, &ai &eri$icar se a"uele sujeito "ue est) l%e &endendo .

e$eti&amente o propriet)rio+ sso ser) $eito mediante a an)lise da certid#o de matr*cula do

im!&el+ Se o im!&el est) matriculado em nome de "uem est) l%e &endendo, se presume ser este

titular do dom*nio, &isto ser o registro público+

E/I: &oc' compra o bem con$iando no registro, e posteriormente este registro &em a ser

cancelado+ Se a operaç#o $oi onerosa, e &oc' passou a residir no im!&el, ou deu $unç#o

socialeconGmica a ele, o pra4o de usucapi#o se redu4 de 97 para 7M anos 0caracteri4ou-se aboa $.1+

2.2 E\@(AF(/=c(F

Está preisto o art. 1.238 do DDT02&

 rt+ 9+I?N+ "uele "ue, por "uin4e anos, sem interrupç#o, nem oposiç#o, possuir como seu

um im!&el, ad"uire-l%e a propriedade, independentemente de t*tulo e boa-$.( podendo

re"uerer ao jui4 "ue assim o declare por sentença, a "ual ser&ir) de t*tulo para o registro no

Cart!rio de Registro de m!&eis.

:er#e%a, ão >á e$ justo ttulo, ou %oa ", ou >á apeas u$ deles. Be eerço a posse

de "or$a #otua e i#oteste por 15 aos, eu aduiro a propriedade. Etão, se$ justo ttulo

e %oa ", possel aduirir a propriedade do %e$, %astado pree#>er os reuisitos preistos

o art. 1238 do ##.

QipCtese de redução do pra!o para usu#apir&

(euisitos&

Este pra!o de 15 aos para auisição de propriedade, ta$%$ #o$porta redução,

#osoate parágra"o i#o do art. 1.238.

 rt+ 9I?N 0+++1 Dar)gra$o único+ pra4o estabelecido neste artigo redu4ir-se-) a de4

anos se o possuidor %ou&er estabelecido no im!&el a sua moradia %abitual, ou nele reali4ado

obras ou ser&iços de car)ter produti&o+

F pra!o para usu#apir se redu! de 15 para 10 aos, #aso o sujeito te>a esta%ele#ido

resid?#ia o i$Cel, ou reali!ado o%ras ou iesti$etos este i$Cel ue o te>a torado

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Direito Processual Civil III

produtio. A usu#apião ordiária e etraordiária te$ u$ pro#edi$eto ue está preisto os

arts. 940 e seguites do DDT02, sedo este u$ pro#edi$eto espe#ial.

2.3 (IA=F

Burge a DT88, o art. 183. u$a $odalidade relatia$ete re#ete.

Este usu#apião e#otrou positiação o DCdigo Diil. ';ide art. 1.240, caput  e parágra"os+.

Qá ta$%$ preisão o Estatuto da Didade.'lei 10257T01+

 rt+ 9+I67+ "uele "ue possuir, como sua, )rea urbana de at. du4entos e cin"<enta metros

"uadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposiç#o, utili4ando-a para sua moradia

ou de sua $am*lia, ad"uirir-l%e-) o dom*nio, desde "ue n#o seja propriet)rio de outro im!&el

urbano ou rural+

> 9o  t*tulo de dom*nio e a concess#o de uso ser#o con$eridos ao %omem ou 3 mul%er, ou

a ambos, independentemente do estado ci&il+

> Io  direito pre&isto no par)gra$o antecedente n#o ser) recon%ecido ao mesmo

 possuidor mais de uma &e4+

(euisitos para a usu#apião espe#ial ur%ao&

1*+ crea ur%aa& esta $odalidade de usu#apião sC possel se o o%jeto de usu#apião

"or u$a área ur%aa. A de"iição do ue ou ão área ur%ao passa pela aálise do :lao

/iretor, deedo esta ser aalisada ao se itetar a ação.

2*+ A área ão pode e#eder a 250$2.

3*+ Di#o aos de posse #otua e i#oteste. @odo usu#apião ai eigir u$ pra!o de

posse #otua e i#oteste e, para a usu#apião espe#ial ur%ao, o pra!o o $eor de todos,

ual seja, 05 aos.

4*+ A área dee ser utili!ada para "is de $oradia pela pessoa ue pretede aduirir a

propriedade. )ogo, u$a usu#apião e$iete$ete de $oradia.

/is#ute-se a possi%ilidade de usu#apião ur%ao uado se te$ u$a destiação $ista

ao i$Cel ue se pretede usu#apir, o ue $uito #o$u$ essas >ipCteses de usu#apião. E/:

indi&iduo mora no im!&el, mas mant.m uma borrac%aria tamb.m neste im!&el ou tem um

 pe"ueno bar em parte do im!&el+

A ra!ão de ser da usu#apião preserar a $oradia. Be al$ desta, eiste o eer##io de

atiidade e#oR$i#a o i$Cel, #o$ $uito $ais ra!ão o usu#apião dee ser a#eito ou de"erido.

F ue ão possel ue >aja o de"eri$eto da usu#apião se$ ue >aja destiação

reside#ial dada ao i$Cel. Be >á destiação reside#ial e outra, ão pare#e >aer pro%le$as.

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Direito Processual Civil III

F #Cdigo ta$%$ tra! dois reuisitos egatios de se aduirir propriedade por esta

$odalidade de usu#apião&

1*+ Uue o sujeito ão seja proprietário de e>u$ outro i$Cel ur%ao ou rural

2*+ Uue o ididuo ão te>a se %ee"i#iado aterior$ete por esta $odalidade deusu#apião. Esta preo#upação ue #osta a #ostituição e isa a eitar ue o sujeito passe a

aduirir propriedade de áreas ur%aas por usu#apião de "or$a pro"issioal. E/: o sujeito=;

ocupa uma )rea, ad"uire a propriedade, &ende- a, e parte para a a"uisiç#o de outra, e assim

sucessi&amente+

2.4 - ((A)

A usu#apião espe#ial rural está preisto o art. 1.239 do DDT02. V a derradeira $odalidade

de usu#apião.

 rt+ 9+I?K+ "uele "ue, n#o sendo propriet)rio de im!&el rural ou urbano, possua como sua,

 por cinco anos ininterruptos, sem oposiç#o, )rea de terra em 4ona rural n#o superior a

cin"<enta %ectares, tornando-a produti&a por seu trabal%o ou de sua $am*lia, tendo nela sua

moradia, ad"uirir-l%e-) a propriedade+

Dara#tersti#as espe#"i#as e gerais de usu#apião espe#ial rural&

1*+ Beja u$a área rural

2*+ Uue esta área ão e#eda 50 >e#tares '500.000 $k+.

3*+ :osse #otua e i#oteste pelo perodo de #i#o aos o $i$o.

)e$%re-se ue possi%ilidade de so$a da posse eiste e$ todas as $odalidades de

usu#apião, podedo ser apli#ada aui ta$%$.

4*+ Auela propriedade seja produtia, produtiidade esta de#orrete do tra%al>o

prCprio ou "a$iliar. A#er#a deste reuisito 4*, algu$as o%seraçes são e#essárias&

o /o poto de ista do direito agrário, a epressão  produti&idade,  t#i#a, ue

parte da aálise de deter$iados di#es 'grau de utili!ação da terra, grau de

aproeita$eto da terra+. :ara a usu#apião espe#ial rural ão se dee eigir

te#i#is$o. A aálise dee ser "eita eri"i#ado-se se a terra está sedo

eplorada.

o A produtiidade dee de#orrer de Ltrabal%o pr!prio ou $amiliar+ A epressão

"a$iliar dee ser etedida e$ setido a$plo, ão se restrigido idia de

pai, $ãe e ir$ãosT"il>os. @a$%$ itegra$ esta deo$iação tios, paretesdistates e at $es$o aueles agregados. F ue se depreede desta

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Direito Processual Civil III

deter$iação legal ue, auele ididuo dee torar produtia a área se$

eplorar e#oo$i#a$ete o tra%al>o al>eio.

5*+ o sujeito ão pode ser proprietário de e>u$ outro i$Cel ur%ao ou rural.

:(FDE/E=@FB

Essas duas $odalidades de usu#apião- ur%aa e rural- t?$ pro#edi$eto su$ari!ado.

:ri$eira$ete, utili!a-se o pro#edi$eto preisto o #Cdigo #iil, ue u$ pro#edi$eto

espe#ial, preisto para a$%os. /epois, a$os aalisar #o$o o pro#edi$eto su$ário

adaptado a essas $odalidades de usu#apião espe#ial.

/A =A@(A^A /A BE=@E=`A

E$ todos os pro#edi$etos Wtato o espe#ial ue rege a usu#apião ordiária e

etraordiária, #o$o o su$ário, ue rege a usu#apião rural e ur%aa- tere$os proi$etos

 judi#iais de ature!a $era$ete de#laratCria. Etão, ão a seteça de usu#apião ue tora

o sujeito proprietário. F sujeito aduire a propriedade e$ ra!ão do eer##io da posse $asa e

pa#"i#a pelo te$po deter$iado e$ lei, $ediate a o%serG#ia dos reuisitos legais, para

#ada #aso #o#reto. A seteça si$ples$ete de#lara essa #ir#ustG#ia. Essa seteça te$e"eitos aeos, ual seja, a de ia%ili!ar os respe#tios registros de propriedade. Essa ature!a

de#laratCria "i#a #lara, uado se aalisa tato o DCdigo Diil uato o D:D, #o$o de$ostra o

art. 1.238, D:D, ue di! o seguite&

rt. 1.23'. Auele ue, por ui!e aos, se$ iterrupção, e$ oposição, possuir #o$o

seu u$ i$Cel, aduire-l>e a propriedade, idepedete$ete de ttulo e %oa-"  podendo

re"uerer ao jui4 "ue assim o declare por sentença, a ual serirá de ttulo para o registro o

DartCrio de (egistro de $Ceis.

Este dispositio a%re a sessão do #Cdigo ue de"ie usu#apião, re"erido-se, portato,

ature!a de#laratCria das seteças de usu#apião.

=a $es$a li>a o D:D, e$ seu art. 941&

Art. 941 - Do$pete a ação de usu#apião ao possuidor  para "ue se l%e declare, os ter$os

da lei, o do$io do i$Cel ou a seridão predial.

:ortato, ão a seteça ue tora o sujeito proprietário, ela apeas de#lara essa

#ir#ustG#ia e possi%ilita o e"etio registro do i$Cel e$ o$e do oo proprietário. Ela

si$ples$ete #erti"i#a algo ue ele já te$, a "i$ de ue ele possa opor sua #odição de

proprietário erga omnes.

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Direito Processual Civil III

3. DF:E@=DA

A ação de usu#apião ação real, pois se %us#a a propriedade de %e$ i$Cel. Be$ so$%ra

de didas, ela ai tra$itar o "oro de situação da #oisa. V u$a #o$pet?#ia a%soluta.

o Be o i$Cel se lo#ali!a e$ $ais de u$a #o$ar#a, a ação tra$itará e$ ualuer

delas, utili!ado-se o #ritrio da preeção. 'art. 107- D:D+

o Be >á iteresse "ederal, a ação tra$ita a Pustiça "ederal. F ue Cs te$os aui a

delegação de #o$pet?#ia "ederal para o jui! estadual, preista BFE=@E a

>ipCtese de usu#apião espe#ial rural, uado ão eista o "oro de situação da

#oisa, ;ara ederal. sto está preisto e$ B$ula 11 do B@P.

Súmula 99 do STJ- presença da ni#o ou de "ual"uer de seus entes, na aç#o deusucapi#o especial, n#o a$asta a compet'ncia do $oro da situaç#o do im!&el 

o )ogo, esta >ipCtese de usu#apião rural espe#ial, >aedo iteresse "ederal, deslo#a-se

o pro#esso para ara "ederal, salo se a #o$ar#a ão sede de ara "ederal. =este

#aso, o jui! estadual #otiua #odu!ido a ação de usu#apião, $as agora iestido de

 jurisdição "ederal, apli#ado-se o < 3* do art. 209, i#lusie, sedo i#o$petetes para

 julgar posseis re#ursos, deedo estes sere$ dirigidos para o @( e ão $ais para o

@P. =as >ipCteses de usu#apião ur%aa- ordiário ou etraordiário-, >aerá=EDEBBA(AE=@E o deslo#a$eto. =o ur%ao e rural, >aerá deslo#a$eto se

>ouer ara "ederal a #o$ar#a.

Qá ue$ de"eda ue dee >aer essa delegação as >ipCteses de usu#apião ur%ao, $as

Bodr dis#orda desse posi#ioa$eto, deido ao "ato de ue a lei 10.257 ada di! a respeito do

te$a, e, portato, ão se poderia presu$ir delegação de #o$pet?#ia, se$ ue >ouesse

preisão legal. :ara o usu#apião espe#ial rural, >á a preisão legal '<1*, art. 4* da lei 6969T81+,

o#orredo, portato, o deslo#a$eto de #o$pet?#ia, uado do iteresse "ederal a #ausa.

4. )EZ@/A/E A@;A

)egiti$ado atio para a propositura da ação de usu#apião o possuidor atual ou

pretrito. A usu#apião ão será proposta so$ete por auele sujeito ue det$ a posse.

:ode o#orrer a situação de ele ão $ais deter a posse, $as pode estar iestido dessa

ação.

E& L\O det$ a posse de #erto i$Cel lo#ali!ado e$ BBA durate 22 aos, sedo esta

#otua e iiterrupta. ApCs esse pra!o, ele #ede a posse, e outra pessoa está eer#edo a

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Direito Processual Civil III

posse a dois aos. L\O pode itetar ação de usu#apião :ode. Ele o possuidor pretrito. At

uado ele poderá %us#ar essa ação de usu#apião At ue o possuidor atual te>a aduirido

a #odição de proprietário. /a porue a ação de usu#apião estar sujeita a u$a pres#rição& F

pra!o de pres#rição eata$ete o pra!o da auisição de propriedade por outra pessoa.

A s$ula 263 do B@ deia %e$ #laro ue o usu#apião pode ser reuerido por possuidorespretritos.

Súmula+ I5?-STF- Aa aç#o de usucapi#o, de&e ser re"uerida a citaç#o pessoal dos

 possuidores atuais+

Fra, se eu ou reuerer a #itação pessoal do possudo atual, porue ele ão o autor da

ação, sedo ue esta, etão, "ora proposta por possuidor pretrito.

5.:(FDE/E=@F&

5.1- :(FDE/E=@FB EB:EDAB 'su#apião ordiário e etraordiário+

5.1.1 :E@`F =DA)

A ação de usu#apião se istaura $ediate a apresetação de u$a petição ii#ial #o$o

outra ualuer. Esta petição ii#ial atederá aos reuisitos dos arts. 282 e 283 do D:D. Al$ de

ateder a tais reuisitos, ela possui algus reuisitos espe#"i#os, uais seja$&

o  A petição ii#ial dee estar a#o$pa>ada de plata do i$Cel #uja usu#apião

pretedido. Este do#u$eto su%sta#ial, presete o art. 942 do D:D. Ela e#essáriapara ue o pedido seja per"eita$ete deli$itado

o A plata do i$Cel se di"ere#ia do #roui. A plata ão pre#isa ser "eita por

ege>eiro ou aruiteto, $as pre#isa o%serar regras t#i#as, #o$o por ee$plo, a

es#ala.

Be a petição estier irregular ou #o$ #io isaáel, o jui! irá ide"eri-la se #otier #io

saáel, ai $adar e$edá-la, por u$ pra!o por ele deter$iado, ou deter$iado e$ lei.

Be a petição ii#ial está regular, o jui! ai ordear a #itação dos rus e a oti"i#ação das

a!edas :%li#as.

5.1.2- A=Z)A(^A`F :(FDEBBA)

=a ação de usu#apião, a espe#ialidade do pro#edi$eto está eata$ete a agulari!ação

da relação pro#essual.

;a$os ter a #itação pessoal&

+ /o proprietário registral e #Rjuge.

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Direito Processual Civil III

V u$a ação real, >aedo a e#essidade de #itação dos #Rjuges. /e"ie-se proprietário

registral #o$o sedo auele e$ o$e de ue$ o i$Cel está registrado. F%ia$ete ue este

sujeito :A(@E a ação de usu#apião.

+ :ossuidor ou possuidores atuais e respe#tios #Rjuges.

+ Do"iates e respe#tios #Rjuges.

F #o"iate u$ proprietário li$tro"e. Está preisto o Art. 942-A, e s$ula 391 do B@.

;ia p%li#a ão #o"iate. Be o #o"iate u$a das a!edas :%li#as, dee ser "eito a

#itação pessoal desta e, #oseSete$ete, o usu#apiete está dispesado de "a!er a

oti"i#ação desta, apeas. :erate as outras, o pro#edi$eto o or$al.

;+ @er#eiros iteressados

Esta #itação dos ter#eiros iteressados será "eita por edital.

;+ F Art. 943 deter$ia aida as oti"i#açes da a!eda ederal, Estadual e ui#ipal.

Estas oti"i#açes dee$ ser "eitas pela ia postal. Uuado se "ala e$ oti"i#ação das "a!edas,

dee se eteder da seguite "or$a &

a+ A "a!eda "ederal a ião, portato u$a sC

%+ A "a!eda estadual o Estado e$ ue o i$Cel está lo#ali!ado

#+ A "a!eda $ui#ipal o $ui#pio e$ ue o i$Cel está lo#ali!ado.

FIB& se u$a das "a!edas apare#er para #otestar o usu#apião, ela passa a ser parte da ação.

Be esta "or a "ederal, >aerá aida o deslo#a$eto de #o$pet?#ia.

$a i"or$ação de utilidade práti#a& uado o jui! deter$iar a #itação, o

usu#apiete dee LsegurarO essa #itação por edital para eitar gastos dese#essários. =a

usu#apião, or$al$ete, u$ dos etes arrolados os ites ateriores ão lo#ali!ado. )ogo,

esses #asos, se de"eriria apeas u$a i#a #itação por edital, e ela se i#luiria as pessoas

ue ão "ora$ lo#ali!adas e deeria$ ter sido #itadas pessoal$ete.

As #itaçes dos etes presetes os ites , , , são #itaçes pessoais a do ite$ ; "eita

por edital e, se te$ aida, as oti"i#açes postais das "a!edas "ederal, estadual e $ui#ipal. Be

"altar a #itação dos etes ele#ados, #aso de ulidade do pro#esso, isto ser u$ litis#osCr#io

passio e#essário.

F #o$pa>eiro pre#isa ser #itado Bodr etede ue ão, pois uião estáel ão igual a

#asa$eto, $as eiste u$a grade dis#ussão e$ toro disso.

A espe#i"i#idade da ação de usu#apião esta ue se e#otra a agulari!ação da

relação pro#essual. Eata$ete porue a propriedade eer#ida erga omnes, e por

#oseS?#ia pre#iso ue se "or$e a #oisa julgada erga omnes, ue surge a e#essidade da

práti#a de todos estes atos de #itaçes e oti"i#ação pro#essuais.

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Direito Processual Civil III

F(/=A(^A`F /F :(FDE/E=@F F(/=c(F W BDA:F

eita a #itação ou #itaçes, tere$os u$ pra!o de15 dias para o o"ere#i$eto de

#otestação, #otados da jutada do lti$o $adato ou do lti$o edital. A a!eda :%li#a,se "or #itada, te$ pra!o e$ UA/(:)F para o"ere#i$eto de de"esa se ela "or oti"i#ada,

poderá ir aos autos e apresetar $ai"estação 'ou ela se $ai"esta di!edo ue a área e dela

e o"ere#e #otestação, ou etão ela si$ples$ete e$ aos autos para di!er ue e>u$a

oposição te$+.

Aa aç#o de usucapi#o, n#o cabe pedido declarat!rio incidental e nem recon&enç#o+

)ogo, resposta do ru se resu$e a #otestação e as e#eçes istru$etais. ApCs o

o"ere#i$eto da #otestação, a ação segue o rito ordiário.

$ aspe#to ue dee ser le$%rado, ue a "or$a do Art. 944 do D:D, o : dee ser

iti$ado de todos os atos do pro#esso. F : atua e$ todas as "ases do pro#edi$eto.

=ão o%rigatCria, a ação de usu#apião, a audi?#ia de istrução, $as or$al$ete

ela te$ lugar, >aja ista ue o $eio atural para a #o$proação da posse.

/ese>o do pro#edi$eto ordiário

:(FDE/E=@F Bc(F- BDA:F EB:EDA) (IA=F F ((A)

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Direito Processual Civil III

Be a usu#apião ur%ao ou rural, a$os ter o pro#edi$eto su$ário, ue ai guardar

#ara#tersti#as $uito prCi$as ao pro#edi$eto espe#ial. @e$os u$a adaptação.

(euisitos da ii#ial

o A ii#ial o%sera todos os reuisitos do arts. 282 e 283, al$ dos epostos oart. 276, do D:D. Bão reuisitos de u$a petição ii#ial do pro#edi$eto

su$ário '#o$o ee$plo disto te$or ue o rol de teste$u>as dee estar

#ostate a ii#ial, assi$ ta$%$ se "or #aso de per#ia+.

o A ii#ial ai pre#isar ir a#o$pa>ada de plaa ou #roui. Qá u$a "a#ilitação. A

legislação autori!a o usu#apiete a tra!er u$ #roui W di"erete$ete do

pro#edi$eto ordiário e$ ue sC a#eito a plata do i$Cel.

.

Be a petição ii#ial estier irregular, marca-se de pronto uma audi'ncia inaugural+  Estaaudi?#ia iaugural será pre#edida de #itaçes e oti"i#açes de todos os sujeitos

aterior$ete ele#ados 'ites , , , ; do poto aterior+. @e$-se, portato, a $es$a li>a

de pro#edi$eto, apeas #o$ adaptação& a usu#apião ordiária e etraordiária, o

pro#edi$eto está $otado e$ #i$a do pro#edi$eto ordiário a usu#apião ur%ao e rural,

o pro#edi$eto $otado e$ #i$a do pro#edi$eto su$ário.

A ii#ial estado regular, desiga-se a $ar#ação da audi?#ia iaugural, "a!edo-se,

preia$ete, as #itaçes e oti"i#açes, o%serado-se os artigos 942 e 943 do D:D. =a

audi?#ia, ou a partir da audi?#ia iaugural, eu te>o o pro#edi$eto do "eito, reali!ado pelo

rito su$ário i#lusie #o$ desigação de audi?#ia de istrução. =este pro#edi$etosu$ari!ado, ta$%$ >á a e#essidade de itereção do :.

/ese>o do pro#edi$eto da usu#apião espe#ial rural ou ur%ao.

5. E\DE`F /E BDA:F- E\DE`F /E /F=F

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Direito Processual Civil III

B$ula 237 do B@. L  usucapi#o pode ser arg<ida em de$esa+

F usu#apião pode ser argSido e$ de"esa.

E 1& F#orre ue algu$ aju!a u$a ação e$ $eu des"aor. Eu posso $e de"eder di!edo ue

sou proprietário do i$Cel e ue o aduiri por usu#apião.

E 2& o i!i>o aju!a u$a ação de$ar#atCria, %us#ado #o$ essa, a "iação dos li$ites e$

deter$iada li>a. Eu posso $e de"eder a"ir$ado o seguite Lol%a, e$eti&amente, se &oc'

 $or analisar os t*tulos dominiais, a lin%a "ue est) indicando . a"uela consignada nos t*tulos+

Toda&ia, eu e/erço a posse de um pedaço da propriedade "ue era sua, mas a ad"uiri por

usucapi#o, tendo posse mansa e paci$ica desta propriedade por I7 anos+   sso se #>a$a de

e#eção de usu#apião. Este tipo de alegaç#o . poss*&el, ainda "ue eu n#o ten%a uma sentença

de usucapi#o, &isto n#o ser a sentença "ue torna o ente propriet)rio, mas sim o e/erc*cio da

 posse mansa e paci$ica, somado ao atendimento dos re"uisitos pre&istos em lei+

A usu#apião pode ser alegado #o$o $atria de de"esa e$ todas as suas $odalidades.

:osso alegar usu#apião etraordiário, ordiário, ur%ao ou rural, e #o$ isso $e de"eder

estas açes de ature!a petitCria, $es$o ão tedo ajui!ado a ação %us#ado o%ter a

seteça ue o de#lare. Eu ou proar os autos do pro#esso os reuisitos ue autori!aria$ a

auisição da propriedade, e, #o$ isso, ou $e de"eder.

Agora, esta seteça, pro"erida o pro#esso e$ ue eu sou ru 'ee$plos 1 e 2+, tedo

esta a#ol>ido a e#eção de usu#apião, pode ser leada a registro o DartCrio de $Ceis  AU,

DRLE AU CRRE CTVU E TS EATES AECESSWRS+  

=este #aso, a #oisa julgada se "or$a tão so$ete e$ relação aos eolidos 'li$ita-seetre as partes+. /epois, se assi$ uiser, aju!a-se u$a ação de usu#apião, podedo a parte

ue o "i!er, se aler dos e"eitos positios da #oisa julgada. as, para ue e"etia$ete eu

possa deter a propriedade, terei de itetar a ação de usu#apião.

Bo$ete atras do pro#edi$eto espe#ial ue eu posso #ostituir o ttulo e#essário para

e"etiar o registro.

Pogo, a usucapi#o pode ser alegada em "ual"uer das suas modalidades como mat.ria

de$ensi&a, mas uma &e4 acol%ida 3 e/ceç#o de usucapi#o, ela n#o permite "ue se $aça o

registro do im!&el como sendo de sua propriedade, %aja &ista "ue n#o se poder opor esta coisa julgada erga omnes+

E;CEVXES &

o A lei do usu#apião espe#ial rural di! ue esta seteça, ue a#ol>e a e#eção

de usu#apião, pode ser leada a registro. 'Art. 7* da lei . 6969T81&   =o

usucapi#o especial poder) ser in&ocado como mat.ria de de$esa,   &alendo a

sentença "ue a recon%ecer como t*tulo para registro no de im!&eis +

o =o $es$o setido, a lei de usu#apião espe#ial ur%ao, e$ seu art. 13 da )ei .

10.257& L  usucapi#o especial urbano, poder) ser in&ocada como mat.ria de

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Direito Processual Civil III

de$esa,&alendo a sentença "ue a recon%ecer como t*tulo para registro no

cart!rio de im!&eis1+ 

Aui, etão, tere$os u$a situação ue #ausa perpleidade. Uual seria A #oisa julgada

so$ete se produ! etre as partes, e#eto, se a alegação de"esia "or de usu#apião

etraordiário ou usu#apião ordiário. =esta situação, ão se per$ite o registro, aida ue aseteça te>a a#ol>ido a e#eção de"esia. :or$, por "orça das leis espe#iais 'istas a#i$a+,

se a e#eção de usu#apião alegada "or ur%ao ou rural, o registro possel. =este #aso,

pre#iso se %us#ar u$a iterpretação #o"or$e a Dostituição, já ue a #oisa julgada ão pode

ser oposta a ue$ ão "igurou #o$o parte o pro#esso, so% pea de se ter iolado o deido

pro#esso legal, o #otraditCrio e a a$pla de"esa. =ão se pode, si$ples$ete, di!er ue as

or$as são pura e si$ples$ete i#ostitu#ioais, ou ue se iterpreta$ literal$ete. /ee-

se %us#ar u$a iterpretação #o"or$a, ue seria a seguite&

o Alega-se usu#apião espe#ial ur%ao ou rural. A#ol>e-se a e#eção de tese

de"esia. Pe&a-se a sentença 3 registro, dei/ando claramente descrito neste "ueesta trans$er'ncia de propriedade se deu em ra4#o de uma e/ceç#o de usucapi#o,

s! produ4indo e$eito entre as partes "ue $iguraram na"uele processo+ )ogo,

de"ere-se ao ididuo o ttulo de propriedade, podedo este ser #otestado a

ualuer te$po. #lusie, se outro ididuo aduirir esta propriedade, sa%erá a

orige$ dela. =isto, re#o>e#erá a e#essidade de, "utura$ete, itetar ação de

usu#apião espe#"i#a o #aso #o#reto, #aso ueria aduirir o ttulo de

propriedade do i$Cel.

6. BDA:F DF)E@;F

A usu#apião #oletio u$a ioação e "oi tra!ido pelo Estatuto da Didade 'lei 10.257+. @al

usu#apião #oletio pesado eata$ete para situaçes e$ ue se te$, #o$o o%jeto do

usu#apião as lo#alidades de "aelas.

$ dos pro%le$as das grades #idades o Irasil a "aeli!ação. E#otra-se pessoas ue

o#upa$ deter$iadas aeras, sedo estas o#upadas a aos, "or$ado estes #oglo$erados

>a%ita#ioais, e o ididuo ue uer usu#apir o terreoTi$Cel, a#a%a tedo sua ação

iia%ili!ada e$ ra!ão das #ara#tersti#as ue são prCprias da "aela.

F legislador resoleu a situação da seguite "or$a& per$ite-se o usu#apião #oletio, ou

seja, auela #oletiidade aduire a propriedade área e$ regi$e de #odo$io. Dada ete

deste #oglo$erado passa a ter u$ ttulo, sedo este i#ulado ao #odo$io. Este

#odo$io sC ai poder ser des"eito se >ouer a ur%ai!ação da área, ou seja, se a área deiar

de ser u$a "aela.

(euisitos para o usu#apião #oletio

Art. 10 da )ei 10.257&

a+ crea ur%aa com mais de 250 $2%+ F#upação por população de %aia reda para "is de $oradia

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Direito Processual Civil III

#+ Di#o aos de posse iiterrupta e se$ oposição

d+ $possi%ilidade $aterial de ideti"i#ação idiiduali!ada das o#upaçes

e+ =ão possuir outro i$Cel ur%ao ou rural.

Qaedo #o"usão etre as o#upaçes itida$ete esta$os diate de u$a "aela. Be o#?

"or %us#ar o pree#>i$eto destes reuisitos u$ a u$, u#a será possel a auisição por

$eio do usu#apião #oletio. Estes reuisitos, eidete$ete são meramente enunciati&os.

E& =ão eiste as "aelas, i$Ceis apeas #o$ ituito de $oradia. Qá ta$%$ aueles de

#aráter e#oR$i#o o ual as pessoas dese$pe>a$ as suas atiidades de #u>o #o$er#ial,

ou utili!a$ parte da prCpria resid?#ia para ee#utar tal "ução. Fu aida, >á os #asos de

pessoas ue ão te>a$ u$a reda #osiderada %aia, $as, $es$o assi$, $ora$ a "aela.

Pogo, o "ue se "uer . o conjunto+ Caracteri4ou-se como $a&ela, possibilita-se autili4aç#o da usucapi#o coleti&a+

F legiti$ado para a propositura desta ação a asso#iação de $oradores, deter$iado

pela lei 10.257. @a$%$ esta%ele#e para o usu#apião #oletio a iseção a%soluta de #ustas,

taas e e$olu$etos ' isso i#lui os ediatais, pi%li#açes, "uturo registros, et#.+ #orredo por

#ota do Estado.

E$%ora a lei "ale ue a legiti$ação e#lusia para a asso#iação de $oradores, a

iterpretação #o"or$e a D ai atri%uir ta$%$ esta legiti$idade ao :, já ue tpi#a ação

#oletia, e #a%e ao : o ajui!a$eto das açes #oletias. Etão, a aida ue ão >aja preisãolegal, ao lado da asso#iação de $oradores, o : ta$%$ te$ legiti$ação atia.

Be poretura o : a atuar #o$o autor, atuará #o$o  custus legis 'art. 12, <1* da lei

10.257+.

F pro#edi$eto o su$ário 'art.14, lei 10.257+, #o$ as adaptaçes já idi#adas. Esta

ação de usu#apião #oletio, se de"erida a seteça de#laratCria, ai lear a "or$ação de u$

#odo$io etre os $oradores, presu$ido-se a igualdade de "raçes ideais. Dada u$ re#e%e

u$a "ração ideal igual a do outro. Fs parágra"os <2*,< 3*, <4* e <5* da lei 10.257, #uida$ da

$atria&

)ei 10.257...

<2*& a usucapi#o especial coleti&a, de im!&el urbano, ser) declarada pelo jui4 mediante

sentença na "ual ser&ir) de t*tulo para registro no cart!rio de im!&eis(

>?O Aa sentença,o jui4 de$inir) igual $raç#o ideal do terreno,a cada possuidor,

independentemente das dimensBes "ue cada um possui, sal&o %ip!tese de acordo deito entre

os condGminos, estabelecendo $raçBes ideais di$erenciadas+ 0n#o %) cGo indi&iduali4ar essas

ocupaçBes1

A seteça leada a registro e registra-se a eist?#ia de u$ #odo$io, o ue se

re"ere propriedade dauela área. Este #odo$io pode ser diidido.

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Direito Processual Civil III

>6O condom*nio especial constitu*do . indi&is*&el, n#o sendo pass*&el de e/tinç#o0Y1,

sal&o, deliberaç#o tomada por, no m*nimo, I? dos condGminos, no caso de consecuç#o de

urbani4aç#o posterior 3 constituiç#o do condom*nio+

Qaerá o desdo%ra$eto do i$Cel e$ uatos "ore$ os ttulos de propriedade

eistetes.

>MO En"uanto n#o %) essa di&is#o, as deliberaçBes relati&as 3 administraç#o do

condom*nio, ser#o tomadas por maioria de &otos dos condGminos presentes, obrigando

tamb.m os demais, discordantes ou ausentes+

:(FDEBBF D;)

Aula W 20.06.2011

Eduardo Bodr

==DA`F /E FI(A =F;A

1. Dosideraçes Zerais

- @e$os essa aula o o%jetio de traçar u$ paralelo etre o direito de i!i>aça e o

pro#edi$eto de u#iação de o%ra oa.

- A u#iação de o%ra oa preista desde o direito ro$ao e tradi#ioal$ete #o$pe

o osso ordea$eto jurdi#o desde as Frdeaçes ilipias. A ligação di#otR$i#a etre a

ação de u#iação de o%ra oa e o direito de i!i>aça ela se$pre eistiu. :ode$os

di!er ue >oje eiste u$a tutela $aior do ue o direito de i!i>aça, $as o #leo da

ação de u#iação de o%ra oa está o direito de i!i>aça.

- Essa ação os de$ostra ue o direito de propriedade ão a%soluto, já ue se este

"osse a%soluta ão eistiria ra!ão de ser a ação de u#iação de o%ra oa. =o $o$eto

e$ ue eiste$ restriçes ao direito de propriedade, i#lusie o ue se re"ere ao direito

de #ostruir, ai justi"i#a$os a eist?#ia desse pro#edi$eto.

- A %ase do pro#edi$eto de u#iação de o%ra oa o art.1299 do DCdigo Diil de 2002&

Art. 1.299. F proprietário pode leatar e$ seu terreo as #ostruçes

ue l>e aprouer, salo o direito dos i!i>os e os regula$etos

ad$iistratios.

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Direito Processual Civil III

- F proprietário pode leatar e$ seu terreo as #ostruçes ue l>e aprouer, todaia se

dee o%serar os direitos dos i!i>os e os regula$etos ad$iistratios ieretes a esse

direito de #ostruir.

- A u#iação de o%ra oa ela surge o direito %rasileiro e$ pri$eiro $o$eto #o$o u$a

ia para a preseração do direito idiidual de i!i>aça, >oje os te$os u$a a$pliaçãodo o%jeto da ação de u#iação de o%ra oa ue "i#a #lara uado o%sera$os o art. 934

do D:D&

Art. 934 - Do$pete esta ação&

- ao proprietário ou possuidor, a "i$ de i$pedir ue a edi"i#ação de

o%ra oa e$ i$Cel i!i>o l>e prejudiue o prdio, suas serides ou

"is a ue destiado

- ao #odR$io, para i$pedir ue o #o-proprietário ee#ute algu$a

o%ra #o$ preju!o ou alteração da #oisa #o$u$

- ao ui#pio, a "i$ de i$pedir ue o parti#ular #ostrua e$

#otraeção da lei, do regula$eto ou de postura.

- A aálise do artigo 934 do D:D $ostra ue o o%jeto da u#iação da o%ra oa ele >oje

ultrapassa auele ue ii#ial$ete a%ragia.

- F i#iso pri$eiro se $at?$ "iel a uestão da u#iação de o%ra oa ser u$ $eio

pro#essual de tutelar o direito de i!i>aça, $as esse o%jeto a$pliado o i#iso

segudo e ter#eiro desse artigo.

- F i#iso "ala da u#iação de o%ra oa proposta por u$ #odR$io para preserar a

#oisa #o$u$. =Cs islu$%ra$os o dia a dia u$a srie de açes de u#iação de o%ra

oa ue isa$ eata$ete esse i#iso, ão raro possel se isuali!ar situaçes e$ ue

u$ proprietário do #odo$io #ostrCi so%re área #o$u$. E.& idiiduo ue $ora e$

u$ adar ue estede seu i$Cel so%re a área #o$u$, esse #aso ualuer #odR$io

poderá iterpor a ação de u#iação de o%ra oa. Qá #asos e$ ue o $orador do ulti$oadar se apropria do terraço e et#.

- F i#iso "ala do ajui!a$eto da ação de u#iação de o%ra oa por parte do poder

p%li#o, isso o#orre para garatir a o%serG#ia dos regula$etos ue se i$pe$ ao

direito de #ostruir 'plao diretor da #idade e et#+. Fs atos da ad$iistração p%li#a são

auto-ee#utáeis, logo a ad$iistração pode eer#er direta$ete o poder de pol#ia

e$%argado as #ostruçes se$ a e#essidade de ajui!a$eto da ação de u#iação de

o%ra oa uado ão se #u$pre$ os regula$etos por parte dos parti#ulares. V

i$portate desta#ar ta$%$ ue para atuar dessa $aeira, pre#iso ue a ad$iistração

p%li#a te>a u$a estrutura ad$iistratia ue per$ita a istauração de u$ pro#esso ueira de#orrer desse e$%argo da #ostrução, e e$ $uitas $ui#ipalidades essa estrutura

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Direito Processual Civil III

ão eiste. E.& aui e$ Balador a BDF= atua a "is#ali!ação das o%ras, e$%argado e

autuado as #ostruçes irregulares e posterior$ete istaurado u$ pro#esso

ad$iistratio para apurar a "udo a situação, :or$ u$a #idade do iterior #o$ de 5 $il

>a%itate a estrutura ad$iistratia ão per$ite ue eista esse tipo pro#edi$eto, esse

#aso será i$pres#idel o ajui!a$eto da u#iação de o%ra oa.

- Aida aalisado a a%rag?#ia do o%jeto da ação de u#iação de o%ra oa, dee$os

o%serar a lei de lotea$etos ur%aos, ue a lei 6766T79 e$ seu art.45&

Art. 45 - F loteador, aida ue já te>a edido todos os lotes, ou os

i!i>os, são partes legti$as para pro$oer ação destiada a i$pedir

#ostrução e$ desa#ordo #o$ restriçes legais ou #otratuais.

- F loteador, juta$ete #o$ os i!i>os, legiti$ado para propor ação de u#iação de

o%ra oa ue %usue i$pedir #ostruçes ue apreseta$ iolaçes lei ou a

disposiçes #otratuais. Aida ue o loteador te>a edido todas as uidades ele aidadet$ essa legiti$idade, isso porue ele te$ o direito de de"eder a li>a ou o padrão

aruitetRi#o dauele lotea$eto. Eiste$ $uitos lotea$etos ue possue$ #ostruçes

padroi!adas, e e$ $uitos #asos eiste$ disposiçes #otratuais ue li$ita$ o direito de

#ostrução para ue se o%sere$ #ara#tersti#as esse#iais das $oradias.

- F pri#ipal o%jeto da ação da u#iação de o%ra oa tradi#ioal$ete preseração do

direito de i!i>aça, $as esse istru$eto pro#essual garate ta$%$ o direito do

#odR$io o ue se re"ere a alteração #oisa #o$u$, ad$iistração pu%li#a ai garatir

a o%serG#ia da lei e dos regula$etos, e ao loteador garate a $auteção do projeto

aruitetRi#o do lotea$eto.

- A ação de u#iação de o%ra oa ão u$a ação possessCria e$ setido estrito, $as a

partir do $o$eto e$ ue o possuir pode dela laçar $ão, pode$os di!er ue a ação de

u#iação de o%ra oa u$a ação possessCria e$ setido lato. F art. 934, i#iso deia

isso $uito #laro uado idi#a a legiti$idade para o seu ajui!a$eto tato pelo

proprietário uato o possuidor.

2. Do#eito

- A ação ela u#iação de o%ra oa, por isso e#essário sa%er o ue seria u$a o%ra

oa.

- F #o#eito de o%ra a%rage toda e ualuer alteração de deter$iada #oisa, a gete

asso#ia $uito a palara o%ra #o$ a #ostrução, $as e$ erdade esta ta$%$ a%ar#a&

re"or$as, de$olição, es#aaçes, terraplaage$, #orte de $adeira, etração de $irios,

#ol>eita e et#.

- =ão %asta ue se te>a a o%ra, pre#iso ue se te>a u$a o%ra oa. A o%ra oa

auela ue já se ii#iou, $as aida ão se #o#luiu.

- F #ritrio utili!ado aui o da isi%ilidade, euato o#? ão isuali!a a alteração da

#oisa o i$Cel o#? aida ão te$ a o%ra, logo ão se pode laçar $ão do pro#edi$eto

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Direito Processual Civil III

de u#iação de o%ra oa. E.& o idiiduo $ada #orrespod?#ia a todos os i!i>os

di!edo ue a partir do dia 26 irá "a!er deter$iada o%ra se utili!ado da área #o$u$,

esse #aso o#? pode at ajui!ar u$a ação #o$ rito ordiário #o$ pedido li$iar para

i$pedir ue a o%ra se ii#ie, por$ ão #a%e pro#edi$eto espe#ial de u#iação de o%ra

oa porue a o%ra ão eiste aida.

- Be a o%ra já "oi #o#luda, ão >á ue se "alar e$ ação de u#iação de o%ra oa. A ação

a ser iterposta será a ação de$olitCria, ue possui rito ordiário.

- Begudo esse #ritrio da isi%ilidade, euipara-se o%ra #o#luda a o%ra e$ estado de

"iali!ação, ão >á possi%ilidade de se e$%argar u$a o%ra ia u#iação de o%ra oa

uado esta está uase "iali!ada, e$ "ase de a#a%a$eto '"alta apeas retoue de

pitura, "alta apeas a #olo#ação de %e"eitorias oluptuárias, "altado #olo#ar

esuadrias+.

2. Du$ulação de :edidos

- @oda ação de u#iação de o%ra oa dee ter e#essaria$ete u$ pedido li$iar de

e$%argo da o%ra, ão eiste possi%ilidade de propositura de ação de u#iação de o%ra

oa se$ ue li$iar$ete se pleiteie o e$%argo desta o%ra. Be ão >ouer o pedido

li$iar e o de"eri$eto do pedido li$iar, a ação ai perder seu o%jeto.

- F pedido #ara#tersti#o da u#iação de o%ra oa eata$ete o pedido de e$%argo da

o%ra, ue dee ser "or$ulado li$iar$ete. Esse pedido de e$%argo será #o"ir$ado a

de#isão "ial.

- A regra ue estuda$os ue ão possel a #u$ulação de pedidos sujeitos a

pro#edi$etos distitos $atedo-se o pro#edi$eto espe#ial, esse #aso tera$os ue

re#orrer ao pro#edi$eto ordiário. :or$, a u#iação de o%ra oa, a ee$plo do ue

o#orre as açes possessCrias, o legislador relatii!a essa regra, listado o art. 936 algus

pedidos ue pode$ ser "eitos #u$ulatia$ete ao pedido de e$%argo da o%ra se$ ue se

te>a a ordiari!ação do pro#edi$eto.

Art. 936 - =a petição ii#ial, ela%orada #o$ o%serG#ia dos reuisitos

do Art. 282, reuererá o u#iate&

- o e$%argo para ue "iue suspesa a o%ra e se $ade a"ial

re#ostituir, $odi"i#ar ou de$olir o ue estier "eito e$ seu

detri$eto

- a #o$iação de pea para o #aso de io%serG#ia do pre#eito

- a #odeação e$ perdas e daos.

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Direito Processual Civil III

- Esses pedidos são& re#ostrução, $odi"i#ação ou de$olição da #ostrução ue "oi

u#iada, %e$ #o$o $ulta por iadi$ple$eto, e apreesão e deposito dos %es

retirados.

- A #o"ir$ação do e$%argo da o%ra u$ pedido o%rigatCrio e al$ deste possel ue

se peça a re#ostituição do estado aterior da #oisa ates da #ostrução, o ue justi"i#a a

possi%ilidade de #u$ulação dos pedidos a#i$a listados.

- F pedido de $ulta diária se dará por io%serG#ia de o%rigação de "a!er i$posta pelo

 ju!o do pro#edi$eto, e desde a re"or$a de 1994 essa estipulação de $ulta pode ser

ar%itrada de o"i#io.

- E$ se tratado de de$olição, #ol>eita e #orte de $adeira e etração $ieral pode-se

pedir a apreesão e deposito dos %es retirados. Essa proide#ia te$ ature!a #autelar e

te$ por o%jetio a re#o$posição do Lstatus uo ateO.

3. Do$pet?#ia

- A ação de u#iação de o%ra oa dee ser proposta o "oro da situação da #oisa, de

a#ordo #o$ o art.95 do D:D, ue trata de açes reais i$o%iliárias.

Art. 95 - =as açes "udadas e$ direito real so%re i$Ceis

#o$petete o "oro da situação da #oisa. :ode o autor, etretato,

optar pelo "oro do do$i#lio ou de eleição, ão re#aido o litgio so%re

direito de propriedade, i!i>aça, seridão, posse, diisão ede$ar#ação de terras e u#iação de o%ra oa.

- Essa u$a #o$pet?#ia territorial a%soluta.

- Uuado o legislador idi#a essa ação #o$o sedo ação real i$o%iliária, ele deia #laro

ue esta u$a ação a ual e#essária a outorga uCria ou $arital para a sua

propositura, e se o ru #asado o #Rjuge será oti"i#ado, ressalado os #asos e$ ue o

#asa$eto estier regrado pelo regi$e de separação total de %es.

3. )egiti$idade

- A legiti$idade atia já "oi idi#ada uado aalisa$os o o%jeto da ação de u#iação de

o%ra oa.

- F%serado o art. 934 pode$os etrair ue$ são os detetores de legiti$idade atia&

1* - :roprietário ou :ossuidor

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Direito Processual Civil III

- :or esse $otio pode$os di!er ue a ação de u#iação de o%ra oa u$a ação

possessCria e$ setido lato.

- Eu posso ser proprietário e ão ter a posse, e eu posso ser possuidor se$ ter a

propriedade, e$ a$%os os #asos eu posso iterpor u$a ação de u#iação de o%ra oa.

- Essa ação será ajui!ada para proteger o direito do proprietário ou possuidor e$ relação a

o%ra e$ i$Cel i!i>o. F i$Cel i!i>o ão e#essaria$ete o i$Cel li$tro"e,

possel ue eista u$a o%ra ue ão seja o i$Cel li$tro"e, $as ue $es$o assi$ lesa

o direito do legiti$ado.

2* - DodR$io

- )egiti$idade para i$pedir ue o #o-proprietário e$preeda o%ra ue $odi"iue a #oisa

#o$u$.

- Qá u$a ted?#ia >oje a "or$ação e #odo$ios, logo essa >ipCtese a $ais"reSete.

- /etro dessa >ipCtese, a dis#ussão ue eiste se o #odo$io pode ajui!ar ação de

u#iação de o%ra oa. F i#iso "ala epressa$ete e$ #odR$io, e uato a isso

eiste u$ disseso, $as a partir do $o$eto e$ ue o #odo$io o #ojuto de

#odR$ios eu ão ejo i$possi%ilidade de ajui!a$eto da ação de u#iação de o%ra

oa por parte do #odo$io.

3* - ui#pio

- F i#iso tra! a possi%ilidade de o $ui#pio ajui!ar ação de u#iação de o%ra oa

para i$pedir a #ostrução ue ão o%edeça lei e regra$etos.

4* )oteador

- Pá aalisa$os essa >ipCtese preista o art.45 da lei 6766T79.

- =esse #aso o loteador te$ seu o$e asso#iado ao lotea$eto por ele edi"i#ado, e se >á

disposição #otratual ue preeja regras uato s edi"i#açes, o loteador legiti$ado

para ajui!ar a ação de u#iação de o%ra oa $es$o ão sedo o proprietário ou possuir

da #oisa. E.& lotea$eto ue te$ os #otratos de pro$essa de #o$pra e eda adisposição epressa ue pro%e o leata$eto de $uros etre as #asas e algu$ #ostrCi

o $urro #otrariado tal regra #otratual.

- F legiti$ado passio o doo da o%ra, ou seja, auele por #ota de ue$ a o%ra está

sedo ee#utada. Esse ididuo ão e#essaria$ete o proprietário do terreo, ele ão

e#essaria$ete o #ostrutor, $as por #ota dele ue a o%ra está sedo "eita.

=or$al$ete o proprietário ue deter$ia a reali!ação da o%ra, logo or$al$ete a

legiti$idade passia ai al#açar o proprietário e possuidor da área e$ ue esta sedo

"eita a o%ra. @odaia, isso ão u$a erdade a%soluta, o#? te$ #asos e$ ue o doo da

o%ra ão o proprietário do terreo. Qoje e$ dia #o$u$ ue >aja o proprietário doterreo e o proprietário da o%ra ue i#orporador ue "ará a eda das uidades

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Direito Processual Civil III

#ostrudas. =ão se pode #o"udir o $ero ee#utor da o%ra #o$ o doo da o%ra, e$ o

doo da o%ra #o$ o proprietário do terreo, pode ser ue essas posiçes se #o"uda$ ou

ão.

- :or etedi$eto doutriário, o Estado ão pode ser ru a ação de u#iação de o%ra

oa.

5. :ro#edi$eto

- A ação de u#iação de o%ra oa ela te$ a li$iar sedo #o#edida ao logo do

pro#edi$eto, $as ela te$ u$a #ara#tersti#a de possi%ilitar ao parti#ular o e$%argo

etrajudi#ial da o%ra.

- Essa u$a das pou#as >ipCteses de autotutela, o%serado algus reuisitos preistos

o art. 935 do D:D&

Art. 935 - Ao prejudi#ado ta$%$ l#ito, se o #aso "or urgete, "a!er o

e$%argo etrajudi#ial, oti"i#ado er%al$ete, perate duas

teste$u>as, o proprietário ou, e$ sua "alta, o #ostrutor, para ão

#otiuar a o%ra.

:arágra"o i#o - /etro de 3 'tr?s+ dias reuererá o u#iate a

rati"i#ação e$ ju!o, so% pea de #essar o e"eito do e$%argo.

- Do$o todos os #asos preistos o ordea$eto para a autotutela, esse pro#edi$eto de

e$%argo o%ra al>eia etrajudi#ial está sujeita ao #otrole judi#ial.

- (euisitos e#essários para ue se te>a o e$%argo etrajudi#ial&

1* - Bituação de rg?#ia. Be ão >á urgete eu deo re#orrer ia judi#ial, dee >aer

ris#o da o%ra ser #o#luda

2* =oti"i#ação do doo da o%ra ou a sua aus?#ia do #ostrutor. V pre#iso a

3* :reseça de ao $eos duas teste$u>as. A idia proar ue o e$%argo "oi "eito e o

estado e$ ue a o%ra estaa. Qoje e$ dia re#o$edáel ue se "otogra"e e "il$e

4* Ajui!a$eto de ação de u#iação de o%ra oa o pra!o $ái$o de 3 dias. =a petição

ii#ial da ação de u#iação de o%ra oa eu deo au#iar ue já "i! o e$%argo

etrajudi#ial da o%ra, e o jui! irá #oalidar esse e$%argo da o%ra.

- As atages do e$%argo etrajudi#ial da o%ra& a ia judi#ial de$ada algu$ te$po, e

possel ue #o$ essa de$ora a o%ra se #o#lua se a o%ra #otiuar apCs o e$%argo se

#o"igurará u$ atetado, e >aedo u$a ação e atetado, >á u$a ação #autelar prCpria

ue a L#autelar de atetadoO, e sedo re#o>e#ido o atetado, o jui! dará u$ pra!o para

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Direito Processual Civil III

ue seja re#o$posto o estado aterior da #oisa so% pea de ue a parte ão se $ai"este

os autos at o julga$eto.

- A ação de u#iação de o%ra oa se istaura atras da apresetação de petição ii#ial,

e esta dee o%serar os pre#eitos dos art. 282 e 283 do D:D. Eiste a ii#ial u$ pedido

$i$o, ue o pedido de paralisação da o%ra li$iar$ete e a #o"ir$ação ao "ialdessa li$iar. =ão >á ação de u#iação de o%ra oa se ue se te>a o pedido li$iar de

paralisação da o%ra e o pedido de #o"ir$ação desse e$%argo 'pedidos o%rigatCrios+.

Eiste$ pedidos ue pode$ ser "or$ulados de "or$a #u$ulada, #o$o o #aso da

idei!ação por perdas e daos, apreesão dos $ateriais e et#.

- Apresetada a petição ii#ial o jui! ai #o#eder a li$iar, #o$ ou se$ audi?#ia de

 justi"i#ação. Essa audi?#ia se asse$el>a uela audi?#ia de justi"i#ação das açes

possessCrias, u$a audi?#ia a ual so$ete serão ouidas as teste$u>as do autor. F

ru salo a >ipCtese de ris#o de dao irreparáel irá ser iti$ado a a#o$pa>ar a

audi?#ia de justi"i#ação.

- Be o jui! ide"erir a li$iar, #o$ ou se$ audi?#ia de justi"i#ação, >á de ser pro"erida u$a

seteça etiguido o pro#esso 'i$pro#ed?#ia pri$a "a#ie+. =ão >á #o$o se deseoler

u$a ação de u#iação de o%ra oa se$ o de"eri$eto da li$iar 'e$%argo da o%ra+.

/e"erido o e$%argo da o%ra li$iar$ete ele ai ser #u$prido por o"i#ial de justiça,

segudo o art.938&

Art. 938 - /e"erido o e$%argo, o o"i#ial de justiça, e#arregado de seu

#u$pri$eto, larará auto #ir#usta#iado, des#reedo o estado e$

ue se e#otra a o%ra e, ato #otuo, iti$ará o #ostrutor e osoperários a ue ão #otiue$ a o%ra so% pea de deso%edi?#ia e

#itará o proprietário a #otestar e$ 5 '#i#o+ dias a ação.

- ApCs esse pro#edi$eto, o ru será #itado e >aerá a jutada do $adado de #itação. A

resposta do ru dee ser apresetada o pra!o de 5 dias, e esta resposta será a$pla, ou

seja, #a%erá #otestação, as e#eçes istru$etais e a re#oeção.

- A partir da resposta do ru o pro#esso segue pelo rito das açes #autelares 'art.939+. F

rito da ação #autelar %e$ prCi$o ao rito ordiário, #o$ e#eção apeas do pra!o pararesposta de 5 dias.

Art. 939 - Apli#a-se a esta ação o disposto o Art. 803.

Art. 803 - =ão sedo #otestado o pedido, presu$ir-se-ão a#eitos pelo

reuerido, #o$o erdadeiros, os "atos alegados pelo reuerete 'arts.

285 e 319+ #aso e$ ue o jui! de#idirá detro e$ 5 '#i#o+ dias.

- A seteça desa"ia re#urso de apelação e a apelação será re#e%ida o duplo e"eito, etão

Cs te$os aui o e"eito suspesio e deolutio.

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Direito Processual Civil III

6. (esposa%ilidade pelo :roi$eto )i$iar

- @odo proi$eto ate#ipatCrio da tutela eseja resposa%ilidade o%jetia, etão o

idiiduo ue re#orre a ação de u#iação de o%ra oa e o%t?$ o e$%argo da o%ra eleai respoder o%jetia$ete pelos preju!os ue este e$%argo e>a #ausar se ao "ial

seu pedido "or julgado i$pro#edete.

- V pre#iso ter $uito #uidado uado se re#orre ao ajui!a$eto desse tipo de ação, e a

ação de u#iação de o%ra oa esta$os diate de u$a pote#ialidade de dao $uito

grade.

- @oda #ostrução tra! atural$ete algu$ preju!o ou des#o"orto para o i!i>o, isso "a!

parte da ida e$ so#iedade. V pre#iso sopesar se eiste a e#essidade de iterposição de

ação de u#iação de o%ra oa, já ue eiste esse ris#o de resposa%ilidade o%jetia.

- :ode ser ue a u#iação de o%ra oa seja ajui!ada e ue o ru #au#ioe, e #o$ essa

#aução ele #osiga o prossegui$eto da o%ra. Essa #aução serirá para garatir o

paga$eto da idei!ação so%re a #oisa ou at $es$o a restituição do estado aterior da

#oisa. F prossegui$eto da o%ra e$%argada $edida e#ep#ioal, todo e$%argo de o%ra

gera preju!os, pre#iso ue se de$ostre esse #aso a e#ep#ioalidade da situação de

preju!o al$ do or$al.

- F rito da ação de u#iação de o%ra oa será o rito das #autelares apCs a resposta do

ru, por$ esta ão será u$a ação #autelar, e si$ de #o>e#i$eto.

- Atiga$ete se etedia ue a iasão de peueas áreas ão autori!aa o e$%argo da

o%ra ou de$olição da $es$a se esta já está u$ estagio aaçado. Esse etedi$eto

 jurisprude#ial "oi positiado o art.1.258 e 1.259 do DD&

Art. 1.258. Be a #ostrução, "eita par#ial$ete e$ solo prCprio, iade solo

al>eio e$ proporção ão superior igsi$a parte deste, aduire o #ostrutor

de %oa-" a propriedade da parte do solo iadido, se o alor da #ostrução

e#eder o dessa parte, e respode por idei!ação ue represete, ta$%$, o

alor da área perdida e a desalori!ação da área re$aes#ete.

:arágra"o i#o. :agado e$ d#uplo as perdas e daos preistos este artigo,

o #ostrutor de $á-" aduire a propriedade da parte do solo ue iadiu, se

e$ proporção igsi$a parte deste e o alor da #ostrução e#eder

#osiderael$ete o dessa parte e ão se puder de$olir a porção iasora

se$ grae preju!o para a #ostrução.

Art. 1.259. Be o #ostrutor estier de %oa-", e a iasão do solo al>eio e#eder

a igsi$a parte deste, aduire a propriedade da parte do solo iadido, e

respode por perdas e daos ue a%raja$ o alor ue a iasão a#res#er #ostrução, $ais o da área perdida e o da desalori!ação da área

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Direito Processual Civil III

re$aes#ete se de $á-", o%rigado a de$olir o ue ele #ostruiu,

pagado as perdas e daos apurados, ue serão deidos e$ do%ro.

A)A :(FDEBBF D;) W 22T06T2011

DF=BZ=ADAF E :AZAE=@F

1. Dosideraçes Zerais:ara estudar essa $atria pre#iso rele$%rar algus #o#eitos de direito $aterial.

A #osigação e$ paga$eto u$a "or$a de etição das o%rigaçes, o #Cdigo de

16 era o #>a$ado paga$eto idireto. A #osigação te$ lugar se$pre ue >á re#usa ou

surge e$%araço ao #u$pri$eto da o%rigação. As >ipCteses de #osigação estão preistas o

art. 335 do DD.

A ação de #osigação e$ paga$eto u$a ação de #ausa de pedir i#ulada, pois

ue$ aju!a tal ação e#essaria$ete ai ter ue alegar u$a das situaçes do art. 335.

Art. 335. A #osigação te$ lugar&

- se o #redor ão puder, ou, se$ justa #ausa, re#usar re#e%er o paga$eto, ou dar uitação

a deida "or$a

- se o #redor ão "or, e$ $adar re#e%er a #oisa o lugar, te$po e #odição deidos

- se o #redor "or i#apa! de re#e%er, "or des#o>e#ido, de- #larado ausete, ou residir e$

lugar i#erto ou de a#esso perigoso ou di"#il

; - se o#orrer dida so%re ue$ dea legiti$a$ete re#e- %er o o%jeto do paga$eto

; - se peder litgio so%re o o%jeto do paga$eto.

A >ipCtese do i#. auela ue se te$ u$a o%rigação porta%le, ou seja, #a%e ao

deedor pro#urar o #redor. A regra ue a o%rigação seja ura%le. ala-se este i#iso a

re#usa ijusti"i#ada do #redor e$ re#e%er a prestação. A re#usa dee ser ijusti"i#ada, porue

>á #asos e$ ue a re#usa se justi"i#a, p.e. #redor do todo ão o%rigado a re#e%er por partes,

#redor ão o%rigado a re#e%er #oisa diersa da ue "oi #oe#ioada,#redor ão o%rigada

a re#e%er ates do pra!o se o pra!o "oi istitudo e$ seu "aor. Ale$ da re#usa ijusti"i#ada, o

i#. tra! outra situação ue a da re#usa de uitação ue pode ser a%soluta ou relatia. A

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Direito Processual Civil III

a%soluta uado se te$ a egatia de outorga de re#i%o, proa do paga$ete. as de

algu$a "or$a pode >aer a >ipCtese de re#usa relatia ou par#ial e$ ue o sujeito a#eita a dar

o re#i%o $as se re#usa a dar re#i%o regular.

F i#. tra! >ipCtese de diida ura%le ou uesel, ou seja, #a%e ao #redor pro#urar

o deedor pra re#e%er a prestação. Be o #redor se $ate$ ierte ão está o%rigado o deedora pro#urar o #redor.

F i#. "ala da >ipCtese e$ ue o #redor "or &

• #apa! de re#e%er- atural$ete se "ala da >ipCtese e$ ue ele i#apa! $as ão te$ represetate legal.

• /es#o>e#ido W a o%rigação te$ sujeitos deter$iados oudeter$iáeis, $as pode ser ue os ele$etos e#essários a estadeter$iação ão esteja$ ao al#a#e do deedor. E.& se algu$ se#o$pro$ete a etregar \ para o aluo ue tee $el>or $edia ao "ial

do #urso, se esse sujeito ão te$ a#esso a relação de otas , o deedorão sa%e a ue$ pagar.

• Ausete W auele ue a%adoa seus %es e egC#ios se$ deiarrepresetate. E a aus?#ia pressupe a de#laração a "or$a preistaa legislação #iil.

Qá aida as >ipCteses de lo#al i#erto de a#esso perigoso ou di"#il. Eiste u$a

di"ereça etre i#erto e igorado $uitas e!es utili!ados #o$o siRi$os se$ ue de "ato

seja$. F lo#al i#erto, te#i#a$ete, auele e$ relação o ual se te$ algu$a re"ere#ia $as

ão os ele$etos e#essários a lo#ali!ação do idiiduo. F lo#al de di"#il a#esso auele #ujo

a#esso eole #ustos eleados, perigoso auele ue eole ris#os pra ue$ ira "a!er o

deslo#a$eto. A #osigação as >ipCteses de lo#al di"#il ou perigoso sC prospera se estadi"i#uldade ou perigo su"erveniente ao esta%ele#i$eto do i#ulo o%riga#ioal. :ois se já

sa%ia ue o lo#al ti>a auelas #ara#tersti#as e assu$iu a o%rigação atural$ete Lpa#ta sut

seradaO o#? ai #u$prir o ue "oi a#ordado.

  Aida eiste$ $ais duas >ipCteses de #osigação preistas os i#. ; e ;. =esses

#asos eiste #otrorsia a#er#a de ue$ o #redor e sa%e$os ue ue$ paga $al paga 2

e!es. Qá u$a di"ereça etre essas duas >ipCteses de duida e de litgio. A duida su%jetia,

itera o#orredo ela a idia de ue o sujeito #osige e reueira a #itação dos posseis

#redores e eles ue dis#uta$ ual deles titular da prestação. =a situação de litgio pode-se

ate ter #os#i?#ia de ue$ o #redor $as a partir do $o$eto ue a lide está istaurada i$possel pre? o resultado do julga$eto.

$a perguta ue $uitas e!es apare#e & eu sou o%rigado a #osigar =ão, u$a

opção do deedor. F deedor ai aalisar #aso a #aso a #oei?#ia de #osigar. F deedor

pode se $ater ierte e pode ser ue a o%rigação e>a a pres#reer. as se ele "or

de$adado ele pode se de"eder esta ação de #o%raça e sustetar a $ora do #redor. Qá

etretato algu$as atages teCri#as o ue se re"ere a #osigação . A pri$eira delas di!

respeito a a"astar a dis#ussão e$ toro da ature!a da $ora. A seguda u$ ele$eto

su%jetio, o jui! já ai l>e er #o$ outros ol>os, algu$ ue e#ida a o%rigação se

preo#upou #o$ isso se ate#ipou ao #redor e re#orreu a ia judi#ial. A ter#eira atage$ di!

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Direito Processual Civil III

respeito a li%erar o deedor dos Rus de #oseração da #oisa o%jeto da prestação. Eiste$

#asos e$ ue o o%jeto da #osigação de di"#il, #oseração, p.e.& ai$ais.

A #osigação pode ser extra/udicial ou /udicial. A #osigação etrajudi#ial te$ u$a>ipCtese espe#i"i#a preista a lei 6766T79 'lei ue #uida da eda par#elada de i$Ceis

ur%aos+. E eiste u$a >ipCtese geral preista o D:D. A judi#ial ta$%$ pode ser espe#i"i#a

ou geri#a porue os arts. 890 a 900 do D:D eiste a dis#iplia geral da #osigação e$

paga$eto. as >á ta$%$ u$ pro#edi$eto espe#i"i#o para a #osigação judi#ial ue está

posto a lei de lo#açes _ 8245T91.

onsina-ão extra/udicial

At 79 ão >aia preisão para a #osigação etrajudi#ial e ela surge #o$ a lei 6766. A>ipCtese espe#i"i#a surge a lei de lotea$etos ur%aos para #o$%ater u$a situação ue

i>a o#orredo os aos 70. A partir da d#ada de 1950 te$os u$a $igração para os #etros

ur%aos. E a população ue $igrou passa a se assetar e$ regies peri"ri#as e #o$praa$ lá

u$ lote para pagar por 10 aos. F#orre ue #o$ o te$po auela região se alori!ou. F

loteador '#redor+ era $uitas e!es e$presário diga$os ue ela já te>a re#e%ido 4 aos de

prestação $as pra ele $uito $el>or res#idir o #otrato to$ar o terreo de oo e ed?-lo

por alor superior. Assi$ o #redor #riaa u$a situação de di"i#uldade do re#e%i$eto etão o

arias par#elas e#ia$ ate ue ele etraa #o$ u$a ação de res#isão do #otrato.

  F legislador preo#upado #o$ essa situação #riou u$ $eio de #osigação a#esselpara esse idiiduo ue pode ir ao #artCrio de registro de i$Ceis e depositar a par#ela

e#ida. Esta #osigação "eita perate o o"i#ial do registro de i$Ceis da #ir#us#rição do

lote ue "oi edido. /eido a si$pli#idade dessa >ipCtese a re"or$a judi#ial de 94 a#a%ou

geerali!ado a >ipCtese de #osigação etrajudi#ial ue agora te$ lugar e$ toda e ualuer

relação o%riga#ioal.

Re>uisitos "ara a consina-ão enerica

A #osigação etrajudi#ial está preista os << do art. 890 do DD.

rt. '+0 - =os #asos preistos e$ lei, poderá o deedor ou ter#eiro reuerer, #o$ e"eito de

paga$eto, a #osigação da uatia ou da #oisa deida.

< 1o - @ratado-se de o%rigação e$ di>eiro, poderá o deedor ou ter#eiro optar pelo depCsito

da uatia deida, e$ esta%ele#i$eto %a#ário, o"i#ial ode >ouer, situado o lugar do

paga$eto, e$ #ota #o$ #orreção $oetária, #ieti"i#ado-se o #redor por #arta #o$ aiso

de re#epção, assiado o pra!o de 10 'de!+ dias para a $ai"estação de re#usa.

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Direito Processual Civil III

< 2o - /e#orrido o pra!o re"erido o parágra"o aterior, se$ a $ai"estação de re#usa, reputar-

se-á o deedor li%erado da o%rigação, "i#ado disposição do #redor a uatia depositada.

< 3o - F#orredo a re#usa, $ai"estada por es#rito ao esta%ele#i$eto %a#ário, o deedor ou

ter#eiro poderá propor, detro de 30 'trita+ dias, a ação de #osigação, istruido a ii#ial

#o$ a proa do depCsito e da re#usa.

< 4o - =ão proposta a ação o pra!o do parágra"o aterior, "i#ará se$ e"eito o depCsito,

podedo leatá-lo o depositate.

F%ia$ete ue a situação preista o <1_ ão se adua a todos os #asos. /a se

etrae$ algus reuisitos& a+ ue o o%jeto da prestação seja uatia e$ di>eiro %+ eista

age#ia %a#aria o lo#al do paga$eto ue pre"ere#ial$ete ai ser "eita a #osigação e$

%a#o o"i#ial a sua aus?#ia e$ %a#o parti#ular #+ ue seja ideti"i#ado o #redor, e ão

eista lide so%re o o%jeto da prestação d+ sa%er o lo#al e$ ue se e#otra o #redor e ue esse

#redor e#otre-se e$ lo#alidade ue seja serida de etrega do$i#iliar de #orrespod?#ia

porue ai ser so% a ia postal a sua iti$ação para "is de re#e%i$eto da prestação e e+ >á

ue$ eteda ue o #redor ão pode ser i#apa! porue o i#apa! go!a de deter$iadas

garatias, a a #osigação deia ser "eita judi#ial$ete i#lusie #o$ a "is#ali!ação do :.

 

F pro#edi$eto para essa esp#ie de #osigação está todo posto o D:D. Da%e ao

deedor #o$pare#er a istituição ou age#ia %a#aria, #>egado lá ele ai reuerer u$a guia

de deposito para #osigação etrajudi#ial, "eito deposito a%rir-se-á #ota e$ o$e do #redor.A istituição "ia#eira e"etuará a #o$ui#ação do #redor para ue o pra!o de 10 dias e>a a

leatar o u$erário depositado. Essa #o$ui#ação "eita por #orrespod?#ia #o$ aiso de

re#e%i$eto e dee #ostar ela epressa$ete a idi#ação de pra!o para oposição de 10 dias

e ue ão >aedo oposição epressa e es#rita reputar-se-á "udada a prestação.

Be o #redor re#e%e a #arta e leata o alor depositado "i#a liuidada a o%rigação e

te$-se o e"eito do paga$eto. Be o #redor re#e%e a #orrespod?#ia e ão se $ai"esta,

tras#orridos os 10 dias o#orrerão as $es$as #oseS?#ias.

F#orredo a re#usa $ai"estada por es#rito o deedor ou ter#eiro poderá propor detrode 30 dias a ação de #osigação istruido a petição ii#ial #o$ a proa do deposito e da

re#usa. =ão proposta a ação esse pra!o "i#ará se$ e"eito o deposito podedo leatá-lo o

depositate. Qaedo a propositura da ação o pra!o o#orrerá a #oersão do deposito

etrajudi#ial e$ judi#ial.

A #osigação e$ paga$eto etrajudi#ial te$ algu$as atages, e$%ora ão seja

o%rigatCria. V u$ pro#edi$eto $uito $ais si$pli"i#ado. /espesa a assist?#ia de adogado,

te$ #ustos redu!idos e eita u$a dis#ussão ue as e!es a#ote#e a ia judi#ial ue uado

o #redor "ala ue u#a se re#usou a re#e%er.

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Direito Processual Civil III

onsina-ão /udicial

Eiste u$ pro#edi$eto para a #osigação a lei de lo#açes 'art. 67+. Be "or

#osigar judi#ial$ete o pri$eiro uestioa$eto ue dee ser "eito ual a ature!a

 jurdi#a do ego#io ue "a! surgir a o%rigação. Be lo#ação se o o%jeto da o%rigação são

e#argos lo#atios será apli#ada a lei 8245T91 e su%sidiaria$ete o D:D. =ão sedo #reditode#orrete de lo#ação si$ples$ete se apli#a o D:D.

Do$pet?#ia

A ação de #osigação dee ser proposta o "oro do lo#al do paga$eto, art. 891 do

D:D. Essa a regra geral e esta regra o ue se re"ere a #osigação de alugueres e e#argos

lo#at#ios a"astada pelo art. 58, da lei 8245. Be o o%jeto e#argo lo#at#io a #osigação

dee ser ajui!ada o lo#al e$ ue se e#otra o i$Cel. E$ a$%os os #asos trata-se de

>ipCtese de #o$pet?#ia relatia. A ação de #osigação e$ paga$eto tipi#a$ete

pessoal. F "oro da situação da #oisa a%soluto as >ipCteses preistas o art. 95. F prCprio

art. 58 esta%ele#e a possi%ilidade de eleição de "oro.

)egiti$idade

/e"iir a legiti$idade atia da #osigação pressupe de"iir ue$ pode pagar. @odos

ue pode$ pagar e$ tese pode$ #osigar já ue a #osigação u$a "or$a idireta de

paga$eto. F paga$eto,de a#ordo #o$ a lei #iil,pode ser "eito pelo deedor, por ter#eiroiteressado 'ue se su%-roga o direito do #redor+ e por ter#eiro desiteressado desde ue o

"aça e$ o$e do deedor se$ ue >aja oposição deste. )ogo det$ legiti$idade atia& o

deedor, 3_ iteressado'e.& "iador, aalista...+ e 3_ desiteressado.

A legiti$idade passia do #redor e o%ia$ete uado se eiste duida ou lide

a#er#a do #redor a ação dee ser ajui!ada #otra todo titular da prestação. Be o #redor está e$

lugar i#erto, igorado de possel a#esso >aerá #itação por edital. Be o #redor "or i#apa! a

#itação dar-se-á por pessoa do represetate legal.

Daso ão >aja i$pugação do deposito o jui! si$ples$ete li%era o deedor

prosseguido a lide e#lusia$ete e$ relação aos #redores ue disputare$ eetual$ete a

titularidade da prestação. A $atria tratada o art.898.

rt. '+' - Uuado a #osigação se "udar e$ dida so%re ue$ dea legiti$a$ete

re#e%er, ão #o$pare#edo e>u$ pretedete, #oerter-se-á o depCsito e$ arre#adação

de %es de ausetes #o$pare#edo apeas u$, o jui! de#idirá de plao #o$pare#edo $ais

de u$, o jui! de#larará e"etuado o depCsito e etita a o%rigação, #otiuado o pro#esso a

#orrer ui#a$ete etre os #redores #aso e$ ue se o%serará o pro#edi$eto ordiário.

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Direito Processual Civil III

Daso o deposito seja i$pugado #a%erá ao jui! deter$iar ual a uatia e ue$ o

#redor.

:ro#edi$eto

A #osigação ai ser ajui!ada por $eio de u$a petição ii#ial ue o%serará os

reuisitos do art. 282 e 283 do D:D. E #a%erá ao autor #osigate reuerer o deposito da

uatia o%jeto da prestação ou se já >oue deposito etrajudi#ial #a%e a ele idi#ar os "atos,

#o$proar a eist?#ia do pro#edi$eto e reuerer a #oersão do deposito etrajudi#ial e$

 judi#ial. =ão >á #o$o prosseguir e$ u$a #osigação e$ paga$eto se$ ue >aja o

deposito. F jui! irá despa#>ar a ii#ial autori!ado o deposito ou deter$iado a #oersão.

Ates de 94 >aia a #>a$ada audi?#ia de o%lação & o jui! ao is de autori!ar o deposito

$adaa #itar o ru para ue esse #o$pare#esse juta$ete #o$ o autor a u$a audi?#ia

iaugural e essa audi?#ia se tetaa etregar a #oisa para o ru. Era u$a audi?#ia se$setido.

Apos o despa#>o do jui! o autor ai ser iti$ado e ai ter o pra!o de 5 dias para

#osigar, se "alar$os de #osigação geral, ou de 24>oras se a #osigação etrajudi#ial ou

de lo#açes.

A #itação do ru so$ete te$ lugar depois de "eito o deposito.

Be o idiiduo ão depositar os pra!os de"iidos o jui! etigue o pro#esso se$

ea$e do $rito. A jurisprud?#ia "ir$e o setido de ue etrapolado esse pra!o $as aida

ão sete#iado o "eito possel ue se "aça o deposito desde ue a#res#ido dos e#argosde#orretes da $ora.

aus?ncia de de"osito autoriDa a extin-ão do "rocesso sem exame do m*rito.

eito o deposito será epedido $adado de #itação, depois "eita a jutada aos autos

do $adado #o$eça a "luir o pra!o de de"esa de 15 dias. A resposta do ru a #osigação

a$pla. Bão posseis #otestação, as e#eçes istru$etais e a re#oeção.

A espe#i"i#idade do rito segue ate a. A partir do o"ere#i$eto de de"esa o

pro#edi$eto ordiario.

A seteça desa"ia re#urso de apelação. Esta apelação será re#e%ida #o$ duplo e"eito

as >ipoteses de #osigação geri#a. Etão, a #osigação do D:D te$os o re#e%i$eto da

apelação o duplo e"eito 'e"eito deolutio e suspesio+. =o pro#edi$eto da lei de lo#açes

a apelação ão te$ e"eito suspesio.

F art. 896 esta%ele#e $atrias ue pode$ ser alegadas e$ sede de de"esa. F rol

des#rito $era$ete ee$pli"i#atio.

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Direito Processual Civil III

rt. '+6 - =a #otestação, o ru poderá alegar ue&

- ão >oue re#usa ou $ora e$ re#e%er a uatia ou #oisa deida

- "oi justa a re#usa

- o depCsito ão se e"etuou o pra!o ou o lugar do paga$eto

; - o depCsito ão itegral.

:arágra"o i#o =o #aso do i#iso ;, a alegação será ad$issel se o ru idi#ar o $otate

ue etede deido.

Atete-se para o "ato de ue se a alegação "or de isu"i#i?#ia do deposito ela sC será

#o>e#ida se o #redor idi#ar a uatia ue etede deida.

Be >á a alegação de isu"i#i?#ia do deposito direito do ru o leata$eto do

$otate i#otroerso se$ ue >aja $aiores deli%eraçes.

A seteça ue re#o>e#er a isu"i#i?#ia do deposito julgado portato isu"i#iete a

#osigação irá e#essaria$ete idi#ar a uatia deida e serirá #o$o titulo ee#utio do

ru e$ "a#e do autor, se$ ue esse ru te>a "or$ulado ualuer pedido ou te>a usado a

re#oeção. :or isso se di! ue u$ pro#edi$eto dpli#e.

  Da%e re#oeção e$ #osigação pore$ ão so%re o o%jeto de i$pugação do autor

ao paga$eto das di"ereças. :orue "alta iteresse de agir.

=as relaçes jurdi#as de trato su#essio o jui!, autori!ado o pri$eiro dos depCsitos

i$pli#ita$ete estará autori!ado o deposito das par#elas su%seSetes e a seteça julgará

ão so$ete o 1_ deposito $as todos os outros ue "or$a "eitos ao logo do pro#esso.

rt. '+2 - @ratado-se de prestaçes periCdi#as, u$a e! #osigada a pri$eira, pode o

deedor #otiuar a #osigar, o $es$o pro#esso e se$ $ais "or$alidades, as ue se "ore$

e#edo, desde ue os depCsitos seja$ e"etuados at 5 '#i#o+ dias, #otados da data do

e#i$eto.

Do$o se ? o art. a#i$a o pra!o de 5 dias perate o D:D. A lei de lo#açes "ala e$

24 >oras.

  E a seteça julgará ão sC i$pro#edete se "or o #aso a o%rigação #orrespodete a

o%rigação ii#ial #o$o ta$%$ o "ará e$ relação as de$ais par#elas.

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Direito Processual Civil III

:8ER9BC5

(R8E; 9E :8ER985)

 eio atras do ual se %us#a o%ter a de#laração de i#apa#idade da pessoa atural e o

a"asta$eto desta da práti#a dos atos da ida #iil.

 Qá dis#iplia tato o D:D uato o DD-02. Algu$as disposiçes do D:D a#a%ara$ sedo

reogadas e outras restara$ prejudi#adas #o$ o adeto do oo #Cdigo #iil, e$ ra!ão

dauele diplo$a ter sido redigido e$ #o$pati%ilidade #o$o o DD-1916.

1. ;eitimidade

1.1. Atia

 1768 do DD e 1177 do D:D

rt. 1.1##. A iterdição pode ser pro$oida&

- pelo pai, $ãe ou tutor

- pelo #Rjuge ou algu$ parete prCi$o

- pelo Crgão do iistrio :%li#o.

rt. 1.#6'. A iterdição dee ser pro$oida&

- pelos pais ou tutores

- pelo #Rjuge, ou por ualuer parete

- pelo iistrio :%li#o.

 =o ue ão >ouer >ar$oia etre os dispositios dos artigos, preale#e o ue >ouer sido

disposto o DD-02.

a+ :ais e tutores& F tutor a pessoa ue eer#e a represetação do $eor uado ão >á pai

ou $ãe poder-se-ia pesar ão >aer ra!ão de ser para a legiti$idade do tutor, u$a e! ue o

tutelado já seria #osiderado i#apa!. @odaia, a preisão do tutor te$ releG#ia uado

#osiderado o $eor relati&amente  i#apa! '16-18 aos+, ue te$ #apa#idade para a práti#a

de deter$iados atos da ida #iil. /esta "or$a, uado se "ala a legiti$idade do tutor para a#uratela de iterditos, está se "alado e$ iterdição do $eor p%ere.

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Direito Processual Civil III

%+ :elo #Rjuge, desde ue ão separado de "ato ou judi#ial$ete ou por "ual"uer 2  parete

prCi$o. Qá o$issão o ue se re"ere ao #o$pa>eiro'a+, $as relatia$ete pa#"i#o a

doutria e jurisprud?#ia ue a legiti$idade se estede a este.

 

#+ :elo iistrio :%li#o, ue sC poderá propor as >ipCteses do art. 1178&

& legiti$ação direta - o DD-16 "alaa-se e$ lou#o "urioso atual$ete, se a doeça "or grae, o

: atua direta$ete.

e & legiti$ação supletia - se i+ a patologia ão grae, se ii+ as pessoas legiti$adas ão

atuare$ ou se iii+ elas são i#apa!es, #a%e ao : atuar

=os #asos e$ ue a iterdição "or proposta pelo :, será dado #urador espe#ial aoiterditado. Be os outros legiti$ados a propusere$, o : atua #o$o de"esor do

iterditado '1179 D:D e 1770 do DD+

1.2. :assia

 Art. 1777 do DD& rol ão taatio, $as ilustratio

Art. 1.777. Fs iterditos re"eridos os i#isos , e ; do art. 1.767 serão re#ol>idos e$

esta%ele#i$etos adeuados, uado ão se adaptare$ ao #oio do$sti#o.

2. om"et?ncia

 =ão >á regra espe#"i#a

 :reale#e assi$ a regra geral& "oro do do$i#lio do ru 'iterditado+

 A #o$pet?#ia, este #aso, relatia

3. <rocedimento

3.1. :etição ii#ial

 A iterdição se istaura #o$ a apresetação de u$a petição ii#ial

 A #odição de legiti$ado, de regra, se #o$proa do#u$etal$ete. Be assi$ puder ser "eita,

a do#u$etação já dee ser apresetada juta$ete #o$ a ii#ial

2 :reale#e o DD-02

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Direito Processual Civil III

 Dausa de pedir& a apresetação da #ausa de pedir ão dee idi#ar apeas a%strata$ete as

ra!es ue justi"i#a$ o "ato de o iterditado ão poder prati#ar os atos da ida #iil, deedo

#oter ta$%$ todas as i$presses, ra!es, "atos, #ir#ustG#ias ue idi#a$ ue ele dee ser

iterditado.

V di!er, a #ausa de pedir dee ser apresetada de "or$a detal>ada.

 :edido& dee ser #erto e deter$iado, idi#ar se a iterdição dee ser plea ou ão. $

ee$plo e$ ue a iterdição pode ão ser plea a iterdição do prCdigo, a ual, ia de

regra, este sC será priado dos atos relatios disposição patri$oial.

 =ão >á o%rigação de apresetação de atestados $di#os #o$ a ii#ial, $as Bodr di! ue,

>aedo esse $aterial, ele dee ser tra!ido. @al #osideração se $ostra re#o$edáel "a#e a

graidade da La#usaçãoO de i#apa#idade.

 Qá possi%ilidade de pedido de ate#ipação de tutela, ue deerá ser de"erida diate de

eid?#ias a#er#a da i#apa#idade 'dee ateder os ele$etos idi#ados o art. 273 do D:D+

3.2. terrogatCrio

 Estado regular a petição ii#ial, o jui! desiga audi?#ia para iterrogatCrio

  A #itação do iterditado para #o$pare#er ao iterrogatCrio, ue o%rigatCrio a

iterdição

  F jui! ão te$ #o>e#i$eto t#i#o, $as atras desse #otato poderá tirar algu$as

i$presses ue poderá ajudar o #oe#i$eto "uturo

3.3. (esposta do (u e strução

 ApCs o iterrogatCrio #o$eça a "luir o pra!o de cinco dias para apresetação de de"esa

 Uue$ pode o"ere#er a de"esa a iterdição&

- F prCprio iterditado, se #ostituir adogado

- F :, se ão "or autor

- Durador espe#ial, se o : autor

- Uualuer parete& e$%ora o D:D "ale e$ parete su#essel, ão dee ser este o

etedi$eto, #osiderado ue o DD-02 estedeu a legiti$idade atia para a iterdição a

ualuer parete, podedo ta$%$ ualuer deles apresetar de"esa

 Qaerá rpli#a as situaçes #a%eis de a#ordo #o$ o D:D

 F jui! obrigado a deter$iar a produção de proa peri#ial, $as ão está o%rigado a seguira #o#lusão do perito

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 Be as partes reuerere$ poderá >aer audi?#ia de istrução

 :rodu!idas as proas, serão apresetadas as ra!es "iaisT$e$oriais e, e$ seS?#ia, será

pro"erida a seteça

3.4. Beteça e re#ursos

 A seteça a iterdição te$ algu$as pe#uliaridades, deedo o jui!&

- o$ear #urador para o iterditado

- deli$itar o al#a#e da iterdição, idi#ado uais atos o iterditado ão poderá prati#ar

- a seteça será pu%li#ada por tr?s e!es a i$presa o"i#ial, detro do pra!o de de! dias

'etre a pri$eira e a lti$a pu%li#ação+. @al deter$iação isa torar p%li#a a iterdição. A

aus?#ia dessas pu%li#açes ou sua irregularidade "a! presu$ir %oa-" dauele ue #ele%rou

egC#io jurdi#o #o$ o iterdito apCs iterdição

- a seteça será is#rita o registro de pessoas aturais. Be ão >ouer o registro, >aerá

ta$%$ a presução de %oa-" dauele ue #otrata #o$ o iterditado, presução essa

ta$%$ relatia.

 A seteça desa"ia re#urso de apelação

@. :omea-ão do curador

 A o$eação do #urador o%serará a seS?#ia pre"ere#ial do art. 1775 do DD& #Rjuge,

#o$pa>eiro, pais, outro. A gradação deste artigo ão a%soluta, ela sugestia. :ode ser ue

o pri$eiro a lista ão seja o $ais idi#ado, situação essa a ser o%serada pelo jui!, ue

poderá io%serar "uda$etada$ete este dispositio

 F #urador "ir$a ter$o de #o$pro$isso ue será assiado e$ #artCrio perate o jui!. Este

ter$o de #o$pro$isso será o do#u$eto #o$pro%atCrio da #uratela

 =o DD-16 >aia a o%rigatoriedade de o #urador o"ere#er %es e$ garatia aos atos por eleprati#ados e$ o$e do #uratelado. =a práti#a esta eig?#ia #riaa di"i#uldades e a

 jurisprud?#ia já i>a relatii!ado esse dispositio, #osiderado ue o eer##io da #uratela,

por si sC, já seria u$ Rus. /esta "or$a, tal dispositio a#a%ou sedo a"astado o DD-02. Fs art.

do D:D '1188-1191+ ue trataa$ da $atria, por isso, ão $ais se apli#a$ 'a doutria

de"ede ue >oue reogação tá#ita+.

F. Remo-ão do curador

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  A re$oção do #urador pode ser, a ualuer te$po, postulada pelo : ou por ue$

de$ostre iteresse 'art. 1194 do D:D+, re$oção esta ue #osiste e$ ação prCpria ue

o%sera o pro#edi$eto das açes #autelares 'e$%ora seja ação de #o>e#i$eto+.

 Esta ação será apesada aos autos da iterdição.

 As #ausas de re$oção estão a lei #iil& e di!e$ respeito a iolação de deeres do #urador

6. ;evantamento da interdi-ão

 A ualuer te$po o iterditado pode reuerer o leata$eto da sua iterdição 'e#eção ao

ato da ida #iil ue o iterditado pode prati#ar& #ostituição de adogado para "is de

ajui!a$eto de leata$eto da iterdição+

 F pro#edi$eto a ser o%serado o $es$o da iterdição, >aedo apesa$eto aos autos

dauela

 :ode >aer i#lusie ate#ipação dos e"eitos da tutela

 =este #aso, a legiti$idade e#lusia do iterditado

#. Recusa e dis"ensa de curador

  (e#usa& eer#ida por ue$ está sedo o$eado #urador e seuer pretede eer#er a

#uratela. Uue$ "or o$eado #urador dee, o pra!o de de! dias, o"ere#er re#usa a "or$a do

art. 1736 e 1737. Be ão apresetar esta re#usa, presu$e-se ue >oue a#eitação.

 /ispesa& dada a ue$ eer#e já #uratela, isto , eer#edo a #uratela, o #urador pode pedir

para ser dispesado desta. A #uratela te$ pra!o deter$iado, e#errado o pra!o, o #urador

te$ de! dias para peti#ioar a dispesa, se ele ão peti#ioar, presu$e-se ue ele "oi

re#odu!ido por igual perodo.

- :ode a#ote#er ue ates de e#errado o pra!o a#oteça "ato ue i$peça ou tore

e#essia$ete di"#il o eer##io da #uratela, esse #aso, por $eio de petição si$ples o

#urador pode reuerer a dispesa.

- @e$-se assi$ ue, ter$iado o pra!o, a dispesa u$ direito do #urador. =o #urso do pra!o,

todaia, essa dispesa u$a "a#uldade do jui!, ue será de"erida ou ide"erida

"uda$etada$ete.

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