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Aula 4.2 COMPETÊNCIA INTERNACIONAL Na verdade tem mais a ver com 'jurisdição' internacional. COMPETÊNCIA CONCORRENTE : a competência pode ser tanto do Brasil quanto de outros estados. Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no n o I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal. Demanda transitada em julgado em outro país, devendo surtir efeitos no Brasil deve necessariamente passar pelo STJ para que seja homologada (conceda o EXEQUATUR). Depois da homologação, é encaminhada para a Justiça Federal para que seja executada. Ter uma demanda em andamento em outro país não induz litispendência. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA : somente nessas situações a autoridade jurídica brasileira é exclusivamente competente. Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. NÃO INDUZ LITISPENDÊNCIA : Está diretamente ligada ao art. 88. Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que Ihe são conexas. Caso a sentença Brasileira transite em julgado antes da concessão do exequatur, ela valerá. Caso o exequatur seja concedido primeiro,

Processo Civil Parte 2

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Aula 4.2COMPETNCIA INTERNACIONAL

Na verdade tem mais a ver com 'jurisdio' internacional.

COMPETNCIA CONCORRENTE: a competncia pode ser tanto do Brasil quanto de outros estados.Art. 88. competente a autoridade judiciria brasileira quando:I - o ru, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigao;III - a ao se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.Pargrafo nico. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurdica estrangeira que aqui tiver agncia, filial ou sucursal.

Demanda transitada em julgado em outro pas, devendo surtir efeitos no Brasil deve necessariamente passar pelo STJ para que seja homologada (conceda o EXEQUATUR). Depois da homologao, encaminhada para a Justia Federal para que seja executada.Ter uma demanda em andamento em outro pas no induz litispendncia.

COMPETNCIA EXCLUSIVA: somente nessas situaes a autoridade jurdica brasileira exclusivamente competente.Art. 89. Compete autoridade judiciria brasileira, com excluso de qualquer outra:I - conhecer de aes relativas a imveis situados no Brasil;II - proceder a inventrio e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herana seja estrangeiro e tenha residido fora do territrio nacional.

NO INDUZ LITISPENDNCIA: Est diretamente ligada ao art. 88.Art. 90. A ao intentada perante tribunal estrangeiro no induz litispendncia, nem obsta a que a autoridade judiciria brasileira conhea da mesma causa e das que Ihe so conexas.

Caso a sentena Brasileira transite em julgado antes da concesso do exequatur, ela valer. Caso o exequatur seja concedido primeiro, antes do transito em julgado, valer a sentena extrangeira.

Aula 4.3

COMPETNCIA INTERNA

Estabelecidas na CF e no CPC.As diretrizes genricas esto do art. 91 ao 93.Art. 91. Regem a competncia em razo do valor e da matria as normas de organizao judiciria, ressalvados os casos expressos neste Cdigo.Art. 92. Compete, porm, exclusivamente ao juiz de direito processar e julgar:I - o processo de insolvncia;II - as aes concernentes ao estado e capacidade da pessoa.Art. 93. Regem a competncia dos tribunais as normas da Constituio da Repblica e de organizao judiciria. A competncia funcional dos juzes de primeiro grau disciplinada neste Cdigo.

CONSTITUIO FEDERAL

STF - 102. Obs: Membros do STF que participam do CNJ no podem atuar nas aes contra o CNJ (impedimento). STJ - 105

Smula Vinculante 22 - art. 114, VI. A Justia trabalhista competente para processar e julgar as aes por dano moral ou patrimonial decorrentes da relao de trabalho.STJ entende que e, caso de execuo de TACs frente a ente federativos, a justia competente a Trabalhista.Demandas de servidores ou empregados pblicos: CELETISTAS: Justia do trabalho ESTATUTRIOS: justia estadual CONTRATADOS: justia estadual

AUTARQUIAS FEDERAIS (ex: inss), EMPRESAS PBLICAS FEDERAIS, FUNDAES DE DIREITO PBLICO (ex: funai) e AGNCIAS REGULADORAS: competncia da Justia FederalSOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA (ex: Banco do Brasil, Petrobrs): Competncia da Justia Estadual. Smula 556 STF.CONSELHOS REGULAMENTADORES DAS PROFISSES: Competncia da Justia Federal porque se equiparam s autarquias federais. Smula 66 do STJ.Aes versando sobre Direitos Humanos decorrentes de tratados do qual o Brasil fez parte so de competncia da Justia Federal.Qualquer disputa envolvendo direitos indgenas da competncia da Justia Federal.Smula 140 STJ - competncia da Justia Estadual quando tratar-se de indgena como autor ou vtima de um crime.Aula 4.4

CDIGO DE PROCESSO CIVIL

COMPETNCIA DE FORO: Identificao do territrio.COMPETNCIA DE JUZO: Identificao do rgo jurisdicional.

Em regra o foro do domiclio do ru (art. 94 CPC) no caso de DIREITOS PESSOAIS ou DIREITOS REAIS SOBRE BENS MVEIS:Art. 94. A ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens mveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do ru. 1o Tendo mais de um domiclio, o ru ser demandado no foro de qualquer deles. 2o Sendo incerto ou desconhecido o domiclio do ru, ele ser demandado onde for encontrado ou no foro do domiclio do autor. 3o Quando o ru no tiver domiclio nem residncia no Brasil, a ao ser proposta no foro do domiclio do autor. Se este tambm residir fora do Brasil, a ao ser proposta em qualquer foro. 4o Havendo dois ou mais rus, com diferentes domiclios, sero demandados no foro de qualquer deles, escolha do autor.

Em se tratando de BENS IMVEIS: "forum rei sitae", mas pode ser pelo foro de domiclio ou de eleio desde que no trate de: Propriedade Vizinhana Servido Posse Diviso e demarcao de terras Nunciao de obra nova

Art. 95. Nas aes fundadas em direito real sobre imveis competente o foro da situao da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domiclio ou de eleio, no recaindo o litgio sobre direito de propriedade, vizinhana, servido, posse, diviso e demarcao de terras e nunciao de obra nova.

Foro competente para o INVENTRIO: foro do domiclio do autor da herana. Tambm todas as aes em que o esplio for ru. (Ainda que o falecimento ocorra no estrangeiro).Se o autor da herana no possua domiclio certo: Se deixou bens em s em uma lacalidade, no foro da situao dos bens Se deixou bens em mais de uma comarca, o foro onde ocorreu o bito

Art. 96. O foro do domiclio do autor da herana, no Brasil, o competente para o inventrio, a partilha, a arrecadao, o cumprimento de disposies de ltima vontade e todas as aes em que o esplio for ru, ainda que o bito tenha ocorrido no estrangeiro.Pargrafo nico. , porm, competente o foro:I - da situao dos bens, se o autor da herana no possua domiclio certo;II - do lugar em que ocorreu o bito se o autor da herana no tinha domiclio certo e possua bens em lugares diferentes.

Aes em que o AUSENTE for ru: no foro de seu ltimo domiclioArt. 97. As aes em que o ausente for ru correm no foro de seu ltimo domiclio, que tambm o competente para a arrecadao, o inventrio, a partilha e o cumprimento de disposies testamentrias.

Aes contra INCAPAZES: no foro do domiclio do seu representante legal.Art. 98. A ao em que o incapaz for ru se processar no foro do domiclio de seu representante.

Foro da residncia da MULHER - art. 100, I: Recurso Extraordinrio 227.114/SP. Joaquim Barbosa entende que no afronta o princpio constitucional da igualdade entre homens e mulheres. CONSTITUCIONAL.Art. 100. competente o foro:I - da residncia da mulher, para a ao de separao dos cnjuges e a converso desta em divrcio, e para a anulao de casamento

OUTRAS REGRAS DE COMPETNCIA DE FORO:Art. 100. competente o foro:I - da residncia da mulher, para a ao de separao dos cnjuges e a converso desta em divrcio, e para a anulao de casamentoII - do domiclio ou da residncia do alimentando, para a ao em que se pedem alimentos;III - do domiclio do devedor, para a ao de anulao de ttulos extraviados ou destrudos;IV - do lugar:a) onde est a sede, para a ao em que for r a pessoa jurdica;b) onde se acha a agncia ou sucursal, quanto s obrigaes que ela contraiu;c) onde exerce a sua atividade principal, para a ao em que for r a sociedade, que carece de personalidade jurdica;d) onde a obrigao deve ser satisfeita, para a ao em que se Ihe exigir o cumprimento;V - do lugar do ato ou fato:a) para a ao de reparao do dano;b) para a ao em que for ru o administrador ou gestor de negcios alheios.Pargrafo nico. Nas aes de reparao do dano sofrido em razo de delito ou acidente de veculos, ser competente o foro do domiclio do autor ou do local do fato.

ESTABLIZAO DA COMPETNCIA (PERPETUATIO JURISDITIONIS): a partir do momento que a demanda proposta, determina-se a competncia (no momento da distribuio). A no ser que modificaes posteriores suprimam o rgo judicirio ou que haja alterao a competncia em razo da matria ou da hierarquia.Art. 87. Determina-se a competncia no momento em que a ao proposta. So irrelevantes as modificaes do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o rgo judicirio ou alterarem a competncia em razo da matria ou da hierarquia.S se altera a competncia no caso de: Supresso do rgo Judicirio (alterao de uma vara de famlia para vara cvel, por exemplo). Alterao da competncia em razo da matria (comarca que s tinha varas cceis passa a ter uma vara de famlia, assim todas as demandas que versam sobre direito de famlia passam para a vara de famlia recm criada) ou da hierarquia.

Aula 5.1

PODE HAVER MODIFICAO DA COMPETNCIA:1. CONEXO2. CONTINNCIA3. VONTADE DAS PARTES (clusulas de eleio de foro)4. VONTADE DO RU (excdeo de incompetncia relativa5. PREVENO

1. CONEXO (103):Objeto (mesmo pedido MEDIATO - o bem jurdico) OU causa de pedir (prxima/fatos e remota/fundamentos).Os elementos da ao so as partes, pedido e causa de pedir.Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais aes, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir.

RESPONSVEL PELO JULGAMENTO: juzo prevento1. COMARCAS DIFERENTES: onde ocorrer a primeira citao vlida2. MESMA COMARCA, JUZOS DIFERENTES: juzo que despachou em primeiro lugar

SMULA 235 - se uma das demandas j foi julgada, no cabe a conexo.STJ Smula n 235 - Conexo - Reunio de Processos - Coisa JulgadaA conexo no determina a reunio dos processos, se um deles j foi julgado.

2. CONTINNCIA (104):Mesmas partes E causa de pedir, sendo uma das demandas mais abrangente que a outra.Art. 104. D-se a continncia entre duas ou mais aes sempre que h identidade quanto s partes e causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.Mesmo regme jurdico da conexo.RESPONSVEL PELO JULGAMENTO: juzo prevento1. COMARCAS DIFERENTES: onde ocorrer a primeira citao vlida2. MESMA COMARCA, JUZOS DIFERENTES: juzo que despachou em primeiro lugar

3. VONTADE DAS PARTES (111):Foro de eleioCompetncia relativa (em razo do VALOR e do TERRITRIO). A da matria e hierarquia so absolutas e no podem ser modificadas pelas partes.Requisitos: 1 e 2 do art. 1111. Contrato escrito2. Aludir expressamente a determinado negcio jurdico3. Obriga herdeiros e sucessoresArt. 111. A competncia em razo da matria e da hierarquia inderrogvel por conveno das partes; mas estas podem modificar a competncia em razo do valor e do territrio, elegendo foro onde sero propostas as aes oriundas de direitos e obrigaes. 1o O acordo, porm, s produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir expressamente a determinado negcio jurdico. 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.NULIDADE DA CLUSULA DE ELEIO DE FORO:1. segundo o CPC, o juiz pode conhecer de ofco.2. Segundo os Tribunais Superiores, em contratos bancrios, o juiz no pode conhecer de ofcio a abusividade das clusulasArt. 112. Argi-se, por meio de exceo, a incompetncia relativa.Pargrafo nico. A nulidade da clusula de eleio de foro, em contrato de adeso, pode ser declarada de ofcio pelo juiz, que declinar de competncia para o juzo de domiclio do ru.

STJ Smula n 381 - Contratos Bancrios - Conhecimento de Ofcio - Abusividade das ClusulasNos contratos bancrios, vedado ao julgador conhecer, de ofcio, da abusividade das clusulas.

4. VONTADE DO RU (112):Incompetncia relativa argui-se por meio de exceo de incompetnciaArt. 112. Argi-se, por meio de exceo, a incompetncia relativa.Pargrafo nico. A nulidade da clusula de eleio de foro, em contrato de adeso, pode ser declarada de ofcio pelo juiz, que declinar de competncia para o juzo de domiclio do ru.

Aula 5.2

5. PREVENO (106 e 219):

MESMA COMARCA:Art. 106. Correndo em separado aes conexas perante juzes que tm a mesma competncia territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar

COMARCAS DIVERSAS:Art. 219. A citao vlida torna prevento o juzo, induz litispendncia e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrio.

CONFLITOS DE COMPETNCIA

Pode ser POSITIVO ou NEGATIVO:Art. 115. H conflito de competncia:I - quando dois ou mais juzes se declaram competentes; (+)II - quando dois ou mais juzes se consideram incompetentes; (-)III - quando entre dois ou mais juzes surge controvrsia acerca da reunio ou separao de processos.

PROCEDIMENTO:Art. 116. O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministrio Pblico ou pelo juiz.Pargrafo nico. O Ministrio Pblico ser ouvido em todos os conflitos de competncia; mas ter qualidade de parte naqueles que suscitar.

EXCEO/CONFLITO: aquele que apresentar a exceo de incompetncia no pode suscitar o conflito - para evitar o bis in idem. Se no suscitou o conflito de competncia, pode oferecer exceo de incompetncia.Art. 117. No pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceo de incompetncia.Pargrafo nico. O conflito de competncia no obsta, porm, a que a parte, que o no suscitou, oferea exceo declinatria do foro.

STJ Smula n 59 - Conflito de Competncia - Trnsito em JulgadoNo h conflito de competncia se j existe sentena com trnsito em julgado, proferida por um dos juzos conflitantes.

Conflito de competncia s pode ser suscitado at o trnsito em julgado da sentena.

SUJEITOS PROCESSUAIS

PARTES

O exerccio da atividade jursidicional s comea a partir da provocao das partesTeoria da ao - as partes so os sujeitos que participam do contraditrio no processo perante o Estado Juiz.DEVERES:Art. 14. So deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:I - expor os fatos em juzo conforme a verdade;II - proceder com lealdade e boa-f;III - no formular pretenses, nem alegar defesa, cientes de que so destitudas de fundamento;IV - no produzir provas, nem praticar atos inteis ou desnecessrios declarao ou defesa do direito.V - cumprir com exatido os provimentos mandamentais e no criar embaraos efetivao de provimentos judiciais, de natureza antecipatria ou final.Pargrafo nico. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violao do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatrio ao exerccio da jurisdio, podendo o juiz, sem prejuzo das sanes criminais, civis e processuais cabveis, aplicar ao responsvel multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e no superior a vinte por cento do valor da causa; no sendo paga no prazo estabelecido, contado do trnsito em julgado da deciso final da causa, a multa ser inscrita sempre como dvida ativa da Unio ou do Estado.Art. 15. defeso s partes e seus advogados empregar expresses injuriosas nos escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofcio ou a requerimento do ofendido, mandar risc-las.Pargrafo nico. Quando as expresses injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertir o advogado que no as use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra.

LITIGNCIA DE M F:Art. 17. Reputa-se litigante de m-f aquele queI - deduzir pretenso ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;II - alterar a verdade dos fatos;III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;IV - opuser resistncia injustificada ao andamento do processo;V - proceder de modo temerrio em qualquer incidente ou ato do processo;Vl - provocar incidentes manifestamente infundados.VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatrio.

RESPONSABILIDADE POR DANOS PROCESSUAIS: multa de at 1% e indenizao de at 20%.Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de m-f como autor, ru ou interveniente.Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofcio ou a requerimento, condenar o litigante de m-f a pagar multa no excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrria dos prejuzos que esta sofreu, mais os honorrios advocatcios e todas as despesas que efetuou. 1o Quando forem dois ou mais os litigantes de m-f, o juiz condenar cada um na proporo do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrria. 2o O valor da indenizao ser desde logo fixado pelo juiz, em quantia no superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.

Aula 5.3

DESPESAS PROCESSUAIS E MULTAS: arts. 19 a 35. Desde que no se trate de hiptese de justia gratuita, a movimentao do Estado-Juiz requer o pagamento das despesas. Principais: 19 a 21.Art. 19. Salvo as disposies concernentes justia gratuita (Lei 1.060/50), cabe s partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o incio at sentena final; e bem ainda, na execuo, at a plena satisfao do direito declarado pela sentena. 1o O pagamento de que trata este artigo ser feito por ocasio de cada ato processual. 2o Compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos, cuja realizao o juiz determinar de ofcio ou a requerimento do Ministrio Pblico.Art. 20. A sentena condenar o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorrios advocatcios. Esta verba honorria ser devida, tambm, nos casos em que o advogado funcionar em causa prpria. 1 O juiz, ao decidir qualquer incidente ou recurso, condenar nas despesas o vencido. 2 As despesas abrangem no s as custas dos atos do processo, como tambm a indenizao de viagem, diria de testemunha e remunerao do assistente tcnico. 3 Os honorrios sero fixados entre o mnimo de dez por cento (10%) e o mximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenao, atendidos:a) o grau de zelo do profissional;b) o lugar de prestao do servio;c) a natureza e importncia da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu servio. 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimvel, naquelas em que no houver condenao ou for vencida a Fazenda Pblica, e nas execues, embargadas ou no, os honorrios sero fixados consoante apreciao eqitativa do juiz, atendidas as normas das alneas a, b e c do pargrafo anterior. 5o Nas aes de indenizao por ato ilcito contra pessoa, o valor da condenao ser a soma das prestaes vencidas com o capital necessrio a produzir a renda correspondente s prestaes vincendas (art. 602), podendo estas ser pagas, tambm mensalmente, na forma do 2o do referido art. 602, inclusive em consignao na folha de pagamentos do devedor.Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, sero recproca e proporcionalmente distribudos e compensados entre eles os honorrios e as despesas.Pargrafo nico. Se um litigante decair de parte mnima do pedido, o outro responder, por inteiro, pelas despesas e honorrios.

PROCURADORES

Aqueles com capacidade postulatria.Arts. 36 a 40Advogado habilitado: com inscrio na OAB e est em dia com suas obrigaes com a OAB.Art. 36. A parte ser representada em juzo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe- lcito, no entanto, postular em causa prpria, quando tiver habilitao legal ou, no a tendo, no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver.Advogado s atua tendo o instrumento de mandato concedido pela parte (a no ser em atos considerados urgentes, ou em caso de decadncia ou prescrio. Nestes casos, pode atuar sem o mandato, mas se obriga a exibir a procurao no prazo de 15 +15 dias (prorrogado por despacho do juiz).Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado no ser admitido a procurar em juzo. Poder, todavia, em nome da parte, intentar ao, a fim de evitar decadncia ou prescrio, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigar, independentemente de cauo, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogvel at outros 15 (quinze), por despacho do juiz.Sem o mandato, os atos so considerados INEXISTENTES (no nulo nem anulvel, e sim inexistente)Pargrafo nico. Os atos, no ratificados no prazo, sero havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.Necessidade de indicar o endereo ou sua modificao sob pena de se considerarem recebidas as intimaes feitas a endereo errado.Art. 39. Compete ao advogado, ou parte quando postular em causa prpria:I - declarar, na petio inicial ou na contestao, o endereo em que receber intimao;II - comunicar ao escrivo do processo qualquer mudana de endereo.Pargrafo nico. Se o advogado no cumprir o disposto no no I deste artigo, o juiz, antes de determinar a citao do ru, mandar que se supra a omisso no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de indeferimento da petio; se infringir o previsto no no II, reputar-se-o vlidas as intimaes enviadas, em carta registrada, para o endereo constante dos autos.PODERES DO PROCURADOR:Art. 38. A procurao geral para o foro, conferida por instrumento pblico, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citao inicial, confessar, reconhecer a procedncia do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ao, receber, dar quitao e firmar compromisso.Pargrafo nico. A procurao pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei especfica.DIREITOS DO ADVOGADOArt. 40. O advogado tem direito de:I - examinar, em cartrio de justia e secretaria de tribunal, autos de qualquer processo, salvo o disposto no art. 155;II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo prazo de 5 (cinco) dias;III - retirar os autos do cartrio ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que Ihe competir falar neles por determinao do juiz, nos casos previstos em lei. 1o Ao receber os autos, o advogado assinar carga no livro competente. 2 Sendo comum s partes o prazo, s em conjunto ou mediante prvio ajuste por petio nos autos, podero os seus procuradores retirar os autos, ressalvada a obteno de cpias para a qual cada procurador poder retir-los pelo prazo de 1 (uma) hora independentemente de ajuste.

SUBSTITUIO DAS PARTES E PROCURADORESArts. 41 a 45 43 - Morte de qualquer das partes, sero substitudas pelo esplio ou pelos sucessores. Para haver a substituio, o juiz antes suspende o processo. 44 - a parte que revogar o mandato, no mesmo ato constituir outro. 45 Advogado pode renunciar ao mandato desde que prove que cientificou o mandante a fim de que nomeie um substituto. Mas continua a representar o mandante at os 10 dias seguintes.

Aula 5.4

JUIZ

Art. 125 ao 138 - deveres, responsabilidade civil e atos praticados pelo juiz.

DEVERES:Art. 125. O juiz dirigir o processo conforme as disposies deste Cdigo, competindo-lhe:I - assegurar s partes igualdade de tratamento;II - velar pela rpida soluo do litgio;III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrrio dignidade da Justia;***IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes.***

Art. 126. O juiz no se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe- aplicar as normas legais; no as havendo, recorrer analogia, aos costumes e aos princpios gerais de direito.

Art. 127. O juiz s decidir por eqidade nos casos previstos em lei.

Art. 128. O juiz decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questes, no suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstncias da causa, de que autor e ru se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim proibido por lei, o juiz proferir sentena que obste aos objetivos das partes.

INICIATIVA PROBATRIA/PODERES INSTRUTRIOS DO JUIZ:Art. 130. Caber ao juiz, de ofcio ou a requerimento da parte, determinar as provas necessrias instruo do processo, indeferindo as diligncias inteis ou meramente protelatrias.

SISTEMA DA PERSUASO RACIONAL:Art. 131. O juiz apreciar livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstncias constantes dos autos, ainda que no alegados pelas partes; mas dever indicar, na sentena, os motivos que Ihe formaram o convencimento.

PRINCPIO DA IDENTIDADE FSICA DO JUIZ: salvo quando convocado, licenciado, afastado, promovido ou aposentado.Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audincia julgar a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passar os autos ao seu sucessor.Pargrafo nico. Em qualquer hiptese, o juiz que proferir a sentena, se entender necessrio, poder mandar repetir as provas j produzidas.

RESPONSABILIDADE CIVIL:Art. 133. Responder por perdas e danos o juiz, quando:I - no exerccio de suas funes, proceder com dolo ou fraude;II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providncia que deva ordenar de ofcio, ou a requerimento da parte.Pargrafo nico. Reputar-se-o verificadas as hipteses previstas no no II s depois que a parte, por intermdio do escrivo, requerer ao juiz que determine a providncia e este no Ihe atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.

IMPEDIMENTOS E SUSPEIO: dever de se declarar impedido ou suspeito sob pena de responder por perdas e danos, perante ao seu rgo correicional e junto ao CNJ.1. IMPEDIMENTOArt. 134. defeso ao juiz exercer as suas funes no processo contencioso ou voluntrio:I - de que for parte;II - em que interveio como mandatrio da parte, oficiou como perito, funcionou como rgo do Ministrio Pblico, ou prestou depoimento como testemunha;III - que conheceu em primeiro grau de jurisdio, tendo-lhe proferido sentena ou deciso;IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cnjuge ou qualquer parente seu, consangneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral at o segundo grau;V - quando cnjuge, parente, consangneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, at o terceiro grau;VI - quando for rgo de direo ou de administrao de pessoa jurdica, parte na causa.Pargrafo nico. No caso do no IV, o impedimento s se verifica quando o advogado j estava exercendo o patrocnio da causa; , porm, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.

2. SUSPEIOArt. 135. Reputa-se fundada a suspeio de parcialidade do juiz, quando:I - amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cnjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral at o terceiro grau;III - herdeiro presuntivo, donatrio ou empregador de alguma das partes;IV - receber ddivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender s despesas do litgio;V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.Pargrafo nico. Poder ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo ntimo.Art. 136. Quando dois ou mais juzes forem parentes, consangneos ou afins, em linha reta e no segundo grau na linha colateral, o primeiro, que conhecer da causa no tribunal, impede que o outro participe do julgamento; caso em que o segundo se escusar, remetendo o processo ao seu substituto legal.

APLICAM-SE AS HIPTESES DE IMPEDIMENTO E SUSPEIO:Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeio aos juzes de todos os tribunais. O juiz que violar o dever de absteno, ou no se declarar suspeito, poder ser recusado por qualquer das partes (art. 304).Art. 138. Aplicam-se tambm os motivos de impedimento e de suspeio:I - ao rgo do Ministrio Pblico, quando no for parte, e, sendo parte, nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135;II - ao serventurio de justia;III - ao perito; IV - ao intrprete. 1o A parte interessada dever argir o impedimento ou a suspeio, em petio fundamentada e devidamente instruda, na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos; o juiz mandar processar o incidente em separado e sem suspenso da causa, ouvindo o argido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a prova quando necessria e julgando o pedido. 2o Nos tribunais caber ao relator processar e julgar o incidente.

MINISTRIO PBLICO

Arts. 81 a 85.Pode atuar como parte ou como fiscal da lei.Hipteses de impedimento e suspeio se aplicamOs mesmos deveres das partes se aplicamArt. 81. O Ministrio Pblico exercer o direito de ao nos casos previstos em lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e nus que s partes.

Art. 82. Compete ao Ministrio Pblico intervir:I - nas causas em que h interesses de incapazes;II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, ptrio poder, tutela, curatela, interdio, casamento, declarao de ausncia e disposies de ltima vontade;III - nas aes que envolvam litgios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que h interesse pblico evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministrio Pblico:I - ter vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;II - poder juntar documentos e certides, produzir prova em audincia e requerer medidas ou diligncias necessrias ao descobrimento da verdade.

NULIDADE DOS ATOS PRATICADOS SEM A INTERVENO DO MPArt. 85. O rgo do Ministrio Pblico ser civilmente responsvel quando, no exerccio de suas funes, proceder com dolo ou fraude.

RESPONSABILIDADE CIVILArt. 84. Quando a lei considerar obrigatria a interveno do Ministrio Pblico, a parte promover-lhe- a intimao sob pena de nulidade do processo.

SERVENTURRIOS

Arts. 139 a 144.Art. 139. So auxiliares do juzo, alm de outros, cujas atribuies so determinadas pelas normas de organizao judiciria, o escrivo, o oficial de justia, o perito, o depositrio, o administrador e o intrprete.

Aula 6.1

LITISCONSRCIO

Objetivo: economia processual.Consrcio de lides/litigantesArts. 46 a 49CONCEITO: oportunidade de cumulao subjetiva do processo. No se trata de cumulao de aes nem de processos. hiptese de cumulao de pessoas.Litisconsorte parte.

CLASSIFICAO

1. QUANTO AO MOMENTO DE SUA FORMAO: INICIAL: j vem indicado na inicial ULTERIOR: passa a ser litisconsrcio s posteriormente2. QUANTO POSIO DOS LITISCONSORTES ATIVO PASSIVO MISTO3. QUANTO OBRIGATORIEDADE DE FORMAO FACULTATIVO: decorre de autorizao legal. Art. 46. NECESSRIO/OBRIGATRIO: decorre da imposio legal. Art. 47. Sentena proferidaa em processo que deveria ter listisconsrcio necessrio e no houve, parte da doutrina diz que nula e parte diz que inexistente.4. QUANTO AO RESULTADO DA DEMANDA: SIMPLES: o magistrado pode especificar resultados diferenciados para cada litisconsorte UNITRIO: o resultado necessariamente igual, uniforme para todos os envolvidos

FACULTATIVO

Autorizao para a cumulao subjetiva.Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:I - entre elas houver comunho de direitos ou de obrigaes relativamente lide;II - os direitos ou as obrigaes derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;III - entre as causas houver conexo pelo objeto ou pela causa de pedir;IV - ocorrer afinidade de questes por um ponto comum de fato ou de direito.Pargrafo nico. O juiz poder limitar o litisconsrcio facultativo quanto ao nmero de litigantes, quando este comprometer a rpida soluo do litgio ou dificultar a defesa. O pedido de limitao interrompe o prazo para resposta, que recomea da intimao da deciso.

Aula 6.2Exemplos clssicos:I - Co-Propriedade: propriedade com mais de um proprietrio. Facultativo. Pode s demandar contra um dos proprietrios, e se ele condenado ao final, depois pode buscar o direito de regresso. No entanto, se houver no contrato que todos os proprietrios respondem solidariamente pelas responsabilidades, ento ser hiptese de litisconsrcio necessrio.II - Acidente de trnsito: Engavetamento. No precisa ingressar com a ao indenizatria contra todos os envolvidos. Pode, mas no necessrio.III - Acionistas/Assemblia: 2 ou mais acionistas impugnando uma assemblia realizada em uma sociedade annima. Se quiserem entrar com as aes separadamente, tambm podem.IV - Proprietrio Rural: tem sua propriedade invadida por animais que vieram das propriedades vizinhas limtrofes. No se sabe de onde so os animais, de quais proprietrios. Pode-se ingressar contra aquele que se imagina que o proprietrio ou contra todos. uma faculdade.

LITISCONSRCIO MULTITUDINRIO: desmembramento em grupos, interrupo do prazo para resposta. Se o juiz acata o pedido feito para limitao do litisconsrcio facultativo, o prazo deve ser restitudo para a apresentao da resposta. Evita que o tramite seja muito longo e facilita a resposta.Art. 46. [...]Pargrafo nico. O juiz poder limitar o litisconsrcio facultativo quanto ao nmero de litigantes, quando este comprometer a rpida soluo do litgio ou dificultar a defesa. O pedido de limitao interrompe o prazo para resposta, que recomea da intimao da deciso.

NECESSRIO

Quando por disposio de lei ou pela natureza da relao jurdica, o juiz tiver que resolver a lide de maneira uniforme para todas as partes - LITISCONSRCIO NECESSRIO UNITRIOArt. 47. H litisconsrcio necessrio, quando, por disposio de lei ou pela natureza da relao jurdica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficcia da sentena depender da citao de todos os litisconsortes no processo.

Exemplos:USUCAPIO. necessrio por disposio de lei.ANULAO DE CONTRATO: pela natureza da relao jurdica.

Aula 6.3

Art. 47.Pargrafo nico. O juiz ordenar ao autor que promova a citao de todos os litisconsortes necessrios, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo.

INTERVENO "IUSSU IUDICIS": possibilidade de interveno judicial para que seja formado o litisconsrcio necessrio do polo passivo (pargrafo nico)Por causa do pargrafo nico, a maioria da doutrina entende que s existe litisconsrcio necessrio no polo passivo (apesar de haver divergncia). No haveria litisconsrcio necessrio ativo ("ningum pode ser obrigado a demandar")A sentena prolatada sem a presenta de todos os litisconsortes necessrios hiptese de inexistncia ou nulidade absoluta (divergncia doutrinria)A maioria dos casos de litisconsrcios necessrios tambm unitrio, mas tambm pode ocorrer litisconsrio facultativo unitrio. O caso dos acionistas exemplo de sentena uniforme em litisconsrcio facultativo.

PRINCPIO DA AUTONOMIA DOS LITISCONSORTES: art. 48. Os atos e omisses de um litisconsorte no prejudicam nem beneficciam aos outros, salvo nos casos: 320, I - CONTESTAO. A contestao de um dos litisconsortes impede a caracterizao da revelia com todos os seus efeitos. No se aplicam os efeitos da revelia aos outros litisconsortes.Art. 320. A revelia no induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente:I - se, havendo pluralidade de rus, algum deles contestar a ao;

350 - Confisso. A confisso de um dos litisconsortes no prejudica os demais, ao contrrio, acaba beneficiando.Art. 350. A confisso judicial faz prova contra o confitente, no prejudicando, todavia, os litisconsortes.Pargrafo nico. Nas aes que versarem sobre bens imveis ou direitos sobre imveis alheios, a confisso de um cnjuge no valer sem a do outro. 509 - Teoria Geral dos Recursos. O recurso interoposto beneficia os demais, salvo se os interesses forem distintos ou opostos.Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.Art. 48. Salvo disposio em contrrio, os litisconsortes sero considerados, em suas relaes com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omisses de um no prejudicaro nem beneficiaro os outros.

PRAZO EM DOBRO: contestao, recurso e manifestao nos autos - para um melhor manuseio dos autos.Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.STF - Smula 641NO SE CONTA EM DOBRO O PRAZO PARA RECORRER, QUANDO S UM DOSLITISCONSORTES HAJA SUCUMBIDO.

Se s um dos litisconsortes foi vencido na sentena, no h razo para ter o prazo em dobro.

Art. 49. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo e todos devem ser intimados dos respectivos atos.

Aula 6.4

INTERVENO DE TERCEIROS

Aquele atingido pela relao jurdico-processual formada entre as partes, mas que no parte ( terceiro).

MODALIDADES:1. ASSISTNCIA: arts. 50 a 552. OPOSIO: arts. arts. 56 a 613. NOMEAO AUTORIA: arts. 62 a 694. DENUNCIAO DA LIDE: arts. 70 a 765. CHAMAMENTO AO PROCESSO: arts. 77 a 80

NO NOVO CPC: Assistncia mantida nos termos atuais. Nomeao autoria extinta, substituda pela Correo da Ilegitimidade Passiva Oposio extinta Denunciao da Lide transformada em Denunciao de Garantia Chamamento ao Processo mantido Amicus Curiae figura como modalidade de interveno de terceiros

ASSISTNCIA

Modalidade atravs da qual se ajuda algum.INCIDENTE PROCESSUAL

CARACTERSTICAS: Pendncia de uma causa j existente. Interesse no resultado final (que seja favorvel a uma das partes) Espontaneidade - ingresso voluntrio na lideArt. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurdico em que a sentena seja favorvel a uma delas, poder intervir no processo para assisti-la.Pargrafo nico. A assistncia tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdio; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra. No h limitao temporal para o ingresso do assistente. Pode se dar a qualquer momento

MODALIDADES: SIMPLES/ADESIVA: mero coadjuvante, no praticando atos. No h uma relao jurdica entre o assistente e a parte contrria. Ex: sublocatrio. No tem relao com o locador. Pode atuar como assistente simples. LITISCONSORCIAL/QUALIFICADA: o assistente pretende ajudar o assistido. Existe uma relao jurdica entre o assistente e a parte adversria. Ex: fiador. Este mantm relao juridica com o adversrio do assistido (locador).

Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez que a sentena houver de influir na relao jurdica entre ele e o adversrio do assistido.Pargrafo nico. Aplica-se ao assistente litisconsorcial, quanto ao pedido de interveno, sua impugnao e julgamento do incidente, o disposto no art. 51.

Aula 7.1

PROCEDIMENTO: Demanda pendente Interesse jurdico (dependento da intensidade, ser simples ou qualificada) Petio para se habilitar aos autos, demonstrando o motivo da interveno Magistrado deve abrir vista s partes para que se manifestem no prazo de 5 dias (art. 51)Art. 51. No havendo impugnao dentro de 5 (cinco) dias, o pedido do assistente ser deferido. Se qualquer das partes alegar, no entanto, que falece ao assistente interesse jurdico para intervir a bem do assistido, o juiz:

Havendo impugnao no prazo de 5 dias o processo continua tramitando (no suspenso), e o juiz desentranha o pedido de assistncia com a impugnao, para tramitar em apenso. O magistrado pode determinar a produo de provas. Deve decidir em 5 dias.I - determinar, sem suspenso do processo, o desentranhamento da petio e da impugnao, a fim de serem autuadas em apenso;II - autorizar a produo de provas;III - decidir, dentro de 5 (cinco) dias, o incidente.

O assitente atua como auxiliar da parte principal, com os mesmos poderes e nus processuais. Caso o assistido seja revel, o Assistente ser se GESTOR DE NEGCIOS.Art. 52. O assistente atuar como auxiliar da parte principal, exercer os mesmos poderes e sujeitar-se- aos mesmos nus processuais que o assistido.Pargrafo nico. Sendo revel o assistido, o assistente ser considerado seu gestor de negcios.

A parte assistida pode reconhecer a procedncia do pedido, desistir da ao, transigir. Nestes casos, cessa a assistncia.Art. 53. A assistncia no obsta a que a parte principal reconhea a procedncia do pedido, desista da ao ou transija sobre direitos controvertidos; casos em que, terminando o processo, cessa a interveno do assistente.

JUSTIA DA DECISO: Transitada em julgado a sentena na causa que o assistente interveio, no poder mais questionar judicialmente a justia da deciso, salvo em 2 casos: (1) se pelo estado em que recebeu o processo ou por culpa do prprio assistido, no conseguir influir na sentena; (2) e no caso de haver alegaes e provas das quais o assistido no se valeu por dolo ou culpa.Art. 55. Transitada em julgado a sentena, na causa em que interveio o assistente, este no poder, em processo posterior, discutir a justia da deciso, salvo se alegar e provar que:I - pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declaraes e atos do assistido, fora impedido de produzir provas suscetveis de influir na sentena;II - desconhecia a existncia de alegaes ou de provas, de que o assistido, por dolo ou culpa, no se valeu

O legislador parte do pressusposto que, tendo atuado como assistente, o terceiro participou efetivamente no processo para favorecer a parte assistida. No entanto, nas situaes dos incisos I e II, possvel discutir a justia da deciso. Em tese, os fundamentos da sentena so imutveis. Mas se o assistente no conseguiu atuar propriamente, poder discuti-los.

OPOSIO

Arts. 56 a 61.Terceiro que se ope ao que autor e ru discutem na lide principal.Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e ru, poder, at ser proferida a sentena, oferecer oposio contra ambos.

Aula 7.2CARACTERSTICAS E PROCEDIMENTO: Lide pendente AT O PROFERIMENTO DA SENTENA (no at o trnsito em julgado) Espontaneidade Modalidade de INTERVENO POR AO - (Athos Gusmo) Petio Inicial - O opente apresenta PETIO INICIAL com seu pedido - requisitos da Pet. Inicial. Distribuio por dependncia (consigna em cima a distribuio por dependncia aos autos n xxx) Distribuio por dependnciaArt. 57. O opoente deduzir o seu pedido, observando os requisitos exigidos para a propositura da ao (arts. 282 e 283). Distribuda a oposio por dependncia, sero os opostos citados, na pessoa dos seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.Pargrafo nico. Se o processo principal correr revelia do ru, este ser citado na forma estabelecida no Ttulo V, Captulo IV, Seo III, deste Livro. Citao de Autor e Ru para Resposta. LITISCONSRCIO PASSIVO NECESSRIO: Autor e Ru da demanda principal so citados e passam a ser rus da oposio. Mesmo sendo caso de litisconsrcio necessrio no polo passivo, e mesmo havendo procuradores diferentes, os opostos no tem prazo em dobro do art. 191 CPC. O Prazo Comum de 15 dias. Se um dos opostos reconhece o direito do opoente, o processo segue em relao ao outro oposto.Art. 58. Se um dos opostos reconhecer a procedncia do pedido, contra o outro prosseguir o opoente.

OPOSIO INTERVENTIVA oferecida ANTES DA AUDINCIA: apensa aos autos principais e corre simultaneamente, com 1 nica sentena (economia processual).Art. 59. A oposio, oferecida antes da audincia, ser apensada aos autos principais e correr simultaneamente com a ao, sendo ambas julgadas pela mesma sentena.OPOSIO AUTNOMA oferecida DEPOIS DA AUDINCIA: segue o rito ordinrio, com dilao probatria. Por causa da autonimoa, ela pode ser julgada sem prejuzo causa principal. Poder haver 2 sentenas, a no ser que o juiz suspenda o processo principal por no mximo 60 dias para que possam ser decididas ambas as demandas em uma nica sentena.Art. 60. Oferecida depois de iniciada a audincia, seguir a oposio o procedimento ordinrio, sendo julgada sem prejuzo da causa principal. Poder o juiz, todavia, sobrestar no andamento do processo, por prazo nunca superior a 90 (noventa) dias, a fim de julg-la conjuntamente com a oposio.Se o juiz for analisar as duas demandas conjuntamente, deve analisar a oposio primeiramente, pois se for procedente, a demanda principal ser improcedente.Art. 61. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ao e a oposio, desta conhecer em primeiro lugar.

Aula 7.3

NOMEAO AUTORIA

Arts. 62 a 69Incumbe ou ru a responsabilidade de corrigir a ilegitimidade do polo passivo.CARACTERSTICAS E PROCEDIMENTO: TITULARIDADE DO RU: o terceiro poder vir ao processo, mas depende para isso da manifestao do ru, que o faz para que seja corrigido o polo passivo. OBRIGATORIEDADE: Nas hipteses do CPC, o ru fica obrigado a nomear. Caso no o faa, poder responder por perdas e danos PRAZO: no prazo para resposta Necessidade da DUPLA CONCORDNCIA: do autor e de quem est sendo nomeado. (havendo hipteses de presuno da aceitao no caso de silncio) Responsabilizao por perdas e danos por m f INTERVENO POR EXCLUSO Suspenso do processo e ouve AUTOR em at 5 dias

DETENO: mero detentor (ex: caseiro).Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome prprio, dever nomear autoria o proprietrio ou o possuidor.ATO PRATICADO POR ORDEM OU INSTRUO DE TERCEIRO:Art. 63. Aplica-se tambm o disposto no artigo antecedente ao de indenizao, intentada pelo proprietrio ou pelo titular de um direito sobre a coisa, toda vez que o responsvel pelos prejuzos alegar que praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instrues de terceiro.SUSPENO E CONCORDNCIA DO AUTOR:Art. 64. Em ambos os casos, o ru requerer a nomeao no prazo para a defesa; o juiz, ao deferir o pedido, suspender o processo e mandar ouvir o autor no prazo de 5 (cinco) dias.

CITAO DO NOMEADOArt. 65. Aceitando o nomeado, ao autor incumbir promover-lhe a citao; recusando-o, ficar sem efeito a nomeao.CONCORDNCIA DO NOMEADOArt. 66. Se o nomeado reconhecer a qualidade que Ihe atribuda, contra ele correr o processo; se a negar, o processo continuar contra o nomeante.

RECUSA DO AUTOR: novo prazo para contestao do ruArt. 67. Quando o autor recusar o nomeado, ou quando este negar a qualidade que Ihe atribuda, assinar-se- ao nomeante novo prazo para contestar.

Sem a dupla concordncia, dar-se- novo prazo para o nomeante/ru para oferecer constestao.

PRESUNO DE ACEITAO: no caso do silncio do autor ou do nomeado.Art. 68. Presume-se aceita a nomeao se:I - o autor nada requereu, no prazo em que, a seu respeito, Ihe competia manifestar-se;II - o nomeado no comparecer, ou, comparecendo, nada alegar.

PERDAS E DANOS: aquele que (1) deveria nomear quando no nomeia; ou quando (2) nomeia errado no caso de detenoArt. 69. Responder por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeao:I - deixando de nomear autoria, quando Ihe competir;II - nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detm a coisa demandada.

Aula 7.4DENUNCIAO DA LIDE

CARACTERSTICAS: Pode ser exercida tanto pelo autor quanto pelo ru. DENUNCIAO PELO AUTOR: na Petio Inicial DENUNCIAO PELO RU: no prazo para Contestao Tem como objetivo a obteno de ttulo executivo judicial frente ao denunciado, evitando outra demanda visando o direito de regresso. Suspende o processo quando ordenada a citao do denunciado pelo prazo de 10 (mesma comarca) ou 30 (outra comarca) dias AO DE CUNHO CONDENATRIO com duas lides envolvidas S 1 SENTENA OBRIGATORIEDADE (conforme o CPC) Denunciao sucessiva, limitada Vale como ttulo executivo, evitando nova demanda

As hipteses do art. 70 SO OBRIGATRIAS: de acordo com o CPC.Art. 70. A denunciao da lide obrigatria: Denunciao da lide ao vendedor (3) que lhe vendeu a coisa litigiosa, para que a parte r/denunciante possa exercer seu direito resultante da evicoI - ao alienante, na ao em que terceiro reivindica a coisa, cujo domnio foi transferido parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evico Ihe resulta; A parte que tiver a Posse Direta deve denunciar da lide ao Proprietrio ou ao Possuidor indiretoII - ao proprietrio ou ao possuidor indireto quando, por fora de obrigao ou direito, em casos como o do usufruturio, do credor pignoratcio, do locatrio, o ru, citado em nome prprio, exera a posse direta da coisa demandada; Quem est obrigado por lei ou pelo contrato a indenizar (ex: seguradoras). Se vai perder a demanda, mas tem uma seguradora, j deve denunciar para obter o direito de regresso.III - quele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ao regressiva, o prejuzo do que perder a demanda.Segundo a redao do CPC, as 3 hipteses so obrigatriasSegundo a doutrina, h divergncias quanto a obrigatoriedade de todas as hiptesesQUANDO O AUTOR DENUNCIA DA LIDE:Art. 71. A citao do denunciado ser requerida, juntamente com a do ru, se o denunciante for o autor; e, no prazo para contestar, se o denunciante for o ru.CITAO DO DENUNCIADO E SUSPENSO DO PROCESSO: em 10 ou 30 dias.Art. 72. Ordenada a citao, ficar suspenso o processo. 1o - A citao do alienante, do proprietrio, do possuidor indireto ou do responsvel pela indenizao far-se-:a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 (dez) dias;b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 (trinta) dias. 2o No se procedendo citao no prazo marcado, a ao prosseguir unicamente em relao ao denunciante.DENUNCIAO PELO AUTOR: litisconsorte do autor, podendo aditar a PIArt. 74. Feita a denunciao pelo autor, o denunciado, comparecendo, assumir a posio de litisconsorte do denunciante e poder aditar a petio inicial, procedendo-se em seguida citao do ru.DENUNCIAO PELO RU: Art. 75. Feita a denunciao pelo ru: DENUNCIADO ACEITA E CONTESTA: litisconsorte do ruI - se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguir entre o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o denunciado; DENUNCIADO REVEL OU NEGAR: processo continua com relao ao ru/denuncianteII - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que Ihe foi atribuda, cumprir ao denunciante prosseguir na defesa at final; DENUNCIADO CONFESSA: admitindo o que o autor afirma, mesmo assim o denunciante pode prosseguir na defesaIII - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poder o denunciante prosseguir na defesa.SENTENA: vale como ttulo executivo perante o denunciado.Art. 76. A sentena, que julgar procedente a ao, declarar, conforme o caso, o direito do evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos, valendo como ttulo executivo.DENUNCIAO SUCESSIVA: o denunciado denuncia outro. Possvel, mas tem limitao. Deve ir at o limite em que no dificultar mais a instruo do processo e a celeridade para a prolatao da sentena.*Cassio Scarpinella - "O limite est na prpria razo de ser do art. 73. Se uma nova denunciao dificultar a uniformidade da instruo e a tramitao do processo, tornando indefinida, incerta ou distante do tempo a soluo final do pedido principal, ali dever ocorrer a limitao"Art. 73. Para os fins do disposto no art. 70, o denunciado, por sua vez, intimar do litgio o alienante, o proprietrio, o possuidor indireto ou o responsvel pela indenizao e, assim, sucessivamente, observando-se, quanto aos prazos, o disposto no artigo antecedente.

CHAMAMENTO AO PROCESSO

Arts. 77 a 80CARACTERSTICAS: RU CHAMA CO-DEVEDORES aos autos - pessoas que devem responder tal qual o chamante No prazo para defesa/contestao LITISCONSRCIO PASSIVO SUSPENSO DO PROCESSO

NOMEAO AUTORIA X CHAMAMENTO AO PROCESSO: na nomeao autoria, quem chama pretende ser excludo do polo passivo. No chamamento ao processo, o ru chama outros para que componham o polo passivo junto com ele, para dividir as responsabilidades.Art. 77. admissvel o chamamento ao processo:I - do devedor, na ao em que o fiador for ru;II - dos outros fiadores, quando para a ao for citado apenas um deles; III - de todos os devedores solidrios, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dvida comum. PRAZO DA DEFESA:Art. 78. Para que o juiz declare, na mesma sentena, as responsabilidades dos obrigados, a que se refere o artigo antecedente, o ru requerer, no prazo para contestar, a citao do chamado.SUSPENSO DO PROCESSO: por 10 dias (mesma comarca) ou 30 (comarca diversa)Art. 79. O juiz suspender o processo, mandando observar, quanto citao e aos prazos, o disposto nos arts. 72 e 74.TTULO EXECUTIVO EM FAVOR DE QUEM PAGOU:Art. 80. A sentena, que julgar procedente a ao, condenando os devedores, valer como ttulo executivo, em favor do que satisfizer a dvida, para exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na proporo que Ihes tocar

Aula 8.1

ATOS PROCESSUAIS

PROCESSO: instrumento colocado disposio de qualquer cidado para a soluo de seus conflitos de interessePROCEDIMENTO: conjunto de atos ordenados que so praticados para que se chegue tutela jurisdicional almejadaTodos os atos praticados so os chamados atos processuais, sejam eles praticados pelas partes, juiz, ou demais auxiliares da justia.CONCEITO (polmica doutrinria): (1) produo de efeitos no processo, sujeitos da relao processual, sede do processo, no procedimento e pelos sujeitos processuais. CORRENTES:1. Para que o ato seja considerado processual, basta que ele produza efeitos no processo. No majoritria.2. Os sujeitos da relao processual so aqueles que deveriam t-lo praticado (partes, juiz, escrivo, chefe de secretaria, auxiliares da justia)3. O ato deve ter sido praticado no plano do processo, e no fora do processo. Esta corrente no consideraria conciliao ou transao judicial como ato processual.4. O ato deve ser praticado no procedimento, e pelos sujeitos processuais. uma mescla da 1 e 2 corrente. Dinamarco adepto desta corrente.

Os atos processuais no so somente os praticados dentro dos autos do processo. Tambm podem ser praticados fora do processo. Ex: outorga de procurao judicial.*Didier: todo aquele comportamento humano volitivo que, considerado pelo direito como relevante para o processo, est apto a produzir efeitos na relao jurdico-processual.

SUJEITOS DO PROCESSO E ATOS PROCESSUAIS

ATOS DAS PARTES

Arts. 158 a 161 CPC. STJ entende que os atos das partes abrangem os atos dos TERCEIROS INTERVENIENTES.Podem ser:1. POSTULATRIOS: atos que do ponta-p inicial, do desenvolvimento regular ao processo. Petio Inicial um ato postulatrio.2. INSTRUTRIOS: praticados pelas partes com o intuito de demonstrar suas alegaes. Colao de provas ou produo de prova oral em audincia de instruo.3. DISPOSITIVOS: relacionados abdicao de alguma vantagem no plano material ou processual. As partes dispem de algo, seja em termos materiais ou processuais. Atos praticados fora ou dentro do processo. Ex: transao, conciliao.4. COMISSIVOS: fazer. Juntada de documento5. OMISSIVOS: no fazer. No apresentao de contestao=revelia

JUIZ

Arts. 162 a 165 CPC.O juiz no pratica to somente os citados no art. 162.Art. 162. Os atos do juiz consistiro em sentenas, decises interlocutrias e despachos. 1 Sentena o ato do juiz que implica alguma das situaes previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. (Redao dada pelo Lei n 11.232, de 2005) 2o Deciso interlocutria o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questo incidente. 3o So despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofcio ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei no estabelece outra forma. 4o Os atos meramente ordinatrios, como a juntada e a vista obrigatria, independem de despacho, devendo ser praticados de ofcio pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessrios.

DESPACHOS: movimentaes processuais para dar regular andamento ao processo. Cite-se, intime-se.DECISO INTERLOCUTRIA: decises proferidas no curso do processo resolvendo uma questo incidental, no meio dos autos (pedido de liminar, tutela antecipada)SENTENA: ato do juiz que implica em uma das situaes do 267 (com ou sem resoluo de mrito)No so somente estes os atos praticados pelo juiz.ATOS EXECUTRIOSAtos decisrios de relator (desembargador) deciso, e no acrdoPossibilidade da assinatura eletrnica.

Aula 8.2ESCRIVO/CHEFE DE SECRETARIA

Arts. 166 a 171 CPCATOS ORDINATRIOS: vo colocar ordem na movimentao processual. Movimentao burocrtica dos autos. Juntadas, vistas, lavratura de termo, de ata, rubricas com numerao...Art. 162. [...] 4o Os atos meramente ordinatrios, como a juntada e a vista obrigatria, independem de despacho, devendo ser praticados de ofcio pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessrios.

JUNTADA E VISTA OBRIGATRIA:1. estes atos ordinatrios podem ser praticados independentemente de determinao judicial2. So insucetveis de recurso

Art. 93, XIV da CF/88 autoriza que o juiz delegue ao escrivo a prtica destes atos.CF/88Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princpios:XIV os servidores recebero delegao para a prtica de atos de administrao e atos de mero expediente sem carter decisrio;

USO DE ABREVIATURAS: o art. 169, 1 no veda completamente o uso das abreviaturas. Podem ser consideradas como irregularidades sem consequncia no mbito do processo.Art. 169. Os atos e termos do processo sero datilografados ou escritos com tinta escura e indelvel, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas no puderem ou no quiserem firm-los, o escrivo certificar, nos autos, a ocorrncia. 1 vedado usar abreviaturas.

Todos os atos e termos devem ser datilografados e escritos com tinta indelvel e escura.

AUXILIARES DA JUSTIA

Oficial de Justia, Perito, Depositrio, Intrprete, etc.

FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

O CPC j foi mais formal. Hoje o rigorismo formal j no to grande, e com o novo CPC o rigorismo ser ainda menor.Por segurana jurdica, alguns atos devem obedecer a uma determinada forma.

PRINCPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS: art. 154. Se for prescrita qualquer formalidade para a prtica de determinado ato, esta formalidade deve ser obedecida. No entanto, se a formalidade no for obedecida, e se for praticado o ato de alguma outra forma que atinja a mesma finalidade, o ato considerado vlido. Se aproveita o ato, que ainda que no tenha sido praticado sob a forma legalmente determinada, mas que tenha atingido sua finalidade.Art. 154. Os atos e termos processuais no dependem de forma determinada seno quando a lei expressamente a exigir, reputando-se vlidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial.PUBLICIDADE E SEGREDO DE JUSTIA: 93, IX CF e 155 CPC. No contraria o princpio da publicidade, porque se trata de privacidade e intimidade, podendo haver a restrio. Segundo o STJ, o ROL DO 155 MERAMENTE EXEMPLIFICATIVOCF/88Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princpios:IX todos os julgamentos dos rgos do Poder Judicirio sero pblicos, e fundamentadas todas as decises, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presena, em determinados atos, s prprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservao do direito intimidade do interessado no sigilo no prejudique o interesse pblico informao;

CPCArt. 155. Os atos processuais so pblicos. Correm, todavia, em segredo de justia os processos:I - em que o exigir o interesse pblico;Il - que dizem respeito a casamento, filiao, separao dos cnjuges, converso desta em divrcio, alimentos e guarda de menores. Pargrafo nico. O direito de consultar os autos e de pedir certides de seus atos restrito s partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurdico, pode requerer ao juiz certido do dispositivo da sentena, bem como de inventrio e partilha resultante do desquite.ATOS PROCESSUAIS POR MEIOS ELETRONICOS: Lei 11.419/06. Determina que os Tribunais precisam implementar os meios eletrnicos nos seus processos. No entanto, os tribunais ainda carecem de recursos. Esta lei modificou alguns artigos do CPC. Conforme a lei, todas as peties, at o ltimo dia do prazo, devem ser protocoladas at as 24h do dia. PALAVRA ORAL E SMULA 256 STJ: com relao ao recurso, o agravo interposto de qualquer deciso do magistrado em audincia de instruo deve ser feito de forma oralArt. 523. Na modalidade de agravo retido o agravante requerer que o tribunal dele conhea, preliminarmente, por ocasio do julgamento da apelao. (Redao dada pela Lei n 9.139, de 30.11.1995) 3o Das decises interlocutrias proferidas na audincia de instruo e julgamento caber agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas sucintamente as razes do agravante.A SMULA 256 est REVOGADA: determinava que no era cabvel o protocolo integrado no STJ. Com a modificao do 547 par. n. do CPC e pela adoo do protocolo integrado pelos TJs, o protocolo integrado passou a ser admitido (a fim de que no seja necessrio o deslocamento de uma comarca a outra para protocolar uma petio, sendo a petio encaminhada).Art. 547. Os autos remetidos ao tribunal sero registrados no protocolo no dia de sua entrada, cabendo secretaria verificar-lhes a numerao das folhas e orden-los para distribuio.Pargrafo nico. Os servios de protocolo podero, a critrio do tribunal, ser descentralizados, mediante delegao a ofcios de justia de primeiro grau.

Aula 8.3

TEMPO

DIAS TEIS E EXCEES

Art. 172 CPC Art. 172. Os atos processuais realizar-se-o em dias teis, das 6 (seis) s 20 (vinte) horas.EXPEDIENTE FORENSE no concide com o horrio dos atos processuais.Oficial de Justia, por exemplo, pode citar a parte r dentro do horrio previsto no art. 172.Em regra, no se admite a prtica de atos processuais em domingos e feriadosArt. 175. So feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.EXCEES: ADIAMENTO: Podem ser praticados depois das 20h atos iniciados antes da 20h quando o adiamento for prejudicial 1o Sero, todavia, concludos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligncia ou causar grave dano. CITAO E PENHORA: s com autorizao expressa do juiz que ordenou a citao e penhora, pode ser realizada em domingos, feriados ou fora dos horrios dos dias teis 2o A citao e a penhora podero, em casos excepcionais, e mediante autorizao expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias teis, fora do horrio estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso Xl, da Constituio Federal.

OUTRAS EXCEES:Art. 173. Durante as frias e nos feriados no se praticaro atos processuais. Excetuam-se:I - a produo antecipada de provas (art. 846);II - a citao, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o seqestro, a penhora, a arrecadao, a busca e apreenso, o depsito, a priso, a separao de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciao de obra nova e outros atos anlogos.Pargrafo nico. O prazo para a resposta do ru s comear a correr no primeiro dia til seguinte ao feriado ou s frias.Art. 174. Processam-se durante as frias e no se suspendem pela supervenincia delas:I - os atos de jurisdio voluntria bem como os necessrios conservao de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento;II - as causas de alimentos provisionais, de dao ou remoo de tutores e curadores, bem como as mencionadas no art. 275;III - todas as causas que a lei federal determinar.

FRIAS COLETIVAS E OS TRIBUNAIS SUPERIORES

A vedao de frias coletivas no atinge os tribunais supeeriores. STF e STJ tm julgados nesse sentidoArt. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princpios:XII a atividade jurisdicional ser ininterrupta, sendo vedado frias coletivas nos juzos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que no houver expediente forense normal, juzes em planto permanente;

STF: AgR 636765/SPSTJ: REsp 800462/DF

ATOS PROCESSUAIS POR MEIOS ELETRNICOS (11.419/06)

Ainda no implementada propriamente em todos os tribunaisTm uma distribuio diferenciada em relao ao tempo. D at as 24h do dia para praticar os atos processuaisSe ocorrer problema tcnico: o prazo se prorroga para o 1 dia til subsequente. A partir do instante que h uma impossibilidade tcnica, fica automaticamente prorrogado prazo para o 1 dia til subsequente resoluo do problema.

RESOLUO 417/2009 DO STF - RESOLUO 427/2010

Esta resoluo regulamentava o meio eletrnico de tramitao dos processos judiciais no STF. NO EXISTE MAIS. Foi substituda pela resoluo 427, que trata do mesmo aspecto.

Aula 8.4PRAZOS PROCESSUAIS

PRINCPIO DA EVENTUALIDADE: Especificao de determinados prazos para a prtica de determinados atos processuais. Os atos precisam ser praticados at determinado momento. No o sendo, aplica-se a precluso. Os prazos e a precluso instrumentalizam o princpio da eventualidade.EVENTUALIDADE: PRAZOS PRECLUSO

A aplicao do Princpio da Eventualidade no absoluto, j que as matrias de ordem pblica limitam sua aplicao, podendo ser conhecidas a qualquer empo ou grau de jurisdio.

CLASSIFICAO

QUANTO ORIGEM: LEGAIS: so previstos, especificados em lei. Na ausncia de prazo especfico, o art. 185 determina que o prazo de 5 dias. Podem ser dilatados em situaes especficas.Art. 185. No havendo preceito legal nem assinao pelo juiz, ser de 5 (cinco) dias o prazo para a prtica de ato processual a cargo da parte.Art. 188. Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico.Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. JUDICIAIS: fixados pelo juiz para a prtica de determinados atos. Ex: fixao de prazo para a apresentao do laudo pericial, prazo para apresentao de memoriais (art. 454, 3) CONVENCIONAIS: estabelecidos pelas partes. Ex: art. 265, II CCArt. 265. Suspende-se o processo:II - pela conveno das partes;QUANTO AO SEU ALCANCE SUBJETIVO: PARTICULARES: prazos especficos que se dirigem a apenas uma das partes, um dos sujeitos da relao jurdica. Ex: prazo para resposta do ru. COMUNS: prazos que se dirigem a mais de um dos sujeitos do processo. Ex: litisconsrcio com um procurador s, o prazo comum.Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.QUANTO PRORROGAO OU REDUO: ORDINATRIOS: podem ser prorrogados por conveno das partes. PEREMPTRIOS: no podem ser prorrogados ou reduzidos de forma alguma, mesmo que as partes assim convencionem. Ex: prazos recursais. EXCEO: prorrogao em comarcas de difcil transporte ou calamidade pblica.Art. 182. defeso s partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptrios. O juiz poder, nas comarcas onde for difcil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.Pargrafo nico. Em caso de calamidade pblica, poder ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogao de prazos.QUANTO S CONSEQUNCIAS DOS PRAZOS: PRPRIOS: aqueles cujo descumprimento acarreta precluso. Ex: prazo para resposta. Aplicam-se ao Ministrio Pblico. IMPRPRIOS: seu descumprimento no acarreta precluso. Aplicam-se aos juzes e auxiliares da justia.

Aula 9.1PRECLUSO

Perda do direito subjetivo prtica de determinado ato a fim de garantir a segurana jurdica.

TEMPORAL: Escoamento do prazo sem que o ato tenha sido realizado. Se d pelo decurso do prazo in albis.*Justa Causa: Se uma das partes precisa dos autos para praticar determinado ato, mas os autos esto com a outra parte erroneamente (por boa ou m f). Greve do judicirio. STJ entende que a alegao da justa causa deve ser feita em tempo razovel. Sendo somente um advogado, a perda do prazo por enfermidade constitui justa causa.*NO CARACTERIZAM JUSTA CAUSA (JURISPRUDNCIA): a informao erronea dada pelo sistema de informtica no justa causa para a prtica do ato dentro do prazo dado pelo sistema mas fora do prazo legal. Portanto, se o sistema d o prazo errado, cabe ao advogado saber o prazo correto para a prtica do ato e pratic-lo tempestivamente. A alegao em tempo no razovel (muito aps o fim do prazo) no caracteriza a justa causa. Se o advogado tiver scios ou se houver mais de um procurador, a perda do prazo por razo de enfermidade no constitui justa causa.*STJ - h divergncia quanto ao prazo para suscitar a justa causa. Existem dois entendimentos: 5 dias ou em prazo razovel (analisado caso a caso)Aula 9.2CONSUMATIVA: se d quando a parte deve pratiacr um ato, quer complement-lo e no pode. Ato praticado de forma incompleta ou 2 ou mais atos que devem obedecer a prazos comuns. *STJ entende que a precluso consumativa se opera quando a parte interpe recurso e esquece de anexar as razes recursais. (h doutrina que defende que seria possvel a anexao das razes recursais, desde que feita ainda dentro do prazo.)RESPOSTAS DO RU: as 3 modalidades tm prazo comum.Art. 297. O ru poder oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petio escrita, dirigida ao juiz da causa, contestao, exceo e reconveno.H precluso consumativa quando se apresenta CONTESTAO e RECONVENO em tempos distintos (primeiro 1 depois o outro)EXCEES de SUSPEIO E IMPEDIMENTO: comea a correr o prazo a partir do momento que se toma cincia. Portanto no h precluso consumativa desde que se comprove que s tomou conhecimento depois. Se no se comprovar, ocorre a precluso consumativa.EXCEO DE INCOMPETNCIA: No h precluso consumativa se apresentada depois da contestao desde que apresentada no prazo de 15 dias. STJ entende que possvel apresentar a exceo de incompetncia aps a contestao. Se for apresentada aps a contestao, ser aceita desde que dentro do prazo de 15 dias.

LGICA: Incompatibilidade. Ex: no prazo para recurso, a parte r cumpre com o determinado na sentena.Anteriormente o STJ entendia que, para que o REsp chegasse ao STJ em casos de reexame necessrio, a fazenda pblica deveria apelar da sentena.HOJE, a fazenda pblica pode interpor Resp em reexame necessrio mesmo que no tenha apelado. No ocorre a precluso lgica.

PRO JUDICATO: Chiovenda entende que o juiz que tenha praticado determinado ato decisrio no pode mais alter-lo. O juiz no mais pode decidir a respeito de uma questo sobre a qual j se manifestou. A dountrina entende que se trata da perda de uma situao jurdica processual ativa, pouco importando quem seja seu titular (o juiz ou outra pessoa, outro sujeito processual).Art. 463. Publicada a sentena, o juiz s poder alter-la: I - para Ihe corrigir, de ofcio ou a requerimento da parte, inexatides materiais, ou Ihe retificar erros de clculo;II - por meio de embargos de declarao.Aula 9.3EXCEES: ORDEM PBLICA: O STJ j se manifestou no sentido de que as questes de ordem pblica podem ser reconhecidas a qualquer tempo e grau de jurisdio. Portanto a precluso pro judicato no opera nestes casos. INDEFERIMENTO DE PROVAS QUE HAVIAM SIDO DEFERIDAS: pode depois deferir a produo da prova que havia indeferido. Princpio da persuao racional ou livre convencimento motivado. Se for para a formao do seu livre convencimento motivado, no h problemaArt. 130. Caber ao juiz, de ofcio ou a requerimento da parte, determinar as provas necessrias instruo do processo, indeferindo as diligncias inteis ou meramente protelatrias. JUZO DE RETRATAO: no AGRAVO retido ou de instrumento. Tambm no recurso de apelao (art. 285-A, 1) e indeferimento de inicial (art. 296)AGRAVO: retido ou de instrumento (quanto matria). STJ entende que no sendo recebido o recurso de agravo de instrumento (ou seja, algum dos pressupostos de admissibilidade no estava presente), o agravo nem chegou a ser analisado. Assim, no h a possibilidade do magistrado voltar atrs na sua deciso.JULGAMENTO DE IMPROCEDNCIA INITIO LITIS: em matria s de direito, j havendosido proferida sentena de total improcedncia anteriormente, o juiz pode repeti-la. Se aps a repetio da sentena, a parte apelar, o juiz pode voltar atrs e decidir em 5 dias no manter a sentena e prosseguir o feito, com a citao.Art. 285-A. Quando a matria controvertida for unicamente de direito e no juzo j houver sido proferida sentena de total improcedncia em outros casos idnticos, poder ser dispensada a citao e proferida sentena, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. 1 Se o autor apelar, facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, no manter a sentena e determinar o prosseguimento da ao.INDEFERIMENTO DE INICIAL: uma sentena. O juiz pode, em 48h, reformar a deciso.Art. 296. Indeferida a petio inicial, o autor poder apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua deciso.

CONTAGEM

DIES A QUO (inicial)DIES AD QUEM (final)No se conta o primeiro dia, mas se inclui o ltimo.Art. 184. Salvo disposio em contrrio, computar-se-o os prazos, excluindo o dia do comeo e incluindo o do vencimento. 1 Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til se o vencimento cair em feriado ou em dia em que:I - for determinado o fechamento do frum;II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal. 2 Os prazos somente comeam a correr do primeiro dia til aps a intimao (art. 240 e pargrafo nico). INTIMAO FORA DE EXPEDIENTE FORENSE: a intimao considera-se feita s no dia til seguinte se ocorreu em dia que no houve expediente forense.Art. 240. Salvo disposio em contrrio, os prazos para as partes, para a Fazenda Pblica e para o Ministrio Pblico contar-se-o da intimao.Pargrafo nico. As intimaes consideram-se realizadas no primeiro dia til seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que no tenha havido expediente forense.zFRIAS: suspenso do prazo. S volta a correr de onde parou no dia til seguinte ao trmino das frias.Art. 179. A supervenincia de frias suspender o curso do prazo; o que Ihe sobejar recomear a correr do primeiro dia til seguinte ao termo das frias.

Aula 9.4NULIDADES DOS ATOS PROCESSUAIS

VCIO: o ato viciado um ato defeituoso, imperfeito. No nulo.NULIDADE: o ato nulo implica em uma sano.

CLASSIFICAO:1. MERA IRREGULARIDADE: est diretamente relacionada a uma menor gravidade constatada na prtica do ato. Possibilidade de que o ato continue produzindo seus efeitos mesmo constatada a irregularidade. No gera a nulidade do ato. Ex: advogado assina petio em caneta que no da cor escura. Utilizao de expresses de lngua extrangeira, desde que no prejudiquem a compreenso, e no sejam utilizados de forma efusiva.Art. 169. Os atos e termos do processo sero datilografados ou escritos com tinta escura e indelvel, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas no puderem ou no quiserem firm-los, o escrivo certificar, nos autos, a ocorrncia.2. NULIDADE RELATIVA: est diretamente relacionada ao interesse das partes porque, para que seja reconhecida a nulidade, necessrio que as partes se manifestem. Inobservncia de uma norma legal que tem como funo preservar os interesses das partes. Precisa de manifestao na forma e tempo adequados para que no seja convalidado. Quem pode/deve suscitar a nulidade a parte que sofreu os efeitos da nulidade, na primeira oportunidade que tiver de falar nos autos.Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretao desta no pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa.Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber parte falar nos autos, sob pena de precluso.Pargrafo nico. No se aplica esta disposio s nulidades que o juiz deva decretar de ofcio, nem prevalece a precluso, provando a parte legtimo impedimento.3. NULIDADE ABSOLUTA: pode ser conhecido em qualquer tempo ou grau de jurisdio, inclusive ex officio. No h precluso. No entanto o STF entende que, em sede de RExt ou REsp, s possvel se manifestar quanto nulidade absoluta se ela tiver sido objeto de prequestionamento.Aps o trnsito em julgado e decurso do prazo de 2 anos da Ao Recisria, tem-se a COISA JULGADA SOBERANA. Mesmo assim, POSSVEL SUSCITAR A NULIDADE ABSOLUTA.4. INEXISTNCIA JURDICA: falta o elemento constitutivo mnimo do ato. No se convalida. Ex: sentena assinada por algupem que no o juiz que a prolatou. Sentena desprovida de fundamentao (Tereza Alvim Wambier).

MERA IRREGULARIDADE X NULIDADE RELATIVAMERA IRREGULARIDADE: diretamente relacionada a uma menor gravidade constatada na prtica do ato. Possibilidade de que o ato continue produzindo seus efeitos mesmo constatada a irregularidade.NULIDADE RELATIVA: diretamente relacionada ao interesse das partes porque, para que seja reconhecida a nulidade, necessrio que as partes se manifestem, SOB PENA DE CONVALIDAO.

EFEITO EXPANSIVO/PRINCPIO DA CAUSALIDADE: a nulidade do ato prejudica todos os outros que dele dependem. Mas se s houver nulidade parcial, no afeta os outrosindependentes.Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato no prejudicar as outras, que dela sejam independentes.

Aula 10.1

COMUNICAO DOS ATOS PROCESSUAIS

CITAO o primeiro ato praticado. Os demais sero intimao. Ser estudado mais adiante.

INTIMAO

Ato de dar cincia parte e aos terceiros (sujeitos processuais) acerca dos termos do processo.O rgo judicial que determina a intimao. As partes podem requerer, mas s o rgo julgador pode efetu-la.Advogados que atuam nas CAPITAIS ou no DF sero intimados atravs da imprensa oficial.*STJ - Se ocorre erro tcnico e o nmero da inscrio da OAB sai errado, mas o nome do advogado sai correto, o ato no enseja nulidade*STJ - Se h diversos advogados, e na procurao no determina que a intimao deva ser feita no nome de um advogado especfico, ela poder ser feita no nome de qualquer deles. No h nulidade. Mas se houver meno nos autos que a intimao dever se dar no nome de um advogado especfico, a intimao feita em nome de qualquer outro nula, devendo ser refeita.INTIMAES devem ser feitas em DIAS TEIS.Advogados que no atuam em capitais - caso no haja rgo oficial, a intimao se d atravs de: CARTA COM A.R. INTIMAO PESSOAL: se o advogado tiver domiclio na sede do juzo, porque se no tiver, a intimao ser feita por meio de carta registrada ou carta precatriaArt. 237. Nas demais comarcas aplicar-se- o disposto no artigo antecedente, se houver rgo de publicao dos atos oficiais; no o havendo, competir ao escrivo intimar, de todos os atos do processo, os advogados das partes:I - pessoalmente, tendo domiclio na sede do juzo; [se no tiver, faz por meio de carta precatria]II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juzo. [ou por carta precatria]Pargrafo nico. As intimaes podem ser feitas de forma eletrnica, conforme regulado em lei prpria. [tambm com base na lei do processo eletrnico]

Os endereos descritos nos autos so considerados corretos. Qualquer alterao deve ser comunicada ao juzo da comarca sob pena de reputar-se vlida a intimao feita ao endereo anterior.Frustrada a intimao pessoal, nada impede que seja feita por oficial de justia.Tambm pode ser realizada a intimao pelo cartrio, caso o advogado comparea. O escrivo tem f pblica, e pode fazer uma certido nos autos afirmando que o advogado est regularmente intimado.INTIMAO PESSOAL SOB PENA DE NULIDADE: expressa previso MINISTRIO PBLICOArt. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territrios, consideram-se feitas as intimaes pela s publicao dos atos no rgo oficial. 2o A intimao do Ministrio Pblico, em qualquer caso ser feita pessoalmente.Art. 246. nulo o processo, quando o Ministrio Pblico no for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.Pargrafo nico. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministrio Pblico, o juiz o anular a partir do momento em que o rgo devia ter sido intimado. DEFENSORIA PBLICA FAZENDA PBLICA AUTARQUIAS E FUNDAES PBLICAS

Aula 10.2

CARTAS

Arts. 202 a 212CARTAS: PRECATRIAS ROGATRIAS DE ORDEM

Instrumentos utilizados para a prtica de atos processuais fora dos limites da circunscrio territorial do juzo. Atuam em razo do princpio da cooperao entre os juzos. Objetivo de fazer que determinado ato processual que precise ser praticado em outra sede possa o ser por meio da carta.Juzo que expede: DEPRECANTEPara quem expredida a carta: DEPRECADO

CARTA DE ORDEM: Expedida por um TRIBUNAL para que um juzo subordinado a ele cumpra o que est sendo requisitado. Ordem hierrquica, de subordinao. Determinao sendo dada por rgo hierarquicamente superior.CARTA PRECATRIA: Pede-se a outro juzo que, no prazo ali assinalado, sej praticado determinado ato processual, desde que ali esteja fora da circunscrio do juzo deprecante.CARTA ROGATRIA: o ato deve ser praticado no exterior. Observa os limites dos tratados e convenes internacionais.Art. 210. A carta rogatria obedecer, quanto sua admissibilidade e modo de seu cumprimento, ao disposto na conveno internacional; falta desta, ser remetida autoridade judiciria estrangeira, por via diplomtica, depois de traduzida para a lngua do pas em que h de praticar-se o ato.Art. 211. A concesso de exeqibilidade s cartas rogatrias das justias estrangeiras obedecer ao disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

REQUISITOS ESSENCIAIS DAS CARTAS JUZES (deprecante e deprecado) Petio, Despacho e Mandato do Advogado Ato processual Encerramento com assinatura do juizArt. 202. So requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatria e da carta rogatria:I - a indicao dos juzes de origem e de cumprimento do ato;II - o inteiro teor da petio, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;III - a meno do ato processual, que Ihe constitui o objeto;IV - o encerramento com a assinatura do juiz. 1o O juiz mandar trasladar, na carta, quaisquer outras peas, bem como instru-la com mapa, desenho ou grfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na diligncia, pelas partes, peritos ou testemunhas. 2o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este ser remetido em original, ficando nos autos reproduo fotogrfica. 3 A carta de ordem, carta precatria ou carta rogatria pode ser expedida por meio eletrnico, situao em que a assinatura do juiz dever ser eletrnica, na forma da lei. Art. 206. A carta de ordem e a carta precatria, por telegrama ou radiograma, contero, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 202, bem como a declarao, pela agncia expedidora, de estar reconhecida a assinatura do juiz.

*Quando se tratar de percia de documento, dever ir o original e nos autos fica uma cpia.Cabe ao juiz fixar o prazo dentro do qual devem ser cumpridas as diligncias inseridas nas cartas.Art. 203. Em todas as cartas declarar o juiz o prazo dentro do qual devero ser cumpridas, atendendo facilidade das comunicaes e natureza da diligncia.CARTER ITINERANTE DA PRECATRIA: por exemplo, carta precatria mandando ouvir testemunha, mas quando a carta chega no juzo deprecado, a testemunha j se mudou pra outra comarca. Se for conhecido o novo endereo, o prprio juzo deprecado a encaminha ao juzo na qual ela resida. Princpio da economia processual, e princpio da efetividade processual.Art. 204. A carta tem carter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o cumprimento, poder ser apresentada a juzo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.POSSIBILIDADE DE RECUSA AO CUMPRIMENTO: Art. 209. O juiz recusar cumprimento carta precatria, devolvendo-a com despacho motivado:I - quando no estiver revestida dos requisitos legais;II - quando carecer de competncia em razo da matria ou da hierarquia;III - quando tiver dvida acerca de sua autenticidade.*STJ - JURISPRUDNCIA - Quando for manifesta a impossibilidade jurdica da providncia jurisdicional solicitada, o juzo deprecado dever devolver a carta. REsp 744744/SE. Ex: intimao de pessoa j falecida.Se h necessidade de recolhimento de custas no juzo deprecado, e a parte responsvel no recolhe, o juzo pode devolver a carta.Art. 208. Executar-se-o, de ofcio, os atos requisitados por telegrama, radiograma ou telefone. A parte depositar, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartrio do juzo deprecante, a importncia correspondente s despesas que sero feitas no juzo em que houver de praticar-se o ato.

DEMAIS ARTIGOS:Art. 205. Havendo urgncia, transmitir-se-o a carta de ordem e a carta precatria por telegrama, radiograma ou telefone.Art. 207. O secretrio do tribunal ou o escrivo do juzo deprecante transmitir, por telefone, a carta de ordem, ou a carta precatria ao juzo, em que houver de cumprir-se o ato, por intermdio do escrivo do primeiro ofcio da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofcio ou de uma vara, observando, quanto aos requisitos, o disposto no artigo antecedente. 1o O escrivo, no mesmo dia ou no dia til imediato, telefonar ao secretrio do tribunal ou ao escrivo do juzo deprecante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que Iha confirme. 2o Sendo confirmada, o escrivo submeter a carta a despacho.Art. 212. Cumprida a carta, ser devolvida ao juzo de origem, no prazo de 10 (dez) dias, independentemente de traslado, pagas as custas pela parte.

FORMAO DO PROCESSO

PRINCPIO DISPOSITIVO: iniciativa do autorPROPOSITURA DA DEMANDAIMPULSO OFICIAL

Jurisdio um actum trio personarum (ato de 3 pessoas)Relao Jurdica processual se caracteriza pela citao vlida, formando-se o processo.Aula 10.3Se houver s uma vara, com o despacho na inicial. Se houver mais de uma vara, com a distribuio.

SUSPENSO DO PROCESSO

Art. 265 CPCAbsteno da prtica dos atos processuais destinados prestao jurisdicional defeso praticar qualquer ato processual oneroso durante a suspenso, mas o juiz pode determinar at mesmo ex officio a realizao de atos de natureza urgente.Art. 266. Durante a suspenso defeso praticar qualquer ato processual; poder o juiz, todavia, determinar a realizao de atos urgentes, a fim de evitar dano irreparvel.

HIPTESES:Art. 265. Suspende-se o processo: MORTE OU PERDA DA CAPACIDADE: (1) partes, representante legal ou (2) procurador.I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador; 1o No caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das PARTES, ou de seu REPRESENTANTE LEGAL, provado o falecimento ou a incapacidade, o juiz suspender o processo, salvo se j tiver iniciado a audincia de instruo e julgamento; caso em que:a) o advogado continuar no processo at o encerramento da audincia;b) o processo s se suspender a partir da publicao da sentena ou do acrdo. 2o No caso de morte do PRCURADOR de qualquer das partes, ainda que iniciada a audincia de instruo e julgamento, o juiz marcar, a fim de que a parte constitua novo mandatrio, o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguir o processo sem julgamento do mrito, se o autor no nomear novo mandatrio, ou mandar prosseguir no processo, revelia do ru, tendo falecido o advogado deste.*STJ - o prazo de 20 dias para a substituio do procurador falecido pode ser alargado em razo do requerimento da parte interessada. NO PEREMPTRIO. CONVENO DAS PARTES: no podendo passar de 6 meses.II - pela conveno das partes; 3o A suspenso do processo por conveno das partes, de que trata o no Il, nunca poder exceder 6 (seis) meses; findo o prazo, o escrivo far os autos conclusos ao juiz, que ordenar o prosseguimento do processo.*TRIBUNAIS SUPERIORES: possvel a prorrogao deste prazo. necessrio que se pea primeiramente os 6 meses, podendo ser renovado ao seu fim, aps anlise do juiz sobre o caso concreto. EXCEO DE INCOMPETNCIA RELATIVA, SUSPEIO OU IMPEDIMENTO:III - quando for oposta exceo de incompetncia do juzo, da cmara ou do tribunal, bem como de suspeio ou impedimento do juiz; 4o No caso do no III, a exceo, em primeiro grau da jurisdio, ser processada na forma do disposto neste Livro, Ttulo VIII, Captulo II, Seo III; e, no tribunal, consoante Ihe estabelecer o regimento interno.*STJ - se a incompetncia absoluta for suscitada em preliminar, NO SUSPENDE O PROCESSO JUIZ DETERMINA SUSPENSO EM RAZO DE OUTROS FEITOS EM ANDAMENTO: por no mximo 1 anoIV - quando a sentena de mrito:a) depender do julgamento de outra causa, ou da declarao da existncia ou inexistncia da relao jurdica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente;b) no puder ser proferida seno depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juzo;c) tiver por pressuposto o julgamento de questo de estado, requerido como declarao incidente; (ex: ao de alimentos esperando outra de declarao de paternidade) 5o Nos casos enumerados nas letras a, b e c do no IV, o perodo de suspenso nunca poder exceder 1 (um) ano. Findo este prazo, o juiz mandar prosseguir no processo. FORA MAIOR: ex greve do judicirioV - por motivo de fora maior; CLUSULA ABERTA: ex - falsidade documental, frias forenses, etc.VI - nos demais casos, que este Cdigo regula.Aula 10.4

EXTINO DO PROCESSO

Arts. 267 e 269 (principais)

SEM RESOLUO DE MRITO

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito:

INDEFERIMENTO DA INICIAL

I - quando o juiz indeferir a petio inicial;

O indeferimento da inicial se d nos casos do art. 295:Art. 295. A petio inicial ser indeferida: I - quando for inepta; II - quando a parte for manifestamente ilegtima; III - quando o autor carecer de interesse processual;IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadncia ou a prescrio (art. 219, 5o); V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, no corresponder natureza da causa, ou ao valor da ao; caso em que s no ser indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; Vl - quando no atendidas as prescries dos arts. 39, pargrafo nico (advogado no fornecer endereo), primeira parte, e 284 (no for emendada). Pargrafo nico. Considera-se inepta a petio inicial quando:I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir; II - da narrao dos fatos no decorrer logicamente a concluso;III - o pedido for juridicamente impossvel;IV - contiver pedidos incompatveis entre si.

No haver resoluo de mrito*(No entanto, haver resoluo de mrito em caso de Prescrio e Decadncia, ou no caso do julgamento imediato de improcedncia art. 285-A)INDEFERIMENTO TEM NATUREZA DE SENTENA - recurso cabvel a apelao. Sendo interposta a apelao