PROCESSO CIVIL PROCESSO CAUTELAR - Ligação · PDF filesignifica dizer que ela não é um complemento ou um apêndice da ação principal, eis que ... Exemplo: Busca e apreensão,

Embed Size (px)

Citation preview

  • P R O C E S S O C I V I L P R O C E S S O C A U T E L A R

    1

  • P R O C E S S O C I V I L P R O C E S S O C A U T E L A R

    2

    PROCESSO CAUTELAR

    Requ is i tos espec f i cos:

    a) - per i cu lum in mora: a poss ib i l idade ou a potenc ia l idade do dano ( CPC ar t . 798 )

    b) - fumus bon i iu r i s : a aparnc ia do d i re i to

    F ina l idade: a tu te la garant idora ou assecuratr ia que v i sa exc lus ivamente garant i r o

    processo pr inc ipa l , va le d i zer , dar tempo ao Estado-Ju iz para que es te , no processo de

    conhec imento, dec ida o l i t g io , ou para que es te, no processo de execuo, rea l i ze a

    sat is fao do c rd i to .

    Caracter s t i cas :

    1 - no ex is te cont rad i tr io de mr i to , j que a d iscut ib i l idade f i ca res t r i ta ao per i cu lum

    in mora e ao fumus bon i iu r i s , e es tes no so requ is i tos de ordem formal .

    2 - levando-se em conta que a Caute la r no se dest ina a d i r im ir o l i t g io , i s to s ign i f i ca que

    a sentena no de mr i to , tendo apenas natureza terminat iva , sem qua lquer repercusso

    no d i re i to mater ia l , e por essa razo, ao t rans i ta r em ju lgado, somente va i produz i r a

    co isa ju lgada formal ( ver CPC ar t . 810, 1 par te ) .

    OBS. : Somente haver na Caute lar a sentena de mr i to quando o ju i z ext ingu - la

    pronunc iando a decadnc ia ou a prescr i o ( CPC ar t . 810, 2 par te , combinado com ar t .

    269, IV ) .

    3 Autonomia: O nosso ordenamento jur d i co e l ig iu a Caute lar como um processo , o que

    s ign i f i ca d izer que e la no um complemento ou um apnd ice da ao pr inc ipa l , e i s que

    se e la no t i vesse autonomia o requer ido ser ia in t imado e no c i tado.

    Ass im sendo, a assessor iedade da Caute la r d i z respe i to ao D i re i to Mater ia l e no ao D i re i to

    Ins t rumenta l propr iamente d i to .

    4 As dec ises profer idas na Caute lar so prov isr ias .

    5 Na Caute lar o ju i z conceder a l im inar de p lano ou aps aud inc ia de just i f i cao

    prv ia em s ig i lo , quer d i zer , sem ouv i r o ru.

  • P R O C E S S O C I V I L P R O C E S S O C A U T E L A R

    3

    6 O prazo para se impugnar a Caute lar de 5 d ias , mas de se observar que a lgumas

    caute lares no admi tem resposta , como por exemplo a Not i f i cao ou Interpe lao

    Jud ic ia l , a Jus t i f i cao e a produo antec ipada de provas .

    7 Na Caute lar ma is tcn ico fa la r -se em requerente e requer ido.

    8 Na pet i o in ic ia l o autor ( requerente ) dever ind icar a l ide e o seu fundamento (

    ao pr inc ipa l , CPC ar t . 801, I I I ) .

    OBS. :

    a) - a re fernc ia ao pr inc ipa l na in i c ia l da caute lar , necessr ia , para que se possa

    ver i f i car se o requerente da med ida tem leg i t im idade e interesse para propor a ao

    pr inc ipa l ;

    b) - se a med ida caute lar tem caracter sa t is fa t ivo , ev identemente no caber na in ic ia l a

    ind icao da ao pr inc ipa l ;

    c ) - na Caute lar a pet i o in i c ia l a lm de observar os requ is i tos genr icos prev is tos nos

    ar t igos 282 e 283 do CPC, tambm ter de observar os requ is i tos espec f i cos prev is tos no

    ar t . 801 do mesmo d ip loma lega l .

    9 O ju zo competente para a Caute lar aque le que tem competnc ia para a ao

    pr inc ipa l .

    OBS. :

    In terposto o recurso , a med ida caute lar ser requer ida d i re tamente ao t r ibuna l ( CPC

    ar t .800, n ico ) .

    10 C lass i f i cao:

    I quanto ao momento do a ju i zamento:

    a) - Caute la r Preparatr ia : a a ju i zada antes do a ju i zamento da ao pr inc ipa l ( ver

    CPC ar t . 796 ) , ex . : ped ido prov isr io de a l imentos;

    b) - Caute lar Inc identa l : aque la que a ju i zada durante o curso da ao pr inc ipa l . V ia de

    regra e la d i s t r ibu da por dependnc ia e apensada aos autos da ao em curso.

    ev idente que a l ide e o seu fundamento s ex ig ida na in i c ia l da Caute lar

    Preparatr ia .

    I I quanto denominao:

  • P R O C E S S O C I V I L P R O C E S S O C A U T E L A R

    4

    a)- Caute lar Nominada ou T p ica: aque la que aparece espec i f i cadamente ind icada no

    CPC. Ass im que para cada moda l idade de per i cu lum in mora o leg is lador ind ica a

    Caute lar adequada para neut ra l i z- lo .

    Exemplo: Busca e apreenso, a l imentos prov is iona is , a r res to , seqest ro , e tc . . .

    b) - Caute lar Inominada ou At p i ca , sendo imposs ve l ao leg is lador a pr iso espec f i ca de

    todas as fo rmas de per i cu lum in mora, e le faz uma prev iso genr ica .

    Ass im sendo, a Caute lar Inominada ou At p i ca aque la em que o per i cu lum in mora

    aparece gener icamente prev is to no CPC.

    Exemplo: A Caute lar Inominada para desb loquear os c ruzados .

    OBS. : A dout r ina , segu ida pe la jur i sprudnc ia admi te a Caute la r Sat i s fa t iva .

    Caute la r Sat i s fa t iva ser ia aque la que por s i s esgota a funo jur i sd ic iona l , quer d i zer ,

    por in termd io de la j se rea l i za a ent rega da pres tao jur i sd ic iona l .

    Mu i to se d iscute se a sentena pro fer ida nesta Caute la r Sat is fa t iva , se ao t rans i ta r

    em ju lgado e la va i produz i r a co isa ju lgada formal ou mater ia l .

    Para a op in io minor i t r ia , uma vez que e la por s i s rea l i zou a ent rega da

    pres tao jur i sd ic iona l , i s to s ign i f i ca que e la se t rans formou em Ao de Conhec imento o

    que conduz sentena de mr i to que ao t rans i ta r em ju lgado va i fo rmar a co isa ju lgada

    mater ia l .

    Ent re tanto, para a op in io major i t r ia no ex is te na Caute la r Sat i s fa t iva qua lquer

    descaracter i zao, o que s ign i f i ca d i zer que e la no perde a natureza caute la r e nestas

    cond ies a sentena ao t rans i ta r em ju lgado somente va i produz i r a co isa ju lgada formal .

    Merece a inda observar que a Caute la r Sat i s fa t iva no es t prev is ta na le i , sendo

    apenas uma const ruo pretor iana.

    11 O poder gera l de caute la a mais impor tante caracter s t i ca da Caute lar . o poder

    que tem o ju i z de no curso de um processo, ao ver i f i car o per i cu lum in mora, decretar

    independentemente de requer imento da par te , a Caute la r mais adequada para neut ra l i z- lo

    ( CPC ar t . 798 e 799 ) .

    12 A Caute lar tem sempre um caracter urgenc ia l . Em sendo ass im, sempre que o

    leg is lador re fer i r - se rea l i zao de atos urgentes , a f im de ev i ta r dano i r reparve l , e le

    es t se re fer indo med ida caute lar ( ver CPC ar t . 266 e 793 ) .

  • P R O C E S S O C I V I L P R O C E S S O C A U T E L A R

    5

    CONSIDERAES BSICAS DA PARTE GERAL

    O ar t . 796 do CPC: Caute lar Preparat iva e Caute lar Inc idente l

    O ar t . 797 do CPC: res t r inge a concesso de l im inares sem a o i t iva do requer ido.

    O ar t . 798 e 799 do CPC: poder gera l de caute la do ju i z .

    O ar t . 800 do CPC e seu pargrafo n ico: competnc ia da Ao Caute lar .

    O ar t . 801 do CPC: pet i o in i c ia l na Ao Caute lar .

    O ar t . 802 do CPC: o prazo para resposta na Caute lar .

    O ar t . 802 do CPC, n ico , I e I I : contagem do in c io do prazo para resposta , devendo se

    d i fe renc iar s h ipteses de indefer imento e de concesso da l im inar .

    O ar t . 803 do CPC: os e fe i tos da reve l ia na Caute lar .

    O ar t . 804 do CPC: concesso da l im inar de p lano ou aps aud inc ia de jus t i f i cao

    prv ia em s ig i lo , quer d i zer , sem a o i t i va do requer ido e sem que es te tenha not c ia da

    aud inc ia .

    O ar t . 805 do CPC: cauo subst i tu t iva , que poder ser defer ida a requer imento de

    qua lquer das partes , como tambm poder ser determinada de o f c io .

    Em sendo determinada de o f c io , e la ser f i xada de imed ia to . Agora , em sendo

    requer ida por qua lquer das par tes , e la se su je i ta r ao proced imento da cauo subst i tu t iva

    ( ver CPC ar t .826 a 838 ) .

    OBS. : A cauo prev is ta no ar t . 804 do CPC apenas garant idora , no sendo subst i tu t iva .

    Ento temos:

    a) - Cauo Garant idora , porque v isa assegurar inden izao ao requer ido por poss ve is

    danos que possam lhe causar a execuo da l im inar ( CPC ar t . 804 ) ;

    b) - Cauo Subst i tu t iva ( CPC ar t . 805 )

    O ar t .806 do CPC. O prazo para o a ju izamento da ao pr inc ipa l de 30 d ias

    contados da execuo da med ida l im inar .

    Tra ta-se de prazo peremptr io . Esse prazo no p lano da sua natureza jur d ica , no

    prazo de prescr i o e mui to menos de decadnc ia , sendo apenas um prazo de natureza

    processua l .

  • P R O C E S S O C I V I L P R O C E S S O C A U T E L A R

    6