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UNIVERSIDADE DE BRASLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
PROCESSO ELETROLTICO NO TRATAMENTO DE
ESGOTOS SANITRIOS: ESTUDO DA SUA
APLICABILIDADE E MECANISMOS ASSOCIADOS
ANDR LUIZ LOPES SINOTI
ORIENTADOR: MARCO ANTONIO ALMEIDA DE SOUZA
DISSERTAO DE MESTRADO EM TECNOLOGIA
AMBIENTAL E RECURSOS HDRICOS
PUBLICAO: PTARH.DM 074 A/04
BRASLIA/DF: DEZEMBRO/2004
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ii
UNIVERSIDADE DE BRASLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
PS-GRADUAO EM TECNOLOGIA AMBIENTAL E RECURSOS HDRICOS
PROCESSO ELETROLTICO NO TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITRIOS:
ESTUDO DA SUA APLICABILIDADE E MECANISMOS ASSOCIADOS
ANDR LUIZ LOPES SINOTI
DISSERTAO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE
ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA
UNIVERSIDADE DE BRASLIA, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSRIOS
PARA A OBTENO DO GRAU DE MESTRE EM CINCIAS.
APROVADA POR:
_________________________________________________ Prof. Marco Antonio Almeida de Souza, PhD (UnB) (ORIENTADOR)
_________________________________________________ Prof. Ricardo Silveira Bernardes, PhD (UnB) (EXAMINADOR INTERNO)
_________________________________________________ Prof. Rejane Helena Ribeiro da Costa, Doutora (UFSC - Univ. Fed. Santa Catarina) (EXAMINADOR EXTERNO)
DATA: BRASLIA/DF, 06 DE DEZEMBRO DE 2004
iii
FICHA CATALOGRFICA SINOTI, ANDR LUIZ LOPES Processo eletroltico no tratamento de esgotos sanitrios: estudo da sua aplicabilidade e
mecanismos associados [Distrito Federal] 2004.
xxvi, p.154, 210 x 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Tecnologia Ambiental e Recursos
Hdricos, 2004). Dissertao de Mestrado Universidade de Braslia.
Faculdade de Tecnologia.
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental.
1. Tratamento eletroltico 2. Eletrodos de alumnio, ferro e grafite 3. Tratamento de guas Residurias 4. Ps-tratamento I. ENC/FT/UnB II.Ttulo (srie)
REFERNCIA BIBLIOGRFICA
SINOTI, A. L. L. (2004). Processo eletroltico no tratamento de esgotos sanitrios:
estudo da sua aplicabilidade e mecanismos associados. Dissertao de Mestrado,
Publicao PTARH.DM - 12 / 04, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Braslia, Braslia, DF, 143 p.
CESSO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Andr Luiz Lopes Sinoti
TTULO DA DISSERTAO DE MESTRADO: Processo eletroltico no tratamento
de esgotos sanitrios: estudo da sua aplicabilidade e mecanismos associados.
GRAU: Mestre ANO: 2004
concedida Universidade de Braslia permisso para produzir cpias desta
dissertao de mestrado e para emprestar ou vender tais cpias somente para
propsitos acadmicos e cientficos. O autor reserva outros direitos de publicao e
nenhuma parte desta dissertao de mestrado pode ser reproduzida sem a
autorizao por escrito do autor.
___________________________________________
Andr Luiz Lopes Sinoti SQN 410 Bloco G, Ap.107. - CEP 70.865070 Braslia DF Braslia [email protected], [email protected]
iv
AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, e principalmente, agradeo a Deus. memria de minha querida v Rosa . Agradeo a meus pais, Maria Luza e Sergio, que mesmo distantes, sempre me deram grande apoio, assim como aos meus irmos, Rogrio, Cludio e Daniela. Agradeo a minha cunhada Isabela e aos meus sobrinhos Bruno e Caio, por existirem, e me darem acalento, nos momentos de cansao. Agradeo aos meus amigos, e peo desculpas pela ausncia nestes ltimos tempos. Aos meus colegas e amigos do mestrado, Andria, Andra (dia doida), Ine, Jana e todos os outros. Agradeo ao companheiro de tardes eletrolticas, o meu amigo Seandro, e ao Nlio pelo seu dedicado trabalho na coleta das amostras. Agradeo a Simone, essa mulher maravilhosa, por tudo que ocorreu neste ano de 2004, pela pacincia, compreenso e amor que me deu fora para que conseguisse realizar este trabalho. Agradeo aos meus grandes amigos Gustavo e Genrio, que me acolheram em suas casas neste perodo difcil. Agradeo especialmente ao meu amigo de trabalho e companheiro de todas as horas, o Boy. Agradeo a Professora Cristina, que foi uma das primeiras incentivadoras deste meu mestrado, e pela ajuda em todos os sentidos, nos bons e maus momentos. Agradeo ao meu Professor e amigo Marco Antonio, que me deu a liberdade para criar, e sabedoria para indicar os melhores caminhos a serem trilhados. Agradeo a todos que me agradeceram pelas suas dissertaes, durante todos estes anos no PTARH.
v
RESUMO PROCESSO ELETROLTICO NO TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITRIOS: ESTUDO DA SUA APLICABILIDADE E MECANISMOS ASSOCIADOS Autor: Andr Luiz Lopes Sinoti Orientador: Marco Antonio Almeida de Souza Programa de Ps-graduao em Tecnologia Ambiental e Recursos Hdricos Braslia, dezembro de 2004
Os processos eletrolticos tm sido uma opo para tratamento de algumas guas residurias, tais como os esgotos sanitrios, podendo ser empregados como processo nico ou acoplados com outros processos, na busca de qualidade mais alta dos efluentes tratados e da manuteno e melhoria das guas receptoras e das condies ambientais.
Este trabalho teve como objetivo estudar os mecanismos e a eficincia de remoo dos poluentes presentes nos esgotos domsticos tratados por Estaes de Tratamento de Esgotos (ETEs). Foram estudados os efluentes de decantador primrio, efluentes tratados de forma biolgica aerbia pelo processo de lodos ativados (efluentes do decantador secundrio), efluentes do tratamento fsico-qumico tercirio, ou efluentes tratados de forma biolgica anaerbia (efluentes de reator UASB).
Os efluentes foram processados em reator de batelada, em escala de bancada, por 60 minutos, utilizando eletrodos reativos de ferro ou de alumnio, em primeira etapa, por 20 minutos e os eletrodos inertes de grafite em segunda etapa. As variveis da pesquisa foram: a corrente eltrica (corrente contnua); tipo de eletrodos (ferro, alumnio e grafite); e tipo de efluentes.
Foram medidas e analisadas as eficincias de remoo de amnia, cor, turbidez, fsforo, cloro, ferro, alumnio, coliformes totais, e matria orgnica (COT Carbono orgnico Total). Foi observado o efeito da variao de pH no processo e das variveis de pesquisa mencionadas anteriormente. De acordo com as condies de trabalho aplicadas, se concluiu que o tratamento eletroltico pode levar a altas eficincias de remoo de orto-fosfato (> 99 %) e coliformes totais (100 %, em vrios casos), mesmo com baixas correntes aplicadas, para os quatro efluentes tratados. Para os efluentes primrios e de reator UASB, que tm maior carga poluente, o tratamento eletroltico apresentou maior eficincia, de forma geral, em relao aos efluentes secundrios e tercirios. O eletrodo de alumnio apresentou melhores resultados do que o de ferro, para todas as caractersticas de qualidade da gua estudadas, com exceo de coliformes totais. Os principais mecanismos de remoo dos poluentes foram a eletrocoagulao e eletrofloculao, com remoo dos slidos produzidos por eletroflotao.
PALAVRAS-CHAVE: tratamento eletroltico de esgotos, tratamento de guas residurias, eletrodos de alumnio, ferro e grafite.
vi
ABSTRACT SEWAGE TREATMENT BY ELECTROLITIC PROCESS: A STUDY OF ITS APLICABILITY AND ASSOCIATED MECHANISMS Author: Andr Luiz Lopes Sinoti Supervisor: Marco Antonio Almeida de Souza Programa de Ps-graduao em Tecnologia Ambiental e Recursos Hdricos Braslia, December of 2004
Electrolytic processes are an option for treatment of some wastewaters, such as municipal wastewaters, being applied alone or coupled with other methods, looking for a better quality of the treated effluents and the improvement and maintenance of the receiving waters quality and environmental conditions.
This work had the objective of studying the mechanisms and the efficiency of removal of pollutants present in the sewage treated by Sewage Treatment Plants. The following effluents were studied: primary effluents (from primary decanters), secondary effluents (from activated sludge aerobic biological process), tertiary effluents (from a physical-chemical process), and effluents from anaerobic biological process (UASB reactor effluents).
These effluents were submitted to a batch treatment reactor in bench scale for 60 minutes, using reactive iron or aluminum electrodes, in a first stage, and graphite inert electrodes, in a second stage. The research variables were: DC electric current; type of electrodes (iron, aluminum and graphite); and type of effluents.
The ammonia, color, turbidity, phosphorus, chlorine, total coliform and organic matter (TOC Total Organic Carbon) removal efficiencies were measured and analyzed. The effect of the changes on the pH and other variables over the electrolytic treatment process were observed. According to the applied work conditions, it was possible to conclude that the electrolytic treatment process is able to produce high removal efficiencies of orto-phosphate (>99%) and total coliform (100% in several cases), even working with low applied electric currents, for the all types of tested treated effluents. In general, for primary effluents and UASB reactor effluents, which have greater concentration of pollutants, the electrolytic treatment process presented higher efficiency than those treating secondary and tertiary effluents. Aluminum electrodes presented better results than iron electrodes for treating all studied water quality characteristics with exception to total coliform. The major mechanisms responsible for the pollutant removal were electro-coagulation followed by electro-flocculation, being the solids removed by electro-flotation.
KEY WORDS: aluminum, iron and graphite electrodes; sewage treatment; wastewater treatment.
vii
SUMRIO
1-INTRODUO.................................................................................................................1
1.1 - A GUA, SEUS USOS E O MEIO AMBIENTE................................................1 1.2 TRATAMENTO DE GUAS RESIDURIAS..................................................2 1.3 ELETROQUMICA A SERVIO DO MEIO AMBIENTE.............................3 1.4 MOTIVAO DA PESQUISA...........................................................................4
2-OBJETIVO........................................................................................................................6
3-FUNDAMENTAO TERICA...................................................................................7
3.1 - TEORIA ELETROQUMICA.............................................................................7
3.2 - TRATAMENTO ELETROQUMICO DE GUAS RESIDURIAS...........12
3.3 - ELETROCOAGULAO E ELETROFLOCULAO................................14
3.4 - ELETROFLOTAO........................................................................................19
3.5 - PASSIVAO E POLARIZAO DOS ELETRODOS................................21
3.6 - RESDUOS DO PROCESSO ELETROQUMICO - ESCUMA E LODO....21
4-REVISO BIBLIOGRFICA......................................................................................23
4.1 HISTRICO........................................................................................................23
4.2 TRATAMENTOS ELETROLTICOS DE GUAS RESIDURIAS...........25
4.2.1 Tipos de reatores eletrolticos...................................................................26
4.2.2 Tipos de eletrodos.......................................................................................28
4.2.3 Adio de sal ..............................................................................................28
4.2.4 Corrente eltrica e densidade de corrente ...............................................30
4.2.5 Controle do pH...........................................................................................31
4.2.6 Resduos produzidos..................................................................................32
4.3MECANISMOS PREDOMINANTES NO TRATAMENTO
ELETROLTICO................................................................................................34
4.3.1 Eletrocoagulao, eletrofloculao e eletroflotao ...............................34
4.3.2 Oxidao e reduo....................................................................................35
4.3.3 Desinfeco..................................................................................................36
4.3.4 Outros mecanismos....................................................................................40
4.4TRATAMENTO ELETROLTICO ACOPLADO COM OUTROS
MTODOS..........................................................................................................41
4.5TRATAMENTO ELETROLTICO: ANLISE E CONCLUSO DOS
RESULTADOS OBTIDOS NA LITERATURA.................................................42
viii
5-METODOLOGIA...........................................................................................................45
5.1-SISTEMA ELETROLTICO EM ESCALA DE BANCADA...........................45
5.1.1- Reator UASB e seu
efluente........................................................................46
5.2 SISTEMA ELETROLTICO EM ESCALA DE BANCADA........................47
5.3 REALIZAO DOS ENSAIOS........................................................................49
5.3.1 Coleta e preparao das amostras no reator...........................................51
5.3.2 - Lavagem e pesagem dos eletrodos.............................................................53
5.3.3 - Adio de sal................................................................................................53
5.3.4- Corrente eltrica e densidade de corrente.................................................55
5.4 - MONITORAMENTO DOS ENSAIOS ELETROLTICOS...........................55
5.5 - ENSAIOS ELETROLTICOS REALIZADOS................................................56
6-RESULTADOS E ANLISES.......................................................................................60
6.1 - ENSAIOS ELETROLTICOS COM ELETRODOS DE GRAFITE.......60
6.1.1 pH, amnia e cloro residual livre e total.......................................60
6.1.2 - Fsforo..............................................................................................64
6.1.3 Massa dos eletrodos de grafite.......................................................65
6.1.4 COT (Carbono Orgnico Total)....................................................67
6.2 - ENSAIOS ELETROLTICOS COM ELETRODOS DE FERRO...........68
6.2.1 Amnia e cloro.................................................................................68
6.2.2 pH.....................................................................................................71
6.2.3 - Cor e turbidez..................................................................................76
6.2.4 Fsforo.............................................................................................81
6.2.4 COT.................................................................................................83
6.2.5 Coliformes Totais............................................................................85
6.2.6 Desgastes dos eletrodos .................................................................89
6.3 - ENSAIOS ELETROLTICOS COM ELETRODOS DE ALUMNIO ...91
6.3.1 Amnia e cloro residual livre e total.............................................92
6.3.2 pH.....................................................................................................94
6.3.3 - Cor e turbidez..................................................................................97
6.3.4 - Fsforo............................................................................................102
6.3.5 Alumnio .......................................................................................104
6.3.6 COT...............................................................................................107
6.3.7 Coliformes Totais..........................................................................109
ix
6.4- ANLISE GERAL DOS DADOS...............................................................111
6.4.1- pH....................................................................................................111
6.4.2 Amnia...........................................................................................112
6.4.3 Cloro..............................................................................................112
6.4.4 Cor e turbidez...............................................................................112
6.4.5 Fsforo...........................................................................................113
6.4.6 COT (Carbono Orgnico Total)..................................................113
6.4.7 Condutividade e cloretos..............................................................114
6.4.8 Massa dos eletrodos......................................................................115
6.4.9 Coliformes Totais..........................................................................117
6.4.10 Tempo..........................................................................................122
6.4.11 Consumo de energia...................................................................122
6.4.12 Observaes experimentais........................................................123
6.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS........................................................124
7- CONCLUSES E RECOMENDAES..................................................................126
7.1 CONCLUSES...........................................................................................126
7.1.1 Parmetros analisados..................................................................126
7.1.2 Variveis de pesquisa...................................................................127
7.1.3 - Mecanismos...................................................................................128
7.1.4 - Concluses gerais..........................................................................129
7.2 RECOMENDAES.................................................................................130
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...........................................................................132
APNDICES
APNDICE A MASSAS DOS ELETRODOS DE
GRAFITE..................................137
APNDICE B MASSAS DOS ELETRODOS DE
FERRO.......................................143 APNDICE C MASSAS DOS ELETRODOS DE ALUMNIO...............................149
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 Tratamentos eletrolticos: alguns tipos de efluentes, tempo de deteno,
material de eletrodo e eficincia de remoo..................................................26
Tabela 4.2 - Eficincia de remoo, em porcentagem, no tratamento eletroltico em
batelada e em fluxo contnuo no trabalho de Poon e Brueckner (1975).........28
Tabela 4.3 Valores de densidade de e tempo de deteno utilizados comumente em
trabalhos eletrolticos......................................................................................32
Tabela 5.1 Numerao das alquotas coletadas no reator, durante o ensaio
eletroltico.......................................................................................................50
Tabela 5.2 - Volumes necessrios para cada anlise fsica, qumica e
bacteriolgica..................................................................................................52
Tabela 5.3 Anlises realizadas nos volumes coletados nos ensaios
eletrolticos......................................................................................................58
Tabela 6.1 - Concentrao de cloro residual livre (Cl L) e total (Cl T), obtidos no
tratamento eletroltico por 60 minutos, com eletrodos de grafite nos efluentes
dos decantadores primrios.............................................................................62
Tabela 6.2 Concentrao (C) de amnia e sua variao (V), em %, no tratamento
eletroltico, por 60 minutos, de efluentes do decantador primrio .................62
Tabela 6.3 Concentrao de cloro residual livre (Cl L) e total (Cl T), obtidos no
tratamento eletroltico de efluentes secundrios (2o) e tercirios (3o), por 60
minutos, com eletrodos de grafite nos efluentes dos decantadores primrios,
com corrente eltrica em ampre (A)..............................................................64
Tabela 6.4 Variao (V) da concentrao (C) de amnia, em mg/L de N, no processo
eletroltico com utilizao somente de eletrodos de eletrodos de grafite, para
efluentes do decantador secundrio (2o) e do tratamento tercirio (3o), com
corrente eltrica em ampre (A)......................................................................64
Tabela 6.5 Remoo (R), em %, da concentrao (C) de orto-fosfato, com o uso somente
de eletrodo de grafite no tratamento eletroltico, nos efluentes do decantador
primrio, com corrente eltrica em ampre (A)..............................................65
Tabela 6.6 Remoo (R), em %, da concentrao (C) de orto-fosfato, com o uso somente
de eletrodo de grafite no tratamento eletroltico, nos efluentes do decantador
xi
secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do reator UASB, com corrente
eltrica em ampre (A)....................................................................................65
Tabela 6.7 - Porcentagem de remoo do carbono dissolvido, medido por COT, no
tratamento eletroltico de efluentes do decantador primrio, utilizando
eletrodos de grafite..........................................................................................67
Tabela 6.8 - Concentrao (C) de amnia e sua variao (V) com o tempo, em mg/L-N, no
tratamento eletroltico de efluentes do decantador primrio, utilizando
eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G) por 60 minutos, com correntes medidas
em ampres (A)...... ........................................................................................69
Tabela 6.9 - Concentrao de cloro total e cloro residual livre (mg/L) em efluentes do
decantador primrio, ao final do tratamento eletroltico em 60 minutos,
utilizando os eletrodos de ferro (Fe) e posteriormente os eletrodos de grafite
(G), com corrente eltrica em ampres (A).....................................................69
Tabela 6.10 Concentrao de amnia e sua variao com o tempo, em mg/L-N, no
tratamento eletroltico de efluentes do decantador secundrio, utilizando
eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G) por 60 minutos, com correntes medidas
em ampres (A).......... ....................................................................................70
Tabela 6.11 Concentrao de amnia e sua variao com o tempo, em mg/L-N, no
tratamento eletroltico de efluentes do tratamento tercirio (3o) e do reator
Uasb, utilizando eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G) por 60 minutos, com
correntes medidas em ampres (A) ................................................................70
Tabela 6.12 Concentrao de cloro total e cloro residual livre (mg/L) em efluentes do
decantador secundrio, ao final do tratamento eletroltico em 60 minutos,
utilizando os eletrodos de ferro (Fe) e posteriormente os eletrodos de grafite
(G), com corrente eltrica em ampres (A).....................................................71
Tabela 6.13 Concentrao de cloro total e cloro residual livre (mg/L) em efluentes do
tratamento tercirio (3o) e do reator UASB, ao final do tratamento eletroltico
em 60 minutos, utilizando os eletrodos de ferro (Fe) e posteriormente os
eletrodos de grafite (G), com corrente eltrica em ampres (A).....................71
Tabela 6.14 - Remoo dos valores de turbidez (%) no tratamento eletroltico de efluentes
do decantador primrio (1) e do reator UASB, com corrente eltrica em
ampre (A)......................................................................................................78
xii
Tabela 6.15 - Remoo, em %, da turbidez (%) no tratamento eletroltico de efluentes do
decantador secundrio (2o) e do tratamento tercirio (3o), com corrente
eltrica em ampre (A)....................................................................................78
Tabela 6.16 Remoo (R), em %, da concentrao (C) de orto-fosfato, em mg/L de P, no
tratamento eletroltico de efluentes do reator UASB, utilizando eletrodos de
ferro (Fe) e grafite (G), com corrente eltrica em ampre (A)........................81
Tabela 6.17 Remoo (R), em %, da concentrao (C) de orto-fosfato, em mg/L de P, no
tratamento eletroltico de efluentes do decantador primrio (1o), utilizando
eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), com corrente eltrica em ampre (A)...81
Tabela 6.18 Remoo (R), em %, da concentrao (C) de orto-fosfato, em mg/L de P, no
tratamento eletroltico de efluentes do decantador secundrio (2o), utilizando
eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), com corrente eltrica em ampre (A)...82
Tabela 6.19 Remoo (R), em %, da concentrao (C) de orto-fosfato, em mg/L de P, no
tratamento eletroltico de efluentes do decantador tercirio (3o), utilizando
eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), com corrente eltrica em ampre (A)...82
Tabela 6.20 Remoo, em %, do Carbono Orgnico Total (COT), no tratamento
eletroltico de efluentes do decantador primrio (1o), utilizando eletrodos de
ferro e de grafite, com corrente eltrica em ampre (A).................................84
Tabela 6.21 Remoo, em %, do Carbono Orgnico Total (COT), no tratamento
eletroltico de efluentes do reator UASB e do decantador secundrio (2o),
utilizando eletrodos de ferro e grafite, com corrente eltrica em ampre
(A)...................................................................................................................85
Tabela 6.22 Remoo (R), em %, de Coliformes Totais, pelo tratamento eletroltico de
efluentes de efluentes com tratamento primrio, utilizando eletrodos de ferro
e de grafite, com corrente eltrica em ampre (A)..........................................86
Tabela 6.23 Remoo (R), em %, de Coliformes Totais, pelo tratamento eletroltico de
efluentes de efluentes com tratamento secundrio, utilizando eletrodos de
ferro e de grafite, com corrente eltrica em ampre (A).................................87
Tabela 6.24 Remoo (R), em %, de Coliformes Totais, pelo tratamento eletroltico de
efluentes de efluentes com tratamento tercirio, utilizando eletrodos de ferro e
de grafite, com corrente eltrica em ampre (A)............................................87
Tabela 6.25 Remoo de Coliformes Totais, em NMP, pelo tratamento eletroltico de
efluentes de efluentes com tratamento UASB, utilizando eletrodos de ferro e
de grafite, com corrente eltrica em ampre (A)............................................88
xiii
Tabela 6.26 Concentraes de Cloro Total (Cl T) e Cloro Livre (Cl L), em mg/L de Cl,
obtidas no tratamento eletroltico, com corrente eltrica em ampre (A).......88
Tabela 6.27 Variao da massa dos eletrodos de ferro, em gramas (g), no tratamento
eletroltico de efluentes do reator UASB, por 60 minutos, utilizando eletrodos
de ferro (Fe) e de grafite (G), com corrente eltrica em ampre (A)..............89
Tabela 6.28 Variao da massa dos eletrodos de ferro, em gramas (g), no tratamento
eletroltico de efluentes do decantador primrio, utilizando eletrodos de ferro
(Fe) e de grafite (G), com corrente eltrica em ampre (A)...........................89
Tabela 6.29 Variao da massa dos eletrodos de ferro, em gramas (g), no tratamento
eletroltico de efluentes do decantador secundrio, utilizando eletrodos de
ferro e de grafite, com corrente eltrica em ampre (A).................................90
Tabela 6.30 Variao da massa dos eletrodos de ferro, em gramas (g) no tratamento
eletroltico de efluentes do decantador tercirio, utilizando eletrodos de ferro
e de grafite, com corrente eltrica em ampre (A)..........................................90
Tabela 6.31- Massa, em gramas, dos eletrodos de ferro utilizados no tratamento eletroltico
de efluentes UASB, primrios (1o), secundrios (2o) e tercirios (3o), com
eletrodos de ferro e de grafite.........................................................................90
Tabela 6.32 Concentrao do ferro dissolvido, mg/L, no tratamento eletroltico de
efluentes UASB, primrios (1o), secundrios (2o) e tercirios (3o), utilizando
eletrodos de ferro e de grafite, com corrente eltrica medida em ampre
(A)...................................................................................................................91
Tabela 6.33 Concentrao de amnia (C) e a variao da concentrao (V), em mg/L N,
medida nos ensaios (1) a (6), no tratamento eletroltico por 60 minutos, em
efluentes primrios, utilizando eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), com
corrente eltrica em ampre (A).....................................................................92
Tabela 6.34 Concentrao (C) de amnia e a variao da concentrao (V), em mg/L N,
medida nos ensaios (1) a (6), no tratamento eletroltico por 60 minutos, em
efluentes secundrios, utilizando eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G),
com corrente eltrica em ampre (A)..............................................................93
Tabela 6.35 Concentrao (C) de amnia e a variao da concentrao (V), em mg/L N,
no tratamento eletroltico por 60 minutos, em efluentes tercirios, utilizando
eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), com corrente eltrica em ampre
(A)...................................................................................................................93
xiv
Tabela 6.36 Concentrao de cloro livre e cloro total, em (mg/L), no tratamento
eletroltico por 60 minutos, de efluentes do decantador primrio (1o) e do
reator UASB, quando utilizados eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), com
corrente em ampre(A)...................................................................................94
Tabela 6.37 Concentrao de cloro livre e cloro total (mg/L), no tratamento eletroltico,
por 60 minutos, de efluentes do decantador secundrio (2o) e do tratamento
tercirio (3o), quando utilizados eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), com
corrente em ampre (A)..................................................................................94
Tabela 6.38 Remoo de turbidez (em %) dos efluentes primrios (1o) e do reator
UASB, no tratamento eletroltico, por 60 minutos, utilizando eletrodos de
alumnio e grafite em seqncia, com corrente eltrica em ampre (A) ......100
Tabela 6.39 Remoo de turbidez (em %) dos efluentes secundrios (2o) e tercirios
(3o), no tratamento eletroltico utilizando eletrodos de alumnio (Al) e grafite
(G) em seqncia, com corrente eltrica em ampre (A) ............................100
Tabela 6.40 Remoo de cor, em (%), no tratamento eletroltico aplicado aos efluentes
primrios e do reator UASB, quando utilizados eletrodos de alumnio e de
grafite em seqncia, com corrente eltrica em ampre (A) ........................101
Tabela 6.41 Remoo de cor, em %, no tratamento, por 60 minutos, no tratamento
eletroltico aplicado aos efluentes secundrios (2o) e tercirios (3o), quando
utilizados eletrodos de alumnio e de grafite em seqncia, com corrente
eltrica em ampre (A).................................................................................102
Tabela 6.42 Concentrao (C) em mgl/L de P e Remoo (R) de orto-fosfato e em
porcentagem (%), no tratamento eletroltico, por 60 minutos, de efluentes
UASB, com o uso de eletrodos de alumnio e eletrodos de grafite em
seqncia.......................................................................................................103
Tabela 6.43- Concentrao (C) em mg/L de P e Remoo (R) de orto-fosfato e em
porcentagem (%), no tratamento eletroltico, por 60 minutos, de efluentes
primrios, com o uso de eletrodos de alumnio (Al) e eletrodos de grafite
(G).................................................................................................................103
Tabela 6.44- Concentrao (C) em mgl/L de P e Remoo (R) de orto-fosfato e em
porcentagem (%), no tratamento eletroltico, por 60 minutos, de efluentes
secundrios, com o uso de eletrodos de alumnio (Al) e eletrodos de grafite
(G).................................................................................................................104
xv
Tabela 6.45 - Concentrao (C) em mg/L de P e Remoo (R) de orto-fosfato e em
porcentagem (%), no tratamento eletroltico, por 60 minutos, de efluentes
tercirios, com o uso de eletrodos de alumnio (Al) e eletrodos de grafite
(G).................................................................................................................104
Tabela 6.46 Massa dos eletrodos de alumnio, em gramas, nos ensaios eletrolticos de
efluentes primrios (1o), secundrios (2o) e tercirios (3o), quando utilizados
os eletrodos de alumnio e grafite em seqncia, com corrente eltrica medida
em ampre (A)..............................................................................................105
Tabela 6.47 Concentrao de alumnio em mg/L e desgaste dos eletrodos, em gramas (g),
presente no tratamento eletroltico de efluente secundrio (2o) e do reator
UASB, com o uso de eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G) em seqncia,
com corrente eltrica em ampre (A) ...........................................................106
Tabela 6.48 Concentrao de alumnio, em mg/L e desgaste dos eletrodos, em gramas
(g), presente no tratamento eletroltico, por 60 minutos, de efluentes
primrios, com o uso de eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G) em
seqncia, com corrente eltrica em ampre (A)..........................................107
Tabela 6.49 - Remoo do carbono medido por COT, em porcentagem, no tratamento
eletroltico de efluentes do decantador primrio, utilizando eletrodos de
alumnio (Al) e de grafite (G) ......................................................................108
Tabela 6.50 - Remoo do carbono dissolvido, via COT, em porcentagem (%), no
tratamento eletroltico de efluentes do reator UASB e do decantador
secundrio, utilizando eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), com corrente
eltrica em ampre (A)..................................................................................109
Tabela 6.51 Remoo (R) em %, de Coliformes Fecais, em nmeros mais provveis
(NMP), pelo tratamento eletroltico de efluentes de tratamento primrio,
utilizando eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), com corrente eltrica
em ampre
(A)....................................................................................................110
Tabela 6.52 Remoo (R), em %,de Coliformes Fecais, em nmeros mais provveis
(NMP), pelo tratamento eletroltico de efluentes do tratamento
secundrio, utilizando eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), com
corrente eltrica em
(A).................................................................................................................110
xvi
Tabela 6.53 Remoo (R) , em %, de Coliformes Fecais, em nmeros mais
provveis (NMP), pelo tratamento eletroltico de efluentes do tratamento
tercirio, utilizando eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), com
corrente eltrica em
(A).................................................................................................................110
Tabela 6.54 Remoo (R), em %, de Coliformes Fecais, em nmeros mais provveis
(NMP), pelo tratamento eletroltico de efluentes do reator UASB, utilizando
eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), com corrente eltrica em (A).......111
Tabela 6.55 Concentrao de cloro (Cl), em g/L, e condutividade (C), em S/cm,
medidas no tratamento eletroltico de efluentes primrios (1o), secundrios
(2o) e tercirios (3o), utilizando eletrodos de alumnio (Al) ou de ferro (Fe),
com corrente eltrica em ampre (A)............................................................115
Tabela 6.56 Concentrao de cloro (Cl) em g/L, e condutividade (C), em S/cm,
medidas no tratamento eletroltico de efluentes primrios (1o) e secundrios
(2o), utilizando eletrodos de grafite, com corrente eltrica em ampre (A)..115
Tabela 6.57 Desgaste dos eletrodos de alumnio e de ferro, medidas em massa (m), em
gramas, e quantidade de matria (mol), em mol, no tratamento eletroltico de
efluentes biolgicos, com a utilizao de eletrodos de alumnio (Al) ou ferro
(Ferro) por 60 minutos, ou de alumnio ou ferro, e posteriormente os
eletrodos de grafite (G), com corrente eltrica de 20 A................................116
Tabela 6.58 - Desgaste dos eletrodos de alumnio e de ferro, medidas em massa (m), em
gramas, e quantidade de matria (mol), em mol, no tratamento eletroltico de
efluentes biolgicos, com a utilizao de eletrodos de alumnio (Al) ou ferro
(Ferro) por 60 minutos, ou de alumnio ou ferro, e posteriormente os eletrodos
de grafite (G), com corrente eltrica de 10 A................................................117
Tabela 6.59 Potncia isntalada e consumo de energia por processos de tratamento.......123
Tabela A.1 - Massas dos eletrodos de grafite no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al), ferro (Fe) e grafite (G), e
corrente eltrica em ampre (A)....................................................................137
Tabela A.2 - Massas dos eletrodos de grafite no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al), ferro (Fe) e grafite (G), e
corrente eltrica em ampre (A). ..................................................................138
xvii
Tabela A.3 - Massas dos eletrodos de grafite no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al), ferro (Fe) e grafite (G), e
corrente eltrica em ampre (A) ...................................................................139
Tabela A.4 - Massas dos eletrodos de grafite no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al), ferro (Fe) e grafite (G), e
corrente eltrica em ampre (A) ...................................................................140
Tabela A.5 - Massas dos eletrodos de grafite no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al), ferro (Fe) e grafite (G), e
corrente eltrica em ampre (A) ...................................................................141
Tabela A.6 - Massas dos eletrodos de grafite no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al), ferro (Fe) e grafite (G), e
corrente eltrica em ampre (A) ...................................................................142
Tabela B.1 - Massas dos eletrodos de ferro no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), e corrente eltrica em
ampre (A) ....................................................................................................143
Tabela B.2 - Massas dos eletrodos de ferro no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), e corrente eltrica em
ampre (A) ........................................................................................ 144
Tabela B.3 - Massas dos eletrodos de ferro no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), e corrente eltrica em
ampre (A) ....................................................................................................145
Tabela B.4 - Massas dos eletrodos de ferro no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), e corrente eltrica em
ampre (A) ....................................................................................................146
Tabela B.5 - Massas dos eletrodos de ferro no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
xviii
reator UASB, com eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), e corrente eltrica em
ampre (A).....................................................................................................147
Tabela B.6 - Massas dos eletrodos de ferro no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de ferro (Fe) e grafite (G), e corrente eltrica em
ampre (A).....................................................................................................148
Tabela C.1 - Massas dos eletrodos de alumnio no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), e corrente eltrica
em ampre (A)...............................................................................................149
Tabela C.2 - Massas dos eletrodos de alumnio no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), e corrente eltrica
em ampre (A) .............................................................................................150
Tabela C.3 - Massas dos eletrodos de alumnio no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), e corrente eltrica
em ampre (A) ..............................................................................................151
Tabela C.4- Massas dos eletrodos de alumnio no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), e corrente eltrica
em ampre (A)...............................................................................................152
Tabela C.5- Massas dos eletrodos de alumnio no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), e corrente eltrica
em ampre (A) ..............................................................................................153
Tabela C.6 - Massas dos eletrodos de alumnio no tratamento eletroltico de efluentes dos
decantadores primrio (1o) e secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do
reator UASB, com eletrodos de alumnio (Al) e grafite (G), e corrente eltrica
em ampre (A). .............................................................................................154
xix
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 Eletrlise do cloreto de sdio fundido...............................................................8
Figura 3.2 - Modelo simples de dupla camada eltrica........................................................10
Figura 3.3 Hidroxo-espcies multimricas de Al formadas em meio aquoso..................16
Figura 4.1 - Remoo de DQO durante o tratamento eletroltico, com variao de pH
(Vlyssides et al., 2002)...................................................................................26
Figura 4.2 - Sistema de tratamento eletroltico contendo (1) agitador magntico, (2) tanque
com efluente para a alimentao do reator, (3) bomba, (4) reator
eletroqumico, (5) separador do material flotado e (6) fonte de alimentao
(CC) (Chen et al., 2000). ................................................................................27
Figura 4.3 - Concentrao de cloreto ( ), cloro livre ( ), hipoclorito ( ), cloratos (x) e
outros oxidantes ( * ), pH 9 (Vlyssides et al. 2002).....................................30
Figura 4.4 - Relao entre densidade de corrente e tempo de deteno (6,5 a 60 min) na
remoo de DQO e leos e graxas, para obteno dos mesmos valores de
eficincia de remoo (Chen et al., 2000)......................................................31
Figura 4.5 - Remoo de SVS via coagulao e floculao eletroltica de esgotos
domsticos (Vlyssides et al. 2002).................................................................33
Figura 4.6 Interaes que ocorrem dentro de um reator de eletrocoagulao (Holt et al.,
2002, modificada)...........................................................................................34
Figura 4.7 -Esquema geral da converso (6) e da combusto (5) eletroqumica de
compostos orgnicos, com simultnea evoluo de oxignio (3,4), formao
do OH a partir da H2O (1), e (2) transio do O do OH para a rede do
anodo xido (Comninellis, 1994)....................................................................36
Figura 5.1 - Unidades do sistema de tratamento da fase lquida da Estao de Tratamento
de Esgotos Braslia Norte (Santos, 2000) .......................................................46
Figura 5.2 - Unidades do sistema de tratamento da fase lquida da Estao de Tratamento
de Esgotos Parano (Santos, 2000). ...............................................................46
Figura 5.3 - Esquema de ligao dos eletrodos aos terminais positivo e negativo da
fonte................................................................................................................49
Figura 5.4 Foto do sistema de tratamento eletroltico em funcionamento, com a Fonte de
Alimentao, o Reostato, o Ampermetro e o Reator Eletroltico..................50
xx
Figura 6.1- Tratamento eletroltico de efluentes do decantador primrio, utilizando
eletrodos de grafite, com corrente eltrica em ampre (A).............................62
Figura 6.2 Tratamento eletroltico com eletrodos de grafite, aplicado em efluentes de
decantador secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e de reatores UASB,
com corrente eltrica em ampre (A)..............................................................63
Figura 6.3 - Variao da massa em quilograma (kg) dos eletrodos de grafite nos ensaios
eletrolticos......................................................................................................66
Figura 6.4 Figura 6.4 Variao da concentrao de carbono dissolvido, no tratamento
eletroltico de efluentes do decantador primrio, pela medida de Carbono
Orgnico Total (COT), utilizando eletrodos de grafite, com corrente eltrica
em ampre (A)................................................................................................68
Figura 6.5 Variao do pH com o tempo, no tratamento eletroltico de efluentes do
decantador secundrio (2) e do tratamento tercirio (3), utilizando somente
eletrodos de ferro em diferentes corrente eltricas (A) ..................................72
Figura 6.6 Foto dos cones Imhofs com amostras coletadas do tratamento eletroltico, por
60 minutos, somente com eletrodos reativos, sendo esquerda efluentes
tratados com eletrodos de ferro e direita com eletrodos de alumnio...........74
Figura 6.7 Anlise da variao do pH com o tempo no tratamento eletroltico de efluentes
do decantador primrio (1) e do reator UASB, utilizando somente eletrodos
de Ferro, com corrente eltrica em ampre (A)..............................................75
Figura 6.8 - Variao do pH no tratamento eletroltico de efluentes do decantador
secundrio (2o) e do tratamento tercirio (3o), utilizando os eletrodos Ferro e
Grafite.............................................................................................................76
Figura 6.9 - Variao do pH no tratamento eletroltico de efluentes do decantador primrio
e do reator UASB, utilizando os eletrodos Ferro e Grafite em seqncia......76
Figura 6.10 - Variao da turbidez no tratamento eletroltico de efluentes do decantador
primrio (1o) e do reator UASB, utilizando eletrodos de ferro e
posteriormente de grafite, com corrente eltrica em ampre (A)...................77
Figura 6.11 - Variao da turbidez no tratamento eletroltico de efluentes do decantador
secundrio e do tratamento tercirio, utilizando eletrodos de Ferro e Grafite
em seqncia...................................................................................................78
Figura 6.12 - Variao da cor no tratamento eletroltico de efluentes do decantador
primrio (1o) e do reator UASB, utilizando eletrodos de ferro e
posteriormente de grafite, com corrente eltrica em ampre (A)...................79
xxi
Figura 6.13 - Variao da cor no tratamento eletroltico de efluentes do decantador
secundrio e do tratamento tercirio, utilizando eletrodos de Ferro e Grafite
em seqncia...................................................................................................79
Figura 6.14 Foto dos Cones Imhoff, de amostras coletadas com tratamento eletroltico
com eletrodos reativos de ferro ( esquerda) e de alumnio ( direita),
utilizando eletrodos de grafite aps o uso dos eletrodos de ferro e alumnio.80
Figura 6.15 Variao da concentrao de Carbono Orgnico Total (COT), no tratamento
eletroltico de efluentes do decantador primrio, utilizando eletrodos de ferro
e grafite, com corrente eltrica em ampre (A)..............................................83
Figura 6.16 Variao da concentrao de Carbono Orgnico Total (COT) no tratamento
eletroltico de efluentes do reator UASB e do decantador secundrio (2o),
utilizando eletrodos de ferro e grafite, com corrente eltrica em ampre
(A)...................................................................................................................85
Figura 6.17 Variao do pH com o tempo, no tratamento eletroltico de efluentes do
decantador primrio utilizando somente eletrodos de alumnio, com corrente
em ampre (A). ..............................................................................................95
Figura 6.18 - Variao do pH com o tempo, no tratamento eletroltico de efluentes do
decantador secundrio (2o), do tratamento tercirio (3o) e do reator UASB,
utilizando somente eletrodos de alumnio, com corrente eltrica em ampre
(A)...................................................................................................................96
Figura 6.19 - Variao do pH no tratamento eletroltico de efluentes do decantador
primrio (1o) e do reator UASB, utilizando os eletrodos alumnio por 20
minutos e grafite por 40 minutos, em seqncia, com corrente eltrica medida
em ampre (A)................................................................................................97
Figura 6.20 - Variao do pH no tratamento eletroltico de efluentes do decantador
secundrio (2o) e do tratamento tercirio (3o), utilizando os eletrodos alumnio
e grafite em seqncia, e corrente eltrica em ampre (A).............................98
Figura 6.21 - Variao dos valores de turbidez no tratamento eletroltico aplicado em
efluentes do decantador primrio e do reator UASB, utilizando os eletrodos
alumnio e grafite em seqncia......................................................................98
Figura 6.22 - Variao dos valores de turbidez no tratamento eletroltico aplicado em
efluentes do decantador primrio e do reator UASB, utilizando os eletrodos
de alumnio e grafite em seqncia.................................................................99
xxii
Figura 6.23 - Variao dos valores de cor dos efluentes do decantador primrio (1o) e do
reator UASB, no tratamento eletroltico, quando utilizados eletrodos de
alumnio e grafite em seqncia....................................................................101
Figura 6.24 Remoo de cor de efluentes do decantador secundrio e do tratamento
tercirio, no tratamento eletroltico utilizando eletrodos de alumnio e grafite
em seqncia, com corrente eltrica em ampre (A)....................................102
Figura 6.25 Variao da concentrao de carbono, pela medida por COT no tratamento
eletroltico de efluentes do decantador primrio, utilizando eletrodos de
alumnio (Al) e grafite (G), com corrente eltrica em ampre (A)...............107
Figura 6.26 Variao da concentrao de carbono dissolvido, pela medida por COT no
tratamento eletroltico de efluentes do reator UASB, utilizando eletrodos de
alumnio (Al) e grafite (G), com corrente eltrica em ampre (A)...............108
Figura 6.27 NMP de Coliformes Totais, no tratamento eletroltico de efluentes UASB,
com eletrodos de ferro (Fe), ou de ferro (por 20 minutos) seguidos por
eletrodos de grafite (Fe/G), com corrente eltrica medidas em Ampre
(A).................................................................................................................118
Figura 6.28 - NMP de Coliformes Totais, no tratamento eletroltico de efluentes UASB,
com eletrodos de alumnio (Al), ou de alumnio (por 20 minutos) seguidos por
eletrodos de grafite (Al/G), com corrente eltrica medida em Ampre
(A).................................................................................................................118
Figura 6.29 NMP de Coliformes Totais, no tratamento eletroltico de efluentes primrios,
com eletrodos de ferro (Fe), ou de ferro (por 20 minutos) seguidos por
eletrodos de grafite (Fe/G), com corrente eltrica medidas em Ampre
(A).................................................................................................................119
Figura 6.30 NMP de Coliformes Totais, no tratamento eletroltico de efluentes primrios,
com eletrodos de alumnio (Al), ou de alumnio (por 20 minutos) seguidos por
eletrodos de grafite (Al/G), com corrente eltrica medida em Ampre
(A).................................................................................................................119
Figura 6.31 NMP de Coliformes Totais, no tratamento eletroltico de efluentes
secundrios, com eletrodos de ferro (Fe), ou de ferro (por 20 minutos)
seguidos por eletrodos de grafite (Fe/G), com corrente eltrica medidas em
Ampre (A)....................................................................................................120
Figura 6.32 NMP de Coliformes Totais, no tratamento eletroltico de efluentes
secundrios, com eletrodos de alumnio (Al), ou de alumnio (por 20 minutos)
xxiii
seguidos por eletrodos de grafite (Al/G), com corrente eltrica medida em
Ampre (A). ..................................................................................................120
Figura 6.33 NMP de Coliformes Totais, no tratamento eletroltico de efluentes tercirios,
com eletrodos de ferro (Fe), ou de ferro (por 20 minutos) seguidos por
eletrodos de grafite (Fe/G), com corrente eltrica medidas em Ampre
(A).................................................................................................................121
Figura 6.34 NMP de Coliformes Totais, no tratamento eletroltico de efluentes tercirios,
com eletrodos de alumnio (Al), ou de alumnio (por 20 minutos) seguidos
por eletrodos de grafite (Al/G), com corrente eltrica medida em Ampre
(A).................................................................................................................121
xxiv
LISTA DE SMBOLOS
A..................................................................................................................................Ampere
Al..............................................................................................................................Alumnio
AT............................................................................................................................rea Total
cm............................................................................................................................centmetro
C................................................................................................................................Coulomb
C.................................................................................................................................Carbono oC..........................................................................................................................grau Celsius
C.................................................................................................................................Carbono
CaCl2............................................................................................................Cloreto de Clcio
Cl.....................................................................................................................................Cloro
CN-...............................................................................................................................Cianeto
CNO-............................................................................................................................Cianato
CO2..........................................................................................................Dixido de Carbono
CO3-.........................................................................................................................Carbonato
Cr...................................................................................................................................Cromo
CrO4-...........................................................................................................................Cromato
Cr2O72......................................................................................................................Dicromato
dc .........................................................................................................Densidade de Corrente
e.....................................................................................................................................eltron
Fe.....................................................................................................................................Ferro
h.........................................................................................................................................hora
H2O..................................................................................................................................gua
H2O2...................................................................................................Perxido de Hidrognio
HOCl..........................................................................................................cido Hipocloroso
i.......................................................................................................................corrente eltrica
m.....................................................................................................................................metro
mg/L...........................................................................................................miligrama por litro
mL...............................................................................................................................mililitro
mm............................................................................................................................milmetro
S.......................................................................................................................microsiemens
N.........................................................................................................................Nitrognio
xxv
NaCl..............................................................................................................Cloreto de sdio
NH3..............................................................................................................................Amnia
NH3..............................................................................................................................Amnia
NH2Cl......................................................................................................................Cloramina
OCl-........................................................................................................................Hipoclorito
OH-............................................................................................................................Hidroxila
O3..................................................................................................................................Oznio
P...................................................................................................................................Fsforo
Ru................................................................................................................................Rutnio
T...........................................................................................................................Temperatura
Ti...................................................................................................................................Titnio
V......................................................................................................................................Volts
VB.......................................................................................Velocidade de ascenso da bolha
W.......................................................................................................................................watt
xxvi
LISTA DE ABREVIATURAS
CA.............................................................................................................Corrente Alternada
CC...............................................................................................................Corrente Contnua
CME........................................................................Centro de Manuteno de Equipamentos
COT...................................................................................................Carbono Orgnico Total
DBO..................................................................................Demanda Bioqumica de Oxignio
DF...................................................................................................................Distrito Federal
DPD........................................................................................N,Ndietilp-fenilenodiamino)
DQO......................................................................................Demanda Qumica de Oxignio
ENC.............................................................Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
EPA...........................................................................Environmental Protection Agency
ETA.....................................................................................Estao de Tratamento de guas
ETE...................................................................................Estao de Tratamento de Esgotos
EUA.............................................................................................Estados Unidos da Amrica
LAA.....................................................................................Laboratrio de anlises de guas
MM......................................................................................................................Massa Molar
MMA........................................................................................Ministrio do Meio Ambiente
NPK..........................................................................................Nitrognio, fsforo e potssio
NTK.............................Nitrognio Total Kjeldahl
pH.....................................................................................................Potencial hidrogeninico
SS.................................................Slidos em Suspenso
SVS..................................Slidos Volteis Suspensos
THM................................................................................................................Trihalometanos
UASB..........Upflow Anaerobic Sludge Blanket Manta de Lodo com Fluxo Ascendente
UnB...................................................................................................Universidade de Braslia
UV.......................................................................................................................Ultra-Violeta
1
1 INTRODUO
1.1 - A GUA, SEUS USOS E O MEIO AMBIENTE
Dentre as substncias mais importantes na vida dos seres humanos, destaca-se a gua,
devido s suas caractersticas peculiares, tais como suas propriedades fsicas e qumicas,
que proporcionaram o desenvolvimento da vida no planeta Terra, tal como ela . Os seres
humanos somos formados basicamente por gua, sendo em mdia 65% da nossa massa.
Os usos principais gua esto relacionados com o abastecimento domstico, abastecimento
industrial, irrigao, dessedentao de animais, aqicultura, preservao da fauna e da flora,
recreao, harmonia paisagstica, gerao de energia eltrica, navegao e diluio de
despejos (von Sperling, 1996). Sendo que os quatro primeiros usos da gua, dessa lista,
implicam em retirada da gua do local onde se encontram, o que pode significar maior
impacto ambiental.
Apesar da sua reconhecida importncia, os recursos hdricos vm sendo utilizados de forma
predatria pelo homem, ao longo do tempo, pelos despejos de diversos tipos de resduos
produzidos nas atividades industriais, domsticas e agrcolas. Problema conhecido
genericamente pelo termo poluio da gua, que entendido como a adio de
substncias ou de formas de energia que, direta ou indiretamente, alterem a natureza do
corpo dgua de uma maneira tal que prejudique os legtimos usos que dela so feitos (von
Sperling, 1998).
Uma das formas mais antigas de poluio dos corpos dgua por meio da descarga e
diluio de guas residurias municipais. A diluio e o lanamento no solo so
provavelmente os primeiros mtodos de disposio de guas residurias domiciliares
(Metcalf & Eddy, 1991). Com o aumento da produo industrial e o desenvolvimento
urbano, a disposio dos efluentes e seus efeitos sobre o meio ambiente comearam a
requerer ateno especial, devido aos males causados aos prprios seres humanos, tais
como o aumento de doenas infecto-contagiosas, transmitidos pela via hdrica.
2
1.2 TRATAMENTO DE GUAS RESIDURIAS
Atualmente, os processos biolgicos so os mais utilizados no tratamento de guas
residurias domiciliares, por meio de ETEs (Estaes de Tratamento de Esgoto), com o
objetivo maior de remoo de matria orgnica e nutrientes. Os processos biolgicos atuam
por intermdio de mecanismos bioqumicos anaerbios e aerbios de degradao,
seqenciados por processos fsicos simples, como a sedimentao, de que decorrem
algumas vantagens em termo de custos, operacionalizao e estabilizao da matria
orgnica presente.
Devido s vrias questes que envolvem a construo e a operao de estaes de
tratamento de esgotos para sistemas de grande porte, assim como os problemas ambientais,
econmicos e energticos, nas ltimas dcadas tm aumentado o interesse no
desenvolvimento de pequenas plantas de tratamento de guas residurias, como alternativas
aos processos antigos (Metcalf & Eddy, 1991).
Dentre estes novos sistemas de tratamento, esto os chamados processos de oxidao
avanados: Fenton, UV (ultra-violeta), fotoqumico, ozonizao e eletroqumico, que
apresentam como caractersticas comuns a capacidade de produzir radicais altamente
reativos (-OH), capazes de mineralizar os poluentes presentes, at mesmo aqueles
recalcitrantes, no possveis de serem degradados por meios biolgicos (Andreozzi et al.,
1999).
Conforme Andreozzi et al. (1999), os vrios mtodos aplicados nos processos de oxidao
avanados so mais recomendados para atuar em guas residurias que contenham valores
de Demanda Qumica de Oxignio (DQO) menor do que 5,0 mg/L O2, devido ao alto
consumo de reagentes de alto custo. Os mtodos eletroqumicos so exceo regra
anterior, pois o nico produto adicionado, , s vezes, o cloreto de sdio, dissolvido como
sal de cozinha, ou, na mistura da gua residuria com gua do mar.
3
1.3 ELETROQUMICA A SERVIO DO MEIO AMBIENTE
Os processos eletroqumicos so bastante utilizados para tratamento de guas residurias
dos mais diferentes tipos e concentraes, tais como chorume (Chiang et al. 1995),
efluentes de refinarias de petrleo (Alegre e Delgadillo, 1993), de indstria txtil (Kim et
al., 2002), benzoquinona (Pulgarin, 1993), cidos hmicos (Pinhedo, 1999), e tambm
esgotos domiciliares (Vlyssides et al. 2002) e (Poon e Brueckner, 1975).
De acordo com Kim et al. (2002), as vantagens apresentadas pelos processos
eletroqumicos so: facilidade de controle e operao; serem dotados de reatores
compactos; no requerem adio de substncias qumicas caras e txicas; no levar
produo de resduos txicos; ter como agente oxidante o cloro residual, alm dos radicais
OH; ser capaz de produzir altas eficincias de remoo; e ter sua eficincia independente
da temperatura do efluente. Tambm pode ser afirmado que o tempo de deteno do
tratamento eletroqumico bastante inferior, em relao a vrios outros tipos de tratamento
biolgico, que variam desde algumas horas, at vrios dias, conforme o processo utilizado,
lodos ativados, decantadores, filtros, digestores ou lagoas de estabilizao. Nos mtodos
eletroqumicos, o principal reagente utilizado o eltron, que um reagente limpo (Jttner
et al., 2000).
Contrariamente, a todas as vantagens apresentadas, fato incontestvel, segundo Wiendl
(1998), que em qualquer lugar, os sistemas eletrolticos de tratamento acabem sendo
desativados ou abandonados, aps certo tempo de operao. No Brasil, o perodo de
funcionamento tem coincidido com o desgaste total dos eletrodos.
Referindo-se especificamente ao tratamento eletroltico de esgotos sanitrios brutos,
Wiendl (1998) mostrou as seguintes desvantagens, que normalmente foram citadas para
justificar os abandonos: (1) o elevado consumo de energia; (2) a possibilidade de serem
produzidas substncias txicas, como os trihalometanos (THM); (3) o alto custo de
implantao; e (4) o alto custo de manuteno.
Quanto ao alto consumo de energia, Poon e Brueckner (1975) citam, em seu trabalho com o
tratamento eletroltico de esgotos domsticos, que foram consumidos em kWh/m3 valores
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pouco superiores ao gasto em uma ETE com tratamento secundrio, no mesmo local. A
diferena entre os mtodos, conforme Poon e Brueckner (1975), menor do que a
necessria para produzir o cloro residual, que oxida os poluentes, assim como a energia
gasta para remoo de fsforo, com a implantao de uma nova etapa de tratamento.
Valores semelhantes, da ordem de 1,25 kWh/m3 foram obtidos nesse trabalho, quando
aplicados os menores valores de corrente eltrica, (5 A), com alta eficincia de remoo de
Coliformes Totais e fsforo, quando utilizados os eletrodos reativos de ferro ou de
alumnio, assim como remoo de cor e turbidez, quando do uso do eletrodo de alumnio.
Sendo produzido cloro residual, livre e combinado, quando da utilizao de eletrodos
adequados, existe a possibilidade de serem produzidos THMs. Entretanto, na maior parte
dos sistemas de tratamento utilizados no pas, e no mundo, o cloro gasoso ou o hipoclorito
so adicionados gua de abastecimento residencial e aos esgotos sanitrios tratados. Deve
ser levado em considerao, tambm, que a clorao resolve outros problemas, como as
doenas relacionadas com o consumo de guas no tratadas, sendo as mais comuns: febre
tifide, disenteria, clera, diarria, hepatite, leptospirose e giardase.
Os processos eletroqumicos tambm tm sido usados, em conjunto com outros mtodos, de
acordo com as caractersticas de cada efluente e do sistema de interesse. Alguns destes
casos so: combinao de processo de biofilme fluidizado, com coagulao qumica e
oxidao eletroqumica, para tratamento de efluente de indstria txtil (Kim et al. 2002);
gerao eletroqumica de reagente Fenton, para tratamento de efluentes contendo naftaleno
e antroquinona (Panizza e Cerisola, 2001); e utilizao de microfiltrao aps processo de
eletrocoagulao, no tratamento de esgotos domsticos (Pouet et al. 1992).
1.4 MOTIVAO DA PESQUISA
A motivao para a aplicao de tratamento eletroltico a efluentes tratados de ETEs do DF,
advm da necessidade de serem encontradas solues para a melhoria na qualidade final
dos efluentes produzidos nesta regio, adequando-os as exigncias ambientais. O uso desses
efluentes, quando tratado eletroliticamente, pode ser justificado pela preocupao com a
reduzida quantidade de gua disponvel no DF, em relao necessidade crescente da
5
populao. Tambm importante saber que, os efluentes destas ETEs tm em sua maior
parte, como destino final, alguns lagos, sendo o principal o Parano, que leva necessidade
de tratamentos mais avanados, devido problemas como a eutrofizao, pela presena de
altos nveis dos nutrientes nitrognio e fsforo nos efluentes domsticos.
Tambm importante estudar a possibilidade da aplicao desse tipo de tratamento de
esgotos domsticos produzidos em pequenas comunidades, como os condomnios
horizontais, que provavelmente tero que tratar seus esgotos no lugar de origem. Nesse
contexto, a utilizao de tratamento eletroltico, em escala real, poder ser uma opo na
busca pelo aumento da oferta de gua, direta ou indiretamente, atuando pela melhoria da
qualidade dos efluentes lanados no meio ambiente, e, conseqentemente, pela melhor
qualidade da gua nos mananciais existentes, e tambm na melhoria da qualidade de vida.
Tambm pode ser utilizado como tratamento reserva, aplicado, por exemplo para regies
tursticas, onde h flutuaes na populao durante certos perodos do ano.
Foi analisada neste trabalho a capacidade do tratamento eletroltico servir como ps-
tratamento para efluentes tratados biologicamente, efluentes dos decantadores primrio e
secundrio, do tratamento tercirio, e efluentes de reator UASB (Upflow Anaerobic Sludge
Blanket), conhecido como Reator Anaerbio de Manta de Lodo. A escolha deste ltimo
est relacionada com a eficcia reconhecida deste sistema de tratamento, e pelo seu uso em
algumas ETEs do DF.
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2 OBJETIVOS
A presente pesquisa teve como objetivo geral a anlise dos mecanismos de funcionamento e
da eficincia de um reator eletroltico, em escala de bancada, ao tratar efluentes de estaes
de tratamento de esgotos sanitrios, de vrios nveis e tipos.
Os seguintes objetivos especficos foram buscados:
(1) Contribuir para o entendimento do processo eletroltico, em relao variao do
material do eletrodo, do tipo de efluente a ser tratado, e da salinidade e da densidade de
corrente a serem empregados; e
(2) - Analisar os fenmenos e mecanismos atuantes quando se variam as condies do
tratamento eletroltico, com o propsito ltimo de propor a concepo otimizada do
processo eletroltico, em relao ao consumo de energia e remoo de poluentes, ao tratar
cada um dos efluentes produzidos pelos tipos e nveis de tratamento biolgico
considerados.
O propsito deste trabalho proporcionar, com o conhecimento obtido, no futuro, as
condies para a construo de reator eletroltico em escala real, com funcionamento
contnuo, e que possa ser instalado em uma ETE. Este sistema poder ter o reator
eletroltico situado em um ponto do processo de tratamento biolgico, compondo um
acoplamento entre processos que possa produzir alguma vantagem significativa.
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3 FUNDAMENTAO TERICA
A eletroqumica abrange todos os processos qumicos relacionados com a produo de
corrente eltrica e vice-versa, se constituindo, portanto, no estudo das pilhas e da eletrlise,
respectivamente. Quando os processos forem espontneos, chamados de galvnicos ou
voltaicos, as reaes qumicas so as fontes de produo dos eltrons no meio. Quando os
processos forem no espontneos, chamados de processos eletrolticos ou eletrlise,
necessitam de uma fonte externa de energia eltrica para ocorrerem. Nos dois casos, h
variao nos nmeros de oxidao de alguns dos elementos qumicos envolvidos,
aumentando no caso de oxidao e diminuindo no caso de reduo, configurando a reao
de oxi-reduo.
3.1 TEORIA ELETROQUMICA
Quando passada uma corrente eltrica direta por uma soluo, pode acontecer uma
variedade de processos fsicos e qumicos, como flotao, sedimentao, deposio,
decomposio, formao de gases, dentre outros. Muito da eletroqumica depende dos
processos que ocorrem na interface dos eletrodos e da soluo inica, pois so o contato e o
caminho, respectivamente, para o fluxo dos eltrons, que a pea fundamental neste
processo (Atkins, 1990). A velocidade de descarga dos ons nos eletrodos chamada de
densidade de corrente (dc), sendo medida pela corrente eltrica por unidade de rea (o fluxo
de carga), e calculada da seguinte forma:
dc = i / AT (3.1)
em que:
i = corrente eltrica (ampres)
AT = rea total dos eletrodos (m2)
Para induzir o fluxo de corrente atravs de uma clula eletroltica e produzir um processo
reativo no-espontneo, dever ser aplicada na clula uma diferena de potencial, que
dever exceder ao potencial de corrente zero por um valor chamado de sobrepotencial da
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clula. Este potencial de corrente zero ser o valor necessrio para anular qualquer processo
eletroqumico espontneo que possa ocorrer no meio (Atkins, 1990).
A realizao destas reaes eletroqumicas requer um sistema em forma de circuito
eletroqumico, cujos elementos fundamentais so os eletrodos, normalmente metlicos, e os
eletrlitos (ons em soluo). Na Figura 3.1 est apresentada a eletrlise do cloreto de sdio
fundido, com formao do gs cloro e do sdio metlico lquido.
Figura 3.1 Eletrlise do cloreto de sdio fundido (Brown et al. 1997, modificada)
Como o processo mostrado na Figura 3.1 no espontneo, necessrio o uso de uma fonte
de alimentao para fornecer energia eltrica ao sistema. Na Figura 3.1, a cuba eletroltica
composta dos eletrodos (catodo e o anodo), e da soluo eletroltica, que o sal NaCl
fundido em temperaturas superiores a 600o C, no conhecido processo de Downs, onde h
adio de CaCl2, para baixar a temperatura de fuso NaCl, que de 804o C.
(http://nobel.scas.bcit.ca/resource/glossary/d-h.htm#down em 21/08/04).
As meias-reaes que ocorrem nos eletrodos, conforme a Figura 3.1, mostram a oxidao
do on cloreto no anodo e a reduo do on sdio no catodo. A reao (3.2) a soma das
meias-reaes e define um processo muito utilizado para a produo industrial de gs cloro
e de sdio metlico puro.
2Cl-(l) + 2Na+(l) Cl2(g) + 2Na(l) (3.2)
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Nos processos eletrolticos, o valor do potencial de corrente mnimo necessrio, aplicado ao
sistema, dever estar de acordo com os potenciais de reduo/oxidao das espcies
qumicas que existam na soluo. O eletrodo que aceita eltrons o catodo, produzindo a
reduo, enquanto que o eletrodo que cede eltrons o anodo, produzindo a oxidao. Os
eltrons sempre caminharo do anodo para o catodo, seja o processo espontneo ou no.
Existem dois tipos de eletrodos que podem participar dos processos eletroqumicos, os
inertes e os reativos. Os eletrodos reativos participam do processo sofrendo desgaste, por
oxidao ou reduo, sendo os mais simples os formados por alguns metais tais como ferro,
alumnio ou cobre, que podem contribuir formao de ons metlicos na soluo. Os
eletrodos inertes no sofrem desgaste pela passagem da corrente eltrica, sendo formados
por materiais como titnio, platina, grafite, xido de rutnio, dentre outros. O uso de
alumnio ou de ferro como um anodo de sacrifcio uma alternativa para processos onde
atuaro como coagulantes no efluente a ser tratado, pela liberao de ons de alumnio e de
ferro. No catodo, nem sempre ocorrer deposio, poder ocorrer a formao de ons com
nmero de oxidao menor, como no caso do ferro, passando os ons de ferro III a ferro II.
Para que ocorra a passagem de eltrons de um eletrodo para o outro necessrio que
existam eletrlitos (ons) dentro da clula eletroqumica. Os diferentes tipos de ons,
quando em soluo, caminham para locais opostos, os ctions caminham preferencialmente
para os plos negativos, os catodos, enquanto os nions caminham preferencialmente para
os anodos, os plos positivos. O modelo mais simples que representa a interface entre ons
e eletrodo o da dupla camada eltrica, que consiste de uma pelcula de carga positiva na
superfcie do eletrodo e uma pelcula de cargas negativas prximas na soluo (ou vice-
versa), representado na Figura 3.2.
Os processos eletroqumicos devem obedecer s duas Leis de Faraday:
1- A quantidade de substncia que reage, devido ao desgaste do eletrodo ou deposio no
mesmo, ao passar uma corrente contnua, proporcional intensidade da corrente e a
durao da eletrlise.
2- Se a corrente eltrica que passa atravs do eletrodo for contnua, a massa da substncia
que reage ser proporcional ao equivalente qumico da substncia, que relaciona sua massa
com a capacidade de transferncia de eltrons num determinado processo.
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Figura 3.2 - Modelo simples de dupla camada eltrica (Atkins, 2001)
Algumas reaes qumicas significativas, na eletrlise em meio aquoso, so:
2H2O + 2 e- H2(g) + 2OH-(aq) (3.3)
4OH-(aq) O2(g) + 2H2O + 4e- (3.4)
2Cl-(aq) Cl2(g) + 2e- (3.5)
A reao global da eletrlise da gua ser a soma das reaes (3.3) e (3.4), de forma a
eliminar no produto (reao 3.6) a presena de eltrons nos reagentes ou nos produtos:
H2O H2(g) + O2 (3.6)
A reao global (3.7), se refere formao do cloro na presena de gua, a partir da soma
das reaes (3.3) e (3.5):
2Cl-(aq) + 2H2O H2(g) + Cl2(g) + 2OH-(aq) (3.7)
Conforme Kim et al. (2002), algumas das reaes relacionadas com os processos
eletroqumicos de oxidao, devido a presena do gs cloro dissolvido em soluo so:
Cl2 + H2O HClO(aq) + H+(aq) + Cl-(aq) (3.8)
HClO H+ + ClO- (3.9)
6HClO + 3H2O 2ClO3- + 4Cl- + 12H+ + 3O2 + 6e- (3.10)
ClO- + H2O + 2e- Cl- + 2OH- (3.11)
Poluente + HClO Produto + Cl- (3.12)
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Desta forma, produz-se o cloro residual livre, de acordo com a reao (3.8), que pode atuar
na oxidao dos poluentes presentes, conforme a reao (3.12), e na desinfeco do meio.
Quando tratados eletroquimicamente, efluentes que contenham amnia, como o caso dos
esgotos domsticos, formam o cloro residual combinado, que so as cloroaminas (mono-,
di- e tri-), por meio das respectivas reaes:
HClO + NH3 NH2Cl + H2O (3.13)
HClO + NH2Cl NHCl2 + H2O (3.14)
HClO + NHCl2 NHCl3 + H2O (3.15)
Os gases produzidos pela eletrlise, como hidrognio e o oxignio, enquanto se elevam, so
adsorvidos pelos flocos de hidrxidos, arrastando-os at a superfcie do lquido. Promove-
se assim, o processo de eletroflotao, levando tambm outras impurezas do meio. Como
resultado, ocorre um aumento de pH, devido formao de hidroxila. O on hipoclorito
pode ser formado atravs da reao secundria:
2OH-(aq) + Cl2(g) Cl-(aq) + ClO-(aq) + H2O (3.16)
Os processos de desgaste de eletrodos reativos podem ser exemplificados pela
decomposio do alumnio metlico, com a formao de ctions e nions, conforme as
reaes a seguir, que exemplificam o comportamento do alumnio nos meios cidos e
bsicos, respectivamente:
2Al(s) + 6H+(aq) 2Al3+(aq) + 3H2(g) (3.17)
2Al(s) + 6H2O(l) + 2OH-(aq) 2Al(OH) 4-(aq) + 3H2(g) (3.18)
Os processos eletrolticos em geral so bastante utilizados industrialmente, e dentre as
principais aplicaes esto as seguintes (Bro