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Aula 00: Processo do Trabalho TRT - TST Analista Judiciário e Oficial - Profª Déborah Paiva Página 1 Olá Pessoal, As oportunidades para os concursos dos Tribunais Regionais do Trabalho são diversas! Estamos aguardando concurso para o TRT da 1ª Região (Rio), TRT da 7ª Região (Ceará), TRT da 6ª Região (Pernambuco), TRT da 18ª Região (Goiás), TRT da 10ª Região (Brasília) e TRT da 12ª Região (Santa Catarina) e para o TST. Portanto, o melhor investimento que vocês podem fazer, no momento, é não desanimarem e sim seguirem em frente sempre, pois as oportunidades não cessaram! É com grande satisfação que apresento para vocês um curso REGULAR de Processo do Trabalho focado no cronograma de Analista Judiciário e Oficial dos concursos dos Tribunais do Trabalho. Aqui no curso eu irei apresentar a teoria e farei um treinamento através da resolução de questões de provas com foco nos perfis das bancas CESPE e FCC. Assim vocês ficarão preparados para as provas das duas bancas. A duração do curso é de 04 (quatro) meses, contados a partir do ingresso do aluno no curso. O início do curso é imediato. Assim que a matrícula for efetivada o aluno já terá acesso ao material. O material teórico e o caderno de questões ficarão disponíveis na área do aluno durante este período. Questões Objetivas FCC TRT TST Processo do Trabalho

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Olá Pessoal, As oportunidades para os concursos dos Tribunais Regionais do Trabalho

são diversas!

Estamos aguardando concurso para o TRT da 1ª Região (Rio), TRT da

7ª Região (Ceará), TRT da 6ª Região (Pernambuco), TRT da 18ª Região (Goiás), TRT da 10ª Região (Brasília) e TRT da 12ª Região

(Santa Catarina) e para o TST.

Portanto, o melhor investimento que vocês podem fazer, no momento, é não desanimarem e sim seguirem em frente sempre, pois as

oportunidades não cessaram!

É com grande satisfação que apresento para vocês um curso REGULAR de

Processo do Trabalho focado no cronograma de Analista Judiciário e Oficial dos concursos dos Tribunais do Trabalho.

Aqui no curso eu irei apresentar a teoria e farei um treinamento através da resolução de questões de provas com foco nos perfis das bancas CESPE

e FCC. Assim vocês ficarão preparados para as provas das duas bancas. A duração do curso é de 04 (quatro) meses, contados a partir do ingresso do aluno no curso.

O início do curso é imediato. Assim que a matrícula for efetivada o aluno já terá acesso ao material.

O material teórico e o caderno de questões ficarão disponíveis na área do

aluno durante este período.

Questões

Objetivas FCC

TRT

TST

Processo do

Trabalho

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No caderno de questões selecionei as questões mais difíceis para que o aluno vá se acostumando ao perfil das “pegadinhas das bancas”.

Observem o cronograma do curso e o calendário inicial de postagem:

Cronograma do curso:

Aula 01: 01/05 Aula 06: 12/06

Aula 02: 08/05 Aula 07: 19/06

Aula 03: 15/05 Aula 08: 26/06

Aula 04: 22/05 Aula 09: 10/07

Aula 05: 29/05 Aula 10: 17/07

Cargo Analista Judiciário e Oficial de Justiça: Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais

Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e

competência. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de

justiça e oficiais de justiça avaliadores. Do Ministério Público do Trabalho: organização. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do

processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). Dos atos, termos e prazos processuais. Da distribuição. Das custas e emolumentos. Das

partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das

nulidades. Das exceções. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo;

da revelia e confissão. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade

para ajuizar. Do procedimento ordinário e sumaríssimo. 16 Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, ação

rescisória e mandado de segurança. Da sentença e da coisa julgada; da

liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença

normativa. Da execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a fazenda pública; execução contra a massa

falida. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da

impenhorabilidade do bem de família - Lei nº 8.009/1990. Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. Da

praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. Dos recursos no processo do trabalho. Súmulas do TST de Direito Processual

do Trabalho. Processo Judicial Eletrônico: Resolução CSJT nº 136/2014.

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Vejamos a apresentação do curso:

Apresentação do curso: O curso será dividido em 08 aulas em pdf.

Haverá postagem na área exclusiva do aluno de vídeos de curta duração

com ênfase em pontos mais polêmicos e cobrados sempre pelas bancas

CESPE e FCC.

Na área exclusiva do aluno há um canal direto comigo para que vocês

possam tirar dúvidas em relação ao conteúdo das aulas.

O aluno do curso terá acesso a bônus extras:

1º. Ebook com questões comentadas;

2º. Descontos no curso TRT Plus – TST Plus caso tenham interesse em

ingressar nestes cursos mais avançados.

Vamos dar início a nossa aula de hoje!

Aula 00: Organização e funcionamento da Justiça do Trabalho

Órgãos da Justiça do Trabalho

TST TRTJuízes do Trabalho

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Varas de Trabalho (1º grau)

(Juízes do Trabalho)

Das Varas do Trabalho:

É o primeiro grau de jurisdição. A Jurisdição das Varas de Trabalho será exercida por um juiz

singular. Nas comarcas não abrangidas por jurisdição trabalhista, ou seja, nas

quais não haja Vara de Trabalho, aos juízes de direito será atribuída à jurisdição trabalhista, com recurso para o respectivo TRT.

Compete às Varas de Trabalho:

a) conciliar e julgar:

I- os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;

II- os dissídios concernentes à remuneração, férias e indenização por motivo de rescisão do contrato individual do trabalho;

III- os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice;

IV- os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho.

V- as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão gestor de mão-de-obra OGMO decorrentes das

relações de trabalho. b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;

c) julgar os embargos opostos ás suas próprias decisões; d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua

competência.

TST

(3º grau)

TRT (2º grau)

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Dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT):

São órgãos de segundo grau de jurisdição.

Compõem-se de, no mínimo, 07 juízes (art.115, CRFB/88). Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com

mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista sêxtupla das respectivas classes, que serão

encaminhadas ao Tribunal que elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da República que em 20 dias

escolherá um de seus integrantes para nomeação. 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva

atividade profissional e membros do ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício.

Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

Do Tribunal Superior do Trabalho (TST):

É Órgão de terceiro grau de jurisdição. Compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos e

menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal por maioria absoluta.

1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do

Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício. Os advogados devem ter notório saber jurídico e reputação ilibada.

A indicação será feita por lista sêxtupla elaborada pelos órgãos de representação das respectivas classes, que a enviam para o tribunal

que formará uma lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que terá o prazo de 20 dias para escolher um dos indicados para

nomeação. Os demais serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do

Trabalho, oriundos da magistratura da carreira indicados pelo

próprio TST.

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(FCC – Técnico Judiciário – TRT Rio – 2013) Conforme previsão

contida na Constituição Federal, são órgãos da Justiça do Trabalho no

Brasil:

(A) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e

Juizados Especiais Trabalhistas.

(B) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais de Justiça e Varas do

Trabalho.

(C) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais do Trabalho e Juntas

de Conciliação e Julgamento.

(D) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Varas

do Trabalho.

(E) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do

Trabalho.

Letra D.

De acordo com o art. 111 da CRF/88 são órgãos da Justiça do Trabalho o

TST, os TRTS e os Juízes do Trabalho.

Art. 111 da CRFB/88 Os Órgãos da Justiça do trabalho são: I-Tribunal Superior do Trabalho;

II- Tribunal regional do Trabalho;

III- Juízes do Trabalho.

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DICA: As frases abaixo são verdadeiras e são abordadas em provas de

concursos.

O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém

dele podendo eximir-se, salvo motivo justificado.

Os órgãos da Justiça do Trabalho funcionarão perfeitamente coordenados, em regime de mútua colaboração, sob a orientação do

Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

A Emenda Constitucional 24 de 1999, que extinguiu a representação

classista na Justiça do trabalho acabando com as Juntas de conciliação e julgamento.

A Emenda 45/2004 prevê a criação de um Fundo de garantia das execuções trabalhistas, integrado pelas multas decorrentes de

condenações trabalhistas e multas administrativas oriundas da fiscalização do trabalho.

Prevê a criação de um Conselho Superior da Justiça do Trabalho e de uma Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados

do Trabalho que funcionarão junto do Tribunal Superior do Trabalho.

A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho funcionará junto ao TST e tem dentre outras funções a de

regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na

carreira.

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará também junto ao TST e exercerá, na forma da lei, a supervisão

administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do

Trabalho de 1º e 2º graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

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(FCC – Analista Judiciário – TRT Rio – 2013) A Constituição da

República Federativa do Brasil apresenta normas relativas à organização

e competência da Justiça do Trabalho. Segundo tais normas, é

INCORRETO afirmar que:

(A) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete

Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e

menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República

após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

(B) funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho o Conselho

Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a

supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da

Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do

sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

(C) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado

e no Distrito Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas

comarcas onde não forem instituídas, atribuir jurisdição aos juízes de

direito, com recurso para o respectivo Tribunal de Justiça.

(D) compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas

às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos

de fiscalização das relações de trabalho.

(E) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete

juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados

pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e

menos de sessenta e cinco anos. Letra C.

Art. 112 da CF/88 A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo,

nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de

direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do

Trabalho.

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Competência e Jurisdição: Antes de falar de competência devemos falar de jurisdição!

O conceito clássico de jurisdição é o poder que o Estado avocou para si de dizer o direito. A jurisdição é poder, função e atividade reconhecida ao Poder Judiciário pela Constituição Federal.

Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, o Poder Judiciário não tem a função de, apenas, dizer o direito, mas sim de efetivá-lo.

A finalidade da jurisdição é a de tutelar os direitos ou interesses individuais ou metaindividuais reconhecidos pelo ordenamento jurídico às pessoas que, diretamente ou por intermédio de seus representantes

invocarem a tutela jurisdicional.

Jurisdição é o poder-dever que o juiz, que representa o Estado, tem de aplicar o direito objetivo a um caso concreto, substituindo os titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente buscar, por meio da

pacificação do conflito que os envolve, a realização da justiça e o estabelecimento da paz social.

Quando o direito material for violado a parte lesada precisará recorrer ao Poder Judiciário, porque não poderá fazer valer o seu direito pelas suas

próprias mãos. Isto ocorreu porque o Estado avocou para si a função de resolver os conflitos de interesses entre as partes.

Esta função é denominada de jurisdição!

A jurisdição é exercida pelos juízes.

Jurisdição

Poder Função Atividade

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Conceito de Jurisdição: “É a função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela

atividade de Órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no torná-

la praticamente efetiva” (Chiovenda).

Art. 16 do novo CPC A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as

disposições deste Código.

São características da jurisdição: a unidade, a secundariedade, a

imparcialidade e a substitutividade.

Unidade: A jurisdição é exercida, exclusivamente pelos juízes monocraticamente ou em Órgãos colegiados. Ela é uma e

homogênea.

Secundariedade: O Poder Judiciário é acionado quando há um conflito de interesses. Portanto, a jurisdição só atua quando não há

possibilidade de resolução de conflito pelos próprios interessados.

Imparcialidade: Os Juízes devem decidir com justiça e imparcialidade.

Substitutividade: A Jurisdição substitui a atuação das partes na solução do conflito, sendo um poder de dizer e realizar o direito.

Vamos, agora, estudar a competência!

Competência

Medida da jurisdição

Jurisdição

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Conceito de Competência: A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional.

A competência é a medida da jurisdição. Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes possuem

competência para julgar determinadas ações.

Vamos apresentar uma situação hipotética:

Exemplificando: Uma empregada doméstica que não recebeu as feiras de sua empregadora interpõe ação na Justiça estadual em umas das Varas

de família, o juiz titular de tal Vara não seria competente para julgar a ação que trate de direito do trabalho. A Justiça do Trabalho é que será

competente para julgar o conflito entre empregada doméstica e sua empregadora.

Espécies de competência: Absoluta e Relativa.

A Competência absoluta é a competência em razão da matéria, em razão

da pessoa e em razão da função.

DICA: MPF (ABSOLUTA) VT (Relativa)

Para que os meus alunos não se confundam na hora da prova, costumo

usar a sigla MPF para lembrá-los da competência absoluta e VT para

lembrá-los da competência relativa.

Competência Absoluta

Matéria Pessoa Função

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A competência absoluta é inderrogável pela vontade das partes e o juiz deverá conhecê-la de ofício (sem que as partes requeiram), não

admitindo prorrogação.

Da Modificação da Competência (Artigos do Novo CPC)

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando

lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão

conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.

§ 2o Aplica-se o disposto no caput:

I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;

II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.

§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias

caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações

quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido

proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão

necessariamente reunidas.

Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo

prevento, onde serão decididas simultaneamente.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

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Vamos estudar agora alguns importantes institutos em relação à

competência:

Prevenção: A Prevenção ocorrerá quando dois juízes forem competentes

e for necessário determinar qual juiz julgará aquela ação.

Quando os juízes tenham a mesma competência territorial o juiz prevento será aquele que despachou em primeiro lugar e quando os juízes tiverem

competência territorial distinta será considerado prevento aquele em que ocorreu a primeira citação válida.

Conexão: A competência relativa poderá ser modificada por conexão e

continência. O art. 54 do CPC será aplicado ao Processo do Trabalho por força do art. 769 da CLT.

Reza o art. 54 do CPC que a competência em razão do valor e do

território, poderá modificar-se pela conexão ou continência.

O art. 55 do CPC estabelece que duas ou mais ações serão conexas

quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir.

Na Justiça do Trabalho é comum haver conexão entre demandas trabalhistas que apresentem em comum o mesmo pedido ou a causa de

pedir.

Continência: O art. 56 do CPC estabelece que a continência ocorrerá,

quando entre duas ou mias ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma por ser mais amplo

abrange o das outras.

No Processo do Trabalho é comum haver continência quando, por exemplo, o reclamante propõe duas reclamações trabalhistas em face de

uma mesma empregadora, mas o rol de pedidos de uma é mais

abrangente do que o de outra. Havendo conexão ou continência o juízo competente será aquele do local em que a inicial trabalhista foi distribuída

em primeiro lugar.

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Aula 00: Processo do Trabalho TRT - TST Analista Judiciário e Oficial - Profª Déborah Paiva Página 14

Artigos do Novo CPC

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e

grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.

§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá

imediatamente a alegação de incompetência.

§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.

§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja

proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. Parágrafo único. A

incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

Art. 66. Há conflito de competência quando:

I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;

II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo

um ao outro a competência;

III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.

Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.

Inderrogável é aquela competência que não poderá ser prorrogada, ou

seja, o juiz que é absolutamente incompetente para julgar determinada ação jamais tornar-se-á competente. Poderá ser argüida em qualquer

tempo e grau de jurisdição. Deverá ser argüida em preliminar da contestação.

Art. 64 do Novo CPC A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

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Vamos destacar alguns pontos importantes sobre a competência!

Atenção: A Jurisdição é o poder-dever do Estado-juiz de resolver conflitos

intersubjetivos de interesses fazendo atuar a vontade concreta da lei

aplicando o direito material ao caso concreto.

A Competência é a delimitação da jurisdição de cada órgão do Poder

Judiciário.

Veremos alguns conceitos importantes para a prova:

Competência Originária: É aquela que ocorre quando um determinado Órgão tem competência para primeiro

manifestar-se sobre a demanda.

Competência Absoluta: Não poderá ser alterada pelo juiz ou

pela vontade das partes porque envolve interesse público. Na

Justiça do Trabalho como vimos esta competência é em razão da Matéria, da Pessoa e da Função. Deverá ser declarada de

ofício pelo juiz. Poderá ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independente de exceção (peça processual).

Competência Relativa: Na Justiça do Trabalho é a competência Territorial. Deverá ser suscitada por meio de exceção. Não

poderá ser declarada de ofício.

DICA: A prorrogação de competência é um fenômeno segundo o qual um juiz inicialmente incompetente torna-se competente. Este fenômeno

somente ocorrerá com a incompetência relativa, nunca com a

incompetência absoluta.

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Aula 00: Processo do Trabalho TRT - TST Analista Judiciário e Oficial - Profª Déborah Paiva Página 16

Competência Absoluta em razão da matéria (Art.114 CRFB/88): Esta

competência determina que quando houver Varas especializadas a competência será sempre destas.

A competência em razão da matéria no Processo do Trabalho é delimitada

em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo. Portanto, ela é fixada em razão da causa de pedir e do pedido.

Com o advento da Emenda Constitucional 45 de 2004, a competência em

razão da matéria na Justiça do Trabalho foi ampliada.

A incompetência em razão da matéria é de natureza absoluta e deve ser

declarada de ofício pelo Juiz, independentemente de provocação das partes.

Na Justiça do Trabalho a competência material está determinada pelo art.

114 da CRFB/88 que trata da competência em razão da matéria e da pessoa também.

A competência material da Justiça do Trabalho é exercida, em regra, no

primeiro grau pelas Varas do Trabalho. Em grau de recurso ordinário ela será exercida pelos Tribunais Regionais do Trabalho.

Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, o art. 114 da CF/88 revela a

existência de três regras constitucionais básicas de competência material da Justiça do Trabalho:

a) Competência Material Original; b) Competência Material Derivada;

c) Competência Material Executória.

Competência Relativa

Valor VT Território

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Aula 00: Processo do Trabalho TRT - TST Analista Judiciário e Oficial - Profª Déborah Paiva Página 17

Vamos estudar cada inciso mais adiante. Por ora, apenas, transcrevo o artigo.

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e

indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre

sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data,

quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o;

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial,

decorrentes da relação de trabalho;

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de

trabalho; VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no

art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir.

IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei.

A Competência Material Original envolve as ações oriundas da relação de

emprego, os danos morais individuais e coletivos, o acidente de trabalho.

O cadastramento do PIS/PASEP, as ações que tenham como causa de

pedir matéria alusiva ao meio ambiente do trabalho, FGTS, Seguro-

Desemprego, quadro de carreira, dentre outros.

A Competência Material Derivada tem como fundamento a redação do

inciso IX do art. 114 da CF/88.

IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na

forma da lei.

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Assim, quando houver lei dispondo que a controvérsia oriunda da relação

de trabalho é da competência da Justiça Comum, com esta prevalecerá

até que venha lei transferindo tal competência para a Justiça do Trabalho.

A Competência Material Executória poderá ser executar as próprias

sentenças e executar as contribuições previdenciárias.

Passaremos, agora, a analisar os incisos do art. 114 da CF/88.

Atenção: Competência Material da Justiça do Trabalho (art. 114 da CF\88)

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

SERVIDORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Com a nova redação do art.

114 da CF/88 a Justiça do trabalho teria competência para julgar os

processos envolvendo servidores públicos, inclusive os estatutários.

Acontece que o Ministro Nelson Jobim deferiu Liminar em sede de ADIN

interposta pela Associação dos Juízes Federais na qual objetivava a

inconstitucionalidade do art. 114, I da emenda constitucional 45/04 no

que se refere aos servidores estatutários.

Em 2006 o plenário do STF confirmou a Liminar e, por isso continua

suspensa a interpretação do inciso I do art. 114 da CF/88 que atribuía à

Justiça do Trabalho competência para julgar os estatutários. Portanto,

esta competência é da Justiça Federal.

Existe uma importante cizânia doutrinária em relação à abrangência do

termo relação de trabalho inserido no art. 114, I da CF/88 pela Emenda

Constitucional 45/2004.

1ª corrente. Corrente Ampliativa: Defende que a Justiça do Trabalho após

o advento da Emenda Constitucional 45/04 possui competência para

processar e julgar qualquer demanda oriunda das relações de trabalho

desde que o prestador dos serviços seja pessoa física.

2ª Corrente. Corrente Ampliativa sem relação de consumo: Esta corrente

faz distinção entre relação de trabalho e relação de consumo com base no

que estabelece o art. 2º da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do

Consumidor). Quando o serviço for prestado a um destinatário final será

relação de consumo e por isso não competirá à Justiça do Trabalho porque

na relação de trabalho a finalidade é negocial.

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3ª Corrente. Corrente Restritiva: O alcance da expressão relação de

trabalho seria o mesmo que relação de emprego no que se refere à

competência.

É importante falar da Súmula 363 do STJ

Súmula 363 do STJ Compete à justiça estadual processar e julgar a ação

de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.

II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve;

Neste inciso é importante destacar que as ações que envolvem o exercício

do direito de greve em dissídio individual são de competência das Varas

de Trabalho. Já o dissídio coletivo de greve é de competência do TRT.

Ações de interdito proibitório em greve (ação possessória):

1ª corrente: Não é competência da Justiça do Trabalho.

2ª corrente: È competência da Justiça do Trabalho.

Compete à Justiça do Trabalho o julgamento de interdito proibitório

para garantir o livre acesso de funcionários e clientes às agências bancárias, sob o risco de interdição, devido ao movimento grevista

(Ag.Rg no CC 101.574-SP, 2ªS, j. em 25/3/2009, Info. 388).

Súmula Vinculante 23 do STF: Competência - Processo e Julgamento -

Ação Possessória - Exercício do Direito de Greve - Trabalhadores da

Iniciativa Privada: A Justiça do Trabalho é competente para processar e

julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de

greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

Súmula 189 do TST GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO

TRABALHO. ABUSIVIDADE A Justiça do Trabalho é competente para

declarar a abusividade, ou não, da greve.

III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre

sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadoresIV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o;

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Atenção: O conflito de competência é um incidente processual que ocorre quando dois órgãos judiciais proclamam-se competentes (conflito positivo)

ou incompetentes (conflito negativo) para processar e julgar determinado

processo.

Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado proferida por um dos juízes conflitantes.

Não poderá suscitar conflito a parte que já apresentou exceção de incompetência.

Serão dirimidos pelos TRTs os conflitos de competência suscitados entre Varas do trabalho da mesma região, entre

juízes de direito investido na jurisdição trabalhista da mesma região ou entre varas de trabalho e juízes de direito investidos

na jurisdição trabalhista da mesma região (art. 808 da CLT).

Serão dirimidos pelo TST quando suscitado entre TRTs, entre varas do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição

trabalhista sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais

diferentes (art. 808 da CLT). Serão resolvidos pelo STJ os conflitos suscitados entre vara do

trabalho e juiz de direito não investido na jurisdição trabalhista (art. 105, I, d da CF/88).

Serão resolvidos pelo STF quando suscitado entre TST e órgão de outros ramos do Judiciário (art. 102, I, o da CF/88).

Não há conflito de competência entre TRT e Vara de trabalho e nem entre o TRT e o TST (Súmula 420 do TST).

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes

da relação de trabalho;

NOVA REDAÇÃO: Súmula 392 do TST Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para

processar e julgar ações de indenização por dano moral e material,

decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas.

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos

empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir.

IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma

da lei.

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(FCC - TRT 1ª REGIÃO Técnico Judiciário Área

Administrativa/2013) Nos termos das previsões da Constituição Federal e da Consolidação das Leis do Trabalho, compete à Justiça do

Trabalho processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema

financeiro e a ordem econômico-financeira.

ERRADA (art. 109, VI da CF/88). A competência será dos juízes

federais.

DICA: O TST modificou a redação da Súmula 368, para reconhecer,

apenas a execução de ofício das contribuições previdenciárias provenientes das sentenças condenatórias.

Quanto aos acordos firmados em Comissão de Conciliação Prévia, não é

competente a Justiça do Trabalho para a execução das contribuições

previdenciárias, devendo o INSS fazer o lançamento e execução fiscal fora da Justiça do Trabalho.

Súmula 368 do TST I. A Justiça do Trabalho é competente para

determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias,

limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-

contribuição.

II. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado

oriundo de condenação judicial, devendo incidir, em relação aos descontos fiscais, sobre o valor total da condenação, referente às parcelas

tributáveis, calculado ao final, nos termos da Lei nº 8.541, de 23.12.1992,

art. 46 e Provimento da CGJT nº 01/1996.

III. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que

regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês,

aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição.

Questão

de prova

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Não podemos nos esquecer da súmula 300 do TST considera a Justiça do

Trabalho competente para ações que objetivem o cadastramento do empregado no PIS.

É importante falar também da Súmula 389 do TST!

Súmula 389 do TST SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA

DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS. I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a

lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego. II - O não-

fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização.

Competência absoluta em razão da pessoa: A competência em

razão da pessoa é fixada levando-se em consideração a qualidade

da parte que figura na relação jurídica processual. Exemplos: os Sindicatos (art.114, III da CF/88) e os entes de direito público

externo (art. 114, I da CF/88).

Competência Relativa Territorial: No conceito de José Frederico Marques: “A competência territorial é aquela que distribui o poder

jurisdicional dos juízes em razão das circunscrições judiciárias em que o país se divide”.

As competências em razão da função e em razão do território dos órgãos

da Justiça do Trabalho são fixadas pela Lei e não pela Constituição Federal, conforme reflete o art. 113 da CF/88.

Art. 113 da CF/88 A lei disporá sobre a constituição, investidura,

jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos

órgãos da Justiça do Trabalho.

Atenção: Competência Territorial da Justiça do Trabalho (art. 651 da

CLT). A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em regra,

atribuída às Varas de Trabalho.

É importante frisar que os TRTs e o TST possuem competência originária

para o julgamento de determinadas causas trabalhistas.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou

reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

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(FCC – Analista Judiciário – TRT 1ª região – 2013) Minerva,

domiciliada no município de Duque de Caxias, foi contratada no

município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo

Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no

município de Friburgo, sede da sua empregadora. Após três anos de

labor, Minerva foi dispensada. Para receber as verbas rescisórias que

não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de

reclamação trabalhista é a do município de Friburgo, porque é o local

da prestação dos serviços da trabalhadora.

Comentários: CERTA. A regra geral preconizada pelo caput do art.

651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação

trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador

tenha sido contratado em local diverso.

(FCC – Técnico Judiciário – TRT Rio – 2013) Hércules, morador

de Nova Iguaçu, foi contratado em Angra dos Reis para trabalhar na

empresa Beta & Gama Produções, localizada no município do Rio de

Janeiro. Após oito meses de trabalho foi dispensado sem justa causa.

Na presente situação, a competência territorial para ajuizar

reclamação trabalhista questionando o motivo da rescisão contratual

e postular indenização por danos morais é do município

(A) de Nova Iguaçu ou Angra dos Reis, sendo opção do reclamante

por atender a sua conveniência.

(B) do Rio de Janeiro, porque é a Capital do Estado e há pedido de

indenização por danos morais.

(C) de Nova Iguaçu, porque é o local do domicílio do reclamante.

(D) de Angra dos Reis, porque é o local onde o trabalhador foi

contratado.

(E) do Rio de Janeiro, porque é o local da prestação dos serviços do

empregado.

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Comentários: Letra E. A regra geral preconizada pelo caput do art.

651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador

tenha sido contratado em local diverso.

Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será

competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos

estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços.

Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a

ação deverá ser proposta em Fortaleza/CE.

§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a

competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na

falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que

presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é dúplice, porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em que

a empresa tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em caso de inexistência de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu

domicílio ou no local mais próximo de seu domicílio.

§ 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no

estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja

convenção internacional dispondo em contrário.

§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao

empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

É importante ficar claro o que venha a ser “empregador que promova a

realização de atividades fora do local do contrato de trabalho”. O

parágrafo 3º é exceção à regra geral do caput do art. 651 da CLT e deverá

ser utilizado quando o empregador exercer a sua atividade em locais

transitórios, eventuais ou incertos.

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Exemplificando: Empresas que promovam a prestação de serviços fora

do local da contratação são: auditorias, atividades circenses, instalação de

caldeiras, reflorestamento, exposições, feiras, desfiles de moda,

montadoras, etc.

As causas que modificam a competência podem ser resumidas em:

Prorrogação

Conexão Continência

1. Prorrogação:

No conceito de Alexandre Freitas Câmara "a prorrogação de competência

é um fenômeno pelo qual um juízo incompetente para determinado processo se torna, por incidência de algumas das causas de modificação

da competência, competente para processar e julgar aquela causa".

Somente quando a incompetência do juízo for relativa, ou seja, em razão do valor ou do território, é que este fenômeno será possível, pois na

hipótese de incompetência absoluta jamais haverá prorrogação. No que

tange à incompetência absoluta (em razão da matéria e hierarquia), ela é inderrogável, não podendo ser prorrogada.

A CLT é omissa em relação a esta matéria; assim, ocorrerá a aplicação

subsidiária do CPC. Logo que seja proposta uma reclamação trabalhista perante uma Vara de Trabalho incompetente (em razão do lugar), o

reclamado na defesa terá que opor uma exceção declinatória de foro, sob pena de ocorrer a prorrogação da competência.

Art. 65 do Novo CPC Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não

alegar a incompetência em preliminar de contestação.

Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

2. Conexão:

Consideram-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o

objeto ou a causa de pedir, conforme estabelece o artigo 55 do Novo

CPC.

Exemplo: na ação “A” o reclamante pede o reconhecimento do vínculo de emprego (pedido), uma vez que trabalha de forma não eventual, com

subordinação jurídica, mediante contraprestação salarial e com pessoalidade (causa de pedir). Na ação “B”, o reclamante tem a mesma

pretensão, com a mesma causa de pedir, sendo portanto conexas as ações “A” e “B”.

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Art. 55 do Novo CPC Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando

lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.

§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão

conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.

§ 2o Aplica-se o disposto no caput:

I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;

II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.

§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam

gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

3.Continência

Segundo Alexandre Freitas Câmara, “dá-se a continência entre duas ou mais demandas quando lhes forem comuns as partes e a causa de pedir,

exigindo-se ainda que o pedido formulado em uma delas seja mais amplo do que o formulado na outra, devendo este estar contido naquele”.

Ocorrerá a continência entre duas ou mais demandas quando lhes forem comuns as partes e a causa de pedir, bem como o objeto, ou seja, o

pedido formulado em uma delas será mais amplo que o formulado na outra, de acordo com o art. 56 do Novo CPC.

Exemplo: no caso acima, vamos supor que na ação “B” tenha se

acrescentado o pedido de pagamento de verbas resilitórias, ou seja, o objeto desta ação será mais amplo do que o da primeira, pois, além do

pedido de reconhecimento de vínculo de emprego com assinatura da CTPS da ação “A”, estará o pedido de pagamento de verbas resilitórias.

Art. 56 do Novo CPC Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações

quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

4.Foro de eleição

O foro de eleição, ou seja, o foro para dirimir questões judiciais escolhido

pelas próprias partes, previsto no artigo 63 do CPC é incompatível com o

processo do trabalho.

A Instrução Normativa 39/2016 do TST estabeleceu de forma expressa que o art. 63 do CPC não se aplica ao processo do trabalho.

Art. 63 do Novo CPC As partes podem modificar a competência em razão

do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

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§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento

escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.

§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.

§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser

reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição

de foro na contestação, sob pena de preclusão.

Conflito de Competência:

Conflito de competência, cognominado pela CLT de conflito de jurisdição, é um incidente processual que ocorre quando dois órgãos judiciais

declaram-se competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito

negativo) para processar e julgar determinado processo (Carlos Henrique Bezerra Leite).

Art. 66 do Novo CPC Há conflito de competência quando:

I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;

II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um

ao outro a competência;

III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.

Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá

suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.

Art. 804 da CLT Dar-se-á conflito de jurisdição:

a) quando ambas as autoridades se considerarem competentes;

b) quando ambas as autoridades se considerarem incompetentes.

Há conflitos entre a Justiça do Trabalho e a Justiça Comum Estadual e

entre a Justiça do Trabalho e a Justiça Comum Federal, sendo ambos solucionados pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme será mencionado

abaixo.

Art. 803 da CLT Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre:

a) Varas do Trabalho e Juízes de direito investidos na administração da justiça do Trabalho;

b) Tribunais Regionais do Trabalho;

c) Juízos e Tribunais do trabalho e órgãos da Justiça Ordinária.

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Artigo 805 da CLT Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados:

a) pelos juízes e tribunais do trabalho;

b) pelo procurador-geral e pelos procuradores-regionais da Justiça do Trabalho;

c) pela parte interessada ou o seu representante.

Artigo 806 da CLT É vedado à parte interessada suscitar conflitos de

jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de incompetência.

Artigo 807 da CLT No ato de suscitar o conflito deve a parte interessada produzir a prova de existência dele.

O artigo 808 da CLT, que trata da competência para julgamento de

determinados conflitos, deve ser analisado em conjunto como art. 102, I, “o”, e o art. 105, I, “d” e “g”, da CRFB/88.

Assim, o julgamento do conflito de competência será pelos seguintes

órgãos:

a) Tribunais Regionais do Trabalho: julgarão os conflitos de competência suscitados entre Varas de Trabalho (juízes do trabalho) ou

juízes de direito investidos de jurisdição trabalhista vinculados ao mesmo

tribunal.

Cada TRT resolverá os conflitos de competência entre seus próprios juízes.

Exemplo: o conflito entre o juiz do trabalho da 1ª Vara de Trabalho do Rio

de Janeiro e o juiz do trabalho da Vara de Trabalho da comarca de Três Rios/RJ será dirimido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região,

com jurisdição em todo o Estado do Rio de Janeiro.

b) Tribunal Superior do Trabalho: julgará os conflitos de competência entre as varas de trabalho e os juízes de direito investidos da jurisdição

trabalhista de Tribunais distintos, bem como os suscitados entre os Tribunais Regionais do Trabalho. E, ainda, os conflitos entre TRT e Vara de

Trabalho vinculada a outro TRT.

Exemplo: conflito entre juiz do trabalho da 1ª Vara de Trabalho do TRT da 1ª Região (RJ) e o juiz do trabalho da 3ª Vara de Trabalho do TRT da 2ª

Região (SP) será solucionado pelo Tribunal Superior do Trabalho.

c) Supremo Tribunal Federal: julgará os conflitos de competência entre

o STJ e qualquer outro Tribunal, ou entre Tribunais Superiores, ou, ainda, entre Tribunais Superiores e qualquer outro Tribunal.

Exemplo: conflito de competência entre o Tribunal Superior do Trabalho e

o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, pois o TST é um tribunal superior.

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d) Superior Tribunal de Justiça: julgará os conflitos de competência

entre quaisquer Tribunais, exceto se houver Tribunal Superior envolvido, pois neste caso a competência será do STF, conforme exposto acima.

Também serão solucionados pelo STJ os conflitos de competência entre os

Tribunais e juízes a ele não vinculados, como, por exemplo, entre TRT e juiz federal, ou entre juízes vinculados a tribunais diversos (juiz do

trabalho e juiz federal, por exemplo).

Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

Eficácia

Ao decidir o conflito de competência, o Tribunal deverá declarar qual juiz é

competente, pronunciando-se sobre a validade dos atos processuais praticados pelo juiz incompetente. Deverá ainda remeter os autos do

processo para o juiz declarado competente.

Lembretes:

1. Somente a competência relativa poderá ser prorrogada.

2. O ato que quebra a inércia da jurisdição é a petição inicial.

3. O ato que fixa os limites da lide é a petição inicial, na qual estão os

pedidos, que poderão ser mediatos e imediatos.

4. Prorrogação de competência é diferente de prevenção de competência. A primeira ocorre quando um juiz que era incompetente torna-se

competente, e somente poderá ocorrer na incompetência relativa. A segunda ocorrerá quando dois juízes forem competentes e a prevenção irá

determinar qual deles julgará a ação (artigo 59 do Novo CPC). O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

Quando ocorre o conflito de competência, ou seja, quando dois juízes

declaram-se competentes ou incompetentes para processar e julgar determinadas ações, quem irá solucioná-los será:

TRT Suscitados entre Varas de Trabalho

TST Suscitado entre Tribunais Regionais do Trabalho. Suscitados entre varas e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista de regiões

distintas.

STF Conflitos entre STJ e qualquer outro Tribunal. Entre Tribunais

Superiores. Entre Tribunais Superiores e qualquer outro Tribunal.

STJ Entre quaisquer Tribunais, exceto se houver Tribunal Superior. Entre Tribunal e Juízes a ele não vinculados. Entre juízes vinculados a

tribunais diversos.

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DICA: Aposto com vocês que caso seja cobrado na prova o tema conflito de competência, a banca irá abordar a Súmula 420 do TST, que

estabelece que entre as Varas de Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho a que estejam vinculadas, há relação de hierarquia e, por isso,

não ocorrerá conflito de competência.

Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

Questões FCC comentadas:

1. (Juiz do Trabalho – TRT 24ª Região – 2006) Analise as proposições

seguintes:

I. A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos

em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro

e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Não obstante,

o direito material a ser aplicável será o vigente no país da prestação de

serviços.

II. Compete ao Ministério Público do Trabalho propor ações visando a

declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou

convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os

direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores.

III. O empregado e o empregador, no contrato de emprego, podem

estabelecer foro de eleição.

IV. Quando dois ou mais juízos se derem por incompetentes, dá-se o

conflito de competência negativo. Possível é o conflito de competência

entre TRT e Vara do Trabalho a ele vinculada, o qual será dirimido pelo

TST.

a) somente as proposições III e IV são corretas

b) todas as proposições são corretas

c) somente as proposições I e II são corretas

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d) somente as proposições I, II e III são corretas

e) somente as proposições II, III e IV são corretas

Comentários: O empregado poderá ser contratado em um país para prestar serviços em outro, ou ser contratado para prestar serviço em um

país e depois ser transferido para outro. A Súmula 207 do TST estabelecia que a relação jurídica trabalhista seria regida pelas leis vigentes no país

da prestação de serviços e não por aquelas do local da contratação.

Não podemos confundir a legislação material a ser aplicada, com a

competência da Justiça brasileira para apreciar e julgar a matéria. Assim,

antes do cancelamento da súmula estaria correta também a segunda

parte da assertiva que diz “Não obstante, o direito material a ser aplicável

será o vigente no país da prestação de serviços”.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou

reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido

contratado noutro local ou no estrangeiro.

§ 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no

estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

Art. 83 da LC 75/93 Compete ao Ministério Público do Trabalho o

exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do

Trabalho:

IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de

cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que

viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos

individuais indisponíveis dos trabalhadores;

Não existe foro de eleição na Justiça do Trabalho. E, em relação ao

conflito de competência a Súmula 420 do TST afirma que não configura conflito de competência entre a Vara de Trabalho e o TRT a que for

vinculada.

Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

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2. (FCC/ Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 6ª

REGIÃO/2006) É competente para conhecer e julgar reclamação

trabalhista ajuizada por empregado, que tem domicílio em Caruaru e foi

contratado em Recife, tendo prestado serviços em Cabo de Santo

Agostinho para instituição bancária, cuja matriz está situada em São

Paulo, a Vara do Trabalho de

(A) Cabo de Santo Agostinho ou Caruaru.

(B) Cabo de Santo Agostinho ou São Paulo.

(C) Recife, apenas.

(D) Recife ou São Paulo.

(E) Cabo de Santo Agostinho, apenas.

Comentários: Letra E. A regra geral do art. 651 da CLT é o fundamento

da questão. O empregado prestou serviços em Cabo de Santo Agostinho,

sendo este o foro competente.

3. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) A competência

em razão da matéria, da função e do território, na Justiça do Trabalho,

são consideradas, respectivamente,

(A) absoluta, absoluta e relativa.

(B) relativa, absoluta e absoluta.

(C) absoluta, relativa e absoluta.

(D) relativa, relativa e absoluta.

(E) relativa, absoluta e relativa.

Comentários: Letra A. Lembrem-se das siglas MPF (Absoluta) e VT

(Relativa).

4. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) As execuções das

contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças trabalhistas,

tendo em vista a natureza de tributo federal das mesmas, devem ser

processadas perante a Justiça Federal Comum;

Comentários: A assertiva está incorreta, uma vez que violou o

entendimento sumulado do TST (Súmula 368, I do TST).

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Súmula 368 do TST DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS.

COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE

CÁLCULO

I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento

das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à

execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças

condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo

homologado, que integrem o salário-de-contribuição.

5. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) A Justiça do Trabalho

não possui competência para apreciar ações relativas às penalidades

administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização

das relações de trabalho.

Comentários: Incorreta, porque o art. 114 da CF/88 ampliou a

competência da Justiça do Trabalho, através da Emenda Constitucional

45/2004.

Art. 114, VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das

relações de trabalho;

6. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar

(A) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento

da Emenda Constitucional nº 45, de 2004.

(B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus,

habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às

relações de trabalho, inclusive de servidores públicos estatutários.

(C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não

decorrentes diretamente das relações de trabalho.

(D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos

empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

(E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios.

Comentários: A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a

determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função

jurisdicional.

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A Competência Material da Justiça do Trabalho está estabelecida pelo art.

114 da CF\88, que foi abordado pela banca nesta questão.

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre

sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição

trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o;

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos

empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das

sentenças que proferir.

IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei.

7. (FCC/Juiz do Trabalho – TRT/14ª Região/2003) Havendo conflito

de competência caberá:

I) Ao STJ julgar o conflito de competência suscitado entre as Varas do

Trabalho e os Juízos de Direito, quando investidos da jurisdição

trabalhista, porque estão sujeitos à jurisdição de Tribunais diferentes;

(II) Ao STF julgar o conflito de competência suscitado entre os Tribunais

Regionais do Trabalho;

III) Ao Tribunal Regional do Trabalho julgar os conflitos de competência

suscitados entre as Varas do Trabalho;

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IV) Ao TST julgar os conflitos de competência entre Varas do Trabalho e o

Tribunal Regional respectivo.

Assinale a resposta:

a) apenas a afirmativa IV está correta;

b) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas;

c) apenas as afirmativas I e III estão corretas;

d) apenas a afirmativa III está correta;

Comentários: I- Ao TST caberá julgar o conflito entre as Varas de

Trabalho e os Juízes de Direito investidos de jurisdição trabalhista, e não

ao STJ.

II- Ao TST caberá julgar os conflitos de competência entre dois Tribunais

Regionais do Trabalho e não ao STF.

III- Ao TRT caberá julgar os conflitos suscitados entre as Varas de

Trabalho, portanto correta esta assertiva.

IV- De acordo com a Súmula 420 do TST acima mencionada, não haverá

conflito de competência entre TRT e Vara de Trabalho a ele vinculada.

Incorreta a assertiva.

Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre

Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

8. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª Região

– 2005) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território

da comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida

por lei

(A) federal.

(B) estadual.

(C) municipal.

(D) estadual ou lei federal.

(E) municipal ou lei estadual.

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Comentários: O art. 650 da CLT estabelece que a jurisdição de cada Vara

do Trabalho abrange todo o território da comarca em que tem sede, só

podendo ser estendida ou restringida por lei federal.

9. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 20ª Região

– 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a

competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde

(A) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar

serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro.

(B) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador

quando este for pessoa física.

(C)) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao

empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no

estrangeiro.

(D) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar

serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro.

(E) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do

empregador quando este for pessoa física.

Comentários: A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em

regra, atribuída às Varas de Trabalho.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é

determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido

contratado noutro local ou no estrangeiro.

§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a

empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em

que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

§ 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste

artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja

convenção internacional dispondo em contrário.

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§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização

de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do

contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

10. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados TRT– GO-

2008) De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do

lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência

ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para

apreciar reclamação trabalhista a Vara

(A) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais

da empresa.

(B) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.

(C) do domicílio do reclamante, apenas.

(D) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.

(E) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

Comentários: A assertiva abordou o parágrafo 1º do art. 651 da CLT, portanto, o viajante comercial que não estiver subordinado à agência ou

filial terá o seu domicílio ou a localidade mais próxima como foro competente. Letra E. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da

CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido

contratado em local diverso.

Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos, em locais diferentes, será

competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos

estabelecimentos da empresa, no qual tenha prestado serviços.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é

determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido

contratado noutro local ou no estrangeiro.

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11. (FCC – Técnico Judiciário - TRT 11ª Região - 2012) Quanto à

organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é

INCORRETO afirmar que

(A) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações

entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão

Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação de trabalho.

(B) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo

local da contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido

diversa a localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar

serviços ao empregador.

(C) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho

processar e julgar as ações sobre representação sindical entre sindicatos,

entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

(D) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo,

sete juízes, sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério

Público do Trabalho e os demais mediante promoção de Juízes do

Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

(E) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá

um distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem

rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para

esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados.

Comentários: Letra B.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou

reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

12. (FCC - Analista Administrativo - TRT 11º Região – 2012) O

trabalhador firmou contrato de trabalho com a empresa no município

“Alfa” para prestar serviços no município “Beta”. A empresa possui sua

sede e domicílio no município “Gama”. Após ser dispensado o trabalhador,

que reside no município “Delta”, resolve ajuizar ação reclamatória

trabalhista para receber seus haveres rescisórios. Neste caso, de acordo

com a CLT, deverá ajuizar a reclamatória no município

(A) “Alfa” porque foi o local onde da celebração do contrato.

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Aula 00: Processo do Trabalho TRT - TST Analista Judiciário e Oficial - Profª Déborah Paiva Página 39

(B) “Delta” porque é o domicílio do trabalhador reclamante.

(C) “Gama” porque é o domicílio da empresa reclamada.

(D) “Alfa” ou “Delta” porque o trabalhador poderá optar pelo local da

celebração do contrato ou pelo seu domicílio.

(E) “Beta” porque foi o local da prestação dos serviços.

Comentários: Letra E. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação

trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é

determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido

contratado noutro local ou no estrangeiro.

Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será

competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos

estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços.

Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus,

trabalhou em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a ação deverá ser proposta em Fortaleza/CE.

§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante

comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja

subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele

que presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é dúplice, porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em

que a empresa tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em

caso de inexistência de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu domicílio ou no local mais próximo de seu domicílio.

§ 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no

estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

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Aula 00: Processo do Trabalho TRT - TST Analista Judiciário e Oficial - Profª Déborah Paiva Página 40

§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização

de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do

contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

13. (FCC – Analista Judiciário – TRT 18ª Região – 2013) A empresa

Delta Participações sofreu fiscalização de natureza trabalhista, ocasião em

que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho verificou

irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa

administrativa. A empresa resolveu questionar judicialmente essa

penalidade administrativa, sendo da competência material da Justiça

(A) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia

Regional do Trabalho.

(B) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal,

vinculada ao Ministério do Trabalho.

(C) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu

novas competências e criou dispositivo específico prevendo essa matéria.

(D) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador

e empregado.

(E) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de

discussão de ato de agente público.

Comentários: Letra C. Trata-se da Emenda Constitucional 45 que

ampliou a competência da Justiça do Trabalho alterando o artigo 114 da

CF/88.

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho

processar e julgar: VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de

fiscalização das relações de trabalho;

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14. (FCC – Analista Judiciário – TRT 18ª Região – 2013) A

Consolidação das Leis do Trabalho disciplina os serviços auxiliares da

Justiça do Trabalho, prevendo que

(A) o Juiz da Vara do Trabalho, na falta ou impedimento do Oficial de

Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador, deverá requisitar ao advogado da

parte interessada ou a agente policial militar a realização do ato.

(B) haverá um distribuidor em todas as localidades incluindo aquelas que

possuam apenas uma Vara do Trabalho.

(C) os distribuidores serão designados e diretamente subordinados ao Juiz

Diretor do Fórum, escolhidos entre os funcionários das Varas do Trabalho

de qualquer localidade da circunscrição do Tribunal.

(D) o prazo previsto para o cumprimento do ato de avaliação pelo Oficial

de Justiça Avaliador será de 05 dias, contados da data da sua nomeação.

(E) compete à Secretaria das Varas do Trabalho a contagem das custas

devidas pelas partes, nos respectivos processos.

Comentários: Letra E.

Art. 713 da CLT Nas localidades em que existir mais de uma vara de Trabalho haverá um distribuidor.

Art. 715 da CLT Os distribuidores são designados pelo Presidente

do Tribunal Regional dentre os funcionários das Varas e do Tribunal

Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados.

Art. 721 da CLT § 3º No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça

Avaliador, para cumprimento da ato, o prazo previsto no art. 888 (prazo 10 dias).§ 5º Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de

Justiça Avaliador, o Presidente da Junta poderá atribuir a realização do ato a qualquer serventuário.

Art. 711 da CLT Compete à secretaria das Varas de Trabalho:

a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a

conservação dos processos e outros papéis que lhe forem encaminhados;

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Aula 00: Processo do Trabalho TRT - TST Analista Judiciário e Oficial - Profª Déborah Paiva Página 42

b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e

demais papéis;

c) o registro das decisões;

d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do

andamento dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará;

e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;

f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos

processos;

g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do

arquivamento da secretaria;

h) a realização das penhoras e demais diligências processuais;

i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos

pelo Presidente da Junta, para melhor execução dos serviços

que lhe estão afetos.

15. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados - TRT 3ª

Região – 2009) A distribuição dos processos, em cidades onde haja mais

do que uma unidade judiciária com a mesma competência, deve obedecer,

segundo a Consolidação das Leis do Trabalho,

(A) à proporção quantitativa e à adequação qualitativa de processos a

cada unidade.

(B) aos critérios de igualdade quantitativa e qualitativa entre as unidades

judiciárias.

(C) à ordem aleatória de entrada, observando-se a igualdade de tipos de

ação para cada vara.

(D) à ordem aleatória de entrada, desde que, ao final de um ano, todas as

unidades tenham o mesmo número de processos distribuídos.

(E) à ordem rigorosa de entrada.

Comentários: Letra E. De acordo com o art. 783 da CLT a letra “E” está

certa.

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Aula 00: Processo do Trabalho TRT - TST Analista Judiciário e Oficial - Profª Déborah Paiva Página 43

Art. 783 da CLT - A distribuição das reclamações será feita entre

as Varas de trabalho, ou os Juízes de Direito do Cível, nos casos

previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de sua

apresentação ao distribuidor, quando o houver.

16. (FCC –Analista Judiciário –TST– 2012) Conforme legislação

aplicável, em relação à organização e competência da Justiça do Trabalho

no Brasil é correto afirmar:

(A) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete

Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e

menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República

após aprovação pelo Congresso Nacional.

(B) As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos

empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho não

são da competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Federal,

por se tratar de modalidade tributária.

(C) Os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho serão compostos por

um quinto dentre advogados com mais de cinco anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de

cinco anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais

Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, com mais de

cinco anos de efetivo exercício.

(D) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade

onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao

empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no

estrangeiro.

(E) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades

fora do lugar do contrato de trabalho é assegurado ao empregado

apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou na Vara do

seu domicílio ou na localidade mais próxima.

Comentários: Letra D. O TST compõem-se de 27 Ministros, brasileiros

com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da

República após aprovação do Senado Federal por maioria absoluta.

Portanto, está errada a letra “A”.

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As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos

empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho são

da competência da Justiça do Trabalho, conforme estabelece o art. 114 da

CF\88. Está errada a letra “B”.

Os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho serão compostos por um

quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez

anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais

Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira. Está errada

a letra “C”.

A letra “D” está certa pois o art. 651 da CLT estabelece que a

competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o

empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador,

ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

Por fim, a letra “E” está errada porque quando for o caso de empregador

que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de

trabalho é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da

celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

Art. 651 § 3º da CLT Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é

assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

17. (FCC –PGE - SP– 2012) É da competência da Justiça do Trabalho:

(A) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e

trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores e ações relativas às

penalidades tributárias e administrativas impostas aos empregadores por

órgãos de fiscalização.

(B) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria

sujeita à sua jurisdição.

(C) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito

de greve.

(D) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria

sujeita à sua jurisdição e conflito de competência com o Superior Tribunal de

Justiça em matéria trabalhista.

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(E) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita

à sua jurisdição e ações de indenização por dano moral ou patrimonial

decorrentes da relação de trabalho.

Comentários: Letra B.

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar

e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de

direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre

sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data,

quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição

trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o;

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças

que proferir.

18. (FCC – Analista Judiciário – TRT GO – 2013) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização de natureza trabalhista, ocasião em que o

agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho verificou irregularidade e

lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A empresa resolveu questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo

da competência material da Justiça

(A) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.

(B) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do Trabalho.

(C) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu

novas competências e criou dispositivo específico prevendo essa matéria.

(D) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador

e empregado.

(E) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de agente público.

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Comentários: Letra C. Com o advento da Emenda Constitucional 45 de 2004, a competência em razão da matéria na Justiça do Trabalho foi

ampliada e passou a prever a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas

impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Portanto, está correta a letra “C”.

Na Justiça do Trabalho a competência material está determinada pelo art.

114 da CRFB/88 que trata da competência em razão da matéria e da

pessoa também.

Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de

trabalho;

19. (FCC – Analista Judiciário – TRT GO – 2013) Segundo normas

legais contidas na Consolidação das Leis do Trabalho sobre competência das Varas e dos Tribunais do Trabalho é INCORRETO afirmar:

(A) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações

entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra − OGMO decorrentes da relação de trabalho.

(B) O empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços quando o

empregador promover a realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho.

(C) A competência dos Tribunais Regionais nos casos de dissídio coletivo

determina-se pelo local onde este ocorrer ou pela sede da empresa envolvida no conflito, cabendo a escolha ao sindicato da categoria

econômica.

(D) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da

Comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.

(E) As Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar os

dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro

seja operário ou artífice.

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Comentários: Letra C. A letra “C” está errada porque a competência funcional para processar e julgar os dissídios coletivos é dos Tribunais

Regionais do Trabalho ou do Tribunal Superior do Trabalho, conforme a área de abrangência do conflito e da representação das categorias

envolvidas no conflito de interesses.

Quando ultrapassar a base territorial de competência de mais de um TRT, a competência funcional originária será do TST.

As outras letras estão corretas, observem os dispositivos legais correspondentes:

Art. 643 da CLT § 3o A Justiça do Trabalho é competente, ainda,

para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO

decorrentes da relação de trabalho.

Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é

determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido

contratado noutro local ou no estrangeiro.

§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de

atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do

contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

Art. 650 da CLT A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da Comarca em que tem sede, só podendo ser

estendida ou restringida por lei federal.

Art. 652 da CLT Compete às Varas do Trabalho a) conciliar e

julgar: III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;

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20. (FCC – Analista Judiciário – TRT GO – 2013) Para processar e

julgar uma ação reclamatória trabalhista ou um dissídio coletivo, tanto o magistrado do trabalho como o desembargador do Tribunal Regional

deverão re-ger-se pelas normas estabelecidas

(A) na Consolidação das Leis do Trabalho e, nos casos omissos, o direito

processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com essas normas.

(B) no Código de Processo Civil e, de forma subsidiária, por normas gerais

previstas na Consolidação das Leis do Trabalho.

(C) na Constituição Federal e no direito processual comum, diante da

ausência de regras específicas na Consolidação das Leis do Trabalho.

(D) somente no Código Processual Civil, conforme o poder de direção geral do processo determinado aos Juízos e Tribunais do Trabalho.

(E) na Consolidação das Leis do Trabalho ou na Lei de Execuções Fiscais, ou ainda, no Código Processual Civil, cabendo a escolha às partes,

conforme a situação, e de acordo com a fase processual.

Comentários: Letra A. O art. 769 da CLT, muito abordado em provas de concursos, autoriza a aplicação subsidiária do Direito Processual Civil ao

Direito Processual do Trabalho, como fonte subsidiária para suprir lacunas

ou omissões, ressaltando que a aplicação, somente, será possível quando não colidir com os princípios e com as normas de Direito Processual do

Trabalho.

Art. 769 da CLT Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto

naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.

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Por hoje é só!

Bons estudos!

Vamos que vamos porque em 2017 e em 2018 haverá concursos

para os Tribunais Regionais do Trabalho e TST.

Aguardo você para a nossa próxima aula!

Um forte abraço,

Déborah Paiva

[email protected]